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Atos políticos, partidários ou não, atuais - página
from Revista Um a Um
by pedrobuenno
O viés esportista, competitivo e de disputa permaneceu no time corinthiano, ao mesmo tempo que eles sabiam da importância de retomar a democracia. Independentemente da vitória ou derrota, o Corinthians queria poder para o povo Isso foi um movimento único e revolucionário da política no esporte mais popular do Brasil. Ao ser perguntado sobre qual o gatilho para a atual geração de jogadores se posicionarem desta forma, Celso Unzelte foi enfático ao afirmar que o país teria que chegar ao “fundo do poço ” para que estes atletas atuais entendessem a sua importância no momento político. Mesmo quase 40 anos depois, a democracia corinthiana merece ser destacada e faz parte da história do Brasil. O futebol esteve junto à luta contra a ditadura militar. Mesmo após o seu falecimento, Sócrates segue sendo um dos personagens mais marcantes contra governos extremistas do Brasil. Casagrande segue como articulador contra este extremismo, pois, após deixar o campo de jogo, se tornou comentarista da TV Globo e não hesita ao fazer comentários políticos. São vozes eternas de uma revolução marcante do Corinthians!
1.16 Ato ou não, s a políti tuais cos, partidários
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Entendemos como política a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. Sendo assim, política diz respeito à participação na comunidade, e não se restringe ao partidarismo e ao ato de trabalhar com política. O futebol é político por ser usado como cenário para qualquer manifestação, partidária ou não, ou por refletir o que acontece fora dos gramados. Foram mencionadas ao longo do texto participações políticas no futebol. Para alguns, o gramado é o local perfeito para se ter visibilidade em certas questões. Para outros, o tema não é tão interessante. De acordo com Celso Unzelte, os jogadores que temos como referência hoje não têm essa preocupação e dão prioridade para outros assuntos, como a rede social e as brincadeiras. Ele completa dizendo que “ o atleta que faz do futebol um meio e não um fim ganha muitos pontos como cidadão. Não é uma obrigação [se manifestar]. Não vejo a obrigação de todo mundo ter que fazer isso. Mas fico chateado quando vejo que poucos ou quase ninguém faz isso ” . Além disso, ele destaca que os jogadores que se ascenderam socialmente pelo futebol não veem motivos para ir contra aquilo que os fez conseguir conquistar algo.
Ato político é toda manifestação de vontade do poder público que, por sua condição toda especial, escapa à revisão do Poder Judiciário, constituindo esse tipo de ação não uma exceção ao princípio da legalidade, mas à competência do juíz, o qual não tem possibilidades de fiscalizá-lo, se a isso for provocado. - J. Cretella Júnior