Evolução da estrutura de gerenciamento de projetos do governo de minas poliana lopes diego santos ro

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Evolução da estrutura de gerenciamento de projetos do Governo de Minas

Poliana Cardoso Lopes Diego Pessoa Santos Rodrigo Guerra Furtado Resumo: A implantação e consolidação das estruturas responsáveis por disseminar o gerenciamento de projetos no Governo do Estado de Minas Gerais colocou o modelo de gestão pública mineiro em patamar de referência nacional, por sua capacidade de empreender políticas públicas e alcançar resultados. O presente artigo apresenta a trajetória de consolidação dessas estruturas, em especial, a evolução do escopo de atuação do escritório central de projetos e o surgimento e institucionalização dos escritórios setoriais. Partindo da criação do GERAES, estrutura concebida para gerir a carteira de Projetos Estruturadores do governo, o artigo perpassa pelas funções assumidas pelo escritório e a conseqüente replicação de estruturas voltadas à Gestão de Projetos nos órgãos e entidades setoriais. Como desdobramento desse movimento inicial, apresenta-se em seguida a nova estrutura do Governo do Estado, que se deu pela criação de unidades que se complementam em funções e responsabilidades típicas de PMO. Disserta-se sobre a divisão de papéis entre estas unidades ressaltando os desafios e resultados esperados. Por fim, explicita-se brevemente sobre as estratégias para o desenvolvimento da maturidade dessa estrutura recém implementada. Palavras Chave: I. Escritório de Projetos; II. Administração Pública; III. Minas Gerais.

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Introdução

O gerenciamento de projetos no Estado de Minas Gerais tem suas primeiras iniciativas no ano de 2001, com a elaboração de estudos técnicos pela então Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Administração (SERHA) sobre as etapas e processos da prática de projetos governamentais. No entanto, era uma iniciativa ainda incipiente, ainda não institucionalizada. A adoção de fato do gerenciamento de projetos por parte do Estado de Minas Gerais tem início em 2003, a partir do Choque de Gestão, um conjunto de “propostas objetivas que permitissem a reformulação da gestão estadual” (ANASTASIA, 2006, p.13), em face à grave situação fiscal vivida pelo Estado e aos problemas de gestão encontrados. O Choque de Gestão contemplou a criação de um escritório de projetos em uma unidade inicialmente ligada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), sendo posteriormente incorporada à estrutura formal de tal Secretaria e por isso denominada de escritório central de projetos. Na medida em que a metodologia adotada foi sendo internalizada, puderam-se observar movimentos de evolução em todo o Estado, que vão desde o surgimento de escritórios setoriais de projetos, ou seja, escritórios de projetos nos órgãos finalísticos, até uma nova estrutura para o gerenciamento de projetos no Estado. O objetivo principal deste artigo é explicitar o percurso percorrido pelo escritório central de projetos do Governo de Minas Gerais, enfatizando as mudanças de função, de estrutura, bem como suas vantagens e desvantagens. 1


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