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Emerson Paim CEO do Kubinga e Empreendedor
“Estamos em constante evolução, temos a oportunidade de melhorar todos os dias. Esta é a regra de qualquer empreendedor de sucesso” “We are constantly evolving, we have the opportunity to improve every day. This is the rule of any successful entrepreneur” EDIÇÃO/EDITION:
ANGOLA
JULHO/JULY 2021
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A nossa empresa tem como visão melhorar a qualidade de vida dos Angolanos potenciando a criação de empregos de qualidade. Apoiamos PME’s e grandes empresas em temas como a melhoria da sua capacidade de execução e mudanças culturais e/ou organizacionais visando a dinamização dos seus negócios
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Índice
Table of Contents 56
Fórum África: A recuperação da economia africana pós-Pandemia
05 08 12 26 30
Forum Africa: The post-pandemic recovery Editorial: A importância de se ser resiliente Editorial: The importance of being resilient News Entrevista: Emerson Paim Interview: Emerson Paim Kimpovi Kimpovi Navegar na tempestade: O papel da Riding the Storm: The Role of Leadership Finy Ventures no Top 5% das Melhores PME de Portugal Finy Ventures in the Top 5% of the Best SMEs
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in Portugal
42
64 70
Entrevista: Luís Barroca Monteiro Interview: Luís Barroca Monteiro Empreendedorismo em Angola: Uma opção de carreira
72 74 78
Entrepreneurship in Angola: A career option Finanças de Angola com nota positiva Angola Finances on a positive note JuLaw JuLaw Angola com excedente de 1,7 mil milhões de euros graças à recuperação do petróleo Angola with a surplus of 1.7 billion euros
apoiar a recuperação pós-pandemia de África
thanks to oil recovery
post-pandemic recovery OKU HUMAN OKU HUMAN Sonangol deve avançar para as energias renováveis
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Priorities of post-Covid recovery in Africa
Arábia Saudita vai investir 1 bilião para Saudi to invest 1 bilion to support Africa’s
36
Prioridades da recuperação pós-Covid em África
Notícias
liderança
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of the African economy
Sonangol to move towards renewable energy Dossier Tendências económicas numa África pós-pandemia Economic trends in post-pandemic Africa File
80 82 86 90
SEIVA SEIVA Escolinha Criar e Crescer Escolinha Criar e Crescer Incubadoras e Aceleradoras de Startups Startup Incubators and Accelerators Agenda Calendar
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Luís Barroca Monteiro
Editor e CEO Finy Ventures
A importância de se ser resiliente The importance of being resilient
A palavra “resiliência” não fez parte do meu léxico
The word “resilience” has not been part of my
durante muito tempo. Bom, na verdade fez, eu é que
lexicon for a long time. Well actually it did but I
não sabia.
didn’t know.
Por definição, “a resiliência é a capacidade do indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, stresse, algum tipo de evento traumático, entre outros” (in Wikipédia). Sei, hoje, que sou muito resiliente. Talvez tenha sido por sempre ter praticado desporto, onde a competição nos obriga a lidar com os desafios impostos pelo adversário, que também nos quer vencer. Talvez tenha sido por adorar desportos náuticos, onde somos obrigados a lidar com a incerteza da natureza, talvez tenha sido porque tenho dificuldade em me conformar quando acredito no que defendo, ou no potencial do projeto, serviço ou produto, que a determinado momento da minha vida represento.
By definition, “resilience is the individual’s ability to deal with problems, adapt to change, overcome obstacles or resist the pressure of adverse situations - shock, stress, some type of traumatic event, among others” (in Wikipedia). Today I know that I am very resilient. Maybe because I have always played sports, where competition forces us to deal with the challenges imposed by the opponent, who also wants to win us. Maybe because I love water sports, where we are forced to deal with the uncertainty of nature, maybe because I have difficulty in conforming with what I believe and stand for, or with the potential of the project, service, or product, that I represent at a certain point in my life.
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Ao olhar para trás recordo-me de vários momentos
Looking back, I remember several moments in my
da minha vida, desde muito jovem, onde já lidava com
life, from a very young age, where I dealt with “the
“os problemas” de maneira diferente, sem me deixar
problems” in a different way, without letting myself
abalar ao ponto “de não haver retorno”, ou sem saber
be shaken to the point of “no return”, or without
que, mesmo quando nada havia a fazer, pelo menos
knowing that even when there was nothing to do at
aproveitava a aprendizagem que resultara daquele
least I enjoyed the learning that resulted from that
momento específico.
specific moment.
Sei, hoje, que quando dominamos um determinado
Today I know that when we master a certain topic
tema aprendemos, estamos atentos e acreditamos
we learn, pay attention, and believe in it, so that’s
no mesmo, então é quando a nossa resiliência
when our resilience is put to the test because,
é realmente posta à prova, pois, sobretudo quando
especially when we talk about entrepreneurship, it’s
falamos de empreendedorismo, é extremamente
extremely challenging to work hours, days, weeks,
desafiante trabalhar horas, dias, semanas, anos a fio
years on end without “taking the leap” to success.
sem que “se dê o salto” para o sucesso.
I know that only those who are truly resilient will be
Sei que só quem é realmente resiliente terá maior
more likely to feel the pleasure of having overcome
probabilidade de sentir o prazer de ter ultrapassado
all the adversities they encountered along the way.
todas as adversidades que encontrou pelo caminho.
More and more, resilience is a determining factor
Cada vez mais, a resiliência é um fator determinante
in the world we live in, with increasing competition,
no Mundo em que vivemos, com uma concorrência
with an increasingly shorter time-to-market, in a
cada vez maior, com um time-to-market cada vez mais
market that is no longer just our country.
curto, num mercado que já não é apenas o nosso país.
It is essential to have this ability to deal with
É fundamental termos essa capacidade para lidar
problems, adapt to change, overcome obstacles,
com os problemas, adaptarmo-nos às mudanças,
and resist pressure.
superar os obstáculos e resistir à pressão. E tu? És resiliente?
And what about you? Are you resilient?
FICHA TÉCNICA: Propriedade: Finy Ventures I NIF 514176806 I Morada: Rua dos Murças, N.º 71, 3.º Andar 9000-058 Funchal I Editor: Luís Barroca Monteiro COLABORAM NESTE NÚMERO: Victor Sales Gomes, Rosa Lutete Geremias, Henrique da Silva Pascoal, Daniela Rodrigues, Rosana Mascarenhas AGRADECIMENTOS: Emerson Paim, Luís Barroca Monteiro Publicação Isenta de Registo na ERC ao abrigo do Dec. Reg. 8/99 de 9/6 Art. 12º nº 1 - a)
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Fundo Soberano anuncia lucro de 74 milhões de dólares
Notícias News
O resultado líquido do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) caiu, em 2020, para 74,61 milhões de dólares, abaixo dos 233,70 milhões reportados em 2019, de acordo números do relatório e contas da instituição. De acordo com o documento, o valor do activo do Fundo passou para 2 953 milhões de dólares (contra 4 587 milhões em 2019) e o capital próprio para 2 243 milhões, diante dos 3 668 milhões registados no ano anterior.
Sovereign Fund announces profit of 74 million dollars The net result of the Sovereign Fund of Angola (FSDEA) fell, in 2020, to 74 . 6 1 m i l l i o n d o l l a r s , b e l o w the 233.7 million reported in 2019, according to figures in the institution’s report and accounts. According to the document, the value of the Fund’s assets rose to US$2,953 million (compared to US$4,587 million in 2019) and equity capital to US$2,243 million, compared to the US$3,668 million recorded in the previous year.
Contagem decrescente para o Metro de Superfície em Luanda O desenvolvimento de megacidades é um desafio global. As Nações Unidas recomendam que até 2030 os países implementem soluções para um crescimento urbano sustentável, cuja mobilidade seja mais amiga do ambiente. Para atingir este objetivo, Angola pretende lançar um Metro de Superfície em Luanda. O projeto começou a avançar nos últimos anos.
Countdown for Surface Metro in Luanda The development of megacities is a global challenge. The United Nations recommends that by 2030 countries implement solutions for sustainable urban growth, whose mobility is more environmentally friendly. To achieve this goal, Angola plans to launch a Surface Metro in Luanda. The project has started to advance in recent years.
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Lota vai permitir redução da poluição ambiental O ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco de Assis, considerou que a entrada em funcionamento da lota da Baía Farta vai permitir reduzir a poluição ambiental, sobretudo das praias da região de Benguela. A infraestrutura surge para desencorajar a venda de pescado, em condições que coloquem em causa a saúde humana e atentem contra o meio ambiente.
Fish market will allow for a reduction in environmental pollution The minister of Agriculture and Fisheries, António Francisco de Assis, considered that the entry into operation of the Baia Farta Fish market will make it possible to reduce environmental pollution, especially on the beaches in the Benguela region. The infrastructure was created to discourage the sale of fish, in conditions that jeopardize human health and harm the environment.
Fábrica “Palanca” inaugura linha da batata doce A fábrica de batata frita “Palanca”, localizada no município de Cacuso, na província de Malanje, inaugurou a sua linha de produção e embalagem, que usa a batata doce como matéria-prima. Com o início desta linha de produção, estima-se em cerca de 100 os novos postos de trabalho gerados a favor de jovens locais. O acto é visto como mais uma realização e manifestação de força dos empresários angolanos.
“Palanca” Factory Inaugurates Sweet Potato Line The “Palanca” French fries factory, located in the municipality of Cacuso, in the province of Malanje, inaugurated its production and packaging line, which uses sweet potatoes as a raw material. With the start of this production line, it is estimated that around 100 new jobs will be created in favor of local young people. The act is seen as another achievement and manifestation of strength by Angolan businessmen.
BNA define novas regras para melhorar transparência do sistema financeiro angolano O Banco Nacional de Angola (BNA) estabeleceu novas regras para adequar o sistema financeiro angolano aos padrões internacionais e definiu um novo enquadramento para regular a auditoria externa e a prestação de contas.
BNA defines new rules to improve transparency in the Angolan financial system The National Bank of Angola (BNA) established new rules to adapt the Angolan financial system to international standards and defined a new framework to regulate external audit and accountability.
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TAP reforça ligações a Luanda A transportadora aérea portuguesa TAP vai reforçar as ligações à capital angolana com um terceiro voo, que se vai manter até outubro. Excecionalmente, durante a altura em decorrerá acimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a TAP vai operar a terceira frequência ao domingo, para permitir o regresso desse tráfego.
TAP strengthens links to Luanda Portuguese air carrier TAP will reinforce connections to Angolan capital with a third flight, which will continue until October. Exceptionally, during the time the summit of the Community of Portuguese Language Countries (CPLP) will take place, TAP will operate the third frequency on Sunday, to allow the return of that traffic.
IAPMEI, INAPEM e Politécnico de Setúbal lançam parceria para a dinamização do empreendedorismo em Angola O objetivo é dinamizar o e m p re e n d e d o r i s m o em Angola, alargando o acesso de micro empresas e PME ao financiamento através da formação e capacitação de todos os atores envolvidos, bancos comerciais, sistema judiciário, entre outros, e através do estabelecimento de um diálogo público-privado estruturado.
IAPMEI, INAPEM and Politécnico de Setúbal launch partnership to boost entrepreneurship in Angola The objective is to boost entrepreneurship in Angola, expanding the access of microenterprises and SMEs to finance through the training and capacity building of all involved actors, commercial banks, the judiciary, among others, and through the establishment of a structured publicprivate dialogue.
PRODESI forma 930 agentes municipais A estratégia de impulsionamento da produção nacional está mais reforçada com a entrada de mais de 900 Agentes Municipais de Apoio à Produção e à Economia (AMAPE), visando as metas preconizadas nos mais diversos subprogramas do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
PRODESI trains 930 municipal agents The strategy of boosting domestic production is further reinforced with the entry of more than 900 Municipal Production and Economy Support Agents (AMAPE), aiming at the goals advocated in the most diverse subprograms of the Production Support, Export Diversification and Import Substitution Program (PRODESI).
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INVESTIR
EM S U S T E N TA B I L I D A D E
EXPERIÊNCIA
COMPROMISSO
TRANSPARÊNCIA
CONFIANÇA
A VSM Capital é uma Sociedade Anónima de Gestão de Participações Sociais, criada em Maio de 2016 por um grupo de Business Angels orientados para o investimento em empresas comprometidas com objetivos de sustentabilidade financeira, ambiental e social. Por essa razão, a sociedade possui uma linha de co-investimento aprovada até 3.000.000€ com o IFD - Instituição Financeira de Desenvolvimento, para investimento em Startups das zonas Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Ilhas e já investiu em 10 projetos. JUNTOS PODEMOS CRIAR UM PLANETA MAIS SUSTENTÁVEL JUNTE-SE A NÓS!
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Entrevista / Interview
Emerson Paim
CEO do Kubinga e Empreendedor
13 Emerson, começou o primeiro estágio aos 16 anos de idade na Rádio Nacional de Angola, o que lhe deu o “bom vício de acordar cedo”. Estudou mecânica no Instituto Médio Industrial de Luanda – escola de préformação universitária para as áreas das Engenharias. Confessa que tem uma vida agitada desde cedo, pois equilibrava os estudos com a rádio e ainda os treinos de volleyball. Trabalhou em Portugal, durante oito anos. Foi Segurança da TVI, na altura em que o “Professor” Marcelo Rebelo de Sousa tinha a sua rubrica e diz ter sido incentivado pelo próprio, a ler alguns dos livros. Trabalhou, também, enquanto Segurança na embaixada americana, em Lisboa. Foi então que fez a viagem com que sonhava desde os 12 anos de idade, com destino à Inglaterra (2005). Lá, estudou Engenharia Civil e trabalhou como Guest Relations Manager, no Hotel Hilton. Mas, antes da progressão de carreira, iniciou funções nesse hotel como Luggage Porter (bagageiro), passando a Concierge e depois a Rececionista. Em 2011, voltou para Angola com a vontade de fazer e criar muita coisa, numa altura em que se falava numa mudança de paradigma definitiva. Trabalhou na KBR, como Structural Designer, cuja empresa fechou portas, a qual indemnizou Emerson. Foi com essa indeminização que começou a fazer investimentos. Hoje, Emerson Paim é CEO do Kubinga, projeto conhecido como a “Uber angolana”. Foi em conjunto com Darryl Nequetela e Alan Santos que deram vida à plataforma que é, também, um ecossistema que conecta diferentes serviços. A ideia, inspirada na multinacional americana, surge em 2018, adequada à realidade local. Em 2019, a partir do Seedstars World Competition (Zurique), foram convidados a participar na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), para o “emerging market das tecnologias”. Emerson sente-se feliz pelo facto de saber que tem de acordar todos os dias para garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de ter um rendimento disponível, semanalmente, para poderem usufruir deste e dar melhores condições de vida às suas famílias, através do Kubinga. Pai orgulhoso, de um menino de quatro anos e de uma menina de 17 anos, Emerson considera-se um cidadão preocupado com outros cidadãos e com as gerações vindouras. É apologista da ética e dos bons princípios.
Emerson started his first internship at the age of 16 at “Rádio Nacional de Angola”, which gave him the “the good habit of waking up early”. He studied mechanics at the “Instituto Médio Industrial de Luanda” – a university pre-training school for the areas of Engineering. He confesses that he has had a busy life since an early age, as he juggled his studies, the radio, and the volleyball training. He worked in Portugal for eight years. He was TVI’s (a Portuguese television channel) Security Guard, at the time when the “Professor” Marcelo Rebelo de Sousa (the current President of the Republic of Portugal) had his television rubric, and Emerson says he was encouraged by him to read some of the books he presented. He also worked as Security at the American Embassy in Lisbon. It was then that he made the trip he had dreamed of since he was 12 years old, towards England (2005). There he studied Civil Engineering and worked as a Guest Relations Manager at the Hilton Hotel. But, before his career progression, he began working in that hotel as a Luggage Porter, moving on to Concierge and then Receptionist. In 2011, he returned to Angola with the will to do and create lots of things, at a time when there was a lot of talk about a definitive paradigm shift. He worked at KBR as Structural Designer, whose company closed, which compensated Emerson. It was with this indemnification that he started to make investments. Today, Emerson Paim is the CEO of Kubinga, a project known as the “Angolan Uber”. It was along with Darryl Nequetela and Alan Santos that they gave life to the platform, which is also an ecosystem that connects different services. The idea, inspired by the American multinational, appears in 2018, adapted to the local reality. In 2019, from the Seedstars World Competition (Zurich), they were invited to participate in the United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD), for the “emerging market of technologies”. Emerson feels happy knowing that he has to wake up every day to ensure that more people have the opportunity to have a disposable income weekly, so that they can enjoy it, and through Kubinga provide better living conditions for their families. A proud father of a four-year-old boy and a 17-yearold girl, Emerson considers himself a concerned citizen for other citizens and for generations to come. He is an apologist for ethics and good principles.
14 Como surge o gosto pelo empreendedorismo? O bichinho já é antigo. Desde jovem, sempre tentei criar uma forma de ter um valor extra, de modo justo. Conciliei estudos e trabalho, acumulei algum capital e fiz alguns investimentos, com ética, que me dessem a possibilidade de melhorar a minha capacidade de renda. Em 2014, provavelmente, fui quase que forçado com o fechar do escritório da KBR, em Angola, e com o incentivo da indeminização a enveredar somente pelo ramo do empreendedorismo. Fiz alguns trabalhos de consultoria em algumas empresas, mas sempre com a intenção de passar a ser dono do meu próprio destino, com todas as dificuldades que isso venha trazer à minha vida. Mas, conseguir dar a possibilidade de trazer alguma ética de trabalho, pois acredito que possa beneficiar outras pessoas, com tudo o que aprendi.
How does your taste for entrepreneurship arise? Since I was young, I’ve always tried to create a fair way to have extra value. I conciliated studies and work, accumulated some capital, and made some investments with ethics that would give me the possibility of improving my income capacity. In 2014, I was probably almost forced with the closure of KBR’s office in Angola, and with the incentive of the compensation, to go uniquely into the path of entrepreneurship. I did some consulting work in some companies, but always with the intention of becoming the owner of my destiny, with all the difficulties that this would bring into my life. But always being able to give the possibility to bring some ethic to work, because I believe everything I’ve learned can benefit other people.
O que significa Kubinga, na língua quimbundo? Significa “pedir” em quimbundo, a nossa língua tradicional, e desde o início que a ideia é que as pessoas peçam ao Kubinga as várias oportunidades de serviços – de transporte, de entregas, de alimentação, de mudanças, comprar no mercado, pedir um Spa, entre outros – num único ecossistema.
What does Kubinga mean in the Kimbundu language? It means “ask” in Kimbundu, our traditional language, and since the beginning, the idea has been that people ask Kubinga for various service opportunities – transport, delivery, food, moving house, buying at the market, asking for a Spa, among others – in a single ecosystem.
Conhecida como a “Uber angolana”, o Kubinga surge, em 2018, com apenas três colaboradores e enquanto plataforma de mobilidade. Com que propósito nasce o Kubinga e de que forma se tornou escalável para outras áreas, oferecendo atualmente uma variedade de serviços? O Kubinga é uma aplicação, para smartphones, que permite solicitar serviços de mobilidade e não só, para qualquer parte de Luanda (por enquanto). Funciona de forma idêntica à Uber e trazemos o tema da confiança no serviço, que nestas áreas é um pouco mais complexo, mas na aplicação sabemos que há um processo de verificação da documentação da viatura e do motorista, o que transmite confiança ao cliente.
Known as the “Angolan Uber”, Kubinga appears, in 2018, with only three employees and as a mobility platform. For what purpose was Kubinga created and how has it become scalable to other areas, currently offering a variety of services? Kubinga is an application for smartphones that allows you to request mobility services and beyond, for any part of Luanda (for now). It works identically to Uber, and we bring the theme of trust in the service, which in these areas is a little more complex, but in the application, we know that there is a verification process for the vehicle and driver documentation, which conveys confidence to the customer.
15 Apresentámo-nos como uma plataforma de mobilidade, em 2018, porque conhecíamos um pouco a forma como se faz negócio, aqui em Angola, e decidimos entrar com o sistema de ride-hailing (serviço de transporte de pessoas). Mas, desde 2018 que temos na nossa plataforma quatro componentes: Ride-Hailing, Deliveries, Marketplace e Wallet (carteira digital, a nossa intenção de unificar o mercado e de garantir que as transações são mais fiáveis, permitindo fazer transferências de crédito e cujo valor pode ser usado para pagar os serviços). Decidimos optar primeiro pelo ride-hailing e a partir daí usar a disponibilidade de viaturas para abrir os outros serviços, e ter um ecossistema em que várias pessoas, principalmente as que funcionam no mercado informal, pudessem criar dados para os serviços de crédito, ou serviços financeiros formalizados, para se passar a atribuir crédito diretamente à população, em vez de se atribuir apenas a algumas empresas, fazendo referência à dificuldade que temos cá, em ter acesso ao financiamento.
We introduced ourselves as a mobility platform, in 2018, because we knew a little about the way business is done here in Angola, and we decided to use the ride-hailing system (people transport service). But, since 2018, we have four components in our platform: Ride-Hailing, Deliveries, Marketplace, and Wallet (through the digital wallet, our intention is to unify the market and ensure that transactions are more reliable, allowing credit transfers and whose value can be used to pay for services). We decided to opt for ride-hailing first and then use the availability of vehicles to open up other services, and have an ecosystem in which several people, especially those who work in the informal market, could create data for credit services, or formalized financial services, to start attributing credit directly to the population, instead of only attributing it to some companies, referring to the difficulty we have here, in having access to financing.
“A primeira coisa que qualquer empreendedor precisa de fazer é perceber que vai cair e levantar-se todos os dias” “The first thing any entrepreneur needs to do is realize that he is going to fall down and get up every day” Desde o princípio que nós temos esta ideia, de que é possível criar um ecossistema e transformar o vasto mercado informal, de Angola e África, num centro de serviços, onde pessoas e mercadorias possam ser transportadas de ponta a ponta, e negócios possam ser realizados com acesso a um sistema de transferência de crédito entre os vários stakeholders. Tudo isto precisa de ser simplificado e foi o que nos propusemos a fazer por fases, desde o início. Por um lado, o facto de permitirmos que mais pessoas (que têm rendimentos numa estrutura mais conservadora) possam estar cada vez mais próximas do mercado formal, e que este mercado consiga olhar para elas como potencial agente para crédito.
We have had this idea since the beginning, that it is possible to create an ecosystem and transform the vast informal market, in Angola and Africa, into a center of services, where people and goods can be transported from coast to coast, and business can be done with access to a credit transfer system between the various stakeholders. All of this needs to be simplified and that is what we set out to do in stages from the beginning. On the one hand, the fact that we allow more people (who have income in a more conservative structure) to be increasingly closer to the formal market, and that this market can look at them as a potential agent for credit.
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Esta informalização do mercado – na qual as pessoas compram, vendem e não pagam impostos diretos ao estado – faz com que o mercado formal tenha dificuldade em dar crédito. Acreditamos, genuinamente, que transformando e digitalizando estes processos teremos a oportunidade de a banca conhecer melhor o histórico desse mercado e de financiar, para que se altere esta estrutura. Estas atividades [do mercado informal], passam a ter conhecimento bancário, a banca passa a ter condições para melhorar o algoritmo de empréstimo, esta população passa a ter outro tipo de rendimento e outra forma de consumo que vai transformar o país, num país cada vez mais simplificado. Temos um ambiente de negócios muito complexo em Angola, porque não temos um sistema bancário idêntico ao europeu, temos uma infraestrutura precária para o desenvolvimento de negócios, desde as telecomunicações, a burocracia, o tratamento de licenças, à forma como se fazem os serviços por cá. Por outro lado, vemos tudo isso como oportunidades, é um país praticamente virgem, tudo precisa de ser feito.
This “informalization” of the market – in which people buy, sell, and do not pay direct taxes to the state – makes the formal market difficult to give credit. We genuinely believe that by transforming and digitizing these processes, we will have the opportunity for banks to better understand the history of this market and to finance so that this structure can be changed. These activities [in the informal market], become more knowledgeable about banking, the bank is now able to improve the loan algorithm, this population begins to have another type of income and another form of consumption that will transform the country, into an increasingly more simplified country. We have a very complex business environment in Angola because we do not have a banking system identical to the European one, we have a precarious infrastructure for business development, from telecommunications, bureaucracy, the treatment of licenses, to how services are provided here. On the other hand, we see all this as opportunities, it’s a virtually virgin country, everything needs to be done.
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A nossa intenção genuína é garantir que este mercado informal, que tem um impacto muito grande no PIB, possa então ter dados. Hoje assumimos, através de relatórios internacionais, que 70% das transações em África, ou Angola, são informais, mas não sabemos os dados certos. Não conseguimos perceber quanto é que uma zungueira ganha ao vender ovos e não conseguimos explicar à banca que aquela zungueira tem um rendimento diário superior a uma venda de 600 ou 800 euros, por dia. E ninguém consegue, provavelmente, trazer uma solução de crédito de 300 euros para aquela zungueira, porque faz a maior parte das operações em dinheiro e não tem nada digitalizado. Aqui em África, nós vemos as pessoas a vender “ginguba”, mas vendem no fogareiro à beira da estrada e ainda é uma “dor de cabeça” a pessoa chegar ao banco, depositar o valor e quando precisar de comprar, novamente, ter de ficar na fila muito tempo e, se calhar, naquele dia que foi ao banco já não vai conseguir comprar a mercadoria e só volta a vender no dia seguinte. Por outro lado, percebemos que Angola e África são países, ou regiões, de rendimento baixo e não faz sentido terem uma gestão de valores mensal. Se diminuirmos o tempo de espera para que as pessoas voltem a ter acesso a valores para consumo, nós estamos a encorajar cada vez mais uma velocidade de consumo mais alta. Então, o facto de fazermos os serviços e pagamentos semanais dá um outro incentivo, uma outra capacidade de consumo e talvez dê, a médio longo prazo, uma capacidade de as pessoas terem formas de juntar valores com maior propósito, do que aquelas que têm o rendimento ao fim do mês.
Our genuine intention is to ensure that this informal market, which has a very large impact on GDP, can then have data. Today we assume, through international reports, that 70% of transactions in Africa, or Angola, are informal, but we don’t know the right data. We can’t understand how much a zungueira earns from selling eggs and we can’t explain to the bank that that zungueira has a daily income higher than a sale of 600 or 800 euros per day. And nobody can, probably, bring a 300-euro credit solution to that zungueira, because they do most of the operations in cash and have nothing digitized. Here in Africa, we see people selling “ginguba”, but they sell from the stove by the roadside and it is still a “headache” when the person arrives at the bank, deposits the amount and when they need to buy, again, they have to stand in line for a long time and, perhaps, on the day you went to the bank, you will no longer be able to buy the merchandise and will only sell it again the next day. On the other hand, we realize that Angola and Africa are low-income countries or regions, and it makes no sense to have monthly values management. If we shorten the waiting time for people to regain access to value for consumption, we are increasingly encouraging a higher speed of consumption. So, the fact that we do the services and weekly payments give another incentive, another consumption capacity, and perhaps it gives, in the medium long term, a capacity for people to have ways to add values with greater purpose, than those who have the income at the end of the month.
Como foi a entrada do Kubinga no mercado, os principais desafios e as estratégias às quais recorreram para superá-los? E quanto às conquistas e à adesão por parte das pessoas? Tivemos a oportunidade de participar em alguns concursos que deram bastante exposição ao que estávamos a fazer: ANGOTIC (a primeira feira de tecnologias), Seedstars Summit, Total Startupper e Unitel Apps.
How was Kubinga’s entry into the market? What were the main challenges and the strategies you used to overcome them? What about achievements and adherence by people? We had the opportunity to participate in some contests that gave a lot of exposure to what we were doing: ANGOTIC (the first technology fair), Seedstars Summit, Total Startupper, and Unitel Apps.
18 18 Acabámos por ser vencedores dos três últimos. Isto acabou por ser praticamente uma estratégia, não propriamente estruturada por nós, mas fomos aglomerando oportunidades para ir escalando. Planeámos fazer uma entrada soft, com um crescimento gradual e orgânico. Acreditávamos que seria possível, primeiramente, trazer a disponibilidade de motoristas, que ficavam nas chamadas placas (paragens de táxis) e passarem a ser as primeiras pessoas a consumir o serviço. Encontrámos aqui um choque de disparidade de preços, porque os preços praticados por estes motoristas eram completamente diferentes em relação aos nossos. Conseguimos de alguma forma mostrar-lhes que o tempo de paragem que eles têm nessas placas, equivalente à oportunidade de “corridas” que se pode fazer numa hora, acaba por ser uma mais valia ter a aplicação, ao invés de ficar um longo tempo à espera, com margens de lucro por corrida maior, mas com resultados finais diários com valores de entrada muito reduzidos em relação à aplicação.
We ended up winning the last three. This turned out to be practically a strategy, not properly structured by us, but we were gathering opportunities to go on escalating. We planned to make a soft entry, with gradual and organic growth. We believed that it would be possible, firstly, to bring the availability of drivers, who stayed at the so-called signs (taxi stops) and became the first people to consume the service. We found a price disparity shock here because the prices charged by these drivers were completely different from ours. We somehow managed to show them that the downtime they have on these boards, equivalent to the opportunity for “races” that can be done in an hour, turns out to be an asset to have the application, instead of spending a long time waiting, with higher profit margins per run, but with daily results with very small input values in relation to the application.
19 Por outro lado, sempre que as pessoas usassem o serviço passavam a palavra e isso criou um sistema muito orgânico, para que ganhássemos corpo e confiança. Tivemos uma aceitação muito boa do produto no mercado e ajudou-nos a crescer, muito rapidamente.
On the other hand, whenever people used the service, they spread the word, and this created a very organic system for us to gain body and confidence. We had a very good acceptance of the product in the market, and it helped us to grow very quickly.
E como correu em relação à concorrência? Estamos numa linha cada vez mais capitalista, a nível global, e a tendência é apenas para a preocupação em ter a maior parte do mercado e fazer o que dá maior vantagem, independentemente do tipo de mercado em que se esteja a investir. Acho que toda a concorrência é ótima quando é construtiva, faz sentido quando tiver em consideração o mercado e se trouxer um valor exponencial também para a comunidade onde estamos a investir. Se assim não for, acho que é de certa forma uma quebra/fragmentação de mercado que depois se torna confuso. Existem dois paradigmas, no Kubinga: a segurança (de me sentir mais seguro por saber que existe, de alguma forma, alguém que poderá saber onde estou) e a qualidade de serviço versus o preço. Não foi assim tão difícil para o mercado nacional perceber isso. Quanto à concorrência a nível internacional, que vai chegando aos mercados africanos, estamos muito felizes por haver isso, como confirmação de que realmente é um mercado que existe. Mas, ficámos algo perplexos no que respeita aos acessos ao mercado, ao capital e às finanças.
And how did it go in relation to the competition? We are in an increasingly capitalist line, globally, and the trend is just to be concerned with having the most part of the market and doing what is more advantageous, regardless of the type of market in which you are investing. I think all competition is great when it’s constructive, it makes sense when you take the market into account and if it brings exponential value to the community where we’re investing as well. If not, I think it’s in a way a market break/fragmentation that then becomes confusing. There are two paradigms at Kubinga: security (of feeling more secure knowing that there is somehow someone who will be able to know where I am) and quality of service versus price. It was not that difficult for the domestic market to realize this. As for the competition at the international level, which is reaching the African markets, we are very happy to have this, as confirmation that it really is a market that exists. But we were somewhat perplexed about market access, capital, and finance.
Relativamente aos concursos que existem em Angola, qual a importância deste tipo de iniciativa? Acho excelente que esses concursos aconteçam e que essas ideias sejam expostas, mas eu vejo aqui um gap. Nós temos condições muito precárias para empreender. Posso dar um exemplo muito prático, e acho que é o mais vulgar, que é o acesso à Microsoft, por pessoa. Temos de fazê-lo em divisas e não são muitas as pessoas aqui em Angola que têm acesso a um cartão de crédito com divisas para poder pagar uma mensalidade de dez pessoas.
Regarding the contests that exist in Angola, what is the importance of this type of initiative? I think it’s great that these contests take place and that these ideas are exposed, but I see a gap here. We have very precarious conditions to undertake. I can give a very practical example, and I think it’s the most common, which is access to Microsoft, per person. We have to do it in currency and not many people here in Angola have access to a credit card with currency in order to pay a monthly fee of ten people.
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Outra questão, são os custos do material que as pessoas que investem no ramo da tecnologia precisam. Isso requer alguma capacidade financeira, de kwanzas para divisas. Mais recentemente, as coisas alteraram-se completamente. No nosso início, em 2018, fazer uma transação de divisas de 3 ou 4 mil euros por mês era um trabalho muito complexo. O Seedstars acabou por nos premiar com vouchers para servidores e o Total Startupper acabou por nos dar um prémio em dinheiro, que também ajudou a criar a oportunidade de comprar mais computadores e serviços. Esses “pequenos pacotes” acabam por ser um incentivo. Era bom que houvesse mais projetos do género e que a percentagem do investimento que fazem no evento, fosse considerada para remunerar de alguma forma, não com dinheiro, mas com meios que permitissem que mais empreendedores pudessem desenvolver as suas atividades.
Another issue is the material costs that people who invest in the technology sector need. This requires some financial capacity, from kwanzas to foreign exchange. More recently, things have completely changed. At our beginning, in 2018, making a currency transaction of 3,000 or 4,000 euros a month was a very complex task. Seedstars ended up by rewarding us with server vouchers and Total Startupper gave us a cash prize, which also helped create the opportunity to buy more computers and services. These “small packages” turn out to be an incentive. It was good that there were more projects of this kind and that the percentage of investment they make in the event was considered to pay off somehow, not with money, but with means that allow more entrepreneurs to develop their activities.
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Quais as perspetivas de futuro para esta plataforma de mobilidade? Continuamos na senda da digitalização dos serviços e na oportunidade de intermediário logístico, em garantir que os serviços possam ser solicitados na aplicação pelo modelo da partilha económica (shared economy), em que “eu” não preciso de ser dono de uma viatura para prestar um serviço de transporte, em que o dono da viatura não precisa de ser o motorista para poder ter o serviço a funcionar e que o produtor, industrial ou agrícola, não precise de adicionar dez camiões no seu business plan por ter formas de solicitar esses serviços logísticos de forma partilhada num único ecossistema.
What are the future perspectives for this mobility platform? We continue on the path of digitization of services and the opportunity of a logistical intermediary, to ensure that services can be requested in the application by the shared economy model, in which “I” do not need to own a vehicle to provide a transport service, in which the vehicle owner does not need to be the driver to be able to have the service working and the producer, industrial or agricultural, does not need to add ten trucks to their business plan because they have ways to request these logistic services in a shared way in a single ecosystem.
“Todo o empreendedor em Angola, quer esteja na área da tecnologia, ou não, é um herói” “Every entrepreneur in Angola, whether in the technology field or not, is a hero“ Na sua visão, o que precisam de fazer os empreendedores para desenvolver os seus projetos? O que é necessário fazer para tornar uma ideia num negócio? A primeira coisa que qualquer empreendedor precisa de fazer é perceber que vai cair e levantar-se todos os dias; todos os dias é um novo dia. Porque nem todas as ideias são exequíveis, no tempo em que acreditamos nelas. A persistência, a resiliência, a necessidade de estar consciente de que a equipa tem o processo de galgar espaço no mercado e que, muitas das vezes, é um caminho solitário.
In your view, what do entrepreneurs need to do to develop their projects? What does it take to turn an idea into a business? The first thing any entrepreneur needs to do is realize that he is going to fall down and get up every day; every day is a new day. Because not all ideas are feasible, at the time we believe in them. Persistence, resilience, the need to be aware that the team is in the process of gaining space in the market and that, many times is a lonely path.
22 E como é que a equipa coordena toda essa ação? É preciso que as pessoas acreditem na visão dos líderes. Os líderes são imperfeitos, vão falhar e nunca estão certos de tudo, mas têm uma visão que consegue ligar vários pontos durante o processo de caminhada. Também é preciso ter uma equipa que não trabalhe só por dinheiro e dar a oportunidade de esta se expressar; garantir que todas as pessoas consigam transmitir as ideias e que mesmo que não sejam todas implementadas, no limite que sejam todas ouvidas e respeitadas. Acho que essa é uma das capacidades que os empreendedores precisam de desenvolver, a capacidade interpessoal. É uma gestão de ansiedades para todos, nós temos de garantir que a ideia saia do papel o mais rapidamente possível e vá para o mercado.
And how does the team coordinate all this action? People need to believe in the leaders’ vision. Leaders are imperfect, will fail, and are never sure of everything, but they have a vision that can bond all things together during the walking process. It is also necessary to have a team that does not work just for money and to give it the opportunity to express itself; ensure that all people are able to convey ideas and that even if they are not all implemented, at the limit, they are all listened to and respected. I think this is one of the skills that entrepreneurs need to develop, interpersonal skills. It is an anxiety management for everyone, we have to ensure that the idea leaves the paper as soon as possible and goes to market.
Como olha para as startups na área da tecnologia, em Angola? Considera que a juventude angolana é inovadora no que concerne a criar projetos com base na tecnologia? Perdoem-me todas as outras nações, mas todo o empreendedor em Angola, quer esteja na área da tecnologia, ou não, é um herói. Não digo isto para dizer que somos melhores do que os outros, não temos é acesso a um mercado já construído como a Europa tem, por exemplo. Tudo o que nós temos que fazer aqui, é desenvolver a atividade core, mas temos pelo menos que desenvolver duas outras formas de se fazer mais rapidamente, porque o mercado em Angola não nos oferece isso, naturalmente, como oferece na Europa. Então, essa capacidade de enfrentar todo esse processo é de um valor imensurável e, naturalmente, obriga-nos a ser inovadores. Quanto aos que investem na tecnologia, costuma-se dizer que não há muita coisa para se criar no mundo, mas há com certeza muita coisa para se melhorar no mundo. E algo que temos estado a ver, aqui em Angola, é que não se está só a melhorar, mas está-se muitas vezes a usar aquilo que já existe no mundo para fazer parte do nosso quotidiano. Aí, consigo confirmar que as startups que investem em tecnologia têm estado a desenvolver, cada vez mais, soluções reais do nosso mercado.
How do you see startups in the technology area in Angola? Do you consider that Angolan youth is innovative when it comes to creating projects based on technology? All other nations forgive me, but every entrepreneur in Angola, whether in the technology field or not, is a hero. I am not saying this to say that we are better than others, but we do not have access to an already built market like Europe has, for example. All we have to do here is develop the core activity, but we have at least to develop two other ways to do it faster, because the market in Angola does not offer us this, naturally, as it does in Europe. So, this ability to face this whole process is of immeasurable value and, naturally, it forces us to be innovative. As for those who invest in technology, it is said that there is not much to be created in the world, but there is certainly a lot to improve in the world. And something that we have been seeing here in Angola is that we are not only improving but that we are often using what already exists in the world to be part of our daily lives. There, I can confirm that startups that invest in technology have been increasingly developing real solutions for our market.
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É do conhecimento geral a premente necessidade de se apoiar firmemente os projetos inovadores dos jovens angolanos. O que entende ser crucial fazer nesse sentido? Em primeiro lugar, é compreendermos que a lei comercial precisa ser desenvolvida de acordo com a nossa realidade. Nós precisamos de começar a criar a nossa própria lei, com as nossas próprias condições, barreiras e dificuldades. Não devemos começar do zero, mas precisamos de parar e olhar para partes das nossas leis e adaptá-las à nossa realidade. O segundo ponto tem que ver com a necessidade de nós percebermos que para mudar isso qualquer empresa terá de ter uma responsabilidade direta.
It is well known that there is an urgent need to firmly support the innovative projects of young Angolans. What do you think is crucial to do in this regard? First, it is understanding that commercial law needs to be developed according to our reality. We need to start creating our own law, with our own conditions, barriers, and difficulties. We shouldn’t start from scratch, instead we need to stop and look at parts of our laws and adapt them to our reality. The second point has to do with the need for us to realize that to change this any company will have to have direct responsibility.
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Angola é um país que está a ser criado por nós, estamos a construir a nossa realidade, então temos de tirar partido daquilo que já correu mal, para ser usado como um degrau de aprendizagem para não cometermos os mesmos erros. Mas, isso não quer dizer que nós devemos adotar os hábitos e costumes doutros sítios. O facto de podermos fazer um “leapfrog” e usar as más experiências dos outros para virmos a fazer melhor, não deve impedir-nos nunca de esquecer de onde viemos e o que estamos a fazer.
Angola is a country that is being created by us, we are
Que regras de ouro, ou palavras de incentivo, gostaria de deixar aos jovens empreendedores angolanos que estão a desenvolver projetos inovadores e sonham em criar a sua própria empresa? Estamos em constante evolução, temos a oportunidade de melhorar todos os dias. Esta é a regra de qualquer empreendedor de sucesso, nós não somos ainda, estamos longe disso, mas sabemos que o caminho é esse. Fazer lembrar a todos os empreendedores, em Angola, que todas as grandes marcas, na área da tecnologia, não têm três dias, nem três anos de existência, têm mais de 20 anos, na sua maioria, e essa construção não é feita do dia para a noite.
What golden rules, or words of encouragement, would you like to leave to young Angolan entrepreneurs who are developing innovative projects and dream of creating their own company?
Como é que, nos tempos mais conturbados, os empreendedores podem procurar não desistir? Tudo o que fazemos, fazemos com o sentido de fazer melhor e a única coisa que precisamos de ter a certeza é que aquilo que não correu bem hoje precisa de ser com certeza melhorado para correr melhor amanhã. Não há erros, há ganhos de experiência, não há coisas erradas, há oportunidades de melhoria, não há falhas, há ganhos de experiência e conhecimento acumulado. Todos nós temos barreiras, se as usarmos como uma forma de subirmos de patamar, no final de tantas barreiras estamos no topo dos patamares.
How is it that, in the most troubled times,
building our reality, so we have to take advantage of what has already gone wrong, to be used as a step-in learning so that we do not make the same mistakes. But this does not mean that we should adopt the habits and customs of other places. The fact that we can make a “leapfrog” and use the bad experiences of others to do better, should never stop us from forgetting where we came from and what we are doing.
We are constantly evolving, we have the opportunity to improve every day. This is the rule of any successful entrepreneur, we are not there yet, we are far from it, but we know that this is the way to go. Remind all entrepreneurs in Angola that all major brands in the technology area do not have three days or three years of existence, they are more than 20 years old, for the most part, and this construction is not made overnight.
entrepreneurs can look for not to give up? Everything we do, we do with the sense of doing better and the only thing we need to be sure of, is that what didn’t go well today needs to be improved for sure to be better tomorrow. There are no mistakes, there are gains in experience, there are no wrong things, there are opportunities for improvement, there are no failures, there are gains in experience and accumulated knowledge. We all have barriers, if we use them as a way to climb to the next the level, at the end of so many barriers we will be at the top of the level.
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A Kimpovi é uma Plataforma de Inovação na área do Direito (Lawtech), voltada para ensinar aos profissionais do direito as vantagens da tecnologia nos nossos dias e aos cidadãos os seus direitos e deveres legalmente estabelecidos. Por isso, dizemos que “apadrinhamos o casamente entre o direito e a tecnologia” – Direito + Tecnologia = Kimpovi. O propósito da Kimpovi está alinhado com o objectivo 16.3 das Nações Unidas, de “Aumentar o acesso à justiça a todos…” e com isso com o casamento entre a tecnologia e o direito não só disseminamos a cultura jurídica (dar a conhecer a todos os seus direitos e deveres), como “viralizamos” o acesso à justiça, que na nossa opinião “começa com o acesso à informação jurídica de valor”, em conteúdo escrito, áudio e vídeo. O nome Kimpovi, tem origem na lingual tradicional Kikongo e significa “advogado”. O Mpovi, ou Kimpovi, é uma pessoa que domina a arte do bem falar (oratória/retórica) e, por isso, na comunidade é chamado para defender os interesses de uma pessoa acusada que seja levada a julgamento no tribunal tradicional, ou seja é o “advogado do povo”.
Kimpovi is an Innovation Platform in the Law area (Lawtech), aimed at teaching legal professionals the advantages of technology today and teaching citizens about their legally established rights and duties. Therefore, we say that “we sponsor the marriage between law and technology” – Law + Technology = Kimpovi. Kimpovi’s purpose is in line with the United Nations’ goal 16.3, of “Increasing access to justice for all…” and with that, with the marriage between technology and law, we not only spread the legal culture (to make known to all their rights and duties), how we disclose the access to justice, which in our opinion “starts with access to valuable legal information”, in written content, audio, and video. The name Kimpovi comes from the traditional Kikongo language and means “lawyer”. Mpovi, or Kimpovi, is a person who has mastered the art of good speech (oratory/rhetoric) and, therefore, in the community he is called to defend the interests of an accused person who is brought to trial in the traditional court, that is, it is the “people’s advocate”.
A Kimpovi nasceu do amor do seu fundador, Manuel Guimarães António, pela tecnologia aplicada ao direito, a sua área de formação. Participou na primeira turma do programa de aceleração do Founder Institute Luanda (2018/2019) e graduou-se no programa, tendo com a equipa fundadora – constituída por mais um Jurista, Eliezer Rocha, um Desenvolvedor, Manuel Neto, e um Gestor, Joaquim Rocha – lançado oficialmente o MVP da Kimpovi no maior evento de tecnologia em Angola, o ANGOTIC 2019, realizado em junho do referido ano.
Kimpovi was born from the love of its founder, Manuel Guimarães António, for technology applied to law, his training area. He participated in the first class of the Founder Institute Luanda acceleration program (2018/2019) and graduated from the program, having with the founding team – consisting of another Jurist, Eliezer Rocha, a Developer, Manuel Neto, and a Manager, Joaquim Rocha – Kimpovi’s MVP was officially launched at the biggest technology event in Angola, ANGOTIC 2019, held in June of that year.
27 Em 2020, apesar da pandemia, validámos uma vez mais a nossa ideia com a participação do Seedstars Luanda, tendo ficado entre os 10 finalistas da referida edição e validando assim, mais uma vez, o projeto. Neste momento, foi descontinuado o MVP inicial e desenvolvida uma outra Plataforma que se encontra no ar, contando atualmente com cerca de 90 utilizadores, entre juristas, estudantes de direito, advogados e pessoas individuais ou coletivas (clientes no caso). Para esta fase, o nosso principal desafio é trabalhar mais com os utilizadores juristas para alimentarmos o blog e conseguirmos um bom posicionamento nos principais motores de busca, mormente o Google. A nossa perspetiva de futuro é podermos ter um crescimento sustentável, através de uma estrutura interna sólida, aprimorando o nosso programa de marketing e vendas, para que a nossa plataforma tenha a tecnologia ideal para alcançar o nosso principal propósito: “contribuir para o aumento substancial do acesso à justiça no nosso país”, numa primeira fase, e em África e no Mundo, a longo prazo.
In 2020, despite the pandemic, we have validated our idea once more with the participation of Sedstars Luanda, which has remained among the 10 finalists of that edition, validating the project once again. At this time, the initial MVP was discontinued, and another platform was developed, which is currently on the air, which currently has around 90 users, including lawyers, law students, lawyers, and individual or legal persons (clients in this case). For this phase, our main challenge is to work more with legal users to feed the blog and achieve good positioning in the main search engines, especially Google. Our perspective for the future is to be able to have sustainable growth, through a solid internal structure, improving our marketing and sales program, so that our platform has the ideal technology to achieve our main purpose: “to contribute to the substantial increase access to justice in our country”, in the first phase, and in Africa and in the world, in the long term.
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Os nossos serviços Na Kimpovi tens acesso aos seguintes serviços:
Our services
At Kimpovi you have access to the following services:
Acesso à conexão e/ou contratação de advogados através da plataforma.
Access to the connection, and/or the hiring of lawyers through the platform.
Um serviço inovador é a conexão/ligação entre advogados e advogados substitutos – este serviço resulta da extensão do nosso país, do número de advogados e dos custos com deslocação, alimentação e tempo do advogado que, tenha um caso numa parte distante do país, pode substabelecer a realização de uma determinada acção a um advogado que esteja no lugar, ou perto do lugar onde a ação esteja a decorrer.
An innovative service is the connection/link between lawyers and substitute lawyers - this service is the result of the extension of our country, the number of lawyers, and the costs of travel, food, and lawyers’ time who, for instance, have a case in a distant part of the country and can appoint substitutes for the performance of a certain action to a lawyer who is in the place, or close to where the action is taking place.
Acesso à biblioteca com minutas de contratos, cartas, ofícios e peças processuais que irão ajudá-lo no seu dia-a-dia, na vida pessoal, ou da sua empresa. Acesso à legislação diversa da sua área de estudo, de trabalho, ou de interesse, a pronto carregamento ou a pedido, no caso da lei que desejas ainda não estar carregada na plataforma é só solicitar e no mais curto espaço de tempo possível recebes no teu email, ou WhatsApp.
Webite: https://www.kimpovi.com Linkedin: https://www.linkedin.com/company/19178215 Facebook: https://www.facebook.com/kimpovi
Access to the library with draft contracts, letters, official letters, and procedural documents that will help you in your daily life, in your personal life, or your company. Access to different legislation in your area of study, work, or interest, ready to be loaded or on request, in case the law you want is not yet loaded on the platform, just ask, and in the shortest possible time you will receive it in your email, or WhatsApp.
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Rosa Lutete Geremias
Docente universitária Representante Nacional de Portugal na EURAM (European Academy of
Navegar na tempestade: O papel da liderança Riding the Storm: The Role of Leadership A atual pandemia do Covid-19 continua a trazer novos desafios e alterações profundas à forma como vivemos e trabalhamos. Como tal, esta crise tem deixado muitas pessoas, sobretudo os funcionários, com receio de que a rutura social e financeira registada seja uma situação duradoura. Neste âmbito, diferentes pesquisadores argumentam que, quando o caminho a percorrer é incerto, os funcionários tendem a recorrer aos líderes para ajudá-los a obter clareza e esperança de um futuro melhor. Portanto, procuram encontrar líderes proativos, com visão positiva e dotados de confiança para enfrentar problemas correntes ou inesperados; líderes com coragem para confrontar verdades incómodas e, quando necessário, admitir o que eles não dominam. Neste contexto, importa referir que vários investigadores chamam a atenção para o facto de, em tempos de crise, alguns líderes reagirem a problemas inesperados com apreciações polarizadas e promessas infundadas ou proporem soluções rápidas para situações complexas.
The current Covid-19 pandemic continues to bring new challenges and profound changes to the way we live and work. As such, this crisis has left many people, especially employees, fearful that the social and financial disruption recorded is a lasting situation. In this context, different researchers argue that when the path to follow is uncertain, employees tend to turn to leaders to help them gain clarity and hope for a better future. Therefore, they seek to find leaders who are proactive, positive and confident to face current or unexpected problems; leaders with the courage to confront uncomfortable truths and, when necessary, admit what they don’t master. In this context, it is worth mentioning that several researchers draw attention to the fact that, in times of crisis, some leaders react to unexpected problems with polarized judgments and unfounded promises or propose quick solutions to complex situations.
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Este cenário é, muitas vezes, combinado com um estilo de liderança aversivo e destrutivo, levando-os a perderem a aptidão para conversar e procurar novas soluções. Por isso, é crucial que os líderes tenham consciência de que os seus comportamentos produzem, inevitavelmente, um impacto negativo ou positivo na vida dos seus funcionários. Por exemplo: quando um líder apresenta comportamentos como impaciência ou frustração, a perceção de segurança dos funcionários também diminui. Inversamente, quando um líder revela capacidades psicológicas, expressas através de níveis de resiliência, otimismo, autoeficácia e esperança elevados, os seus funcionários terão uma maior predisposição para enfrentar desafios de forma mais criativa. Podemos concluir, então, que os líderes que desenvolvem capacidades psicológicas ajudam os seus funcionários a terem um senso de propósito, dando-lhes, assim, motivação para encararem os obstáculos presentes e futuros.
This scenario is often combined with an aversive and destructive leadership style, causing them to lose the ability to converse and seek new solutions. Therefore, it is crucial that leaders are aware that their behavior inevitably produces a negative or positive impact on the lives of their employees. For example, when a leader exhibits behaviors such as impatience or frustration, the employees’ perception of safety also decreases. Conversely, when a leader reveals psychological capabilities, expressed through high levels of resilience, optimism, self-efficacy and hope, his employees will be more predisposed to face challenges more creatively. We can conclude, then, that leaders who develop psychological capabilities help their employees to have a sense of purpose, thus giving them motivation to face present and future obstacles.
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Finy Ventures no Top 5% das Melhores PME de Portugal Finy Ventures in the Top 5% of the Best SMEs in Portugal
A Finy Ventures foi certificada pela SCORING e obteve
Finy Ventures was certified by SCORING and obtained
a Classificação “EXCELENTE”, o que lhe confere a
the “EXCELLENT” classification, which gives it the
distinção “Top 5% Melhores PME de Portugal”!
distinction “Top 5% Best SMEs in Portugal”!
A SCORING anuncia que a Finy Ventures cumpriu
SCORING announces that Finy Ventures has fulfilled
os requisitos de acesso à certificação e obteve um
the requirements for access to certification and
índice de Desempenho e Solidez Financeira Superior
obtained an index of Performance and Financial
a 80%, evidenciando ainda consistência nas vertentes
Strength of over 80%, also showing consistency in the
económicas e financeira.
economic and financial aspects.
“TOP 5% MELHORES PME DE PORTUGAL” é uma
“TOP 5% BEST PME DE PORTUGAL” is a Certification
Certificação emitida pela SCORING, após classificação
issued by SCORING, after a classification that
que determina as empresas que se enquadram no
determines the companies that fall into the restricted
restrito grupo das melhores 5%, em termos de desempenho
group of the best 5%, in terms of performance and
e solidez.
solidity.
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Arábia Saudita vai investir 1 bilião para apoiar a recuperação pós-pandemia de África Saudi to invest 1 bilion to support Africa’s post-pandemic recovery
A Arábia Saudita apoiará os países africanos com investimentos e empréstimos no valor de cerca de US $ 1 bilião este ano para ajudar as suas economias a recuperarem da pandemia de Covid-19. O Fundo de Desenvolvimento da Arábia Saudita realizará projetos futuros, empréstimos e doações no valor de três biliões de riais, ou cerca de US $ 1 bilião, nos países em desenvolvimento de África este ano, anunciou o príncipe Mohammed bin Salman num discurso transmitido pela televisão numa conferência de alívio da dívida da transição energética em Paris.
Saudi Arabia will support African countries with investments and loans worth about $1 billion this year to help their economies recover from the COVID-19 pandemic. Saudi Development Fund will carry out future projects, loans and grants worth three billion riyals, or around $1 billion, in developing countries in Africa this year, Prince Mohammed bin Salman said in a televised speech to a debt relief conference in Paris.
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Ele também disse que o fundo de riqueza soberana do reino, o Fundo de Investimento Público (PIF), investiu cerca de US $ 4 biliões nos setores de energia, mineração, telecomunicações, alimentos e outros em África e que continuará a procurar oportunidades noutros setores no continente. Líderes africanos e chefes de credores multilaterais reuniram-se em Paris para encontrar formas de financiar as economias africanas afetadas pela pandemia e para discutir como lidar com os biliões de dólares em dívidas do continente. A cimeira reuniu cerca de 30 chefes de estado africanos e europeus, bem como chefes de instituições financeiras globais, como o FMI e o Banco Mundial. “O impacto da pandemia nos países africanos de baixa renda foi severo, pois ampliou o déficit de financiamento necessário para atingir os objetivos de desenvolvimento. É importante continuar os esforços internacionais conjuntos para superar esta crise”, disse o príncipe, conhecido no Ocidente por suas iniciais MbS. No início da conferência, os países membros do FMI concordaram em pagar os atrasos do Sudão à instituição, removendo o obstáculo final para obter um alívio mais amplo da dívida externa de pelo menos US $ 50 biliões. A Arábia Saudita, o terceiro maior credor do Sudão com cerca de US $ 4,6 biliões em dívidas, disse que pressionará fortemente por um amplo acordo sobre a dívida para ajudar um país que emergiu de décadas de sanções e isolamento sob o ex-presidente deposto Omar al-Bashir.
He also said the kingdom’s sovereign wealth fund, the Public Investment Fund (PIF), had invested around $4 billion in the energy, mining, telecoms, food and other sectors in Africa and that it would continue to look for opportunities in other sectors in the continent. African leaders and the heads of multilateral lenders met in Paris to find ways of financing African economies hurt by the pandemic and to discuss handling the continent’s billions of dollars in debt. The summit brought together some 30 African and European heads of state, as well as the heads of global financial institutions such as the IMF and World Bank. “The impact of the pandemic on low-income African countries was severe, as it widened the financing gap needed to achieve development goals. It is important to continue joint international efforts to overcome this crisis”, said the prince, known in the west by his initials MbS. Earlier during the conference, IMF member countries agreed to clear Sudan’s arrears to the institution, removing a final hurdle to it obtaining wider relief on external debt of at least $50 billion. Saudi Arabia, Sudan’s third-largest creditor with about $4.6 billion in debt, has said it will press strongly for a broad agreement on debt read more , to help a country emerging from decades of sanctions and isolation under ousted former President Omar al-Bashir.
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OKU HUMAN® is an Angolan startup, born in 2020, which arises from the desire of its founders to transform how talent is managed and people are led in organizations, with the aim of creating a positive revolution in the Angolan market.
A OKU HUMAN® é uma startup angolana, nascida em 2020, que surge da vontade dos seus fundadores em transformar a forma como se gere o talento e se lideram pessoas nas organizações, com o objetivo de criar uma revolução positiva no mercado angolano. A génese da OKU HUMAN® foi pensada para a geração de relações com base numa economia partilhada, com o estabelecimento de parcerias que garantam a sustentabilidade das organizações, dos negócios e da comunidade que os rodeia. A nossa assinatura é Potencializar Ligações Humanas, privilegiando, juntamente com os nossos parceiros, o estabelecimento de conexões significativas com colaboradores, clientes e consumidores. O nosso negócio é tanto B2B como B2C. No B2B temos empresas dos mais diversos setores que nos procuram para desenvolver programas de formação, atividade de teambuilding, head hunting especializado, programas de felicidade organizacional, coaching e consultoria. No que toca ao B2C, são sobretudo profissionais do tecido empresarial angolano que pretendem desenvolver competências comportamentais e de gestão, especializar-se em determinadas áreas profissionais, orientação/coaching de carreiras e uma oportunidade no mercado de trabalho.
The genesis of OKU HUMAN® was designed to generate relationships based on a shared economy, with the establishment of partnerships that guarantee the sustainability of organizations, businesses, and the community that surrounds them. Our signature is to Potentiate Human Connections, favoring, together with our partners, the establishment of significant connections with employees, customers, and consumers. Our business is both B2B and B2C. At B2B we have companies from the most diverse sectors that look to us to develop training programs, team building activities, specialized headhunting, organizational happiness programs, coaching, and consulting. Regarding B2C, they are mainly professionals from the Angolan business sector who want to develop behavioral and management skills, specialize in certain professional areas, career guidance/coaching, and an opportunity in the labor market.
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We have also felt enormous enthusiasm from senior managers and company administrations about the international certifications in Chief Happiness Officer and Happiness Manager, as well as the International Positive Leadership Program, so we can say that our positive revolution has already started. In international markets, vacancies are becoming available in companies for the positions of CHO and HM, a fact that goes hand in hand with the certainty that happier people are more committed and productive people. OKU HUMAN® is, in the context of Organizational Happiness, the exclusive representative for the Angolan market of Happiness Business School, a world-leading consultant specializing in Organizational Happiness that works in countries such as Portugal, Netherlands, Switzerland, Brazil, Australia, Spain, Mozambique United Arab Emirates and, with OKU HUMAN®, in Angola.
Temos sentido, também, um enorme entusiasmo por parte de gestores séniores e das administrações das empresas acerca das certificações internacionais em Chief Happiness Officer e Happiness Manager, assim como pelo Programa Internacional de Liderança Positiva, pelo que podemos dizer que a nossa revolução positiva já começou. Nos mercados internacionais, começam a disponibilizar-se vagas nas empresas para as posições de CHO e HM, facto que segue de mãos dadas com a certeza de que pessoas mais felizes são pessoas mais comprometidas e produtivas. A OKU HUMAN® é, no contexto da Felicidade Organizacional, a representante exclusiva para o mercado angolano da Happiness Business School, uma consultora líder mundial especializada em Felicidade Organizacional que atua em países como Portugal, Holanda, Suíça, Brasil, Austrália, Espanha, Moçambique Emirados Árabes Unidos e, com a OKU HUMAN®, em Angola.
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A ação core da OKU HUMAN® define-se em 5 eixos:
Formação de Impacto Projetamos e implementamos experiências formativas que têm como objetivo empoderar os participantes a ganharem controlo sobre todos os prismas da sua vida pessoal e profissional. O conceito de formação de impacto que desenhamos na OKU HUMAN® consiste em possibilitar aos participantes apreender como criar e manter sentimentos de otimismo, paz de espírito, clareza, poder pessoal e felicidade, através de metodologias como o storytelling, o coaching, o mentoring e o design thinking.
Jogos de Teambonding Na OKU HUMAN®, através da gamificação, de um design inovador e do uso de tecnologia, desenvolvemos e implementamos modelos de teambonding que conduzem os seus jogadores por uma estimulante viagem de descoberta pessoal e social. Utilizamos cenários controlados para mimetizar situações e desafios corporativos reais e, assim, permitir o desenvolvimento de competências como a comunicação, a resolução de problemas, a coordenação, a cooperação, a empatia e a liderança.
HUMANE BOOTCAMP BOOTCAMP HUMANE® é um programa que faz a ponte entre os players corporativos e os jovens profissionais, orientado para a identificação de potencial e para o desenvolvimento do talento. O programa será continuamente divulgado nas universidades, institutos e escolas técnico-profissionais de prestígio para atrair, selecionar e formar uma nova geração de profissionais.
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The core action of OKU HUMAN® is defined in 5 strands:
Impact Formation We design and implement training experiences that aim to empower participants to gain control over all aspects of their personal and professional life. The concept of impact training that we design at OKU HUMAN® is to enable participants to learn how to create and maintain feelings of optimism, peace of mind, clarity, personal power, and happiness, through methodologies such as storytelling, coaching, mentoring, and design thinking.
Teambonding Games At OKU HUMAN®, through gamification, innovative design, and the use of technology, we develop and implement teambonding models that lead your players on an exciting journey of personal and social discovery. We use controlled scenarios to mimic real corporate situations and challenges and thus enable the development of skills such as communication, problem-solving, coordination, cooperation, empathy, and leadership.
HUMAN BOOTCAMP BOOTCAMP HUMANE® is a program that bridges the gap between corporate players and young professionals, aimed at identifying potential and developing talent. The program will be continuously disseminated in prestigious universities, institutes, and technicalprofessional schools to attract, select and train a new generation of professionals.
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EMPLOYEE & CUSTOMER EXPERIENCE
EMPLOYEE & CUSTOMER EXPERIENCE
Na OKU HUMAN®, estamos cientes de que uma boa experiência de cliente começa com uma ótima experiência de colaborador; colaboradores felizes têm maior probabilidade de criar clientes satisfeitos. No mercado atual, tudo começa com a “pulsação” de uma marca. Tendo esta ideia em mente, o nosso foco é desenvolver marcas com emoção, harmonizadas por experiências inesquecíveis para serem vivenciadas por colaboradores e clientes.
At OKU HUMAN®, we are aware that a good
RESPONSABILIDADE SOCIAL
SOCIAL RESPONSABILITY
Se o que procura é conduzir os negócios de uma maneira mais responsável, ou uma melhor integração com as comunidades onde se encontra integrado, na OKU HUMAN® podemos aconselhá-lo; para que a Responsabilidade Social Corporativa seja sustentável deve estar culturalmente incorporada. A CSR são os esforços feitos pelos players corporativos para se responsabilizarem pelos seus impactos no meio ambiente e na sociedade.
If what you are looking for is to conduct business more responsibly, or better integration with the communities where you are integrated, at OKU HUMAN® we can advise you; for Corporate Social Responsibility to be sustainable it must be culturally incorporated. CSR is the efforts made by corporate players to take responsibility for their impacts on the environment and society.
Em 2021, a OKU HUMAN® continuará a marcar a sua presença no mercado angolano através do aumento do seu portfólio de formações e outros serviços on demand, aumento do número de consultores associados que agreguem novas competências ao negócio, assim como o investimento em parcerias internacionais que permitam trazer mais inovação ao nosso mercado. Pela nossa génese de economia partilhada, a OKU HUMAN® tem sido também como uma impulsionadora (e até investidora) noutras startups e continuará a sê-lo.
In 2021, OKU HUMAN® will continue to mark its presence in the Angolan market by increasing its portfolio of training and other on-demand services, increasing the number of associated consultants who add new skills to the business, as well as investing in international partnerships that allow us to bring more innovation to our market. Due to our shared economy genesis, OKU HUMAN® has also been a driver (and even an investor) in other startups and will continue to be so.
customer experience starts with a great employee experience; happy employees are more likely to create satisfied customers. In today’s market, it all starts with the “beat” of a brand. With this idea in mind, our focus is to develop brands with emotion, harmonized by unforgettable experiences to be experienced by employees and customers.
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Sonangol deve avançar para as energias renováveis Sonangol to move towards renewable energy
A Cedesa, entidade que analisa assuntos políticos e económicos de Angola, defendeu que a petrolífera angolana Sonangol deve adquirir uma empresa de energias renováveis para desenvolver este n e g ó c io e t o r nar-se mais atrativa pa ra a privatização. “No momento presente, em que se pretende privatizar a Sonangol numa perspetiva global”, é importante que a petrolífera tenha “tarefas na área das energias renováveis”, defende a Cedesa porque, “para ser uma empresa atrativa para o mercado internacional de ações, a Sonangol deve apresentar-se como adotando as últimas tendências das petrolíferas, e também seguindo as necessidades
Cedesa, an entity that analyzes political and economic issues in Angola, defended that the Angolan oil company Sonangol should acquire a renewable energy company to develop this business and make it more attractive for privatization. “At the present time, when the intention is to privatize Sonangol in a global perspective”, it is important that the oil company has “tasks in the area of renewable energies”, defends Cedesa because, “to be an attractive company for the international stock market, Sonangol must present itself as adopting the latest trends in oil companies, as well as following the needs of the energy transition”.
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Não abandonando nem menosprezando o seu potencial de crescimento na área da exploração e produção de petróleo, a Sonangol “deve explorar com arrojo as possibilidades combinadas trazidas pelas energias renováveis”, defende a Cedesa. Mas essa exploração “não deverá começar do zero”, deve sim ter “alguma sustentabilidade e economias de escala”, reforça o grupo de académicos, recordando que já tinha aflorado este caminho em anteriores relatórios, colocando, porém, a hipótese de a Sonangol poder vir a ter uma parceria estratégica com a portuguesa Galp para esta nova área de negócio. Uma alternativa seria a Sonangol adquirir uma empresa já minimamente estabelecida no ramo das energias renováveis e desenvolver as suas atividades a partir dessa nova plataforma. Neste momento, já foram anunciadas parceiras com as petrolíferas ENI (italiana) e Total (francesa) para desenvolver projetos em energias renováveis, que estarão a funcionar em 2022. Em relação ao potencial da empresa na área da exploração e produção de petróleo, a Cedesa considera que “há espaço e há mercado para a Sonangol, enquanto empresa petrolífera, crescer”. Pelo que, “a estruturação estratégica em curso da Sonangol deve-se centrar em produzir mais petróleo de forma mais eficiente, quer em termos de custos, quer em termos ambientais”. A entidade estima que “nas economias em crescimento acelerado, mais petróleo vai ser necessário, ainda que muitas vezes de forma não tão exponencial como anteriormente”. Assim, “existe uma larga margem para a Sonangol continuar a centrar-se no petróleo, quer porque nem sequer as quotas definidas pela OPEP para Angola são preenchidas”, quer pelo facto de o país estar neste momento “a produzir menos do que devia numa situação de restrição de mercado”. “Nessa medida, a Sonangol não deverá cometer o erro como algumas petrolíferas estão a fazer - de menosprezar o potencial do crescimento do mercado petrolífero”, sublinham. Mas reforçam que este modelo, “focado na eficiência petrolífera, tem de ser compaginado com o potencial enorme que se está a abrir nas energias renováveis e a empresa tem de aproveitar as sinergias energéticas, tal como estão a fazer muitas das suas congéneres e também fazem a China e a Índia”. “A Sonangol deve tornar-se numa empresa bi-focada: no petróleo e nas energias renováveis”, concluem.
Not abandoning or underestimating its growth potential in the area of oil exploration and production, Sonangol “must boldly explore the combined possibilities brought by renewable energies”, defends Cedesa. But this exploration “should not start from scratch”, it must have “some sustainability and economies of scale”, reinforces the group of academics, recalling that it had already surfaced this path in previous reports, raising, however, the hypothesis that Sonangol might to have a strategic partnership with the Portuguese company Galp for this new business area. An alternative would be for Sonangol to acquire a company that is already minimally established in the field of renewable energy and develop its activities based on this new platform. At this time, partnerships have already been announced with the oil companies ENI (Italian) and Total (French) to develop projects in renewable energy, which will be operational in 2022. Regarding the company’s potential in the area of oil exploration and production, Cedesa considers that “there is space and there is a market for Sonangol, as an oil company, to grow”. Therefore, “Sonangol’s ongoing strategic structuring should focus on producing more oil more efficiently, both in terms of costs and in terms of the environment.” The organization estimates that “in fast-growing economies, more oil will be needed, although often not as exponentially as before”. Thus, “there is a large scope for Sonangol to continue to focus on oil, either because not even the quotas defined by OPEC for Angola are met”, or because the country is currently “producing less than it should in a situation of market restriction”. “In this measure, Sonangol should not make the mistake - as some oil companies are doing - of underestimating the potential for growth in the oil market”, they stress. But they reinforce that this model, “focused on oil efficiency, has to be matched with the enormous potential that is opening up in renewable energies and the company has to take advantage of energy synergies, as many of its counterparts are doing and also do China and India”. “Sonangol must become a bi-focused company: on oil and renewable energies”, they conclude.
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Tendências económicas numa África pós-pandemia Economic trends in post-pandemic Africa
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Em plena emergência planetária climática a Covid-19 está a testar a preparação da civilização moderna para choques, nas esferas das finanças, economia e tecnologia; governação global, nacional e regional; saúde global e populacional; coesão social e segurança alimentar. De acordo com o novo relatório da Baker McKenzie, “Unprecedented: Converging Crises”, que observa que, embora a grande maioria das empresas em todo o mundo esteja agora no auge dos impactos imediatos da pandemia, as consequências desta mudança global abrupta terão repercusões nas próximas décadas. Com a fase aguda da resposta à Covid-19 praticamente concluída, os líderes empresariais começam agora a pensar em como se posicionar para ter sucesso num mundo turbulento, tendo que se adaptar aos desafios específicos trazidos pela pandemia.
In the midst of the planetary emergency of climate change, COVID-19 is testing modern civilization’s preparedness for shocks, across the spheres of finance, economics and technology; global, national and regional governance; global and population health; social cohesion and food security. This is according to Baker McKenzie’s new report, Unprecedented: Converging Crises, which notes that while the vast majority of businesses around the world are now in the throes of the immediate impacts of the pandemic, the consequences of this abrupt global change will reverberate for decades to come. With the acute phase of the COVID-19 response mostly complete, business leaders have begun to look at how to position themselves to succeed in a turbulent world, with organizations in different sectors having to adapt to specific challenges brought about by the pandemic.
Energia, Mineração e Infraestruturas
Energy, Mining & Infrastructure
No setor de Energia, Mineração e Infraestruturas, o relatório observa que os choques de procura, a guerra do preço do petróleo e a interrupção das cadeias de abastecimento globais provavelmente afetarão as considerações de investimento para questões de energia e mineração e para os investidores em ambos os setores. No setor de energia em África, o acesso à energia tem sido dificultado pela falta de financiamento competitivo, o péssimo estado das infraestruturas de serviços públicos do continente e a necessidade de adaptação da política e legislação energética para que possa impulsionar o investimento no setor. Após a Covid-19, novas soluções são necessárias para lidar com a crise de energia de África e iniciar uma estratégia em todo o continente para a sua recuperação e renovação. Tais soluções terão que tomar em consideração a transição energética e, em particular, a utilização de energia renovável, o foco em tecnologias de energia inteligente e soluções económicas, bem como o impulso global para um fornecimento de energia descentralizado, descarbonizado e seguro que atenda às mudanças climáticas e estimule o crescimento económico.
In the Energy, Mining & Infrastructure sector, the report notes that demand shocks, the oil price war, and disruption to global supply chains are likely to affect investment considerations for energy and mining concerns, and for investors in both sectors. In the energy sector in Africa, access to power has been hampered by the lack of competitive funding, the dire state of the continent’s utilities infrastructure and the need for energy policy and legislation to be adapted so that it can boost investment in the sector. Post COVID-19, new solutions are needed to address Africa’s power crisis and switch on a continent-wide strategy for its recovery and renewal. Such solutions will have to take into account the energy transition and in particular, the utilization of renewable energy, the focus on smart power technologies and cost-effective solutions, as well as the global drive towards a decentralized, decarbonized and secure energy supply that addresses climate change and stimulates economic growth.
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Em toda a África, novos sistemas e redes podem ser projetados em função de futuros problemas ambientais e procura de energia, sem ter que considerar as limitações da infraestrutura antiga. Com o uso avançado da tecnologia móvel em África e a falta de redes de transmissão de eletricidade existentes, esses desenvolvimentos oferecem uma oportunidade para as comunidades em África ganharem acesso à energia, ultrapassando o modelo tradicional de geração e transmissão centralizada de energia. Além disso, o investimento em África sempre esteve relacionado com as infraestruturas e isso não mudou em 50 anos. Entre os líderes africanos, tem havido um forte consenso de que o impedimento das infraestruturas deve ser abordado de forma a não restringir o aumento da integração comercial que será o resultado da Área de Comércio Livre Continental Africano (AfCFTA). Na última década, África fez progressos na superação das deficiências de financiamento de infraestruturas. Em 2019, o BAD anunciou no Fórum de Investimento em África, em Joanesburgo, que o investimento em infraestruturas em África totalizou mais de US $ 100 biliões em 2018 e cerca de US $ 25 biliões vieram da China. Do total, 40% foram para infraestruturas de energia.
Across Africa, new systems and networks can be designed around future environmental stressors and energy demands, without having to consider the limitations of old infrastructure. With advanced use of mobile technology in Africa and the lack of existing electricity transmission networks, these developments provide an opportunity for communities in Africa to gain access to power by leapfrogging the traditional model of centralized generation and transmission of power. Further, investment in Africa has always been a story of infrastructure and that has not changed in 50 years. Among African leaders, there has been a strong consensus that the infrastructure impediment must be addressed so as not to restrict increased the trade integration that will be the result of the African Continental Free Trade Area (AfCFTA). Over the past decade, Africa has made progress in overcoming the infrastructure financing shortfalls. In 2019, the AfDB announced at the Africa Investment Forum in Johannesburg that infrastructure investment in Africa amounted to more than USD100 billion in 2018, and around USD 25 billion came from China. Of the overall amount, 40% went to energy infrastructure.
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A China, através da sua Belt and Road Initiative (BRI), é o maior parceiro comercial e de investimento em infraestruturas de África, mas as oportunidades de investimento e colaboração estendem-se além da China para outras nações asiáticas, como o Japão, bem como a Europa e os Estados Unidos. A pandemia, no entanto, teve um impacto nos projetos BRI da China em África, pois os efeitos em cascata da Covid-19 afetaram a natureza, o ritmo e o foco da atividade BRI da China em África, embora principalmente no curto prazo.
China, through its Belt and Road Initiative (BRI), is Africa’s largest trading and infrastructure investment partner, but the opportunities for investment and collaboration extends beyond China to other Asian nations, such as Japan, as well as Europe and the United States. The pandemic, however, has had an impact on China’s BRI projects in Africa in that the ripple effects of COVID-19 affected the nature, pace and scope of China’s BRI activity in Africa, although mostly for the short term.
Instituições financeiras
Financial Institutions
Para as instituições financeiras, o relatório revela como os reguladores e investidores já desafiavam os bancos globais sistemicamente importantes (GSIBs) e instituições financeiras globais sistemicamente importantes (G-SIFIs) pelas suas vulnerabilidades potenciais a cenários climáticos de 1,5 graus Celsius, 2 graus Celsius, e mais. De acordo com o relatório, a pandemia Covid-19 deve expor riscos dentro de carteiras e também pode tornar mais difícil para os G-SIBs e G-SIFIs reconstruírem os buffers de capital de que podem precisar para lidar com os impactos previstos da crise climática em todas as faixas de temperatura (mesmo aqueles que podem parecer benignos). No ambiente pós-pandémico em África, as instituições financeiras terão que navegar não apenas numa economia em recessão, mas numa onde haverá muitos desreguladores para os modelos de negócios existentes e uma rápida aceleração das tendências existentes, como digitalização, cibercrime e meio ambiente, social e fatores de governação. Uma recessão longa e prolongada devido aos impactos da pandemia terá grandes implicações para as instituições financeiras, assim como para todos os outros setores da economia. A um nível alto, embora as organizações atualmente permaneçam bem capitalizadas, a posição pode deteriorar-se. As instituições financeiras deverão enfrentar níveis crescentes de empréstimos incumpridos, com as empresas a retirar linhas de crédito pré-existentes.
For Financial Institutions, the report notes how regulators and investors were already challenging Global Systemically Important Banks (G-SIBs) and Global Systemically Important Financial Institutions (GSIFIs) for their potential vulnerabilities to climate scenarios of 1.5 degrees Celsius, 2 degrees Celsius, and more. According to the report, the COVID-19 pandemic should expose risks within portfolios and may also make it harder for G-SIBs and G-SIFIs to rebuild the capital buffers they might need to deal with anticipated impacts of the climate crisis at all temperature ranges (even those that may appear benign). In the post-pandemic environment in Africa, financial institutions will have to navigate not only an economy in recession, but one where there will be many disruptors to existing business models and a rapid acceleration of existing trends such as digitalization, cybercrime and environmental, social and governance factors. A long and protracted recession due to the impacts of the pandemic will have major implications for financial institutions, as it does for other all sectors of the economy. At a high level, while organizations currently remain well capitalized, the position could deteriorate. Financial institutions are expected to face increasing levels of non-performing loans, with corporates drawing down pre-existing credit lines.
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As instituições financeiras africanas estão, de um modo geral, de boa saúde nesta fase, com fundos adequados reservados para ultrapassar tempos difíceis. Embora os grandes bancos tenham sido afetados pela pandemia, eles ainda têm liquidez e altos níveis de capital e não devem precisar de levantar capital como resultado do impacto da Covid-19. No entanto, os programas de alívio da pandemia em breve precisarão de ser pagos e resta saber como essa dívida será administrada no ambiente económico atual. Há também uma tendência de aumento da regulamentação e supervisão das instituições financeiras. Regulamentações que exigem que as organizações ajam no melhor interesse dos clientes além das estritas obrigações contratuais (prestando muita atenção às expectativas dos seus reguladores) receberam um ímpeto adicional à luz da flexibilidade e tolerância mostradas para com os clientes nos estágios iniciais do bloqueio. As estruturas regulatórias dos serviços financeiros de África melhoraram substancialmente nos últimos anos, o que ajudou os reguladores na sua resposta à crise da Covid-19. Ao longo da última década, os reguladores africanos têm melhorado a estabilidade do setor financeiro através da adoção de regulamentos que, por exemplo, promovem a concorrência, melhoram o acesso a informações de crédito, apoiam empréstimos mais rígidos e requisitos de rácio de capital mais rigorosos, incentivam a inovação financeira e garantem a melhor monitorização e gestão das instituições financeiras. Desafios, como o poder de fiscalização limitado e a falta de independência dos reguladores em alguns países, ainda existem.
African financial institutions are, on the whole, in good health at this stage, with adequate funds set aside to ease them through difficult times. While the big banks have been affected by the pandemic, they still have liquidity and strong capital levels and should not need to raise capital as a result of the impact of Covid-19. However, pandemic relief programs will soon need to be paid back and it remains to be seen how this debt will be managed in the current economic environment. There is also a trend towards increasing regulation and supervision of financial institutions. Regulations requiring organizations to act in client’s best interests over and above strict contractual obligations (paying close attention to their regulator’s expectations) has received added impetus in light of the flexibility and forbearance shown towards customers in the opening stages of the lockdown. The financial services regulatory frameworks in Africa have improved substantially in recent years, which has aided regulators in their response to the Covid-19 crisis. Over the past decade, African regulators have been improving financial sector stability through the adoption of regulations that, for example, promote competition, improve access to credit information, support tighter lending and more stringent capital ratio requirements, encourage financial innovation and ensure the improved monitoring and governance of financial institutions. Challenges, such as limited enforcement power and the lack of independence of regulators in some countries, still exist.
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Tecnologia, Media e Telecomunicações
Technology, Media and Telecommunications
O setor de Tecnologia, Media e Telecomunicações tem um papel positivo a desempenhar na transformação dos negócios em África, abrindo-os à concorrência, introduzindo novos serviços e interrompendo os modelos de negócios existentes. Espera-se que o impacto imediato da Covid-19 impulsione as tendências existentes, por exemplo, digitalização e entrega remota de serviços. Muito antes da Covid-19, as empresas em África recorriam à tecnologia para reduzir custos, melhorar processos, aumentar os clientes e aumentar a inovação. Por exemplo, em termos de soluções financeiras baseadas em criptografia, já existe uma abundância de plataformas móveis e de pagamento eletrónico locais que facilitam a transferência de dinheiro em todo o continente. Os países de África que viram um rápido crescimento no uso de criptomoedas e estão a começar a contemplar ou adotar regulamentações a esse respeito, incluem Quénia, África do Sul, Nigéria e Gana. Após a pandemia, muitas organizações africanas irão concentrar-se em melhorar a sua resiliência e aumentar a sua devida diligência digital como resultado do aumento do risco de ataques cibernéticos e violações de dados causados pelo aumento da digitalização e do trabalho remoto. Atualmente, há uma falta generalizada de legislação cobrindo o setor de tecnologia em África - vários países de África ainda não têm legislação específica sobre segurança cibernética e privacidade e proteção de dados. Em países onde existem regulamentações, as leis podem ser formuladas de maneira vaga e há desafios na sua aplicação. Regionalmente, por exemplo, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental têm políticas de proteção de dados em vigor, e a Convenção da União Africana (UA) sobre Cibersegurança e Dados Pessoais (2014) foi ratificada por alguns países até agora, mas precisa da ratificação de 15 estados membros para entrar em vigor.
The Technology, Media and Telecommunications sector has a positive role to play in transforming businesses in Africa, opening it up to competition, introducing new services and disrupting incumbent business models. The immediate impact of Covid-19 is expected to boost existing trends, for example, digitalization and the remote delivery of services. Well before Covid-19, businesses in Africa had been turning to technology to reduce costs, improve processes, grow customers and enhance innovation. For example, in terms of crypto-based financial solutions, there is already an abundance of local mobile and e‑payment platforms easing the transfer of money across the continent. Countries in Africa that have seen a rapid growth in cryptocurrency use, and are beginning to contemplate or adopt regulations in this regard, include Kenya, South Africa, Nigeria and Ghana. Post-pandemic, many African organizations will be focusing on improving their resilience and increasing their digital due diligence as a result of the increased risk of cyber-attacks and data breaches brought about by increases in digitization and remote working. There is currently a widespread lack of legislation covering the technology sector in Africa – numerous countries in Africa do not yet have specific legislation around cyber security, and data privacy and protection. In countries where regulations do exist, the laws can be vaguely worded, and there are challenges around enforcement. Regionally, for example, the Southern African Development Community and the Economic Community of West African States have data protection policies in place, and the African Union’s Convention of the African Union (AU) on Cybersecurity and Personal Data (2014) has been ratified by some countries so far, but it needs the ratification of 15 member states to become effective.
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A legislação que rege a economia digital é essencial para proteger os cidadãos africanos em relação aos seus direitos de privacidade digital e ameaças à segurança cibernética, garantindo, ao mesmo tempo, que as suas liberdades online não sejam ameaçadas. Considerando a atual mudança rápida para modelos de negócios com foco digital em África, a implementação dessas proteções e orientações legais tornou-se urgente.
Legislation governing the digital economy is essential
Industrial, Manufaturas e Transportes
Industrial, Manufacturing & Transportation
No setor industrial, de manufatura e transporte, o relatório observa como o choque Covid-19 forneceu uma oportunidade estratégica de alta pressão para repensar as operações da cadeia de abastecimentos para flexibilidade e adaptabilidade, com consideração aprimorada de reshoring, nearshoring e onshoring. Esses movimentos podem ser caros e acarretar um risco significativo, mas podem posicionar as entidades para um mundo em que condições climáticas extremas mais frequentes e poderosas causarão um enorme impacto nas cadeias de abastecimento. Atender às consequências - e ao aviso - do choque Covid-19 poderia tornar as cadeias de abastecimento menos vulneráveis a uma ampla gama de interrupções futuras. As iniciativas de IMT na África após a pandemia devem, portanto, ter um foco maior na melhoria da capacidade de África para o desenvolvimento sustentável, de baixo carbono e verde, por exemplo, energia limpa, saúde comunitária, transporte verde, água sustentável, proteção da vida selvagem e projetos de desenvolvimento de baixo carbono. Um compromisso com os princípios ESG ocupará o centro do palco na busca por financiamento pós-pandemia, com acesso a capital para grandes projetos industriais que agora provavelmente conterão requisitos de sustentabilidade.
In the Industrial, Manufacturing & Transportation
to protect African citizens in terms of both their digital privacy rights and cybersecurity threats, while at the same time ensuring that their online freedoms are not threatened. Considering the current rapid move to digitally focused business models in Africa, the implementation of these legal protections and guidance has become urgent.
sector, the report notes how the Covid-19 shock has provided a high-pressure, strategic opportunity to rethink supply chain operations for flexibility and adaptability, with improved consideration of reshoring, nearshoring and on‑shoring. Such moves could be costly and entail significant risk, but could position entities for a world in which more frequent and powerful extreme weather will take an enormous toll on supply chains. Heeding the consequences – and the warning – of the Covid-19 shock, could make IMT supply chains less vulnerable to a wide range of coming disruptions. IMT initiatives in Africa after the pandemic are therefore expected to have a heightened focus on improving Africa’s capacity for green, low-carbon and sustainable development, via, for example, clean energy, community healthcare, green transport, sustainable water, wildlife protection and low-carbon development projects. A commitment to ESG principles will take center stage in the quest for post-pandemic funding, with access to capital for large industrial projects now likely to contain sustainability requirements.
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Saúde e Ciências da Vida O relatório mostra ainda como as empresas de Saúde e Ciências da Vida enfrentaram desafios com o fornecimento de medicamentos antes do Covid-19, destacando que não é irracional supor que os fabricantes de medicamentos enfrentarão obstáculos ainda maiores para lucrar com os após o Covid-19 - e que a vontade dos investidores pode abrandar. O relatório detalha como a Grande Agricultura, por outro lado, enfrenta o risco inexorável das mudanças climáticas, com ou sem Covid-19. É por isso que os investidores irão concentrar-se nas oportunidades de crescimento em inovação de sementes, novas variedades de colheitas e agricultura de precisão, uma vez que os avanços nessas áreas provavelmente ocorrerão entre um grupo de elite de gigantes da ciência agrícola.
Healthcare & Life Sciences The report further shows how Healthcare & Life Sciences companies have faced challenges with drug pipelines prior to Covid-19, outlining that it is not unreasonable to assume that drug makers will face even bigger hurdles to profit from drug pipelines after Covid-19 – and that investor sentiment may sour. The report details how Big Agriculture, on the other hand, is facing the inexorable risk of climate change, with or without Covid-19. That is why investors will focus on growth opportunities in seed innovation, new crop varieties, and precision agriculture, since advancements in these areas will most likely take place among an elite group of agricultural science behemoths.
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Além disso, enquanto algumas indústrias e serviços são forçados a fechar, as empresas no âmbito da saúde e ciências da vida foram forçadas a trabalhar ainda mais, inovar mais rapidamente, colaborar e ser mais resilientes, tudo num ritmo sem precedentes. O aumento do número de medidas legais e regulamentares decorrentes da Covid-19, e destinadas a combater a sua propagação, tem sido verdadeiramente proporcional ao crescimento da pandemia. Embora as medidas afetem todas as indústrias, muitas delas tiveram implicações diretas para os setores de saúde e ciências da vida em África.
Further, while some industries and services are forced to shut down, companies in the healthcare and life sciences ambit have been pushed to work even harder, innovate faster, collaborate and be more resilient, all at an unprecedented pace. The increase in the number of legal and regulatory measures arising out of Covid-19, and aimed at combatting its spread, has been truly proportional to the growth of the pandemic. Although the measures affect all industries, many of these have had direct implications for the healthcare and life sciences sectors in Africa.
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Bens de Consumo e Distribuição
Consumer Goods & Retail
O relatório também mostra como as organizações do setor de Bens de Consumo e Distribuição tiveram que relembrar a psicologia do consumidor e o comportamento do comprador durante esta crise, em parte por causa da escala global da pandemia Covid-19 e sua interrupção das nossas rotinas diárias. O relatório observa que os consumidores agora podem estar à procura de produtos e experiências de distribuição que sejam reconfortantes, nostálgicas, necessárias e novas. O relatório afirma que são necessários dados sobre a confiança que os consumidores têm em bens e distribuição online - especialmente levando em consideração o quão bem os fabricantes de bens de consumo e lojistas entregam um mix de produtos que acalma a ansiedade, ao mesmo tempo que atende ao desejo por novidades no meio de uma rotina entediante. Como tal, o relatório observa que a pandemia pode redefinir o que certos segmentos de consumidores acreditam ser essencial, com o hedonismo e o consumismo austero encontrando voz. A lei da concorrência também se tornou um foco central da indústria de CG&R este ano. Durante a pandemia, houve inúmeras reclamações de conduta anticompetitiva de clientes e consumidores em toda a África, que expressaram preocupação com aumentos repentinos de preços de produtos de saúde e higiene, bem como produtos essenciais identificados. Numerosas autoridades de concorrência africanas, cientes dos efeitos de aumentos de preços injustificados e preços excessivos em economias já vulneráveis, responderam estabelecendo equipas de investigação especializadas, reorientando os recursos existentes para reclamações específicas do Covid-19 e introduzindo novos regulamentos de concorrência. As autoridades africanas da concorrência observaram ainda que a colaboração entre elas e as autoridades de proteção do consumidor, bem como entre os fornecedores de serviços essenciais concorrentes, foi essencial para permitir que os países respondessem de forma adequada à crise do Covid-19.
The report also shows how organizations in the Consumer Goods & Retail sector have had to relook consumer psychology and buyer behavior during this crisis, in part because of the global scale of the Covid-19 pandemic and its disruption of our daily routines. The report notes that consumers could now be looking for goods and retail experiences that are comforting, nostalgic, needed and new. The report states that data is needed on the trust consumers have in goods and online retail – especially taking into account how well consumer goods manufacturers and retailers deliver a product mix that assuages anxiety, while serving the desire for novelty amidst stultifying routine. As such, the report notes that the pandemic may redefine what certain consumer segments believe is essential, with hedonism and austere consumerism both finding a voice. Competition law also became a core focus of the CG&R industry this year. During the pandemic there were innumerable complaints of anti-competitive conduct from customers and consumers across Africa, who expressed concerns over sudden price hikes of healthcare and hygiene products as well as identified essential products. Numerous African competition authorities, aware of the effects of unjustified price hikes and excessive pricing on already vulnerable economies, responded by establishing specialized investigation teams, refocusing existing resources to COVID-19 specific complaints, and introducing new competition regulations. African competition authorities further noted that collaboration between themselves and consumer protection authorities, as well as between competing essential service providers, had been essential to enable countries to adequately respond to the COVID-19 crisis.
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Hotéis, Resorts e Turismo
Hotels, Resorts & Tourism
O relatório mostra ainda como o setor de Hotéis, Re-
The report further shows how Hotels, Resorts &
sorts e Turismo poderia ver hotéis e resorts “amigos da pandemia” a surgir no meio da devastação do Covid-19, com possíveis instalações como hospitais, médicos e enfermeiras sofisticados; instalações externas que permitem o distanciamento físico de hóspedes com diagnóstico de infecções virais; ginásios concebidos para distanciamento físico e/ ou exercícios individuais em ginásios esterilizados; e super cozinhas seguras para alimentos. Além disso, o turismo também pode precisar de se tornar hiperlocal para sobreviver até que as restrições globais às viagens relaxem o suficiente para reiniciar as viagens de forma significativa.
Tourism sector could see pandemic-friendly hotels and resorts emerge amidst the devastation of Covid-19, w i t h p o s s i b l e fa c i l i t i e s s u c h a s s o p h i s t i c a t e d onsite hospitals, physicians and nurses; outdoor facilities that allow for physical distancing of guests diagnosed with viral infections; gyms designed for physical distancing and/or one-person workouts in sterile gyms; and super food-safe kitchens. Further, tourism may also need to become hyper-local to survive until global travel restrictions relax enough to meaningfully reboot travel.
A pandemia trouxe à tona a importância das
The pandemic has brought home the importance of
questões ASG - não apenas ambientais - mas também
ESG concerns – not only environmental – but social
as questões sociais e de liderança.
and governance issues as well. Businesses in Africa
Empresas em África que priorizam elementos
who are prioritizing ESG elements such as energy
ASG, como eficiência energética, sustentabilidade,
efficiency, sustainability, carbon footprint,
pegada de carbono, envolvimento da comunidade, saúde no local de trabalho, educação, desenvolvimento de habilidades e liderança, por exemplo. As organizações bem-sucedidas já terão incorporado a sustentabilidade nas suas estratégias e, portanto, serão capazes de tirar proveito do tratamento regulatório favorável para melhorar sua competitividade. O resultado final é que há muito poucos setores que não foram afetados pela pandemia e aqueles que se adaptaram com sucesso aos desafios encontrarão muitas oportunidades interessantes de crescimento em 2021 e para além.
community involvement, workplace health, education, skills development, and governance, for example. Successful organizations will have already embedded sustainability in their strategies and will therefore be able to take advantage of favorable regulatory treatment to improve their competitiveness. The bottom line is there are very few sectors who have not been affected by the pandemic and those that successfully adapt to the challenges will find many exciting opportunities for growth in 2021 and beyond.
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Fórum África: A recuperação da economia africana pós-pandemia Forum Africa: The post-pandemic recovery of the African economy
O renascimento das economias africanas foi o tema do Fórum organizado pelo Conselho Francês de Investidores em África (CIAN) em Paris. Antes do início da pandemia Covid-19, as seis economias mais dinâmicas do mundo eram africanas. Mas depois de mais de um ano de restrições de saúde, os países que dependem principalmente do petróleo e do turismo pagaram um preço alto. Para criar riqueza, essas nações terão que diversificar. Akinwumi Adesina, o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, afirmou que “Cada vez que há uma crise, é como uma canção. Devemos diversificar, devemos diversificar! Mas depois da crise, esquecemos. Tomemos por exemplo a agricultura, para a agricultura ser modernizada, as cadeias de valor devem ser desenvolvidas”.
The revival of African economies was the theme of the Forum organised by the French Council of Investors in Africa (CIAN) in Paris. Before the onset of the COVID-19 pandemic, the six most dynamic economies in the world were African. But after over a year of health restrictions, countries that depend mainly on oil and tourism have paid a heavy price. In order to create wealth, these nations will have to diversify. Akinwumi Adesina, the president of the African Development Bank, shared his perspective: “Every time there is a crisis, it’s like a song. We must diversify, we must diversify! But after the crisis, we forget. Take for example agriculture, for agriculture to be modernised, the value chains must be developed”.
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“Há também a Zona de Livre Comércio Continental que reúne todos os países africanos com um PIB combinado de pelo menos 3.000 biliões de dólares. Mas para ser rentável, deve haver uma real industrialização desta zona, para que não seja apenas uma zona onde bens são trocados, mas sim uma zona em que existem empresas, indústrias....“ Ugwe resumiu o estado atual dos assuntos económicos discutidos no fórum. “Diante de um choque de proporções sem precedentes, África mostrou uma resiliência que foi saudada por uma grande maioria dos palestrantes neste fórum. “A crise económica provocada pela pandemia finalmente funcionou como um acelerador da transformação dos negócios, que não terão escolha a não ser reinventar-se para sobreviver”. Samy Agli, o presidente da Confederação de Empregadores Civis da Argélia (CAPC), é apaixonado pela autêntica produção económica africana da pátria para o mundo. “A Covid já impôs uma outra forma de fazer negócios e tudo isso se traduz em grandes oportunidades para a África, que hoje é o lugar onde há crescimento. Cabe a nós, africanos, criar o ecossistema necessário para que os africanos fiquem em casa, trabalhem em África e criem riqueza em África e em todo o mundo, mas a partir de África”. Outra alavanca de crescimento é a revolução digital no continente africano que resultou num boom da criação de negócios. Mamé Fatou Gueye, um parceiro sénior da Microsoft e gerente de desenvolvimento na região do norte e oeste da África, forneceu algumas dicas sobre a jornada de digitalização em desenvolvimento em África. “Esta nova economia digital pode permitir que o continente se recupere. Levaria 10 anos para se recuperar economicamente, mas com as ferramentas digitais disponíveis hoje e as estratégias digitais dos vários estados, o continente africano está realmente a tornar-se uma potência económica ao nível digital”. O convidado de honra desta edição foi o Togo representado pela sua Primeira-Ministra, Victoire Tomegah-Dogbé. O país, que inaugurou a maior central solar da África Ocidental, em junho, registou uma retoma do crescimento de + 1,1% em 2020 - apesar da pandemia.
“There is also the Continental Free Trade Area which brings together all African countries with a combined GDP of at least 3,000 billion dollars. But to be profitable, there must be real industrialisation of this zone, so that it is not only a zone where goods are exchanged but rather a zone in which there are companies, industries...” Ugwe summarised the current state of economic affairs discussed at the forum. “Faced with the shock of unprecedented proportions. Africa has shown a resilience that has been hailed by a large majority of the speakers at this forum. “The economic crisis caused by the pandemic has finally acted as an accelerator for the transformation of businesses, which will have no choice but to reinvent themselves in order to survive”. Samy Agli, the president of the Algerian Confederation of Civil Employers (CAPC), is passionate about authentic African economic production from the Motherland to the world. “Covid has already imposed another way of doing business and all this translates into huge opportunities for Africa, which is now the place where there is growth. It is up to us Africans to create the necessary ecosystem so that Africans stay at home, work from Africa and create wealth in Africa and around the world but from Africa”. Another growth lever is the digital revolution on the African continent - which has resulted in a boom in business creation. Mamé Fatou Gueye, a Microsoft senior partner and development manager in the northern and western African region, provided some insight on African’s budding digitalisation journey. “This new digital economy can allow the continent to catch up. It would have taken 10 years to catch up economically, but with the digital tools available today and the digital strategies of the various states, the African continent is really becoming an economic power on the digital level”. Guest of honour at this edition was Togo - represented by its Prime Minister, Victoire Tomegah-Dogbé. The country, which inaugurated the largest solar power plant in West Africa in June, recorded a growth rebound of +1.1% in 2020 - despite the pandemic.
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Prioridades da recuperação pós-Covid em África Priorities of post-Covid recovery in Africa
Embora a pandemia tenha gerado uma necessidade urgente de maior apoio internacional para África no âmbito de uma forma mais moderna de multilateralismo, a região terá que assumir o controle de seu próprio futuro, construindo um novo tipo de parceria com o setor privado - a nível nacional e internacional - de forma a garantir os financiamentos necessários à sua recuperação económica e mitigar os impactos da crise a médio e longo prazo. Essas foram as principais conclusões da Quinquagésima terceira sessão da Conferência dos Ministros Africanos das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico.
While the pandemic has generated an urgent need for increased international support for Africa within the framework of a more modern form of multilateralism, the region will have to take charge of its own future by building a new kind of partnership with the private sector - both at the national and international level - so as to secure the financing needed for their economic recovery and mitigate the medium and long-term impact of the crisis. These were the main takeaways of the Fifty-third session of the Conference of African Ministers of Finance, Planning and Economic Development
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Acesso às vacinas Covid-19
Access to COVID-19 vaccines
No mundo desenvolvido, o lançamento de campanhas de vacinação e os primeiros resultados positivos das medidas de mitigação da crise económica deram aos países uma significativa vantagem na corrida de adaptação ao novo contexto económico pós-Covid-19. No entanto, África, que está no final da fila no que diz respeito ao acesso às vacinas, e que precisa de fundos para mitigar o impacto da crise de saúde nas suas economias, está longe do fim de sua provação. “Para conter a propagação da pandemia, todos os países adotaram medidas de proteção, que resultaram no regresso ao protecionismo. Isso levou a uma incerteza persistente, apesar da chegada das vacinas, e agora estamos a falar sobre a segunda e terceira ondas e o surgimento de novas variantes do Covid-19”, disse a Ministra da Economia e Recuperação do Gabão, Nicole Roboty. “Esta situação pode ter implicações significativas a médio e longo prazo no desenvolvimento de África e um impacto muito real no resto do mundo, levando os especialistas a apelar a um maior apoio a África”, de acordo com o Diretor do FMI para a África, Abebe Aemro Selassie. “Acho que a região vai enfrentar alguns anos bastante difíceis. O que acontecerá nos próximos 5 a 8 anos na África é do profundo interesse da comunidade internacional. A transição demográfica que se desenrola na região significa que pelo menos demograficamente - mas também economicamente - o século 21 é o século africano”, acrescentou. O Sr. Selassie elogiou a recente decisão dos países do G7 de conceder novos Direitos de Saque Especiais (Special Drawing Rights - SDR) para o benefício dos países em desenvolvimento e aqueles vulneráveis à Covid-19, uma medida que deve beneficiar os países de renda média, como o Gabão. No entanto, aqui novamente, o apoio internacional para África não pode mais ser baseado no mesmo modelo que no passado, pois terá que ocorrer no quadro de um novo tipo de multilateralismo pós-Covid-19, e ajudar a aumentar a capacidade de suportar crises futuras.
In the developed world, the launch of vaccination campaigns and the first positive results of the economic crisis mitigation measures have given countries a significant head start in the race for adaptation to the new post-Covid-19 economic context. However, Africa, which is at the back of the queue regarding access to vaccines, and which has sorely lacked funding to mitigate the impact of the health crisis on its economies, is far from the end of her ordeal. To curb the spread of the pandemic all countries have adopted protection measures, which have resulted in de-facto return to protectionism. This has led to persistent uncertainty, despite the arrival of vaccines, and now, we are talking about second and third waves and the appearance of new Covid-19 variants, said Gabon’s Minister of Economy and Recovery, Nicole Roboty. This situation could have significant medium and long-term implications on Africa’s development, and a very real impact on the rest of the world, leading experts to call for an increased support to Africa, according to IMF Director for Africa, Abebe Aemro Selassie. “I think the region is going to face quite a difficult few years. What will be happening over the next 5 to 8 years in Africa is in the deep interests of the international community. The demographic transition unfolding in the region means that at least demographically - but also in my view economically - the 21st century is the African century,” he added. Mr. Selassie lauded the G7 countries’ recent decision to grand new Special Drawing Rights (SDR) for the benefit of developing countries and those vulnerable to Covid-19, a measure that should benefit middle-income countries such as Gabon. However, here again, international support for Africa can no longer be based on the same model as in the past as it will have to take place within the framework of a new, post-COVID-19 type of multilateralism, and help increase the region’s capacity to navigate future crises.
60 60 “A primeira coisa que precisamos de reconhecer é que a crise que enfrentamos agora não será definitiva. O sistema multilateral atual foi projetado em meados do século 20, como todos sabemos, e a realidade mudou de uma forma fundamental desde então”, disse Arkebe Oqubay, Ministro Senior e Conselheiro Especial do Primeiro Ministro da Etiópia e candidato a Diretor geral de África à UNIDO. “O que África precisa é de uma década mais previsível à sua frente, uma resposta global e regional unificada e um sistema multilateral redefinido. Isso é fundamental na minha opinião. Numa situação imprevisível como a atual, será difícil lidar com a crise sem respostas coordenadas”, acrescentou Oqubay. Além do apoio das instituições internacionais, África terá que tomar medidas cruciais, especialmente em questões como as vacinas, cujo acesso terá implicações económicas decisivas no próximo ano. África também terá que aproveitar a oportunidade da recuperação pós-Covid-19 para transformar as suas economias, já que o regresso ao modelo económico pré-pandémico não permitirá que ela gere empregos suficientes para os milhões de jovens que chegam todos os anos ao seu mercado de trabalho.
“The first thing we need to recognize is that the crisis we are facing now is not going to be the final one. The current multilateral system was designed in the mid-20th century, as we all know, and reality has changed in a fundamental way since”, said Arkebe Oqubay, Senior Minister and Special Adviser to the Prime Minister of Ethiopia, and Africa’s candidate for UNIDO Director General. What Africa needs is a more predictable decade ahead of it, a unified global and regional response, and a redefined multilateral system. This is very fundamental in my view. In an unpredictable situation such as the current one, it will be difficult to cope with the crisis without coordinated responses, Mr. Oqubay added. In addition to international institutions’ support, Africa will have to take crucial measures, especially on issues such as vaccines, access to which will have decisive economic implications in the coming year. Africa will also have to seize the opportunity of the post COVID-19 recovery to transform its economies, since returning to the pre-pandemic economic model will not allow it to generate enough jobs for the millions of youths arriving every year on its labour market.
Arkebe Oqubay
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Reorientação das prioridades dos países
Countries reorienting priorities
Para alcançar este objetivo, vários países como a Etiópia, Gabão e Nigéria estão em processo de reorientar as suas prioridades estratégicas e investir no desenvolvimento sustentável e amigo do ambiente, criando ecossistemas industriais e para acelerar a sua transição energética. “Existem oportunidades imensas nos nossos países. Sim, existem riscos, mas se você olhar para os negócios que existem há anos, há alguns extremamente bons entre eles. Estamos à procura de empresas que virão e farão parcerias com empresas locais para crescer na Nigéria”, disse Zainab Ahmed, Ministro das Finanças, Orçamento e Planeamento Nacional da Nigéria. “O Governo da Etiópia reconhece que o foco na industrialização e nos setores produtivos é a melhor forma de garantir o crescimento sustentável. A industrialização não pode ser construída sem os ecossistemas necessários”, disse Oqubay. Para além destes esforços, os países africanos terão de mudar a forma como interagem com o sector privado, tanto interna como internacionalmente. O setor privado terá um papel decisivo a desempenhar na recuperação económica pós-Covid-19 devido à sua capacidade de geração de empregos. No entanto, a relação entre os governos e o setor privado terá de ser revista, alertou Masood Ahmed, presidente do Center for Global Development (CGD), com sede em Washington. “Na primeira fase (da pandemia), os países procuravam ajudar todas as empresas do setor privado porque era uma emergência, mas agora, na recuperação, algumas empresas vão ser viáveis, outras não, porque o cenário económico vai mudar”, explicou. Agora, uma conversa muito mais complexa deve ocorrer sobre quais os tipos de empresas que devem ser apoiadas, como; e como criar uma parceria que reconheça que o futuro não será simplesmente um regresso ao passado. Isso requer um grau de compreensão mais comum dos resultados futuros, um pouco menos de “nós e eles” entre o setor público e o setor privado, acrescentou.
To reach this goal, a number of countries such as Ethiopia, Gabon and Nigeria are in the process of reorienting their strategic priorities and investing in sustainable, environmentally friendly development, setting up industrial ecosystems and to accelerate their energy transition. “There are immense opportunities in our countries. Yes, there are risks, but if you look at businesses that have existed for years, there are extremely good ones among them. We are looking for businesses that will come and partner with local businesses to grow in Nigeria,” said Zainab Ahmed, Minister of Finance, Budget and National Planning of Nigeria. “The Ethiopian Government recognizes that focusing on industrialization and productive sectors is the best way to guarantee sustainable growth. Industrialization cannot be built without the required ecosystems”, said Mr. Oqubay. In addition to these efforts, African countries will have to change the way they interact with the private sector, both internally and internationally. The private sector will have a decisive role to play in the post-COVID-19 economic recovery because of its capacity to generate jobs. However, the relationship between governments and the private sectors will have to be reviewed, warned Masood Ahmed, President of the Washington-based Centre for Global Development (CGD). “In the first phase [of the pandemic], countries sought to help every firm in the private sector because it was an emergency, but now, in the recovery, some firms are going to be viable, others not, because the economic landscape is going to change”, he explained. Now a much more complex conversation has to take place about which kinds of firms should be supported, how; and how to create a partnership that recognizes that the future is not going to be simply a return to the past. That requires a degree of more common understanding of future outcomes, a bit less of “us and them” between the public sector and the private sector, he added.
62 62 Na frente internacional, os países africanos terão que contar com os mercados de capitais, que representam 40% da dívida externa da região, para reduzir o déficit de financiamento que atrofiou o desenvolvimento de África, mesmo antes da crise, e que agora pode se tornar uma ameaça para a seu recuperação económica pós Covid-19. Os países africanos terão de investir na confiança dos investidores para ganhar a confiança dos mercados de capitais. Em choques anteriores, os investidores olhavam para as classificações e outras fontes confiáveis, como o FMI, mas o que os investidores mais olhavam eram uns para os outros. Os investidores podem agir como um rebanho em situações de crise, disse Alastair Wilson, diretor administrativo e chefe do Grupo de Risco Soberano da Moody’s e Serviços de Investimento da Moody’s. Um comportamento típico observado em crises anteriores foi a fuga maciça de capitais para fora de países identificados como de risco, seguida de um influxo de capitais para países considerados mais lucrativos e menos arriscados. Nesse tipo de situação, as agências de rating não são parte do problema, mas da solução, porque nesse tipo de mercado é necessário ter uma voz comedida para trazer estabilidade, disse Wilson. Para atrair e estabilizar o investimento estrangeiro, os governos africanos devem reduzir os riscos reforçando a qualidade das suas instituições nacionais e tomando medidas como o reforço da boa governação, transparência, facilidade de fazer negócios, luta contra a corrupção e investimento em infraestruturas, tecnologia e capital humano.
On the international front, African countries will have to rely on capital markets, which account for 40% of the region’s external debt, to reduce the financing gap that stunted Africa’s development even prior to the crisis, and which may now become a threat to its post COVID-19 economic recovery. African countries will have to invest in investor confidence in order to gain the trust of capital markets. In previous shocks, investors looked at ratings, and other credible sources such as the IMF, but what investors look the most at was each other. Investors can act like a herd in crisis situations, said Alastair Wilson, Managing Director and Head of Moody’s Sovereign Risk Group and Moody’s Investment Services. A typical behaviour observed in previous crises has been the massive flight of capital out of countries identified as being at risk followed by a capital influx towards countries deemed more profitable and less risky. In this kind of situations, rating agencies are not part of the problem but part of the solution, because in this kind of market it is necessary to have a measured voice to bring about some stability, Mr. Wilson said. To attract and stabilize foreign investment, African governments must reduce risks by strengthening the quality of their national institutions and taking measures such as stepping up good governance, transparency, ease of doing business, the fight against corruption and investing in infrastructure, technology and human capital.
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Juntos Seremos Mais Fortes!
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Luís Barroca Monteiro CEO Finy Ventures
Conversámos com Luís Barroca Monteiro, CEO da Finy Ventures e Editor da nossa revista, para que nos revelasse um pouco sobre como tem sido o percurso da On Startups Magazine Angola, que promete continuar a sua missão de divulgar ideias, projetos, empreendedores, investidores e pessoas ligadas ao ecossistema empreendedor. Em jeito de balanço dos 5 meses de vida da edição, olhamos para a revista sob um prisma introspetivo, mas também sobre o seu impacto junto da comunidade empreendedora angolana.
We spoke with Luís Barroca Monteiro, CEO of Finy Ventures and Editor of our magazine. We asked him to reveal a little about how On Startups Magazine Angola’s path has been so far, which promises to continue its mission of promoting ideas, projects, entrepreneurs, investors, and everyone connected to the entrepreneurial ecosystem. In the five months of this edition, we make a balance of the magazine, not only from an internal perspective but also from its impact on the Angolan entrepreneurial community.
Como surgiu a ideia de criar a On Startups Magazine Angola? A criação da On Startups Magazine de Angola nasceu, naturalmente, no seguimento da estratégia da Finy Ventures. Esta estratégia incluía uma presença em Angola, onde pretendemos dar o nosso contributo para o ecossistema empreendedor, promovendo boas práticas, networking, aproximando startups a investidores, de forma a aumentar a probabilidade de sucesso das mesmas. Sabemos que há muitos e bons projetos em Angola, mas também sabemos que se trata de um ecossistema ainda muito recente e que, naturalmente, terá o seu percurso de crescimento. A revista é um veículo para dar a conhecer o que de melhor acontece em Angola, não apenas para Angola, mas para todo o Mundo.
How did the idea of creating the On Startups Magazine Angola come about? The creation of On Startups Magazine in Angola was born, naturally, following Finy Ventures’ strategy. This strategy included a presence in Angola, where we intend to contribute to the entrepreneurial ecosystem, aiming to promote good practices and networking, bringing closer startups and investors to increase their success chances. We know that there are many promising projects in Angola, but we also know that this ecosystem is still very recent and that, naturally, it will have its path of growth. The magazine is a vehicle to publicize the best practices happening in Angola, not just for Angola, but for the whole world.
Como já afirmaram vários entrevistados, Angola é um país com muito talento. Na sua visão, qual a importância de divulgar pessoas e projetos ligados ao empreendedorismo? É verdade. Há muito, muito talento em Angola. O marketing, a comunicação e a presença nos meios de comunicação são uma parte importantíssima em qualquer negócio, em qualquer setor de atividade, os projetos e as startups não são exceção.
As several interviewees have already stated, Angola is a country full of talent. In your view, what is the importance of promoting people and projects related to entrepreneurship? It is true. There is a lot, a lot of talent in Angola. Marketing, Communication, and presence in the Media are essential to any business, regardless of the sector of activity, projects and startups are no exception to this.
66 Costumo utilizar uma frase que de certa maneira exemplifica isto mesmo: se alguém teve uma ideia, fruto de uma necessidade por resolver, então é tão válida como qualquer outra. O desafio é que muitas vezes essa ideia, transformada em projeto, não está a ser desenvolvida no momento, ou no local certo. Ora, quanto mais se divulgar e promover os projetos e os seus empreendedores, então acredito que estamos a contribuir para esse sucesso.
I usually use a phrase that somehow exemplifies this:
Tendo em conta a novidade que este género de publicação introduz no ecossistema angolano, como tem sido a aceitação da On Startups Magazine Angola, por parte da comunidade empreendedora (e não só)? Que impacto tem tido e que feedback tem recebido? O feedback tem sido extremamente positivo, felizmente. Temos recebido os mais rasgados elogios, que são dirigidos a toda a equipa que permite que mensalmente a On Startups seja publicada. Vamos para a 5ª edição e sabemos que há muito por fazer. Esta revista tem uma coprodução da equipa em Portugal e do nosso parceiro de Angola, sendo que pretendemos que a determinado momento nos seja possível ter uma equipa residente e exclusiva em Angola. É um modelo que acredito muito, quase de incubação, à semelhança do que acontece com muitas startups.
This type of publication introduces novelty to the Angolan ecosystem. How has been the acceptance of On Startups Magazine Angola by the entrepreneurial community (and not only)? What impact has it been having and what feedback has it been receiving so far? The feedback has been very positive, thankfully. The enormous compliments that our entire team has been receiving allows On Startups to be published monthly. We’re going to the 5th edition, and we know there’s a lot to be done. This magazine is co-produced by our team in Portugal and by our partner in Angola. At some point, we intend to have an exclusive and resident team in Angola. It’s a model that I believe in, almost like an incubation, similar to what happens with many startups.
Não é segredo que somos uma equipa pequena, mas muito trabalhadora e ambiciosa, com objetivos claros e que se esforça para que cada edição seja cada vez melhor. Como tem corrido o crescimento da On Startups Magazine Angola? Tem correspondido às expectativas? É verdade. Claro que sou suspeito, mas temos uma equipa altamente trabalhadora e que veste realmente a camisola. Quem me conhece sabe que vejo e vivo os projetos com os quais me envolvo de uma forma muito particular, refiro regularmente que os mesmos não são meus, mas sim de todos os membros da equipa. Como em qualquer startup, onde podemos ver a On Startups Magazine Angola como uma, temos tido altos e baixos, sucessos e desafios, mas o saldo tem sido muito bom e está à vista.
It’s no secret that we are a small team, but a very hard-working and ambitious one, with clear goals and striving to make each edition better. How has been On Startups Magazine Angola’s growth? Has it met its expectations?
if someone had an idea about a solution for an unmet need, it is as valid as any other idea. The challenge is that often this idea, when turned into a project, is not being developed at the right time or place. The more we publicize and promote the projects and their entrepreneurs, I believe the more we contribute to their success.
It is true. Of course, I’m suspicious, but we have a very hard-working team that does its best for the project. Anyone who knows me knows that I see and live the projects I am involved in, in a very particular way. I regularly clarify that the projects are not mine they belong to all the team members. As with any startup, seeing the On Startups Magazine Angola as one, we have had ups and downs, successes, and challenges, but the balance has been very positive, and it’s in sight.
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O que podem esperar os nossos leitores e participantes, desta publicação? Podem esperar sinceridade, honestidade e isenção. A On Startups Magazine é uma publicação para o ecossistema empreendedor, para dar voz e cara aos empreendedores, aos investidores, business angels, venture capitals, incubadoras, entre outros. Todos são importantes e todos desempenham um papel fundamental. Se conseguirmos que todos coexistam de forma positiva, então estamos a fazer a nossa parte. Mas, podem também esperar apoio de toda a nossa equipa para promover projetos, abrir portas e saber que existimos para estar ao seu lado, em prol do ecossistema empreendedor.
What can our readers and contributors expect from this magazine?
Quais as perspetivas de futuro para a revista? Como referi anteriormente, pretendo que em breve se consiga ter uma equipa autónoma em Angola a criar a revista, a entrevistar empreendedores e investidores. Acredito que a On Startups Magazine Angola possa ser a referência neste setor e que possa ser uma referência para o lançamento para outros países, num crescimento natural. Perspetivo que, tal como já acontece em Portugal, se consiga lançar brevemente o Be On, programa de entrevistas em formato audiovisual, que complementa a revista e a própria equipa. Temos muito para fazer! (risos)
What are the prospects for the magazine?
They can expect sincerity, honesty, and impartiality. The On Startups Magazine is a publication for the entrepreneurial ecosystem. It aims to give voice and face to entrepreneurs, investors, business angels, venture capitals, incubators, and others. Everyone matters and plays a key role. If we can get everyone to coexist positively, then we are doing our part. But you can also expect the support of our entire team to promote projects, open doors, and know that we exist to be by your side in favor of the entrepreneurial ecosystem.
As I mentioned earlier, I intend to soon have an autonomous team in Angola producing the magazine, interviewing entrepreneurs and investors. I believe the On Startups Magazine Angola can be a reference in this sector and that it can be launched to other countries, in natural growth. I expect that, as in Portugal, we can also launch in Angola the Be On, an interview program in audiovisual format, which complements the magazine and the team itself. We have a lot to do! (laughs)
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O que move um empreendedor? Como investir eficazmente numa startup? Qual a fórmula de uma ideia de negócio vencedora? Perguntas com resposta pronta, num novo formato de entrevista inteiramente dedicado ao universo do empreendedorismo. Todas as semanas, fique a conhecer uma figura e o seu trajeto ligado aos negócios e ao investimento em ideias emergentes, mas também casos de sucesso, no mundo das startups nacionais!
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Henrique da Silva Pascoal
CEO da MARKHENRI, LDA Professor de Introdução à Economia e Macroeconomia, Instituto Superior Politécnico de Benguela
Empreendedorismo em Angola: Uma opção de carreira Entrepreneurship in Angola: A career option
Nos últimos cinco anos, Angola tem atravessado um período de recessões sucessivas que impactam directamente na vida dos cidadãos. O elevado índice de desemprego, colocou muitos jovens para o setor informal Observa-se que no primeiro trimestre de 2021 (gráfico 1), os jovens com idade entre os 14 e os 24 anos, representavam 92,7 do grupo etário a trabalhar no mercado informal.
Over the past five years, Angola has gone through a time of successive recessions that directly impact the lives of citizens. The high unemployment rate has placed many young people in the informal sector. We can observe that in the first quarter of 2021 (Graphic 1), young people between the age of 14 and 24 represented 92.7 of the age group working in the informal market.
Fonte: Indicadores de Emprego e Desemprego. Inquérito ao Emprego em Angola, (INE - Angola, 2021). Source: Employment and Unemployment Indicators. Employment Survey in Angola, (INE - Angola, 2021).
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Jovens que por varidíssimas dificuldades, têm o empreendedorismo como uma opção de carreira e de subsistência diária. O empreendedorismo tem sido uma alternativa ao desemprego em Angola. Sendo o empreendedorismo qualquer tentativa de criação de um novo negócio (emprego próprio) segundo o GEM (Angola 2012), é de todo importante que as instituições afins de Angola o utilizem como um instrumento responsável para um crescimento económico sustentável. O empreendedor cria e agrega valores para indivíduos e para a sociedade, ou seja, é responsável pela inovação tecnológica e crescimento económico (DOLABELA, 2008). Concluindo, o empreendedorismo em Angola deve tomar o seu espaço como opção de carreira, pois contribuirá para a geração de novos bens ou serviços, para a criação de mais emprego e inovação, bem como para a dinamização de um mercado mais competitivo.
Young people who, due to extreme difficulties, have entrepreneurship as a career and daily subsistence option. Entrepreneurship has been an alternative to unemployment in Angola. As entrepreneurship is any attempt to create a new business (own employment) according to the GEM (Angola 2012), those institutions in Angola must use it as a responsible instrument for sustainable economic growth. The entrepreneur creates and adds value for individuals and society, which means he is responsible for technological innovation and economic growth (DOLABELA, 2008). In conclusion, entrepreneurship in Angola must take its place as a career option since it will contribute to generating new goods or services, creating more jobs and innovation, boosting a more competitive market.
Amesterdão / Amsterdam
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Finanças de Angola com nota positiva Angola Finances on a positive note
Angola recebeu nota positiva do FMI. A dinâmica da dívida e o reforço da gestão das Finanças Públicas foram elogiados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na quinta avaliação do Programa de Financiamento Ampliado. A equipa económica do governo, liderada pelo ministro de Estado Manuel Nunes Júnior, sublinhou o esforço em curso, que aponta para um superávit em 2021. A concretizar-se, poderá traduzir-se na retoma do equilíbrio orçamental verificado antes da pandemia.
Angola received a positive note from the IMF. The debt dynamics and the strengthening of Public Finance management were praised by the International Monetary Fund (IMF) in the fifth review of the Expanded Financing Program. The government’s economic team, led by Minister of State Manuel Nunes Júnior, underlined the ongoing effort, which points to a surplus in 2021. If it materializes, it could result in the recovery of the budget balance verified before the pandemic.
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O Investigador do Departamento de Estudos Africanos da Universidade de Londres - SOAS, Fernandes Wanda, considera que foram feitas reformas no âmbito da regulação que não se refletem ainda na transformação da economia angolana. “Infelizmente esta intervenção, estas reformas estruturais que o governo está a fazer não estão a refletir-se ainda na vida do cidadão. Pelo contrário, houve um deteriorar da qualidade de vida do cidadão. Os dados do INE, os dados recentes, sobre a pobreza mostram que houve um aumento da pobreza. Se em 2008/2009 o IBEP mostrava que era à volta de 36,5 por cento, hoje estamos quase a 40 por cento do índice de pobreza, então, há um retrocesso!” A sexta e última avaliação do FMI acontece até ao final deste ano. De acordo com o chefe da equipa económica, antes desta última avaliação serão préestabelecidas as bases para uma futura cooperação entre Angola e o Fundo Monetário Internacional.
The researcher at the Department of African Studies at the University of London - SOAS, Fernandes Wanda, considers that reforms were made in the scope of regulation that are not yet reflected in the transformation of the Angolan economy. “Unfortunately, this intervention, these structural reforms that the government is carrying out, are not yet being reflected in the life of the citizen. On the contrary, there has been a deterioration in the quality of life of the citizen. poverty shows that there has been an increase in poverty. If in 2008/2009 the IBEP showed that it was around 36.5 percent, today we are almost 40 percent of the poverty rate, then there is a setback!” The sixth and final review by the IMF takes place by the end of this year. According to the head of the economic team, before this latest assessment, the bases for future cooperation between Angola and the International Monetary Fund will be pre-established.
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A JuLaw (www.julaw.co.ao) é uma plataforma jurídica, angolana, que congrega a comunidade jurídica e académica da lusofonia, criada com o objetivo de promover a reflexão, a partilha de conhecimentos, informações, opiniões, experiências profissionais e a criação de fóruns de debates e discussões sobre várias matérias, no ramo do Direito e da Justiça.
JuLaw (www.julaw.co.ao) is an Angolan legal platform that brings together the legal and academic community of Lusophone, created to promote reflection, sharing of knowledge, information, opinions, professional experiences, and creation of forums for debates and discussions on various matters in the field of Law and Justice.
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Dotando-nos das estratégias de marketing jurídico
Using digital legal marketing strategies, we created
digital, criámos canais de distribuição dos conteúdos
content distribution channels through JuLaw,
por via da JuLaw, criando: uma Revista Jurídica
creating: an Electronic Legal Magazine, which
Eletrónica, que publica artigos científicos e de opinião,
publishes scientific and opinion articles, master’s
dissertações de mestrado, minutas de contratos e
dissertations, draft contracts, and other documents,
outros documentos, bem como conteúdos de interesse para o público alvo; um Diretório Jurídico Eletrónico, onde qualquer cidadão pode procurar um advogado, ou um profissional de direito, como também estudantes de direito; um canal no YouTube, JuLaw TV (www.youtube.com/julawtv), onde transmitimos eventos académicos, lançamentos de livros, debates e conferências, assim como programas do estilo mesa-redonda; apesar de ainda não estarmos a explorar esta funcionalidade, a plataforma também inclui um serviço de anúncio de
as well as content of interest to the target audience; an Electronic Legal Directory, where any citizen can look for a lawyer, or a legal professional, as well as law students; a YouTube channel, JuLaw TV (www.youtube.com/julawtv), where we broadcast academic events, book launches, debates, and conferences, as well as roundtable-style programs; although we are not yet exploring this functionality, the platform also includes a job vacancy announcement service in the legal area called RecruJuris, and,
vagas de emprego na área jurídica que tem como
finally, the dissemination of content via JuLaw
nome RecruJuris, e, por último, a divulgação de
Angola’s social networks. In short, JuLaw is a pure
conteúdo, por via das redes sociais da JuLaw Angola.
legal marketing platform.
De forma resumida, a JuLaw é uma plataforma de puro marketing jurídico.
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Como e quando surgiu?
How and when did it come about?
Depois de alguns anos a trabalhar na área jurídica, apercebemo-nos que no mercado angolano não existia um lugar onde se pudesse ter acesso a conteúdos da área do direito e da justiça. Os conteúdos estavam dispersos nas diversas redes sociais. Diante desta lacuna e “desorganização”, criámos a JuLawy, em 2017, para servir de “ponto de encontro” e referência aos operadores do direito e da justiça, estudantes de direito e sociedade em geral, sobre conteúdos jurídicos, como também um espaço inclusivo onde todos os juristas possam promover os seus trabalhos, independentemente da sua instituição académica, ou da sua localização.
After a few years working in the legal area, we
Em que patamar se encontra?
At what level are you?
Com o sucesso da Revista Jurídica e da JuLaw TV, fora de Angola, estamos a trabalhar na criação de conteúdos dos espaços lusófonos, buscando parcerias internacionais e com instituições governamentais.
With the success of Revista Jurídica and JuLaw TV, outside Angola, we are working on creating content for Portuguese-speaking spaces, seeking international partnerships and partnerships with government institutions.
Perspetivas de futuro?
Future prospects?
Sendo uma plataforma com agregação intergeracional, pretendemos oferecer programas com projetos que permitam a transmissão de conhecimento e valores, por via de eventos e formações, em parceria com instituições e profissionais do setor, tornando-se na plataforma de referência para quem procura qualidade e competência no espaço lusófono, garantindo, assim, uma geração mais consciente e participativa nas atividades sociais.
As a platform with intergenerational aggregation, we intend to offer programs with projects that allow the transmission of knowledge and values, through events and training, in partnership with institutions and professionals in the sector, becoming the reference platform for those looking for quality and competence in the Portuguese-speaking space, thus ensuring a more conscious and participative generation in social activities.
realized that in the Angolan market there was no place where one could have access to content in law and justice. The contents were dispersed across the various social networks. Given this gap and “disorganization”, we created JuLawy, in 2017, to serve as a “meeting point” and reference to law and justice operators, law students and society in general, on legal content, as well as an inclusive space where all lawyers can promote their work, regardless of their academic institution or location.
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A maior Plataforma Jurídica de Angola Revista Jurídica Diretório Jurídico Blog Jurídico Livraria Jurídica Marketing Jurídico Julaw TV (Canal YouTube)
Pela promoção e valorização do Direito e da Justiça
www.julaw.co.ao
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Angola com excedente de 1,7 mil milhões de euros graças à recuperação do petróleo Angola with a surplus of 1.7 billion euros thanks to oil recovery
A conta corrente de Angola registou um superavit de 1.975 milhões de dólares (1.665 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2021, justificado com o aumento das exportações de bens, nomeadamente o petróleo bruto. Segundo uma nota do Banco Nacional de Angola, relativa às estatísticas externas dos primeiros três meses, hoje publicada, a conta corrente apresentou um saldo superavitário equivalente a 12,2% do PIB. O BNA justifica a melhoria com o “aumento as exportações de bens, com realce para o petróleo, decorrente da recuperação do preço médio das ramas angolanas e pela redução das importações de bens e serviços”.
Angola’s current account registered a surplus of US$1,975 million (€1,665 million) in the first quarter of 2021, justified by the increase in exports of goods, namely crude oil. According to a note from the National Bank of Angola, on external statistics for the first three months, published today, the current account showed a surplus equivalent to 12.2% of GDP. The BNA justifies the improvement with the “increase in exports of goods, with emphasis on oil, resulting from the recovery in the average price of Angolan branches and the reduction in imports of goods and services”.
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A conta financeira, analisada em termos de variação líquida de ativos financeiros e passivos, apresentou um superavit de 1.236 milhões de dólares (1.042 milhões de euros), justificado com o aumento dos créditos comerciais, da moeda e depósitos, assim como dos ativos de reserva e investimento direto. O défice da posição líquida do investimento internacional desagravou também nos primeiros três meses deste ano, passando de -32.612 milhões de dólares (-27.493 milhões de euros) para 32.222 milhões de dólares (-27.165 milhões de euros) em resultado do aumento dos ativos financeiros (créditos comerciais, depósitos e reservas internacionais) superior ao aumento dos passivos. O stock das reservas internacionais brutas (divisas, ouro e outros instrumentos financeiros) aumentou ligeiramente, passando de 14.879 milhões de dólares (12.541 milhões de euros) no quarto trimestre de 2020 para 14.977 milhões de dólares (12.624 milhões de euros) entre janeiro e março de 2021, o que permite 11,7 meses de importação de bens e serviços.
The financial account, analyzed in terms of net change in financial assets and liabilities, showed a surplus of 1,236 million dollars (1,042 million euros), justified by the increase in trade credits, currency and deposits, as well as reserve assets and direct investment. The deficit in the net position of international investment also worsened in the first three months of this year, from -32,612 million dollars (-27,493 million euros) to 32,222 million dollars (-27,165 million euros) as a result of the increase in financial assets (commercial credits, deposits and international reserves) greater than the increase in liabilities. The stock of gross international reserves (currencies, gold and other financial instruments) increased slightly, from 14,879 million dollars (12,541 million euros) in the fourth quarter of 2020 to 14,977 million dollars (12,624 million euros) between January and March 2021, which allows 11.7 months of import of goods and services.
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A SEIVA é uma associação sem fins lucrativos que tem como nome legal “Associação para o Agronegócio e Empreendedorismo”.
SEIVA is a non-profit association whose legal name is “Association for Agribusiness and Entrepreneurship”.
O nosso foco é fomentar o desenvolvimento do meio rural através de iniciativas cujo impacto deverá ser igualmente económico, e social.
Our focus is to promote the development of the rural environment through initiatives whose impact should be equally economic and social.
SEIVA significa vigor, força, energia. A seiva é a substância que circula pelas diversas partes dos vegetais. Distinguem-se a seiva bruta que sobe das raízes para as folhas e a seiva elaborada, produzida pelas folhas a partir da seiva bruta.
SAP means vigor, strength, energy. The sap is the substance that circulates through the different parts of vegetables. A distinction is made between the raw sap that rises from the roots to the leaves and the elaborated sap produced by the leaves from the raw sap.
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Os compromissos da SEIVA são a proteção e preservação do meio ambiente, o desenvolvimento sustentável da economia local, a aoberania alimentar e o uso da tecnologia como suporte à inovação da actividade humana.
SEIVA’s commitments are the protection and preservation of the environment, the sustainable development of the local economy, food sovereignty and the use of technology to support innovation in human activity.
A atuação da SEIVA tem como base a noção de que, no século XXI, o conhecimento é a chave para o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, a atuação da associação está assente em quatro pilares fundamentais para o suporte ao desenvolvimento do meio rural, nomeadamente.
SEIVA’s work is based on the notion that, in the 21st century, knowledge is the key to sustainable development. In this sense, the association’s performance is based on four fundamental pillars to support the development of the rural environment, namely.
Saiba mais em www.associacaoseiva.org
Learn more at www.associacaoseiva.org
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Escolinha Criar e Crescer
Quem somos? Somos a Escolinha Criar e Crescer, uma organização de caráter filantrópico, sem fins lucrativos, que completou seis anos de existência no corrente ano de 2021. A Organização de apoio e proteção à criança angolana, trabalha com mais de 50 crianças, com o objetivo de ajudá-las na formação integral, isto é, na formação académica, religiosa, artística, cultural e social. Preocupamo-nos muito com o estado da educação atual da criança angolana, não falamos apenas da educação do ponto de vista académico, mas também do ponto de vista da ética e da moral, pois trabalhando estes valores as crianças serão mais altruístas.
Who are we?
We are Escolinha Criar e Crescer, a non-profit, philanthropic organization that completed six years of existence in the current year of 2021. The support and protection Organization for Angolan children works with more than 50 children, intending to help them in their integral formation, that is, in academic, religious, artistic, cultural, and social formation. We are very concerned about the current state of education of Angolan children, we are not only talking about education from an academic point of view, but also from the point of view of ethics and morals, as through these values the children will be more altruistic.
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Outra das nossas grandes preocupações é termos um espaço próprio, pois não temos como liquidar o aluguer. Temos como madrinha da organização a Dra. Alzira Simões, como grande apoiante temos a empresa MB F. Co, cujo Diretor Geral é Mungongo Zanguela Almeida Bunda, e como gestora de conteúdo das nossas redes sociais temos a Cláudia Pinto (uma portuguesa que faz este trabalho a partir de Portugal). Fundada a 25 de março de 2015 por Quixibo José Ngola, quem concebeu todo este projeto, a nossa organização é constituída por um coletivo de jovens angolanos com diversos saberes e especialidades, vindos de diversos setores de atividade.
Another of our major concerns is having our own space, as we cannot settle the rent. We have Dr. Alzira Simões as the godmother of the organization, we have the company MB F. Co as a great supporter, whose General Director is Mungongo Zanguela Almeida Bunda, and as content manager of our social networks, we have Cláudia Pinto (a Portuguese who does this work from Portugal). Founded on March 25th, 2015, by Quixibo José Ngola, who conceived this entire project, our organization is composed of young Angolans with diverse knowledge and specialties, coming from different sectors of activity.
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Como surgimos? Devido às situações preocupantes e delicadas, vivenciadas por algumas das diversas comunidades em Luanda (Angola), surgimos com objetivo de contribuir para promover oportunidades únicas a estas crianças, através das Artes e da Educação. Capacitamos, ainda, as nossas crianças com ferramentas de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e promovemos momentos de histórias, porque a leitura é importante. Garantimos alimentação e momentos de socialização entre as crianças. Foram várias as atividades nas quais já criámos e participámos. Destacamos as seguintes: Este ano, realizámos uma exposição denominada: “O Futuro do amanhã começa hoje”, a qual contou com 23 obras da autoria das nossas crianças e 13 obras de artistas plásticos que fizeram o trabalho de mentoria durante o ano de 2020-2021. A exposição decorreu no Instituto Português Camões de 13 de maio a 1 de junho de 2021.
How did we come about?
Due to the worrying and delicate situations experienced by some of the various communities in Luanda (Angola), we emerged to help promote unique opportunities for these children through the Arts and Education. We also empower our children with IT tools and promote moments of storytelling, because reading is important. We guarantee food and moments of socialization among children. There were several activities in which we have already created and participated. We highlight the following: This year, we held an exhibition called: “The Future of Tomorrow Begins Today”, which featured 23 works by our children and 13 works by plastic artists who did mentoring work during the year 2020-2021. The exhibition took place at Instituto Português Camões from May 13th to June 1st, 2021.
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Ainda este ano, para a comemoração do Dia Internacional da Criança, realizámos um festival no Auditório do Camões, onde os nossos meninos apresentaram: música, dança, poesia, teatro, performance e artes plásticas. Com o surgimento da Covid-19, no ano passado, criámos o projeto Kandegue-Stop Covid-19, através do qual temos atuado nas escolas públicas e privadas do distrito da Maianga, e nas respetivas comunidades, ensinando como as crianças devem encarar a Covid-19 (preparação psicológica e medidas de biossegurança). Já participámos em inúmeras atividades, nos seguintes espaços: • Centro Cultural Brasil-Angola • Centro Cultural Português-Camões • Memorial António Agostinho Neto • Fundação Arte e Cultura • Fortaleza de São Miguel • Universidade Independente de Angola A Escolinha Criar e Crescer já foi divulgada no Jornal de Angola, no Jornal O País, nos portais VerAngola e Muxima. Aparecemos também no programa arco-íris do canal 1 TPA.
Onde estamos? Cidade: Luanda Município: Maianga Bairro: Cassenda-Prenda Contacto Telefónico: 928-825-165 / 998-544-544 E-mail: escolinhacriarcrescer30@gmail.com WhatsApp: 928 -825-165 Facebook: www.facebook.com/CriarCrescer
Also, this year, to commemorate International Children’s Day, we held a festival at the Camões Auditorium, where our children presented: music, dance, poetry, theater, performance, and visual arts. With the emergence of Covid-19 last year, we created the Kandegue-Stop Covid-19 project, through which we have worked in public and private schools in the district of Maianga, and their respective communities, teaching how children should face Covid -19 (psychological preparation and biosecurity measures). We have already participated in numerous activities, in the following spaces: • Brazil-Angola Cultural Center • Portuguese-Camões Cultural Center • António Agostinho Neto Memorial • Art and Culture Foundation • Fortress of São Miguel • Independent University of Angola Escolinha Criar e Crescer has already been published in Jornal de Angola, in Jornal O País, in the portals VerAngola and Muxima. We also appeared on the rainbow show on channel 1 TPA.
Where are we? City: Luanda Municipality: Maianga Neighborhood: Cassenda-Prenda Telephone contact: 928-825-165 / 998-544-544 E-mail: escolinhacriarcrescer30@gmail.com WhatsApp: 928 -825-165 Facebook: www.facebook.com/CriarCrescer
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Incubadoras e Aceleradoras de Startups Startup Incubators and Accelerators
Acelera Angola é uma incubadora e aceleradora de micro e pequenas empresas, que proporciona as ferramentas necessárias para ajudar a alavancar ideias de negócio ou empresas já estabelecidas. Além de criar uma base de apoio, desenvolve ainda um importante networking para que os empreendedores possam criar uma rede de contactos crucial para os seus negócios.
Acelera Angola is an incubator and accelerator for micro and small businesses, which provides the necessary tools to help leverage business ideas or established companies. In addition to creating a support base, also develops important networking so that entrepreneurs can build a network of contacts crucial to their businesses.
A Fábrica de Sabão é um ecossistema que visa impulsionar a educação inovadora, a criatividade e o empreendedorismo em todos os sectores nacionais. É uma combinação de centro incubador e acelerador, um espaço de trabalho e Maker Space, e uma plataforma de intercâmbio criativo e cultural.
Fábrica de Sabão is an ecosystem that aims to boost innovative education, creativity and entrepreneurship in all national sectors. It is a combination of an incubator and accelerator center, a workspace and MakerSpace, and a platform for creative and cultural exchange.
O Founder Institute é o principal acelerador de estágio de ideias e programa de lançamento de startups do mundo. É o único programa do género que aceita fundadores individuais (Solo) e fundadores com trabalhos diurnos e partilha o património com todos os participantes.
Founder Institute is the world’s leading idea-stage accelerator and startup launch program. Is the only program of its kind that accepts individual founders (Solo) and founders with day jobs and shares assets with all participants.
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Incubadoras e Aceleradoras de Startups Startup Incubators and Accelerators
A Incuba Angola, é uma incubadora do tipo mista, apoiando no desenvolvimento tanto de empresas de base tecnológica como também apoiando empresas que desenvolvam negócios nos sectores tradicionais. Tem como objectivo principal apoiar micro e pequenos empreendedores a desenvolver os seus negócios.
A Associação Startup Angola foi criada para promover o empreendedorismo digital em Angola e o desenvolvimento das empresas, acreditando na construção de uma sociedade melhor, mais inovadora, mais aberta e sobretudo mais empreendedora, composta por pessoas que têm ideias e não têm medo de as tornar realidade.
Incuba Angola, is a mixed type incubator, supporting the development of both technology- based companies and also supporting companies that develop businesses in traditional sectors. Is main objective is to support micro and small entrepreneurs in the development of their business.
Startup Angola Association was created to promote digital entrepreneurship in Angola and the development of companies, believing in the construction of a better, more innovative, more open and above all more entrepreneurial, comp o se d b y pe o pl e w ho have ideas and are not afraid to make them reality.
Bantu Makers é um estúdio startup que constrói empresas usando as suas próprias ideias e recursos. É um grupo de investidores e empreendedores, construindo empresas e investindo em líderes para resolverem os grandes desafios dos mercados africanos.
Bantu Makers is a startup studio that builds companies using their own ideas and resources. They are investors and entrepreneurs, building companies and investing in leaders to solve the great challenges of African markets.
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Incubadoras e Aceleradoras de Startups Startup Incubators and Accelerators
Orange Corners Angola é um espaço onde jovens estudantes universitários e empreendedores tê m ac e s s o a t udo o que precisam para tirar as suas ideias do papel e realizar os seus sonhos facultando conhecimento, ferramentas e outros recursos necessários para alavancar as ideias de negócios.
Orange Corners Angola is a space where young university students and entrepreneurs have access to everything they need to get their ideas off the ground and make their dreams come true by providing knowledge, tools and other resources needed to leverage business ideas.
O LISPA visa a promoção da inovação, potencialização da oferta de produtos e serviços financeiros, salvaguardando a gestão de riscos, a fim de impulsionar a inclusão financeira e social. Inclui vários programas de apoio às áreas de Inovação, que abrangem os diferentes estados de maturidade dos empreendedores e dos seus projetos.
LISPA aims at promoting innovation, enhancing the offer of financial products and services, safeguarding risk management in order to boost financial and social inclusion. It includes several support programs for the Innovation areas, which cover the different states of maturity of the entrepreneurs and their projects.
Disruption Lab é um laboratório que tem como principal objectivo a promoção de um ecossistema de fomento ao empreendedorismo e inovação digital em Angola, a t ra vé s d a i n c u b a ç ã o e aceleração de ideias com potencial de criação de valor agregando competências originadas nas Startechs, Universidades e instituições financeiras, nacionais e internacionais.
Disruption Lab is a laboratory that has as its main objective the promotion of an ecosystem to foster entrepreneurship and digital innovation in Angola, through the incubation and acceleration of ideas with the potential to create value, adding skills originated in Startechs, Universities and national financial institutions and international.
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Agenda Calendar
FILDA – Feira Internacional de Luanda A FILDA – Feira Internacional de Luanda é há décadas um símbolo do desenvolvimento económico e social de Angola. Um ponto de encontro de operadores e parceiros nacionais e estrangeiros, uma mostra das capacidades e potencialidades de Angola. E, como tal, uma iniciativa que se impõe no panorama nacional estimulando o a u m e n t o d a capacidade produtiva e o lançamento de novas ponte económicas. Data: 28 de setembro a 24 de outubro 2021 Local: Luanda
FILDA – Luanda International Fair FILDA – Luanda International Fair has for decades been a symbol of Angola’s economic and social development. A meeting point for national and foreign operators and partners, a showcase of Angola’s capabilities and potential. And, as such, an initiative that imposes itself on the panorama stimulating the increase of productive capacity and the launching of new economic bridges. Date: September 28th to October 24th 2021 Location: Luanda
NoAW - No Agricultural Waste NoAW (No Agricultural Waste) é um projeto europeu de pesquisa e desenvolvimento do Horizonte 2020 que visa responder a uma forte exigência da sociedade atual: a “economia de lixo zero”. O projeto tem a colaboração da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Data: 18 de janeiro de 2022 Localização: Online
NoAW - No Agricultural Waste NoAW (No Agricultural Waste) is a European Horizon 2020 research and development project that aims to respond to a strong demand of today’s society: the “zero waste economy”. The project has the collaboration of the Faculty of Science and Technology of Universidade Nova de Lisboa. Date: January 18, 2022 Location: Online
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4ª Reunião da Rede Académica da Saúde da Lusofonia Entre os dias 25 e 27 de novembro, vai decorrer em Benguela a 4ª Reunião da Rede Académica da Saúde da Lusofonia. Evento onde vão ser analisados mais de 10 temas, entre os quais “A ciência, tecnologia e clínica em saúde na lusofonia”, “O ensino das ciências e das tecnologias da saúde nos países lusófonos”, “A transversalidade da formação em ciências da saúde e a mobilidade académica nos cursos de saúde. Data: 25 a 27 de novembro de 2021 Local: Benguela
4th Meeting of the Lusophone Health Academic Network Between the 25th and 27th of November, the 4th Meeting of the Portuguese Health Academic Network will take place in Benguela. Event where more than 10 themes will be analyzed, including “Science, technology and clinic in health in Lusophone”, “Teaching of health sciences and technologies in Portuguese -speaking countries”, “The transversality of training in health sciences and academic mobility in health courses. Date: November 25th to 27th, 2021 Location: Benguela
Angola Innovation Summit O Maior Evento de Inovação de Angola e dos PALOP está de volta, no mesmo formato 100% digital. Esta 2ª edição tem como tema “Pensar o Futuro Hoje” Conta com a presença de vários oradores nacionais e internacionais de relevo com contribuições ao nível da inovação tecnológica, no presente e no futuro e qual o seu impacto. Data: 26 a 30 de julho de 2021 Local: Online
Angola Innovation Summit The Biggest Innovation Event of Angola and the PALOP is back, in the same 100% digital format. This 2nd edition has the theme “Thinking the Future Today” It counts with the presence of several important national and international speakers with contributions in terms of technological innovation, in the present and in the future and what is their impact. Date: July 26-30, 2021 Location: Online
Projekta A Feira Internacional de Equipamentos e Serviços para a Construção Civil, Obras Públicas, Urbanismo, Arquitectura e Decoração de Interiores e imobiliário é uma organização da Eventos Arena e do Ministério da Construção e Obras Públicas, com o apoio da AIMCA. Data: 24 a 27 de novembro de 2021 Local: ZEE-Zona Económica Especial Luanda-Bengo
Projekta The International Fair of Equipment and Services for Civil Construction, Public Works, Urbanism, Architecture and Interior Decoration and real estate is an organization of Eventos Arena and the Ministry of Construction and Public Works, with the support of AIMCA. Date: November 24-27, 2021 Location: EEZ-Luanda-Bengo Special Economic Zone
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