Praça do Rosário, 01 Sala 302 Centro Viçosa, MG Cep: 36.570 000
Patricia Pinheiro de Campos Fonseca Rodrigues Editora Técnica: Rony Antonio Ferreira Rosana Coelho de Alvarenga e Melo Rosana Coelho de Alvarenga e Melo Conselho Científico: Altivo José de Castro Cláudio José Borela Espeschit Evandro de Castro Melo É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo da NRE Fernando Queiróz de Almeida da em qualquer meio de comunicação, seja eletrônico ou José Luiz Domingues impresso, sem a sua devida citação. Equipe Editorial Encontrou algum erro nessa edição? Fale conosco: mail@nutritime.com.br. Ficaremos muito agradecidos!
Revista Eletrônica © 2022 Nutritime Revista Eletrônica Nutritime Revista Eletrônica www.nutritime.com.br
Editora Responsável: Júlio Maria Ribeiro Pupa Juliana Maria Freitas Teixeira George Henrique Kling de Moraes Marcelo Diniz dos Santos Editor Científico: Marcos Antonio Delmondes Bomfim Júlio Maria Ribeiro Pupa Maria Izabel Vieira de Almeida
A Nutritime Revista Eletrônica é uma publicação bimestral da Nutritime Ltda, com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos e também resultados de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do endereço eletrônico: http://www.nutritime.com.br.
Sumário
ARTIGOS 562 Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano 9129 Bárbara da Silva Resende, Jhenyfer Caroliny de Almeida, Sandra Regina Marcolino Gherardi, Lucas José Sia Mendonça 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) com uso de ração contendo farinha de leucena 9136 Adyel Kenned Souza Freitas, Renato Bezzera Freitas, Denise Costa dos Santos, Alex Damasceno de Sousa, Antônio Hosmylton Carvalho Ferreira 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal Science 9143 Edenio Detmann
A avicultura no Brasil vem se destacando no cenário mundial, em 2017 o país ocupou o 2° lugar em produção de frangos de corte, totalizando 13,1 milhões de toneladas produzidas e 1° lugar mundial em exportação com 4,32 milhões de toneladas, porém, esse processo produtivo ainda enfrenta alguns entraves como as condenações de carcaças sendo grandes fontes de prejuízos às indústrias avícolas. No decorrer do período de setembro a dezembro de 2018 o frigorífico abateu em média 6.500.000,00 milhões de frangos, dos quais 2,04% (132.600 aves) foram condenados totalmente e 23,28% (1.513.200 aves) foram condenados parcialmente seguindo critérios determinados pelo Serviço de Inspeção Federal. Das causas principais de condenações totais se destacam como de maior incidência má evisceração, outras causas que incluem perdas de frangos nas máquinas e durante o processo e escaldagem excessiva, perfazendo 0,39; 0,36 e 0,32 %, respectivamente, em relação ao total de aves abatidas no período de setembro a dezembro de 2018. Em relação às causas principais de condenações parciais as que apresentaram maiores índices no período analisado foram contusão e fratura, contaminação, má evisceração e artrite, representando 10,04; 5,93 e 1,49%, respectivamente, em relação ao total de aves abatidas perfazendo 80,3% do total de condenas parciais. Algumas das condenações estão vinculadas a implantação do novo método de abate religioso voltado para o mercado da Arábia Saudita. Portanto, visto o impacto das condenas, no processo produtivo, torna se crucial uma boa gestão de acompanhamento diário e verificação das causas de origem, sendo possível acompanhar sua evolução. A atuação do médico veterinário é crucial para avaliar essas anomalias, garantir segurança alimentar ao consumidor e minimizar as perdas econômicas. Palavras-chave: avicultura, condenações, perdas econômicas, segurança alimentar 9129
Avicultura, condenações, perdas econômicas, segurançaalimentar Bárbara da Silva Resende Caroliny de Almeida2* Sandra Regina Marcolino Gherardi3 Lucas José Sia Mendonça4 1 Médica Veterinária, Instituto Federal Goiano Campus Urutaí, Urutaí, Goiás, Brasil. 2 Tecnóloga em Alimentos, Instituto Federal Goiano Campus Urutaí, Urutaí, Goiás, Brasil. *E mail: jhenyfer.caroliny@outlook.com 3 Professora do Instituto Federal Goiano Campus Urutaí (Departamento de Veterinária) Urutaí, Goiás, Brasil. 4Engenheiro de Produção, Buriti Alegre, Goiás, Brasil.
Revista Eletrônica Vol. 19, Nº 05, set/out de 2022 ISSN: 1983 www.nutritime.com.br9006
RESUMO
Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigoríficogoiano
IMPACT OF THE IMPLANTATION OF RELIGIOUS SLAUGHTER ON THE CONDEMNATION OF ABSTRACTBROILERCHICKENSINGOIÁS
A Nutritime Revista Eletrônica é uma publicação bimestral da Nutritime Ltda. Com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos bem como resulta dos de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do endereço eletrônico: http://www.nutritime.com.br.
Poultry industry in Brazil has been a highlight in the world scenario, in 2017 the country occupied the 2nd place in production of broilers, totaling 13.1 million tons produced and 1st place in the world export with 4.32 million tons, however, this productive process still faces some obstacles like the condemnations of carcasses being great sources of damages to the poultry industries. During the period from September to December 2018, the slaughterhouse slaughtered an average of 6,500,000,00 million chickens, of which 2,04% (132,600 birds) were totally condemned and 23.28% (1,513,200 birds) were condemned partially following criteria determined by the Federal Inspection Service. Of the main causes of total condemnations are highlighted as having a greater incidence of bad evisceration, other causes that include losses of chickens in the machines and during the process and excessive scalding, amounting to 0.39; 0.36 and 0.32%, respectively, in relation to the total number of birds slaughtered in the period from September to December 2018. In relation to the main causes of partial condemnations, the ones that presented the highest indexes in the analyzed period were bruising and fracture, contamination, bad evisceration and arthritis, representing 10.04; 5.93 and 1.49%, respectively, in relation to the total number of poultry slaughtered, accounting for 80.3% of total partial sentences. Some of the convictions are linked to the implementation of the new method of religious slaughter aimed at the Saudi Arabian market. Therefore, given the impact of convictions, in the productive process, a good management of daily monitoring and verification of causes of origin becomes crucial, and it is possible to monitor its evolution. The veterinarian's performance is crucial to assess these anomalies, ensure food safety to the consumer, and minimize economic losses.
Keyword: poultry, condemnation, economic loss, food security
1 Jhenyfer
Todo o conteúdo expresso neste artigo é de inteira res ponsabilidade dos seus autores.
MATERIAISEMÉTODOS
FIGURA 1: Ábacos para marcação de condenas na inspeção post mortem divididos por linhas A, B e C, respectivamente, no setor de evisceração Fonte: Arquivo pessoal.
Artigo 562 Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano INTRODUÇÃO
A avicultura no Brasil vem se destacando no cenário mundial, em 2017 o país ocupou o 2° lugar em produção de frangos de corte, totalizando 13,1 milhões de toneladas produzidas e 1° lugar mundial em exportação com 4,32 milhões de toneladas. Em relação a 2016, houve um aumento na produção nacional de 1,7%, sendo o sul e centro oeste as regiões de destaque (Embrapa, 2018). Segundo Oliveira & Nããs (2012), a eficiência desta cadeia produtiva está vinculada a vários fatores, como o melhoramento genético de linhagens e insumos, investimentos em tecnologias para automatização do sistema produtivo, controle das condições sanitárias através das boas práticas de fabricação, aperfeiçoamento dos trabalhadores quanto ao manejo das aves, além do sistema de integração. Porém, esse processo produtivo ainda enfrenta alguns entraves como as condenações de carcaças, sendo grandes fontes de prejuízos às indústrias avícolas (GIOTTO, 2008). Segundo a Portaria n° 210 (MAPA, 1998), as condenações post mortem ocorrem em decorrência de abcessos e lesões supuradas, aerossaculite, processos inflamatórios (artrite, dermatite, salpingite, e colibacilose), tumores, aspecto repugnante, caquexia, contaminação, contusão e fraturas, dermatoses, escaldagem excessiva, evisceração retardada, sangria inadequada, magreza, septicemia, síndrome ascite e doenças especiais (MAPA, 1998). De acordo com Abreu & Abreu (2002), Rosa et al. (2012) e Groff et al. (2015), diversos fatores contribuem para a perda de qualidade das carcaças como a genética, manejo da criação, nutrição, manejo e transporte das aves, abate e processamento das carcaças. Portanto, este trabalho objetivou avaliar as principais causas de condenações totais e parciais pelo serviço de inspeção federal durante a inspeção post mortem de carcaças de frangos de corte e possíveis impactos da implantação de abate religioso em um frigorífico goiano no período de setembro a dezembro de 2018.
Esse trabalho foi realizado a partir de levantamentos de dados gerados pelo Serviço de Inspeção Federal em um frigorífico localizado na região sul do Estado de Goiás, Brasil que abate em média cerca de 180 mil aves/dia. Nesse período de análise, entre setembro a dezembro de 2018, houve a implantação do novo método de abate religioso voltado para o mercado Arábia Saudita. O frigorífico abate em média 180 mil aves por dia voltadas para o mercado externo. São produzidos diariamente frangos inteiros nas faixas de peso 900g, 1000g, 1100g, 1200g, 1300g e 1400g, além dos cortes para bandejas de 1 kg e saquinhos de 2,5 kg de asas, coxas e sobrecoxas, filé de peito, meio peito, recorte de peito para matéria-prima, miúdos como moela e coração, pés e CMS. 88,9% da produção é destinada ao mercado interno e 11,1% ao mercado externo. Foi realizado o acompanhamento da inspeção das carcaças, sendo realizado por agentes do SIF devidamente treinados e divididos por linhas. A linha A realiza o exame interno através da visualização da cavidade torácica abdominal, verificando a possibilidade de doenças como aerossaculite total/parcial, contaminação, Síndrome Ascítica, colibacilose, nefrite, salpingite, septicemia, evisceração retardada ou outras causas que diferem das citadas. Já a linha B inspeciona a integridade das vísceras, analisando possível presença de hepatite, pericardite, salpingite, contaminação, isquemia/congestão, coligranulomatose e outras causas, observando cor, tamanho, consistência. Por fim, a linha C realiza o exame externo visualizando as superfícies externas (pele e articulações) e inspeciona possíveis fraturas/contusões, dermatose, miopatia, contaminação, abscesso, artrite e outras causas que não se enquadram nas doenças (Figura 1). Todas as linhas devem respeitar o tempo mínimo de 2 (dois) segundos por ave para devida inspeção.
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9129 9135, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9130
GRÁFICO 1: Quantificação mensal em percentual das condenações parciais e totais no período de Setembro a Dezembro de 2018
Das causas principais de condenações totais se destacam como de maiores incidências má evisceração, outras causas que incluem perdas de frangos nas máquinas e durante o processo e escaldagem excessiva, perfazendo 0,39; 0,36 e 0,32 %, respectivamente, em relação ao total de aves abatidas no período de Setembro a Outubro de 2018 (Gráfico 2).
Em relação às causas principais de condenações parciais as que apresentaram maiores índices no período analisado foram contusão e fratura, contaminação, má evisceração e artrite, representando 10,04; 5,93 e 1,49%, respectivamente, 9131 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9129 9135, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
Fonte: Elaborado pelo autor
Artigo 562 Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano Há também um ponto de pré-inspeção no setor de escaldagem e depenagem em que condena totalmente carcaças que podem apresentar doenças como caquexia, aspecto repugnante, má sangria, escaldagem excessiva, papo cheio e ascite (Figura 2).
GRÁFICO 2: Quantificação e percentual das condenações totais no período de Setembro a Dezembro de 2018
Fonte: Arquivo pessoal. Acompanhou se também a realização do desvio das carcaças com anomalias para a linha do Departamento de Inspeção Federal, sendo dependurados de acordo com as respectivas doenças. Quando desviados pela linha A, são dependurados pelo pescoço; linha B dá o destino sem desvio e na linha C são dependuradas pela coxa, exceto artrite sendo pela asa. Para a análise da quantidade de condenas, foram realizadas coletas dos dados a partir de registros de condenações totais e parciais de carcaças de frangos de corte abatidos no período de setembro a dezembro de 2018, fornecidos pelo serviço de Inspeção Federal e lançados no sistema da produção denominado SAP, sendo essas carcaças acometidas por alguma anomalia e o destino dado segundo o anexo IX do Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico Sanitária de Carne de Aves Portaria n° 210 de 10 de Novembro de 1998.
Fonte: Elaborado pelo autor.
FIGURA 2: Ábaco para marcação de condenas na pré inspeção no setor de depenagem/escaldagem
RESULTADOSEDISCUSSÃO No decorrer do período de setembro a dezembro de 2018 o frigorífico abateu uma média de 6.500.000,00 milhões de frangos, dos quais 2,04% (132.600 aves) foram condenados totalmente e 23,28% (1.513.200 aves) foram condenados parcialmente seguindo critérios determinados pelo Serviço de Inspeção Federal. O Gráfico 1 apresenta o percentual de condenações totais e parciais mensais de acordo com os respectivos números de aves abatidas, durante o período do presente trabalho.
OutrasCausas
GRÁFICO 3: Quantificação em percentual das condenações parciais no período de Setembro a Dezembro de 2018 Após a realização de uma análise mensal estratificada das condenas mais incidentes, observou-se que, entre os meses houve diferença significativa no percentual de condenações totais destas afecções, conforme representado no gráfico 4. GRÁFICO 4: Quantificação em percentual das condenações totais mais incidentes no período de Setembro a Dezembro de 2018 Fonte: SAP Produção O Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico Sanitária de Carne de Aves Portaria n° 210 de 10 de Novembro de 1998, anexo IX, descreve os critérios de avaliação das aves, aspectos das doenças e seus respectivos destinos, podendo as carcaças serem condenadas na inspeção post mortem por abscessos, aerossaculite parcial ou total, aspecto repugnante, caquexia, celulite, contaminação, contusão e fratura, dermato ses, escaldagem excessiva, evisceração retardada, septicemia, síndrome ascítica, neoplasias e outras causas podendo se encaixar a má evisceração. Além disso, as causas de condenações podem ser denominadas como patológicas sendo aquelas provenientes de lesões ocasionadas por alguma enfermidade e não patológicas em decorrência de falhas durante o carregamento, pela apanha, transporte, pendura, máquinas e equipamentos de abate representando grande perda de carcaça no abatedouro (OLIVO, 2006). Sendo assim, as condenações de maiores incidências a serem descritas posteriormente se enquadram em não patológicas. MáEvisceração No período do levantamento, as condenações totais ocasionadas por má evisceração foram as mais prevalentes perfazendo 19,6% do total, fato evidenciado de forma mais acentuada nos meses de Novembro e Dezembro. Estas condenas são resultados de falhas decorrentes de quebra de parte dos equipamentos responsáveis pela retirada das vísceras, fazendo com que as mesmas se perdessem no processo e ou permanecessem dentro das carcaças. Portanto, sendo condenadas pelos agentes, pois de acordo com o Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico Sanitária de Carne de Aves Portaria n° 210 de 10 de Novembro de 1998, anexo V “Inspeção Post Mortem: 5.2 A identificação de cada carcaça e vísceras desviadas da linha de abate para a inspeção final deverá ser mantida até o exame final do veterinário do SIF estar completado.” Sendo assim as carcaças que não apresentem vísceras para serem inspecionadas são descartadas totalmente. Além disso, a falta de padronização de lotes dificulta a gabaritagem dos equipamentos para devida evisceração as aves, podendo ocasionar essa condenação.
Artigo 562 impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano em relação ao total de aves abatidas perfazendo 80,3% do total de condenas parciais (Gráfico 3).
A segunda maior condenação total das carcaças foi em decorrência a outras causas perfazendo um total de 17,4% e incluíam perdas nas máquinas durante o processo, caindo nas calhas sendo assim descartadas. As máquinas de maior incidência de perda das aves foram no transferidor, que realiza a troca de linha do cortador de pé para a área da linha Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n 5, p.9129 9135, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9132
Em terceiro lugar de maior causa de condenação total destacou se a escaldagem excessiva, representando 15,7% do total. Na análise, observou se que as mesmas foram mais prevalentes a partir de outubro com decréscimo a partir dos outros meses. A escaldagem excessiva decorre, especialmente, de paradas na linha de abate, causadas por queda de energia, fazendo com que as aves ficam submersas no tanque de escaldagem por tempo prolongado (MASCHIO & RASZL, 2012).
Fonte: Elaborado pelo autor. ContusãoeFratura Como maior condena destacou se contusão e fratura representando aproximadamente 43% das condenações parciais, tendo uma maior incidência nos meses de Outubro e Novembro. Este resultado foi decorrente do novo método de abate implantado no frigorífico no mês de Outubro, em que as aves são sangradas sem insensibilização o que promove maior movimentação das aves e consequentemente hematomas e fraturas. Houve então, uma queda no mês de dezembro devido à adaptação do processo, regulagem de máquinas e experiência adquirida pelos sangradores, métodos esses implantados por uma gestão de acompanhamento desenvolvida. Outros autores também apontam essa alteração como o principal fator que leva a condenação de carcaças sendo responsável por 65,26% (LIMA et al., 2014) e 54,38% (PASCHOAL et al., 2012) do total de condenações parciais. Além disso, há a hipótese de erro de manejo no processo de pré carregamento como afirma o estudo de Allain et al. (2009), em que a ocorrência de contusões e fraturas podem estar relacionadas com o momento da apanha ou durante os transportes. Contaminação A segunda maior condenação total das carcaças foi contaminação impactando em 22,7% e teve como principal fator tempo de jejum inadequado ocasionando papo e reto cheios. Ao passarem pelo processo de evisceração nas máquinas, quando as vísceras são tracionadas para fora da ave ocorre à queda do conteúdo gástrico ou fecal na carcaça. Pode ocorrer também o rompimento da vesícula biliar ocasionando a contaminação biliar, porém, a in 9133
Já na análise mensal estratificada das condenações parciais entre Setembro a Dezembro observou se que, houve diferença significativa no percentual entre os meses, conforme representado no gráfico 5.
EscaldagemExcessiva
Esse fato deveu-se ao novo método de abate religioso e assim a instalação de um novo equipamento para a sangria das aves no mês de outubro, passando por adaptações. Desta forma, ocorreram diversas paradas no processo e devido a linha ser contínua, quando ocorria as mesmas, as aves permaneciam dentro dos tanques por um longo período, sendo julgadas posteriormente pelo agente de inspeção segundo o Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico Sanitária de Carne de Aves Portaria n° 210 de 10 de Novembro de 1998, anexo IX portaria n°210 em que diz que “as lesões mecânicas extensas, incluindo as devidas por escaldagem excessiva, determinam a condenação total das carcaças e vísceras”.
GRÁFICO 5: Quantificação em percentual das condenações parciais mais incidentes no período de Setembro a Dezembro de 2018
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9129 9135, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
No mês de Novembro e Dezembro houve uma redução no índice, devido a diminuição de falhas técnicas do equipamento e adaptação ao processo.
Artigo 562 Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano de evisceração; a máquina evisceradora e a máquina responsável pela retirada de papo e Alémtraqueia.disso, ocorreram perdas decorrentes de aves desuniformes, visto que as nóreas são gabaritadas de acordo com o peso do frango e consequentemente os que apresentam peso inferior não conseguem se prender na mesma, ocorrendo a queda. A desuniformidade das aves também é um fator relevante corroborando com Silva & Pinto (2009), que afirma que as oscilações no peso dos frangos comprometem a regulagem de máquinas durante o processo de abate.
REFERÊNCIAS ABREU, V. M. N.; ABREU, P. G. Qualidade de Carcaça e o Manejo na Produção. Revista AviculturaIndustrial, v.5, n.93, p.12 14, 2002.
GIOTTO, D. B. Análise temporal e espacial de condenações de frangos em um matadourofrigorífico. Santa Maria: UFSM, 2008. 115 p. Dissertação (mestrado) Programa de Pós Graduação em Geomática, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Santa Maria, 2008
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9129 9135, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9134
EMBRAPA Central de inteligência de aves e suínos: Estásticas Brasil, frangos de corte Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2018. Disponível em:<https://www.embrapa.br/suinos e aves/cias/estatisticas/frangos/brasil>.Acesso em: 28 de Dezembro de 2018.
das aves também é um fator relevante para este problema sendo que segundo Silva & Pinto (2009), as oscilações no peso dos frangos compromete a regulagem de máquinas durante o processo de abate, o que implica na condenação de carcaças por contaminação.
Artigo 562 Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano cidência é menor em relação às outras e ocorre em média de 0,5% segundo acompanhamento do operador do setor. Um dos principais fatores que levam a essa ocorrência seria o período de jejum inadequado visto que, o tempo necessário varia entre 8 a 12 horas segundo Northcutt et al. (1997) e no entanto é influenciado pela logística da empresa, distância até o abatedouro e o tempo de espera na plataforma. Portanto, para um menor índice de contaminação no abatedouro é fundamental que o intestino e o papo estejam vazios no momento da apanha (MENDES, A2001).desuniformidade
BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Regulamento Técnico da Inspeção AvesTecnológicaeHigiênico-SanitáriadeCarnede
ALLAIN V, MIRABITO L, ARNOULD C, COLAS M, LE BOUQUIN S, LUPO C, MICHEL V. Skin lesions in broiler chickens measured at the slaughterhouse: relationships between lesions and between their prevalence and rearing factors. BritishpoultryScience, v. 50, p. 407 417, 2009.
MáEvisceração
A condenação de terceiro maior impacto motivou se pela má evisceração, representando 6,4% do total de condenações parciais. Na análise, observou se que as mesmas se mantiveram ao decorrer dos meses sendo resultados de falhas decorrentes de quebra de parte dos equipamentos responsáveis pela retirada das vísceras, fazendo com que as mesmas ficassem dependuradas no dorso da carcaça. Desta forma, a critério do S.I.F é feito o aproveitamento parcial das mesmas visto que há presença das vísceras correspondentes às carcaças possibilitando a inspeção, como preconiza o anexo n° 5.2 da Portaria n° 210 de 10 de Novembro de 1998 CONCLUSÃO
Através do presente trabalho, pode-se concluir que a implantação do novo método de abate religioso trouxe impactos no aumento da incidência de condenações. De todas as condenações totais a mais relevante foi a má evisceração e das parciais, contusões e fraturas em decorrência, respectivamente, de partes da evisceradora estarem danificadas e do novo método de sangria. Sendo assim, torna se evidente a importância de se realizar medidas para minimizar essas perdas tais como a regulagem da máquina de contenção na sangria e uma boa performance dos sangradores, que foram essenciais para reduzir as contusões e fraturas e adaptação ao processo, além de exigir o cuidado durante o manejo de apanha, carregamento, transporte e pendura. A troca de tesouras e manutenção de colheres na máquina evisceradora é crucial para um bom desempenho nas carcaças. Uma boa gestão no acompanhamento diário e verificação de quais condenas apresentam o maior índice é essencial para observar a evolução das Acondenações.lémdisso,pôde se perceber a importância da atuação do médico veterinário e dos agentes de inspeção do serviço de inspeção federal dentro dos frigoríficos, pois, eles avaliam as anomalias e fornecem dados para que a produção possa atuar nas causas de origem, garantindo segurança alimentar ao consumidor e minimização das perdas econômicas.
. Portaria n° 210 de 10 de novembro de 1998. Brasília DF, Diário Oficial da União, 227, Seção I, 1998.
OLIVO, R. O Mundo do Frango: Cadeia Produtiva da Carne de Frango. Criciúma. Editora Varela, 680p., PASCHOAL,2006.E. C.; OTUTUMI, L. K.; SILVEIRA, A. P. Principais causas de condenações no abate de frangos de corte de um abatedouro localizado na região Noroeste do Paraná, Brasil. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, v. 15, n. 2, p. 93 97, 2012. ROSA, P. S.; ALBINO, J. J.; BASSI, L. J.; GRAH, R. A.; ROSA, D. R. DA; NIENDICKER, T. P. Manejo pré abate em frangos de corte. 2012. Disponível SILVA,02item/78929/1/<http:em://ainfocnptia.embrapa.br/digital/bitstream/INSTRUÇÃO36.pdf>.Acessoem:dejunhode2022.V.A.M.;PINTO,A.T.
Artigo 562 Impacto da implantação de abate religioso nas condenações de frangos de corte em frigorífico goiano GROFF, A. M.; SILVA, V. L.; STEVANATO, L. K. Causas de condenação parcial de carcaças de frangos. In: Congresso Internacional de Administração, 2015, Ponta Grossa. Anais eletrônicos... Ponta Grossa, Paraná, 2015. Disponível em: < LIMA,&q=1>.www.admpg.com.br/2015/down.php?id=1797Acessoem:23set.2022.K.C.;MASCARENHAS,M.T.V. L.;
NORTHCUTT, J. K.; SELVAGEM, S. I.; COLETE, R. L. Relationship between feed withdrawal and viscera condition of broilers. Poultry Science, v. 76, p.410 414, 1997.
OLIVEIRA, D. R. M. S.; NÃÃS, I. A. Issues of sustainability on the Brazilian broiler meat production chain. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ADVANCES IN PRODUCTION MANAGEMENT SYSTEMS, 2012, Rhodes. Anais…Competitive Manufacturing for Innovative Products and Services: proceedings, Greece: Internacional Federation for Information Processing, 2012.
Levantamento das condenações de abate de frangos e umdeterminaçãodascausasmaisprevalentesemfrigoríficoemSantaCatarina
CERQUEIRA, R. B. Técnicas operacionais, bem estar animal e perdas econômicas no abate de aves. Archives of Veterinary Science, v. 19, n. 1, p. 38 45, 2014.
MENDES, A. A. Jejum pré abate em frangos de corte. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v. 3, p.199 209, 2001.
MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. Portaria nº 210 de 10 de novembro de 1998: Aprova o Regulamento técnico da inspeção tecnológica e higiênicosanitária de carne de aves. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 38 p., MASCHIO,1998.M.M.; RASZL, S. M. Impacto financeiro das condenações post mortem parciais e totais em uma empresa de abate de frango. Revista Etech, v. 1, n. 1, p. 26 38, 2012.
. In: Anais do XXI Congresso Brasileiro de Avicultura (Porto Alegre, Brasil). p. 212 213, 2009. 9135 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9129 9135, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
Fish farming is a growing activity in the country, and it is necessary to increase alternative foods in an attempt to reduce feed costs. In this context, the objective was to evaluate the zootechnical performance of Nile tilapia fingerlings (Oreochromis niloticus) fed a diet containing different levels of leucaena leaf flour in substitution of soybean meal in the diet. The treatments consisted of: T1= diet with 0% leucaena leaf flour; T2= diet with 5% leucaena leaf flour; T3= diet with 10% leucaena leaf flour and T4= diet with 15% leucaena leaf flour. The experimental design was completely randomized and had 4 replications in each treatment. The experimental period was 46 days, using 320 Nile tilapia fingerlings, with an average initial weight of 2.12± 0.33 g, distributed in 16 500 L water tanks with 20 fish per box. Several parameters of fish zootechnical performance were evaluated. It was concluded that soybean meal can be substituted up to 15% by leucaena leaf flour without compromising the water quality and the zootechnical performance of the fingerlings.
ZOOTECHNICAL PERFORMANCE OF NILE TILAPIA FINGERLINGS (OREOCHROMIS NILOTICUS) WITH THE USE OF RATIONS ABSTRACTCONTAININGLEUCAENAFLOUR
RESUMO A piscicultura é uma atividade em crescente no País, sendo necessário incrementar alimentos alternativos na tentativa de reduzir os custos com ração. Neste contexto, objetivou se avaliar o desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com ração contendo diferentes níveis de farinha de folha de leucena em substituição ao farelo de soja na ração.
A Nutritime Revista Eletrônica é uma publicação bimestral da Nutritime Ltda. Com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos bem como resulta dos de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do endereço eletrônico: http://www.nutritime.com.br. Todo o conteúdo expresso neste artigo é de inteira res ponsabilidade dos seus autores.
Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) com uso de ração contendo farinhaleucenade
Alimento alternativo, nutrição de peixes, piscicultura, tilapicultura Adyel Kenned Souza Freitas¹ * Renato Bezzera Freitas² Denise Costa dos Santos³ Alex Damasceno de Sousa4 Antônio Hosmylton Carvalho Ferreira5 1 Zootecnista, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Professora Cinobelina Elvas. E mail: gleidsonfernandes 22@hotmail.com 2 Mestrando em Ciência Animal, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Centro de Ciências Agrárias.
Revista Eletrônica Vol. 19, Nº 05, set/out de 2022 ISSN: 1983 www.nutritime.com.br9006
Os tratamentos consistiram em: T1= dieta com 0% farinha de folha de leucena; T2= dieta com 5% de farinha de folha de leucena; T3= dieta com 10% de farinha de folha de leucena e T4= dieta com 15% de farinha de folha de leucena. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e contou com 4 repetições em cada tratamento. O período experimental foi de 46 dias, sendo utilizados 320 alevinos de tilápia do Nilo, com peso médio inicial de 2,12 ± 0,33 g, distribuídos em 16 caixas d’água de 500 L com 20 peixes por caixa. Foram avaliados vários parâmetros de desempenho zootécnico dos peixes. Concluiu se que o farelo de soja pode ser substituído em até 15% pela farinha de folha de leucena sem comprometer a qualidade de água e o desempenho zootécnico dos alevinos.
Palavras chave: alimento alternativo, nutrição de peixes, piscicultura, tilapicultura.
Keyword: alternative food, fish nutrition, pisciculture, tilapia culture 9136
Um aspecto observado nos últimos anos no que se refere a produção de tilápia no Brasil é o crescente aumento na produção em todas as regiões e o surgimento de novas áreas de cultivo em todo o país, com o emprego de novas tecnologias culminando em uma maior produção nas diferentes regiões (MPA, 2014). Com base nesse contexto, é notória a expansão dessa atividade o que indica a necessidade da realização de estudos com ingredientes alternativos que venham substituir parcial ou total as proteínas utilizadas que conferem um auto custo as rações comerciais.
O experimento foi realizado na Faculdade de Ciências Agrarias (FCA), da Universidade Estadual do Piauí, Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba. O delineamento experimental 9137 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9136 9142, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
Assim, os custos de produção são impactados principalmente pelos custos com a alimentação, tornando se um gargalo para os produtores de peixes nos tempos modernos. Segundo Andrade et al. (2015) cerca de 40 a 70% do custo de produção de tilápia do Nilo se deve à alimentação, dependendo do sistema de cultivo empregado, da escala de produção e da produtividade alcançada.
A aquicultura é a criação de organismos aquáticos em ambiente controlado com a finalidade de melhorar o desempenho zootécnico para o ganho na produção e comercialização, sendo também, uma ciência que estuda e aplica os mecanismos de promoção e povoamento dos animais aquáticos.
A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é considerada a espécie de melhor desenvolvimento nos dias atuais, devido ao seu rápido crescimento, precocidade e ao melhoramento genético (ANDRADE et al., 2015). A tilápia do Nilo é um animal de hábito alimentar onívoro, sendo que as rações disponíveis para esses animais no mercado nacional dependem muito do aporte da farinha de peixe como fonte padrão de proteína e do farelo de soja na complementação.
Fontes alternativas de proteína bruta de origem vegetal como farelo de casca de pequi, farelos da vagem da algaroba, farelo da folha da mandioca, farelo de resíduo de manga, farelo de babaçu (PESSOA et al., 2013; JESUS et al., 2011; LIMA et al., 2011; LOPES et al., 2010), são exemplos de fontes de proteína de baixo custo e que vem sendo usados com frequência na alimentação animal e para os peixes não seria diferente em fase ao valor da ração comercial. Investimentos em pesquisas, inovações tecnológicas são fundamentais para favorecer a competitividade e sustentabilidade do peixe brasileiro (ROCHA et al., 2013). Assim, as indústrias fabricantes de rações para animais em todo o Brasil vêm buscando ingredientes alternativos, por conta da grande diversidade e quantidade de alimentos que podem substituir os ingredientes usualmente utilizados (SANTOS et al., Di2008).ante do contexto, algumas leguminosas que suportam longos períodos de estiagem no semiárido brasileiro estão sendo objetos de estudos compondo alternativas de suplementação proteica para aves, suínos, peixes entre outros, a leucena e gliricidia são alguns exemplos (BAYÃO et al., 2016). A leucena (Leucaena leucocephala) surge como uma fonte de proteína vegetal alternativa, facilmente encontrada na região e que pode substituir ingredientes tradicionalmente utilizados barateando o custo das Esterações.trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o desempenho zootécnico e econômico de alevinos de tilápia do Nilo alimentados com rações contendo diferentes níveis de inclusão de Leucena em substituição ao farelo de soja.
MATERIALEMÉTODOS
Artigo 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis neloticus) com uso de ração contendo farinha de leucena INTRODUÇÃO
Furuya (2010) ressalta que, para atender o crescente aumento da criação de peixes, as técnicas demandam maior nível de intensificação, informação e aparato tecnológico, configurando uma atividade bastante dinâmica. Contudo, para se conseguir bons resultados em cultivos comerciais, faz se necessário uma alimentação rica em nutrientes (JUNIOR, 2014).
No sistema de confinamento, os peixes não dispõem de alimento em quantidade e qualidade que atendam às exigências energéticas e proteicas como as encontradas em ambiente natural. Em função disto, são utilizadas rações comerciais que atende às exigências nutricionais (FURUYA et al., 2010).
Para o cálculo da composição nutricional da ração foi utilizado como base as tabelas brasileiras para nutrição de tilápias (FURUYA, 2010).
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9136 9142, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9138
TABELA 1. Composição nutricional das dietas experimentais para alevinos de tilápias do Nilo cultivadas em caixas d’água por 46 dias Ingredientes Nível de substituição do farelo de soja por farinha de folhas de Leucena (%) 0% 5,0% 10% 15% Farelo de milho (Kg) 9,90 11,15 0,0 0,90 Farelo soja (Kg) 75,00 71,85 67,20 65,70 Farelo de trigo (Kg) 1,30 0,50 14,40 8,90 Farinha Leucenade(Kg) 0,00 5,00 10,0 15,0 Óleo de soja (Kg) 8,80 6,50 4,40 5,00 Farinha de cálcio (Kg) 4,00 4,00 3,00 3,50 /vitam.mineralPremix(Kg) * 1,00 1,00 1,00 1,00 Total (Kg) 100,00 100,00 100,00 100,00 Composição calculada das dietas experimentais ED kcal.kg 1 3.502,33 3.461,23 3.482,46 3.567,37
Artigo 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis neloticus) com uso de ração contendo farinha de leucena utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos divididos em quatro repetições cada, em unidade experimental com 20 peixes em cada caixas de água de 500 L. As caixas foram preenchidas com água de poço artesiano, as mesmas contaram com um sistema de aeração constante onde foi utilizado minis compressores de ar da marca Vigo Ar 60 com vazão de 1000 cm3 .m 1, com mangueiras de silicones e pedras porosas, inseridas em cada caixa d’água. Os tratamentos consistiram de diferentes níveis de inclusão de farinha das folhas de leucena, em substituição ao farelo de soja em cada tratamento, respeitando sempre a necessidade nutricional da espécie. Tratamento 01 0%; Tratamento 02 5,0%; Tratamento 03 10%; Tratamento 04 15% (Tabela 1). Foram necessários 320 peixes com peso médio inicial aproximado de 2,12± 0,33 g, comprimento médio total de 4,8 cm e comprimento médio padrão de 3,7cm. O ensaio teve duração de 46 dias de cultivo. As folhas da leucena foram coletadas na região, sendo secadas ao sol e posteriormente trituradas para formação da farinha. As rações elaboradas foram de 35,03% a 35,20% PB e 3.461,23 kcal a 3.567,37 Kcal de ED.kg 1 nas dietas. O fornecimento de ração foi ad libitum até a aparente saciedade dos peixes. O arraçoamento aconteceu seis vezes ao dia nos seguintes horários 08h:00min, 09h:30min, 11h:00min, 13h:00min, 14h:30min, 16h:00min. Todos os dias ocorreram sifonações para retirada dos excrementos e sobras das rações que acumulavam diariamente no fundo das caixas, tal atividade foi realizado no período da tarde a partir das 16h:30min. As biometrias foram realizadas no início do experimento, com 15 dias após a instalação, com 30 dias após a instalação e ao término do período de 46 dias, onde os alevinos foram pesados e medidos, com o auxílio de uma balança de precisão de 0,001 g. Durante o experimento a cada três dias houve a realização de análise dos parâmetros físico químicos d’agua: oxigênio dissolvido (mg.L 1), temperatura (°C), pH e condutividade elétrica (μS.cm 1). Essas análises foram feitas utilizando equipamentos multiparamétricos (TDS, EC & TERM. Meter (hold) B MAX/digital; Phmetro ATC pH Digital e oxímetro portátil Q 408P (Figura 5) no horário da tarde. Após o termino do período prático experimental, foram avaliadas as seguintes variáveis zootécnicas, onde foi observado os efeitos da inclusão da farinha de folha da Leucena desidrata e triturada sobre: Ganho de peso diário (GPD) = ganho de peso / total de dias; Ganho de crescimento (GC) = comprimento final comprimento inicial; Ganho de crescimento diário (GCD) = GC / total de dias; Consumo total de ração (CTR) = Σ de ração dia; Consumo diário de ração (CDR) = CTR / total de dias; Conversão alimentar aparente (CAA) = consumo de ração diário / ganho em peso; Taxa de crescimento específico (TCE) = ((lnPF lnPi) x 100) / total de dias; Consumo total de proteína bruta (CTPB) = % de PB da ração x CDR; Taxa de eficiência proteica (TEP) = GP / CTPB; Consumo diário de proteína bruta (CDPB) = CTPB / total de dias; Sobrevivência (S) = 100 x (N° inicial de peixes N° final de peixes) / N° inicial de peixes.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Artigo 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis neloticus) com uso de ração contendo farinha de leucina PB (%) 35,20 35,03 35,10 35,13 FB (%) 4,27 5,07 6,97 7,40 Cálcio (%) 1,25 1,36 1,21 1,42 P total (%) 0,74 0,73 0,75 0,74 Lisina (%) 2,44 2,39 2,27 2,25 Metionina (%) 0,50 0,51 0,40 0,40 *Composição do premix mineral e vitamínico.Ácido fólico (1,01mg), ácido pantotênico (16,00mg), biotina (0,22mg), cobre (9,09mg), colina (73,00mg), ferro (40,00mg), iodo (0,64mg), niacina (26,40mg), manganês (16,00mg), selênio (0,04mg), vitamina A (12,000 UI), vitamina B1 (5,81mg), vitamina B12 (110,00 mcg), vitamina B2 (9,80 mg), vitamina B6 (4,95 mg), Vitamina C (13,60 mg), vitamina D3 (800 UI), vitamina E (70,40 mg), vitamina K3 (1,30 mg) e zinco (65,60 mg).
9139 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9136 9142, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
RESULTADOSEDISCUSSÃO
Não houve diferença significativa (p> 0,05) para os parâmetros de qualidade de água: condutividade elétrica, pH, total de sólidos solúveis, temperatura e oxigênio dissolvido, indicando que os diferentes tratamentos não influenciaram as características físico químicas da água de cultivo durante os 46 dias de experimento (Tabela 2). TABELA 2. Parâmetros de qualidade da água de cultivo de alevinos de tilápias do Nilo alimentados com diferentes níveis de inclusão de farinha de folha de leucena (FL) até os 46 dias de cultivo Parâmetros Inclusão de farinha de folha de leucena (FL) Média ± Desvio padrão 0% FL 5% FL 10% FL 15% FL Condut. elétrica (µS.cm 1) 335,5±5,93a 336,4±7,75a 324,9±4,45a 330,1±1,52ª pH 6,8±0,05a 0,05a6,8± 0,05a6,8± 0,056,9±ª SDT 157,9±3,60a 156,9±4,24a 152,9±2,12a 155,3±0,49ª (°C)Temperatura 0,20a27,3± 0,19a27,2± 0,26a27,3± 27,5±0,26ª OD (mg.L 1) 6,6± 1,1a 0,8a6,3± 1,0a6,7± 6,5±1,1ª Cond. elétrica = condutividade elétrica; pH = potencial hidrogeniônico; SDT = sólidos dissolvidos totais; OD = oxigênio dissolvido. Médias seguidas de mesma letra na mesma linha, não são diferentes estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância (p>0,05). Fonte: Elaborado pelo autor Pode se observar no experimento que a ração com acréscimo de farinha de folha leucena em substituição ao farelo de soja apresentou boa estabilidade com relação à oxidação provocada pelo acúmulo de matéria orgânica oriunda da decomposição das fezes e sobras de ração nas caixas de experimentação. Nesse aspecto, a ração não influenciou nos resultados de desempenho zootécnico dos alevinos. A condutividade elétrica indica a capacidade da água em conduzir eletricidade, esse parâmetro fornece informações sobre o metabolismo do ecossistema, ajudando a detectar fontes poluidoras em viveiros de piscicultura. Quando os valores estão elevados indicam um alto grau de decomposição e quando os valores se encontram reduzidos indicam acentuada produção primaria (LEIRA et al., 2017). Os resultados de condutividade elétrica encontram se dentro dos limites previstos em cultivos 60 a 500 µS cm 1 (ITUASSU et al., 2004; SILVA et al., 2013). O pH se manteve com média 6,8 e de acordo com o trabalho de Kubitza (2000) está na faixa que não ocasiona nenhum problema aos peixes. Segundo Mercante et al. (2007) a escala do pH varia de 0 a 14, onde o valor 7, que indica neutralidade, é adequado à criação de peixes. Os principais fatores que podem causar elevação no pH de um viveiro são a fotossíntese, a adubação, a respiração a calagem e fontes poluidoras (SIPAÚBA TAVARES 1994). No que tange o valor médio 155,7 mg L 1 encontrados de sólidos dissolvidos totais no experimento indicam boa qualidade da água para a piscicultura, uma vez que valores acima de 200 mg L 1 podem ocasionar problemas para o desenvolvimento zootécnico dos peixes e a média foi considerada dentro da faixa de conforto para o cultivo de peixes de água doce (5 200 mg.L 1) (SILVA et al., 2013). No parâmetro temperatura pode se observar que os tratamentos apresentaram médias de 27,3 C°. De acordo com Kubitza (1998) os peixes são animais pecilotérmicos, a temperatura corporal varia de acordo a temperatura da água conferindo lhes uma vantagem em relação a animais homeotérmicos que gastam boa parte da energia dos alimentos para a manutenção da temperatura corporal, já os peixes utilizam essa energia para cresce e ganhar peso.
TABELA 3. Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo alimentados com farinha de folha de leucena (FL) durante 46 dias de cultivo DP desvio padrão; PF peso final; GP ganho de peso; GPD ganho de peso diário; GC ganho de crescimento; GCD ganho de crescimento diário; CTR consumo total de ração; CDR consumo diário de ração; CAA conversão alimentar aparente; TCE taxa de crescimento específico; CTPB consumo total de proteína bruta; CDPB consumo diário de proteína bruta; TEP taxa de eficiência proteica; S sobrevivência; Médias seguidas de letras iguais na mesma linha não diferem estatisticamente e médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância (p>0,05). Fonte: Elaborado pelo autor Analisando os dados apresentados na Tabela 3, quanto ao peso final, ganho de peso e ganho de peso diário, observa se que não houve discrepância em relação a ração controle, não havendo diferença estatística pelo teste de Tukey a 5% de significância (p˃0,05). Este resultado assemelha se com o resultado encontrados por Santos et al. (2015) que analisaram o desempenho de alevinos de tilápia do Nilo alimentados com folha de mandioca desidratada na dieta e quando comparado com ganho de peso do trabalho citado anteriormente que teve melhor despenho com 2,65 g em 5% de inclusão de folha de mandioca desidrata, o ganho de peso com 5% de inclusão de farinha de folhas de leucena foi superior, apresentando um valor de 8,64g. Avaliando os valores de ganho de crescimento e ganho de crescimento diário, não foi observado efeito significativo (p>0,05) da substituição do farelo de soja pela farinha de folha de leucena, contudo foi observado um leve decréscimo no ganho de crescimento à medida que foi aumentando o percentual
Artigo 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis neloticus) com uso de ração contendo farinha de leucina Segundo Silva et al. (2007) as temperaturas que ficarem abaixo ou acima da faixa considerada ótima acarretaram uma redução de crescimento, e em casos de temperaturas extremas podendo até ocasionar a morte dos animais. O oxigênio dissolvido manteve se durante todo o experimento na faixa ideal para o cultivo de tilápias do Nilo, de acordo com Kubitza (2000) essa faixa é de (6,5 a 8 mg.L 1). De acordo com Tabela 2, no que se refere ao parâmetro de qualidade de água com o nível de até 15% de inclusão de farinha de folha de leucena não influenciaram no desenvolvimento dos peixes. Os dados apresentados estão dentro dos limites sugeridos pela literatura consultada, logo, a água não influenciou às variáveis de desempenho.
Constatou se que não houve efeito significativo (p˃0,05) com diferentes níveis de inclusão de farinha da folha de leucena em substituição ao farelo de soja na alimentação de alevinos de tilápia do Nilo pelo período de 46 dias nas variáveis, peso final; ganho de peso; ganho de peso diário; ganho de crescimento; ganho de crescimento diário; conversão alimentar; taxa de crescimento especifico; taxa de eficiência proteica; consumo diário de proteína bruta e sobrevivência. No entanto as variáveis, consumo total de ração; consumo diário de ração; consumo total de proteína bruta, foram influenciadas (p<0,05) pelo acréscimo no nível de inclusão da farinha de folha de leucena (Tabela 3).
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9136 9142, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9140
LOPES, J. M.; PASCOAL, L. A. F.; SILVA FILHO, F.; 9141 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9136 9142, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
CONCLUSÃO Conclui se que o farelo de soja pode ser substituído em até 15% pela farinha de folha de leucena sem comprometer a qualidade da água e desempenho zootécnico dos alevinos.
KUBITZA, F. Qualidade da água na produção de peixes parte 1. Panorama da Aquicultura, v. 8, n. 45, p 36 41, 1998.
G.P.; FILHO, M.P.; BRASIL, E.M.; BARBOSA, P.S. características hematológicas de juvenis de tambaqui (colossoma macropomum cuvier, 1818) alimentados com rações contendo farinha de folha de leucena (leucaena leucocephala). ACTA. Biomédica brasiliense, v. 5, n 2, dez 2014.
KUBITZA, F.; KUBITZA, L. M. M. Qualidade da água, sistemas de cultivo, planejamento da produção, manejo nutricional e alimentar e sanidade. PanoramadaAquicultura, v. 10, n. 59, p. 44 53, LEIRA,2000.M. H; CUNHA, L. T; BRAZ, M. S; MELO, C. C. V; BOTELHO, H. A; & REGHIM, L. S. Qualidade da água e seu uso em pisciculturas. PUBVET, v.11, n.1, p.11 17, Jan. LIMA,2017M. R.; LUDKE, M. C. M. M.; PORTO NETO, F. F.; PINTO, B. W. C.; TORRES, T. R.; SOUZA, E. J. O. Farelo de resíduo de manga para tilápia do Nilo. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 33, n. 1, p. 65 71, 2011.
ALMEIDA, A. P.; KOMMERS, G. D.; NOGUEIRA, A. P.; MARQUES, B. P. LEMOS, R. A. Avaliação do efeito tóxico de Leucaena leucocephala (Leg. Mimosoideae) em ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira, n. 26, pag. 190 194, 2006. ANDRADE, C. L.; RODRIGUES, F. S.; CARVALHO, D. P.; PIRES, S. F.; PIRES, M.F. Nutrição e alimentação de tilápias do Nilo. Revista Eletronica Nutri Time, v. 12, n. 06, nov/dez de BAYÃO,2015.G. F. V.; EDVAN, R. L.; CARNEIRO, M. S. A. de S.; FREITAS, N. E.; PEREIRA, E. S.; PACHECO, W F.; BEZERRA, L. R.; ARAÚJO, M. J de. Desidratação e composição química do feno de Leucena (Leucena leucocephala) e Gliricidia (Gliricidia sepium). RevistaBrasileiraSaúde ProduçãoAnimal, Salvador, v. 17, n. 3, p.365 373, FURUYA,2016.W.M.; PEZZATO, L. E.; BARROS, M.M.; BOSCOLO, W.R.; CYRINO, J.E.P.; FURUYA, V.R.B.; FEIDEN, A. Tabelas brasileiras para a nutriçãodetilápias GFM, 2010. ITUASSU, D.R.; SANTOS, G.R.S.; ROUBACH, R.; PEREIRA FILHO, M. Desenvolvimento de tambaqui submetido a períodos de privação alimentar. PesquisaAgropecuáriaBrasileira, v. 39, p. 1199 1203, 2004.
Artigo 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis neloticus) com uso de ração contendo farinha de leucina de farinha de folha de leucena na ração. Os resultados encontrados em consumo total de ração e consumo diário de ração, foram relativamente menores que os obtidos por Junior et al. (2014) que avaliaram o desempenho produtivo de juvenis de tambaqui alimentados com rações contendo farinha de folha de leucena como fonte proteica por 60 dias de cultivo. Observou se também que as referidas variáveis foram influenciadas pelo acréscimo no nível de inclusão da farinha de folha de leucena o que pode ser atribuído ao aminoácido não proteico conhecido como mimosina que é um fator antinutricional (ALMEIDA et al., 2006). Porém, no estudo apresentado por Segundo et al. (2006) eles observaram que a tilápia do Nilo é capaz de aproveitar rações contendo farinha de folha de leucena em até 40% de adição sem que haja impacto negativo decorrente da mimosina. A adição da farinha de folha de leucena influenciou negativamente na conversão alimentar dos alevinos, esse desempenho pode ser explicado pelo elevado teor de fibras e fatores antinutricionais, destacadamente o aminoácido não proteico mimosina. O mesmo desempenho foi observado no estudo de Pessoa et al. (2013) que com o aumento da inclusão do farelo da casca de pequi na ração de tilápias do Nilo, houve piora linear na conversão alimentar, pois o farelo da casca de pequi possui baixo valor proteico, pequeno teor de energia e de outros nutrientes essenciais.
JESUS, L.S.F.; AZEVEDO, R.V.; CARVALHO, J.S.O.; BRAGA, L.G.T. Farelos da vagem da algaroba e da folha da mandioca em rações para juvenis de tilápia do Nilo mantidos em água salobra. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 12, n. 4, p. 1116 1125, JUNIOR,2011.
REFERÊNCIAS
Artigo 563 Desempenho zootécnico de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis neloticus) com uso de ração contendo farinha de leucina SILVA FILHO, F. P.; SANTOS, I. B.;WATANABE, P. H.; ARAÚJO, D. M.; PINTO, D. C.; OLIVEIRA, P. S. Farelo de babaçu em dietas para tambaqui. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 11, n. 2, p. 519 526, 2010.
MPA (2014) Governo federal investe no melhoramento genético da tilápia, 10, dez. 2013. Disponível em: PESSOA,tilapiafederal<http://www.ruralcentro.com.br/noticias/governoinvestenomelhoramentogeneticoda75888>.Acessoem:22dez.2021.M.S.;AVELAR,J.C.S.;HELIODORONASCIMENTO,A.L.;SILVA,K.L.;SOARES,A.C.M.;CAMARGO,A.C.S.;FARIAFILHO,D.E.DesempenhodetilápiasdoNiloalimentadascomfarelodacascadepequi.
SANTOS, E. L.; BEZERRA E. C. S.; SOARES, T. J.; FERREIRA, C. H. L. H.; SANTOS C. C. S.; SILVA, C. F. Desempenho de alevinos de tilápia do Nilo alimentados com folha de mandioca desidratada na dieta. Arq. Brasileira Medicina Veterinária Zootecnia, v. 67, n. 5, p.1421 1428, SEGUNDO,2015.
L. F., ALENCAR, M. D. N. B., & LOPES, J. B. Substituição do farelo de soja pelo feno de leucena na alimentação de alevinos de tilápia. Revista Científica de Produção Animal, v. 8 n. 2, 2006.
MERCANTE, C. T. J.; MARTINS, Y. K.; CARMO, C. F.; OSTI, J. S.; MAINARDES PINTO, C. S. R.; TUCCI, A. Qualidade de água em viveiro de Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus): caracterização diurna de variáveis físicas, químicas e biológicas, São Paulo, Brasil. Bioikos, v. 21, n. 2, p. 79 88, 2007.
Arquivo Brasileiro de MedicinaVeterináriaeZootecnia, v. 65, n. 2, p. 547 552, 2013.
ROCHA, C. M. C.; RESENDE, E. K.; ROUTLEDGE, A. B.; LUNDSTEDT, L. M. Avanços na pesquisa e no desenvolvimento da aquicultura brasileira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasilia, v 48, n 8, ago. 2013. SANTOS, E. L.; WINTERLE, W. M. C.; LUDKE, M. C. M. M.; BARBOSA, J. M. Digestibilidade de ingredientes alternativos para tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus): Revisão. Revista BrasileiraEngenhariada Pesca, São Luis, v. 3, n. 2, pag. 135 149, 2008.
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9136 9142, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9142
K.; FERREIRA, M. W.; LOGATO, P. V. R. Qualidade da água na Piscicultura. Boletim de ExtensãodaUFLA,Lavras,MG, n. 94, 2007. SIPAÚBA TAVARES, L. H. Limnologia aplicada à aquicultura. Jaboticabal: FUNEP, 1995.
G. C.; CAVALCANTI, J. S.; ESTEVÃO, F. C. Avaliação dos fenos de leucena, capim elefante e flor de seda no desempenho de aves caipira. Revista Centauro, v 4, n. 1, p. 01 06, SILVA,2013.V.
SILVA, A. D. R; SANTOS, R. B; BRUNO, A. M. S. S; SOARES, E. C. Cultivo de tambaqui em canais de abastecimento sob diferentes densidades de peixes. Acta amazonica. vol. 43, p. 517 524, SILVA,2013.M.
A Nutritime Revista Eletrônica é uma publicação bimestral da Nutritime Ltda. Com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos bem como resulta dos de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do endereço eletrônico: http://www.nutritime.com.br. Todo o conteúdo expresso neste artigo é de inteira res ponsabilidade dos seus autores.
Keywords: animal experiments, experiment planning, experimental statistic
Animal Scientist, D.Sc., Professor of Ruminant Nutrition, Department of Animal Nutrition and Management, Swedish University of Agricultural Sciences, Uppsala, Sweden (edenio.detmann@slu.se)
The factorial experiments are useful in animal science, as they allow us to evaluate how different causative factors affect directly the animal responses and, mostly important, how the factors can interfere with each other on that responses. The animal production is naturally an interactive process. Therefore, interactions must be an important aspect to be considered when we look at a better understanding of nutritional and metabolic aspects of animal production. In this overview, I present the most basic aspects of factorial experiments applied do animal science and some ways to avoid the most common mistakes that can be made when carrying out this kind of experiment.
ABSTRACT
Animal experiments, experiment planning, experimentalstatistic Edenio Detmann
Portanto, as interações devem ser um aspecto importante a ser considerado quando buscamos uma melhor compreensão dos aspectos nutricionais e metabólicos da produção animal. Neste artigo eu apresento os aspectos básicos dos experimentos fatoriais aplicados à zootecnia e também algumas maneiras de se evitar os erros mais comuns que podem ser cometidos ao se realizar esse tipo de experimento.
9143
EU NÃO GOSTO DE INTERAGIR, MAS É NECESSÁRIO: UM BREVE VISÃO SOBRE RESUMOEXPERIMENTOSFATORIAISEMZOOTECNIA
Revista Eletrônica Vol. 19, Nº 05, set/out de 2022 ISSN: 1983 www.nutritime.com.br9006
Palavras-chave: estatística experimental, experimentos com animais, planejamento experimental
I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science
Os experimentos fatoriais são úteis em zootecnia, pois permitem avaliar como diferentes fatores causadores afetam diretamente as respostas dos animais e, principalmente, como os fatores podem interferir entre si nessas respostas. A produção animal é naturalmente um processo interativo.
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science In my opinion, one of most underrated tales in the Bible is the story of Jonah. I use the adjective underrated because many people highlight this tale just to state how unlikely is to live inside a fish stomach. I am writing this article neither to discuss religion nor to debate about the reliability of the Bible. Nevertheless, I think there is something different and useful that we can learn from the Jonah’s “adventure”. I intend going beyond the so called Jonah’s “fish situation”. According to that story, God decided to send Jonah for preaching His word in Nineveh. However, Jonah did not like that order. He did not tell that to God, but we can easily understand it by reading between the lines. I do not know exactly why, but Jonah decided to go in the opposite direction. Maybe he did not like working or he just wanted to avoid getting in touch with the crowd. Anyway, Jonah took a ship to go to Tarshish. A huge storm came over them, and Jonah’s shipmates decided to throw him overboard (he was the outsider and understood to be the most probable cause of the climate’s fury). After that, the storm was no longer raged, but according to the story, a big fish swallowed Jonah and kept him inside its stomach for three days before dropped him out in a beach near to Nineveh. Hence, Jonah did his work. Wheter you believe the Bible or not, there is a take home message here inside this story. Jonah would not like to interact with people, but it was necessary. He could not run away his responsibilities, as we must not ignore our own duties. I must confess that Jonah and I had similar stories (in my case, a history). I did not like interacting with people. That is why I decided to study animal science back in the 1990s. In my opinion, cows were much more interesting than people were. However, something analogous to a big fish swallowed me, threw me out next to a classroom, and that is how I became a professor. I did not like to interact, but it became into a necessary task for me. Life has strange paths for everyone and, believe me, your paths have many Asinteractions.Iwrotebefore, I am not writing this text to talk about living inside a fish or about your personal responsibilities. Indeed, I would like to talk about something less personal and associated with animal experiments: the factorial arrangements and the so called “controversial” interactions. I say “controversial” because I have heard many bad things about interactions. Actually, it seems that interactions in animal experiments are a kind of curse for experimenters. A significant interaction seems to represent an unavoidable damnation and the final day of weeping and cries of sorrow. Is that overview of interactions correct? Is that what underlies the study of interaction effects in our experiments? Suffering and crying? I am pretty sure that is not correct. I refuse to think that Sir Ronald Fisher and other giants who established the groundwork for factorial arrangements had had an intention to make people suffer. It was completely the opposite of that. Interactions are extremely useful in animal science experiments, once the experimenter can understand their meaning and usefulness. Nature is essentially interactive. This is factual. No living being would exist without interacting with the environment and other living beings. Nothing happens in Nature without an interaction. When we look inside a living being, we can see the same pattern, as metabolism is an interactive mechanism at all. However, what does an interaction mean in biology or animal science? I will give you the simplest answer I can. Every single event that occurs within an animal depends on a series of other events and factors. Nothing simply happens by itself. Let’s move to some examples. I will not explore the mechanisms in their totality, as it would be boring, long, and out of our scope here. Then, I will try to highlight just a few pinpoints in a way that we can get it easily: 1. Pepsin is secreted in the stomach (or abomasum in ruminants) as pepsinogen, its zymogenic form. Pepsinogen itself is unable to digest protein (it must be like that, otherwise pepsin could digest the cells that produce it). Pepsinogen needs to be cleaved by hydrochloric acid to become an active enzyme. Thus, the amount of pepsin formed in the stomach depends on the presence and concentration of hydrochloric acid; 2. Supplements for grazing beef cattle are different during the dry and rainy seasons. The main reason for that is that the nutritional Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9144
9145 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science characteristics of pasture vary according to annual climatic oscillation. Thus, the animal’s response to the supplements depends on forage quality; and 3. Rumen microorganisms are able to synthetize protein from ammonia nitrogen. However, the effectivity of this process depends on the availability of adequate carbon skeletons and energy.
I gave you three quite simple examples. Maybe you wonder what interactions have to do with them, as I have not used the word “interaction” any moment. If you did that, you are right. I did not use that word. However, I did that purposely, as you could get it easily. Indeed, I used the same expression in every example above, which is depends on. That is the essence of an interactive event. How a given factor works depends on the presence (or concentration, etc.) of another factor. When our best explanation of how a biological event occurs starts with “it depends on”, we are facing an interaction. The positive response of grass growth to nitrogen fertilization do occur. We already knew that. However, the way in which this occurs depends on the species, soil type, phosphorus and potassium fertilization, etc. Using a correct protein content in cattle diets is essential, but it depends on animal category, genetic group, sex, physiological state, dietary energy, etc. Interactions are the rules, rather than exceptions, for all biological systems, which also include animal production at any level (i.e., management, bioclimatology, nutrition, reproduction, metabolism, etc.). Technicians and producers work surrounded by interactions all the time. However, scientists in particular must be aware of interactions when they decide to study the effects of something on animal production. This is one of the pillars of the scientific method, which can be named as “control of variables”. When a study on a specific factor is about to be performed, a scientist must assure that all other factors remain constant for each experimental unit. Otherwise, unwanted interactions would occur, which could compromise the experimental comparison and the reliability of the experimental responses. For example, if one wants to measure the effects of different dietary protein contents for steers, the only “thing” that must vary across experimental units is just the dietarycontent of protein1. If, for instance, the different protein contents were implemented using different protein sources, the variation among treatments would no longer represent exclusively the dietary protein content. There would be a confounding effect between protein content and source, two factors that may interact with each other. The experimental responses would not allow a valid conclusion on the effect of protein contents and the experiment would be invalid as well.
Experiments in which the effect of a single factor is evaluated are useful at some extent. However, as we saw earlier, a factor involved in a biological event does not act alone to produce a response and this is just the main limitation of that kind of experiment. A dietary protein content considered optimal for bulls cannot be the best for heifers. Then, an experiment carried out with bulls cannot be completely useful to understand how the animal’s response to dietary protein would occur if the sex of the animals was different. A broader answer for that could be obtained by performing more than one experiment, one with each sex. However, there will always be a random and non observable effect between experiments. It is unavoidable and makes our comparisons between different experiments more difficult to be built with Aconfidence.validalternative is to include one or more factors in the same experiment. In this case, if we can assure the adequate control of variables, our inferences can be valid and, more importantly, we may create a way of measuring how the factors interact with each other to define the experimental response. Hence, by adopting an adequate background, we define a way to studymore than one factor in the same experiment using a factorialarrangement Unfortunately, I have constantly heard an incorrect and uncomfortable expression when some scientists perform experiments like that. Those people used 1 Of course, there will be uncontrolled variations within the experiment, which are due to causes that cannot be anticipated by the experimenter. The variations that do not have a known cause are represented by residual variation, i.e. the “rest” of experimental variation that could not be controlled or assigned to a known cause.
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science say that they have a “factorial design”. With respect, but that is a complete mistake. There is a huge difference between arrangement and design in experimental statistics. The term design defines the way we assign the treatments to the experimental units. Of course, the basis for that must be the randomization. However, randomization can be applied with or without any restriction and this is the main point used to differentiate among the several types of designs. When randomization is applied without any restriction, the experiment is carried out according to a completely randomized design (CRD). Any simple restriction in randomization changes the experimental design. Simply put, that is how randomized block designs or Latin squares become different from CRD. However, randomization is out of our scope here. If you want to read more about that, you may take a look at my previous published book (Detmann, 2018). Now, we know what an experimental design is. What about the arrangement? In a simple sense, arrangement is a way of organizing the treatments that are about to be evaluated in the experiment, in order to study the effects of different factors and their interactions. You may easily see how different the two terms are and how they connect to each other. The arrangement helps us to define the treatments. Following that, the design will tell us how to assign those treatments to the experimental units. The two concepts define different stages of the experimental process. Thus, they are completely different and cannot be confounded. Our experiments mandatorily follow a design, but they can or cannot be performed following an arrangement.
The first step in establishing a factorial arrangement is to define which are the factors to be studied. In our example, it is clear that we have two factors: the protein content and the protein source. After that, the second step comes by defining how many and which are the levels of each factor. In the case of protein content, we have three levels, which correspond to the contents in the supplements: 20, 25, and 30%.
Previously, you had planned to study supplements with 20, 25, and 30% CP. Now, you want to check the effects of those levels, but by varying the protein source in the supplement: soybean meal or cottonseed meal.
Using a factorial arrangement means that we intend to study the effects of two or more factors in the same experiment. Thereafter, we must follow its theoretical background in order to define the treatments in the best way so we can understand how the factors affect the experimental response independently or, perhaps, interacting with each other. However, there are more than one type of factorial arrangement. Here, we will discuss only about the main and most common type, the complete factorial arrangement. Hereafter, when I sayfactorial, you must keep in mind that I am talking about the complete form of this arrangement. Two points must be also highlighted before we move on. First, many of the points I will discuss here could be also applied to other types of arrangements, such as the split plot arrangements. However, split plots have a rather limited applicability for animal experiments, besides having many crucial differences when compared to factorials. Thus, what I present here is completely valid for factorials. Second, my discussion here would be completely valid if, and only if, all the factors encompassed by the factorial arrangement are fixed effects. I will not discuss factorials where one or more factors are random effects. In general, these types of arrangements are rare in animal production, yet common in feed analysis.
It seems better to go through a hypothetical example in order to assimilate the definition that I presented in the previous paragraph. Let us suppose that you intend to study the effects of the crude protein (CP) content in supplements offered to heifers under grazing. However, you have some previous and strong evidences that the protein source in the concentrate can influence how the variation in CP content affects animals’ performance. Thus, this is an appropriate time to use a factorial arrangement.
When we intend to study more than one factor in an experiment, a complete factorial arrangement teaches us that the combinations of all levels of the different factors must form the treatments. I know it can sound strange at first glance. However, believe me, this advice is completely worthy and help us to set up good experiments, and, most importantly, it avoids many mistakes and gives us straightforward tools to interpret experimental responses.
On the other hand, the protein source factor has two
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9146
FIGURE 1 Schematic representation of how to define treatments in a 3 × 2 factorial arrangement supplements for grazing heifers containing different crude protein contents and sources (see details in theActually,text).
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal Science levels: soybean meal and cottonseed meal. From this information, we have the elements to name our arrangement, which is a 3 × 2 factorial arrangement. The first factor (CP content) has three levels and the second factor (CP source) has two levels. It does not matter which factor comes first. Thus, if you call this a 2 × 3 factorial arrangement, nothing will change (i.e., putting source before content). A complete factorial arrangement is always symmetric and the order of the factors does not change the product (i.e., data pattern and interpretation).
the analysis through a complete factorial arrangement represents an orthogonal decomposition of the treatment degrees of freedom and sum of squares towards the individual effects of factors and their interactions (Table 1). When we decide to do so, the overall hypotheses testing for the “treatment” effects is no longer necessary. Indeed, using it can lead us to some misinterpretations in data analysis and conclusions. Following the orthogonal decomposition, we become able to obtain more functional information when compared to an overall test for treatment effects. Many important questions can be answered about the animal response pattern caused by each individual factor and, most importantly, if the different factors mutually influence their response pattern or Usingnot. our example (Table 1), we can see that the variation caused by treatments is now orthogonally decomposed into three different sources of variation and, consequently, each one must be associated with a different hypotheses test. However, what are the hypotheses to be tested here? That is a very interesting question and a corrected answer for that can define how well your data interpretation will be.
Now, you can proceed to the randomization and perform the experiment. After the experiment is done, it’s time to analyse the results. If you planned your experiment according to the factorial arrangement, it is expected that you will use the same reasoning when analysing your data. Leaving the factorial background behind when you are evaluating the results is not the correct thing to do. You applied a powerful tool to plan and perform your experiment aiming at concluding in a more functional way. The most rational decision here is to keep moving forward using the background that the factorial arrangement has given you.
After defining the factorial arrangement, it is time to apply what it teaches us: how to organize the treatments that are about to be evaluated. This way reflects our planning and must be in accordance with what we defined in the previous paragraph. Let us assume that Factor A is indexed by “i” (i = 1, 2, …, I) and has I levels. In turn, factor B is indexed by “j” (j = 1, 2, …, J) and has J levels. Then, the number of treatments in a complete factorial arrangement will be I × J. According to the previous example, our experiment must encompass 3 × 2 or six treatments. Now, we already knew the number of treatments. The final step of this process is to define what the six treatments are. In a complete factorial arrangement, treatments are produced by combining all the levels of each factor. Using our example, we must combine all CP contents and sources in all possible ways, which results in six combinations (i.e., 3 × 2). Every single combination corresponds to one treatment that must be applied to the experimental units (Figure 1).
Defining null and alternative hypotheses is always a concern for me, as different references may bring different approaches that reflect different interpretations by the authors. My intention here is not to cause conflict or overwhelm you with theoretical statistics. Therefore, I decided to go for a 9147 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
Factor A I 1 CP contents 3 1 = 2 Factor B J 1 CP sources 2 1 = 1
Interaction A × B (I 1) × (J 1) Contents × Sources (3 1) × (2 1) = 2 more didactic approach without using any mathematical notation. I will only refer to the null hypothesis and leave implicit the alternative hypothesis (i.e., there is no agreement with what is stated by the null hypothesis). Using a hypothetical A × B factorial arrangement, the null hypotheses tested in the analysis of variance (ANOVA, Table 1) should
Let’s analyse the first scenario where interaction effect is not significant (i.e., null hypothesis is accepted). Then, we would have empirical evidences that factors A and B do not interfere with each other in the experimental responses and discussions and conclusions can be built separately for each factor. Actually, the own conclusion drawn from the interaction test can be a worthy and useful conclusion. However, the most important issue here is that we are now allowed to study the factors separately. Then, we can look at the results of the other hypotheses tests, as the conditional established in each null hypotheses was assured by the interaction test.
General scheme Example of grazing heifers
Our first conclusion must be: the first thing to look out after running ANOVA is the test for interaction. It will guide us on how to proceed in data interpretation.
I purposely used a textual form for the null hypotheses, as the meaning behind each one can be understood as clear as possible. The test for factors A and B will only propitiate a correct decision if, and only if, A and B are independent of each other. Who does allow us to check that condition? The answer for that is clear: the hypotheses test for interaction.
Factorbe: A H0: there is no difference in the responses caused by the different levels of A, if A is independent of B; Factor B H0: there is no difference in responses caused by the different levels of B, if B is independent of A; and Interaction A × B H0: responses to A are independent of B and responses to B are independent of A (there is a symmetry here, as I stated before).
If the experimental effects of the factors are dependent on each other, how could we test hypotheses whose prerequisite relies on independency? The answer to that is clear and direct: we could not. Without fulfilling the conditional, the hypotheses for the factors are meaningless. Would you like to conclude something from your study based on a meaningless hypothesis? I am prettysure you would not want to do that.
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science TABELA1. Partitioning the treatment degrees of freedom following an A × B factorial arrangement
Sources of variation Degrees of freedom Sources of variation Degrees of freedom [Treatments]a [(I×J 1)] [Treatments] [2 × 3 1 = 5]
The second scenario is completely different. If the null hypothesis for the interaction effect was rejected, the conditional of independency between factors was not met. Then, the individual tests cannot be performed (please, read the null hypotheses again).
There are two main take home messages here: interactions provide a very useful information on how to interpret our experiment, and show us how to analyse the experiment correctly. Regarding the first message, let’s go back to our heifers’ example.
Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9148
a It easy to show that the partitioning of treatment degrees of freedom is orthogonal, as (I 1) + (J 1) + [(I 1) × (J 1)] = (I × J 1). In the example, 2 + 1 + 2 = 5. The same reasoning is applied to the decomposition of treatment sum of squares.
the second take home message I highlighted in the previous paragraph takes a little more of effort on our part. When we analyse any hypothetical A × B factorial arrangement, there will be eight probable scenarios for the ANOVA results2 , which are exemplified in Table 2. Scenarios I to IV occur under a non significant interaction. Therefore, it is allowed to use individual tests for each factor and each scenario will follow a different way of explaining the pattern of experimental responses. Conversely, the scenarios V to VIII will have strictly the same conclusion. Responses to A depends on B and vice-versa. As we saw earlier, the null hypotheses for individual factors require mutual independency, which is not supported by the empirical evidence. Hence, the results for individual factor tests mean nothing and the significance indicators for them are merely a standard way of showing results in a paper. The message here is that we must seek a deeper evaluation of results, considering the mutual influence of one factor on the other.
TABLE 2. Simulation of different scenarios for the results of the hypotheses test in an analysis of variance for a A × B factorial arrangement 2 I am following here what is defined by the Neyman Pearson lemma. It means that a significance threshold is defined (e.g., P<0.05) and only two decisions are allowed: accept or reject the null hypothesis.
a Sources
TABLE 3. Schematic representation of different types of mean values in a theoretical 3 × 2 factorial arrangement (balancedLevelsdesign)ofFactor Aa Levels FactorofB 1 2 3 meansMarginalofB 1 m11(n) m21(n) m31(n) M.1(3n) 2 m12(n) m22(n) m32(n) M.2(3n) meansMarginalofA M1.(2n)M2.(2n) M3.(2n) a Treatment means are indicated by “m” and marginal means by “M”. “n” represents the number of replicates per treatment. Consequently, the information in parenthesis represents the number of experimental units used to calculate each mean value. At first glance, marginal means are seductive, as they summarize what has happened across the levels of a same factor. You could take a look at them and quickly understand what happened when you fed cottonseed meal or soybean meal. However, 9149 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
variation I II III IV V VI VI VIII Factor A ns * ns * ns * ns * Factor B ns ns * * ns ns * * Interaction A × B ns ns ns ns * * * *
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science A non-significant interaction would mean that we could verify the best CP content in the supplement without any connection with the protein source. In other words, the animal response pattern according to the CP contents in the supplements would not be affect if the animals are fed on a soybean or cottonseed based supplement. On the other hand, if the interaction would be found significant, our first conclusion would be the opposite of that. The animal response pattern to the supplement CP content would vary according to the protein source we feed to the animals. Think about it for a while. Is this kind of interpretation useful or not from a biological point of view? My answer for that is the information we can get from interaction is completely useful. Thus, we got a first and important reason to not hate Understandinginteractions.
Scenarios of a ns, non significant; *, significant. Before proceeding with the discussion of interactions, I will present the two usual ways of showing the means obtained from a factorial arrangement (Table 3). The first way is to show the individual treatment means. I think I do not need to explain much about how to calculate a treatment mean. The second way is to show the so called marginal means. Marginal means of one factor are calculated across all the levels of the other factor. Using our recurrent example, the marginal mean for the animal response to soybean meal would be calculated using the information of all CP contents in the supplements. The marginal mean for the response to cottonseed meal would be obtained in the same way. It is clear that the marginal means come from a larger number of observations and have smaller standard errors compared to the treatment means. However, these characteristics must not weigh in our decision about which sort of mean value we should show in our papers. There is more here and some details can lead to major misinterpretations.
First, let’s evaluate the results of dry matter intake. Following the logical sequence, there was no interaction between nitrogen and starch on intake (P 0.29, = Table 4). Thus, we are allowed to check the individual hypotheses test. Starch supplementation did not affected intake (P=0.22), but nitrogen supplementation did (P<0.01). Looking at the treatment means, it is quite easy to see that intake increased when nitrogen was supplemented. You can get the same impression by looking at both treatment means and marginal means. One may wonder if the same insight can be gotten from both, why not use marginal means. It seems easier to explain things using them. However, things are not always like this. The microbial nitrogen production showed an interaction between nitrogen and starch supplementation (P=0.068). Thus, we are not allowed to use the individual hypotheses tests. We will go further into this example later. However, now, when we look at the treatment means, it is very easy to see why the interaction occurred. Giving only nitrogen or starch to the animals was not enough to alter the microbial synthesis in the rumen. However, when nitrogen was supplied along with starch, the microbial production increased more than 50%. The response to nitrogen supplementation depended on the presence of starch. It is a classic interaction. Now, try to get the same perception from marginal means. The results of hypotheses testing are the same Did you get it? I hope you did not, because TABLE 4 Dry matter intake (DMI, kd/d) and microbial nitrogen production in the rumen (NMIC, g/d) in heifers fed a low quality tropical forage and supplemented with nitrogen and, or starch (adapted from Souza et al., Scenario2010)
I Using treatment means No nitrogen Nitrogen P valuesa Item No starch Starch No starch starch N S N×S DMI 3.46 3.49 4.48 4.94 0.001 0.22 0.29 NMIC 40.7 40.6 41.1 67.0 0.063 0.070 0.068 Scenario II Using marginal means Nitrogen Starch P values
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science we must keep in mind that every time we compact data to improve the understandability of numbers, we also loose information. A treatment mean is already a compacted value, as we summarize information from all replicates in only one number. It is better to understand the average pattern of the response, but we must also understand that a mean value does not have the same level of information compared to the whole sample. However, it is necessary; otherwise, our tables would be like the old phone books and getting useful information from them would be very unlikely. On the other hand, a marginal mean is always obtained by a double data compaction. Besides the loss of information on sample variation, we also loose the information, for instance, on how the responses to soybean vary according to the CP content in the supplements. To illustrate that, I will use as an example some results taken from the experiment of Souza et al. (2010), who studied the effects of nitrogen and starch supplementation on heifers fed a low quality tropical forage. This is a typical 2 × 2 factorial arrangement, where the factors were nitrogen supplementation and starch supplementation and each one had only two levels (with or without). I express the results using both treatment means and marginal means (Table 4). It must be noticed that the experiment was planned to use 0.10 as the significance threshold.
Item without with without with N S N×S DMI 3.48 4.71 3.97 4.22 0.001 0.22 0.29 NMIC 40.7 54.1 40.9 53.8 0.063 0.070 0.068 a N, S, and N × S, effects of supplemental nitrogen, starch, and their interaction, respectively. The experiment was planned to declare significance at P<0.10. Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9150
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science this information is not there. We are not able to perceive the interaction between nitrogen and starch because this information was lost in the double compaction behind the calculation of marginal Theremeans.is no rule that forbids showing marginal means. However, we are working with science and official regulations cannot be the best guidelines for us. We must show the results as clear as possible, as the reader should be able to understand the “message”, judge the results and, perhaps, apply the knowledge latter. In this sense, marginal means represent a lot of information loss. They are attractive, but less informative. If the experiment is balanced, you are able to calculate the marginal means from the treatment means. However, you cannot calculate treatment means from marginal means (unless the interaction effect is numerically equal to zero, which is almost impossible). Think about that: the greater the quality of information you show, the greater the quality of science you do. How would you choose to present your data? I already have myanswer to this question. What about you? After this brief pit stop, let’s get back to discussing interactions. We already know that a significant interaction denotes that individual hypotheses are not useful. Then, how to proceed with data analysis?
You can see that in Table 5. Both forms of one handed slicing procedure are orthogonal and use exactly the treatment degrees of freedom. We can see an example of the one handed slicing in the experiment performed by Palma et al. (2015), who studied different acid digestion methods for mineral analysis in different materials used in animal trials (Table 6). The experiment is bigger than what I show here. I just pinched a small piece, where they found a significant interaction (P<0.01) between the acid ratios used in the digestion procedure and the material that was digested on the calcium contents.
Anyway, both ways are licit and, in some terms, have the same statistics background. What we do is reorganizing the degrees of freedom and sums of squares in order to perform the slicing procedure.
You can get two messages here. First, the slicing is not that difficult to perform and understand. Second, this is one more classic example of interaction. The effect of acid ratio depended on the material that has been digested.
there are two ways to perform such analysis (or two ways to slice the data). I will named these as one-handed and double-handed slicing procedure. In the one handed slicing procedure, you choose which way would be more informative for you and the readers: studying A nested within B or B nested within A. Let’s go back to our heifers’ example. We can study either what happens to the response when we vary the CP content within each protein source or what happens when we change the protein source within each CP content. Which one is more informative? I cannot tell you that. It is up to you and how you want to explore your results in a more informative way. Particularly, if I was responsible for that experiment, I would probablychoose to study the variation in CP contents within each protein source.
The authors chose to study the variation in the acid ratios nested within each material, a typical one handed slicing procedure. Why did they choose to study methods nested within materials and not materials within methods? I can tell you because I was one of the authors. Because we already knew that materials were different and the comparison among methods nested within each material would be much more informative according to our objective, which was to find the “best” method for acid digestion. As so, for most materials, there was no effect of different acid ratios. However, for bones, the lower the ratio, the higher the calcium content. The more rigid the matrix to be digested, the greater the amount of perchloric acid necessary to do the job.
First, I would like to make it clear that I will not discuss about methods to compare treatment means. It is a very extensive subject and each case is a different case. What I am about to discuss is a general guide, which should be followed by an adequate method of comparing treatments. First, as the factors are dependent on each other, our study must take that into account. To do that, we must proceed to a nested evaluation of factors. It means that we must study the response pattern of one factor within each level of the other factor. Why? Because the responses of one factor will be dependent on which level of the other factor was applied to the experimental units. It seems complicated at first glance, but it is not. Data analysis software can easily do this today, as long as you know how to ask for that properly. Normally, these nested analyses are called “slicing” in the statistical packages. Studying one effect nested within another would be similar to when you slice a cake. Nice Actually,analogy.
Source of variation Degrees of freedom Total degrees of freedomb analysis Sources × Sources Study of contents nested within sources meal meal Study of sources nested within Sources/30% Double handed study of interaction meal meal Sources/25% Sources/30%
9151 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal Science
1
1
TABLE 6. Study of interaction between digested material and nitric acid to perchloric acid ratio on the calcium content (g/kg drymatter) (adapted from Palma et al., 2015) Nitric to perchloric acid ratio
Factorial
Contents 2 5
2 7 Contents/Cottonseed
a Sources 1 5Contents/Soybean
2 Sources/20% 1
The double handed slicing procedure is quite simple to understand. Unlike you choosing which way you will perform the one handed slicing, you do both and use them to interpret the data. Again, there is no law against doing this. The only concern is that the rearrangement of degrees of freedom and sums of squares is no longer orthogonal. As you can see in Table 5, the double handed slicing uses more degrees of freedom than the available number of degrees of freedom for the comparison among treatments. It can be a problem, as a non orthogonal partition of treatment sum of squares can open some additional doors for the occurrence of type I error. As so, the probability of you wrongly point out a difference mayincrease.
a Contents/Soybean
a The symbol “/” must be read as “nested within” or simply “within”. Thus, “contents/soybean meal” means studying the variation among CP contents when soybean meal is the supplemental protein source. Conversely, “sources/20%” means studying the difference between soybean meal and cottonseed meal when the supplement has 20% CP. b Number of degrees on freedom used to compare treatments.
TABLE 5. Schematic representation of different ways of partitioning the degrees of freedom when studying interaction effects
1 Contents
contentsa Contents 2 5Sources/20% 1 Sources/25% 1
2
2 Contents/Cottonseed
2
1
Material 2:1 3:1 4:1 P value Carcass 48.3 50.2 48.5 0.85 Bones 183.9a 172.8b 163.4b <0.001 Excreta 10.5 9.82 9.85 0.97 Concentrates 1.40 1.32 1.37 >0.99 Grasses 6.47 5.81 6.34 0.98 Faeces 5.97 5.58 5.35 0.98 a Means in the same row followed by different letters differ at P<0.01. Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9152
TABLE 8. Study of the interaction between supplemental nitrogen and starch on microbial nitrogen production in the rumen (g/d) in heifers fed a low quality tropical forage (adapted from Souza et al., 2010. See text for more details) Nitrogena, b Starch Without With Marginal starch Without 40.7a 41.1a 40.9B With 40.6b 67.0a 53.8A Marginal nitrogen 40.7B 54.1A a Treatments means in the same row followed by different lower case letters differ at P<0.10. b Marginal means in the same column or row followed by different capital letters differ at P<0.10. 9153 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 Material Method Forages Cattle faeces P value A 20.9 26.2 0.35 B 34.7 32.3 0.67 P value <0.001 0.001 Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal Science I took an example of double handed slicing from the study by Barbosa et al. (2017). Those authors evaluated methods to analyse the ether extract content in forages and cattle faeces (Table 7). Once more, it must be noted that the study is broader than what I have presented here. They found a significant interaction (P<0.01) between method and material. When they studied the materials nested within methods, theydid not see any difference between materials regarding the ether extract content (P≥0.35). On the other hand, when comparing the methods within each material, they found that method B produced higher ether extract content for both forages and faeces (P<0.01); however, the difference between methods was greater when forages were evaluated and that was why interaction occurred.
Previously, we found that there was an interaction between supplemental nitrogen and starch on rumen microbial production. The one handed slicing of this effect based on treatment means shows clearly that improvements in microbial production were caused by nitrogen supplementation, but only when starch was concomitantly supplied (Table 8, at the centre).
Some mistakes can be made when using factorial arrangements.
I will try to discuss something about the four main ones, which I named the “ignorance mistake”, the “donation mistake”, the “neglect mistake”, and the “discrimination mistake”. The ignorance mistake occurs when the researcher finds a significant interaction, but decide to ignore that and study the factors individually. I can tell you that this is quite dangerous for the conclusions. As we saw before, tests for individual factors require independency between them, but a significant interaction says this condition has not been met. I performed a simulation of the ignorance mistake based on the results of Souza et al. (2010).
TABLE 7. Study of interaction between method and material on the ether extract content (g/kg dry matter) (adapted from Barbosa et al., 2017)
That was the authors’ conclusion. However, let’s suppose that the authors completely ignore the interaction and proceed to study nitrogen and starch separately using the marginal means. Surprisingly (or not), the conclusions will change. The study of marginal means (Table 8, at the borders) shows that both starch and nitrogen increased microbial production in the rumen regardless of whether they were fed together or not. This is obviously a complete mistake, and the conclusions drawn from this would be false as well.
Levels of Factor A Levels of Factor B Treatment means I I 238f II 235f III 238f IV 238f II I 298d II 291e III 292e IV 295de III I 357a II 350bc III 347c IV 354ab a Means
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science The donation mistake occurs when the experimenter finds a non significant interaction, decide for omitting this of the model/analysis, and “donate” its degrees of freedom to the residual. The intention here would be to improve the precision of the experiment by increasing the residual degrees of freedom. I may surely state that this is a mistake. First, you may find interactions in many types of analysis, and each one has a different theoretical background. Thus, you must understand that I am referring here to interactions in complete factorial arrangements. For other types of interactions and analyses, what I present here cannot be completely valid. Considering this, the first point we must highlight is that the interaction is part of the treatment effects (Table 1). If you decide to “donate” the interaction to the residual, you are assuming that an important part of treatment effects has no known cause. Does it make sense? Interactions as a part of treatment effects can show many useful things. They can even help us to build more elaborate conclusions. The reader must know about the interactions and their “message”. The second point is that the treatments are the basis for applying randomization. Remember that experimental design is the way how the treatments are designated to the experimental units, which is based on randomization; then, treatments are intimately connected to how randomization is applied and their degrees of freedom cannot be considered as residual degrees of freedom. Thus, the interaction, whether significant or not, must remain in the model and analysis. If you need mode residual degrees of freedom, do so during the experiment planning and increase the number of experimental units. Donating part of the treatment degrees of freedom must not be the way to do that.
Nutritime
The neglect mistake occur when you plan and perform the experiment according a factorial arrangement, but decide to neglect this when analysing the results. This is similar to buying a car, but going for a trip by walking because you refuse to put gasoline in your car. You have a powerful tool, but neglect to use that. Why? I have no simple explanation for that. I prefer showing you an example and leave the conclusion at your discretion. The data in Table 9 was obtained from an experiment performed by a dear friend of mine. To preserve the ethical aspects of this paper, I will not reveal the name or any details of the experiment. I just reproduced the numbers. My friend authorized me to use the data after we had a nice conversation about the way he/she analysed the results. Please, take a look at Table 9. Despite the factorial arrangement, the authors applied a multiple comparison procedure across all the treatments. Try to extract any useful information about factor A, factor B, or their interaction. Did you get it? Maybe it is possible, but quite hard. Probably, the comparisons bring much more confusion than information. TABLE 9. Comparisons among treatment means in an experiment carried out following a 3 × 4 factorial arrangement (please, refer to the text for more details) in at P<0.05. Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006 9154
the column followed by different letters differ
REFERÊNCIAS Barbosa, M.M.; Detmann, E.; Valadares Filho, S.C.; Detmann, K.S.C.; Franco, M.O.; Batista, E.D.; Rocha, G.C. Evaluation of methods for the quantification of ether extract contents in forage and cattle feces. Anais da Academia Brasileira deCiências, v.89, p.1295 1303, 2017.
Detmann, E. Não seja como as vaquinhas! Uma abordagem informal sobre formalidades dos experimentos com animais de produção 2nd ed. Viçosa: Edenio Detmann, 2018. 373p. Palma, M.N.N.; Rocha, G.C.; Valadares Filho, S.C.; Detmann, E. Evaluation of acid digestion procedures to estimate mineral contents in materials from animal trials. AsianAustralasian Journal of Animal Science, v.28, p.1624 1628, 2015. Souza, M.A.; Detmann, E.; Paulino, M.F.; Sampaio, C.B.; Lazzarini, I.; Valadares Fillho, S.C. Intake, digestibility and rumen dynamics of neutral detergent fibre in cattle fed low quality tropical forage and supplemented with nitrogen and/or starch. Tropical Animal Health and Production, v.42, p.1299 1310, 2010.
Finally, I hope this paper had been helpful to you. Of course, it would be impossible to cover all aspects of factorial arrangements in a single article. What I have tried to do here is to present a more pragmatic overview of the main characteristics of complete factorial arrangements and to point out how we can get useful information from them. However, keep in mind that I did not say you must use factorial arrangements. What I have said is they are useful and should be used when they might help you to test your hypothesis. In this case, they will be a strong tool for you to try to achieve your objectives. You may not like to interact. However, interactions surround us and must be studied and understood. This is necessaryfor making good science.
Artigo 564 I don’t like interacting, but it’s necessary: a brief overview of factorial experiments in animal science Last, but not least, the discrimination mistake occurs when an author decides to use different significance thresholds for the tests on individual factors and interaction. I do not know exactly why, but this mistake has become very common nowadays. Those who “opt” for that normally say something like this: “the significance for the factors were declared at P<0.05 and for interaction at P<0.15”. Refuting this “option” is quite simple and I do not need to put much effort on it. The factors and their interaction are part of the same effect, which is the treatment effect (Table 1). If you adopt this “advice”, it means that you are judging different parts of the same effect using different standards of thresholds. Does it make sense? This is a kind of discrimination regarding the different parts of the same effect. If the effect is unique, so must be the judgment on this.
I would like to thank Dr. Marcia Franco (LUKE, Finland) and Luiz Carlos de Oliveira Sousa (Universidade Federal de Viçosa, Brazil) for the criticisms and suggestions during the manuscript preparation.
9155 Nutritime Revista Eletrônica, on line, Viçosa, v.19, n.5, p.9143 9155, set/out, 2022. ISSN: 1983 9006
ACKNOWLEDGMENTS