Nutrição em Pauta out2022 impressa

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O PERIGO ESCONDIDO ATRÁS DOS FITOTERÁPICOS R$30,00 - outubro 2022 Ano 30 Número 176 Edição Impressa São Paulo FUNCIONAIS | GASTRONOMIA | PEDIATRIA | FOOD | CLÍNICA ISSN 1676-2274 A REVISTA DOS MELHORES PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO +

O Perigo Escondido atrás dos Fitoterápicos

Projeto trinta anos da Nutrição em Pauta

A Revista Nutrição em Pauta completou trinta anos e para comemorar estamos convidando importantes profissionais do setor, e que são nossos parceiros, para es creverem um artigo de opinião sobre pontos polêmicos e inovadores sobre sua expertise e área de atuação.

Nesta edição convidamos a Profa. Dra Sula de Camargo para abordar o tema “O Perigo Escondido Atrás dos Fitoterápicos”.

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Aproveite as informações científicas atualizadas desta edição da revista Nutrição em Pauta.

Dra. Sibele B. Agostini

CRN 1066 – 3a Região

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A REVISTA DOS MELHORES PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO

Ano 30 - número 176 - outubro 2022 - edição impressa

5. O Perigo Escondido Atrás dos Fitoterápicos

9. Protocolo Alimentar para o Pós-operatório da Doença do refluxo Gastroesofágico

14. Dieta Plant-Based em Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2

19. Galactosemia: Suplementação de Ácidos Graxos na Introdução Alimentar Infantil para melhor Resposta Neuromoduladora

25. Ação Antimicrobiana de Óleos Essenciais de Pimenta Preta, Salsa e Manjericão Doce

29. Técnicas Gastronômicas Le Cordon Bleu: Diamant de Limão

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Fotógrafo

Alexandre

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ISSN 1676-2274
Consultor de Gastronomia Colaboradores Chef Patrick Martin Chef Fabiana B. Agostini
Assinaturas Indexação Editoração Eletrônica
Agostini assinaturas@nutricaoempauta.com.br A revista Nutrição em Pauta está indexada na Base de Dados PERI da ESALQ/USP Produzida em outubro de 2022 nesta edição OUTUBRO 2022

Herbal medicines: danger from behind

matéria de capa

O Perigo Escondido atrás dos Fitoterápicos

Introdução

Com frequência, cada vez maior, os fitoterápicos têm sido implicados como causa de mortes, e outros efei tos adversos que podem variar quanto à gravidade, como lesões hepáticas, distúrbios psiquiátricos, cardíacos, de coagulação, hipertensão. Esta implicação pode estar re lacionada a diversos fatores como: adulterações de plan tas medicinais (troca de espécies vegetais), com ou sem drogas aprovadas e/ou proibidas, bem como com plantas comprovadamente tóxicas, por contaminação com metais pesados tóxicos, erros na prescrição entre outros (BRIT ZA et al., 2022; FARRINGTON et al., 2018; ANVISA, 2010; ELDIN; DUNFORD, 2001).

Neste artigo, apresentaremos esses fatores para despertar a reflexão, pelo nutricionista prescritor de fitoterápicos.

Desenvolvimento

A saber, fitoterápico é um produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo

medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterá pico (ANVISA, 2014). E podem ser comercializados nas farmácias de manipulação, entretanto, não recebem esta nomenclatura.

Adulteração de plantas medicinais é uma realida de e pode colocar em risco a saúde humana, existem ca sos de adulterações acidentais, por controle de qualidade insuficiente, mas tão alarmantes quanto aqueles intencio nais (STORION et al., 2020).

Alto teor de metais pesados, por cultivo em solo contaminado, processo de fabricação comprometido, in serção intencional como por cromato de chumbo para deixar a cúrcuma mais amarela, e consumo de plantas tó xicas, podem levar ao envenenamento (PHUA et al., 2009; FORSYTH et al., 2019).

Há que se considerar a possibilidade de haver grande variação da concentração de substâncias ativas/ marcadores em fitoterápicos, o que pode implicar em to xicidade. Estudo de Gurley et al. (2000), identificou va riação de substâncias ativas/marcadores em produtos de Ephedra sinica, em até dez vezes, entre os lotes. E Libert et al. já em 1978, identificou variação de até 200 vezes em produtos de Ginseng.

No estudo de Fenclova at al. (2019), foram obser vadas diferenças significativas no conteúdo de substância ativa/marcador em fitoterápicos de uma mesma planta medicinal, comercializados nos Estados Unidos e mer

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O Perigo Escondido Atrás dos Fitoterápicos

cados checos, variações intra e entre lotes. E como agra vante, identificaram altas concentrações de micotoxinas, diversos pesticidas, presença substancial de contaminação microbiológica, apontando para sérios problemas de se gurança e poderiam explicar a inconsistência na eficácia inclusive.

É importante que o nutricionista conheça aspec tos relacionados à controle de qualidade, opções de fitote rápicos disponíveis no mercado, inclusive aqueles comer cializados de forma irregular, regulamentação da área e que direcione sua prática clínica para evitar que o cliente/ paciente/usuário consuma um fitoterápico adulterado por qualquer que seja o tipo de adulteração.

Por outro lado, há a coexistência de uma premis sa antiga de que o que é “natural” não faz mal o que re presenta também uma possível contribuição para efeitos adversos graves e até morte (LANINI et al., 2009)

Considerando que a segurança dos medicamen tos/fitoterápicos é a probabilidade de não causar dano, nas condições de uso propostas, e a eficácia é a capacidade de induzir um benefício clínico (MOREIRA et al., 2014), esse binômio é um ponto de partida relevante para o Nutricio nista ponderar antes de definir a prescrição do fitoterápi co.

Dentro os erros relacionados à prescrição, que podem comprometer a segurança do tratamento com fi toterápicos, pode-se mencionar: 1) indicação de plantas medicinais que não apresentam dados de segurança, em estudos em humanos; 2) dosagens superiores aquelas consideradas seguras ou falta de ajuste de dose, conforme sistemas de entrega/formulações específicas que potencia lizam a biodisponibilidade do produto; 3) período prolon gado de uso; 4) associação de plantas medicinais ou até com outras substâncias sem base científica para sustentar estas combinações; 5) falha na anamnese, com ausência de informações sobre medicamentos, plantas medicinais/fi toterápicos, suplementos alimentares e outras substâncias consumidas pelo cliente/paciente/usuário; 6) Orientações aos clientes/pacientes/usuários, insuficientes, sobre a uti lização; 7) prescrição de um fitoterápico, com base no uso tradicional reconhecido, para outra indicação e/ou dose e/ ou tempo de uso.

Quanto às falhas na anamnese, pode ocorrer maior chance de interações medicamentosas indesejáveis que não foram cogitadas e assim, diminuir a segurança do tratamento. E os mais suscetíveis são aqueles em uso de medicamentos com baixo índice terapêutico, polimedica dos, com doenças crônicas, idosos (PHUA et al., 2009).

Cabe mencionar que erros na prescrição ocorrem

também por desconhecimento por parte do profissional. Entretanto, isso não exime a responsabilidade pelo ato, cabendo ao nutricionista responsabilidade ética, civil e criminal quanto aos efeitos da sua prescrição na saúde do cliente/paciente/usuário (CFN, 2021).

Destaca-se que a notificação de eventos adversos é relevante, pois integra a farmacovigilância pós-comer cialização, subsidia informações para avaliação integral da eficácia e segurança daquele fitoterápico, sob condições de uso pela população (MOREIRA et al., 2014).

A Resolução do Conselho Federal de Nutricio nistas (CFN) nº 680 de 2021, no Art. 13, parágrafo único, refere que “na identificação de efeitos colaterais, efeitos adversos, intoxicações, voluntárias ou não, observadas ou relatadas pelos clientes/pacientes/usuários, o nutricionis ta deverá registrar no prontuário e, quando pertinente, notificar os órgãos sanitários competentes, assim como o laboratório industrial ou a farmácia de manipulação”.

Para a prescrição de fitoterápicos, o Conselho Fe deral de Nutricionista exige habilitação em fitoterapia que pode ser solicitada a partir da apresentação de certificado de pós-graduação ou título de especialista, na área, con forme dispositivos da Resolução CFN nº 680 de 2021.

O nutricionista com a devida capacitação na área terá construído conhecimentos e habilidades suficientes para mitigar os riscos à saúde da população. Se tomados os devidos cuidados, a prescrição e a utilização de fitote rápicos é segura.

Os chás medicinais e os fitoterápicos são prescri tos ou utilizados para manutenção da saúde, prevenção de doenças e agravos, controle da dor, tratamento de doenças agudas ou crônicas, de forma integrada e complemen tar aos medicamentos convencionais e até mesmo como substitutos, em situações específicas (BOURGON, 2022). No contexto de trabalho do nutricionista, a fitoterapia é adotada na assistência nutricional e dietoterápica (CFN, 2021).

Conclusão

Realmente existem riscos no consumo de fitoterá picos, como mortes, e outros efeitos adversos que podem variar quanto à gravidade, como lesões hepáticas, distúr bios psiquiátricos, cardíacos, de coagulação, hipertensão. Entretanto, estes riscos podem ser consistentemente miti gados.

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Herbal medicines: danger from behind

Para a prescrição de fitoterápicos, o nutricionis ta deve atender às exigências legais da classe profissional, dispostas em regulamentação específica.

matéria de capa

Sobre os autores

Profa. Dra. Sula de Camargo - Nutricionista e docente. Coordenadora Pós-graduação em Fitoterapia. Mestre em Ciências. Pós-graduada em Nutrição clínica; Educação; Gestão em saúde; Fitoterapia e Suplementação nutricional. Membro de Grupos de Trabalho de fitotera pia, e práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) e convidada no GT de suplementos alimentares do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN).

FORSYTH, J.E., NURUNNAHAR, S. ISLAM, S.S., BAKER, M., YEASMIN, D. ISLAM, M. S. et al. Turmeric me ans “yellow” in Bengali: Lead chromate pigments added to turmeric threaten public health across Bangladesh. Environ Res. Dec;179(Pt A):108722. 2019.

GURLEY, B.J., GARDNER, S.F., HUBBARD, M.A. Content versus label claims in ephedra-containing dietary supplements. Am J Health Syst Pharm 57:963–969. 2000.

LANINI, J., DUARTE-ALMEIDA, J.M., NAPPO, S., CARLINI, E.A. “O que vêm da terra não faz mal” - relatos de problemas relacionados ao uso de plantas medicinais por raizeiros de Diadema/SP. Brazilian Journal of Pharmacognosy 19(1A): 121-129, Jan./Mar. 2009.

LIBERTI, L.E., MARDEROSIAN A. Evaluation of commercial ginseng products. J Pharm Sci 67:1487–1489. 1978.

MOREIRA, D.L.; TEIXEIRA, S.S.; MONTEIRO, M.H.D., DE-OLIVEIRA, A.C.A.X., PAUMGARTTEN, F.J.R. Rev Bras Farmacogn 24: 248-257. 2014.

PHUA, D.H., ZOSEL, A., HEARD, K. Dietary su pplements and herbal medicine toxicities—when to anticipa te them and how to manage them. Int J Emerg Med 2:69–76. 2009.

REFERÊNCIAS

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂN CIA SANITÁRIA. Informe técnico nº 44, de 22 de dezembro de 2010.

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂN CIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 26, de 13 de maio de 2014.

BOURGON, R. Herbal Medicine: Friend or Foe? J Adv Pract Oncol;13(3):260–264. 2022.

BRITZA, S.M., FARRINGTON, R, MUSGRAVE, I.F., ABOLTINS, C., BYARD, R.W. Could herbal soup be a potentially unrecognized cause of hepatotoxicity at autopsy? Forensic Sci Med Pathol. Jun 24 : 1–4. 2022.

CFN. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONIS TAS. Resolução CFN nº 680, de 19 de janeiro de 2021. ELDIN, S.; DUNFORD, A. Fitoterapia na atenção primária à saúde. São Paulo: Manole, 2001.

FARRINGTON, R., MUSGRAVE, I., NASH, C., BYARD, R.W. Potential forensic issues in overseas travel lers exposed to local herbal products. J Forensic Leg Med. Nov;60:1-2. 2018.

FENCLOVA, M., NOVAKOVA, A., VIKTOROVA, J., JONATOVA, P., DZUMAN, Z. RUML, T. et al. Poor che mical and microbiological quality of the commercial milk thistle-based dietary supplements may account for their re ported unsatisfactory and non-reproducible clinical outco mes. Scientific Reports 9:11118. 2019.

STORION, A.C., GONÇALVES, C.P.; MARCUC CI, M.C. Técnicas analíticas hifenadas na identificação de marcadores químicos e adulterações em produtos naturais. Rev. Virtual Quim. v 12, n4, p: 1038-1055.2020.

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E J A O S N O V O S C U R S O S E A D E M W W W N U T R I C A O E M P A U T A C O M B R
Suplementos Esportivos Fitoterapia Nutrição e Estética Mindful Eating Nutrição e Pediatria Nutrição no Envelhecer Estratégias para Emagrecimento Microbiota Instestinal Cirurgia Bariátrica Nutrição e Esportes

Food protocol for Post-Operative

clínica

Protocolo Alimentar para o Pós-operatório da Doença do Refluxo Gastroesofágico

RESUMO: O estudo teve o objetivo de desenvolver um protocolo alimentar para o período pós-operatório da Doença do Refluxo Gastroesofágico. O protocolo desen volvido foi composto por seis itens: orientações nutricio nais gerais, plano alimentar qualitativo e receitas culiná rias para a primeira à quarta semana pós- operatória, além de orientações para flatulência e constipação intestinal. De acordo com a evolução da dieta, no pós-operatório, foram sugeridas seis refeições diárias: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Para cada refeição, foram listadas três opções de preparações prio rizando alimentos in natura e minimamente processados, adaptadas ao período do pós-operatório que o paciente se encontrava. Sabendo da importância do aconselhamento nutricional, fica evidente a influência da nutrição no bem -estar e na recuperação dos pacientes submetidos à cirurgia para tratamento da Doença do Refluxo Gastroe sofágico, bem como o importante papel do nutricionista para a recuperação e promoção da saúde desses pacientes.

ABSTRACT: The study aimed to develop a dietary protocol for the postoperative period of Gastroesophageal Reflux Dis ease. The protocol developed consisted of six items: general nutritional guidelines, qualitative food plan and cooking recipes for the first to fourth postoperative week, in addi tion to guidelines for flatulence and constipation. According

to the diet evolution in the postoperative period, six daily meals were suggested: breakfast, morning snack, lunch, af ternoon snack, dinner, and evening snack. For each meal, three dishes options were listed, prioritizing fresh and min imally processed food adapted to the postoperative period. Knowing the importance of nutritional counseling, the in fluence of nutrition on the well-being and recovery of pa tients undergoing surgery for the treatment of Gastroesoph ageal Reflux disease is evident, as well as the important role of the nutritionist for the recovery and health promo tion of these patients.

Introdução

O refluxo gastroesofágico (RGE) é uma condi ção fisiológica que pode ocorrer em qualquer indivíduo, sendo definido como o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, sem complicações ou associações com outras doenças. Quando está relacionado com patologias, é reco nhecido por doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), o qual remete a quadros mais graves, sendo uma queixa frequente na prática médica. A causa da DRGE é multifa torial, mas uma das principais é a interação do refluxo áci do com fatores dietéticos, comportamentais e emocionais

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Gastroesophageal Reflux Disease

(RAPÔSO et al., 2010).

A doença apresenta alta prevalência na popula ção brasileira, com prevalência de 12% a 20%, podendo ter consequências sociais potencialmente graves, uma vez que a dor e o desconforto relatados afetam adversamen te muitos aspectos da vida. É notificada mais na popula ção com idade superior a 50 anos, fumantes, em uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e indivíduos obesos, porém estudos têm mostrado uma tendência para o aumento na população mais jovem (El-SERAG et al., 2014; MORAES FILHO; DOMINGUES, 2016; YAMA SAK; EUSEBI, 2018; BORTOLI et al., 2021).

Os sintomas típicos da DRGE, como a pirose, a disfagia e a odinofagia, podem comprometer a qualidade de vida do paciente e devem ser devidamente investiga dos e tratados. O tratamento pode ser clínico e cirúrgico, sendo a maior dificuldade do tratamento clínico, manter os pacientes assintomáticos, o que acaba levando ao trata mento cirúrgico. Na ausência de um tratamento adequa do, podem surgir complicações, como o esôfago de Barret que pode evoluir para um adenocarcinoma (FREITAS et al., 2017; HENRY, 2014).

Assim, o tratamento cirúrgico, na maioria das vezes, é recomendado quando o paciente precisa utilizar medicação de forma ininterrupta ou não responde ao tra tamento clínico farmacológico, além daqueles que apre sentam formas mais agravadas da doença (HENRY, 2014; BORTOLI et al., 2021).

A nutrição adequada para o paciente cirúrgico da DRGE é fundamental para a boa evolução clínica e redu ção de complicações pós-operatórias. Sabe-se que a inges tão de refeições sólidas é bastante complicada, e esse pro cesso varia em um período entre duas a quatro semanas, no qual é recomendado fazer pequenas e mais frequentes refeições, e, quando for possível, avançar progressivamen te para consistência sólida. Isso acontece devido à disfagia leve e temporária que acontece no pós-operatório imedia to, decorrente do edema no esôfago causado pelo procedi mento cirúrgico (AGUILAR-NASCIMENTO et al., 2007; BETTINI et al., 2020; DAĞLI et al., 2017).

Nesse sentido, com base na atual ausência de um protocolo alimentar que auxilie os pacientes e profissio nais com relação ao manejo adequado da dieta no pós -operatório da DRGE, o objetivo desta pesquisa foi de senvolver um protocolo alimentar para o pós-operatório da DRGE.

Protocolo Alimentar para o Pós-operatório da Doença do refluxo Gastroesofágico

Metodologia

Para o desenvolvimento do protocolo nutricional no pós-operatório da doença do refluxo gastroesofágico, foi realizada uma pesquisa descritiva, com abordagem teórica de natureza qualitativa. O levantamento biblio gráfico sobre a DRGE foi realizado por meio das bases de dados no Scientific Electronic Library Online – ScieELO e Pubmed/Medline, websites de órgãos oficiais nacionais e internacionais, bem como em livros técnicos.

O protocolo foi desenvolvido em formato de ebook, por meio da plataforma de design gráfico Adobe InDesign®, escrito com linguagem simples e de fácil com preensão, além da utilização de imagens e ilustrações, visando ser atraente e agregar conhecimento ao leitor. O material foi elaborado como um manual, permitindo seu acesso on-line ou impresso, destinado aos profissionais da saúde prioritariamente, mas também aos pacientes do pós-operatório, desta forma, podendo ser utilizado por qualquer pessoa ou estabelecimento.

O conteúdo foi dividido em seis itens: orientações nutricionais gerais para o pós- operatório, plano alimen tar qualitativo com receitas culinárias para a primeira à quarta semana pós-operatória, e orientações para auxiliar a evitar ou minimizar o desconforto causado pela flatu lência e constipação intestinal neste período. As orientações nutricionais e plano alimentar fo ram elaboradas com base em livros técnicos de nutrição humana (CUPPARI, 2014; MAHAN; RAYMOND, 2018).

Já, as receitas culinárias foram adaptadas de websites de gastronomia e do acervo de receitas das próprias pesqui sadoras.

Todas as receitas culinárias saudáveis sugeridas foram testadas previamente pela pesquisadoras, priori zando alimentos in natura e minimamente processados, de baixo custo e fácil acesso pela população em geral, sen do adaptadas para o período do pós-operatório em que o paciente se encontrava, primeira a quarta semana. Além disso, foram apresentadas a composição nutricional das receitas por porção. A composição nutricional das receitas foi calculada com o auxílio de planilha eletrônica, pelas tabelas de composição de alimentos TACO (UNICAMP, 2011) e Tabela do IBGE (IBGE, 2011) e software DietS mart®.

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Food protocol for Post-Operative Gastroesophageal Reflux Disease clínica

Resultados e Discussões

No pós-operatório de cirurgias gastrointestinais, as orientações nutricionais possuem papel relevante para a recuperação e evolução do paciente, tanto de forma ime diata quanto tardia (BELELI, 2017).

Assim, as orientações nutricionais gerais do pro tocolo foram apresentadas em forma de tópicos, utilizan do linguagem simples, sem o emprego de termos técni cos, de modo que facilitasse a compreensão de um maior número de pessoas. Segundo Freire (2004), o uso da lin guagem simples e direta é o grande fator responsável pela facilidade na compreensão das informações. Nesse senti do, percebe-se a importância do uso da linguagem ade quada na construção de informação para que esta, possa se tornar um instrumento que facilite a comunicação com os grupos sociais que dela necessitam.

Conforme Ravelli et al. (2007) e Carvalho et al. (2018), as cirurgias no trato gastrointestinal podem levar a uma redução significativa no consumo alimentar dos pacientes, decorrente da intolerância alimentar ou sin tomas relatados, podendo acarretar a ingestão de dietas pouco energéticas e com deficiências nutricionais, com consequentes complicações nutricionais incluindo a des nutrição, na recuperação pós-cirúrgica.

Desta forma, além das orientações gerais, tam bém foi sugerido um plano alimentar qualitativo, com posto por seis refeições diárias: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. O maior fracionamento da dieta, bem como a diminuição do vo lume das refeições, são condutas dietoterápicas considera das eficazes para a melhoria do quadro de DRGE e maior aceitação da alimentação no pós-operatório (MORAES FILHO; DOMINGUES, 2016).

Para cada refeição, foram indicadas três opções de preparações para facilitar a escolha, mas, por serem orientações qualitativas, não foi orientado quantidade de ingestão, apenas os tipos de alimentos e preparações que podem ser consumidos. O protocolo desenvolvido é so mente uma orientação alimentar, pois conforme Resolu ção CFN Nº 304, de 26 de dezembro de 2003 (CFN, 2003), o atendimento clínico individualizado, de acordo com as necessidades nutricionais, existência de patologias, e pre ferências alimentares do paciente, deve ser elaborado ex clusivamente por nutricionista.

O protocolo foi dividido em quatro semanas, para

atender as necessidades de acordo com o estágio de evo lução da dieta do pós-operatório, levando-se em cosidera ção a consistência da dieta (dieta líquida, dieta pastosa e dieta branda) e os alimentos permitidos para cada estágio, ou seja, foram sugeridas preparações sem condimentos que pudessem irritar e/ou estimular o trato gastrintesti nal, sem alimentos fermentativos e de difícil digestibili dade, haja visto que estas recomendações fazem parte da intervenção nutricional para DRGE, visando facilitar a aceitação da dieta, minimizar sintomas e garantir a ade quação de nutrientes e aporte energético (APARECIDO -GONÇALVES et al., 2016).

Atualmente, orienta-se o início precoce da inges tão oral de alimentos por pacientes submetidos a cirurgias gastrointestinais altas (LOPES et al., 2018), por isso, já na primeira semana no pós-operatório, orientou-se a ali mentação oral, mas com consistência alterada, por meio de dieta líquida, passando-se para dieta pastosa na segun da semana e progredindo para a dieta branda, na terceira e quarta semanas do pós-operatório.

Quanto às receitas culinárias sugeridas no plano alimentar, ao todo, foram incluídas 72 receitas antifer mentativas e de fácil digestibilidade, cada uma apresen tando os ingredientes em medidas caseiras e gramatura, modo de preparo e com a composição nutricional, em valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais e fibras por porção das refeições. Desta forma, as recei tas culinárias desenvolvidas podem auxiliar na recupera ção da saúde dos pacientes, além de, segundo Silva et al. (2021), ser uma estratégia de promoção da alimentação saudável.

Para a elaboração de todo o protocolo, foram consideradas as orientações nutricionais contidas no Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014), principalmente no que tange ao grau de processamento de alimentos, onde os alimentos in natura ou minimamente processados devem compor a base da alimentação. Por conta disso, os alimentos processados, óleos, gorduras, açúcar e sal, foram utilizados em pequenas quantidades como ingredientes nas receitas culinárias sugeridas, já, os alimentos ultraprocessados não foram utilizados.

Ao final do protocolo foram incluídas orientações espe cíficas para flatulência e constipação intestinal, pois uma das complicações mais comuns no pós-operatório para DRGE é a disfagia, que pode estar acompanhada de fla tulência e distensão abdominal (MIRANDA et al., 2022).

Além disso, pode ocorrer constipação em pacientes inter nados e no pós-operatório, decorrente, muitas vezes, pelo

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uso de medicamentos, diminuição do consumo de fibras alimentares e baixa ingestão de líquidos (BARROS; SOA RES; LOBO, 2019; SILVA et al., 2020).

Não foi orientado nenhum tipo de suplementa ção no pós-operatório, pois para tal, é necessário verifi car as necessidades nutricionais individuais do paciente, aceitação e consumo alimentar no período, o que deve ser feito pelo nutricionista, durante sua atuação clínica (CFN, 2003).

Desta forma, Cruz e Morimoto (2004) destacam a importância da atuação do profissional nutricionista no atendimento ao paciente em tratamento pós-cirúrgico, por exemplo, verificando a capacidade de adesão às orien tações nutricionais estabelecidas, incluindo melhorar a mastigação, horários das refeições e alimentação adequa da, sendo estes fatores essenciais à evolução no pós-ope ratório.

Profa. Dra. Renata Carvalho de Oliveira - Douto ra e Mestre em Nutrição. Nutricionista. Docente do cur so de Nutrição do Centro Universitário Católica de Santa Catarina

O desenvolvimento de um protocolo para o pós -operatório da cirurgia da DRGE, voltado para os pro fissionais de saúde e pacientes, pode ser utilizado como uma estratégia para prevenir as principais complicações no pós-operatório e proporcionar uma maior rapidez no processo de recuperação. O protocolo foi pensando con siderando a consistência indicada para cada semana do pós-operatório e a digestibilidade dos alimentos, mas também a qualidade nutricional e a palatabilidade das preparações.

Diante da ausência de um protocolo específico para o pós-operatório da DRGE e, sabendo-se da im portância do aconselhamento nutricional, fica evidente a influência da nutrição no bem-estar e na recuperação dos pacientes submetidos à cirurgia para tratamento da DRGE, bem como o importante papel nutricionista para a recuperação e promoção da saúde desses pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: Procedimento cirúrgico. Dietotera pia. Nutrição. Doenças do sistema digestivo. Alimentação saudável.

KEYWORDS: Surgical procedure. Diet therapy. Nutrition. Digestive system disease. Healthy eating.

RECEBIDO: 12/8/22 – APROVADO: 4/10/22

Sobre os autores

Dra. Ana Flávia Wuthstrack; Dra. Caroline de Souza Kair; Dra. Cibeli Salvador Quadros - Nutricionis tas pelo Centro Universitário Católica de Santa Catarina.

REFERÊNCIAS

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Plant-Based Diet on Type 2 Diabetes Mellitus Patients

Dieta Plant-Based em Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2

RESUMO: Em decorrência da crescente adesão às dietas plant-based, bem como a possível correlação positiva entre uma alimentação rica em vegetais e a prevenção e manejo do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), investigou-se os benefí cios desse tipo de alimentação no quadro especificado. To mou-se por objetivo, discutir a relação do padrão plant-ba sed na prevenção e tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2. Foi realizado uma revisão de literatura, incluindo estudos dos últimos cinco anos. Os resultados apresentados corro boraram com a hipótese de que as dietas plant-based, ou a redução significativa do consumo alimentos de origem ani mal e, principalmente carne vermelha processada trazem benefícios significativos no controle metabólico do DM2. Portanto, observa-se uma correlação positiva de proteção entre dietas plant-based resistência insulínica, DM2 e pro gressão da doença.

ABSTRACT: Due to the increasing adherence to plantbased diets, as well as the possibility of promoting the pre vention and management of type 2 diabetes (T2DM), in vest in the benefits of this type of diet. A literature review was performed, including studies from the last five years. The results presented corroborate the hypothesis that plantbased diets, or a significant reduction in the consumption of foods of animal origin, and especially processed red meat, bring significant benefits in the metabolic control of T2DM.

Therefore, there is a positive correlation of protection be tween plant-based diets, insulin resistance, T2DM and dis ease progression.

Introdução

O Diabetes Mellitus (DM) é uma Doença Crôni ca Não Transmissível (DCNT), considerada uma comor bidade que acomete pessoas em todo o mundo. Dentre os diversos fatores associados ao aumento da prevalência estão o sedentarismo, dietas ricas em açúcares, gordura saturada e alimentos ultraprocessados (SBD, 2019).

A Sociedade Internacional de Diabetes (IDF) afirma que há, no mundo 351,7 milhões de pessoas com DM, com idade entre 20 e 64 anos, somando as diagnos ticadas e não diagnosticadas, o índice global é de 9,3% de acometimento populacional. A IDF também mostra que em território brasileiro há 16,780 milhões de portadores de DM e a previsão é que em 2030 esse número alcance 486,1 milhões (IDF, 2019).

O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é um distúr bio metabólico caracterizado pelo estado hiperglicêmico crônico causado pela deficiência na ação e produção de insulina, isto é, um quadro de resistência à insulina. Se gundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Dia

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Dieta Plant-Based em Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 funcionais

betes (SBD), uma dieta balanceada associada à prática de exercícios físicos, é capaz de reduzir a incidência de DM2 e as complicações micro e macrovasculares (SBD, 2019)

Atualmente a população brasileira vem acompa nhando uma série de lançamentos de alimentos produ zidos com ingredientes vegetais, conhecidos pelo termo inglês “plant-based”. Esta categoria de alimentos surge como alternativa à proteína animal e varia entre bebidas, doces e até produtos similares à carne, peixe, frango. Po rém, até o momento se limitavam a focar em consumido res veganos e/ou vegetarianos e produzidos unicamente de soja, mas agora ampliam-se a toda população que te nha interesse por uma alimentação mais focada em ve getais ou com menor consumo de alimentos de origem animal (AGUIAR; SANTOS, 2022).

Na revisão realizada por Marrone et al. (2021), foi observado que dietas plant-based aumentam o consumo de fibras, ômega 6, carotenóides, carboidratos simples e complexos. Também parece reduzir a glicemia de jejum comparada às dietas com padrão onívoro. No entanto, o estudo ressalta a necessidade de acompanhamento cons tante com o objetivo de prevenir deficiências proteicas e vitamínicas e de minerais como, vitamina B12, ferro, zin co, vitamina D, cálcio e iodo.

Com o crescimento das dietas plant-based e seu possível papel protetor nas DCNT, optou-se por investigar os seus benefícios em portadores de DM2. Dessa forma, o presente estudo, tem como objetivo relacionar os benefí cios da dieta plant-based, na prevenção e controle meta bólico do DM2.

Métodologia

Trata-se de uma revisão de literatura contendo artigos datados entre 2017 à 2022, pesquisados nas bases de dados: National Library of Medicine Institutes of He alth (PubMed), Literatura Latino-Americana Ciências de Saúde (LILACS), Medline Scientific Eletronic Libray On line (SciELO). Os descritores para busca (DeCS/MeSH) foram “Diabetes Mellitus”, “Dieta Vegetariana”, “Benefí cios”, “Riscos”, “Plant-based Diets” e “Diabetes Type 2”. A seleção bibliográfica estabeleceu os seguintes critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, escri tos na língua portuguesa, inglesa, Como critério de exclusão adotou-se textos in compatíveis com os objetivos do estudo, cartas ao editor e relatos de caso, além de estudos em animais. Por fim, foram selecionados 112 artigos, entre estes 78 foram ex

cluídos. Para compor os resultados deste estudo, foram selecionados 9 artigos.

Resultados

Segundo Gibbs et al. (2022) a menor prevalência do DM2 está associada ao grupo de pessoas que adotam o padrão plant-based quando comparados aos grupos com consumo frequente de carne vermelha. Nesta mesma re visão os autores mostram que em uma coorte de 17 anos com 8401 indivíduos houve uma redução de 74% na in cidência e prevalência de DM2 na população com dieta isenta de carne vermelha.

Khaleova et al. (2019) trazem um ensaio con trolado, com 20 homens com idade média de 47 anos e com diagnóstico de DM2, com Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 35 kg/m2, foram randomizados em dois grupos que, em jejum, receberam, respectivamente: dieta com carnes processadas (hambúrguer) e dieta plant-based (hambúrguer de tofu). Ambos os grupos permaneceram sem intervenção de medicamentos até a coleta de todos os dados. Os resultados observados foram: resposta glicêmi ca pós-prandial semelhante em ambos os grupos. Porém no grupo com refeição vegana houve um aumento de 55% na sensibilidade à insulina, aumento do peptídeo C, pep tídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) quando compa rado como grupo onívoro.

Nesta revisão sistemática, com objetivo de ob servar os padrões dietéticos e o impacto no DM2, evi denciou-se que dietas vegetarianas quando comparados às onívoras apresentam 50% menor risco no desenvolvi mento de DM2. Dietas ricas em vegetais, com pouca ou isentas de carne, auxiliam na prevenção e tratamento do DM2 pelo aumento da sensibilidade à insulina. Outros benefícios observados pelos autores é a proteção cardio vascular e o impacto positivo na redução ponderal, que atua na redução da resistência à insulina e melhor contro le glicêmico (PAPAMICHOU et al., 2019).

Nesta meta-análise notou-se uma associação in versamente proporcional no consumo de produtos deri vados de leite de origem animal, frutas e grãos integrais e o risco de DM2, entretanto, no que diz respeito ao consu mo de carne vermelha processada e refrigerantes, o risco aumenta de maneira direta. No entanto, na maioria dos estudos, o consumo de vegetais, frutas, oleaginosas, legu minosas, grãos integrais foi associado a redução do risco de DM2 e em contrapartida a cada 100g de carne verme lha consumida diariamente o risco aumenta em 83%. Os

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autores concluíram que a população deva ser encoraja da a adotar dietas plant-based como medida preventiva de DCNT, inclusive o DM2 (SCHWINGSHACKL et. al, 2017).

A meta-análise conduzida por Jannasch et al. (2017) relaciona padrões alimentares com DM2. Os prin cipais componentes de uma dieta, que aumenta os riscos da incidência de DM2 são: grãos refinados, carne verme lha processada, laticínios, alimentos com elevado teor de gordura, ovos e frituras. Em contraponto, notou-se que dietas plant-based que aumentam o consumo de vegetais, grãos integrais, peixes, aves e frutas, diminuem o risco em 9 a 25%. Utilizou-se de biomarcadores relacionados à DM2, chamados de regressão de classificação reduzida para a identificação desses padrões, a caracterização des ses padrões foi de altas ingestões de grãos refinados, refri gerantes adoçados com açúcar e carne vermelha processa da, todos positivamente associados ao risco de DM2.

As dietas vegetarianas ou plant-based, se mos traram eficazes no controle de peso, gordura corporal e glicemia. Além disso, esse padrão dietético está associado a redução de lipídios séricos, controle pressórico e pon deral. Também podendo auxiliar na regulação da pressão arterial. O estudo ainda evidencia, que adeptos de dietas não vegetarianas ou veganas, apresentam maior IMC. (KAHLEOVA, et al., 2017).

As dietas atuais caracterizam-se pelo elevado consumo de alimentos fontes de origem animal, como carne, laticínios, e ultraprocessados, em contrapartida há um baixo consumo de alimentos fontes de vegetais, legu mes, leguminosas, frutas, cereais integrais. Em um estudo de coorte os resultados mostraram que aumento em meia porção diária no consumo de carne está associado ao au mento em 48% no risco de desenvolvimento de DM no período de quatro anos. Em contrapartida, a diminuição de até meia porção do consumo diário de carne está redu ziu ema até 14% o risco de DM2 (JARDINE et al., 2021).

Barnard et al. (2022) realizaram um ensaio clí nico randomizado de dezesseis semanas com objetivo de avaliar os efeitos de uma dieta vegetariana no peso corpo ral, resistência insulínica (RI) e esteatose hepática. Sele cionaram 26 mulheres e 6 homens, com idade média de 56 anos, IMC médio 34 kg/m2. A amostra foi randomizada em dois grupos: dieta vegetariana com baixo teor de gor dura e grupo controle. Após seguimento de 16 semanas os resultados observados foram redução de peso no grupo intervenção de 5,9 kg comparado com grupo controle. Os autores concluíram que a intervenção nutricional de uma dieta vegetariana pode reduzir peso corporal, reduzir a re

sistência insulínica e a infiltração de gordura hepática. No estudo conduzido por Chen et al. (2021), se guiram prospectivamente, três cortes: 76.530 mulheres no Nurses’ Health Study (NHS), 81.569 mulheres no NHS II (1991-2017) e 34.468 homens no Health Professionals Study com o objetivo de avaliar a dieta vegetarianas o ris co de DM2. A adesão a dieta vegetariana foi avaliada por 4 anos, dividindo em padrão saudável e não saudável. A cada 2.955.350 pessoas-ano acompanhadas foram docu mentados 12.627 casos de DM2. Em uma das coortes, foi documentado 12.627 casos de DM2 nos quais foi mostra do que o aumento do consumo de alimentos saudáveis à base de plantas durante um período de 4 anos foi associa do a um menor risco de 12 a 23% maior de DM2 nos 4 anos subsequentes, enquanto o aumento do consumo de alimentos de origem animal foi associado a um risco au mentado de diabetes.

Discussão

Uma dieta à base de plantas, em que haja varie dade de alimentos ricos em fitoquímicos e antioxidantes, estimulam diretamente a redução inflamatória do estresse oxidativo. Diante disso, se levanta a hipótese de que essa seja a razão pela qual existe comprovado aumento na sen sibilidade à insulina em vegetarianos, com destaque para pessoas veganas. Assim sendo, nota-se uma correlação positiva entre o consumo de alimentos de origem vegetal, (tais como leguminosas, frutas, vegetais e legumes, que contém altas concentrações de polifenóis, em sua maio ria) e a melhora na resistência à insulina. Os autores ainda trazem que o consumo aumentado de alimentos de ori gem vegetal leva, gradualmente à diminuição da disfun ção de células beta-pancreáticas, bem como redução da resistência à insulina. A presença de antioxidantes, como os polifenóis, bem como de alguns micronutrientes, tem efeito benéfico na metabolização da glicose. Isso indica, que uma alimentação baseada em vegetais, estando ade quada às necessidades nutricionais individuais, e sendo bem orientada, é capaz de promover regulação glicêmica de maneira favorável, através da melhora da resistência à insulina no organismo, bem como na contribuição para a diminuição de inflamação crônica, o que reduz o risco de desenvolvimento do DM2, além de servir como pivô no tratamento e controle da patologia. Dentre os benefícios da adesão à dieta plant-based, também se incluem a va riedade oferecida pelo preparo de vegetais e leguminosas,

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Dieta

funcionais

em detrimento das restrições e alto custo dos alimentos com derivados animais que auxiliam na alimentação do portador de DM2. (FRATTARI et al., 2022).

Em uma dieta plant-based, encontra-se a necessi dade de fazer reposição de vitamina B12. A vitamina B12, trata-se de uma vitamina hidrossolúvel não sintetizada pelo corpo humano, apenas por microrganismos, sendo encontrada em tecidos animais e estocada no fígado, pri mariamente, na forma de adenosilcobalamina. Sua defi ciência deve ser investigada, até mesmo em indivíduos onívoros, para evitar danos patológicos irreversíveis. Uma vez que a hipovitaminose de B12 afeta metilações no or ganismo, à transtornos no metabolismo de homocisteína, alterações cardiovasculares, transtornos hematológicos ou neurológicos, caso não haja acompanhamento (PANIZ et al., 2005). O medicamento metformina é amplamente recomendado, como agente de primeira linha para tra tamento do DM2, por sua ação no metabolismo de car boidratos, proteção vascular e auxílio na perda de peso. Entretanto, se observa que, como efeito colateral, a medi cação apresenta a redução dos níveis séricos de vitamina B12. A ação do medicamento na membrana dependente de cálcio, responsável pela absorção da vitamina B12. Ao associar a dieta plant-based ao quadro do DM2, portanto, é necessário que haja acompanhamento nutricional para que seja feita a reposição da vitamina B12, com enfoque redobrado em pacientes que utilizem metformina como medicamento de controle do quadro (PEREIRA et al., 2020).

Por ter sua origem quase que exclusivamente re lacionada à produtos de origem animal, (com exceção dos cogumelos), a concentração sérica de vitamina D também precisa de acompanhamento para adequação de dose e reposição quando necessário. Bertonhi; Dias (2018), de monstram que a deficiência de vitamina D pode ter papel no desenvolvimento do quadro de DM2, pela possibilida de de propiciar intolerância à glicose e modificar a secre ção insulínica. Porém, a associação entre a vitamina D e o cálcio pode levar à redução de chance do desenvolvi mento de DM2. Ao associar esse papel preventivo do de senvolvimento do quadro, mostra-se, novamente, essen cial o acompanhamento sérico dos nutrientes incluídos na dietoterapia plant-based. Sendo o cálcio um mineral indispensável para as funções fisiológicas, principalmente na mediação de resposta insulínica nos tecidos muscular e adiposo, segundo a SBD (2019), para manter os níveis séricos de cálcio na população saudável e portadores de DM2 as Recomendações de Consumo Diário (RDA) são de 1000 e 1200 mg, pois seus níveis reduzidos podem pro

porcionar alterações no transportador de glicose (GLUT4, que é um transportador insulínico sensível que atua na captação glicolítica insulino-mediada em tecido adiposo e muscular) (MACHADO et al., 2006) e contribuir para a resistência à ação da insulina.

O ômega- 3 é um ácido graxo poliinsaturado, composto por ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA), (Delpino et al., 2022) na dieta plant-based, pode ser encontrado em: oleaginosas, nozes, azeite, óleo de canola, entre outros. Em estudos passados, inferia-se a correlação entre o consumo de ômega-3 e ômega-6 no controle de resistência e sensibilidade à insu lina, que afetariam diretamente o quadro do DM2, porém, Brown et al. (2019) trazem acerca do ômega-3 de cadeia longa, que, há pouco ou nenhum efeito desse antioxidan te no risco de diagnóstico de DM2. Dentre as evidências apontadas pelos autores, o ômega-3 e ômega-6 tem pouco ou nenhum efeito também no tratamento de DM2. Des sa forma, o controle nutricional de dosagem sérica desses antioxidantes deve ser feito de maneira que se adeque as quantidades de consumo de alimentos com ômega-3 e 6 diários. Os autores também sugerem que não é necessá rio maior preocupação com a influência desses sobre re sistência ou sensibilidade em insulina, apontados como possíveis correlacionados, em um passado, pela academia. O consumo de gorduras dentro do quadro de portadores de DM2, porém, deve ser extremamente controlado, pela tendência à obesidade e agravamento do quadro com o surgimento de comorbidades, por essa razão, uma dieta plant-based com baixo teor de gorduras e açúcares, se mostra adequada para auxiliar o tratamento do quadro.

......... Considerações Finais .............

O risco de desenvolvimento de DM2 está dire tamente associado aos hábitos alimentares, bem como o agravamento da doença. Os resultados observados cor roboram com a hipótese de que a dieta plant-based traz benefícios no tratamento e prevenção do DM2. É preciso ressaltar que dietas com exclusão parcial de carne também trazem benefícios para manutenção e controle do quadro. As dietas plant-based são nutricionalmente equilibradas quando bem orientadas e podem ser praticadas em qual quer fase da vida. Trazem benefícios na prevenção e trata mento das DCNT e em específico no DM2.

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Plant-Based em Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2

Sobre os autores

Camila Moia Sanches - Graduanda do Curso de Pós-Graduação em Nutrição Clínica do Centro Universi tário São Camilo.

Profa. Patrícia Cruz - Professora e orientadora do Centro Universitário São Camilo. Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública de Universidade de São Paulo.

PALAVRAS-CHAVE - Dieta Vegetariana. Diabetes Melli tus Tipo 2. Alimentação.

KEYWORDS: Vegetarian Diet. Type 2 Diabetes Mellitus. Food.

Plant-Based Diet on Type 2 Diabetes Mellitus Patients

RECEBIDO: 1/9/22 – APROVADO: 13/10/22

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pediatria

Galactosemia: Suplementação de Ácidos Graxos na Introdução

Alimentar Infantil para melhor

Resposta Neuromoduladora

RESUMO: Galactosemia é um distúrbio metabólico que afeta o sistema nervoso central (SNC) e tem como uma de suas consequências às dificuldades neuromotoras. A terapia nutricional tem suma importância no controle da patologia, no entanto, poucos estudos tratam da introdu ção de suplementos, como ácidos graxos, para a melhora do desempenho cognitivo nos pacientes galactosêmicos. O objetivo desta pesquisa é a elucidação aos efeitos da su plementação dos ácidos graxos na melhora da cognição de pacientes com galactosemia. Para essa revisão biblio gráfica, foram selecionados artigos científicos na literatu ra nacional e internacional, indexados nas bases de dados SciELO, PubMed, Cesuca, PHP, SpringerLink, MDPI, que apresentassem em seu desenvolvimento as considerações a respeito da galactosemia e as funções dos ácidos graxos no organismo humano especificadamente nas conexões cerebrais. Verificou-se que o ácido decosahexanóico pre sente no ômega 3 desempenha atividade reparadora do SNC, e melhora no desenvolvimento cognitivo, sinapto gênese, aprendizado e neuroplasticidade das membranas nervosas, além de participar do desenvolvimento infantil. Tais contribuições podem gerar melhoras significativas na neuromodulação em galactosêmicos.

ABSTRACT: Galactosemia is a metabolic disorder that af fects the central nervous system (CNS) and has neuromotor difficulties as one of its consequences. Nutritional therapy is of paramount importance in controlling the pathology, how ever, few studies address the introduction of supplements, such as fatty acids, to improve cognitive performance in galactosemic patients. The objective of this research is to elucidate the effects of fatty acid supplementation in im proving the cognition of patients with galactosemia. For this bibliographic review, scientific articles were selected in the national and international literature, indexed in the SciE LO, PubMed, Cesuca, PHP, SpringerLink, MDPI databases, which presented in their development the considerations re garding galactosemia and the functions of fatty acids in the human organism specifically in brain connections. It was found that the decosahexaenoic acid present in omega 3 plays a repairing activity in the CNS and improves cognitive development, synaptogenesis, learning and neuroplasticity of nerve membranes, as well as involvement in child devel opment. These findings suggesting a role for omega 3 sup plementation in neuromodulation in galactosemic patients.

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Galactosemia: Fatty Acid Supplementation in Infant Food Introduction for a Better Neuromodulator Response

Introdução

A galactosemia é uma doença hereditária e clas sificada como um distúrbio metabólico que culminam em incapacidade enzimática de metabolizar a galactose (SIL VA et al., 2015).

Em seu curso, pode provocar uma série de sinto mas como: hepatomegalia, hipoglicemia, náusea, vômito, icterícia, convulsão, acarretando, ainda, problemas neuro modulais como déficit de aprendizagem e atraso na fala (ARAÚJO et al., 2017).

A galactose-1-fosfatouridiltransferase (GALT), galactoquinase (GALK) e uridil-fosfato-galactose-4’epimerase (GALE) são as enzimas que diferenciam os tipos de galactosemia em clássica, variante clínica e va riante Duarte, respectivamente (ARAÚJO et al., 2017). No caso da deficiência enzimática de galactose-1-fosfatou ridiltransferase, a via metabólica da galactose é alterada gerando um acúmulo de galactose resultando na conver são dessa galactose em galactitol (um poliálcool) e galac tonato, ambos com altos níveis de toxicidade (Figura I) (ARAÚJO et al., 2017).

O acúmulo dos metabólitos ocorre nos rins, fíga do, e células dos tecidos que compõem o (SNC) (SCHMI DT, 2015), causando deterioração neurológica, que pode contribuir para a disfunção cerebral, retardo no desenvol vimento cognitivo, no aprendizado e na memória (SILVA; CARDOSO, 2008). Em um estudo piloto conduzido na cidade de São Paulo, revelou que 10% de uma amostra de aproximadamente 59 mil recém-nascidos foram diagnos ticados com galactosemia, uma frequência muito eleva da quando comparada aos casos na população europeia (1:60.000) e norte-americanos (1:35.000), indicando que a miscigenação populacional também pode ser um fator determinante (CAMELO et al., 2011).

O diagnóstico geralmente é realizado na triagem neonatal pelo teste do pezinho, ou em casos mais específi cos quando o médico solicita outros exames como hemo cultura por infecção da bactéria Escherichia coli, verifica ção das atividades enzimáticas no sangue, e/ou medição das enzimas relacionadas ao metabolismo de galactose (diagnóstico pós-natal) (CAMELO et al., 2011). O tra tamento contínuo para essa doença se trata basicamente de intervenções nutricionais, restringindo alimentos que contenham lactose e galactose (SILVA; CARDOSO, 2008), no qual a restrição alimentar é o fator que mais contribui para a estabilidade do quadro clínico (SILVA et al., 2015).

Porém, nem sempre o tratamento convencional

é suficiente para prevenir complicações cognitivas (SAL GADO et al., 2021). Como os ácidos graxos desempe nham essa atividade reparadora no SNC, pode-se consi derá-los como importantes coadjuvantes no tratamento nutricional. A literatura atual traz resultados fidedignos que relacionam a parte química e funcional da matura ção cerebral com os bons hábitos alimentares incluindo os ácidos graxos para garantir a integridade estrutural dos mecanismos cerebrais (WAINWRIGHT, 2002).

Como os neurotransmissores são responsáveis por transmitir a mensagem química de um neurônio para o outro estabelecendo a conexão cerebral para co mandarem o corpo conforme Biscaino et al. (2016), essas comunicações só são possíveis com a presença da sinap togênese, da reparação dos axônios e das membranas ner vosas que as efetivam. Para isso, o DHA, juntamente com o ácido araquidônico (AA) segundo Mazza et al. (2007), é capaz de desempenhar essas funções, garantindo a neuro plasticidade das membranas nervosas e a transmissão si náptica com a consequente melhora do desenvolvimento cognitivo (CAMPOS; OLIVEIRA; RIBEIRO, 2005).

O presente trabalho tem como objetivo elucidar a função do ácido graxo DHA na melhora do desempenho cogniti vo de pacientes com galactosemia.

Metodologia

Este estudo parte de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo conforme Gil (2008) é o momento em que o autor usa de diferentes trabalhos como base para re alizar sua pesquisa. Foram selecionados artigos científicos na literatura nacional e internacional, publicados entre 2011 e 2022, que apresentassem em seu desenvolvimen to considerações a respeito da galactosemia e as funções dos ácidos graxos no organismo humano especificamen te nas conexões cerebrais. Buscou-se os artigos nas bases de dados SciELO, PubMed, Cesuca, PHP, SpringerLink, e MDPI. Foram utilizados os descritores galactosemia, áci dos graxos/fatty acids/ ácidos grasos, cognição/cognition/ cognición, para realizar a busca nas bases de dados supra citadas. Essas terminologias estão cadastradas nos Descri tores em Ciência da Saúde (DeCS) criados pela Biblioteca Virtual em Saúde. Dos artigos encontrados, excluíram-se aqueles que não eram ensaios clínicos, que abordavam ou tras patologias associadas e que utilizavam outras suple mentações que não fossem ácidos graxos.

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pediatria

Figura I: Vias metabólicas para o metabolismo da galactose.

Resultados .....................

Um estudo feito em 2011 selecionou 32 partici pantes portadores de galactosemia clássica sendo 12 mu lheres e 20 homens com idade entre 7 e 21 anos com o objetivo de avaliar a fala e o desenvolvimento cognitivo. Foi utilizado como parâmetro de medida o QI (Quocien te de Inteligência) médio. Como resultado, os pacientes apresentaram 76,2 ± 14,8, e o percentual de pacientes que passaram nos testes com erros de fala foi de 80%, indi cando uma relação entre esse percentual e a média de QI (HOFFMANN; WENDEL; SCHWEITZER-KRANTZ, 2011). Concluiu-se, portanto que portadores de galacto semia apresentaram deficit cognitivo, e apraxia de fala, como complicação da patologia.

Outro estudo realizado no ano de 2019 evidencia o funcionamento cognitivo de pacientes que apresentavam galactosemia clássica. Foi avaliada uma amostra composta por 177 pacientes subdivididos em 45 amostras, com faixa etária entre 2 e 53 anos. Analisaram-se relatos de distúr bio de movimento, tremores e ataxia. Todas as amostras foram avaliadas a partir dos mesmos dados normativos

para estudar o funcionamento cognitivo (HERMANS et al., 2019).

Como resultado, 2 amostras apresentaram 24 pa cientes adultos e crianças prejudicadas na velocidade de processamento das informações, enquanto outras 2 es tudaram os níveis de atenção. Dessa amostra, 29,6% dos pacientes apresentam níveis prejudiciais. Mais 2 amostras avaliaram a memória verbal, cujo prejuízo não foi apre sentado, porém 31,1% tiveram desempenho impróprio na codificação e 21,4% na recuperação, também imprópria, tanto em crianças como em adultos. Em outras 6 amos tras examinaram a linguagem expressiva e nenhum pre juízo foi encontrado quando havia pistas fonêmicas, po rém para os adultos o comprometimento já foi bem mais significativo. Não foram realizadas avaliações da cognição social o que não permite esclarecer se há ou não prejuí zos nesse aspecto em pacientes com galactosemia clássica (HERMANS et al., 2019).

Para avaliar os efeitos do ômega-3 na cognição, Cooper et al (2015) selecionou 24 ensaios clínicos ran domizados contendo adultos e crianças em idade escolar, saudáveis ou com algum transtorno do neurodesenvolvi mento. Não houve resultado significativo do ômega-3 na

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Galactosemia: Fatty Acid Supplementation in Infant Food Introduction for a Better Neuromodulator Response
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melhora do desempenho cognitivo em indivíduos sau dáveis. No entanto, a suplementação nos indivíduos com baixos níveis de ômega 3 proporcionou melhora da me mória de curto prazo (COOPER et al., 2015).

Outro estudo em 2020 avaliou o efeito da su plementação de EPA (ácido eicosapentaenóico) e DHA na cognição de crianças e adolescentes em um período de 4 a 52 semanas, com doses variadas entre 16,5mg/ dia e 3600mg/dia. De 15 pacientes que receberam dose ≥450mg/dia (DHA+EPA), 8 tiveram resultados positivos. Os outros pacientes que receberam dose <450mg/dia não apresentaram resultados significativos (VAN DER WURF; MEYER; GROOT, 2020).

cíficos de pacientes galactosêmicos identificou, na maio ria dos casos níveis consideravelmente baixos, justifican do as consequências na cognição resultante da patologia. Quando relacionada à suplementação de ômega-3 com a resposta cognitiva, os resultados tendem a surgir após um período longo de tratamento e um uso de dose superior a 450mg/dia composta de EPA e DHA. Doses inferiores interferem em poucos aspectos, como a melhora da me mória de curto prazo.

Como consequência da galactosemia a apraxia de fala e o deficit intelectual são os mais evidentes. O estudo que avaliou o funcionamento cognitivo em aspectos espe

A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) recomenda de 250mg/dia para o consumo de EPA e DHA de adultos e 100mg/dia para crianças e 450mg/dia para gestantes, e, por mais que exista uma grande variedade de alimentos fonte de ω-3, em algumas situações é inalcançável os valores da reco mendação diária somente com a dieta (ROCHA, 2020). Por esses motivos é sugerida a suplementação por cáp sulas. Além do ômega-3 ser fundamental nos primeiros meses de vida por ser constituinte de estruturas celulares (SILVA; JÚNIOR; SOARES, 2007), o desenvolvimento bioquímico do cérebro até os 2 anos de idade é depen

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Galactosemia: Suplementação de Ácidos Graxos na Introdução Alimentar Infantil para melhor Resposta Neuromoduladora

pediatria

dente desse ácido graxo (CONNOR, 2000), uma vez que o nutriente promove a formação e a manutenção do SNC.

Pode-se citar o leite materno como excelente fonte de DHA (LIMA et al., 2004), recomendado até os seis meses de vida pelo Ministério da Saúde (MINISTÉ RIO DA SAÚDE, 2009). Porém, no caso da galactosemia, o aleitamento materno deve ser suspenso imediatamente após os resultados dos exames laboratoriais que confir mam a patologia, sendo necessária a utilização de outros recursos para a nutrição do neonato (SILVA; CARDOSO, 2008). Tal recurso seria a suplementação de ômega 3 jun tamente com a introdução alimentar após os 6 meses de vida, conforme preconiza a Organização Mundial da Saú de (MELO et al., 2021).

Tendo em vista a importância da suplementação desse ácido graxo em crianças com problemas cognitivos e, o fato da galactosemia ter como uma de suas consequ ências os problemas neurológicos, a suplementação de ômega 3 em crianças com galactosemia pode contribuir com a redução de fatores relacionados ao desenvolvimen to cognitivo, como atraso intelectual, o atraso na fala e os danos na memória de curto prazo.

ção infantil no período de introdução alimentar, e em que momento o suplemento poderia contribuir em se tratan do de rotina alimentar.

Sobre os autores

Larissa Lorrayne Santos da Silva - Iniciação Cien tífica. Curso de Graduação em Nutrição, Centro Universi tário Mauá de Brasília, UniMauá, Brasília-DF, Brasil.

Profa. Luana Guimarães da Silva - Graduação em Enfermagem (FACESA). Especialização em Terapia In tensiva adulto e neonatal, Faculdade JK, Brasília. Coorde nador do Curso de Enfermagem da UniMauá de Brasília.

Prof. Dr. Wilson Max Almeida Monteiro de Mo raes - Mestre em Ciências (EEFE-USP). Doutor em Ciên cias da Saúde (UNIFESP). Estágio de Pós-doutoramento na Universidade Católica de Brasília (UCB). Coordenador do Curso de Nutrição da UniMauá de Brasília.

Marcela Augusta Guimarães - Graduação em Gastronomia (IESB). Nutrição (UNICEUB). Educação Física (IBEC). Especialização em Nutrição em Neuropsi quiatria (UNILEYA). Docente do Curso de Nutrição da UniMauá de Brasília.

......... Considerações Finais .............

O distúrbio metabólico (galactosemia) acarreta complicações cognitivas que influenciam na intelectuali dade, na memória, na expressividade do indivíduo e, con sequentemente, no âmbito social, cujas limitações podem influenciar negativamente na convivência do indivíduo.

Os estudos avaliados sugerem uma importante associação entre o consumo de EPA e DHA (série ω-3) em doses específicas e a melhora da resposta cognitiva, possibilitando novas estratégias nutricionais gerando um alcance maior dos estímulos cerebrais. Para o galactosê mico, essas doses administradas em um período superior a 4 semanas podem ter impacto positivo nas respostas neuromotoras, e apraxia de fala, além de ser considera do uma forma de terapia complementar ao tratamento já existente.

Poucos estudos, no entanto, correlacionam dire tamente a suplementação em crianças com galactosemia, o que se faz necessário mais estudos, preferencialmente ensaios clínicos randomizados, para elucidar a temática. É importante considerar e estudar as formas de suplementa

PALAVRAS-CHAVE: Galactosemia. Ácidos graxos. Cog nição.

KEYWORDS: Galactosemia. Fatty acids. Cognition.

RECEBIDO: 1/9/22 – APROVADO: 10/10/22

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Galactosemia: Fatty Acid Supplementation in Infant Food Introduction for a Better Neuromodulator Response

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Galactosemia: Suplementação de Ácidos Graxos na Introdução Alimentar Infantil para melhor Resposta Neuromoduladora

Ação Antimicrobiana de Óleos Essenciais de Pimenta Preta, Salsa e Manjericão Doce

RESUMO: Pesquisas relacionadas a produtos naturais, ricos em compostos bioativos e que apresentem caracte rísticas antimicrobianas estão cada vez mais frequentes, seguindo as tendências de consumo voltadas à saudabi lidade e à busca por alternativas para a conservação de alimentos. Este estudo avaliou a ação antibacteriana dos óleos essenciais da pimenta-preta, salsa e manjericão doce. As amostras foram impregnadas em discos de papel filtro, colocados em placas de Petri com meio de cultura apropriado, semeado previamente com alguns micror ganismos e posteriormente incubados a 35°C/24-48 ho ras. Considerou-se de ação antimicrobiana significativa aqueles que apresentaram halos iguais ou superiores a 10 mm. Verificou-se que todos os óleos essenciais testados apresentaram eficácia na inibição de todas as bactérias, com destaque para o de pimenta preta, para as bactérias Bacillus cereus e Staphylococcus aureus (halo de 30 mm), bem como os de salsa e manjericão doce, para a bactéria Salmonella Enteritidis, com halos de inibição de 40 e 50 mm, respectivamente.

ABSTRACT: Research related to natural products rich in bioactive compounds and which have antimicrobial char acteristics are increasingly frequent, becoming a trend and alternative for food conservation. This study evaluated the antibacterial action of essential oils from black pepper

(Piper nigrum), parsley (Petroselinum crispum), sweet ba sil (Ocimum basilicum). The samples were impregnated in filter paper discs, suitable for antibiogram, placed in Petri dishes with culture medium, previously sown with some mi croorganisms, then incubated at 35 ° C/24-48 hours. Those with halos equal to or greater than 10 mm were considered to have significant antimicrobial action. It was found that all essential oils tested were effective in inhibiting all bacte ria, especially black pepper, for the bacteria Bacillus cereus and Staphylococcus aureus (30 mm halo), parsley and sweet basil, for the bacteria Salmonella Enteritidis, with inhibi tion halos of 40 and 50 mm, respectively

Introdução

As especiarias são conhecidas por exerce rem estabilidade frente à ação de microrganismos, estando inseridas no grupo dos alimentos estáveis (LIMA, 2002). A literatura científica na área da ciência e tecnologia de alimentos tem mostrado, nos últimos anos, um enfoque no estudo do potencial antimicrobiano das especiarias, considerando a sua inclusão nos chamados sistemas de

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Antimicrobial Action of Essential Oils from Black Pepper, Parsley and Sweet Basil food service

bioconservação de alimentos (MELO et al., 2021).

Dentre as especiarias comumente utilizadas em alimentos está a pimenta-preta (Piper nigrum L.). O óleo essencial de pimenta-preta, também conhecido como pimenta-do-reino, tem uso diverso entre as indústrias. Ristori, Pereira e Gelli (2002) afirmaram que um dos componentes que contribuem para aumentar o valor da pimenta-preta no mercado como condimento é o seu óleo essencial, devido à ação inibitória desta especiaria em di ferentes microrganismos. Desta forma, o uso deste óleo na indústria de alimentos é uma alternativa viável como conservante natural em alimentos.

O manjericão é amplamente cultivado no Brasil, representando relevância no mercado de plantas condi mentares (FERNANDES et al., 2004). É uma planta da família Lamiaceae, pertencente ao gênero Ocimum, cuja principal espécie é o Ocimum basilicum L. (SOUZA et al., 2006). Segundo Blank, Carvalho e Santos (2004) a espécie O. basilicum é cultivada para a comercialização de suas folhas verdes e aromáticas, que são usadas frescas ou secas como aromatizante ou tempero.

A salsa (Petroselinum crispum (Mill. Nym.), tam bém conhecida como salsinha ou perrexil, é uma espécie de hortaliça condimentar bienal, da família Apiaceae e possui o centro de origem à Europa, no entanto é culti vada em diversas regiões do globo terrestre. Além de suas folhas serem utilizada como ingrediente em diversos tem peros, possui valor nutricional, sendo fonte de vitaminas A, B1, B2, e C, sais minerais como ferro, cálcio, enxofre, fósforo, magnésio e potássio, também medicinal, pois pre vine contra o câncer, combate diabetes, diminui a anemia, é estimulante, diurético, sedativo e analgésico (CELEIRO DO BRASIL, 2020). Devido aos benefícios para a saúde humana, as variedades de salsa estão sendo bastante co mercializadas geralmente por agricultores familiares em diversas regiões do mundo.

De acordo com Dong, Xiang e Gu (2014), as bac térias estão sofrendo processos de mutações e alguns dos antimicrobianos utilizados anteriormente, objetivando inibição, já não apresentam atividade. Por isso, tem-se a necessidade de aprofundar estudos acerca deste assunto.

O uso de produtos naturais e seus derivados nas indústrias de alimentos, farmacêutica, cosmética e quími ca têm aumentado devido a fatores como a proliferação microbiana e sua multirresistência aos antibióticos e aos agentes químicos sintéticos (SILVA; ANJOS; RUIZ, 2015).

De tal forma, este estudo objetivou avaliar a ação anti bacteriana dos óleos essenciais da pimenta-preta (Piper nigrum), salsa (Petroselinum crispum), manjericão doce

(Ocimum basilicum).

............... Material e Métodos ..........

O estudo avaliou a atividade antimicrobiana de óleos essenciais comerciais de pimenta preta (Piper ni grum L.), salsa (Petroselinum crispum) e manjericão doce (Ocimum basilicum L.) sobre as bactérias Bacillus cereus, Bacillus subtilis (ATCC 6633), Escherichia coli, Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhimurium (ATCC 14028) e Staphylococcus aureus (ATCC 22923).

As cepas microbianas empregadas no estudo fo ram provenientes da coleção do Laboratório de Micro biologia de Alimentos do Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual Pau lista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), de São José do Rio Preto - SP. São bactérias oriundas da American Type Culture Collection (ATCC).

No laboratório cada amostra recebeu uma iden tificação: Pimenta Preta (PP), Salsa (S), Manjericão Doce (MD). Em seguida foram dispostos 10 mL de cada óleo em frascos estéreis de 50 mL.

Os discos de papel filtro de 6 mm de diâmetro, próprios para antibiograma, foram adicionados às amos tras, sendo as mesmas mantidas no agitador por 30 mi nutos. Os microrganismos, previamente semeados em Caldo Nutriente e incubados a 35 °C por 24 horas, foram semeados na superfície de placas de Petri contendo Ágar Nutriente. As análises foram realizadas em duplicata. Na sequência, discos de antibiograma saturados com a solu ção foram colocados no centro de cada placa, previamente semeadas com os microrganismos; sendo as mesmas in cubadas a 35 °C por 24 e 48 horas. Após este período foi possível observar e medir o halo de inibição. Halos iguais ou superiores a 10 mm foram considerados de atividade antimicrobiana eficiente (HOFFMANN et al., 1999).

......... Resultados e Discussão ..........

A Tabela 1 apresenta os resultados da ação anti microbiana dos óleos essenciais de pimenta preta, salsa e manjericão doce.

No que se refere à bactéria Bacillus subtilis as ini

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Ação Antimicrobiana de Óleos Essenciais de Pimenta Preta, Salsa e Manjericão Doce

Antimicrobial

Tabela

Pimenta Preta Salsa

Manjericão Doce

Bacillus

Escherichia

Staphylococcus

Salmonella

bições mais eficazes foram observadas para os óleos essen ciais de salsa (halo de 35 mm) e manjericão doce (halo de 48 mm). Em trabalho realizado por Almeida et al. (2021) inibição eficiente também foi verificada para a clara de ovo in natura sobre a mesma bactéria.

Para a inibição de Bacillus cereus, os óleos essen ciais de pimenta preta e salsa apresentaram a mesma efici ência (halo de 30 mm), sendo o destaque para manjericão doce (halo de 45 mm). Em trabalho realizado por Bazan et al. (2020) inibição eficaz, para essa bactéria, foi verificada apenas para o óleo essencial de limão Tahiti.

Com relação a Escherichia coli a inibição mais eficaz foi observada para o óleo essencial de manjericão doce (halo de 40 mm). Pesquisas semelhantes mostraram a ação do óleo essencial de Eugenia caryophyllus (cravo folha) (SCHMIDT, 2022) e do óleo de macaúba (amên doa) (FONSECA et al., 2022) sobre essa bactéria.

Staphylococcus aureus foi inibida de maneira efi ciente por todos os óleos essenciais: pimenta preta (halo de 30 mm), salsa (halo de 26 mm) e manjericão doce (halo de 49 mm) (Figura 1a). Inibição eficiente também foi ve rificada em outros experimentos realizados com óleos es senciais de Thymus vulgaris (tomilho), Origanum vulgare (orégano), e Lippia Sidoides (alecrim-pimenta), com ha los superiores a 45 mm (PENTEADO et al., 2021).

Os halos de inibição verificados com o emprego do óleo essencial de manjericão doce sobre Salmonella Typhimurium e Salmonella Enteritidis foram, respectiva mente, 42 e 50 mm.

Em pesquisa desenvolvida por Vaughan (2020), o óleo essencial de tomilho apresentou atividade bacteri cida sobre todas as cepas estudadas, incluindo Salmonella Typhimurium e Salmonella Enteritidis. No mesmo estu

do, houve a combinação dos óleos de tomilho e capim li mão, que inibiram o crescimento das cepas de Salmonella, porém em concentrações mais altas que o óleo de tomilho. Tal fato demostra que, adição do óleo essencial de capim limão diminuiu a atividade do óleo essencial de tomilho. Assim, destaca-se para essa pesquisa que, todos os óleos essenciais testados apresentaram eficácia na ini bição de todas as bactérias, com destaque para a pimenta preta, para as bactérias Bacillus cereus e Staphylococcus aureus (halo de 30 mm), salsa e manjericão doce, para a bactéria Salmonella Enteritidis, com halos de inibição de 40 e 50 mm, respectivamente. Tais resultados poderão au xiliar pesquisas futuras quanto a aplicação de óleos essen ciais em alimentos para o controle de microrganismos.

A melhor eficácia antimicrobiana foi observada

o óleo essencial de manjericão doce sobre Salmonella Enteritidis.

os autores

Dr. Viniccius Silva de Almeida - Nutricio nista pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Ca tanduva. Mestre em Engenharia e Ciência de Alimentos pela UNESP/IBILCE. Docente do curso de Nutrição do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva

NUTRIÇÃO EM PAUTAOUTUBRO 2022 27
.............. Conclusão .........................
para
........................................................ Sobre
Prof.
Action of Essential Oils from Black Pepper, Parsley and Sweet Basil food service
1 - Determinação da ação antimicrobiana dos óleos essenciais de pimenta preta, salsa e man jericão doce, impregnados em discos de papel filtro de 6 mm de diâmetro; incubação a 35 °C/24 e 48 horas; expressa como halo de inibição em mm.
subtilis 28 35 48 Bacillus cereus 30 30 45
coli 25 25 40
aureus 30 26 49
Typhimurium 27 33 42 Salmonella Enteritidis 25 40 50

Ação Antimicrobiana de Óleos Essenciais de Pimenta Preta, Salsa e Manjericão Doce

IMES Catanduva.

Rafaela Cristina de Campos; Camila Donadon Peres - Discentes do curso de Nutrição do Instituto Muni cipal de Ensino Superior de Catanduva - IMES Catandu va.

Profa. Dra. Lara Borghi Virgolin - Nutricionista pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Catan duva. Mestre e Doutora em Engenharia e Ciência de Ali mentos pela UNESP/IBILCE. Docente e coordenadora do curso de Nutrição da Unirp – São José do Rio Preto.

Mairto Roberis Geromel – Técnico histopatológi co do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catandu va – IMES Catanduva.

Profa. Dra. Maria Luiza Silva Fazio – Engenheira de alimentos. Mestre e doutora em Engenharia e Ciência de Alimentos pela UNESP/Ibilce. Docente do curso de Nutrição do Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva – IMES Catanduva.

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FERNANDES, P.C. et al. Cultivo de manjericão em hidroponia e em diferentes substratos sob ambiente protegi do. Horticultura Brasileira, v.22, n.2, p.260-4, 2004.

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PALAVRAS-CHAVE: Ação antimicrobiana. Óleos essen ciais.

KEYWORDS: Antimicrobial action. Essential oils.

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RECEBIDO: 18/7/22 - APROVADO: 12/9/22

SCHMIDT, J. Estudo da composição química e da atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de Citrus re ticulata, Eugenia caryohyllata e Origanum vulgare. Anais do Seminário Científico do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde da UNISC. 2022.

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BLANK, A. F.; CARVALHO, J. L. S.; SANTOS, A. L. Caracterização morfológica e agronômica de acessos de manjericão e alfavaca. Horticultura Brasileira, v. 22, n. 1, p. 113-116, 2004.

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SOUZA, E. M. et al. Comportamento de genótipos de manjericão (Ocimum basilicum L.) em dois locais do Nordeste brasileiro, no ano agrícola 2005/2006. In: Congres so Brasileiro de Olericultura, Goiânia. Horticultura Brasilei ra, Brasília: ABH, v. 24, p. 2880-2883, 2006.

VAUGHAN, J. L. M. Atividade antimicrobiana e efeitos tecnológicos de óleos essenciais aplicados em choco late. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de En genharia de Alimentos. 78 p. Campinas, 2020.

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Técnicas Gastronômicas Le Cordon Bleu: Diamant de Limão

Com mais de 120 anos de experiência no ensino da Gastronomia, o Le Cordon Bleu é líder mundial com sua rede de Institutos de Ensino da Arte Culinária e Ad ministração da Hospitalidade.

Oferecendo uma ampla gama de cursos de gran de prestígio como: Cuisine, Pâtisserie, Boulangerie e di versos cursos de curta duração disponíveis nas unidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A rede de 35 escolas em 20 países gradua mais de 20 mil estudantes por ano.

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Estamos felizes em compartilhar nossas receitas utilizando as técnicas clássicas e modernas ensinadas nas nossas escolas.

Ingredientes

115 g de manteiga ½ limão (raspas)

50 g de açúcar confeiteiro

30 g de gema de ovo 160 g de farinha de trigo

g de sal q.b. de açúcar cristal

Progressão da Receita..................

1. Peneirar a farinha com o fermento, faça um bura co no centro da mesa e acrescente a manteiga cortada em pedaços.

2. Sabler a massa com a ajuda da espátula até obter uma textura arenosa, adicionar o ovo e seguir amassando sem excesso até formar uma massa homogênea, mas sem elasticidade.

3. Cobrir a massa com papel filme, e deixar descan sar para evitar que encolha durante a cocção.

4. Abraisser a massa em forma de rolo, cortar discos de 3 cm de espessura e colocar em cima de uma assadeira.

5. Assar a 170° C por 10 a 15 minutos aproximada mente.

Sobre o autor

Chef Patrick Martin - Executive & Technical Director Le Cordon Bleu Anima

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PALAVRAS-CHAVE - Manteiga. Açúcar. Ovos KEYWORDS – Butter.Sugar. Eggs

REFERÊNCIAS

“L’École de la Pâtisserie” - Le Cordon Bleu® institute - Larousse.

RECEBIDO: 10/9/2022 – APROVADO: 10/10/2022

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