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MAIO 2013 | EDIÇÃO Nº 61

BOMPISO DISTINGUIDA COMO PME EXCELÊNCIA “São distinções como a de PME Excelência e a de Centro de Qualidade Michelin que marcam uma posição da Bompiso no setor de atividade onde atua. A nossa filosofia passa por fazer o trabalho operacional com a máxima qualidade para que o cliente fique sempre satisfeito” salienta Joaquim Santos, Administrador da Bompiso

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MOMENTOS ÚNICOS QUE FICAM NA MEMÓRIA... 2

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Tema de Capa

Tema de Capa

Bompiso distinguida como pME Excelência

VOlVIDAs quAsE DuAs DécADAs DEsDE A suA crIAÇÃO, A BOMpISO AssuME -sE hOjE cOMO uM MODErNO AutO cENtrO EspEcIAlIstA EM MObIlIDADE AutOMóVEl, tENDO sIDO rEcENtEMENtE DIstINguIDA cOM O pRéMIO pME ExCElêNCIA.

Joaquim Santos, Administrador da Bompiso

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riada em 1994, juntamente com um sócio, o crescimento constante e sustentado da bompiso nos seus primeiros anos de atividade levou a que quatro anos mais tarde, num acordo amigável, joada empresa. por razões estratégicas, em 2000 a bompiso deslocalizou-se de Vila Nova de gaia para Ermesinde, localidade onde ainda se situa, mas atualmente numas novas instalações, recentemente inauguradas, que centralizam todos os serviços numa mesma unidade, antigamente divididos entre a sede

para além do mercado nacional, a bompiso iniciou um processo de internacionalização em 2008, sendo Angola o seu principal mercado, tendo também já exportado para Moçambique e Marrocos. “A aposta na internacionalização veio na sequência de uma oportunidade que surgiu e que eu soube aproveitar, seguindo uma visão de apostar no mercado externo tendo em conta a atual conjuntura da economia nacional. A evolução dessas expara começar a pensar também na criação de outra estrutura para a empresa, que se veio concretizar com a compra das instalações onde a bompiso está atualmente”, explica joaquim santos.

NuMA ApOstA DE MODErNIzAÇÃO cONtíNuA E DE prEstAr AINDA uM MElhOr sErVIÇO, A bOMpIsO INAugurOu rEcENtEMENtE As suAs NOVAs INstAlAÇõEs, lOcAlIzADAs EM ErMEsINDE. cOM EstE NOVO EspAÇO DE cINcO MIl MEtrOs quADrADOs, A bOMpIsO pAssA A sEr MAIs DO quE uMA cAsA DE pNEus, AlArgANDO A suA AtIVIDADE A OutrAs árEAs DO rAMO AutOMóVEl. “é uM EspAÇO MODErNO, IDEAlIzADO A pENsAr NO futurO, quE sE lOcAlIzA juNtO AOs prINcIpAIs AcEssOs rODOVIárIOs”, cArActErIzA jOAquIM sANtOs.

Novas instalações Numa aposta de modernização contínua e de prestar ainda um melhor serviço, a bompiso inaugurou recentemente as suas novas instalações, localizadas em Ermesinde. com esta nova aposta, a bompiso reforça a sua capacidade de oferecer as melhores soluções, garantindo a satisfação total dos clientes e promovendo a sua mobilidade em segurança. com este novo espaço de cinco mil metros quadrados, a bompiso passa a ser mais do que uma casa de pneus, alargando a sua atividade a outras áreas do ramo automóvel. “é um espaço moderno, idealizado a pensar no futuro, que se localiza junto aos principais acessos rodoviários”, caracteriza joaquim santos. com as novas instalações, a bompiso alargou o seu leque de serviços prestados. “para além do que fazíamos nas anteriores instalações temos novos serviços”, diz. “pretendemos fazer mais e melhor do que aquilo que já fazíamos anteriormente nas antigas instalações – e estamos a consegui-lo. já fazíamos bem, agora temos capacidade para fazermos mais e melhor, com benefícios diretos para os nossos clientes”, garante joaquim santos. O serviço prestado abrange a comercialização de uma vasta gama de pneus e jantes de diversas marcas para veículos ligeiros e pesados, a equilibragem das rodas e alinhamento de veículos, bem como a lavagem Auto e um serviço de Mecânica ligeira. A bompiso disponibiliza ainda um serviço sOs pneu destinado aos veículos pesados que assegura a assistência em estrada ou nas instalações dos clientes, a todo o tipo de problemas causados pelos pneus e jantes, em toda a zona do grande porto, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. “é uma carrinha devidamente preparada para a ida à estrada ou para se deslocar à própria empresa do cliente, em vez de os camiões terem que se deslocar às nossas instalações para ser efetuado o respetivo serviço”, explica. A aposta em tecnologia de ponta, com equipacados garante a qualidade do serviço prestando centro Especialista em Mobilidade Automóvel. “temos feito desde sempre uma aposta na formação dos nossos colaboradores. Nestas instalações tivemos a preocupação de criar uma sala própria para formação e já temos diversas formações agendadas, com o objetivo de melhorar os conhecimentos e as competências dos trabalhadores, de forma a prestar um serviço cada vez melhor e que satisfaça as necessidades dos nossos clientes”, diz. O percurso empresarial da bompiso tem sido pautado pelo crescimento sustentado o que levou à recente distinção da bompiso como pME Excelência, tendo também já sido anteriormente distinguida como pME líder. Centro de Qualidade Michelin partner da Michelin, a bompiso é, desde 2011, centro de qualidade Michelin – chancela que mantem em 2013. “somos auditados por uma equipa externa da Michelin e a continuidade da por parte do mercado em que estamos inseridos

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Equipa da Bompiso

do nosso trabalho, empenho e risco na aposta ministrador da bompiso. “são distinções como a de pME Excelência e a de centro de qualidade Michelin que marcam uma posição da bompiso no setor de atividade onde atua. Mas não desenvolvemos a nossa atividade centrados nisso. A nossa

sempre satisfeito”, salienta. O reconhecimento da qualidade do serviço prestado pela bompiso temde clientes. “com a inauguração das novas instala-

“Os clIENtEs rEcONhEcEM O bOM sErVIÇO prEstADO E VêEM A bOMpIsO cOMO uMA EMprEsA bEM prEpArADA E MODErNA, prOjEtADA pArA O futurO E quE OrIENtA A suA AtIVIDADE cOM bAsE NAs prEMIssAs DA quAlIDADE, rApIDEz, trANspArêNcIA, AssENtEs NuMA rElAÇÃO quAlIDADE - prEÇO cOMpEtItIVA”, DEstAcA.

de sete mil clientes que já tínhamos e, por outro, trazer novos clientes. registamos com muito orgulho o facto de só nos três primeiros meses após a abertura do novo espaço termos conseguido mais 500 novos clientes e neste momento já estamos a caminho dos mil. é sinal de que os clientes reconhecem o bom serviço prestado e vêem a bompiso como uma empresa bem preparada e moderna, projetada para o futuro e que orienta a sua atividade com base nas premissas da qualidade, rapidez, transparência, assentes numa relação qualidade-preço competitiva”, destaca.

“sÃO DIstINÇõEs cOMO A DE pME ExcElêNcIA E A DE cENtrO DE quAlIDADE MIchElIN quE MArcAM uMA pOsIÇÃO DA bOMpIsO NO sEtOr DE AtIVIDADE ONDE AtuA. MAs NÃO DEsENVOlVEMOs A NOssA AtIVIDADE cENtrADOs NIssO. A NOssA fIlOsOfIA pAssA pOr fAzEr O trAbAlhO OpErAcIONAl cOM A MáxIMA quAlIDADE pArA quE O clIENtE fIquE sEMprE sAtIsfEItO”, sAlIENtA jOAquIM sANtOs.

Responsabilidade Social Desde a sua fundação que a Responsabilidade Social assumiu um papel preponderante no seio da Bompiso. O seu contributo social tem-se traduzido numa multiplicidade de iniciativas dirigidas a diversas entidades da comunidade onde se insere. “é uma área que tem acompanhado o percurso da empresa. Apoiamos muitas instituições, e entendemos este apoio como uma forma de participarmos e de contribuirmos para a comunidade Santos.

OFITURBO localizada no Alto da Maia. “é uma oficina multimarca, vocacionada para serviços de mecânica, chaparia e pintura, comercializando também pneus”, do que acontece com a Bompiso, ano consecutivo Centro de Qualidade Michelin, tendo também sido distinguida como pME líder, fruto da qualidade do serviço prestado e do crescimento da sua atividade.

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Qualidade no TransporTe de Mercadorias

A classe que transporta a “O Estado é um economia nacional líder no processo de desmaterialização”

REpRESENTANDO QUATRO pOR CENTO DO pIB NACIONAl, MAS, NO FUNDO, FAzENDO MOvIMENTAR OS RESTANTES 96, O SETOR DOS TRANSpORTES RODOvIáRIOS DE MERCADORIAS TêM O pODER DE pARAlISAR O pAíS. BASTA RElEMBRAR AS pARAlISAçõES DE 2008 E DE 2011. NUMA AlTURA EM QUE SE AgRAvAM IMpOSTOS E TAxAS, A ClASSE CONTINUA A SUA lUTA pARA CRIAR MElhORES CONDIçõES pARA EMpRESAS E TRABAlhADORES.

ENtrEVIstA A jOAquIM pEDrO cArDOsO DA cOstA, sEcrEtárIO DE EstADO pArA A MODErNIzAÇÃO ADMINIstrAtIVA

O objetivo da desmaterialização, neste sentido, é permitir que os procedimentos sejam mais céleres, cómodos, seguros e eficazes, de modo a conseguir uma clara poupança de tempo e de custos. Ora, no contexto da sociedade portuguesa, o Estado é um líder no processo de desmaterialização, tendo

mento, que assumem uma grande importância para as empresas portuguesas. Ora, com a desmaterialização, muitos negócios poderão ter um muito maior campo de aplicação, o que representa uma clara oportunidade para as empresas portuguesas e para o Estado. As próprias soluções de desmaterialização, aliás, podem também elas ser exportadas.

mais diversas áreas, como seja a vertente económica e fiscal,

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inda está na memória de todos nós as greves dos transportes rodoviários de mercadorias em 2008 e em 2011. com a paralisação de 2008 de três dias, chamada de “junho quente” estiveram em causa, por exemplo, o abastecimento aos supermercados, podendo até ter faltado bens essenciais nas prateleiras, assim como o abastecimento de postos de combustível. todo o país foi afetado pela greve da classe que “transporta” a economia portuguesa. quais foram os motivos da paralisação? A sobrevivência das empresas, que exigiram respostas sobre uma lista de reivindicações, como, em 2011, o preço do combustível, descontos nas auto-estradas scut ou ainda a matéria de legislação laboral. concretamente, após a paralização de 2011, foi

redigido um memorando de entendimento entre o governo e as principais associações da classe (ANtrAM e ANtp à cabeça), relativo a matérias transversais do setor. com a queda do governo do partido socialista e a eleição da atual tutela, assistiu-se a alguns recuos. Do memorando inicial, houve medidas implementadas: as inspeções periódicas passaram para um ano (havia camiões com inspeções de seis em seis meses); quando um veículo não está a ser utilizado (por falta de trabalho ou acidente), é possível entregar os documentos para não pagar o Iuc; tiveram direito a uma discriminação positiva nas ex-scut de dez por cento de dia e 25 por cento em horário noturno para as empresas com a segurança social e as dívidas às

por outro lado, alguns pontos não foram postos em prática, como no caso das contra-ordenações. A proposta do setor consistia em baixar o valor das coimas, “claramente desajustadas da realidade do país e das empresas”. também não está a funcionar o Observatório de preços, idealizado pelas associações e criado junto do IMtt, para poder por em prática a lei de dumping e regular os preços. Neste ramo dos transportes, o cliente é que dita o preço face à feroz concorrência. constante ao longo dos anos: o preço dos combustíveis em portugal face ao que é praticado na nossa vizinha Espanha, onde chega a haver uma decalagem de dez a 20 cêntimos por litro. Acontece que os transportadores espanhóis en-

da simplificação das estruturas administrativas. A título de exemplo, posso citar o processo de criação da empresa na hora, ou do cartão de cidadão. Outro exemplo é o balcão do Empreendedor, que em breve estará em pleno funcionamento e que permite a um empresário ter acesso, no mesmo balcão eletrónico, às licenças administrativas necessárias ao exercício da sua atividade económica em qualquer município do nosso território. com a criação destes novos sistemas, porém, para os quais muito contribuiu o processo de desmaterialização, o Estado viu-se obrigado a organizar-se de uma forma nova, na qual os vários serviços dos diferentes ministérios estão ligados em rede. é necessário, com efeito, que neste processo de desterligados. é preciso notar, no entanto, que, se, por um lado, a desmaterialização proporciona uma maior capacidade de aproximação do Estado aos cidadãos, por outro, há uma camada da população à qual o Estado não poderá chegar exclusivamente por esta via. A desmaterialização, neste sentido, não evita que o Estado tenha que continuar a apostar em serviços de proximidade, com postos de atendimento físicos.

tram no nosso país com combustível espanhol, e os nossos transportadores internacionais, sensivelmente dez mil carros, deixam cerca de 200 milhões de euros por ano em Espanha, em combustível, com o acréscimo dos estragos nas nossas estradas. é este o cenário atual para os 50 mil camiões portugueses, 20 por cento deles que passam a fronteira. Numa atividade que representa quatro por cento do pIb nacional e que movimenta os restantes 96 por cento, fecharam mais de 1500 empresas, de mercadorias, num universo de cerca de dez mil empresas, que representam à volta de dez mil postos de trabalho diretos e indiretos. Joaquim Pedro Cardoso da Costa, Secretário De Estado para a Modernização Administrativa

AUTO REpARADORA MUNA Estrada Nacional 2 – Muna 3515-779 – VIsEu

telefone 232 91 00 40 – fax. 232 91 00 41 6

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ual o atual panorama do processo de desmaterialização na Administração pública? Antes de mais importa salientar que a simplificação administrativa é uma área onde tem havido continuidade ao nível das políticas governamentais e que esta é uma matéria na qual portugal tem dados passos imde do Estado é complexa, mas para os cidadãos ela tem que ser vista de uma forma simples, nomeadamente através da simplificação do acesso aos bens e serviços que o Estado lhes presta.

que o Estado necessite de se reorganizar internamente, quer ao nível da prestação dos seus serviços, quer dos seus recursos humanos. De um outro ponto de vista, importa salientar o facto de um nho ao nível do comércio eletrónico e de não potenciarem a utilização das tecnologias da Informação e da comunicação no desenvolvimento da sua atividade empresarial. há um caminho a percorrer nesta matéria e é primordial que os empresários vejam estas ferramentas como um meio para a internacionalização dos seus negócios e para a abertura da atividade das suas empresas ao mundo. -

governo lançou projeto de racionalização na área das TIC que prevê poupança de 500 milhões de euros até 2016 “O governo criou, em outubro de 2011, um grupo de projeto para as tecnologias de Informação e comunicação (gptIc) e aprovou, em janeiro de 2012, o plano global Estratégico de racionalização e redução de apresentado. tendo 2016 como horizonte temporal, este plano propõe 25 medidas concretas, com as quais se pretende implementar uma utilização mais racional das tecconsequentemente, alcançar uma poupança efetiva de cerca de 500 milhões de euros. A recente criação de uma secretaria de Estado para a Modernização Administrativa, neste sentido, é um sinal claro do empenho do governo na prossecução deste objetivo. Englobando questões tão diversas como a cibersegurança, a centralização dos data centres da Administrada desmaterialização, o plano global Estratégico de racionalização e redução de custos com as tIc na de ferramentas tecnológicas mais adequadas às necessidades do Estado e assegurar a interoperabilidade entre os seus vários sistemas informáticos e de comunicações, de modo a simplificar a relação da administração com os cidadãos e as empresas e a estimular o crescimento económico.”

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INCM pioneira em processos de desmaterialização ENtrEVIstA A AlcIDEs gAMA, DIrEtOr DA IMprENsA NAcIONAl - cAsA DA MOEDA

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Imprensa Nacional - casa da Moeda (INcM) tem como missão desenvolver, produzir e fornecer bens e serviços essenciais ao bom funcionamento das relações das pessoas e organizações entre si e com o Estado, que requerem a incorporação de elevados padrões de segurança como garantia da sua A INcM produz e fornece bens e serviços fundamentais ao funcionamento do Estado, como a moeda metálica, a edição do Diário da República, a a edição de obras essenciais da cultura portuguesa e os documentos de segurança, como selos de autenticação, o cartão de cidadão, o passaporte, a carta de condução. A evolução das novas tecnologias, associado a processos internos de investigação e desenvolestratégica de desenvolvimento da empresa, que lhe tem possibilitado produzir os mais modernos e prestar os serviços eletrónicos associados, suportados em processos seguros e desmaterializados, e responder às necessidades das empresas e outras entidades, com destaque para a banca, a quem fornece nomeadamente cadernetas e cartões bancários. Os eixos de atuação da INcM assentam nos seguintes atributos: inovação tecnológica, qualidade e segurança, serviço ao cidadão e divulgação cultural, sob a assinatura distintiva “O Valor da segurança”, que lhe é reconhecido pela sociedade. De que forma acontece o processo de desmaterialização na INCM? Em que momento surge a oportunidade de iniciar esse processo? que lhe deram origem, a casa da Moeda, o mais antigo estabelecimento industrial do país, com laImprensa Nacional, criada em 1768, adaptando-se continuamente às novas exigências da sociedade, aos novos tempos e às novas tecnologias, para A atividade da INcM encontra-se historicamente associada ao fornecimento dos documentos usados na intermediação das relações entre o Estado e os cidadãos, garantindo-lhes a seguran-

Alcides Gama, Diretor da Imprensa Nacional - Casa da Moeda

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ma década, num novo modelo de administração eletrónica, tem tido um impacto importante na

atividade da empresa, com a redução substancial de atividades que correspondiam a prestações tradicionais de serviços ao Estado, suportados por documentos e impressos em papel. Estes processos contudo, ao limitarem a atividade tradicional da empresa, abrem-lhe por outro lado oportunidades de intervenção em outras áreas, ainda associadas à sua missão, mas suportadas em relações à distância, a que se exige segurança eletrónica. estratégicas de desenvolvimento da empresa, baseadas no acréscimo de competências ao nível da sociedade do conhecimento, na alteração dos processos de relacionamento da Administração privilegiando as relações eletrónicas em suportes desmaterializados, na preocupação crescente com a segurança e autenticação de documentos, pessoas e bens, no aumento da utilização de meios eletrónicos de pagamento, e dando um enfoque especial às transações eletrónicas seguras, de suporte a processos de e-government e de e-business. Qual o projeto pioneiro neste âmbito? Quais os outros projetos emblemáticos? O primeiro grande projeto de desmaterialização implementado pela INcM foi a criação, em 1997, ciativa de grande impacto na sociedade, melhorando de forma considerável o conhecimento das leis através de um melhor acesso à legislação, e com isso possibilitar um melhor exercício da cidadania. Em 2006 foi dado o valor legal à versão eletrónica do Diário da República (Dr), disponibilizado através do DrE. Outro projeto emblemático em que a INcM participou de forma muito presente e decisiva teve a ver com a implementação do cartão de cidadão, da segurança física e lógica do mesmo, ao desenvolvimento do piloto e da produção e personalização do cartão, de que já foram emitidos cerca de nove milhões. Este projeto, iniciado em 2007, onde a par da INcM estiveram também envolvidos outras entidades, constitui um pilar muito importante em todos os projetos de desmaterialização que vêm sendo levados a efeito pela sociedade civil e pela tação das relações com os cidadãos, através dos serviços eletrónicos que o mesmo disponibiliza, como a alteração de morada online, validação automática de impressão digital do titular, geração

de Otp (one time password) para autenticação do cidadão em canal telefónico e, em especial, os websites, aplicações, entre outros, e para assinatura submeter documentos eletrónicos com o mesmo valor probatório dos documentos em papel, serviços que a INcM também fornece ao projeto, em colaboração com a sua participada Multicert. A INcM teve também uma intervenção muito ativa e decisiva na implementação do passaporte eletrónico português, num processo iniciado em 2006. Neste projeto a INcM, para além da conceção dos elementos de segurança físicos, produção e personalização dos passaportes, é também responsável pelas componentes de segurança eletrónica do documento que possibilitam a sua utilização segura em portas de acesso e de controlo automático nas fronteiras, sem intervenção humana. Vale a pena ainda destacar, de um conjunto alargado de outros projetos, igualmente importantes, mas porventura de maior relevo junto da opinião INcM oferece ao mercado, de que destacamos: - titulo de residência eletrónico para estrangeiros. - tacógrafo digital.

radical, as relações que os indivíduos, as ementre si, criando uma nova realidade onde cada vez mais pessoas e equipamentos estão ligados entre si, partilham informação e comunicam eletronicamente e à distância. A INcM tem acompanhado esta evolução e procurado ser agente dessa mudança, proporcionando soluções e processos desmaterializados, onde os suportes lógicos de dados substituem os tradicionais suportes físicos permitindo com isso reduzir custos e desperdícios, melhorar a dos níveis de segurança adequados, respondendo a um dos objetivos estratégicos da empresa, como resposta ao cumprimento, de forma harmonizada, das três dimensões da sustentabilidade, a económica, a social e a ambiental. há uma efetiva garantia de segurança no tratamento dos dados pela INCM neste processo? Em todos os projetos desenvolvidos pela INcM é garantida a máxima segurança, nas instalações, no controlo de acesso aos espaços e aos dados e nos processos, suportado pelo cumprimento rigoroso das normas e dos requisitos nacionais

- processo de acreditação de utilizadores e responsáveis de entidades emitentes no Dr, parti-

necessárias, comprovada pelos resultados das auditorias a que é periodicamente sujeita. A INcM assume-se e sente ser reconhecido pela sociedade, como uma terceira parte de

- Desmaterialização total nos procedimentos de envio, receção, validação, calculo de preço e pagamentos em tempo real dos atos a publicar no Dr. - possibilidade de publicação no Dr, de atos “na hora”. - legislação disponível no DrE desde outubro 1910. - DrE disponibilizado garante acesso universal e gratuito aos cidadãos, na totalidade dos seus conlizadas várias modalidades de assinatura. - plataforma de formulários eletrónicos. - plataforma eletrónica de recolha de dados para emissão de documentos individuais de

os cidadãos, entre estes e o Estado e as empresas, suportadas pelos diferentes processos desmaterializados.

- plataforma eletrónica para requisição, pagamento e expedição de vinhetas e receitas médicas. - Edição de ebooks a um preço de cerca de 50 por cento mais baixo que a versão em papel, disponibilizados nas lojas eletrónicas Mediabooks/leya, fNAc/KObO, Almedina, Amazon, livraria cultura Online (brasil) e gato sabido (barsil). - participação, com algumas das suas obras, na biblioteca Digital camões do Instituto camões, de que é fundador. Esta biblioteca pretende ser o repositório da cultura em língua portuguesa, de leitura gratuita, sem necessidade de registos ou subscrição.

A INcM encontra-se assim muito bem equipada e com conhecimentos dos processo que lhe possibilita desenvolver esta atividade com con-

Quais as mais-valias trazidas com a aposta da INCM na desmaterialização? As novas tecnologias de informação e comunicação têm vindo a alterar, por vezes de forma

Qual a aposta que tem sido feita pela INCM em meios tecnológicos e recursos humanos? A INcM investiu verbas muito elevadas em equipamentos e sistemas informáticos necessários à concretização dos projetos de grande envergadura, como o DrE, o cartão de cidadão e o passaporte eletrónico, como máquinas de produção e personalização, sistemas de gestão e

A par dos investimentos em hardware e software foi dada também especial atenção aos recursos humanos, com reforço e formação dos mesmos, possibilitando que grande parte dos processos de gestão sejam desenvolvidos e monitorizados por equipas internas. Estamos numa fase de melhoria de competências que nos irão permitir internalizar alguns dos serviços que ainda adquirimos a parceiros externos, de forma a sermos ainda mais autónomos, melhoramos a produtividade e diminuirmos os riscos, ao mesmo tempo que desenvolvemos competência nacionais. para este efeito, em algumas áreas

Importa contudo referir que o atual contexto a tivamente à impossibilidade de admitirem, ou ultrapassado com muita imaginação. Que passos têm sido dados no sentido da internacionalização dos projetos desenvolvidos pela INCM? A INcM é uma entidade com competências reassociadas em particular à conceção e produção de suportes e documentos seguros. é frequentemente chamada a partilhar as suas experiências com congéneres estrangeiras e visitada por então a preparar os processo de emissão de novos documentos de identidade, como o passaporte eletrónico, o cartão de identidade ou a carta de condução. Além disso, no âmbito de protocolos de colaboração estabelecidos com empresas congéneres de países africanos de língua portuguesa e do brasil tem vindo a estudar oportunidades de desenvolvimento de negócios conjuntos nas suas áreas de atividade, de que espera realizar alguns deles no curto prazo. De destacar contudo o projeto que estamos a realizar para cabo Verde, de emissão dos novos documentos eletrónicos, como o cartão de identidade, o passaporte eletrónico e o titulo de residência para estrangeiros, cujos primeiros cartões vão ser emitidos no início do segundo semestre deste ano. Estes documentos incorporam, para além da segurança física, a segurança lógica e os serviços eletrónicos que irão possibilitar o desenvolvimento dos processos de e-governance que o Estado cabo-verdiano se propõe realizar. Que projetos futuros se perspetivam na INCM no âmbito da desmaterialização? sem referirmos projetos concretos as áreas onde perspetivamos desenvolver ou aprofundar processos de desmaterialização são principalmente: - gestão documental, digitalização e custódia de arquivo. - Arquivo e custódia de documentos eletrónicos. - selos eletrónicos. - gestão de serviços, baseados em plataformas

“A INcM AssuME-sE E sENtE sEr rEcONhEcIDO pElA sOcIEDADE, cOMO uMA tErcEIrA pArtE DE cONfIANÇA NA INtErMEDIAÇÃO DAs rElAÇõEs ENtrE Os cIDADÃOs, ENtrE EstEs E O EstADO E As EMprEsAs, supOrtADAs pElOs DIfErENtEs prOcEssOs DEsMAtErIAlIzADOs”

- personalização de cartões bancários EMV. - Corporate smart cards. - Aumentar a intervenção na cadeia de valor dos produtos e serviços que fornece ao mercado, nomeadamente através da implementação de plataformas eletrónicas da gestão da emissão e ciclo de vida dos documentos que produz. - revisão do DrE para uma forma mais amigá-

competência universitários para o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de novas soluções.

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Da venda de balanças à conceção de soluções para a automatização de processos de pesagens O NOME cAchApuz fAz-NOs VIAjAr NO tEMpO Até AO séculO xVII. EM 1694, MAIs cONcrEtAMENtE, A cAchApuz ErA uM pEquENO NEgócIO DE VENDAs DE bAlANÇAs, cutElArIA E ArMAs. DEstEs três prODutOs, A bAlANÇA fOI A cONstANtE AO lONgO DEstEs quAtrO séculOs DE hIstórIA, EM quE A EMprEsA EVOluIu E MODErNIzOu - sE. hOjE EM DIA, A cAchApuz é A ExcElêNcIA EM pEsAgEM, EspEcIAlMENtE NA AutOMAtIzAÇÃO E DEsMAtErIAlIzAÇÃO DE prOcEssOs DE pEsAgEM.

sistemas necessitam de grande rigor e segurança para cada setor de atividade”. A solução slV cement, por exemplo, é adequada a várias atividades e setores, como o agroalimentar, extrativo, portuário, gestão de resíduos, entre outros, a cachapuz oferece um “serviço personalizado”. “temos de ajustar o nosso sistema em função de cada cliente e de cada realidade do cliente. trans-

Graça Coelho, Co-CEO e Diretora Administrativa e Financeira

é

em 1694 que encontramos pela primeira vez o nome cachapuz. Associado à venda de cutelaria e armas, a cachapuz era, também, conhecida pelas balanças e esse cunho seguiu-a até ao quarto século da sua existência. No início do século xx, a cachapuz inicia a sua atividade industrial e, em 1940, é registada a marca em nome josé Duarte rodrigues. Mas como a marca cachapuz era muito forte e conhecida, a empresa acabou por mudar a sua designação social para cachapuz - Equipamentos para pesagem, lda. uns anos antes, em 1934, foi esta a entidade que criou a primeira balança para pesar camiões. Esta veia pioneira e inovadora foi anos 80, a empresa fabricou a primeira balança eletrónica em portugal e, já em 1993, foram

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Cândido Martins, Co-CEO e Diretor de Engenharia e Inovação

criadas as primeiras soluções para a automatização de processos industriais. “Nesse ano, mostramos um caráter inovador com o primeiro sistema de automatização”, conta cândido Martins, co-cEO e Diretor de Engenharia e Inovação “consistia em que fosse o próprio motorista a fazer o carregamento do camião, e não o habitual operador. já tínhamos fatores de desmaterialização, porque já introduzímos um sistema que eliminava a necessidade da circulação de papel no processo. A inovação é uma característica que está no DNA desta empresa”, que, ao longo dos anos se foi modernizando e adaptando à evoluçao da tecnologia e dos tempos. Entretanto, em 1997, o grupo bilanciai adquiriu 15 por cento do capital da cachapuz, acabando por, em 2011, comprar a totalidade da empresa. hoje

em dia, a cachapuz continua com as duas áreas de negócio: os equipamentos de pesagem e soluções de software e automação, que acabam por se complementar. “somos uma empresa singular no mercado nacional e internacional porque conseguimos juntar estas duas áreas, o equipamento e a solução. As nossas soluções trazem valor acrescentado ao próprio equipamento, aportando uma mais-valia ao negócio do cliente”, comenta ainda graça coelho, cO-cEO e Diretora Administrativa e financeira da empresa. Soluções de software e automação inovadores Mas, concretamente, o que são estas soluções apresentadas pela cachapuz? De forma muito ção inovadoras, desenvolvidas pela empresa, para

unidades industriais, que disponibilizam uma completa automatização das principais áreas funcionais, tais como: parque, pesagem, expedição de produto acabado, receção de matéria-prima, carregamento a granel e carregamento de produto ensacado ou em paletes, de forma integrada com o Erp do cliente. faça com o mínimo de intervenção humana possível”, delinea cândido Martins. Desenhada, na sua origem, para empresas de grandes dimensões, o sistema foi desenvolvido de forma a poder se ajustar, não só ao tamanho do negócio, mas também às suas características. “é modular e escalável, tanto para fábricas que trabalham 365 dias por ano, 24 horas por dia, como para empresas de atividade sazonal, é concentrado num curto espaço de tempo. Estes

serviu de piloto, e adaptamos ao cliente. tivemos de desenvolver um conjunto de componentes, quer de automação, quer de software, que seja facilmente customizado para a realidade do cliente e da forma como a solução será utilizada”, explica ainda, cândido Martins. para isso servem as numerosas parcerias com os clientes da cachapuz. “quando visitamos um cliente, a nossa preocupação é perceber quais são as suas necessidades e ver como os nossos sistemas podem ajudar a rentabilizar o negócio. E, a partir daí, a nossa solução vai crescer e evoluir de forma completamente natural”. com parcerias há mais de 20 anos, as necessidades foram mudando e colmatadas por novas atualizações de soluções e software e de automação. Assim foram crescendo, de mãos dadas, a cachapuz e os seus clientes, numa estreita ligação vação sozinhos. Esta inovação tem de ser feita em parceria com os nossos clientes e com os nossos fornecedores. é nessa complicidade que vamos chegar a uma solução melhor: descrevendo os problemas que temos e tentando encontrar soluções”. tema ao cliente, mas também do cliente ao sistema: “cada entidade tem as suas regras, que introduzimos no software para as gerirmos, mas

nos parques dos pesados, transversal a numerosas atividades, é a entrada. todos querem entrar ao cada camião tem uma hora certa para entrar, para realizar as suas tarefas e sair, tudo controlado por um sistema. ganha-se tempo e poupam-se recur-

Mais-valias das soluções da Cachapuz • poupança de tempo e de recursos; • Melhoria da eficiência operacional, da organização e da segurança; • fornece ferramentas de análise do negócio, como relatórios e estatística; • pode ser adaptada e implementada em qualquer atividade, independentemente da sua dimensão, layout e serem automatizadas.

Rigor e solidez na segurança cessária e imprescindível. A cachapuz assegura o serviço completo, desde a instalação, a manutenção e um constante acompanhamento. “tentamos desenvolver soluções o mais simples e o mais seguro possível”, assegura cândido Martins. perante processos críticos que não podem parar, as soluções de software e automação foram desenhados para ter o menor risco possível, com uma política de “mais vale prevenir do que remediar”. com a experiência adquirida no mercado nacional, a cachapuz construiu o seu sistema num suporte remoto e uma possível falha do sistema, a tempo de intervir. uma avaria pode ser antecipada por um sintoma, desde um sensor que não esteja a trabalhar ou de várias tentativas para se iniciar um carregamento. Até temos situações em que recebemos um relageradas pelo sistema e conseguimos perceber se houve alguma falha”, e ter tempo para a equipa de manutenção intervir e corrigir o desempenho.

Setor cimenteiro português pioneiro na automatização de processos logísticos nível de automatização bem superior à média europeia. “O processo de automatização desta área chegou mais cedo a portugal, temos uma visão muito forte. Acredito que devemos contribuir para que, no futuro, estas soluções se desenvolvam em todas as áreas económicas, que se possa exportar este know-how e estes sistemas, internacionalizar e crescer ainda mais. O conceito da desmaterialização, devidamente trabalhado e comunicado para o mercado nacional, pode ser um motor para a economia nacional” conclui cândido Martins. liderança nacional e Crescimento internacional Exportar e internacionalizar são duas palavras bem conhecidas da cachapuz. basta relembrar que a empresa começou a exportar na década de 50 e que tem marca registada em Angola e em Moçambique, desde a década de 60. Em 2012, o volume de negócios atingiu os quatro

milhões de euros, num ano considerado positivo por graça coelho, tendo em conta a conjuntura socioeconómica de portugal e da Europa, em geral. “continuamos a apostar no mercado nacional”, afirma graça coelho. “As grandes feiras nacionais são sempre uma aposta, tal como a feira Nacional da Agricultura em santarém, a Agro em braga e a Ovibeja. é muito importante estarmos em contacto direto com os clientes e continuarmos a acreditar que podemos aumentar a nossa quota de mercado”. Numa altura em que se fala muito em exportar, o mercado externo já representa 30 por cento do volume de negócios da cachapuz. “Apostamos numa parceria em Angola de forma a explorar as potencialidades deste mercado nos seus vários setores de atividade. A índia também é um mercado interessante, onde já estamos a operar desde 2009, em parceria com uma empresa local”. Moçambique, Egito, tunísia, costa do Marfim, cabo Verde e guiné são outros mercados onde a empresa também já tem a sua marca presente. Maio 2013

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Desmaterialização

Desmaterialização

Consórcio E-xample - Um novo modelo de desenvolvimento industrial e de internacionalização, para o setor das tecnologias da educação

A

s gerações que hoje frequentam a escola irão conduzir os seus países à era da economia e da sociedade baseadas no conhecimento. No caso português, a forsabilidade, que terá de ser corporizada com energia e visão estratégica, devendo complementarmente leira de exportação de bens e serviços. A opção de portugal-utilização da TIC na educação portugal tem vindo a fazer uma aposta estratégica nas tecnologias da Informação e da comunicação (tIc), elegendo-as como um dos principais drivers de modernização da economia e da sociedade. Essa visão estendeu-se também à Educação, onde foram realizados grandes investimentos com o objetivo de melhorar a qualidade do sistema educatimudança económica dentro de novos paradigmas de desenvolvimento. portugal foi, assim, dos primeiros países do mundo a desenvolver um ambicioso plano de infraestruturação escolar, ligando as escolas à banda larga, equipando as salas de aula com quadros interativos e plataformas de software de ensino e disponibilizando computadores portáteis a toda a comunidade escolar, num total de 1,7 milhões de alunos.. Os resultados obtidos e o interesse internacional As opções tomadas contribuíram para melhorar a tendo como resultado a melhoria das competências dos alunos. gramme for International students Assessment),que constitui uma referência mundial para apreciação do estado de desenvolvimento da educação a nível global, revela que, de todos os países objeto deste estudo, portugal foi o que mais progrediu na média das três áreas avaliadas: leitura, matemática e ciência. sublinhe-se, também, que no domínio das competências tecnológicas os estudantes portugueses lideram três das áreas objeto do estudo, nomeadana realização de tarefas de alta complexidade com as tIc; capacidade de realização de uma apresentação multimédia. Estes resultados levam a um reconhecimento pela comunidade internacional do projeto português e a um interesse, em conhecer as opções tomadas, como forma de adquirir uma experiencia que permitisse ultrapassar rapidamente atrasos estruturais.

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E-xample: Ecossistema das Tecnologias da Educação

O desenvolvimento da indústria portuguesa. com a concretização do projeto criaram-se no país competências, num conjunto alargado de empresas, que passarem a deter um conhecimento e uma exAs empresas portuguesas começaram a dominar os diferentes segmentos das tecnologias educativas, designadamente: computadores para alunos e professores; redes de banda larga (quer em termos de cobertura nacional quer em contexto escolar); servidores; quadros interativos; plataformas de ensino e aprendizagem incorporando livros digitais para além da tecnologia, as empresas portuguesas passaram a dominar o conhecimento na área de gestão de projetos das tecnologias da educação , permitindo transformar toda esta tecnologia num ecossistema escolar integrado. A internacionalização das empresas Em resultado da experiência adquirida as empresas portuguesas deram início a processos de internacionalização, tendo como principal vantagem competitiva a participação num programa reconhecido internacionalmente como dos mais avançados e inovadores do mundo. Essas empresas, muitas delas pME, iniciaram um processo de roadshows internacionais de promoção dos seus produtos e serviços Naturalmente constataram-se casos de sucesso internacional imediato de algumas soluções tecnológicas, como foi o caso do Magalhães, que foram rapidamente adotadas em vários países, e que graças a isso se transformaram em exemplos, promovidos internacionalmente por multinacionais de referência do setor das tIc como a Intel e a Microsoft. As empresas portuguesas que se especializaram na criação de soluções educativas apoiadas nas tIc, ter uma grande visibilidade no mercado internacional e aproveitaram-na da melhor forma. Esta evolução conduziu a que várias das empresas do setor das tecnologias da educação subissem fortemente no ranking português, em termos de dimensão de negócio, assumindo posições de liderança e mesmo de topo no ranking do setor das tIc. A ambição das empresas portuguesas de assumirem um posicionamento de destaque no mercado mundial- O ACE E-xample é neste contexto de oportunidade para o setor, que 26 portuguesas participantes nos diferentes projetos realizados na área das tIc educativas, percebe-

ram que além do valor próprio que conquistaram internacionalmente, poderiam potenciar ainda mais a sua cadeia de valor, agrupando-se e oferecendo uma solução completa e integrada destinada a satisfazer as necessidades de A a z de um modelo

a nível internacional, que se traduz na constituição de um Agrupamento complementar de Empresas (AcE) que, de forma coordenada e integrada, atuam em mais de 20 países com o objetivo de se assumirem como player de relevância a nível mundial, num domínio de alto valor como é o das tecnologias da Educação. um mercado crescente que se estima que possa vir a representar um mercado superior a 100 biliões de dólares nos próximos 5 anos, de acordo com estudos internacionais de entidades especializadas como a McKinsey e futursource. O desenvolvimento deste consórcio e a sua crescente experiência no mercado internacional é um modelo de industrialização e internacionalização que deve ser seguido com atenção, uma vez que estamos em face de uma experiência altamente inovadora, mobilizadora de um conjunto de empresas portuguesas que trabalham em rede e que são players em mercados que atingem uma dimensão

dezenas de vezes superior ao mercado português. O mercado alvo das empresas agrupadas do E-xample, vale como se referiu, 100 mil milhões de dólares, podendo estabelecer-se para as empresas portuguesas uma ambição de 5 mil milhões de dólares. Além das vantagens do agrupamento ao nível da internacionalização e agregação de produtos e serviços com uma oferta diferenciadora , é também relevante a estratégia de I&D assumida pelas empresas que integram o E-xample e que, trabalhando de modo concertado, passam a fazer a conceção e produção de novas gerações de produtos de modo integrado o que não têm ainda réplica a nível inter-

O consórcio E-xample é constituído por empresas , que desenvolvem, no essencial, produtos complementares que cobrem as necessidades da escola tecnológica de A a z , bi-bright, brandia, cabelte, caixa Mágica, cME, critical links, Dts, Dueto, famasete, globaltronic, Impresa Digital, Inforlândia, IsA – Intelligent sensing Anywhere, I-zone sgps, jp-Inspiring knowledge, leya, Nautilus, Novabase, ONI communications, porto Editora, prológica, pt Inovação, Viatecla e Viatel Maio 2013

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Bragança: a EcocidadE

Bragança: a EcocidadE

Ecocidade por excelência INtEgrADA NA rEDE NAturA DA uNIÃO EurOpEIA, brAgANÇA rEspIrA VErDE. ENtrE INfrAEstruturAs AMIgAs DO AMbIENtE, ApOstAs NA INOVAÇÃO E uM tErrItórIO rIcO EM bIODIVErsIDADE, O cONcElhO AcOlhE, NOs próxIMOs DIAs 7 E 8 DE juNhO, O 7.º cONgrEssO flOrEstAl NAcIONAl. À cONVErsA cOM jOrgE NuNEs, prEsIDENtE DA câMArA MuNIcIpAl DE brAgANÇA, O pAís pOsItIVO DEscObrIu EstA EcOcIDADE.

7.º Congresso Florestal Nacional

académico, pelo Instituto politécnico de bragança (Ipb) e pela universidade de trás-os-Montes e Alto Douro (utAD) é uma mais-valia a ter em conta, assim como a envolvência de outras instituições como a rede de parques de ciência e tecnologia do Norte. “bragança deu um salto enorme na área das exportações e da tecnologia de ponta. Este Ecoparque vem exatamente nesse sentido: apoiar a competitividade e a inovação da economia não só na perspetiva regional; pensamos construir um parque de dimensão internacional”, já com parcerias consolidadas com a EDp e a pt. Jorge Nunes, Presidente da Câmara de Bragança

C

om 60 por cento da sua área integrada na rede Natura, o concelho de bragança é um território de elevada biodiversidade, “fundamental para a sobrevivência da humanidade”, começa por relatar jorge Nunes, presidente da câmara de bragança. A rede Natura, rede ecológica para o espaço da união Europeia, tornou-se numa importante mais-valia para o concelho, não só em termos turísticos, mas também em termos económicos e ambientais, que elevaram bragança à Ecocidade mais “verde” do país. “A perceção que temos, em termos transfronteiriços, é que dispomos de um dos territórios mais valiosos da união Europeia em termos de biodiversiprocesso de candidatura à uNEscO, no âmbito do Agrupamento Europeu de cooperação territorial, que constituimos com as províncias de zamora e ta área como reserva de biosfera transfronteiriça”, acrescenta ainda. tornar-se-á assim possível criar uma marca da região, um selo de garantia de qualidade, que une todos os bens, desde os produtos locais, à cultura e turismo, tendo sempre o turismo de natureza e a biodiversidade como pano de fundo.

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Floresta, um bem a preservar

preservar a biodiversidade, toda a estratégia do concelho de bragança está orientada para a chamada economia de futuro: amiga do ambiente, sustentável, inteligente. Neste contexto, bragança desenvolveu o seu projeto Agenda 21, aderiu ao plano dos autarcas a nível europeu nas questões gico da Ecocidade e planeou o brigantia Ecopark, um parque de ciência e tecnologia de dimensão e sustentação com base em três pilares: energia, ecoconstrução e ambiente. “é dentro desta visão que temos construído as nossas iniciativas locais e regionais, não só de âmbito imaterial, mas tam-

de infraestruturas”. Forças económicas de Bragança “bragança não é um território abandonado”, refere jorge Nunes. “As pessoas têm uma grande ligação à terra”, com as áreas da castanha, oliveira, cereais e pastorícia em relevo. “A economia agrícola tem alguma dimensão e está desenvolvida

com avanços tecnológicos aplicados e uma gestão organizacional”. para tal, foram desenvolvidos equipamentos de apoio aos agricultores, como a casa do lavrador, a “loja do cidadão dos agricultores”, onde estão instaladas todas as associações de cariz agrícola, salas de formação e um auditório. também foi construído um novo mercado municipal, de geração moderna, assim como um matadouro. “Neste momento, estamos a construir ta região, ligado ao mercado municipal”, adianta o edil de bragança. com uma parte exterior para os “produtos da terra”, os produtores podem venhaverá também outro espaço para os feirantes, para dinamizar uma feira que já existe há séculos. Outra infraestrutura em construção prende-se com o recinto de Valorização de raças Auctótonas, um espaço interessante que servirá de recinto para a luta de touros, característica da região, mas também para os concursos bovinos de raça Mirandesa, de ovelhas ou, ainda, de cães de gado transmontano. por outro lado, o concelho de bragança, à semelhança dos municípios do interior de portugal, é

cionais em termos industriais. “há pouco mais de uma década, as percentagens das atividades industrial e exportadora eram reduzidas e centravam-se muito no agro-alimentar derivado da castanha”, explica jorge Nunes. bragança tem duas fábricas de transformação deste produto que o colocam em qualquer parte do mundo. Mas a atividade metalomecânica deu um grande salto volume de exportação a rondar os 350 milhões de euros por ano, mais do que a totalidade dos municípios de trás-os-Montes e do Douro, juntos. “Os nossos empresários sabem que é preciso apostar na internacionalização, que é um processo fundamental”. prestes a entrar em funcionamento, o parque de ciência e tecnologia, brigantia Ecopark, aposta precisamente no fortalecimento da dimensão industrial, mas não só: “Estamos, nesta primeira fase, a desenvolver um espaço de incubação, de acolhimento empresarial e de laboratórios. com uma promoção externa, temos um projeto de uma multinacional francesa, tendo em vista um centro de investigação”. A estreita ligação entre o mundo

restais. uma boa campanha de prevenção reduziria grande parte deste problema, como explica essencial para a prevenção. Estamos a falar da preservação de riqueza, de biodiversidade, de atração para este território”. O concelho de brada Europa de carvalho negral e uma boa mancada). “A castanha é uma fonte de riqueza muito nho, é um espetáculo amarelo deslumbrante. A em termos económicos e de qualidade de vida”. Infelizmente, nem tudo é perfeito. segundo o presidente da câmara de bragança, “está na alpara retirar rendimento desta riqueza e dar-lhe dimensão. consomem-se imensos recursos no combate a incêndios, mas nada se faz para a prevenção, para a plantação, para as limpezas deste recurso”. No município de bragança, para além do apoio dos bombeiros, o plano operacional municipal anual, que resulta do plano muni-

cipal contra incêndios, a cinco anos, contém um conjunto de iniciativas como a prevenção, a lim-

engloba, ainda, a construção de pontos de água. Ecocidade à escala global bragança não olha, hoje, para o turismo numa escala local, regiona ou até nacional. já vê a perspetiva de um turismo à escala global. E esta mensagem está intrínseca a toda a cidade, desde restaurantes, hotelaria e produtos regionais. “Os nossos agentes sabem que têm de trabalhar no e para o mercado externo, com infraestruturas e acessos a novas formas de comunicação e protrês anos, a procura turística cresceu 38 por cento, sendo que 70 por cento do turismo de bragança é proveniente de outros países, como Espanha, frança, holanda, canadá ou Austrália.

dias o 7.º congressso florestal Nacional, que se vai desenrolar entre os dias 5 e 8 de junho (os dois primeiros realizar-se-ão em Vila real). Organizado pela sociedade portuguesa de ciências florestais e com a participação do Ipb e da utAD, o congresso terá como tema central “florestas – conhecimento e Inovação”. bragança, Ecocidade por natureza, já está “habituada” a ser o palco de grandes encontros: no ano passado, acolheu o Encontro das universidades dos países da lusofonia, ou ainda o Encontro das universidades de ciências Aplicadas Europeias. Os participantes acabam sempre por visitar a cidade e tornam-se embaixadores de bragança pelo mundo.

Bragança, uma Cidade de Cultura bragança possui um inigualável legado histórico, inscrito nos vários monumentos do concelho, e no qual o castelo de bragança e a Domus Municipalis assumem o lugar de protagonistas. sendo bragança uma terra de Museus, porque não fazer um circuito dedicado à cultura, passando pelo centro de Arte contemporânea graça Morais, instalado num edifício remodelado pelo arquiteto souto Moura, pelo centro trabalhos do fotógrafo francês retratam cenas do quotidiano transmontano, e pelo Museu Abade de baçal, que integra a rede Nacional de Museus. subindo à cidadela, a tradição das máscaras pode conhecer-se, de perto, no Museu Ibérico da Máscara e do traje e aproveite-se para visitar o Museu Militar, instalado no castelo de bragança, não deixando de desfrutar a vista para a cidade a partir do topo da torre de Menagem. Ao descer até ao centro da cidade, é passagem obrigatória o centro ciência Viva e a casa da seda, junto ao rio fervença, onde o divertimento é garantido. De regresso à praça da sé, o centro cultural Municipal Adriano Moreira acolhe, sempre, interessantes exposições temporárias de artistas locais, nacionais e internacionais.

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Cidade Ferroviária

Cidade Ferroviária

Entroncamento: um encontro de oportunidades A hIstórIA DO ENtrONcAMENtO cONfuNDE -sE cOM A DA fErrOVIA. OutrOrA AtIVIDADE IMpulsIONADOrA DO crEscIMENtO E DEsENVOlVIMENtO DO cONcElhO, A fErrOVIA AINDA hOjE AssuME A suA rElEVâNcIA NA DINâMIcA DEstA lOcAlIDADE.

Isilda Aguincha, Presidente da Assembleia Municipal do Entroncamento

“O

Entroncamento é um encontro de linhas e de gentes. é um território que nasceu da ferrovia e surgiu com a construção da linha do Norte e de leste. Nasceu com um povoado que suportou a construção da linha férrea e que foi crescendo a um ritmo célere, à medida que iam surgindo outras estruturas associadas à atividade ferroviária”, começa por explicar Isilda Aguincha, presidente da Assembleia Municipal do Entroncamento. “Atualmente o Entroncamento continua a ser uma cidade ferroviária. A sua localização geográcaminho-de-ferro tem também boas ligações rodoviárias aos mais diversos pontos do país. há no Entroncamento um encontro de oportunidades o

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rapidez de acesso, a habitação de qualidade a preços competitivos. todos os serviços e estruturas necessários ao quotidiano da população”, acrescenta. A importância da ferrovia na história do concelho perpetua-se no Museu ferroviário da cidade, importante para a “preservação do património, mas também da continuidade daquilo que se pretenda que seja o futuro da cidade, pretendendo-se que seja um pólo de atração turística”, explica. Atualmente, o Entroncamento dispõe de um terminal intermodal que permite fazer o escoamento através da ferrovia. “já é uma plataforma importante e ainda pode assumir uma maior importância enquanto motor de desenvolvimento e de aproveitamento de um recurso que já existe, sendo um dinamizador da economia local e gerador de emprego”, salienta Isilda Aguincha.

“O Entroncamento dispõe de linhas férreas, as empresas ligadas ao setor têm todos os recursos necessários, mas há algumas partes do circuito que não acontecem exclusivamente no Entroncamento o que cria alguns constrangimentos. é muito importante concentrar no sentido de agilizar os circuitos para dar competitividade ao trabalho

Aposta na qualidade de vida mento uma clara aposta na melhoria da qualidade de vida da sua população nas mais variadas áreas. A aposta na reabilitação urbana tem permitido a criação e melhoria das infraestruturas. Na área da educação, “todo o parque escolar está tratado ou construído com todas as condições.

houve ainda uma intervenção no centro de Estudos politécnicos, que está a funcionar numa antiga escola primária recuperada e adaptada e que resulta de uma parceria com o Instituto politécnico de tomar, visando a formação pós-graduada”. “A autarquia tem tido igualmente uma preocupação com os espaços verdes, de lazer e de desporto, e em não retirar uma árvore sem plantar outra. tem havido também uma aposta na componente recreativa. A par das festas da cidade, que têm lugar em junho (este ano realizar-se-ão entre os dias 15 e 24), há ao longo do ano diversas iniciativas Mercado Municipal localizado no centro da cidade foi reconvertido num espaço para maior utilização para a população, nomeadamente para os jovens, um espaço lazer, com exploração de cafés,

passou a ser um espaço com vida permanente, ao mesmo tempo que se mantem a sua traça original, preservando a sua identidade”, destaca. é reconhecida a qualidade e importância do trabalho realizado no Entroncamento ao nível da ação social, a articulação entre as diversas entidades do município que têm contribuído para que a rede social dê resposta às necessidades. Nesta área mantem-se em funcionamento no concelho o programa de apoio alimentar com os restaurantes. “tem também havido preocupação da parte da autarquia de fazer a manutenção e recuperação dos edifícios de habitação social na parte Norte da cidade. A câmara Municipal do Entroncamento tem cerca de 250 fogos. foi criado recentemente um regulamento que permite que em alguns desses fogos os arrendatários adquiram essa habitação. O bairro social tem tido uma intervenção permanente, de recuperação das casas, com o mínimo de transtorno possível para as pessoas, para dar qualidade a espaços e às pessoas. foi possível eliminar as barracas e um bairro de casas pré-fabricadas, dando qualidade de vida à população”, salienta. “Outra área que tem tido uma particular atenção prende-se com a construção de uma nova esquadra da psp. Está a ser lançado o concurso para a candidatura ao quadro comunitário. O projeto já está elaborado, desenhado com as forças de segurança para dar resposta às suas necessidades. O setor militar assume também grande importância na dinâmica do concelho. recentemente foi instalada nutenção e intervenção de equipamentos”, destaca. para o futuro perspetiva-se a continuidade da aposta na área da ação social, com programas de apoio às famílias mais carenciadas e na área da educação, com o desenvolvimento da biblioteca Municipal. A preservação do património é outra das prioridades. “há algumas construções antigas ligadas à ferrovia, um património que é da rEfEr e que

lização da população, nomeadamente o bairro camões, as antigas habitações, que são características do que foi a história e a vivência dos ferroviários no Entroncamento”. “há ainda a questão da estação ferroviária que é um processo que se prolonga há já muitos anos, mas cuja resolução não depende da autarquia. tem havido preocupação com a segurança, e nesse sentido está neste momento em curso uma intervenção para salvaguardar a segurança das pessoas. A passagem de nível da linha da beira baixa, para além da questão da segurança, tem associado um fator de congestionamento de uma via que é alternativa à passagem pelo centro da cidade e urge

concretamente no Entroncamento, o museu abriu em 2007 com uma pequena exposição chamada “Olhares sobre os caminhos-de-ferro”, que contava uma pequena história sobre o que se podia encontrar neste museu. Em 2008 foi inaugurada a rotunda de locomotivas, onde foi exposto “algum do material circulante da fundação, desde locomotivas a vapor, locomotivas a diesel ou elétricas e carruagens”, entre as quais a carruagem presidencial. hoje apenas a rotunda está aberta

Fundação Museu Nacional Ferroviário A ideia de formar um museu ferroviário remonta a 1921, segundo notícias encontradas na imprensa nacional que citavam que o comboio real seria guardado para ser exposto num museu. contudo os anos foram passando, continuando sempre esta iniciativa de guarnalmente criada a fundação Museu Nacional ferroviário Armando ginestal Machado, antigo funcionário da cp que começou a guardar o espólio e os próprios comboios em espaços desocupados. A fundação tem assim como missão criar o Museu Nacional ferroviário no Entroncamenque se encontram espalhados pelo país. “Esta gestão”, conta rita jardim pereira, diretora do museu, “tem sido partilhada com as câmaras municipais que se têm aliado a nós. No fundo, as câmaras asseguram a abertura dos espaços da coleção e das exposições”.

do Mais centro, deu-se a oportunidade de reabilitar estes espaços: “temos nesta ilha, no centro da cidade, o complexo ferroviário do Entroncamento com 4,7 hectares. A entrada do museu era o antigo armazém de víveres, apoio ao material circulante, depósitos, uma central elétrica e um antigo dormitório. Estes equipamentos faziam parte da rEfEr e EMEf e estão agora a ser readaptados para espaços museológicos sob projeto do arquiteto carrilho da graça”, explica a diretora do museu. A coleção da fundação, para além de comboios, tem um espólio muito variado, numa listagem de 33 mil peças, entre as quais faqueiros de prata, azulejos, lanternas, ferramentas e farvapor vão acolher a exposição permanente do museu que vai contar a história dos caminhos-de-ferro de portugal e no mundo, desde 1804 a 2013”. Na rotunda de locomotivas serão expostos “100 Anos de Vapor”, numa reinterpretação do objetivo inicial deste edifício: manutenção e armazém de locomotivas a vapor. A visita terminará com a jóia da coroa do museu: o comboio real, composto pela locomotiva D. luiz, a carruagem da rainha D. Maria pia e a carruagem do príncipe D. carlos. “será o grande momento da exposição”, orgulha-se rita jardim pereira. E este grande momento ainda acontecerá este ano, 2013, data prevista para a abertura do museu na sua maior força.

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Qualidade de Vida no interior

Qualidade de Vida no interior

“Alvaiázere assume-se como um concelho com enormes potencialidades de desenvolvimento”

“AO lONgO DEstEs últIMOs ANOs, A AutArquIA tEM cONstruíDO uMA sérIE DE EquIpAMENtOs sOcIAIs DE ApOIO À cOMuNIDADE”

ENtrEVIstA A pAulO tItO MOrgADO, prEsIDENtE DA câMArA MuNIcIpAl DE AlVAIázErE

Q

ual a realidade do concelho de Alvaiázere? Alvaiázere localiza-se na zona centro do país, no interior do distrito de leiria e, atualmente, tem cerca de 7400 habitantes. é um território servido por boas acessibilidades, o que não acontecia até há um passado recente. temos a A1 a 30 quilómetros e a A13, que atravessa todo o concelho, o que faz com que estejamos a pouco mais de uma hora do porto e de lisboa. Alvaiázere assume-se como um concelho do centro do país com enormes potencialidades de desenvolvimento. Quais são as principais atividades da economia local? com estas novas acessibilidades, neste momento, as potencialidades do concelho são enormes. A autarquia está a procurar infraestruturar todo o concelho. Até há pouco tempo, a atividade económica em Alvaiázere viveu do setor da construção civil, no entanto, ao lonpara outras áreas. Neste momento está a ser feita uma forte aposta no setor agroalimentar. transporte e de logística, temos também uma to, e à vertente das energias renováveis, entre muitas outras áreas e que, de uma forma diversificada, sustentam a economia da região. Qual a aposta que tem sido feita no sentido de pro-

Paulo Tito Morgado, Presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere

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Alvaiázere sentia-se, até há bem pouco tempo como um concelho do interior do país que, por um lado estava tão próximo do litoral e, simultaneamente, tão longe devido às fracas acessibilidades. temos procurado desenvolver estratégias que nos tragam investimento produtivo e

“cOM As NOVAs AcEssIbIlIDADEs, NEstE MOMENtO As pOtENcIAlIDADEs DO cONcElhO sÃO ENOrMEs”

Turismo em Alvaiázere

Nascente do Olho Tordo

reprodutivo, que seja gerador de riqueza e de emprego. para isso é fundamental investir nas estruturas básicas que geram desenvolvimento e a primeira é, seguramente, a área da educação. Estamos neste momento a investir cerca de dois milhões de euros num centro escolar em Alvaiázere e já investimos cerca de um milhão e meio no centro Escolar da freguesia de Maçãs de Dona Maria. são investimentos que consideramos essenciais e determinantes para preparar o concelho para um futuro próximo. juntamente com outros dois municípios, somos acionistas de uma Escola tecnológica e profissional de grande notoriedade na região, distinguida pelas suas boas práticas em matéria de formação. trata-se de uma escola voltada para a região. há pouco tempo fomos considerados pelo Ministério da Educação, pela Deloitte e pela fundação luso-Americana como o segundo melhor município do país para estudar. tal deve-se aos investimentos físicos referidos, mas essencialmente, a todos os investimentos imateriais que o município tem estado a fazer em todos os ciclos de estudo. Ao nível da ação social escolar fornecemos transporte gratuito às crianças desde os três anos de idade até ao ensino secundário.

procuramos que nenhuma criança ou jovem do nosso concelho deixe a escola por não se sentir apoiado. fornecemos as refeições escolares a todos os alunos e damos também um suplemento alimentar, nomeadamente, o pequeno-almoço ou o lanche, de forma gratuita, a todos os alunos que tenham carências económicas. temos também um banco de empréstimo de manuais escolares ao qual as famílias mais necessitadas podem recorrer de forma gratuita. criámos o projeto “Alvaiázere Viva”, que promovemos há já sete anos e que consiste em promover aos sábados, de forma voluntaria, atividades de enriquecimento curricular às crianças do 1.º ciclo do ensino básico, em áreas tão didesporto, tecnologias de informação e inglês. Esta iniciativa inclui transporte e alimentação gratuita fornecidos pelo município, independentemente das condições económicas do respetivo agregado familiar. Este programa é estendido também às férias escolares, Natal, páscoa e Verão. Estando a preparar mais e melhor as crianças do concelho, com estes apoios estamos claramente a promover o tecido económico mais importante cuja base são as pessoas. Ao nível das políticas sociais, criámos o cartão

jovem Municipal e o cartão da Idade Maior, os quais conferem descontos, inclusive, nas taxas e tarifas municipais. Qual a aposta que tem sido feita pela autarquia ao nível da infraestruturação do concelho? construído uma série de equipamentos sociais de apoio à comunidade. hoje temos em Alvaiázere um estádio municipal, com campo relvado sintético, uma pista de tartan para a prática de atletismo, um ginásio de manutenção, um circuito de manutenção ao ar livre, piscinas ao ar livre e piscina coberta aquecida, um pavilhão desportivo recentemente remodelado, entre vários outros equipamentos. tratam-se de equipamentos de elevada qualidade, que estão ao dispor da população e das associações do concelho, a um custo bastante reduzido. Outra das apostas da autarquia tem sido feita ao nível da regeneração urbana. Através de fundos comunitários conseguimos desenvolver um enorme processo de regeneração e de requalificação urbana e, com isto, pretendemos ser um elemento facilitador para a requalificação e posteriormente para a construção em aglomerados urbanos, evitando assim a pressão para a construção dispersa.

há também uma grande aposta por parte da autarquia na componente cultural? sim, claramente. Exemplo disso é o prémio que ganhámos no ano passado no Museu Municipal de Alvaiázere. é um museu recente, mas que tem um espólio riquíssimo que tem vindo a das, que vai desde a arqueologia, aos ofícios tradicionais, passando pelas exposições temporárias que promovemos regularmente. para além disso temos ainda outros equipamentos municipais de que destaco a biblioteca e o Auditório Municipais.

por Alvaiázere passa um dos caminhos de santiago. A autarquia tem prestado o seu apoio aos peregrinos, ao nível da sinalização mas também da segurança rodoviária. Alvaiázere apresenta uma boa oferta turística ao nível cultural, de natureza e de bem-estar. Na gastronomia destacam-se o chícharo, os azeites de elevada qualidade e o tão conhecido e apreciado queijo rabaçal, para além dos vinhos, dos frutos secos, do mel e do cabrito. Entre os dias 7 e 10 de junho terá lugar em Alvaiázere o festival gastronómico do chícharo.

“tEMOs prOcurADO DEsENVOlVEr EstrAtégIAs quE NOs trAgAM INVEstIMENtO prODutIVO E rEprODutI VO, quE sEjA gErADOr DE rIquEzA E DE EMprEgO. pArA IssO é fuNDAMENtAl INVEstIr NAs EstruturAs básIcAs quE gErAM DEsENVOlVIMENtO E A prIMEI rA é, sEgurAMENtE, A árEA DA EDucAÇÃO. EstAMOs NEstE MOMENtO A INVEstIr cErcA DE DOIs MIlhõEs DE EurOs NuM cENtrO EscOlAr EM AlVAIázErE E já INVEstIMOs cErcA DE uM MIlhÃO E MEIO NO cEN trO EscOlAr DA frEguEsIA DE MAÇÃs DE DONA MArIA. sÃO INVEstIMENtOs quE cONsIDErAMOs EssENcIAIs E DEtErMINANtEs pArA prEpArAr O cONcElhO pArA uM futurO próxIMO” Maio 2013

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Turismo de Qualidade

Turismo de Qualidade

Monte Santo Resort: a excelência hoteleira no Barlavento Algarvio cONsIDErADO O MElhOr rEsOrt 5 EstrElAs NO bArlAVENtO AlgArVIO, O MONtE sANtO OfErEcE uM sErVIÇO DE ExcElêNcIA, DIstINguINDO-sE pElA suA AtMOsfErA DE trANquIlIDADE E DE cONfOrtO, ENVOltA NuM AMbIENtE AcOlhEDOr DE uM rEsOrt DEstINADO EssENcIAlMENtE A férIAs EM fAMílIA.

“A

principal característica diferenciadora do Monte santo resort é a sua localização numa zona extraordinária do barlavento Algarvio, estando a menos de um quilómetro da praia do carvoeiro”, destaca Margarida Almeida, diretora geral do Monte santo resort. A conceção exterior do resort, que se integra harmoniosamente na paisagem, conjuga-se com o ambiente acolhedor e de conforto do interior das suas unidades de alojamento. Este aldeamento turístico dispõe de 133 unidades de alojamento, que se dividem entre moradias de tipologia M2 a M3 e apartamentos de tipologia t0 a t3. Nos seus oito hectares de área, o resort dispõe de um court de ténis, de uma piscina interior e de seis piscinas exteriores, envoltas em amplas zonas ajardinadas. O Monte santo resort tem ainda ao dispor dos seus clientes um Wellness center que integra uma piscina interior com dois jacuzzis, sauna, banho turco, ginásio, conjugado com uma sala de tratamentos de spA com tratamentos para o corpo, rosto e de estética. António Costa, Diretor de Operações, Margarida Almeida, Diretora Geral e Luís Vicente, Accommodation Manager

Serviço de excelência O Monte santo resort distingue-se de igual forma pelo serviço de excelência prestado aos seus hóspedes. “é um serviço 100 por cento focado no cliente, com um tratamento personalizado, vocacionado para a satisfação de todos aqueles que passam por este resort”, caracteriza Margarida Almeida. “A pensar nos nossos hóspedes, implementamos este ano um serviço de concierge, cuja finalidade é a de ir monitorizando a satisfação do cliente ao longo da sua estadia, ajudando-o no caso de este ter alguma necessidade específica”, explica. A qualidade do serviço prestado tem-se tradudos mais variados pontos do mundo. “Este ano tivemos pela primeira vez no nosso resort um grupo de nigerianos que ficaram bastante agradados com a sua estadia”, diz Margarida Almeida. “temos muitos clientes repetidos, e muitos outros que vêm recomendados por hóspedes

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que ficaram alojados no Monte santo”, acrescenta luís Vicente, Accommodation Manager. Num espírito proativo, a equipa do Monte santo resort marcou presença na edição deste ano da lidade de dar a conhecer o empreendimento a novos mercados. “Aquilo que pretendemos com este tipo de iniciativas é termos durante a época baixa estadias longas de clientes oriundos dos países nórdicos, que têm um inverno muito rigoroso. Neste momento já estamos a ter reconhecimento deste trabalho que realizamos e estamos a conseguir trazer novos operadores turísticos que antigamente não vinham para esta zona do Algarve”, avança Margarida Almeida. “Estas estadias de longa duração na época baixa oferecem a possibilidade aos hóspedes de poderem escolher entre diversas opções ao nível dos valor da sua estadia”, informa luís Vicente.

Novidades para 2013 investimentos no Monte santo resort ao nível da melhoria das suas infraestruturas, de que é exemplo a remodelação da piscina interior do empreendimento. “uma das novidades deste ano é o nosso bike park, onde serão disponibilizadas bicicletas para que os nossos clientes as possam utilizar em passeios pela localidade. Vamos também inaugurar o pool bar, que estará aberto todos os dias das 11 horas às 18 horas e onde o cliente poderá usufruir de uma bebida com vista para para além disso teremos durante o verão um

apoio de praia com guarda-sóis e camas para os nossos clientes. Este ano mantemos também o serviço de shuttle do resort até à praia”, diz Margarida Almeida. “A par do nosso Kids club, onde os pais podem de maio um conjunto de atividades dirigidas às crianças e às suas famílias, como por exemplo animação durante o dia e durante os jantares”, acrescenta António costa, Diretor de Operações. também a partir deste ano o Monte santo resort passa a disponibilizar um novo serviço de organização de festas de casamentos. Maio 2013

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Município de Vila Verde

Município de Vila Verde

Uma tradição com futuro rurAl NA suA EssêNcIA, VIlA VErDE VIVE cONcENtrADA NO EquIlíbrIO ENtrE trADIÇÃO E futurO, AssOcIANDO A ExplOrAÇÃO DO MuNDO rurAl Às DINâMIcAs DE DEsENVOlVIMENtO EcONóMIcO E sOcIAl. EM ENtrEVIstA AO pAís pOsItIVO, ANtóNIO VIlElA, prEsIDENtE DA câMArA MuNIcIpAl, cONtExtuAlIzA As pOtENcIAlIDADEs DEstE cONcElhO MINhOtO.

fortemente na gastronomia como formação de base, aliando a hotelaria de requinte à gastronomia tradicional. conscientes da potencialidade turística do concelho, a autarquia pretende levar a cabo um projeto arrojado e bastante empreendedor: a Escola superior de gastronomia. “Não existe nenhum projeto que promova a formação superior na área da gastronomia e estamos a desenvolver esse projeto para que consigamos atrair ainda mais pessoas e dar uma formação de alta qualidade a todos os pro-

parte norte do concelho, caracterizada por um relevo mais expressivo e conservando o essencial das suas características rurais, apresenta condições excelentes para um turismo de cariz mais ambiental de que são exemplo a multifacetada oferta de alojamento de turismo rural, a construção de um parque de campismo e a promoção de trilhos pedestres, equestres e de btt. “Apesar de ser uma área ainda bem preservada do ponto de vista ambiental e cultural, é essencial que todos estes investimentos se façam de forma pensada para que nada daquilo que existe no seu estado mais puro se perca”, reforça o edil. porque um concelho do interior vive da dinâmica que consegue criar, existe ainda um outro projeto emblemático para Vila Verde e para os concelhos que têm em comum o rio cávado: a construção de uma ecovia que possa percorrer as margens ribeirinhas dos rios homem e cávado, ligando Vila Verde a Esposende pelas margens do rio. Aprovei-

clube Náutico de prado, além de ocupar de forma saudável os jovens e crianças do concelho como tantos outros cubes e associações, organiza provas desportivas de grande alcance. O mês de maio viu chegar as provas para a taça de portugal de Maratona de canoagem e nos dias 6 a 9 de junho existirão provas para o campeonato europeu de canoagem, e isto só é possível porque foram construídas aqui instalações de grande qualidade e o próprio clube, conjuntamente com o município, revela uma grande capacidade organizativa. com orgulho no passado mas voltado para o futuro. “é um concelho que não despreza o passado, pretende antes valorizá-lo, assim como o seu território, a sua agricultura e as suas tradições, mas essa valorização é feita com perspetivas de futuro. Ou seja, aposta nas tradições e promove um futuro mais sustentável, sem esquecer nunca a aliança entre tradição e novas tecnologias”, adianta. A terminar a entrevista, António Vilela deixa um convite a todos os nossos leitores: “Visitem Vila Verde e usufruam das nossas paisagens e do nosso sejam recebidos pela simpatia das nossas gentes e deixem-se levar pela magnitude da natureza e nunca deixem Vila Verde sem provar o nosso vinho verde e os produtos típicos da nossa gastronomia. Verão que quem vem a Vila Verde sai com vontade de cá voltar”.

António Vilela, Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde

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om um território de 228,7 quilómetros quadrados e uma população de cerca de 48 mil habitantes, Vila Verde tem um vasto património natural e cultural, onde o artesanato, como o lenço dos Namorados e a cerâmica, disputam um lugar de destaque com um património religioso imenso e com festas e romarias que se realizam durante praticamente todo o ano. Nunca poderíamos falar de Vila Verde sem falar nas casas rurais e senhoriais tão típicas do Minho, mas também nas suas abadias e mosteiros. Mas celho: “O património Natural, associado à beleza e qualidade das águas dos nossos rios, potencializado a prática de desportos náuticos – daqui já saíram muitos campeões nacionais e atletas olímpicos –, e o património gastronómico que conhece aqui um expoente da qualidade. temos uma gastronomia que procuramos associar ao desenvolvimento local através de iguarias próprias da nossa terra, como o vinho verde, o frango pica no chão, que dá origem a um excelente arroz de cabidela, ou o cabrito das nossas serras, que faz as delícias de quem o prova”. A receita está feita e os ingredientes todos reunidos para que o resultado seja uma maior procura turística de Vila Verde. A localização privilegiada, perto

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dos centros urbanos de braga, guimarães e Viana do castelo, a proximidade de praias, aeroportos e linhas ferroviárias, dão a Vila Verde uma potencialidade ímpar. Ideal para quem procura estar perto de casa mas ao mesmo tempo não consegue abrir mão da tranquilidade do mundo rural. Escolhendo Vila

Minho, e que está totalmente voltado para as novas tecnologias, pretendendo ser uma estrutura com

em alojamento local, podendo escolher entre uma variadíssima oferta de casas de turismo rural, casas de campo que aliam o descanso à produção agrícola e onde os visitantes podem ajudar na dinamização das atividades de exploração e produção que se faz nessas quintas. António Vilela refere que Vila Verde é “um concelho com grande qualidade de vida para as populações. é um concelho que não queremos que perca a sua ruralidade mas que claramente pretende alcançar a modernidade. Neste sentido, temos feito investimentos e alargado parcerias que promovem o desenvolvimento de empresas na área das novas tecnologias. tal é o caso do Instituto Empresarial do Minho, uma incubadora de empresas de base tecnológica que, nesta área, apresenta resultados que consideramos emblemáticos”. Na senda do desenvolvimento e da criação de estruturas de futuro, Vila Verde apresenta, também, o projeto

refere o autarca. com um conjunto de eventos de caráter nacional e internacional, Vila Verde tem sabido desenvolver uma estratégia que visa criar uma maior atratividade e visibilidade para o concelho e para a região. De entre esses eventos destaca-se o “Namorar portugal”. para António Vilela, todo o conjunto de ações promovidas no âmbito deste evento que, sob a designação de “Mês do romance”, faz do mês de fevereiro em Vila Verde um período de grandes

nível nacional, em parceria com a universidade do

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frente das ciências da informação e comunicação como estratégia local de competitividade baseada na inovação e no incremento das competências aca-

“todos são convidados e incentivados a trabalharem uma das grandes potencialidades do concelho ao nível do artesanato, os lenços dos Namorados, o que constitui o exemplo claro da valorização dos produtos genuinamente locais como alavanca de promoção territorial e de atração turística”. Em Vila Verde, fevereiro é o mês do romance e no auge do amor, surge o dia dos namorados, dia 14 de feverei-

ções baseadas nos motivos dos famosos lenços. No entanto, o mês do romance é palco de diversas iniciativas e, ao longo da história deste evento, ocasião para lançamento de novos produtos criados e inspirados nos bordados dos lenços dos namorados. é o caso dos serviços de mesa “Vila Verde” da Vista Alegre Atlantis, da linha de têxtil-lar lenço dos Namorados da lameirinho, dos chocolates, do pink Kake - bolo dos namorados, do mobiliário, dos acessórios de moda e, até, de uma linha de calçado totalmente inspirada nesse ícone do artesanato saros e pelas singelas mensagens de amor escritas pelas humildes e laboriosas mulheres do campo. Mas a dinâmica organizativa de Vila Verde não se esgota aqui. com a “festa das colheitas”, que se de Outubro, pretende agregar-se tudo o que está relacionado com o mundo rural e a gastronomia, passando pelo património. é uma festa onde existe venda direta dos produtos de origem local, onde os agricultores podem mostrar aquilo que melhor sabem produzir e os artesãos mostram e comercializam tudo aquilo que as suas mãos conseguem fazer, sendo a gastronomia o elo que liga a tradição aos produtos locais. “para que todos estes eventos turísticos não falhem na hora de servir os visitan-

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Ensino EspEcializado

Ensino EspEcializado

Formar profissionais de forma diferenciada pErtENcENtE À cOOpErAtIVA uNIVErsItAs, O INstItutO supErIOr DE EDucAÇÃO E cIêNcIAs ( IsEc ) tEM cOMO ObjEtIVO prIMOrDIAl DAr uMA fOrMAÇÃO pOlItécNIcA, VIrADO pArA As prOfIssõEs E cOM uMA EstrEItA lIgAÇÃO AO MuNDO EMprEsArIAl.

Oferta formativa Neste momento, o IsEc divide-se em quatro escolas: Educação, Artes, gestão e tecnologias e Aviação. “A educação foi a nossa primeira escola e a mais sig-

diversas áreas. Aquilo que é bom hoje, daqui a dois anos pode já não o ser. Não podemos estar parados”, defende ainda cristina Ventura.

alunos, quer em termos de oferta formativa”, conta

Neste momento, o IsEc também tem na sua oferta formativa cursos de Especialização tecnológica (cEt), não conferentes de grau académico. “Esta via, cada: os cEt, com duração de 1,5 anos, têm grandes vantagens. O jovem pode acabar a sua formação

relação de forças foi claramente invertida e, hoje, a área com maior intervenção e relevância é a das tecnologias e Aviação. Nesta escola, encontram-se os cursos da área da aeronáutica (ciências Aeronáuticas e gestão Aeronáutica), dois cursos de engenharia (proteção civil e segurança no trabalho), um curso muito recente de Energias renováveis e Ambiente, e o mestrado em Operações de transporte Aéreo. Em termos de oferta formativa, são dez licenciaturas e 14 mestrados. sendo as tecnologias e, em particular, a área da aeronáutica que no momento se mostram

Rúben Leitão, Presidente da Universitas

A

universitas, detentora do Instituto superior de Educação e ciências (IsEc), é uma cooperativa virada exclusivamente para o ensino superior. já com 23 anos, os seus 100 cooperadores dividem-se entre entidades particulares e coletivas, docentes e trabalhadores

entidade que “dá uma formação politécnica. todos

posicionamento do Instituto tem sido o desenvoldades do país e que não são cobertas por outras instituições. “A nossa marca distintiva tem a ver com a forma como os cursos são desenvolvidos, com a preocupação de uma inserção rápida dos nossos

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Cristina Ventura, Presidente do ISEC

alunos no ambiente no qual virão a trabalhar”, explica ainda. “queremos que as pessoas saibam fazer, mas também que saibam ser”, para tal foram introduzidas em todas as licenciaturas formações de desenvolvimento pessoal e de ética e deontologia. Estratégias de desenvolvimento para reforçar uma das mais recentes áreas do IsEc, a engenharia, foi feito um pedido ao Ministério da Educação e ciência para que o IpA - Instituto superior Autónomo de Estudos politécnicos, ingressasse o campus do IsEc. “já temos investido na soft engineering, como a segurança no trabalho e a proteção civil. queríamos ter acesso a outras áreas de engenharia. O processo de fusão entre os dois institutos está em curso”. por outro lado, o IsEc iniciou o seu processo de internacionalização com um espaço de intervenção

em Angola. “O nosso corpo docente desloca-se para fazer formação on job, num pacote de formação (não conferente de grau) concebido à medida das necessidades de cada empresa”. O Instituto tem parcerias bem cimentadas com a sonangol ou ainda com a universidade de belas, em luanda. De modo diferenciado, e já com obtenção de grau, é a parceria com a sonair, onde cidadãos angolanos se deslocam a lisboa para frequentar os cursos na área da aeronáutica, já com grande tradição. Mais recentemente, a estratégia do IsEc tem pascomo objetivo atrair estudantes de língua chinesa, uma vez que, quer o governo central chinês, quer o governo da região Administrativa Especial de Macau atribuem uma importância estratégica à formação de cidadãos bilingues, como intermediários de negócios”, explica o presidente da universitas.

“Estamos a desenvolver cursos para dar formaçáo básica e inicial em língua portuguesa e, de seguida, encaminhar estes alunos para outro tipo de estudos, virados para uma experiencia intercultural”. Integrado nesta estratégia de internacionalização e de abertura aos países da cplp, cristina Ventura, presidente do IsEc, apresenta à nossa equipa o pacote tEu (tudo Em um): “é um pacote formativo que engloba, para além das necessidades básicas do aluno (alojamento, alimentação, transporte, logística e conhecimento da cidade), outra vertente: a formação cultural. procuramos fazer, aliado à formação dos três anos do curso, que passam por ações de voluntariado ou estritamente culturais”. Os alunos portugueses são também fortemente envolvidos neste programa, numa troca de conhecimentos.

investiu também estrategicamente na área da gestão, onde se inclui a licenciatura e mestrado de gestão Autárquica e a licenciatura de gestão hoteleira. “Na nossa estratégia de diferenciação da oferta formativa, destaco a fortíssima ligação que temos ao mundo empresarial em todas as licenciaturas e mestrados”. uma mais-valia destacada pela presidente do IsEc é o corpo docente. “procuramos ter, em cada unidade nas áreas que lecionam. trazem assim para a sala de aula problemas e casos reais”. graças à internacionalização do corpo docente e da oferta formativa, desenvolveram-se uma série de projetos de investigação aplicada. Nessas atividades de investigação, é característica do Instituto a envolvência dos próprios alunos, em particular no caso dos mestrandos. com a maioria dos alunos já trabalhadores acima dos desenvolve e ajusta a sua formação às necessidades do mercado, empresas e trabalhadores, graças aos ção e qualidade, mas não só: “Estamos constantemente a estabelecer protocolos com entidades em

um estágio numa empresa, que pode constituir uma vantagem se a pessoa entender ingressar no mercado de trabalho. por outro lado, se a pessoa quiser prosseguir estudos na mesma área, mas já conferente de grau, vai ter equivalência a praticamente um ano Enquanto Instituto de ensino politécnico, o IsEc estaEiffel. O objetivo é proporcionar aos alunos oriundos estudos, essencialmente por via dos cEt ou para as licenciaturas. Campus do ISEC com uma área de 3,5 hectares, o campus integra as instalações do IsEc e do IpA. Está prevista a vinda de um 3º Instituto a partir do próximo ano letivo, o IstEc (Instituto superior de tecnologias Avançadas). todas as estruturas de apoio destes três institutos tina, auditórios, laboratórios e biblioteca. “Este ano começamos com um centro de acolhimento para os ciona como um serviço que prestamos a comunidade, também, a partir do próximo ano letivo, uma estrutura de apoio com valências de infantário. Ainda que aberta ao exterior, destina-se sobretudo aos alunos e aos funcionários.

Paulo Louro, coordenador do Mestrado em Gestão Autárquica

ISEC aposta na formação em gestão Autárquica O Mestrado em gestão Autárquica foi criado em 2009 pelo Instituto Superior de Educação e Ciências e é uma formação inovadora no panorama académico português. paulo louro, coordenador do Mestrado, fala das mais-valias trazidas por esta formação. Quais os objetivos da criação do Mestrado em gestão Autárquica? O Mestrado em gestão Autárquica, já com três edições realizadas, foi criado para responder à necessidade que era sentida de formação autarquias. Esta é uma área de formação que atualmente faz todo o sentido na administração local, responsabilidades das autarquias. Os alunos deste mestrado são, de forma geral, trabalhadores da administração local que têm sentem necessidade de aprofundar conhecimentos de gestão em relação a aspetos concretos do trabalho nas autarquias. Daí a preocupação com a adequação do plano curricular do mestrado ao aprofundamento das competências dos técnicos e dirigentes autárquicos e à inovação nas autarquias. Ao nível do plano curricular, quais são as principais áreas de conhecimento que fazem parte deste mestrado? O mestrado divide-se entre um primeiro ano letivo curricular e um segundo ano para elaboração da dissertação ou projecto aplicado, conjugado com seminários onde são aborda-

dos diversos assuntos da atualidade da atividade autárquica. A componente curricular é transversal e multidisciplinar e envolve áreas como planeamento e gestão autárquica, gestão do conhecimento e inovação organizacional, qualidade dos serviços, gestão do capital humano, ética e deontologia, gestão e controlo da atividade ting autárquico. são áreas de conhecimento unidades curriculares são aplicados à realidade da atividade autárquica, daí que os alunos reconheçam de imediato a aplicabilidade prática e real dos conhecimentos que adquirem no mestrado. O plano de estudos encontra-se em linha com os praticados em universidades de referência no espaço europeu, o que permite que se tenham celebrado protocolos internacionais projetados para a comunidade de língua portuguesa e países da américa latina.

O MESTRADO EM gESTãO AUTáRQUICA FUNCIONA NO CAMpUS lUMIAR, EM hORáRIO pÓS - l ABORAl DE FIM - DE - SEMANA A 4ª EDIçãO INICIA- SE EM SETEMBRO DE 2013

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Marcas e Produtos Ícones de Portugal

AgriculturA em PortugAl

FRUSOAl, a qualidade dos citrinos do Algarve

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frusoal iniciou a sua atividade há 23 anos reunindo numa mesma central hortofrutícola um conjunto de produtores do

Maior produtor de citrinos No evoluir dos anos, a frusoal foi ganhando dimensão na citricultura. “Em determinada altura confrontamo-nos com um problema que se prendia com a idade dos nossos produtores associados. por ser uma atividade com uma rentabilidade -

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fuNDADA EM 1966 pOr ANtóNIO bAstOs, A trEMOcEIrA lDA ErA, INIcIAlMENtE, uMA rEDE DE lOjAs. cOM O EVOluIr DO MErcADO, A trEMOcEIrA EVOluI tAMbéM E fAz hIstórIA NA MEMórIA DE cADA uM DE Nós.

O que distingue a laranja do Algarve?

potenciar a atividade agrícola na região. O início da atividade da frusoal foi marcado pelos constrangimentos associados à sua locanio, por se encontrar distante da rota comercial. A este facto acresceu o risco desde sempre associado à agricultura e que ao longo do tempo levou a que a atividade agrícola na região fosse diminuindo, levando à drástica redução de algumas culturas. “O nosso setor não sabe o que é viver sem crise, está sempre dependente das condições climatéricas que se fazem sentir ao longo do ano”, evidencia pedro Madeira, sócio-gerente da frusoal. para minimizar riscos no caso de ocorrência de intempéries e que põem em causa as produções, a frusoal faz seguros de colheita. No entanto, pedro Madeira lamenta: ““Os valores que garantem são demasiado baixos e os preços demasiado altos””. Ao longo das duas décadas de existência a frusoal não tem feito depender a sua atividade de

queremos os mesmos direitos que as outras intão o Estado deve intervir. por exemplo, como a agricultura tem um risco acrescido, o Estado poderia subsidiar de forma a que o seguro de colheita se tornasse viável no caso de termos necessidade de recorrer a ele, que quando houvesse um problema com as plantações os custos com os estragos fossem cobertos de forma a permitir retomar a atividade”, diz. “é essencial perceber que a atividade do setor primário faz falta ao país. temos que produzir no e ter produção excedente para exportação. Os agentes económicos têm que se consciencializar que temos que defender o nosso património produtivo e que é essa a nossa riqueza. há uma mentalidade relativamente à importância do setor primário que tem que ser alterada, desde o gestor até ao consumidor, de uma forma transversal”, destaca.

Um ícone de qualidade

pedro Madeira explica: “pelo seu clima o Algarve é uma zona privilegiada para produção de citrinos. As laranjas do Algarve distinguem-se, em situação sabor, aroma e pela sua cor”. pedro Madeira defende que deveriam existir alterações quanto à denominação Igp da laranja do Algarve, sob pena de se perder a identidade da região enquanto importante produtor deste fruto. “é difícil justificar a um cliente custos de certificação quando o produto a certificar é provavelmente 70 por cento da produção nacional e não uma pequena produção dentro de um todo”.

Pedro Madeira, sócio-gerente da Frusoal

dade dos seus pais. para combater esta situação, em 1999, criámos uma empresa de prestação de serviços em que fazemos todo o serviço, desde um tratamento pontual no campo até um serviço chave na mão. temos o nosso próprio parque de máquinas e um grupo de trabalhadores com formação na área. prestamos este tipo de serviço em qualquer ponto do Algarve. Desta forma, o sócio consegue ter a sua propriedade a produzir sem qualquer tipo de preocupação ou de trabalho”, explica. Atualmente a frusoal assume-se como um importante produtor nacional de citrinos, com uma área de aproximadamente 1.300 hectares, dedicados ao cultivo da laranja, clementina, tangerina, limão e lima, de diversas variedades de forma a manter a produção ao longo de todo o ano. As propriedades desta central hortofrutícola situam-se entre silves e Vila real de santo António, tendo também uma propriedade na zambujeira do Mar, e que é o maior pomar de citrinos do país com 225 hectares. “começamos também a fazer arrendamentos de propriedades a 15 e a 20 anos com pomares recuperados ou comoutros que plantamos de novo e

atualmente a frusoal já é o maior produtor de citrinos”, evidencia. Em portugal a frusoal escoa os seus produtos para as grandes cadeias de supermercados: sONAE, jerónimo Martins, Makro, Dia/ Minipreço e supermercados Intermaché na região. A frusoal está também presente no mercado externo, exportando aproximadamente 25 por cento da sua produção para mercados como a polónia, Espanha, frança, ucrânia, Dinamarca, Inglaterra. “Neste momento estamos em negociações com uma cadeia de distribuição russa”, avança. gap na sua produção de citrinos. Numa região que sofre de uma forma acentuada um importante papel social na região, empregando 110 funcionários, aos quais se juntam os postos de trabalho indiretos das empresas de colheita de fruta e que totalizam os 80 e os 120 em função da época do ano. Constrangimentos do setor um dos grandes constrangimentos desta área de atividade prende-se com a logística que obriga a uma capacidade de resposta com tem-

pos rígidos de entrega e gestão de stocks. “temos que reagir à necessidade do nosso cliente e laborar em função disso”, salienta pedro Madeira. Neste ponto, pedro Madeira denota os constrangimentos causados pelas atuais leis laborais em vigor. “Em portugal a lei determina uma carga lume de encomendas. No nosso entender deveria antes existir um bloco de horas mensais, onde estariam asseguradas as mesmas regalias aos trabalhadores. por exemplo, em Espanha o zado em função do volume de trabalho. As encomendas no setor agrícola são feitas ao dia, e este sistema laboral leva a que por vezes não tenhamos capacidade de resposta ao nível dos recursos humanos, correndo-se muitas vezes o risco de perdermos encomendas. Esta situação limita claramente a capacidade de resposta da nossa atividade pelas leis laborais em vigor. Era vidade agrícola o que iria inclusive permitir ter mais trabalhadores porque haveria mais produção”, defende.

A

ntónio bastos foi o fundador d’A tremoceira, uma rede de lojas que se dedicava ao comércio de sementes, plantas decorativas, produtos para a agricultura, alimentos e diversos produtos para animais de companhia, rações para animais de abate, frutos secos, aperitivos, azeitonas, tremoços, entre outros. E é precisamente aqui que surge a ideia de criar uma pequena unidade fabril que se dedicasse à torrefação de amendoim, pevide, caju e pistacho e ao tratamento de azeitona de mesa e tremoço. A ideia desta pequena unidade da charneca da caparica era simples, dar ao cliente os produtos mais frescos e de maior qualidade do mercado. O sucesso foi de tal ordem que, na altura, era normal vender o amendoim e o caju em cartuchos de papel porque os clientes queriam este produto ainda quente e isso impossibilitava a embalagem de plástico. Inicialmente, a unidade de produção apenas trabalhava para a rede de lojas A tremoceira, na cova da piedade, feijó, barreiro e penalva, mas anos mais tarde

começou a ser procurada por alguns revendedores que procuravam a azeitona e tremoço para vender porta a porta. À medida que o negócio foi crescendo, A tremoceira foi-se expandindo e em 1988 inicia o processo de exportação para os Estados unidos da América, canadá, suiça e hoje a empresa está presente em 21 países com as marcas tremoceira, riqueza da beira e Duolival. se é verdade que a empresa cresceu, não menos verdade é que tudo se deve à qualidade impar, ao paladar dos produtos e à seleção da matéria-prima preferencialmente de origem portuguesa. quando o consumidor sente o paladar distinto, sente também a pureza do solo onde estão plantadas as oliveiras e isso confere ao nosso produto uma qualidade ímpar e é comum que apenas comprem tremoços ou azeitonas da marca tremoceira porque sabem que estão a comer qualidade. tendo em conta a atual conjuntura, A tremoceira exporta mensalmente cerca de 50 a 70 por cento da sua produção para mercados europeus, palop,

Américas, Austrália, áfrica do sul, Dubai, entre outros. Além disso, a empresa tem vindo a apostar em produtos de valor acrescentado, com novos sabores, exemplo disso são os produtos de topo, os «tremoceira gourmet», compostos por azeitona verde com limão fresco e malagueta fresca, azeitona preta com louro e malagueta ou o tremoço com malagueta fresca. Essencial é que esta empresa não indo de encontro às necessidades dos clientes. Desde a embalagem ao rótulo, o intuito desta empresa é estar constantemente em contacto com os consumidores para que sejam estes a relatar aquilo que gostariam de ver mudado ou mantido. só assim conseguem dar uma resposta real a todas as necessidades. Desde 1988 que a tremoceira é uma empresa exportadora e tem tido um crescimento sustentável e consolidado e é com algum pesar que os responsáveis por esta empresa observam o panorama nacional, com muitas empresas de renome a serem

obrigadas a fechar as portas. com um volume de negócios de cerca de 2,5 milhões de euros anuais, a empresa aposta na qualidade, acima de tudo. Desta forma, todos os produtos alimentares produzidos e transformados pela empresa são fabricados no sentido da plena satisfação dos consumidores e por forma a terem um comportamento constante. para tal, é necessário ter uma cuidada escolha das matérias-primas, dos materiais de embalagem e dos processos de fabrico e implementação de um sistema de segurança Alimentar

controlo, em todas as fases envolvidas na transformação de tremoços e Azeitonas, entre outros, desde a recepção de matérias-primas até à colocação dos produtos nos canais comerciais adequados. desta marca ícone de portugal? é fácil, azeitona de mesa, tremoços, pickles, massas e temperos. A tremoceira: Experimente, não se vai arrepender. Maio 2013

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Marcas e Produtos Ícones de Portugal

Marcas e Produtos Ícones de Portugal

Um ícone mundial NAscIDA DA VIsÃO DE uM MéDIcO DENtIstA, A pASTA COUTO cOMEÇOu A sEr prOjEtADA EM 1932. cONtANDO cOM O ApOIO DE uM fArMAcêutIcO, A pAstA MEDIcINAl fOI pIONEIrA A crIAr hábItOs DE hIgIENE - OrAl NA gENErAlIDADE DA pOpulAÇÃO.

A

génese da empresa com sede no largo s. Domingos, no porto, remonta a 1918 com o nome flôres e couto. A sociedade manteve-se até 1931, altura em que a administração passou a ser da responsabilidade exclusiva de Alberto ferreira e couto e a empresa passou a se chamar couto, lda.. A empresa laborou sem qualquer problema desde essa altura e o falecimento do fundador em nada alterou o futuro da couto, lda que passou a ser administrada por um seu sobrinho, Alberto Dionísio ribeiro gomes da silva. O ano de 1996 estava quase a terminar quando a couto, lda se transformou numa sociedade anónima sob o título de couto, sA. Este passo veio trazer uma nova dinâmica à empresa e as pequenas e

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desatualizadas instalações da empresa no porto foram trocadas por uma unidade mais atual, em 2004, para o complexo industrial da utic em Vila Nova de gaia. Estas instalações trouxeram um laboratório mais moderno, uma produção semiautomática e qualidade/controle dos produtos mais exigente. é aqui também que a couto, sA se abre a novos produtos e começa também a desenvolver produtos para terceiros.

“pAlAVrAs pArA quê?! é uM ArtIstA pOrtuguês E só usA pAstA MEDIcINAl cOutO”

quem é que nunca ouviu falar na pasta Medicinal couto? A pasta Medicinal couto contribuiu decisivamente para a mudança dos hábitos de higiene oral dos portugueses e foi igualmente pioneira ao apostar – há várias décadas atrás – numa atividade «chamada» publicidade, setor que, nos dias que correm, é indispensável à promoção e visibilidade de uma empresa. Desde os spots para televisão, aos outdoors e cartazes alusivos ao produto, a pasta Medicinal couto marcou a sociedade portuguesa do século xx. Era a pasta que andava na boca de toda a gente. A imagem publicitária de um homem a fazer andar à roda uma cadeira presa pelos seus dentes – só pos-

com intuito de reduzir os casos de infeção gengival e limitar o fenómeno crescente de retração das gengivas, Alberto ferreira couto decidiu, com ajuda de um amigo farmacêutico, desenvolver um produto especial. A primeira fórmula foi registada no porto em 1932 e desde então que a pasta Medicinal coutou começou a fazer parte do dia-a-dia dos portugueses. 81 anos depois, a pasta Medicinal couto é ainda sinónimo de qualidade e de referência e ainda hoje é produzida de forma semi artesanal e sem recurso a ingredientes de origem animal. O design manteve-se e a imagem retro associada a esta marca é ainda reconhecida. por imposição comunitária, a palavra medicinal foi deixada cair e hoje o produto é comercializado como pasta Dentífrica couto. Maio 2013

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Marcas e Produtos Ícones de Portugal

Server do vouga promove Feira do Mirtilo

Casa Fundevila

A fEIrA DO MIrtIlO VAI DEcOrrEr EM SEvER DO vOUgA NOS DIAS 27, 28, 29 . O EVENtO, quE é já uMA rEfErêNcIA NAcIONAl NA prOMOÇÃO DEstE pEquENO frutO, EspErA AcOlhEr 50 MIl VIsItANtEs

sOutElO – VIlA VErDE

A

VI feira do Mirtilo vai decorrer em sever do Vouga nos próximos dias 27, 28, 29 e 30 de junho, numa organização conjunta da AgIM – Associação para a gestão, Inovação e Modernização do centro urbano de sever do Vouga e do Município de sever do Vouga. A capital do Mirtilo preparou, nesta edição, uma alargada área técnica no recinto da feira, onde estarão instalados vários expositores. trata-se de um espaço dedicado a todos quantos estejam diretamente ligados à produção e comercializa-

recentes novidades acerca deste fruto. Esta novidade introduzida este ano traduz a forte aposta da AgIM na inovação e no conhecimento da cultura e comercialização do mirtilo, ainda mais vincada na realização do I congresso Nacional do Mirtilo, a decorrer nos dias 28 e 29. para os visitantes em geral, as atividades profrequentadas em família. Entre elas, contam-se os percursos pedestres com visitas a plantações, as já referidas ações de apanha do mirtilo em pomares, visitas técnicas a plantações, workshops de culinária com acompanhamento de nutricionistas, animação para crianças, passeio no “Vouguinha” com passagem por plantações e animação musical. há ainda a oportunidade de degustar diversas iguarias confecionadas com mirtilo, tais como a bola de berlim, o pastel de nata, a sopa, o pão e a broa, o gelado, chocolates, crepes, pratos principais e diversos cocktails e champanhada de mirtilo. Os visitantes podem ainda visitar o espaço mirtilo e conhecer todos os expositores do certame desde os de natureza mais técnica aos expositores de artesanato e ofícios. A cultura do mirtilo foi introduzida em portugal há cerca de 20 anos na região de sever do Vouga.

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Os benefícios do mirtilo na saúde O mirtilo é uma das maiores fontes de antioxidantes que temos ao nosso dispor, com a vantagem de nos ser apresentado nosso organismo está habituado, e não em “mega-doses” como existem em muitos suplementos. com um potencial antioxidante superior ao da maioria dos frutos e legumes mas também do vinho tinto e do chá verde, o mirtilo tem sido associado à prevenção de patologias como a hipertensão, diabetes tipo II, doenças cardiovasculares e vários tipos de cancro. também na diminuição do declínio cognitivo associado ao envelhecimento e na diminuição dos danos cerebrais em vítimas de AVc o mirtilo tem efeitos positivos e comprovapedro Carvalho, Assistente convidado na faculdade de ciências da Nutrição e Alimentação da universidade do porto

D

num ambiente natural de rara beleza e tranquilidade na casa fundevila, em soutelo, junto das belas margens de uma irmandade eterna entre o cávado e o homem, dois rios de águas calmas que se cruzam junto à propriedade. pois, desde logo, será recebido com a toda delicadeza e hospitalidade que o transportará para a envolvência da tradição e romantismo de uma casa que passou carinhosamente de geração em geração. A sua receção será, de facto, presenteada com um porto de honra e uns deliciosos biscoitos de um sabor rico de um saber transmitido ao longo dos tempos. De seguida, aprecie, os recantos poéticos dos jardins da casa fundevila, vigiados por um imponente castanheiro-da-índia e suavizados pelos ramos cadentes de um pinheiro chorão e partilhe momentos de pura felicidade e frescura na piscina embelezada por umas lindas e virtuosas rosas que dão cor aos seus momentos de lazer e quietude... apreciar a oferta de um bar generoso, usufruir do espaço Internet ou partilhar alguns jogos de

tabuleiro ou poderá ainda recolher-se numa leitura apaixonante de histórias sempre renovadas na biblioteca da casa fundevila. radioso das varandas e terraços que abraçam esta casa centenária num verdadeiro enlace arquitetónico. A casa fundevila é verdadeiramente uma casa dotada de um charme encantador perpetuado e constantemente atualizado para melhor responder às expectativas dos seus hóspedes, em mobilidade motora, na medida em que se encontra adaptada para responder às necessidade especiais de quem a visita, disponibilizando uma suite acolhedora e de fácil acesso. chegada a hora de jantar, será presenteado por dicionais copiosamente acompanhados por vinhos sabiamente escolhidos, em especial por vinhos verdes da região e da própria casa fundevila. Deixe, então, despertar os seus sentidos num ambiente de puro requinte. poderá de seguida dar um passeio pela propriedade ou usufruir uma vez mais do bar sempre convidativo até que se recolha nos braços de Morfeu, numa das maravilhosas dez suites que a casa fundevila tem para lhe oferecer! Na manhã, seguinte, deixa-se acordar pelo chilrear dos passarinhos que residem neste paraíso à beira rios criado e levante o olhar para a frescura de um belo dia que se revela auspicioso em emoções. Delicie-se, então, com o pequeno almoço servido com todo o cuidado num ambiente de suave acor-

dar e prepara-se para uma manhã de descoberta. usufrua do património natural que a casa da fundevila lhe proporciona e não resista em dar um lindo passeio matinal pelos 9 mil metros quadrados da propriedade. E, se apreciar o contacto com a natureza e a agronomia, deixe-se tentar e produza a sua própria horta. pois, a casa fundevila oferece-lhe a irresistível sensação de criar o seu cantinho da horta que poderá cuidar sempre que o desejar. Mas, se preferir ir à descoberta do património histórico, religioso ou natural da região, não hesite em visitar a linda bracara Augusta, a eterna roma portuguesa, o maior centro de estudos religiosos de península Ibérica e por isso apelidada de cidade dos arcebispos. Mas, também poderá visitar a vila mais antiga de portugal, a bela ponte de lima que eternamente se enamorou pelo vigoroso rio lima e que o conduz até à cidade de Viana do castelo, a princesa do Alto Minho, banhada pelo verde do oceano e o azul de um céu generosamente solharengo. E, ainda se preferir, poderá deleitar-se na tranquilidade das termas das caldas ou percorrer os trilhos naturais do gerês. A casa fundevila oferece-lhe ainda a possibilidade de praticar vários desportos, em especial, desportos náuticos como a canoagem, na medida em que a propriedade é banhada pelas águas que foram selecionadas para albergarem, neste ano, a prova rainha da canoagem, o campeonato da Europa de Maratonas. Na realidade razões não faltam para se entregar ao romantismo, luxo e requinte que a casa fundevila tem para lhe oferecer…

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Jovens empresários

Marcas e Produtos Ícones de Portugal

Um exemplo de Do Queijo se conta a história... empreendedorismo jovem cONstItuíDA EM 1985, A lActO sErrA cOMEÇOu A suA prODuÇÃO NO ANO DE 1990. cOM uMA lONgA trADIÇÃO NA cONfEcÇÃO DE quEIjOs E VárIOs INVEstIMENtOs tANtO NOs EquIpAMENtOs cOMO NA quAlIDADE DOs sEus prODutOs, A EMprEsA DE AguIAr DA bEIrA, DIstrItO DA guArDA, rEgIstOu EM 2012 uM crEscIMENtO A rONDAr Os DEz pOr cENtO.

F

oi fundada com três sócios em 1985. hoje,

na lacto serra, empresa de produção de queijos de Aguiar da beira. Na viragem do século, o administrador achou por bem inovar os seus equipamentos com a mais recente tecnologia adaptada a este produto tradicional. só em máquinas, foram investidos cerca de três milhões de euros. Entre 2009 e 2013, deu-se uma segunda fase nos investimentos feitos na lacto serra: a fábrica cresceu em área, com um aumento de mil metros quadrados (hoje contam-se quatro mil metros quadrados de área coberta e cinco mil metros quadrados dentro de portas), numa obra a rondar os cinco milhões de euros. Estes upgrades foram submetidos a duas candidaturas ao prODEr, que apoiou a segunda obra em 30 por cento. sempre sustentados, estes investimentos deram frutos ao longo do ano, e em 2012, a contraciclo, o volume de faturação da lacto serra cresceu na ordem dos dez por cento. Este foi um dos fatores, acredita sebastião gomes, que levou a lacto serra a receber a denominação de pME Excelência 2012. No primeiro mês deste ano, a produção de queijos continua em crescimento, a rondar os 5 a 6 por cento, em relação a janeiro do ano passado. O administrador aponta três pontos onde foi necessário acompanhar o avanço das tecnologias e da inovação no setor agro-alimentar: no próprio produto e seu fabrico, na sua qualidade e na higiene. “Implementamos o hAccp, para a segurança alimentar em 2002. fomos das primeiras empresa mantém nos quadros uma engenheira química que avalia a qualidade dos produtos. “temos um laboratório próprio que analisa não só tam estas instalações para dar um apoio técnico aos agricultores, ao nível da análise bacteriana dos animais e, consequentemente, do leite.

produtores do centro de portugal A matéria-prima, o leite, que entra nas instalações da lacto serra provém de várias regiões do centro do nosso país, das quais, no distrito da guarda, Almeida, figueira de castelo rodrigo e Viseu -Vila Nova de paiva e sátão. Mais para o litoral, a lacto serra faz colheitas em Estarreja, Aveiro. pontualmente, ainda recebe leite de terras de trás-os-Montes, numa produção na ordem dos 20 mil litros. “são pequenos agricultores”, caracteriza sebastião gomes, “por estarmos numa região do interior, mais seca, temos menos terrenos para as pastagens”. No fundo, o diretor acredita que dá um grande apoio social a estes agricultores, que,

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Sérgio Sousa

Liliana Azevedo

Equipa do Talho do Povo de Baguim do Monte

Os queijos da lacto Serra Desde o momento da colheita do leite até à confeção do queijo, todo o produto anda em circuito fechado, ninguém interfere no tratamento nem no procedimento. Este é um dos segredos da lacto serra. Fonte Mourisca Aquando o início da atividade da empresa, os queijos da lacto serra eram conhecidos sob esta marca, queijos de vaca, amanteigados, que as pessoas mais antigas conheciam pelo rótulo que tem o mapa de portugal. Mais tarde, em 1997, foram criados os queios meio-gordos, da mesma marca, e representam hoje entre 50 a 60 por cento das vendas do grupo. Nesta marca ainda se enmuitos deles, têm apenas este rendimento para sobreviver. com 28 funcionários diretos, a empresa recolher o leite a certos pontos do país, mas “entra aqui a nossa função social. Não podemos abandonar estas pessoas. sem esta fonte de rendimento, estes agricultores desaparecem e, aos poucos, este produto tão característico que é o queijo também deixa de ter matéria-prima”, concluíndo que “a agricultura está a fazer muita falta ao país”. pela responsabilidade ambiental, a lacto serra optou por retirar os soros da central da empresa. construiram igualmente uma EtAr, num investimento que ultrapassou o milhão de euros. “é um investimento sustentado, hoje o ambiente faz parte das nossas principais preocupações, é parte integrante da qualidade desta empresa”, admite sebastião gomes, numa clara interligação entre consumidor, qualidade e ambiente. com um volume de produção na ordem das 80 toneladas por mês, a lacto serra já está presente

em frança, luxemburgo, suíça e Inglaterra. O próximo passo é a América latina, com o brasil à cabeça. Embora com alguns entraves desta nação, como o registo de todos os produtos no brasil, sebastião gomes confessa que já começou a fazer os primeiros contactos de possíveis clientes. “tem de ser um passo de cada vez. As exportações de ra para o transporte a frio, de avião. sem esquecer que cada país tem os seus impostos e, no brasil, passam os 20 por cento para os produtos importados”, relembra ainda. porém, e a contraciclo, a lacto serra tem condições para crescer e aumentar a sua produção. Aliás, sebastião gomes tem em mão um novo projeto: uma queijaria para queijos de ovelha e cabra, para a produção de queijo da serra. “Vamos arrancar com a construção das instalações em abril. Espeassim, um novo ciclo de produtos de qualidade e de sucesso para a lacto serra.

especialidade de queijo curado apimentado. Fonte Amial um queijo de maturação mais prolongada, caracterizado por um paladar mais intenso, numa mistura de leite de vaca e cabra. D. Sebastião foi lançado há cerca de quatro anos. é um queijo de mistura de vaca e ovelha, com uma aceitação muito boa no mercado. com um paladar muito próximo dos queijos de ovelha, esta pasta semi-mole não é tão agressiva. Cinco Estrelas como queijo curado amanteigado, apimentado ou meio-gordo, este queijo é uma mistura de vaca e cabra para um paladar mais intenso, que lhe confere caracterísEstes queijos encontram-se de norte a sul do país, maioritariamente em lojas de mercado tradicional. Nas grandes superfícies, Intermarché – Makro e outros cashs dispõe das marcas fonte Mourisca e D. sebastião.

Equipa do Talho do Povo de Gondomar

O

primeiro talho do povo surgiu em baguim do Monte em 2010, no ano seguinte seguiu-se a abertura de uma loja gondomar e mais recentemente, no início deste ano, abriu outro talho em são Mamede Infesta. sérgio sousa é o rosto que lidera este grupo empresarial, um jovem empresário que arriscou apostar em tempos de crise e que em apenas três anos de atividade conseguiu tornar o talho do povo um líder na sua área da atividade nesta localidade. “tem sido difícil investir em tempos de crise, ainda mais se tivermos em conta que não tive qualquer tipo de apoio aquando da criação da empresa. tentei conseguir um apoio por ser pME, mas era necessário ter quatro anos de atividade”, ressalta.

Equipa do Talho do Povo de São Mamede Infesta

Ainda assim, a atividade dos três talhos tem sido pautada por um crescimento contínuo e sustentado. “No ano passado tivemos 3 milhões de faturação”, atesta. feitas com base na aposta na qualidade dos produtos, comprando diretamente à produção para garantir uma boa relação qualidade-preço. Os gondomar passam todos os dias cerca de 500 a 600 clientes ”, salienta. “Nos nossos talhos o cliente terá todos os dias ao seu dispor carne fresca cem por cento nacional, para além de uma vasta variedade de congelados, muita variedade de todo tipo peixe,

mariscos, legumes, condimentos e bebidas”, garante. Ao todo, são 15 funcionários que se distribuem pelas três lojas. sérgio sousa explica que tem apostado na formação dos trabalhadores, procurando simultaneamente criar uma equipa de trabalho estável, que sinta a empresa como sua e que prime por servir bem cada cliente. Ao longo destes anos os investimentos têm sido feitos de forma gradual e assertiva, apostando sempre nos melhores equipamentos de forma a assegurar a melhor qualidade dos produtos e do serviço prestado. “Estamos sempre a mudar e a inovar”, garante. Exemplo disso é o serviço de entrega ao domicílio. para o futuro está perspetivada a abertura de mais um talho do povo na zona do grande porto.

Muitas são as promoções que o Talho do povo prepara para os seus clientes ao longo do ano. quem por aqui passar no Dia Mundial da criança pode contar com muita animação para os mais novos e promoções especiais. No dia 21 de junho, antecedendo a festa de são joão, existirão muitas surpresas e produtos a preço de custo, um evento que contará com a presença de uma equipa de reportagem do programa país positivo transmitido na rtV. A responsabilidade social assume-se como outra das preocupações da empresa. um evento que contou com a presença de guim até gondomar, oferecendo mais de três mil prendas”, recorda. “é uma forma que encontramos de agradecer aos nossos clientes a sua preferência. quem passa por qualquer uma das lojas do talho do povo encontra sempre qualidade, simpatia e bom preço”, diz sérgio sousa.

rua Dão Antonio castro Meireles ,nº 1265 4435-666 baguim do Monte tlf 22 013 92 19 rua 25 Abril, nº 150 4420-355 gondomar tlf 22 491 85 13 rua da Arroteia ,nº451 4451-027 são Mamede Infesta

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Bacalhau da Noruega

Bacalhau da Noruega

Mercado português representa um terço do bacalhau exportado pela Noruega ENtrEVIstA A chrIstIAN NOrDAhl, rEprEsENtANtE EM pOrtugAl DO NOrWEgIAN sEAfOOD cOuNcIl.

p

Christian Nordahl, Representante em Portugal do Norwegian Seafood Council

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ode nos fazer uma breve apresentação da Norge, salientando alguns marcos históricos? A Norge – conselho Norueguês da pesca – não é uma marca comercial, é a organização representante dos exportadores de peixe da Noruega. Existe desde 1991, agregando numa só organização todas as associações de exportadores existentes até então. O principal objetivo é promover o consumo dos melhores produtos do Mar da Noruega. Daí a Norge promover a divulgação dos peixes da Noruega, apoiar os operadores envolvidos no comércio de bacalhau, de salmão, e de outros peixes com importação ocasional pelo mercado português. como a Norge não é uma empresa comercial e sim a associação dos exportadores de peixe noruegueses, o seu papel é essencialmente o de promover a denominação de origem através das mais variadas formas.

Desde aí a preferência expressa pelo bacalhau da Noruega aumentou, sendo hoje de 70 por cento do consumo em portugal de bacalhau da Noruega. De tal modo que o mercado português representa um terço do bacalhau exportado pela Noruega. O consumo de salmão em portugal triplicou desde essa data.

Qual é o balanço que faz do ano de 2012? Em termos de balanço posso dizer que os portugueses em 2012 continuaram a ter uma preferência forte pelos principais peixes com origem na Noruega, neste caso o bacalhau e o salmão. Mas para se ter uma noção mais forte do que tem sido esta evolução, tenho de recuar até ao ano 2000, quando abriu a delegação da Norge em lisboa.

para portugal, a larga maioria do bacalhau é vendido seco. Como se dá, em particular, este processo de secagem? O processo de secagem do bacalhau praticado na Noruega é o mesmo que se pratica em portugal. O bacalhau é colocado em estufas de ar frio e aí

Qual é o processo produtivo, desde a pesca até à comercialização do bacalhau? O bacalhau que se destina ao mercado português, após ser pescado, é imediatamente entregue nas fábricas de processamento existentes ao longo de toda a costa norueguesa. Aí é limpo e salgameses. tanto pode ser exportado para portugal apenas com sal, para ser seco pelos industriais portugueses, como pode ser seco na Noruega e exportado já em produto acabado pronto a ser

secagem exigido pela lei.

A Norge defende uma prática sustentável na exploração dos mares. pode nos explicar como é posta em prática esta política social? A Norge entende (tal como o Estado norueguês) que só uma prática sustentável de exploração dos recursos marinhos de interesse comercial para o homem, pode garantir que o ecossistema subaquático mantenha um equilíbrio e não entre em colapso. Os erros praticados no passado alertaram-nos para a forma como devíamos lidar com os nossos recursos. como sabemos que o mar não tem fronteiras, o Estado norueguês desenvolveu um intenso esforço diplomático ao longo de anos para conseguir convencer os nossos vizinhos e países terceiros que as quotas de pesca têm de ser racionais. Aqui saliento o papel de portugal que em 2006 foi o primeiro país a apoiar a proposta norueguesa para se fecharem os portos proveniente de pesca ilegal. conseguimos esse objetivo. hoje a quota de pesca de bacalhau é respeitada pelos países que operam no Mar da Noruega e no Mar de barents. E há que salientar que no ano passado não foi detetada nenhuma embarcação na prática de pesca ilegal na zona vigiada pela nossa guarda costeira, que monitoriza muito para além das nossas águas territoriais. E os restantes países europeus já aderiram à proibição de entrada no espaço da uE de peixe que

todos perceberam que sem a sustentabilidade dos recursos não haveria sustentabilidade dos negócios. E se é certo que a ciência aponta para alterações climáticas severas nas próximas décadas, a exploração sustentável dos recursos pesqueiros só irá acautelar esses tempos incertos que se aproximam.

bilidade de poder utilizar, de forma legal, um aditivo conservante para os bacalhaus em salga tar a durabilidade do peixe na banca que, por estar em situação de humidade, tem uma oxidação maior do que um peixe seco. Ou seja, é um retentor da humidade natural do peixe. como lhe disse essa hipótese está em estudo, tendo -

O bacalhau é característico da gastronomia portuguesa, mas não só. Quais os vossos principais mercados? Exportamos bacalhau para muitos países. Em quase toda a Europa do Norte e central bem como nos EuA, consome-se preferencialmente bacalhau fresco. Em portugal, na jamaica, no México, na Venezuela e no brasil consome-se bacalhau salgado e seco. Em Espanha e na grécia a preferência vai para o bacalhau apenas salgado

(conhecidos como polifosfatos) são utilizados em muitos enchidos, em produtos lácteos. A sua senta uma característica diferente daquela que se utiliza noutros produtos. No bacalhau este aditivo é eliminado aquando da demolha, coisa que não acontece com os produtos lácteos ou

exportamos também outros peixes salgados e secos da família do bacalhau, como o escamudo ou o lingue.

transformação que esse tipo de bacalhau não virá para o território português. como expliquei atrás, a possível utilização de conservantes será

A União Europeia está a preparar novas normas para o processo de salga do bacalhau. No que consiste? tal como disse atrás, está em estudo a possi-

bacalhau consome-se salgado e seco. como tal não teria lógica utilizar um retentor de humidade num produto que vai ser seco. Isso só iria retardar o processo, tornando-o mais oneroso.

Qual a posição da Norge face a esta situação?

para além disso, ao manter a humidade no peixe, este manteria a sua cor branca original e depois do processo de secagem. O que muda no processo de rotulagem? uma vez que o bacalhau que é exportado diretamente da Noruega para portugal já pronto fosfatos, essa informação pode ser adicionada nas etiquetas que o bacalhau passou a exibir. E só no bacalhau que é integralmente processado na Noruega nós poderemos garantir essa

para concluir, quais as perspetivas do Bacalhau da Noruega para os próximos anos? Acreditamos que os portugueses vão continuar a consumir bacalhau da Noruega. como se costuma dizer, o bacalhau é da Noruega, mas a tradição é portuguesa. E neste ano de 2013, em que é visível uma contenção no consumo, estão a comprar mais bacalhau, havendo já um crescimento de três por cento no consumo em nos sabores tradicionais, e o bacalhau é um dos peixes que os portugueses sabem apreciar de

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IndústrIa MIneIra

IndústrIa MIneIra

MAxAM - Damos forma ao mundo em que vivemos EM ENtrEVIstA AO pAís pOsItIVO, fIlIpE tAVArEs DE MElO, DIrEtOr cOMErcIAl DA MAxAMpOr, s.A., fAlA sObrE A EMprEsA quE rEprEsENtA E Dá uMA pANOrâMIcA DO sEtOr EM quE AtuA.

C

ontextualize, brevemente a Maxam, quer em termos históricos, quer em termos de visão e objetivos. A MAxAMpOr teve como sua origem a spEl - sociedade portuguesa de Explosivos, constituída em Outubro de 1928. é uma empresa integrada no grupo MAxAM - líder europeu do setor e segundo a nível mundial.

a atuação da empresa neste setor? A MAxAM portugal dedica-se em exclusivo ao fabrico e comercialização de explosivos e sistemas de iniciação. Os setores em que operamos são:

todo o mundo e com os seus clientes, projeta e desenvolve produtos e soluções avançadas a nível de rendimento, segurança e operacionalidade. por exemplo, para potenciar novas ideias e soluções, o grupo MAxAM promove anualmente e a nível interno, o prémio santa bárbara de Inovação, que pretende reconhecer as melhores ideias submetidas e promover a sua concretização prática. Qual o papel da qualidade e sustentabilidade no seio da Maxam? de acordo com a norma OhsAs 18001 para a

Moxy Events A MOxy EVENts é uMA jOVEM EMprEsA quE AtuA NOs DIfErENtEs âMbItOs DE EVENtOs E quE AssuME A rEspONsAbIlIDADE DE cONcEbEr, gErIr E OrgANIzAr tODAs As EtApAs.

Q

Qual a importância da presença da Maxam em feiras e eventos internacionais? A nossa presença em feiras, workshops e eventos relacionados com o mercado dos explosivos

ual a visão, missão e objetivos da empresa? A Moxy é a concretização de um conjunto de valores nos quais acreditamos e é a partir deles que damos expressão aos momentos idealizados, quer por nós, quer pelos nossos clientes. qualquer empresa tem como propósito ter clientes

próximos dos mercados e clientes, dando a conhecer toda a nossa gama de produtos e equipamentos. As fábricas do grupo MAxAM produzem todo o tipo de explosivos e sistemas de iniciação existentes. A nossa ação global, permite estar próximo quando o cliente necessita. logo, aproveitamos eventos deste tipo para desenvolver e alargar esses contactos, fazendo sentir a nossa presença.

atingir o mesmo objetivo. Da mesma forma, trabalhamos para nossa autossatisfação. há todo um conjunto de sensações associadas ao nosso trabalho que nos conduzem, simultaneamente, e por ordem cronológica, a uma enorme ansiedade a uma

IsO 9001:2008 para a qualidade. como empresa com uma presença pró ativa e muito próxima de cada cliente.

Filipe Tavares de Melo

“A MAxAM cONtINuArá A suA ApOstA NAs ATIvIDADES MINEIRAS, cIENtE quE A curtO E MéDIO prAzO sErá uMA AtIVIDADE EM frANcO DEsENVOlVIMENtO EM pOrtugAl...”

Quando se fala em indústria Mineira, qual o papel desempenhado pela Maxam? com o lançamento por parte do nosso governo da Estratégia Nacional para os recursos geológicos, a MAxAM reforça a sua aposta neste setor. possuímos produtos, tecnologicamente inovadores e de elevado grau de segurança, e know-how adequado para o acompanhamento e participação de qualquer projeto mineiro. Além disso, promovemos o desenvolvimento de novos produtos e soluções que se enquadrem neste setor neste setor, participando na exploração das mais diversas minas em todo o mundo, desde o ouro até ao carvão e desde a exploração a céu aberto até à exploração de interior. A tecnologia de ponta é um apanágio da empresa. De que forma garantem estar sempre na linha da frente? O grupo MAxAM possui Departamentos de I+D, Engenharia de processos e Estudo técnico de Aplicações que conjuntamente com as subsidiárias por

todos os aspetos relacionados com a prevenção e segurança. A MAxAM, aplica em portugal um conjunto de políticas corporativas baseadas em princípios de sustentabilidade a médio e longo prazo, com os mais exigentes “standards” de qualidade e de segurança para pessoas e bens, e políticas Ambientais respeitadoras do meio ambiente que nos rodeia. crescer fazendo crescer!

“A MAxAMpOR tEVE cOMO suA OrIgEM A spEl - sOcIEDADE pOrtuguEsA DE ExplOsIVOs, cONstItuíDA EM OutubrO DE 1928. é uMA EMprEsA INtEgrADA NO grupO MAxAM - líDEr EurOpEu DO sEtOr E sEguNDO A NíVEl MuNDIAl.”

E já que se fala em eventos, a empresa marcará presença I Feira Ibérica da Industria Mineira. Quais as expectativas e de que forma considera que esta primeira feira marcará o início de uma nova era para a Indústria Mineira? queremos fazer parte de qualquer acontecimento que promova e divulgue a estratégia torna-

contagiantes. Moxy é uma forma de ser e estar! traduzindo, é ser arrojado, corajoso e irreverente!

feiras, conferências ou workshops. Esta iniciativa servirá para potenciar e desenvolver contactos que permitam acompanhar de perto a evolução de cada projeto mineiro.

Quais os principais serviços que disponibilizam e qual o posicionamento da Moxy Events no mercado? Estamos disponíveis para abraçar diferentes projetos. Desde cedo optámos por não existir especialização. Mas isso não é premissa para não sermos especialistas. A questão é que não somos especialistas num serviço mas na forma de o realizar. seja porque tornámos o dia de alguém memorável ou porque ajudámos a melhorar o negócio de uma organização. Qual a importância da I Feira Ibérica da Industria Mineira em Aljustrel e como descreveria este evento? Na verdade, para a Moxy criar oportunidades é surgiu a fIIM’13. No momento em que o convite para organizar o evento nos foi dirigido, tivemos a crença de que este seria um certame com imensas vantagens. cer um setor que tem forte impacto no pIb, quer em portugal quer em Espanha, mas essencialmente proporciona oportunidades de negócio. Destacamos o facto de termos conseguido reunir empresas nacionais e internacionais com enorme relevância mundial sendo, grande parte destas, líder mundial no setor mineiro e extrativo, lado a

Em termos futuros, quais os projetos e perspetivas para a Maxam? A MAxAM continuará a sua aposta nas atividades mineiras, ciente que a curto e médio prazo será uma atividade em franco desenvolvimento em portugal, contrariamente ao que acontece no continuar a assistir os nossos clientes com toda a capacidade que temos demonstrado e contribuir sempre para o seu desenvolvimento através da utilização dos nossos produtos, soluções, equipamentos e tecnologia.

Sara Góis, Moxy Events

www.casadasquintas.com Quintas das Quebradas Tel. +351 279 599 435 Tlm. +351 966 776 015 Email: info@casadasquintas.com

FIChA TéCNICA 36 [

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propriedade As - Agência, lda | Morada Apartado 000045 - EcE Vila Nova de gaia - 4431-901 V.N.gaia | Depósito legal 215441/04 | Editora Ana Mota publicidade Moura lopes | Email geral@as-agencia.pt | pvp 2€

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Cooperação pela Água

“O grande objetivo é colocar Santarém em patamares de excelência ao nível da rede de abastecimento de água e de saneamento.” ENtrEVIstA A RICARDO gONçAlvES, prEsIDENtE DO cONsElhO DE ADMINIstrAÇÃO DA águAs DE sANtAréM.

A

empresa águas de Santarém foi criada em 2008. Quais têm sido as premissas orientadoras da ação da empresa? Esta empresa foi criada com uma perspetiva clara de um investimento ao nível

O facto da água da torneira poder ser consumida é um garante de qualidade claramente. Nenhum munícipe de santarém põe

abastecimento de água e de saneamento básico no concelho de santarém. Mais em particular na área do saneamento, uma vez que a cobertura do território apresentava algumas lacunas nesta infraestrutura, e nesse sentido, têm sido feitos grandes investimentos, nomeadamente ao abrigo do pOVt, estando ainda a decorrer obras no concelho.

Foi avançada a notícia de que em 2013 as tarifas da água em Santarém não iriam sofrer aumentos. O que é que os munícipes podem esperar neste âmbito? todos sabemos que 2013 perspetiva-se como

Qual a realidade do concelho hoje em dia ao nível da infraestruturação? Atualmente estamos à volta dos 80 por cento da cobertura da rede de saneamento. Esperamos que por cento de cobertura de sanemanto. Ao nível do abastecimento de água estamos já nos 99,9 por cento de cobertura. Os nossos maiores investimentos têm sido feitos ao nível do saneamento. Em 2010 os investimentos rondaram os cerca de seis milhões de euros, no ano passado foram cerca de 14 milhões de euros e este ano serão 18 milhões de euros, tudo isto por via do pOVt. posso dizer que de conduta realizados no nosso concelho em 2011 e cerca de 60 a 70 quilómetros feitos no ano passado. por outro lado, tem sido feita também a renovação das redes de abstecimento. só no ano passado foram investidos cerca de dois milhões de euros em novos ramais. todo este investimento permite que atinjamos patamares de excelência, que são fruto do grande trabalho que tem sido feito pela águas de santarém e pelos seus técnicos que tiveram um para o concelho. Nesta procura pela excelência tem havido uma clara preocupação com a qualidade da água. O que é que tem sido feito a esse nível? posso dizer que os resultados laboratoriais garantem que a água da rede em santarém tem uma qualidade excelente. Desde logo, do ponto de vista do nosso subsolo conseguimos ter já qualidade. Além disso, a se nas análises laboratoriais de uma água de excelente qualidade que pode ser consumida por todas as pessoas.

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e indo de encontro às necessidades dos nossos munícipes, optamos por fazer uma racionalização de despesa para que possamos não ter que aumentar o preço da água. para a águas de santarém é primordial conseguir manter o o preço da água e garantir que os consumidores não tenham que despender de mais dinheiro para ter acesso a um bem essencial como a água. temos também dois apoios concretos ao nível das tarifas. por um lado, o apoio às famílias numerosas, aqui entendidas como um agredado com cinco ou mais pessoas. por outro, temos as tarifas sociais, destinado àqueles cujo rendimento anual do agregado é inferior a 14 salários mínimos. posso dizer que ultimamente têm chegado muitos pedidos desses e todos eles são diferidos. Neste momento o conselho de Administração das águas de santarém está também a estudar a possibilidade de tentar rever algumas das tarifas do saneamento. Na mesma lógica de mater inalterado o tarifário no ano de 2013, também foi decidido candidatar aos fundos comunitários os ramais de ligação ao saneamento dos projetos incluídos no pOVt, anuando o encargo até agora transferido para os clientes. Esta candidatura já foi aprovada, o que nos permite passar a efetuar as ligações dos ramais aos sistemas privados sem acréscimo de custo para os clientes, permitindo um ganho na Aos clientes que até à data têm vindo a solicitar a ligação com pagamento do respetivo valor na ordem dos 618 euros irão ser ressarcidos dessa importância e os que se encontravam a pagar em regime de prestações também serão reembolsados dos valores já pagos, sendo que ao momento todos os planos de pagamento de prestações de ligação de ramais de saneamento, neste âmbito, estão suspensas. 2013 é o Ano Internacional da Cooperação da água. A águas de Santarém têm feito, desde a sua criação, ações de sensibilização para um uso racional da água?

Ricardo Gonçalves, Presidente do Conselho de Administração da Águas de Santarém

sim,

temos

feito

diversas

campanhas

de

da água através de chamadas de atenção e de conselhos práticos de situações do quotidiano, por exemplo, na utilização da água na cozinha, casade banho, lavagem do carro, jardins, em questões de canalização, ou até mesmo sobre o processo que a água percorre até chegar à torneira. A água é um bem escasso que deve ser olhado numa perspetiva de sustentabilidade. Daí que se mantenha a aposta nestas ações de sensibilização junto de diversas faixas etárias da população. A águas de Santarém têm um novo Conselho de Administração. Que diretrizes orientarão a ação desta nova direção? haverá uma continuidade no processo de concretização da missão da águas de santarém. O nosso grande objetivo é colocar santarém em patamares de excelência ao nível da rede de abastecimento de água e de saneamento. Os resultados que alcançados são fruto de um grande esforço desta empresa e do trabalho dos anteriores conselhos de Administração e esta nova direção quer continuar esse trabalho de atingir um patamar de excelência não só ao nível

da cobertura da rede, mas também do serviço prestado e da sua sustentabilidade. Que novos projetos se perspetivam? Do ponto de vista das perdas de água, pretendemos no próximo ano uma redução que Estamos também em fase de implementação de um sistema sIg, que facilmente permitirá monitorizar estas situações. Estamos também num processo de substituição de contadores mecânicos por contadores digitais que oferecem a possibilidade de leituras imediatas sem necessidade de deslocação até casa do consumidor, para além de permitir aceder a um conjunto de informação passível de interpretação intervenção ao nível das perdas. temos 50 milhões de euros de obras que foram seu acompanhamento. há também que fazer o acompanhamento dos projetos que estão a decorrer. por exemplo, temos uma empreitada de 23 milhões de euros a decorrer, e um projeto ao abrigo do pOVt para a criação de sete sistemas de saneamento. temos obras de saneamento previstas até 2014. Maio 2013

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