BRIEFING OE INOVA AO IV
Oportunidades de neg6cios para o setor de construc;ao civil
CESAR.LAGS
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SEBRAE -
A cidade é uma cadeia de abrigos que nós, por sermos humanamente frágeis construímos: pensamento, corpo, casa, rua, bairro, cidade, estado, país, continente… somos expansivos. A cidade fala muito, a forma como se desenha no espaço nada mais é do que um retrato de tudo aquilo que a humanidade tem permitido consolidar-se no emaranhado de sua quietude, e tenho dito, nunca foi tão urgente inquietar-se. Mais do que impactar a cadeia de construção civil, viemos questionar a pluralidade envolvida na construção de uma cidade, admitindo que diferentes realidades coexistem e que a economia é um instrumento que alavanca esse processo de construção urbana. Que cidade deve ser essa que emerge de uma geração conectada, multidisciplinar e exponencialmente imprevisível? O que isso muda nos processos de construção física dos elementos urbanos? Como são os negócios que resultam dessa nova modelo de pensamento?
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A cadeia de construção civil
Na economia, cadeia de valor é a sequência de atividades responsáveis por transformar um conjunto de entradas em uma unidade de saída pronta pra ser entregue ao consuȅǣƳȒȸ ˡȇƏǼِ 0ɀɀƏ ƻ Ə ƳǣȇƘȅǣƬƏ ƳƏ ƬƏdeia produtiva e/ou cadeia de valor.
II. Indústria de Materiais: transforma insumos minerais ou não minerais em produtos de maior valor agregado para serem empregues na atividade construtiva.
III. Comércio e Serviços:
“Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto ˡȇƏǼ ٢ƫƺȅ Ȓɖ ɀƺȸɮǣƯȒ٣ِږٺ FIESP
A cadeia de construção é fundamental para a construção de moradia e infraestrutura urbana. Ela é responsável por 10% do PIB global e ao mesmo tempo, é marcada pela ǣȇƺˡƬǣƿȇƬǣƏً ƳƺɀȵƺȸƳǥƬǣȒ ƺ ƫƏǣɴƏ produtividade. A FIESP desdobra a cadeia de valor da construção civil em quatro grandes grupos:
I. Extração: ƏɎǣɮǣƳƏƳƺ Ƴƺ ƫƺȇƺˡƬǣƏȅƺȇɎȒ ȵȸǣȅƐrio da matéria prima para uso direto na construção e/ou composição na fabricação dos mais diversos itens da indústria de materiais.
é a rede de distribuição e comerƬǣƏǼǣɿƏƯƨȒ ƳȒɀ ȵȸȒƳɖɎȒɀ ƫƺȇƺˡƬǣƏdos, essa rede leva os produtos para pessoas físicas ou empresas. E ainda tem as diversas categorias que atuam com prestação de serviços durante o ciclo de obra.
IV. Construção: Atividade de incorporação e construção de empreendimentos imobiliários ou atividade de construção pesada voltada a infraestrutura urbana. Portanto, quando falamos de cadeia de valor na construção civil nos referimos a toda dinâmica econômica que envolve a concepção de um produto imobiliário e/ou infraestrutura. Ou seja, ao escopo de bens materiais e serviços que precisarão ser produzidos e aplicados para que produtos imobiliários e/ou de infraestrutura sejam entregues ao ƬǼǣƺȇɎƺ ˡȇƏǼِ É comum encontrarmos análises dessa cadeia que criam pelo menos três grandes subcategorias: construção civil, imobiliário e manutenção. No entanto a Construtech Ventures enxerga de modo mais amplo, e inclui a atividade de manutenção desses ativos imobiliários como o ƺǼƺȅƺȇɎȒ ˡȇƏǼ ƳƏ ƬƏƳƺǣƏِ ˡȇƏǼً Ȓ
imóvel depois de comprado ou habitado continua alimentando a dinâmica da cadeia a medida que contrata produtos ou serviços de atores do setor. XȇǔȒǕȸƐˡƬȒ ƳȒ ɀƺɎȒȸ Ƴƺ ƬȒȇɀɎȸɖƯƨȒ ƬǣɮǣǼ ƫƏɀƺƏƳȒ ȇȒ ɀƺǕɖǣȇɎƺي
XȇǔȒǕȸƐˡƬȒ ƳȒ ɀƺɎȒȸ ǣǼɖɀɎȸƏȇƳȒ Ə ƬƏƳƺǣƏ
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A carência por inovação na área de construção civil
Para Fábio Garbossa Francisco, Diretor Técnico da Construtora BKO e Coordenador do curso de Pós-Graduação em Real Estate & Construction Management na FAAP, ainda ƺɴǣɀɎƺȅ ƳƺɀƏˡȒɀ ȵƏȸƏ ȷɖƺ Ə ǣȇȒɮƏção aconteça “O primeiro obstáculo é o ceticismo ainda presente de alguns líderes do setor que sempre atuaram maneira pragmática e obtiveram sucesso assim. Em segundo lugar, ainda faltam investimentos para que isso aconteça. Acredito que agora seja o momento da ruptura dos modelos tradicionais para um novo, mais tecnológico e inovador. Atualmente existe uma grande quantidade de tecnologias e soluções à disposição do mercado e isso é ótimo para o setor. As empresas precisam mudar o mindset para sobreviver. Existem oportunidades praticamente em todo o ciclo do negócio imobiliário, desde a prospecção de áreas para incorporação, desenvolvimento de produtos, área comercial e vendas, área de operaƯȰƺɀً ƺ ȵȸȒƳɖƯƨȒً ƺ ˡȇƏǼȅƺȇɎƺ ȇȒ ɖɀȒ ƺ ȒƬɖȵƏƯƨȒ ƳȒ ǣȅȓɮƺǼ ًٺƏˡȸȅƏ ele. Portanto, para gerar grandes mudanças é necessário olhar desde o início o que precisa ser mudado. As startups estão sendo consideradas um importante elemento de transformação digital para diversos setores econômicos e no ambiente de construção civil não é diferente, para isso têm surgido as chamadas Construtechs: organizações que resolvem um problema real do setor de construção, através de um modelo de negócio escalável; e que com a mesma solução é capaz de atingir um grande mercado. Para isso, aplica tecnologia em favor do negócio, seja em seus próprios processos internos ou otimizando os do seu cliente.
Ainda são poucas as startups que podem ser chamadas de Construtechs, mas podemos notar que é um movimento crescente. De acordo com o relatório da CBInsighs «ReɀƺƏȸƬǝ ȸǣƺˡȇǕ! يȒȇɀɎȸɖƬɎǣȒȇ ƏȇƳ Infrasctructure», divulgado em 2016, é crescente o número de startups do setor que estão tendo sucesso em rodadas de investimento, chegando a um montante de $778 milhões captados em 165 delas, desde 2012. Bruno Loreto, no artigo “Construtechs estão vindo para mudar o merƬƏƳȒ Ƴƺ ƬȒȇɀɎȸɖƯƨȒ ٺƳƺɀɎƏƬƏ ȷɖƺ boa parte dos valores mencionados nesse estudo são referentes a rodadas de investimentos de empresas que já estão no mercado a pelo menos 10 anos.
A Procore, Onshape e Viewpoint, responsáveis pelas maiores captações no setor (…) organizações como a PlanGrid que em 2015 levantou $40 milhões em um Series B ou da YardClub recém adquirida pela Carterpillar, tem atraído a atenção do mercado de venture capital e reforçam as expectativas com o surgimento de novas construtechs. Bruno Loreto
No Brasil, em um estudo realizado pela Liga Ventures, foi possível mapear 217 starStartups do Real em Estate mapeadas pela Liga em 2017 tups focando gerar inovação paraVentures o mercado de construção, separadas em 12 categorias de solução. Com o fortalecimento da onda de Construtechs, o mercado de construção será imȵƏƬɎƏƳȒً ƺ Ƴƺ ƳɖƏɀ ǔȒȸȅƏɀ يǕƺȸƏȇƳȒ ƺȅȵȸƺɀƏɀ ȅƏǣɀ ƺˡƬǣƺȇɎƺɀ ƺ ƬȸǣƏȇƳȒ ȇȒɮȒɀ ȅȒdelos de negócios. Adotando tecnologia voltada para redução de custo, aumento de receita, e transformar a experiência do seus clientes. Os negócios que surgem na indústria de construção e imobiliário com esse movimento trazem modelos de negócios disruptivos, rompendo paradigmas e demonstrando novas formas, mais ƺȇɴɖɎƏɀ ƺ ƺˡƬǣƺȇɎƺ ȵƏȸƏ ƳƺɀƺȇɮȒǼɮƺȸ ȇƺǕȓƬǣȒɀِ Ainda existe uma forte barreira que é mudar o mindset de muitos atores do setor que encaram negócios disruptivos de maneira céptica. No entanto, a crise veio para mostrar que uma quebra de paradigma nunca foi tão urgente, e, ainda que leve mais ou menos tempo, é fato que o movimento de Construtechs vem para causar impacto e mexer com as estruturas do mercado.
Startups do Real Estate mapeadas pela Liga Ventures em 2017
Com o fortalecimento da onda de Construtechs, o mercado de construção será imȵƏƬɎƏƳȒً ƺ Ƴƺ ƳɖƏɀ ǔȒȸȅƏɀ يǕƺȸƏȇƳȒ ƺȅȵȸƺɀƏɀ ȅƏǣɀ ƺˡƬǣƺȇɎƺɀ ƺ ƬȸǣƏȇƳȒ ȇȒɮȒɀ ȅȒdelos de negócios. Adotando tecnologia voltada para redução de custo, aumento de receita, e transformar a experiência do seus clientes. Os negócios que surgem na indústria de construção e imobiliário com esse movimento trazem modelos de negócios disruptivos, rompendo paradigmas e demonstrando novas formas, mais ƺȇɴɖɎƏɀ ƺ ƺˡƬǣƺȇɎƺ ȵƏȸƏ ƳƺɀƺȇɮȒǼɮƺȸ ȇƺǕȓƬǣȒɀِ Ainda existe uma forte barreira que é mudar o mindset de muitos atores do setor que encaram negócios disruptivos de maneira céptica. No entanto, a crise veio para mostrar que uma quebra de paradigma nunca foi tão urgente, e, ainda que leve mais ou menos tempo, é fato que o movimento de Construtechs vem para causar impacto e mexer com as estruturas do mercado.
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O que é um Briefing de Inovação
ȸǣƺˡȇǕ ƻ ɖȅ ƬȒȇǴɖȇɎȒ Ƴƺ ǣȇǔȒȸȅƏções ou uma coleta de dados passados para o desenvolvimento de um trabalho. Inovação por sua. Inovação ɀǣǕȇǣˡƬƏ ƬȸǣƏȸ ƏǼǕȒ ȇȒɮȒِ ȵƏǼƏɮȸƏ ƻ derivada do termo latino innovatio, e se refere a uma ideia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. Hoje, a palavra inovação é mais usada no contexto de ideias e invenções assim como a exploração econômica relacionada, sendo que inovação é invenção que chega no mercado. ¨Ȓȸ ƳƺˡȇǣƯƨȒ ɖȅ ƫȸǣƺˡȇǕ Ƴƺ ǣȇȒɮƏção poderia ser interpretado como um documento ponto de partida para se detectar problemas e oportunidades, organizados de maneira que possam trazer o passado, o presente e os possíveis cenários de mudança para uma área. Entende-se o documento como uma ferramenta que viabiliza a curva de aprendizado, sobre um contexto, dado esse como ponto de partida ou ambiente para ampliação de repertório sobre questões que conduzem à inovação. ÁȒȅƏȇƳȒ ȵȒȸ ƺɀɀƺ ƫȸǣƺˡȇǕ ɀƺȸƐ ȵȒɀsível entender um pouco mais sobre a cadeia de valor do setor, um pouco sobre o tópico a qual se fez um aprofundamento, um destacamento dos problemas, oportunidades citadas, trechos de entrevistas realizadas com pessoas que vivenciam no dia a dia os ȵȸȒƫǼƺȅƏɀ ƺ ȵȒȸ ˡȅً ƏǼǕɖȇɀ ȅȒɎȒȸƺɀ de mudança, indicando brevemente cenários de futuro sobre o direcionamento de esforços possíveis no que se está construindo.
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Porquê fazer um Briefing de Inovação
Numa resposta curta: Porquê queremos acelerar o processo de mapeamento e descoberta de oportunidades de negócio na área que estamos trabalhando. Numa resposta maior e trazendo luz ao contexto: A plataforma integrada de geração de startups, funciona ȵȒȸ ȅƺǣȒ Ƴƺ ƏǼǕȒ ƳƺˡȇǣƳȒ ƬȒȅȒ ƬƏdeia de inovação compacta. E não adianta trazer conceitos bonitos se os entendimentos não se tornarem acessíveis para os que estiverem na linha de frente empreendendo riscos para construção da inovação. A respeito dessas cadeias, o seu conceito foi feito para que ela seja realizada geralmente em 3 fases: A primeira envolve a geração de ideias, a segunda no desenvolvimento desɀƏɀ ǣƳƺǣƏɀ ƺ ȵȒȸ ˡȅً ȇƏ ɎƺȸƬƺǣȸƏً ȇƏ difusão dos conceitos estabelecidos. E tendo por base essa cadeia de inovação e o seu ciclo, desenvolveu-se um cadeia compacta que, entendendo um dos principais problemas relacionados ao desenvolvimento
de mais e melhores negócios focou em criar na partida, mecanismos que melhor ajudem os futuros empreendedores a atacar problemas relevantes do setor, endossados, ampliados e referenciados pelo próprio segmento. Dentro dessa cadeia de inovação compacta a Plataforma trabalha com 3 fases: Observação, Experimentação e Aceleração. E tendo em ɮǣɀɎƏ Ə ǔƏɀƺ Ƴƺ ȒƫɀƺȸɮƏƯƨȒ Ȓ ȸǣƺˡȇǕ de inovação é a ponte de conexão que entrega um banco de problemas, números e oportunidades de negócio referenciadas e conclui a fase 1. O motivo da criação desse documento tem como propósito encurtar a curva de aprendizado dos potenciais empreendedores, no entendimento do contexto, do espaço, do setor e dor mercado. Somado a isso, o documento também oferece suporte e estrutura para que se consiga buscar algo fundamental no processo de construção de uma startup: validação.
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O que são os Briefings de Inovação
ɀ ȸǣƺˡȇǕɀ Ƴƺ ǣȇȒɮƏƯƨȒ ɀƨȒ ɖȅ ƬȒȇǴɖȇɎȒ Ƴƺ ȅƏɎƺȸǣƏǣɀ ƬȒȇɀȒǼǣƳƏƳȒɀ ƬȒȅ ɎȒƳƏ Ə documentação das descobertas feitas ao longo da fase de observação da plataforma. A fase 1, que contemplou ações como:
!ƏƳƏ ƫȸǣƺˡȇǕ ȵȒɀɀɖǣ ɖȅ ƺǣɴȒ ɎƺȅƐɎǣƬȒً ƳƺȇɎȸȒ ƳȒɀ ǕȸƏȇƳƺɀ ȵȸȒƫǼƺȅƏɀ ƳȒ ɀƺɎȒȸِ ɀ אגאȵȸȒƫǼƺȅƏɀ ǼƺɮƏȇɎƏƳȒɀً ǔȒȸƏȅ ƏǼȒƬƏƳȒɀ Ƴƺ ȅƏȇƺǣȸƏ ɮƺȸɎǣƬƏǼ ƺ ƬƏƳƏ ƫȸǣƺˡȇǕً Ƴƺɀdobrou o contexto, pontuou por tópicos e sub-tópicos os problemas e, conversou ƬȒȅ ȵƺɀɀȒƏɀ ǼǣǕƏƳƏɀ ƏȒ ɎƺȅƏ ƫɖɀƬƏȇƳȒ ƺȇɎƺȇƳƺȸ ƬȒȅȒ ƺǼƏɀ ǼǣƳƏȅ ƺ ȷɖƏǣɀ ƳƺɀƏˡȒɀ enfrentados. A partir de cada documento é possível se aprofundar num tópico vertical, e ver de ȅƏȇƺǣȸƏ ƏȅȵǼƏً Ȓ ȵȸȒƫǼƺȅƏ ǣǼɖɀɎȸƏƳȒ ȵȒȸ ƳǣɮƺȸɀȒɀ ƬȒȇɎƺɴɎȒɀِ ɀ ƫȸǣƺˡȇǕɀً ɀƺ ȵȸȒpõem a catapultar o processo de descoberta, agilizar o aprendizado e ser um material referência na continuidade das ações de inovação na cadeia compacta, e por consequência, na construção de novos negócios na área de construção civil.
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Como foi feito o Briefing de Inovação?
Para entender as oportunidade de inovação na cadeia a ser abordada foi necessário ȵƏɀɀƏȸ ȵȒȸ ɖȅ ǣȇɎƺȇɀȒ ȵȸȒƬƺɀɀȒ Ƴƺ ǣȅƺȸɀƨȒً Ə ˡȅ Ƴƺ ƬȒȅȵȸƺƺȇƳƺȸ Əɀ ȵȸǣȇƬǣȵƏǣɀ dores do setor. Para isso, dois aspetos foram fundamentais: escutar os atores que vivenciam a dinâmica da cadeia em questão e entender quais são seus problemas. O time do CESAR foi o agente facilitador processo de construção colaborativa do mapeamento de problemas, ou, como preferimos chamar, oportunidades de inovação. A esta etapa de imersão, escuta e observação damos o nome de estágio de observação, que aconteceu de forma progressiva, com a imersão dos consultores responsáveis no contexto da cadeia de valor, para depois realizar um workshop com stakeholders com o intuito de mapear e selecionar as oportunidades de inovação a serem detalhadas. Posteriormente, um conjunto de entrevistas e observações presenciais foram realizadas para descrever aspectos relevantes das ȒȵȒȸɎɖȇǣƳƏƳƺɀ Ƴƺ ǣȇȒɮƏƯƨȒ ȵƏȸƏ ȷɖƺ ˡȇƏǼȅƺȇɎƺ Ȓɀ ƫȸǣƺˡȇǕɀ Ƴƺ ǣȇȒɮƏƯƨȒ ǔȒɀɀƺȅ gerados e publicados.
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Um briefing de inovação no contexto PIGS
Com base nas convergências entre o Design e o Empreendedorismo, elaboramos uma Plataforma InteǕȸƏƳƏ Ƴƺ JƺȸƏƯƨȒ Ƴƺ ³ɎƏȸɎɖȵɀ ٢¨ِXِ Jِ³٣ ȷɖƺ Ɏƺȅ ȵȒȸ ȒƫǴƺɎǣɮȒ ȅƺǼǝȒȸƏȸ a qualidade das startups ampliando a aderência das soluções a serem ƳƺɀƺȇɮȒǼɮǣƳƏɀ ƬȒȅ Ȓɀ ƳƺɀƏˡȒɀ ȵȸƺsentes em cadeias de valor e segȅƺȇɎȒɀ ƺɀȵƺƬǥˡƬȒɀ Ƴƺ ȅƺȸƬƏƳȒِ A plataforma é composta de quatro fases: na primeira fase da plataforma são incorporadas práticas de empatia e síntese. Um conjunto de técnicas como imersão no contexto do cliente, utilizando um conjunto de técnicas que são aplicadas para ǣƳƺȇɎǣˡƬƏȸً ȵȸǣȒȸǣɿƏȸ ƺ ƳƺɎƏǼǝƏȸ Əɀ oportunidades de inovação presentes em uma cadeia de valor espeƬǥˡƬƏِ ȵȓɀ Ə ƬȒǼƺɎƏ ƳƺɀɎƺ ȅƏɎƺȸǣƏǼً utilizamos um conjunto de técnicas Ƴƺ ɀǥȇɎƺɀƺ ȵƏȸƏ ȵȸƺȵƏȸƏȸ ƫȸǣƺˡȇǕɀ de inovação, que é este artefato que descreve os achados desta fase, com seu detalhamento, caracterização e importância para os clientes. A segunda fase concentra-se a ideação, prototipação e testes de possíveis soluções. Em um primeiro momento, utilizamos técnicas como ǼƏȇƯƏȅƺȇɎȒ Ƴƺ ƳƺɀƏˡȒɀ Ə ƬȒȅɖȇǣdade empreendedora, parceria com disciplinas de projeto nas universidades, realização de programas de Summer Job e execução de Hackthons. Estas técnicas visam gerar o máximo de ideias, conceito e protóɎǣȵȒɀ ȷɖƺ ƺɴȵǼȒȸƏȅ Ȓɀ ƫȸǣƺˡȇǕɀ Ƴƺ inovação, resultando em times com protótipos. Em uma fase subsequente - a terceira - realizamos a pré aceleração
dos melhores times com protótipos. Basicamente, vamos realizar testes com potenciais clientes, bem como avaliar os primeiros aspectos relativos ao modelo de negócios que está emergindo. O resultado desta fase são startups aptas a serem aceleradas no CESAR.Labs, onde será fornecido capital, infraestrutura, mentorias e consultorias especializadas para auxiliar o desenvolvimento das startups e empreendedores. Também poderão participar do processo startups que não emergiram das fases anteriores, mas que apresentem propostas aderentes aos ƳƺɀƏˡȒɀ Ƴƺ ǣȇȒɮƏƯƨȒ ǣƳƺȇɎǣˡƬƏƳȒɀ na fase de observação do projeto e foram selecionadas a partir de uma chamada aberta. A primeira experiência de aplicação da plataforma é resultante de uma parceria realizada entre o SEBRAE e o CESAR.Labs, no setor de construção civil do estado de Pernambuco. 0ɀɀƺ ƳȒƬɖȅƺȇɎȒ ƬȒȅ Ȓɀ ƫȸǣƺˡȇǕɀ Ƴƺ ǣȇȒɮƏƯƨȒ ɀǣȇƏǼǣɿƏ Ȓ ˡȇƏǼ ƳƏ ȵȸǣmeira parte do processo, a parte de ǣȅƺȸɀƨȒِ ɀ ƫȸǣƺˡȇǕɀ Ƴƺ ǣȇȒɮƏƯƨȒ ȇȒ contexto PIGS, tiveram um formato Creative Commons, baseado na ideia de que qualquer pessoa possa ter acesso e utilizar o material como ponto de partida para exploração e prototipação de soluções para as oportunidades de inovação especiˡƬƏƳƏɀ ȇȒɀ ƫȸǣƺˡȇǕɀ ȷɖƺ ƳǣƏǕȇȒɀɎǣca problemas relevantes a serem resolvidos no setor de construção civil. O diagrama a seguir ilustra como foi o processo de geração desses brieˡȇǕɀِ
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dos problemas
Problemas como oportunidades denegócios Para Filippe Pessoa, executivo chefe de empreendedorismo do CESAR o foco principal das atividades realizadas no CESAR.Labs, está concentrado em apoiar o desenvolvimento de startups inovadoras, que buscam introduzir novos produtos e serviços,
ٹƬȸƺƳǣɎƏȅȒɀ ˡȸȅƺȅƺȇɎƺ que a inovação é a principal ferramenta do empreendedor e que ele é o protagonista do processo de criação e ƳƺɀƺȇɮȒǼɮǣȅƺȇɎȒ ƳƏ ɀɎƏȸɎɖȵِ ٺ Filippe Pessoa - CesarLabs
através de um modelo de negócios sustentável e escalável, em condições de extrema incerteza. O método de aceleração do CesarLabs leva as startups a se centrarem nos clientes para os quais se está desenvolvendo a solução, no uso de experimentos e protótipos para rápida validação de ideias, bem como na incorporação dos feedbacks para evoluir as soluções que estão sendo construídas. Estes elementos apre-
sentam as principais convergências atuais entre o empreendedorismo e o Design no CESAR.Labs. Esse documento é o resultado de uma fase que se concentra no encaixe Problema-Solução. Aqui buscamos responder perguntas como: Temos um problema que valha a pena ser resolvido? Os clientes possuem uma real necessidade pelo produto? Estamos trabalhando numa solução que atende as necessidades dos clientes? Os clientes pagarão pela solução? Responder estas perguntas exige elementos presentes no processo de design, como no entendimento e ƳƺˡȇǣƯƨȒ ƳȒɀ ȵȸȒƫǼƺȅƏɀ ȸƺǼƺɮƏȇɎƺɀ para os clientes potenciais, ou ainda na construção de protótipos para validação de possíveis soluções.
O que isso representa para o mercado? “A construção brasileira, quando comparada aos EUA e à Europa, apresenta um cenário que se caracteriza pela necessidade de um aumento de produtividade, desenvolvimento de inovações, busca de racionalização, padronização e aumento de escala, com sustentabiliƳƏƳƺِ ٺ٢IXnR ƺɎƏǼِ ٖ z(0³ً חא٣ِ A construção executada com processo convencional, ainda largamente utilizada no Brasil, frequentemente é marcada por processos com altos custos, baixo nível de plaȇƺǴƏȅƺȇɎȒً ƫƏǣɴƏ ȷɖƏǼǣˡƬƏƯƨȒ ƳȒ trabalhador, altos índices de desperdícios, baixa qualidade e incidências de manifestações patológicas e bai-
xo desempenho ambiental. Portanto, a indústria da construção no Brasil precisa de melhores soluções de custos versus benefícios, reduzindo o ciclo da construção e seus custos, melhorando a qualidade e potencializando o controle de desempenho ambiental. Estudos costumam dizer que a cada três prédios construídos, um se perde. Levando em consideração que a construção de um prédio de dez pavimentos custa 2 ȅǣǼǝȰƺɀً ǣɀɀȒ ɀǣǕȇǣˡƬƏ ȷɖƺ Ə ƬƏƳƏ ɀƺǣɀ ȅǣǼǝȰƺɀ ǣȇɮƺɀɎǣƳȒɀً ƳȒǣɀ ȅǣǼǝȰƺɀ ɀƨȒ Ƴƺɀȵƺȸdiçados. Após as etapas de levantamento de dados da fase de Imersão, os próximos passos foram a análise e síntese das informações coletadas. Através dos processos envolvidos no levantamento das oportunidades de inovação, desde a análise de estudos desenvolvidos por atores da cadeia setorial até atividades de mapeamento contando com a presença de stakeholders do setor, 242 problemas foram mapeados e agrupados em 12 categorias.
Depois de categorizadas, avaliamos o quanto as dores diagnosticadas são latentes para os stakeholders de cada setor. Mensuramos isso da seguinte forma:
!ȒȅȒ ƻ ȵȒɀɀǥɮƺǼ ȵƺȸƬƺƫƺȸً ƏɎȸƏɮƻɀ ƳȒɀ ǕȸƐˡƬȒɀ ƏȇɎƺȸǣȒȸƺɀً Ȓɀ ȵȸȒƫǼƺȅƏɀ Ƴƺ ǕƺɀɎƨȒ tiveram uma incidência muito acima da média em relação aos outros conjuntos de problemas, chegando a representar quase metade de todos os problemas mapeaƳȒɀِ ƏɀǣƬƏȅƺȇɎƺً Ȓɀ ƳƺɀƏˡȒɀ ȷɖƺ ƺɀɎƨȒ ƏɀɀȒƬǣƏƳȒɀ ơ ǕƺɀɎƨȒ ƏƬƏȸȸƺɎƏȅ ƺȅ ȷɖƏɎȸȒ tipos mais comuns de desperdícios na construção civil: ɿMateriais ɿEquipamento e maquinário ɿMão de obra
Desperdícios materiais Pedaços e sobras de madeira, aço, telhas, tijolos, cimento e areia são exemplos de perdas materiais. Em termos gerais, entulho ou Resíduos de Construção e DemoliƯƨȒ ٢«!(٣ ɀƨȒ Ȓɀ ƳƺɀȵƺȸƳǥƬǣȒɀ ȇƏ ƬȒȇɀɎȸɖƯƨȒ ƬǣɮǣǼ ȅƏǣɀ ǔƐƬƺǣɀ Ƴƺ ƳƺɎƺƬɎƏȸِ ÁȒƳƏ ȒƫȸƏ produz resíduos. O problema é que, em grande parte dos casos, essas perdas não são contabilizadas e, portanto, é como se não tivessem valor. XȅƏǕǣȇƺ Ə ɀƺǕɖǣȇɎƺ ɀǣɎɖƏƯƨȒ يɖȅƏ ȵƏȸƺƳƺ ˡƬȒɖ ǔȒȸƏ Ƴƺ ȵȸɖȅȒِ ȵȸǣȅƺǣȸƏ ƏƯƨȒ ƳȒ ȵƺƳȸƺǣȸȒ ƻ ɖɀƏȸ ƏȸǕƏȅƏɀɀƏ ȵƏȸƏ ȇǣɮƺǼƏȸ Ə ɀɖȵƺȸǔǥƬǣƺً ƏɎƻ ȷɖƺ ˡȷɖƺ ƬȒȅ Ə ƺɀȵƺɀɀɖȸƏ correta, certo? Agora pense que, no projeto, a espessura estrutural era de 15 cm e ˡƬȒɖ ƬȒȅ ƬƺȇɎǥȅƺɎȸȒɀ Ə ȅƏǣɀِ àȒƬƿ ƬȒȇɀƺǕɖƺ ƬƏǼƬɖǼƏȸ Ə ȷɖƏȇɎǣƳƏƳƺ Ƴƺ ƬȒȇƬȸƺɎȒ adicional por metro quadrado? E se multiplicar esse valor por apartamento? E se multiplicar esse valor por andar? E se multiplicar esse valor por vários andares? ³ǣɎɖƏƯȰƺɀ ƬȒȅȒ ƺɀɎƏ ƏƬȒȇɎƺƬƺȅ ƬȒȅ ǔȸƺȷɖƿȇƬǣƏ ȵƺǼƏ ǔƏǼɎƏ Ƴƺ ȵȸȒƬƺɀɀȒɀ ƺˡƬǣƺȇɎƺɀ ȷɖƺ ȅƏȇɎƺȇǝƏȅ Ȓɀ ȵȸȒˡɀɀǣȒȇƏǣɀ ƏɎƺȇɎȒɀ ơɀ ƺɀȵƺƬǣˡƬǣƳƏƳƺɀ ƳȒ ȵȸȒǴƺɎȒِ (ƺɀɀƏ ǔȒȸȅƏً ɎȒȸȇƏٮɀƺ ȅƏǣɀ ǔƐƬǣǼ ȅƏȇɎƺȸ Ə ƬȒȇɀɎȸɖƯƨȒ Ȓ ȅƏǣɀ ˡƺǼ ȵȒɀɀǥɮƺǼِ 1 ɖȅ ƳƺɀƏˡȒ ƳǣƐȸǣȒ manter o trabalho no chão de obra supervisionado de modo que os colaboradores ˡȷɖƺȅ ƬǣƺȇɎƺɀ ƳƏɀ ƫȒƏɀ ȵȸƐɎǣƬƏɀ ƳƏ ƬȒȇɀɎȸɖƯƨȒِ XɀɀȒ ǣȇƬǼɖǣ ǔȒȸȅƏɀ Ƴƺ ƏȸȅƏɿƺȇƏgem e distribuição, transporte de matéria-prima, repasse do conceito de reciclagem, entre outros. Ǽƻȅ ƳȒ ɖɀȒ ƳƺȅƏɀǣƏƳȒ Ƴƺ ȅƏɎƺȸǣƏǣɀ ƬƏɖɀƏȸ ƳƏȇȒɀ ˡȇƏȇƬƺǣȸȒɀً Ȓ ƳƺɀɎǣȇȒ ǣȇƏƳƺȷɖƏƳȒ ȵȒƳƺ ǕƺȸƏȸ ǣȅȵƏƬɎȒɀ ƏȅƫǣƺȇɎƏǣɀ ɀǣǕȇǣˡƬƏɎǣɮȒɀً ƬȒȅȒ ƳƺɀȵƺȸƳǥƬǣȒ Ƴƺ ƐǕɖƏِ É por isso que gestores devem estar atentos ao cumprimento das condicionantes legais dispostas na Resolução n° 307 do CONAMA, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Entrevista com Hugo Leonardo - CoteAqui Qual é a sua área de atuação e o que você faz no seu trabalho de modo geral? Eu era gestor de compra e, antes de vir para a CoteAqui, trabalhava na VL Construtora. Sou administrador, e entrei para assumir a gestão do setor de compras, foi bem difícil inicialmente porque existia muita fraude muita coisa errada acontecendo dentro da obra porque não existe um controle, os controles comuns do setor de aquisição engenharia eram feitos através de planilhas de excel, telefone e email. E por mais que já existisse um sistema de controle na obra (RRT) o pessoal não utilizava.
ªɖƏǣɀ Əɀ ƳǣˡƬɖǼƳƏƳƺɀ ȷɖƺ ɮȒƬƿɀ ɎǣȇǝƏȅ ƬȒȅ Ȓ ɀǣɀɎƺȅƏ Ƴƺ ƬȒȇɎȸȒǼƺ de insumos? ɀ ȵƺɀɀȒƏɀ ƳƏ ȒƫȸƏ ȇƨȒ ɎǣȇǝƏȅ ȷɖƏǼǣ˾ƬƏƯƨȒ٫ !ȒȅȵȸƏȅȒɀ ɖȅ ɀǣɀɎƺȅƏ ɎǣɮƺȸƏȅ treinamentos iniciais, mas ninguém chegou para fazer com que ele de fato fosse ɖɎǣǼǣɿƏƳȒ٫ ¨ƏȸƏ ȷɖƺ Ȓ ɀǣɀɎƺȅƏ ȵɖƳƺɀɀƺ ǔƏɿƺȸ Ȓ ƬȒȇɎȸȒǼƺ ˾ȇƏȇƬƺǣȸȒ٦ Ȓ ǕƺɀɎȒȸ Ƴƺ ɀɖȵȸǣmentos precisaria cobrar que a equipe usasse o sistema. As pessoas costumavam usá-lo de forma incorreta, e a gente via que tinha fraude. Existe uma coisa muito errada que eu como gestor só conseguiria controlar realmente com um sistema, mas o pessoal só usava em média 20% desse sistema e mesmo assim usava do jeito errado. A maioria das compras tinham em média 60 dias de atraso, ou seja, a pessoa comprava sem usar o sistema e só depois colocaɮƏ ǼƐ٫ xƺɖ ȅƏǣȒȸ ƳƺɀƏ˾Ȓ ǔȒǣ ǔƏɿƺȸ ƬȒȅ ȷɖƺ Əɀ ȵƺɀɀȒƏɀ ɖɀƏɀɀƺȅ ƺɀɀƺ ɀǣɀɎƺȅƏ ƺ ƬȒȅ ƳȒǣɀ ƏȇȒɀ Ƴƺ ǕƺɀɎƨȒ ƬȒȇɀƺǕɖǣ ǔƏɿƺȸ ƬȒȅ ȷɖƺ Ȓ Ɏǣȅƺ ˾ȇƏǼȅƺȇɎƺ ɖɀƏɀɀƺ ƺǼƺ ۪ששת٫ A implementação do sistema foi um processo longo e que a gente teve inclusive ȷɖƺ ɎȸȒƬƏȸ ȵƺɀɀȒƏɀ ȇƏ ȒƫȸƏ٦ Ȓɀ ƏǼȅȒɴƏȸǣǔƺɀ٦ ȵȒȸ ȅƏǣɀ ȷɖƺ ƺǼƺɀ ˾ɿƺɀɀƺȅ Ȓ ɎȸƏƫƏǼǝȒ deles direito não tinham capacidade técnica para alimentar o sistema. Eles eram aqueles almoxarifes antigos que estavam acostumados com papel e caneta. Esse não era um sistema tão fácil de utilizar com qualquer outro sistema de ERP então a gente investiu muito nessa organização interna e capacitação do time.
Quais os tipos de fraudes eram comuns na obra? Por exemplo, pediam material para obras que já tinham sido concluídas, chegava Ȓ ȇȒɎƏɀ ˾ɀƬƏǣɀ ȵƺƳǣȇƳȒ שױɀƏƬȒɀ Ƴƺ ƬǣȅƺȇɎȒ ƺ ȷɖƏȇƳȒ ɎǣȸƏɮƏ Ȓ ƺȇƳƺȸƺƯȒ ƳƏ ȒƫȸƏ a gente percebia que ela já tinha sido encerrada. Além disso, todos os dias chegavam empresas de locação dizendo que algum tipo de ferramenta/maquinário não tinha sido devolvido. Isso gerava custos altos, as indenizações chegavam em torno de R$ 10.000,00 por um material que não foi entregue.
E como era sua rotina de trabalho na obra? Como gestor de suprimentos eu acabava caindo em muitos setores, eu transitava da parte de solicitação até o setor dos engenheiros, em uma ponta as pessoas precisavam entender os requisitos de liberação de compra de suprimentos, e, na obra, o engenheiro também precisava saber quais eram os requisitos para que ele conseguisse que o material estivesse na obra a tempo. Ou seja, para que meu setor tivesse saúde eu precisava fazer um trabalho contínuo. É necessário atingir a cadeia, minha proposta era ter uma visão clara que ƺɀɀƺ ȵȸȒƬƺɀɀȒ Ƴƺ ƬȒȅȵȸƏ Ɏƺȅ ɖȅ ǣȇǥƬǣȒ٦ ȅƺǣȒ ƺ ˾ȅ٫ ƬƏȸƏ Ƴƺ ɀɖȵȸǣȅƺȇɎȒɀ ƺǼƺ ɀƺȅȵȸƺ ɮǣɀƏ Ə ƺƬȒȇȒȅǣƏ ȇȒ ˾ȇƏǼ٦ ƺȇɎƨȒ ɀƺ ƺɖ ȷɖƺȸȒ ǕƏȇǝƏȸ ƳƏ ƬȒȇɀɎȸɖɎȒȸƏ ɖȅ percentual de economia eu tenho que ter todo o processo rodando muito bem. xƺɖ ȅƏǣȒȸ ƳƺɀƏ˾Ȓ ǔȒǣ ǔƏɿƺȸ ƬȒȅ ȷɖƺ Əɀ ȵƺɀɀȒƏɀ ɀƺ ƏƳƺȷɖƏɀɀƺȅ Ə ɎƺƬȇȒǼȒǕǣƏ٦ ƬȸǣƏȸ controles e educá-las a utilizar o sistema, fazia isso dando a elas o entendimento ƳȒ ڔȵȒȸȷɖƿ ڕƳƺɮƺȸǣƏȅ ɖɎǣǼǣɿƏȸ ȵƏȸƏ ȷɖƺ ȇȒ ˾ȇƏǼ Ə ǕƺȇɎƺ ȵɖƳƺɀɀƺ Ɏƺȸ ɖȅ ƬȸƺɀƬǣȅƺȇto como Construtora. Criar controle e educar pessoas, é muito muito difícil isso aí!
Como era o funcionamento dos almoxarifados da obra? Nos almoxarifados acontecia muita perda de material, os almoxarifes liberavam materiais de forma descontrolada. As pessoas chegavam e pegavam o que bem ƺȇɎƺȇƳƺɀɀƺ٦ ȅɖǣɎƏɀ ɮƺɿƺɀ ȇƨȒ ǴɖɀɎǣ˾ƬƏɮƏȅ ƺɀɀƺɀ ɖɀȒɀ٫ ɀ ƬȒȇɀɎȸɖɎȒȸƏɀ ȵƺȸƳǣƏȅ muito, mas não percebiam que aí existia um desperdício de recursos. Depois de um tempo a gente começou a ver que em obras grandes não funcionava o cara ir lá o tempo todo e pegar material, se os almoxarifes eram ligados a mim basicamente eles respondiam a mim como gestor de suprimentos porque eles tinham que prestar conta do que chegou na obra, conferir o material de chegada, lançar Əɀ ȇȒɎƏɀ ˾ɀƬƏǣɀ ȇȒ ɀǣɀɎƺȅƏ ƳƺȇɎȸȒ ƳȒ ȵȸƏɿȒ ȷɖƺ ƺɖ ƺɀɎǣȵɖǼƺǣ ȵȸƏɿȒɀ Ƴƺ ǝɀ ƳƺƫƏǣxo de nota e a ida do pessoal acabava atrapalhando a rotina deles, mesmo tendo assistente, então a gente estipulou a obra vai começar às 07:00 então até as 07:20 no máximo o pessoal tem que está pegando seu material. Quando a gente criou a rotina conseguimos um ganho na obra, porque se você educa as pessoas você aprende a otimizar processos. Então parece interessante criar rotina de pegar o ȅƏɎƺȸǣƏǼ ƺ ȇȒ ˾ȇƏǼ ƳȒ ƳǣƏ ǔƏɿƺȸ ƬȒȅ ȷɖƺ Əɀ ȵƺɀɀȒƏɀ ƺȇɎȸƺǕɖƺȅ ƏȷɖƺǼƺ ȅƏɎƺȸǣƏǼ que não foi utilizado.
O quanto vocês conseguiram reduzir gastos com a adoção dessas medidas? Com isso a gente conseguiu economizar em insumos, eu não sei te dizer o quanto a gente conseguiu otimizar a produtividade. Mas a gente já chegou a perder mais Ƴƺ שװǴƏȇƺǼƏɀ ƺȅ ɖȅƏ ȒƫȸƏ٦ שװתȅƺɎȸȒɀ Ƴƺ ˾Ȓ ƺ ƏȵƺɀƏȸ Ƴƺ ɀƺȸ ɖȅƏ ǕȸƏȇƳƺ ȒƫȸƏ Ȓ ƏǼȅȒɴƏȸǣǔƏƳȒ ƺȸƏ ƳƺɀƬƺȇɎȸƏǼǣɿƏƳȒ٦ ˾ƬƏɮƏȅ ǴȒǕƏƳȒɀ ȇȒ ȅƺǣȒ ƳƏ ȒƫȸƏ ƺ ǣɀɀȒ ǕƺȸƏɮƏ muita perda de material, o pessoal achava que era perda de tempo controlar direito esses grandes materiais. Então o layout do almoxarifado gerava desperdício e roubo. Então na outra obra que a gente conseguiu organizar um almoxarifado a gente conseguiu reduzir em mais de 100k os gastos, evitando que houvesse desperdício com materiais roubados.
Esses contratempos relatados eram capazes de inviabilizar a entrega de uma obra? Esses contratempos eram muito capazes de inviabilizar a obra, os almoxarifes são despreparados. A maioria dos almoxarifes vieram de funções administrativas, ou se destacaram dentro de obra, virou ajudante e subiu até ser almoxarife. Ele precisa tá alertando quando está chegando em estoque mínimo, o sistema precisa ser mais reativo e o almoxarife nem sempre faz as solicitações no tempo certo. O almoxarife é um alerta e, às vezes, o trabalho mal feito de um estagiário de obra recaia sobre ele. Por exemplo, já aconteceu de faltar lixa e o pessoal da pintura não conseguir trabalhar, se faltam 200 lixas (no valor de 250,00) o prejuízo pode ser de R$ 20.000,00, pois isso é quanto custa o dia de trabalho dos funcionários da obra. São problemas muito latentes e muito comuns, as obras aqui não tem prazo por falta de planejamento cronograma e atraso de produtos. Chegavam na minha mesa e quando eu olhava as solicitações das 100 que eu puxava 70 eram urgentes. Eu estabelecia uma janela de compras: do dia 1 ao dia 9 que era quando o
pessoal todo dia solicitar tudo que eles precisassem comprar, e a gente tem um ȵȸƏɿȒ ƫƺȅ ƺȇɴɖɎȒ٦ ƳȒ ƳǣƏ שתƏȒ ƳǣƏ תȵƏȸƏ ˾ȇƏǼǣɿƏȸ ƺɀɀƺ ȵȸȒƬƺɀɀȒ Ƴƺ ƬȒȅȵȸƏ٫ 0ɖ não podia contar com prazo de negociação quando o cara precisava me pedir eu já tinha que ter o preço negociado. Comecei puxar esse planejamento pelo menos dos itens de controle, e exigi que minha diretoria recebesse o planejamento físico ƺ ˾ȇƏȇƬƺǣȸȒ ƳƏ ȒƫȸƏ٦ Ȓ ȷɖƺ ǣȇƬǼɖǥƏ Ə ǼǣɀɎƏ ƳȒɀ ȵȸǣȇƬǣȵƏǣɀ ȅƏɎƺȸǣƏǣɀ٦ ƺɖ ȵȸƺƬǣɀƏɮƏ saber quais são e as datas que o material precisavam está na obra.
Quais eram as dores na jornada de compra de insumos? O problema é o seguinte: se o engenheiro colocar 70% urgente ele ta querendo me dizer que se eu comprar no dia 10 ele quer receber no dia 11 quando que na verdade dia 15 era o prazo limite para eu colocar no sistema tudo que fosse pedido para que no dia 16 o diretor autorizasse essas compras. O diretor precisava analisar esses pedidos e muitas vezes ele olhava e só autorizava 50, aí ele perguntava sobre Əɀ ȒɖɎȸƏɀ שƺ Ə ǕƺȇɎƺ ȵȸƺƬǣɀƏɮƏ ǴɖɀɎǣ˾ƬƏȸ ɎɖƳȒ ƳȒ ȵȸƺƯȒ ƏȒ ɖɀȒ٫ ªɖƏȇƳȒ ƺɀɎƏɮƏ esclarecido ele já autorizava… Todo o problema tá aqui: educação e planejamento da obra. Eles não sabem fazer isso bem, então o diretor não autorizava porque não sentia a segurança na inforȅƏƯƨȒ ƳƺǼƺ ƺ Əǥ ǣɀɀȒ ɀƺǕɖȸƏ Ə ȒƫȸƏ ƳȒ ƺȇǕƺȇǝƺǣȸȒ٫ ȅƺɖ ɀƺɎȒȸ ˾ƬƏɮƏ ȇȒ ȅƺǣȒ٦ Ƴƺmora mais ou menos 20 dias esse processo, por mais que pareça ser longo, numa obra é um prazo curto. O ideal é que essas compras não fossem nem mesmo sentidas. Já me deparei com casos em que esse bate boca entre engenharia e diretor demora mais de uma semana, aí quando o diretor autorizou foi preciso fazer uma nova cotação e aí se o valor muda o diretor já começa a questionar novamente a liberação. Muitos dos problemas retornavam para mim, mas de fato não eram problemas meus! Precisei mostrar que o culpado de tudo não era eu, eram eles mesmo, precisava fazer a jornada do problema para provar isso. Eles não entendiam muito bem o quanto uma coisa dependia de outra. A gente precisou reduzir o máximo às urgências, a gente precisou trazer gente na obra para ensinar os estagiários como fazer o levantamento e estava funcionando. Quando eu saí a taxa de urgência é basicamente 100% de novo e isso só acontece porque o setor de compras está sendo achatado. Precisa haver uma reeducação que vai dos donos das construtoras aos engenheiros, para que eles entendam a função de cada um no administrativo, saber onde ele impacta e ter uma visão transversal sobre a obra, olhar além do próprio setor e entender todo o processo. O pessoal tem o conhecimento técnico mas que não conseguem entender onde essa má gestão deles impacta.
Desperdícios de equipamentos e maquinário O mau planejamento logístico e as falhas na gestão de mão de obra são as duas principais causas das perdas de máquinas e ferramentas na construção civil. Além de falhas ou quebras em equipamentos, os desperdícios desse tipo também incluem máquinas paradas por desencontros de datas ou horários de processos, aluguéis fora do prazo, falta de orientação e dimensionamento incorreto da frota. 0ȅ ȅɖǣɎƏɀ ȒƫȸƏɀ ƻ ƳǣǔǥƬǣǼ ȵƏȸƏ Ȓ ǕƺɀɎȒȸ ƏƬȒȅȵƏȇǝƏȸ ƺɀɀƏɀ ƏƯȰƺɀ Ƴƺ ȵƺȸɎȒً Ə ˡȅ Ƴƺ ǕƏȸƏȇɎǣȸ ȷɖƺ Əɀ ȷɖƺɀɎȰƺɀ Ƴƺ ǼȒǕǥɀɎǣƬƏ ƺ ȒȸǕƏȇǣɿƏƯƨȒ ɀƺǴƏȅ Əɀ ȅƏǣɀ ƺˡƬǣƺȇɎƺɀ ȵȒɀsíveis. Ele deve estar atento aos mínimos detalhes para gerir equipes de alta perǔȒȸȅƏȇƬƺً ȵȒǣɀ ƬȒǣɀƏɀ ƬȒȅȒ ɖȅ ƬƏȇɎƺǣȸȒ ƬȒȅ ǼƏɵȒɖɎ ƳƺˡƬǣɎƐȸǣȒ ȵȒƳƺ ȸƺȵȸƺɀƺȇɎƏȸ logística inadequada, com a ocorrência de deslocamentos desnecessários de materiais que, após recebidos, precisam ser moɮǣƳȒɀ ȸƺǣɎƺȸƏƳƏɀ ɮƺɿƺɀً ƏɎƻ ȷɖƺ ɀƺǴƏȅ ƳƺˡȇǣɎǣɮƏȅƺȇɎƺ ƏȵǼǣƬƏƳȒɀ ȇƏ ȒƫȸƏِ É essencial que o gestor visualize o canteiro de obra estrategicamente e para isso muitas vezes ele precisa desenhar a logística de cada processo. Estar ciente sobre Əɀ ȅƺǼǝȒȸƺɀ ȵȸƐɎǣƬƏɀ ȵƏȸƏ ȒƫɎƺȸ ƺˡƬǣƿȇƬǣƏ ƺȇƺȸǕƻɎǣƬƏ ȇȒɀ ƳǣǔƺȸƺȇɎƺɀ ƺɀɎƐǕǣȒɀ ƳƏ obra.
Entrevista com Ademário - CONIC Qual é a sua área de atuação e o que você faz no seu trabalho? Como mestre de obras, minha função é gerenciar a equipe, distribuir o pessoal, é abastecer os andares, executar os projetos são compatíveis. Tem um setor pra fazer essa compatibilização, mas na hora da obra sempre aparecem pequenas Ƴǣ˾ƬɖǼƳƏƳƺɀ ȷɖƺ Əǥ ɀƺ ƏǴɖɀɎƏ ǣȇǼȒƬȒ٫
ªɖƏǣɀ ɀƨȒ Ȓɀ ȅƏǣȒȸƺɀ ƳƺɀƏˡȒɀ ȷɖƺ ɮȒƬƿ ƺȇǔȸƺȇɎƏ ȇƏ ȒƫȸƏّ ȅƏǣȒȸ Ƴǣ˾ƬɖǼƳƏƳƺ ȷɖƺ ȷɖƺ ƺɖ ƺȇǔȸƺȇɎȒ ȇƏ ɮƺȸƳƏƳƺ ƻ ǔƏɿƺȸ Ȓ ȵƺɀɀȒƏǼ ƺȇɎƺȇƳƺȸ sua função, porque eles entendem os direitos que eles têm, mas eles precisam enɎƺȇƳƺȸ Əɀ ȒƫȸǣǕƏƯȰƺɀ ȵȒȸ ɎȸƐɀ ƳǣɀɀȒ٫ 0Ǽƺɀ Ɏƿȅ ɖȅƏ ȅƺɎƏ Ə ɀƺȸ ƬɖȅȵȸǣƳƏ٦ ȇȒ ˾ȇƏǼ ƳȒ mês a obra precisa ter avançado 5%, então é muito importante que se planeje antes para poder cumpri as metas. O material precisa ser pedido antes, as pessoas precisam ser direcionadas para aquele setor que possuem mais aptidão e melhor desenvoltura para que a obra ande direito.
Se um funcionário tem algum problema e falta isso prejudica, porque você vai jogar com um jogador a menos, então, precisa redistribuir a equipe para cumprir as metas. Você não pode é perder o jogo, aí a realidade é essa. Eu tenho muito cuidado na hora de formar a equipe e isso faz toda diferença para atingir os 5%, você precisa contratar os melhores e distribuir as tarefas possíveis dentro das condições humanas deles, para ter garantia que ele cumpra, dentro do ǼǣȅǣɎƺ ƺ ɎȸƏɎƏȇƳȒ ƺǼƺ ƬȒȅȒ ȵƺɀɀȒƏ ǝɖȅƏȇƏ ƺ ƬȒȅȒ ȵȸȒ˾ɀɀǣȒȇƏǼ٫
ªɖƏǣɀ ɀƨȒ Ȓɀ ȅƏǣȒȸƺɀ ƳƺɀƏˡȒɀ ȷɖƺ ɮȒƬƿ ƺȇǔȸƺȇɎƏ ȇƏ ȒƫȸƏّ Tem que trabalhar com a equipe motivada, é difícil motivar por conta de salário e eu não posso mudar isso, então eu trabalho para manter um bom relacionamento, conhecendo cada um deles, entendendo o que eles precisam para ajudar na medida do possível e tentar transformar o time em uma família, E aí ele começa a ƬȒȇ˾Əȸ ƺ ɀƺȇɎǣȸ ȷɖƺ ƺǼƺ ƺɀɎƐ ȅƺǼǝȒȸ ƏǼǣ ƳȒ ȷɖƺ ƺȅ ɖȅƏ ƺȅȵȸƺɀƏ ȷɖƏǼȷɖƺȸ ȷɖƺ ƺǼƺ ǴƐ ɎȸƏƫƏǼǝȒɖ٦ ǴƐ ȷɖƺ Ə ȵƏȸɎƺ ˾ȇƏȇƬƺǣȸƏ ƺɀɀƏ ȇƨȒ ɀƺ ȵȒƳƺ ȅɖƳƏȸ ȅɖǣɎȒ٫
Qual é a sua rotina na obra? Chego de manhã bato ponto e faço o DDS, uma fala que tem de manhã onde os colaboradores nos falam sobre os problemas deles e nós falamos sobre o que ȵȸƺƬǣɀƏ ȅƺǼǝȒȸƏȸ٦ ƺȅ ɀƺǕɖǣƳƏ٦ ƫɖɀƬƏȅȒɀ ȸƺɀȒǼɮƺȸ ƺɀɀƺɀ ƬȒȇ˿ǣɎȒɀ ǴɖȇɎȒɀ ƏȇɎƺɀ ȷɖƺ cada um vá pra o campo. Alguns dos colaboradores tem o rádio, como o menino que tá no elevador, e aí quando eles precisam de alguma coisa ou precisam falar com alguém eles passam pelo rádio, tipo “ó eu quero falar com Ademário aqui” aí eu vou lá subo, é importante que eles não parem o que estão fazendo. Muitos acabam usando muito o telefone também, porque pelo telefone mandam o recado e o recado chega, mas quando é pelo rádio todo mundo sabe onde é que eu tô e pra onde eu fui chamado, porteiro, administração, escritório, técnico de segurança… isso é interessante.
Você já enfrentou problemas relacionados a insumos? Quase nunca tenho problema com material, poucas vezes tem algum problema porque um material não chegou. Porque se eu peço 50 sacos de argamassa, o ƏǼȅȒɴƏȸǣǔƺ ǴƐ ȅƺ ƺȇƬƏȅǣȇǝƏ ƺ ƳƐ ƫƏǣɴƏ ȇȒɀ שɀƏƬȒɀ ƺ ɀƺ ȵȒȸ ƏƬƏɀȒ ˾ƬƏȸ ƬȒȅ menos de 100 sacos ele já entende que é hora de pedir novos sacos. O segredo da obra é tratar os problemas que acontecem o mais rápido possível para que eles não se acumulem e é muito importante que todos os problemas sejam documentados no diário de obra. Aqui na obra da Unimed, a que eu estou agora, trabalham 35 pessoas, a gente segue o modelo lean de construção. Trabalham muitos terceirizados, nós somos a parte de apoio e lideramos área para os terceirizados trabalharem. Então nós estamos aqui pra dá condição ao trabalho dos terceirizados, eles tem uma liderança
Desperdícios de mão de obra As soluções para evitar desperdícios na construção civil relacionados ao pessoal são bastante semelhantes às do item anterior. Para garantir que a mão de obra trabalhe com otimização de tempo e entrega de qualidade, é essencial garantir a logística e o gerenciamento adequados. O tempo perdido por falta de material para a realização de atividades, por exemplo, ǣȅȵƏƬɎƏ ɎȒƳȒ Ȓ ȵȸȒƬƺɀɀȒ ȵȸȒƳɖɎǣɮȒً ƬȒȅ ȸƺȵƺȸƬɖɀɀȰƺɀ ˡȇƏȇƬƺǣȸƏɀ ȇƺǕƏɎǣɮƏɀِ ɀɀǣȅً é preciso que o arranjo do canteiro seja pensado para máxima otimização de deslocamentos e manuseios, de tal modo, que evite desperdício oculto, todo o processo de produção deve ser controlado. Um tipo de perda de mão de obra é a ociosidade dos trabalhadores. Será que são mesmo necessários tantos pedreiros para a execução? Equipes destreinadas geram desvios na gestão, assim como as perdas de mão de obra e materiais. ÁȒƳȒɀ ƺɀɀƺɀ ƳƺɀȵƺȸƳǥƬǣȒɀ ǕƺȸƏȅً ƺȅ ȅƏǣȒȸ Ȓɖ ȅƺȇȒȸ ǕȸƏɖً ȵƺȸƳƏɀ ˡȇƏȇƬƺǣȸƏɀِ ³Ȓmente um bom trabalho de gestão de obra, é capaz de evitar e/ou amenizar esses desperdícios. Ter uma estratégia bem embasada é a ação de maior foco em todo o processo da construção civil, da criação da planta à entrega do edifício.
Entrevista com Túlio Tenório - HAUT Qual é a sua área de atuação e o que você faz no seu trabalho? Hoje aqui na Haut eu tô na parte de orçamento e planejamento, principalmente ȇȒ ƬȒȇɎȸȒǼƺ Ȓɀ ƬɖɀɎȒɀ ƳƏ ȒƫȸƏ ƺ ȵǼƏȇƺǴƏȅƺȇɎȒ ˾ȇƏȇƬƺǣȸȒ ƳƺǼƏ٫ (ƺɀƳƺ Ȓ ȵȸǣȅƺǣȸȒ ȅƿɀ ƏɎƻ Ȓ ɗǼɎǣȅȒ٦ ƺȇɮȒǼɮƺȇƳȒ Ə ȵƏȸɎƺ ˾ȇƏȇƬƺǣȸƏ ƺ Ȓ ƬȸȒȇȒǕȸƏȅƏ ƳƏ ȒƫȸƏ ƬȒȅȒ ɖȅ ɎȒƳȒ٦ Ȓɖ ɀƺǴƏ٦ Ȓ ƬȒȇɎȸȒǼƺ ǔǥɀǣƬȒ٦ ˾ȇƏȇƬƺǣȸȒ Ƴƺ ȒȸƯƏȅƺȇɎȒ ƺ ȵǼƏȇƺǴƏȅƺȇɎȒ٫ zƏ JƏƫȸǣƺǼ ƏƬƺǼƏȸ٦ ƏǼƻȅ Ƴƺ ǕƺȸƺȇƬǣƏȸ Ə ȵƏȸɎƺ ˾ȇƏȇƬƺǣȸƏ ƺ ǕƺȸƺȇƬǣƏǼ Ȓɀ ȵȸƏɿȒɀ٦ ƺɖ gerenciava um grupo de pessoas grandes que era parte da mão de obra (pedreiro, ɀƺȸɮƺȇɎƺ٦ ȅƺɀɎȸƺ Ƴƺ ȒƫȸƏپ٦ ƺɀɀƺ ǕȸɖȵȒ ƺȇɮȒǼɮƺ ɎȒƳȒɀ Ȓɀ ȵȸȒ˾ɀɀǣȒȇƏǣɀ Ƴƺ ɖȅƏ ȵȒȇɎƏ Ə ȒɖɎȸƏ ƳƏ ȒƫȸƏ٫ 0ȇɎƨȒ ƺɖ ɎǣȇǝƏ ȷɖƺ ǕƺȸƺȇƬǣƏȸ Ə ƬƏƳƺǣƏ٦ ǝȒǴƺ ȇƏ RƏɖɎ٦ ƺɖ ˾ƬȒ ȇƏ ȵƏȸɎƺ ˾ȇƏȇƬƺǣȸƏ Ƴƺ ȵǼƏȇƺǴƏȅƺȇɎȒ ƺ Ɏƺȅ Ȓ ƺȇǕƺȇǝƺǣȸȒ ƳƏ ȒƫȸƏ ȷɖƺ ˾ƬƏ ƏƳȅǣȇǣɀtrando o contrato.
ªɖƏǣɀ ɀƨȒ Ȓɀ ȅƏǣȒȸƺɀ ƳƺɀƏˡȒ Ƴƺ ɮȒƬƿɀ ǝȒǴƺّ Como a gente trabalha com condomínio a gente tem uma receita que pode gastar por mês, a gente não pode gastar mais que isso. Então, montamos uma estratégia para que esse dinheiro seja o mais bem gasto possível, eu não vou pegar
esse dinheiro que eu recebi agora para comprar uma coisa que eu só vou usar daqui a 6 meses. Então a gente pensa no que realmente é necessário comprar agora para fazer uma compra bem feita. Contratar empresas de elevador, por exemplo, é uma dor bem latente para mim porque são eles que fazem o contrato e exigem que seja o contrato deles. Como em Recife só existem três empresas de elevadores, eles fazem com que as três só fechem negócio com o contrato delas, ƺȇɎƨȒ ƺɖ ˾ƬȒ ȸƺǔƻȅ ƳȒ ƬȒȇɎȸƏɎȒ ƳƏ ƺȅȵȸƺɀƏ ȵƏȸƏ ƬȒȇɀƺǕɖǣȸ ƬȒȅȵȸƏȸ٫ ǕƺɀɎƨȒ ƳȒ ƬȒȇɎȸƏɎȒ ȇȒɀ ƳƺɀƏ˾Ə Ə ǔƏɿƺȸ ɖȅ ƬȒȇɎȸƏɎȒ ƫƺȅ ǔƺǣɎȒ٦ ȵȸƺƬǣɀƏ Ɏƺȸ ɀƺǕɖrança jurídica, segurança de medição, se a gente fecha o contrato com empresa de 10 milhões de reais. Nós precisamos programar esse desembolso e formalizar com segurança de que a gente possa pagar essa gestão de contrato. É um deɀƏ˾Ȓ ȵȸǣȇƬǣȵƏǼȅƺȇɎƺ ȷɖƏȇƳȒ Ɏƺȅ ɖȅ ƬȒȇɎȸƏɎȒ ǕȸƏȇƳƺ٫ 0ɀɀƺ ȅȒƳȒ ɎƺȸƬƺǣȸǣɿƏƳȒ que a gente opera tem um lado positivo de não envolver gestão de pessoas, no entanto, lidar direto com a parte de mão de obra era mais fácil porque diante de qualquer mudança rápida a gente conseguia organicamente rearranjar as frentes sem precisar fazer outro contrato. Contrato é bom mas ele deixa as ações bem engessadas, qualquer mudança envolve multa, distrato, tem protesto às notas... Gestão de contratos na construção civil para empresa que quer terceirizar é uma oportunidade de negócio.
Em obras tradicionais, na sua rotina de trabalho, você costumava ƺȇǔȸƺȇɎƏȸ ƳƺɀƏˡȒɀ ƺȅ ȸƺǼƏƯƨȒ Ə ƬȒȇɎȸȒǼƺ Ƴƺ ƺɀɎȒȷɖƺّ 0ȅ ƏǼȅȒɴƏȸǣǔƏƳȒ ƺ ƬȒȇɎȸȒǼƺ Ƴƺ ƺɀɎȒȷɖƺ ƺɖ ɀƺȇɎǣƏ Ƴǣ˾ƬɖǼƳƏƳƺɀ ȵƺǼȒ ǔƏɎȒ Ƴƺ ȷɖƺ ɎȒdos os pedidos que chegavam eram muito imaturos. É necessário tornar isso mais simples. Por exemplo hidráulica, em vez de entregar kits com os canos prontos e cortados como uma espécie de “kit apartamento” o fornecedor entrega tubos de canos enormes que precisam ser cortados na obra e isso desperdiça tempo de mão de obra. Se eu preciso de tubos de 2,5 metros e o fornecedor só me oferece tubos de 6 metros, isso gera desperdício de mão de obra (do cara que tem que cortar) e das sobras. Cortar cano é um tipo de atividade que não agrega valor à obra, porque com essa atividade eu não avanço nem mesmo 1% dela, então, é um desperdício de mão de obra. Falta também um local que favoreça a logística de material, o interessante é trabalhar com estoque mínimo possível. Não é preciso fazer estoque, eu tinha estoque mínimo possível, eu preciso ter o que eu vou usar na hora. Se eu compro material para a obra inteira eu estou perdendo dinheiro, porque o dinheiro daquele material que não está sendo usado poderia está rendendo na conta. ÁȸƏƫƏǼǝƏȇƳȒ ƬȒȅ ƺɀɎȒȷɖƺ ȅǥȇǣȅȒ ƏǼƻȅ Ƴƺ ȸƺȅɖȇƺȸƏȸ ȅƺǼǝȒȸ ƺɖ ˾ƬȒ ƬȒȅ ȅȒƫǣlidade melhor na obra, se o fornecedor no ato do contrato me diz que consegue mandar material a cada dois dias então o meu estoque é a cada dois dias. E aí eu só pago na hora que eu vou usar: argamassa, cimento, EPI… Estoque mínimo com a margem de segurança. Claro que isso exige muita atenção do almoxarife, ele precisa se ligar que chegou na margem de segurança pedir!
Qual era a dor mais latente para você, enquanto engenheiro que geria um canteiro de obra? Minha dor principal lá era mão de obra, esse fator compromete 50% do orçamento. Por exemplo, nas nossas obras cada funcionário fazia em torno de 25 metros de alvenaria estrutural por dia, então se ele tiver fazendo 15, mesmo que ele não desperdice material, mesmo que o material seja controlado, ele vai estar fazendo só 15 e esses desperdício ainda são difíceis de mensurar. Se a gente tinha uma meta lá de fazer uma laje por semana de alvenaria e eu escalei uma equipe de 4 pessoas, sabendo que quatro era muito para fazer e 3 horas pouco. Então os quatro cumprem a meta, mas passavam três dias fazendo alvenaria e outro dia em outro lugar, para que eu não desperdice mão de obra sem saber. E aí é caro, é onde o dinheiro da turma vai para o lixo: na mão de obra. Colaboradores parados e ociosos é caríssimo. Controlar material é fácil pra mim, mas eu não conseguia controlar mão de obra. Então eu pegava um teto máximo de ritmo trabalhava em cima dele e puxava a mão de obra para esse ritmo e deixava a equipe mais enxuta possível. Veja o poder da mão de obra, a gente tá falando de 50% do valor total do negócio que é difícil de enxergar e mensurar por ser muito relativo. Eu já vi pedreiro colocar 30m de alvenaria por dia com uma relação de três pedreiros para um servente, aí a turma não tem resultado satisfatório as vezes e não consegue enxergar onde é a falha que é na mão de obra. Esse é o trabalho de AI que eu comecei a fazer e não terminei, que envolvia área e ritmo pra que eu entendesse o ritmo de produƯƨȒ٫ xƨȒ Ƴƺ ȒƫȸƏ ƻ ۪ששתȒ ǼɖǕƏȸ ȒȇƳƺ Ə ɎɖȸȅƏ ȵƺȸƳƺ ƳǣȸƺǣɎȒ٫ 0 ƏǣȇƳƏ ɎȸƐɀ Ȓ ƳƺɀƏ˾Ȓ de mantê-los motivados, nas minhas obras eu buscava fazer uma série de coisas, levava livros para criar um biblioteca para os trabalhadores e eles tinham um computador que podiam usar nos intervalos. A gente também precisa olhar para essas pessoas como ser humano, que pensam e que gostam de se informar, não ǼǣȅǣɎƐډǼȒɀ ƏȒ ɎȸƏƫƏǼǝȒ ȅƺƬƘȇǣƬȒ٫ 0ɀɎǣȅɖǼƏȸ ȒɖɎȸȒɀ ɎƏǼƺȇɎȒɀ ȇƺǼƺɀ٫ 0ɖ ȵȒɀɀȒ Ə˾ȸȅƏȸ certamente que nas minhas obras o problema nunca foi material, é mão de obra, é mão de obra, é mão de obra! Eu não tenho um sensor para medir quanto o cara fez. 0ɖ ȵȸƺƬǣɀȒ ȵƺȇɀƏȸ ȇƏ ǼȒǕǥɀɎǣƬƏ ƳȒ ƬƏȇɎƺǣȸȒ٦ ȇɖȅ ǼƏɵȒɖɎ ƫƺȅ Ƴƺ˾ȇǣƳȒ ȵƏȸƏ ƺɮǣɎƏȸ desperdício com deslocamento dos colaboradores. Nas minhas obras os colaboradores recebiam um controle e quando ele apertava no botão a equipe de logística já sabia qual era o tipo de produção que tava fazendo e qual era o material que ele estaria precisando para ele porque não tivesse que parar e descer para pegar. 0ȇɎƨȒ Ȓ ȒȵƺȸƐȸǣȒ Ɏƺȅ ȷɖƺ ɀƺȸ ˾ɴȒ ƺ Ȓ ȅƏɎƺȸǣƏǼ ƻ ȷɖƺ Ɏƺȅ que se mover até ele, botão verde indicava a chegada do colaborador ao ponto de trabalho, o vermelho indicava a saída, amarelo era alerta de dúvida ou necessidade de material. Com um layout bem estruturado, uma equipe sendo apoiada e monitorada e melhoria no deslocamento vertical na obra já consegui enxugar gastos na obra em mais de 1 milhão de reais.
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Cenários de tendência e futuro
Tendências de inovação: BIM Fullproject Como processos de gestão se integrarão a adoção em Massa de BIM para o auȅƺȇɎȒ Ƴƺ ƺ˾ƬǣƿȇƬǣƏ ƺ ǕƺɀɎƨȒ٬ Projetos Modulares !ȒȅȒ Ə ǕƺɀɎƨȒ ɎƺȸƐ ȷɖƺ ɀƺ ƏƳƏȵɎƏȸ ƬȒȅ Ə ȸƺƏǼǣɿƏƯƨȒ Ƴƺ ȵȸȒǴƺɎȒɀ ȅȒƳɖǼƏȸƺɀ٬ Bioconcretos Bioconcretos são a ponta de uma perspectiva de adoção em massa cada vez maior de uma preocupação intensa a respeito de sustentabilidade. Como desenvolver melhores processos de gestão que absorvam com tranquilidade as demanƳƏɀ ȵȒȸ ɀɖɀɎƺȇɎƏƫǣǼǣƳƏƳƺ٬
Cenários de futuro para construção civil
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Saiba mais
Outras referências para seguir acompanhando ou para se aprofundar ainda mais nos problemas ɿUma startup brasileira, plataforma de notícias e reportagens sobre inovação e tecnologia na construção civil: https://www.buildin.com.br/ ɿUma plataforma com curadoria da universidade de Waterloo sobre o futuro da construção, com um conjunto de práticas, tendencias, cenários de futuro e estudos sobre cenários. https://futureofconstruction.org/ ɿUm pouco sobre cadeia de inovação https://hbr.org/2007/06/the-innovation-value-chain ɿUm plano para acelerar a adoção em massa de BIM https://futureofconstruction.org/blog/new-report-available-an-action-plan-toaccelerate-building-information-modeling-bim-adoption/ ɿComo automação e a tecnologia irão mudar as construções em que vivemos: https://futureofconstruction.org/blog/how-automation-and-technology-willchange-the-buildings-we-live-in-2/ ɿAprendendo sobre como manter a saúde dos construtores saudável https://futureofconstruction.org/blog/learning-f rom-the-masters-to-keep-craftworkers-healthy/ ɿInovação e Negócios: https://bit.ly/1PPoMxE ɿDesign Cesar: https://bit.ly/2Dp1mk4 ɿConstrutechs: ǝɎɎȵɀٖٖيƫǣɎِǼɵٖה(אǴn ח https://bit.ly/2vnArPc ɿCadeia Produtiva da Construção: https://bit.ly/2F6LgNN
https://bit.ly/2yPBwlp ɿCenários Prospectivos da Construção: https://bit.ly/2IwT7R8 ɿStartups Brasileira mudando o Setor de Imóveis: https://insights.liga.ventures/realestate/
Outras referências para seguir acompanhando ou para se aprofundar ainda mais nos problemas ɿUma startup brasileira, plataforma de notícias e reportagens sobre inovação e tecnologia na construção civil: https://www.buildin.com.br/ ɿUma plataforma com curadoria da universidade de Waterloo sobre o futuro da construção, com um conjunto de práticas, tendencias, cenários de futuro e estudos sobre cenários. https://futureofconstruction.org/ ɿUm pouco sobre cadeia de inovação https://hbr.org/2007/06/the-innovation-value-chain ɿUm plano para acelerar a adoção em massa de BIM https://futureofconstruction.org/blog/new-report-available-an-action-plan-toaccelerate-building-information-modeling-bim-adoption/ ɿComo automação e a tecnologia irão mudar as construções em que vivemos: https://futureofconstruction.org/blog/how-automation-and-technology-will-change-the-buildings-we-live-in-2/ ɿAprendendo sobre como manter a saúde dos construtores saudável https://futureofconstruction.org/blog/learning-f rom-the-masters-to-keep-craftworkers-healthy/
Aonde buscar saber mais: ɿSite do Pigs http://pigsconstrucaocivil.labs.cesar.org.br/