ENTREVISTA Vera Melo, licenciada em Educação Social pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria. Educadora na Olhar Poente ao Abrigo do Estágio L, com energia e vontade suficiente para implementar os Serviços de Apoio Social prestados à comunidade educativa.
Um Educador Social cuida, protege, mas também aprende com as pessoas. Vera Melo|Educadora Social
Porquê a escolha da área social? Na altura de escolher o curso existia uma panóplia de escolhas. Deparei-me com Educação Social. Só o nome por si cativou-me a multiplicidade de públicos e situações com que poderia vir a trabalhar, fiquei interessada em ganhar as ferramentas para o colocar em prática. É um curso que permite trabalhar com crianças, adultos e idosos, nas diversas situações de vulnerabilidade, onde é utilizada a educação para promover a cidadania, emancipar e melhorar a qualidade de vida da pessoa, trabalhando numa perspetiva inclusiva.
der que dentro destes temas estamos todos a falar de pessoas. Pessoas essas que são seres únicos e individuais. Há que reeducar a população/comunidade. Devemos considerar a diversidade cultural como algo enriquecedor, pois a mesma refere-se à relação entre pessoas de culturas diferentes, levando a uma oportunidade de crescimento cultural de cada um.
Como avalia a experiência na Olhar Poente? Estando inserida na Olhar Poente através do programa Estagiar L, deparei-me com uma experiência enriquecedora ao nível dos desafios com os quais me deparo no dia-a-dia. Estou em constante aprendizagem. E acredito que a minha atitude profissional ficou mais enriquecida desde que aqui estou, quer pela cooperação entre colegas, quer pelas propostas desafiantes do Projeto Educativo ou ainda pela diversidade do público alvo com o qual exerço a minha função. Um Educador Social cuida, protege, mas também aprende com as pessoas. Durante o curso universitário ouvi muito o famoso provérbio “Não dê o peixe, ensine a pescar”. Em grande parte, é assim que tento colocar em prática o meu trabalho que é, maioritariamente, com as crianças do ARTE e CATL. Eles serão os adultos do “amanhã”.
Minorias, Diversidade e Educação Intercultural. Que valor dá a estas definições? São temas muito sensíveis e que têm vindo a ser discutidos cada vez mais. Digo sensíveis porque muitas mentalidades ainda não pretendem enten-
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