REVISTA ENERGIA 96

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Jaú - Ano 12 | Edição 96 | Agosto 2021 Distribuição gratuita | Venda proibida

HVA

HOSP. VETERINÁRIO ARAUJO ENTRE OS MELHORES DO PAÍS !




Editorial

É hora de agir!

Ano 12 – Edição 96 – Jaú, Agosto de 2021 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286

O que você espera para este segundo semestre?

Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br

D

Pergunta errada! Não dá para esperar! É hora de agir!

urante esse período de pandemia, quantos sonhos foram adiados, quantas consultas médicas e exames de rotina foram prorrogados para quando passasse a pandemia, quantos treinamentos com sua equipe você não fez, quantas campanhas e ideias ficaram apenas no papel, quantas viagens você deixou de fazer para esperar um momento melhor, quantas vezes você adiou o início da dieta e dos exercícios físicos... É hora de agir!

Edição e Revisão de textos Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br

Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290 Projeto gráfico: Revista Energia Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Cristiano G Magalhães Evelin Sanches João Baptista Andrade Junior Campos Prado Marina Olivieri Piva Professor Marins Ricardo Izar Wagner Parronchi Comercial Marcelo Mendonça Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Grafilar (14) 3812 5700 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634 Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br Opiniões, avisos e quaisquer outras informações expressas nos editoriais e colunas representam exclusivamente a visão de seus autores, e não refletem necessariamente a posição e/ou opinião da Revista Energia, seus parceiros e patrocinadores. Nesses casos, o conteúdo é de total e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Foto: Arquivo pessoal

Fotografia Moinho Propaganda (14) 3416 7290

Quantas historinhas você contou para justificar a procrastinação? Procrastinar é a arte de deixar para depois, que foi facilmente justificada pela pandemia. Era um tal de “não dou conta porque estou com redução de jornada”, “não estudo porque não temos cursos presenciais e não gosto de fazer on-line”, “não viajo por causa do isolamento”, “não vou ao médico porque os médicos estão sobrecarregados”, “não faço reuniões porque clientes não estão me recebendo”, “não crio coisas novas porque o mercado está em recessão”, “não emagreço porque estou com ansiedade”, “quando acabar a pandemia começo a fazer atividade física”. Chega de contar historinhas para justificar o que é nossa responsabilidade! É hora de agir! É momento de retomada! A pandemia está numa fase controlada, com a vacinação avançando rapidamente, a vida começa a voltar ao normal. Mas, e você, ainda vai demorar para começar a tomar atitudes? O segundo semestre já começou e você tem menos de cinco meses para virar o jogo. Você está agindo na direção dos seus objetivos e com ações consistentes? Ganhar dinheiro é fácil. O difícil é aprender e fazer o certo para isso. Ter sucesso é fácil. O difícil é se preparar para ele. Ter um corpo escultural e saudável é fácil. O difícil é abdicar dos prazeres. Ter filhos felizes e prósperos é fácil. O difícil é aprender e se dispor a educá-los da maneira correta. Seja bem-vindo a um novo começo, acorde, assuma responsabilidade, comunique, foque, que o melhor começa agora! Esta edição da RE vem para coroar o recomeço, brindar o reconhecimento do HVA (Hospital Veterinário Araújo), eleito um dos melhores hospitais veterinários do Brasil, comemorar o aniversário da nossa cidade linda e viajar ao passado, resgatando a paixão dos jauenses pelo Vinil. Vamos lá? Ótima leitura!

Maria Eugênia



NESTA EDIÇÃO 8 Radar 10 Seu Próximo Destino 11 Pense Nisso 12 Cyber Dicas 14 Perfil 19 Opinião 22 Capa 29 Medicina e Saúde 30 Look de Artista 36 Comportamento 47 Soluções em Construção 48 Social Club 54 Entretenimento 58 Adote um Pet 61 Vida Saudável 63 Fitness 64 Legislação 66 Boa Vida Nossa Capa: HVA - Hospital Veterinário Araujo Modelo: Dr. Giovani Fernando Araujo Jaú - Ano 12 | Edição 96 | Agosto 2021 Distribuição gratuita | Venda proibida

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Look de Artista

HVA

HOSP. VETERINÁRIO ARAUJO ENTRE OS MELHORES DO PAÍS !



Radar

ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista. Atuou no Jornal do Brasil, na TV Manchete e na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 30 anos. Em março de 2020 foi contratado pelo Canal Rural como comentarista nos programas “Rural Notícias” e “Mercado & Companhia”, e em julho de 2020 passou a integrar o time de comentaristas da CNN Brasil. Atualmente também escreve para o jornal a Gazeta do Povo.

Por Alexandre Garcia

Cuba libre Cuba me fala de muito perto

C

omo repórter radiofônico, passei dois anos

Nos anos 80, meu companheiro de almoços, o então em-

na Rádio Independente falando em Fidel

baixador de Cuba Jorge Bolaños, figura importante do regime,

na Sierra Maestra, em 1957 e 1958, até a

me disse, em gracejo, que Fidel aprendera com o carro inglês:

queda do ditador Fulgencio Baptista, no

“Hace los cambios com la izquierda, pero maneja com la de-

início de 1959.

recha”.

Também fui influenciado pela reporta-

Enquanto durou a União Soviética, Cuba teve ajuda econô-

gem de Herbert L. Matthews, do New York Times, de fevereiro

mica; depois de 1989, começou a afundar. Agora os cubanos

de 1957, que mostrava um Fidel democrata, com um exército

chegam ao limite. Por 62 anos privados de liberdade, estão ex-

pronto para derrubar Batista, quando, na verdade, tinha pouco

plodindo, mesmo sem armas. O regime está reprimindo o povo

mais de 20 homens e era um comunista dissimulado. A história

nas ruas, onde clamam por Cuba libre e por Libertad - palavras

daquela narrativa resultou no livro O Homem que Inventou Fi-

banidas por seis décadas.

del, de Anthony DePalma, também do NY Times.

A explosão, liderada pelos jovens cubanos, derruba as nar-

Nos anos 60, Cuba exportava La Revolución para a América

rativas sobre um regime que acena com igualdade e bem-estar,

Latina, para criar “muitos vietnames” - quase chegou a isso no

mas na verdade fracassa em ambos e suprime a liberdade. Que

Chile de Allende. Em Cuba foi um período de milhares morren-

cria a burguesia da nomenclatura do partido. Uma utopia que

do nas prisões políticas e de um número calculado em até 17

vende sonhos e se transforma em pesadelo. Recentemente,

mil fuzilados no paredón.

manifestantes com bandeiras do PC do B e do PT, diante da

Em 1982, nos céus de Angola, precisei pilotar um bimotor sem ter brevê, porque o piloto apagou e só estávamos ele e eu. Quando

Embaixada de Cuba, no Lago Sul, prestaram sonora solidariedade ao regime. 

o piloto acordou, constatou que eu havia saído da rota segura e

“O regime está reprimindo o

estávamos acima de baterias cubanas. Eles demoraram a perce-

povo nas ruas, onde clamam por

ber e nos safamos voando baixíssimo. Por fim, Cuba me fala perto

Cuba libre e por Libertad - palavras bani-

porque prezo muito os cubanos que conheço, refugiados aqui em Brasília; alguns foram apresentados ao vinho em minha casa. 8 Revista Energia

das por seis décadas”



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Pense

nisso

Por Professor Luiz Marins

LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br

Cantou? Agora dance! A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos

Q

uando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer. A formiga então perguntou a ela: — E o que é que você fez durante todo o verão? — Durante o verão eu cantei — disse a cigarra. E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!

A Cigarra e a Formiga é uma das fábulas infantis mais conhecidas e famosas. E continua sendo bem presente na nossa memória. Fala sobre uma cigarra preguiçosa e uma formiga esforçada, comparando as duas posturas sobre o trabalho e o futuro. A narrativa costuma ser atribuída a Esopo, autor da Grécia Antiga, mas também foi contada em versos pelo francês La Fontaine e teve inúmeras adaptações, incluindo a do escritor brasileiro Monteiro Lobato. Estamos no inverno e nada mais apropriado do que revisitar esta fábula. E o que ela quer nos dizer hoje? Quantas pessoas conhecemos que vivem como se a vida fosse um eterno verão, jamais se preocupando com a ética do trabalho honesto, com a poupança, com a dedicação e comprometimento, acreditando que jamais lhes chegará o inverno. Passam os dias cantando e, muitas vezes, zombando dos que trabalham duro, dos que acreditam na honestidade, no caminho certo. O problema é quando chega o inverno - e ele sempre chega. Aí então essas pessoas sofrerão a dor do frio, do abandono, do desprezo, do desemprego e talvez da fome. E não adiantará reclamar, arrepender-se, nem pedir ajuda, pois os que trabalharam, amealharam, economizaram, deram duro, com certeza, com toda a razão e direito dirão aos que viveram cantando: - Você não cantou? Agora dance! Pense nisso. Sucesso! · Você conhece pessoas que sempre zombaram das que trabalham duro e honestamente? · Você conhece pessoas que sempre foram “braço curto e corpo mole” em seus empregos, e que ficaram desempregadas se dizendo injustiçadas? · Você conhece pessoas desonestas que acreditam que as honestas são bobas?


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O céu não é o limite “Há liberdade esperando por você nas brisas do céu. E você pergunta: E se eu cair? Oh, mas minha querida, e se você voar?” [Erin Hanson]

Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal

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DESDE QUANDO COMEÇOU A INTERESSAR-SE POR AVIÕES? A aviação entrou na minha vida em 2013, pouco após ter me formado em medicina veterinária. Eu me formei piloto comercial e instrutora de voo de helicóptero e, na sequência, piloto comercial e instrutora de voo de avião, já visando à acrobacia aérea. Depois fiz o curso de piloto agrícola e também piloto de planador. E SEU INTERESSE POR ACROBACIAS AÉREAS? A pilotagem sempre me encantou muito mais do que o “voo” por si só. Aviões de acrobacia são muito mais desafiadores e a grande diversidade de manobras permite colocar o avião em atitudes extremamente diferentes de um voo convencional. É realmente encantador poder explorar o voo em todos os eixos possíveis. A junção dessa pilotagem de alta performance, a sensação da Força G e essa demanda física e mental esportiva me fizeram apaixonar pela acrobacia de competição, que é um dos esportes que mais demandam do cérebro, pois você está constantemente pensando e reagindo numa velocidade muito rápida em condições extremamente anormais para o nosso corpo, referente tanto às Forças G exercidas durante o voo quanto às atitudes de voo, como o voo invertido por exemplo. TORNOU-SE INSTRUTORA DE ACROBACIAS AÉREAS. COMO É EXERCER ESSA ATIVIDADE? Além do curso de acrobacia, eu ministrava o curso de recuperação de atitudes anormais. Era um pouco desgastante quando se acumulavam voos seguidos, por conta do cansaço físico e mental de estar o tempo todo sendo exposta às Forças G, porém, muito gratificante ver a evolução dos alunos, especialmente quando se tratavam de pessoas que tinham um certo receio de atitudes inadversas de voos, e saíam muito mais confiantes após concluírem o curso. QUAIS PESSOAS FORAM IMPORTANTES NA SUA TRAJETÓRIA? A EJ Escola de Aviação de Itápolis foi, sem dúvida, parte importantíssima no caminho, onde não só fiz o curso de acrobacia como dei instrução por quase 3 anos, o que me permitiu crescer bastante dentro do esporte e aprender ainda mais. Pedro Tolomei, na sequência, me ajudou muito, não apenas como mentor, mas também me cedendo o seu próprio avião, o que foi fundamental para que eu pudesse desenvolver meu voo e competir.

O

poema que abre esta matéria, segundo o momentocoaching.com, “fala sobre possibilidades, evolução, coragem e superação. Sobre a escolha necessária para viver o processo e atingir o pleno potencial”. Nada mais apropriado para apresentar a vocês Juliana Fraschetti, 34, graduada em medicina veterinária. Mas, quem pensa que ela fez dessa a sua profissão, enganou-se. Juliana é piloto de aeronaves. Mais do que isso, é campeã de acrobacias aéreas. A PAIXÃO POR ESPORTES COMEÇOU CEDO? Sempre fui muito ativa, praticava todos os tipos de esporte que tinha oportunidade. Iniciei no caratê com 5 anos de idade. Sou faixa preta de caratê e taekwondo, parte fundamental na minha disciplina, caráter e condicionamento físico. Também tive bastante proximidade com atividades motorizadas, muito incentivadas pelo meu pai. Desde muito pequena dirigia mini buggy, motos, e sempre que possível íamos andar de kart. Cheguei a bater o recorde de tempo da pista mais de uma vez, tanto entre as crianças quanto entre os adultos.

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QUAL FOI SUA PRIMEIRA COMPETIÇÃO E QUAIS PRÊMIOS JÁ CONQUISTOU? Iniciei na acrobacia em 2016, quando já participei do primeiro campeonato e recebi o prêmio de piloto revelação (Campeonato Brasileiro CBA); em 2017 fui campeã brasileira na categoria básica (CBA - Comitê Brasileiro de Acrobacia Aérea); em 2018, vice-campeã brasileira categoria Sportsman (CBA); em 2021, campeã do Snowbird Classic (Williston-fl USA) categoria Sportsman (IAC - International Aerobatic Club); também em 2021, campeã no campeonato de Sebring (Sebring-fl USA) categoria Sportsman (IAC). Ressaltando que o CBA - Comitê Brasileiro de Acrobacia Aérea é o órgão que organiza os campeonatos no Brasil e IAC - International Aerobatic Club é o órgão que regulamenta a acrobacia aqui nos Estados Unidos. EXERCE ALGUMA OUTRA ATIVIDADE? Trabalho como piloto comercial na aviação executiva aqui nos USA, voando jatos. QUAIS DESAFIOS ENCONTRA NA PROFISSÃO? O maior desafio está sendo a adaptação aqui nos Estados Unidos. Tudo é muito novo, desde os aeroportos onde tenho operado, que são muito maiores e mais complexos do que aqueles que eu estava acostumada no Brasil, a comunicação toda em inglês no rádio, e ainda estou conhecendo o pessoal que integra o esporte aqui na região onde moro, o que dificulta um pouco o treinamento. Estou voando em um avião com mais performance do que estava acostumada, mais sensível de comando, necessitando uma operação um pouco mais fina e mais justa. Mas nada disso tem sido um empecilho, estou retomando com o pé direito, já com resultados bem expressivos. Importante registrar que, devido à repercussão dos bons resultados, já tive procura de patrocinadores e acabei fechando com a Qyon Aeroesports, uma empresa brasileira que tem um time de demonstração aérea aqui nos USA. Em breve teremos mais novidades a respeito. 16 Revista Energia

TEM ALGUM FATO INUSITADO PARA CONTAR PARA A GENTE? Esse título do Snowbird Classic, em março de 2021, me colocou como primeira mulher brasileira a ganhar uma competição internacional de acrobacia aérea, fato histórico para a aviação brasileira. QUAIS SÃO SEUS PLANOS PARA O FUTURO? Estou retomando as instruções de acrobacia aérea e Upset Recovery aqui nos Estados Unidos e oferecendo voos panorâmicos de acrobacia aérea para pilotos e não pilotos que desejam vivenciar essa experiência. Paralelamente, estou focada nas competições e me preparando para o campeonato nacional americano que será realizado em setembro. DEIXE UMA MENSAGEM FINAL. Em momentos difíceis como o que estamos vivendo, é importante que estejamos preparados para as oportunidades que aparecem, pois elas vêm de formas e em momentos que não esperamos. Não basta acreditar nos sonhos, temos que persistir. 


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Opinião Por: Wagner Parronchi, colunista wagnerparronchi@hotmail.com

Eleições Presidenciais 2022: polarização inevitável? Somente um acontecimento inusitado pode evitar o

N

embate polarizado no ano que vem

o futebol já estamos acostumados com a polarização. Palmeiras x Corinthians, Flamengo x Fluminense e tantos outros clássicos brasileiros e mundiais, mas na política nunca foi tão escancarada a divisão de um país como está sendo e acirrará ainda mais nas próximas eleições presidenciais. Ainda tem chão pela frente até o pleito do próximo ano, mas tudo indica uma inevitável disputa, a não ser que algo inusitado retire um ou os dois possíveis candidatos do pleito. Ambos os lados podem não concorrer às eleições do próximo ano, mas somente se não quiserem. Contra as suas vontades, só um desatino os tirariam da corrida presidencial. De um lado, acumula-se a maior quantidade de pedidos de impeachment que a democracia moderna já viu: mais de uma centena se empoeirando na gaveta do presidente da Câmara dos Deputados que, ao que tudo indica, não admitirá nenhum deles, aliás, até agora não analisou nenhum. Do outro lado, com uma ficha recém lavada e lustrada com as decisões da mais alta corte do país, que anulou as condenações e ainda determinou a redistribuição dos processos para a Justiça Federal do Distrito Federal, e proibiu o reaproveitamento dos atos processuais e das provas em que o juiz declarado suspeito participou e autorizou, para não concorrer às eleições, somente se a Justiça e o Ministério Público Federal alcançarem uma condenação em 2ª Instância em tempo recorde, jamais visto, para manchar novamente sua ficha e torná-lo inelegível, algo impossível em processos dessa magnitude. Já uma tão falada terceira via mostra sinais de enfraquecimento, para não falar acovardamento ou receio de um humilhante e inexpressivo número de votos. Famosos e políticos de outras legendas que antes dos julgamentos do STF se apresentavam como opções, aos poucos foram declarando suas desistências

ou deixando esquecer as suas intenções. Quem sobrar, somente com muita sorte conseguirá ir para o segundo turno. Vencer, só um milagre. Então, caros leitores, a polarização parece inevitável, mas no nível em que chegamos não é salutar. Isso porque não há respeito de um lado a outro e divide o país a um ponto que ninguém mais quer ouvir a opinião do outro se ela for diferente. Não se discute mais política como se deveria discutir, mas como verdadeiros torcedores fanáticos que brava e cegamente defendem um lado pouco se importando se as ideias e ações são boas ou ruins para o país e o povo. Política não deveria ser tratada assim. O confronto de opiniões deveria gerar novas ideias, não inimigos. Até mesmo a mídia se contamina com essa polarização. Não se vê mais uma imprensa independente e imparcial. Os meios de comunicação, os analistas, comentaristas e jornalistas, com algumas boas exceções, tomam partido e defendem com unhas e dentes um dos lados em vez de analisarem, comentarem e informarem os fatos como eles são e acontecem. O mais interessante disso tudo, embora no Brasil seja muito mais evidente, é que a polarização na política é um fenômeno mundial, bastando como exemplo as últimas eleições nos Estados Unidos e, não muito longe de nós, as no Peru. Os extremos na política, ciência responsável pelo desenvolvimento da sociedade, apenas fazem com que a humanidade retroceda e entre em declínio, com desprezo aos direitos tão duramente conquistados e escritos com sangue pelos nossos antepassados, o que já se percebe no Brasil, em que a própria política (ou os políticos) alimenta o ódio que promove o racismo, o sexismo, a homofobia, a xenofobia, a aporofobia e tantas outras odiosas fobias, e afasta a empatia, a paz, a união, a tolerância e a diversidade. Política não é futebol. Debater sim, brigar jamais.

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Capa

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HVA é

TOP 50

A relação entre os animais de estimação e os seres humanos vem se transformando continuamente e o HVA acompanha essa evolução oferecendo serviços de alto nível Texto Heloiza Helena C Zanzotti

TOP 50 HOSPITAIS

R

VETERINÁRIOS DO BRASIL ecentemente, o Hospital Veterinário Araujo foi eleito um dos Top 50 Hospitais Veterinários do Brasil pela Revista Medicina Veterinária em Foco, publicação produzida pelo Grupo Top. Co. e a Comunidade Pet Center, que busca fomentar o mercado e dar destaque aos empre-

endimentos que têm maior relevância no segmento. O ranking aponta 50 hospitais veterinários selecionados

como sendo alguns dos melhores do Brasil, e foi montado com a ajuda de equipes comerciais de indústrias parceiras, distribuidores parceiros e empresários referência no mercado vet, além da avaliação da editora Top.Co. que seguiu alguns critérios como o hospital ser de extrema relevância para determinada região. Uma honra para o HVA e para nossa cidade, que possui uma das melhores estruturas veterinárias do país, com serviços de alto nível.

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Elevados ao status de ‘membros da família’, os animais de estimação vêm ganhando espaço, cuidados e normas que regulamentam a sua guarda na legislação brasileira. Se há poucas décadas eles viviam do lado de fora das casas e se alimentavam de sobras de comida, hoje esse tipo de tratamento pode ser visto como negligência e até configurar maus-tratos, dependendo do estado de saúde do animal. Não é por acaso que, para reconhecer a importância dos animais de companhia aos humanos e conferir segurança jurídica aos segmentos econômicos do setor pet, está em análise na Comissão de Meio Ambiente o projeto que cria no Brasil o marco regulatório dos animais de estimação (PL 6.590/2019), de autoria do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS). Segundo a Abinpet - Associação Brasileira da Indústria de

Myriam, Maria, Elaine, Evelyn, Maria Clara Moreira, Maria Clara

Produtos para Animais de Estimação - o Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves em todo o mundo, e é o terceiro maior país em população total de animais de estimação, com cerca de 54,2 milhões de cães, 23,9 milhões de gatos, 19,1 milhões de peixes, 39,8 milhões de aves e mais 2,3 milhões de outros animais, totalizando mais de 139 milhões de pets, o que demonstra a força potencial do setor na economia brasileira. E esses números estão crescendo. HVA - HOSPITAL VETERINÁRIO ARAÚJO Há 15 anos atuando em Jaú, o HVA possui umas das estruturas mais completas do país e está constantemente trazendo inovações em medicina veterinária, acompanhando as melhores e mais recentes tecnologias disponíveis. Ao longo da sua

Marcela, Daniela, Dr. Giovani

história, o HVA vem construindo uma trajetória de sucesso através de seu idealizador, Dr. Giovani Fernando Araujo, e um corpo clínico altamente qualificado. Com consultórios amplos, laboratório de análises clínicas, laboratório de exames de imagem, centro de controle de esterilização, centro cirúrgico completo com equipamentos de alta tecnologia, atendimento e internação 24 horas, microchipagem, farmácia, pet shop completo com banho e tosa, além de outros serviços, o HVA oferece tratamento de excelência na área, em 21 especialidades veterinárias. O HVA possui toda a estrutura necessária e uma equipe preparada para as mais modernas terapias como, por exemplo, o transplante de células tronco, indicado para doenças progressivas e degenerativas, muitas vezes incuráveis. “HVA TRAZENDO MAIS INOVAÇÃO A JAÚ”

Para o Dr. Giovani, “acompanhar as tendências e avanços tecnológicos na medicina veterinária é primordial para prestar o melhor atendimento, possibilitando oferecer mais qualidade de vida para os animais através de diagnósticos precisos, segurança e agilidade no tratamento, além de tranquilizar os tutores que confiam no trabalho da equipe”. Por isso o HVA investe constantemente em novos tratamentos e equipamentos. 24 Revista Energia

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ESPECIALIDADES Acupuntura Animais Silvestres Cardiologia Chipagem Dermatologia Doenças infectocontagiosas Endocrinologia Fisioterapia Homeopatia O HVA recebe estudantes de todo o Brasil para aprimoramento e

Infectologia

formação técnica, ajudando a capacitar as futuras gerações de médi-

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cos veterinários

Medicina oriental Microbiologia Nefrologia Neurologia Odontologia Oftalmologia Oncologia Ortopedia Patologia Clínica Radiologia Traumatologia Ultrassonografia

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Medicina e Saúde Por: Dra Marina Olivieri Piva Medicina e residência em clínica médica pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP Residência em Oncologia Clínica pelo Hospital Amaral Carvalho de Jaú Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica - SBOC

Mitos x verdades sobre o câncer Conhecer mais sobre a doença é fundamental para a prevenção

O

câncer é contagioso? Mito! O câncer não pode ser transmitido de uma pessoa para outra.

Esquentar comida no micro-ondas pode dar câncer? Mito! Não há nenhum estudo que comprove que o uso de micro-ondas aumente a chance de desenvolver câncer. Comer carne de porco durante o tratamento de quimioterapia faz mal? Mito! A carne de porco, se bem preparada, com cozimento adequado, pode ser comida pelo paciente em tratamento. Tive um parente próximo com câncer, também terei câncer? Não necessariamente. Sabemos que aproximadamente 10% dos cânceres são genéticos e devemos ter atenção quando muitos membros da família são acometidos. Os outros 90% estão relacionados com hábitos de vida e alterações celulares. Se tiver que fazer quimioterapia vou ficar careca? Depende. Alguns quimioterápicos fazem com que os cabelos caiam durante o tratamento. A intensidade da queda também é relativa, algumas drogas resultam em queda muito pequena dos fios. Porém, após o término do tratamento, os cabelos voltam a crescer. A quimioterapia “vermelha” é a mais forte de todas? Mito! A quimioterapia “vermelha” ficou amplamente conhecida por ser muito usada em pacientes com câncer de mama. Porém, a cor da medicação não se relaciona nem com a eficácia nem com os efeitos colaterais. O toque retal para investigação de câncer de próstata diminui a virilidade? Mito! O toque retal é extremamente importante e faz parte do exame físico para avaliação do câncer da próstata, porém, não altera o desempenho sexual do paciente. Se eu fizer quimioterapia não poderei ter filhos? Depende. Em alguns casos a quimioterapia pode levar à esterilidade, porém, existe a possibilidade de armazenagem de óvulos ou espermatozoides antes do início da quimioterapia. Desta forma, os pacientes poderão ter filhos no futuro, caso estejam impossibilitados pelo tratamento. O cigarro pode levar ao câncer? Sim! Fumar está relacionado

com o desenvolvimento de tumores de pulmão e de cabeça e pescoço, como boca, língua, laringe.... O homem pode ter câncer de mama? Verdade. Os casos de câncer de mama em homens são raros, em torno de 1%. Posso fazer a unha durante a quimioterapia? Geralmente, sim. Pedimos para cada paciente ter seu kit próprio, não retirar as cutículas e evitar manter esmalte por tempo prolongado. Pintar o cabelo durante a quimioterapia faz mal? No geral, para os pacientes que desejam usar tinta ou procedimentos químicos nos cabelos, o ideal é que aguarde 3 meses após o término do tratamento, pois assim os fios estarão mais fortes e o couro cabeludo mais resistente. Usar protetor solar previne o câncer? Sim. O uso regular de filtros solares protege a pele e evita os efeitos nocivos do sol, como envelhecimento e cânceres de pele. Quem faz autoexame das mamas mensalmente também tem que fazer mamografia? Verdade. A mamografia é de extrema importância para diagnosticar doenças da mama de forma inicial, que muitas das vezes podem não ser perceptíveis ao toque manual. No Brasil, recomenda-se mamografia para todas as mulheres acima de 40 anos, quando não há fatores de risco. Os novos tratamentos são menos tóxicos? Verdade! Com o passar dos anos e desenvolvimento da medicina, as drogas vêm sendo cada vez mais específicas para cada tipo de tumor, e com isso se tornam menos tóxicas. Câncer tem cura? Verdade. Se descoberto de forma precoce, as chances de cura aumentam muito, por isso é muito importante realizar exames de rotina, direcionados para idade e fatores de risco do paciente. Você já fez um check up oncológico? *Atenção: converse sempre com seu médico, pois as condutas são individualizadas de acordo com a doença e tratamentos envolvidos.


Look de artista

Modelo: Livia Vicente Looks: Vestylle Megastore Produção: Jorgin Cabelo e Estética Local: Sweet Garden Eventos Fotos: Moinho Propaganda


Tel: 14 3622 8364 Av. Frederico Ozanan, 770 - Jaú/SP


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Comportamento

Mudar o visual faz bem para a alma Com tantas inspirações na internet e redes sociais, o que não faltou durante a pandemia foi a vontade de mudar o visual

Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal

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C

om o objetivo de conter a pandemia do novo co-

ASSUMINDO O NATURAL

ronavírus, a maioria dos países adotou medidas

A RE conversou com as responsáveis pelo salão Jorgin Cabelo

radicais de distanciamento social. As pessoas

e Estética, Flávia e Francini Jorgin, e a Bruna, responsável pela par-

foram incentivadas e até forçadas a se isolarem

te de cabelo no salão. Segundo elas, no começo da pandemia as

em suas casas, o trabalho virou home office e

pessoas estavam bastante assustadas, mas logo depois perceberam

acabaram-se as reuniões sociais e as viagens.

que muitas clientes queriam mudar o visual. “Algo bem curioso foram

Tudo isso já está mais flexível agora, com o avanço da vacinação,

as pessoas assumindo sua imagem natural, principalmente as que

mas por mais de um ano as medidas restritivas foram bem severas. Ainda assim, entre celebridades e pessoas do nosso convívio, as mudanças no visual tomaram conta das redes sociais. Mesmo durante a fase mais crítica, com os salões de beleza fechados, muitas pessoas se arriscaram e realizaram essas mudanças em casa mesmo. Publicações do setor apontam que a plataforma de inspirações

faziam alisamento químico e não conheciam seu cabelo real. Esse processo de ficar mais em casa e não exigir muito da sua imagem para os outros fez com que a pessoa conseguisse dar um tempo para o cabelo e começar a ver que aquele cabelo natural também é bonito. Isso foi algo muito legal que aconteceu, um movimento muito bacana, quando vimos resultados super positivos”, afirma Flávia. Ela conta que outras clientes que não puderam ir ao salão enquan-

Pinterest registrou aumento de 417% na busca por “corte de cabelo

to estava fechado no período de quarentena resolveram assumir seus

em casa”. Houve também quem resolveu assumir seus cabelos na-

cabelos brancos. “Confesso que não sou muito a favor, porém, foi

turais e se surpreendeu gostando do que viu.

algo que percebemos muito”. OLHAR PARA SI MESMA Para especialistas em comportamento, períodos de crise são propícios para um processo de autoconhecimento e gerenciamento de questões internas. Com as atividades reduzidas, as pessoas tiveram que desacelerar, o que é extremamente propício para se reencontrarem e cuidarem mais de si mesmas. “Conforme os meses foram passando percebemos essa necessidade de as pessoas olharem-se mais e desejarem cuidar-se mais, fazendo mais por elas próprias”, pontua Flávia. Por outro lado, há quem queira apenas fugir da rotina, sentir-se em movimento e expressar-se através de mudanças na aparência, na decoração da casa, no guarda-roupa. No entanto, seja por reafirmação pessoal, por diversão ou apenas para fugir da rotina, é sempre bom ouvir um profissional experiente antes de fazer qualquer mudança radical.

“Eu mudei bastante meu cabelo durante a quarentena. Em março de 2020 cortei franja. Em junho, descolori e fiz duas mechas roxas na frente. Em agosto pintei de azul, depois voltei pro roxo. Em novembro, cortei mais curto. Em janeiro, descolori de novo e pintei novamente de roxo. Agora em maio descolori, pintei de rosa e cortei mais curto. Não me pergunte como não fiquei careca depois de tanta química, porque também não sei. Mas meu cabelo caiu muito!” (Ana Maria, 19 anos)

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Luana Pascoalini - antes / depois

PARA NÃO SE ARREPENDER DEPOIS

o seu estilo de vida, com a sua profissão. “Tudo isso passa por uma

Um bom corte nos cabelos e/ou uma mudança de cor pode reno-

análise para podermos direcioná-la na melhor mudança e no melhor

var as energias e melhorar a autoestima, mas é preciso contar com

visual. A principal mudança que as pessoas estão buscando hoje

ajuda profissional antes de tomar a decisão e fazer aquela alteração

é na cor, principalmente com luzes, iluminação que cria mais movi-

radical no look. Diversas postagens nas redes sociais durante a qua-

mento, mais luminosidade no rosto”.

rentena mostram que pode dar muito errado, e foram inúmeros os resultados desastrosos que viralizaram na internet.

Gabriela Nassif e Luana Pascoalini resolveram dar um “up” no visual e o resultado ficou incrível!

“Toda vez que uma pessoa vem querendo fazer uma mudança radical no visual, como eu e a Fran somos formadas em visagismo,

OS CACHEADOS ESTÃO EM ALTA

isso é uma questão automática nesse lado profissional. Nós olhamos

Depois que muitas famosas assumiram seus cachos naturais,

a pessoa como um todo e automaticamente vamos ver o estilo de vida

como é o caso de Juliana Paes, Taís Araújo, a cantora Iza, entre

dela, personalidade, formato de rosto, para então poder sugerir essa

tantas outras, muitas mulheres que alisavam seus cabelos se ins-

mudança ou para confirmar o pedido que elas nos faz. Muitas vezes

piraram nas estrelas e eliminaram da sua rotina a chapinha e a quí-

as pessoas não estão bem com a parte psicológica, então um dos

mica dos fios. Mas este é um processo delicado, conhecido como

primeiros fatores que querem é mudar seu visual. Com isso, temos

transição capilar, e que requer cuidados especializados.

uma conversa, vemos se realmente essa é a imagem que ela quer passar, que ela precisa passar, e através dessa conversa sugerimos a mudança ideal”, explica Flávia. O QUE CONSIDERAR ANTES DE QUALQUER MUDANÇA O cabelo tem o poder de moldar totalmente a aparência, dessa forma, é essencial conversar com o profissional. De acordo com as especialistas do Jorgin Cabelo e Estética, uma pessoa às vezes tem que fazer uma mudança por questão profissional, ou por uma questão de estilo de vida, e o visagismo vai de encontro a isso, para confirmar se essa imagem que ela quer e está propondo condiz com

“Uma das mudanças que está muito forte em nosso salão é o cabelo cacheado. As pessoas estão deixando o alisamento químico e assumindo seu cabelo, trazendo mais personalidade e valorizando mais sua beleza natural. No salão temos essa questão dos cabelos cacheados. Nós tratamos e somos especializados em cortes cacheados, que é um corte diferente e tem que ter uma especialização para poder executar, além de tratamentos para os cachos. Tem muita gente que aproveitou a pandemia para atravessar essa fase de transição capilar, tornando-se uma das principais mudanças que a gente tem recebido no salão”, confirmam as visagistas. Revista Energia 39


Luana Pascoalini - antes / depois

MUDANÇA E AUTOCONFIANÇA

autoafirmar com a questão do visual. Por exemplo, se a pessoa tem

É indiscutível que o cabelo interfere diretamente na autoestima

um visual muito infantilizado, muito doce, e sua profissão exige uma

das mulheres - e dos homens também! Ele está diretamente ligado

imagem muito confiante, mais seriedade. Através da mudança visual no

à autoconfiança, identidade e estilo, além de estar relacionado com

cabelo conseguimos expressar essa autoconfiança, esse dinamismo, e

a primeira imagem, ou seja, é a nossa vitrine.

o visagismo consegue afirmar essas questões”, ressaltam.

As visagistas Flávia e Francine concordam. “Há uma relação bem grande. Muitas pessoas, dependendo de sua profissão, precisam se

ESTÁ PENSANDO EM MUDAR SEU VISUAL? Com o isolamento social e o uso obrigatório de máscaras em es-

“Na quarentena eu mudei bastante meu visual e cheguei a uma forma de aparência que eu ando gostando, até comecei a ficar

paços públicos, o cabelo se torna ainda mais representativo ao passar a imagem de quem somos para os outros, no entanto, ter uma

bem mais feliz comigo mesma e ter uma relação mais saudável

autoestima equilibrada contribui para a saúde emocional e mental

com minha aparência no geral. Uma coisa que ainda gostaria de

de qualquer indivíduo.

mudar é a minha percepção ao lidar com algumas inseguranças. Acne, sardas, alguns detalhes do corpo gostaria de enxergar como aspectos naturais, que muita gente também tem, e não deveríamos pensar nisso como algo negativo ou como defeitos, já que somos expostos a padrões inatingíveis”. (Maria Clara, 16 anos)

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Há muitas técnicas disponíveis e acessíveis para mudar o visual quando você quiser, invista e dê atenção a você mesma. E não se esqueça de cuidar da alimentação e praticar atividade física, que também são ações que melhoram a autoestima e impactam na saúde e na qualidade de vida. 


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Soluções em Construção Por: Junior Campos Prado - Engenheiro Civil e Empreendedor Autor de 4 livros publicados 33 anos projetando e construindo obras Proprietário da Escola do Engenheiro e Arquiteto Empreendedor Veja mais: www.campospradoengenharia.com.br e www.juniorcamposprado.com.br

Crise hídrica e a solução sustentável Espera-se nesse ano uma escassez de chuva que há 91 anos não se tem em nossos reservatórios, chegando a 10% da sua capacidade

A

crise hídrica é decorrente dos baixos níveis de água nos reservatórios, mas além da falta de chuvas, também é devido ao aumento da produtividade industrial, gerando maior consumo de água e seu desperdício. De acordo com pesquisas realizadas pela Toda Matéria, 62% da energia no Brasil é gerada em usinas hidrelétricas e a falta de água compromete o fornecimento da energia elétrica, diminui a oferta de água para a população, há uma redução de alimentos e causa impacto na economia.

Uma solução: Energia Solar Fotovoltaica Energia Solar Fotovoltaica é tendência mundial, adapta-se em qualquer tipo de imóvel e aparece como alternativa viável para quem quer fugir de aumentos na conta de energia elétrica. Investir em energia solar fotovoltaica é um bom negócio, tanto para quem está construindo como para quem já tem um imóvel residencial, comercial, industrial ou rural. Com este sistema, o consumidor fica protegido dos aumentos nas tarifas de energia elétrica e possíveis racionamentos. A energia solar fotovoltaica é aquela na qual a irradiação solar é transformada diretamente em energia elétrica, diferente da energia solar térmica (utilizada no aquecimento de água de chuveiros ou piscinas). O sistema fotovoltaico consiste basicamente na instalação de painéis ou módulos solares sobre o telhado do imóvel, conectados entre si e ligados a um inversor que tem o papel de transformar a corrente elétrica contínua, gerada pela energia solar, em corrente elétrica alternada. Assim, não há alterações na instalação do imóvel e todos os equipamentos elétricos são usados normalmente. Vamos ao passo a passo.

Estudo de Viabilidade Profissional habilitado Análise da fatura com histórico dos últimos 12 meses Interesse em aumento de carga (acréscimo de equipamento ou atender outro prédio desde que tenha o mesmo CPF ou CNPJ) Consulta na CPFL para autorização de acesso Verificar formato e orientação da inclinação do telhado Conhecer a localização, número de transformadores e potência Dimensionamento da quantidade de módulos Projeto desenvolvido com desenhos e memorial descritivo Classificação (padrão) de acordo com o consumo Instalação 1. Módulos Fotovoltaicos ligados no inversor de tensão com determinada potência para transformar a corrente contínua em corrente alternada para a utilização; 2. Existe também a opção por micro inversores (individuais para cada módulo); 3. Troca de medidor de energia elétrica convencional por medidor bidirecional, capaz de medir a energia ativa (consumida) e energia injetada na rede (excedente); 4. Instalação obedecendo todas as medidas de segurança; 5. Processo de instalação inclui a certificação do projeto junto à distribuidora de energia, que realiza uma vistoria no local. Resultado Se gerou mais energia do que consumiu, através da leitura do medidor, a CPFL cria um crédito ao consumidor Tempo aproximado do retorno financeiro é de 3 a 4 anos Quanto maior o consumo, menor o tempo para o retorno financeiro Casa padrão com 3 dormitórios, dois a três banheiros e consumo médio de 250 a 500 Kwh/mês tem um investimento em torno de R$15.000,00 a R$ 20.000,00 Todos os bancos possuem linha de crédito com financiamento em até 72 meses 80% do custo do sistema está no equipamento, que tem 25 anos de garantia A manutenção dos módulos fotovoltaicos é simples, bastando uma limpeza anual com água, e a vida útil considerada é longa (25 anos) 

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Inauguração do Complexo Poliesportivo “Renê Aranha" No ano em que celebra seu 60º aniversário, o Caiçara Clube de Jaú inaugurou o novo Complexo Poliesportivo "Renê Aranha", um dos maiores investimentos do clube nos últimos anos. Com o novo espaço, os associados ganham salas exclusivas para aulas de balé, judô, capoeira e karatê, além de uma nova piscina coberta e aquecida para prática de natação, hidroginástica e outras modalidades aquáticas. Em breve, o clube irá apresentar aos associados novas atividades no complexo.

"Familiares do saudoso Renê Aranha estiveram presentes na homenagem feita durante a inauguração do novo complexo que leva seu nome"

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Fotos: Gustavo Garrido/CCJ

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Fotos: Gustavo Garrido/CCJ

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Caiçara empossa nova diretoria Gustavo Cambauva e sua diretoria foram eleitos para comandar o CCJ no biênio 2021/2023; para o novo presidente o "maior patrimônio do clube é o associado"

Gustavo Cambauva recebe chave do clube das mãos do ex-presidente Maurício.

Foi realizada no dia 8 de junho, no salão social, a cerimônia de posse do novo presidente do Caiçara Clube de Jaú, Gustavo de Lima Cambauva. Com ele também foram empossados o vicepresidente Emerson Cano e os diretores Ricardo Ragazzi de Barros, Mateus Tamura Aranha, José Luiz Zugliani Júnior, Adão Marcos de Abreu, Alexandre Ometto, Dejair Antonio de Godoy (Baixo do Fórum), Antônio Catto (Pitova), Edson Eduardo Frabetti e José Augusto Buoro Moscatto. Gustavo Cambauva assume seu primeiro mandato para o biênio 2021/2023, no lugar de Maurício Tamura Aranha, que foi presidente do CCJ por dois mandatos (2017/2019 e 2019/2021).

Maurício entrega placa de felicitações ao novo presidente, desejando uma boa administração a seu sucessor.

Gustavo Cambauva (novo presidente) e Emerson Cano assinam ata de posse.

Diretoria Executiva biênio 2021/2023, da esquerda para direita: Antônio Catto "Pitova", Edson Eduardo Frabetti, Alexandre Ometto, Dr. Adão Marcos de Abreu, Emerson Cano, Dr. Gustavo de Lima Cambauva, Dr. Ricardo Ragazzi de Barros, Dr. Mateus Tamura Aranha, José Luiz Zugliani Júnior e José Augusto Buoro Moscatto

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Restaurante Mirante do Pouso Almoço de domingo tem endereço certo: Mirante do Pouso. São muitas delícias esperando você e sua família para aquela comida caipira caseira de dar água na boca! Vale a pena conferir!

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club Jaú Shopping Social

Em comemoração ao aniversário de 168 anos da cidade, o Jaú Shopping trouxe uma mega atração pra lá de especial! O arvorismo com tirolesa e guerra de bolinhas reúne tudo o que a criançada mais gosta: diversão e aventura. O brinquedo está localizado no setor de eventos do shopping, no piso superior. A atração ficará disponível durante todo o mês de agosto. O horário de funcionamento e os valores podem ser consultados nas redes sociais oficiais do Jaú Shopping. Entretenimento de qualidade, opções de lazer, bons restaurantes e variedade de lojas você encontra em um só lugar.

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VETERINÁRIOS PELA VIDA A associação dos médicos veterinários de Jaú e região (AMVEJA) encerrou em 28/05 a campanha veterinários pela vida, realizada em parceria com clínicas veterinárias do município e região.

Vanessa Batochio do projeto pelucentos

A campanha foi um sucesso, e teve como objetivo arrecadar alimentos não perecíveis, roupas, calçados e rações para serem distribuídos às famílias e seus pets em situação de vulnerabilidade. Com apenas um mês de arrecadação, receberam mais de 400 peças de roupas, 70 pares de calçados, 98 quilos de alimentos, 12 cestas básicas e 430 quilos de ração. “Com o seu apoio, fomos capazes de levar a muitas famílias e seus pets mais conforto e dignidade. Nossos mais sinceros agradecimentos a todos que participaram desta corrente de solidariedade”.

não eterinários “ Médicos V çar ixar de abra e d m a ri e d po ha . A campan essa causa sas das as nos superou to de s. Gostaria expectativa todos que agradecer a aram m e acredit participara anha”. nesta camp

Dra. Marina

Talita Zanin do projeto filhotes

Frari

Creche Jardim das Acácias

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Entretenimento

O vinil está de volta, e

com força total! Quem diria que em 2021, no auge dos serviços de streaming e em plena pandemia, o bom e velho vinil voltaria a fazer parte do dia a dia dos brasileiros?

Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal

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les voltaram com força total e mesmo com a enxurrada de lançamentos diários nas plataformas digitais de música, o vinil mantém-se no mercado desde a década de 1940 e atrai pessoas de todas as gerações. O disco de vinil, long play, LP ou bolachão, como é carinhosamente conhecido pelos seus apaixonados, chegou ao Brasil em 1951 e o primeiro LP nacional continha sambas e marchinhas de carnaval. O vinil reinou absoluto até 1984, quando foi lançado o CD, e foi perdendo espaço aos poucos até que, em 1997, rendeu-se à praticidade da nova tecnologia. Depois vieram os serviços de streaming e os discos de vinil eram vistos apenas nas mãos de colecionadores, saudosistas e apreciadores da boa música, e produzidos por raríssimas fábricas no mundo. RESGATE DO BOLACHÃO De acordo com o blog obabox, nos Estados Unidos os LPs nunca saíram do mercado e foram ganhando força também na Europa, até que empresários brasileiros, atentos ao aumento das vendas no exterior, recuperaram as máquinas de uma gravadora e recomeçaram a produção de vinis no Brasil. Aos poucos, o bolachão começou a conquistar novos fãs e nos Estados Unidos sua venda voltou a render mais que o download. Por aqui, ganha adeptos a cada ano e já virou diferencial entre os DJs, além de estar presente também em feiras e exposições. José Carlos Martins, funcionário público aposentado e proprietário do Vitrolê Cultural em Jaú, confirma o crescimento do setor. “Nestes 4 anos de Vitrolê Pub tenho notado o aumento na procura pelo vinil, tanto que o bar tem o diferencial da exposição deles nas paredes que causa um ‘frisson’ nos que curtiram antes e também nos mais jovens. Até abrimos outra loja, o Vitrolê Cultural, devido à procura pelo disco de vinil”. Eugênio José Moreira Rabelo, 61, colecionador e que comercializa vinis na Toca do Vinil em feiras nas cidades de São José do Rio Pardo e Mococa, ambas no interior de São Paulo, reforça: “De uns tempos para cá o vinil voltou a ter enorme aceitação e o CD perdeu muito espaço. Mesmo porque a qualidade sonora do vinil é muito superior aos CDs”. QUALIDADE DO SOM Para os especialistas no assunto, a qualidade sonora do vinil e do CD (também do DVD) é, sem dúvida alguma, superior à do stre-

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aming e do MP3 no que se refere ao aspecto técnico. O grande diferencial do vinil é mesmo o som melhor definido, o que proporciona uma rica experiência na audição. Para José Carlos, essa qualidade superior já foi comprovada. “Com certeza tem melhor qualidade que CDs e outras mídias, já que você pode ouvir todos os instrumentos na sua essência. Tem até aquele caso da Elis Regina que você pode ouvir a respiração dela em certos momentos de sua performance pela pureza do vinil”. OS MAIS VENDIDOS Na experiência de Eugênio, os mais procurados, com certeza, são os de rock. “Principalmente anos 70. Mas MPB e Pop vendem muito também, não como o rock, que tem muitos que nem se encontra mais”. A afirmação é endossada por José Carlos: “Os preferidos são os de rock. O público procura muito Guns and Roses, Led Zeppelin, Iron Maiden, Ramones, Black Sabath, Queen... mas o imbatível é o Pink Floyd. Beatles também vende muito. Entre os brasileiros, os que não ficam na prateleira são Legião Urbana e Raul Seixas. Mas também Tom Jobim, Jorge Benjor, Mariza Monte, Chico Buarque”. OS MAIS VALORIZADOS O proprietário do Vitrolê explica que um LP pode valer muito se não vendeu tanto na época de seu lançamento e pouca gente tem. “Um exemplo são os discos da Rita Lee que venderam muito como Saúde, Banho de espuma, e hoje valem, em média, de 20 a 40 reais. Já aquele primeiro, quando ela cantava antes do Roberto de Carvalho, vale de 200 a 300 reais. O dos Mutantes que não tem muito na praça chega a 400 reais. Os primeiros discos do Tim Maia também são super valorizados. Naquela fase popular os preços caíram para 30 ou 40 reais, já o Tim Maia Racional, hoje pedem 1.000 reais”. Fato comprovado, pois o Eugênio fez questão de nos enviar um print de um site de vendas com o LP do Tim Maia mencionado acima e anunciado por 1.200 reais. E mais, Memória das Águas, de Fernando Falcão, está à venda por 1.400 reais. Uma pechincha, não é? Ele também pontua que alguns são bem raros. “Todo gênero tem algum que seja raro, mais precisamente alguns nacionais que tiveram poucas prensagens são bem raros e valiosos. Os discos nacionais valem muito porque foram fabricados só aqui no Brasil. E existe uma procura muito grande no exterior, onde não são fabricados ou são pouco produzidos”.

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PÚBLICO FIEL E CRESCIMENTO EM JAÚ “O vinil é um hobby muito apaixonante, existe um público certo para cada gênero musical e a cada dia ganha mais adeptos, isso na faixa etária dos 10 aos 100 anos”, afirma Eugênio. José Carlos completa: “Temos clientes fidelizados, os jovens e os de meia idade querem rock, os mais velhos compram MPB, e ainda tem o grande público de música sertaneja raiz e aqueles que compram Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, Leandro e Leonardo”. Sobre o interesse do jauense pelo vinil ele esclarece: “É bem grande, não dá para precisar, mas vejo muitos se interessando em comprar aparelhos de som a cada dia que passa. Fico feliz em ver esse movimento porque eu também sou um colecionador, tenho aproximadamente 20 mil vinis, e gosto de ver garotos comprando”. UM RITUAL CHEIO DE MAGIA Os apaixonados são unânimes ao mencionar a magia que envolve o momento de ouvir um bolachão, a começar pela capa, que traz muitos detalhes, informações técnicas e imagens que são verdadeiras obras de arte. Eles justificam que o vinil envolve uma ação que tem muito a ver com o “parar e ouvir”, que prende mais a atenção a partir do instante em que você retira da capa, limpa, posiciona a agulha e ainda tem o lance de virar o lado para continuar ouvindo. “Além da qualidade do som, tem a magia de manusear um LP e colocá-lo em um toca-discos”, argumenta Eugênio. UM APAIXONADO Levi Mecca do Lago Lopes, 24, engenheiro, conta que o interesse pelo vinil surgiu quando viu um disco na casa do avô. “Achei bem bacana e sempre fiquei meio curioso em como funcionava. Com o passar do tempo, via sempre em filmes e achava muito interessante, até que fui na casa de um amigo que tinha e achei bem mais legal do que pensava”. Sobre a qualidade, ele diz que depende muito. “Alguns aparelhos são realmente muito bons e você consegue perceber melhora na qualidade. Algumas pessoas juram que pelas faixas de áudio serem menos compactadas se comparadas as outras mídias, a qualidade é superior”. Levi tem aproximadamente 50 LPs e afirma: “Não tenho tantos quanto gostaria. Compro regularmente, mas de uns tempos pra cá tem subido muito o preço dos vinis”.


Com relação às suas preferências, esclarece que gosta muito de rock, MPB, jazz, blues. E confirma o que nossos colecionadores entrevistados já disseram: “Alguns vinis da Noize e Três Selos são bem raros e sempre tem artistas muito bons. Tem alguns que gostaria de ter, mas são muito caros, como um Tim Maia Racional que já passa dos 1000 reais, e o AfroSambas também”. A ENERGIA FM NA ÉPOCA DO VINIL Nosso diretor artístico, Márcio Rogério, lembra que no começo dos anos 1990 a Energia Fm utilizava dois toca-discos em sua bancada. “Era na verdade um trabalho mais detalhista para os locutores e operadores executarem as músicas. O início da faixa tinha que estar na ponta da agulha para a música já começar quando ligasse o toca-discos. Era mais ou menos meia volta do disco antes de começar a faixa, e tinha que ter todo cuidado também para ninguém esbarrar ou bater na bancada para não pular, além de verificar sempre se a faixa não estava riscada e ficar atento com o fim da música... Naquela época, muito se falava que o CD tinha mais qualidade sonora, porém, depois de alguns anos a gente percebe o tamanho da qualidade que

tínhamos no vinil. Até talvez por estarmos acostumados com o som, tudo que chega de diferente parece ser melhor, e nem sempre é. Um bom reprodutor com uma agulha de boa procedência a ouvidos nus, sentiremos muito mais o som fiel dos LPs. Enfim, o vinil é uma saudade que todos os locutores que vivenciaram sentem”. PENSANDO EM ADQUIRIR UM TOCA-DISCOS? O Brasil já fabrica vinis em duas empresas, a Polysom e a Vinil Brasil, que apostam no crescimento do mercado. No entanto, de acordo com publicação da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, “o Brasil não voltou a fabricar toca-discos em larga escala - ao menos por enquanto. Os equipamentos à venda são importados de boa qualidade, geralmente caros, ou equipamentos acessíveis no estilo retrô, importados da China. No entanto, a repopularização das vitrolas deu novo alento às feiras de antiguidades, sebos, lojas especializadas e e-commerces especializados em LPs”. 


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Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios

Dor lombar na pandemia? A expressão "dor nas costas" nunca foi tão pesquisada como no último ano no Brasil

D

esde o início da pandemia, a busca pelo termo cresceu 76% de acordo com o Google Trends, o serviço de análise de tendências do buscador. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dor nas costas é o problema de saúde mais comum entre os brasileiros e atinge mais de 16% da população ativa. No entanto, a alta nas buscas relacionadas a este mal pode estar ligada à pandemia do novo coronavírus. A expressão "covid - dor nas costas", por exemplo, é o termo relacionado que mais cresceu entre fevereiro de 2020 e maio deste ano. A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de muitos trabalhadores, sendo que várias pessoas passaram a trabalhar em home office, como forma de evitar o contágio em massa e preservar o sistema de saúde. O trabalho em casa, inclusive, rendeu economia a muitas empresas e essa forma de trabalho passou a ser oficial para muitos profissionais. Sendo assim, quem estava acostumado

com o ambiente do escritório teve que improvisar um lugar para trabalhar em casa; foram para a mesa de jantar da sala ou da cozinha, para o sofá, a cama, ou adaptou algum outro cômodo para desenvolver suas atividades profissionais. A Quiropraxia é o melhor tratamento e prevenção de dores na coluna, não somente na região lombar, como no pescoço e no meio das costas. Benefícios da Quiropraxia  Alívio de dores em geral  Trata sintomas causados por hérnia de disco  Promoção da qualidade de vida  Melhora da postura  Aumento de performance no esporte O Fisioterapeuta Rafael Rinaldi utiliza um protocolo de atendimento que se mostrou eficaz em mais de 90% dos casos tratados. Conta com o que há de mais moderno no mercado em questão de aparelhos e maca, são mais de 10 anos de experiência em terapia manual e tratamento de patologias relacionadas à coluna vertebral, com mais de 15.000 atendimentos. 

Agendamento via WhatsZapp: (14) 99877 9777 Fisioterapeuta Rafael Rinaldi Pós-graduado em Traumato-Ortopedia com ênfase em Terapia Manual e Quiropraxia. Crefito: 163142-F

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Fitness Por: Cristiano G. Magalhães Ex-atleta de Taekwondo / Professor de Educação Física (Cref Nº 48.320-G/SP) / Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício (UFSCar) / Instagram: @cgmagalhaes

É no inverno que se começa o “Projeto Verão”! Todos nós queremos curtir a estação mais quente do ano com o corpo em forma, não é mesmo? Mas, você sabia que esse projeto precisa começar bem antes?

Q

uantas vezes você já parou de fazer exercícios físicos no frio? Quantas vezes você trocou 1 hora de exercício físico por uma comida legal? Quantas vezes você já prometeu a si mesmo: “a hora que passar o frio vou voltar para a academia!”? Por quantos anos você já falou isso e quando chegou o verão bateu aquele desespero e você fez loucuras para baixar seu peso, ganhar um pouco de músculo, só para viajar e se sentir bem... Pois é, uma das realidades mais duras de se enxergar é a de que, se você tivesse mantido uma rotina de exercícios físicos durante o inverno, você teria tido um resultado muito mais satisfatório e sem aquelas loucuras como fazer uma dieta sem pé nem cabeça só porque está na moda; deixar de comer por longos períodos; usar remédios para diminuir a vontade de comer sem saber qual efeito colateral você terá; tomar aquele “aditivo ou veneninho” que o amigo indicou para dar aquela acelerada na queima; entre muitos outros que se ouve por aí. Se você se identificou com tudo o que eu escrevi acima, leia o que vem a seguir e perceberá que é muito mais fácil do que você imagina alcançar os benefícios do exercício físico durante o inverno. O frio é um grande aliado da perda de peso, já que nos dias com temperaturas mais baixas o corpo precisa de mais calorias para se manter aquecido, o que consequentemente aumenta o gasto calórico. Segundo estudos, a prática de exercício físico no inverno aumenta cerca de 30% o número de calorias queimadas. Praticar exercícios físicos durante o inverno apresenta uma qualidade melhor de sono do que as pessoas sedentárias, pois promove um sono mais intenso e mais valioso, mas os treinos devem ser realizados no mínimo duas horas antes de dormir para que os hormônios liberados não atrapalhem a chegado do sono.

Todos os benefícios conquistados ao longo dos meses anteriores vão por água abaixo quando você deixa de treinar no inverno. Força, tônus musculares e rendimento diminuem, e você sentirá a diferença quando retornar às práticas. Procure fazer uma modalidade com a qual se identifique. Se necessário, procure ajuda de outros profissionais da saúde (nutricionistas, nutrólogos, médicos do esporte), além do profissional de educação física, para que em um trabalho multidisciplinar vocês consigam o resultado esperado. Disciplina e dedicação é a melhor forma para se obter resultado. Não existe uma fórmula mágica, nem um segredo absoluto, os três pilares para se ter uma boa saúde são: boa alimentação, exercícios físicos regulares e um sono de qualidade! Pratique!

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Legislação

Lista Pet: o uso de animais silvestres como animais de estimação DEPUTADO FEDERAL RICARDO IZAR

A criação de animais silvestres mostrou-se presente desde a chegada dos portugueses à Terra de Santa Cruz, isto é, ao Brasil

Texto: Deputado Federal Ricardo Izar (Progressistas – SP)

S

Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados

abe-se que indígenas nativos já possuíam em seu voca-

bem pertencente ao Estado. A partir de então, a posse de espécies como

bulário um termo denominado xerimbabo, que significa

papagaios, araras, entre outros, estaria condicionada a ter sua origem vin-

“animal de criação ou estimação”. Tal comportamento - o

culada a criadouros autorizados. Essa foi uma tentativa do Estado brasileiro

de manter animais silvestres sob cativeiro e proximidade

de acabar com a captura indiscriminada de animais na natureza e oferecer

- parece ter sido desde então hábito assimilado pelos bra-

ao cidadão a opção de adquiri-los legalmente. Agora, no ano 2021, passa-

sileiros. De lá para cá, papagaios e outros animais foram

dos mais de 50 anos, temos a prova concreta de que a proposta não foi su-

levados para o resto do mundo e seu aprisionamento, infelizmente, tem per-

ficiente para coibir a guarda ilegal de animais, haja vista o tráfico de animais

durado. É preciso que se diga que este hábito (ter animais silvestres como

silvestres ter prosperado frente à possibilidade de compra desses mesmos

animal pet) envolve invariavelmente a captura de animais da natureza, sua

animais em criadouros e lojas autorizadas.

manutenção em condições precárias e o fomento do comércio de espécies excêntricas que despertem interesse num público alvo.

Podemos afirmar sem medo de errar que a política de ofertar animais de origem legal como alternativa ao tráfico falhou de forma colossal. Aliás, não

Devemos repetir à exaustão que a persistência histórica de um fato ou

apenas falhou, como muitas vezes apresenta uma incômoda relação com

comportamento não chancela, por si só, a moralidade do ato propriamente

o tráfico de animais que assola o país. Essa relação se verifica na curiosa

dito. Se assim fosse, deveríamos referendar a destruição da mata atlântica,

coincidência entre as espécies mais traficadas da atualidade com aquelas

o massacre de indígenas, o tráfico negreiro no oceano atlântico, o massacre

mais criadas pelo segmento amadorístico de reprodução de passeriformes,

das baleias, o antissemitismo, o regime de apartheid na África do Sul, as

por exemplo. Além disso, a lavagem de animais capturados na natureza,

ações nazistas, entre inúmeras outras atitudes humanas deploráveis per-

mediante fraude de seus documentos de origem e seu sistema de marca-

petuadas ao longo de sua história. Fiz questão de colocar ações cometidas

ção, tem se mostrado prática corrente.

contra a natureza ao lado de ações contra a humanidade como forma de

Esta falência da política de criação comercial de animais não deve, po-

lembrar que, passados os anos, usualmente nos arrependemos de atos

rém, acobertar a real e necessária discussão sobre o tema: é correto manter

que foram cruéis ou injustos com nossa espécie – mas somos lenientes

em cativeiro animais da fauna silvestre? A resposta é claramente não. Não

quando o crime é cometido contra não-humanos. Não raro, comportamen-

existe lógica em manter em cativeiro animais que podem viver em liber-

tos considerados legítimos e legais, praticados em determinado local ou

dade. À fauna doméstica devemos proporcionar abrigo, proteção, adoção

momento da história, uma vez submetidos a uma reflexão ética, acabam por

e guarda responsável, mas para a fauna silvestre podemos propiciar algo

ser relegados à vergonha e ao esquecimento.

ainda melhor: a sua liberdade. Pensando nesse cenário, protocolei projeto

A livre captura de animais silvestres no Brasil era liberada até o advento

de lei de minha autoria (PL nº 4.705/2020) que proíbe a criação de animais

da Lei nº 5.197/67, momento este em que a fauna silvestre passou a ser

silvestres com objetivo comercial. Porém, até que este projeto de lei tramite

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pelo Congresso, não devemos menosprezar a situação em que milhões de

ses políticos ou econômicos advindos dos próprios criadores – afinal, a Lista

animais silvestres se encontram hoje em cativeiro. Daí decorre a importân-

Pet é uma norma ambiental, não comercial. Dentre os critérios propostos

cia de discutir o assunto “Lista Pet”.

pela resolução Conama nº 394/2007, podemos agrupá-los em segurança

Lista Pet é o apelido dado à lista de animais silvestres nativos que po-

contra acidentes causados pelos animais, segurança contra abandono ou

deriam ser criados como animais de estimação. A referida lista foi propos-

fuga e o subsequente risco iminente para ecossistemas, segurança contra

ta pela Resolução Conama nº 394/2007 e estabelece os critérios a serem

zoonoses e segurança à manutenção do bem-estar dos animais. Preocupa

considerados para a determinação das espécies da fauna silvestre brasi-

muito, contudo, que na atual discussão desses critérios o tópico bem-estar

leira cuja criação e comercialização poderia ser permitida como animais

dos animais tenha sido suprimida. Um absurdo! Ao suprimir o critério do

de estimação. A resolução determinava que o IBAMA deveria elaborar a tal lista. Apesar de tal lista ter sido proposta, acabou não sendo editada e hoje encontra-se em discussão no Ministério do Meio Ambiente com representantes do IBAMA e dos órgãos estaduais de meio ambiente. Sem discutirmos a formatação de uma Lista Pet, associado à passagem da gestão de fauna para os órgãos estaduais de Meio Ambiente – OEMA em 2011, corremos o risco de enfrentarmos 27 autorizações distintas a depender do estado ou do Distrito Federal. Também corremos o risco de que um técnico autorizado libere para domesticação, como animal de estimação, uma espécie tão absurda como, por exemplo, um jacaré-açu. Não nos esqueçamos que hoje já existem criadouros autorizados e que vendem animais silvestres no Brasil.

bem-estar dessa discussão, uma espécie poderá ser incluída na Lista Pet sem que haja real possibilidade de serem implementadas as condições mínimas para sua manutenção em cativeiro - por exemplo, a manutenção de um papagaio mantido em gaiola onde este não possa voar. A Lista Pet aparenta legitimar a exploração comercial de espécies silvestres, contudo, é importante reconhecer que esta legitimação já existe em virtude da Lei nº 5.197/67. Assim, a Lista Pet, se elaborada com base em critérios técnicos, limitará quantitativamente as espécies que poderão ser exploradas e, principalmente, se forem adotados critérios de bem-estar animal, poderemos garantir a estes animais o mínimo de condições para que estes vivam em cativeiro. Friso que a abolição do cativeiro e da criação

Assim, a discussão de uma Lista Pet deve ser cogitada até que tramite o

comercial desses animais não deixa de ser a meta perseguida. Nesse inte-

PL nº 4.705/2020 em sua plenitude. Mas esta precisa ser obrigatoriamente

rim, não podemos abandonar a luta por melhores condições daqueles que,

elaborada com base em critérios técnicos e sem a interferência de interes-

infelizmente, já estão enjaulados à revelia. 

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vida

Boa

Por João Baptista Andrade Diretor da Mentor Marketing e AMA Brasil

Comida e Praia A pandemia que a todos nós assola, a muitos amedronta, a outros mostra como roubar melhor e a mais alguns como ser canalha em

E

tempo real, trouxe mudanças na vida de quase todos

u e Tina, por exemplo, mudamos de cidade. Por quê? Porque não faz sentido, para um casal sessentão que respeita as regras de distanciamento, isolamento e higiene (impostas como protocolos pela pandemia), viver em uma cidade onde 5,3 milhões de pessoas utilizam o metrô diariamente. Eu não tenho como manter o distanciamento se você, seja por necessidade ou desvario, não faz o mesmo. É simples. Então, alugou-se o apartamento de São Paulo e a família mudou-se para a, agora festiva e gloriosa, Ubatuba. Sonho antigo. Coisa de adolescentes crianções (éramos assim nos anos 1970, mas eu não consigo explicar isso aqui), Ubatuba é a nova definição de realidade pós-pandemia. Eu sempre pensei em terminar meus dias morando em um veleiro, coisa que gosto de fazer e que tive a oportunidade de realizar amiúde. Mas Tina tem receios. Aquela coisa de quem olha de fora e já não gosta... Ainda vou mostrar essa outra vida para ela, mas não precisa ser agora. Mas já que não dá para viver embarcado, morar na praia é a segunda melhor opção disponível. Meus alunos piraram: “Professor, o senhor está dando aulas da praia?”. Sim! E delírio geral. Tina rejuvenesceu uns 15 dias o que, na escala de tempo de juventude que ela utiliza, é quase uma eternidade... Ela insiste em ter 14 anos de idade para sempre. O que eu acho uma delícia. Desde quando eu tinha os mesmos 14 anos de idade, mais de 50 (quase 60) anos atrás. Entretanto, uma vez que a decisão de trocar São Paulo por Ubatuba foi tomada (levou quase uma hora inteira) e a mudança feita (quase 60 dias para pesquisar, comprar e levar as coisas para o novo apartamento), hora de começar a criar hábitos caiçaras. Para um caipira assumido como eu

Seu pai merece muito mais que um cartão de presente né?

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algo, no mínimo, bem engraçado de se fazer. Eu penso que todo matuto imagina que morar na praia quer dizer sol, areia, sunga, camarões fritos, cervejas geladas, saladinhas frescas, caminhadas, peixes e frutos do mar todos os dias no cardápio. É tudo mentira. Morar na praia significa que você vê o mar todos os dias. Ponto final. Acontece que ver o mar todos os dias mexe com a sua cabeça e você começa a pensar diferente. Quando eu estou nos matos, mais do que prodigiosos, de Joaquim Egídio, eu tenho vontades (e saudades) dos peixes assados inteiros, das moquecas, das caldeiradas de frutos do mar, dos polvos, das lulas, siris, caranguejos, dos cocos, das mangas e dos coentros. Mas daí eu venho ficar umas semanas em Ubatuba. Começo já me acabando no quiosque da praia aqui em frente, com caipirinhas, anéis de lula na farinha, cuscuz de peixe, camarões fritos e cervejas. Tudo isso em uma quarta-feira qualquer... Daí eu me aprumo e retomo as minhas leituras, os meus escritos, as minhas cismas. E... Começo a sentir falta daquela costelinha de suíno assada só no sal grosso, ou as mesmas costelinhas naquela minha receita matadora de ragout (não tem receita, cada vez sai de um jeito...). Aquela coisa caipira do cheiro da lenha e do carvão na comida me persegue. Dia desses enfiei um robalo espalmado (temperado com sal grosso, pimenta branca, alho porró e cebolinha amanteigados) sobre uma cama de rodelas grossas de limão siciliano, cheiro verde, cebolinha e alecrim frescos. Tampei o conjunto com uma assadeira de bolo invertida e deixei a churrasqueira fazer o restante. O sal ficou perfeito (usei sal moído na hora) e a pimenta, bem discreta. Dois quilos e meio de peixe desapareceram da mesa em minutos. É, acho que eu vou gostar deste negócio de morar na praia...  Até a próxima.


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