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MARÇO 2013 | EDIÇÃO Nº 58

A DINAMIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS DO INTERIOR PASSA POR UMA ESTRATÉGIA CONJUNTA, ENTRE PRODUTOS DE QUALIDADE E UM TURISMO SUSTENTÁVEL. Armindo Jacinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova

ARBITRAGEM E PROPRIEDADE INDUSTRIAL



Publicação editada ao abrigo do Novo Acordo Ortogråfico

em destaque 04 À 11 – ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

24 E 25 – CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

VII Congresso Mundial do Presunto

como referĂŞncia. A sul do concelho, temos a zona campina, plana, com culturas mais extensivas e uma

rural dispĂľe, o montado. Assumindo-se como entidade de consultadoria em assuntos da especialidade nomeadamente, como

PDLRU PDQFKD ĘźRUHVWDO GH SLQKHLUR EUDYR GD (XURSD TXH YDL GD 6HUUD GD *DUGXQKD DWÂŤ &RLPEUDČ• FRQWD H

)XQGÂĽR Č”&RPR WHPRV XP PRVDLFR GH SURGXWRV H TXHUÂŻDPRV JDQKDU HVFDOD Ęť]HPRV XP FDED] GH SURGXWRVČ•

$ WHUFHLUD YHUWHQWH SUHQGH VH FRP D ÂŁUHD UXUDO R )XQ-

DGLDQWD R HGLO ( HVVH FDED] FRQWÂŤP D]HLWH TXHLMR

em reduzir o IMI rústico em 50 por cento para a criação O¯TXLGD GH SRVWRV GH WUDEDOKR PDV FRP XPD FRQGLŠ¼R

de produtos endógenos com base no agro-alimentar H QR DJUR LQGXVWULDO TXH YDOHP FHUFD GH PLOK¡HV

cereja e toda a componente frutícola, vinho, compotas, ågua mineral, produção de carne e enchidos de exce-

de euros por ano.

lência. Foi criado um plano de internacionalização pela câmara municipal para estas empresas, com o objetivo

No concelho estĂŁo presentes outros ramos de atividade, como o caso dos tĂŞxteis, embora muito reduzido

Macau. “A Câmara Municipal estĂĄ a fazer o papel de mediação para o mercado. É do interesse do municĂ­pio

SHVR DR QÂŻYHO GRV UHFXUVRV KXPDQRV 1R SDUTXH LQGXV-

TXH HVWDV HPSUHVDV VHMDP EHP VXFHGLGDVČ• &RPHŠDUDP hĂĄ apenas um ano e, neste momento, jĂĄ estĂŁo a trabaOKDU QXP HQWUHSRVWR QR PÂŤGLR RULHQWH H QR H[WUHPR

joalharias. A contra-ciclo, jå se consolidaram no merPaulo Fernandes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão

primĂĄrio. DOGHLDV KLVWÂľULFDV D *DUGXQKD H R VHWRU DJUR DOLPHQWDU Č”'LULD TXH VÂĽR PDLV HVWUDWÂŤJLDV SDUD FDQDOL]DU LQYHVWL-

falta de massa crĂ­tica, desgastada pelos Ăşltimos 50

o cadastro da zona do regadio tem de ser atualizado, para uma maior otimização das terras e competitiviGDGH ʝQDQFHLUD

Com as aldeias de xisto, e detendo uma das mais belas, -DQHLUD GH &LPD R H[HFXWLYR FDPDUÂŁULR FULRX D 5HGH GDV $OGHLDV GH ;LVWR FRP VHGH QR )XQGÂĽR H TXH MÂŁ DSDQKD DOGHLDV H PXQLFÂŻSLRV Č”(VWH ÂŤ R SURMHWR-âncora para o Pinhal Interior, criamos escala em rede

,QRYDU QR )XQG¼R Num concelho com 29 mil habitantes, assistiu-se a um GHFUVFLPR SRSXODFLRQDO GH FHUFD GH GRLV PLO KDELWDQtes nos últimos 20 anos. No resto do país, assiste-se a uma concentração de pessoas na cidade sede do Com a sua parte produtiva no setor agrícola, apenas um terço da população do concelho vive no Fundão, RV GRLV WHUŠRV UHVWDQWHV HVW¼R HVSDOKDGRV SHODV freguesias (com a reforma administrativa o Fundão vai

H[SHULÂŹQFLD HP H[SRUWDŠ¡HV QXPD VLQHUJLD HQWUH HQWLdades pĂşblicas e privadas para criar e potencializar o YDORU HFRQÂľPLFR QHVWDV TXHVW¡HV 7RGDV HVWDV TXDWUR YHUWHQWHV VÂĽR Č”UDGDUHV IDUÂľLV SDUD atrairmos mais investimento, suportarmos e darmos PDLV IRUŠD DR TXH MÂŁ H[LVWH FÂŁ (VWDPRV D JDQKDU HVFDOD e a construir uma marca corporativaâ€?, defende ainda

estruturas necessårias para a sua população, de nível VRFLDO FXOWXUDO GHVSRUWLYR HPSUHVDULDO H DW DR Q¯YHO GRV HTXLSDPHQWRV HVFRODUHV FRP WRGRV RV Q¯YHLV GH

Paulo Fernandes.

$MXGDV ĘźVFDLV SDUD QRYRV QHJÂľFLRV

VHUYLGDČ• HQWHQGH R HGLO Č”7HPRV ERDV UHGHV YLÂŁULDV H IHUURYLÂŁULDV FRP H[FHOHQWHV OLJDŠ¡HV D (VSDQKD SHOD

O executivo camarĂĄrio de Paulo Fernandes apostou

IURQWHLUD PDLV LPSRUWDQWH GR SDÂŻV 9LODU )RUPRVR OLJD-

FDV 3DXOR )HUQDQGHV DFUHGLWD TXH ÂŤ XP SURMHWR TXH YDL continuar a dar frutos, jĂĄ com trĂŞs aldeias.

disperso, mas temos um denominador comum, um sen-

&RP D *DUGXQKD D DSRVWD UHFDLX VREUH DV ÂŁUHDV SURWH-

WLPHQWR GH SHUWHQŠD D XPD UHJL¼R ¢ %HLUD 2 TXH Q¼R temos por escala, podemos ganhar com este efeito de

JLGDV $ HVWUDWÂŤJLD SUHQGHX VH FRP SDUFHULDV D QRUWH H a sul do concelho, com mais trĂŞs reservas naturais, as PDLV LPSRUWDQWHV GD UHJLÂĽR 6HUUD GD (VWUHOD 6HUUD GD 0DOFDWD 6HUUD GD *DUGXQKD H 7HMR ,QWHUQDFLRQDO (VWD

da natureza à produção primåria. Quando se fala no

rede, fulcral para o territĂłrio do FundĂŁo e para a sua

)XQGÂĽR IDOD VH GH TXDOLGDGHČ• &RP HVWD SUHPLVVD HP PHQWH R H[HFXWLYR FDPDUÂŁULR GHĘťQLX DOJXQV SURGXWRV

VXVWHQWDELOLGDGH WDPEÂŤP HVWÂŁ VHGLDGD QR )XQGÂĽR H DJUHJD WRGR XP YDORU HFRQÂľPLFR TXH IRL WUDEDOKDGR

WDPEÂŤP QRXWUDV SROÂŻWLFDV SDUD DWUDLU LQYHVWLPHQWRV SULYDGRV SDUD R )XQGÂĽR )LVFDOPHQWH GHĘťQLUDP WUÂŹV

da pelas autoestradasâ€? (A23 e A25). Para dinamizar o seu centro histĂłrico, a Câmara Muni-

YHUWHQWHV SDUD D ]RQD KLVWÂľULFD IRL FULDGD XPD ÂŁUHD

cipal decidiu apostar na inovação social e organizacio-

GH UHDELOLWDŠ¼R XUEDQD FRP XPD GHWHUPLQDŠ¼R ʝVFDO PXLWR IRUWH R SHU¯PHWUR GD ]RQD KLVW¾ULFD GR )XQG¼R

nal. “O prĂłprio Clube de Produtores do FundĂŁo veio de XP SODQR GH LQRYDŠ¼RČ• 3DUD RV MRYHQV VH Ęť[DUHP QR

WHP HP WHUPRV ʝVFDLV R ,9$ D VHWH SRU FHQWR SDUD D reabilitação (em vez dos 23 por cento), não se paga

concelho, a câmara pode disponibilizar espaços a um preço muito baixo. Criaram assim o primeiro cowork

,07 H DV GHGXŠ¡HV GR ,0, SRGHP FKHJDU DRV SRU

GHVWD UHJL¼R ȔUHIXQFLRQDOL]DPRV R HTXLSDPHQWR FXOWX-

a ultimar a reabilitação do último piso de um espaço FXOWXUDO WUDQVIRUPDQGR R HP HVFULW¾ULRV TXH Y¼R DFR-

muito perto do Sul de Espanha, de Lisboa, da Costa $OHQWHMDQD H GR $OJDUYH 7HPRV DV GLʝFXOGDGHV que hoje todo o interior tem, a falta de população.

investidores, nacionais e internacionais, criamos uma bolsa de casas arrendadas, destinadas a empresas cĂĄ

Ourique tem qualidade de vida atÊ porque tem uma oferta de serviços representativa, com uma oferta VRFLDO H FXOWXUDO GLYHUVLʝFDGD (P 2XULTXH K£ XPD

localizadas e a jovens criativos e empreendedores�. &RP XP WHWR P£[LPR GH DUUHQGDPHQWR GH HXURV

cento e, em determinados projetos, podem mesmo ser LVHQWRV 3DUD DOP GLVVR WRGDV DV UHFXSHUDŠ¡HV TXH

UDO H ʝ]HPRV HVWH HVSDŠR 2V MRYHQV SDJDP GH] HXURV por mês, num serviço partilhado, com internet, e damos

lher uma empresa de programadores informåticos�,

SRU PÂŹV QR SULPHLUR DQR SRGH VXELU DWÂŤ HXURV

apoio para os planos de negĂłciosâ€?. Numa segunda fase, foi criada uma incubadora urbana. “Alugamos

orgulha-se o autarca. (VWD SRO¯WLFD GH TXDOLGDGH GH YLGD DOLDGD DRV SUHŠRV

de valor mĂĄximo a partir do segundo ano. “Dinamiza o mercado de arrendamento, facilita a instalação de

SDYLOK¡HV H GLVSRQLELOL]DPRV ¢ SRSXODŠ¼R HP YH] GH

EDL[RV ÂŤ XP IRUWH IDWRU GH FRPSHWLWLYLGDGH $V HVWUXWXUDV H RV VRORV VÂĽR PDLV EDUDWRV GR TXH QR OLWRUDO H

novos habitantes e diminui os custos associados ao arrendamento, entraves para os mais novos desenvol-

panĂłplia de oferta no que diz respeito Ă s atividades extracurriculares, desde a mĂşsica, ballet, aulas de

GHYLGR ¢ GHVHUWLʝFDŠ¼R R )XQG¼R DSUHVHQWD XP SDUTXH

verem os seus projetos de vida�, conclui o presidente

expressĂŁo plĂĄstica, entre muitas outras. Para alĂŠm

habitacional vasto e desocupado. “No nosso dossiĂŞ de

da Câmara do Fundão.

foram criados os selos verdes para os produtos agro-alimentares associados Ă s reservas naturais, assim

GR ,5& H GR ,56 3DUD WRGR R WHUULWÂľULR GR )XQGÂĽR TXDOTXHU HPSUHVD

FLRQDGDV TXDWUR YHUWHQWHV SDUD VHUHP DV ȔEDQGHLUDV

como foi fomentado o turismo de natureza. Finalmente, o foco nos produtos agro-alimentares deu-se com a criação do Clube de Produtores do

TXH FULH XP SRVWR O¯TXLGR GH WUDEDOKR SRGH WHU UHGXŠ¡HV GR ,0, D SDUWLU GH SRU FHQWR $V HPSUHVDV TXH

FRQVWUXLUPRV GH UDL]Č• )RL DVVLP TXH QDVFHX D HPSUHVD de joalharia, cresceu e hoje jĂĄ emprega cerca de 300

criam a sua sede no FundĂŁo estĂŁo isentas de derrama.

SHVVRDV 2V HGLIÂŻFLRV SÂźEOLFRV TXH HVWDYDP HP GHVXVR

base do municĂ­pio e trabalhou-os extensivamente para estes ganharem escala. Com isto foram sele-

urique Ê um município conhecido pela sua qualidade de vida. Que trabalho tem sido desenvolvido pela autarquia na promoção da qualidade de vida no

O

concelho?

Ourique Ê um município do interior alentejano, FRP XPD ORFDOL]DŠ¼R JHRJU£ʝFD HVWUDWJLFD FRP as redes viårias e as boas acessibilidades, estamos

IRUDP TXDVH WRGRV UHSRVLFLRQDGRV QXPD ÂľWLFD GH UHDproveitar as infraestruturas. “Neste momento, estamos

forem feitas podem ter um maior desconto ao nĂ­vel

GR )XQG¼Rȕ KDVWHDQGR D ʝORVRʝD GH YLGD ȔFULDU YDORU económico no território� com as aldeias de xisto, as

igual oportunidade de acesso a atividades sociais e culturais às que existem nos centros urbanos. Na educação tem sido feita uma aposta clara. Hå uma

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dos associados, contribui para a demarcação da ]RQD GH SURGXŠ¼R WLSLʝFDŠ¼R H GHQRPLQDŠ¼R GH origem dos produtos de salsicharia tradicionais

alguns dos quais professores universitårios que optaram por viver em Ourique, desenvolvendo o seu trabalho para outros países como Inglaterra e a Irlanda, usufruindo assim da qualidade de vida do concelho. Isto Ê um exemplo que se podia ser reproduzido noutros pontos do país, são pessoas TXH DR VH ʝ[DUHP QR FRQFHOKR GLQDPL]DP R PXQLcípio. Outro exemplo, a isenção da taxa de IRC que

HQVLQR Č”7HPRV ÂŻQGLFHV H[WUDRUGLQÂŁULRV EHP DFLPD GRV Ă­ndices do paĂ­s. A população nĂŁo podia estar melhor

e o projeto jĂĄ fala por si prĂłprioâ€?, comenta o autarca e fundador desta rede. Na parte sul do concelho, fomentou-se o projeto da 5HGH GDV $OGHLDV +LVWÂľULFDV FRP &DVWHOR 1RYR ¢ FDEHça. Como fundador da Associação das Aldeias HistĂłri-

JHQV V¼R PXLWR KRPRJQHDV FRP IDFLOLGDGH HP FULDU TXDGURV GH FRHV¼R Ȕ3RGHPRV VHU XP PXQLF¯SLR PXLWR

FRHV¼Rȕ ( SDVVD D H[SOLFDU Ȕ7HPRV HVWDGR D WUDEDOKDU QRV QRVVRV UHFXUVRV TXH V¼R PXLWR ERQV GHVGH R VHWRU

ENTREVISTA A PEDRO DO CARMO, PRESIDENTE DA CĂ‚MARA MUNICIPAL DE OURIQUE

perder oito freguesias). Nos últimos anos, o executivo camarårios fez um grande esforço para dotar o concelho de todas as infra-

QR SDÂŻV SRGHP VH YDQJORULDU GH WHU WRGDV HVWDV SDLVD-

anos de emigração; e falta de escala, com empresas SHTXHQDV IDPLOLDUHV DW VHP GLPHQV¼R SDUD FRPSHWLU e criar valor económico. Para combater estes dois fatoUHV D %HLUD %DL[D WHP XPD FRLVD TXH SRXFDV UHJL¡HV

LQWHUORFXWRUD GDV HQWLGDGHV RʝFLDLV GH PHGLGDV GH fomento da suinicultura da raça alentejana e de apoio aos criadores, presta um vasto conjunto de serviços aos associados, organiza e mantÊm atualizado o arrolamento dos efetivos das exploraçþes

empregos. Enquanto não houver uma aposta nacional de criar medidas de discriminação positiva para ʝ[DU SHVVRDV QR LQWHULRU WHPRV XP JUDYH SUREOHPD

do Porco Alentejano, promove o mercado regional, nacional, comunitĂĄrio e internacional para os produtos citados, ĂŠ a entidade gestora de vĂĄrios

Nuno Faustino, Presidente da ACPA

produtos de salsicharia tradicional derivados do Porco Alentejano, gere conjuntamente com outra associação o Livro Genealógico do Porco de Raça Alentejana e promove a realização de contractos com a industria nacional e espanhola. Qual a importância da realização do VII Congresso Mundial do Presunto? A realização do congresso em Ourique constitui um PRPHQWR GH PDLRU LPSRUW¤QFLD SDUD D DʝUPDŠ¼R e desenvolvimento dos setores da agricultura, em particular da produção e transformação do Porco

Quais os benefícios retirados pelos diversos intervenientes envolvidos neste certame? Um evento desta grandiosidade trarå a OuriTXH FHUFD GH FRQJUHVVLVWDV SURPRYHQGR HVWD região e divulgando o que temos de melhor. Contribuirå para dinamizar toda a região Alentejo e prestigiarå Portugal, pois esta vila ganhou a Bruxelas aquando da escolha do local para a realização deste evento. Tratando-se de um fórum de discussão centrado na produção e transformação do presunto pretende

e para o desenvolvimento e sustentabilidade do mundo rural.

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Inovação e Formação

criar uma dinâmica nesta temåtica, contribuindo para o seu crescimento, criando oportunidades, divulgando e promovendo tecnologias inovadoras.

VII CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO. Para mais informaçþes, por favor, consulte http://www.ourique2013.com

nea em todo o seu territĂłrio e que os investimentos feitos no interior do paĂ­s sĂŁo investimentos nacionais. Por exemplo, em Ourique temos uma grande comunidade estrangeira, cerca de 400 pessoas,

concelho. No Fundão, esta situação não se aplica.

oriente, para facilitar a entrada de produtos. Apenas ʝ]HUDP XPD VHOHŠ¼R DTXDQGR GD FULDŠ¼R GR &OXEH GH 3URGXWRUHV HPSUHVDV DJUR LQGXVWULDLV TXH M£ WLYHVVHP

disso, temos medidas de apoio Ă natalidade e comSDUWLFLSDPRV HP SRU FHQWR GRV PHGLFDPHQWRV aos idosos. No entanto, temos um constrangimento que reside na empregabilidade, nĂŁo hĂĄ uma grande oferta de

em todo o país. Por um lado, o interior porque não tem população e os grandes centros urbanos porque têm excesso de população, o que não traz qualidade de vida. O país tem que se devolver de uma forma homogÊ-

GH IRPHQWDU XPD HTXLSD V¾OLGD QR DSRLR ¢V H[SRUWDŠ¡HV GR SRQWR GH YLVWD ORJ¯VWLFR 3UHVHQWHV HP WRGRV os mercados, estão a estudar a possibilidade de ir para

comparando com os anos 80, antes da reestruturação do setor. As empresas restantes ainda têm um forte WULDO GR )XQG¼R K£ XP QRYR VHWRU TXH VH LQVWDORX UHFHQWHPHQWH TXH DW FRPHŠRX FRP XPD HVWUDWJLD de incubação e hoje jå fornece as grandes marcas mundiais ligadas ao setor de luxo, entre relógios e

mento para a nossa região�, e Paulo Fernandes identiʝFD GRLV SUREOHPDV SDUD XP PDLRU GHVHQYROYLPHQWR

GÂĽR ÂŤ R SULPHLUR PXQLFÂŻSLR GR SDÂŻV TXH HVWÂŁ GLVSRQÂŻYHO

Ourique recebe o Congresso Mundial do Presunto

Para o setor do Porco Alentejano, em particular, pretendemos divulgar e promover os produtos que desta nobre matÊria-prima são originårios, contribuído assim para o crescimento destas produçþes

e representantes institucionais oriundos de vĂĄrios paĂ­ses como China, JapĂŁo, AmĂŠrica Latina e Europa.

ser considerada de sucesso, contribuindo para um melhor aproveitamento e mais sustentado dos mais vastos recursos endĂłgenos de que o mundo

IRUWH DSHWÂŹQFLD SDUD D ĘťOHLUD SDVWRULO RQGH R TXHLMR

(VWUDWJLDV SDUD PLQLPL]DU D GHVHUWLʟŠ¼R

conhecimento de uma realidade económica e social distinta, envolvendo as comunidades e os recursos da nossa região Alentejo. 1HOH SDUWLFLSDP RV PHOKRUHV SURʝVVLRQDLV SURYLQdos da investigação do setor cårnico, especialistas

objeto social geral o apoio, por todas as formas ao seu alcance, aos criadores suinícolas de raça alentejana. Desde então fez renascer uma raça que HVWDYD QR OLPLDU GD H[WLQŠ¼R H WRGD XPD ʝOHLUD GH qualidade que, apesar das vicissitudes atuais, pode

cada uma delas com caracterĂ­sticas prĂłprias

cado e continuam em forte expansĂŁo. Mas o grosso da economia neste municĂ­pio prende-se com o setor

Raça Alentejana, mas tambÊm do turismo, complementando as diferentes estratÊgias de progresso e valorização da nossa região. Pretende-se criar oportunidades de negócio, abrir mercados às empresas do setor e aumentar o

ue atividade tem sido desenvolvida pela Associação de Criadores de Porco Alentejano na promoção desta raça?

A ACPA, criada em 1990 em Ourique, tem como

ituado na Beira Baixa, Paulo Fernandes, edil do FundĂŁo, descreve o seu municĂ­pio de 29 mil habitantes num “mosaico de paisagensâ€?,

DFUHVFHQWD TXH ȔIDODU GR )XQG¼R  IDODU GH UXUDOLGDGHȕ

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ENTREVISTA A NUNO FAUSTINO, PRESIDENTE DA ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE CRIADORES DE PORCO ALENTEJANO (ACPA)

Q

&20 48,/•0(7526 48$'5$'26 2 FUNDĂƒO ‹ +2-( 80 081,&Â?3,2 ',1$0,=$'25 '( 12926 1(*•&,26 ( ‹ 12 6(725 $*52-$/,0(17$5 48( 7(0 $ 68$ *5$1'( )25‰$ &20 2 &/8%( '( 352'8725(6 ,1,&,$7,9$ &5,$'$ 3(/$ &„0$5$ 081,&,3$/ ( 3(/2 6(8 35(6,'(17( 1$ 3(662$ '( 3$8/2 )(51$1'(6 48( $&5(',7$ 48( 2 )81'Â…2 7(0 $,1'$ 08,72 3$5$ &5(6&(5

S

e impulsionadora de atividade econĂłmica. “A Cova da Beira, altamente agrĂ­cola e frutĂ­cola, tem a cereja

PLVWR H DV VXDV TXHLMDULDV  R SURGXWR HVWUHOD Numa terceira zona, temos o pinhal, onde começa a

Atratividade e Competitividade nas Beiras: Conheça os exemplos

CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO

CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO

FundĂŁo, terra das mil oportunidades

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Março 2013

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constituĂ­a um incentivo Ă quelas empresas que se SUHWHQGHVVHP Ęť[DU QR LQWHULRU WHUPLQRX É preciso que haja população, caso contrĂĄrio começam a ser fechados equipamentos pĂşblicos, entrando numa espiral de abandono, e quando se pretender que a população retorne ao interior nĂŁo existirĂŁo os serviços necessĂĄrios. Acreditamos tambĂŠm que ĂŠ necessĂĄria uma aposta na criação de HVFRODV GH HQVLQR SURĘťVVLRQDO QR LQWHULRU FRP XP ensino direcionado para os recursos endĂłgenos da regiĂŁo. Uma aposta nesta ĂĄrea criaria conhecimento e dinamismo. Enquanto Capital do Porco Alentejano, Ourique promove a Feira do Porco Alentejano, que se realizarĂĄ nos dias 22 a 24 de março. Como serĂĄ este evento? O porco de raça alentejana ĂŠ um dos nossos produtos de excelĂŞncia e iniciativas como esta pretendem valorizar este recurso endĂłgeno. Apostamos neste produto para valorizĂĄ-lo internamente, uma vez que toda a sua produção era vendida para o

estrangeiro. Atualmente, fazemos a produção, a FHUWLʝFDŠ¼R WRGR R DFRPSDQKDPHQWR GD SURGXŠ¼R Ê feita pela Associação de Criadores de Porco Alentejano, com sede em Ourique. Temos uma fåbrica de transformação de grande dimensão e outras duas de mÊdia dimensão, e outra em construção. Temos uma grande oferta, ao nível da restauração,

trabalhado desde hå dois anos a esta parte, assentou num conceito de uma ligação muito próxima às universidades, ao turismo e às associaçþes de produtores. O conceito que apresentamos foi a nossa vila toda ser o local do congresso, sendo utilizando as diversas infraestruturas do município, como o centro de convívio, o parque multiusos, as refeiçþes

Ęť[DU DOJXQV MRYHQV TXH VH GHGLFDUDP DR VHWRU agrĂ­cola. A Feira do Porco Alentejano ĂŠ jĂĄ um

serão realizadas no campo e na praça principal. A realização deste evento em Ourique serå uma mais-valia para próprios concelhos vizinhos, atravÊs da

HYHQWR H[ OLEULV GR FRQFHOKR TXH DWUDLbPLOKDUHV GH visitantes. A par de uma componente de discussĂŁo tĂŠcnica, o evento tem uma componente recreativa,

utilização da sua oferta hoteleira. Com este evento não estaremos apenas a promover o porco alentejano, mas a região, o seu património e os seus produ-

com a atuação dos grupos Sonido Andaluz, no dia 22, e Os Azeitonas, a 23, ambos os espetåculos têm

tos. No que diz respeito ao programa, o VII Congresso Mundial do Presunto terĂĄ uma componente de GLVFXVVÂĽR WÂŤFQLFD FRP XPD FRPLVVÂĽR FLHQWÂŻĘťFD TXH

de porco de raça alentejana. Esta aposta permitiu

entradas livres. Ourique serĂĄ tambĂŠm o palco de um grande evento, o VII Congresso Mundial do Presunto, que se realiza pela primeira vez em Portugal, de 28 a 30 de maio ‌ Fizemos uma candidatura em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano. Todo este projeto envolve um investimento superior a 300 PLO HXURV FRĘťQDQFLDGR D SRU FHQWR FRP IXQdos comunitĂĄrios, sendo o restante comparticipado pelos patrocĂ­nios e pelas prĂłprias inscriçþes dos participantes. A nossa candidatura, na qual temos

conta com a participação de JosĂŠ Tirapicos Nunes, professor de Medicina VeterinĂĄria na Universidade de Évora, bem como de um conjunto de professores de universidades portuguesas e espanholas. Aproveitando a presença destes especialistas, teremos tambĂŠm um conjunto de colĂłquios e seminĂĄrios. HaverĂĄ de igual forma momentos de lĂşdicos e de confraternização, onde serĂĄ feita uma degustação de presuntos de vĂĄrias partes do mundo. Este evento serĂĄ um marco para Ourique e para o paĂ­s porque serĂĄ a primeira vez que este congresso nĂŁo se realizarĂĄ em Espanha.

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28 – EMPREENDEDORISMO AGR�COLA (035((1'('25,602 12 6(725 $*5�&2/$

A criar jovens empreendedores '85$17( /21*26 $126 $ $*5,&8/785$ )2, 5(/(*$'$ $ 80 6(*81'2 3/$12 1$ (675$7‹*,$ (&21•0,&$ '2 12662 3$Â?6 325‹0 180 &(1ƒ5,2 '( &5,6( ),1$1&(,5$ ( 62&,$/ (67$026 $ $66,67,5 $ 80$ 9,5$*(0 2 5(72512 ‚ 7(55$ $ &(/(%5$5 $126 $ ESCOLA SUPERIOR AGRĂ RIA DE COIMBRA (6$& , 3$57( ,17(*5$17( '2 ,167,7872 32/,7‹&1,&2 '( &2,0%5$ 7(0 9,672 &20 %216 2/+26 (67$ 08'$1‰$ ( -ƒ 9,8 1$6&(5 (;&(/(17(6 1(*•&,26 '26 6(86 Č”383,/26Č•

D

XUDQWH DQRV YHULĘťFRX VH TXH D DJULFXO

WHFQRORJLDV QR VHWRU SULPÂŁULR TXH DVVLP VH YDL PRGHU QL]DQGR SURGX]LQGR PDLV PHOKRU H DXPHQWDQGR D VXD

XP SODQR GH QHJÂľFLR H XP SODQR ĘťQDQFHLUR ‹ XPD SUHSDUDŠ¼R SDUD XP HPSUHHQGHGRULVPR QRV VHWRUHV

RV D LQYHVWLUHP PDLV QD DJULFXOWXUDČ• DFUHVFHQWD DLQ

WXUD SRUWXJXHVD QÂĽR FRQWULEXLX GH IRUPD VLJQLĘťFDWLYD SDUD R DXPHQWR GH ULTXH]D

UHQWDELOLDGH

DJUÂŁULR H GH EDVH WHFQROÂľJLFD Č• FRQWD QRV $LGD 0RUHLUD

H HVWXGDQWHV GD (6$& WÂŹP VH FDQGLGDWDGR D FRQFX

1HVWH ¤PELWR Y£ULDV HTXLSDV FRQVWLWX¯GDV SRU GRFH

H FULDŠ¼R GH YDORU SDUD D HFRQRPLD QDFLRQDO 0DV GHVGH TXH HVWD WHQGQFLD WHP

1HVWD YHUWHQWH GH PRGHUQL]DŠ¼R DV LQVWLWXLŠ¡HV GH HQVLQR VXSHULRU GHVHPSHQKDP XP SDSHO SULPRUGLDO

GD 6LOYD YLFH SUHVLGHQWH GD (6$& Ȕ‹ IXOFUDO TXH RV MRYHQV WHQKDP Q¼R V¾ FRQKHFLPHQWR GHVWD UHDOLGDGH

GH LGHLDV GH QHJÂľFLR H GH YRFDŠ¼R HPSUHVDULDO QR DGDPHQWH R Č•$55,6&$ &Č• H R Č”3ROL(PSUHHQGHČ• R

YLQGR D LQYHUWHU VH

1D (6$& SUHGRPLQDP DV £UHDV OLJDGDV ¢ $JUR 3HFX£ULD

PDV WDPEP RXWUDV RSŠ¡HV H SHUVSHWLYDV TXH OKHV

IRUDP GLVWLQJXLGDV FRP YÂŁULRV SUÂŤPLRV MÂŁ QHVWH

Č”$ DJULFXOWXUD GHYHUÂŁ VHU HQWHQGLGD FRPR XPD DWLYL GDGH HFRQÂľPLFD FRP FDSDFLGDGHV SDUD SURPRYHU R

FRQYHQFLRQDO H ELROÂľJLFD %LRWHFQRORJLD (FRWXULVPR $OLPHQWRV )ORUHVWDV H $PELHQWH VHQGR TXH DV OLFHQFLD

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HPSUHHQGHGRULVPR SRGH VHU XPD RSŠ¼R H XP FDPLQKR GH FDUUHLUD SDUD PXLWRV HVWXGDQWHV GD (6$& FRQWULEXLQ

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IHUUDPHQWD IXOFUDO SDUD D FRQFUHWL]DŠ¼R GH SURMHWRV  PRWLYR GH XQLGDGHV FXUULFXODUHV QDV OLFHQFLDWXUDV H

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2 UHJUHVVR GRV MRYHQV Č”DR FDPSRČ• VHJXQGR D &RQIH GHUDŠ¼R GRV $JULFXOWRUHV GH 3RUWXJDO &$3 GRLV PLO MRYHQV LQVWDODUDP VH QD DJULFXOWXUD HP WHP VLGR DFRPSDQKDGR SHOD (6$& TXH YLX R VHX QÂźPHUR GH DOXQRV FUHVFHU HP DQRV GH SDUD FHUFD GH HQWUH FXUVRV GH HVSHFLDOL]DŠ¼R WHFQROÂľJLFD OLFHQFLD WXUDV H PHVWUDGRV $VVRFLDGR D HVWHV QÂźPHURV H[LVWH XP DFHQWXDU GR HVSÂŻULWR HPSUHHQGHGRU QD DJULFXOWXUD TXH SRGH VHU H[SOLFDGR SHOR PRPHQWR TXH DWUDYHVVD R SDÂŻV RQGH FLHQWHV GH TXH QÂĽR H[LVWHP Č”HPSUHJRV SDUD D YLGDČ• ÂŤ XPD RSŠ¼R GH IXWXUR FULDU R VHX SUÂľSULR SRVWR GH WUDEDOKR QXPD ÂŁUHD TXH GHSRLV GH WHU HVWDJQDGD GXUDQWH ORQJRV DQRV WHP DJRUD WXGR SDUD FUHVFHU $ SURĘťVVÂĽR GH DJULFXOWRU WDPEÂŤP PXGRX $VVLVWLPRV D FDGD GLD TXH SDVVD D PDLV LQRYDŠ¼R H ¢ LQWURGXŠ¼R GH

28 |

Alunos empreendedores: Douro Praino Eduarda Pereira, licenciada em Ecoturismo na ESAC: “Desenvolvo principalmente atividades de Turismo de Natureza, como os percursos pedestres interpretativos, pois trabalho numa regiĂŁo com um rico e sublime patrimĂłnio natural. Procuro sempre a colaboração e interação com os habitantes da regiĂŁo, a promoção do artesanato e produtos regionais. TambĂŠm desenvolvo atividades de Turismo Cultural, em visitas guiadas aos centros histĂłricos das vilas e cidades da regiĂŁo, aos centros de interpretação e ao patrimĂłnio arquitectĂłnico, principalmente dos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro.A ESAC deu-me uma boa preparação para criar e implementar atividades de Turismo de Natureza: a diversidade de matĂŠrias abordadas, da biologia ao empreendedorismo, passando pelas lĂ­nguas estrangeiras, as atividades prĂĄticas que decorreram na ESAC e no exterior, o saber e capacidade de transmitir conhecimento de muitos professores. Provenho de uma famĂ­lia de empreendedores agrĂ­colas, sendo que essa tradição familiar e os conhecimentos adquiridos na licenciatura de ecoturismo foram muito importantes para implementar a minha empresa em meio rural.â€?

& 3ODQR GH 1HJÂľFLR HP RXWUD HTXLSD KDYLD FRQVHJXLGR GRLV SUÂŤPLRV FRP R GHVHQYROYLPH GH XP ELRFLGD SDUD FRPEDWHU R 1HPÂŁWRGH GD 0DG GR 3LQKHLUR 103 QR $55,6&$ & (VVD HTX PDV FRP RXWUR SURMHWR WDPEÂŤP UHFHEHX RV SULPH SUÂŤPLRV UHJLRQDO FHQWUR H QDFLRQDO GR | &RQFX 3ROL(PSUHHQGH $ SDU GHVWHV FRQFXUVRV D (6$& HVWÂŁ VHPSUH DWHQ QRYRV SURJUDPDV 1HVWH PRPHQWR Č”HVWDPRV D HVWX FRPR SRGHPRV H[SORUDU R 3URJUDPD (UDVPXV SDUD -RYHQV (PSUHHQGHGRUHV DVVLP FRPR FRQWLQXDPRV DWHQWRV DR TXH DSDUHFH QR ,$30(, SDUD MRYHQV HP HQGHGRUHVČ• H[SOLFD $LGD 0RUHLUD GD 6LOYD 2XWUR SUR JUDPD TXH PHUHFH R LQWHUHVVH GD (VFROD ÂŤ R 3URJUD (VWUDWÂŤJLFR SDUD R (PSUHHQGHGRULVPR H D ,QRYDŠ¼R H L XP SURJUDPD DEHUWR ¢ VRFLHGDGH FLYLO TXH DP FLRQD XPD EDVH DODUJDGD GH HPSUHVDV LQRYDGRUDV XPD IRUWH FRPSRQHQWH H[SRUWDGRUD RULHQWDGR SD HPSUHHQGHGRULVPR LQRYDŠ¼R H UHVXOWDGRV

Propriedade: As - AgĂŞncia, Lda Morada: Apartado 4431-901 Deposito legal: 215441/04 Editora: Ana Mota Publicidade: Moura Lopes Email: geral@as-agencia.pt

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ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

Centro ecolĂłgico do &20 48,/•0(7526 48$'5$'26 '( (;7(16Â…2 3(/2 ',675,72 '( &$67(/2 %5$1&2 IDANHA-A- NOVA 628%( $3267$5 126 6(86 352'8726 '( (;&(/ÂŒ1&,$ $ $*5,&8/785$ ( $ 68$ &$3$&,'$'( '( 352029(5 2 785,602 '( 1$785(=$ $75$9‹6 '2 *(23$5. )25$0 (67(6 26 35,1&,3$,6 (,;26 3$5$ &20%$7(5 $ '(6(57,),&$‰…2 48( $12 $3•6 $12 6( )$= 6(17,5 1$6 7(55$6 '2 ,17(5,25 '( 32578*$/

P

ara Armindo Jacinto, vice-presidente da câmara municpal de Idanha-a-Nova, a desertifação dos solos do interior do nosso país prende-se com uma må pråtica humana,

que abandonou estas terras em termos agrĂ­colas, de ĘźRUHVWD H VHX WUDWDPHQWR Ȕ‹ XP SURFHVVR TXH HVWDPRV constantemente a trabalhar e a investigar como o combaterâ€?, mas, defende, deveria ser um processo de ordem QDFLRQDO H QÂĽR DSHQDV GRV PXQLFÂŻSLRV Č”1RV ÂźOWLPRV 25 anos, o Estado tem abandonado estes territĂłrios, terminou com o mundo ruralâ€?, com o encerramento de VHUYLŠRV FRPR RV &77 IUHJXHVLDV ĘťQDQŠDV WULEXQDLV H HQVLQR $ GLIHUHQŠD HQWUH R LQWHULRU H R OLWRUDO ÂŤ KRMH JULWDQWH FRP DVVLPHWULDV FDGD YH] PDLV DFHQWXDGDVČ• ( dĂĄ o exemplo das instituiçþes de ensino superior: 90 por cento dos institutos estĂŁo no litoral, apenas dez SRU FHQWR QD IDL[D HQWUH %UDJDQŠD H %HMD 0DV TXDQGR o governo central fala em contenção, corrige-se no

Com um concelho bem equipado e o diagnĂłstico feito, a autarquia de Idanha-a-Nova estĂĄ a trabalhar

FRPSOHWDPHQWH GLIHUHQWH QHVWD UHJLÂĽR Č”$V IDPÂŻOLDV YÂĽR embora, nĂŁo voltam e nĂŁo conseguimos trazer pessoas

WHPHQWH FULDU HPSUHJRČ• 3DUD WDO D F¤PDUD PXQLFLSDO propĂľe-se a voltar a dar notoriedade ao mundo UXUDO (P MXOKR GH ODQŠDUDP D FDPSDQKD Č”1ÂĽR HPLJUHV 0LJUDČ• FRP R DOXJXHU DR (VWDGR GH XPD SUR-

novas, porque infelizmente, nĂŁo temos condiçþes para DV PDQWHUPRV FÂŁČ• $UPLQGR -DFLQWR DFUHGLWD TXH DV SROÂŻWLFDV SÂźEOLFDV DSOLcadas ao paĂ­s nĂŁo foram pensadas para um desenvolYLPHQWR KDUPRQLRVR GH WRGR R WHUULWÂľULR QDFLRQDO (P ,GDQKD D 1RYD RV WUDQVSRUWHV SÂźEOLFRV VÂĽR HIHWXDGRV por empresas privadas, que sĂł funcionam se o serviço IRU UHQWÂŁYHO 1R FRQFHOKR ÂŤ D DXWDUTXLD TXH WHP TXH FRPSHQVDU HVWH VHUYLŠR 3RUÂŤP QHP WXGR IRL PDX QHVWH ÂźOWLPR TXDUWR GH VÂŤFXOR Č”$VVLVWLPRV D XPD FRHVÂĽR WHUULWRULDO LPSUHVVLRQDQWH incrementando qualidade de vida ao interior com boas acessibilidades, centros culturais, piscinas e todas as LQIUDHVWUXWXUDV QHFHVVÂŁULDV GH DSRLR ¢ SRSXODŠ¼RČ• ,GDQKD D 1RYD QÂĽR IRL H[FHŠ¼R H KRMH HP GLD D VXD população pode usufruir destes apoios sociais, como RV ODUHV UHVLGHQFLDLV H R FHQWUR GH VDÂźGH 0DV R YLFH-presidente da câmara municipal lamenta a falta de SURJUDPDV HVWUDWÂŤJLFRV MÂŁ TXH H[LVWHP GHPDVLDGDV infraestruturas para as populaçþes, como as piscinas e RV SDYLOK¡HV TXH FDÂŻUDP HP GHVXVR Č”1ÂĽR FRQVHJXLPRV XPD FRHVÂĽR HFRQÂľPLFD H VRFLDO QÂĽR KRXYH HVWUDWÂŤJLDV SHQVDGDV HVSHFLĘťFDPHQWH SDUD HVWD UHJLÂĽR SDUD DV ĂĄreas da agricultura e do turismo, para a economia e VRFLDOČ• )D]HQGR XP UÂŁSLGR GLDJQÂľVWLFR DR SDÂŻV FHUWRV QÂźPHURV chocam: cerca de 80 por cento dos produtos alimentares que consumimos e 60 por cento do peixe sĂŁo importados, pagamos cem milhĂľes de euros anualmenWH SDUD R FRPEDWH GH IRJRV ĘźRUHVWDLV ¢ YROWD GH PLO DJULFXOWRUHV UHFHEHP VXEVÂŻGLRV SDUD QÂĽR SURGX]LU Ȕ‹ HVWD D QRVVD UHDOLGDGH TXH SRGHULD WHU VLGR HYLWDGD Armindo Jacinto, vice-presidente da câmara municipal de Idanha-a-Nova

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Revitalizar a economia local

LQWHULRU Ȕ1¼R SRGHPRV GL]HU DRV FLGDG¼RV SDUD YLU SDUD o interior quando o Estado estå teimosamente a dizer SDUD VH LUHP HPERUDȕ $R Q¯YHO GR HQVLQR REULJDW¾ULR DJRUD DW DR | DQR R SUREOHPD  VHPHOKDQWH IHFKDU uma escola com menos de 30 alunos tem um impacto

FRP PHGLGDV FRQFUHWDV SDUD HVWHV VHWRUHVČ•

SDUD FRUULJLU HVWD UHDOLGDGH Č”4XHUHPRV PRWLYDU DV pessoas a virem para este territĂłrio, motivar a criação de investimento e de riqueza na regiĂŁo e, consequen-

priedade de 550 hectares, abandonada pelo prĂłprio KÂŁ XQV DQRV (VWH WHUULWÂľULR QDFLRQDOL]DGR QR (VWDGR Novo, era propĂ­cio Ă agricultura experimental, por VHU XPD ]RQD FDPSLQD GH UHJDGLR )RUDP IHLWRV DTXL PHOKRUDPHQWRV GDV FXOWXUDV GH PLOKR WDEDFR TXHLMR H GH SHFXÂŁULD +RMH HVWH WHUULWÂľULR UHFXSHUDGR SHOD F¤PDUD ÂŤ XP HVSDŠR GH LQFXEDŠ¼R SDUD HPSUHVDV GH EDVH UXUDO )RL FULDGD SDUD R HIHLWR XPD FRPLVVÂĽR WÂŤFQLFD GD F¤PDUD PXQLFLSDO GD (VFROD 6XSHULRU $JUÂŁULD GH &DVWHOR %UDQFR H GD 'LUHŠ¼R 5HJLRQDO GD Agricultura e Pescas do Centro para analisar as canGLGDWXUDV SDUD D LQVWDODŠ¼R GH QRYRV SURMHWRV &RPR processo de seleção, esta comissĂŁo tinha em atenção RV VHJXLQWHV FULWÂŤULRV SULYLOHJLDU RV SURFHVVRV QD ÂŁUHD da produção biolĂłgica, da produção de criação de YDORU GH TXDOLĘťFDŠ¼R GH SURGXWRV GH LQRYDŠ¼R GH MRYHQV HPSUHHQGHGRUHV H GH FULDŠ¼R GH SRVWRV GH WUDEDOKR 1R HVSDŠR GH XP DQR RV KHFWDUHV HQFKHUDP +RMH D OLVWD GH HVSHUD MÂŁ FRQWD FRP FHP QRYRV SURMHWRV TXH GDYDP SDUD FREULU XPD ÂŁUHD WRWDO GH FLQFR PLO KHFWDUHV Č”5HFHEHPRV SURSRVWDV GRV TXDWUR cantos do mundo, Brasil, Argentina, França, Espanha, ItĂĄlia, AlemanhĂŁ e PolĂłniaâ€?, numa clara disseminação GD FDPSDQKD IRUD IURQWHLUDV (QWUH RV SURMHWRV PDLV GLYHUVLĘťFDGRV HQFRQWUDP VH uma produção de algas espirulinas para a gastronoPLD XP SURMHWR MDSRQÂŹV OLJDGR ¢ SURGXŠ¼R GH KRUWRIUXWÂŻFRODV H YHJHWDLV MDSRQHVHV RX DLQGD XPD YDVWD ĂĄrea de produção de mirtilos em ambiente biolĂłgico, RQGH VH MXQWDUDP SURGXWRUHV FRP XP LQYHVWLPHQWR D URQGDU RV WUÂŹV PLOK¡HV GH HXURV H TXH SRGHUÂŁ


ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

o interior de Portugal Bloom Festival

criar atÊ 700 postos de trabalho. Mais recentemente, foi DVVLQDGR RXWUR SURMHWR GH XPD SURGXŠ¼R GH ʝJR GD �QGLD

Considerado o concelho mais ecolĂłgico do paĂ­s, Idanha-a-Nova organiza de dois em dois anos o Boom Festival, festival tambĂŠm ele ecolĂłgico, sem patrocinadores, que acolheu, em 2012, 35 mil pessoas de 103 paĂ­ses espalhados por todo o mundo. Numa ĂĄrea de 140 hectares, o municĂ­pio recebe artistas de vĂĄrias vertentes, muitos sem custos, durante dez dias, 24 horas por dia. Um espetĂĄculo a nĂŁo perder em agosto de 2014.

com 42 hectares. O reverso da moeda ĂŠ que “abre caminho para os nossos produtos noutros mercados. JĂĄ estamos a negociar com a empresa japonesa a colocação de alguns produtos de Idanha, como os azeites e os queijosâ€?. Embora os 550 hectares iniciais estejam todos ocupados, o municĂ­pio continua a receber candidaturas e procura terrenos em alternativa. “O concelho tem uma campina de cerca de oito mil hectares de ĂĄrea de regadio, procuramos soluçþes para poder continuar a dinamizar o nosso concelhoâ€?, acrescenta Armindo Jacinto. Ao mesmo tempo, foram investindo num centro agro-logĂ­stico, com dez mil metros quadrados de ĂĄrea coberta e uma central horto-frutĂ­cola, que tem 1600 metros cĂşbicos de frio. Este espaço serve para a embalagem, rotulagem e de apoio ao setor agrĂ­cola, numa Ăłtica de criar uma marca de valor. “O objetivo ĂŠ FKHJDU DR FRQVXPLGRU ĘťQDOČ• DGPLWH Č”H DVVLP FULDU PDLV postos de trabalhoâ€?. &RP HVWDV FXOWXUDV GHĘťQLX VH RXWUR REMHWLYR D FULDŠ¼R de circuitos comerciais. Com o projeto “Terras d’Idanhaâ€?, criou-se um selo de qualidade Ă volta de produtos como o queijo, o vinho, os azeites, sob a mesma marca. “Em Lisboa temos mais de cem lojas de venda direta, no Algarve contabilizamos 45 e estamos com alguns contactos em Bragaâ€?. A par do setor primĂĄrio, a câmara municipal achou por bem dar apoio a outras ĂĄreas com uma incubadora generalista. Atualmente, estĂŁo a criar uma terceira incubadora em Idanha-a-Nova, esta vocacionada para as indĂşstrias criativas (marketing, design, cultura), setores que podem complementar e incrementar valor Ă s atividades jĂĄ existentes no concelho. PorĂŠm, o vice-presidente do municĂ­pio acredita que atrair ULTXH]D SDUD R FRQFHOKR QÂĽR VHMD DLQGD R VXĘťFLHQWH SDUD IDPÂŻOLDV VH Ęť[DUHP QHVWH WHUULWÂľULR (GXFDŠ¼R VDÂźGH KDELtação, cultura e oferta social devem estar integradas numa polĂ­tica de valorização do concelho, para ser “competitivo e atrativo a todos os nĂ­veisâ€?. Esta estratĂŠgia passa por apoiar o setor da educação, no ensino superior de Idanha: “Os alunos que vĂŞm estudar no nosso instituto recebem uma DMXGD SDUD SDJDU DV SURSLQDVČ• H[HPSOLĘťFD

O Geopark como estratĂŠgia turĂ­stica Esta evolução econĂłmica foi seguida de perto pelo crescimento do produto turĂ­stico de Idanha-a-Nova. Com 1100 camas, hotelaria, restauração, animação turĂ­stica e agĂŞncias de viagens aliaram-se Ă câmara municipal para criar a Naturtejo, o Geopark. â€œĂ‰ um trabalho de incoming: montamos os programas e vendemos no mercado aos operadores turĂ­sticos, dentro e fora de Portugalâ€?, trazendo os turistas para este territĂłrio ao longo de todo o ano, onde podem adquirir os produtos turĂ­sticos e alimentares associados ao Geopark, como, por exemplo, o Geovinho. Atividades ligadas Ă histĂłria, cultura e patrimĂłnio podem ser experimentadas, ou, numa vertente mais desportiva, o Geopark oferece toda uma panĂłplia de desportos radicais, desde o BTT Ă canoa. Outras atividades muito em voga podem ser aproveitadas, como o bem-estar ligado Ă natureza ou ainda o birdwatching. Idanha-a-Nova tambĂŠm faz parte da Rede das Aldeias HistĂłricas de Portugal, com a aldeia de Castelo Mendo, que reserva aos seus visitantes uma viagem no tempo e um regresso Ă s raĂ­zes mais profundas deste territĂłrio. Atualmen-

te o municĂ­pio estĂĄ com o projeto “MistĂŠrios da PĂĄscoaâ€?, de cariz religioso, que encerra em maio. “Temos em permanĂŞncia uma grande atividade, cria autoestima nas populaçþes e ĂŠ um produto de excelĂŞnciaâ€?. Esta iniciativa enquadra-se no contexto de Idanha-a-Nova ser o concelho com o maior nĂşmero de castelos (oito), comendas (oito) e lugares templĂĄrios (um) do paĂ­s, assim como detĂŠm o maior nĂşmero de misericĂłrdias (onze, com nove em funcionamento): estas detĂŞm um patrimĂłnio muito rico em termos histĂłrico-culturais, nĂŁo sĂł em Monsanto, a “aldeia mais portuguesaâ€?, mas tambĂŠm em Idanha-a-Velha. Antigamente, esta freguesia era uma importante cidade romana, polĂ­tica, econĂłmica e militarmente, posicionando-se assim atĂŠ ao perĂ­odo dos TemplĂĄrios. “Tem um patrimĂłnio extraordinariamente rico, um GHVDĘťR FRQVWDQWH SDUD D VXD SUHVHUYDŠ¼R H UHFXSHUDŠ¼R GH WUÂŹV FXOWXUDV que estĂŁo na base da nossa identidade: judaĂ­smo, cristianismo e islamismoâ€?, orgulha-se Armindo Jacinto. E estas culturas estĂŁo intrĂ­nsecas no programa dos “MistĂŠrios da PĂĄscoaâ€?. Março 2013

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ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

$OGHLDV +LVWÂľULFDV GH 3RUWXJDO H VHX 3DWULPÂľQLR -XGDLFR

$ GHVHUWLʟFDŠ¼R GRV VRORV HP QŸPHURV

$/'(,$6 +,67•5,&$6 '( 32578*$/ ‹ 80$ $662&,$‰…2 '( DESENVOLVIMENTO TURĂ?STICO SEM FINS LUCRATIVOS. CRIADA EM 2007, TEM &202 2%-(7,92 352029(5 2 '(6(192/9,0(172 785Â?67,&2 '$ 5('( '( $/'(,$6 -ƒ (;,67(17(6 '(6'( $ '‹&$'$ '(

$48$1'2 '$ &5,$‰$2 '$ &20,66Â…2 5(*,21$/ '( &20%$7( ‚ '(6(57,),&$‰…2 $ ESCOLA SUPERIOR AGRĂ RIA DO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO $/,28-6( $ (67$ /87$ -817$0(17( &20 2875$6 (17,'$'(6 '$ 5(*,Â…2 0(0%52 '$ 25*$1,=$‰…2 '2 ,, | 6(0,1ƒ5,2 ,%‹5,&2 Č”,17(59(1‰—(6 5$,$1$6 12 &20%$7( ‚ '(6(57,),&$‰…2Č• &20 2 ,&1) (,167,7872 '$ &216(59$‰…2 '$ 1$785(=$ ( '$6 )/25(67$6) $ (6&2/$ 75$‰28 2 3$125$0$ $78$/ '(67( 352%/(0$ 48( 7(0 80$ (6&$/$ */2%$/

Maria do Carmo Horta e Celestino Almeida

C

omo organização regional de ciência e tecnologia, a Escola Superior Agråria do

PolitĂŠcnico de Castelo Branco vai passar a ter, nos prĂłximos anos, um papel bastante ativo e de autonomia no que diz respeito

1RV DQRV IXQGRX VH HVWH FRQFHLWR GH $OGHLDV +LVWÂľULFDV GH 3RUWXJDO 1R LQÂŻFLR SUHQGLD VH D DOGHLDV ¢V TXDLV VH MXQWDUDP 7UDQFRVR H %HOPRQWH HP (VWDV GXDV DOGHLDV H 0DULDOYD &DVWHOR 5RGULJR $OPHLGD &DVWHOR 0HQGR /LQKDUHV 6RUWHOKD 3LÂľGÂĽR &DVWHOR 1RYR 0RQVDQWR H ,GDQKD D 9HOKD IRUPDP DVVLP D 5HGH GH $OGHLDV 7XUÂŻVWLFDV GH 3RUWXJDO HVSDOKDGDV por dez municĂ­pios, desde a zona das Beiras ao 3LQKDO ,QWHULRU (VWD UHGH UHĘźHWH XP HQYROYLPHQWR DODUJDGR na recuperação de aglomerados que, ao longo dos sĂŠculos, perderam protagonismo junto Ă s SRSXODŠ¡HV $V LQLFLDWLYDV GH UHTXDOLĘťFDŠ¼R urbanĂ­stica e patrimonial, com grande apoio SRU SDUWH GR (VWDGR H IXQGRV GR 3529(5( tem permtitido demonstrar a mais-valia deste patrimĂłnio territorial e cultural como recurso HFRQÂľPLFR H JHUDGRU GH ĘźX[R WXUÂŻVWLFR 1HVWH PRPHQWR HVWDV DOGHLDV HVWÂĽR D HQWUDU numa nova fase, num esforço em rede, com agentes pĂşblicos e privados a desenvolverem XPD HVWUDWÂŤJLD GH DĘťUPDŠ¼R FRPR PDUFD FRP R REMHWLYR ĘťQDO GH VH WUDQVIRUPDU QXP GHVWLQR WXUÂŻVWLFR GH H[FHOÂŹQFLD $EULQGR SRUWDV D DŠ¡HV inovadoras e empreendedoras, vĂĄrios projetos GH DQLPDŠ¼R WXUÂŻVWLFD VXUJLUDP GRV TXDLV 5LFDUdo Alves, presidente da rede das Aldeias HistĂłULFDV GH 3RUWXJDO UHDOŠD DV Č”+LVWÂľULDV &ULDWLYDVČ• GH RUGHP FXOWXUDO H HGXFDFLRQDO H D Č”0RGD QDV

Aldeias HistĂłricasâ€?, numa ligação de um material tradicional e rural da Beira a uma vertente PDLV PRGHUQD 5LFDUGR $OYHV FODVVLĘťFD HVWD UHGH FRPR XP WXULVPR Č”FRP XP QÂŻYHO FXOWXUDO H HFRQÂľPLFR DFLPD GD PHGLDČ• ( DTXL R FRQFHLWR GH UHGH JDQKD XPD LPSRUW¤QFLD PDLRU SRUTXH Č”SURYDvelmente uma aldeia nĂŁo poderĂĄ oferecer motiYRV SDUD TXH XP FDVDO ĘťTXH YÂŁULRV GLDV 0DV um conjunto de atividades, englobadas num tema central, poderĂĄ proporcionar momentos LQHVTXHFÂŻYHLVČ• VDOLHQWD Č”4XHUHPRV YHQGHU SUDzeres incrĂ­veis num territĂłrio Ăşnico, para um WXULVPR HP HVSDŠRV UXUDLVČ• &RP PHWDV WUDŠDGDV SDUD Č”DWDFDUČ• R PHUFDGR QDFLRQDO H HXURSHX 5LFDUGR $OYHV QÂĽR VH HVTXHFH GD SUR[LPLGDGH com a nossa vizinha Espanha, jĂĄ que dez das 12 DOGHLDV VH VLWXDP D PHQRV GH TXLOÂľPHWURV GD IURQWHLUD ( DFUHGLWD TXH PXLWRV GRV mil turistas contabilizados que passaram pelas $OGHLDV +LVWÂľULFDV HP VHMDP HVSDQKRLV 1HVWD QRYD IDVH UHDOŠDP VH GXDV PDUFDV DV $OGHLDV +LVWÂľULFDV H R 3DWULPÂľQLR -XGDLFR PXLWR SUHVHQWH QHVWD UHJLÂĽR GR QRVVR SDÂŻV Č”4XHUHPRV dar credibilidade ao nosso projeto e promovĂŞ OD SDUD XP SDWDPDU GH H[FHOÂŹQFLDČ• $VVLP MXQWDUDP VH ¢ 1DWLRQDO *HRJUDSKLF FRP TXHP

Ă s linhas de orientação de trabalho, investigação, implementação de estratĂŠgias e de melhores SUÂŁWLFDV QHVWD DŠ¼R GH FRPEDWH ¢ GHVHUWLĘťFDŠ¼R Quem o diz ĂŠ Maria do Carmo Horta, professora na (6$ GH &DVWHOR %UDQFR Č”2 HVWXGR GHVWDV TXHVW¡HV GH GHVHUWLĘťFDŠ¼R GRV VRORV H GRV HIHLWRV GD VHFD ÂŤ XPD SUHRFXSDŠ¼R DQWLJD H JOREDOČ• UHIHUH Č”HVWDPRV LQWHJUDGRV QXP FRQMXQWR PXLWR PDLV DODUJDGR Este seminĂĄrio serve, acima de tudo, para levantar TXHVW¡HV SHUFHEHU TXDLV RV SUREOHPDV LPSOHPHQtar estratĂŠgias, conhecĂŞ-las e divulgĂĄ-las junto de TXHP WRPD DV GHFLV¡HVČ• Para percebermos melhor a essĂŞncia deste problema que toca a todos, Maria do Carmo Horta e Celestino Almeida, diretor da Escola, traçam o panorama atual com alguns nĂşmeros: 15 por FHQWR GD ÂŁUHD GR SODQHWD WHP VRORV GHJUDGDGRV Destes 15 por cento, 56 por cento sĂŁo degradados por erosĂŁo hĂ­drica e 28 por cento por erosĂŁo eĂłliFD 1R WRWDO VÂĽR PLOK¡HV GH TXLOÂľPHWURV TXDGUDGRV GR SODQHWD FRP VRORV GHJUDGDGRV Č”$ PDLRU parte desta degradação ĂŠ devido Ă atividade do KRPHPČ• MXVWLĘťFDP $ SDUWH GD PRELOL]DŠ¼R GR VROR SHOR KRPHP QÂĽR HVWÂŁ TXDQWLĘťFDGD PDV DLQGD YDL acrescentar mais ĂĄrea degradada Ă jĂĄ contabilizaGD Č”7HPRV GH WHU HP PHQWH TXH XP FHQWÂŻPHWUR GH VROR OHYD FHP DQRV D IRUPDU VH 2 VROR ÂŤ GH IDFWR

GHVHQYROYHUDP XP FDOHQGÂŁULR DQXDO H Ęť]HUDP UHFHQWHPHQWH XP FRQFXUVR GH IRWRJUDĘťD SHODV

XP UHFXUVR QDWXUDO TXH QÂĽR ÂŤ ĘťQLWR QD HVFDOD GH WHPSR GH YLGD KXPDQD 4XDQGR R GHJUDGDPRV HP que se perdem centĂ­metros de solos, nĂŁo o conseJXLPRV UHFXSHUDUČ• $VVLP VHQGR WRGDV DV DŠ¡HV GH sensibilização para um melhor uso dos solos sĂŁo

$OGHLDV +LVWÂľULFDV H VHX 3DWULPÂľQLR

H[WUHPDPHQWH LPSRUWDQWHV

Cerca de um quarto da superfĂ­cie da terra estĂĄ DPHDŠDGD GH GHVHUWLĘťFDŠ¼R $TXL QÂĽR HVWDPRV a falar apenas do recurso solo, mas tambĂŠm da ÂŁJXD H GD DWPRVIHUD Č”2 KRPHP WHP IHLWR DŠ¡HV QHJDWLYDV VREUH HVWHV WUÂŹV VLVWHPDVČ• (P 3RUWXJDO tem-se observado que, nos Ăşltimos aos, as ĂĄreas VXVFHWÂŻYHLV ¢ HURVÂĽR WÂŹP YLQGR D DXPHWDU -ÂŁ QÂĽR VH VLWXD DSHQDV D VXO GR ULR 7HMR FRPR MÂŁ FKHJD D DOJXPDV ]RQDV D QRUWH Č”'H IDFWR WHPRV GH FULDU FRQGLŠ¡HV SDUD FRPEDWHU HVWD VLWXDŠ¼R PDV PXLWDV YH]HV QÂĽR WHPRV HVVHV LQVWUXPHQWRVČ• (VWDPRV D IDODU GH LQWHUYHQŠ¡HV JOREDLV FRPR D UHGXŠ¼R GH HPLVV¡HV GH GLR[LGR GH FDUERQR RX DLQGD D RUJDQL]DŠ¼R GH XPD PHOKRU D JHVWÂĽR GD ÂŁJXD Č”(VWH ÂŤ um tema transversal, mexe com a economia, com a utilização de todos os recursos, com a sociedade HP VLČ• GHIHQGH DLQGD &HOHVWLQR $OPHLD $ GHVHUWLĘťFDŠ¼R OHYD DVVLP ¢ LQXWLOL]DŠ¼R GHVWHV WHUULWÂľULRV TXH GHL[DP GH VHU SURGXWLYRV $R perder esta capacidade, estĂĄ em causa a susWHQWDELOLGDGH GDV SRSXODŠ¡HV H R FRQVHTXHQWH GHVSRYRDPHQWR $ QÂŻYHO PXQGLDO H[LVWHP FHUFD GH ELOL¡HV de hectares de solos de sequeiro: 69 por cento HVWÂĽR VXMHLWRV ¢ GHJUDGDŠ¼R H D GHVHUWLĘťFDŠ¼R 1D Europa, isto representa uma perda econĂłmica da produtividade dos solos de um biliĂŁo de dĂłlares, jĂĄ que uma das zonas mais afetadas por este problema ĂŠ o sul do Velho Continente, nos paĂ­ses do 0HGLWHUU¤QHR A reabilitação dos solos, a conservação e gestĂŁo sustentĂĄvel do solo e da agua sĂŁo estratĂŠgias TXH GHYHUÂĽR VHU LPSOHPHQWDGDV D ORQJR SUD]R 'HYH VH WUDEDOKDU QR ORFDO SDUD GHIHQGHU R JOREDO Č”7HPRV QÂĽR VÂľ FRPEDWHU D GHVHUWLĘťFDŠ¼R FRPR proteger os nossos solos, numa sociedade ativa e sensibilizadaâ€?, termina a professora Maria do &DUPR +RUWD Março 2013

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ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

FundĂŁo, terra das mil oport &20 48,/•0(7526 48$'5$'26 2 FUNDĂƒO ‹ +2-( 80 081,&Â?3,2 ',1$0,=$'25 '( 12926 1(*•&,26 ( ‹ 12 6(725 $*52 - $/,0(17$5 48( 7(0 $ 68$ *5$1'( )25‰$ &20 2 &/8%( '( 352'8725(6 ,1,&,$7,9$ &5,$'$ 3(/$ &„0$5$ 081,&,3$/ ( 3(/2 6(8 35(6,'(17( 1$ 3(662$ '( 3$8/2 )(51$1'(6 48( $&5(',7$ 48( 2 )81'Â…2 7(0 $,1'$ 08,72 3$5$ &5(6&(5

S

ituado na Beira Baixa, Paulo Fernandes, edil do FundĂŁo, descreve o seu municĂ­pio de 29 mil habitantes num “mosaico de paisagensâ€?, cada uma delas com caracterĂ­sticas prĂłprias

e impulsionadora de atividade econĂłmica. “A Cova da Beira, altamente agrĂ­cola e frutĂ­cola, tem a cereja como referĂŞncia. A sul do concelho, temos a zona campina, plana, com culturas mais extensivas e uma IRUWH DSHWÂŹQFLD SDUD D ĘťOHLUD SDVWRULO RQGH R TXHLMR PLVWR H DV VXDV TXHLMDULDV ÂŤ R SURGXWR HVWUHOD Numa terceira zona, temos o pinhal, onde começa a PDLRU PDQFKD ĘźRUHVWDO GH SLQKHLUR EUDYR GD (XURSD TXH YDL GD 6HUUD GD *DUGXQKD DWÂŤ &RLPEUDČ• FRQWD H DFUHVFHQWD TXH Č”IDODU GR )XQGÂĽR ÂŤ IDODU GH UXUDOLGDGHČ• de produtos endĂłgenos com base no agro-alimentar H QR DJUR LQGXVWULDO TXH YDOHP FHUFD GH PLOK¡HV de euros por ano. No concelho estĂŁo presentes outros ramos de atividade, como o caso dos tĂŞxteis, embora muito reduzido comparando com os anos 80, antes da reestruturação do setor. As empresas restantes ainda tĂŞm um forte SHVR DR QÂŻYHO GRV UHFXUVRV KXPDQRV 1R SDUTXH LQGXVWULDO GR )XQGÂĽR KÂŁ XP QRYR VHWRU TXH VH LQVWDORX UHFHQWHPHQWH TXH DWÂŤ FRPHŠRX FRP XPD HVWUDWÂŤJLD de incubação e hoje jĂĄ fornece as grandes marcas mundiais ligadas ao setor de luxo, entre relĂłgios e joalharias. A contra-ciclo, jĂĄ se consolidaram no mercado e continuam em forte expansĂŁo. Mas o grosso da economia neste municĂ­pio prende-se com o setor primĂĄrio.

(VWUDWÂŤJLDV SDUD PLQLPL]DU D GHVHUWLʟŠ¼R Č”'LULD TXH VÂĽR PDLV HVWUDWÂŤJLDV SDUD FDQDOL]DU LQYHVWLmento para a nossa regiĂŁoâ€?, e Paulo Fernandes identiĘťFD GRLV SUREOHPDV SDUD XP PDLRU GHVHQYROYLPHQWR falta de massa crĂ­tica, desgastada pelos Ăşltimos 50 anos de emigração; e falta de escala, com empresas SHTXHQDV IDPLOLDUHV DWÂŤ VHP GLPHQVÂĽR SDUD FRPSHWLU e criar valor econĂłmico. Para combater estes dois fatoUHV D %HLUD %DL[D WHP XPD FRLVD TXH SRXFDV UHJL¡HV QR SDÂŻV SRGHP VH YDQJORULDU GH WHU WRGDV HVWDV SDLVDJHQV VÂĽR PXLWR KRPRJÂŤQHDV FRP IDFLOLGDGH HP FULDU TXDGURV GH FRHVÂĽR Č”3RGHPRV VHU XP PXQLFÂŻSLR PXLWR disperso, mas temos um denominador comum, um senWLPHQWR GH SHUWHQŠD D XPD UHJLÂĽR ¢ %HLUD 2 TXH QÂĽR temos por escala, podemos ganhar com este efeito de FRHVÂĽRČ• ( SDVVD D H[SOLFDU Č”7HPRV HVWDGR D WUDEDOKDU QRV QRVVRV UHFXUVRV TXH VÂĽR PXLWR ERQV GHVGH R VHWRU da natureza Ă produção primĂĄria. Quando se fala no )XQGÂĽR IDOD VH GH TXDOLGDGHČ• &RP HVWD SUHPLVVD HP PHQWH R H[HFXWLYR FDPDUÂŁULR GHĘťQLX DOJXQV SURGXWRV base do municĂ­pio e trabalhou-os extensivamente para estes ganharem escala. Com isto foram seleFLRQDGDV TXDWUR YHUWHQWHV SDUD VHUHP DV Č”EDQGHLUDV GR )XQGÂĽRČ• KDVWHDQGR D ĘťORVRĘťD GH YLGD Č”FULDU YDORU econĂłmico no territĂłrioâ€? com as aldeias de xisto, as

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| Março 2013

Paulo Fernandes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão

DOGHLDV KLVWÂľULFDV D *DUGXQKD H R VHWRU DJUR DOLPHQWDU Com as aldeias de xisto, e detendo uma das mais belas, -DQHLUD GH &LPD R H[HFXWLYR FDPDUÂŁULR FULRX D 5HGH GDV $OGHLDV GH ;LVWR FRP VHGH QR )XQGÂĽR H TXH MÂŁ DSDQKD DOGHLDV H PXQLFÂŻSLRV Č”(VWH ÂŤ R SURMHWR-âncora para o Pinhal Interior, criamos escala em rede e o projeto jĂĄ fala por si prĂłprioâ€?, comenta o autarca e fundador desta rede. Na parte sul do concelho, fomentou-se o projeto da 5HGH GDV $OGHLDV +LVWÂľULFDV FRP &DVWHOR 1RYR ¢ FDEHça. Como fundador da Associação das Aldeias HistĂłriFDV 3DXOR )HUQDQGHV DFUHGLWD TXH ÂŤ XP SURMHWR TXH YDL continuar a dar frutos, jĂĄ com trĂŞs aldeias. &RP D *DUGXQKD D DSRVWD UHFDLX VREUH DV ÂŁUHDV SURWHJLGDV $ HVWUDWÂŤJLD SUHQGHX VH FRP SDUFHULDV D QRUWH H a sul do concelho, com mais trĂŞs reservas naturais, as PDLV LPSRUWDQWHV GD UHJLÂĽR 6HUUD GD (VWUHOD 6HUUD GD 0DOFDWD 6HUUD GD *DUGXQKD H 7HMR ,QWHUQDFLRQDO (VWD rede, fulcral para o territĂłrio do FundĂŁo e para a sua VXVWHQWDELOLGDGH WDPEÂŤP HVWÂŁ VHGLDGD QR )XQGÂĽR H DJUHJD WRGR XP YDORU HFRQÂľPLFR TXH IRL WUDEDOKDGR foram criados os selos verdes para os produtos agro-alimentares associados Ă s reservas naturais, assim como foi fomentado o turismo de natureza. Finalmente, o foco nos produtos agro-alimentares deu-se com a criação do Clube de Produtores do


ATRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE NAS BEIRAS

rtunidades

Fundão. “Como temos um mosaico de produtos e queU¯DPRV JDQKDU HVFDOD ʻ]HPRV XP FDED] GH SURGXWRVȕ

$ WHUFHLUD YHUWHQWH SUHQGH VH FRP D £UHD UXUDO R )XQG¥R « R SULPHLUR PXQLF¯SLR GR SD¯V TXH HVW£ GLVSRQ¯YHO

DGLDQWD R HGLO ( HVVH FDED] FRQW«P D]HLWH TXHLMR FHUHMD H WRGD D FRPSRQHQWH IUXW¯FROD YLQKR FRPSRWDV água mineral, produção de carne e enchidos de exceO¬QFLD )RL FULDGR XP SODQR GH LQWHUQDFLRQDOL]D©¥R SHOD

HP UHGX]LU R ,0, U¼VWLFR HP SRU FHQWR SDUD D FULD©¥R O¯TXLGD GH SRVWRV GH WUDEDOKR PDV FRP XPD FRQGL©¥R

F¤PDUD PXQLFLSDO SDUD HVWDV HPSUHVDV FRP R REMHWLYR GH IRPHQWDU XPD HTXLSD VµOLGD QR DSRLR ¢V H[SRUWD©·HV GR SRQWR GH YLVWD ORJ¯VWLFR 3UHVHQWHV HP WRGRV RV PHUFDGRV HVW¥R D HVWXGDU D SRVVLELOLGDGH GH LU SDUD 0DFDX Ȕ$ &¤PDUD 0XQLFLSDO HVW£ D ID]HU R SDSHO GH mediação para o mercado. É do interesse do município TXH HVWDV HPSUHVDV VHMDP EHP VXFHGLGDVȕ &RPH©DUDP K£ DSHQDV XP DQR H QHVWH PRPHQWR M£ HVW¥R D WUDEDOKDU QXP HQWUHSRVWR QR P«GLR RULHQWH H QR H[WUHPR RULHQWH SDUD IDFLOLWDU D HQWUDGD GH SURGXWRV $SHQDV ʻ]HUDP XPD VHOH©¥R DTXDQGR GD FULD©¥R GR &OXEH GH 3URGXWRUHV HPSUHVDV DJUR LQGXVWULDLV TXH M£ WLYHVVHP experiência em exportações, numa sinergia entre entiGDGHV S¼EOLFDV H SULYDGDV SDUD FULDU H SRWHQFLDOL]DU R YDORU HFRQµPLFR QHVWDV TXHVW·HV 7RGDV HVWDV TXDWUR YHUWHQWHV V¥R ȔUDGDUHV IDUµLV SDUD DWUDLUPRV PDLV LQYHVWLPHQWR VXSRUWDUPRV H GDUPRV PDLV IRU©D DR TXH M£ H[LVWH F£ (VWDPRV D JDQKDU HVFDOD H D FRQVWUXLU XPD PDUFD FRUSRUDWLYDȕ GHIHQGH DLQGD 3DXOR )HUQDQGHV

$MXGDV ʼVFDLV SDUD QRYRV QHJµFLRV 2 H[HFXWLYR FDPDU£ULR GH 3DXOR )HUQDQGHV DSRVWRX WDPE«P QRXWUDV SRO¯WLFDV SDUD DWUDLU LQYHVWLPHQWRV SULYDGRV SDUD R )XQG¥R )LVFDOPHQWH GHʻQLUDP WU¬V YHUWHQWHV SDUD D ]RQD KLVWµULFD IRL FULDGD XPD £UHD GH UHDELOLWD©¥R XUEDQD FRP XPD GHWHUPLQD©¥R ʻVFDO PXLWR IRUWH R SHU¯PHWUR GD ]RQD KLVWµULFD GR )XQG¥R WHP HP WHUPRV ʻVFDLV R ,9$ D VHWH SRU FHQWR SDUD D UHDELOLWD©¥R HP YH] GRV SRU FHQWR Q¥R VH SDJD ,07 H DV GHGX©·HV GR ,0, SRGHP FKHJDU DRV SRU FHQWR H HP GHWHUPLQDGRV SURMHWRV SRGHP PHVPR VHU LVHQWRV 3DUD DO«P GLVVR WRGDV DV UHFXSHUD©·HV TXH IRUHP IHLWDV SRGHP WHU XP PDLRU GHVFRQWR DR Q¯YHO GR ,5& H GR ,56 3DUD WRGR R WHUULWµULR GR )XQG¥R TXDOTXHU HPSUHVD TXH FULH XP SRVWR O¯TXLGR GH WUDEDOKR SRGH WHU UHGX©·HV GR ,0, D SDUWLU GH SRU FHQWR $V HPSUHVDV TXH criam a sua sede no Fundão estão isentas de derrama.

R FDGDVWUR GD ]RQD GR UHJDGLR WHP GH VHU DWXDOL]DGR SDUD XPD PDLRU RWLPL]D©¥R GDV WHUUDV H FRPSHWLWLYLGDGH ʻQDQFHLUD

,QRYDU QR )XQG¥R 1XP FRQFHOKR FRP PLO KDELWDQWHV DVVLVWLX VH D XP GHFU«VFLPR SRSXODFLRQDO GH FHUFD GH GRLV PLO KDELWDQWHV QRV ¼OWLPRV DQRV 1R UHVWR GR SD¯V DVVLVWH VH a uma concentração de pessoas na cidade sede do concelho. No Fundão, esta situação não se aplica. &RP D VXD SDUWH SURGXWLYD QR VHWRU DJU¯FROD DSHQDV XP WHU©R GD SRSXOD©¥R GR FRQFHOKR YLYH QR )XQG¥R RV GRLV WHU©RV UHVWDQWHV HVW¥R HVSDOKDGRV SHODV IUHJXHVLDV FRP D UHIRUPD DGPLQLVWUDWLYD R )XQG¥R YDL SHUGHU RLWR IUHJXHVLDV 1RV ¼OWLPRV DQRV R H[HFXWLYR FDPDU£ULRV IH] XP JUDQGH HVIRU©R SDUD GRWDU R FRQFHOKR GH WRGDV DV LQIUDHVWUXWXUDV QHFHVV£ULDV SDUD D VXD SRSXOD©¥R GH Q¯YHO VRFLDO FXOWXUDO GHVSRUWLYR HPSUHVDULDO H DW« DR Q¯YHO GRV HTXLSDPHQWRV HVFRODUHV FRP WRGRV RV Q¯YHLV GH HQVLQR Ȕ7HPRV ¯QGLFHV H[WUDRUGLQ£ULRV EHP DFLPD GRV índices do país. A população não podia estar melhor VHUYLGDȕ HQWHQGH R HGLO Ȕ7HPRV ERDV UHGHV YL£ULDV H IHUURYL£ULDV FRP H[FHOHQWHV OLJD©·HV D (VSDQKD SHOD IURQWHLUD PDLV LPSRUWDQWH GR SD¯V 9LODU )RUPRVR OLJDGD SHODV DXWRHVWUDGDVȕ $ H $ 3DUD GLQDPL]DU R VHX FHQWUR KLVWµULFR D &¤PDUD 0XQLFLSDO GHFLGLX DSRVWDU QD LQRYD©¥R VRFLDO H RUJDQL]DFLRQDO Ȕ2 SUµSULR &OXEH GH 3URGXWRUHV GR )XQG¥R YHLR GH XP SODQR GH LQRYD©¥Rȕ 3DUD RV MRYHQV VH ʻ[DUHP QR FRQFHOKR D F¤PDUD SRGH GLVSRQLELOL]DU HVSD©RV D XP SUH©R PXLWR EDL[R &ULDUDP DVVLP R SULPHLUR cowork GHVWD UHJL¥R ȔUHIXQFLRQDOL]DPRV R HTXLSDPHQWR FXOWXUDO H ʻ]HPRV HVWH HVSD©R 2V MRYHQV SDJDP GH] HXURV SRU P¬V QXP VHUYL©R SDUWLOKDGR FRP LQWHUQHW H GDPRV DSRLR SDUD RV SODQRV GH QHJµFLRVȕ 1XPD VHJXQGD IDVH IRL FULDGD XPD LQFXEDGRUD XUEDQD Ȕ$OXJDPRV SDYLOK·HV H GLVSRQLELOL]DPRV ¢ SRSXOD©¥R HP YH] GH FRQVWUXLUPRV GH UDL]ȕ )RL DVVLP TXH QDVFHX D HPSUHVD GH MRDOKDULD FUHVFHX H KRMH M£ HPSUHJD FHUFD GH SHVVRDV 2V HGLI¯FLRV S¼EOLFRV TXH HVWDYDP HP GHVXVR

IRUDP TXDVH WRGRV UHSRVLFLRQDGRV QXPD µWLFD GH UHDSURYHLWDU DV LQIUDHVWUXWXUDV Ȕ1HVWH PRPHQWR HVWDPRV D XOWLPDU D UHDELOLWD©¥R GR ¼OWLPR SLVR GH XP HVSD©R FXOWXUDO WUDQVIRUPDQGR R HP HVFULWµULRV TXH Y¥R DFR-

LQYHVWLGRUHV QDFLRQDLV H LQWHUQDFLRQDLV FULDPRV XPD EROVD GH FDVDV DUUHQGDGDV GHVWLQDGDV D HPSUHVDV F£ ORFDOL]DGDV H D MRYHQV FULDWLYRV H HPSUHHQGHGRUHVȕ &RP XP WHWR P£[LPR GH DUUHQGDPHQWR GH HXURV

OKHU XPD HPSUHVD GH SURJUDPDGRUHV LQIRUP£WLFRVȕ orgulha-se o autarca. (VWD SRO¯WLFD GH TXDOLGDGH GH YLGD DOLDGD DRV SUH©RV EDL[RV « XP IRUWH IDWRU GH FRPSHWLWLYLGDGH $V HVWUX-

SRU P¬V QR SULPHLUR DQR SRGH VXELU DW« HXURV GH YDORU P£[LPR D SDUWLU GR VHJXQGR DQR Ȕ'LQDPL]D R PHUFDGR GH DUUHQGDPHQWR IDFLOLWD D LQVWDOD©¥R GH QRYRV KDELWDQWHV H GLPLQXL RV FXVWRV DVVRFLDGRV DR

WXUDV H RV VRORV V¥R PDLV EDUDWRV GR TXH QR OLWRUDO H GHYLGR ¢ GHVHUWLʻFD©¥R R )XQG¥R DSUHVHQWD XP SDUTXH

DUUHQGDPHQWR HQWUDYHV SDUD RV PDLV QRYRV GHVHQYROYHUHP RV VHXV SURMHWRV GH YLGDȕ FRQFOXL R SUHVLGHQWH

KDELWDFLRQDO YDVWR H GHVRFXSDGR Ȕ1R QRVVR GRVVL¬ GH

da Câmara do Fundão. Março 2013

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QUALIDADE DE VIDA

A arte de bem receber SITUADO NO DISTRITO DE VISEU E CARACTERIZADO PELAS PAISAGENS XISTOSAS E GRANĂ?TICAS EM CONTRASTE COM OS VERDES DOS PINHAIS E DOS CAMPOS AGRĂ?COLAS, SĂ TĂƒO APRESENTA- SE COMO UM CONCELHO DE MARAVILHAS MIL. COM CERCA DE 12500 HABITANTES, CONHEÇA UMA TERRA QUE APOSTA NA QUALIDADE DE VIDA DOS SEUS HABITANTES.

A

Alexandre Vaz, autarca do concelho de SĂĄtĂŁo, a cumprir o segundo mandato,

refere que nesta terra existe verdadeira 4XDOLGDGH GH 9LGD 3DUD GHĘťQLU R TXH ÂŤ qualidade de vida, hĂĄ que estabelecer alguns parâmetros que sĂŁo essenciais Ă vida humana. Assim, a saĂşde surge logo como primeiro item nesta lista. Neste caso, e segundo nos refere Alexandre Vaz, “SĂĄtĂŁo estĂĄ razoavelmente bem dotado em termos de saĂşde, quer ao nĂ­vel dos equipamentos, como do prĂłprio ambiente e estruturas sanitĂĄriasâ€?. Ao nĂ­vel dos equipamentos de saĂşde, o concelho tem, desde hĂĄ quatro anos, um novo centro de saĂşde e VHWH PÂŤGLFRV HVSDOKDP VH SHOD VHGH GR FRQFHOKR e por duas outras freguesias, fazendo com que as SHVVRDV WHQKDP PÂŤGLFR GH IDPÂŻOLD H VDÂźGH GH SURximidade. O Centro de SaĂşde, funcionando das 8h Ă s 20h, e a proximidade do Hospital Distrital, permite que as pessoas se sintam mais seguras com o facto de ter sido retirada a valĂŞncia de UrgĂŞncia. Ao nĂ­vel do saneamento bĂĄsico e da rede de abastecimento de ĂĄgua, mercĂŞ do investimento avultado dos Ăşltimos anos, o concelho estĂĄ dotado de estruturas capazes e que cobrem 95.8 por cento e 99 SRU FHQWR UHVSHWLYDPHQWH GH ÂŁUHD WHUULWRULDO $OÂŤP disso, “99 por cento do concelho estĂĄ dotado de uma rede de recolha de resĂ­duos sĂłlidos urbanos, na sede do concelho e em todas as freguesias, garantindo a comodidade e higienização da totalidade do concelhoâ€?. 7DPEÂŤP R OD]HU H R GHVSRUWR VÂĽR HVVÂŹQFLDV SDUD determinar o nĂ­vel de qualidade de vida existente QXPD GHWHUPLQDGD ORFDOLGDGH H WDPEÂŤP DTXL 6ÂŁWÂĽR VH GHVWDFD 2 FRQFHOKR ÂŤ GRV SRXFRV QR interior que possui um cineteatro que leva a todos os habitantes, de SĂĄtĂŁo e dos municĂ­pios vizinhos, cinema de qualidade todas as semanas, Escola GH %DOOHW 2 6ÂŁWÂĽR SRVVXL WDPEÂŤP XPD UHFÂŤP-inaugurada Casa de Cultura, “onde sĂŁo produzidas algumas iniciativas culturais, como apresentação de OLYURV H H[SRVLŠ¡HV GH DUWHČ• $TXL WDPEÂŤP IXQFLRQD o Gabinete de Turismo e uma Escola de MĂşsica, acessĂ­vel a todos os habitantes, na vertente gratuita H SDJD GHSHQGHQGR GD ĘťQDOLGDGH Č”3DUD RV DOXQRV das Atividades Extracurriculares tĂŞm aulas de mĂşsica gratuitamente, mas quem pretender ter aulas via &RQVHUYDWÂľULR WHUÂŁ TXH ĘťQDQFLDU D VXD IRUPDŠ¼RČ•

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Alexandre Vaz, edil de SĂĄtĂŁo


QUALIDADE DE VIDA

Turismo “SĂĄtĂŁo tem diversos pontos de interesse, nomeadamente ao nĂ­vel do turismo religioso. Desde logo temos a Capela da Nossa Senhora da Esperança, o Convento de Santa EufĂŠmia, o SantuĂĄrio de Nosso Senhor dos Caminhos, entre outros. Temos feito todos os esforços para que consigamos manter o patrimĂłnio e, alĂŠm disso, dar a possibilidade de os visitantes poderem conhecer aquilo que o concelho tem para oferecer, mantendo as portas destes riquĂ­ssimos SDWULPÂľQLRV DEHUWDV GXUDQWH R ĘźP GH VHPDQDČ– 3DUD R IXWXUR ĘźFD D SUDLD Ę˝XYLDO QR ULR 9RXJD XP SURMHWR FXMD H[HFXŠ¼R MÂŁ VH HQFRQWUD concursada.

No que toca ao desporto, SĂĄtĂŁo possui uma piscina municipal ocupada diariamente pelos habitantes deste concelho e onde ĂŠ desenvolvido o projeto Brincar na Ă gua, onde todas as crianças do concelho podem, de duas em duas semanas e com transporte incluĂ­do, participar em atividades hĂ­dricas. Mais recentemente, foi construĂ­do um ginĂĄsio municipal, essencial para fomentar a prĂĄtica desportiva. No entanto, “nĂŁo contĂĄvamos TXH D DĘźXÂŹQFLD IRVVH WDQWD 1HVWH PRPHQWR temos cerca de 160 inscritos e continuando assim, em, breve amortizaremos o valor investido neste equipamentoâ€?. Ao dar esta novidade, Alexandre Vaz espelha uma alegria que depois se percebe ser consonante com aquilo que o presidente quer para os seus munĂ­cipes, SaĂşde e Felicidade. Mas ao nĂ­vel do lazer, a Câmara

Municipal de Såtão foi mais longe e dotou a sede do concelho de um parque infantil com uma tônica bastante importante e quase inexistente em todo o país. Este espaço estå dotado de um equipamento adaptado a crianças com necessidades especiais. Um passo fulcral naquilo que Ê a integração de todos os habitantes, com RX VHP GHʝFLQFLDV A Educação e o Ensino desempenham tambÊm um SDSHO SUHSRQGHUDQWH QDTXLOR TXH £ D GHʝQLŠ¼R de qualidade de vida. TambÊm neste parâmetro Såtão estå num patamar superior, tendo excelentes HTXLSDPHQWRV DOJXQV QRYRV RXWURV UHTXDOLʝFDdos constantemente, nos mais variados níveis de ensino. As IPSS são uma das grandes forças empregadoras do concelho e, neste momento, Ê em Såtão

que existe um dos maiores lares do distrito, o Lar do Avelal. Mas todo o concelho estĂĄ coberto pela ação social das IPSS e desde os jardins-de-infânFLD DRV ODUHV GH LQWHUQDPHQWR RV KDELWDQWHV WÂŹP acesso aos melhores serviços de apoio social. Alexandre Vaz admite que “no SĂĄtĂŁo esta crise que o paĂ­s atravessa sentiu-se mais ao nĂ­vel da construção civil e do comĂŠrcio local. Assim, ao nĂ­vel das taxas de desemprego, houve de facto um acrĂŠscimo devido a esta quebra no setor da construção. Tirando isto, as pessoas continuam a dedicar-se aos serviços, a pequenas empresas e uma indĂşstria com cerca de 180 trabalhadoresâ€?.

mantÊm-se. Ficou acordado que seria construída uma nova via de acesso a Viseu, não apenas pelo Såtão, mas por todos os concelhos vizinhos que necessitam passar no nó de Såtão para se deslocar para a sede do Distrito. Segundo os censos das estradas de Portugal, existem 9000 viaturas por dia a deslocar-se para Viseu. O projeto da nova via estå feito e orçamentado, faltando apenas leva-lo D FRQFXUVR 6DEHPRV TXH H[LVWHP GLʝFXOGDGHV DR nível dos orçamentos e que Portugal atravessa XP SHU¯RGR FRQWXUEDGR HFRQ¾PLFD H ʝQDQFHLUDmente falando, mas temos que saber aproveitar

Os pontos negativos desta terra prendem-se com as acessibilidades: “Temos pĂŠssimas ligaçþes a

RV ʝQDQFLDPHQWRV H[LVWHQWHV 1¼R GHL[DUHPRV GH lutar por isso�. Alexandre Vaz aproveita a entrevista cedida ao

9LVHX H DSHVDU GH WHUHP UHTXDOLĘťFDGR R SDYLPHQ-

PaĂ­s Positivo para lançar um repto: “Venham a

to e retirado duas curvas mais sinuosas, a situação

6ÂŁWÂĽR H GHVFXEUDP D $UWH GH EHP UHFHEHUČ• ĘťQDOL]D Março 2013

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QUALIDADE DE VIDA

Penela respira empreendedo P

arte integrante do Pinhal Interior Norte, Penela estende-se por 132 quilĂłmetros quadrados, com cerca de seis mil habitantes. De longe vĂŞ-se o castelo medie-

SITUADA NO DISTRITO DE COIMBRA, PENELA APRESENTA- SE COMO UMA TERRA RICA EM OPORTUNIDADES. EMPREENDEDORISMO É A PALAVRA- CHAVE PARA DESCREVER ESTE PEQUENO CONCELHO DE SEIS MIL HABITANTES, ONDE UMA PAISAGEM SOBERBA SE CONFUNDE COM UMA GASTRONOMIA �MPAR.

e mĂşsica, entre outros. “AtĂŠ temos pessoas que vieram de Lisboa instalarem-se neste espaço e na nossa vilaâ€?, lembra LuĂ­s Matias. PorĂŠm, Penela nĂŁo estĂĄ imune Ă realidade do

val e imagina-se toda a HistĂłria que envolve este pequeno municĂ­pio, mas o que o difere do resto do paĂ­s ĂŠ a capacidade empreendedora, nĂŁo sĂł das suas gentes, mas sobretudo do seu executivo camarĂĄrio. “Temos de fazer o nosso melhor para conter a nossa população e atrair investimento para a nossa terraâ€?, conta AntĂłnio Alves, presiden-

nosso país: o envelhecimento da população. Para WDO R HGLO DʝUPD TXH RV VQLRUHV GH 3HQHOD WP as melhores condiçþes de vida, muito por força do excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelas IPSS. Totalmente suportada em regime de voluntariado, envolvendo diversas entidades, estå em pleno funcionamento a Universidade SÊnior,

te da Câmara Municipal, apelando à inovação ao serviço dos recursos locais. Para tal, Ê fundamental começar por incutir estes valores nos mais novos, proporcionando centros escolares de qualidade e levando a cultura

onde mais de 50 alunos tĂŞm acesso a disciplinas como ginĂĄstica, histĂłria, cidadania ou inglĂŞs.

Empreendedorismo na agricultura Como parte integrante do Inovcluster, para a agricultura, a Câmara Municipal de Penela dinamizou

do empreendedorismo para dentro das escolas. “Todos os alunos, desde o primeiro ciclo atĂŠ ao

uma bolsa de terras, proporcionando aos proprietĂĄrios de terrenos devolutos o seu aproveitamento e rentabilização atravĂŠs do arrendamento a investidores, com o “selo de garantiaâ€? do MunicĂ­pio.

VHFXQGÂŁULR QD QRVVD (VFROD 7HFQROÂľJLFD H 3URĘťVsional do SicĂł, tĂŞm uma atividade complementar que se chama Empreendedorismoâ€?. As crianças, desde pequenas, sĂŁo assim confrontadas com uma realidade cada vez maior: criar o seu prĂłprio

Outro projeto nesta ĂĄrea ĂŠ o HIESE, um habitat empresarial a localizar na Quinta do Vale do Espi-

emprego. â€œĂ‰ uma formação e uma ação de sensibilização, ao mesmo tempoâ€?, explica LuĂ­s Matias,

nhal a partir da recuperação, ampliação e adaptação do edifĂ­cio ali existente. “Neste momento, HVWDPRV ¢ HVSHUD GR ĘťQDQFLDPHQWR GRV TXDGURV comunitĂĄriosâ€?, adianta AntĂłnio Alves. Este projeto insere-se, mais uma vez, na aposta de criação de

vice-presidente do executivo camarĂĄrio, e acrescenta que “as crianças induzidas e informadas, estas crianças, quando chegarem aos seus 20 e poucos anos, nĂŁo vĂŁo achar estranho criar o seu posto de trabalho. Pelo contrĂĄrio, jĂĄ vĂŁo sentir um

espaços empresariais e de sinergias. “Oferecemos um espaço comum, com salas de formaçþes e de

certo conforto com esta situaçãoâ€?. Esta atividade funciona muito bem, atĂŠ com os mais novos: o

reuniĂľes e gabinetes individuaisâ€?. Este habitat tem D HVSHFLĘťFLGDGH GH LQFOXLU XPD ÂŁUHD GH VHWH KHFWDUHV GH WHUUDV DJUÂŻFRODV H KHFWDUHV GH ĘźRUHVWD Ȕ‹ interessante ter esta diferenciação com um espaço DJUR ĘźRUHVWDO TXH SHUPLWH ¢V HPSUHVDV WHUHP

desenvolvimento de um negĂłcio de uma criança de seis anos pode passar por fazer um bolo em FDVD H YHQGÂŹ OR ¢V IDWLDV H ĘťFDP MÂŁ VHQVLELOL]DGRV para a questĂŁo dos impostos, o “contributo para um bem comumâ€?: 20 por cento dessa receita

uma ĂĄrea de desenvolvimento no campo, quer para testes, quer para produçãoâ€?, acrescenta ainda.

reverte a favor de uma IPSS do concelho. “Fomos pioneiros nesta iniciativa�, orgulha-se o edil, “foi

E serå este espaço que irå acolher o SmartRural Living Lab, que valoriza a ruralidade do concelho como uma enorme vantagem competitiva que quer passar da teoria para a pråtica. Com o apoio FLHQW¯ʝFR H WHFQRO¾JLFR GH Y£ULDV LQVWLWXLŠ¡HV

uma grande vitĂłria na educação, que jĂĄ estĂĄ a ser repercutida em mais 14 municĂ­pios do centro de Portugalâ€?. Para os mais graĂşdos, o concelho de Penela continua a apostar no empreendedorismo com a

entre as quais a Universidade de Coimbra e o Instituto PolitÊcnico de Coimbra, espera-se que este centro traga a Penela bons investimentos e ótimos negócios, encontrando na Câmara Municipal e na pessoa do seu Presidente todo o apoio e agi-

criação de incubadoras de empresas, para poder DWUDLU JHQWH MRYHP H TXDOLʝFDGD 1R HGLI¯FLR GD (VFROD 7HFQRO¾JLFD H 3URʝVVLRQDO GR 6LF¾ H[LVWH o Mini-Habitat, com cinco gabinetes e uma sala de reuniþes para startups que decidam levar o

lidade necessĂĄrios. AtĂŠ porque os resultados sĂŁo visĂ­veis: em 2012, nĂŁo fechou uma Ăşnica empresa

seu projeto para o mundo empresarial. “Com uma pequena renda, tĂŞm direito ao espaço, incluindo

no concelho de Penelas, bem pelo contrårio‌

ĂĄgua, energia elĂŠctrica, serviços de internet e limpezaâ€?. Em condiçþes parecidas, a Câmara Muni-

Património invulgar‌

cipal de Penela projetou, recentemente, no centro histĂłrico, a SmARTES, incubadora de indĂşstrias criativas. Dos sete gabinetes disponĂ­veis, cinco

patrimĂłnio histĂłrico para atrair qualquer turista. Com a Rede dos Castelos e Muralhas Medievais, que tem como denominador comum o papel da linha defensiva do Mondego na estratĂŠgia da reconquista cristĂŁ, pretende-se disponibilizar aos

3HQHOD WHP D VHX IDYRU XP YDVWR H GLYHUVLĘťFDGR

estão ocupados, num espaço muito interessante e acolhedor, que promove a dinamização do centro histórico e o aparecimento de novos negócios em åreas como design, teatro, artes, publicidade

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visitantes o prazer de visitar vårios locais da Luís Matias, Vice-Presidente, e António Alves, Presidente da Câmara Municipal de Penela

ĂŠpoca medieval que chegaram atĂŠ aos nossos dias.


QUALIDADE DE VIDA

dorismo

mos que a nossa aldeia, Ferraria de S. JoĂŁo, seja a

Desde os dois castelos do concelho (o de Penela e o do Germanelo), Ă s cidades de Coimbra, Figueira da Foz ou Pombal, passando por LousĂŁ, Miranda do Corvo, Soure e Montemor-o-Velho, ĂŠ possĂ­vel sentir ao pormenor as particularidades que fazem deste territĂłrio um espaço Ăşnico e irrepetĂ­vel. Mas o patrimĂłnio do concelho nĂŁo se esgota no legado da Idade MĂŠdia. Muito pelo contrĂĄrio. É SHUIHLWDPHQWH LGHQWLĘťFÂŁYHO D SUHVHQŠD GR LPSÂŤULR romano, excelentemente documentada na Villa Romana do Rabaçal, que integra o projeto “Villa SicĂł – Programa de Valorização dos Espaços de Romanizaçãoâ€?. Este projecto, integrado no PROVERE – Programa de Valorização dos Recursos EndĂłgenos, pretende potenciar o fator romanização, atravĂŠs da criação de escala resultante do envolvimento de um conjunto de ruĂ­nas romanas que se estendem de ConĂ­mbriga ao FĂłrum de Tomar, passando por Santiago da Guarda, no concelho de AnsiĂŁo. No centro destes roteiros, na saĂ­da da A13, localiza-se o Duecitânia Design Hotel, uma unidade hoteleira de 4* – um projecto âncora do PROVERE Villa SicĂł – que proporciona aos turistas uma vivĂŞncia Ăşnica proporcionada pelo envolvimento na temĂĄtica romana que preenche cada espaço do Hotel.

Entre o xisto e o calcĂĄrio Com uma aldeia de xisto, Ferraria de S. JoĂŁo, Penela pertence Ă rede que percorre o centro de Portugal, da LousĂŁ atĂŠ Ă fronteira espanhola, num conjunto de 15 municĂ­pios e 27 aldeias. “Acredita-

mais isolada, por estar num local recĂ´nditoâ€?, mas o segredo destas aldeias ĂŠ a forma de receber as pessoas. “Temos um patrimĂłnio cultural muito forte, com um conjunto de conhecimentos e sensaçþes que tendem a desaparecer no resto do paĂ­s, em que o denominador comum a todas as aldeias ĂŠ o xistoâ€?, salienta ainda o vice-presidente de Penela. Se a nascente, o concelho ĂŠ marcado pelo xisto e SHOD ĘźRUHVWD GHQVD FRP XPD SUDLD ĘźXYLDO ÂŻPSDU no cimo da serra – na Louçainha, com bandeira azul e de qualidade de ouro da Quercus – e com uma micro paisagem deslumbrante e Ăşnica na Cascata da Pedra da Ferida, a poente o solo ĂŠ calcĂĄrio, onde se podem visitar as grutas na Serra de SicĂł e a Villa Romana do Rabaçal, e onde se produz o famoso Queijo Rabaçal. Falando em gastronomia, para alĂŠm do queijo, Penela pode-se orgulhar das suas nozes e do seu mel que integra a RegiĂŁo Demarcada da Serra da LousĂŁ, sem esquecer o jĂĄ tĂ­pico cabrito e os vinhos com o selo “Terras de SicĂłâ€?, que jĂĄ obtiveram alguns prĂŠmios em diversos certames. Penela orgulha-se de ter construĂ­do o primeiro centro de BTT do PaĂ­s, na Ferraria de S. JoĂŁo, criando assim condiçþes Ă­mpares para os amantes GD PRGDOLGDGH SRGHUHP EHQHĘťFLDU GRV TXLlĂłmetros de percursos que lhe estĂŁo associados, GLVWULEXÂŻGRV SRU GLIHUHQWHV JUDXV GH GLĘťFXOGDGH Ainda neste contexto de valorização e aproveitamento das condiçþes para a prĂĄtica desportiva em contexto de natureza e serra, estĂĄ em fase de aprovação um projeto para um bike park, numa iniciativa privada que adquiriu duas aldeias desaELWDGDV QD VHUUD H XPD ÂŁUHD HQYROYHQWH GH hectares. Ăšnico na Europa, com um investimento a rondar os 46,5 milhĂľes de euros, este projecto que

envolve as aldeias de Pessegueiro e de Esquio, para alÊm de outras valências que vai desenvolver, vai ter condiçþes para acolher os amantes deste desporto 365 dias por ano.

Turismo de Saúde Num projeto pioneiro em Portugal, a Associação Portuguesa de Medicina Preventiva estå a desenvolver um Centro de Saúde e Bem-Estar, a partir

te cedidas pela Freguesia do Espinhal. â€œĂ‰ mais do que um conceito de termas, porque envolve toda uma mentalidade de vida sĂŁâ€?, explica LuĂ­s Matias. A aposta estĂĄ na prevenção de doenças, com maior foco nas cardiovasculares, e num estilo de vida mais saudĂĄvel, com aulas de nutrição, passeios pedestres, atividades fĂ­sicas e acompanhamento mĂŠdico. Designa-se por turismo de saĂşde, uma

do aproveitamento e adaptação das ruinas das

atividade pouco desenvolvida no nosso paĂ­s, em que se alia uma vida saudĂĄvel a uma estadia de

denominadas obras do Dr. Bacalhau, expressamen-

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QUALIDADE DE VIDA

Terra de encantos PARTIMOS Ă€ DESCOBERTA DO NOSSO PORTUGAL E ENCONTRAMOS CASTRO DAIRE, UM LOCAL ONDE O AR GÉLIDO NĂƒO NOS TIRA A VONTADE DE CONHECER MAIS. DE LARGAR O CONFORTO DO CARRO E PARTIR Ă€ DESCOBERTA, CONHECENDO ESTAS GENTES QUE TĂƒO BEM SABEM RECEBER E NOS ACOLHEM EM SUAS CASAS COMO SE FOSSEMOS PARTE DA FAMĂ?LIA. VENHA A CASTRO DAIRE E DESCUBRA O NOSSO PAĂ?S POSITIVO.

C

astro Daire Ê um concelho do interior e ao longo dos tempos nunca conseguiu fugir a esse estigma. É terra acolhedora, onde as pessoas são mais puras, aprazí-

veis e simples no trato, onde a paisagem nos tira o fĂ´lego e as potencialidades sĂŁo inĂşmeras. InĂşmeras tambĂŠm foram as razĂľes que levaram )HUQDQGR &DUQHLUR D DEUDŠDU R GHVDĘťR GH OLGHUDU R executivo camarĂĄrio, tendo sempre como objectivos primordiais o desenvolvimento do municĂ­pio, o emprego, a solidariedade, o bem-estar e a proximidade entre os munĂ­cipes. Hoje, Castro Daire jĂĄ nĂŁo ĂŠ um concelho isolado e foi bafejado pela sorte ao ser atravessado pela A24. No entanto, o edil pretende que esta seja uma via de entrada no concelho de modo a permitir que os turistas possam ver e usufruir das potencialidades. Mas tambĂŠm que seja uma porta cada vez mais utilizada pelos industriais e comerciantes no sentido de escoar as suas mercadorias para o mercado nacional e internacional. Este ĂŠ um concelho onde se respira qualidade e quem aqui vive, pode mesmo dizer que vive bem. O ar ĂŠ puro, a ĂĄgua ĂŠ abundante e os campos ainda produzem excelentes produtos. Mas existem RXWURV IDWRUHV TXH PRWLYDP D Ęť[DŠ¼R GH SRSXODção e aqui entram as excelentes infraestruturas existentes no concelho. O presidente admite que Castro Daire estĂĄ muito bem dotado ao nĂ­vel da saĂşde, “possuindo um centro de saĂşde com boas condiçþes e a capacidade de oferecer a todos os

habitantes um mĂŠdico de famĂ­liaâ€?. AlĂŠm disso, Castro Daire ĂŠ detentor de umas excelentes Termas, “com a melhor ĂĄgua termal do paĂ­s, um furo em que a ĂĄgua atinge a temperatura de 62Âş C. Temos tambĂŠm a Unidade MĂłvel de SaĂşde do Municipio, que promove rastreios e aconselhamento alimentar em todas as povoaçþes das 22 freguesias do concelho. Temos tambĂŠm duas delegaçþes do centro de saĂşde, na Vila de MĂľes e na sede de Freguesia de Parada de Ester. “ No que toca a ação social, Fernando Carneiro admite que a oferta existente, por parte das IPSS, cobre quase todas as necessidades do concelho, )HUQDQGR &DUQHLUR DĘťUPRX TXH ÂŤ VXD LQWHQŠ¼R melhorar as lacunas existentes. O presidente destaca o trabalho da ação social do municĂ­pio, na educação, na melhoria habitacional como tambĂŠm na proteção constante aos mais desprotegidos e necessitados. Ao nĂ­vel do lazer e desporto, o concelho estĂĄ muito bem servido, alĂŠm das piscinas municipais e dos vĂĄrios complexos desportivos que dĂŁo resposta a vĂĄrias equipas federadas, bem como a iniciativas, quer do municĂ­pio, quer das diversas associaçþes existentes no concelho. Isto nas vĂĄrias ĂĄreas, futebol, futsal, BTT, voleibol, atletismo, tĂŠnis de mesa e desportos radicais no Rio Paiva. Com o objetivo de dinamizar a prĂĄtica desportiva em todas as faixas etĂĄrias, o municĂ­pio desenvolve todos os anos jogos desportivos e jogos sem fronteiras, que tĂŞm mobilizado mais de mil participantes anuais.

Fernando Carneiro, Presidente da Câmara de Castro Daire

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QUALIDADE DE VIDA

Empreendedorismo Jovem 2 QRVVR HQWUHYLVWDGR DʼUPD TXH 3RUWXJDO HP JHUDO H &DVWUR 'DLUH HP SDUWLFXODU SRVVXL SURMHWRV GH MRYHQV HPSUHHQGHGRUHV EDVWDQWH LQWHUHVVDQWHV 1R HQWDQWR ȕ« FRP DOJXPD WULVWH]D TXH YHMR RV QRVVRV MRYHQV OHYDUHP D SUHFHLWR DTXLOR TXH RXYLUDP QD WHOHYLV¥R H D HPLJUDUHP SRU Q¥R WHUHP QR VHX SD¯V TXDOTXHU RSRUWXQLGDGH $TXL UHFXVR PH D DFHLWDU WDO FHQ£ULR H WHQWR DR P£[LPR FULDU FRQGL©·HV SDUD TXH HOHV ʼTXHP (VWD IRL D UD]¥R GH HX WHU DGPLWLGR UHFHQWHPHQWH XP MRYHP DOWD PHQWH TXDOLʼFDGR HP YLDV GH GHL[DU 3RUWXJDO H TXH WURX[H SDUD D DXWDUTXLD D LQRYD©¥R FULDQGR SURGXWRV ¯PSDUHV +RMH JUD©DV D HVVH WDOHQWR WHPRV M£ R &DVWUR 'DLUH 79 H R 3URMHWR %,$ QRPH GD SULPHLUD EHQHʼFL£ULD GHVWH SURJUDPD H TXH FRQVWD QD DWULEXL©¥R GH XPD WDEOHW D XPD PHQLQD LQFDSD] GH IDODU H TXH D SDUWLU GH DJRUD SRGHU£ ID]HU VH RXYLU DWUDY«V GD WDEOHW M£ TXH R DSDUHOKR WHFQROµJLFR UHSURGX]LU£ WXGR DTXLOR TXH D %HDWUL] SUHWHQGHU FRPXQLFDU $ DSUHVHQWD©¥R RʼFLDO GHVWH SURMHWR VHU£ QR GLD GH PDU©R H FRPSURYD R WDOHQWR TXH VH SRGHU£ HVWDU D GHVSHUGL©DU FRP D HPLJUD©¥R GH MRYHQV TXDOLʼFDGRVȖ (VWHV GRLV SURMHWRV DQWHULRUPHQWH PHQFLRQDGRV GHPRQVWUDP TXH D DXWDUTXLD WHP FDSDFLGDGH GH LQRYDU DSHQDV H Vµ FRP RV SUµSULRV UHFXUVRV 6¥R HVWDV LQRYD ©·HV TXH R 0XQLFLSLR SUHWHQGH LPSOHPHQWDU SDUD PHOKRUDU D YLGD GRV VHXV FLGDG¥RV

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Roteiro ȕ4XDQGR FKHJDU D &DVWUR 'DLUH GLULMD VH DR 0XVHX RQGH HVW£ R 3RVWR GH 7XULVPR RX HQW¥R GLULMD VH ¢ &¤PDUD 0XQLFLSDO RQGH OKH VHU¥R SUHVWDGDV WRGDV DV LQIRUPD©·HV 1¥R GHL[H GH YLVLWDU &DSHOD GH 6¥R -RV« DR ODGR GR 7ULEXQDO GH FDUDFWHU¯VWLFDV ¯PSDUHV H VLJD SDUD D ,JUHMD 0DWUL] XP PRQXPHQWR GH XPD ULTXH]D LPHQVD 3RVWHULRUPHQWH VLJD SDUD D ,JUHMD GD (UPLGD PRQXPHQWR 1DFLRQDO Q¥R VHP DQWHV YLVLWDU R 3DO£FLR GRV 0HQGRQ©DV RQGH IRL SURGX]LGD JUDQGH SDUWH GR URPDQFH m$PRU GH 3HUGL©¥R} H TXH VHU£ R IXWXUR &HQWUR GH ,QWHUSUHWD©¥R GR 0XQLF¯SLR 1¥R Y£ HPERUD VHP YLVLWDU H XVXIUXLU GDV ERDV £JXDV GDV 7HUPDV GR &DUYDOKDO 3URYH H FRPSUH R %ROR 3RGUH R &DEULWR SUHVXQWR R DIDPDGR DUUR] GH VDOSLF¥R H RV HQFKLGRV GD QRVVD UHJL¥R 0DLV LPSRUWDQWH GR TXH LVVR LQWHUHVVD « F£ YLU H GHL[DU VH HQFDQWDU SHODV QRVVDV WHUUDV UHSOHWDV GH JHQWH VLPSOHV H KRVSLWDOHLUDȖ

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QUALIDADE DE VIDA

Varanda para o Douro CINFĂƒES É UMA TERRA COM 241 QUILĂ“METROS QUADRADOS E SITUADO NA ZONA NORTE DO DISTRITO DE VISEU, COM O DOURO A SEUS PÉS E A SERRA DE MONTEMURO NO SEU TOPO, BANHADA PELO CABRUM, PELO BESTANÇA E O PAIVA. UMA TERRA ONDE A NATUREZA SE SENTE E NOS FAZ QUERER DESCOBRIR MAIS.

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lĂŠm do Ar que se respira e da natureza que banha e tĂŁo bem caracteriza Cin-

fĂŁes, o concelho ĂŠ ainda conhecido e reconhecido pela gastronomia riquĂ­ssima, sendo albergue da Solar da Carne Arouquesa, delĂ­cia que hoje ĂŠ jĂĄ vendĂĄvel e a sua oferta estĂĄ largamente aquĂŠm da procura. “Se em tempos esta raça esteve quase extinta e poucos reconheciam a sua qualidade, hoje a raça Arouquesa ĂŠ apreciada um pouco por todo o mundo e as suas potencialidades sĂŁo razĂŁo para o seu consumoâ€?. Mas nem sĂł a carne arouquesa ĂŠ reconhecida, o cabrito ĂŠ tambĂŠm sobejamente procurado por esta terra e, ainda hoje, ĂŠ possĂ­vel ver, nas aldeias serranas, inĂşmeros rebanhos que sĂŁo uma fonte de rendimento de muitas famĂ­lias. Felizmente, “hoje CinfĂŁes ĂŠ tambĂŠm procurado por esta especialidade, confecionada Ă moda antiga e que preserva os sabores tĂŁo caracterĂ­sticos das terras do Douro. Hoje, os nossos espaços hoteleiros sĂŁo procurados por muita gente e nĂŁo ĂŠ incomum WHUPRV RV UHVWDXUDQWHV FKHLRV DR ĘťP GH VHPDQD e isso acontece porque as pessoas conseguem encontrar aqui um produto que nĂŁo ĂŠ possĂ­vel encontrar nos grandes restaurantes dos centros urbanos. Desde a produção, Ă confecção, passando pelo abate, tudo ĂŠ controlado pelos prĂłprios empresĂĄrios. Assim, ĂŠ possĂ­vel provar neste setor alguns dos melhores produtos da nossa terra, produzido e confecionado localmenteâ€?. Foi, recentemente, apresentada uma candidatura conjunta da Serra do Montemuro, Montanhas MĂĄgicas, Ă Carta Europeia de Turismo SustentĂĄvel e, segundo nos confessa o edil, “esta ação pretende criar as condiçþes para potenciar toda esta zona,

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aproveitando as sinergias de todos os concelhos afetos Ă Serra de Montemuro. Começando desde logo pelo Turismo de Natureza, procurado por inĂşmeras pessoas dos mais variados locaisâ€?. AlĂŠm do Montemuro, tambĂŠm faz parte dessa candidatura o fomento das potencialidades do Rio Paiva, um dos menos poluĂ­dos da europa. Neste caso, queremos incentivar e melhorar a jĂĄ existente prĂĄtica de rafting, tendo em conta que este rio ĂŠ jĂĄ bastante procurado para a prĂĄtica deste desporto e tem percursos bastante interessantes e aliciantes para estes desportistas, “faltando apenas algumas estruturas de apoio que permitam uma mais organizada utilização do rio e ĂŠ precisamente isso que pretendemos fazer no âmbito dessa candidaturaâ€?. Muito se tem falado do ĂŞxodo urbano e do retorno Ă s origens, apostando na agricultura e elevando os padrĂľes desta atividade. Apesar de em CinfĂŁes existirem jĂĄ alguns projetos de empreendedorismo, nota-se que as limitaçþes legais proferidas por quem mal conhece as caracterĂ­sticas de cada terra de Portugal pĂľem muitas vezes em causa estes investimentos. Apesar disso, “existem alguns projetos ambiciosos de âmbito agrĂ­cola que visam essencialmente a ĂĄrea da gastronomia e que tĂŞm a ver com a criação de rebanhos para consumo interno, ou seja, tem-se visto a criação de rebanhos e a empregabilidade de pastores nestes SURMHWRV H LVVR ÂŤ EDVWDQWH EHQÂŤĘťFR SRUTXH SRU XP lado, existe mais oferta de emprego, e por outro fomenta as atividades agrĂ­colas e a tradição da serra de Montemuro. As diferenças gastronĂłmicas sĂŁo notĂłrias neste projeto porque as tradiçþes sĂŁo mantidas e os produtos sĂŁo de elevadĂ­ssima qualiGDGH R TXH ID] FRP TXH WRGRV RV ĘťQV GH VHPDQD


QUALIDADE DE VIDA

o concelho se encha de visitantes e amantes da gastronomia típica do concelho”, avança o nosso entrevistado. A ação social tem desempenhado um papel fundamental no concelho de Cinfães e muito se tem feito em prol dos habitantes. No entanto, José Manuel Pinto recusa-se a aceitar que tudo está feito mesmo considerando que o concelho tem uma cobertura quase total a este nível. Quando surgiram os primeiros incentivos à construção de equipamentos sociais, a Câmara incentivou as diversas IPSS a apostarem e desenvolverem uma rede que cobrisse todas as necessidades e, graças a este empenho, hoje existe uma oferta excelente ao nível de lares de internamento, apoio domiciliário, jardins-de-infância e centros de dia. Mas esta aposta teve ainda outra vertente: “Não vejo que Cinfães possa ser um concelho industrializado, pelas acessibilidades que possuímos, mas temos que ser capazes de criar emprego e as IPSS que existam são uma das grandes forças empregadoras e isso foi também uma das nossas apostas”. Ainda como ação social, mas mais voltado para a saúde, a autarquia tem vindo a fazer um esforço suplementar no sentido de possibilitar que todas as crianças do concelho possam tomar a vacina pneumocócica, apostando na prevenção e no desvanecer de desigualdades económicas. “- Depois de efetuado um estudo sobre a utilização da Vacina pneumocócica, percebeu-se que cerca de 52% das crianças tomavam esta vacina que não faz parte do Plano Nacional de Vacinação. Assim, estabelecemos um protocolo com o centro de saúde e as farmácias locais no sentido de disponibilizar a todas as crianças do concelho a toma desta vacina gratuitamente”. Ainda neste âmbito, mas agora relacionado com a educação, foi tomada uma medida fulcral para que os talentos não se desperdicem por falta de oportunidade: “Percebemos que muitos dos nossos jovens apenas frequentavam o ensino obrigatório e não prosseguiam estudos para o ensino secundário. Quisemos saber mais sobre estes dados H YHULʻFDPRV TXH H[LVWLD XPD JUDQGH SDUWH GRV jovens que não frequentavam o ensino secundário

por inexistência de transporte escolar e o passe de transportes públicos andam entre os 70 e os 90 € mensais. Sendo a educação um dos nossos pilares, decidimos apostar nos nossos jovens e pagar o passe a todos aqueles que pretendem seguir os seus estudos, não deixando que a falta de transportes e/ou dinheiro seja impedimento para a concretização dos seus sonhos. Por outro lado, também nos apercebemos que existiam crianças que não frequentavam o jardim-de-infância por os transportes serem da responsabilidade dos pais e, também aqui, alargamos o transporte escolar e permitimos que um conjunto alargado de crianças tivesse oportunidade de frequentar os nossos jardins-de-infância”, acrescenta o presidente. 3RGHU¯DPRV HVWDU DTXL D IDODU KRUDV D ʻR TXH nunca conseguiríamos transmitir aquilo que se sente em Cinfães. Este é um concelho que aposta nas suas gentes, um executivo que trabalha diariamente para aquilo que são as prioridades de qualquer pessoa um concelho com Qualidade de Vida. Parta à aventura e conheça esta Varanda para o Douro!

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QUALIDADE DE VIDA

Um conselho que lhe dam SEVER DO VOUGA ‹ 80 &21&(/+2 '2 ',675,72 '( $9(,52 80 '26 21=( 081,&�3,26 '$ &,5$ ( &2081,'$'( ,17(5081,&,3$/ '$ 5(*,…2 '$ 5,$ '( $9(,52 ) ( 80 '26 6(7( '$ $'5,0$* %$)(-$'2 3(/$ 0$5$9,/+26$ 3$,6$*(0 ( &20 75$‰26 48( 2 '(,;$0 (175( 2 /,725$/ ( 2 ,17(5,25 80$ 7(55$ 21'( 2 9(5'( ‹ 0$,6 9(5'( ( 21'( 72'26 26 ',$6 6( 75$%$/+$ (0 352/ '2 '(6(192/9,0(172 '2 &21&(/+2 &21+(‰$ 6(9(5 '2 928*$ &$3,7$/ '2 0,57,/2

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tÊ hå duas dÊcadas, Sever do Vouga era um concelho marcadamente rural. Desde essa altura que a indústria, principalmente a metalomecânica, tem vindo a ganhar terreno

e, hoje, esta atividade ĂŠ a grande força empregadora da terra. Aqui, estĂŁo localizadas algumas empresas de renome internacional e que, de alguma forma, tambĂŠm tĂŞm internacionalizado o nome Sever do Vouga. Apesar disso, “continuamos a apostar na agricultura, apesar de termos tambĂŠm aqui mudado o paradigma com o desenvolvimento de culturas que nĂŁo eram habituais na regiĂŁo ou no paĂ­s, como ĂŠ o caso do mirtilo e dos frutos vermelhosâ€?, avança, em entrevista Ă nossa publicação, AntĂłnio Coutinho, vice-presidente da autarquia de Sever do Vouga. A aposta neste mercado tem sido grande e, alĂŠm da Mirtilusa, cooperativa que agrega grande parte dos produtores destes frutos, a prĂłpria autarquia criou uma associação, a AGIM que ajuda, nĂŁo tanto na perspetiva comercial, mas mais naquilo que sĂŁo as candidaturas para criar novos produtores e projetos de produção. De acordo com o nosso interlocutor, esta foi tambĂŠm uma forma de ajudar as pessoas a ultrapassar esta crise que tem vindo a afetar o nosso paĂ­s, criando mecanismos de criação do prĂłprio emprego. “Existem alguns licenciados, por exemplo, que nĂŁo conseguindo integração no mercado de trabalho tĂŞm levado a cabo candidaturas no sentido de criarem os seus prĂłprios postos de trabalho e apostam na agricultura como meio de subsistĂŞncia. Penso que os Ăşltimos anos tĂŞm sido de grande sucesso nesse aspeto e o municĂ­pio tem tido um papel exemplar naquilo que ĂŠ a criação de ferramentas de apoio a quem pretende empreender e apostar na agriculturaâ€?. Quem visita Sever do Vouga nĂŁo tem qualquer dĂşvida de que aqui existe qualidade de vida, mas existem fatores que comprovam efetivamente que esta existe. Este ĂŠ um concelho situado na linha entre o litoral e o interior e isso traz vantagens e desvantagens: “Estamos inseridos numa comunidade intermunicipal (CIRA) onde estĂŁo tambĂŠm os concelhos ricos do litoral e nĂłs acabamos por ser considerados como tal, o que muitas vezes nos impede de obter alguns tipos de incentivos e projetosâ€?. Em termos de desenvolvimento econĂłmico, Sever do Vouga padece da grande desvantagem de ter um territĂłrio muito acidentado onde os investimentos sĂŁo sempre pautados por dispĂŞndios excessivos de verbas: â€œĂ‰ muito difĂ­cil criarmos, aqui, algumas estruturas essenciais ao desenvolvimento porque o investimento ĂŠ sempre avultado. Quando decidimos, por exemplo, criar DV ]RQDV LQGXVWULDLV WLYHPRV DOJXPDV GLĘťFXOGDGHV GHYLdo ao territĂłrio montanhoso e isso fez com que as obras fossem demasiado complexas, morosas e dispendiosasâ€?. Mas, apesar de tudo, o concelho tem tambĂŠm aqui uma enorme vantagem, a riqueza imensurĂĄvel do ambiente, fator importante para a qualidade de vida. “Somos o concelho do verde e da ĂĄgua. NĂłs que vivemos aqui nĂŁo

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notamos tanto isso, mas quem vem de fora delicia-se com o verde que nos rodeia e depois temos ĂĄgua por todo o lado, rios, riachos, ribeiras, cascatas lindas e isso ĂŠ bastante importante para a qualidade de vida porque somos um concelho ambientalmente sustentĂĄvel que seguindo estratĂŠgias delineadas, por exemplo na $JHQGD /RFDO SRWHQFLD D HĘťFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD H D HĘťFLÂŹQFLD KÂŻGULFD H LVVR LQĘźXHQFLD WDPEÂŤP D VDÂźGH GDV pessoas que aqui vivem, tornando-se mais saudĂĄveis e menos expostas a fenĂłmenos relacionados com a qualidade do ar que se respiraâ€?. Socialmente, o concelho estĂĄ muito bem preparado e dotado de Ăłptimas infraestruturas sociais, com seis IPSS, todas elas com excelentes instalaçþes e que cobrem todas as ĂĄreas da ação social, desde a idade mais tenra Ă mais avançada. Ao longo dos anos fomos desenvolvendo polĂ­ticas sociais, apostando numa estraWÂŤJLD GH DSRLR ¢V SHVVRDV H IDPÂŻOLDV EHQHĘťFLDQGR sempre as parcerias institucionais. VĂĄrias projetos foram implementados: Rede social, habitação social, programa Casa+ de recuperação de habitação degradada de famĂ­lias carenciadas, Casa Porto de Abrigo, Cantina Social, Cabaz de Natal, atribuição de subsĂ­dios Ă s coletividades e IPSSs, Plano Local e Municipal de Acessibilidades e Mobilidade, SEVERin, projeto piloto de mobilidade e transporte, Ação Social Escolar, Atendimento PsicolĂłgico, incentivos escolares, Bolsas de Estudo para alunos carenciados do ensino superior, Programa de Generalização da refeiçþes no 1Âş ciclo, Programa de Desenvolvimento e ExpansĂŁo da Rede PrĂŠ-Escolar, as Atividades de Enriquecimento Curricular, os transportes escolares, a Festa de Natal, a BebetĂŠca entre outras. No entanto, “temos um problema que nos preocupa, o envelhecimento da nossa população. Mas isso ĂŠ um fenĂłmeno do paĂ­s e nĂŁo de Sever do Vouga. Desde hĂĄ 20 anos para cĂĄ, com a mudança do paradigma da prĂłpria sociedade tem existido um decrĂŠscimo na natalidade e isso acaba por VH UHĘźHWLU HP WXGR 2V FDVDLV WÂŹP FDGD YH] PHQRV ĘťOKRV e os que tenham nĂŁo vĂŁo alĂŠm dos dois e, sem dĂşvida, isto ĂŠ um problema nacionalâ€?. Este envelhecimento populacional faz-se tambĂŠm sentir ao nĂ­vel das escolas e, apesar de o parque educativo ser de excelĂŞncia e com estruturas novas, creches, jardins de infância em todas as freguesias, centros escolares, escola do 2Âş, 3Âş ciclos e secundĂĄria construĂ­da pela Parque Escolar, que garantem um nĂ­vel educacional acima da mĂŠdia, existem cada vez menos alunos. No entanto, “os que existem tĂŞm que ter as mesmas condiçþes de todos os outrosâ€?, admite. “Somos uma terra de gente solidĂĄriaâ€?. A nĂ­vel de saĂşde, e apesar de verem duas extensĂľes de saĂşde encerradas recentemente, o concelho estĂĄ bem dotado e consegue responder com alguma brevidade e qualidade a todas as solicitaçþes. Em caso de emergĂŞncia, Sever do Vouga estĂĄ relativamente perto de dois hospitais centrais - Aveiro e Ă gueda - e portanto nĂŁo tem havido grandes problemas neste aspecto.

AntĂłnio Coutinho, Vice-Presidente de Sever do Vouga


QUALIDADE DE VIDA

mos! Ao nĂ­vel do turismo, Sever do Vouga ĂŠ um manancial de riqueza natural, principalmente. “Quem vier a Sever do Vouga nĂŁo pode deixar de visitar a Cascata da Cabreira e todas as outras cascatas existentes no concelho, o Rio Vouga e a Ponte de Santiago, que nos dĂŁo uma mĂ­stica muito prĂłpria. E este concelho, vivendo muito dessas atraçþes da natureza, tambĂŠm se foi promovendo por ai. Sever do Vouga tem hoje aqui sedeadas trĂŞs empresas de desportos de aventura que promovem variadas atividades, desde canoagem, rafting, escalada, rappel, entre muitos outros. Temos alturas do ano em que somos muito procurados para a prĂĄtica de desportos aventura e somos jĂĄ um marco de renome nacional nesta ĂĄreaâ€?. 7RGRV RV ULRV H WRGRV RV DĘźXHQWHV GR 9RXJD WÂŹP SDLVDgens lindĂ­ssimas, recantos de encantos e nestas zonas tem sido feita uma aposta para o desenvolvimento de percursos pedestres que permitam aos visitantes absorver todas estas riquezas. Nos Ăşltimos anos, “temos investido bastante naquilo que ĂŠ a promoção do concelho e a atração de investimento na ĂĄrea do turismo, impulsionando a criação de unidades de alojamento local. O prĂłprio municĂ­pio tem incentivado o licenciamento e o investimento privado e ao longo dos anos tĂŞm surgido algumas unidades bastante diferenciadoras. Falta ainda uma unidade que seja capaz de alojar, por exemplo, uma excursĂŁo e permita Ęť[DU DTXL R WXULVWD SRU PDLV GLDV 2 SUÂľSULR PXQLFÂŻSLR tem um projeto totalmente estruturado e que por falta de investidores nĂŁo viu ainda a luz verde para avançar. Este projeto tem a particularidade de ser implementado numa zona de minas desativadas e contempla uma panĂłplia de ideias que sĂŁo vantajosas para todos. Espera-se, portanto que o investidor surja em breve para que possamos, mais tarde ou mais cedo, desfrutar da beleza do local e da tranquilidade caracterĂ­stica do Sever do Vouga.

do Vouga. Avançà mos tambĂŠm com a valorização do patrimĂłnio arqueolĂłgico (antas, dĂłlmenes),histĂłrico (calçada romana, arte rupestre) e arquitetĂłnico (arte sacra, aldeias tradicionais, espigueiros, alminhas, moinhos etc). Mas tem tambĂŠm apostado em trazer para o municĂ­pio aquilo que de melhor existe no paĂ­s e no mundo, criando exposiçþes, ciclos de conferĂŞncias, apresentaçþes e concertos de mĂşsica de nĂ­vel cultural superior e acabando por moldar mentalidades e criar hĂĄbitos de cultura. “Cerca de sete por cento do Orçamento da câmara ĂŠ quanto ĂŠ investido em cultura e o retorno ĂŠ a satisfação da população e a atração de WXULVWDV QRV PDLV YDULDGRV TXDGUDQWHVČ• DĘťUPD $QWÂľQLR Coutinho. Ao nĂ­vel do desporto e lazer fomos apostando na criação de infraestruturas essenciais Ă qualidade de vida dos munĂ­cipes: piscina, pavilhĂľes gimnodesportivos, polidesportivos em todas as freguesias, campos relvados, parque geriĂĄtrico em inicio de construção, parque urbano, circuitos pedonais, circuitos de manutenção, parques de lazer, parques infantis em todas as IUHJXHVLDV SUDLDV ĘźXYLDLV HWF Mas querem um conselho? Visitem Sever do Vouga e descubram um dos mais belos concelhos deste nosso Portugal.

Igreja Matriz de Sever do Vouga

Sever do Vouga ĂŠ tambĂŠm um dos poucos municĂ­pios com uma ecopista de cerca de sete quilĂłmetros que se irĂĄ prolongar, em breve, por mais cinco, atĂŠ Ă fronteira com Oliveira de Frades. A nossa gastronomia ĂŠ tambĂŠm um cartĂŁo de visita com pratos de grande qualidade, vitela, lampreia, cabrito, rojĂľes, peixe do rio entre outras. O municĂ­pio promove anualmente vĂĄrios eventos, sendo de salientar: a Rota da Lampreia e da Vitela, a Rota do Cabrito, a Feira do Mirtilo, o Festim e a Ficavouga que atraem ao concelho muitos milhares de pessoas. Por forma a criar ainda mais riqueza no concelho, a autarquia implementou o Projeto de Mobilidade Urbana: “Com este projeto, pretendemos tornar Sever do Vouga num concelho acessĂ­vel a todos, melhorando edifĂ­cios pĂşblicos e as prĂłprias ruas. Estamos a executar esse projeto e implementamos jĂĄ muitas mudanças no concelhoâ€?. Culturalmente, o concelho tem apostado numa proJUDPDŠ¼R GLYHUVLĘťFDGD H GH TXDOLGDGH GLQDPL]DQGR os espaços criados para o efeito, CAE (Centro de Artes e EspetĂĄculos), Biblioteca e tem em fase de concurso o Museu Municipal. Tem editado vĂĄrios materiais, PRQRJUDĘťDV EURFKXUDV WHPÂŁWLFDV ĘťOPHV SURPRFLRQDLV divulgando o concelho e as suas riquezas e levando alĂŠm-fronteiras aquilo que de melhor existe em Sever Março 2013

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Município de Águeda tem no (QWUHYLVWD D *LO 1DGDLV SUHVLGHQWH GD &¤PDUD 0XQLFLSDO GH JXHGD

O PAVILHÃO MULTIUSOS 5(&(17(0(17( ,1$8*85$'2 5( 1( 72'$6 $6 &21', (6 3$5$ $&2/+(5 (9(1726 '(63257,926 %(0 &202 (63(7 &8/26 &8/785$,6

O

novo Pavilhão Multiusos do Ginásio Clube de Águeda (GiCA), recentemente inaugurado, é mais uma infraestrutura que contribui para a qualidade de vida

da população do concelho. O que pretende ser este espaço? (VWH 3DYLOK¥R 0XOWLXVRV UHVXOWD GD UHTXDOLʻFD©¥R do pavilhão desportivo do Ginásio Clube de ÁgueGD $TXLOR TXH VH SURFXURX ID]HU FRP HVWH SURMHWR IRL XPD REUD TXH UHVSRQGHVVH ¢V QHFHVVLGDGHV GH LQIUDHVWUXWXUDV TXH W¯QKDPRV QR FRQFHOKR GH JXHGD QR TXH UHVSHLWD ¢ SU£WLFD GHVSRUWLYD H ¢ RUJDQL]D©¥R GH HYHQWRV FXOWXUDLV 1HVWH PRPHQWR HVWH HTXLSDPHQWR UH¼QH FRQGL©·HV Q¥R Vµ SDUD D SU£WLFD GH GHVSRUWR SRGHQGR VHU XVXIUX¯GR SRU XP PDLRU Q¼PHUR GH SHVVRDV PDV WDPE«P ERDV FRQGL©·HV SDUD HYHQWRV GH FDUL] FXOWXUDO H IRUPDWLYR $ FRQVWUX©¥R GHVWH HVSD©R UHVXOWRX GH XPD

O Município de Águeda assume-se como exemplo de modernização simplificando e acelerando rotinas administrativas.

SDUFHULD IHLWD SHOD &¤PDUD 0XQLFLSDO GH JXHGD FRP XP LQYHVWLPHQWR GH FHUFD GH PLOK·HV GH HXURV FRPSDUWLFLSDGR DR DEULJR GR 3URJUDPD 2SHUDFLRQDO 0DLV &HQWUR $V H[SHFWDWLYDV SDUD HVWH QRYR HVSD©R V¥R DV PDLV HOHYDGDV $JRUD LPSRUWD

$ W¯WXOR GH H[HPSOR SDUD SHUFHEHU R HVIRU©R TXH WHP VLGR IHLWR Vµ QRV ¼OWLPRV VHLV DQRV DSRLDPRV D FRQVWUX©¥R GH QRYH ,366 TXH SUHVWDP FXLGDGRV

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GHVSRUWLYRV H FXOWXUDLV GH RXWUD GLPHQV¥R Outro dos exemplos da aposta do município no desenvolvimento regional é o parque empresarial que irá ser inaugurado já este mês. 7HPRV XPD SHUVSHWLYD GH GHVHQYROYLPHQWR GR FRQFHOKR TXH SDVVD SRU XPD YLV¥R LQWHJUDGD H GH GHVHQYROYLPHQWR GDV PDLV YDULDGDV YDO¬QFLDV 1R FDVR FRQFUHWR GR 3DUTXH (PSUHVDULDO GR &DVDU¥R HVWH HVSD©R YHP FROPDWDU XP FRQVWUDQJLPHQWR H[LVWHQWH HP JXHGD TXH HUD R IDFWR GH Q¥R KDYHU QHQKXP HVSD©R GHʻQLGR SDUD DFROKHU DV HPSUHVDV TXH SUHWHQGHVVHP ʻ[DU VH QR FRQFHOKR H GHVVD IRUPD JHUDUHP SRVWRV GH WUDEDOKR 1XP FRQFHOKR FRP XPD IRUWH WUDGL©¥R HPSUHVDULDO FRPR « R FDVR GH JXHGD « LPSRUWDQWH D H[LVW¬QFLD GH HVSD©R SDUD R GHVHQYROYLPHQWR VRFLRHFRQµPLFR GR FRQFHOKR 2 QRYR SDUTXH HPSUHVDULDO WHP PLO PHWURV TXDGUDGRV H UH¼QH WRGDV DV LQIUDHVWUXWXUDV QHFHVV£ULDV SDUD R IXQFLRQDPHQWR GDV LQG¼VWULDV TXH VH TXHLUDP DOL LQVWDODU

Gil Nadais, Presidente da Câmara Municipal de Águeda

PXLWR JUDQGH GH GHVEXURFUDWL]D©¥R RX VHMD « H[WUHPDPHQWH I£FLO GH HVWDEHOHFHU VH H FULDU XPD HPSUHVD HP JXHGD 1R FDVR FRQFUHWR GR 3DUTXH (PSUHVDULDO DTXLOR TXH D DXWDUTXLD SUHWHQGH « TXH RV HPSUHV£ULRV TXH SUHWHQGDP D¯ LQVWDODU VH H TXH RSWHP SHOD FRQVWUX©¥R GR SURMHWR WLSR TXH D &¤PDUD WHP GHʻQLGR SDUD DV LQG¼VWULDV SRVVDP FRPH©DU D FRQVWUXLU GH LPHGLDWR R TXH UHSUHVHQWD XP JDQKR GH WHPSR SDUD DV HPSUHVDV 3RU RXWUR ODGR DV SUµSULDV FRQGL©·HV GH XWLOL]D©¥R GR HVSD©R V¥R EDVWDQWH DWUDWLYDV SRUTXH V¥R PXLWR HFRQµPLFDV ,PSRUWD DLQGD UHIHULU TXH D SUµSULD ORFDOL]D©¥R GH JXHGD « HVWUDW«JLFD XP FRQFHOKR TXH EHQHʻFLD GH XPD FHQWUDOLGDGH JHRJU£ʻFD SUµ[LPR GR 3RUWR GH $YHLUR FRP ERDV YLDV URGRYL£ULDV H IHUURYL£ULDV 7HPRV WDPE«P XPD 8QLYHUVLGDGH DWLYD H P¥R GH REUD HVSHFLDOL]DGD 7RGDV HVWDV FDUDFWHU¯VWLFDV V¥R XPD PDLV YDOLD SDUD R WHFLGR HPSUHVDULDO H IDFLOLWDP D LPSOHPHQWD©¥R GDV HPSUHVDV QR FRQFHOKR

Há algum apoio por parte da autarquia para as

O concelho tem ainda duas incubadores, uma delas

empresas que se pretendam ali instalar? (P SULPHLUR OXJDU D DXWDUTXLD WHP XPD SU£WLFD

com uma vertente empresarial e outra voltada para a parte cultural e criativa. São igualmente

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dois pólos importantes em termos de desenvolvimento… (QWHQGHPRV TXH « LPSRUWDQWH GHVHQYROYHU R HPSUHHQGHGRULVPR LQGXVWULDO 3RU LVVR WHPRV LQFXEDGRUDV H HVSD©RV RQGH VH SRGHP HVWDEHOHFHU QRYDV HPSUHVDV FRP FRQGL©·HV SULYLOHJLDGDV 1R FDPSR FXOWXUDO « FDGD YH] PDLV « SURFXUDGD XPD LQWHU UHOD©¥R GH VDEHUHV H QHVVD £UHD WHPRV GLIHUHQWHV SURMHWRV 4XHUHPRV WHU WDPE«P XP HVSD©R SDUD RV MRYHQV FULDGRUHV TXH SRVVDP YLU SDUD JXHGD H WURFDU H[SHUL¬QFLDV DXPHQWDQGR DVVLP Q¥R Vµ DV VXDV SUµSULDV SRWHQFLDOLGDGHV FRPR WDPE«P GD SRSXOD©¥R ORFDO SURFXUDQGR VHPSUH ID]HU PDLV H PHOKRU QR FRQFHOKR Paralelamente ao esforço da autarquia em promover o empreendedorismo, como forma de geração de emprego e dinâmica socio económica para o concelho, e tendo em conta a atual conjuntura do

RV H[FHGHQWHV GD VXD SURGX©¥R H WHU DVVLP XPD IRQWH GH UHQGLPHQWR 'H LJXDO IRUPD Q¥R TXHUHPRV TXH HP JXHGD KDMD XPD FULDQ©D FRP IRPH 3HGLPRV D WRGRV RV SURIHVVRUHV TXH LGHQWLʻTXHP XPD VLWXD©¥R GHVWDV SDUD D UHSRUWHP GH LPHGLDWR ¢ &¤PDUD 0XQLFLSDO SDUD TXH SRVVDPRV DWXDU (QWHQGHPRV TXH R SUREOHPD DWXDO GD D©¥R VRFLDO « D SREUH]D HVFRQGLGD SHVVRDV TXH GH UHSHQWH SHUGHUDP R HPSUHJR H VH YLUDP VHP D KDELWXDO IRQWH GH UHQGLPHQWR D HVWD FDPDGD GD SRSXOD©¥R TXH SUHWHQGHPRV SUHVWDU XP HVSHFLDO HQIRTXH H DSRLDU Os projetos futuros perspetivados pela autarquia para o concelho passam por que áreas de intervenção? 2V SURMHWRV V¥R PXLWRV H HP GLYHUVDV £UHDV 1D

país, têm sido criadas por parte da autarquia infra-

£UHD VRFLDO YDPRV ID]HU XP SURMHWR TXH DEUDQJHU£ PDLV GH FHP SHVVRDV HP VLWXD©¥R GH GLʻFXOGDGH

estruturas na vertente social? (P JXHGD D DXWDUTXLD Q¥R HVW£ VR]LQKD 7HPRV XPD SRSXOD©¥R PXLWR DWLYD H XPD ERD UHGH GH ,366

DWUDY«V GD FULD©¥R GH XP SURJUDPD RFXSDFLRQDO RQGH OKHV Y¥R VHU GDGRV PHLRV GH VXEVLVW¬QFLD 1D FRPSRQHQWH GH UHJHQHUD©¥R XUEDQD WHPRV XPD


QUALIDADE DE VIDA

novo espaço recreativo

ernização administrativa e parceiro dos projetos quer dos cidadãos, quer das empresas,

Com o Parque Empresarial do Casarão a criação de riqueza e de emprego tem lugar marcado no Concelho de Águeda.

Entre 6 e 28 de julho a animação enche a cidade de Águeda com o festival AgitÁgueda 2013

A zona ribeirinha é agora um espaço aprazível e de convívio, convidando à realização das mais diversas iniciativas.

A maior lagoa natural de água doce da Península Ibérica a Pateira de Fermentelos -

intervenção prevista junto ao rio para fazer um canal que resolva o problema das cheias. $V REUDV GH UHTXDOLʻFD©¥R Y¥R FRQWLQXDU GH forma a que Águeda se torne cada vez atrati-

residentes possam arrendar aos turistas um quarto em sua casa a quem nos visita e desta forma terem mais uma forma de rendimento. A oferta cultural também é importante. Há

Para a autarquia importa também as sinergias entre os artistas do concelho e aqueles que vêm de fora. Exemplo disso foi o espetáculo de inauguração do Pavilhão Multiusos

va, tanto para os seus habitantes, como para os que nos visitam. O concelho tem zonas turísticas por excelência, como é o caso da Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natu-

uma regularidade na agenda cultural em Águeda. De inverno, na segunda sexta-feira de cada mês há um espetáculo, sextas-feiras culturais. Durante o mês de julho tem lugar

do Ginásio Clube de Águeda que contou com um concerto de Maria João & Mário Laginha, num espetáculo realizado em colaboração com a Orquestra Filarmonia das Beiras, diri-

ral a nível ibérico, a Serra do Caramulo, e a rede de trilhos terrestres. Vamos promover

o AgitÁgueda, um evento com entrada livre que se realiza junto a rio e que já se tornou

gida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo, músicos da União de Bandas, do Conservató-

uma rede de alojamento local, para que os

num evento de referência a nível regional.

rio de Música e do Orfeão de Águeda. Março 2013

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QUALIDADE DE VIDA

Perdido de encantos APESAR DE FAZER PARTE DO DISTRITO DE VISEU, É O DOURO QUE NOS RECEBE QUANDO VISITAMOS SĂƒO JOĂƒO DA PESQUEIRA. CONHECIDO PELAS SUAS MAGNĂ?FICAS PAISAGENS, PELO EXCELENTE VINHO DO PORTO QUE AQUI SE PRODUZ E PELA GASTRONOMIA QUE NUNCA SE ESQUECE, ESTE CONCELHO É TAMBÉM BASTANTE ATRATIVO PARA QUEM AQUI VIVE. CONHEÇA SĂƒO JOĂƒO DA PESQUEIRA E A SUA QUALIDADE DE VIDA.

A

interioridade tem vantagens e desvantagens, mas no caso de SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira as desvantagens desvanecem-se com as vantagens. O

mas, novas realidades, mas o mesmo concelho de sempre, assente nas suas gentes hospitaleiUDV QD VXD PDJQÂŻĘťFD JDVWURQRPLD H QD PDJQLĘťFÂŹQFLD GDV VXDV SDLVDJHQV

chilrear dos pĂĄssaros invade-nos, os cheiros de lenha queimada vinda das lareiras em dias frios acolhe-nos, o paladar ĂŠ assoberbado com as maravilhas gastronĂłmicas e o Douro tira-nos o fĂ´lego. Aqui, vive-se ao invĂŠs de se sobreviver. Aqui, respira-se. Quem nĂŁo conhece SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira poderĂĄ estar a perder uma das

Em entrevista ao PaĂ­s Positivo, JosĂŠ Tulha, edil da autarquia de SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira, revela que o concelho tem Ă­ndices de qualidade de vida bastante atrativos. No entanto, tudo isto

mais belas experiências que um ser humano pode ter. Essencialmente agrícola, São João da Pesqueira destaca-se sobretudo na vertente vitivinícola, sendo um dos principais concelhos produtores de vinho do Porto. Hoje, os vinhos do Douro começam jå a despontar e a transformação da JosÊ Tulha, edil da autarquia de São João da Pesqueira

agricultura ĂŠ jĂĄ uma realidade. Novos paradig-

Ideias e sugestĂľes jĂĄ foram transmitidas ao Governo e espera-se por luz verde para tornar o concelho de SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira mais prĂłximo dos principais centros. “NĂŁo queremos uma autoestrada que atravesse o concelho porque ĂŠ mais fĂĄcil levar do que trazer, mas queremos que realmente o concelho possa ter uma via de

serviços e das infraestruturas, o concelho estĂĄ dotado de uma panĂłplia de opçþes que, muitas vezes, fazem inveja a muitas cidades do litoralâ€?.

acesso condigna e que permite que seja fĂĄcil a deslocação de pessoas e bens para o concelhoâ€?, admite.

Exemplo disso são as duas piscinas, uma de ågua quente e uma de ågua fria, os dois ginåsios e circuitos de manutenção e o excelente Parque de Campismo, que fazem as delícias dos

O concelho que mais produz vinho do Porto e que acolhe as maiores quintas da regiĂŁo do Douro, reclama melhores acessibilidades para

turas sĂŁo complementadas com a tranquilidade caracterĂ­stica e o excelente ar que se respira. SĂŁo muitos os indicadores que estabelecem os Ă­ndices de qualidade de vida. Um deles ĂŠ, indiscutivelmente, a saĂşde. Neste caso, SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira, fruto das polĂ­ticas de saĂşde e das falĂ­veis e pouco humanas estatĂ­sticas, perdeu as urgĂŞncias. No entanto, o centro de saĂşde funcioQD GDV K ¢V K H DSHVDU GH RV SURĘťVVLRQDLV de saĂşde terem pouco interesse em deslocar-se para o interior do paĂ­s, tem sido feito um esforço no sentido de que todos os habitantes tenham cuidados primĂĄrios de saĂşde. Para colmatar a lacuna das urgĂŞncias, a autarquia tem feito um investimento avultado para dotar as duas corporaçþes de bombeiros do concelho do que ĂŠ necessĂĄrio para responder Ă s necessidades. “Temos investido em ambulâncias e em formação de recursos humanos para que esta inexistĂŞncia de urgĂŞncias nĂŁo tenha um impacto negativo na população e para que todos se possam sentir mais seguros. Infelizmente, nĂŁo conseguimos contratar mais mĂŠdicos e, portanto, esta foi a forma encontrada para colmatar HVVD IDOKD DR QÂŻYHO GD VDÂźGHČ• DĘťUPD R HGLO ( quando existe segurança, existe satisfação e qualidade de vida.

| Março 2013

sårio alternativas. Compreendemos que o país atravessa uma crise mas tambÊm entendemos que não Ê possível estagnar, Ê necessårio que se saibam utilizar os fundos comunitårios que existem por forma a melhorar o nosso país�.

foi fruto de um enorme enfoque e investimento naquilo que ĂŠ essencial para a população. “Como qualquer localidade do interior, SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira teve que lutar e construir a sua qualidade de vida. Neste momento, ao nĂ­vel dos

que aqui vivem e dos que aqui vĂŞm. E, tal como qualquer concelho do interior, todas estas estru-

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solução para este problema porque Ê neces-

que se possa gerir e manter esta riqueza, mantendo assim a qualidade de vida dos habitantes, tambĂŠm ao nĂ­vel econĂłmico. Numa altura em que o paĂ­s atravessa graves SUREOHPDV DR QÂŻYHO HFRQÂľPLFR H ĘťQDQFHLUR 6ÂĽR JoĂŁo da Pesqueira ĂŠ um polo de empregabilidade. No entanto, “as nossas ofertas de trabalho sĂŁo ao nĂ­vel da agricultura e nĂŁo dos serviços RX SURĘťVV¡HV PDLV GLIHUHQFLDGDV ‹ FRPXP durante todo o ano, os empresĂĄrios agrĂ­colas terem necessidade de recrutar mĂŁo-de-obra a RXWURV FRQFHOKRVČ• 1R TXH WRFD D SURĘťVVLRQDLV com maiores habilitaçþes, o concelho tem pouco para oferecer porque, de facto, nĂŁo existe procura e, como tal, ĂŠ comum ver quadros superiores rumarem para outros destinos. No entanto, e no sentido de dar mais oportunidades aos jovens da terra, foi feito um esforço para que existisse, QR FRQFHOKR XPD HVFROD SURĘťVVLRQDO TXH GRWDVse os jovens das ferramentas necessĂĄrias para fazer face ao mercado de trabalho existente: a agricultura. “Sabemos que nem toda a gente pode ser formada e portanto tivemos necessidade de criar mais oportunidades e, sendo DVVLP FULDPRV XPD HVFROD SURĘťVVLRQDO DJUÂŻFROD FDSDFLWDQGR RV QRVVRV MRYHQV SDUD D ÂŁUHD SURĘťVsional existente no concelhoâ€?, avança JosĂŠ Tulha. No geral, o executivo da Câmara Municipal de SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira trabalha todos os dias para que o concelho tenha tudo aquilo que

Qualidade de vida existe, mas o autarca não HVW£ WRWDOPHQWH VDWLVIHLWR Ȕ7HPRV XPD GLʝFXOdade que se arrasta hå muitos anos e que Ê IDFLOPHQWH LGHQWLʝFDGD SRU TXHP UXPH D 6¼R

merece, o melhor. Desde o desporto Ă economia, passando pelo turismo e pelo ambiente,

JoĂŁo da Pesqueira e que sĂŁo as acessibilidades. Estamos, neste momento, junto da Estradas de Portugal e do Governo a tentar arranjar uma

das, nĂŁo se deixe assustar pelas curvas das estradas abeiradas do Douro, e visite SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira.

SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira tem muito para oferecer aos habitantes e aos visitantes. E se tem dĂşvi-



CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO

VII Congresso Mundial do Presunto

disso, temos medidas de apoio à natalidade e comSDUWLFLSDPRV HP SRU FHQWR GRV PHGLFDPHQWRV aos idosos. No entanto, temos um constrangimento que reside na empregabilidade, não hå uma grande oferta de empregos. Enquanto não houver uma aposta nacional de criar medidas de discriminação positiva para ʝ[DU SHVVRDV QR LQWHULRU WHPRV XP JUDYH SUREOHPD em todo o país. Por um lado, o interior porque não tem população e os grandes centros urbanos porque têm excesso de população, o que não traz qualidade de vida. O país tem que se devolver de uma forma homogÊnea em todo o seu território e que os investimentos feitos no interior do país são investimentos nacionais. Por exemplo, em Ourique temos uma grande

ENTREVISTA A PEDRO DO CARMO, PRESIDENTE DA CĂ‚MARA MUNICIPAL DE OURIQUE

comunidade estrangeira, cerca de 400 pessoas, alguns dos quais professores universitĂĄrios que optaram por viver em Ourique, desenvolvendo o seu trabalho para outros paĂ­ses como Inglaterra e a Irlanda, usufruindo assim da qualidade de vida do concelho. Isto ĂŠ um exemplo que se podia ser reproduzido noutros pontos do paĂ­s, sĂŁo pessoas TXH DR VH Ęť[DUHP QR FRQFHOKR GLQDPL]DP R PXQL-

estrangeiro. Atualmente, fazemos a produção, a FHUWLʝFDŠ¼R WRGR R DFRPSDQKDPHQWR GD SURGXŠ¼R Ê feita pela Associação de Criadores de Porco Alentejano, com sede em Ourique. Temos uma fåbrica de transformação de grande dimensão e outras duas de mÊdia dimensão, e outra em construção.

trabalhado desde hå dois anos a esta parte, assentou num conceito de uma ligação muito próxima às universidades, ao turismo e às associaçþes de produtores. O conceito que apresentamos foi a nossa vila toda ser o local do congresso, sendo utilizando as diversas infraestruturas do município, como o

Temos uma grande oferta, ao nível da restauração, de porco de raça alentejana. Esta aposta permitiu

centro de convívio, o parque multiusos, as refeiçþes serão realizadas no campo e na praça principal. A

O concelho?

cĂ­pio. Outro exemplo, a isenção da taxa de IRC que constituĂ­a um incentivo Ă quelas empresas que se SUHWHQGHVVHP Ęť[DU QR LQWHULRU WHUPLQRX É preciso que haja população, caso contrĂĄrio começam a ser fechados equipamentos pĂşblicos, entrando numa espiral de abandono, e quando se pretender que a população retorne ao interior

Ęť[DU DOJXQV MRYHQV TXH VH GHGLFDUDP DR VHWRU agrĂ­cola. A Feira do Porco Alentejano ĂŠ jĂĄ um HYHQWR H[ OLEULV GR FRQFHOKR TXH DWUDLbPLOKDUHV GH visitantes. A par de uma componente de discussĂŁo tĂŠcnica, o evento tem uma componente recreativa,

realização deste evento em Ourique serå uma mais-valia para próprios concelhos vizinhos, atravÊs da utilização da sua oferta hoteleira. Com este evento não estaremos apenas a promover o porco alentejano, mas a região, o seu património e os seus produ-

Ourique Ê um município do interior alentejano, FRP XPD ORFDOL]DŠ¼R JHRJU£ʝFD HVWUDWJLFD FRP as redes viårias e as boas acessibilidades, estamos muito perto do Sul de Espanha, de Lisboa, da Costa $OHQWHMDQD H GR $OJDUYH 7HPRV DV GLʝFXOGDGHV

não existirão os serviços necessårios. Acreditamos tambÊm que Ê necessåria uma aposta na criação de HVFRODV GH HQVLQR SURʝVVLRQDO QR LQWHULRU FRP XP ensino direcionado para os recursos endógenos da região. Uma aposta nesta årea criaria conhecimento

com a atuação dos grupos Sonido Andaluz, no dia 22, e Os Azeitonas, a 23, ambos os espetåculos têm

que hoje todo o interior tem, a falta de população. Ourique tem qualidade de vida atÊ porque tem uma

e dinamismo.

tos. No que diz respeito ao programa, o VII Congresso Mundial do Presunto terĂĄ uma componente de GLVFXVVÂĽR WÂŤFQLFD FRP XPD FRPLVVÂĽR FLHQWÂŻĘťFD TXH conta com a participação de JosĂŠ Tirapicos Nunes, professor de Medicina VeterinĂĄria na Universidade de Évora, bem como de um conjunto de professores de universidades portuguesas e espanholas. Apro-

oferta de serviços representativa, com uma oferta VRFLDO H FXOWXUDO GLYHUVLʝFDGD (P 2XULTXH K£ XPD igual oportunidade de acesso a atividades sociais e culturais às que existem nos centros urbanos. Na educação tem sido feita uma aposta clara. Hå uma

Enquanto Capital do Porco Alentejano, Ourique promove a Feira do Porco Alentejano, que se realizarå nos dias 22 a 24 de março. Como serå este evento?

urique Ê um município conhecido pela sua qualidade de vida. Que trabalho tem sido desenvolvido pela autarquia na promoção da qualidade de vida no

panĂłplia de oferta no que diz respeito Ă s atividades extracurriculares, desde a mĂşsica, ballet, aulas de expressĂŁo plĂĄstica, entre muitas outras. Para alĂŠm

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O porco de raça alentejana Ê um dos nossos produtos de excelência e iniciativas como esta pretendem valorizar este recurso endógeno. Apostamos neste produto para valorizå-lo internamente, uma vez que toda a sua produção era vendida para o

entradas livres. Ourique serĂĄ tambĂŠm o palco de um grande evento, o VII Congresso Mundial do Presunto, que se realiza pela primeira vez em Portugal, de 28 a 30 de maio ‌ Fizemos uma candidatura em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano. Todo este projeto envolve um investimento superior a 300 PLO HXURV FRĘťQDQFLDGR D SRU FHQWR FRP IXQdos comunitĂĄrios, sendo o restante comparticipado pelos patrocĂ­nios e pelas prĂłprias inscriçþes dos participantes. A nossa candidatura, na qual temos

veitando a presença destes especialistas, teremos tambÊm um conjunto de colóquios e seminårios. Haverå de igual forma momentos de lúdicos e de confraternização, onde serå feita uma degustação de presuntos de vårias partes do mundo. Este evento serå um marco para Ourique e para o país porque serå a primeira vez que este congresso não se realizarå em Espanha.


CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO

ENTREVISTA A NUNO FAUSTINO, PRESIDENTE DA ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE CRIADORES DE PORCO ALENTEJANO (ACPA)

Q

ue atividade tem sido desenvolvida pela Associação de Criadores de Porco Alentejano na promoção desta raça?

Raça Alentejana, mas tambÊm do turismo, complementando as diferentes estratÊgias de progresso e valorização da nossa região. Pretende-se criar oportunidades de negócio, abrir mercados às empresas do setor e aumentar o conhecimento de uma realidade económica e social distinta, envolvendo as comunidades e os recursos da nossa região Alentejo. 1HOH SDUWLFLSDP RV PHOKRUHV SURʝVVLRQDLV SURYLQ-

A ACPA, criada em 1990 em Ourique, tem como objeto social geral o apoio, por todas as formas ao seu alcance, aos criadores suinícolas de raça alentejana. Desde então fez renascer uma raça que HVWDYD QR OLPLDU GD H[WLQŠ¼R H WRGD XPD ʝOHLUD GH qualidade que, apesar das vicissitudes atuais, pode

Para o setor do Porco Alentejano, em particular, pretendemos divulgar e promover os produtos que desta nobre matÊria-prima são originårios, contribuído assim para o crescimento destas produçþes e para o desenvolvimento e sustentabilidade do mundo rural.

dos da investigação do setor cårnico, especialistas e representantes institucionais oriundos de vårios países como China, Japão, AmÊrica Latina e Europa.

ser considerada de sucesso, contribuindo para um melhor aproveitamento e mais sustentado dos mais vastos recursos endĂłgenos de que o mundo rural dispĂľe, o montado. Assumindo-se como entidade de consultadoria em assuntos da especialidade nomeadamente, como LQWHUORFXWRUD GDV HQWLGDGHV RĘťFLDLV GH PHGLGDV GH

produtos de salsicharia tradicional derivados do Porco Alentejano, gere conjuntamente com outra

fomento da suinicultura da raça alentejana e de

associação o Livro Genealógico do Porco de Raça

apoio aos criadores, presta um vasto conjunto de serviços aos associados, organiza e mantÊm atualizado o arrolamento dos efetivos das exploraçþes dos associados, contribui para a demarcação da ]RQD GH SURGXŠ¼R WLSLʝFDŠ¼R H GHQRPLQDŠ¼R GH

Alentejana e promove a realização de contractos com a industria nacional e espanhola. Qual a importância da realização do VII Congresso Mundial do Presunto?

deste evento. Tratando-se de um fĂłrum de discussĂŁo centrado na

origem dos produtos de salsicharia tradicionais do Porco Alentejano, promove o mercado regio-

A realização do congresso em Ourique constitui um PRPHQWR GH PDLRU LPSRUW¤QFLD SDUD D DʝUPDŠ¼R

nal, nacional, comunitĂĄrio e internacional para os produtos citados, ĂŠ a entidade gestora de vĂĄrios

e desenvolvimento dos setores da agricultura, em particular da produção e transformação do Porco

produção e transformação do presunto pretende criar uma dinâmica nesta temåtica, contribuindo para o seu crescimento, criando oportunidades, divulgando e promovendo tecnologias inovadoras.

Nuno Faustino, Presidente da ACPA

Quais os benefícios retirados pelos diversos intervenientes envolvidos neste certame? Um evento desta grandiosidade trarå a Ourique cerca de 500 congressistas promovendo esta região e divulgando o que temos de melhor. Contribuirå para dinamizar toda a região Alentejo e prestigiarå Portugal, pois esta vila ganhou a Bruxelas aquando da escolha do local para a realização

VII CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO. Para mais informaçþes, por favor, consulte http://www.ourique2013.com

Março 2013

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

ARBITRAGEM E PROPRIEDADE INDUSTRIAL

TEM SIDO, EM PORTUGAL, ATRIBUÍDO À ARBITRAGEM UM PAPEL DE RELEVÂNCIA CRESCENTE, COMO MEIO DE RESOLUÇÃO DE LITÍGIOS EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL ( PI ). PODE ATÉ DIZER- SE QUE, NESTE DOMÍNIO, O LEGISLADOR PORTUGUÊS TEM CLARAMENTE ANDADO MUITO À FRENTE DO QUE SERÃO OS EFETIVOS ANSEIOS E NECESSIDADES SENTIDOS PELAS EMPRESAS E DEMAIS UTILIZADORES DO SISTEMA DE PI. E NEM SEMPRE, DIGA- SE DESDE JÁ, NO MELHOR SENTIDO… Nuno Cruz

S

¥R EDVWDQWH GLYHUVLʻFDGDV DV TXHVW·HV TXH HP 3, SRGHP VXUJLU H VHU REMHWR GH OLW¯JLR 'HVGH ORJR DV GH QDWXUH]D FRQWUDWXDO

TXH HQYROYDP D FRQFHVV¥R GH OLFHQ©DV GH H[SORUD©¥R GRV GLYHUVRV GLUHLWRV GH 3, DV SDWHQWHV DV PDUFDV RV GHVHQKRV RX PRGHORV HWF $V TXHVW·HV FRQWUDWXDLV V¥R SRU DVVLP GL]HU DTXHODV SDUD TXH HVW£ QDWXUDOPHQWH YRFDFLRQDGD D $UELWUDJHP 0DV RV OLW¯JLRV HP 3, SRGHP HPHUJLU GH Y£ULDV RXWUDV VLWXD©·HV 'HVWDV DV PDLV IUHTXHQWHV VHU¥R VHP G¼YLGD DV TXH UHVSHLWDP ¢ LQIUD©¥R GRV GLYHUVRV GLUHLWRV SULYDWLYRV LQIUD©·HV GH SDWHQWHV GH PDUFDV GH GHVHQKRV RX PRGHORV HWF LQFOXLQGR D UHVSRQVDELOLGDGH FLYLO RULJLQDGD SRU WDLV DWRV LO¯FLWRV 2XWUDV DLQGD SRGHU¥R GHFRUUHU GH TXHVW·HV UHODFLRQDGDV FRP D SUµSULD YDOLGDGH GRV GLUHLWRV GH 3, RX FRP D DWULEXL©¥R GD WLWXODULGDGH GHVVHV GLUHLWRV (VVDV TXHVW·HV GH QDWXUH]D Q¥R FRQWUDWXDO IRUDP LQLFLDOPHQWH H GXUDQWH PXLWRV DQRV GD FRPSHW¬QFLD H[FOXVLYD GRV WULEXQDLV HVWDGXDLV MXGLFLDLV ( « QHVWH GRP¯QLR TXH ȏ GHVLJQDGDPHQWH HP 3RUWXJDO ȏ D $UELWUDJHP YHP DGTXLULQGR SURJUHVVLYDPHQWH PDLRU UHOHYR FRPR PHLR DOWHUQDWLYR GH UHVROX©¥R GH OLW¯JLRV

26 |

| Março 2013

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Um verdadeiro caso de sucesso na Arbitragem em matéria de PI, são os processos relativos aos Nomes de Domínio. A nível internacional, destaca-se nestes processos o Centro de Mediação e Arbitragem da OMPI. De um ponto de vista estritamente jurídico, o maior problema (e reserva) à Arbitragem em PI centra-se na questão de arbitrabilidade dos litígios nesse domínio

(VWD TXHVW¥R « FODUDPHQWH GH LQWHUHVVH S¼EOLFR 6HU£ SRLV LQFRPSDW¯YHO FRP D SUµSULD QDWXUH]D GD $UELWUDJHP HVWD LPSRUWDQWH YHUWHQWH GRV OLW¯JLRV HP 3, UHODWLYD ¢ DSUHFLD©¥R GD YDOLGDGH LQWU¯QVHFD GRV direitos de PI. $OL£V D SUµSULD OHL R DUWLJR | Q | GR &µGLJR GD 3URSULHGDGH ,QGXVWULDO FRQVLJQD H[SUHVVDPHQWH TXH D GHFODUD©¥R GH QXOLGDGH RX D DQXOD©¥R GHVVHV GLUHLWRV Vµ SRGHP UHVXOWDU GH GHFLV¥R MXGLFLDO $SHVDU GH WXGR R OHJLVODGRU SRUWXJX¬V YHP DWULEXLQGR R TXH SDUHFH VHU XPD FRPSHW¬QFLD LOLPLWDGD DRV SURFHVVRV DUELWUDLV QD UHVROX©¥R GH OLW¯JLRV HP 3, $VVLP « TXH FRP R &µGLJR GD 3URSULHGDGH ,QGXVWULDO &3, GH IRL LQVWLWX¯GR R GHQRPLQDGR ȔUHFXUVR DUELWUDOȕ FRPR DOWHUQDWLYD DR UHFXUVR MXGLFLDO SDUD D LPSXJQD©¥R GDV GHFLV·HV GR ,QVWLWXWR 1DFLRQDO GD 3URSULHGDGH ,QGXVWULDO ,13, ȏ GHVLJQDGDPHQWH GDV TXH FRQFHGDP RX UHFXVHP RV GLUHLWRV GH 3, 3UHVFUHYH R UHIHULGR &3, TXH SRGHU¥R VHU DSUHFLDGDV H GHFLGLGDV SRU XP WULEXQDO DUELWUDO WRGDV DV TXHVW·HV VXVFHW¯YHLV GH UHFXUVR MXGLFLDO 2 SDSHO IXQGDPHQWDO QHVWHV SURFHVVRV GH UHFXUVR DUELWUDO YHLR D VHU DWULEX¯GR DR $5%,75$5( XP FHQWUR GH DUELWUDJHP FULDGR HP FRP FRPSHW¬QFLDV


SELO DE GARANTIA

especializadas em Propriedade Industrial, Nomes de 'RPÂŻQLR H GHQRPLQDŠ¡HV VRFLDLV (P IRL GHWHUPLQDGD SRU SRUWDULD D YLQFXODŠ¼R JHQÂŤULFD GR ,13, DR $5%,75$5( SDUD HIHLWR GH LQWHUSRVLŠ¼R GRV DOXGLGRV UHFXUVRV DUELWUDLV GDV GHFLV¡HV GH FRQFHVVÂĽR RX UHFXVD proferidos por aquele Instituto. Com um “arranqueâ€? difĂ­cil (o ARBITRARE permaneceu no inĂ­cio, e durante algum tempo, praticamente “sem WUDEDOKRČ• QR TXH UHVSHLWD D HVWHV FDVRVČš D ĘťJXUD GR UHFXUVR DUELWUDO HVWDUÂŁ SURJUHVVLYDPHQWH D JDQKDU R VHX HVSDŠR FRPR PHLR GH UHVROXŠ¼R GH OLWÂŻJLRV HPERUD R YROXPH GH SURFHVVRV FRQWLQXH D VHU PRGHVWR $ TXHVWÂĽR TXH VH FRORFD ÂŤ D GH VH VDEHU VH HIHWLYDPHQWH WRGDV DV TXHVW¡HV SDVVÂŻYHLV GH UHFXUVR MXGLFLDO SRGHUÂĽR VHU REMHWR GH XP SURFHVVR UHFXUVR DUELWUDO como se proclama no CPI. 'ÂźYLGDV QÂĽR UHVWDP TXH VHUÂĽR SOHQDPHQWH DUELWUÂŁYHLV DV TXHVW¡HV TXH GLJDP UHVSHLWR DSHQDV D FRQĘźLWRV HQWUH GLUHLWRV GDV SDUWHV HQYROYLGDV QR SURFHVVR -ÂŁ DV PDLRUHV UHVHUYDV VH FRORFDP Č? VDOYR PHOKRU RSLQLÂĽR Č? TXDQWR ¢ DUELWUDELOLGDGH GRV FDVRV HP TXH VH GHFLGD VREUH D YDOLGDGH LQWUÂŻQVHFD GH XP GLUHLWR GH 3, 3DUHFH DVVLP IRUŠRVR FRQFOXLU TXH DĘťQDO QHP WRGDV DV TXHVW¡HV VHUÂĽR SDVVÂŻYHLV GR UHFXUVR DUELWUDO SUHYLVWR no CPI‌ 9HUGDGHLUDPHQWH LQRYDGRU Č? PDV VHJXUDPHQWH QÂĽR QR ERP VHQWLGR GD SDODYUD Č? IRL R VLVWHPD GH DUELWUDJHP LQVWLWXÂŻGR QR ĘťQDO GH SDUD GLULPLU RV litĂ­gios entre os titulares de patentes (respeitantes a PHGLFDPHQWRV GH UHIHUÂŹQFLD H DV HPSUHVDV GH JHQÂŤULFRV D IDPRVD /HL Q | GH GH 'H]HPEUR Č? DUWLJRV | D | 7UDWD VH GH XP VLVWHPD GH DUELWUDJHP QHFHVVÂŁULD RX VHMD D TXH REULJDWRULDPHQWH GHYHUÂĽR recorrer os titulares de patentes quando pretendem UHDJLU FRQWUD R ODQŠDPHQWR GH XP QRYR PHGLFDPHQWR JHQÂŤULFR SRU LQIUDŠ¼R GDTXHOHV VHXV GLUHLWRV GH 3, YHGDQGR DVVLP D GHIHVD GHVVHV GLUHLWRV DWUDYÂŤV GRV QRUPDLV SURFHVVRV MXGLFLDLV QRV WULEXQDLV HVWDGXDLV ‹ LQFRPSUHHQVÂŻYHO GHVGH ORJR HVWD RSŠ¼R GR OHJLVODGRU SRUWXJXÂŹV SRU XP VLVWHPD GH DUELWUDJHP QHFHVVÂŁULD SRUWDQWR FRP D IRUŠRVD H[FOXVÂĽR GRV SURFHVVRV MXGLFLDLV 1DGD D MXVWLĘťFDYD Č? VXVFLWD DOLÂŁV YÂŁULDV TXHVW¡HV GH LQFRQVWLWXFLRQDOLGDGH Č? H WHP PHUHFLGR IRUWÂŻVVLPDV FUÂŻWLFDV SRU SDUWH GRV GLYHUVRV VHWRUHV LQWH-

UHVVDGRV 'HYH UHIHULU VH D HVVH UHVSHLWR TXH WRGDV DV HQWLGDGHV FRQYLGDGDV D SURQXQFLDUHP VH VREUH D UHVSHWLYD SURSRVWD GH SURMHWR OHL TXH LQFOXÂŻUDP D $3,FARMA e a APOGEN‌) se manifestaram abertamente FRQWUD D FULDŠ¼R GHVWH VLVWHPD GH DUELWUDJHP RX SHOR PHQRV FRORFDUDP UHVHUYDV TXDQWR ¢ DGPLVVLELOLGDGH do mesmo. 3RUYHQWXUD QÂĽR PHQRV JUDYH GR TXH D SUÂľSULD FULDŠ¼R GHVWH VLVWHPD GH DUELWUDJHP IRL D GHĘťFLHQWÂŻVVLPD UHJXODPHQWDŠ¼R GR PHVPR HP YÂŁULRV DVSHWRV IXQGDPHQWDLV (UURV H RPLVV¡HV TXH QÂĽR VÂĽR QÂĽR ĘťFDUDP UHVROYLGRV FRP D PHUD UHPLVVÂĽR IHLWD SDUD DV GLVSRVL-

Consumidores atestam HʟF£FLD GRV SURGXWRV segunda fase, o laboratório acompanha todo o teste. 6¼R WHVWHV IHLWRV HP FDVD HP FRQGLŠ¡HV UHDLV GH XWLOL]DŠ¼R 2 SURGXWR  GLVSRQLELOL]DGR HP IUDVFRV VHP U¾WXORV SDUD Q¼R KDYHU D LQʟXQFLD GD QRWRULHGDGH GD PDUFD QD DYDOLDŠ¼R GR FRQVXPLGRU (VWD metodologia diferencia-se dos outros selos porque LPSOLFD XP WHVWH FHJR 2V FRQVXPLGRUHV Q¼R VDEHP TXH PDUFDV HVW¼R D WHVWDU SHOR TXH Q¼R K£ TXDOTXHU LQʟXQFLD GD QRWRULHGDGH GD PDUFD D RSLQL¼R VREUH o resultado do produto Ê isenta. Mediante o tipo

Š¡HV JHUDLV GD /HL GH $UELWUDJHP 9ROXQWÂŁULD ,PS¡H VH DVVLP VHPSUH UHVVDOYDGD PHOKRU RSLQLÂĽR D UÂŁSLGD UHYRJDŠ¼R GR VLVWHPD GH DUELWUDJHP QHFHVVÂŁULD LQVWLWXÂŻGR SHOD /HL Q | Č? SRUYHQWXUD H TXDQGR PXLWR FRP D VXD Č”WUDQVIRUPDŠ¼RČ• QXP SURFHGLPHQWR GH DUELWUDJHP YROXQWÂŁULD FRQYHQLHQWHPHQWH UHJXODGR 0DV MÂŁ DJRUD VRPHQWH DSÂľV VH GRWDU R DWXDO 7ULEXQDO da Propriedade Intelectual dos meios (logĂ­sticos e humanos) para receber e decidir adequadamente estes complexos processos de patentes! Se o aludido sistema de arbitragem necessĂĄria pode ser considerado (foi claramente) um excesso do OHJLVODGRU SRUWXJXÂŹV Č? DOLÂŁV DR TXH VH VDEH XPD Č”LQYHQŠ¼RČ• VHP Č”HTXLYDOHQWHČ• HP TXDOTXHU RXWUD RUGHP MXUÂŻGLFD Č? RXWURV WLSRV GH OLWÂŻJLRV H[LVWHP HP PDWÂŤULD de direitos de PI, nos quais poderia ser implementada D $UELWUDJHP 2X XP GRV RXWURV PHLRV DOWHUQDWLYRV H[WUDMXGLFLDLV GH UHVROXŠ¼R GH OLWÂŻJLRV TXH ÂŤ D 0HGLDŠ¼R 3RU H[HPSOR QR ¤PELWR GDV LQWHUYHQŠ¡HV DGXDQHLUDV em matĂŠria de PI poderia ser instituĂ­do um procedimento de arbitragem, adequadamente adaptado Ă natureza daqueles casos. E, no domĂ­nio dos processos FULPLQDLV GHVLJQDGDPHQWH SRU LQIUDŠ¼R GH PDUFD SRGHULD VHU FRQYHQLHQWHPHQWH LPSOHPHQWDGR R H[LVWHQWH VLVWHPD GH 0HGLDŠ¼R 3HQDO (P DPERV RV FDVRV IDULD WRGR R VHQWLGR FRPHWHU DR $5%,75$5( D IXQŠ¼R GH &HQWUR UHVSRQVÂŁYHO SRU HVVHV SURFHVVRV

NUNO CRUZ ADVOGADO ESPECIALISTA EM PROPRIEDADE INTELECTUAL

ENTREVISTA A DÉBORA SANTOS SILVA, DIRETORA-GERAL DA TRYP NETWORK Como surgiu o projeto Top Beleza em Portugal? O Top Beleza surgiu hĂĄ um ano, e tal como os outros VHORV GH FHUWLĘťFDŠ¼R VHJXQGR D PHWRGRORJLD VHQsorial que gerimos, tem uma origem francesa que a Tryp Network estĂĄ a internacionalizar, Espanha, ItĂĄlia, Brasil, MĂŠxico, TunĂ­sia. Achamos ser este o momento oportuno para o lanŠDPHQWR GHVWH VHOR HP 3RUWXJDO SRUTXH WUDWDQGR VH de um bem que num contexto de crise possa ser FRQVLGHUDGR VXSÂŤUĘźXR FRP HVWH VHOR HVWDPRV D GDU aos consumidores uma ferramenta para escolher os produtos de beleza e cosmĂŠtica pela sua real HĘťFÂŁFLD Por outro lado, estamos tambĂŠm a permitir Ă s PDUFDV VHUHP LGHQWLĘťFDGDV SRU WHU XP SURGXWR FXMD HĘťFÂŁFLD IRL FRPSURYDGD SHORV FRQVXPLGRUHV (VWH VHOR ÂŤ WUDQVYHUVDO D WRGRV RV VHWRUHV GD GLVWULEXLŠ¼R GHVGH R mass market, IDUPÂŁFLDV YHQGD GLUHWD RX SHOD SHUIXPDULD VHOHWLYD Como se processa a avaliação feita pelos consumidores? $ SUÂľSULD PDUFD FDQGLGDWD R VHX SURGXWR H GHĘťQH R seu target de consumidor para o qual se destina o SURGXWR HP DYDOLDŠ¼R 2 VLWH ZZZ WRSEHOH]D FRP SW SHUPLWH D LQVFULŠ¼R SURDFWLYD GH FRQVXPLGRUHV GLVSRQÂŻYHLV SDUD ID]HU testes, a nossa base de dados conta com cerca de PLO LQVFULWRV RULXQGRV GH GLYHUVRV SRQWRV GR SDÂŻV Em primeiro lugar, para cada produto em teste fazePRV XP ĘťOWUR GDV SHVVRDV PHGLDQWH XP SHUĘťO Posteriormente, os 60 consumidores (nĂşmero deterPLQDGR SHODV QRUPDV GD ,62 DR QÂŻYHO GD DQÂŁOLVH VHQVRULDO VÂĽR HQWUHYLVWDGRV LQGLYLGXDOPHQWH SDUD JDUDQWLU TXH FRUUHVSRQGHP DR SHUĘťO TXH VÂĽR FRQVXPLGRUHV FRPXQV H TXH QÂĽR HVWÂĽR OLJDGRV D XPD PDUFD RX DR GHVHQYROYLPHQWR GR SURGXWR O laboratĂłrio de anĂĄlise sensorial garante o rigor de todo o processo. Trabalhamos com LaboratĂłrios especializados em anĂĄlise sensorial que gerem o WHVWH QR WHUUHQR R TXH HQYROYH WUÂŹV IDVHV $ SULPHLUD ĂŠ garantir que o grupo de consumidores selecioQDGRV FRUUHVSRQGH HIHWLYDPHQWH DR target. Numa

de produto a testar, o acompanhamento por parte GR ODERUDWÂľULR WDPEÂŤP ÂŤ GLIHUHQFLDGR KDYHQGR XP acompanhamento muito prĂłximo por parte dos seus WÂŤFQLFRV 3DUD DOÂŤP GD UHVSRVWD D XP FRQMXQWR GH TXHVW¡HV H FULWÂŤULRV GH DYDOLDŠ¼R QXPD HVFDOD GH YDORUHV GH ]HUR D GH] RV FRQVXPLGRUHV SUHHQFKHP WDPEÂŤP XP HVSDŠR GHGLFDGR DRV FRPHQWÂŁULRV R TXH VHUYH SDUD D HPSUHVD SHUFHEHU RV SRQWRV IRUWHV H IUDFRV GR SURGXWR HP TXHVWÂĽR WDQWR QR TXH GL] UHVSHLWR ¢ HĘťFÂŁFLD GR SURGXWR IDFLOLGDGH GH XWLOL]DŠ¼R RGRU H VDWLVIDŠ¼R JOREDO 1R TXH GL] UHVSHLWR DR UHVXOWDGR ĘťQDO DSÂľV D UHFHŠ¼R H R WUDWDPHQWR dos dados, a metodologia segue as normas ISO de AnĂĄlise Sensorial estabelecidas internacionalmente, VHQGR TXH SDUD XP SURGXWR REWHU D FHUWLĘťFDŠ¼R 7RS %HOH]D ÂŤ QHFHVVÂŁULR TXH REWHQKD D FODVVLĘťFDŠ¼R PÂŻQLPD GH QXPD HVFDOD GH D 1R FDVR GH produtos diretamente concorrentes apenas poderĂĄ VHU FHUWLĘťFDGR DTXHOH TXH REWLYHU D FODVVLĘťFDŠ¼R OUTRO DOS SELOS DA TRYP NETWORK É O SABOR DO ANO, DESTINADO AO SETOR AGROALIMENTAR. A APOSTA NESTE SELO É PARA CONTINUAR? 6HP GÂźYLGD 2 6DERU GR $QR H[LVWH KÂŁ sete anos em Portugal e as categorias de SURGXWRV HP DQÂŁOLVH WHP VH GLYHUVLĘťFDGR ao longo dos anos. Paralelamente, cada SURMHWR FRPHUFLDO FRPR ÂŤ R FDVR GRV VHORV Sabor do Ano e Top Beleza, tem sempre DVVRFLDGD XPD DŠ¼R GH UHVSRQVDELOLGDGH social. No caso do Sabor do Ano ĂŠ o Restaurant Week, em que duas ĂŠpocas por ano GXUDQWH GLDV RV PHOKRUHV UHVWDXUDQWHV WÂŹP XP PHQX FRPSOHWR D HXURV GRV TXDLV XP HXUR UHYHUWH SDUD FDXVD VRFLDLV

PDLV HOHYDGD +£ PDUFDV SRXFR FRQKHFLGDV TXH WP UHVXOWDGRV PXLWR HOHYDGDV QD DYDOLDŠ¼R IHLWD SHORV FRQVXPLGRUHV H SRU YH]HV DTXHODV FRP PDLRU QRWRULHGDGH WP XPD FODVVLʝFDŠ¼R LQIHULRU 'D¯ D LPSRUW¤QFLD GD SURYD FHJD 4XDQWRV SURGXWRV M£ HVW¼R FHUWLʟFDGRV FRP R VHOR TOP BELEZA? 1R WRWDO IRUDP WHVWDGRV TXDVH SURGXWRV PDV QHP WRGRV REWLYHUDP D FHUWLʝFDŠ¼R 7HPRV DLQGD DOJXQV SURGXWRV HP WHVWH PDV DW DR PRPHQWR REWLYHUDP M£ D FHUWLʝFDŠ¼R 7RS %HOH]D FHUFD GH XPD dezena de produtos. Março 2013

[

] 27


(035((1'('25,602 12 6(725 $*5Â?&2/$

A criar jovens empreendedores '85$17( /21*26 $126 $ $*5,&8/785$ )2, 5(/(*$'$ $ 80 6(*81'2 3/$12 1$ (675$7‹*,$ (&21•0,&$ '2 12662 3$Â?6 325‹0 180 &(1ƒ5,2 '( &5,6( ),1$1&(,5$ ( 62&,$/ (67$026 $ $66,67,5 $ 80$ 9,5$*(0 2 5(72512 ‚ 7(55$ $ &(/(%5$5 $126 $ ESCOLA SUPERIOR AGRĂ RIA DE COIMBRA (6$& , 3$57( ,17(*5$17( '2 ,167,7872 32/,7‹&1,&2 '( &2,0%5$ 7(0 9,672 &20 %216 2/+26 (67$ 08'$1‰$ ( -ƒ 9,8 1$6&(5 (;&(/(17(6 1(*•&,26 '26 6(86 Č”383,/26Č•

XUDQWH DQRV YHULĘťFRX VH TXH D DJULFXO WXUD SRUWXJXHVD QÂĽR FRQWULEXLX GH IRUPD VLJQLĘťFDWLYD SDUD R DXPHQWR GH ULTXH]D

D

WHFQRORJLDV QR VHWRU SULPÂŁULR TXH DVVLP VH YDL PRGHU QL]DQGR SURGX]LQGR PDLV PHOKRU H DXPHQWDQGR D VXD UHQWDELOLDGH

XP SODQR GH QHJÂľFLR H XP SODQR ĘťQDQFHLUR ‹ XPD SUHSDUDŠ¼R SDUD XP HPSUHHQGHGRULVPR QRV VHWRUHV DJUÂŁULR H GH EDVH WHFQROÂľJLFD Č• FRQWD QRV $LGD 0RUHLUD

RV D LQYHVWLUHP PDLV QD DJULFXOWXUDČ• DFUHVFHQWD DLQGD 1HVWH ¤PELWR YÂŁULDV HTXLSDV FRQVWLWXÂŻGDV SRU GRFHQWHV H HVWXGDQWHV GD (6$& WÂŹP VH FDQGLGDWDGR D FRQFXUVRV

H FULDŠ¼R GH YDORU SDUD D HFRQRPLD QDFLRQDO 0DV GHVGH TXH HVWD WHQGQFLD WHP

1HVWD YHUWHQWH GH PRGHUQL]DŠ¼R DV LQVWLWXLŠ¡HV GH HQVLQR VXSHULRU GHVHPSHQKDP XP SDSHO SULPRUGLDO

GD 6LOYD YLFH SUHVLGHQWH GD (6$& Ȕ‹ IXOFUDO TXH RV MRYHQV WHQKDP Q¼R V¾ FRQKHFLPHQWR GHVWD UHDOLGDGH

GH LGHLDV GH QHJÂľFLR H GH YRFDŠ¼R HPSUHVDULDO QRPH DGDPHQWH R Č•$55,6&$ &Č• H R Č”3ROL(PSUHHQGHČ• RQGH

YLQGR D LQYHUWHU VH

1D (6$& SUHGRPLQDP DV £UHDV OLJDGDV ¢ $JUR 3HFX£ULD FRQYHQFLRQDO H ELRO¾JLFD %LRWHFQRORJLD (FRWXULVPR $OLPHQWRV )ORUHVWDV H $PELHQWH VHQGR TXH DV OLFHQFLD WXUDV GH (FRWXULVPR H GH $JULFXOWXUD %LRO¾JLFD V¼R IRU

PDV WDPEP RXWUDV RSŠ¡HV H SHUVSHWLYDV TXH OKHV SHUPLWDP H[SORUDU H FULDU DOWHUQDWLYDV 1HVVH VHQWLGR R HPSUHHQGHGRULVPR SRGH VHU XPD RSŠ¼R H XP FDPLQKR GH FDUUHLUD SDUD PXLWRV HVWXGDQWHV GD (6$& FRQWULEXLQ

IRUDP GLVWLQJXLGDV FRP Y£ULRV SUPLRV M£ QHVWH DQR GH XPD HTXLSD GD (6$& UHFHEHX WUV SUPLRV QR $UULVFD & FRP XP SURMHWR GH SURGXŠ¼R GH GRFH GH PHGURQKR DGDSWDGR SDUD GLDEWLFRV R PHGURQKR 

PDŠ¡HV ŸQLFDV QR 3D¯V 2 HPSUHHQGHGRULVPR HQTXDQWR IHUUDPHQWD IXOFUDO SDUD D FRQFUHWL]DŠ¼R GH SURMHWRV  PRWLYR GH XQLGDGHV FXUULFXODUHV QDV OLFHQFLDWXUDV H

GR SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GD HFRQRPLD GH 3RUWXJDO DWUDYÂŤV GD FULDŠ¼R GH QHJÂľFLRV H SURMHWRV LQRYDGRUHV H FRORFDQGR R QRVVR SDÂŻV QR PHUFDGR LQWHUQDFLRQDOČ•

XPD SODQWD TXH HVWÂŁ D VHU HVWXGDGD QD HVFROD QRXWUDV YHUWHQWHV FRP EDVWDQWH VXFHVVR HP RXWUD HTXL SD FRP HOHPHQWRV GD (6$& WDPEÂŤP JDQKRX R SUÂŤPLR

PHVWUDGRV H[LVWLQGR LQFOXVLYH XPD SÂľV JUDGXDŠ¼R HP (PSUHHQGHGRULVPR $PELHQWDO (VWD YHUWHQWH IRL LQFOXÂŻ GD QRV SODQRV GH HVWXGRV GRV FXUVRV GHVGH R DQR OHWLYR DTXDQGR GD UHIRUPD GH %RORQKD Č”2V DOXQRV

$ HGXFDŠ¼R H D IRUPDŠ¼R GHYHP VHU R YHÂŻFXOR GLQDPL ]DGRU H WUDQVPLVVRU GHVWD QRYD UHDOLGDGH SURSLFLDQGR DRV MRYHQV LQIRUPDŠ¡HV VREUH R HPSUHHQGHGRULVPR H D VXD XWLOLGDGH QD VRFLHGDGH GH PRGR D Č”GHVHQYROYHU

,QRY&DSLWDO FRP R SURMHWR (FR3URELRWLF QR $55,6&$ & 3ODQR GH 1HJÂľFLR HP RXWUD HTXLSD KDYLD FRQVHJXLGR GRLV SUÂŤPLRV FRP R GHVHQYROYLPHQWR GH XP ELRFLGD SDUD FRPEDWHU R 1HPÂŁWRGH GD 0DGHLUD

DSUHQGHP D GHVHQYROYHU XPD LGHLD GH QHJÂľFLR D ID]HU

FRPSHWÂŹQFLDV HPSUHHQGHGRUDV QRV MRYHQV PRWLYDQGR

GR 3LQKHLUR 103 QR $55,6&$ & (VVD HTXLSD PDV FRP RXWUR SURMHWR WDPEÂŤP UHFHEHX RV SULPHLURV

Č”$ DJULFXOWXUD GHYHUÂŁ VHU HQWHQGLGD FRPR XPD DWLYL GDGH HFRQÂľPLFD FRP FDSDFLGDGHV SDUD SURPRYHU R GHVHQYROYLPHQWR GDV SURGXŠ¡HV DJUÂŻFROD DQLPDO H ĘźRUHVWDO FULDU SRVWRV GH WUDEDOKR H HVWDEHOHFHU QRYRV PHUFDGRV XWLOL]DQGR ERDV SUÂŁWLFDV DPELHQWDLV WHQGR SRU EDVH FULWÂŤULRV GH VXVWHQWDELOLGDGH HP VLPXOW¤QHR GHYHUÂŁ VDEHU LQWHUDJLU FRP R VHWRU LQGXVWULDO FRPR VHMD R GD WUDQVIRUPDŠ¼R GRV DOLPHQWRV H FRP DWLYLGDGHV VRFLDLV H WXUÂŻVWLFDV QR HVSDŠR UXUDO Č• ‹ HVWD D ĘťORVRĘťD TXH UHJH D IRUPDŠ¼R PLQLVWUDGD QD (VFROD 6XSHULRU $JUÂŁULD (6$& GR 3ROLWÂŤFQLFR GH &RLPEUD 2 UHJUHVVR GRV MRYHQV Č”DR FDPSRČ• VHJXQGR D &RQIH GHUDŠ¼R GRV $JULFXOWRUHV GH 3RUWXJDO &$3 GRLV PLO MRYHQV LQVWDODUDP VH QD DJULFXOWXUD HP WHP VLGR DFRPSDQKDGR SHOD (6$& TXH YLX R VHX QÂźPHUR GH DOXQRV FUHVFHU HP DQRV GH SDUD FHUFD GH HQWUH FXUVRV GH HVSHFLDOL]DŠ¼R WHFQROÂľJLFD OLFHQFLD WXUDV H PHVWUDGRV $VVRFLDGR D HVWHV QÂźPHURV H[LVWH XP DFHQWXDU GR HVSÂŻULWR HPSUHHQGHGRU QD DJULFXOWXUD TXH SRGH VHU H[SOLFDGR SHOR PRPHQWR TXH DWUDYHVVD R SDÂŻV RQGH FLHQWHV GH TXH QÂĽR H[LVWHP Č”HPSUHJRV SDUD D YLGDČ• ÂŤ XPD RSŠ¼R GH IXWXUR FULDU R VHX SUÂľSULR SRVWR GH WUDEDOKR QXPD ÂŁUHD TXH GHSRLV GH WHU HVWDJQDGD GXUDQWH ORQJRV DQRV WHP DJRUD WXGR SDUD FUHVFHU $ SURĘťVVÂĽR GH DJULFXOWRU WDPEÂŤP PXGRX $VVLVWLPRV D FDGD GLD TXH SDVVD D PDLV LQRYDŠ¼R H ¢ LQWURGXŠ¼R GH

28 |

| Março 2013

Alunos empreendedores: Douro Praino Eduarda Pereira, licenciada em Ecoturismo na ESAC: “Desenvolvo principalmente atividades de Turismo de Natureza, como os percursos pedestres interpretativos, pois trabalho numa regiĂŁo com um rico e sublime patrimĂłnio natural. Procuro sempre a colaboração e interação com os habitantes da regiĂŁo, a promoção do artesanato e produtos regionais. TambĂŠm desenvolvo atividades de Turismo Cultural, em visitas guiadas aos centros histĂłricos das vilas e cidades da regiĂŁo, aos centros de interpretação e ao patrimĂłnio arquitectĂłnico, principalmente dos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro.A ESAC deu-me uma boa preparação para criar e implementar atividades de Turismo de Natureza: a diversidade de matĂŠrias abordadas, da biologia ao empreendedorismo, passando pelas lĂ­nguas estrangeiras, as atividades prĂĄticas que decorreram na ESAC e no exterior, o saber e capacidade de transmitir conhecimento de muitos professores. Provenho de uma famĂ­lia de empreendedores agrĂ­colas, sendo que essa tradição familiar e os conhecimentos adquiridos na licenciatura de ecoturismo foram muito importantes para implementar a minha empresa em meio rural.â€?

SUÂŤPLRV UHJLRQDO FHQWUR H QDFLRQDO GR | &RQFXUVR 3ROL(PSUHHQGH $ SDU GHVWHV FRQFXUVRV D (6$& HVWÂŁ VHPSUH DWHQWD D QRYRV SURJUDPDV 1HVWH PRPHQWR Č”HVWDPRV D HVWXGDU FRPR SRGHPRV H[SORUDU R 3URJUDPD (UDVPXV SDUD -RYHQV (PSUHHQGHGRUHV DVVLP FRPR FRQWLQXDPRV DWHQWRV DR TXH DSDUHFH QR ,$30(, SDUD MRYHQV HPSUH HQGHGRUHVČ• H[SOLFD $LGD 0RUHLUD GD 6LOYD 2XWUR SUR JUDPD TXH PHUHFH R LQWHUHVVH GD (VFROD ÂŤ R 3URJUDPD (VWUDWÂŤJLFR SDUD R (PSUHHQGHGRULVPR H D ,QRYDŠ¼R H L XP SURJUDPD DEHUWR ¢ VRFLHGDGH FLYLO TXH DPEL FLRQD XPD EDVH DODUJDGD GH HPSUHVDV LQRYDGRUDV FRP XPD IRUWH FRPSRQHQWH H[SRUWDGRUD RULHQWDGR SDUD R HPSUHHQGHGRULVPR LQRYDŠ¼R H UHVXOWDGRV


EMPREENDEDORISMO NO SETOR AGRĂ?COLA

Para inovar em segurança Desenrolar da prova... Toda a prova ĂŠ informatizada (com recurso ao software FIZZ NETWORK), efetuada em cabines individuais. Os produtos em teste sĂŁo apresentados aos provadores de forma PRQÂŁGLFD H EDODQFHDGD HP UHFLSLHQWHV QHXWURV H FRGLĘźFDGRV LPSHGLQGR DVVLP SRU SDUWH do consumidor o reconhecimento da origem do produto. A realização das provas respeita a normalização existente em anĂĄlise sensorial, que abrange as condiçþes de temperatura, humidade e controlo de cheiros estranhos. “Queremos que haja o menor nĂşmero de fatores TXH SRVVDP LQĘ˝XHQFLDU D DSUHFLDŠ¼R GR SURGXWRČ– DFUHVFHQWD DLQGD -RÂĽR 'LRJR 1RJXHLUD TambĂŠm a apresentação das amostras aos provadores obedece a normas internacionais de metodologia sensorial. Tem que ser efetuada de modo balanceado de modo a evitar D LQĘ˝XÂŹQFLD GR HIHLWR SRVLŠ¼R QD DYDOLDŠ¼R GRV SURGXWRV Č•WRGDV DV DPRVWUDV WÂŹP TXH ser apresentadas o mesmo nĂşmero de vezes na primeira, segunda ou terceira posição, GH DFRUGR FRP R QÂźPHUR GH SURGXWRV HP WHVWH GH PRGR D HYLWDU HVVH HIHLWRČ– H[SOLFD D responsĂĄvel tĂŠcnica. A preparação dos produtos em estudo ĂŠ efetuada numa cozinha, com equipamentos semelhantes aos que os consumidores tĂŞm nas suas casas, exceto nos equipamentos de conservação e armazenamento das amostras que ĂŠ neste caso industrial.

Irene Alves e JoĂŁo Diogo Nogueira

NUM MERCADO CADA VEZ MAIS COMPETITIVO, A INOVAĂ‡ĂƒO É A PALAVRA DE ORDEM. MAIS DO QUE ISSO, TRATA- SE DA SOBREVIVĂŠNCIA DE UMA MARCA, DE UMA EMPRESA. O SETOR ALIMENTAR NĂƒO É EXCEĂ‡ĂƒO A ESTA REGRA, MAS A INOVAĂ‡ĂƒO NEM SEMPRE TRAZ SUCESSO. DADOS INDICAM QUE ENTRE 70 E 80 POR CENTO DOS PRODUTOS QUE SĂƒO COLOCADOS NAS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS NĂƒO TĂŠM ĂŠXITO. É ESTE NĂšMERO EXORBITANTE QUE A QUALITESTE SE PROPĂ•E COMBATER.

C

omo? Seria a primeira pergunta. AtravĂŠs de uma ferramenta adicional para quem

queira “inovar, renovar, elaborar, orientar e programar açþes, na busca da satisfação do consumidor, obtendo assim os resultados esperadosâ€?. É assim que Irene Alves, diretora tĂŠcnica da Qualiteste nos apresenta a anĂĄlise sensorial. Mais do que uma ajuda para uma marca ou para uma empresa, a anĂĄlise sensorial ĂŠ um instruPHQWR FLHQWÂŻĘťFR TXH SHUPLWH DYDOLDU D VDWLVIDŠ¼R e a aceitação dos produtos pelo consumidor, utilizando os cinco sentidos (visĂŁo, olfato, tato, paladar audição), para avaliar as caracterĂ­sticas ou atributos de um produto. Esta ferramenta ĂŠ de extrema importância quando se pretende lançar um novo produto e pode evitar muitos custos a uma empresa que com a realização desta anĂĄlise, VDEHUÂŁ TXDO D SHUFHŠ¼R TXH R FOLHQWH ĘťQDO RX R presumĂ­vel comprador terĂĄ sobre o produto. No setor alimentar, a Qualiteste serve, sobretudo,

Aplicaçþes da anålise sensorial: Investigação e desenvolvimento; Escolha e selecção de ingredientes; Escolha e comparação de formulaçþes; Comparação de produtos e processos de fabrico; Controlo de qualidade; Fabrico e conservação dos produtos; 9HULʟFDŠ¼R GDV HVSHFLʟFDŠ¡HV GR SURGXWR Evolução dos produtos no tempo; Estudo da variação de matÊrias primas e processo de fabrico; Marketing e Embalagem; Determinação de aceitação e preferência.

a grande distribuição. “Estas empresas tĂŞm como grande preocupação e exigĂŞncia a manutenção e a melhoria constante da qualidade dos produtos que comercializam, assim como da escolha dos fornecedores que apresentem os produtos que melhor correspondam Ă s expectativas de qualidade exigidas pelos consumidoresâ€?. Recorrendo por isso a painĂŠis

projeto do Agrocluster hĂĄ cerca de um ano. Trabalhar com outras empresas do setor agro-alimentar e sensibilizar as indĂşstrias para a anĂĄlise sensorial tem sido o grande objetivo de Irene Alves e JoĂŁo 'LRJR 1RJXHLUD 2 GLUHWRU ĘťQDQFHLUR WDPEÂŤP TXHU cooperar com empresas estrangeiras que queiram comercializar os seus produtos em Portugal e que recorrem a este serviço para uma melhor compreensĂŁo dos gostos e preferĂŞncias dos consumidores nacionais. “O agrocluster veio dinamizar a regiĂŁo ribatejana e concentrar esforços para ganhar massa crĂ­tica. Este espĂ­rito tambĂŠm atrai investimento estrangeiroâ€?. A nĂ­vel dos serviços prestados

externos de consumidores. Irene Alves acredita que ainda existe uma falta de sensibilização das indĂşstrias para com a anĂĄlise sensorial. “Ainda nĂŁo se aperceberam o quanto podem poupar com um teste sensorial, que poderĂĄ evitar a montagem de

à indústria propriamente dita, a Qualiteste acaba por ter mais solicitaçþes de empresas estrangeiras

uma linha de produção, a criação uma embalagem e colocação no mercado, sem garantia de sucessoâ€?. A anĂĄlise sensorial permite ter uma avaliação prĂŠvia da satisfação e aceitação do produto a comercializar pelos seus reais e potenciais compradores.

Outros setores onde atua a anĂĄlise sensorial

que querem comercializar os seus produtos em Portugal do que das indĂşstrias nacionais.

A anålise sensorial tem outras aplicaçþes para

alÊm do controle da qualidade dos produtos em prateleira e da escolha de fornecedores. A determinação, a avaliação e a compreensão das características sensoriais de um produto assume uma importância fundamental no desenvolvimento de novos produtos, nas alteraçþes de formulaçþes/ingredientes, na escolha de embalagens ou nos estudos de tempo de vida dos produtos. As anålises efetuadas a produtos alimentares na Qualiteste são na sua maioria testados na sua sala de provas, cujas instalaçþes cumprem as normas nacionais e internacionais para a implementação do locais de prova, podendo no caso da alimentação infantil (idades inferiores a 8 anos) ser efetuado em local de consumo (Home test). Para alÊm dos produtos alimentares a Qualiteste efetua tambÊm testes a qualquer produto não alimentar (produtos de higiene e beleza pessoal, produtos de limpeza de casa, entre outros), os quais represenWDP M£ XPD SHUFHQWDJHP VLJQLʝFDWLYD GR YROXPH de trabalho efetuado por esta empresa.

Qualiteste no Agrocluster É neste sentido que a Qualiteste entrou para o

Quem são os consumidores utilizados? São os consumidores habituais do tipo de produto em teste, conhecedores da qualidade dos produtos similares existentes no mercado e que por isso têm uma expetativa de qualidade em relação ao produto em estudo. São consumidores que sabem o que existe no mercado e podem, assim, pela sua experiênica de consumo, comparar o produto em teste relativamente ao que habitualmente consomem. Para tal, a Qualiteste tem uma vasta base de dados de provadores, com informaçþes relativamente aos seus håbitos de consumo.

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EMPREENDEDORISMO NO SETOR AGRĂ?COLA

Porto de MĂłs, a excelĂŞnci NO CORAĂ‡ĂƒO DO PINHAL LITORAL, COM 25 MIL HABITANTES, PORTO DE MĂ“S É EXEMPLO DE BOAS PRĂ TICAS NO SETOR PRIMĂ RIO, ONDE A FRUTICULTURA OCUPA UM LUGAR DE RELEVO, NUMA HARMONIA CONTAGIANTE COM AS SUAS PAISAGENS DE CORTAR A RESPIRAĂ‡ĂƒO. JOĂƒO SALGUEIRO, PRESIDENTE DA CĂ‚MARA MUNICIPAL DE PORTO DE MĂ“S, APRESENTA- NOS A SUA TERRA...

João Salgueiro, presidente da câmara municipal de Porto de Mós

um concelho que abrange 250 quilĂłmetros quadrados, do distrito de Leiria, a agricultura

N

zona conta com um microclima que permite que, durante todo o ano, haja relvados verdes e, assim, uma elevada

tem um lugar importante em Porto de MĂłs. Embora jĂĄ conhecesse dias melhores, o setor primĂĄrio recebeu uma nova lufada de ar fresco pelo regresso Ă s origens e Ă s terras que, em tempos, foram

SURGXŠ¼R GH WHUUHQRV SDUD SDVWDJHQV 2 HIHLWR GHVWH PLFURFOLPD WDPEP SHUPLWH TXH R PHUFDGR GDV HVVQcias das plantas sobreviva e ganhe um novo fôlego, com a ajuda preciosa de vårias espÊcies do Parque Natural,

relegadas a um segundo plano. PorÊm, João Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, iden-

entre os quais o alecrim e o rosmaninho. $LQGD QHVWD ]RQD D H[WUDŠ¼R H D WUDQVIRUPDŠ¼R GD SHGUD

WLʝFD R SULQFLSDO HQWUDYH D XP PDLRU DYDQŠR GD DJULFXOtura no município: as pequenas parcelas no Vale do Lena, TXH LPSHGHP XPD PHOKRU UHQWDELOL]DŠ¼R GDV £UHDV DJU¯FRODV DSHVDU GRV ERQV WHUUHQRV 3DUD FRQWUDEDODQŠDU esta zona, Porto de Mós apresenta o Vale do Juncal, que

move a economia local. Apesar dos impactos ambientais QHJDWLYRV R HGLO DFUHGLWD TXH HVWD H[SORUDŠ¼R Č”VH IRU feita de modo integrado e sustentĂĄvel com as devidas regras, podemos compatibilizar o ambiente com esta atividade e criar um desenvolvimento saudĂĄvelâ€?. VĂĄrias

EHQHʝFLD GH XPD H[FHOHQWH H[SRVLŠ¼R VRODU ERQV VRORV H SRU VHU XP V¯WLR ULEHLULQKR WHP £JXD VXʝFLHQWH SDUD D

entidades, entre as quais a Câmara Municipal e o InstiWXWR GD &RQVHUYDŠ¼R GD 1DWXUH]D WP YLQGR D WUDEDOKDU

rega durante o VerĂŁo. “Esta zona estĂĄ em franco progresso e desenvolvimentoâ€?, acredita o edil. Mas esta agricultura, focada essencialmente nos produWRV IUXWÂŻFRODV QÂĽR FRQVHJXLULD VXEVLVWLU VHP XP H[FHOHQte trabalho da Cooperativa AgrĂ­cola. Dotada de armaze-

QHVWD TXHVWÂĽR DOLDGR ¢ VHQVLELOLGDGH GDV SRYRDŠ¡HV Č”1HVWH PRPHQWR D SHGUD FRQWLQXD D Ęť[DU SHVVRDV H empregos nos meios ruraisâ€?. O concelho de Porto de 0ÂľV ÂŤ D PDLRU UHJLÂĽR GR SDÂŻV HP WHUPRV GH SURGXŠ¼R H H[WUDŠ¼R GH SHGUD GD FDOŠDGD SRUWXJXHVD WDQWR GD

QDPHQWR D IULR H GH FRQGLŠ¡HV GH DWPRVIHUD FRQWURODGD HVWÂŁ TXDVH H[FOXVLYDPHQWH GHGLFDGD ¢ IUXWLFXOWXUD Č”$V

SHGUD SUHWD FRPR GD EUDQFD H GHʝQH VH FDGD YH] PDLV FRPR XPD JUDQGH IRUŠD H[SRUWDGRUD SULQFLSDOPHQWH

QRVVDV PDŠ¼V H DV QRVVDV SÂŹUDV HVWÂĽR D WHU XPD VDÂŻGD PXLWR LQWHUHVVDQWHČ• DGPLWH -RÂĽR 6DOJXHLUR DR EHUŠR GDV OLJDŠ¡HV HVWUHLWDV HQWUH DV FRRSHUDWLYDV GHVWD UHJLÂĽR Outro ramo de atividade em forte desenvolvimento ĂŠ o agro-pecuĂĄrio. “Usufruimos, no nosso concelho, de uma

para a China. Estas assimetrias, entre solos montanhosos e uma SODQÂŻFLH TXH VH HVWHQGH TXDVH DWÂŤ DR OLWRUDO UHĘźHWHP-se tambĂŠm na indĂşstria. Dotado de um pĂłlo industrial, localizado no centro rodoviĂĄrio do paĂ­s, entre as A1, A8

zona serrana. Face Ă natureza dos seus solos temos dos

H $ D FULVH GRV WH[WHLV YHLR FHLIDU PXLWRV SRVWRV GH

melhores efetivos agro-pecuĂĄrios da zona centro do paĂ­s, sendo que jĂĄ foi muito maior do que ĂŠ hoje, sobretudo QD ÂŁUHD GD ERYLQLFXOWXUD H GD SURGXŠ¼R GH OHLWHČ• (VWD

WUDEDOKR 2XWUD ÂŁUHD DIHWDGD PDV TXH MÂŁ FRPHŠD D VXD IDVH GH UHFXSHUDŠ¼R ÂŤ D FHU¤PLFD Č”7HPRV XP GRV PDLRUHV H PHOKRUHV ĘťO¡HV GH DUJLOD GR SDÂŻVČ• DUJXPHQWD R

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presidente da câmara de Porto de MĂłs, que fornece nĂŁo VÂľ D FRQVWUXŠ¼R FLYLO PDV WDPEÂŤP D LQGÂźVWULD GHFRUDWLYD e artĂ­stica. Referindo estas indĂşstrias, nĂŁo podemos esquecer-nos de mencionar a “mancha dos moldesâ€? da Marinha Grande, que jĂĄ se estende atĂŠ Porto de MĂłs e que jĂĄ emprega um nĂşmero considerĂĄvel de portomosenses. “TambĂŠm temos um grupo empresarial muito ERP QD ÂŁUHD GRV SOÂŁVWLFRV GH FRQVWUXŠ¼R PHF¤QLFD TXH H[SRUWD MÂŁ SDUD WRGR R PXQGRČ• HQWUH XPD HFRQRPLD GLYHUVLĘťFDGD TXH Č”QRV SHUPLWH VLQJUDU H FRPSHWLU enquanto regiĂŁo no paĂ­sâ€?.

Mudar mentalidades... O presidente da câmara municipal de Porto de Mós

DFUHGLWD TXH HVWDPRV QXP WHPSR GH PXGDQŠDV QXP tempo de “voltar Ă terraâ€? e que o setor agrĂ­cola nĂŁo pode mais ser visto como “um setor a menosprezar, onde quem vivia da agricultura era a pessoa pobre. Hoje em dia, estĂŁo a fazer-se bons investimentos e boas unidades QHVWD ÂŁUHDČ• HQWUH DV TXDLV UHDOŠD R D]HLWH R TXHLMR RX DLQGD R PHO MÂŁ FRP SURFHVVRV GH H[SRUWDŠ¡HV (VVD PXGDQŠD GH PHQWDOLGDGHV VHJXQGR R HGLO WHP GH SDUWLU GD HGXFDŠ¼R GH FDGD XP Č”(PERUD YLYDPRV QXP PHLR UXUDO KÂŁ FULDQŠDV TXH DLQGD SHQVDP TXH R OHLWH YHP GR IULJRUÂŻĘťFRČ• 3DUD WDO IRUDP FULDGDV QDV HVFRODV do concelho hortinhas biolĂłgicas, produzidas e tratadas SHORV SUÂľSULRV DOXQRV 1R ĘťQDO GR DQR OHWLYR ÂŤ RUJDQL]DGR XP PHUFDGR RQGH DV FULDQŠDV SRGHP YHQGHU DV VXDV


EMPREENDEDORISMO NO SETOR AGRĂ?COLA

cia da fruticultura colheitas e a população acaba por colaborar e dar uma ajuda. â€œĂ‰ um estĂ­mulo para as crianças e permite esta ligação Ă terra que muitos perderamâ€?.

Qualidade de vida em Porto de MĂłs Č”7HPRV XP FRQFHOKR RQGH ÂŤ DJUDGÂŁYHO YLYHUČ• DĘťUPD -RÂĽR Salgueiro. “A qualidade de vida mede-se por estruturas bĂĄsicas como a ĂĄgua e o saneamento, as acessibilidades, zonas de lazer e as questĂľes sociais. Temos vindo a proporcionar Ă s nossas populaçþes qualidade de vidaâ€?. Com apoio camarĂĄrio Ă s famĂ­lias, desde os mais novos, nas escolas, atĂŠ Ă terceira idade, em lares, centros de dias e apoio domiciliĂĄrio, Porto de MĂłs detĂŠm uma taxa de desemprego “residual face aos concelhos fronteiriçosâ€? (de 9,9 por cento). Apesar de este nĂşmero estar bem abaixo da mĂŠdia nacional, combater o desemprego serĂĄ sempre uma prioridade para o executivo camarĂĄrio. Atrair investimento para Porto de MĂłs jĂĄ foi mais difĂ­cil, mas, hoje em dia, o municĂ­pio ĂŠ privilegiado pelas acessibilidades resultantes das grandes obras pĂşblicas. “Estamos perto das principais autoestradas do paĂ­s, a A1 e a A8 (entre 10 e 20 quilĂłmetros), mas estĂĄvamos longe em termos de tempo, com ligaçþes sinuosas.

)RPRV HQWDR EHQHĘťFLDGRV SHOR QRYR WURŠR GR ,& WHQGR assim uma ligação privilegiada para qualquer uma das autoestradasâ€?. O pĂłlo industrial de Porto de MĂłs que estĂĄ no centro deste nĂł rodoviĂĄrio, muito prĂłximo igualPHQWH GD $ ,& H (1 Č”(VWDPRV D FHUFD GH XPD KRUD de Espanha e Lisboa, um pouco mais longe do Porto. É, sem duvĂ­da, um pĂłlo de atração para novas empresasâ€?.

Visitar Porto de MĂłs e o Centro de Portugal O edil de Porto de MĂłs acredita que a uniĂŁo faz a força e, quando se fala de turismo, deve-se falar de uma regiĂŁo e nĂŁo apenas de atos isolados. “Estamos numa regiĂŁo de sol e mar, de praias excelentes e de monumentos histĂłricos. Estamos a 20 minutos do grande pĂłlo de atração do paĂ­s, o turismo religioso em FĂĄtima. E Porto de MĂłs complementa esta oferta com o turismo de naturezaâ€?, onde foi recentemente inaugurado um hotel quatro HVWUHODV 1XPD UHJLÂĽR TXH FRQJUHJD WUÂŹV PDUDYLOKDV nacionais, gastronomia (arroz de marisco), patrimĂłnio histĂłrico (Mosteiros de Alcobaça e da Batalha) e da natureza (Grutas de Mira de Aire), Porto de MĂłs acolhe todos RV ĘťQV GH VHPDQD IDPÂŻOLDV TXH WUDEDOKDP HP /LVERD H TXH WÂŹP D VXD VHJXQGD KDELWDŠ¼R QHVWH FRQFHOKR Č”$TXL

temos um patrimĂłnio recuperado, aldeias lindĂ­ssimas onde existe uma recuperação extremamente interessanWHČ• DFUHVFHQWD DLQGD -RÂĽR 6DOJXHLUR 2 3DUTXH 1DWXUDO ÂŤ XP SRQWR GH LQWHUHVVH SDUD RV DPDQtes deste patrimĂłnio geolĂłgico, de natureza calcĂĄria. O executivo camarĂĄrio fez ultimamente um grande esforço QD UHTXDOLĘťFDŠ¼R H WUDQVIRUPDŠ¼R GD DQWLJD OLQKD GRV caminhos-de-ferro numa ecopista, de oito quilĂłmetros para visitantes ou amantes de passeios a bicicleta ou a pĂŠ. Outros percursos pedestres atravessam o concelho, mas quem vai a Porto de MĂłs tem de passar pela FĂłrnea e pela Serra dos Candeeiros. Pode ter a sorte de ver quedas de ĂĄgua sem igual, mas que se proporcionam apenas de inverno, depois de muita chuva. Este fenĂłmeno explica-se por se tratar de uma zona extremamente FÂŁUFLFD RQGH D FKXYD VH LQĘťOWUD SHODV JUXWDV 4XDQGR chove muito, a ĂĄgua transborda das grutas e dĂĄ-se este efeito espetacular de cascatas. Entre as mais de mil JUXWDV LGHQWLĘťFDGDV H D UHVWDQWH SDLVDJHP TXH VH FREUH GH XPD ĘźRUD VREHUED QD SULPDYHUD HVWHV SHUFXUVRV VÂĽR PXLWR SURFXUDGRV SRU IRWÂľJUDIRV SURĘťVVLRQDLV H amadores.

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SAĂšDE

Crescer, pela qualidade GERMANO DE SOUSA É UM NOME CONHECIDO E RECONHECIDO, QUER NO SEIO DA CLASSE MÉDICA, QUER NA SOCIEDADE CIVIL. MÉDICO PATOLOGISTA CLĂ?NICO DE PROFISSĂƒO E PAIXĂƒO, CRIOU, JUNTAMENTE COM OS SEUS DOIS FILHOS, UM PATRIMĂ“NIO QUE COLOCA A QUALIDADE E O BEM - ESTAR DOS DOENTES ACIMA DE QUALQUER COISA. CONHEÇA ESTE GRUPO QUE CRESCEU PARA NĂƒO MORRER.

G

ermano de Sousa Ê MÊdico Patologista Clínico desde 1975 e assistiu, no âmbito da sua carreira hospitalar e acadÊmica, às diversas evoluçþes que o setor

e subsequente correta interpretação dos exames ODERUDWRULDLV HVSHF¯ʝFRV SDUD HVWH GLDJQ¾VWLFR sempre executados de acordo com as melhores pråticas laboratoriais e de acordo com recomendaçþes internacionalmente aprovadas, Ê uma prerrogativa da qual, Maria JosÊ Rego de Sousa, MÊdica Patologista Clínica do Grupo Germano de 6RXVD H TXHP SHUVRQLʝFD QHVWH *UXSR D DWHQŠ¼R dada a esta patologia, não prescinde. Segundo nos

tem assistido. Segundo o nosso interlocutor, “a patologia clĂ­nica sofreu um salto qualitativo incrĂ­vel e hoje vamos ao âmago do diagnĂłstico, com todos os estudos moleculares que fazem parte da patologia clĂ­nicaâ€?. Hoje, percebe-se que o futuro prĂłximo ĂŠ a medicina personalizada. Atualmente, “, ĂŠ possĂ­vel, com base nos estudos genĂŠticos e

confessa a nossa interlocutora, “nos Ăşltimos anos, temos envidado esforços no sentido de alertar a população e a comunidade mĂŠdica para esta patologiaâ€?, “apesar de todos os esforços, ainda hoje ĂŠ recorrente pedirem o exame mais bĂĄsico e ultra-

PROHFXODUHV WHU FXLGDGRV GH VDŸGH HVSHF¯ʝFRV SHUVRQDOL]DGRV H DOWDPHQWH HʝFD]HV Desde a sua fundação que o Serviço Nacional de Saúde colocou nas mãos dos privados a tarefa de realizar exames complementares de diagnóstico,

passado que existe (anticorpos anti-reticulina) atÊ porque Ê o único que faz parte das bases de dados dos Centros de Saúde�. Assim, alÊm de não

percebendo desde cedo que estes faziam uma gestĂŁo mais rigorosa dos recursos em saĂşde fazendo melhor do que faria o prĂłprio Estado. No entanto, e graças Ă facto de nĂŁo existir qualquer legislação HVSHFÂŻĘťFD SDUD R VHWRU TXH SHUPLWLVVH HVWDELOLGDGH ao mesmo foram criadas as condiçþes para que grandes grupos econĂłmicos tomassem conta do mercado e fossem adquirindo diversos pequenos laboratĂłrios, criando grandes grupos de Patologia ClĂ­nica. Nesta senda, tambĂŠm Germano de Sousa foi contactado para vender o seu laboratĂłrio. No entanto, “imediatamente declinei a proposta porque sempre gostei muito do que faço, porque me custou criar aquilo que tenho, porque entendo que a qualidade e o serviço que se presto aos doentes, nĂŁo ĂŠ compatĂ­vel com a ideia de lucro. As pessoas aqui nĂŁo sĂŁo clientes, mas sim doentes. Preferi nĂŁo ser rico, a abdicar daquilo que sempre construi e pelo qual sempre luteiâ€?. Mas ao declinar a proposta tambĂŠm percebeu que o laboratĂłrio teria que crescer para nĂŁo ser sufocado e, assim, com o apoio GRV PHXV GRLV ĘťOKRV DPERV 3DWRORJLVWDV &OÂŻQLFRV “decidimos investir, trabalhar muito para conseguirmos ganhar uma dimensĂŁo considerĂĄvel que garantisse a sobrevivĂŞncia futura. Baseamo-nos sempre no facto de sermos mĂŠdicos e de poder-

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Maria JosĂŠ Rego de Sousa e Germano de Sousa

mos falar com os colegas clĂ­nicos de igual para igual, ajudĂĄ-los nas interpretaçþes e na leitura dos resultados, apoiĂĄ-los naquilo que fosse necessĂĄrio e criar a ideia que os colegas mĂŠdicos tĂŞm em nĂłs consultores constantes. Foi esta postura que, paulatinamente, nos deu maior visibilidade e de facto começamos a perceber que eramos cada vez mais procuradosâ€?. Exemplo disso ĂŠ o Grupo JosĂŠ de Melo SaĂşde, que pauta a sua atividade por padrĂľes de qualidade altĂ­ssimos, que convidou o Grupo Germano de Sousa a trabalhar com eles em todo o paĂ­s. Mas outras parcerias com instituiçþes de saĂşde de renome foram surgindo, de âmbito pĂşblico e privado. Hoje, o Grupo Germano de Sousa estĂĄ presente em quase todo o paĂ­s, mantendo a postura de qualidade e proximidade com o doente. Tudo isto foi conseguido com muito suor e lĂĄgrimas dos trĂŞs principais obreiros e dos restantes colaboradores do Grupo Germano de Sousa TXH VÂĽR SURĘťVVLRQDLV DOWDPHQWH TXDOLĘťFDGRV ‹ com orgulho que o patriarca da famĂ­lia diz que tudo valeu a pena pois nĂŁo gostaria de ter sido

absorvido e desaparecido no maremoto que foi a FRPSUD GH ODERUDWÂľULRV SRU HQWLGDGHV ĘťQDQFHLUDV estranhas ao sector. Hoje, o Grupo Germano de Sousa abrange as ĂĄreas mais diversas da patologia clĂ­nica, com inĂşmeros e pertinentes centros de excelĂŞncia e ĂŠ um exemplo impar em Portugal, pela qualidade, pela diversidade e pela capacidade de apoio aos clĂ­nicos. Exemplo concreto disso ĂŠ o facto do Grupo Germano de Sousa ter um NĂşcleo de ExcelĂŞncia em Doenças Autoimunes e ter elaborado protocolos laboratoriais neste âmbito, indo muitas vezes muito para alĂŠm dos exames solicitados, a expensas prĂłprias, com o objectivo de acelerar diagnĂłsticos. Um exemplo disso ĂŠ o diagnĂłstico laboratorial da doença celĂ­aca. A doença celĂ­aca ĂŠ muitas vezes designada como sendo um “camaleĂŁo clĂ­nicoâ€? que se vai escondendo atrĂĄs de muitos sinais e sintomas, levando o clĂ­nico a pensar em diversas outras patologias. Deste modo o diagnĂłstico clĂ­nico torna-se moroso e complexo. Alertar os colegas clĂ­nicos para o correto pedido

existir uma boa prescrição, tambĂŠm nĂŁo existe, por parte dos outros laboratĂłrios, a capacidade ĘťQDQFHLUD GHYLGR DR HVPDJDPHQWR FRQVWDQWH GDV tabelas de preços que sĂŁo pagas aos laboratĂłrios, executar dois ou mais testes laboratoriais para um sĂł pedido, aplicando algoritmos que vĂŁo desde o WHVWH PDLV VHQVÂŻYHO DR WHVWH PDLV HVSHFÂŻĘťFR SDUD TXH R UHVXOWDGR ĘťQDO VHMD PDLV UÂŁSLGR H PDLV ʝ£vel. “Aqui tambĂŠm nĂłs nos destacamos pois, mais uma vez, deixamos o lucro de lado e apostamos QD TXDOLGDGH H QD ĘťDELOLGDGH GRV UHVXOWDGRV TXH apresentĂĄvamosâ€?. Maria JosĂŠ Rego de Sousa admiWH Č”2 TXH Ęť] IRL DSURYHLWDU D HVWUXWXUD GR *UXSR Germano de Sousa, tendo desenvolvido protocolos internos, baseados em inquĂŠritos clĂ­nicos aos doentes. Em caso de suspeita de doença celĂ­aca, apesar de nĂŁo ser paga por algumas das anĂĄlises que elaborava, podemos prestar um melhor e mais HĘťFLHQWH VHUYLŠR D HVWHV GRHQWHVČ• 'HVWH PRGR SUHtendemos acelerar o diagnĂłstico da patologia. O Grupo Germano de Sousa contribuiu, deste modo, nos Ăşltimos seis anos, para mudar o paradigma da doença celĂ­aca em Portugal, tal como o faz constantemente, na luta pela qualidade e por melhores cuidados de saĂşde.


SAĂšDE

Uma Nova Esperança no tratamento do cancro do pulmĂŁo a ESMO Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia MĂŠdica onde foram apresentadas os resultaGRV GXP HVWXGR GH IDVH ,,, PRVWUDQGR D HĘťFÂŁFLD do crizotinib (um inibidor da tirosina kinase MET/ ALK) relativamente ao tratamento de quimioterapia padrĂŁo em doentes, ALK-positivo de nĂŁo-pequenas cĂŠlulas do cancro do pulmĂŁo (NSCLC), doença avançada ,que tenham sido previamente tratados com uma primeira linha, de quimioterapia baseada em sais de platino . Este oncogene de fusĂŁo representa um dos novos alvos moleculares no CPNPC, desempenhando um papel-chave na carcinogĂŠnese pulmonar num subgrupo de doentes, que pode ser EORTXHDGR GH IRUPD HĘťFD] SRU SHTXHQDV PROÂŤFXODV inibidoras que tĂŞm como alvo o ALK. Este rearranjo (EML4-ALK) ĂŠ, no entanto, pouco frequente, ocorrendo em 3 a 7% de todos os CPNPC. É mais frequente em doentes nĂŁo fumadores ou ex fumadores e em doentes com Adenocarcinoma. O sexo, a idade e os hĂĄbitos tabĂĄgicos nĂŁo sĂŁo variĂĄveis sĂłlidas relacionadas com os rearranjos do ALK no &313& 1ÂĽR HVWÂŁ DLQGD GHĘťQLGR XP PÂŤWRGR SDGUÂĽR para a deteção das mutaçþes EML4-ALK, podendo ser utilizadas vĂĄrias tĂŠcnicas moleculares. A hibriGDŠ¼R ĘźXRUHVFHQWH LQ VLWX ),6+ ÂŤ D PHWRGRORJLD utilizada atualmente. Estes resultados colocam o crizotinib como a terapĂŞutica padrĂŁo para doentes com avançado, previamente tratados, ALK-positivos, NSCLC.

325 Bà RBARA PARENTE, ',5(725$ '2 6(59,‰2 '( 31(802/2*,$ '2 &(1752 +263,7$/$5 '( 9,/$ 129$ '( *$,$ (63,1+2 35(6,'(17( '2 ;; &21*5(662 '( 31(802/2*,$ '2 1257(

Sendo jå consensual o uso, a nível mundial de TKI QRPHDGDPHQWH *HʝWLQLE H (UORWLQLE HP GRHQWHV com CPNPC doença avançada com a mutação SRVLWLYD GR (*)5 FHUFD GH HP 3RUWXJDO H na Europa) este Ê sem duvida o segundo grupo de doentes com cancro de não pequenas cÊluODV GR SXOP¼R TXH FODUDPHQWH EHQHʝFLD GH XPD terapêutica dirigida a uma alteração molecular. Os

cancro do pulmĂŁo ĂŠ o mais frequente no mundo hĂĄ vĂĄrias dĂŠcadas. Em 2008

O

dos, particularmente em doentes nĂŁo fumadores ou ex-fumadores, o que veio trazer uma nova esperan-

estima-se que ocorreram 1,61 milhĂľes de novos casos, representando 12,7%

ça para uma doença tradicionalmente condenada ao insucesso terapêutico, quando ultrapassada a

de todos os cancros. Calcula-se que em Portugal sejam diagnosticados / ano cerca de 3500 novos casos de cancro do pulmĂŁo e que aproximadamente 85-90% dos casos corresponda a Cancro do pulmĂŁo de nĂŁo pequenas

fase cirĂşrgica. 'HVGH D GÂŤFDGD GH LQLFLR GD TXLPLRWHUDSLD DWÂŤ aos nossos dias, tem havido uma melhoria lenta mas progressiva da sobrevida destes doentes, inicialmente com o uso de quimioterapia e a sua per-

cÊlulas (CPNPC; destes, cerca de 70% são diagnosticados jå em estådios avançados de doença, sendo

sonalização ao longo do anos e mais recentemente nos doentes que apresentam mutaçþes ativadoras

um tumor que cursa muitas vezes assintomĂĄtico. A sua etiologia tem-se alterado, lentamente, nos Ăşltimos anos, devido ao aumento de casos em nĂŁo fumadores. A proporção de nĂŁo fumadores com CPNPC tem vindo a aumentar ao longo dos anos –

GR (*)5 HP 3RUWXJDO FHUFD GH GRV GRHQWHV com CPNPC apresentam mutação positiva) existe HYLGQFLD FLHQW¯ʝFD EDVHDGD QRV HVWXGRV HIHFWXDdos, que permite tratar este subgrupo de doentes, com aumento acentuado da sobrevida com inibido-

15,9% em 1970, 25,8% em 1980; 30,4% em 1990 H HP 6LPXOWDQHDPHQWH WHP VH YHULĘť-

res da tirosina Kinase (TKI). Mais recentemente surgiu o Oncogenese de fusĂŁo

cado um aumento de casos no sexo feminino e de

EML4-ALK, que representa tambĂŠm um dos alvos

adenocarcinomas. Tem sido efetuados progressos VLJQLʝFDWLYRV SDUD GRHQWHV FRP HVW£GLRV DYDQŠD-

PROHFXODUHV HP &313& 'HFRUUHX HP 9LDQD GH Ă ustria de 28 de Setembro a 2 de Outubro de 2012

UHVXOWDGRV UHSUHVHQWDP XP SDVVR VLJQLĘťFDWLYR SDUD um tratamento cada vez mais individualizado em doentes com Cancro do pulmĂŁo, aumentando assim o nĂşmero de doentes (que poderĂĄ ir atĂŠ cerca de

20%) com CPNPC doença avançada que podem EHQHʝFLDU GH WHUDSXWLFDV GLULJLGDV QD IRUPD RUDO H FRP XP FODUR EHQHʝFLR WDPEP QD TXDOLGDGH GH vida destes doentes. Em Portugal, desde janeiro de 2011, Ê possível efetuar tambÊm o estudo da Translocação do ALK e o primeiro passo jå foi dado nalguns centros de Oncologia pulmonar numa população selecionada (CPNPC estådios IV, adenocarcinoma, não-fumadores ou ex-fumadores). A pesquisa da translocação do ALK, vai-nos permitir conhecer a incidência desta mutação na população portuguesa com CPNPC e proceder ao seu tratamento dirigido em doentes ALK+; o fårmaco foi aprovado nos EUA, SHOD )'$ )RRG DQG 'UXJ $GPLQLVWUDWLRQ HP $JRVto de 2011 e foi muito recentemente em julho de 2012, tambÊm aprovado pela EMA European Medicines Agency). Em Portugal o seu uso carece de um pedido de autorização especial (AUE) ao Infarmed, com aprovaçþes caso a caso. 2 VHUYLŠR GH 3QHXPRORJLD GR &+91*DLD HP SDUFHria com o IPATIMUP início, em Janeiro de 2011 (em novos casos de CPNPC, de etiologia não escamosa FRP VHTXHQFLDŠ¼R GRV H[¡HV GR (*)5 QHJDtiva), e em doentes não-fumadores ex-fumadores ou fumadores ligeiros, o estudo para pesquisa do UHDUUDQMR (0/ $/. SHOR PWRGR GH ),6+ D SDUWLU de lâminas de citologia, histologia ou blocos de SDUDʝQD 2V GDGRV SUHOLPLQDUHV QHVWH JUXSR GH doentes selecionados, mostram atÊ a presente data uma taxa de mutação de 6,5%. O aumento crescente do número de casos do cancro do pulmão não ligados ao fumo do tabaco e o aparecimento de molÊculas que bloqueiam os receptores dos tumoUHV QRV GRHQWHV FRP PXWDŠ¼R GR (*)5 H WUDQVORcação do ALK constituem jå uma grande esperança no tratamento de doentes com CPNPC em doença avançada, particularmente nos doentes não fumadores, jå que estas alteraçþes ocorrem com muito maior frequência em doentes não fumadores ou ex -fumadores.

Março 2013

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SAĂšDE

MalefĂ­cios do Tabagismo na Mulher

D

e acordo com a Organização Mundial de Saúde o tabaco causou cerca de 100 milhþes de mortes no sÊculo XX, se esta tendência se mantiver no

sÊculo. XXI pode passar a um bilião. Dos seis milhþes de pessoas que morrem anualmente em todo o mundo por doenças provocadas pelo tabaco, 1,5 milhþes são mulheres. Se esta tendência se mantiver, em 2030 este número vai aumentar para 8 milhþes sendo 2,5

LOURDES BARRADAS - DIRETORA DO SERVIÇO DE PNEUMOLOGIA DO INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA DE COIMBRA

milhþes mulheres. O tabagismo Ê o fator etiológico mais importante para o desenvolvimento de cancro do pulmão, sendo responsåvel por cerca de 85% dos casos. Existem, no entanto, outros tipos de cancro associados ao tabaco nomeadamente: cancro da cavidade oral, faringe, laringe, esófago gåstrico, colorectal, pâncreas, bexiga, colo do útero (risco acrescido em associação com o HPV) e rim. Cerca de 1/3 das mortes por cancro são atribuídas ao tabaco. A American Cancer Society estima que em 2012 ocorram cerca de 226.160 novos casos de cancro do pulmão, o que corresponde a 14% de todos os cancros. O risco de morte por cancro do pulmão Ê 23 vezes superior no homem fumador e 13 vezes superior na mulher fumadora, quando comparado com os não fumadores. A OMS estima que 40% de todos os cancros diagnosticados poderiam ser prevenidos por uma dieta saudåvel, pela promoção do exercício físico, pela prevenção das infecçþes mas, principalmente, pelo controlo do tabagismo. As mulheres são mais susceptíveis aos malefícios do fumo do tabaco, adquirem mais neoplasias do pulmão com exposiçþes menores, que os homens, têm maior gravidade e mortalidade na doença coronåria, maior risco de AVC, e de doença arterial perifÊrica. A associação com contraceptivos orais, aumenta 4 vezes o risco de tromboembolia e enfarte de miocårdio atÊ aos 35 anos, e após os 35 anos

diminuição da densidade óssea.). A beleza da mulher Ê tambÊm comprometida: o tabagismo provoca envelhecimento da pele com rugas mais precoces e profundas, olheiras, unhas e cabelos quebradiços, gengivas frågeis com aumento do risco de queda de peças dentårias.

as gråvidas A indústria tabaqueira tenta desviar a atenção dos efeitos nocivos do tabaco atravÊs de campaQKDV SXEOLFLW£ULDV H SURPRFLRQDLV D ʝP GH WRUnar o tabagismo um sinal de libertação, de moda e, atÊ, um regulador do peso. Estas mensagens,

o risco de morte causado por estas doenças passa a ser 9 vezes superior em relação às não

A mulher gråvida fumadora tem maior risco de hemorragias, de aborto espontâneo, de placen-

HUUDGDV H GHVWLWXÂŻGDV GH FULWÂŤULRV FLHQWÂŻĘťFRV contribuem para o aumento do consumo, princi-

fumadoras. O tabaco Ê tambÊm a principal causa de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) na mulher, com um risco 13 vezes superior de morrer por esta patologia quando comparadas com

ta prÊvia, descolamento de placenta, aumento de complicaçþes durante o parto, hemorragias, parto prematuro, recÊm-nascidos de baixo peso, aumento risco de morte súbita no recÊm-nascido. Muitas mulheres desconhecem os malefícios

palmente, nas jovens adolescentes. As mulheres são mais receptivas aos cigarros light ou com baixo alcatrão, com a convicção errada que o light Ê mais seguro. O uso do cigarro light não reduz o risco de doenças provocadas

as não fumadoras. O tabaco provoca importantes alteraçþes hor-

do tabagismo passivo (exposição ao fumo de outros), nomeadamente, o aumento do risco de

pelo tabaco. A Ăşnica maneira de evitar os malefĂ­cios do tabagismo ĂŠ parar de fumar, quanto mais

monais nas mulheres (diminuindo os estrogĂŠnios e aumentando os androgĂŠnios) o que pode provocar alteraçþes nos perĂ­odos menstruais, diminuição da fertilidade, menopausa precoce e maior risco de osteoporose e fracturas (devido Ă

cancro do pulmão e de doenças cardiovasculares, e nalguns países mesmo que tenham conhecimento não têm direito de reclamar. Das 600 mil mortes causadas por cada ano pelo tabagismo passivo cerca de 64% são mulheres, incluindo

cedo maiores são as vantagens, quer a curto (melhoria no hålito no paladar na pele, sintomas respiratórios, performance desportiva) quer a longo prazo (diminuição no risco de doenças cardiovasculares e cancro).


ATUALIDADE DO SETOR BANCĂ RIO E FINANCEIRO

Os direitos dos trabalhadores de seguros em primeiro lugar O SINAPSA FOI CRIADO EM 1934. A SUA HISTĂ“RIA É ATRAVESSADA POR 5(*,0(6 32/Â?7,&26 48( 08,726 75$%$/+$'25(6 '( 6(*8526 1Â…2 9,9(5$0 &20 3(5Â?2'26 ',)Â?&(,6 '( ,17(59(1‰…2 6(035( 5(35,0,'$ 0$6 7$0%‹0 &20 80$ *5$1'( &21),$1‰$ 12 FUTURO. FOI, EM 1970, COM OUTROS SINDICATOS, FUNDADOR DA &*73 - INTERSINDICAL NACIONAL. APĂ“S O 25 DE ABRIL, UM NOVO &,&/2 7(9( ,1,&,2 $*25$ (0 '(02&5$&,$ $ 3$57,5 '( ASSISTIU - 6( $2 $3$5(&,0(172 '$6 7(1'ÂŒ1&,$6 32/Â?7,&2 SINDICAIS, A PARTIR DO CHAMADO MOVIMENTO DA CARTA ABERTA, 48( (67(9( 1$ 25,*(0 '$ &5,$‰…2 '$ 8*7 1$ 48$/ 2 12662 SINDICATO SE FILIOU EM 1977, DESFILIANDO - 6( '$ &*73 - IN. 6,1',&$72 5(*,21$/ $7‹ '( 129(0%52 '( 2 (17Â…2 6761 3$6628 $ $%5$1*(5 2 7(55,7•5,2 1$&,21$/ 08'$1'2 $ 68$ '(6,*1$‰…2 3$5$ 6,1',&$72 1$&,21$/ '26 352),66,21$,6 '( 6(*8526 ( $),16 (0 129(0%52 '( 2 6,1$36$ '(6),/,28 6( '$ 8*7 6(1'2 $*25$ 80 6,1',&$72 ,1'(3(1'(17( Francisco TĂĄrtaro e AntĂłnio MagalhĂŁes

S

ediado no Porto, o SINAPSA possui diversas delegaçþes em todo o país, nomeadamente em

Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Vila Real e Viseu. É uma estrutura sindical fundamental no apoio aos associados dessas regiĂľes, na defesa dos seus direitos e na resolução dos seus problemas laborais. O SINAPSA vive exclusivamente das quotizaçþes dos seus associados. Pela voz do vice-presidente do Sindicato, Francisco TĂĄrtaro, e do tesoureiro, AntĂłnio MagalhĂŁes, foram apontadas DV SULQFLSDLV GLĘťFXOGDGHV H ÂŁUHDV GH DFWXDŠ¼R GR 6,1$36$ a começar pelo nĂŁo reconhecimento, pela associação patronal do setor (APS – Associação Portuguesa de SeguUDGRUHV H VXDV ĘťOLDGDV GH TXHP ÂŤ SURĘťVVLRQDO GH VHJXURV “Com as seguradoras a externalizar alguns serviços, como o caso dos call centers, os trabalhadores nĂŁo sĂŁo consiGHUDGRV SRU HVWDV FRPR SURĘťVVLRQDLV GH VHJXURV HPERUD estejam, de facto, a executar tarefas para a atividade seguradora, em regime de exclusividadeâ€?, lamenta FranFLVFR 7ÂŁUWDUR H DFUHVFHQWD TXH Ȕ XPD OXWD TXH WUDYDPRV no sentido de conseguirmos que sejam reconhecidos desta forma. As informaçþes dadas neste setor tĂŞm de ser FRUUHWDV H HĘťFLHQWHV H PXLWRV GHVWHV SURĘťVVLRQDLV QHP sequer tiveram formação adequadaâ€?. AntĂłnio MagalhĂŁes H[HPSOLĘťFD FRP R FDVR GR FDOO FHQWHU GR *UXSR &DL[D Seguros (um grupo empresarial do Estado), situado em Évora. “Temos entre 300 e 400 trabalhadores neste call center, que nĂŁo estĂŁo protegidos. As condiçþes de trabalho nĂŁo sĂŁo as mais adequadas e jĂĄ tentĂĄmos visitar as instalaçþes, mas argumentam que quem estĂĄ a gerir este HVSDŠR QÂĽR ÂŤ D &DL[D 6HJXURV R TXH QRV FULD LPHQVDV GLĘťFXOGDGHV HP FRQWDFWDU RV QRVVRV FROHJDV $SHVDU GDV GLĘťFXOGDGHV ID]HPR OR UHJXODUPHQWH ¢ SRUWD GD HPSUHVD Č• A precaridade dos vĂ­nculos laborais que estes e muitos RXWURV UHFÂŤP DGPLWLGRV QD DWLYLGDGH VHJXUDGRUD VÂĽR sujeitos fragiliza o setor. “VĂŁo saindo pessoas dos quadros

xx |

| Novembro 2012

das empresas, entram menos e mais jovens ou estagiĂĄrios, a receber muito menos. As empresas vĂŁo externalizando tarefas, como as peritagens e averiguaçþes, que antigamente eram serviços realizados pelos quadros de pessoal das prĂłprias companhias. Hoje em dia, torna-se compliFDGR GL]HU TXHP FRQWLQXD D VHU SURĘťVVLRQDO GH VHJXURV em Portugalâ€?.

Contratos Colectivos de Trabalho (CCT´s), 2008 e 2012 “TĂ­nhamos apenas um Contrato Colectivo de Trabalho &&7 ÂźQLFR H YHUWLFDO FRQVWUXÂŻGR DR ORQJR GH GÂŤFDGDV Hoje estamos numa situação diferente, com a existĂŞncia de dois CCT´s: o de 2012, subscrito por dois Sindicatos GR VHFWRU 67$6 H 6,6(3 H R GH TXH VH PDQWÂŤP em vigor e que continuamos a subscrever e a defenderâ€?. O CCT de 2012 (subscrito pela Associação Patronal e os outros Sindicatos) introduz o Banco de Horas, que permite o alargamento dos horĂĄrios de trabalho sem o respetivo pagamento de trabalho suplementar; permite as 0RELOLGDGHV *HRJUÂŁĘťFD H )XQFLRQDO FRP FRQFHLWRV PXLWR PDLV DODUJDGRV DFDED FRP RV 3UÂŤPLRV GH $QWLJXLGDGH H Suplementos Salariais importantes; coloca na mĂŁo dos SDWU¡HV H[FOXVLYDPHQWH D TXHVWÂĽR GD &DUUHLUD 3URĘťVVLRQDO FRP R ĘťP GDV 3URPRŠ¡HV 2EULJDWÂľULDV LQWURGX] D TXHVWÂĽR da Avaliação de Desempenho em termos extremamente perigosos, nomeadamente sem que haja a regulamentação dos mecanismos de recurso do resultado da avaliação (particularmente importantes e imprescindĂ­veis HP VLWXDŠ¡HV GH GLVFRUG¤QFLD RX FRQĘźLWR HQWUH RXWUDV importantes perdas. Neste momento, quem entra para XPD FRPSDQKLD GH VHJXURV ÂŤ FRQIURQWDGR FRP D TXHVWÂĽR dos contratos coletivos, e “muitas empresas impĂľem a imediata adesĂŁo ao novo CCT de 2012â€?, garante-nos o vice-presidente.



ATUALIDADE DO SETOR BANCĂ RIO E FINANCEIRO

SINDICATO DOS BANCĂ RIOS DO SUL E ILHAS

Pela defesa do setor bancĂĄrio 180$ $1ƒ/,6( $2 $78$/ 3$125$0$ '2 6(725 %$1&ƒ5,2 1$&,21$/ 58, 5,62 35(6,'(17( '2 SINDICATO DOS BANCĂ RIOS DO SUL E ILHAS ( SBSI ) )$/$ '2 3$3(/ 35(321'(5$17( '2 6,1',&$72 1$ '()(6$ '26 352),66,21$,6 '$ ƒ5($ 12 48( ',= 5(63(,72 ‚6 352%/(0ƒ7,&$6 48( 7ÂŒ0 $)(7$'2 5(&(17(0(17( 2 6(725

O

DWXDO SDQRUDPD HFRQ¾PLFR ʝQDQFHLro tem repercutido efeitos negativos no setor bancårio nacional. A dimiQXLŠ¼R DFHQWXDGD GD DWLYLGDGH ʝQDQ-

ceira de Portugal tem-se traduzido, consequentemente, no decrĂŠscimo da atividade bancĂĄria, afetando os trabalhadores do setor, conduzindo ao que Rui Riso diz ser uma crise sem precedentes no que diz respeito ao despedimento de funcionĂĄrios. “Em crises anteriores nunca houve a necessidade por parte das empresas para reduzirem tantos trabalhadores como estĂĄ a acontecer atualmente. Tal acontece porque nĂŁo hĂĄ perspetivas tempoUDLV SRU SDUWH GDV HPSUHVDV SDUD R ĘťP GD FULVH 2 facto de as empresas deixarem de acreditar que existe um limite temporal breve para a retoma, leva-as a procederem a reestruturaçþes profundas. Mas, no nosso entender, as reestruturaçþes nĂŁo podem ser feitas sempre pela redução do nĂşmero de postos de trabalhoâ€?, salienta. Rui Riso recua Ă origem desta crise para fazer notar os seus efeitos no setor bancĂĄrio: “A atual FULVH ĘťQDQFHLUD WHP QD RULJHP R VXESULPH GRV EUA que pĂ´s em causa os valores da capitalização bolsista das empresas em todo o mundo e muitos dos patrimĂłnios que estavam constituĂ­dos, nomeadamente no que diz respeito aos fundos. Perante uma descida acentuada, ocorreram casos de falĂŞncia de bancos, o que pĂľe em causa nĂŁo sĂł os trabalhadores que estĂŁo no ativo, como tambĂŠm os aposentados. As repercursĂľes desta situação ainda hoje se estĂŁo a fazer sentir na Europaâ€?. Perante este quadro, torna-se imperativa a questĂŁo: qual o posicionamento assumido pela EuroSD QR TXH GL] UHVSHLWR ¢ FULVH ĘťQDQFHLUD" 5XL Riso responde: “A Europa demorou a perceber que o problema nĂŁo era da GrĂŠcia, da Irlanda, de Portugal e de Espanha, mas que estĂĄvamos perante um problema a nĂ­vel europeu. A Europa reage por medo, nĂŁo assimilando a crise como sua por medo dos mercados, da estabilidade do euro e da cotação. A Europa deixou que fossem as empresas de rating a estabelecer o valor dos paĂ­ses e isto provoca uma alteração profunda do paradigma em defesa dos mercados. A crise sĂł começou a ser entendida como um problema europeu quando começam a ser atingidos os grandes paĂ­ses como a ItĂĄlia, a França e a Alemanhaâ€?, explica. 8PD GDV FRQVHTXÂŹQFLDV GLUHWDV GD FULVH ĘťQDQ-

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| Março 2013

Rui Riso, Presidente do SBSI

FHLUD WHP VH UHĘźHWLGR QR GHFUÂŤVFLPR GD HPSUHgabilidade. Rui Riso salienta que a este fator junta-se uma grande pressĂŁo sobre os direitos GRV WUDEDOKDGRUHV Č”2V UHFHQWHV FDVRV GH DOJXPDV instituiçþes bancĂĄrias nacionais sĂŁo exemplos destas problemĂĄticasâ€?, diz. No que diz respeito ao papel dos sindicatos SHUDQWH HVWDV SUREOHPÂŁWLFDV 5XL 5LVR DĘťUPD Č”R 6%6, WHP XPD PDWUL] VLQGLFDO TXH SULYLOHJLD D PHVD GDV QHJRFLDŠ¡HV 2V VLQGLFDWRV TXHUHP VHU intervenientes e parceiros na busca por soluçþes para o setor bancĂĄrioâ€?. Neste ponto, Rui Riso destaca a correlação existente entre o sindicalismo e o bem-estar social e HFRQÂľPLFR GDV QDŠ¡HV Č”2V SDÂŻVHV HXURSHXV FRP um maior Ă­ndice de bem-estar social sĂŁo aqueles onde hĂĄ uma estrutura sindical forte. É preciso perceber que os sindicatos nĂŁo causam entraves ao desenvolvimento econĂłmico, antes pelo conWUÂŁULRČ• HYLGHQFLD DĘťUPDQGR Č”D EDQFD SRUWXJXHVD ĂŠ uma das mais produtivas, rentĂĄveis e modernas. Um dos fatores que contribui para que isto aconteça prende-se com o facto de haver paz social no setor, que sĂł ĂŠ possĂ­vel quando os empregadores compreendem a missĂŁo dos sindicatosâ€?.


ATUALIDADE DO SETOR BANCĂ RIO E FINANCEIRO

FEBASE Desde abril de 2012 Ă frente da FEBASE (federação que reĂşne sindicatos do setor bancĂĄrio e segurador), o mandato de Rui Riso enquanto secretĂĄrio-geral da federação sindical tem sido pautado por momentos decisivos para o setor, de que sĂŁo exemplos as repercussĂľes do terceiro Acordo Tripartido que garantiu que os reformados da banca continuassem a receber as pensĂľes correspondentes a 14 meses por ano e a evolução das diversas problemĂĄticas em que estiveram envolvidas recentemente algumas instituiçþes bancĂĄrias portuguesas. Č”6ÂĽR GRLV FDVRV H[HPSOLĘťFDWLYRV GD FUXFLDOLGDGH da intervenção da FEBASE na defesa dos direitos e interesses dos reformados e trabalhadores do setor bancĂĄrio. Demonstram igualmente a força da FEBASE resultante da uniĂŁo do conjunto dos VLQGLFDWRV TXH D FRPS¡HPČ• DĘťUPD D SURSÂľVLWR GD intenção anunciada da criação de um sindicato nacional Ăşnico para o setor bancĂĄrio e segurador.

Responsabilidade Social do SBSI Subsistema privado de assistĂŞncia na saĂşde aos trabalhadores bancĂĄrios, o SAMS do SBSI foi durante muitos anos o maior prestador privado de cuidados mĂŠdicos na regiĂŁo de Lisboa. As infraestruturas mĂŠdicas do SBSI incluem um centro clĂ­nico, um hospital, para alĂŠm de postos perifĂŠricos e regionais. Os nĂşmeros do funcionamento destas unidades sĂŁo representativos: “O SBSI tem 46 mil associados e totaliza cerca de cem PLO EHQHĘťFLÂŁULRV GR 6$06 1R &HQWUR &OÂŻQLFR VÂĽR GDGDV cerca de 300 mil consultas por ano, sendo feitas mais de um milhĂŁo de anĂĄlises, e igual nĂşmero de tratamentos GH ĘťVLRWHUDSLD 1R KRVSLWDO VÂĽR IHLWDV PDLV GH PLO intervençþes por ano e mais de 15 mil diĂĄrias de internamento. Temos um serviço de atendimento permanente KRVSLWDODU KRUDV SRU GLD 2 &HQWUR &OÂŻQLFR GLVS¡H GH uma unidade de oncologia que dĂĄ resposta a todas as fases do processo clĂ­nico, apoiando um universo de 3500 GRHQWHV RQFROÂľJLFRV UHIHUHQFLDGRVČ• HYLGHQFLD 5XL 5LVR Para alĂŠm da ĂĄrea da saĂşde, o SBSI tem desde a sua criação um papel preponderante e ativo no campo da formação, colocando ao dispor de todos os seus associados um plano formativo que vai de encontro Ă s suas QHFHVVLGDGHV SURĘťVVLRQDLV $ DWXDO FRQMXQWXUD HFRQÂľPLFD WHP VH UHĘźHWLGR QXP aumento do nĂşmero de casos de procura de apoio social no sindicato. Assumindo um papel ativo nesta problemĂĄtica, o SBSI manteve o acesso aos serviços internos do sindicato a todos os ex-trabalhadores atingidos por rescisĂľes amigĂĄveis. Outro exemplo da prĂĄtica de responsabilidade social por parte do sindicato ĂŠ a iniciativa resultante do convĂŠnio realizado entre o SBSI e a Associação Portuguesa de Franchise, que visa dar a conhecer aos trabalhadores alvo de processos de rescisĂľes de contrato e seus familiares novas oportunidades de empreendedorismo na ĂĄrea do franchising, iniciativa HVVD GHVWLQDGD ÂźQLFD H H[FOXVLYDPHQWH D VÂľFLRV H H[ VÂľFLRV GR 6%6, O SBSI foi tambĂŠm o primeiro a lançar um apoio extraordinĂĄrio para aquisição de material escolar e pagamento de propinas. “O assinalĂĄvel ĂŞxito desta iniciativa deixa a GHVFREHUWR DV GLĘťFXOGDGHV TXH DWLQJHP WRGRV RV WUDEDlhadores portuguesesâ€?, diz Rui Riso. Março2013 2013[[ Março

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INOVAĂ‡ĂƒO E FORMAĂ‡ĂƒO

Inovinter: 15

Ă lvaro Cartas, Diretor do Inovinter

PARA 2013 O INOVINTER MANTEM A APOSTA NUMA FORMAĂ‡ĂƒO TRANSVERSAL AOS VĂ RIOS SETORES DE ATIVIDADE, EM TODOS OS SEUS 14 POLOS DE FORMAĂ‡ĂƒO LOCALIZADOS EM TODO O TERRITĂ“RIO NACIONAL.

F

muito rigoroso das necessidades e apresentar um plano de formação adequado a cada regiĂŁoâ€?, explica Ă lvaro Cartas, diretor do Inovinter.

de formação que vão desde Viana do Castelo atÊ Vila Real de Santo António, dos quais oito

outras åreas. O Inovinter procura potenciar as atividades que cada região tem para propiciar o seu desenvolvimento económico e dar uma resposta DR Q¯YHO GD TXDOLʝFDŠ¼R GD P¼R GH REUD WDQWR

oi criado em 1998, resultando do protocolo existente entre a CGTP e o IEFP.

Desde então, o Inovinter tem-se distinguido por um plano de formação transversal aos vårios setores de atividade, desenvolvido numa estrutura nacional que abrange 14 polos

localizam-se no interior do paĂ­s. Ȕ‹ HVWD FDUDFWHUÂŻVWLFD GH GLVSHUVÂĽR JHRJUÂŁĘťFD TXH distingue o Inovinter e lhe confere a possibilidade de intervir nessas regiĂľes complementando-se com a dinâmica que ĂŠ dada pelos parceiros institucionais e, pelo conjunto de parcerias que estabelecemos a nĂ­vel local, as autarquias, os sindicatos, as empresas e outros agentes locais. (VWD GLVSHUVÂĽR JHRJUÂŁĘťFD H D SUÂľ[LPD OLJDŠ¼R TXH temos ao tecido econĂłmico, empresarial e social que permitem ao Inovinter fazer um diagnĂłstico

“Estamos a falar de formaçþes em alguns casos OLJDGDV D SURĘťVV¡HV WUDGLFLRQDLV FRPR ÂŤ R FDVR do artesanato, dos tĂŞxteis, do turismo rural, entre

para aqueles que estĂŁo empregados, como aos que se encontram em situação de desempregoâ€?, DĘťUPD SĂł em 2012, a nĂ­vel nacional pelo Inovinter passaram cerca de dez mil formandos, num total de cerca de 30 mil horas de formação. Em termos de GLVWULEXLŠ¼R JHRJUÂŁĘťFD SRU FHQWR GHVWD IRUPDção foi realizada a Norte, 25 por cento na RegiĂŁo Centro e 34 por cento no Alentejo e Algarve.

Plano de formação para 2013 Para 2013 o plano formativo do Inovinter pretende ir de encontro Ă s exigĂŞncias do atual contexto socioeconĂłmico. “Para 2013 o plano integra formação modular, cursos EFA, Cursos de Aprendizagem - Jovens, Vida ativa e, tambĂŠm, formação na ĂĄrea da InclusĂŁo Social. Temos reforçado a formação destinada aos GHVHPSUHJDGRV 2 ,QRYLQWHU WHP GLVSRQÂŻYHLV IRUPDŠ¡HV ĘźQDQFLDGDV H QÂĽR ĘźQDQFLDGDV EHP FRPR formaçþes Ă medida das necessidades de cada empresaâ€?, avança Ă lvaro Cartas. Mais informaçþes sobre o Plano de Formação para 2013 em: www.inovinter.pt

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INOVAĂ‡ĂƒO E FORMAĂ‡ĂƒO

5 anos a formar cidadĂŁos Projetos formativos de sucesso Ao longo dos seus 15 anos de atividade sĂŁo muitos os projetos desenvolvidos pelo Inovinter que se tornaram casos de sucesso. Ao abrigo do Fundo Europeu da Globalização (FEG) em 2011 e 2012 foram desenvolvidos dois projetos que tiveram como objetivo reconverter mĂŁo-de-obra afetada pelo encerramento e deslocalização de empresas para outros paĂ­ses, tal como aconteceu em S. JoĂŁo da Madeira aquando do encerramento da fĂĄbrica de calçado Rohde e em Viana do Castelo com o fecho da Leoni – duas localidades onde o Inovinter desenvolveu os projetos de formação. “Com esta formação estamos a fornecer novas compeWÂŹQFLDV H FHUWLĘťFDŠ¼R SDUD TXH HVWHV GHVHPSUHJDGRV possam reentrar no mercado de trabalho, dotando-os das ferramentas e conhecimentos necessĂĄrios para que tal aconteçaâ€?, realça. “Por exemplo, os antigos trabalhadores da Rohde IUHTXHQWDUDP XP FXUVR GH GXSOD FHUWLĘťFDŠ¼R GD ÂŁUHD da qualidade e uma parte desses trabalhadores conseguiu emprego apĂłs a sua formação e o perĂ­odo de HVWÂŁJLRČ• H[HPSOLĘťFD “Muitas dessas pessoas continuam a fazer a nossa formação, porque reconheceram pela sua experiĂŞncia que formação ĂŠ um meio fundamental de atualização, permanĂŞncia e de entrada no mercado de trabalho. 6ÂĽR SURMHWRV JUDWLĘťFDQWHV (VWDPRV SHUDQWH SHVVRDV que nos chegam com uma baixa autoestima, sem SHUVSHWLYDV SURĘťVVLRQDLV H FRP TXHP ÂŤ QHFHVVÂŁULR WUDbalhar as suas competĂŞncias sociais. Nestes projetos que desenvolvemos os formandos contaram com um acompanhamento e um apoio personalizado por parte da nossa equipa tĂŠcnica e dos formadoresâ€?, destaca.

Projeto na ĂĄrea da InclusĂŁo Social Da parceria com o Alto Comissariado para a Imigração e DiĂĄlogo Intercultural (ACIDI) surge o projeto PortuguĂŞs para Todos, que visa dotar os cidadĂŁos estrangeiros de conhecimentos de lĂ­ngua portuguesa que permita apoiar na sua integração na sociedade e no mercado de trabalho. Num total de 300 horas, atĂŠ ao momento, esta formação tem sido realizada nos pĂłlos de formação de Lisboa e de S. JoĂŁo da Madeira. Para 2013 o Inovinter mantem igualmente a aposta no projeto Formação nas Aldeias, uma iniciativa que visa a descentralização indo de encontro Ă população e Ă s suas necessidades formativas de acordo com a regiĂŁo onde se inserem. “Para este ano vamos envolver 650 formandos, num volume de formação de 87 mil horas em diversas ĂĄreas que vĂŁo desde a construŠ¼R H UHSDUDŠ¼R GH YHÂŻFXORV D ĘťVFDOLGDGH D DJULFXOWXUD e o turismo rural, entre muitas outrasâ€?, avança.

Face Ă aposta autĂĄrquica e empresarial na ĂĄrea das energias renovĂĄveis na regiĂŁo, que emergiu com a construção da central fotovoltaica da Amareleja, e que despoletou o surgimento de empresas ligadas a esta ĂĄrea, o Inovinter responde assim com a criação um curso que pretende formar recursos humanos, dotando-os dos conhecimentos e competĂŞncias necessĂĄrias para o exercĂ­cio da atividade. Desta forma, este curso pretende tambĂŠm dar o seu contributo para o desenvolvimento do concelho, com D Ęť[DŠ¼R GD SRSXODŠ¼R PDLV MRYHP SHOD SHUVSHWLYD de empregabilidade. “HĂĄ necessidade de mĂŁo-de-obra TXDOLĘťFDGD H ÂŤ IXQGDPHQWDO SDUD R GHVHQYROYLPHQto da regiĂŁo dar uma resposta capaz ao nĂ­vel dos recursos humanos nesta ĂĄrea de atividadeâ€?, diz Ă lvaro Cartas, explicando a realização do Curso de TĂŠcnico/a de Montagem de Sistemas Solares Fotovoltaicos, destinado a jovens atĂŠ aos 24 anos com o 9Âş ano concluĂ­do. Ao todo sĂŁo 15 os formandos, com idades entre os 17 e os 20 anos, que frequentam a primeira edição deste curso. As 2725 horas de formação, que dĂŁo equivalĂŞncia ao 12Âş ano, estĂŁo divididas entre a FRPSRQHQWH VRFLRFXOWXUDO D FLHQWÂŻĘťFD H D WHFQROÂľJLFD 1R ĘťQDO GH FDGD XP GRV WUÂŹV DQRV GR FXUVR KÂŁ XP perĂ­odo de formação em contexto de trabalho, que no primeiro ano corresponde a 200 horas, aumentando para 400 horas no segundo ano e para 500 horas no ÂźOWLPR DQR (VWHV PÂľGXORV VÂĽR OHFLRQDGRV SRU SURĘťVsionais que trabalham na fĂĄbrica de construção de painĂŠis fotovoltaicos, instalada em Moura. /ÂźFLD )RUPLJR IRUPDGRUD DĘťUPD Č”HVWH FXUVR ÂŤ XPD mais-valia para os jovens nĂŁo sĂł ao nĂ­vel dos conhecimentos prĂĄticos adquiridos com a sua experiĂŞncia na fĂĄbrica, como tambĂŠm de perspetiva de empregabilidade. Com a formação e o acompanhamento que estes formandos tĂŞm, juntando a sua formação em contexto de trabalho, estes jovens terĂŁo certamente todas as competĂŞncias necessĂĄrias para trabalhar nesta ĂĄreaâ€?. Importa tambĂŠm referir a preocupação social do Inovinter na formação destes jovens. “Estamos a trabalhar com um grupo de jovens que em função de vicissitudes do sistema foram encaminhados para fora da escola. NĂłs nĂŁo podemos replicar aqui o modelo GD HVFROD GR HQVLQR UHJXODU WUDGLFLRQDOČ• DĘťUPD 9LWRU Picado, psicĂłlogo. “No Inovinter procuramos fazer uma diferenciação pedagĂłgica, acompanhando cada um dos formandos na sua individualidade, tendo em conta os diferentes contextos sociais e familiares onde se inserem. A par da componente escolar, trabalhamos a componente social para o exercĂ­cio de uma cidadania ativa. Uma atividade como a de TĂŠcnico de Montagem de Sistemas Solares Fotovoltaicos UHTXHU FRPSHWÂŹQFLDV WÂŤFQLFDV HVSHFÂŻĘťFDV PDV WDPbĂŠm competĂŞncias relacionais essenciais ao exercĂ­cio

Inovinter aposta na formação na årea das energias renovåveis no seu pólo de Moura

GD SURĘťVVÂĽRČ• VDOLHQWD 2V DOXQRV GR &XUVR GH 7ÂŤFQLFR de Montagem de Sistemas Solares Fotovoltaicos vĂŁo

Sempre atento Ă s necessidades formativas de cada regiĂŁo, o Inovinter iniciou o ano passado no seu polo

HVWDU SUHVHQWHV QD 2YLEHMD HP $EULO H QR )ÂľUXP GDV Energias RenovĂĄveis, que terĂĄ lugar em Maio, em

de Moura um curso destinado aos jovens na ĂĄrea das

Moura, onde terĂŁo a possibilidade de mostrar o seu trabalho.

energias renovĂĄveis.

LĂşcia Formigo e VĂ­tor Picado, Formadora e Psicologo da Inovinter

Março 2013

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] 41


INOVAĂ‡ĂƒO E FORMAĂ‡ĂƒO

Município de Moura mantem a forte aposta nas energias renovåveis ENTREVISTA A JOSÉ MARIA PRAZERES PÓS - DE - MINA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

nesta årea, a nossa preocupação Ê que se possa traduzir em mais-valias para o concelho, proporcionando a melhoria da qualidade de vida da nossa população. Do ponto de vista daquilo que Ê a estratÊgia em termos de GHVHQYROYLPHQWR GR FRQFHOKR GHʝQLPRV WUV £UHDV DV energias renovåveis, o turismo, ligado ao Alqueva, ao QRVVR SDWULP¾QLR H DR WXULVPR FLHQW¯ʝFR SRU ŸOWLPR D componente agrícola, ligada a novas atividades hortícolas, ao olival, à vitivinicultura.

N

os Ăşltimos anos a autarquia de Moura tem feito uma forte aposta na ĂĄrea das energias

A autarquia promove pela segunda vez um Fórum das Energias Renovåveis, que terå lugar nos dias 9 a 12 de maio. Como serå o evento deste ano? (VWH I¾UXP WHU£ WUV FRPSRQHQWHV GH ([SRVLŠ¼R HP que vão estar presentes empresas ligadas ao setor das HQHUJLDV UHQRY£YHLV QXPD RXWUD YHUWHQWH KDYHU£ XP

renovĂĄveis. O que tem sido feito a este nĂ­vel? Tem sido desenvolvida em Moura uma aposta na atividade industrial ligada Ă s energias renovĂĄveis que surgiu com a criação da central fotovoltaica no concelho. Ă€ vertente de produção de energia, este projeto juntou uma componente de promoção de desenvolvimento. Isto permite captar investimento, gerando empregabiOLGDGH SDUD R FRQFHOKR H VÂľ GHVWD IRUPD ÂŤ SRVVÂŻYHO Ęť[DU os jovens. Ao todo, nas diversas vertentes ligadas a este projeto na ĂĄrea das energias renovĂĄveis foi possĂ­vel criar cerca de 150 postos de trabalho. Este projeto foi desenvolvido com base em trĂŞs pilares: a componente de produção de energia, a vertente do fabrico e outra ligada Ă educação, formação e investigação e desenvolvimento tecnolĂłgico, que ĂŠ uma vertente na qual estamos a fazer uma grande aposta atualmente. CriĂĄmos a Empresa Municipal LĂłgica que tem a responsabilidade da gestĂŁo do nosso parque tecnolĂłgico e do laboratĂłrio. HĂĄ pouco tempo teve a acreditação do IPAC, o que lhe permite ser hoje um dos laboratĂłrios que tem dos melhores equipamentos a nĂ­vel europeu e, atĂŠ mesmo, a nĂ­vel mundial. Uma das vertentes que tem sido trabalhada nesta Empresa Municipal ĂŠ a investigação ligada a questĂľes FRPR D XWLOL]DŠ¼R GH PDWHULDLV D RWLPL]DU D HĘťFLÂŹQFLD

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| Março 2012

HVSDŠR GH GHEDWH SRU ŸOWLPR K£ XPD QRYLGDGH QHVWD edição, ligada à cooperação que temos estado a fazer dos painÊis e a realização de estudos com vista à resolução do problema do armazenamento da energia solar. Temos tambÊm um edifício a que chamamos a Casa Ideal, que estå equipada com painÊis fotovoltaicos para fornecer energias e tÊrmicos para o aquecimento, o que permite que esta casa seja autónoma e que WHQKD XP EDL[R FXVWR 1HVWH PRPHQWR HVWDPRV D ID]HU a monitorização do comportamento tÊrmico do edifício, para que o projeto possa ser posteriormente aplicado. Ao abrigo desta iniciativa foram apresentados quatro projetos de investigação: um deles ligado a questþes relacionadas com o comportamento geotÊrmico, de IRUPDV GH UHIULJHUDŠ¼R H GH DTXHFLPHQWR GR HGLI¯FLR

dos motores de stirling, que permite produzir energia atravÊs de um foco de concentração, com possibilidade GH DUPD]HQDPHQWR SRU ŸOWLPR HVWDPRV D GHVHQYROYHU um estudo relacionado coma introdução do fotovoltaico na construção. Neste momento estamos tambÊm a criar condiçþes para prestar serviços à escala internacional. Estamos envolvidos em projetos de parcerias, tanto para os PALOPS, como para a NigÊria. Com estas parcerias pretendemos ajudar os parceiros, partilhando os nossos conhecimentos na årea. Por um lado, estamos a criar a possibilidade de crescimento para as empresas que jå

outro relacionado com a forma como se gere um

estĂŁo instaladas no concelho de Moura e, por outro, possibilitar que haja desenvolvimento nesses paĂ­ses,

laboratório fotovoltaico, de monitorização que permita RWLPL]DU D SURGXŠ¼R GH HQHUJLD H UHGX]LU RV FXVWRV K£

EHQHʝFLDQGR GD QRVVD FDSDFLGDGH H FRQKHFLPHQWR Estamos inclusive a participar na criação de empresas

tambÊm um projeto ligado à tecnologia de utilização

nesses paĂ­ses. Em toda a atividade que desenvolvemos

a nível internacional. Acreditamos que Ê importante mostrar o que estamos a fazer ao nível destas parcerias internacionais. Neste âmbito, vão estar presentes os nossos parceiros dos diversos projetos em que estamos envolvidos, o que permitirå dar a conhecer o trabalho que tem sido desenvolvido, sendo tambÊm um momento de intercâmbio de conhecimentos. Que projetos estão perspetivados para Moura? Estas apostas que o concelho de Moura tem vindo a fazer são apostas voltadas para o futuro, com perspetivas de desenvolvimento e que são apostas que têm que ser continuadas. Inserida na Empresa Municipal Lógica temos em desenvolvimento um projeto ligado à instalação de um radiotelescópio, na Austrålia e na à frica do Sul, cujo trabalho de preparação e de teste de ensaios serão feitos no município, contando com todo o apoio tÊcnico da Lógica.



BALANÇO DOS PORTOS DE PORTUGAL

“O Porto de Sines tem potencialid

O PORTO DE SINES REGISTOU EM JANEIRO O MELHOR MĂŠS DE SEMPRE NA MOVIMENTAĂ‡ĂƒO DE CONTENTORES. horas por dia, com um tarifĂĄrio ËŠDW UDWH, isto ĂŠ, a qualquer hora do dia e em qualquer dia da semana o navio paga sempre a mesma tarifa. “Noutros portos as chegadas dos navios tĂŞm que ser ponderadas pelos armadores, antecipando ou atrasando a operação para que nĂŁo haja

2

012 foi para o Porto de Sines um ano de grandes investimentos na melhorias das suas

infraestruturas. “O volume de investimentos realizados em 2012 rondou os 14.3 milhĂľes, dos quais 13.7 milhĂľes foram aplicados na segunda fase de obra de ampliação do molhe leste em 400 metros, ĘťFDQGR DVVLP R PROKH FRP XP FRPSULPHQWR WRWDO GH 1500 metros, e tambĂŠm na dragagem de fundos, para permitir a atracação dos maiores navios do mundoâ€?, diz JoĂŁo Franco, Administrador do Porto de Sines. Este investimento permite que o Porto de Sines tenha atualmente capacidade para receber os navios de maior dimensĂŁo em operação a nĂ­vel mundial. Os nĂşmeros da atividade portuĂĄria em Sines sĂŁo claros: o volume de negĂłcios aumentou de 30.9 milhĂľes em 2011 para 32.2 milhĂľes em 2012; quanto ao volume de mercadorias em 2011 YHULĘťFRX VH XP PRYLPHQWR JOREDO GH PLOK¡HV GH toneladas, nĂşmero que subiu para 28.5 milhĂľes de toneladas em 2012. Na vertente dos contentores, passou-se de 447 mil em 2011 para 553 mil em 2012. “Para 2013 perspetivamos atingir os 700 mil contentoresâ€?. Outro dos

um custo acrescido. Em Sines nĂŁo hĂĄ essa necessidade, o que permite aos operadores atuar de acordo com as suas preferĂŞncias operacionais, salienta JoĂŁo Franco. Por outro lado, o tempo de espera dos navios tambĂŠm ĂŠ nulo ou muito reduzido – um fator que assume uma importância acrescida para os navios de grande porte que tĂŞm um elevado custo de operação por dia. â€œĂ‰ tambĂŠm muito importante a questĂŁo alfandegĂĄria. O Porto de Sines dispĂľe da “Janela Ăšnica PortuĂĄriaâ€?, um sistema totalmente eletrĂłnico que permite que o navio envie toda a comunicação por email, podendo as diferentes autoridades pĂşblicas que intervĂŞm no desalfandegamento do navio H WDPEÂŤP SRVWHULRUPHQWH QD VXD SDUWLGD YHULĘťFDU WRGD a documentação e acelerar o processo. O navio dois dias antes de chegar jĂĄ tem toda a documentação tratada, sem haver perdas de tempoâ€?, explica. Para alĂŠm da redução de custos, hĂĄ tambĂŠm a qualidade de serviço que ĂŠ prestada pelo porto, atestada pelo nĂşmero irrelevante de reclamaçþes. “O Porto de Sines tem procurado criar condiçþes para que os concessionĂĄrios possam exercer a sua atividade com as melhores condiçþes e com a maior renWDELOLGDGH H HĘťFLÂŹQFLD SRVVÂŻYHOČ• JDUDQWH $V VXFHVVLYDV greves dos estivadores que aconteceram no ano passado nĂŁo tiveram expressĂŁo no Porto de Sines, que chegou a ser o destino de mercadorias antes movimentadas por

JoĂŁo Franco

os restantes portos nacionais e aumentar a nossa quota de mercado concorrendo com outros portos europeus�.

o Porto de Sines. O terminal de granĂŠis lĂ­quidos estĂĄ concessionado Ă CLT, empresa detida pela GALP, e ĂŠ a

outros portos nacionais, onde a greve se prolongou por um maior perĂ­odo de tempo. JoĂŁo Franco rejeita, contudo,

Aumento no transporte granĂŠis lĂ­quidos, sĂłlidos e contentores

Porto de Sines funciona 24 horas com tarifa Ăşnica

que o crescimento do Porto de Sines em 2012 esteja

Para o crescimento do Porto de Sines tĂŞm de igual forma

relacionado com esta situação, atĂŠ porque, segundo diz, “por um lado, a tendĂŞncia de crescimento jĂĄ vinha de trĂĄs e, por outro lado, o nosso objectivo ĂŠ cooperar com

A atividade portuĂĄria em Sines, durante muito tempo associada ao transporte de granĂŠis lĂ­quidos, teve um

nossa maior concessĂŁo. É daĂ­ que vem hoje uma parte PXLWR VLJQLĘťFDWLYD GD QRVVD PRYLPHQWDŠ¼R GH PHUFDdorias, cerca de 56 por cento, nĂşmero que jĂĄ chegou a representar 80 por cento da movimentação total. Hoje,

LQGLFDGRUHV GR FUHVFLPHQWR YHULĘťFDGR HP 6LQHV SUHQGH-se com o nĂşmero de navios, que cada vez sĂŁo de maior porte, que de 1573 subiu para 1653 em 2012.

contribuído as características operacionais e o serviço prestado. Este Ê o único porto nacional que funciona 24

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| Março 2013

aumento expressivo no transporte de contentores.

apesar de ter crescido a vertente dos granÊis líquidos, a percentagem no total da movimentação baixou com a

“O crescimento e projeção da GALP tambĂŠm dinamiza

subida dos granÊis sólidos e dos contentores�, explica.


BALANÇO DOS PORTOS DE PORTUGAL

ra crescer ainda mais�

O transporte de contentores foi uma aposta feita pelo Porto de Sines nos Ăşltimos anos. “Por um lado, porque hĂĄ uma crescente utilização deste modo de transporte da carga. Por outro lado, a localização do Porto de Sines ĂŠ estratĂŠgica, porque constitui um hub em que se articulam linhas do extremo oriente, dos EUA e do Brasil, que aportam diretamente a Sines e a partir daqui fazem o transbordo para navios de menor dimensĂŁo que seguem posteriormente para outros portos da Europa. Acresce a isto o facto de Sines ser um dos trĂŞs portos da Europa que pode receber os maiores QDYLRV GR PXQGRČ• MXVWLĘťFD DĘťUPDQGR Č”R 3RUWR GH 6LQHV tem potencialidades para crescer ainda mais, principalmente na componente dos contentores, e a expansĂŁo GD UHĘťQDULD GD *$/3 YDL GH LJXDO IRUPD GHWHUPLQDU XPD subida de movimentação de granĂŠis lĂ­quidos. NĂŁo posso D HVWH SURSÂľVLWR GHL[DU GH PHQFLRQDU R VLJQLĘťFDGR GR alargamento do canal do PanamĂĄ, que permitirĂĄ ao porto de Sines movimentar mercadorias oriundas e destinadas aos portos da costa oeste do Estados Unidosâ€?.

“Para 2013 temos uma boa expectativa. Vamos manter a aposta em propiciar as melhores condiçþes de funcionamento para todos aqueles que operam no Porto de Sinesâ€?, garante JoĂŁo Franco.

5HTXDOLĘźFDŠ¼R GD OLQKD IÂŤUUHD ÂŤ XPD REUD QHFHVVÂŁULD Com um serviço de transporte de 28 comboios por dia, a melhoria da linha de caminho-de-ferro torna-se uma obra crucial para resolver os constrangimentos existentes ao nĂ­vel do transbordo de mercadorias do Porto de Sines. “Urge reforçar o serviço de caminho-de-ferro, de forma a que se garanta uma maior capacidade de escoamento das mercadorias com vista ao mercado espanhol e daĂ­ depois para o mercado europeu. Com as taxas de crescimento que temos tido, mesmo que haja algum abrandamento nesse crescimento, num horizonte de dois a trĂŞs anos teremos a capacidade esgotada. O reforço da capacidade desta linha ferroviĂĄria de mercadorias ĂŠ HVVHQFLDOČ• DĘťUPD -RÂĽR )UDQFR

Março 2013

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AIDSS

Ao serviço da Ação Social 4XDLV RV DWXDLV GHVDʟRV GD $Š¼R 6RFLDO" 2V JUDQGHV GHVDʝRV SDUD D $Š¼R 6RFLDO FRORFDP VH sem dúvida, na questão dos recursos escassos e da ideologia de Estado Mínimo que tem dominado as políticas públicas em Portugal, gerando uma UHʝODQWURSL]DŠ¼R GR 6HUYLŠR 6RFLDO 2V GHVDʝRV colocam-se na capacidade de mobilizarmos os agentes, os cidadãos, as coletividades, a economia social, para uma outra forma de organizar coletivamente o apoio social e os mecanismos de redistribuição. De intervir como lobby de defesa LQWUDQVLJHQWH GRV 'LUHLWRV +XPDQRV HP SDUWLFXODU dos direitos sociais. ([LVWHP QRYDV SHUVSHFWLYDV SDUD D SURʟVV¼R" $ SURʝVV¼R HQIUHQWD JUDQGHV GHVDʝRV QRPHDGDmente aqueles que dizem respeito à Regulação do ([HUF¯FLR 3URʝVVLRQDO H RV TXH UHVSHLWDP ¢ 5HJXlação da Formação. E ambos são decisivos para

XPD PDLV TXDOLʝFDGD SURʝVV¼R QR IXWXUR SU¾[LPR e tambÊm que sirva exatamente a exigência Êtica que os fenómenos humanos de exclusão e desquaOLʝFDŠ¼R HP TXH RV QRVVRV XWHQWHV HVW¼R HQYROYLGRV H[LJH $ SURDWLYLGDGH SURʝVVLRQDO H LQWHOHFWXDO  R JUDQGH GHVDʝR TXH VH SHUVSHWLYD ¢ SURʝVV¼R Quais os projetos para o futuro? Os projetos futuros da AIDS passam por: Manter a estrutura de sucesso no âmbito da formação FRQW¯QXD H HOHYDU D TXDOLʝFDŠ¼R &ULDU VHUYLŠRV GH dimensão comunitåria que sejam o rosto da invesWLJDŠ¼R H GHEDWH SURGX]LGR SHOD $,'66 'LYXOJDU publicamente Livros, Teses, Projetos aonde se GHVWDFDP SURʝVVLRQDLV GH 6HUYLŠR 6RFLDO TXHU QD dimensão dos Mestrados e Doutoramentos, quer QD GLPHQV¼R GD $WLYLGDGH 3URʝVVLRQDO H 6HU FDSD] de ajudar Portugal a ultrapassar este período tão negro da história.

Autorregulação precisa-se

Joaquim Paulo Silva, Presidente da AIDSS

A ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE INVESTIGAĂ‡ĂƒO E DEBATE EM SERVIÇO SOCIAL ( AIDSS ) NASCEU EM 23 DE MARÇO DE 1992, COM O OBJETIVO Ă€ ÉPOCA, DE SER UM ESPAÇO INOVADOR DE INVESTIGAĂ‡ĂƒO E DEBATE SOBRE O SERVIÇO SOCIAL E AS CIĂŠNCIAS SOCIAIS, AJUDANDO A QUALIFICAR OS PROFISSIONAIS, DOCENTES E INVESTIGADORES NA Ă REA DO SERVIÇO SOCIAL.

E

m entrevista ao PaĂ­s Positivo, Joaquim Paulo Silva, presidente da AIDSS, con-

Ă Edição. Mas a AIDSS foi ainda mais longe, assumindo “a

textualiza a associação e faz uma retrospetiva da sua atividade, abordando o I

defesa de valores essenciais para os utentes, como o Estado-social e o Serviço Nacional de Saúde.

SimpĂłsio Internacional de Ação Social. Segundo nos refere o nosso interlocutor, ao longo de 20 anos, “a AIDSS realizou mais de 15 conferĂŞncias e seminĂĄrios. Criou a Revista Investigação e Debate em Serviço Social com 20 nĂşmeros publi-

Nomeadamente, que os mesmos sejam objeto de SURIXQGD UHĘźH[ÂĽR FRP RV FLGDGÂĽRVČ• UHIHUH

cados e fundou um espaço de Formação ContĂ­nua SDUD RV SURĘťVVLRQDLV GH 6HUYLŠR 6RFLDO R ,)+6Č•

O I Simpósio internacional da AIDSS surge como um marco importante na senda de evolução e

Mas assumiu tambÊm debates teóricos importantes em torno das teorias e pråtica de Serviço Social e tomou posiçþes públicas de defesa da H[SUHVV¼R WFQLFD H &LHQW¯ʝFD GR 6HUYLŠR 6RFLDO EHP FRPR GD YDORUL]DŠ¼R GRV VHXV SURʝVVLRQDLV

progresso no caminho delineado. Um momento LPSRUWDQWH GH UHʟH[¼R VREUH GH 6HUYLŠR 6RFLDO que acompanharam um desenvolvimento único das políticas sociais e de tentativas de minorar os custos da pobreza e a sua dimensão. Parado-

AlÊm disso, colaborou em diversos estudos sobre a implementação de Bolonha e da criação da Ordem

xalmente surge num momento de inversĂŁo deste ciclo de combate Ă pobreza, perante a tragĂŠdia que

de Serviço Social, tornando-se uma referência para

a intervenção da Troika e as políticas Neo Liberais

RV SURʝVVLRQDLV GH 6HUYLŠR 6RFLDO FRPR ,QVWLWXLŠ¼R dedicada à Formação Contínua, à Investigação e

provocam em Portugal, um retrocesso social Ăşnico, pela sua rapidez.

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| Março 2013

Qual a importância do I Simpósio Internacional da AIDSS?

SĂłnia Guadalupe ĂŠ um defensora acĂŠrrima da autorregulação da Ação Social e desde hĂĄ muitos anos que defende a criação de uma Ordem de Serviço Social. “A profissĂŁo de Assistente Social jĂĄ ĂŠ centenĂĄria e tem uma longa tradição no nosso paĂ­sâ€?, refere a entrevistada. Apesar de a assistĂŞncia social ter caracterĂ­sticas diferentes durante o Estado Novo, a sua importância ĂŠ extrema para a garantia do bem-estar dos cidadĂŁos. Tradicionalmente, esta profissĂŁo sempre foi muito ligada ao Estado e, portanto, sempre foi bastante regulada, com percursos profissionais definidos e elementos orientadores da sua atividade. A partir dos anos 90, com o reforçar do terceiro setor, acaba por haver um esbater dessa mesma regulação. “TambĂŠm o aparecimento de outras profissĂľes do campo

social, que nĂŁo teriam que ser concorrentes mas sim complementares, das novas formaçþes, das alteraçþes do campo profissional, levaram a uma falta de regulação e a uma perda de poder de, atĂŠ, conseguir intervir nas polĂ­ticas sociais. Se atĂŠ entĂŁo os assistentes sociais eram ouvidos, neste momento esta profissĂŁo ĂŠ completamente ignorada, nomeadamente naquilo que sĂŁo as redefiniçþes das polĂ­ticas sociaisâ€?. O poder dos assistentes sociais tem sido tĂŁo atacada que, muitas vezes, estes trabalham em condiçþes absolutamente desumanas. Se pensarmos, por exemplo, que os assistentes sociais e todos os tĂŠcnicos que trabalham com o protocolo de RSI tĂŞm em mĂŁos 400 processos por pessoa, percebemos que ĂŠ humanamente impossĂ­vel dar resposta Ă s solicitaçþes. HĂĄ, neste momento, “uma completa falta de respeito pela profissĂŁo e tem existido demasiadas dificuldades polĂ­ticas em apoiar a criação da Ordem de Serviço Social que foi proposta pela primeira vez em 2003, devidamente estruturada e ensaiada e, depois de ter passado por trĂŞs legislaçþes diferentes, continua sem ser aprovada. Tem sido um caminho muito ĂĄrduo para fazer com que esta profissĂŁo seja reconhecidaâ€?. A criação de uma Ordem seria essencial, desde logo, para afirmar a profissĂŁo como parceiro social para a discussĂŁo de polĂ­ticas pĂşblicas, polĂ­ticas e prioridades sociais e, tambĂŠm, “para dar uma voz aos cidadĂŁos. Tem sido esta a nossa luta nos Ăşltimos anos, mas de facto nĂŁo tem sido fĂĄcil. Mas continuaremos a lutar para que a autorregulação seja uma realidadeâ€? .




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