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www.paispositivo.org | Outubro 2012 | EDIÇÃO Nº 54

“Suplemento distribuído em conjunto com o Semanário Sol”.

“O MERCADO DA PRODUÇÃO FOTOVOLTAICA ESTÁ EM FRANCO DESENVOLVIMENTO”, ĮƌŵĂŵ ƌƵnj KůŝǀĞŝƌĂ͕ ĚŵŝŶŝƐƚƌĂĚŽƌ ĚĂ DĞĐĂƉŝƐĂ Ğ :ŽĆŽ WĞĚƌŽ ĂƌĚŽƐŽ͕ ĚŵŝŶŝƐƚƌĂĚŽƌ ĚĂ DĞƚĂůŽĐĂƌĚŽƐŽ͕ ^͘ ͘

GRUPO FRANCO

COSEC

Marca o mundo equino pela excelência das suas rações

Apoio às empresas para exportações e internacionalização



ÍNDICE

Publicação editada ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

07 O melhor da Tecnologia 34 Golegã acolhe a XXXVII Feira Nacional do Cavalo e a XIV Feira Internacional do Cavalo Lusitano

em destaque 20 QUALIDADE DE VIDA

Descubra o que de melhor o interior do país tem para oferecer

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%8%+95' 6)&):)(&'5*'

Um futuro promissor ) 67&7+) ,' %8%+95' '(&%+8'&5:' 6)5 &+';',) <= '(978 '8) >7'8,) % *)$%;'+'$ ' 58*%8&5:'+ ' 7&5(5?';@) ,% %8%+95' :%+,% 8) >7% ,5? +% 3%5&) B %8%+95' 6)&):)(&'5*' )8,% '&7'$ ' $%*'35 ' % ' $%&'()*'+,) ) ) %&)+ *+% *%7 %C3)8%8*5'($%8&% % ,%7 $) &+' 58&%+8'*5)8'5 ,% 9+'8,% >7'(5,',% %$ %8&+%:5 &' B 3'D 3) 5&5:) *+7? )(5:%5+' ',$585 &+',)+ ,' $%*'35 ' 6'(' )E+% ) 67&7+) ,' 7' %$3+% ' % ,' 3'+*%5+' >7% 58&%+8'*5)8'(5?'+@) '58,' $'5 ' MECAPISA.

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uais os projetos da MECAPISA? O mercado de Produção Fotovoltaica estå em franco desenvolvimento. A moda da energia verde estå a tornar-se cada vez verdade que no início do seu aparecimento era necessårio ter apoios isso o custo da produção fotovoltaica dos custos de produção das outras energias mais económicas. O referido embaratecimento na produção de ! mercado permite novas oportunidades " Os postes de iluminação pública autó # " # $%&'()*'+,) ) / 0 1! #

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/ ção de um parque de estacionamento de uma empresa multinacional. A ! ! # " # 0 com parceiros que estão instalados em à frica. As coberturas de parques de estacionamento com produção de # " 0 ! " # 2 / ! 3 1 efetuamos uma parceria com a empre $%&'()*'+,) ) e montar kits solares fotovoltaicos de 0 2 4 ! 0 ! Face à atual situação da Europa no que concerne às energias renovåveis, pensam em internacionalizar-se? ' $%*'35 ' # ceiro para a distribuição de produtos ' ' $ ! " 4 $%&'()*'+,) )

Cruz Oliveira, Administrador da Mecapisa e JoĂŁo Pedro Cardoso Administrador da Metalocardoso, S.A.


ENERGIA FOTOVOLTAICA

que jå estå instalada em Moçambique e, a partir de 2013, aí estaremos com sede, produção local e distribuição autónoma. Estamos a analisar outras propostas de parcerias para outros países que nos foram colocadas nestes últimos meses e, caso a caso, decidiremos. Em seu entender, como vê a evolução do mercado português das energias renovåveis? Apenas poderei referir-me ao setor da produção de energia fotovoltaica. AtÊ ao início deste ano era promissor, pois em três anos passamos de zero para um produção nacional de quase tudo - no nosso caso fabricamos, em Portugal, 94 por cento dos nossos seguidores - e passamos de importadores de painÊis para exportadores. Temos centenas de montadores 3$%Z " parte, são empresas familiares. E, -

sĂŁo de clientes que incentivados pelo subsĂ­dio concedido aderiram Ă Microgeração. Finalizamos o ano de 2011 com uma capacidade ins [[ \] $^ 0 o que foi considerado um sucesso. Infelizmente, a polĂ­tica de subsidiação foi alterada e sem qualquer aviso ao setor “que continuava a fazer os investimentos face Ă procuraâ€? e entramos numa nova fase em termos de subsidiação menor e limitada que condiciona um setor

que estava em franca expansão. Não Ê possível fazer programaçþes _ ` longo prazo com estas alteraçþes h " acordo com os governantes que vão aparecendo. Portanto, não temos informaçþes claras e assumidas por parte de quem governa sobre o que pensa para o setor e o que pode fazer para repor um desenvolvimento que jå foi de sucesso reconhecido, internacionalmente.

Metalocardoso A Metalocardoso tem como åreas de intervenção e atuação os equipamentos de proteção rodoviåria, a energia elÊtrica de mÊdia e alta tensão e a energia solar fotovoltaica. O centro de serviços inclui linhas de corte, decapagem, galvanização, lacagem e pintura, de acordo com as normas europeias.

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INTERNACIONALIZAĂ‡ĂƒO

desígnio do crescimento das exportaçþes portuguesas para novos mercados foi o mote do seminårio organizado no passado dia 26 de setembro pela Câmara de ComÊrcio e Indústria Luso-Mexicana (CCILM). Para Miguel Gomes da Costa, presidente da CCILM, uma das atuais problemåticas e " às exportaçþes nacionais prende-se com a sua estreiteza de banda. Esta premissa sustenta-se no facto de os principais destinos das exportaçþes portuguesas se concentrarem apenas em cinco países. Em 2010, Espanha, Alemanha, França, Reino Unido e Angola eram o destino de 62 por cento das exportaçþes nacionais. No ano passado, esta percentagem manteve-se ~ cento, sendo notória a crescente importância de Angola para as exportaçþes nacio % " comparado com dados de 1995, altura em " 51 por cento das exportaçþes nacionais. Estes números recentes traduzem a existência em Portugal de uma concentração das exportaçþes para países maioritariamente localizados na União Europeia e em " / pouco expressivo. Perante este panorama, urge uma diver 0 _

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nacionais. “Na atual conjuntura econĂłmica " 4 # 0 destinos das exportaçþes portuguesas e, neste contexto, o MĂŠxico surge como um potencial mercadoâ€?, garante. $ " / $  ) 1 tados por Miguel Gomes da Costa sĂŁo claros. “Os indicadores macroeconĂłmicos do MĂŠxico sĂŁo extraordinĂĄrios: ĂŠ a segunda maior economia da AmĂŠrica Latina, a seguir ao Brasil. Tem uma população de 113 milhĂľes de habitantes e uma taxa de desemprego de apenas 5,2 por cento da população ativa. Nos Ăşltimos anos o PIB / „[\ ! _ de euros e em 2011 teve um crescimento " 35E % Â…\

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Miguel Gomes da Costa

A PROPĂ“SITO DO SEMINĂ RIO “EXPORTAR PARA O MÉXICOâ€?, ORGANIZADO PELA CĂ‚MARA DE COMÉRCIO E INDĂšSTRIA LUSOMEXICANA (CCILM), A PAĂ?S POSITIVO ESTEVE Ă€ CONVERSA COM MIGUEL GOMES DA COSTA, QUE ACUMULA A PRESIDĂŠNCIA DA CCILM E DA COSEC, QUE EXPLICOU AS POTENCIALIDADES DO MERCADO MEXICANO PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS, BEM COMO OS APOIOS EXISTENTES AO NĂ?VEL DOS SEGUROS DE CRÉDITO E DE CAUĂ‡ĂƒO. Š 0 [ ‹ 0 " para os 3,9 em 2012. O comĂŠrcio externo tem um papel fundamental na economia mexicana. O MĂŠxico ocupa o 15Âş lugar no ranking mundial de paĂ­ses exportadores ‹Œ 0 sendo o primeiro da AmĂŠrica Latina em ambos os ramosâ€?, diz. Por outro lado, a economia mexicana ĂŠ uma das mais abertas do mundo. Tem 11 trata " " * % 7 ' " " tem hĂĄ jĂĄ 10 anos com a UniĂŁo Europeia " ! para o desenvolvimento das relaçþes econĂłmicas entre Portugal e o MĂŠxico. Se hĂĄ alguns anos atrĂĄs o MĂŠxico era um mercado praticamente desconhecido para as empresas portuguesas, o atual panorama aponta uma nova tendĂŞncia de mercado. “Entre 2006 e 2011 a taxa de crescimento mĂŠdio anual das exportaçþes portuguesas foi de 26,02 por cento. HĂĄ uma grande vontade por parte do Governo _

comerciais externas e as empresas portu 0 ! Â? De acordo com os dados do AICEP citados $ 9 * ‹‹ empresas portuguesas a exportar para o $ Â…\ Estas relaçþes comerciais tĂŞm estado centradas no setor do petrĂłleo, com Portugal a importar petrĂłleo bruto e a exportar

8 $ 9 Costa salienta o crescimento nos Ăşltimos anos das exportaçþes portuguesas noutros setores, atingindo um total de cerca de Â…[\ 4_ Â…\ com um crescimento de 26 por cento em relação a 2010. ) " h " relhos, os veĂ­culos e outros materiais de transporte, os tĂŞxteis, a madeira e cortiça sĂŁo igualmente outros dos principais setores das exportaçþes portuguesas para o MĂŠxico. A estes setores junta-se a ĂĄrea das energias renovĂĄveis – uma das atuais fortes apostas do MĂŠxico e um setor onde as empresas portuguesas podem dar um contributo importante pela tecnologia e know how " /

Uma das principais preocupaçþes das " Â’ tação prende-se com a cobertura do risco de crĂŠdito. No entanto, existem " cem segurança pela anĂĄlise da cobertura do risco de crĂŠdito dos importadores de todos os paĂ­ses do mundo. “A COSEC tem soluçþes de coberturas de risco de crĂŠdito para as empresas portuguesas, tanto para exportaçþes para dentro como para fora da UniĂŁo Euro Â? $ 9 * " tambĂŠm preside a COSEC. “Dentro da UniĂŁo Europeia, temos uma dupla solução: a cobertura de risco tradicional da COSEC e as linhas do Estado. % 4 " 4 )*,% e a OCDE 2, arrancaram em 2009 e com ! " 0 estar disponĂ­veis em termos de coberturas comerciais. Por outro lado - e onde se " ! $ de uma linha para paĂ­ses fora da OCDE, " _ " se apresenta como importante para as " " " raçþes individualizadas. Desta forma, ĂŠ avaliado o risco de crĂŠdito de mercados ! " 0 / muitas informaçþes e, se a operação for aprovada, podem ter a respetiva cobertura do risco de crĂŠditoâ€?, explica. Perante a atual conjuntura econĂłmica, estes instrumentos de crĂŠdito apresentam-se como um importante apoio para " / ' COSEC surge, assim, como um parceiro h " / ‹[ " lĂ­der em Portugal nos ramos do seguro de crĂŠditos e de caução. “A COSEC tem como missĂŁo apoiar as empresas no crescimento das suas exportaçþes, nĂŁo sĂł para os mercados tradicionais, como ! " Â’ 0 Â? $ Gomes da Costa.


INOVAĂ‡ĂƒO E TECNOLOGIA

Inovação real ALEXANDRA SOUSA, CEO DA STI, FALA, EM ENTREVISTA Ă€ PAĂ?S POSITIVO, SOBRE A EMPRESA QUE REPRESENTA E GERE O MAIS RECENTE PROJETO DESTA EMPRESA: O BOREAS – CATCH THE WIND. undada em 1978, a STI ĂŠ uma empresa de engenharia de base tecnolĂłgica, especializada na conceção e desenvolvimento de soluçþes completas, numa lĂłgica de oferta integrada aos seus Clientes Nacionais e Internacionais. Segundo nos refere Alexandra Sousa, a STI estĂĄ centrada em duas grandes ĂĄreas de atuação (equipamentos e linhas) para a indĂşstria alimentar, particularmente a indĂşstria transformadora e o setor do ambiente, na vertente de separação sĂłlido – lĂ­quido e desidratação de lamas. Assim, e indo buscar um sonho antigo do fundador, Carlos Lopes de Sousa, “decidimos apostar numa ĂĄrea que nĂŁo dominĂĄvamos, o vento. % " nos permitirĂĄ criar um terceiro setor de atividade que, de alguma forma, colmate, antecipadamente, o estagnar dos mercados onde tradicionalmente operamosâ€?, advoga. Foi em 2008, que começou a ser projetado o primeiro gerador eĂłlico de eixo vertical de enquadramento urbano, garantindo a sua instalação de forma autĂłnoma em qualquer local, seja um parque industrial ou loteamento habitacional. A ideia foi criar um gerador eĂłlico que permitisse gerar energia, reduzisse custos e estivesse ao alcance de todos. Com base no know-how adquirido ao longo de 34 anos e enquadrada nos objetivos estratĂŠgicos da empresa,

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“em 2009, apĂłs termos reunidas todas as pedras basilares do projeto, apresentamos a candidatura ao QREN no Sistema de Incentivos de I&DT que foi, aprovado. Assim nasce o BOREASâ€?. É com entusiasmo que a nossa interlocutora nos transmite que estes foram anos extremamente importantes e profĂ­cuos, pois “deu-nos

a oportunidade de aprofundar conhecimentos e sermos capazes de defender o BOREAS de forma autĂŞnticaâ€?. Em 31 de agosto de 2012 foi montada a primeira torre do primeiro protĂłtipo Ă escala real, concretizando um sonho antigo. O projeto passa por trĂŞs linhas de força com soluçþes inovativas tendo em vista: 1. O enquadramento urbano recorrendo a soluçþes equilibradas (ao olhar) compatĂ­veis com o aproveitamento do vento em ambiente urbano nomeadamente em zonas de lazer, ĂĄreas comerciais, parques industriais, jardins, etc. A ausĂŞncia de ruĂ­do ofensivo ĂŠ uma das condiçþes complementares a esse enquadramento. 2. Baixo custo de produção do ) ! 4 vido teve sempre em vista soluçþes ! " / 0 # comprometida (este nĂŁo ĂŠ por si sĂł o fator determinante na seleção aplicado Ă produção). 3. Retorno do investimento, no gerador, baseado na efetiva produção de energia a custos de mercado que nĂŁo pode deixar de se relacionar com o potencial eĂłlico de cada local. Muitos locais em meio urbano com elevado potencial (logo rentĂĄveis) nĂŁo podem hoje ser considerados por força dos fatores agressivos das turbinas de eixo vertical (impacto visual e ruĂ­do). No arranque do desenvolvimento, foram postas em confronto quatro diferentes turbinas ao nĂ­vel do design e a primeira fase passou pela otimização virtual desses quatro modelos em software dedicado de escoamento. Num segundo momento, o desenvol-

A otimização passou pela determinação dos valores de potĂŞncia de cada uma das turbinas fazendo uso da cooperação ativa com o LINE - LaboratĂłrio Industrial do Instituto PolitĂŠcnico de Tomar, parceiro tecnolĂłgico do projeto, que tambĂŠm tem a seu cargo o software de tratamento dos dados obtidos em tĂşnel de vento, estudo das soluçþes elĂŠtricas, conceção de uma das turbinas em desenvolvimento e apoio na elaboração dos protĂł &1 : • O trabalho de fundo estĂĄ feito e, agora, o BOREAS estĂĄ numa fase 2 0 resultados e do modelo, irĂĄ passar para produção e comercialização, a ocorrer previsivelmente no primeiro semestre de 2013. Com este projeto, a STI formalizou um departamento autĂłnomo de investigação e desenvolvimento e antecipou todos os cenĂĄrios possĂ­veis, adequando esta solução Ă s diferentes necessidades. “Porque inovar nĂŁo ĂŠ fazer novo, mas sim ter capacidade de adaptação e resposta a diferentes cenĂĄrios.â€?

BOREAS Projeto no âmbito das energias renovåveis e ambientalmente sustentåveis que conta com apoio do Sistema de Incentivos I&DT no âmbito do QREN, em fase de I&D e execução de protótipos, pelo nosso Departamento de Inovação & Desenvolvimento em parceria com o LINE.IPT.

Alexandra Sousa, CEO da STI-TEC

vimento fez-se em túnel de vento de totalmente concebido e construído no âmbito do projeto (vocacionado para ele, portanto) onde as turbinas sofreram nova evolução tendo em vista a sua otimização em termos de / Outubro 2012

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INOVAĂ‡ĂƒO E TECNOLOGIA

Qualidade, antes de mais! CRIADA EM 2010 A PROMASTECH NASCE EM PLENA CRISE E É UMA LUFADA DE AR FRESCO NO PANORAMA EMPRESARIAL NACIONAL. CONTRA VENTOS E MARÉS, A EMPRESA LIDERADA POR MARCO LEITE ASSUME - SE COMO UMA MAIS -VALIA NO SETOR DA TECNOLOGIA INDUSTRIAL DO RAMO DA ELETRÓNICA.

oi um background de quase 20 anos que levou Marco Leite a seguir em frente com o projeto com o qual sonhava. Formado nas melhores escolas internacionais de eletrĂłnica, como ĂŠ o caso da Pioneer e da Ford EletrĂłnica, atual Visteon, Marco Leite decidiu investir a sua mestria numa empresa prĂłpria, contrariando todos os que se amedrontavam com a crise. AliĂĄs, foi precisamente devido Ă crise que o diretor da Promastech decidiu investir num negĂłcio prĂłprio: “Quando se começou a sentir a crise, por volta de 2009, comecei a pensar que de um pode r i a momento para o outro pode-

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tir numa empresa prĂłpriaâ€?. Neste momento, e apenas pouco mais de dois anos volvidos dessa sua criação, a Promastech dĂĄ cartas no mercado e compete, ao mais alto nĂ­vel, com concorrentes de todos os cantos do mundo, conhecidos e reconheci tecnologia.

Nenhum Homem Ê uma Ilha John Donne 8 4 " bÊm, de certa forma, se minorasse o risco do investimento numa empresa de tecnologia em tempo de crise, Marco Leite desenhou a Promastech " " a todas as necessidades. Para tal, contactou uma sÊrie de parceiros que lhe garantiram as condiçþes necessårias para avançar para este mercado tão aliciante e complexo. O projeto começou com ape primeiro semestre de atividade o sucesso era de tal ordem que foi necessårio aumentar o número de colaboradores. Hoje, a Promastech Portugal emprega 12 pessoas e a Promastech Espanha emprega quatro. Marco Leite, Diretor da Promastech

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Segundo Marco Leite, o sucesso desta empresa deve-se, sobretudo, â€œĂ boa aceitação do mercado e ao facto de me ter rodeado de pessoas com muita experiĂŞncia. O projeto começou do know how estava todo cĂĄ e, portanto, foi fĂĄcil começar a ver os frutos deste investimentoâ€?. No primeiro, ano os resultados foram alĂŠm do esperado e no segundo as expectativas foram totalmente ultrapassadas, chegando a empresa a atingir a dois milhĂľes de euros de faturação em Portugal e 700 mil em Espanha. O crescimento foi de tal ordem que houve necessidade de expandir o espaço fĂ­sico da empresa e, ma mais uma $ ( ! 3 3 tech em Braga, onde estĂŁo algu alguns dos seus maiores clientes. Se ĂŠ certo que a empresa com comercia " cas, em exclusivo, nĂŁo menos ccerto ĂŠ que, cedo, Marco Leite teve a perce 0 " ™ š: š: " " " " " 0 ! por completo as necessidade necessidades dos clientes e, aqui, abriu-se um uma brecha de mercado e decidimos apostar em desenvolvimento de pr produtos h Â’ necessidades. Desta forma, con conseguimos dar ao nosso cliente aqui aquilo que ele realmente procura, desen desenhamos e desenvolvemos o equipamen equipamento que o cliente anseiaâ€?. E neste ca campo a Promastech destaca-se de toda e qualquer concorrĂŞncia. JĂĄ sĂŁo ba bastante competitivos no que toca a qua qualidade š% " prestamos um serviço de excelĂŞ excelĂŞncia a uma multinacional em Portuga Portugal, isso permite-nos ir alĂŠm-fronteira alĂŠm-fronteiras e ĂŠ precisamente isso que acontece ac desde sempre na Prom Promastech. Hoje, temos equip equipamen-

tos instalados em Portugal, Espanha, França, Hungria, BulgĂĄria, Marrocos, Ă?ndia, RĂşssia, RepĂşblica Checa, ArgĂŠlia, China e Brasilâ€?. Mas nada de novo para quem fundou uma empresa com Â’ 0 ™ š% de facto o nosso objetivo, interna ! " mercado portuguĂŞs estĂĄ congelado e certo ĂŠ tambĂŠm que o mercado europeu estĂĄ tambĂŠm estagnado pelo que desde sempre decidimos apontar baterias para os mercados emergentes e, neste momento, somos jĂĄ bastante Â? o empresĂĄrio. Mas para que este sucesso seja sustentĂĄvel e uma constante na empresa, Marco Leite aposta na formação ! que estes frequentem diversas açþes em paĂ­ses estrangeiros e dotando-os das mais inovadoras ferramentas para solucionar qualquer problema que o cliente apresente. AlĂŠm disso, “temos a sorte de estarmos rodeados de colaboradores que sentem esta empresa como se fosse deles e isso nĂŁo tem preço. Saber que a qualquer hora do dia podemos contar com eles, " 0 que possamos ser mais competitivos e tenhamos mais qualidadeâ€?. Aqui estĂĄ a " 0 ›

Pedras no caminho O percurso ĂŠ notĂĄvel, o sucesso ĂŠ mensurĂĄvel, mas isso nĂŁo ĂŠ sinĂłnimo de que tudo tenha sido fĂĄcil. “Muito se houve falar de empreendedorismo, 0 0 postos de trabalho e de apoio Ă s PME’s, mas a verdade ĂŠ que os mecanismos de que se fala, no campo, nĂŁo existem. NĂŁo hĂĄ qualquer apoio Ă s PME’s e os bancos fecharam as portas Ă s empresas, nĂŁo permitindo partilhar o risco do investimento e a capacida-


INOVAĂ‡ĂƒO E TECNOLOGIA

Futuro de de internacionalizaçãoâ€?. A verdade ĂŠ que as empresas correm o risco de sucumbir de sucesso, como quase aconteceu por duas vezes com a Promastech: “A nossa empresa funciona por picos e muitas vezes somos obrigados a recusar encomendas por nĂŁo termos capacidade de tesouraria para aguentar os prazos de pagamento. Quando faturamos uma mercadoria, temos que pagar as nos ! _ % como manda a lei, mas a verdade ĂŠ que o valor dessa fatura sĂł vai entrar na empresa apĂłs 90 dias e, quando falamos de valores altos, ĂŠ quase incomportĂĄvelâ€?. Marco Leite vai mais

longe ao dizer que â€œĂŠ inadmissĂ­vel que as multinacionais se subsidiem com as empresas pequenas. Entre entregarmos um equipamento e a empresa pagar, hĂĄ um perĂ­odo de tempo em que o equipamento estĂĄ a trabalhar sem ser pago e, portanto, a empresa acaba por amortizar o investimento com a produção decorrente desse equipamentoâ€?. Mas como se poderia solucionar este grave problema? â€œĂ‰ muito fĂĄcil, bastava " to em que se obrigasse as empresas a pagar num prazo mĂĄximo de 30 dias. Desta forma, a economia era mais real, mais competitiva e as

empresas eram mais sustentĂĄveis, nĂŁo tendo que passar por problemas de tesouraria graves, quando na verdade existem milhares de euros por cobrarâ€?. É este partilhar de risco, este apoio, este conhecimento real do mercado empresarial, que seria necessĂĄrio que os nossos governantes e legisladores conhecessem para que pudessem atuar da melhor forma. Apesar de tudo, “o facto de os bancos estarem bastante fechados em termos de crĂŠdito, fez-nos crescer apenas e sĂł com capitais prĂłprios e isso acaba por reduzir as hipĂłteses de catĂĄstrofe Â?

Apesar das dificuldades, apesar dos entraves, apesar de tudo, o futuro apresenta-se risonho para a Promastech. “AlĂŠm de termos projetados alguns investimentos, nomeadamente em feiras internacionais, o nosso grande projeto ĂŠ a criação de uma unidade fabril no Brasil. No entanto, ĂŠ ainda cedo para avançar para este projeto, mas ĂŠ certamente o prĂłximo passo da Promastechâ€?, finaliza Marco Leite.

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COMPETITIVIDADE

A UniĂŁo faz a Força na IndĂşstria dos Moldes EM 2007, A INDĂšSTRIA DOS MOLDES EM PORTUGAL DECIDIU UNIR FORÇAS E CRIAR UM PĂ“LO DE COMPETITIVIDADE. ENGINEERING & TOOLING, É ASSIM QUE É CONHECIDA ALÉM-FRONTEIRAS, DEFENDENDO O PRODUTO NACIONAL COM SUCESSO. EM FRANÇA, HĂ QUEM CONSIDERE ESTA INDĂšSTRIA PORTUGUESA UM CASE STUDY.

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uando Portugal lançou, em 2008, a possibilidade de se / coletiva, os chamados pĂłlos e clusters, a indĂşstria de moldes jĂĄ se tinha adiantado, hĂĄ um ano, com um plano estratĂŠgico entre os empresĂĄrios, o Centimfe (Centro TecnolĂłgico da IndĂşstria de Moldes, Ferramentas Especiais e PlĂĄsticos) e o Cefamol (Associação Nacional da IndĂşstria de Moldes). Com a abertura aos pĂłlos de competitividade, a indĂşstria apresentou ao governo uma proposta com ĂĄreas estratĂŠgicas, apostas prioritĂĄrias, açþes a desenvolver e mercados a abordar, entre outros aspetos. “Decidimos designar o cluster de Engineering & Tooling, defendendo que fazemos nĂŁo sĂł moldes, mas todo o pro Â? Rui Tocha, diretor-geral do Centimfe. No terceiro ano de uma estratĂŠgia de dez, os resultados sĂŁo animadores: “Conseguimos recuperar alguma notoriedade desta indĂşstria. Hoje, esta indĂşstria ĂŠ claramente mais reconhecida no panora Â? Atualmente com 70 associados (alguns representando grupos mais alargados de empresas), o pĂłlo começou com 40 parceiros. 90 por cento da produção ĂŠ dedicada Ă exportação, tendo atĂŠ empresas a exportar cem por cento dos produtos. Para o tal, foram necessĂĄrias intensivas

Rui Tocha, Diretor-Geral do Centimfe

atividades de promoção. “Conseguimos utilizar muito bem os fundos disponibilizados para uma campanha criteriosa e persistente da marca Engineering & Too 3 Â? h visitas de jornalistas internacionais, estudo e apresentação da marca ao mercado antes da deslocação e participaçþes em feiras. Um aspeto relevante foi a diver 0 nativas Ă Europa. Destinos como o Brasil foram equacionados para evitar tensĂľes e constrangimentos de crescimento dentro do velho continente que pudesse afetar as exportaçþes.

novos processos e metodologias. “Participamos em inĂşmeras atividades de I&D, o que implica um estreito envolvimento com centros tecnĂłlogicos, centros de investigação e universidades, para desenvolver projetos e novas soluçþes para a indĂşstria reforçar a sua competi Â? + & 4 o papel do Centimfe que funciona como h tecnolĂłgico (do qual ĂŠ parte integrante) e o mundo empresarial. Com a marca “Engineering & Tooling 3 Â? 1 estĂĄ a trabalhar, com a ComissĂŁo Europeia e a rede de parceiros europeus,

IndĂşstria de capital e de conhecimento intensivo

sobre åreas de investimento e inovação atÊ 2020. O diretor do centro tecnológico aponta algumas åreas onde Portugal deveria apostar, como a microprodução,

A evolução tecnológica não påra e o pólo apostou, e bem, em tecnologia de ponta,

a manipulação micro ou ainda a microinjeção. “SĂŁo ĂĄreas onde os nossos concorrentes europeus estĂŁo a investir crescentemente. A aposta nestas ĂĄreas em Portugal tambĂŠm implica uma mudança de mentalidades e de reforço de acção, englobando outro tipo de envolvimento da academia com a indĂşstria. Mas, o grande obstĂĄculo serĂĄ sempre a falta h ros indutores de novas empresas nestes h Â? É neste panorama de sucesso internacional que se enquadrou a Semana de Moldes 2012, de 1 a 4 de Outubro, na Marinha Grande e em Oliveira de AzemĂŠis. “Foi um momento alto de promoção da nossa indĂşstria e das / networkingÂ? 4 + & 4 š& balhĂĄmos nestes dias com menos horas ' a imagem de Portugal que queremos Â? * „\\ pessoas nos quatro dias, as expetativas foram superadas. O diretor do Centimfe / das escolas e universidades (ao contrĂĄrio dos anos anteriores), numa semana de demonstraçþes ao vivo de tecnologias inovadoras, networking de qualidade e muitas atualizaçþes de conhecimentos, proporcionados pelos melhores especialistas da indĂşstria.

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CATĂ“LICA PORTO

Pioneirismo e Qualidade lvaro Nascimento, Diretor da Faculdade de Economia e GestĂŁo da CatĂłlica Porto, considera que este ĂŠ um projeto pioneiro no que respeita ao ensino e ao processo de aprendizagem e formação para o mundo real. AliĂĄs, â€œĂŠ de tal forma pioneiro e relevante que um conjunto de agĂŞncias internacionais, nomeadamente a OCDE e outras agĂŞncias de acreditação internacional, nos tĂŞm reconhecido como um passo Ă frente no que diz respeito ao ensino da Economia e da GestĂŁo e como um exemplo a ter em conta em contexto internacionalâ€?, avança, garantindo que, em consequĂŞncia disso, tĂŞm surgido diversos convites para participar em fĂłruns mundiais de intercâmbio de conhecimento e tecnologia. Aqui, percebe-se a universidade como plataforma de cruzamento de conhecimento e intercâmbio de experiĂŞncias, ou seja, um espaço onde se faz convergir um conjunto de contributos de vĂĄrios agentes da sociedade e da comunidade. E isto porque, “por um lado, trazemos as empresas Ă escola, mas tambĂŠm levamos os alunos para projetos fora da escola e os responsabilizamos perante os parceiros externos, apresentando propostas e soluçþesâ€?. Existe, portanto, “todo um espaço de acolhimento e integração que faz com que os alunos cresçam, se sintam Ăşteis e, sobretudo, faz com

esse conhecimento em algo de Ăştil

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que todos aqueles que passam pela escola sejam contribuintes ativos para " tativaâ€?. E ĂŠ este o princĂ­pio que estĂĄ por detrĂĄs de todos os projetos que a CatĂłlica Porto e, em particular, a sua Faculdade de Economia e GestĂŁo, vai desempenhando na sociedade. Segundo o nosso interlocutor, a CatĂłlica Porto posiciona-se naquilo que ĂŠ a utilidade para a sociedade e â€œĂŠ isso que estĂĄ por trĂĄs de todas as nossas ofertas, desde a formação - as licenciaturas, os mestrados e a formação de executivos, passando pela intervenção concreta, atravĂŠs da emissĂŁo de um conjunto de pareceres e

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para a sociedade�.

Centro de Estudos de GestĂŁo e Economia Aplicada (CEGEA) da CatĂłlica Porto

A FACULDADE DE ECONOMIA E GESTĂƒO DA CATĂ“LICA PORTO, TEM VINDO A SER MOTIVO DE NOTĂ?CIA PELAS MELHORES RAZĂ•ES. CONSIDERADA COMO EXEMPLO A SEGUIR PELAS MAIS ALTAS ENTIDADES INTERNACIONAIS, A FACULDADE DESTACA- SE PELA POSITIVA, SERVINDO A COMUNIDADE E DANDO MOSTRAS DE EXCELĂŠNCIA.

Š _ 1 " possa progredir no sentido globalâ€?. 3 = 8 dĂĄ trĂŞs exemplos de projetos emble " ! Š posicionamento: “Plataforma de Liderança EstratĂŠgica - Local onde fazemos convergir as empresas e os alunos Š 0 h sobre o modelo de ensino e, sobretudo, num processo de aprendizagem mĂştua. Este ĂŠ um dos projetos emblemĂĄticos que nos tem permitido elevadas taxas de empregabilidade no que diz respeito a licenciaturas e mes-

damente em Angola, no Brasil, em Moçambique e Macau, tem desenvolvido um conjunto de açþes atravÊs de Católica Business Schools Aliance que permite às empresas encontrar, neste ecossistema, um conjunto de soluçþes que as pode auxiliar a ser mais bem-sucedidas no seu projeto de internacionalização, sobretudo fazendo aquilo que para nós Ê mais caro e que sabemos fazer melhor, que Ê preparar pessoas competentes e empreendedo " ! " consigam fazer a diferença. Produção de Conhecimento. Não somos ape-

trados. A noção de que preparamos pessoas para a comunidade, para as empresas e para fazerem a diferença, Ê algo que estå sempre subjacente às nossas açþes. Internacionalização - Desde sempre, temos uma preocupação muito grande em acompanhar as empresas nos processos de internacionalização, em particular no espaço da lusofonia. Desde muito cedo, a Católica Porto, atravÊs de um conjunto

nas uma plataforma de intercâmbio de conhecimento, mas temos tambÊm a responsabilidade acrescida de sintetizar todos estes contributos que chegam de diversas plataformas e Ê assim que vemos a nossa capacidade de produção de conhecimento, quer # h " publicaçþes internacionais e que são bastante importantes numa escola que se quer de excelência, mas sobretudo

de parceiros internacionais, nomea-

na nossa capacidade de transformar

3 = 8 *%9%' um espaço onde se converge o conhe Š 0 " “nos leva a ser autĂłnomos e, sobretudo, ter liberdade de iniciativa para pensarmos em conjunto sobre temas essenciais para a economia portuguesaâ€?. Exemplo desta abertura Ă s empresas ĂŠ a ligação de 20 anos com a indĂşstria do calçado, como avança Vasco Rodrigues, Diretor Executivo do CEGEA: “Temos trabalhado com este setor no desenvolvimento dos seus planos estratĂŠgicos, conseguindo acompanhar este caso de sucesso da economia portuguesaâ€?. Entre estudos e anĂĄlises estatĂ­sticas, o CEGEA tem podido acompanhar todos os desenvolvimentos deste setor, mas este nĂŁo ĂŠ o Ăşnico exemplo. A Liga Portuguesa 6 ! 3 6 0 Manuel dos Santos sĂŁo dois exemplos recentes de trabalhos desenvolvidos pelo CEGEA, “e que sĂŁo uma forma de colocarmos as nossas competĂŞncias ao serviço de quem nos rodeiaâ€?. O centro, estando ligado a uma Faculdade de Economia e GestĂŁo, atua naturalmente em todas as ĂĄreas que uma escola desta natureza cobre. “Temos estudos de âmbito estratĂŠgico, ž ! marketing, dos recursos humanos, da polĂ­tica de concorrĂŞncia, ou seja, em qualquer ĂĄrea tĂ­pica de uma faculdade de economia e gestĂŁoâ€?, assinala. Dentro destas ĂĄreas, uma que tem bastante destaque ĂŠ a ĂĄrea de Estudos de $ " mente, a vĂĄrios pedidos de empresas e instituiçþes. Sinal da importância deste setor e do reconhecimento do Know How nesta matĂŠria, a CatĂłlica Porto foi palco do 20.Âş Congresso da Sociedade Portuguesa de EstatĂ­stica, nos dias 27, 28 e 29 de Setembro.


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Qualidade que se sente

Carla Lima, Consultora Capilar

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OPINIĂƒO DE VĂ?TOR VELOSO * Como melhoraram as expetativas de sobrevivĂŞncia e qualidade de vida das mulheres que sofrem desta doença? Tem havido evoluçþes positivas em vĂĄrios campos. Na cirurgia, cada vez mais se realiza cirurgia conservadora (conservar grande parte da glândula mamĂĄria) e a pesquisa do gânglio sentinela que ĂŠ jĂĄ uma tĂŠcnica estandardizada (evita esvaziamentos axilares desnecessĂĄrios). A nĂ­vel da Oncologia, surgem fĂĄrmacos de comprovada eficĂĄcia, dirigidos unicamente e especificamente Ă s cĂŠlulas tumorais. Em relação Ă Radioterapia, os aparelhos sĂŁo muito mais sofisticados, pelo que somente atingem os tecidos que pretendem irradiar. Igualmente, surgiu a tĂŠcnica de Radioterapia per-operatĂłria para irradiação do leito tumoral. * CirurgiĂŁo e Presidente do NĂşcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro


SAĂšDE

A Maçã e os seus benefĂ­cios para a saĂşde UNS APONTAM UM ESTILO DE VIDA SEM TEMPO PARA UMA REFEIĂ‡ĂƒO CUIDADA, OUTROS A ESCALADA DOS PREÇOS, MAS UMA COISA É CERTA: A ALIMENTAĂ‡ĂƒO DOS PORTUGUESES JĂ TEVE DIAS MELHORES. A MAĂ‡Ăƒ, FRUTO DE EXCELĂŠNCIA DO MĂŠS DE OUTUBRO, NĂƒO DEVE SER DESCARTADA DO PRATO DO DIA. ausĂŞncia de fruta e legumes entre os alimentos que comemos durante o dia terĂĄ o seu preço, jĂĄ que contĂŞm componentes essenciais para o organismo, como o zinco, iodo, ferro, cĂĄlcio ou ainda vitaminas. Nas crianças, a ingestĂŁo destes alimentos ĂŠ ainda mais importante: nĂŁo comer a sopa da cantina ou uma peça de fruta como sobremesa, em vez de um leite creme ou uma mousse de chocolate, pode provocar carĂŞncias nutricionais graves. Este mĂŞs, nada melhor do que aproveitar a maçã para equilibrar a alimentação dos portugueses. JĂĄ dizia o ditado ame-

A

ricano que comer uma maçã por dia ĂŠ a receita para manter-se longe das mais diversas doenças, mas em particular ™ 0 ! da maçã ajuda a controlar os nĂ­veis de colesterol, triglicerĂ­deos e glicose no sangue. AlĂŠm disso, contĂŠm um alto teor de potĂĄssio, elemento insubstituĂ­vel no bom funcionamento do coração, e evita a deposição de gorduras na parede arterial. Melhora, assim, a circulação sanguĂ­nea, reduzindo o trabalho cardĂ­aco e prolongando a vida Ăştil do coração. Por outro lado, a maçã ĂŠ um elemento essencial em qualquer dieta. Uma maçã tem entre 60 a 110 kcal e, segundo um

estudo da Universidade da Pensilvânia, se comermos uma maçã antes de cada refeição, ingerimos atÊ 200 calorias a menos. Como? A maçã possui muita ! " 0 retirando a fome. Este fruto contÊm ainda pectina, elemento que atrasa o processo digestivo. Esta substância reduz tambÊm a absorção do açúcar, diminuindo assim a quantidade de gordura que o corpo armazena. Derrete gorduras, protege o corpo, evita o envelhecimento e ainda limpa a boca. A maçã Ê, sem dúvida, um alimento saboroso que não pode ser excluído de uma refeição.

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12Âş CONGRESSO DE DERMATOLOGIA

Ă gua com SaĂşde AS POTENCIALIDADES DA Ă GUA TERMAL DE CANAVEZES SĂƒO CONHECIDAS HĂ SÉCULOS. FOI PELAS MĂƒOS DA RAINHA D. MAFALDA QUE AS MESMAS GANHARAM MAIS RECONHECIMENTO. ESTANDO, DESDE ESSA ALTURA, CONOTADAS COM MILAGRES EM DOENÇAS DERMATOLĂ“GICAS. oje a ciĂŞncia trouxe Ă luz do dia mais conhecimento sobre o assunto e, assim, o Grupo Canavezes leva atĂŠ casa de cada um de nĂłs as maravilhas desta ĂĄgua Ă­mpar na PenĂ­nsula IbĂŠrica. PatrĂ­cia de Canavezes, presidente do Grupo Canavezes, refere, em entrevista Ă nossa publicação, que a empresa se divide em quatro setores distintos, sendo o pilar central e fundamental a Hidrologia. “A Hidrologia ĂŠ a pedra basilar da nossa atividade, e ĂŠ-o no sentido da inovação e desenvolvimento. As ĂĄguas termais

H

de Canavezes tĂŞm caracterĂ­sticas Ăşnicas na penĂ­nsula ibĂŠrica jĂĄ que contĂŞm enxofre e arsĂŠnioâ€?. As patologias dermatolĂłgicas sĂŁo imensas e, muitas delas, quase incapacitantes do ponto de vista fĂ­sico e psĂ­quico. Aqui tem um papel importante a Ă gua Termal de Canavezes e o processo de investigação e desenvolvimento, levado a cabo pelos LaboratĂłrios de Canavezes. “Em muitos casos, basta uma Ăşnica utilização desta ĂĄgua para constatar surpreendentes resultadosâ€?. Neste momento, “CANAVEZES Ă GUA

TERMAL� Ê jå a quinta marca mun-

emoçþes, contarå com seis suites.

dial DermatolĂłgica de Ă gua Termal,

Cada uma em honra de um dos

estando equiparada Ă s marcas mais

cinco elementos da linha de luxo:

conceituadas do mercado. Mas tudo isto ĂŠ fruto de muito trabalho e de muito investimento em investigação. “Hoje, estamos numa fase de concretização de investigação, garantindo que nos conseguimos demarcar da cosmĂŠtica e dermocosmĂŠtica e posicionarmo-nos no setor medicamentosoâ€?.

Romance, Arte, Cultura, Historia e Natureza.

SaĂşde e Bem-estar O segundo pilar de atividade do Grupo Canavezes prende-se com a SaĂşde e Bem-estar e, neste momento, este pilar ĂŠ assente naquilo que serĂĄ o futuro empreendimento “Canavezes Palace Hotel Resort & Thermal Clinicâ€?. A administradora avança que foi elaborado um projeto para transformar as Termas de Canavezes na primeira ClĂ­nica Termal da Europa. “Existem muitas termas na Europa, como se sabe, mas a “Canavezes Thermal Clinicâ€? distingue-se pelas suas caracterĂ­sticas Ăşnicas. Aqui irĂŁo realizar-se intervençþes cirĂşrgicas, cas ou, simplesmente, percursos de bem-estarâ€?, aliados a serviços de primeirĂ­ssima qualidade. Inspirada na Rainha D. Mafalda e na Ă gua, a Thermal Clinic deverĂĄ estar pronta em 2014, mas estĂĄ jĂĄ hoje totalmente desenhada e planeada, tendo sido totalmente pensada em função do luxo, num local onde a ĂĄgua e a memĂłria da Rainha D. Mafalda tenham uma interação perfeita. “A traça original estarĂĄ presente em todos os pormenores e muitos dos espaços fĂ­sicos serĂŁo aproveitados e reabilitados, fazendo com que as pessoas saibam o que foram as Termas de Canavezes e o seu percurso ao longo dos sĂŠculosâ€?. O Hotel, carregado de histĂłria e

PatrĂŒcia de Canavezes, Presidente do Grupo Canavezes

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Centro Cultural No âmbito da atuação do Grupo Canavezes, surge tambÊm o Centro Cultural como pilar de desenvolvimento do grupo. Este centro terå uma programação anual e espetåculos sobre a à gua. Neste sentido, socalcos da paisagem das Termas e que servirå de palco para espetåculos de elite.

Centro de Investigação Canavezes O testamento da Rainha D. Mafalda atesta que aquelas ĂĄguas deveriam servir para ajudar os leprosos na sua desgraça e, para os alojar, ! Neste espaço, os responsĂĄveis pela empresa decidiram apostar " ! 4 cadamente naquilo que seria a investigação para a descoberta de tratamentos para patologias dermatolĂłgicas. Assim sendo, este Centro de Investigação trabalha as ĂĄreas de Geologia, Hidrologia, Biotecnologia, CiĂŞncias farmacĂŞuticas e Dermatologia. E aqui, “tudo ĂŠ feito e planeado ao pormenor, fazendo com que cada produto da Linha Canavezes Ă gua Termal seja um elemento realmente importante no combate e tratamento de ! 2 Â? PatrĂ­cia de Canavezes, em jeito de tĂŠrmino.



AVICULTURA

“A avicultura ĂŠ um setor de suc e com uma evolução tecnolĂłgic FUNDADOR DA INTERAVES HĂ 30 ANOS, FERNANDO CORREIA CONTA COM UMA EXPERIĂŠNCIA DE 40 ANOS NO SETOR DA AVICULTURA. EM ENTREVISTA, FERNANDO CORREIA PERCORRE A HISTĂ“RIA E A EVOLUĂ‡ĂƒO DA AVICULTURA EM PORTUGAL ATRAVÉS DA VISĂƒO DE QUEM DESDE SEMPRE ASSUMIU UMA POSIĂ‡ĂƒO ATIVA NO SETOR E QUE ACOMPANHOU DE PERTO A SUA EVOLUĂ‡ĂƒO AO LONGO DAS ĂšLTIMAS QUATRO DÉCADAS.

Fernando Correia, Administrador executivo da Interaves

ortemente ligado Ă avicultura hĂĄ jĂĄ quatro dĂŠcadas, Fernando Correia, administrador executivo da Interaves, acompanhou de

F

programar e ajustar a quantidade de cereais de forma a satisfazer de uma forma mais adequada as necessidades alimentares das aves. Por outro lado, hĂĄ hoje em

duzem. O próprio ponto de venda Ê responsabilizado – o que não acontecia no passado. Para tal, tambÊm contribuiu o facto de se ter instituído um instrumento que

a escolher o nosso produto em Â? Por outro lado, a gestĂŁo sustentada tem contribuĂ­do para o crescimento contĂ­nuo da empresa ao longo

perto evolução do setor, conciliando a administração da empresa com funçþes dirigentes em diversas associaçþes da årea, fazendo igualmente parte dos vårios conselhos consultivos do MinistÊrio da Agricultura. A experiência e os conhecimentos adquiridos nas diversas atividades em que esteve envolvido conferiram-lhe uma visão muito realista do setor.

" dade das matĂŠrias-primas. A isto juntou-se a crescente preocupação com o bem-estar animal, no que se refere Ă s questĂľes higiĂŠnico-sanitĂĄriasâ€?, elucida. Recuando na histĂłria da avicultura, 6 *

" longo dos anos o nĂ­vel de exigĂŞn no que diz respeito Ă qualidade e

permite fazer a traçabilidade do produto desde a sua origem, onde sĂŁo registadas todas as informaçþes de relevo para o consumidor. Houve, sem dĂşvida, um incremento do conceito de responsabilidade no setor e das diversas partes intervenientes no processo. Hoje em dia a generalidade dos nossos produtos de avicultura ĂŠ credĂ­velâ€?,

das últimas três dÊcadas. A experiência internacional possibilitada pela frequência de cursos feitos no estrangeiro fez com que Fernando Correira adquirisse uma visão diferente do setor. Foi da participação nestes cursos que surgiram ideias que Fernando Correira implementou na sua empresa numa altura em que estas se assumiam como vanguardistas para a

“Atualmente a avicultura ĂŠ um setor de sucesso, extremamente dinâmico e com uma evolução tecnolĂłgica de topo. Para tal contribuiu a evolução proporcionada pela informĂĄtica e pelo ar comprimido na indĂşstria de transformação de cereais. Hoje ĂŠ possĂ­vel

segurança alimentares dos produtos provenientes da avicultura. “A avicultura assume-se hoje como um setor de referĂŞncia ao nĂ­vel da segurança alimentar e da garantia de qualidade dos seus produtos. Hoje em dia os produtores sĂŁo responsabilizados pelo que pro-

No caso concreto da Interaves, a empresa desde sempre se regeu pela premissa assente em trĂŞs vertentes: “ser, parecer e provarâ€?. A receita de sucesso encontrada assenta “nĂŁo naquilo que ĂŠ o parecer, mas na prova do ser por parte do consumidor e que o leva

Êpoca. De uma formação realizada no Japão trouxe a decisão de implementação do Sistema de Gestão > 0 Dos EUA trouxe o ensinamento da focalização no cliente e no consumidor, correspondendo às suas

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AVICULTURA

ucesso, dinâmico gica de topoâ€? expectativas e necessidades, tendo como base a segurança alimentar. A Interaves marca tambĂŠm posição no mercado pela aposta em produtos diferenciados e de qualidade, como ĂŠ o caso do frango de agricultura biolĂłgica e o frango campestre. Ciente de que o sucesso de uma empresa depende da motivação e desempenho de todos os seus colaboradores, Fernando Correia procurou desde sempre envolvĂŞ-los na focalização para o cliente e o consumidor. “Procurei criar uma responsabilização transversal na empresa, na qual cada um dos nossos colaboradores perceba as suas funçþes, apostando numa formação contĂ­nua dos nossos recursos humanosâ€?, explica.

Responsabilidade Social Nas instalaçþes da Interaves na Abrigada trabalham cerca de 250 pessoas. A este número juntam-se aquelas que trabalham da sua delegação do Norte e os seus parceiros produtores. No total são cerca de 400 colaboradores. Empregador importante na localidade onde se insere, a Interaves teve sempre um foco especial na a comunidade onde se insere mantendo, por exemplo, parcerias com escolas

loca Ă s suas instalaçþes. Fernando Correira recorda ainda duas medidas instituĂ­das hĂĄ 25 anos que permanecem em prĂĄtica atĂŠ aos dias de hoje: a disponibilização de meio de transporte e a criação de um refeitĂłrio, cuja refeição – o almoço e o pequeno-almoço ou o lanche – ĂŠ disponibilizada aos funcionĂĄrios pelo mesmo preço praticado Ă ĂŠpoca: 50 cĂŞntimos.

Perspetivas futuras Presença internacional da Interaves Com uma presença consolidada no mercado nacional, a qualidade dos produtos da Interaves, bem como a sua boa relação preço-qualidade ĂŠ igualmente reconhecida alĂŠm-fronteiras, nomeadamente no mercado africano. “Os nossos produtos tĂŞm tido uma forte aceitação em Angola. TambĂŠm jĂĄ comercializamos em SĂŁo TomĂŠ. Cabo Verde e Moçambique sĂŁo outros dois mercados a considerar num futuro prĂłximoâ€?, avança Fernano Correia.

Empresa com uma sĂłlida saĂşde 0 sustentĂĄvel, a Interaves tem ao longo dos anos feito uma aposta na modernização dos processos. Uma das prĂłximas apostas da Interaves passa por incrementar a sua prĂłpria produção de cereais, de forma a tornar-se cada vez mais “Desta forma, conseguir-se-ĂĄ que a redução dos custos com a matĂŠria ! ainda mais competitivo. AlĂŠm disso, ĂŠ preciso notar que o melhor milho na Europa ĂŠ aquele que ĂŠ produzido na

mando a atenção para a importância do consumo de produtos nacionais. â€œĂ‰ preciso que haja uma sensibilização dos consumidores para a importância de adquirirem produtos portugueses, tanto pela sua qualidade, como tambĂŠm pelo contributo que se estĂĄ a dar Ă economia nacionalâ€?, realça. Quase a assinalar 30 anos desde a sua fundação, para o futuro da Interaves Fernando Correia perspetiva manter a aposta na qualidade dos processos e dos produtos que a empresa comercializa de forma a que continuem a corresponder Ă s necessidades dos consumidores

regiĂŁo do mediterrâneoâ€?, explica, cha-

portugueses.

locais. As condiçþes de trabalho e de segurança dos seus funcionårios sempre foram uma prioridade, bem como a preocupação com a sua saúde, o que leva a que a empresa tenha contratado um mÊdico de família que semanalmente se desOutubro 2012

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QUALIDADE DE VIDA

MunicĂ­pio de MortĂĄgua mantĂŠ frente dos destinos do municĂ­pio de MortĂĄgua hĂĄ 23 anos, ĂŠ desde entĂŁo que a ação do executivo liderado por Afonso Abrantes tem contribuĂ­do ativamente para o crescimento e desenvolvimento do concelho. A componente social foi, desde sempre, uma das premissas orientadoras da ação do executivo. Ciente da lacuna existente Ă ĂŠpoca, Afonso Abrantes reuniu esforços para que fossem criadas todas as infraestruturas sociais necessĂĄrias. Atualmente, a população de MortĂĄgua dispĂľe de um conjunto de serviços sociais, tanto para a infância como para a terceira idade. Em construção, estĂĄ um Lar e um Centro ) 0 3 , ĂŞncia – um equipamento existente em poucos concelhos do interior e que vem completar a oferta de equipamentos sociais de MortĂĄgua. “A principal missĂŁo da Câmara Municipal de MortĂĄgua sempre foi a de 0 em relação Ă s crianças e aos idosos. Contudo, sempre sentimos que ĂŠ preciso nĂŁo esquecer a classe mĂŠdia, sobretudo os jovens casais. Neste sentido, criĂĄmos uma sĂŠrie de apoios que passa pela isenção de todas as licenças de processos de construção de habitação prĂłpria, desde a aprovação dos projetos

ças do PrĂŠ-Escolar e do 1.Âş Ciclo, e da oferta dos manuais escolares ao primeiro ciclo. Fornecemos transporte gratuito Ă s crianças e estamos tambĂŠm a suportar os custos com o prolongamento de horĂĄrio e do ATLâ€?, salienta. No âmbito da educação, a autarquia revela uma forte aposta. “ConstruĂ­mos um Centro Educativo com a valĂŞncia de creche onde sĂŁo proporcionadas a todas as crianças de MortĂĄgua as mes _ ,

e respetivo licenciamento atĂŠ Ă licença 0 ' 5$5 sempre inferiores Ă taxa mais alta e no prĂłximo ano vamos aplicar a taxa mĂ­nimaâ€?, avança. Este esforço social desde sempre feito a pensar nos seus habitantes foi refor " 2-

Â…\\¢ milhĂľes de euros na ĂĄrea da educaçãoâ€?. Por outro lado, a autarquia tem procurado aumentar o nĂ­vel de empregabilidade, atravĂŠs da concessĂŁo de incentivos Ă s empresas. “A demonstrĂĄ-lo estĂŁo os nĂ­veis de desemprego do concelho, inferiores Ă mĂŠdia nacional. MortĂĄgua ĂŠ tambĂŠm um dos concelhos com menor

mica. “Desde 2008, as nossas polĂ­ticas tĂŞm

1 !

+ Social de Inserção, o que revela que hå

sido de muito apoio às famílias, atravÊs de refeiçþes gratuitas a todas as crian-

um tecido social que tem sabido responder�, atesta.

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EM ENTREVISTA, AFONSO ABRANTES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MORTà GUA, FALOU DOS DES�GNIOS DO PROJETO TRAÇADO PARA O CONCELHO QUE LIDERA Hà MAIS DE DUAS DÉCADAS - UM PROJETO COM UMA FORTE APOSTA NA à REA SOCIAL E QUE TEM CONTRIBU�DO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO EM TODAS AS SUAS VERTENTES.

O centro de treino do Montebelo Aguieira Resort Ê muito requisitado por seleçþes de Canoagem e Remo de todo o mundo

“Perante a atual conjuntura socioeconĂłmica, a Câmara Municipal de MortĂĄgua tem vindo a reforçar o seu papel social e a continuidade das polĂ­ticas sociais Â? " a totalidade dos apoios dados aos habitantes nas ĂĄreas da educação, habitação 5+ de dois milhĂľes de euros. APOIO Ă€S EMPRESAS “O inĂ­cio da dĂŠcada de 90 foi marcado pela perda da indĂşstria tradicional que MortĂĄgua tinha. Foi necessĂĄrio procurar alternativas que passaram pela criação " todas as condiçþes de atratividade para os investidores. Por exemplo, os apoios concedidos pela autarquia Ă s empresas englobam a isenção na derrama para as aquelas que disponham de um volume de negĂłcios atĂŠ 150 mil eurosâ€?, explica. ' Parque Industrial foi conseguida. “Hoje estamos numa fase de expansĂŁo da

Â? ' 0 $ sas empresas de referĂŞncia, muitas das quais indĂşstrias de ponta e ligadas Ă produção de energia. Para este crescimento, contribuiu tambĂŠm a rede de acessibilidades criada. Contudo, Afonso Abrantes aponta a construção da auto-estrada Coimbra-Viseu como uma necessidade e uma obra importante para movimentar a economia da regiĂŁo e do paĂ­s e cujos estudos mostram a sua rentabilidade. Por outro lado, “a linha de comboio da Beira Alta nĂŁo responde como devia Ă s necessidades de transporte de MortĂĄgua. No entanto, a recente medida de paragem de todos os comboios Intercidades na linha Coimbra-Guarda reveste-se de elevada importância para a mobilidade no concelhoâ€?.

POTENCIAL TURĂ?STICO > $ 0


QUALIDADE DE VIDA

tĂŠm forte aposta na ĂĄrea social

Parque Verde: um dos vårios espaços verdes e de lazer que o concelho tem para oferecer

Quedas d`Ă gua das Paredes, integrada no Percurso Pedestre

Rali de MortĂĄgua Nos dias 19 e 20 de Outubro realizar-se-ĂĄ aquele que ĂŠ jĂĄ um evento desportivo de referĂŞncia no concelho: o Rali de MortĂĄgua. No primeiro dia desta prova pontuĂĄvel para o Campeonato de Portugal de Ralis realiza-se a Super-Especial noturna. No dia seguinte terĂŁo lugar trĂŞs classificativas, com dupla passagem.

indiferente Ă beleza dos seus lugares, Ă s suas paisagens Ă­mpares, Ă quietude da vila e ao asseio dos seus espaços. Os turistas podem desfrutar da sua natureza preservada, podendo usufruir dos mais de dois mil quilĂłmetros de 4 Š 0 atividades desportivas e recreativas, tais como percursos pedestres ou a prĂĄtica E&& 4 as aldeias de xisto da serra. O nĂşmero de turistas que passam por MortĂĄgua tem tido um crescimento Para responder a esta procura, surge o Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, uma unidade hoteleira cinco estrelas que no ano passado jĂĄ recebeu cerca de ÂŁ\ * 0 privilegiada, o Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa integra-se na Barragem da Aguieira, que lhe confere uma paisagem Ăşnica. A gastronomia, as tradiçþes locais e a ! ! 0 outros fatores que tĂŞm igualmente contribuĂ­do para o crescimento do turismo em MortĂĄgua. O potencial turĂ­stico de MortĂĄgua tem levado a autarquia a dinamizar a sua componente cultural e recreativa, que 0 uma multiplicidade de iniciativas e no apoio Ă s associaçþes locais.

EM RETROSPETIVA Afonso Abrantes estĂĄ Ă frente dos destinos do concelho desde 1990. Mais de duas dĂŠcadas de um projeto autĂĄrquico em prol do desenvolvimento do concelho. Natural da Guarda, Afonso Abrantes adotou MortĂĄgua como sua terra hĂĄ mais de 40 anos. Foi deputado na Assembleia da RepĂşblica, cargo que renunciou para abraçar a presidĂŞncia da Câmara Municipal de MortĂĄgua. Foi enquanto membro da oposição que tomou consciĂŞncia dos principais problemas do concelho. “Quando me candidatei tinha um projeto para MortĂĄgua que cumpri na Ă­ntegra. Foram criadas as infraestruturas bĂĄsicas para a população, tal como a rede de saneamento bĂĄsico e de abastecimento de ĂĄgua. O patrimĂłnio natural e histĂłrico foi preservado. Na ĂĄrea da educação foi criado o ensino secundĂĄrio em MortĂĄgua. Foram construĂ­dos os equipamentos sociais para os jovens e para a população idosa. Nos primeiros 14 anos foram construĂ­dos 16 equipamentosâ€?, recorda, afirmando que para a concretização deste projeto em muito contribuiu a equipa de colaboradores que o acompanharam ao longo das mais de duas dĂŠcadas que estĂĄ ao serviço da autarquia de MortĂĄgua. As eleiçþes autĂĄrquicas de 2009 foram o espelho do reconhecimento por parte da população do trabalho realizado pelo executivo liderado por Afonso Abrantes. Com a votação mais alta de sempre, que se juntou Ă maioria absoluta sempre conquistada em todas as eleiçþes autĂĄrquicas em que foi candidato, o edil foi reeleito para a presidĂŞncia da Câmara Municipal de MortĂĄgua com 61 por cento dos votos.

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QUALIDADE DE VIDA

X Festa da Castanha de Sernancelhe DE 26 A 28 DE OUTUBRO SERĂ REALIZADA MAIS UMA EDIĂ‡ĂƒO DA FESTA DA CASTANHA EM SERNANCELHE, UM EVENTO QUE MOSTRA UM PRODUTO DE EXCELĂŠNCIA DO CONCELHO ONDE TERĂƒO LUGAR DIVERSAS ATIVIDADES CULTURAIS, RECREATIVAS E DE LAZER.

Carlos Silva

Festa da Castanha ĂŠ a mostra de um produto de excelĂŞncia da nossa terra. É em Sernancelhe que se produz a variedade martaĂ­nha, considerada a melhor de todas as variedades de castanha pelo seu sabor e capacidade de conservaçãoâ€?, começa por salientar Carlos Silva, vice-presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe. A Festa da castanha serve igualmente de palco para a mostra da comunida

cada uma das suas 17 freguesias em torno da castanha. Ă€ semelhança dos anos anteriores, a edição deste ano mantĂŠm a aposta na componente desportiva, com a realização de uma prova de BTT, que conta jĂĄ com cerca de 500 atletas

diversos concursos que passam pela eleição da melhor castanha, quer da variedade martaĂ­nha quer da variedade longal, do melhor doce de castanha e da melhor montra comercial decorada com motivos alusivos Ă castanha. A multiplicidade de pratos de doçaria feitos Ă base de castanha serĂĄ compilada num livro que serĂĄ editado no prĂłximo ano. “Este evento ĂŠ uma importante oportunidade de negĂłcio num concelho em que a castanha assume um papel determinante na economia localâ€?, Ciente da importância da produção de castanha na economia do concelho, a Câmara Municipal de Sernancelhe estabeleceu uma parceria com

inscritos. Aos acompanhantes dos participantes na prova, a autarquia proporciona uma visita guiada ao concelho, podendo desfrutar dos equipamentos recreativos e de lazer, como a piscina municipal, centro de !

o campo de tÊnis. Hå ainda a possibilidade de realização do percur-

a Universidade de TrĂĄs-os-Montes e Alto Douro, como forma de apoio aos produtores locais. “Temos cerca de 56 produtores de castanha que sĂŁo acompanhados diariamente por uma tĂŠcnica do municĂ­pio e por professores da UTAD. Este projeto permite dotar os produtores de conhecimentos tĂŠcnicos que se

so pedestre Rota da Castanha e do Castanheiro cujo percurso inclui a

traduzam numa maior rentabilidade das suas produçþes com garantia

passagem pelas grandes manchas de castanheiros que existem no concelho. As inscriçþes para estes dois eventos encontram-se abertas atÊ ao dia da sua realização. Paralelamente, a autarquia promove

de qualidade. Acreditamos que esta parceria vai dar os seus frutos, com claros benefícios para a economia local�, assegura. A Festa da Castanha jå ultrapassou os limites do concelho, trazendo atÊ

A

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O primeiro grande embaixador da castanha de Sernancelhe foi Aquilino Ribeiro, escritor natural do concelho de Sernancelhe, que fez questĂŁo de abordar, na sua vasta obra literĂĄria, a 4 h 4 -

ção e que traz ao concelho nomes de referĂŞncia da mĂşsica internacional. É jĂĄ um dos maiores festivais de guitarra clĂĄssica e tornou Sernancelhe conhecido no estrangeiro. Hoje Sernancelhe ĂŠ palco e rampa de lançamento para muitos mĂşsicos que se iniciam na guitarra clĂĄssica. A autarquia organiza tambĂŠm um Festival de Piano, para o qual sĂŁo convidados trĂŞs dos melhores pianistas da École Normale de Paris. Com o intuito de despertar o interesse dos mais jovens, pela mĂşsica, a Câmara Municipal de Sernancelhe promoveu a criação de uma academia de mĂşsica que conta jĂĄ com cerca de 70 alunos. Desde 2002 o Centro Municipal de Artes acolheu cem exposiçþes mensais. “Aqui descobriu-se o talento dos habitantes locais e a atividade desenvolvida despertou o interesse

ros deste concelho, e por esse motivo, se homenageia tambÊm o escritor atravÊs de sucessivas palestras sobre a sua vida e obra. A cultura e a educação, entendidas por Carlos Silva como dois pilares fundamentais para o desenvolvimento de um país, são duas das principais premissas orientadoras da ação do

de estrangeiros que aqui quiseram expor trabalhosâ€?, salienta Carlos Silva Santiago. O ExposalĂŁo - pavilhĂŁo multiusos serve tambĂŠm de palco Ă realização de diversos eventos, em parceria com associaçþes e entidades privadas do concelho, que abrangem ĂĄreas tais como: Feira/Expo construção civil,

executivo, que promove uma sĂŠrie de iniciativas. Na vertente musical, Sernancelhe acolhe o Festival Internacional de Guitarra ClĂĄssica que vai na 15ÂŞ edi-

måquinas agrícolas, carros usados, viaturas clåssicas, outlets e, muito em breve, a Festa da Castanha e, seguidamente, a ExpoProtec, uma feira de proteção civil e segurança.

Sernancelhe visitantes oriundos de diversos pontos do paĂ­s. A todos aqueles que queiram visitar Sernancelhe, Carlos Silva deixa um convite: “Visitar Sernancelhe na Festa da Castanha ĂŠ ter a oportunidade de conhecer e provar um dos produtos de excelĂŞncia do concelho, podendo ao mesmo tempo participar nas atividades culturais, recreativas e de lazer que se realizam. Sernancelhe pode igualmente ser visitado em qualquer altura do ano.Temos sempre uma diversidade de iniciativas culturais e recreativasâ€?.

Forte aposta na cultura



QUALIDADE DE VIDA

SertĂŁ... os encantos QUEM VISITA A SERTĂƒ NĂƒO FICA INDIFERENTE AOS ENCANTOS DESTA VILA. A PAĂ?S POSITIVO ENTREVISTOU JOSÉ FARINHA NUNES, PRESIDENTE DA CĂ‚MARA MUNICIPAL DA SERTĂƒ, QUE NOS FALOU DAQUILO QUE ESTA VILA TEM DE MELHOR PARA OFERECER A QUEM POR ELA PASSA.

SertĂŁ ĂŠ um municĂ­pio com muitos atrativos e que atualmente tem todas as condiçþes que existem nas cidades, proporcionando qualidade de vidaâ€?, começa ¨ 6 4 8 te da edilidade. O executivo tem pautado a sua ação por uma relação de proximidade com a população para dar resposta Ă s suas neces , 0 4 ! / rede de infraestruturas e equipamentos na ĂĄrea da ação social, da educação, da cultura e do desporto que permitam

A

garantir a qualidade de vida no quotidiano. “As pessoas gostam de viver no MunicĂ­pio 0 0 Â? presidente da edilidade, avançando que 1 4 ! 0 0 _ , ! municĂ­pio e reponder Ă procura por parte de empresas interessadas em investir na SertĂŁ, “a Câmara Municipal estĂĄ neste momento a fazer a revisĂŁo do Plano de Pormenor nas zonas industriais para captar o investimento de empresasâ€?, avança. A qualidade de vida que existe nesta regiĂŁo tem trazido atĂŠ si uma procura crescente por parte de muitos estrangei 4 ! 0 $ 0 ! " " ! " " 0 ! paisagens, da sua oferta cultural, recreativa e desportiva, onde se destaca a prova de ciclismo da Volta a Portugal do Futuro. A gastronomia ĂŠ outro dos fortes atrativos do municĂ­pio, destacando-se o mara 4 ! 4 4 entre os principais pratos tĂ­picos. , 4 3 ( !

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JosÊ Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã

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troço da A13. 3 4 estå neste momento a ser recuperado o Convento de Santo António, património


QUALIDADE DE VIDA

os do interior da Câmara Municipal da Sertã, que será convertido num hotel de quatro estrelas, e concessionado a uma empresa local através de concurso público. Outra das obras de destaque em curso diz respeito à reabilitação urbana na zona ribeirinha, “um espaço de lazer e recreio, que contempla valências muito interessantes, entre as quais um espaço infantil, instalação de objetos para experiências musicais, zona desportiva, para além da criação de per-

cursos pedestres e ciclovias, contemplando ainda um ancoradouro para barcos a remos e pesca desportiva, muito popular nas nossas ribeiras”, avança. “Quem passa pela Sertã pode aqui encontrar paisagens extraordinárias, ótimas zonas para a prática de desportos naúticos, com piscinas cobertas e descobertas, espaços de recreio e de lazer que permitem ter aqui uma estadia relaxante”, diz José Farinha Nunes. Fica o convite a quem queira visitar a Sertã!

Câmara Municipal da Sertã Largo do Município 6100-738 Sertã Telefone: (+351) 274 600 300 | Fax: (+351) 274 600 301| E-mail: cmsgeral@cm-serta.pt Outubro 2012

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INOVAĂ‡ĂƒO SOCIAL

Na vanguarda do incentivo ao empreendedorismo e inovação social e acordo com o presidente Alberto Machado, um jovem autarca que combina paixão e razão no exercício de funçþes para as quais se revela bem talhado, foi o rigoroso controlo das des " " a libertação de verbas destinadas ao investimento em projetos que visam a melhoria da qualidade de vida e a superação das carências dos cidadãos que o elegeram. A tal ponto que, mesmo projetos inovadores em setores como o da inovação social e do incentivo ao empreendedorismo, a Junta de Freguesia de Paranhos tem terminado os últimos anos de exercício de Alberto $ 4 Um dos projetos mais inovadores de combate ao desemprego jovem foi concebido e implementado na freguesia de Paranhos, servindo igualmente a população não residente naquele território. Falamos do UP!, um conceito inovador que combina a oferta de espaços para a incubação de ideias e transformação

! "

D

alterar o nome do espaço, mantendo-o a funcionar adaptando-o à nova realidade. Deixou de se chamar HUB Porto, passando a designar-se Unidade Empresarial de Paranhos, com a sigla UP!. Desta mudança, operada no mês passado, surgiu a ideia de projetarmos o UP! com um concurso, surgindo então o Hurry UP!, um concurso de ideias que resultarå em projetos empreendedores na årea da inovação social, que lançå # [£ ) # vencedor poderå ser incubado no nosso espaço durante um ano a custo zero.

Alberto Machado, Presidente da Junta de Paranhos

COM UMA POPULAĂ‡ĂƒO SUPERIOR Ă€ DAS GERIDAS PELA

das mesmas em negócios e a prestação de serviços a custos muito reduzidos. E são jå vårios os casos bem sucedidos ao longo dos três anos de implementação do projeto, traduzidos em sucessos evidenciados por jovens empreendedores em vårios setores de atividade.

MAIORIA DOS MUNICĂ?PIOS PORTUGUESES E COM

A PaĂ­s Positivo foi a Paranhos conhecer o projeto e as razĂľes que sustentam a

INVESTIMENTO EM AĂ‡ĂƒO SOCIAL.

satisfação evidenciada pela maior parte dos eleitores da freguesia dirigida por Alberto Machado. A Junta de Freguesia de Paranhos acaba de lançar um projeto arrojado num contexto de crise. Como surgiu o Hurry UP!, um concurso de ideias de inovação

pela junta de freguesia chamado HUB Porto. Tratava-se de um franchising de uma rede internacional que possui " [\ des do mundo. NĂłs, executivo da Junta

empreendedorismo e a inovação social. Por isso aderimos a esse franchising, que seria vålido por três anos. Entretanto, optåmos por não o renovar, essencialmente porque a estrutura detentora do

de Freguesia de Paranhos, numa atitude de certa forma visionĂĄria, entendemos que faria todo o sentido, numa Ăłtica de combate ao desemprego jovem, termos um equipamento que promovesse o

franchising a nĂ­vel internacional nos exi ! que uma junta de freguesia nĂŁo poderia assumir. De qualquer forma, jĂĄ possuĂ­amos o know how, tĂ­nhamos o equipa-

social? 8 Â…\\¢

Paranhos um equipamento tutelado

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7$ )+;'$%8&) +%,7?5,) %$ Â…ÂŁ 3)+ *%8&) 8) ÂĽ(&5$) &+ÂĄ '8) ) >7% +%3+% %8&' $%8) ‹\\ $5( %7+) 6'*% ' Â…\\¢ ' JUNTA DE FREGUESIA DE PARANHOS TEM CONSEGUIDO ASSUMIR- SE COMO UM CASE STUDY EM MATÉRIA DE GESTĂƒO AUTĂ RQUICA E DE

Em que consiste concretamente o equipamento e que tipo de serviços presta? Trata-se de um espaço constituĂ­do por um conjunto de salas para formação, uma sala para co-working, uma sala de eventos, temos escritĂłrios individuais e fazemos incubação de empresas. Em ! nĂŁo sĂł Ă s pessoas empreendedoras de Paranhos mas a toda a população em geral espaços de trabalho a custos reduzidos, com a possibilidade de cada um poder alugar o espaço Ă medida das suas necessidades. Os contratos sĂŁo mensais e celebrados em pacotes de horas, sendo que, por exemplo, o alu / ¢ Â’ ¢ 4 ÂŁ\ ) " # o espaço fĂ­sico, internet, ĂĄgua, luz, telefone, o funcionĂĄrio e serviços de apoio Ă incubação‌ Como avalia a adesĂŁo ao projeto? O dado mais representativo que poderia facultar ĂŠ que jĂĄ passaram pelo espaço [\ * que nem todas foram bem sucedidas mas uma grande maioria conseguiu fazer vingar os seus projetos e, alguns, atĂŠ jĂĄ criaram o seu prĂłprio espaço.


INOVAĂ‡ĂƒO SOCIAL

Neste momento, temos 90 empreen-

que celebrĂĄmos com a Universidade

dedores ativos com empresas nos mais

do Porto e com as universidades priva-

variados ramos e setores. Uns opta-

das sediadas na freguesia de Paranhos.

ram por escritório individual, o que lhes concede outro tipo de liberdade, mas a esmagadora maioria funciona em co-working. Temos muitas empresas a dar formação e o espaço destinado a eventos tambÊm tido uma taxa de 0 conjunto de atividades multifacetadas, que vão desde palestras a conferências, passando por sessþes de dança ou ballet. Entre os casos mais mediåticos que podemos referenciar, destacaria o de

A tĂ­tulo de exemplo, a Faculdade de Economia da UP faz-nos o plano de negĂłcios para as nossas empresas. A Universidade do Porto tambĂŠm tem uma incubadora de empresas mas de base mais tecnolĂłgica, ao passo que a nossa ĂŠ de base social, o que de certo modo faz com que haja uma complementaridade da oferta.

um escritor que jĂĄ redigiu vĂĄrias obras no nosso espaço, temos uma empresa que importa e exporta produtos no mercado do BĂĄltico, temos uma empresa de mergulho, uma academia de dança, uma escola de lĂ­nguas‌

Existe algum tipo de ligação com o meio acadÊmico? A ligação com o meio acadÊmico faz-se

ação social? Nós estamos a apostar muito fortemente na ação social porque sentimos verdadeiramente essa necessidade no terreno. Quando, em 2009, nos candidatåmos ao terceiro mandato na junta de freguesia, antevendo a deterioração do contexto social e económico, elegemos a intervenção em ação social como prioridade. Nesse sentido, temos promovido um conjunto de projetos cujo objetivo consiste no apoio à população atÊ ao limite das capacidades e das competências de uma junta de freguesia. Temos um grande território, densamente povoado para " " " alguÊm para trås nesta caminhada que o nosso país estå a fazer contra " envolvidos nos últimos anos. Nesse sentido, apoståmos muito forte na reorganização da Comissão Social de Freguesia, um órgão coordenado pela junta de freguesia, que abarca todas as instituiçþes que prestam serviços na årea social. Felizmente, temos um meio associativo muito forte, muitas IPSS, muitos centros sociais ligados

atravĂŠs de um conjunto de protocolos

a paróquias e outras associaçþes de

Sendo o projeto destinado a combater o desemprego jovem, exclui pessoas de faixas etårias mais avançadas? A esmagadora maioria dos nossos clientes pertence a uma faixa etåria mais jovem, muitos atÊ provenientes das universidades, que têm uma ideia, não / mentarem nos escritórios da cidade e que podem fazê-lo ali a um custo reduzidíssimo. Mas tambÊm temos empreendedores pertencentes a uma faixa etåria mais avançada. Nalguns casos por perda de emprego, noutros por mera intenção de mudar ou incrementar a qualidade de vida, optam, numa idade mais avançada, por procurar o sucesso noutra årea.

Que motivos alicerçam a priorização política da autarquia de Paranhos na

índole social e estamos todos a trabalhar em conjunto nesta parceria. Que tipo de programas e projetos têm resultado dessas parcerias celebradas com as organizaçþes da sociedade civil? Temos um programa alimentar desenvolvido em duas vertentes: uma na årea dos cabazes, em que, atravÊs da loja social da junta de freguesia, apoiamos os agregados familiares; e apoiamos ! 53 que estas possam reforçar os cabazes que vêm do Banco Alimentar. Ainda nesta årea, estamos tambÊm a apoiar # tituiçþes da freguesia que aderiram ao programa da Segurança Social dos refeitórios sociais, para que possam ir um pouco mais alÊm e colmatar as listas de espera. A nossa loja social tem outra componente relacionada com a doação de bens, que depois distribuímos pelas famílias carenciadas. 3

ais escolares, que resultou na entrega de mais de 600 manuais a perto de 90 agregados familiares da freguesia. Houve ainda um conjunto de pessoas que nos deu manuais que jå não estão em circulação; no ano passado, enviåmos os livros para Moçambique e este ano optåmos por vender o papel ao quilo, tendo a receita revertido para a aquisição de mais alimentos para distribuirmos. Temos ainda um Programa de Emergência Social, aprovado em julho último, ao abrigo do qual jå apoiåmos mais de 20 agregados em risco de rutura eminente, ou seja, famílias que vão gerindo o seu orçamento muito no limite mas que, por vezes, deparadas com despesas extra, correm o risco de " ! 0 ra nos meses seguintes. Assinaremos ainda este mês, com uma instituição da freguesia, o Movimento Comunidades de Vizinhança, um protocolo que visa apoiar os idosos carenciados que estejam isolados, atravÊs de um sistema de

uma campanha de recolha de manu-

teleassistĂŞncia.

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ALTO MINHO: ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE

Onde o passado se com o f

PONTE DE LIMA É UM DOS DEZ CONCELHOS QUE COMPÕE O ALTO MINHO. COM 51 FREGUESIAS E 321 QUILÓMETROS QUADRADOS, PONTE DE LIMA É O CONCELHO MAIS JOVEM DO DISTRITO, COM UMA TAXA DE NATALIDADE ACIMA DA MÉDIA E ONDE A APOSTA NAQUILO QUE É INTR�NSECO TRAZ MAIS -VALIAS EFETIVAS.

Victor Mendes, Presidente da Câmara de Ponte de Lima

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m entrevista Ă nossa revista, Victor Mendes, edil da autarquia de Ponte de Lima, revela que existe uma aposta concreta naquilo que ĂŠ o seu patrimĂłnio, começando precisamente pelo Centro HistĂłrico e passando pelo patrimĂłnio rural, valorizando a sua identidade cultural e fazendo de Ponte Lima um territĂłrio “diferente, atrativo e apelativo, apostando em tudo aquilo que ĂŠ caracterĂ­sticoâ€?. Tudo isto feito de forma a aliar a tradição Ă inovação. Perante a crescente importância

E

PortuguĂŞs que, nos primeiros trĂŞs meses de existĂŞncia recebeu mais de dez mil pessoasâ€?. : $ " cipal prioridade em termos de estratĂŠgia de desenvolvimento ĂŠ a educação. Neste momento, e tendo em conta a população estudantil de cerca de trĂŞs mil crianças e jovens, Ponte de Lima terminarĂĄ no primeiro semestre de 2013 o Reordenamento da Rede Escolar, completando aquilo que sĂŁo os objetivos da Carta Educativa. Numa altura em que a palavra crise ensombra a vida dos portu-

de atrair novas indĂşstrias de qualidade, com uma boa polĂ­tica de preservação ambiental, o Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima realça as potencialidades naturais que permitiram criar maior interesse para o concelho: “Temos um conjunto de equipamentos em que assentamos

gueses e de muitas instituiçþes pĂşblicas e privadas, Ponte de Lima orgulha-se da sustentabilidade " das poucas autarquias do paĂ­s a nĂŁo ter qualquer dĂ­vida e com uma 2 " š: num concelho em que os cidadĂŁos e as empresas percebam que esta

a nossa estratÊgia da diferença como Ê o caso da à rea de Pai-

Ê uma instituição pública com ! "

sagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos; do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima e, mais recentemente, o Museu do Brinquedo

coloca essa disponibilidade ao seu serviço Ê extremamente importante do ponto de vista da segurança � O nosso interlocutor Ê perentório


ALTO MINHO: ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE

e cruza o futuro

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'(&) $58<)™ '&+'&5:5,',% E COMPETITIVIDADE

Na AeronĂĄutica a gerar valor COM SEIS ANOS DE CASA EM ARCOS DE VALDEVEZ, A ACOSIBER DEDICA-SE AO ACABAMENTO DE PEÇAS ESSENCIALMENTE PARA O SETOR AEROESPACIAL. FILIAL DA EMPRESA-MĂƒE FRANCESA ACOS, A ESCOLHA POR PORTUGAL E, PARTICULARMENTE, PELO ALTO MINHO PARA SE INSTALAR, FOI FĂ CIL DEVIDO Ă€S CONDIÇÕES GEOESTRATÉGICAS QUE ESTA REGIĂƒO PROPORCIONA. orria o ano de 2005 quando a francesa ACOS decidiu criar 2 0 h 0 ! ! " 3 Â’ h $

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Pedro Castro, Administrador da ACOSiber

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JF PAÇOS DE FERREIRA

“A atividade social serĂĄ sempre uma prioridadeâ€? É SOB A PREMISSA DA AĂ‡ĂƒO SOCIAL QUE O EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE PAÇOS DE FERREIRA,, LIDERADO POR TIAGO BABO, TEM ORIENTADO A SUA AĂ‡ĂƒO. EM ENTREVISTA, TIAGO BABO FALOU DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DOS PROJETOS PERSPETIVADOS PARA O FUTURO.

ĂĄ mais de trĂŞs dĂŠcadas Ă frente da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira, Tiago Babo recua no tempo para fazer notar as transformaçþes e melhoramentos ocorridos em Paços de Ferreira nos Ăşltimos anos - mudanças ao nĂ­vel das infraestruturas e serviços que elevaram a localidade ao estatuto de cidade e para o qual Tiago Babo deu um contributo decisivo enquanto presidente da Junta de Freguesia. “Paços de Ferreira em nada se compara com aquilo que era no passado. Hoje assume-se como uma cidade moderna. As acessibilidades estĂŁo construĂ­das, com vias que permitem um fĂĄcil e rĂĄpido acesso. A infraestruturação da localidade e as con-

das localidades que mais cresceu no nĂşmero de habitantes e ao nĂ­vel da 0 Â? Enquanto edil da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira, Tiago Babo tem pautado a sua ação por uma perspetiva de futuro. Ao longo dos 30 anos que estĂĄ Ă frente da autarquia, Tiago Babo lutou por conferir dignidade Ă freguesia, assumindo o sentido de responsabilidade dado " " cutivamente o elegeram. A componente social tem sido uma das principais diretrizes orientadoras da ação da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira. “A componente social ĂŠ primordialâ€?, diz, peremtoriamente Tiago Babo. É com base nesta premissa que a autarquia desen-

diçþes de habitabilidade são hoje uma realidade nesta que foi uma

volve a sua ação em prol da sua população. Um exemplo concreto desta posição Ê uma das obras mais recentes feitas na localidade, inaugurada no passado mês de Maio: o Parque Urbano da Cidade de Paços de Ferreira. Foi neste espaço de lazer, uma årea com parque de merendas envolta

H

num espaço verde, que decorreu em julho o 3.º Encontro Convívio do Vizinho, um evento que anualmente visa juntar a população de Paços de Ferreira. Este ano foram mais de seis mil as pessoas que estiveram presentes. O objetivo que estå na gÊnese deste evento Ê o de

aproximar a população, combater o individualismo, exaltando os valores da cooperação, união e amizade entre todos os pacenses. & E ! " feedback que tem recebido por parte dos par-

destino escolhido foi Chaves. O dia passado nesta cidade contou com um almoço no Forte de S. Francisco, num dia repleto de atividades recreativas. A procissão das velas, que se realiza em Maio, Ê outro dos eventos de

ticipantes tem sido positivo e que o sucesso deste convĂ­vio tem levado outras localidades a adotarem este modelo de evento. Anualmente, a Junta de Freguesia organiza tambĂŠm o Passeio dos Seniores Pacenses. Em cada ano o destino ĂŠ diferente, o que permite uma viagem de descoberta de dife-

referência e que traz à localidade inúmeros visitantes. O percurso da procissão Ê feito sobre um tapete de Š " ! 1.5 quilómetros enfeitando as ruas da freguesia, iluminadas por mais de cinco mil velas. Tiago Babo deixa a certeza de que as atividades de cariz social con-

rentes localidades de Portugal, que junta o conhecimento de diferentes culturas, costumes locais e gastronomia, a momentos de animação e convívio. Na sua 13.ª edição o

tinuarĂŁo a ser uma das premissas orientadoras do seu executivo. “A atividade social serĂĄ sempre uma prioridade na freguesia de Paços de Ferreiraâ€?, garante.

Tiago Babo, Presidente da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira


BROMPTON PORTUGAL

Fotografias: Bruno Mendes

De Londres para Lisboa,

NO ÚLTIMO 22 DE SETEMBRO, FOI DIA DE DESDOBRAR A BROMPTON E PEDALAR PELOS JARDINS DE BELÉM. PARA QUEM PERDEU O I CAMPEONATO NACIONAL BROMPTON, AQUI VAI UM CHEIRINHO DO QUE SE PASSOU...

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ntegrado na Semana Europeia da Mobilidade, o I Campeonato Nacional Brompton realizou-se no passado dia 22 de Setembro. Cerca de 50 adeptos da bicicleta britânica juntaram-

I

tagiante, entre o Mosteiro dos JerĂłnimos, o PadrĂŁo dos Descobrimentos e o rio Tejo, contando com os espetadores entusiastas e curiosos, dignos de um Tour, para alimentar este sucesso. Muitos nĂŁo

-se para uma corrida “amigĂĄvelâ€?, onde o Ăşnico requisito ĂŠ usar roupa do dia-a-dia. Entre homens de fato e gravata e senhoras de vestido vintage, o ambiente foi saudĂĄvel e ecolĂłgico, tal como a ApĂłs um começo ao estilo Le Mans, em que todos correram para as suas bicicletas Brompton, inicialmente dobradas, os corredores seguiram pelos Jardins Vasco da Gama, numa prova tĂŠcnica e

conheciam esta cultura pela bicicleta desdobråvel 0 " proíbe a utilização de indumentåria desportiva. Os vencedores, o ciclista olímpico David Rosa (equipa Lusobike), atual campeão nacional XCO e Ana Santos, na vertente feminina, garantiram assim o apuramento automåtico para a VII edição do Campeonato Internacional Brompton, em 2013, em Oxford. A edição internacional deste ano

muito competitiva. A partida estava prevista para as 10 horas e o calor nĂŁo tardou a fazer-se sentir. As seis voltas aos jardins, equivalentes a 10,8 quilĂłmetros, foram percorridos com uma alegria con-

contou com 750 participantes dos quatro cantos do mundo, tendo sido vencida pelo ciclista inglĂŞs Michael Hutchinson. Inserido nas atividades do Dia Europeu Sem


BROMPTON PORTUGAL

a, com pedal e em estilo Carros da Câmara Munipal de Lisboa, o evento foi organizado em conjunto com a FPCUB (Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores da Bicicleta) e a Cooperativa Cultural POST, e contou com uma demonstração de Bike Polo na relva, workshops, Bike-nic (piquenique) e experimentação de bicicletas, entre outras atividades.

O Glamour da Brompton Nascida em 1976 pelas mãos do engenheiro Andrew Ritchie, a Brompton Ê, hoje em dia, a maior fabricante de bicicletas da Grã-Bretanha. A fåbrica, sediada em Londres, produz anualmente 25 mil unidades, 70 por cento das quais para exportação, o que torna a sua comunidade pequena, mas com um certo requinte. O seu mÊtodo de dobragem exclusivo,

a compacidade, a qualidade e o peso sĂŁo caracterĂ­sticas que a distinguem e tornam Ăşnica num mundo que se quer mais ecolĂłgico, aliando o lazer Ă mobilidade pessoal, a resistĂŞncia ao conforto. Extremamente portĂĄtil e simples de ! des nos transportes pĂşblicos, na mala do carro ou atĂŠ como bagagem de mĂŁo na maioria dos aviĂľes. Sendo presentemente uma referĂŞncia britânica, galardoada com diversos Queen’s Awards e prĂŠmios internacionais, este ano o primeiro-ministro britânico David Cameron ofereceu uma Brompton ao seu congĂŠnere japonĂŞs, Yoshihiko Noda, aquando da sua visita ao paĂ­s. Mais informaçþes disponĂ­veis em: bromptonportugal.com facebook.com/ bromptonportugal

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MUNDO EQUESTRE

A Capital Portuguesa do Cavalo CAPITAL DO CAVALO A TEMPO INTEIRO, A GOLEGĂƒ PREPARA-SE PARA RECEBER O MAIOR EVENTO EQUESTRE DO PAĂ?S: A XXXVII FEIRA NACIONAL DO CAVALO E XIV FEIRA INTERNACIONAL DO CAVALO LUSITANO, DE 2 A 11 DE NOVEMBRO. Ă€ CONVERSA COM O EDIL DA GOLEGĂƒ, JOSÉ VEIGA MALTEZ, A EQUIPA DA PAĂ?S POSITIVO VIAJOU PELOS PRIMĂ“RDIOS DA FEIRA E ASSISTIU Ă€ SUA EVOLUĂ‡ĂƒO. ituada antigamente na Estrada Real, que ligava Lisboa ao Porto, a GolegĂŁ era, por alturas do S. Martinho, o local de pagamentos dos comerciantes. Ponto de paragem para os viajantes, foi aqui que começou a criação de cavalos, atĂŠ ser instaurada pelo rei D. SebastiĂŁo a Feira de SĂŁo Martinho, em 1571. Nessa altura, a GolegĂŁ nĂŁo era apenas conhecida pelos seus cavalos, jĂĄ que era referĂŞncia no paĂ­s pela produção cerealĂ­fera. Estes dois fatores continuaram de mĂŁos dadas atĂŠ aos dias de hoje, vivendo o municĂ­pio essencialmente do setor primĂĄrio. 3 0

9 0 tem uma situação ímpar no país. Com as atuais acessibilidades, estå a uma hora do aeroporto de Lisboa, uma hora da fronteira espanhola e a cinco minuntos do maior nó ferroviårio do país, no Entroncamento. Estas mais-valias foram aproveitadas pelo presidente do município, JosÊ Veiga Maltez, para voltar a Golegã para o futuro e para a inovação. Feira Nacional do Cavalo desde 1972, o

de excelĂŞncia, um embaixador de Portugalâ€?. Hoje, toda a vila ĂŠ associada ao cavalo, sendo um dos concelhos do paĂ­s com melhor qualidade de vida. “Estamos acima da mĂŠdia europeia em infraestruturas e condiçþes desportivas. Temos picadeiros cobertos, relvados sintĂŠticos, piscinas, courts de tĂŠnis, pavilhĂľes e centro de estĂĄgio para desportistas. A GolegĂŁ ocupa assim um lugar importante no mapa, nĂŁo sĂł pela cultura do cavalo, mas tambĂŠm como terra agradĂĄvel, com boas condiçþes para se viver e ser visitadaâ€?, estando integrada na Rede EuroEquus, com as cidades europeias de Jerez de la Frontera, Waregem e Pardubice. Uma das medidas tomadas pelo executivo camarĂĄrio foi a integração do desporto equestre nas atividades extracurriculares no ensino bĂĄsico do concelho. “QuerĂ­amos quebrar o mito que associava a equitação Ă s elites socioeconĂłmicas. As crianças podem assim interiorizar esta cultura e orgulharem-se da identidade da sua GolegĂŁâ€?.

municĂ­pio adormecia no resto do ano. “O nosso principal objetivo foi tornar a GolegĂŁ a Capital do Cavalo e a tempo inteiro, jĂĄ que este animal ĂŠ um produto

Capital do Cavalo durante todo o ano A Feira Nacional do Cavalo juntou-se a Feira Internacional do Cavalo Lusitano,

S

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em 1999. “InstituĂ­mos esta Feira Internacional para que o Cavalo Lusitano, quer tenha nascido e sido criado em Portugal ou nĂŁo, possa ter o seu evento prĂłprioâ€?, explica JosĂŠ Veiga Maltez. A Feira passou assim pelas peripĂŠcias da HistĂłria, tendo, com os dois conŠ 1 crescendo pela procura do cavalo. A partir da dĂŠcada de 60 passa a ser o maior entreposto comercial do mundo, onde o cavalo lusitano ĂŠ exaltado. Ao longo dos anos, a tradição mantĂŠm-se, NOVAS INFRAESTRUTURAS NA GOLEGĂƒ Ainda em construção, o Centro de Alto Rendimento de Portugal para Desportos Equestres promete atrair Ă GolegĂŁ os melhores cavaleiros. “SerĂĄ aqui que treinarĂŁo para os Jogos OlĂ­mpicos de 2016â€?, orgulha-se o edil. Contemplando uma ĂĄrea de oito hectares, contarĂĄ com todas as condiçþes necessĂĄrias para as diversas modalidades equestres. Com pisos de topo, nos picadeiros, trata-se de um investimento de trĂŞs milhĂľes de euros, na primeira fase, o qual irĂĄ ser a porta de entrada de Portugal para cavaleiros de todo o mundo, que preparam nomeadamente campeonatos na Europa. O primeiro trimestre de 2013 ĂŠ a data prevista para a sua inauguração.

JosÊ Veiga Maltez, Presidente da Câmara da Golegã

mas a evolução ĂŠ permanente: nos Ăşltimos anos, a Feira tomou uma vertente h workshops, exposiçþes de pinturas, apresentaçþes de livros, entre outras atividades que se ligam ou se desprendem do cavalo. A noite da GolegĂŁ ĂŠ outro ponto alto da semana, com jovens a chegar de todo o paĂ­s. O edil acredita que passam pela vila mais de meio milhĂŁo de pessoas, naquelas duas semanas, tendo a Ăşltima edição contado com dois mil cavalos inscritos no largo da feira. Ă€ Feira de SĂŁo Martinho junta-se, no mĂŞs de maio, a ExpoĂŠgua, desde 1998. Como capital do cavalo, o municĂ­pio da GolegĂŁ instituiu uma feira inteiramente dedicada Ă ĂŠgua. “AtĂŠ aos anos 50, do sĂŠculo passado, a ĂŠgua servia somente como instrumento de trabalho e para ser mĂŁeâ€?, conta JosĂŠ Veiga Maltez. Mas, ao longo dos anos, os criadores sentiram a necessidade de selecionar as ĂŠguas, como o faziam com os garanhĂľes. “Surgiram entĂŁo ĂŠguas toureiras, saltadoras de obstĂĄculos, raidistas, entre outras, aptas para as diversas vertentes equestresâ€?, servindo este evento 0 4 nosso efetivo equino.


MUNDO EQUESTRE

Vimeiro: a tradição do hipismo O CENTRO HĂ?PICO DO HOTEL GOLF MAR NO VIMEIRO ASSUME-SE COMO UMA REFERĂŠNCIA NO PANORAMA NACIONAL E INTERNACIONAL DOS CONCURSOS DE SALTOS DE OBSTĂ CULOS, UMA DAS TRĂŠS MODALIDADES OLĂ?MPICAS DO DESPORTO EQUESTRE. NUM PERCURSO PELA HISTĂ“RIA DESTE CENTRO HĂ?PICO, ANTĂ“NIO MACEDO, SEU DIRETOR, RECORDOU A GÉNESE DOS CONCURSOS EQUESTRES NO VIMEIRO, FOCANDO AINDA TODA A ATIVIDADE AQUI DESENVOLVIDA ATUALMENTE. palco de concursos hĂ­picos, na modalidade de saltos de obstĂĄculos, desde 1976 e assume-se hoje como um local de tradição e referĂŞncia do hipismo em Portugal. Desde entĂŁo, o Centro HĂ­pico do Hotel Golf Mar foi conquistando a sua posição de destaque que o tornam hoje num local de referĂŞncia para a realização de concursos hĂ­picos. Na sua histĂłria, destaca-se o ano de 2004, data em que, apĂłs a primeira experiĂŞncia na realização de concursos internacionais em 2002, tiveram lugar no Vimeiro dois concursos em duas semanas seguidas. Esta iniciativa assumiu-se como um ponto de viragem ao trazer mais cavaleiros internacionais a este concurso, dando outro dinamismo Ă competição. Ao longo dos anos, o Centro HĂ­pico do Hotel Golf Mar fez uma forte aposta na melhoria contĂ­nua das suas infraestruturas, de forma a garantir toda a comodidade aos desportistas e animais que usufruem do espaço. “Temos uma pista relvada com quase dez mil metros quadrados e Ă qual se juntou outra com 7500 metros quadrados inaugurada este ano. O aumento de capacidade conseguido com esta nova pista permite-nos pensar noutros mercados e noutras classes de cavaleiros. Investimos tambĂŠm no aumento da pista de aquecimento em mais de mil metros quadrados

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e em sistemas de rega. O parque de boxes, com capacidade para 250 cavalos, estĂĄ estruturado para dar o melhor conforto aos cavalos e aos tratadores. Com cor-

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redores amplos e sombreados, circuitos elĂŠtricos e de abastecimento de ĂĄgua funcionais e uma limpeza constante, este parque ĂŠ muito elogiado pelos tratadores, cavaleiros e proprietĂĄrios dos cavalosâ€?, destaca AntĂłnio Macedo, diretor do Centro HĂ­pico e dos Concursos do Vimeiro. A oferta integrada do Hotel Golf Mar que conjuga numa mesma unidade hoteleira, localizada Ă beira-mar, um centro hĂ­pico e um campo de golf ĂŠ outra das mais-valias deste espaço.

dois milhĂľes de euros tendo por base um gasto mĂŠdio diĂĄrio de 100 eurosâ€?, concretiza AntĂłnio Macedo, chamando a atenção para a importância que o hipismo tem na economia local. Neste contexto, AntĂłnio Macedo avança que o Concurso Nacional de Saltos trouxe este ano atĂŠ ao Vimeiro cerca de 100

A dinâmica criada pela atividade hĂ­pica no Vimeiro vai muito alĂŠm do contexto desportivo, gerando simultaneamente um importante impacto econĂłmico na regiĂŁo. “O Vimeiro tem tido a capacidade de realizar concursos que captam cerca de 130 cavaleiros internacionais, aos quais se juntam os seus acompanhantes, proprietĂĄrios e os tratadores dos cavalos. No total, estamos a falar de cerca de 1500 pessoas que, tendo por exemplo # 4 semana seguidos, permanecem na regiĂŁo do Vimeiro durante 15 dias gerando

cavaleiros e 160 cavalos; nos concursos internacionais o nĂşmero sobe para os cerca de 250 cavalos. Ă€ frente da direção dos concursos do Centro HĂ­pico do Hotel Golf Mar desde 2003, AntĂłnio Macedo assume uma visĂŁo vangguardista quanto ao hipismo em Portugal. ““Tendo em atenção a grave crise econĂłmica que o paĂ­s atravessa que vem afem ttando a modalidade, temos que alargar o mercado potencial de competidores. É preciso que deixemos apenas de nos ccingir ao territĂłrio portuguĂŞs, alarganddo aos cavaleiros espanhĂłis a possibillidade de participarem em concursos nacionais com um estatuto em tudo idĂŞntico ao do cavaleiro portuguĂŞs. Medidas como esta devem ser vistas numa perspetiva de defesa da modalidade, aumentando o potencial nĂşmero de participantes, absolutamente necessĂĄrios Ă viabilização econĂłmica das organizaçþes. Se o mercado potencial de participantes nos concursos hĂ­picos nĂŁo aumentar e se se mantiver a tendĂŞncia de redução dos dois Ăşltimos anos pode estar em causa a realização de concursos hĂ­picos em Portugal. HĂĄ, por isso, que abrir as mentalidades e as

uma atividade econĂłmica de mais de

fronteiras�, conclui.

A importância do Hipismo na economia local

AntĂłnio Macedo

Hotel Golf Mar Os excelentes acessos, a vasta paisagem, o patrimĂłnio cultural e a gastronomia local fazem do Vimeiro um destino incontornĂĄvel. Para quem visita o Vimeiro, o Hotel Golf Mar, uma das quatro unidades hoteleiras da cadeia Ă” Hotels and Resorts, tem para oferecer condiçþes Ăşnicas. Situado numa falĂŠsia em frente ao mar, esta unidade hoteleira tem acesso direto a trĂŞs praias e oferece uma vasta gama de serviços: spa, complexo termal, centro equestre e campo de golfe. A localização excecional envolta numa paisagem idĂ­lica aliada Ă comodidade e ao conforto dos seus quartos e Ă qualidade dos serviços fazem do Vimeiro Golf Mar Resort uma unidade hoteleira de excelĂŞncia.

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MUNDO EQUESTRE

Um CENTRO HĂ?PICO envolto pela natureza LOCALIZADO EM JANAS, SINTRA, O PADDOCK TEM PARA OFERECER CONDIÇÕES ĂšNICAS PARA A PRĂ TICA DE ATIVIDADES EQUESTRES. RODEADO DE NATUREZA, É ATUALMENTE UM DOS POUCOS CENTROS HĂ?PICOS ONDE É POSSĂ?VEL DAR UMA VOLTA A CAVALO PELA ZONA EXTERIOR CIRCUNDANTE. undado em 1983, o Clube Equestre de Janas - O Paddock estĂĄ inserido numa zona de pinhal com dois hectĂĄres, que fazem deste um espaço privilegiado para atividades de lazer e para a prĂĄtica desportiva. Aqui, os cavalos dispĂľem de acompanhamento permanente, assegurado pelos tratadores residentes, sob a supervisĂŁo da monitora Sandra Ferreira e por uma equipa de veterinĂĄrios. Existe tambĂŠm no Paddock uma grande preocupação com o bem-estar animal. “Os cavalos sĂŁo vistos semanalmente pelo ferrador. Os cavalos de

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competição sĂŁo ferrados a cada quatro semanas. Os cavalos tĂŞm ainda ao seu dispor um dentista e um massagistaâ€?, completa Nuno Ferreira, monitor e cavaleiro internacional. O ensino da equitação no Clube Equestre de Janas acompanha os alunos desde a iniciação atĂŠ Ă competição e divide-se em duas vertentes: a da escola, onde sĂŁo disponibilizados os cavalos do centro hĂ­pico e as aulas com cavalos de clientes. JoĂŁo Nascimento, sĂłcio, destaca a presença de alunos do Paddock em competiçþes nacionais e internacionais. Os bons resultados alcançados sĂŁo fruto da dedicação

" Paddock. “Nos Ăşltimos quatro anos participamos em trĂŞs campeonatos de Portugal e ganhamos uma Taça de Portugal. Participamos no Campeonato de Amazonas e chegamos a ter uma aluna selecionada para o campeonato da Europaâ€?, enuncia Nuno Ferreira, um dos cavaleiros que tĂŞm dado o seu importante contributo para a conquista destas distinçþes. Com uma visĂŁo contrariar a ideia de elitismo associado Ă prĂĄtica de atividades equestres, a atual gerĂŞncia do Paddock tem procurado criar parcerias com escolas e uni-

Nuno Ferreira

dades hoteleiras, dando, simultaneamente, um importante contributo para o dinamismo da região. Paralelamente, o Centro Equestre de Janas tem uma colaboração com a Cercitop, uma ins 0 ência mental, pessoas dependentes e crianças com necessidades educativas especiais, que aqui usufruem de aulas de hipoterapia. Os projetos futuros passam pela abertura de uma clínica dedicada a cuidados pós-cirúrgicos, para colmatar a lacuna existente nesta årea. O centro hípico possui todas as infraestruturas necessårias para ajudar na recuperação dos cavalos.



MUNDO EQUESTRE

O segredo das raçþes de qualidade... O NEGĂ“CIO DAS RAÇÕES ESTĂ HĂ MUITOS ANOS NA FAMĂ?LIA, MAS, EM 2000, O GRUPO FRANCO ABRE MAIS UMA Ă REA DE ATUAĂ‡ĂƒO COM A PRODUĂ‡ĂƒO E COMERCIALIZAĂ‡ĂƒO DE RAÇÕES PARA EQUINOS. Ă€ CONVERSA COM MĂ RIO FRANCO, FOMOS DESCOBRIR O SEGREDO DO SUCESSO DESTA FAMĂ?LIA DE CABANAS DO CHĂƒO, ALENQUER...

esde 1989 que a famĂ­lia Franco se dedica Ă produção de raçþes para bovinos, inicialmente sob a marca Farinhas Franco. Na viragem do sĂŠculo, MĂĄrio Franco decidiu apostar num novo ramo: as raçþes para equinos. “ProduzĂ­amos para uma marca de um cliente, atĂŠ que, em 2009, em 6 6 ! a nossa gestĂŁoâ€?, conta o atual administrador. E em apenas trĂŞs anos, a produção passou de 80 para 500 toneladas na ĂĄrea dos equinos. Qual ĂŠ

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animal, sendo que um animal de saltos tem uma alimentação diferente de um animal de endu Â? Ao longo dos anos, a evolução da alimentação dos cavalos nĂŁo parou. “HĂĄ 50 anos, dava-se sĂł cevada e aveia aos animais. Hoje a alimentação tem de ser extremamente cuidada, sendo essencial um bom feno. NĂŁo nos podemos esquecer que as raçþes sĂŁo apenas o complemento do feno, onde nĂŁo descuramos a escolha rigorosa e a limpeza dos cereais que utilizamosâ€?. Com um

Com uma engorda de bovinos e uma coudelaria, tĂŞm um know-how Ăşnico no ramo que passam para o cliente. “Temos comerciais e distribuição h _ " Â? administrador. “Os comerciais tĂŞm uma estreita ligação com os cavalos e as suas necessidades. NĂŁo estĂŁo autorizados a vender para outro ramo da nossa atividade e conseguem, assim, transmitir Â? Outra aposta ganha para o sucesso foi a divulgação e visibilidade que MĂĄrio Franco deu Ă s

o segredo deste sucesso? MĂĄrio Franco acredita que, em primeiro lugar, deve-se Ă qualidade do produto, que nunca serĂĄ descurada, preferindo perder um cliente por nĂŁo ter um preço competitivo do que perdĂŞ-lo por falta de qualidade da ração. “Alguma da matĂŠria-prima ĂŠ importada e adequamos a ração consoante a idade e cada

mercado cada vez mais competitivo, a inovação Ê um fator-chave para permanecer entre os melhores, incorporando nas raçþes vitaminas e suplementos para pelo e casco, entre outros elementos. A investigação tambÊm tem o seu peso no sucesso das raçþes da família Franco, testando e vendo os resultados nos seus próprios animais.

marcas Anipura e SF Feeding. “Investimos em publicidade, temos comerciais na rua. Todos os anos, participamos na Feira do Cavalo da GolegĂŁ e de Ponte de Lima com stands e patrocĂ­nios. Temos de marcar presença nestes eventos. É preciso algum investimento, mas os resultados Â?

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MUNDO EQUESTRE

Primeiros passos em Espanha Em agosto deste ano, o Grupo Franco decidiu dar mais um passo e exportar para o paĂ­s vizi 4 š& 4 fomos bem recebidos porque, em Espanha, existem dois mercados de raçþes: a gama baixa, de mistura de cereais simples, e as grandes marcas, de nĂ­vel e preço altĂ­ssimos. NĂłs somos o mercado intermĂŠdio, com um preço mĂŠdio. Estamos a oferecer um produto que, lĂĄ, nĂŁo existeâ€?.

Coudelaria Leonardo Franco Com o objetivo de se especializar no ramo dos cavalos, MĂĄrio Franco, Ă semelhança do seu pai e do ramo dos bovinos, decidiu, no ano passado, fundar uma coudelaria. “Tive de comprar ĂŠguas de criação. Precisamos ter credibilidade na criação e na investigação para poder aplicĂĄ-las nas raçþes.

Os nossos clientes jĂĄ nĂŁo nos veĂŞm apenas como vendedores, mas como colegas. JĂĄ temos algum know-how por trĂĄsâ€?. A Coudelaria Leonardo Franco conta com sete ĂŠguas recomendadas, com provas dadas a nĂ­vel desportivo e como mĂŁe. “A Ăšrsula foi mĂŁe de uma poldra que foi vice-campeĂŁ do mundo de

para a permanĂŞncia no topo ĂŠ necessĂĄrio um controlo apertado dos custos. “Conseguimos controlar todos os custos de cada animal. Um criador tem de entender que tem de ganhar dinheiro, a paixĂŁo nĂŁo chegaâ€?. A promoção da raça e da prĂłpria coudelaria tambĂŠm ĂŠ um ingrediente indispensĂĄvel para o reconhecimento do pĂşblico. Aparecer em catĂĄlo-

atrelagem. A Azeitona foi CampeĂŁ dos CampeĂľes nos Festivais de Lisboa e SegĂłvia (Espanha)â€?, orgulha-se o administrador. “Neste primeiro ano, conseguimos os melhores resultados em quatro feiras equestres. Apesar de nĂŁo serem animais com o nosso ferro, sĂŁo a nossa baseâ€?. Mesmo assim, jĂĄ tiveram um prĂŠmio para o primeiro animal com o ferro da Coudelaria Leonardo Franco, em SantarĂŠm, com a Havana a ser distinguida com o prĂŠmio de Poldro MamĂŁo. Se a base do sucesso da coudelaria sĂŁo os animais,

gos, em feiras, apostar nas redes sociais, tudo ĂŠ pensado ao pormenor. MĂĄrio Franco apenas sugere algum apoio na divulgação internacional por parte da instituição da raça. “NĂŁo estamos interessados cial. Se, numa feira internacional, tivermos o stand da nossa associação (Associação do Puro-Sangue Lusitano) ao nosso lado, chama sempre possĂ­veis compradores para as nossas coudelariasâ€?, desabafa o criador, apelando ainda a uma maior divulgação do cavalo lusitano na comunicação social. Outubro 2012

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MUNDO EQUESTRE

Qualidade em nutrição equina LUĂ?S VEIGA, DIRETOR TÉCNICO DA INTACOL, APRESENTA-NOS O PERCURSO PROFISSIONAL DE UMA EMPRESA DE REFERĂŠNCIA EM NUTRIĂ‡ĂƒO EQUINA QUE FAZ UMA FORTE APOSTA EM INVESTIGAĂ‡ĂƒO E DESENVOLVIMENTO. Intacol existe desde 1991, tendo sida adquirida pela Reagro em 2004. Como tem sido este percurso da empresa atĂŠ ao presente? A Intacol sempre teve como principal missĂŁo ser capaz de produzir produtos de nutrição equina ao melhor nĂ­vel, no que diz respeito Ă s tĂŠcnicas, processos de qualidade e cuidados com as matĂŠrias-primas. É tambĂŠm de salientar que a Intacol estĂĄ em processo de cer 0 <'**3 O cavalo ĂŠ um animal com um valor

mentar Ê um aspeto importante nos cuidados com estes animais. AlÊm disso, do ponto de vista biológico o cavalo Ê um animal que tem um organismo que não tolera erros alimentares. Um erro alimentar cometido num equino pode custar a sua vida desportiva ou mesmo a sua própria existência. Daí existir na Intacol uma forte preocupação com a qualidade e o desenvolvimento do desempenho dos produtos que comercializamos.

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HĂĄ, neste aspeto, uma forte aposta na componente de Investigação e Desenvolvimento? Certamente. A Intacol estĂĄ associada Ă â€œKentucky Equine Researchâ€?, um centro de investigação norte-americano com

na årea da nutrição equina. Paralelamente, fazemos Investigação e Desenvolvimento próprios, nomeadamente no que diz respeito à adaptação dos nossos produtos às realidades dos países onde comercializamos. Fazemos isso atravÊs da formulação e da testagem dos produtos. O nosso laboratório estå equipado para fazer anålises por infravermelhos que nos permite fazer uma primeira leitura analítica das matÊrias-primas, das forragens dos nossos clientes e dos produtos acabados de forma a analisar a sua correspondência a um determi & ! acordos com laboratórios externos para anålises mais complexas e como forma de auditar o nosso próprio sistema. Quais são os principais produtos de nutrição equina disponibilizados pela Intacol? São alimentos complementares à base de cereais, proteaginosas e oleaginosas que, conjuntamente com a forragem, permitem complementar a alimentação do cavalo de forma a que esta seja a mais equilibrada possível. Os nossos produtos estão preparados exatamente para fornecer um equilibrio nutricional, que evite simultâneamente as carências e os excessos. Hå atualmente uma maior consciencia-

o qual mantemos uma parceria ao nível da Investigação e Desenvolvimento e

lização para a importância da nutrição equina?

que nos permite estar a par daquilo que de mais evoluido se faz a nĂ­vel mundial

Diria que a exigência do mercado relativamente à qualidade da nutrição equina

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subiu. Neste aspeto hå que ter tambÊm em consideração o contributo dos agentes tÊcnicos envolvidos no mundo equestre que têm contribuído para esta evolução. Qual Ê o atual panorama português nesta matÊria? Portugal Ê um país bem posicionado ao nível da nutrição e da alimentação equina. Existem em Portugal equipas de 0 h årea. Na pråtica, comparativamente com outros países, Portugal tem um mÊtodo de alimentação superior. Por exemplo, ao contrårio de outros países, em Portugal jå não Ê comum um animal ser exclusivamente alimentado com palha e aveia - o que não Ê uma alimentação equilibrada. A nutrição equina Ê uma årea complexa e essa complexidade exige uma comunicação permanente com o mercado. Para valorizar o potencial genÊtico e desportivo existe, no entanto, um longo caminho a percorrer. Qual o contributo da Intacol para uma boa nutrição equina?

LuĂ­s Veiga

A este nível a Intacol oferece uma abordagem integrada que consiste num serviço tÊcnico de aconselhamento do proprietårio do cavalo. Os nossos tÊcnicos deslocam-se ao local onde se encontra o animal, de forma a verem quais são as forragens aí existentes. Desta visita resulta um relatório de auditoria que tem como 4

do cavalo relativamente ao concentrado mais indicado para cada animal de acordo com as suas necessidades. Um dos conselhos que damos Ê que, no caso de não haver possibilidade do cavalo pastorear em erva verde, o feno seja da melhor qualidade possível. Quanto melhor for a forragem, menor Ê o custo com o concentrado, podendo assim rentabilizar o investimento em produtos de maior qualidade. A ågua, a forragem e o concentrado - os três componentes båsicos para a alimentação de um equino devem estar em equilíbrio entre si de maneira a que a alimentação seja a melhor possível. Ler na íntegra em www.paispositivo.org


AZEITE PORTUGUĂŠS

Muito mais do que um azeite SURGIDA EM AGOSTO DE 2004, A SAOV – SOCIEDADE AGRĂ?COLA OURO VEGETAL TEM COMO OBJETIVO PRINCIPAL A PRODUĂ‡ĂƒO DE AZEITES DE GRANDE QUALIDADE, COM VOLUME SUFICIENTE PARA MARCAR UMA POSIĂ‡ĂƒO DE REFERĂŠNCIA NO SETOR OLIVĂ?COLA. EM ENTREVISTA Ă€ PAĂ?S POSITIVO, MĂ RIO SOLINAS, FALA SOBRE ESTA SOCIEDADE QUE SE DESTACA NO PANORAMA NACIONAL E INTERNACIONAL.

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uais as principais tĂ´nicas que fazem com que o azeite da SAOV seja um produto Ăşnico? O manejo agronĂłmico que proporcionamos aos nossos olivais, aliados Ă tĂŠcnica e tecnologia de ponta que possuĂ­mos no nosso lagar, permitem que a SAOV tenha um azeite de caracterĂ­sticas singulares, que o diferenciam tanto a nĂ­vel nacional como internacional.

O que marca a diferença? A SAOV ao longo da sua histĂłria sempre procurou inovar, introduzindo novos conceitos no processo de extração. Um deles foi a introdução da capacidade de arrefecimento da massa de azeitona, adaptando as condiçþes de trabalho Ă s alteraçþes climĂĄticas que entretanto ocorreram, com inĂ­cios de colheita sob temperaturas muito quentes que inviabilizam por completo a obtenção de azeites de alta qualidade. Em Â…\\¢ " cularizados no setor, no entanto, hoje em dia as soluçþes que elegemos sĂŁo de uma forma geral copiadas por outros agentes do setor. Fomos a primeira empresa a nĂ­vel mundial a utilizar frio no processo de extração de azeite. Importa, igualmente, / " ĂŠ excelente porque a equipa da SAOV, apesar de jovem, conta com uma vasta e sĂłlida experiĂŞncia nesta atividade, sendo isso que realmente marca a diferença.

Maioritariamente cultivamos variedades portuguesas. A SAOV trabalha tambĂŠm com os olivicultores naquilo que ĂŠ a prestação de serviços de consultadoria. Qual a mais-valia deste serviço e de que forma gera valor acrescentado para a Sociedade? Apoiamos tecnicamente produtores que possuem relaçþes comerciais com a nossa empresa, procurando que produzam com a mĂĄxima qualidade pelo menor custo possĂ­vel, indo de encontro ao nosso objetivo que ĂŠ produzir alta qualidade, acessĂ­vel ao maior nĂşmero possĂ­vel de consumidores. A nĂ­vel internacional, estamos presentes nesta nossa vertente no Chile, AustrĂĄlia, Peru e Uruguai. Quais os principais produtos da SAOV e de que forma caracterizaria cada um deles? Comercializamos o nosso azeite sob duas marcas, Cabeço das Nogueiras e Quinta do PouchĂŁo, sendo este Ăşltimo comercializado em exclusivo para os hipermercados Modelo Continente. Trata-se de um azeite com Denominação de Origem Protegida (DOP Ribatejo), muito bem acolhido no mercado portuguĂŞs. A marca Cabeço das Nogueiras explora o mercado regional e internacional. É exportada para mais de dez paĂ­ses, com grande crescimento nos

MĂĄrio Solinas, ResponsĂĄvel da SAOV

Estados Unidos. Para alĂŠm fronteiras, vendemos principalmente a gama Premium, que contĂŠm o lote de azeite utilizado para participar nos concursos nacionais e internacionais.

Em termos produtivos, como estå equipada a SAOV? O nosso lagar, com o atual aumento de capacidade disponibiliza uma capacidade diåria de trituração de 300 toneladas de azeitona. Construído em 2009, con-

Quais os prÊmios jå arrecadados pela sociedade? Qual a importância dos mesmos? Desde 2004 contamos mais de 40 prÊmios, dos quais destacamos três anos

tinua a ser uma unidade de referência a nível internacional, tanto pela tecnologia como pela sua funcionalidade e qualidade de materiais aplicados. A nossa exploração agrícola decorre na Quinta do Pouchão em Abrantes, onde cultivamos 250 hectares de olival, divididos por olival de sequeiro e intensivo de regadio.

consecutivos premiados no concurso mais importante do mundo, o Mario Solinas do Conselho Oleicola Internacional e primeiro prÊmio na Expoliva de Jaen em 2011. Orgulhamo-nos deste palmarÊs por ser único a nível mundial. Para alÊm da alavancagem comercial, os prÊmios servem de fonte de motivação à equipa SAOV. Outubro 2012

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80.Âş ANIVERSĂ RIO MF SANGALHOS

Devolver a MisericĂłrdia ao povo É COM A PREMISSA DE DEVOLVER A MISERICĂ“RDIA AO POVO QUE SE COMEMORA O 80.Âş ANIVERSĂ RIO DA MISERICĂ“RDIA DE SANGALHOS, CELEBRANDO O DIA EM QUE, POR VONTADE E NECESSIDADE, SE FUNDOU ESTA INSTITUIĂ‡ĂƒO DE GRANDE IMPORTĂ‚NCIA PARA A FREGUESIA E PARA A POPULAĂ‡ĂƒO. Manuel Gamboa e Coelho dos Santos, provedor e vice-provedor da MisericĂłrdia da Freguesia de Sangalhos, que nos apresentam a instituição que dĂĄ apoio a quem mais precisa e faz, este ano, 80 anos de vida, recheada de histĂłrias. Segundo nos avançam os nossos interlocutores, a MisericĂłrdia de Sangalhos foi fundada em 1932 graças Ă perseverança de LuĂ­s Carlos Conceição que, juntamente com um grupo de populares da freguesia, construĂ­ram o Hospital da MisericĂłrdia e deram apoio aos mais necessitados com a valĂŞncia de Sopa dos Pobres. Com o evoluir da sociedade, as necessidades foram aumentando e, nos anos 50, surge a valĂŞncia de InfantĂĄrio que foi, posteriormente, remodelada, passando a ser um Centro de Bem-Estar Infantil, com creche, infantĂĄrio e prĂŠ-escolar e, numa fase bastante posterior, surge tambĂŠm o Centro de Atividades e Tempos Livres. Nos anos 80, a mesa administrativa da altura lançou a discussĂŁo: Seria acertado ter uma valĂŞncia de apoio aos mais idosos? “A discussĂŁo durou ainda alguns anos e, sabendo que seria um investimento acertado, tĂ­nhamos que ter a certeza de sermos capazes de honrar os nossos compromissos e, portanto, foi hĂĄ cerca de 23 anos que a MisericĂłrdia passou a dar apoio aos senioresâ€?, avança o provedor. Assim foi

vel, ajudamos todas as pessoas que nos procuram, sendo certo que nĂŁo fazemos mais por nĂŁo ser mesmo possĂ­velâ€?. Mais recentemente, a MisericĂłrdia decidiu alargar a sua atividade e abraçou mais uma ĂĄrea: O Centro de Acolhimento TemporĂĄrio de Crianças e Jovens em Risco (CAT), surgido em 2008. Quando assumiram a Provedoria da MisericĂłrdia de Sangalhos, Manuel Gamboa e os restantes membros da mesa administrativa encontraram * " fadada crise jĂĄ se começava a despo nuir, foram crescendo e essas acabaram Š 2 0 8 entanto, a necessidade de assistĂŞncia e acompanhamento social tem vindo a aumentar e missĂŁo desta instituição ĂŠ dar a mĂŁo a quem precisa. Por con 2 minoradas por uma gestĂŁo bastante

0 prĂłpria gestĂŁo. Entre idosos e crianças, a instituição presta apoio a cerca de 340 pessoas e emprega 108 funcionĂĄrios. Estes nĂşmeros demonstram bem a importância da MisericĂłrdia e o seu âmbito de ação. Questionados sobre a eventual procura crescente de apoio Ă alimentação, os nossos interlocutores revelam que foi “assinado um protocolo com a UniĂŁo

criada a valĂŞncia de Apoio DomiciliĂĄrio e, em 1992, surge o Lar, prestando mais um apoio fulcral Ă 3.ÂŞ Idade. Hoje, a instituição conta ainda com o serviço de Acompanhamento Social que permite, com a ajuda de tĂŠcnicas altamente competentes, sinalizar todas as carĂŞncias locais e, desta forma, atuar convenientemente. “Dentro do possĂ­-

das Misericórdias para que fossem fornecidas refeiçþes a pessoas carenciadas, mas essa necessidade ainda não & " / que estamos inseridos num meio rural e as pessoas ainda cultivam os seus alimentos. No entanto, todos os dias recebemos imensos pedidos no Atendimento e Acompanhamento Social e,

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Coelho dos Santos, Manuel Gamboa e Maria da Graça Tavares, Coordenadora Geral

neste caso, sĂŁo fornecidos os bens de necessidade bĂĄsica a muitas famĂ­liasâ€?. Se ĂŠ certo que ainda ninguĂŠm procurou refeiçþes junto da MisericĂłrdia, certo ĂŠ tambĂŠm que existem muitas famĂ­lias a solicitar alimentos, vestuĂĄrio, medicamentos, entre outros. E, na medida do possĂ­vel, “vamos respondendo Ă s solicitaçþes, mas a verdade ĂŠ que a nĂ­vel de medicação e de outros pedi " de facto, tambĂŠm lutamos diariamente Â? 80 anos volvidos desde a sua fundação, o principal problema desta instituição ĂŠ a inexistĂŞncia de verbas. “As verbas estĂŁo congeladas e jĂĄ hĂĄ uns quatro anos que nĂŁo existem atualiza _ 8 Š 0 a subir, assim como o preço de tudo e, confesso que ĂŠ muito complicado honrar os nossos compromissos e satisfazer todas as necessidadesâ€?. Apesar de serem reformados, Manuel Gamboa e Coelho dos Santos passam os seus dias a tentar solucionar os problemas da MisericĂłrdia, dando o seu tempo e muitas vezes subsidiando algumas necessidades. Em abono da verdade, ĂŠ preciso que se diga que o trabalho desenvolvido pela Mesa Administrativa ĂŠ totalmente voluntĂĄ-

rio e solidårio, fazendo-o em função de todos os outros.

As comemoraçþes Desde o passado dia 27 de julho que começaram as comemoraçþes do 80.º Aniversårio da Misericórdia de Sangalhos, iniciadas com uma Sessão Solene com toda a irmandade e amigos da Misericórdia. Para os nossos entrevistados, este foi um momento marcante e que serviu para tomar consciên " 0 atravessa. No dia 16 de Setembro, na igreja matriz de Sangalhos, uma eucaristia foi presidida pelo Bispo Francisco dos Santos. 29 de setembro marcou a inauguração da Exposição de Pintura, intitulada de Exposição Intergeracional, para a qual foram convidados os amigos da Misericórdia, o Executivo da Câmara Municipal da Anadia, o Diretor da Direção Regional da Segurança Social de Aveiro e a população em geral. Esta exposição inclui os frescos trabalhados pelos seniores e as pinturas das crianças e jovens que frequentam a instituição e estarå patente durante um mês, na Biblioteca Municipal de Anadia. Ler na íntegra em www.paispositivo.org




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