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Gerenciamento do Projeto “Repositório Brasileiro de Rejeitos Radioativos (RBMN)” – do intuitivo ao metodológico Clédola Cássia Oliveira de Tello1, Maria de Fátima Bastos Borssatto2 e Rosania de Castro Fernandes3 Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN/CNEN Avenida Presidente Antônio Carlos, 6.627, Campus da UFMG, Pampulha CEP 31270-901 Belo Horizonte, Minas Gerais, MG, Brasil tellocc@cdtn.br 1 , fborssatto@gmail.com2, rosacafe@terra.com.br 3,

RESUMO A utilização da radiação ionizante no Brasil está presente na geração de energia elétrica, na medicina, na indústria, na agricultura e nos institutos de pesquisa e desenvolvimento. Todas essas atividades são geradoras de rejeitos radioativos. Atualmente o estágio de utilização da energia nuclear e de radioisótopos no Brasil justifica a construção de um repositório nacional para armazenar definitivamente estes rejeitos. A Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN – é responsável pelo armazenamento intermediário e final dos rejeitos radioativos. Em 2008 foi lançado o Projeto RBMN (Repositório para Rejeitos de Baixo e Médio Nível de Radiação), cujo objetivo é a construção e o licenciamento do repositório nacional para o armazenamento final dos rejeitos de baixo e médio nível de radiação. O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN – um dos institutos da CNEN é o responsável pela coordenação deste Projeto. Devido a sua complexidade constatou-se a necessidade do estabelecimento de metodologia bem fundamentada em gerenciamento de projetos e gerenciamento de riscos para que os objetivos sejam alcançados. Neste artigo descreve-se a evolução do gerenciamento deste Projeto, do intuitivo até a fase atual, na qual está sendo desenvolvida uma metodologia específica baseada nas boas práticas difundidas pelo PMI em seu guia PMBOK®. Palavras-chave: Gerenciamento de projetos; Pesquisa; Repositório; Metodologia; Riscos

1. INTRODUÇÃO A utilização da radiação ionizante no Brasil está presente na geração de energia elétrica, na medicina, na indústria, na agricultura e nas áreas de pesquisa e desenvolvimento. Todas essas atividades são geradoras de rejeitos radioativos. Segundo a norma CNEN NE 6.05 [1], rejeito radioativo é qualquer material resultante de atividades humanas, que contenha radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na Norma CNEN NE 6.02 [2], e para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista. Os rejeitos radioativos devem ser gerenciados e tratados, tornando-os apropriados para o armazenamento e ou descarte de modo que não haja riscos para as gerações presentes e futuras. Segundo a CNEN NE 6.05 [1], Gerência de Rejeitos Radioativos é um conjunto de atividades administrativas e técnicas envolvidas na coleta, segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento, transporte, armazenamento, controle e deposição de rejeitos radioativos. A deposição significa

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