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Assédio não - página

Marquinhos negou a existência de qualquer posicionamento político. Para ele, “ cada um tem sua opinião. Todos têm liberdade de se expressarem politicamente. Não vem ao caso nesse momento, ainda mais com a camisa da seleção brasileira ” e completou com: " se cada um quiser se expressar politicamente, que faça isso no momento em que estiver em sua casa, no seu momento pessoal" . A fala de Casemiro e a procura de apoio dos jogadores brasileiros para um possível boicote não condiz nem com o manifesto publicado, que critica a CONMEBOL, nem com a fala do zagueiro Marquinhos. Quando circulou a ideia de que os jogadores e o técnico Tite estariam dispostos a não jogarem a Copa América, baseadas em entrevistas de Tite e de Casemiro, o presidente, agora licenciado - afastado da presidência da CBF após denúncia por assédio moral e sexual , Rogério Caboclo, disse ao governo federal, de acordo com André Rizek, que a seleção teria um novo técnico. O nome cogitado por Caboclo era o de Renato Gaúcho, apoiador de Jair Bolsonaro. Tite, após as suspeitas de ser contra a Copa América, recebeu inúmeras ofensas dos eleitores do Presidente da República. Para o governo federal, a vitória do Brasil na presença do presidente da república seria favorável ao presidente J. Bolsonaro. Júlio de Oliveira e Celso Unzelte concordam que o fato de terem se manifestado, mesmo de maneira branda, já é algo positivo. O locutor acredita que pode ser o começo para que outras situações em que eles possam se manifestar aconteçam e que, para ter representatividade, a classe de jogadores precisa se unir mais. O comentarista da ESPN não viu muita coesão no movimento, que teve desfecho decepcionante, mas que, pelo menos, fez barulho. 1.20 Assédio não!

No dia 4 de junho, uma matéria publicada no GE pela jornalista Gabriela Moreira e pelo jornalista Martín Fernandes tornou pública uma denúncia de assédio sexual e moral por uma funcionária da CBF contra o presidente da entidade Rogério Caboclo. O Conselho de Ética da CBF optou por afastar Caboclo por, pelo menos, 30 dias. Os jogadores da seleção brasileira, mesmo insatisfeitos com o presidente por não terem sido avisados sobre a realização da Copa América no Brasil, não se pronunciaram sobre as acusações. Por outro lado, no dia 11 de junho, as jogadoras da Seleção feminina entraram em campo com uma faixa escrita “ assédio não!” “As mulheres sentem na pele, muito mais que os homens, algumas questões, como o assédio, a desvalorização profissional, a maneira com que são tratadas no próprio futebol feminino, que agora está conseguindo um espaço de respeito, muito tardio. Então é natural que as mulheres se posicionem com muito mais ênfase, porque elas são agentes desse processo de uma maneira que os homens não são.

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