Social Media Marketing_MódI

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INTRODUÇÃO AO SOCIAL MEDIA MARKETING

O Marketing das Redes Sociais Módulo I

DO MARKETING TRADICIONAL ÀS REDES SOCIAIS www.nova-etapa.pt


Ficha Técnica

TÍTULO Introdução ao Social Media Marketing – o Marketing das Redes Sociais

AUTORIA Fernando Gilberto

COORDENAÇÃO GERAL E PEDAGÓGICA E CONCEÇÃO GRÁFICA Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda.

ANO DE EDIÇÃO 2012 (periodicamente revisto e atualizado)

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ÍNDICE

I. OBJETIVOS PEDAGÓGICOS GERAIS DO CURSO

4

II. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS GLOBAIS DO CURSO

4

III. INTRODUÇÃO

5

IV. DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS Módulo I – Princípios Fundamentais do Marketing

7

Objetivos Pedagógicos

7

Conteúdos Programáticos

7

1 - Conceitos genéricos de marketing

8

2. Marketing-Mix

15

3. Web 2.0

18

4. As redes sociais na internet

21

5. Dados Estatísticos das Redes Sociais em 2014

28

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I. OBJETIVOS PEDAGÓGICOS GERAIS DO CURSO 

Conhecer os princípios gerais de marketing;

Identificar as principais características das redes sociais;

Conhecer os princípios em que assenta o Social Media Marketing;

Identificar os componentes do mix do marketing das redes sociais;

Elaborar uma estratégia de marketing para as redes sociais;

Conhecer as vantagens, desvantagens e oportunidades decorrentes da implementação de uma estratégia de marketing utilizando as redes sociais.

II. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS GLOBAIS DO CURSO 

Conceitos genéricos de marketing;

A Web 2.0;

O que é uma rede social?

Principais redes sociais existentes no mundo;

Social media marketing, o marketing das redes sociais;

O potencial viral da comunicação;

Como as redes sociais influenciam a decisão da compra;

Oportunidades, vantagens e desvantagens do marketing das redes sociais;

O mix do marketing das redes sociais;

Estratégia de marketing para as redes sociais.

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III - INTRODUÇÃO Com a crescente globalização no acesso à internet que se tem vindo a acentuar nos últimos anos, as redes sociais têm-se multiplicado assim como os seus utilizadores que ascendem a muitas centenas de milhões. Ligados por temas comuns ou simplesmente por questões de “amizade”, pessoas de todo o mundo contactam diariamente entre si partilhando as mais diversas ideias, pensamentos, fotografias, etc. expondo mesmo, com maior ou menor ênfase, aspetos da sua vida privada. Sob a capa de “amigos”, o que confere um aspeto afetivo a um relacionamento virtual, todos passámos a ter amigos às centenas, mesmo que muitos deles possam não ser quem nós pensamos que são. No entanto, entre as inúmeras vantagens e perigos que as redes sociais podem proporcionar a quem as utiliza, a verdade é que não podemos nem devemos ignorar um fenómeno que põe em contacto entre si milhões de pessoas e que, para o bem e para o mal, pode possibilitar mensagens

a

disseminação de

forma

de

quase

instantânea à escala global. De muitos exemplos que poderíamos dar, certamente todos nos lembramos, por exemplo, de manifestações convocadas pelo Facebook e que obtiveram milhares de participantes. Ignorar ou subvalorizar este impacto seria pouco inteligente e muito pouco prudente. Atualmente quem não tiver uma página em pelo menos uma rede social, principalmente no Facebook, é quase como se não existisse. Quando procuramos um “amigo” e não o encontramos é quase tão estranho como encontrar alguém que não tenha telemóvel. Estando nós a falar de redes onde uma imensidão de pessoas se relacionam, seria igualmente muito estranho que as empresas não utilizassem estes “veículos” para promover os seus produtos.

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Não são só as pessoas individualmente que têm páginas nas redes sociais. As empresas também estão presentes, conscientes que estão num mundo constituído por centenas de milhões, tantos como potenciais consumidores. Foi então que, percebendo a importância crescente das redes sociais, quer em número de participantes quer na velocidade com que a informação é transmitida pelos quatro cantos do planeta, que começou a desenvolver-se técnicas de marketing específicas para abordar os “amigos” virtuais, tendo como objetivo promover os seus produtos e aumentar as vendas. Com o curso de “Social Média Marketing, o Marketing das Redes Sociais”, pretendemos dotar os participantes de um conjunto de conhecimentos, assim como sugerir um leque de técnicas de marketing que os ajudem a abordar de forma eficaz um “mercado” cada vez mais vasto onde o número e a variedade de pessoas aumenta de forma exponencial a cada dia que passa.

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IV. DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS

Módulo I – Do marketing tradicional às redes sociais

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final deste módulo deverá ser capaz de: 

Identificar as principais características do marketing;

Compreender as inovações decorrentes da WEB 2.0;

Conhecer a evolução das redes sociais;

Reconhecer as principais redes sociais.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 

Conceitos genéricos de marketing;

A Web 2.0;

As redes sociais na internet;

Principais redes sociais existentes no mundo;

Dados estatísticos das redes sociais em 2011.

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1 – Conceitos genéricos de marketing. Apesar de este curso ser dedicado ao marketing das redes sociais, não nos podemos esquecer que as bases em que assenta o marketing são as mesmas. Desta forma, consideramos importante, ainda que de uma forma não muito aprofundada, recordar ao participante os principais fundamentos do marketing. Além disso, a importância do marketing é ainda mais relevante quando os mercados são cada vez mais concorrenciais e o seu público-alvo cada vez mais bem informado.

1.1. Definição de Marketing Não existe uma definição única de marketing. Praticamente em todos os livros que abordam a temática do marketing (e são muitos), existe uma definição diferente de todas as outras. Algumas delas poderão ser as seguintes: “O marketing é um conjunto de meios de que dispõe uma empresa para vender os seus produtos aos seus clientes, com rendibilidade”. In Mercator XXI - Lindon, Denis; Lendrevie, Jacques; Lévy Julien; Rodrigues, Joaquim Vicente

“Marketing é o conjunto de atividades humanas que tem como objetivo facilitar e consumar relações de troca”. In Marketing Management – Kotker, Philip

O marketing é um processo social e de gestão através do qual indivíduos e grupos adquirem o que necessitam e querem, criando e trocando produtos e as suas vantagens com outros. In Principles of Marketing - Kotker, Philip; Armstrong, Gary; Saunders, John; Wong, Veronica.

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As definições vão também evoluindo à medida que os mercados se vão transformando, e já há algum tempo que a perspetiva da venda, mais do que satisfazer as necessidades das pessoas, é também já vista como uma forma de satisfazer desejos. Eu necessito de ter um automóvel para me deslocar para o meu local de trabalho e para isso comprei um Ferrari.

É

verdade

existe

que a

necessidade transporte,

de mas

ninguém necessita objetivamente

de

um Ferrari para se fazer transportar. O que

é

que

está

neste caso a ser efetivamente adquirido? Um carro ou desejos como, por exemplo, aceder a um status diferenciado, parecer mais jovem e radical, ter mais sucesso junto do sexo oposto, etc.

Da mesma forma, alguém que compra um iogurte magro o que é que está de facto a adquirir? Um iogurte ou a ideia de beleza?

Embora as definições sejam importantes para nos enquadrar com a filosofia do marketing, o mais importante é a compressão da sua verdadeira abrangência e aplicação eficaz dos seus modelos e técnicas.

1.2. O Cliente Os clientes são a base de qualquer estratégia empresarial, pelo que estes terão de ser o grande alvo de toda a política da empresa. Uma das ferramentas que podem ser utilizadas pela empresa para conhecer melhor os seus clientes é através da segmentação.

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1.3. Segmentação Qualquer que seja o público de uma empresa, ele nunca é homogéneo. Pode ser composto por milhares, ou mesmo por milhões de indivíduos diferentes uns dos outros, nos seus hábitos, gostos e exigências. Desta forma, exige-se ao marketing que efetue uma abordagem adequada junto do(s) seu(s) público(s)-alvo. Quanto aos métodos utilizados, existem dois que se encontram nas duas extremidades do processo de segmentação e, por isso, não utilizados frequentemente. No entanto, não deixam de ser importantes, pelo que é de todo o interesse proceder à sua análise. Assim temos:  Marketing de massas;  Marketing individualizado ou one-to-one.

1.3.1. Marketing de massas O Marketing de massas, consiste na indiferenciação entre clientes, ou seja, vender a todos os clientes o mesmo produto, ao mesmo preço, nos mesmos pontos de venda e com os mesmos argumentos. Esta forma de abordagem pode ser vista em produtos de uso corrente. Por exemplo: Açúcar, arroz, farinha, etc.

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1.3.2. Marketing individualizado ou one-to-one O marketing individualizado é exatamente o oposto do marketing de massas. Através desta abordagem, o marketing vai ter em consideração as características específicas de cada indivíduo que compõe o seu público-alvo. Exemplos disso podem ser: máquinas industriais feitas à medida para situações específicas ou ir ao site da Nike desenhar os seus próprios ténis.

No entanto, entre os dois extremos apresentados anteriormente existe um ponto intermédio:

1.3.3. Marketing segmentado O marketing segmentado consiste em dividir o mercado global em subconjuntos denominados segmentos. Cada um desses segmentos deve ser homogéneo no que respeita aos elementos que o compõem. As mesmas motivações, a mesma faixa etária, o mesmo estilo de vida, etc.

1.3.4. Critérios de segmentação Nesta primeira etapa a empresa irá escolher o(s) segmentos(s) que considera mais pertinentes para proceder a uma divisão do mercado.

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Alguns dos critérios que podem ser escolhidos são os seguintes:

Geográficos É o processo de dividir o mercado em grupos com base na localização geográfica do "target": país, cidade, região, etc.

Demográficos Consiste na divisão do mercado com base em

características

da

população.

Essa

abordagem segmenta os consumidores de acordo com variáveis como: Idade, sexo, altura e peso do indivíduo, tamanho da família, etc.

Sociais e económicos Este critério procede à divisão do mercado com base no rendimento, nível de instrução, religião, etc.

1.3.5. Targeting (Alvo) Podemos dizer que o targeting é o processo que dá sequência à segmentação de mercado sendo que os segmentos são escolhidos

e

depois

definida

estratégia para cada um deles.

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uma


1.3.6. Desenvolvimento de uma política de marketing adequada a cada um dos segmentos Nesta etapa, o processo de segmentação já se encontrando totalmente definido, pelo que a empresa vai desenvolver o marketing-mix a ser adotado a cada um dos segmentos, adaptando-se às características de cada um deles. O marketingmix será abordado mais à frente neste curso.

1.3.7. Posicionamento Pode-se definir posicionamento como uma escolha estratégica que procura dar uma posição credível, diferente e atrativa uma oferta (produto, marca ou insígnia) no seio de um mercado e na mente dos clientes. (…) O posicionamento é a escolha, por parte das empresas, dos traços salientes e distintivos que permitam ao público situar o produto num universo de produtos comparáveis e de o distinguir da concorrência. In Mercator XXI

A título de exemplo, imaginemos o mercado das pastas dentífricas. Como todos sabemos, existem várias marcas pelas quais podemos optar. A questão que se coloca é a seguinte: como é que fazemos a nossa escolha? É aqui que a definição do posicionamento do produto vai ser determinante. Primeiramente vamos partir de um pressuposto com o qual todos decerto concordaremos: Todas as pastas dentífricas servem para lavar os dentes.

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No entanto, a forma como estas se pretendem apresentar no mercado não é a mesma.

Em alguns dentífricos é realçada a proteção contra a placa bacteriana, noutros a proteção do esmalte, noutros o preço, etc. Até é possível que a pasta A proteja a placa bacteriana com a mesma eficácia que a pasta B, no entanto, as empresas decidiram optar por um posicionamento diferente, considerando que a perceção que pretendem transmitir ao seu públicoalvo pode ser mais eficaz com a escolha que fizeram. Um facto a reter é que se a empresa não determinar o posicionamento do seu produto, será o mercado a fazê-lo com todos os perigos daí decorrentes. Se tivermos 20 pastas dentífricas numa prateleira de um supermercado e uma delas não comunicar nenhum fator que a realce e diferencie da concorrência, será o público-alvo a fazê-lo. Até pode ser que seja mais barata e o seu posicionamento fique assim definido, mas o cliente, que tende a simplificar estes conceitos, pode também passar a associar aquela pasta dentífrica como a que menos protege os dentes e/ou aplaca bacteriana, o que até pode não ser verdade.

Os

clientes

são

extremamente influenciados embalagens

pelas dos

produtos e respetivas mensagens. O produto até pode ser o melhor de todos, no entanto, se o público-alvo não estiver informado sobre as suas qualidades a probabilidade de sucesso da sua comercialização é mínima. Com a exceção de produtos de primeira necessidade, os clientes não compram apenas produtos, mas também benefícios e desejos.

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2. Marketing Mix Segundo Philip Kotler, o marketing-mix pode ser definido como: O conjunto de instrumentos controláveis de marketing – produto, preço, distribuição e comunicação, que a empresa utiliza para desenvolver uma estratégia adequada para o seu mercado alvo.

O marketing-mix, caracteriza a operacionalização do plano de marketing da empresa e é constituído pelos famosos 4 P´s, embora em português as inicias não sejam exatamente as mesmas.

Podemos dizer que estamos perante um instrumento que vai ajudar a empresa a delinear a sua política de produto, uma vez que todos os componentes do marketing-mix estão com ela relacionados.

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2.1. A importância da política de produto A política de produto é frequentemente o fator mais importante de uma estratégia de marketing. A justificação para esta relevância assenta essencialmente em dois aspetos.

 Dificilmente se conseguirá fazer bom marketing com um mau produto, ou seja, com um produto que não corresponda às expectativas dos consumidores;  A política de produto é geralmente a que implica os investimentos mais significativos, sendo que a ocorrência traz custos elevados à empresa e a sua correção é sempre difícil e dispendiosa.

2.2. Preço As

restantes

variáveis

marketing-mix distribuição

e

do

(produto, comunicação)

criam valor de utilização ou de imagem, enquanto o preço, para além de também ter impacto ao nível da imagem, tem como principal objetivo transformar

esse

valor

em

lucro para a empresa. É por esta razão que a definição de um preço para um determinado produto envolve diversas direções da empresa, nomeadamente a direção de marketing, a direção financeira e a direção geral.

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2.3. Distribuição Um produto só tem valor para um cliente se este se encontrar ao seu dispor no momento e no local em que dele necessita. Quanto maior for essa disponibilidade maior será a satisfação do cliente. É aqui que entra a política de distribuição de uma empresa, composta por um ou mais canais de distribuição, que têm como missão “transportar” o produto ou serviço do produtor até ao consumidor final. Um canal de distribuição é constituído por diversas categorias de intermediários que medeiam este processo.

2.4. Comunicação A comunicação é um fator decisivo para determinar a imagem que a empresa tem no mercado. Nesta sequência, é fundamental que a empresa desenvolva uma estratégia global de comunicação eficaz e adaptada à realidade e exigências do mercado em geral e do consumidor em particular.

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3. Web 2.0 Em 2004 a empresa norte-americana O’Reilly Media, criou o termo “Web 2.0”, termo utilizado e generalizado a nível global e que, na verdade, não representa qualquer evolução substantiva. Trata-se de um termo que apenas veio marcar uma forma diferente de utilização da web. Enquanto que numa primeira fase, a Web 1.0, era caracterizada pela livre disponibilização de uma enorme quantidade de informação ao alcance de todos, a Web 2.0 foi o termo encontrado para designar uma nova fase de relacionamento entre os utilizadores da www (world wide web). Com a Web 2.0, assistiu-se ao desenvolvimento e proliferação de inúmeros produtos, serviços e, acima de tudo, a implementação das redes sociais, criando e desenvolvendo autênticas comunidades. Podermos resumir esta ideia dizendo que a Web 1.0 estabelecia uma ligação entre computadores e a Web 2.0 a ligação entre pessoas e os proprietários dos websites. Outro impacto importante deu-se ao nível da disponibilização de software. Com a Web 2.0, terminaram os ciclos de lançamento de programas. Os programas passaram a ser corrigidos alterados e atualizados a todo o momento, sendo que o utilizador passou a ser participante ativo em todo este processo, reportando erros e dando sugestões de melhoria. Também no que diz respeito aos websites, a Web 2.0 trouxe uma dinâmica e interação com os utilizadores até aí inexistente. Dar opiniões, sugestões, avaliações e até intervir diretamente ao nível dos conteúdos, passou a ser normal e até por vezes solicitado pelos próprios proprietários das páginas e blogues. A wikipedia é um exemplo sobejamente conhecido. Não nos podemos esquecer também da imprensa online que passou a contar com os comentários dos seus leitores, leitores esses que são por vezes eles próprios fornecedores de notícias. Com toda esta interatividade é óbvio que uma das áreas mais beneficiadas foi o comércio efetuado através da internet. Com a Web 2.0 registou-se um “boom” no 18 www.nova-etapa.pt


que respeita à comercialização de todo o tipo de produtos e serviços. A empresa deixou de apenas comunicar com os seus clientes para passar a interagir com eles. Nesta sequência, surgiram novas abordagens de marketing com o objetivo de fazer face a uma nova realidade com novos desafios e, acima de tudo, sujeita a uma evolução constante.

3.1. O clouding ou cloud computing

O clouding, ou cloud computing que tem a sua origem na palavra inglesa cloud (nuvem), é um serviço que tem visto aumentar a sua popularidade junto das empresas, marcando uma tendência na Web 2.0. Como nuvens que pairam no ar, servidores online podem armazenar todo o tipo de dados dos utilizadores, estendendo-se inclusivamente aos próprios sistemas operacionais. Torna-se assim desnecessário a utilização de dispositivos de armazenamento próprios e a informação pode ser compartilhada com qualquer plataforma de acesso à web. Portugal não é exceção, sendo que se tem registado um aumento do número de empresas que optam por utilizar este tipo de serviço.

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3.2. Críticas ao conceitos de Web 2.0: Como já foi referido, a Web 2.0 não é uma internet sustentada por novas funcionalidades de índole tecnológica mas sim um conceito assente numa nova dinâmica da relação entre os internautas e os proprietários de websites e blogues. No entanto, este conceito é também alvo de algumas críticas uma vez que esta dinâmica, embora possa ter evoluído de forma exponencial, a verdade é que não é um conceito totalmente novo nem revolucionário.

Os críticos alegam, por

exemplo, que sempre existiram plataformas que possibilitaram a interação entre os seus participantes, nomeadamente nas universidades. Os fóruns eram também já uma realidade. Outros exemplos podem ser os casos do GeoCities (atualmente pertencente ao Yahoo!) que em 1995 oferecia espaço e ferramentas para que qualquer utilizador, mesmo com poucos conhecimentos, pudesse construir seu website. No mesmo ano, a loja virtual da Amazon já permitia aos seus clientes e visitantes a colocação de comentários e informações sobre os livros que estavam à venda. Um pouco mais tarde, em 1998, o Yahoo! lançava o MyYahoo!, possibilitando que a página de entrada no website fosse personalizada (com notícias, cores e outros elementos) pelo utilizador. Seja como for, e mesmo admitindo referidos

que pelos

os

factos

críticos

do

novo conceito sejam reais, o

WEB 2.0

que

é

verdadeiramente

importante é a constatação da forma

como

se

processa

atualmente a relação entre a internet e os que a utilizam. A conclusão

é

óbvia:

nunca

antes houve uma proximidade e interação tão intensas entre utilizadores e fornecedores de produtos, serviços e toda a espécie de plataformas que divulgam e disponibilizam os conteúdos mais variados. O culminar dessa aproximação está patente nas redes sociais que vamos começar a analisar no ponto seguinte.

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4. As redes sociais na internet

As redes sociais não são exclusivas da internet. O ser humano sempre teve tendência para se agrupar com os seus semelhantes, principalmente com aqueles com quem têm características comuns. Essas afinidades podem ser as mais diversas, desde localidades geográficas, estilos de vida, desportos, cinema, área profissional, etc.

O que a internet trouxe de novo foi o transporte dessas relações para a world wide web, criando autênticas comunidades virtuais e possibilitando um alcance impossível de conseguir de outra forma. Embora um pouco impessoal, a verdade é que se estabelecem diariamente milhares de “amizades” com utilizadores oriundos de todas as partes do mundo. Na internet, as redes sociais prescindem do espaço físico e geográfico, desenvolvendo as relações entre os seus membros independentemente destas variáveis.

Desta forma, as redes sociais têm ganho cada vez mais adeptos tendo à sua disposição um software amigável e de simples utilização, permitindo que qualquer pessoa tenha a possibilidade utilizar estes veículos independentemente dos seus conhecimentos informáticos.

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4.1. Evolução histórica

ClassMates.com

Podemos considerar a ClassMates.com como tendo sido a primeira rede social existente na internet. Com um grande sucesso nos Estados Unidos da América e Canadá, esta rede social nasceu com o objetivo de promover o reencontro e reatar relações entre antigos colegas de escola e amigos que já não se encontravam há muito tempo. O ClassMates.com teve a sua origem em 1995 e o serviço era pago. AOL Instant Messenger

Em 1997 surgiu o Instant Messenger pertencente à América Online e teve como grande virtude o facto de ter introduzido pela primeira vez as mensagens instantâneas. Apesar de este serviço estar limitado a assinantes, a popularização desta nova forma de comunicação foi um facto de grande importância.

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Sixdegress

No mesmo ano, surgiu a rede social Sixdegress que teve como principais características o facto de pela primeira vez ser possível criar um perfil virtual e publicar uma lista de contacto.

Friendster

Apesar de terem surgido entretanto mais algumas redes sociais, a Friendster destacou-se como sendo a rede social que mais se aproxima das atuais. Surgiu em 2002 e obteve um grande sucesso, estimando-se que possuía 3 milhões de utilizadores. Apesar dos constantes problemas técnicos a Friendster ainda tem algum sucesso no continente asiático.

My Space

No ano seguinte ao aparecimento do Friendster surgiu o Myspace que surgiu quase como uma cópia do Friendster mas que evoluiu rapidamente possibilitando

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aos seus utilizadores uma interatividade até aí inexistente em outras redes sociais. Para além do seu perfil, o utilizador podia colocar fotos e músicas. Também um blogue passou a ser disponibilizado, permitindo aos utilizadores procederem à sua personalização. Com uma enorme adesão, o MySpcace tornou-se numa das mais concorridas redes sociais à escala mundial.

LinkedIn

Também em 2003 surgiu a rede social Linkedin, uma rede inovadora uma vez que se dedicava exclusivamente à fomentação de relações profissionais entre os seus membros. A linkedin transformou-se também num local onde os profissionais podem divulgar o seu curriculum vitae tendo em vista a obtenção de um novo emprego. Para as empresas trata-se também de uma fonte de informação bastante útil a vários níveis, onde se destaca o recrutamento de novos colaboradores. Existem igualmente fóruns sobre áreas profissionais específicas em que os seus membros trocam ideias sobre a temática em questão. São grupos fechados mas (normalmente) de fácil adesão. Dada a sua especificada, é bastante frequente que os utilizadores de outras redes sociais adiram também ao linkedin, uma vez que não são mutuamente exclusivas.

Orkut

Em 2004 surgiu o Orkut, uma rede social desenvolvida por um engenheiro turco colaborador do Google. Esta rede social que teve como público-alvo inicial os

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utilizadores norte-americanos, acabou por transpor fronteiras, sendo também um sucesso em países como a Índia e o Brasil. Um dos sucessos do Orkut assentou no facto de que para se tornar membro era necessário receber o convite de um internauta já registado na rede social, o que acabou por fomentar uma relação intensa entre utilizadores. Vítima do sucesso de outras redes sociais, como o Facebook e o Twitter, acabou por ser desativado em 2014.

Facebook

No mesmo ano surgiu a rede social mais conhecida e com mais membros em todo o mundo: O Facebook. Fundada por um grupo de estudantes da Universidade de Harvard nos Estados Unidos da América, onde se destaca Mark Zuckerber, esta rede social teve como público-alvo inicial os alunos daquela universidade. No entanto, com o passar do tempo o Facebook alargou o seu âmbito de cobertura tendo-se tornado em 2006 completamente livre, ou seja, qualquer pessoa com mais de 13 anos poderia tornar-se membro sem qualquer tipo de limitação.

Twitter

A rede social Twitter surgiu em 2006 e foi criada pela Obvious Corporation. A sua estratégia assenta numa comunicação mais rápida e concisa entre os seus membros, limitando a publicação dos conteúdos a apenas 140 carateres.

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Apesar de nos primeiros anos o Twitter ter passado um pouco despercebido entre as redes sociais, a sua popularidade foi aumentando sendo hoje uma das principais a nível mundial. Pinterest

Lançado em 2010, o Pinterest é uma plataforma de partilha de fotografias e imagens que ganhou notoriedade rapidamente. No ano seguinte ao seu lançamento foi considerado um dos melhores websites pela revista Time. Desde cedo se tornou uma parte fundamental na estratégia de presença online de muitas empresas, com particular incidência das ligadas ao mundo da moda, que viram nesta rede social potencial para exporem os seus produtos a um público alargado. Em 2015 já é avaliada em 11 mil milhões de dólares.

Instagram

Ainda em 2010 é lançado o Instagram, um serviço móvel de partilha de imagens e vídeos. Com um crescimento muito rápido, em 2012, ano em que foi adquirido pelo Facebook por um valor calculado em mil milhões de dólares, mais de 100 milhões de utilizadores. Um dos aspetos mais importantes deste serviço é o tratamento de imagem através da utilização de filtros à disposição do utilizador. Faz parte igualmente da estratégia de presença online das grandes corporações

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que o utilizam como uma ferramenta de apoio à definição da imagems dos seus produtos. Google+

O Google + é talvez a mais recente rede social existente na internet tendo sido fundada em 2011 pelo Google. O motor de busca mais utilizado em todo o mundo apostou num novo tipo de relacionamento entre os seus utilizadores, possibilitando-lhes selecionar os seus “amigos” agrupando-os em círculos independentes conforme a sua natureza. Outra das inovações desenvolvidas pelo Google+ é a disponibilização da ferramenta Hangout que possibilita que seja efetuada uma vídeo-conferência em tempo real com vários utilizadores em simultâneo. Apesar de inicialmente o Google + ter registado uma enorme e rápida expansão, existem dúvidas sobre a intensidade de utilização da rede. Uma vez que a utilização de uma série de outros serviços disponibilizados pela empresa está dependente da criação de um perfil nesta rede, é difícil extrapolar quantos destes perfis são efetivamente utilizados para interagir socialmente. Um estudo de Abril de 2014 concluiu que, dos 2.2 mil milhões de utilizadores apenas 111 milhões registavam atividade.

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5. Dados estatísticos das redes sociais em 2014 No final do ano de 2014, as redes sociais em todo o mundo tinham registado 1.8 mil milhões de contas, prevendo-se que esse número chegue aos 2.4 mil milhões em 2018. De seguida, vamos ver alguns números sobre as redes sociais mais representativas.

Facebook 

Número de utilizadores do Facebook no final de 2014: Cerca de 1400 milhões;

Número de novos utilizadores adicionados durante o ano: 370 milhões;

Número de utilizadores que acederam ao serviço a partir de telemóvel: 1200 milhões.

Twitter 

Número de contas no final de 2014: 288 milhões;

Número de tweets diários no final de 2013: 500 milhões.

Linkedin  Número de utilizadores no final de 2014: 347 milhões;  Número de contas de empresas no final de 2014: mais de 4 milhões;  Percentagem do total dos acessos Linkedin realizados via telemóvel: 50%.

Google +  Número de utilizadores: 2.2 mil milhões;  Percentagem dos utilizadores que acedem ao serviço regularmente: ~5%;

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