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4.6 O Dom do Espírito Santo

conversão radical, uma modificação profunda da maneira de ver e do coração (Mt 4, 17). (EN 10)

Conversão é mudança total. É deixar para trás, abandonar tudo o que é incompatível com Deus e com seu plano de amor. É abandonar o pecado e suas obras, os ídolos e suas exigências; é voltar-se totalmente para Deus. Uma conversão autêntica tem por dever a mudança da mentalidade individualista por outra que vá no sentido da solidariedade, que faça com que o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, viva com e para os seus semelhantes.

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A conversão se dá num ciclo de três passos básicos: o reconhecimento do pecado, o arrependimento e a confissão dos pecados. Somente através da iluminação do Espírito Santo, o homem toma consciência do seu pecado. Não apenas traz em si um sentimento de culpa ou uma lista de pecados, mas busca voltar-se para Deus e recomeçar seu caminho. Caminho esse que começa com o arrependimento, a abominação do pecado, acrescidos de um firme propósito de não mais pecar. Romper com o pecado é o grande passo para uma vida de conversão. Após sentir a dor de ter pecado e arrepender-se de os ter cometido, o homem precisa confessar seus erros, renunciar a toda obra do Mal em sua vida, bem como a toda atitude moralmente má e que desvia seus passos do caminho reto que o Cristo traçou. Para que o reconhecimento do pecado e o arrependimento restaurem a união do homem com Deus e com o seu próximo, é necessário que o pecador, após confessar seus pecados e ser absolvido, repare seus prejuízos materiais e espirituais, ou seja, é necessária a restauração do homem total.

4.6 O Dom do Espírito Santo

Em sua humanidade, Jesus era pleno do Espírito Santo desde o primeiro momento da sua existência. Por ter sido concebido pelo poder do mesmo Espírito, Jesus se caracteriza como Filho de Deus e Messias. No momento do seu Batismo, quando o Espírito Santo vem sobre Ele, faz com que sua missão se torne pública, assumindo assim, perante os homens, seu messianismo. A Nova Aliança recebe caráter público. Jesus não recebe o Espírito Santo somente por força de sua investidura pública como Messias, mas O recebe também como dom pessoal que confere poder e autoridade em vista de sua obra messiânica. O Espírito Santo é derramado sobre Jesus porque Ele foi ungido para pregar a boa nova aos pobres (Lc 4, 18). Do mesmo modo que o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas na Criação (Gn 1, 1), Ele paira sobre Jesus, certificando e ungindo sua missão salvífica em meio aos homens.

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