16ª edição

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O perfil do profissional de mídia na região do Grande ABC Ano 04 - Edição 16 | OUT | NOV | DEZ | 2015

Agência ABC

GO! Comunicação se destaca pelas campanhas brilhantes

Caboré

Saiba como foi a festa da maior premiação publicitária do país

Experiência

Logic Arts

Profissionais de agências Expert em marketing comentam sobre o digital, empresa combina mercado em 2016 design e tecnologia


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para entregar um trabalho perfeito. Cuidado em cada detalhe, qualidade de imagem superior, excelência no e tecnologia avançada desde a pré-impressão até o acabamento. sistema CtP (computer-to-plate) e impressão em offset plana alemã manroland 700 de última geração. Tudo com a rapidez e a economia que você precisa.

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O ABCdaComunicação

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SUMÁRIO

14

28

32

47

Seja bem-vindo à revista O ABC da Comunicação MATÉRIAS

Logic Arts | 08

é especializada em combinar design e tecnologia

Rakuten Expo | 10

profissionais detalham números decisivos para a publicidade nas redes sociais

Atta Publicidade & Propaganda | 12 completa dez anos de existência no mercado

Caboré | 14

saiba como foi a maior premiação publicitária do Brasil

A gente testou | 18

Roberto Malacrida | 52

Pesquisa: auxiliando agências nos processos criativos

Luciana Patara | 56

O mundo já respeita o publicitário. Agora só faltam nossos pais...

Ana Del Mar | 58

Viver e empreender em rede

Evandro Gallão | 60

Impeachment, voto em papel e protestos em escolas: atentos, marqueteiros!

Kleber Carrilho | 66

Como você gerencia os problemas e as crises – issue management

um jogo com tema de terror desenvolvido pela Fugativa Escape Games

Ecco | 28

a agência que surgiu na universidade e despontou no mercado de trabalho

Capa: Perfil do mídia do Grande ABC | 32

pesquisa especial revela detalhes sobre os profissionais da região

Mercado em 2016 | 42

agências querem contornar a crise e buscar novas oportunidades

GS Comunicação | 46

é a mais nova integrante do Grupo LAN

SEÇÕES

Crônicas da Propaganda, por Humberto Mendes | O mundo sem publicidade

Voz da Agência – João Comunicação |

22

26

Mesmo que tenha odiado, avise-nos o resultado da concorrência

Agência ABC |

47

GO! Comunicação se destaca pelas campanhas brilhantes

Dirigente de Marketing |

54

Paula Regina Vieira, do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama ARTIGOS

Juliana Harris | 20

Design, guerra, paz e amor

Coluna Jurídica TMG, por Tiago Serafin | 24 Os cuidados na publicidade dos clientes

João Riva | 36

Quem Lê | Distribuição | 59

Mídia & Dados – Redemidia.TV | 62 Agenda | Giro | 63

Fornecedores - 3S Camisetas & Brindes Promocionais | 64 Biblioteca | Os Odiados | 65

Emprender me tornou uma pessoa melhor

Fábio Eloi | 38

Fepeabá® voltou com tudo!

José Fardo | 40

A assombração dos 7x1 em 2016 O ABCdaComunicação

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EDITORIAL

Sim, 2015 foi um ano importante. E 2016, o que nos reserva? Com certeza, quando qualquer pessoa for lembrar de 2015, vai se recorder do ano da crise. Sim, foi. Não há como negar. Foi o ano da crise econômica, política, de identidade, das relações estremecidas e de outras tantas crises que caberiam em todo o espaço que tenho no meu editorial. Foi um ano no qual muitos empresários, em especial os do mercado da comunicação, tiveram que aprender a lidar com a crise. E mais do que o velho jargão de criar coisas novas, eles tiveram que “tirar a bunda da cadeira” e fazer acontecer. Em meio à tanta turbulência, muitas agências conseguiram crescer, conquistar novas contas, abrir novas sedes, aumentar seu time de profissionais, desenvolver grandes trabalhos e ganhar destaque nacionalmente. Óbvio que, quando falamos em crise, não é uma coisa boa. Um mercado sem crise estaria mais aquecido, com mais investimento em mídia, em produção, em eventos… E, claro, com mais anunciantes participando ativamente do bolo publicitário. Mas, apesar de tudo, em 2015 nós também pudemos realizar grandes feitos: a terceira edição do Trends Day e do Prêmio ABC da Comunicação, o programa na TV+ ABC e a ABC Marketing Fair. Fizemos tudo isso apostando em nosso país e em nossa região. Não foi fácil, mas foi gratificante. Se com crise pudemos realizar tudo isso, imagine sem ela. Neste ano também pudemos observar “novas agências” participando mais ativamente das nossas iniciativas, o que era um dos nossos principais objetivos para o ano. Obrigado a todas elas pela confiança. Nossas mídias estão sempre à disposição de todas as empresas do mercado da comunicação do Grande ABC. Por isso, tenho certeza que fechamos 2015 com objetivos alcançados e novos desafios lançados para 2016. E o que esperar de 2016? Sem dúvida, uma crise ainda maior: mais dificuldade em manter as empresas de pé, menos anunciantes participando do mercado, retração econômica e relações mais complicadas. Pois é, um cenário nada animador, não é? Sim. Mas nós continuaremos fazendo a nossa parte. Dizem que apenas em 2018 sairemos da crise, mas apenas se começarmos a fazer algo agora. Não podemos esperar 2018 sem passar por 2016 e 2017. Por isso, faço um convite a você, amigo leitor. Em janeiro de 2016, vamos arregaçar as mangas e começar a mudar o mercado? O ABC da Comunicação se compromete com isso. Vamos em frente! Boa leitura!

Luciano Bonetti Publisher bonetti@oabcdacomunicacao.com.br

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Dept. Arte | C.A.B. Balladas

IMPACTOSM DE

, OU

A Redemidia.TV é a nova rede de monitores de TVs indoor do ABC. Comercializando mais de 50 monitores instalados em academias, bares, salões de beleza, padarias e lotéricas, a Redemidia.TV proporciona mais de dois milhões de impactos por mês em consumidores das principais cidades da região, oferecendo, assim, o menor CPM* para o mercado anunciante regional. As dezenas de monitores da Redemidia.TV permitem segmentações não encontradasemoutrosveículosdecomunicação. A veiculação de uma campanha pode ser segmentada vertical ou horizontalmente. O anunciante pode determinar a exibição de seus comerciais em determinada cidade, ou mesmo em um ou mais bairros. O sistema operacional da Redemidia.TV possibilita também o recorte de audiência por meio a seleção dos locais frequentados pelo público almejado. Redemidia.TV coloca a sua marca de frente ao seu consumidor de forma espontânea, com o potencial de estimular o consumo de produtos e serviços no local onde é exibido o comercial. A cada semana, novos monitores são instalados em locais selecionados estrategicamente, o que faz o número de consumidores impactados crescer continuamente. Soma-se a estas potencialidades da Redemidia.TV a opção de cross media com a revista Dia Melhor e Jornal Ponto Final, em função do acordo operacional entre as empresas detentoras dos veículos. Nada no mercado do ABC oferece tanta flexibilidade e alternativas para um plano de mídia. * Custo Por Mil consumidores impactados.

AIS

www.redemidia.tv.br contato@redemidia.tv.br 11 968 2020 13

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EQUIPE Ano 04 - Edição 16 | OUT | NOV | DEZ | 2015 Publisher Luciano Bonetti

Luciano Bonetti Publisher

Daniely Farina

Consultor Jurídico Dr. Júlio Bonetti Filho | OAB 77458

Thamires Bonaparte

Diretora Executiva

Coordenadora de Jornalismo

Escritório de Advocacia TMG Jurídico Direitos de Uso de Imagem e Legislação Promolegis | Altair Scheneider Diretoria de Jornalismo Thamires Bonaparte MTB 72933-SP thamires@oabcdacomunicacao.com.br

Rafael Sodré

Rita Braga

Projetos Especiais

Diretora de Arte

Eventos Bonetti Marketing Promocional Colunistas e Articulistas Ana Del Mar Evandro Gallão Fábio Eloi de Oliveira Humberto Mendes João Riva José Antônio D. Fardo Juliana Harris Kleber Carrilho Luciana Patara Mario Mastrotti Roberto Malacrida Tiago Serafin

COLABORADORES

Revisão Thamires Bonaparte Departamento Comercial Luciano Bonetti bonetti@oabcdacomunicacao.com.br Impressão Referência Gráfica

Leonardo Azzali Jornalista

Arte, Diagramação e Tratamento de Imagem Rita Braga Redação e Correspondência Av. Antártico, 229 – Vila São João – S.B.Campo São Paulo | CEP: 09726-150 | (11) 4941-1377

PARCEIROS

Distribuição ABC Com. | Correios assinatura@oabcdacomunicacao.com.br Periodicidade: Trimestral Tiragem: 2 mil exemplares Circulação: Grande ABC e São Paulo A Revista O ABC da Comunicação é uma publicação trimestral da Editora L. Bonetti Comunicação dirigida a proprietários, diretores, gerentes e profissionais das empresas do mercado de comunicação do Grande ABC. Sua distribuição é gratuita. Os artigos e reportagens são de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de seu conteúdo editorial com a autorização da editora, mediante citação de fonte. Ilustração: Designed by Freepik.com ® Montagem e adaptação: Rita Braga

www.oabcdacomunicacao.com.br

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/oabcdacomunica

/oabcdacomunicacao


Nosso papel é fazer diferente Deixe a crise ficar no ontem. Daqui para frente podemos mudar: fazer a diferença para obter resultados melhores, arriscar mais, buscar novas possibilidades e colocar novas ideias em prática. Em 2016, queremos que você tenha mais soluções, destaque e campanhas com uma divulgação mais assertiva e estratégica. Nos encontramos amanhã, em um novo ano para fazer novas mudanças!

Sua campanha em alto nível. Anuncie em outdoor. (11) 4426-3685 O ABCdaComunicação

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MATÉRIA

Conheça a Logic Arts, agência especializada em combinar design e tecnologia Por Thamires Bonaparte

Em São Caetano do Sul, uma agência vem se destacando cada vez mais por conta dos trabalhos desenvolvidos na área que abrange o marketing digital. Por isso, a reportagem do ABC da Comunicação conversou com os sócios da Logic Arts para saber mais sobre a trajetória da empresa e os serviços oferecidos, que vão muito além de desenvolver um simples site. Na matéria a seguir você vai conhecer tudo sobre uma agência que foi fundada por dois irmãos. “A Logic Arts surgiu da paixão por design e tecnologia de seus fundadores, em meados de 1998, quando a internet ainda era discada e os sites utilizavam frames e tabelas em sua estrutura. Sempre gostamos e tivemos a curiosidade em saber como funcionava a internet de um modo geral. Nossos primeiros passos foram buscar conhecimento na própria internet e, posteriormente, em cursos específicos”, relembra Henrique Giuliani. A área digital registra crescimentos exponenciais a cada ano. Por isso, a qualidade na entrega dos jobs é uma prioridade para a Logic Arts. “Todo o trabalho voltado

“Hoje, temos cerca de 32 clientes ativos, de vários segmentos e portes, desde grandes empresas até startups”

A agência - Fotos: Divulgação

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à tecnologia é feito ou acompanhado por profissionais certificados pelo Google, que aplicam as melhores práticas com a finalidade de gerar resultados para os clientes. Além disso, um dos nossos grandes diferenciais é o atendimento e suporte. Desde o início da Logic Arts, nós adotamos um padrão de atendimento pessoal que é muito difícil de se encontrar. E isso faz parte da nossa visão de negócio”, detalha ele. Henrique Voni e Diego Giuliani, sócios da agência A agência conta com um time de seis pessoas que atuam vestir na comunicação, no marketing e na diretamente nos projetos desenvolvidos, própria marca. A cada dia, novos recursos além de uma rede de parceiros consolie novas tecnologias são lançadas, então é dada para serviços complementares que preciso acompanhar esse ritmo ao mesmo são oferecidos. “Hoje, temos cerca de tempo em que executamos as rotinas da 32 clientes ativos, de vários segmentos agência”, opinam. No segundo semestre e portes, desde grandes empresas até de 2015, a agência teve uma demanda startups”, explica Diego Giuliani. Na car- muito alta de serviços de marketing digiteira de clientes estão empresas como a tal e revitalização de sites. “As empresas Via Equus, Azuma Kirin, Tozan, Charmee, estão se mobilizando para colher melhoGrupo Rapport, Active Cloud, Qualiseg- res resultados nesse momento de crise ma, Brasil Kirin, ClickMec, Semapro e que passamos. Também estamos muito Daymon. focados em desenvolvimento de sistemas A Logic Arts oferece diversas soluções web, aplicações na nuvem e mobile”, diz na área de marketing digital e também Henrique. atua como software house. “DesenvolPara 2016, a Logic Arts já promete granvemos sites institucionais, e-commerces des novidades. “Pretendemos ampliar e aplicativos mobile. Além disso, temos nossa equipe para poder fazer algumas uma estratégia de divulgação que ofere- mudanças. Vamos lançar dois novos proce aos clientes um atendimento completo dutos para nichos específicos que já foram em marketing digital, trabalhando desde o muito bem aceitos e que estão com uma planejamento estratégico e criação, até a hype alta. O ano que vem será promissor mensuração dos resultados e fidelização e importante na nossa história. Aproveito de leads”, conta Diego. Para os sócios, o aqui para agradecer aos clientes e parceimaior desafio de se trabalhar na área digi- ros que sempre nos apoiaram e que estão tal é estar apto às mudanças e novidades. conosco fazendo tudo acontecer. A revis“Felizmente, as empresas já estão toman- ta O ABC da Comunicação é um deles”, do ciência de que é muito importante in- finalizou ele.


Marketing Olfativo, tão indispensável quanto o ar que respiramos!

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Sutileza para fazer com que as pessoas sintam uma experiência real com a marca, fazendo com que elas a reconheçam em todos os momentos, pois tudo que recebemos pelos sentidos se torna eterno.

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MATÉRIA

Profissionais do Pinterest, Twitter e Facebook detalham números decisivos para a publicidade nas redes sociais Por Thamires Bonaparte

Fotos: Divulgação/Rakuten

A Rakuten Expo, um dos maiores eventos de varejo no Brasil, reuniu milhares de pessoas no mês de outubro. A última edição aconteceu no Golden Hall do WTC, em São Paulo, e trouxe diversas palestras simultâneas para varejistas e profissionais que utilizam a internet. Foram diferentes áreas com workshops divididas em quatro categorias: marketing, inovação, varejo e gestão. Por isso, O ABC da Comunicação cobriu o evento e trouxe as principais novidades que dizem respeito às mídias digitais como meio de veiculação para propaganda. Não é de hoje que as redes sociais vem ganhando um grande espaço no orçamento dos projetos desenvolvidos pelas agências: posts patrocinados, anúncios, contéudo promovido e outras ferramentas visam alcançar, cada vez mais, o público que consome conteúdo na internet. E, de olho nas possibilidades de negócios, as redes também se adaptaram à necessidade das marcas e empresas.

Pinterest Mariana Sensini, Partner Director do Pinterest Brasil, falou sobre como o site influi no planejamento e decisão de compra dos internautas. A plataforma, que nasceu em 2010, é extremamente relacionada às descobertas. Dividido em categorias, o site do Pinterest permite que o usuário salve o conteúdo da imagem em pastas que ele mesmo pode organizar. De todo o conteúdo hospedado, 2/3 vem das marcas, que são bem-vindas e essenciais. “Nosso alcance é de 100 milhões de usuários no mundo, sendo que 45% deles estão fora dos Esta10

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dos Unidos”, detalhou Mariana. A profissional ainda explicou que 73% dos usuários usa o site para planejamento, fato que pode motivar as empresas a pensar em uma parceria de business junto ao site. Do total de usuários que acessa o Pinterest, 80% o faz via mobile. O maior público da rede é feminino e atinge mulheres na faixa etária entre 25 e 45 anos. Algumas marcas internacionais como a Anthropologie e a Etsy tiveram números impressionantes de tráfego social ao fazer parceria com o Pinterest: foram 64% e 43% dos internautas, respectivamente. Em uma ação com a Polyvore, uma marca de roupas, era possível montar looks e comprar logo ao finalizar. A Top Shop também foi uma empresa que trabalhou a área de branding ao lado da rede. No Brasil, os interesses mais populares no Pinterest envolvem moda, decoração, gastronomia, beleza e viagem. Antes de fechar o ano, a plataforma online fez uma retrospectiva dos assuntos que seus “pinadores” mais buscaram e salvaram ao longo de 2015, um apa-

nhado que envolve desde receitas à street style e projetos de faça você mesmo. Entre os dez temas mais procurados no Pinterest, quatro são de beleza, dois de decoração, dois de moda e dois de gastronomia. Desses, figuram na lista ainda dois temas exclusivamente masculinos. Com a pesquisa, o Pinterest também levantou algumas tendências que se repetiram em todo o mundo. Nos quatro cantos do globo as pessoas procuraram expressões como “receitas vegan”, todos os tipos de “tatuagem” e estilo “escandinavo”. Os dez temas mais procurados no Pinterest no Brasil em 2015 foram tatuagem delicada, make natural, “decor” faça você mesmo, tapioca, tranças, street style, pulseiras masculinas, cabelos masculinos, cozinhas pequenas e drinks verão.

Twitter Gabriela Comazzetto, Diretora do Twitter Brasil, ministrou a palestra “The power of now: O Twitter como uma ferramenta de marketing para promover sua marca”. Logo de cara, a profissional já detalhou números incríveis da rede social: são mais de 500 milhões de tweets por dia no mundo. E em todos eles, a rede social consegue rastrear algum interesse ou intenção. O valor de um seguidor no mercado de varejo é detalhado em números: 43% dos usuários seguem uma marca no Twitter. Do total, 76% usa a plataforma diariamente e 64% comprou como resultado de seguir a marca na rede social. De acordo com a Source Twitter Internal Data no Brasil, o país mobiliza quase 4 milhões de usuários durante eventos como a Black Friday, por exemplo. Entre


os internautas da rede social, 70% tem o ficar o patrocínio com o Twitter Amplify, Twitter como principal fonte de informa- ferramenta onde a marca pode promover ção. Também existem dados que deta- um conteúdo exclusivo e relevante com lham o gosto dos brasileiros: 6,4 milhões uma emissora de TV, por exemplo, para de usuários do alcançar uma Twitter são inbase ainda teressados em “A marca fez uma ação com maior de usugastronomia. a hashtag #PreparaPraMim, ários do microA p r o ve i t a n d o onde os internautas falavam o blog. São váessa onda, Ga- que tinham em sua geladeira rias opções de briela relem- e a marca respondia com uma segmentação brou o case por palavrasreceita personalizada” da maionese -chave, públiHellmann’s. cos persona“A marca fez uma ação com a hashtag lizados, seguidores, dispositivos, sexo, #PreparaPraMim, onde os internautas interesse, localização e idioma. Para exfalavam o que tinham em sua geladeira plicar melhor, Gabriela destacou o case e a marca respondia com uma receita do Spotify. “Eles compraram a palavrapersonalizada”, conta ela. -chave Pharrell em uma época que o São diversos produtos para todos os cantor faria show. Todos os usuários que tipos de empresas que desejam investir postaram algo relacionado recebiam um na ferramenta de marketing do Twitter: link deles para ouvir a playlist do músico promoted tweets, accounts, trends e ví- no Spotify”, disse. Além disso, o Twitter deos. Ainda há a possibilidade de ampli- é uma ferramenta inteligente para mar-

Gabriela Comazzetto e Gustavo Donda

cas que sabem aproveitar os Trending Topics, como foi o exemplo da hashtag #TheDress. “Quem não se lembra da grande discussão que envolvia azul e preto ou branco e dourado? Muitos entraram na onda do assunto do momento e fizeram acontecer, como grandes lojas de roupas por todo o mundo”, lembrou ela.

Facebook Gustavo Donda, Head de Marketing do Facebook, falou sobre tendências e forças do Facebook no varejo. No mundo, 75% do tempo das pessoas é gasto em ferramentas da rede todos os dias. No Facebook, são 1,5 bilhões de usuários. No WhatsApp, o acúmulo chega a 800 milhões. E no Instagram já são mais de 400 milhões de contas. A mesma tendência mundial é vista no Brasil, já que 86% dos brasileiros com smartphone possui o WhatsApp instalado no celular, por exemplo. “O marketing deve acompanhar o novo comportamento das pessoas”, opinou Gustavo. Segundo ele, 67% das pessoas costuma começar uma compra por um dispositivo e terminar pelo outro. O Facebook, assim como outras redes, também possui diversas opções para empresas e marcas que desejam ampliar seu alcance com os internautas: anúncios em formato carrossel, vídeos e conteúdo específico conforme localização. No case da loja Christoff, por exemplo, um anúncio em carrossel rendeu um retorno de 10X sobre o investimento e detalhou que 80% das vendas no site partia da rede social. Nos fins de semana, a taxa de conversão era 50% maior do que o de costume. No caso dos vídeos, o case do Burger King chama a atenção, já que o investimento triplicou as vendas da Chicken Fries, um lançamento da rede de fast food. Ainda segundo Gustavo, o consumo de vídeo no Facebook é uma tendência cada vez mais. São mais de 4 bilhões de visualizações por dia, representando 150% de crescimento em um ano. Aproximadamente 75% das visualizações acontecem no mobile e pelo menos 56% dos usuários assistem pelo menos um vídeo por dia na rede social. O ABCdaComunicação

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MATÉRIA

ATTA Publicidade & Propaganda completa dez anos de existência Por Thamires Bonaparte

Recentemente, a ATTA Publicidade

A ATTA trabalha com uma equipe

e Propaganda completou dez anos de

full time que é capaz de atender todas

existência. Conversamos com Rodrigo

as áreas da agência, além de um time

Messias, fundador da agência, que

de colaboradores que são experts

relembrou

empresa,

em atender a demanda de trabalhos

localizada em São Bernardo do Campo.

mais complexos ou que necessitem

“Nascemos encarando desafios. Era

ser entregues com grande urgência.

numa

diziam

São mais de 60 clientes ativos dos

que era melhor sentar e chorar. Nós

mais variados segmentos, que atuam

resolvemos levantar, rir e ousar! Um

em áreas de mercado completamente

dos motivos de abrir a agência foi ter

diferentes.

criado raízes e conquistado espaço

empresas de pequeno, médio e grande

com destaque em um mercado que

porte. Algumas delas possuem atuação

era dominado por poucas empresas há

regional e até mesmo mundial. Isso

pelo menos vinte anos atrás. Até hoje,

mostra nosso dinamismo e capacidade

a ATTA tem e mantém em sua carteira

de criar e navegar por universos

clientes

distintos”,

a

época

história

difícil,

importantes

da

muitos

da

região

do

“Trabalhamos

detalha

com

Rodrigo.

Entre

Grande ABC. Aliás, uma curiosidade:

alguns clientes estão empresas como

nós temos empresas conosco desde o

Geovanna Facci Multimarcas, Manza

nascimento da agência. A maioria dos

Sushi Bar, Colégio Stágio, Recanto

clientes está conosco há exatos dez

dos Pães, Chuleta Maluca, LavPlus,

anos”, diz ele.

Berlin Costelaria SBC, Água Benta Troféus do Prêmio ABC

Bar, Techtarget, Bicho & Companhia, Maison Lafayette, Edô Sushi Bar e O Para o sócio, é difícil dizer qual

vontade para trazer o melhor resultado

trabalho marcou a história da agência,

para cada um dos nossos clientes”,

que se consolida cada vez mais no

explica Rodrigo.

mercado da região do Grande ABC. “Todos os trabalhos desenvolvidos e entregues

ano,

o

profissional

ainda

venceu na categoria Melhor Profissional de

Mídia

no

Prêmio

ABC

da

Comunicação, realizado em setembro.

anos marcaram a

Entre outros troféus que acumula na

nossa

trajetória.

estante da agência, ele só tem motivos

Cada um deles

para comemorar. Para o futuro, a ATTA

é uma novidade

já acumula muitos planos e surpresas.

e

se

“O ano de 2016 vai começar com

uma

muitas novidades. Além da campanha

experiência

#atta10anos, iremos anunciar diversas

completamente

parcerias e apresentar oficialmente o

d i f e r e n t e .

anúncio dos novos clientes e contas

Encaramos

que estão sendo concretizadas agora,

acaba

trabalho Equipe Atta

pela

Neste

ATTA nesses dez

tornando

O ABCdaComunicação

“O ano de 2016 vai começar com muitas novidades. Além da campanha #atta10anos, iremos anunciar diversas parcerias e apresentar oficialmente o anúncio dos novos clientes ” um novo desafio. Isso nos dá energia e

Melhor Vinho do Mundo.

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Rodrigo Messias fotos: R.Cheles

todo como

durante a passagem do ano”, finaliza.


O ABCdaComunicação

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MATÉRIA

Saiba como foi o Caboré 2015, uma das maiores premiações publicitárias do país Por Thamires Bonaparte

A 36ª edição do Prêmio Caboré foi cegueiro, da Globosat, foi o vencedor -presidente de vendas publicitárias da realizada no último dia 7 de dezembro, da categoria Empresário ou Dirigente Discovery Networks. Sua experiência no Citibank Hall, em São Paulo. Tradi- da Indústria da Comunicação. “A Glo- em marketing, vendas, publicitárias e cional iniciativa do jornal Meio & Men- bosat ajudou a trazer para o mercado desenvolvimento de novos negócios sagem para reconhecer o mercado de de TV paga o padrão de profissionalis- garantiu-lhe passagem por áreas de publicidade e propaganda no Brasil, o mo e excelência do Grupo Globo. Te- TV por assinatura, internet e cinema. troféu é um dos itens mais cobiçados mos a qualidade de atendimento das Entre as empresas em que já trabalhou do país. A festa reuniu aproximada- agências e dos anunciantes reconhe- estão o portal Terra, as editoras Abril, mente 1,2 mil pessoas entre profissio- cida como a melhor do setor. Contra- Globo e Peixes; a agência W/Brasil e nais de agências, veículos e anuncian- tamos todo o ferramental de pesquisa a TVA. No setor Serviço de Marketing, tes, que se reuniram para celebrar os disponível e ainda desenvolvemos um o troféu ficou com a New Content. A grandes destaques da indústria em volume massivo de estudos particula- empresa, que é conhecida por prores e tecnologias próprias de compro- duzir conteúdo customizado, surgiu 2015. Foram 13 categorias cujos vence- vação de entrega. Muito me orgulha da visãon de um grupo que começou dores foram eleitos pelos próprios fazer parte desse processo”, detalhou muito cedo a encarar grandes desafios, como os que se apresentavam na assinantes do jornal. Com muita cele- Alberto. virada do ano 2000. Entre bração, agradecimentos e alguns dos principais clienreconhecimento aos colegas e ao mercado, os noOs novos donos das corujas do Caboré tes da New Content estão O Boticário, Dasa, Google, vos donos das corujas do tiveram seu talento reconhecido e Nestlé, TAM Linhas Aéreas, Caboré tiveram seu talento declararam, no palco, a emoção e a Unilever, Vivo, Telhanorte e reconhecido e declararam, importância da conquista profissional Volkswagen. no palco, a emoção e a Celina Esteves, da Africa, importância da conquista Já Roberto Nascimento, conhecido foi a vencedora da categoria Profissioprofissional. Na matéria a seguir você conhece, em detalhes, todos os íco- como “Naná”, venceu na categoria nal de Atendimento. Ela já liderou os nes que foram premiados. Alberto Pe- Profissional de Veículo. Ele é vice- departamentos de atendimento, plane-

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Vencedores do Caboré 2015 - Fotos: Divulgação


jamento e gestão de pessoas de algumas das maiores agências do Brasil, como a W/Brasil, McCann, Loducca e Y&R. Pelo papel de desenvolvimento da indústria da propaganda, já ganhou o Prêmio de Contribuição Profissional da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda). O troféu de melhor Profissional de Planejamento ficou Marcello Magalhães, da Leo Burnett Tailor Made. Ele já foi sócio de uma boutique estratégica de branding em Londres, palestrou duas vezes em Cannes e coordenou o Bootcamp de Planejamento Estratégico da ESPM Miami Ad School, onde formou 600 profissionais. Marcello foi responsável por planejar o Vem pra Rua, da Fiat; o Faz Carrefour,

A Cerimônia de Premiação - Fotos: Rita Braga

a estratégia Launching You, da Samsung e o reposicionamento da marca Schin, Do Jeito que o Povo Gosta. Eleita a melhor empresa em termos de Produção, a O2 Filmes também levou uma coruja para casa. Localizada na região da Vila Leopoldina, em 2015, a produtora foi responsável por dois longa metragens, sete séries de TV, incontáveis filmes publicitários e muitos outros trabalhos. Na estante, já acumula reconhecimentos como Cannes, Bafta, Sundance, Oscar e uma recente indicação ao Emmy 2015. Daniela Cachich venceu na categoria Profissional de Marketing. Com cinco anos de experiência no mercado de cervejas, Daniela é responsável pelo portfólio de Marcas Premium e Mainstream da Heineken Brasil. Antes de assumir a vice-presidência, Daniela foi Diretora de Marketing da marca Heineken, colocando o Brasil entre as cinco maiores operações para a marca no mundo. Em 2013, foi eleita como uma das 50 profissionais mais Inovadoras do Brasil pela ProXXIma Magazine e, em 2014, figurou entre o Top 10 Profissionais de Marketing do Brasil pelo Meio & Mensagem. Ela ainda foi Women to Watch pelo Meio&Mensagem/ AdAge. Durante 10 anos, Daniela trabalhou na Unilever América Latina e Unilever Brasil. Atuou nas divisões de Alimentos e Higiene/Beleza, participando do lançamento da Campanha de DOVE Real Beleza no Brasil.

Joanna Monteiro, da FCB Brasil, foi um dos grandes destaques da noite. Ela venceu na categoria Profissional de Criação, um setor do mercado onde as mulheres costumam ser pouco reconhecidas. Em três anos como profissional na agência, ela já conquistou

O troféu de Veículo de Comunicação – Produtor de Conteúdo ficou com a TV Globo. A emissora é uma marca reconhecida mundialmente: são mais de 3.000 horas de jornalismo e 2.500 horas de entretenimento por ano mais de 300 prêmios (só em Cannes foram 31 Leões). Também foi eleita a mulher mais criativa do mundo pela Business Insider e já presidiu o Mobile em Cannes e a Integrada e Estrela Preta no Clube de Criação. Joanna ainda ajudou a cuidar de marcas como SKY, Smiles, Nivea e ZAP. Em seu discurso, ela agradeceu aos colegas de trabalho e à família, em especial. “Agora a mamãe também tem uma coruja, filha. Igual o Harry Potter”, disse. O troféu de Veículo de Comunicação – Produtor de Conteúdo ficou com a TV Globo. A emissora é uma marca reconhecida mundialmente: são mais de 3.000 horas de jornalismo e 2.500 horas de entretenimento por ano. A Globo chega a 99,6% dos lares brasileiros e, no mundo, está presente em mais de 170 países. Atualmente, investe no portfólio da TV aberta, produz para a TV fechada, amplia a produção executiva para

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MATÉRIA

web e desenvolve uma nova forma de consumir conteúdo Globo on demand. O Veículo de Comunicação – Plataforma de Mídia que recebeu mais votos do público foi a Elemidia, que está presente em mais de 80 municípios. Em conteúdo de qualidade, a programação retém 94% da audiência e oferece grandes oportunidades para marcas se conectarem. Semanalmente, a Elemidia atinge 20 milhões de pessoas influentes, decisivas e economicamente ativas, que acessam a plataforma de mídia em mais de 13 mil pontos de contato. O objetivo principal da empresa é levar publicidade de uma forma nativa e com conteúdo relevante, usando dados e inteligência para auxiliar os anunciantes. Falando em mídia, quem levou o troféu de Profissional de Mídia foi Adrian Ferguson, da

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DM9DDB. Ele trabalha em uma das anos, ela é parte da rede Publicis Worlmaiores agências do país, que atende dwide há cinco anos e considerada a clientes como Ambev, BRF, Chocola- 20ª maior agência do país, segundo tes Brasil Cacau, Johnson & Johnson, Masp, KopenhaO prêmio de Anunciante do Ano gen, McDonald’s, ficou com o Itaú: “Neste ano Tok&Stok, Valor nos comunicamos em emojis, Econônomico e Waltransformamos um pai em herói mart. para incentivar a leitura, fizemos O prêmio de Anunpessoas cantarem Queen para ciante do Ano ficou o Rock in Rio, homenageamos com o Itaú, empresa que acredita em Jerry Lewis e colocamos nossos uma boa propagan- consumidores como protagonistas da. “Neste ano nos em diversos comerciais” comunicamos em emojis, transformamos um pai em herói para incentivar o Ibope. Na carteira de clientes estão a leitura, fizemos pessoas cantarem grandes empresas como Santander, Queen para o Rock in Rio, homenage- Ipiranga, NET, Tigre, Heineken Brasil, amos Jerry Lewis e colocamos nos- Semp Toshiba, Lojas Americanas, Ulsos consumidores como protago- tragaz, Tilibra, Mapfre, Suvinil, CNA, nistas em diversos comerciais. DiCico, Lenovo, BASF e Drogaria São Pusemos no ar propagandas Paulo. Neste ano, o Meio & Mensagem inque nos deram orgulho como anunciante e como especta- vestiu em uma cobertura em tempo dor, que inspiraram e gera- real do evento, com todos os aconteram conversa, que ajudaram cimentos e vencedores revelados por a fazer do Itaú a marca mais meio das redes sociais. O evento foi valiosa e o anunciante mais transmitido ao vivo via Periscope e o desejado do país”, detalha- público também acompanhou os deram. O troféu de Agência de talhes da premiação pelo Instagram. Comunicação ficou com a A festa foi patrocinada pela Globosat, Talent Marcel. Fundada há 35 Grupo RBS, Twitter e Infoglobo.


A ABC C om é uma editora especializ ada em publicações voltadas aos segmentos de comunicação, negócios, empreendedorismo, inovação, gestão e biografi as.

#Marketing Lovers Co m o já s o m o s a p a i x o n a d o s p o r marketing e liv r o s , c h eg a m o s p a r a a g r e g a r inteligência e c o n te ú d o . E v o c ê , t a m b é m é u m #marketinglover?

Estágiário de Mim Mesmo, de Cadu Capella Nossa primeira obra publicada

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A GENTE TESTOU

Conheça O Campanário, jogo especial para adultos desenvolvido pela Fugativa Escape Games Por Thamires Bonaparte

Desta vez, resolvemos falar sobre um assunto que agrada muito a maioria dos leitores do nosso site: escape games. Para quem nunca ouviu falar no assunto, o objetivo é reunir amigos e escapar de salas com enigmas e pistas espalhadas em uma hora, ou menos. No entanto, a Fugativa criou um uma experiência completamente diferente de tudo que já tínhamos vivenciado a respeito: O Campanário. Antes de falar sobre o jogo em si, conversamos um pouco com o idealizador da proposta, Fabio Passerini. “A Fugativa foi uma ideia minha e da minha esposa. Estávamos viajando pela Europa e pensamos que seria legal trazer algo do tipo para o Brasil. Nós já jogamos diversos escapes nos EUA, Canadá, Inglaterra e Escócia. Então, no mês de abril deste ano, inauguramos oficialmente. Hoje temos quatro salas. Além disso, também oferecemos alguns jogos corporativos sob encomenda e direcionados para ações de marketing”, explica ele. As redes sociais e a internet, no geral, são os grandes motores de propaganda dos escape games da Fugativa, que

“A Fugativa foi uma ideia minha e da minha esposa. Estávamos viajando pela Europa e pensamos que seria legal trazer algo do tipo para o Brasil. Então, no mês de abril deste ano, inauguramos oficialmente” oferece quatro diferentes propostas: O Sumiço do Dr. Saldanha, Ferradura de Prata, O Campanário e O Tesouro de Las Tablas, sendo este último o mais recente lançamento. “Com as férias começando e a demanda dos pedidos da garotada crescendo, resolvemos investir em uma novidade. Por isso, lançamos o primeiro jogo de fuga exclusivo para crianças de 9 a 14 anos. O desafio foi 18

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pensado em cada detalhe só para eles e estimula, entre outras coisas, o trabalho em equipe, a inteligência e o raciocínio”, diz Fabio.

O Campanário Voltando ao assunto inicial, fomos conhecer a sala que promete ser uma experiência aterrorizante. E realmente é. Logo de cara, o site criado para explicar do que se trata já te deixa ansioso. O jogo é realizado no Convento Warzone, um local que fica na rodovia Raposo Tavares. E acredite, a tensão começa logo ao chegar: o lugar é muito escuro, a mata é fechada e nós mal conseguimos sair do carro de tanto medo. O grupo, que pode ser de até dez adultos, recebe pouquíssimas instruções e é deixado para conseguir fugir do local em no máximo duas horas. É preciso ir com disposição e ciente de que passará sob situações de stress, calor e pressão psicológica. Mais do que isso fica inviável revelar, ou o jogo perde completamente a graça. O que dá pra contar é que passamos duas horas lá e não conseguimos sair. A sala é muito grande, complexa e com enigmas difíceis. Por isso, não deixa de ser um requisito já ter experiência anterior

com outros jogos de fuga. Em apenas um mês de lançamento, segundo Fabio, 250 pessoas já toparam o desafio, que ganhou recentemente um vídeo teaser no YouTube. No entanto, apenas 15% delas conseguiu sair. “Quem escapa só consegue pois damos muitas dicas. Sem dica, é impossível sair”, detalha ele. Se você se interessou pela experiência, saiba que é necessário reservar com antecedência pelo site. O Campanário é uma experiência incrível para quem gosta de escape games - mas deixamos bem claro, desde já: é para os fortes MESMO, então se sentir medo ou alguma fobia paralisante, não vá. Caso queira detalhes sobre a Fugativa, acesse o site: www.fugativa.com.br

Fotos: Divulgação


O GRAACC eStá em feStA. Com a ajuda de muita gente, estamos ampliando o nosso hospital e as chances de recuperação de crianças e adolescentes com câncer. Alcançamos um índice de cura de cerca de 70%, sendo que aproximadamente 90% dos pacientes de todo Brasil são encaminhados pelo SUS. Nosso orgulho é poder mostrar a cada colaborador que sua doação é investida com muita responsabilidade para oferecer aos pacientes um tratamento digno, humano e comparado aos melhores do mundo. Continue doando, continue acreditando. Se depender da gente, nossas crianças vão apagar muitas velinhas nesta vida.

19 www.graacc.org.br

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ARTIGO

Design Criativo da paz com a torre dentro, e desenhei. No dia seguinte, os jornais (principalmente o Estado de S.Paulo) exibiam esse símbolo com autoria do designer Jean Jullien. Confesso, a princípio, que ao ver o símbolo estampado constatei que

Design, guerra, paz e amor

poderia ter sido minha a criação, mas ao mesmo tempo seria muita pretensão e individualismo competir por isso, além de contrário a todo o significado deste símbolo. Fiquei ao mesmo tempo feliz por achar que esse deveria ser um símbolo de todos. Comprovei neste dia a tese do imaginário coletivo, das ideias que pairam no ar e que em determinado momento alguém vai lá e capta. Com certeza Jullien pensou antes, mas os símbolos estavam todos lá, dados para todos.

Em 13 de novembro de 2015, numa sexta-feira treze,

Comprovei a tese do repertório onde você se conecta

no meu horário de folga, depois de ter acabado a luz,

para criar. Se não tivesse visto exatamente esse símbolo

peguei um livrinho para ler sobre o Prêmio Nobel. O nome

neste dia, no livro do prêmio Nobel, talvez não tivesse tal

do livro é: Ideias Mudando o Mundo. Ainda não havia

conexão. E tive a convicção de que alguns símbolos não

lido muito sobre Nobel, mas foi um inventor e empresário

devem ser usados de forma comercial, mas para servir

que escreveu seu testamento em 1895 e decretou, como

a um propósito maior, muito acima de qualquer crédito.

muito poucos, que a receita de sua fortuna deveria ser

Eles devem mesmo ser usados como expressão da

usada para premiar aqueles que proporcionassem o maior

humanidade e dos eventos que nos cercam, o que resume

benefício para a humanidade em cinco áreas de atuação,

todo o acontecimento de 13 de novembro de 2015.

entre elas a paz.

Por acreditar mesmo nos ideais

Neste livro, para falar sobre o prêmio, estava o símbolo da paz. O símbolo conhecido

do

movimento

hippie

combina sinais metafóricos para “N” e “D” e significa “Desarmamento Nuclear”.

Foi aprovado pelo Direct

Action Committee Against Nuclear War e selecionado para aparecer em público na primeira marcha contra a

“Alguns símbolos não devem ser usados de forma comercial, mas para servir a um propósito maior, muito acima de qualquer crédito”

guerra nuclear em 1958.

da paz, Holtom à sua época não registrou seus direitos de uso de imagem, que poderia ser utilizado por qualquer pessoa. Assim, ele foi adotado em 1960 nos movimentos de contracultura por aqueles que acreditavam nos movimentos e no fim do apharteid na África do Sul. Assim como foi adotado no redesign de marca por Jean Jullien, o símbolo

O símbolo original foi criado pelo designer Gerald

resume de forma visual outra tragédia da humanidade,

Holtom e usado na campanha contra armas nucleares.

mas invoca que a esperança ainda possa ser vista como

Além das letras, Holtom inspirou-se em um quadro de

fonte de inspiração do coletivo. E, diga-se de passagem,

Goya: Três de maio de 1808, em que além de indicar as

vale a pena conferir o portfólio de Jean Jullien que possui

letras N e D, traz um homem de mãos abertas e para o

críticas boas, com um design provocativo e interessante.

alto, sendo emparedado, em meio à guerra que inspirava

Paz e amor.

as retas dentro do círculo. O quadro representa a agonia. Embora as pessoas o associem ao amor e à paz, o símbolo também carrega inversamente o sentido do designer em representar a agonia que sentia. Pouco depois do final da Segunda Guerra Mundial, o artista ainda estava diante do desejo de destruição que as pessoas tinham e que alimentavam numa corrida armamentista. Mas, voltando à sexta 13... Quando cheguei em casa, vi os ataques de Paris e rezei para aquele povo. Ao finalizar a minha oração, tive uma intuição de desenhar o símbolo 20

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Juliana Harris Publicitária. Designer e Professora de Temas ligados à arte, criação e ao design, na Universidade Metodista de São Paulo, SENAI e SENAC. Coordenadora do Curso de Design de Interiores da UMESP e mestrada em Comunicação. Possui cursos de atualização em design gráfico no exterior e em ensino à distância, além da atividade acadêmica, desenvolve projetos de identidade visual, design e comunicação para clientes como Urubupumgá, Volt Veículos, Costela Grill (rede) e Radioterapia ABC. juliana_harris@hotmail.com


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CRÔNICAS

Um mundo sem publicidade A matéria publicada no Propmark no mês de outubro deste ano nos dá uma ideia de como seria a vida se o consumidor tivesse que pagar pelos fantásticos custos de se fazer um meio de comunicação de qualidade, apenas com o conteúdo editorial, sem publicidade.

Acreditar que é possível fazer um meio de comunicação sem contar com a participação da publicidade é mais ou menos a mesma coisa. Miopia no mais alto grau.

Comparativamente, é mais ou menos como abordar um religioso daqueles que acreditam cegamente nas promessas do dirigente, que lhe garante que ele já tem um lugar separado no céu exclusivamente por pagar um dízimo cada vez mais alto. Eles ficam na contemplação de anjos e querubins, tocam harpas e saboreiam manjares celestiais, mesmo que à custa do sacrifício de sua própria família. A mãe precisa dinheiro para comprar o leite das crianças, mas o pai entende que o dízimo é mais importante do que tudo.

Poderíamos, bloqueando o que não presta na mídia, dar um passo importante para ajudar até o mais comum dos consumidores a refletir sobre sua vida, que é movida a livre arbítrio e liberdade de pensamento. Como bem ensinou Jean Paul Sartre, “o homem é o único responsável por suas escolhas e a vida é um permanente exercício de equilíbrio entre escolha e consequência...”

imaginado por alguns, felizmente poucos, os adeptos do “ad blocker”, que têm intolerância à publicidade. Quem sabe assim eles entenderiam melhor o mundo em que vivemos.

Um mundo sem publicidade seria como um mundo sem as muEla nos leva também a discerlheres, ou um mundo em que as nir sobre valores que até agora mulheres perdessem o encantao consumidor comum não teve a mento. Seria como o futebol sem menor curiosidade de avaliar e, Pelé e Garrincha. Seria como o por falar em conBrasil sem o Rio de sumidor comum, Janeiro e a Bahia. Acreditar que é possível fazer um meio de vale lembrar que Enfim, seria como se comunicação sem contar com a participação também existem os nossos meios de da publicidade é miopia no mais alto grau. os consumidores comunicação perdessuper comuns, sem a cor, completaaqueles que não mente. Seria um horpensam e nem têm a menor ideia lo daqueles que “se espremer sai ror. Por isso proponho trocarmos de como foi possível colocar uma sangue”, nos quais seus apresen- o tal “ad block” por “bad taste imagem de TV, um som de rádio, tadores pleiteiam a pena de mor- block”. ou um texto de jornal ou revista te o tempo todo, quando sabemos face a face com ele no aconchego que a maior parte da violência é de seu lar. fruto da falta de educação.

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Penso que seria mais importante estimular o uso de bloqueadores no mau gosto e na violência que permeia nossos meios de comunicação. Existem dois programas de televisão em São Pau-

Voltando ao mundo sem publicidade, poderíamos fazer uma brincadeira na comparação do mundo que temos, com aquele

Humberto Mendes Humberto Mendes é Vice-Presidente Executivo da FENAPRO. Trabalhou nas principais agências publicitárias do País, como a DPZ, ArtPlan, Rino, entre outras. Foi Superintendente da ABAP, Gerente de Marketing da Fundação Bienal de SP; escreve para vários jornais do Brasil e acaba de editar seu segundo livro sobre propaganda.


Desde sua criação, a Editora Quarup leva conteúdo de valor para diversos públicos e evolui com os clientes e o mercado. Por isso, estamos de cara nova, muito mais modernos, interativos e presentes na vida dos nossos clientes e seus leitores! É um novo posicionamento, mas com a mesma tradição de inovar cada vez mais. E se há dia, há muito trabalho para se fazer.

Bem-vindo à nova Editora Quarup.

editoraquarup.com.br

/editoraquarup

O ABCdaComunicação 4972-5069

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COLUNA JURÍDICA

Os cuidados na publicidade dos clientes Nos

dias

atuais,

precisamos

ex-patrão não devia ter feito aquilo”.

consideravelmente o números de ações

minimizar a iminência de riscos de

Não tem sido fácil reverter essa

que traziam grandes prejuízos, não só

qualquer natureza para não influenciar

situação junto aos Tribunais, sem antes

financeiros, mas pelo número de ações

em nossos negócios. Segundo um

iniciarmos um modelo preventivo de

trabalhistas, as empresas acabavam

estudo do Sebrae, a mortalidade das

orientação e reeducação dos gestores

ficando de fora das concorrências.

empresas brasileiras é muito alta:

no tratamento dos seus subordinados,

Quando a empresa quer crescer

27% delas chega a falir com até um

baseado nos julgamentos dessas várias

com segurança e se livrar dos riscos,

ano e 37% consegue se estabelecer

ações.

é preciso estar acompanhada de um

no mercado por no máximo 2 anos.

Ao passo que constatamos essa

departamento jurídico que te apresente

Enquanto isso, 46%, 50% e 58% do

enorme margem de processos que

essa e outras estratégias. Mas, lembre-

número de empresas sobrevive até

tinham cunho único de “reagir” frente

se:

três, quatro e cinco

Quando a empresa quer crescer com segurança e se livrar dos riscos, é preciso estar acompanhada de um departamento jurídico que te apresente essa e outras estratégias.

anos, respectivamente. Por certo, diversos fatores

evitáveis

têm

contribuído essa

alta

para taxa

mortalidade, por de

orientação

(não

de

como

exemplo:

estamos

falta ao

é

a

que

prevenir

melhor

solução,

portanto,

não

deixe

acontecer o incêndio. Além de ficar mais caro o serviço, o prejuízo poderá ser grande. Entre

os

benefícios

de ter uma consultoria

formatar

computando

falando

preços

preventiva, estão a segurança em

os

passamos a adotar medidas preventivas,

todos os contratos, a redução de riscos

contratações

como palestras e cursos aos gestores,

de processos e passivos com ações

dos funcionários; falha nos contratos

de como tratar seus funcionários com o

eficazes e a diminuição dos custos

e o pior de todos eles, cujo tema vou

devido zelo e respeito, mostrando que

na contratação de uma consultoria

abordar nesta edição: a falta de gestão

ele não era simplesmente um número

preventiva.

de pessoas ou, se existe um gestor, a

como achava, e sim um membro da

falha na gestão de pessoas.

família empresarial que fazia parte tanto

impostos);

falha

devidamente

ao tratamento alegado como injusto,

nas

Em uma avaliação para entender o demasiado crescimento dos processos

do sucesso, como algumas vezes do fracasso.

trabalhistas que fiz para meus clientes,

Por incrível que pareça, a atuação

constatei que um percentual muito

jurídica preventiva surtiu efeitos que

grande das ações trabalhistas, em

as mais calorosas batalhas judiciais

torno de 70%, versavam sobre assédio

não trouxeram, por simplesmente evitar

moral e o desejo do funcionário de

que ex-funcionários ingressassem com

ser

e

ações. Assim, reduziu-se o passivo

humilhações que sofreu durante o

trabalhista. Não é uma tarefa fácil, mas

contrato de trabalho.

é possível.

ressarcido

pelas

cobranças

Com a experiência adquirida ao longo

Com

a

devida

orientação

Tiago Serafin

dos anos, e até mesmo nas conversas

fundamentada na lei, e com amparo e

que

audiências,

experiência das decisões dos nossos

constatei que maior que o direito de

Tribunais, estabelecemos formas de

uma verba rescisória não paga, era

como os gestores precisam agir nas

o desejo do agora ex-funcionário se

mais diversas situações. E, diante de

Tiago Serafin, advogado, especialista em Direito e Relações do Trabalho pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e palestrante. É sócio-diretor da TMG Consultoria Jurídica.

“vingar” ou ainda de “mostrar que seu

algumas posturas, conseguimos reduzir

drserafin@tmgjuridico.com.br

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antecediam

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as


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VOZ DA AGÊNCIA

Mesmo que tenha odiado, avise-nos o resultado da concorrência Concorrência? Ambiente de trabalho? Não deveria haver este

briefing ser apresentado ao planejamento, à dupla de criação,

ponto de interrogação entre essas duas palavras. Quer deixar

ao estagiário, ao assistente de arte, à equipe de mídia. Enfim,

o ambiente de trabalho turbulento? Diga que a agência entrou

uma série de pessoas que ralou dias e noites para não ter rece-

numa concorrência. O cenário ferve. As pessoas ficam tensas,

bido nem um retorno de: “muito obrigado por vocês terem vin-

preocupadas. Esquecem a vida que existe fora da agência. Não

do até aqui, mas a agência escolhida não foi a de vocês”. E aí

veem filhos, esposas, maridos, pais, amigos. Perdem finais de

você pensa que as coisas irão se acalmar, que todos voltarão a

semana. Deixam de ir à formaturas, aniversários e casamentos.

dormir bem novamente, almoçarão decentemente… Não, todos

Não dormem e não comem, ou melhor, engolem a comida em

precisam retomar as forças para colocar em dia os trabalhos dos

10 minutos e já voltam atordoados pra agência, sabendo que à

clientes que valorizam o nosso trabalho, mas que num momento

noite terá pizza recheada com muito café. Mesmo assim, todo

de uma concorrência mal coordenada foram colocados de es-

mundo arregaça as mangas, faz de tudo para vencer. E depois

canteio, porque 70% da agência participava de um campeonato

de noites mal dormidas, olheiras e fome, o trabalho é finalizado, muitas vezes a três minutos da reunião acontecer. Os responsáveis pela apresentação chegam na reunião. Com 112 pranchas debaixo do braço e um Powerpoint com mais de 112 slides. E aí dão um show! Ao mes-

em que todos já sabiam quem era o

Ninguém é obrigado a gostar do que a agência fez. Dentro de uma agência, trabalham pessoas, seres humanos. E não apenas máquinas que passam o dia trabalhando, que bastam ser reiniciadas para começar tudo aquilo de novo.

campeão, menos aqueles que suaram a camisa. A concorrência é importante, sabemos muito bem disso. A empresa consegue avaliar o que cada um tem a apresentar para a sua marca. A questão é dar o retorno devido, mesmo que tenham odiado aquilo que foi

mo tempo em que apresentam, os responsáveis que pediram

mostrado. Ninguém é obrigado a gostar do que a agência fez.

aquela concorrência estão esbeltos e sadios, nem imaginando

Dentro de uma agência, trabalham pessoas, seres humanos. E

no que se transformou a agência nos dias anteriores. Por não

não apenas máquinas que passam o dia trabalhando, que bas-

saberem disso, por não imaginarem o quanto de carga foi colo-

tam ser reiniciadas para começar tudo aquilo de novo. Com de-

cada naquela apresentação, não dão muita bola. Não valorizam

vido feedback, como costumam dizer por aí, positivo ou nega-

tudo aquilo que é dito em 30 minutos de reunião. Não esboçam

tivo, o ambiente de trabalho será satisfatório. No caso de uma

reação positiva, nem negativa. Não abrem um sorriso ou fazem

concorrência vencida, tenha a certeza de que os mesmos que

aquela cara de que não gostaram. O feedback é nulo neste mo-

perderam quatro finais de semana seguidos farão de tudo para

mento. Totalmente blasé, fazem um comentário qualquer e infor-

transformar a marca na melhor do mundo.

mam a data que darão o retorno do vencedor, como se aquilo fosse um torneio olímpico. Neste momento, voltamos ao cenário da agência. Todos cansados, exaustos, porém extremamente ansiosos com o retorno da apresentação, porque todos sabem o quanto ficou incrível aquele trabalho. A dedicação intensa de cada um da agência. Do atendimento que passou o briefing, ao estagiário que sepa-

Leandro Ceolin

rou as imagens para o diretor de arte montar os layouts. Do redator que buscou mais de mil referências para encantar e fazer diferente do que tem por aí. E fez. Bem demais, por sinal. Volta a cena para a empresa. Os responsáveis simplesmente esqueceram aquilo que foi apresentado. Não dão o retorno devido, uma vez que não pagaram por aquilo e o pior, era uma concorrência apenas para aquecer orçamentos, já que a agência que atenderia aquela conta já havia sido escolhida antes do 26

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Publicitário, é graduado pela Universidade Metodista e pós-graduado em Design Gráfico no Senac. Diretor de arte e designer gráfico com quase 15 anos em mais de seis agências de São Paulo e do ABC, ele começou como estagiário em 2000 na Octopus. Hoje, tem a própria agência, onde além de cuidar da direção de arte, participa de todas as apresentações de concorrências e gosta de um feedback. Positivo ou negativo.


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MATÉRIA

Da universidade para o mercado de trabalho: Agência Ecco comemora relação duradoura com clientes

Por Leonardo Azzali

O embrião da Ecco surgiu quando os

redatores, diretores de arte, webmaster,

três sócios da agência ainda estavam na

planejamento, entre outras áreas. Isis afir-

universidade. Eles se conheceram por

ma que muitos cases de sucesso foram

causa do TCC (Trabalho de Conclusão de

marcantes na história da Ecco. No entanto,

Curso) e, aos poucos, começaram a fazer

ela destaca a produção de um vídeo viral

alguns trabalhos para os clientes. Já for-

para um cliente, na época em que nem

mados, esta parceria foi ganhando força

existia o YouTube. Na ocasião, o trabalho

até tornar-se oficial. O nome da empresa,

conseguiu uma forte repercussão na web

criado no ambiente acadêmico, permane-

e no mercado de comunicação. “Chega-

ceu na nova fase. De acordo com Isis Vas-

mos a ter 30 mil acessos

ques, uma das sócias-diretoras da agên-

mensais no vídeo, dentro

cia, sediada em São Bernardo do Campo,

do site, sem nenhum in-

o negócio teve pouco tempo para aconte-

vestimento”, conta.

“Íriamos receber o pagamento de um trabalho grande, que daria para manter o nosso aluguel e contas por três meses. Era o tempo que tínhamos. E estamos aí até hoje”

cer. “Íriamos receber o pagamento de um

A sócia ainda relem-

trabalho grande, que daria para manter o

bra que o viral colaborou

nosso aluguel e contas por três meses.

para o crescimento da

Era o tempo que tínhamos. E estamos aí

agência. “O vídeo nos tornou conhecidos

Isis Vasques acredita que a agência Ecco

até hoje”, explica.

e nos fez sermos procurados por gran-

conseguiu se consolidar na área. Para

Com dez anos de existência, a Ecco já

des empresas”, detalhou. Os laboratório

ela, o longo relacionamento com alguns

atendeu mais de 100 clientes entre pro-

Sanofi-Aventis e GSK se tornaram clientes

clientes comprova isso. “Temos parcerias

jetos fixos e variáveis. Atualmente, são

depois deste trabalho, conforme exempli-

duradouras e um grande número de indi-

20 empresas para uma equipe multidisci-

ficou a profissional. Outros cases de des-

cações. Além disso, sabemos muito bem

plinar de doze funcionários, que incluem

taque são o projeto gráfico e diagramação

o tipo e porte de clientes que queremos

da “Revista Metodista”, o material de ponto

atender e temos seguido neste caminho

de venda da Mercedes-Benz, os manuais

com sucesso”, explica.

de treinamento da Toyota e a gestão do

Apesar das expectativas, Isis não adian-

site e mídias sociais da Acrilex, por exem-

ta detalhes das novidades relacionadas às

plo.

campanhas e clientes para 2016. Porém,

Nas redes sociais, a Ecco também com-

afirma que a criatividade e bons resulta-

partilha resultados de sua trajetória no

dos seguem como as principais metas

mercado de comunicação por meio da

para toda a equipe. “Cada vez mais esta-

hashtag #10FatosSobreaEcco. Em junho,

mos integrando o on-line e o off-line, con-

conforme noticiado

seguindo otimizar o investimento das em-

no site do ABC da

presas. Sempre obtemos resultados muito

Comunicação,

expressivos”, diz.

empresa

a

divulgou

Mesmo com o cenário otimista, a sócia

na web que vendeu

sabe que o mercado de comunicação é

um

apartamento

mutável e se transforma com rapidez. Para

pelo Facebook e

a profissional, é necessário estar antena-

outro

What-

do o tempo todo às novas tecnologias e

sApp durante uma

tendências. “As agências precisam fazer

campanha

campanhas eficientes e com resultados

pelo

para

uma construtora. Por causa destes e outros trabalhos, 28

O ABCdaComunicação

A agência - Fotos: Divulgação

mensuráveis, mas sem esquecer de lidar com a subjetividade e com diferentes personalidades”, finaliza Isis.


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MATÉRIA

Pesquisa revela detalhes do perfil do mídia na região do Grande ABC Por Thamires Bonaparte

Em outubro, Luciano Bonetti, Os profissionais das agências pecífica, testes e segmento do publisher do ABC da Comunica- entrevistadas também foram ques- cliente. Com relação à mídia no ção, anunciou oficialmente duran- tionados com relação à impor- ABC, muitos afirmaram que nunte a ABC Marketing Fair a enco- tância da mídia nas campanhas ca investiram e só tomaram comenda de uma pesquisa de mer- realizadas. Algumas opiniões le- nhecimento dos veículos da área cado específica sobre o setor de varam em conta, principalmente, durante a primeira edição da ABC mídia no Grande ABC. Para isso, a segmentação e o alcance dos Marketing Fair. Alguns disseram foram entrevistadas 116 agências veículos. Uma das perguntas tam- que a mídia da região está atrada região, que colaboraram com bém foi a filiação das agências ao sada, enquanto outros opinaram o objetivo principal de analisar as CENP (Conselho Executivo das que o setor está se tornando formídias e sua popularidade. Atra- Normas-Padrão), uma entidade de te no mercado, devendo crescer vés dos dados coletados pela ética com atuação nacional, que cada vez mais. Ainda há agências Neosearch Inteligência Mercado- foi criada e é mantida exclusiva- que justificaram a falta de intereslógica, foram obtidas informações mente pelo setor privado para as- se pois os clientes são da região da capital. importantes que podem Os anuários de mídia servir como exemplo Com relação à mídia no ABC, muitos também foram tema da para a melhoria de serafirmaram que nunca investiram e só pesquisa realizada pela viços e aperfeiçoamento tomaram conhecimento dos veículos da Neosearch. Aproximadado setor. O detalhamenárea durante a primeira edição da ABC mente 77% das agências to completo você confeMarketing Fair. Alguns disseram que a não possui um anuário re na matéria a seguir. mídia da região está atrasada, enquanto específico do setor. Dos Com base nos resuloutros opinaram que o setor está se 23% que possuem, altados apresentados, tornando forte no mercado, devendo guns afirmam que estão as agências de Santo crescer cada vez mais. desatualizados. ConforAndré tiveram o maior me dito pelos entrevistapercentual de resposta, com 41% de participação, segui- segurar boas práticas comerciais dos, a justicativa foi o fácil acesdas por empresas de São Bernar- entre anunciantes, agências de so à internet, que possibilita que a do do Campo (33%) e São Caeta- publicidade e veículos de comu- busca seja feita de maneira mais no do Sul (17%). A grande maioria nicação. No Grande ABC, apenas rápida. A compra de um anuário delas possui um departamento 18% das empresas entrevistadas de mídia específico para a reexclusivo para cuidar da área de são filiadas ao órgão, enquanto gião do Grande ABC trouxe muimídia, já que a resposta foi po- 82% afirmou não ter conhecimen- tas dúvidas para uma resposta imediata, já que 50,86% afirmou sitiva em 62% dos entrevistados. to sobre o trabalho da entidade. Cerca de 93% dos setores de míAs mídias mais adquiridas são que iria adquirir, contra 49,14% dia das agências do ABC tem de as sociais (54%), seguidas pelos que não demonstrou interesse. As um a três profissionais atuantes. portais na internet (41%). Segun- agências que comprariam disseAs empresas que não possuem o do os profissionais, os dois meios ram que o anuário poderia ser útil departamento disseram não ser são os que obtém mais assertivi- caso algum cliente fizesse com tão focadas em mídias convencio- dade por conta da atualidade e que as informações contidas nele nais, utilizando mais a área digital. evidência. A escolha é feita por fossem necessárias. Sobre o valor negociado em míNo entanto, conforme o briefing, a meio de avaliações de público, negociação é feita junto aos clien- análise de investimento e budget, dia pelas agências durante o ano tes para a decisão de compra. visibilidade, retorno, pesquisa es- de 2015, os dados coletados pela 32

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Percentual de participação das agências por cidade

A sua agência possui departamento de mídia?

Quantas pessoas trabalham no departamento?

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MATÉRIA Neosearch mostram que os inves- fissionais de criação, ou até mes- ser filiado, como também a opitimentos são extremamente vari- mo os proprietários das agências, nião geral sobre ele, foi algo tido áveis. Algumas disseram investir que por serem de menor porte, como ápice na entrevista, consientre cinco e mil reais, outras en- tratavam a demanda. Quanto à derando que a maioria pensa ao tre 40 e 75 mil reais. Há empresas opinião referente à importância contrário do objetivo do órgão que gastaram mais de 250 mil re- da mídia para uma comunicação regulamentador, informando que ais e outras já negociaram valo- eficaz, a que prevaleceu foi de nunca obteve ajuda ou benefícios res que chegam na casa de um que a mesma é de suma impor- com ele, ou até mesmo não o comilhão e meio de reais. Também tância, inclusive reforçando que nhece. De modo geral, as mídias houveram agências que não infor- não é viável investir pesado em que as agências mais utilizam ou compram são os maram o montante ao sites, redes sociais, certo, já que a informaAs empresas da região consideram que mídia exterior, rádio ção é confidencial. a mídia tem grande importância para e revista. Quanto à Com base na visão visibilidade e comunicação com o cliente. mídia no ABC, de fordos aplicadores da NeEm relação ao CENP, são poucos os que ma geral, os profisosearch, entre as agênconhecem e são filiados a ele. sionais de São Bercias que foram entrevisnardo filtraram dois tadas em São Bernardo pontos: aqueles que do Campo, foi notável a “desconstrução” do setor espe- criação ou outros fatores se a mí- consideram que é positiva, estancializado em mídia, aquele que é dia é feita de forma errônea, im- do em constante evolução e por responsável apenas por essa fun- pactando a divulgação do que foi um valor mais acessível, como também os que a consideram fração. Foi declarado pela maioria proposto. Em relação ao CENP, tanto o ca e regional, sem opções para dos participantes que quem era o responsável por ela eram os pro- questionamento que remete a investimento. Ainda sobre a mes-

Meios mais utilizados pelas agências

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ma análise, a Neosearch consta- tante seguir as normas de éticas e o target escolhido pelo mesmo. tou que a maioria que possui uma impostas pelo mesmo. De uma forma geral, a pesquisa Por conta da crise econômica no de mídia no ABC realizada pela visão negativa sobre a mídia regional nunca invesNeosearch apontou tiu nela. a evolução do setor Por conta da crise econômica no país e por As agências de com base nas inforser um meio mais barato e de fácil alcance, as São Caetano do mações detalhadas agências costumam usar bastante os meios Sul também partipelas agências endigitais como links patrocinados do Google, ciparam ativamentrevistadas. Ficou buscadores e Google AdWords. te do questionário. claro que é necesSegundo elas, a sário unir todas as maioria possui um empresas e veículos departamento de de comunicação da mídia especifico, região para fortaleporém nele não cer o mercado cada trabalham mais de vez mais. A grantrês pessoas. As de maioria delas já empresas da região sabe a importância consideram que a da mídia na região mídia tem grande e investe muito no importância para visetor, priorizando sibilidade e comunia ética e os bons cação com o clienresultados para os te. Em relação ao clientes em primeiro CENP, são poucos lugar. os que conhecem A Neosearch Intee são filiados a ele. ligência de Mercado Um dos responsárealizou a pesquisa veis pela mídia de completa do Perfil uma agência da cide Mídia na região dade considera o do Grande ABC. Ela CENP uma entidade é uma empresa focorporativista que cada na produção defende os seus de pesquisa merinteresses. Uma cadológica com o outra agência disprincipal objetivo se que não tem um de desmistificar os conhecimento amperfis e hábitos de plo do mesmo, já que eles nunca país e por ser um meio mais bara- diferentes áreas. Os estudos conse preocuparam em mandar um to e de fácil alcance, as agências sistem em uma pesquisa mista e informativo para que a empresa costumam usar bastante os meios detalhada que inclui perguntas pudesse entender melhor o seu digitais como links patrocinados quantitativas e qualitativas. Atraserviço. Algumas disseram que o do Google, buscadores e Goo- vés da segmentação do público, CENP é um orgão regulamentador gle AdWords. Algumas empresas importantes dados foram apontaimportante no que diz respeito ao de São Caetano utilizam também dos e o setor de mídia pôde ser gerenciamento, de forma que as outdoors, jornais e revistas como detalhado de forma específica. leis sejam iguais e as informações forma de divulgação. Para fazer Para falar com a Neosearch e sasejam obtidas de forma fácil e a escolha dos veículos, a maioria ber mais detalhes, entre em consegura. Estes profissionais ainda prioriza a necessidade do cliente, tato através do e-mail: disseram que consideram impor- o público alvo que querem atingir contato@neosearch.com.br O ABCdaComunicação

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ARTIGO

Planejamento Estratégico

Emprender me tornou uma pessoa melhor Depois de quase quatro anos empreendendo, seja através da minha empresa ou das minhas palestras e artigos, enfim caiu a ficha (eita termo velho) que o ato de empreender me tornou uma pessoa um pouco melhor da que eu era. Muitos aprendem o que a vida de empreendedor me ensinou de outros modos, mas para mim as lições foram dadas assim, buscando fazer o meu trabalho ganhar mais corpo, e o tornando mais valioso para quem o procura. Os aprendizados que posso usar no campo profissional são vários, mas não são os mais importantes. Os que aprendi para a vida, estes sim, são para sempre. Poderia listar diversos aprendizados que tive nestes últimos quatro anos, mas os que escolhi para colocar abaixo me parecem, neste momento, os mais relevantes. 1) Viver por um propósito: um objetivo de vida, seja ele qual for, é fundamental para que qualquer coisa faça sentido. Empreendendo aprendi a ter foco e, assim, defini objetivos claros a perseguir. Quando levei esta lição para a minha vida, tudo se tornou mais simples e com mais sentido. 2) Atalho não é caminho: atalho é atalho, enquanto caminho é caminho. Atalhos raras vezes são bons, pois não permitem nos fazer viver as experiências completas de cada conquista. Esta falta de vivência, perdida por conta dos atalhos, atrasa outras conquistas. 3) Oferecer antes de pedir: ao entender as dificuldades que passam outros que empreendem, aprendi a oferecer ajuda sem esperar nada em troca. Viver tantos perrengues me tornou mais atento aos perrengues dos outros. 4) Valor da gratidão: é mentira quando dizem por ai que existem mais pessoas ruins que boas no mundo. Durante minha breve história até aqui, tive o privilégio de ter convivido com profissionais que acrescentaram muito a mim ou aos meus negócios sem esperar nada em troca. Ser grato é diferente de ser baba-ovo. Ser grato é lembrar quem te ajudou quando precisou. 5) Ética profissional: a grande maioria das pessoas com as quais convivo e convivi me ensinaram que agir de forma ética gera retorno positivo a curto, médio e longo prazo. As poucas

que mostraram conviver de maneira mais distante com a ética, no entanto, me ensinaram que este distanciamento não vale a pena. Elas não percebem, mas enganam a poucos, e por pouco tempo. 6) Não desprezar meu feeling: aprendi também que devo considerar aquele meu sexto sentido - que aqui chamo de feeling -, nas minhas decisões. A razão é sempre muito bem vinda e deve ser o fio condutor de todo raciocínio que me leve a alguma decisão. No entanto, é este feeling que, quando ouvido, poderá me tirar (ou não me deixar colocar) das maiores roubadas. 7) Não procurar culpados: de vez em quando as coisas dão errado - faz parte. Procurar culpados ou justificativas para cada erro pode às vezes ser importante, mas em algumas se torna bobagem. O tempo que se leva na busca de desculpas ou ocupados, geralmente, é o mesmo que se leva a iniciar uma solução. 8) Perfeição é pra gente burra: admitir as suas falhas em cada processo de trabalho ou atitude tomada na própria vida é o primeiro passo para aprender como não errar nas vezes seguintes. Quem não erra e se acredita perfeito, ao invés de aprender e crescer, se mantém burro culpando os outros. 9) Fazer agora: deixar as coisas para depois é um dos maiores erros que podemos cometer. Aos poucos o conteúdo postergado vai crescendo, crescendo, até chegar ao momento em que ele perde o sentido de ser feito. Junto com o sentido, perdemos a oportunidade de ter dado um passo para frente. 10) Investir em pessoas: sempre será o melhor negócio. Investir no seu progresso, no seu sucesso e na sua felicidade. Pessoas são os verdadeiros motores de toda e qualquer mudança, de todo e qualquer sucesso. Porém, se quer investir em pessoas, considere dois pontos: o que você acredita e o que ela quer. Esquecer um destes dois é fatal. Claro que esta lista deveria ser maior - e espero que seja a cada semana. Alguns aprendizados certamente foram esquecidos de ser mencionados, enquanto outros não estão aqui por eu ainda não ter os aprendido. No entanto, esta lista, assim como a vida, permite sempre complementos e melhorias. Estarei atento à elas.

Os aprendizados que posso usar no campo profissional são vários, mas não são os mais importantes. Os que aprendi para a vida, estes sim, são para sempre.

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João Riva Planejamento Estratégico, é sócio da DuoVozz Inteligência. Antes atuou na Direção de Marketing do Grupo Runner, e no Trade do Grupo Schincariol. Com vivencia em agências de comunicação atendendo grandes clientes, tem passagem pelo Banco de Eventos, Dabster, Grupo Fischer América, entre outros. Formado em Publicidade e Propaganda pela Cásper Líbero, pós-graduado em Comunicação com o Mercado pela ESPM e mestrando de Comunicação Contemporânea pela Casper Líbero, é co-autor dos livros “Marketing Promocional – Um Olhar Descomplicado” e “Trade Marketing – Ponto de Vista Expandidos”. Professor de pós-graduação / MBA na FIA (Fundação Instituto de Administração) e BI Internacional, e graduação na Cásper Líbero.


publicitário do Grande ABC? O programa O ABC da Comunicação traz as novidades do mercado publicitário do Grande ABC, discutindo e debatendo os principais cases e temas do mundo da comunicação e do marketing. Toda semana recebemos segmento da economia brasileira.

Todas as quintas-feiras, ao vivo, a partir das 21h. TV+ ABC Canal 27 da NET Acompanhe também no www.tvmaisabc.com.br Assista a reprise no Portal do ABC da Comunicação

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ABC

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ARTIGO

Planejamento na Comunicação

re e o Aécio ou o Alckmin. Mineiros e paulistas que me digam: baita negócio, né? Dá para entender o tamanho da encrenca? Mas o mais bacana é que tivemos um ano inteirinho dedicado à discussão, padrão Febeapá, em que os lados se enfrentam com convicção. Todo mundo sabe o que é melhor para o país e a solução passa por um desses caminhos. É sério isso? Coxinhas versus Petralhas. Golpistas versus Quadrilheiros. Tanta, mas tanta bobagem que vou te falar. Só discurso raso. Monografia de wikipedia. Esse ano também marcou as discussões sobre o papel da mulher. Para começar, é patético que ainda Stanislaw Ponte Preta deve estar morrendo (ou tenhamos que discutir isso. É uma clara demonstração ressuscitando) de rir. Em 2015 o Febeapá voltou com de atraso. Mas para resumir, vou pedir para vocês seis tudo, bem quando nos aproximamos do cinquentenálerem a Maríliz Pereira Jorge, que tratou do assunto rio da morte de Sérgio Porto. em algumas colunas e mandou muito bem. Faço miNunca antes na história desse país (essa também nhas as palavras dela. Vi, ouvi e li tanta asneira que poderia fazer parte) tivemos um ano em que a idiotice me deu vergonha alheia. Tivemos também o campeoprevaleceu de forma tão clara. E olha que isso nem é nato (brasileiro de futebol) manchado. O campeão só muito simples aqui por estes lados. Se a gente manja terminou léguas à frente, com a melhor campanha de profundamente de alguma coisa, é de falar besteiras, todos os tempos porque havia um esquema de arbicriar polêmicas em torno de coisas absurdas, partitragem com o apoio da Rede Globo, do FBI e da Al cipar de discussões absolutamente nonsense. Isso é Qaeda. Entendi... Teve a discussão do parto normal. histórico. Essa é mais ou menos profunda. Seria necessário coPara começar, nossa política virou um picadeiro nhecer a estrutura do mercado farmacêutico e hospitainvertido. A turma que está lá “no poder” ri da plateia lar e compreender a sua forma de atuação. Na dúvida, porque os verdadeiros palhaços as pessoas deveriam consultar o somos nós. É um festival de bi“Nunca antes na história que diz a OMS, desde que elas zarrices. desse país tivemos um ano saibam o que é OMS. Se vocês Vejam só, meus seis leitores querem saber o quanto as pessoem que a idiotice prevaleceu as podem ser idiotizadas, basta (obrigado Rita e Thamires por de forma tão clara” engrossar o quórum), discute-se, acessar “Não me obriguem a um nesse momento, o impeachment parto normal”. Teve Joelma conda presidente. Ela me lembra a piada da tartaruga na tra Chimbinha. Banda Colapso! Os Dez Mandamentos árvore. É claro que se está lá é porque alguém cocontra Babilônia. Hahahahahahahahahahahahahahaha locou (tenho aqui, para mim, que esse alguém já se Buuuuut, o ponto alto foi o confronto Paris versus arrependeu). Mas ela está lá e fazendo uma bobagem Mariana. Dificilmente teremos uma oportunidade, nos atrás da outra. Se ela cai, entra o Michel Temer. Oi?? próximos três dias, de demonstrar o quanto a raça braPois é. Mas se ela é impinchada, como diz o povo, é silis pode ser imbecil. De acordo com os neocensores, provável que o nosso improvável vice vá junto, já que precisamos policiar nossa dor e nossa solidariedade. ele assinou a barbaridade toda. Opa, aí sim! Assume Escolher um lado para sofrer. Nem o choro é livre. o presidente da Câmara, o Cunha. Como diz o ditado, Enquanto isso, o país vai para o buraco, atolado em se cunha fosse bom não começaria com...deixa pra lá. um mar de lama (em algumas vezes em sentido literal). Ah, mas ele vai cair também!! Nesse caso, assume o impoluto Renan Calheiros, presidente do Senado. SeFabio Eloi de Oliveira ria cômico se não fosse trágico. Mas ele também tem uma ficha corrida que faz com que não dure uma semana no cargo. Neeeeesse caso, a presidência cairia no colo do Lewandowski. Na boa, para mim, o único Lewandowski que presta joga no Bayern de Munique. Escritor, Mestre em Comunicação Social, professor dos cursos de Comunicação da Aí ele teria um prazo para convocar eleições cujos faUniversidade Metodista de São Paulo. voritos seriam o cara que colocou a tartaruga na árvo-

Fepeabá ® voltou com tudo!

fabio@oabcdacomunicacao.com.br

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ARTIGO

Marketing Esportivo casos, como o do Rio, as obras nem terminaram. As obras de mobilidade urbana feitas foram mínimas; muitas delas mal

A assombração dos 7x1 em 2016

começaram e muitas outras nem saíram do papel. Quanto às

telecomunicações,

alguém

notou

alguma

evolução?

Vamos lembrar também que foi concedida isenção fiscal para patrocinadores e organizadores da Copa, resultando na ausência de 1,1 bilhão de reais nos cofres públicos. Para as Olimpíadas, o custo já está batendo na casa dos 39 bilhões de reais. Mais derrotas para a população.Afinal, alguém ganhou? O Mundial rendeu o recorde de 16 bilhões de reais à Fifa; a entidade nunca havia acumulado uma fortuna como essa

Fim de ano, começo de ano, épocas de retrospectivas,

com o evento. Apenas no ano de 2014, a renda com contratos

balanços, prognósticos... Depois de aproximadamente um

comerciais, vendas de ingressos e direitos de televisão foi de

ano e meio da Copa no Brasil e há cerca de meio ano para

quase 2 bilhões de dólares, um recorde absoluto.

as Olimpíadas no Rio, a reflexão é inevitável. Quem ganhou

E os patrocinadores também ganharam. Ainda bem. São

e quem perdeu com a Copa do Mundo? A Alemanha ganhou

produtos e serviços de grande penetração mundial, que

e o Brasil perdeu! Não, não. Tal resposta não serve para esta

usam a ativação de marca nos megaeventos esportivos como

reflexão. E quanto às Olimpíadas, quais as perspectivas? E

importante estratégia de posicionamento. Investem alto, pois os

aqui, também não é o caso de se prever quantas medalhas

ganhos de imagem favorecem globalmente os seus negócios.

o Brasil conquistará. Esta coluna é sobre Negócios do Esporte; portanto, ainda que os resultados puramente esportivos sejam relevantes, quem ganha e quem perde devem ser analisados em uma esfera bem mais abrangente. No foi

final

de

divulgado

novembro a

último,

quantidade

de

Inclusive, muitas marcas alavancaram

Afinal, alguém ganhou? O Mundial rendeu o recorde de 16 bilhões de reais à Fifa; a entidade nunca havia acumulado uma fortuna como essa com o evento.

desempregados no país: 8,8 milhões

suas iniciativas no Brasil. A Kia por exemplo, foi uma das marcas mais percebidas segundo o YouGov BrandIndex, índice que rastreia e monitora a percepção de consumo das marcas globais. O índice de

reconhecimento

da

Coca-Cola

em torno das partidas, também foi significativo: um salto de 14,6% ao longo

de pessoas; número considerado o maior já medido pela série

da competição. Os pneus especiais da Continental venderam

histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

43% acima do esperado para um lançamento convencional.

(PNAD) contínua, que é feita desde 2012. Ou seja, ainda

Acredita-se que os 75 milhões de dólares, investidos em média

que toda uma conjuntura econômica deva ser equalizada, o

por cada patrocinador, valeram a pena.

legado da Copa não contribuiu em nada, para que o panorama

Infelizmente, entre ganhadores e perdedores o placar da

trabalhista fosse mais animador. Portanto, a população perdeu.

Copa do Mundo foi muito evidente. Ganharam a ambiciosa

Os estudos anteriores (aqueles que ninguém viu) do Comitê

e investigada Fifa e os patrocinadores, que desenvolvem

Organizador Local, que apontavam para um crescimento de

seriamente os programas de marketing para suas marcas.

postos de trabalho, foram um engodo. Poucos setores tiveram

E perderam a economia e a população brasileira, que

crescimento durante a bolha de três meses do período da Copa.

não precisavam que a Copa fosse aqui; portanto, as suas

Em termos de emprego, o que vocês acham que vai acontecer

consequências continuam nos assombrando. Em 2016, tem as

com as Olímpiadas?

Olimpíadas. Feliz ano novo!

Tanto quanto ocorreu no Mundial de Futebol, quantos poderão ir ao Rio assistir presencialmente os Jogos Olímpicos? Na Copa do Mundo, quantos brasileiros assistiram pela televisão, como

José Antônio Fardo

se os jogos tivessem sido na África do Sul ou na Rússia? Nesse aspecto a população perdeu de novo! Os 32 bilhões de reais gastos pelo poder público em arenas, aeroportos, obras de mobilidade urbana, telecomunicações etc. valeram a pena? Muitos estádios estão sendo subutilizados, como já se esperava. Os aeroportos receberam algumas melhorias, mas nenhuma delas foi significativa e, em alguns 40

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José Antonio Fardo é jornalista, publicitário, mestre em Comunicação e Mercado e professor de Planejamento e de Marketing Esportivo nos Cursos de Publicidade e Propaganda e de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo. jfardo@oabcdacomunicacao.com.br


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MATÉRIA

Em ano de crise, agências de comunicação enfrentam pessimismo do mercado e buscam novas oportunidades Por Leonardo Azzali

Os principais profissionais das agências de comunicação consultados pela reportagem da revista O ABC da Comunicação não escondem as dificuldades enfrentadas pelo mercado por causa do agravamento da crise econômica no Brasil. As previsões pessimistas já vinham desde 2014. Porém, é unanimidade que as empresas devem se readequar às novas necessidades dos clientes. Liu Ferrari, diretor de Novos Negócios do Grupo Octopus, sediado em Santo André, acredita que o setor de comunicação segue essencial, mesmo em um momento de recuo das marcas. “A comunicação é uma verdadeira luz em período de instabilidade, desde que de forma planejada e estudada. Quem se manteve estável em 2015, é porque se comunicou”, explica.

Liu Ferrari - Foto: Divulgação

Já Fernando Kuhn, sócio e diretor de criação da Canopus, de São Bernardo do Campo, completa que o ano trouxe amadurecimento para todos, pois é na dificuldade que se aprende a encontrar soluções. Para Érika Felizola, responsável pelo atendimento da Duoeme Brasil, localizada em São Caetano do Sul, o sucesso em uma época de crise é fruto da atitude pró-ativa da equipe, o que aconteceu, segundo ela, na agência em que trabalha. “Aquele que investe, ganha destaque”, explica. Wiliam Comissário, sócio e diretor de atendimento da Canna, de Santo André, concorda que 2015 foi um período de rever os projetos e oportunidades. “Não foi um ano para esbanjar”. No entanto, para ele, o segredo é conseguir inovar e respeitar a situação vivida pelo cliente. Segundo os profissionais entrevistados, adequar investimentos e planejar o futuro com antecedência são boas formas de enfrentar o momento difícil da economia brasileira. “As empresas precisam estar atentas. O ano de 2016 será cheio [com Olimpíada e Eleições], movimentado. Quem tiver um bom planejamento, sai na frente”, constata Ferrari. Aliás, de acordo com ele, a atual palavra-chave da Octopus é evoluir. Com 37 anos de mercado, a agência vê que este é o momento para um novo posicionamento, entre outras

“A comunicação é uma verdadeira luz em período de instabilidade, desde que de forma planejada e estudada. Quem se manteve estável em 2015, é porque se comunicou” 42

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Erika Felizola - Foto: Divulgação

“Eu vejo 2016 como um ano de muito trabalho, mas também com muitas conquistas. Em 2015 trabalhamos o triplo para ganhar quase a mesma coisa” novidades. Em 2015, o saldo foi positivo para a Canopus. A agência ampliou o espaço físico e a equipe de funcionários, além de implementar uma série de processos para o desenvolvimento e conquista de novos clientes, conforme exemplificou o sócio Fernando Kuhn. Para os próximos meses, a ideia é fortalecer o investimento na área digital e formular campanhas mais efetivas para os contratantes. “Queremos otimizar nossas ações e entregar cada vez mais resultados”, resume ele.


Wilian Comissário e Diego Oliveira - Foto: Divulgação

“Os trabalhos exigem mais das agências. Você precisa de mais profundidade nos projetos para que possa entregar algo que realmente é diferente” De acordo com Érika, a Duoeme Brasil também seguirá com os investimentos, independente do que aconteça com o mercado. “Eu vejo 2016 como um ano de muito trabalho, mas também com muitas conquistas”, esclarece. Em 2015, os profissionais da agência se esforçaram para registrar bons resultados. “Trabalhamos o triplo para ganhar quase a mesma coisa”, exemplifica. Ela conta que a empresa quer investir no marketing digital. “Queremos trabalhar com o cliente de forma bastante integrada”, diz. Para isso, a Duoeme estuda fazer novas parcerias com assessorias de imprensa, além de prospectar mais clientes com foco em terceirização do departamento de marketing. A equipe buscou conhecimento ao longo deste ano para oferecer serviços mais completos e que agradem os contratantes em um período de instabilidade. “Há possibilidades [no mercado]. E são com elas que nós vamos trabalhar em 2016”,

detalha Érika. A agência Canna também comemora os bons resultados. Neste ano, houve um crescimento de 15% em relação ao ano passado, de acordo com Wiliam Comissário. É o período de melhor faturamento da empresa desde 2010, quando chegou ao mercado de comunicação do Grande ABC. Para ele, este aumento ocorreu por causa da reestruturação da empresa no início de 2014 e o investimento dos clientes no marketing “como uma resposta à crise”. Em 2016, a projeção é ainda mais otimista. Há a certeza de um crescimento de, pelo menos, 48% nos próximos doze meses em relação à 2015. “Para mim, isso é um número fantástico”, completa o executivo ao ABC da Comunicação. Com a continuidade da crise financeira, as agências devem se reinventar e buscar alternativas sem que isso aumente os custos. Graças a isso, a concorrência só se expande na comunicação. “A competitividade já é muito alta na nossa área. Agora, com esse cenário econômico, tornou-se mais difícil conquistar clientes. Estamos em tempos de mudanças. Quem não se mexer, vai ficar para trás”, constata Fernando Kuhn, da Canopus. A comunicação é um setor que se transforma rapidamente segundo Érika, da Duoeme. Por isso, os desafios tornam-se ainda mais complexos nesta configuração. “O que as pessoas entendiam por publicidade e propaganda, virou do avesso, pelo menos, três vezes durante o ano”, constata. Para ela, as empresas precisam se mexer para alcançar o crescimento e evolução. “Todo mundo tem que se adequar [à situação atual. Não dá para abaixar a cabeça e ficar chorando. É preciso se movimentar”, finaliza.

Além de soluções com melhor custo-benefício, Wiliam Comissário vê uma exigência maior dos clientes por resultados. “Os trabalhos exigem mais das agências. Você precisa de mais profundidade nos projetos para que possa entregar algo que realmente é diferente”, afirma. Para o sócio e diretor da agência Canna, também é necessário ter mais atenção com o que é produzido para os contratantes. “Os clientes nos contratam para atingirmos melhores resultados”, destaca. Em um período complicado, o importante é se adequar às novas necessidades e prosseguir com os investimentos. “Sem atitude, a situação não muda”, destaca Ferrari. “Muito do cenário negativo vem do medo. Esse é o alimento da crise”, conclui. Para Érika, é bom lembrar que o momento econômico atual não é eterno. “É uma situação transitória. [A crise] é um período e vai passar. O Brasil não vai ficar nessa instabilidade”, finaliza ela.

“A competitividade já é muito alta na nossa área. Agora, com esse cenário econômico, tornou-se mais difícil conquistar clientes. Estamos em tempos de mudanças”

Fernando Kuhn - Foto: Divulgação O ABCdaComunicação

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MATÉRIA

GS Comunicação passa a integrar o Grupo LAN Por Thamires Bonaparte

No segundo semestre deste ano, o Grupo LAN ganhou mais uma agência para complementar o portfólio de serviços: a GS Comunicação. Para contar detalhes sobre a novidade, O ABC da Comunicação conversou com Selmo Guilherme, que contou um pouco sobre a história da agência, especializada em cenografia, montagem e gestão de stands. Ele é o responsável por liderar as atividades da GS, que passou a trabalhar junto às outras empresas integrantes do Grupo LAN: Lostres, New Mind, Fullen, KB! e Engage. “A ideia de montar a GS surgiu em 2005, mas foi concretizada somente em 2007. Enxergamos e estudamos, nesse período, um grande mercado em potencial, composto por pequenas e médias empresas que tinham a necessidade de um planejamento estratégico na área de comunicação. Nossa proposta foi criar uma agência voltada a esse segmento e aliada à um bom custo benefício”, relembrou ele. Após dois anos de atuação, a GS recebeu propostas de alguns clientes para gerenciar um pacote de eventos

Selmo Guilherme - Foto: Divulgação

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anual. “Foi um grande desafio. A partir de então, mudamos nossa estratégia de atuação e utilizamos toda expertise em planejamento para o mercado de feiras e eventos, oferecendo não somente a montagem como também o gerenciamento do stand, com uma visão 360 graus do evento. Com essa nova proposta, conseguimos ganhar espaço no mercado e expandir nossos trabalhos, como fizemos com empresas como EsSobre o ingresso no Grupo LAN, Seltadão, Grubo Bimbo e Algar”, explicou mo se mostrou otimista e disse que a Selmo. A equipe da GS é composta por parceria com as outras agências pode seis integrantes de atendimento. Outras ajudar a fortalecer ainda mais a GS no cinquenta pessoas, indiretamente, atu- mercado. “As propostas estão ainda am na área de montagem, interativida- mais ricas e alinhadas ao conceito do de, alimentos e bebidas. Em oito anos cliente, com ideias novas e ativações de trajetória, o fundador não tem dúvi- que impactam o público alvo. Em 2016 das de que a agência está fortemente ampliaremos nosso local de atuação. consolidada no mercado. Em todo esse período estivemos focaEntre os cases mais marcantes na dos no estado de São Paulo. Agora, história da GS estão trabalhos desen- nossa estratégia será expandir para o volvidos para empresas como Trident e Sul e o Nordeste, onde, cada vez mais, Habib’s. Para a marca famosa pelos chi- ocorre um crescimento significativo no cletes, Selmo conta que a equipe mon- mercado de feiras e eventos”, adiantou tou um stand de 300 metros com uma ele. operação de 70 pessoas envolvidas. A A entrada da GS no LAN se dá nos GS ainda organizou ativações interati- moldes de outras associações do gruvas, produção de brindes, alimentos e po, na qual a administração da agência bebidas com cardápio especial, além segue nas mãos de seus atuais gestode produção de uniforme e comunica- res com independência jurídica e finanção visual. “Na época, a aprovação do ceira. Rodney Ribeiro, sócio fundador cliente se deu no dia 3 de janeiro e o do grupo, saudou a entrada da GS Coevento aconteceu no dia 29 do mesmo municação. “Um dos nossos principais mês, ou seja, tivemos menos de 25 dias pilares é reunir as melhores competênpara produzir tudo. E foi um sucesso”, cias de cada agência para oferecer ao lembrou mercado “Um dos nossos principais pilares é reunir as ele. Com um trabamelhores competências de cada agência para lho o grupo cada oferecer ao mercado um trabalho cada vez mais H abib’s, vez mais qualificado e atuante. A entrada da a questão qualificado GS complementa isso” do prazo e atuante. também foi decisiva para o lançamento A entrada da GS complementa isso, da marca Box 30. “Montamos três lo- aprimorando ainda mais a atuação nosjas conceitos em três praças, todas no sa junto ao setor de feiras e eventos mesmo mês, em distintas cidades: São corporativos”, disse. Com a GS ComuPaulo, Campos de Jordão e Rio de Ja- nicação, o Grupo LAN soma mais de 60 neiro. A aprovação do cliente foi dada colaboradores, 750 m² de estrutura e com duas semanas para a entrega do 90 clientes ativos, da iniciativa pública job”, disse. e privada.


Espaço Agência ABC

Equipe Go! - Foto: R.Cheles

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AGÊNCIA ABC MATÉRIA

Localizada em Santo André, GO! Comunicação se destaca pelas campanhas publicitárias brilhantes Por Thamires Bonaparte

Nos últimos meses, a GO! Co municação só acumulou boas conquistas e surpresas. Tanto para a equipe da própria agência quanto para os clientes. E nada mais merecido do que espalhar todas elas durante as páginas especiais da última seção Agência ABC do ano. Conversamos com Vivian Ferreira, Sócia de Novos Negócios, para saber mais detalhes sobre a trajetória da GO! ao longo dos anos. Ela relembrou o início da história da agência, que foi aber ta quando os sócios haviam acabado de sair da faculdade. “Algumas decisões só se tem coragem de tomar aos 21 anos, com a ‘arrogância’ de achar que se pode tudo. Éramos três recém-formados. Apaixonados por publicidade, queríamos mostrar para o mundo nossas ideias e realizar o sonho de ter o próprio negócio. Olhávamos as comunicações de médias empresas, e até de algumas grandes, e pensávamos: ‘Dá pra fazer algo me lhor do que isso. É isso que de vemos nos propor a fazer’. Sem nenhum cliente, ou qualquer tipo de investimento, largamos nossos empregos e passamos a atender em um cômodo. É claro que nosso primeiro ano não foi um estouro e isso nos levou a ser uma agência de apenas dois sócios. Essa nova configuração exigiu que a gente se adaptasse, desenvolvendo novas disciplinas e uma leve desburocratização das decisões”, detalhou ela. Após o primeiro ano de vida 48

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da GO!, Vivian conta que a agência conseguiu encorpar o por t fólio e aumentou a estrutura com novos funcionários, fazendo com que a tal “sobrevivência ao 2 º ano” fosse conquistada. “O que veio depois foram trabalhos cada vez mais desafiado res, que acabaram sendo nossos melhores professores, pois construíram nossa experiência e moldaram a nosso core business. Hoje, a equipe é composta por sete pessoas e atendemos 25 clientes ativos”, disse. Entre algumas das empresas que fazem par te da car teira da GO! estão nomes como Tupper ware, Starret t, Yakult, Brasil Kirin,

coa da Devassa by Playboy, que foi veiculado em lojas de conveniência. Já a Yakult pediu um anúncio para divulgar o suco de maçã da marca, que não leva corantes nem conser vantes. Veja os resultados:

“Algumas decisões só se tem coragem de tomar aos 21 anos, com a ‘arrogância’ de achar que se pode tudo. Éramos três recém-formados. Apaixonados por publicidade, queríamos mostrar para o mundo nossas ideias” ABICAB, Eternit, Locaweb, Itaucard e Mercedes- Benz. Entre alguns dos exemplos de cases da GO! estão a ação promocional Páscoa Devassa e o anúncio para o Suco de Maçã Yakult. No primeiro caso, a agência foi responsável por criar um material de merchandising para a promoção de Pás-

Criação de marcas, identidade visual, design de catálogos, campanhas publicitárias, ações


promocionais e desenvolvimento de plataformas digitais para web estão entre os ser viços mais executados pela GO!, que fica localizada em Santo André, no Grande ABC. “Somos uma agência multidisciplinar, mas por ter nascido como uma agência de publicidade, nosso viés criativo é muito latente nos nossos trabalhos. Ou seja, qualquer trabalho que vamos fazer a criatividade está sempre pre sente. A não ser que o cliente não queira (risos)”, explicou Vivian. Na terceira edição do Prêmio ABC da Comunicação, em meio a uma cerimônia que premiou dezenas de profissionais e cases, a GO! levou os títulos de Grand Prix e Agência Mais Criativa. Foi a primeira vez em que a agência inscreveu seus trabalhos e o resultado não poderia ser melhor: das 9 categorias em que par ticipou, a GO! ficou com 8 troféus (4 Ouros, 1 Prata e 3 Bronzes). “Foi uma surpresa incrível! Inscrevemos os trabalhos que fazem par te da nossa rotina, algo que olhamos e pensamos: “Ok, vamos mandar esses e ver no que dá, vai que…” Sempre fomos muito low profile, temos esse defeito. Mas sempre fomos fascinados por comunicação bem feita, não é a toa que grandes agências são o que são, e têm todo o mérito. Na nossa ro tina de pegar o briefing, pensar sobre ele, apresentar soluções e veicular o trabalho, nunca paramos para comparar com o que se vem fazendo aqui no ABC. Então fizemos essa experiência de inscrever os trabalhos para saber como estamos indo em relação aos concorrentes da região. Percebemos que o Prê -

mio ABC da Comunicação vem evoluindo ao longo dos anos e conquistar os troféus que ganhamos foi muito gratificante e surpreendente. Ficamos felizes também pelo fato de termos vencido trabalhos que julgamos muito bem feitos”, comemorou a sócia. Em um mercado com transformações constantes, Vivian fala sobre os maiores desafios de se atuar na área de publicidade e propaganda. “É necessário entender qual é o real papel de uma agência de comunicação. Saber a hora de vender criatividade e a hora de vender pro dução. Enfrentar desafios que vão muito além da proposta técnica de trabalho, já que concorrências são vencidas e são perdidas por critérios criativos, estratégicos, de orçamentos, ou até mesmo de relacionamento. Esse ano nós tivemos a ade são de muitos clientes novos na casa, resultado de um trabalho de prospecção em constante andamento. Enquanto alguns estão esperando uma melhora do cenário, outros estão lançando produtos e novas empresas, além daqueles que aproveitam o momento para se destacar ou colocar seus materiais em ordem”, explicou. Para 2016, a GO! já tem alguns planos traçados. “Nós estamos em um momento de organizar a casa, alinhar os negócios da empresa, traçar metas e obje tivos. Precisamos estar atentos às opor tunidades e de olho no mercado como um todo. Quere mos aprimorar alguns conhecimentos: é o momento de fazer isso e se preparar para uma volta com tudo na economia”, finalizou ela. O ABCdaComunicação


A mega campanha contra violência infantil criada para o CRAMI ABCD A GO! ganhou destaque em grandes mídias por conta da criação de uma campanha ousada para o CRAMI (Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD), com o intuito de alertar sobre a violência infantil e suas várias faces. A entidade tinha como objetivo principal tirar a sociedade da inércia gerando forte reflexão para o tema. O maior desafio foi criar, com um baixo orçamento, uma campanha inovadora e marcante que pudesse ser eficaz dentro do raio de atuação da entidade (cidades do Grande ABC). Após reuniões com o CRAMI, a GO! Comunicação desenvolveu uma campanha na qual a estratégia se dividiu entre peças para Mídia Exterior (Outdoor, Busdoor e Cartaz de Ônibus), peças para Mídia Online e ações de Live Marketing. As peças da campanha buscaram inspiração em tradicionais brincadeiras infantis, mostrando sob a visão da criança as várias formas de violência. A peça “Telefone de Lata” aborda a violência psicológica; “Gangorra”, o abandono; “EscondeEsconde”, a violência física; e “Cabaninha”, a violência sexual. As ações de rua tiveram duas abordagens diferentes. A primeira 50

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colocou pessoas andando em ruas movimentadas das cidades utilizando placas com frases como: “Ontem eu abusei sexualmente de uma criança” ou “Deixei meu bebê sozinho e vim fazer compras”; a parte de trás dizia “Não é tão fácil identificar quem comete abusos contra crianças e adolescentes. Denuncie. Disque 100”. Na segunda ação de Live Marketing, a GO! Comunicação montou um ringue dentro de um shopping da região, que recebia uma “luta” a cada meia hora. A ideia foi mostrar as lutas vividas por crianças diariamente contra adversários fortes como o Sr. Humilhação, a Sra. Ausente, entre outros. A ação no shopping gerou também um vídeo para redes sociais, com a intenção de continuar a conscientização sobre o tema. Vivian opinou sobre o forte alcance da campanha na região do Grande ABC e, inclusive, em São Paulo. “Acredito que o planejamento, a mídia e a criação da campanha jogaram de forma muito entrosada desde que pegamos o briefing para a concorrência. Pode parecer presunção nossa, mas era nossa obrigação com o cliente criar condições muito favoráveis para

que a campanha tivesse grande repercussão”, disse ela. “O engajamento da agência foi total, o relacionamento com o cliente – que não era realmente um cliente, ou um marqueteiro, e sim pessoas que conviviam com uma rotina chocante de intervenções contra maus tratos contra menores – foi incrível. A coragem demonstrada pelo CRAMI na aprovação das propostas foi surpreendente. Grandes trabalhos não se baseiam apenas nas grandes ideias para ir pra rua: dependem muito mais da coragem do cliente em assumir riscos”, explicou Vivian. Para a veiculação da campanha do CRAMI, a internet foi o meio com maior investimento da campanha, pois a GO! precisava atingir muita gente com uma verba curta. Além disso, a ação de live marketing gerou um formato veiculável apenas na internet: o vídeo. “Viralizar foi um grande desafio para nós, pois foi a primeira vez que trabalhamos um vídeo com essa intenção. Podemos dizer que os resultados foram bem além das expectativas, pois no Facebook eles superaram em 297% a nossa meta, enquanto que no YouTube excederam em 55%”.


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ARTIGO

Estudos e Pesquisa

Auxiliando agências nos processos criativos Nesta edição, vamos abordar como as técnicas de pesquisa podem servir para auxiliar no processo criativo das agências. Mesmo que muitos ainda pensem que pesquisa é uma atividade exclusiva do marketing, deve-se notar que nenhum processo de comunicação profissional pode prescindir de um projeto de pesquisa. Para que as decisões sobre os conceitos criativos que vão inspirar o processo de elaboração de materiais de comunicação tenham um mínimo de segurança quanto à aceitação e entendimento do target da campanha, devemos promover estudos próprios como “avaliação de conceitos” e “testes de campanha”. Avaliação de conceito No planejamento, desenvolvem-se muitas “promessas” ao consumidor e a pesquisa pode ajudar na seleção da promessa mais adequada, que melhor vai impressionar o público alvo. Nas avaliações de conceito geralmente procuramos as seguintes informações: • Como o consumidor reage em relação à promessa apresentada; • Qual a credibilidade da promessa; • Quais são os bloqueios que podem surgir; • Quais são as motivações que se manifestam; Os Grupos Focais e as Entrevistas em Profundidade são as técnicas mais utilizadas para a análise de conceitos. Quando nos valemos dos Grupos Focais, é importante que sejam montados grupos de pessoas que tenham características demográficas semelhantes (procurando sempre participantes que façam parte do público alvo da campanha), mas também que possam ter opiniões divergentes para enriquecer a discussão. Estimular as divergências é um dos papéis mais importantes do moderador.

Neste caso, o moderador apresenta ao grupo peças escolhidas por representar os conceitos criativos que estão sendo estudados e inicia a discussão sobre os detalhes. Já no caso das Entrevistas em Profundidade, o entrevistador pode investigar com maior detalhamento as opiniões de cada entrevistado, mostrando as peças escolhidas e pedindo que o entrevistado expresse sua impressão sobre as mesmas. Pré-testes de campanhas Uma campanha eficiente deve atender à todos os objetivos de comunicação que inspiraram a sua criação. Os pré-testes são usados para eliminar dúvidas sobre a criação e verificar se ela atende à todos os requisitos estabelecidos no planejamento. O que pode ser avaliado nos pré-testes de campanhas: BLOQUEIOS: Um modelo mal escolhido, uma música inapropriada para o público alvo, um apelo que traga recordações negativas, etc. podem causar bloqueios na comunicação. IMPACTO: A capacidade que uma campanha tem de se destacar das outras no momento de sua implementação e ativar os mecanismos sensoriais do público alvo, permitindo sua percepção e memorização. ESTRATÉGIA CRIATIVA: A estratégia criativa de uma campanha pode ser avaliada pela aceitação ou rejeição, pela percepção, memorização ou decodificação dos seus elementos. IMAGEM TRANSMITIDA: A campanha está transmitindo a real imagem do produto e/ou da marca? Em cada um destes estudos, muito se absorve de informação para que o processo criativo tenha um índice de assertividade alto e realmente alcance os objetivos de comunicação. Fonte referencial: COTRIM, Sergio P. de Queiroz. Contato Imediato com Pesquisa de Propaganda. São Paulo: Global, 1988

No planejamento, desenvolvem-se muitas “promessas” ao consumidor e a pesquisa pode ajudar na seleção da promessa mais adequada

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Roberto Malacrida Publicitário e consultor de marketing, é mestre em Comunicação Social com pós-graduação em Administração de Marketing. Foi executivo da Volkswagen e da Ipsos/Alfacom e atualmente é professor dos cursos de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Atua ainda como Consultor na área e pesquisa mercadológica da Agência Integrada de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.


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MATÉRIA

Dirigente de Marketing Por Thamires Bonaparte

Nesta edição, conversamos com Paula Vieira Regina, Dirigente de Marketing do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, um complexo de saúde inaugurado há mais de 61 anos em Santo André. O nome do hospital foi uma homenagem ao Dr. Christóvão da Gama, um dos primeiros médicos a clinicar na região. No início eram quarenta leitos com três enfermeiras, além de atendentes e exames laboratoriais que eram encaminhados para São Paulo. Atualmente, o HMCG conta com 199 leitos de internação, Pronto Socorro Adulto, Pediátrico, Ortopédico e Ginecológico, Maternidade, Unidade de Terapia Intensiva para adultos e crianças, Neonatal e o mais bem equipado centro de diagnóstico por imagem, além de serviços de Ressonância Magnética e Hemodinâmica. É um complexo de saúde privado que atende pacientes particulares e aproximadamente 70 convênios médicos. Leia na entrevista abaixo como funciona o setor de marketing do hospital: O ABC da Comunicação: O HMCG trabalha com mais de uma agência? Existe uma house dentro da companhia? Paula Vieira Regina - Boa parte dos projetos é desenvolvida internamente. O Departamento de Marketing se reporta diretamente ao Superintendente da Instituição. A área responde pelo planejamento de marketing, comunicação corporativa e assessoria de imprensa, que é terceirizada. Quando existe a necessidade, abrimos concorrência para as agências da região. Como são as ações de marketing realizadas pela empresa? P - Quando entrei na área hospita54

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lar, há vinte anos, eram cerca de três hospitais em São Paulo que estavam começando a estruturar seus departamentos. O marketing era visto com certa desconfiança, um tabu. Divulgar os serviços de um hospital era considerado antiético. Atualmente a coisa mudou, o mercado amadureceu e entendeu que existe espaço para se trabalhar o marketing hospitalar de forma ética e diferenciada. Com fatores como a concorrência acirrada, consumidores mais exigentes e informados, nível de tecnologia e arquitetura hospitalar semelhante, temos que buscar novas formas de agregar valor. O caminho é permear o marketing em todas as áreas do Hospital. Nossas ações são alinhadas ao planejamento estratégico e para cada público: colaboradores, pacientes e familiares, médicos e operadoras. São criadas estratégias com foco no marketing de relacionamento e com o olhar que permita vivenciar a marca. Como citei, cada público tem suas ações específicas. Por exemplo, as ações de endomarketing são alinhadas com o setor de recursos humanos. São realizados eventos em datas comemorativas, integração da família no ambiente hospitalar nas palestras, treinamento, uso de ferramentas como intranet, email marketing, informativos, entre outros. Fazemos campanhas institucionais que falam do hospital e de seu atendimento, mas buscamos sempre uma forma diferente de dizer isso. Entendemos que o que sustenta a marca é relacionamento com cada público. As redes sociais, eventos de prevenção à saúde e ações na comunidade nos deixam mais próximos dos nossos clientes. Recentemente, lançamos junto com o Serviço Social do HMCG uma campanha de arrecadação de doações para as vítimas de

Paula Vieira Regina - Foto: Divulgação

Minas Gerais. Em quatro dias de campanha, utilizando as redes sociais, arrecadamos quatro toneladas de doações que foram encaminhadas para o estado mineiro. Qual o principal posicionamento que o hospital busca junto ao mercado e como são feitos os procedimentos com relação à isso? P - O posicionamento do Hospital foi baseado em planejamento e objetivos claros, além de respeitar a cultura da organização, sua missão, visão e valores, bem como conhecer os diversos públicos e seus anseios, o mercado e a concorrência. E, por fim, respondemos a duas perguntas: como quero ser reconhecido? E quais são os meus pontos fortes? Nosso posicionamento é percebido pelo nosso público e pela mídia, e tem como vantagem estratégica a tradição e a confiança na mar-


ca que passa de geração a geração. Nosso foco é no atendimento de excelência, humanização e tecnologia.

que tivemos sim, nestes últimos cinco anos, com o fechamento de hospitais na região, foi um aumento por volta de 40.000 atendimentos. Isso fez com que o Hospital investisse em sua ampliação, bem como em recursos tecnológicos. Nossas campanhas são regionais.

Quais são as principais mídias utilizadas pelo Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama? P - Neste ano os principais canais de comunicação para campanha institucional foram mídia impressa (jornais e revistas) e digital. Quanto tempo, em média, se leva até um anúncio ser veiculado conforme o planejamento de vocês? P - Uma vez definido e aprovado o planejamento, o processo de veiculação do anúncio é rápido. Por ser um hospital sediado no Grande ABC, qual a diferença de público que vocês sentem em relação a outras cidades? Existe alguma campanha voltada para o público da região em específico? P - Não vemos diferença no perfil do público do ABC e outras cidades. O

“Entendemos que o que sustenta a marca é relacionamento com cada público. As redes sociais, eventos de prevenção à saúde e ações na comunidade nos deixam mais próximos dos nossos clientes”

As ações passam por fases de aprovação até seguirem para a veiculação? Qual o cuidado com as campanhas? P - Toda campanha é previamente validada pela diretoria técnica do Hospital. É importante saber que, no segmento de saúde, as ações de marketing devem mais sutis, pois são reguladas pela Codame (Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do Cremesp), que impedem algumas estratégias de comunicação e marketing que são comumente usadas em outros segmentos. Esse é um órgão importante que controla a ética em casos de publicidade médica.

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ARTIGO

Criatividade

O mundo já respeita o publicitário. Agora só faltam nossos pais...

Há 20 anos, o vestibular de publicidade e propaganda estava entre os mais procurados pelos jovens brasileiros, pareado com medicina. Para se ter ideia, nos dez anos seguintes esse número se consolidava. Em 2005, por exemplo, ele foi o segundo curso mais disputado na Fuvest, tendo 56 candidatos por vaga. Muitos prêmios na área; mercado nacional em expansão, ávido por mentes criativas; mídias e roteiros menos caretas; marcas de cigarros faziam campanhas milionárias e a propaganda ia virando sinônimo da profissão dos descolados. No Grande ABC, somente a Universidade Metodista oferecia esse curso superior. Até que, em outubro de 1995, o jornal O Diário do Grande ABC dava uma notinha em que o tradicional IMES – Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul, ofereceria o curso de Comunicação Social, com ênfase em publicidade e propaganda, já para o ano seguinte. Era o início também da minha história. Embora eu tenha prestado diversas universidades, ter passado com boa colocação no IMES me animou. Mal sabia que seríamos uma espécie de cobaias dentro de um espaço criado e destinado para economistas, administradores e contadores, que, aliás, era a essência daquele Instituto, que nasceu para servir principalmente à grande demanda que vinha da General Motors. A internet engatinhava, lembro perfeitamente do globinho que ficava girando na tela enquanto o barulho da internet discada tentava se conectar. Scanner era de mão. Usávamos ainda máquinas com filmes, tínhamos que esperar revelar as 12 poses pra saber se o trabalho havia ficado bom. Professores mais ousados fumavam dentro da sala de aula, as matérias eram ampliadas num projetor de transparências e nós usávamos cadernos e os mais modernos, gravadores, obviamente com autorização previa do professor. Nos carros, toca-fitas. No mercado, as grandes agências brasileiras ainda não tinham se fundido com as internacionais. Propagandas politicamente incorretas, uso do photoshop como novidade e nossos estagiários ainda

eram chamados de lava-pincel. Na TV, os atores podiam beber a cerveja no comercial, a MTV era emissora de videoclipes e a Globo reinava sem os canais fechados, a internet e o Netflix. A revista Playboy vendia fotos de mulheres nuas, veja que coisa. De aluna, que entrou no Instituto Superior aos 17 anos à professora e gestora do curso de uma universidade, aos 37, faço uma breve reflexão destas duas décadas com certa alegria. A tecnologia tirou emprego do lava-pincel, mas em compensação deu oportunidades para a moçada do social media. Se antes falávamos com a massa, hoje conseguimos ser mais diretos, desperdiçando menos recursos e energia. Com mais métricas, podemos ser mais assertivos com nossos clientes. A ética e os padrões nos fizeram mais sensatos. A internet deu voz e vez a outros criativos e isso faz o profissional de publicidade se coçar. É preciso ter mais bagagem cultural e estratégia pra oferecer algo relevante e diferenciado no mercado. Recado inclusive para nós professores e gestores, que precisamos nos moldar cada vez mais rápido às novidades pra acompanhar uma geração de alunos que aprendeu a usar o touch das telas na maternidade. A propaganda no Brasil se profissionalizou e isso só pode ser uma boa notícia. Exemplo recente disso é a venda bilionária do Grupo ABC, de Nizan Guanaes, para a DDB Worldwide, subsidiária do Grupo Omnicom por cerca de 1 bilhão de reais. Já não fazemos parte da profissão dos poetas e boêmios mal-sucedidos. O mundo nos respeita, agora só precisamos conquistar nossos pais que ainda não entenderam o que fazemos. O que permanece igual nestes 20 anos são os sonhos dos entrantes. O brilho nos olhos com os cases dos mais experientes e a singela expectativa de mudar o mundo que todo universitário carrega. Afinal, estudar propaganda é poder oferecer o direito de escolha ao consumidor. É falar a mesma coisa de maneira diferente. É terminar os estudos tendo a certeza que uma campanha bem feita pode mudar o mundo sim. Ok, isso pode ser um pouco presunçoso, mas se nós publicitários não nos vendermos bem, quem irá nos comprar, não é mesmo?

De aluna da primeira turma à gestora, eu sou testemunha ocular das principais mudanças nestes 20 anos

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Luciana Patara Formada em Comunicação Social e Mestra em criatividade, a redatora Luciana Patara atua na área há 17 anos. Depois de se formar, fez um ano sabático no qual morou na Itália e fez mochilão, conhecendo mais de 50 lugares. Foi Secretária de Comunicação da Prefeitura de SCS e atualmente retoma as atividades da sua agência, a Comunicação Brasil. Paralelamente, leciona aulas de Criatividade, Comunicação e Expressão e Redação para novas mídias na universidade Municipal de São Caetano do Sul, USCS.


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ARTIGO

Tendência e Inovação Segundo o diagrama, a rede centralizada é o modelo industrial onde numa empresa tudo girava em torno de um chefe,

Viver e empreender em rede

um único líder. Com o tempo surgiu o modelo descentralizado, onde não há centro e os pontos se conectam entre si. Em uma empresa esse é o modelo com um responsável por cada área: diretor de marketing, de vendas, financeiro, e assim por diante. O modelo da teoria em rede representa o terceiro desenho, onde os pontos estão interligados porém distribuídos, ou seja, não há um centro e as pessoas estão diretamente conectadas umas às outras. As redes são terrenos férteis para a multi-liderança e nunca

Se o conceito de rede não tivesse começado a ser difundi-

para uma liderança única. Quando há apenas um líder, há

do há bastante tempo, poderíamos até supor que a instabili-

centralização, o oposto do que prevê uma estrutura de rede.

dade econômica do Brasil e muitos profissionais insatisfeitos

Trabalhar em rede dá mais liberdade de pensamento, mais

com o modelo convencional de trabalho ou com os seus em-

igualdade entre os profissionais, e amplia o campo de possi-

pregos, seriam fortes motivadores do surgimento por aqui da

bilidades de criar soluções variadas e para vários propósitos

economia colaborativa e do trabalho em rede.

sem algum tipo de censura. Trabalhar em rede significa estar

Há um grande movimento acontecendo por meio do senso

em constante movimento.

de comunidade, de pertencimento a movimentos. As pesso-

Estamos todos emaranhados. Isto é rede. É com esta defi-

as tem buscado causas que possam demonstrar seu jeito de

nição que Augusto de Franco, um dos pioneiros do conceito

pensar e seus valores. As conexões, antes entre amigos de longa data, passaram a acontecer entre desconhecidos que possuem em comum algum tipo de afinidade. E quando pessoas comuns aproximam-se de outras pois há um propósito comum, elas realizam seu objetivo coletivamente. Quando falamos em realizar objetivos, pode ser desde uma viagem para um destino no qual muitos gostariam de ir, até trabalhar juntos de forma co-

de redes, inicia a sua explicação sobre

Estamos todos emaranhados. Isto é rede. É com esta definição que Augusto de Franco, um dos pioneiros do conceito de redes, inicia a sua explicação sobre este movimento que ganha mais força a cada dia que se passa

laborativa com objetivo de realizar um

este movimento que ganha mais força a cada dia que se passa. Uau! Quanta teoria. Que quebra de paradigma! Mas a rede é assim: dá liberdade e requer uma grande mudança de pensamento, já que em rede ninguém é dono de uma ideia, é mais importante do que o outro ou tem um objetivo individual a ser alcançado. Na rede tudo é de todos, compartilhado. Na rede existe o nós e não o eu. Muitas redes têm surgido e muitos em-

determinado propósito ou alcançar uma determinada meta.

preendedores se beneficiado deste modelo para conhecer

E aqui está a essência do trabalho em rede: muitas pesso-

novos profissionais e pontos de vista. Redes geram network

as juntas trabalhando de forma colaborativa por um único

e troca, onde cada um doa o seu melhor. Ah, mas isso tudo

propósito. Sem hierarquias, sem muitas leis que engessam

não dá dinheiro? Sim! Desde que todos de uma rede tenham

processos e podam processos criativos, sem um núcleo. Na

o mesmo propósito e se disponibilizem a construir juntos,

rede não há centralização nem descentralização. Na rede há

mas isso é assunto para um outro artigo, já que em uma pá-

distribuição. Isto é bem explicado pelo diagrama de Baran:

gina tudo o que é possível é fazer uma breve introdução sobre um tema repleto de detalhes e de muitas curiosidades interessantes!

Ana Del Mar Ana Del Mar é social da Omelete Inteligência Integrada, formada em Economia na Faap com especialização em branding e comportamento do consumidor pela The Marketing Academy de Londres. Atuou na area de marketing da Unilever Brasil e The Coca-Cola Company, e liderou a area de planejamento estratégico de agências como B/Ferraz, Momentum Worldwide e Aktuell, entre outras. ana.del.mar@omeleteinteligencia.com.br

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QUEM LÊ?

Sempre acompanho tanto o site quanto a revista O ABC da Comunicação. É um veículo de extrema importância para quem trabalha com marketing e comunicação, pois conseguimos nos informar sobre o que ocorre de mais importante no setor

Rafaela Padrão, Supervisora de Marketing da Incorporadora Patriani

DISTRIBUIÇÃO Onde encontrar a Revista O ABC da Comunicação: Berlin Costelaria | Estação Leopoldina | Padaria Kennedy Livraria Leitura Golden Square Shopping | Super Banca Associações / Entidades que recebem a revista: APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) Sinapro (Sindicato das Agências de Propagada) Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) Abadi (Associação Brasileira de Agentes Digitais) Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) Ampro (Associação de Marketing Promocional) Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos) Apas (Associação Paulista de Supermercados) Abrafoto (Associação Brasileira de Fotógrafos Profissionais) Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) Abeoc (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) CCSP (Clube de Criação de São Paulo) Central de Outdoor Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) ABMOOH (Associação Brasileira de Mídia Out of Home) ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura)

Players da Comunicação: Agências no ABC: 230 Agências em São Paulo: 150 Empresas: 300 Veículos de Comunicação: 150

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ARTIGO

Marketing Político

campanhas petistas. É o ambiente da política nacional interferindo diretamente nas campanhas municipais. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin vem protagonizando negativamente o noticiário na mídia com as idas e vindas do Plano de Reorganização da Educação no estado. Uma comprovada inabilidade de comunicação desde o início pôs todo o plano a se perder pelo caminho. O tal projeto pode até ser bom e proveitoso, mas foi anunciado de maneira abrupta e despreparada, tendo como ponto principal um suposto fechamento de escolas. Será que Geraldo Alckmin vai ficar conhecido como o governador que quer fechar escolas? Pois é, No final de 2015, em uma mesma semana, tivemos isso é o que está acontecendo. A falta de planejamento o anúncio de que as próximas eleições no Brasil não de comunicação, nesse caso, gerou revolta, protestos utilizarão as urnas eletrônicas, de que o presidente do e conflitos de “estudantes” com policiais, que culminou congresso aceitou o pedido de impeachment contra a com o recuo do governador e a demissão do Secretário presidente Dilma e de que o governador de São Paulo teve de Educação do Estado. Sempre é bom lembrar que que suspender o plano de reorganização da educação no marketing político não acontece apenas durante as estado por conta de protestos em portas de escola. Uma eleições, mas também – e muito - durante a gestão, semana bem agitada no ponto de vista político e eleitoral. inclusive para potencializar as Surgiram três assuntos de alta ações a favor do governo, e relevância que indicam pontos “No marketing político, é preciso não o contrário. muito interessantes para o E, para finalizar, o retorno ler as entrelinhas para não trabalho de comunicação e do voto nas cédulas de papel marketing. cometer erros de avaliação e, Uma das coisas que aprendi posteriormente, de estratégia” projeta algumas alterações em estratégias de campanha em quase 15 anos trabalhando eleitoral. Na cédula, não nessa área é que devemos aparecerá a foto do candidato. O número do candidato prestar atenção no ambiente da política como um todo, poderá deixar de ter mais importância do que o nome, compreendendo as mudanças, os sinais e projetando como acontece na votação eletrônica. As possibilidades as próximas eleições. No marketing político, é preciso de anular o voto crescerão em quantidade e conteúdo, ler as entrelinhas para não cometer erros de avaliação e, além de que, na opinião de muitos, as possibilidades de posteriormente, de estratégia. fraude eleitoral diminuirão bastante. Atentos, marqueteiros! A abertura do processo de impeachment, se não Agora é se preparar e aguardar o que ainda vem pela representa um caráter prático para solucionar a difícil frente até as eleições municipais. situação do país, pelo menos pode ser encarada como

Impeachment, voto em papel e protestos em escolas: atentos, marqueteiros!

um emblema da oposição em nível nacional, que pode resultar no desgaste da imagem institucional do partido que governa o Brasil (PT). Ao redor desse processo, as alianças da oposição ganham força ao mesmo peso em que os “apoiadores” do governo tendem a se afastar da figura da presidente Dilma Rousseff. Com as eleições municipais chegando, todo esse resíduo desgastante que envolve o processo de impeachment pode entregar de bandeja novos argumentos de campanha para os opositores do PT e, em contrapartida, exigir mais trabalho e criatividade para os marqueteiros que vão trabalhar nas 60

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Evandro Gallão • Publicitário, Pós-graduado em Práticas Docentes para o Ensino Superior, Mestrando em Comunicação Social • Professor de Planejamento de Campanha e Mídia nos cursos de Publicidade e Propaganda e Comunicação Mercadológica da UMESP - Universidade Metodista de São Paulo • Professor de Pós Graduação no módulo Marketing Político e Eleitoral na Universidade Mackenzie • Consultor da AGICOM nas áreas de Planejamento de Campanha e Mídia • Sócio-diretor da MarketMidia Propaganda e da Mister Jingles Produtora de Áudio Profissional • Músico, cantor e compositor de jingles políticos e comerciais • Consultor de Marketing Político e Eleitoral há 12 anos. evandro@oabcdacomunicacao.com.br


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MÍDIA E DADOS

Poucos meses depois, a empresa tem Após poucos meses de fundação, a dez vezes este número. “Atualmente, Redemidia.TV, empresa especializaa Redemidia.TV tem 50 telas em Sanda em mídia out of home, se tornou a to André e São Bernardo do Campo, número um do ABC. Para explicar mecom informação e publicidade sendo lhor o sucesso, é necesssário entender veiculadas. São cerca de dois milhões o contexto em que vivemos. No Brasil, de pessoas impactadas por mês”, de60% dos jovens entre 15 e 24 anos talha Carlos Balladas, que também é são nativos digitais, fato que coloca o presidente da Associação dos Jornais taca ele. A qualidade da informação é país em quarto lugar no ranking mundo Interior do Estado de São Paulo (AD- outra característica da Redemidia. “Redial neste quesito. Ou seja, 20 milhões JORI-SP). O jornalista ainda comanda o solvemos investir em mídia out of home de pessoas que dominam de maneira jornal Ponto Final e a revista Dia Melhor. porque ela não é somente uma mídia, intuitiva a internet e os aparelhos que O visível sucesso se embasa no po- ela também transmite conteúdo relevanmanipulam estão consumindo informatencial de impactar um público variado te. Prestamos serviços com informação ção, primordialmente, por intermédio com facilidades aos anunciantes. “Tra- instantânea e interação com a internet de mídias digitais. E este número está balhamos com nosso próprio software, por meio de importantes portais que nos crescendo... e isso é um diferencial importante, pois enviam conteúdo. Temos parceria com A extinção dos veículos impressos é se converte num custo operacional sites como UOL, Terra, G1 e IG”, diz. A profetizada desde a chegada da intermais baixo em relação ao mercado, o tecnologia joga à favor neste quesito: net e, comumente, é associada ao fim que, por sua vez, é refletido no preço pelo sistema da Redemidia.TV, todas do jornalismo. Para Carlos Balladas, sódos comerciais, nos dando margem as telas são controladas por meio da cio da Redemidia.TV, com mais de 40 para trabalhar com valores extrema- internet. “Em breve iremos gerar conteanos de experiência na área de comunicação e atuação em importanúdo local, estamos ajustando tes jornais, o dito fim é exageisso. Nosso plano de negó“Trabalhamos com nosso próprio rado. “O veículo impresso está cios inclui, ainda, expandir software, e isso é um diferencial migrando para as plataformas para além da região por meio importante, nos dá margem para digitais, que são os computade franquias. Isso acontecerá trabalhar com valores extremamente dores, notebooks, tablets e ceem meados de 2016. Já focompetitivos” lulares. Hoje, as pessoas lêem mos procurados por empresas jornais, blogs, tudo pelo celuinteressadas em fazer negómente competitivos”, conta Balladas. cios. Apenas estamos em processo de lar, ou seja, o jornalismo não vai acabar, Hoje, a Redemidia. TV conta com 35 formatação da franquia, privilegiando mas as plataformas são outras. A notíanunciantes, entre eles grandes marcas o profissionalismo e o cuidado com o cia sempre existirá, e os indivíduos que como Singular-Anglo, Colégio Objetivo, objetivo de oferecer segua decodificam, ou seja, os jornalistas, Bosch, Prefeitura de Santo André, entre rança e sucesso ao também. O que muda é a forma como a outros. “Pretendemos terminar o ano de franqueado”, informação é transmitida”, explica. 2016 com 200 telas no ABC, uma vez a n t e c i p a Balladas aposta nesta migração. que o cenário para isso é otimista e Balladas. Ao lado de Caio Souza, formado em nossa mídia incorpora clientes que vão Administração de Empresas com esdesde lojas de bairro até campanhas pecialização em Tecnologia da Infornacionais, que faz da TV indoor mação (TI), ele fundou a Redemidia. uma mídia extremamente TV, que trabalha com a mídia democrática”, out of home, utilizando desTVs indoor em uma primeira etapa da empresa. A empreitada teve início em julho deste ano, com cinco telas em pontos de grande movimento na cidade de Santo André. 62

O ABCdaComunicação

Pontos nos comércios - Fotos: Divulgação

Fundada no Grande ABC, Redemidia.TV cresce cada vez mais e conquista mercado


AGENDA JAN

FEV

MAR

Salão de Design e Inovação de Materiais

Feira do Empreendedor

3º Congresso Brasileiro de Supply Chain & Logística

Quando: 11 e 12/01/2016, das 9h às 19h Onde: Centro de Convenções Frei Caneca Informações: www.inspiramais.com.br

Quando: 20 a 23/02/2016, das 10h às 21h Onde: Pavilhão de Exposições Anhembi Informações: feiradoempreendedor.sebraesp.com.br

Quando: 07 a 08/03/2016, às 7h ou às 22h Onde: Hotel Tivoli São Paulo Informações: sclsummitbrazil.com/pt

JAN

FEV

MAR

Campus Party Brasil

Encontro do Setor de Feiras e Eventos 2016

World Travel Market Latin America

Quando: 23/02/2016, a partir das 8h Onde: World Trade Center São Paulo, a partir das 8h Informações: www.esfe.com.br

Quando: 29 a 31/03/2016, das 12h às 20h Onde: Expo Center Norte Informações: www.wtmlatinamerica.com

Quando: 26 a 31/01/2016, das 12h às 12h Onde: Centro de Exposições Anhembi Informações: brasil.campus-party.org

GIRO ABC

Gax Brasil | Ilustraria 3D | Meg Up | Bueno Br.

Gax Brasil organiza evento de lançamento da Fortygar by Claudia Raia A Gax Brasil, com sede em São Caetano do Sul, conquistou recentemente a conta da Fortygar. O primeiro job incluiu a organização do evento de lançamento dos produtos da mais nova linha da marca HTPro Nutrition, voltada exclusivamente para o público feminino. O evento foi sediado no roof top do Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, São Paulo. A atriz Claudia Raia foi responsável por apresentar a linha. A Gax ainda é responsável por atualizar as redes sociais da Fortygar. Ilustraria 3D lança “Viva 2016”, animação sobre a rotina publicitária No fim deste ano, a Ilustraria 3D criou uma animação para incentivar a reflexão dos profissionais da área. “Viva

2016” foi realizado em Stop Motion e mostra o dia a dia de um publicitário que trabalha no Natal, no Carnaval, na Páscoa e em todos os feriados do ano, rotina muito conhecida por diversos outros profissionais, sejam eles da comunicação ou não. O filme levou cerca de um mês e meio para tomar forma, contando com todas as etapas da criação, como concept, storyboard, modelagem 3D de personagens e objetos, texturização, iluminação, renderização, animação, edição e mixagem. Meg Up organiza festa com tema havaiano para a CLM A Meg Up Propaganda, com sede em Santo André, foi responsável por organizar uma mega festa de fim de ano para os funcionários da CLM Gestão em Saúde, uma das clientes da agência. O evento aconteceu no Buffet Cedrom, que fica no Butantã. O tema

escolhido para a festa foi o havaiano. A Meg Up ficou a cargo de toda a área criativa com peças exclusivas para o evento, bem como a parte de assessoria. Bueno br. faz cenografia da festa do Polo Design Center Em dezembro, o Polo Design Center realizou uma festa no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo. Além de homenagear os Destaques do Ano, o evento celebrou os 15 anos da Associação. Com o tema O Fantástico Mundo da Criatividade, a festa teve cenografia assinada pela Bueno Br. e a decoração por Fabio Galluzi. A organização do evento pensou em cada detalhe com o objetivo de surpreender a todos. “Esse evento marca o encerramento do ano. Nossa festa foi muito esperada por todos”, explica Erica Lorca, diretora de marketing. O ABCdaComunicação

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FORNECEDORES

3S Camisetas Personalizadas & Brindes Promocionais A 3S é uma empresa especializada em camisetas promocionais, uniformes, brindes, sacolas em TNT, lixeiras de carro e produtos especiais para ocasiões sazonais e comemorativas. Idealizada por Mariane Moral, a 3S surgiu de uma percepção. “Percebi a necessidade de algo nesse sentido, porque sempre que buscava brindes interessantes e com preços acessíveis só encontrava as mesmas coisas. Também nunca havia uma opção de quantidade menor, somente no atacado”, lembrou ela. Mariana é estudante de Design de Moda. “Quando comecei a estudar as opções de estamparia, achei o silk uma opção de qualidade, além de ser um material durável e com baixo custo que pode ser aplicado em inúmeras opções”, disse. Os produtos são feitos com serigrafia para personalizar camisetas, sacolas em TNT, lixeiras para carros, mochilas saco de TNT, ecobags de algodão, embalagens para presentes confeccionadas em TNT/tecido; malotes, sacos de organização e outros. A serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. A tela, normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em quadro de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de 64

O ABCdaComunicação

“Percebi a necessidade de algo nesse sentido, porque sempre que buscava brindes interessantes e com preços acessíveis só encontrava as mesmas coisas. Também nunca havia uma opção de quantidade menor, somente no atacado” Fotos: Mariane Moral

luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta à luz. Todo o processo fica impecável e extremamente personalizado, sendo uma boa opção para eventos ou brindes empresariais. A 3S, com sede em Santo An-

dré, já confeccionou produtos para empresas como Kiip, Unidade do Águias do Clube de Desbravadores de Novo Horizonte, TMG, Vick Modas e Mabel Consult. Para saber detalhes, envie um e-mail para brindes3s@hotmail.com ou entre em contato pelo WhatsApp através do número (11) 964949677. Também curta a página da empresa na rede social: www.facebook.com/3sbrindes


BIBLIOTECA

Do Marketing Promocional ao Live Marketing Below é a PQP, como diz Victor Oliva O Livro de de Tony Coelho, foi pensado inicialmente para contar sobre a história do profissional. Com o tempo, a obra foi ganhando corpo com os conteúdos de sua coluna Promocitários, publicada pelo Promoview, que traz informações sobre clientes, mercado, profissionais e formação, além de falar sobre a trajetória dos principais ídolos do autor dentro do Live Marketing; a história da AMPRO; e previsões bem humoradas para o mercado até 2020. Além de especialista e empresário do Live Marketing, Tony Coelho é também Professor de Língua Portuguesa e Literatura e fundador do primeiro curso de formação e especialização em Live Marketing do país.

HUMOR

OS ODIADOS

Cartunista: Mario Mastrotti | mastrotticaricaturas.blogspot.com.br O ABCdaComunicação

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ARTIGO

Criação e Mercado

inclusive) dizendo, a cada vez que são apresentadas aos cenários de crise: “Parece que você está querendo que ocorra uma tragédia!” Pois bem! Issue management não é mau agouro, não é coisa para gente ansiosa, não se trata de querer que os acidentes ocorram. É algo fundamental no planejamento estratégico de qualquer empresa. Então, sempre se pergunte quais são as possibilidades de crise no seu negócio. Na análise ambiental, dê espaço para os problemas que podem ocorrer. E, principalmente, fale com quem trabalha com você. Pergunte sempre quais problemas podem ser previstos. De nada adianta Alguns acontecimentos nos últimos meses foram muito ter um planejamento que só observe cenários estáveis. importantes para discutir uma questão essencial para A instabilidade faz parte de qualquer processo de todas as empresas: o gerenciamento de questões que crescimento, inclusive da sua vida. Já imaginou se você podem levar a crises. Sim, mais do que gerenciar crises, o não se preparasse para os incidentes? Jamais faria um bom planejamento estratégico inclui o gerenciamento das seguro de vida ou de automóvel, por exemplo. questões. Afinal, de que adianta ter que apagar o incêndio Então, reveja seu planejamento estratégico. Quais são quando o problema já ocorreu? as questões previstas que podem resultar em crise? Para Dois exemplos podem ser destacados para falarmos do cada análise, de mercado, do ambiente político-legal, do momento em que vivemos: a tragédia socioambiental de cenário econômico, da relação com as pessoas e com os Mariana, em Minas Gerais, e os atentados em Paris. fornecedores, imagine que sempre é possível algo virar No primeiro caso, embora a Samarco tenha uma grande crise. equipe de comunicação, as coisas Depois de mapeadas as foram atropeladas. Ninguém sabia possibilidades, imagine quais De nada adianta ter um exatamente o que tinha acontecido, devem ser as ações para que a empresa não foi clara quanto ao elas sejam controladas. Chame planejamento que só tamanho do acidente, a relação com observe cenários estáveis. a equipe, imagine o cenário, o poder público foi confusa. Afinal, o peça contribuições. Afinal, se A instabilidade faz parte que tinha ocorrido? Da mesma forma, você mantiver as crises com um de qualquer processo de departamento ou um profissional, a imprensa não sabia muito bem o que noticiar. Só depois de muito crescimento, inclusive da também não vai adiantar nada. tempo houve uma certa organização Num momento de stress, todas as sua vida. da comunicação. Mas fica claro que, pessoas devem saber o que fazer. para a gestão estratégica da empresa, Seja um acidente ambiental, seja uma tragédia como aquela não estava entre os problemas um problema político, na hora da crise, os discursos e as mapeados para serem gerenciados. Pelo menos não ações devem ser unificados. Mais do que nunca, todos na totalmente. organização devem falar a mesma língua. Já no atentado de Paris, várias coisas foram muito E, da próxima vez que algo inesperado acontecer, mal gerenciadas, e outras foram muito bem resolvidas. mesmo que não esteja previsto nas questões observadas, Como eu já contei inúmeras vezes, eu estava no Stade sua equipe não vai ficar desesperada. de France. Tudo ocorreu da forma correta. Os atentados, que aconteceram fora do estádio, não foram comunicados Kleber Carrilho imediatamente para o público. O jogo continuou, os portões foram controlados e, o mais importante, houve Kleber Carrilho é doutor e mestre em organização na saída. Ficou claro que a equipe do estádio Comunicação Social, professor dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Comunicação sabia exatamente o que fazer num caso como esse. Ou Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo e de pós-graduação em Gestão de pelo menos sabia muito bem para quem pedir informações, Comunicação e Marketing da ECA/USP, pesquisador do CEACOM/ECA/USP e consultor quem deveria gerenciar a crise. da MHYanaze & Associados. E por que estou falando disso? Porque, em geral, a gente kleber@oabcdacomunicacao.com.br Foto: Jo Rabelo deixa as questões de crise de lado. Já vi pessoas (executivos

Como você gerencia os problemas e as crises – issue management

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