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Heritage

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Santa Cruz

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Rua da Carreira

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Rua da Carreira is one of the oldest streets in Funchal. It is mentioned by Gaspar Frutuoso in his 1584 book Saudades da Terra, though back then it was called Rua da Carreira dos Cavalos, in reference to the horse races that will have been held here back in the day.

Earlier still, in 1570, the blueprint by Mateus Fernandes already depicted an outline of the street, which has remained almost always the same until our days. The street is estimated to have already existed in the 15th century.

At one time it was named Rua do Dr Vieira, though to the people it was always Rua da Carreira, the name it goes by nowadays. It was once a larger street. It began in Largo do Colégio and ended at the São João bridge, where it ends nowadays. Currently, it begins at Largo da Igrejinha.

The street has borne witness to the evolution of the town and where many of the noble families of Madeira used to live. From the 17th century onward, the cycle of wine in Madeira birthed and grew new fortunes, and some such families built houses in this street. With the advent of tourism, in the 19th century, some boarding houses where these tourists can stay start to appear.

The street also benefited from being one of the first streets in town to features public lighting, in 1897.

It is at the start of the street that one finds the equally famous Madeira Photography Museum, Atelier Vicente, Portugal's oldest photography studio. Almost opposite to it there once was the Madeira School of Fine Arts.

Until the mid-20th century, this is where Carnival celebrations used to happen. Rua da Carreira was famous for pranks with flour, eggs, and water, as well as the traditional confetti, which used to bring over many people from all over town.

The street was also home to many notable figures, like the Portuguese writer Júlio Diniz, who is paid tribute to with a statue by the house where he lived and wrote much of Os Fidalgos da Casa Mourisca, while he was in Madeira.

All of this, together with estate renovations that can be seen and the fact that part of the street is for exclusive pedestrian use, makes it well worth a visit.

It is one of Funchal's most ancient streets, almost comparable to the 600 years of human presence on the island É uma das mais antigas ruas da cidade do Funchal, quase tão antiga como os mais de 600 anos do povoamento da ilha

TEXT CARLOS COSTA, ARCHITECT PHOTOS MIGUEL NÓBREGA

ARua da Carreira é uma das mais antigas do Funchal. É referida por Gaspar Frutuoso, em 1584 a referência, no livro Saudades da Terra, embora nessa altura fosse conhecida como Rua da Carreira dos Cavalos, nome relacionado com as corridas de cavalos que aqui se organizariam nessa época.

Ainda antes, em 1570, na planta de Mateus Fernandes, o traçado da rua já se encontrava representado, e permaneceu quase sempre o mesmo até aos dias de hoje. Estima-se que já no século XV a rua já existia.

Já teve a denominação de Rua do Dr. Vieira, mas a população sempre a chamou de Carreira, o nome atual. Já foi uma rua maior. Tinha início no Largo do Colégio e terminava onde ainda hoje termina, na ponte de São João. Começa atualmente no Largo da Igrejinha, na confluência com a Rua das Pretas, Rua Camara Pestana e Avenida Zarco.

É uma rua que testemunhou a evolução da cidade e onde muitas das mais nobres famílias da Madeira viviam. O ciclo do vinho na Madeira, a partir do século XVII, fez aumentar e criou novas fortunas, e algumas dessas famílias construíram casas nesta rua. Com o advento do turismo, no século XIX, começaram a aparecer pensões, para acomodarem estes turistas.

Beneficiou igualmente por ser das primeiras artérias da cidade a possuir iluminação publica, em 1897.

É no seu início que se encontra o também muito famoso Museu de Fotografia da Madeira, Atelier Vicente, o mais antigo estúdio de fotografia de Portugal. Quase em frente a este, funcionou a Escola de Belas Artes da Madeira.

Até meados do século XX era aqui que se “brincava ao Carnaval” no Funchal. A Rua da Carreira era famosa pelas brincadeiras com farinha, água e ovos, além dos tradicionais confetes, o que atraia muitas pessoas de toda a cidade.

Foi residência de muitas personalidades, como o escritor português Júlio Diniz, honrado com uma estátua junto à casa onde habitou e onde escreveu, enquanto esteve na Madeira, grande parte da obra ‘Os Fidalgos da Casa Mourisca’.

Tudo isto, conjugado com a recuperação de imóveis a que se assiste e com o facto de parte da rua ser apenas para uso pedonal, merece uma visita.

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