1 UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE JORNALISMO FERNANDA FERREIRA FERNANDES TEIXEIRA
SEUS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTESãoPaulo2021
A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO PROCESSO DE DA E
SOCIEDADE
CONSUMISMO
CURSO DE JORNALISMO
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FERNANDA FERREIRA FERNANDES TEIXEIRA
Relatório de Fundamentação Teórico Metodológica (RFTM)/Paper, acompanhado de Produto Experimental, desenvolvido como etapa final de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul,. sob orientação da Profa. Dra. Mirian Meliani.
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO PROCESSO DE CONSUMISMO DA SOCIEDADE E SEUS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE
São2021Paulo
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, que tem me dado muita paciência e paz em toda essa trajetória.Segundamente, minha família e amigos próximos, que me ajudam, incentivam e estão comigo nessa caminhada desde o começo. E também as minhas companheiras de projeto, Geovanna Domingos, Alice Santos e Silva e Ingrid Estevão, que estão juntas comigo desde o início do curso, fazendo todos os trabalhos e atividades juntas. Compondo uma parte muito grande e importante nessa trajetória tão difícil e exaustiva, que ajudaram a deixar tudo mais leve.
Por fim, agradeço imensamente a todos os professores que fizeram e fazem parte da minha formação. Parece óbvio o que vou dizer a seguir, mas sem vocês nada seria possível. Vocês fizeram de tudo para que o caminho até a graduação fosse algo envolvente e dinâmico. Foi através de vocês que vi o brilho da profissão. Vocês foram e são como um espelho que reflete o que há lá fora, no mercado de trabalho. Fizeram com que nós como alunos e aspirantes a jornalistas nos víssemos trabalhando com isso lá fora. E isso foi fundamental.
Vocês foram essenciais e precisos. Guardarei cada conselho dito em aula na minha jornada como profissional.
E a todos, mais uma vez, obrigada.
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4 SUMÁRIO1.INTRODUÇÃO........................................................................5 2. APRESENTAÇÃO...................................................................7 3. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO.............14 4. RESULTADOS.......................................................................18 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................20 6. REFERÊNCIAS ....................................................................21 7. APÊNDICE.............................................................................23 A) Produto Experimental...............................................................23 B) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO........................................57 C) INVESTIMENTO....................................................................64 D) ANEXOS..................................................................................64
A internet vem se expandindo, chegando em grupos e populações que há até pouco tempo não alcançava. Por causa disso, o número de usuários de diversas redes sociais acompanha essa expansão. A partir dessa expansão, as marcas investem muito na divulgação de seus produtos e serviços através dos meios digitais.
1 Artigo apresentado como parte do Trabalho de Conclusão de Curso RFTM/Paper, derivado do Núcleo de Estudos em Mídia radiofônica e digital
2 Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail fer19.ferreira@gmai.com
Este trabalho tem o intuito de abordar e trazer o entendimento sobre como as redes sociais podem influenciar a sociedade a consumir sem consciência. Como são mecanismos fáceis e rápidos para que o público compre sem se conscientizar sobre quem é a marca e as consequências que a compra desse certo produto ou serviço pode trazer para o meio ambiente. A partir disso, trazer o conhecimento do quanto o consumismo pode prejudicar o nosso meio ambiente, gerar lixo excessivo e provocar graves problemas para a atmosfera, oceanos e desencadear problemas de saúde para todos os seres vivos do planeta Terra.
A Influência das Redes Sociais no Processo de Consumismo da Sociedade e seus Impactos no Meio Ambiente 1
ABSTRACT
Keywords: social media; to consume; to conscience; consumerism; environment; Earth Planet.
PALAVRAS CHAVE: consumo consciente; redes sociais; meio ambiente; comunicação digital.
Fernanda TEIXEIRA2 Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP
1. INTRODUÇÃO
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RESUMO
This work has the purpose to approach and bring the understanding about how social media can influencethesocietyto consumewithoutconsciousness. Howeasy andfast arethemechanisms for the public to buy without conscience about who the brand is and the consequences that acquisition of the product or service can bring for the environment. From that, to bring forward knowing how consumerism can harm our environment, to produce excessive waste and generate several problems to atmosfere, oceans and to arouse health problems for all the living beings on the Earth Planet.
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Se a internet é tão rica em conteúdos, por que não usá la a favor do meio ambiente? Buscando alternativas mais sustentáveis de produtos para higiene pessoal, doméstica, cosméticos e produtos alimentícios. Isso tudo ainda visando o consumo necessário, daquilo que
Como é o caso do Facebook e Instagram, que se tornaram um grande marketplace, que faz com que essas marcas cheguem no seu público alvo de forma muito rápida e assertiva.
Na dissertação de mestrado do professor e hoje doutor, Itamar José Dias e Cordeiro, ele explana em um trecho que retrata melhor o que é discorrido no parágrafo acima:
Mas observando essa cadeia de redes sociais, influência, expansão de público e consumo, podemos observar que a partir de um consumo não consciente as pessoas acabam adquirindo algo que às vezes não sabem nem a origem. Não imaginam se a missão, visão e valores daquela marca ou pessoa são voltados a não aceitar mão de obra escrava, trabalho infantil, impacto no meio ambiente e crueldade animal.
Campanhas de marketing e anúncios se tornam algo embutido, já que ao mesmo tempo que uma pessoa passeia pelo feed do Instagram, ela já se depara, muitas vezes sem perceber, com anúncios de produtos que há um dia estava procurando para comprar. Isso ocorre por causa dos algoritmos da própria rede social. Além disso, nos últimos anos, as marcas vêm investindo arduamente nos digital influencers, que em grande parte das vezes conseguem alcançar um público que ainda não era consumidor dos conteúdos, produtos e/ou serviços da marca.
É certo que precisamos consumir para sobreviver, até porque vivemos em um mundo capitalista. Porém, não precisamos consumir aquilo que não nos convém. A partir do momento em que adquirimos algo que não sabemos a origem, estamos colocando em risco tudo ao nosso redor.
O que há de singular, portanto, na proposta de um consumo sustentável é a necessidade de um modelo de consumo no qual as necessidades humanas sejam atendidas por meio da utilização/desfrute de produtos/serviços que tenham sido produzidos/prestados com o mínimo de impacto ao meio ambiente. Trata se, portanto, de uma forma de aquisição de bens de consumo no qual as escolhas são feitas não apenas em função de critérios como preço ou marca, mas também através da reflexão em torno dos impactos ambientais relacionados à sua produção. (CORDEIRO, 2012)
Há anos o nosso planeta vem pedindo socorro através das diversas catástrofes naturais. Na mesma linha, Oliveira (2015) fala que uma atitude urgente que devemos retomar é a valorização e resgate do nosso modo de produção tradicional o mais rápido possível. Apesar de ser um serviço árduo, possui mais detalhes e é mais observado de perto, pois é dada a devida importância sobre a saúde do solo e quais produtos devem ser ou não usados. Dando tempo da terra se renovar para dar bons resultados.
Este artigo partiu da reflexão sobre o documentário Minimalism: A Documentary About The Importante Things3 que assisti há alguns anos atrás, mas que despertou em mim a vontade e a busca por alternativas melhores para todos e o questionamento sobre o potencial que as minhas escolhas podem impactar no meio onde vivo. E que não precisa de muito, mas o suficiente para viver bem e fazer o planeta contente
7 realmente precisamos. Pois por mais que ainda estejamos adquirindo produtos/serviços que se preocupam com o planeta, se ainda estivermos consumindo em exageradas escalas e sem uma necessidade específica, ainda sim, isso é consumismo.
Cada vez mais, percebe se que as ações humanas provocam impactos grandiosos em um curto período de tempo no meio onde eu vivo, seja em lixo ou consumo desnecessário. A internet nos abre muitos caminhos para a informação,conhecimento e atualização, contudo, nos abre caminhos dos quais nem sabíamos que precisávamos, nos influenciando muitas vezes a comprar e consumir algo que nós não precisamos. A partir disso, o consumo desenfreado acarreta diversos impactos ecológicos para o nosso ambiente.
2. APRESENTAÇÃO
A ausência e escassez de alguns elementos da flora e fauna do planeta Terra afeta diretamente na saúde do nosso planeta e, consequentemente, na nossa.
A justificativa deste projeto firma se nas severas mudanças que o meio ambiente vem enfrentandonos últimos anos. Éfato queomeioambientesofre com as escolhasdahumanidade há anos, porém, agora não estamos apenas sabendo, estamos sofrendo também.
Infelizmente, não são todos que se preocupam e prezam pelo meio em que vivem. Como fazemos parte de uma sociedade, que vive em conjunto, nada mais justo do que compartilhar algo que faça bem para todos, incluindo o que nos cerca.
O que deve ser levado em conta na hora em que estivermos nas redes sociais e nos depararmos com anúncios com propostas imperdíveis, é criar o hábito de se perguntar se aquilo é realmente necessário e, caso seja, buscar saber como a marca se porta com as questões ambientais.
3 Em português Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes. Disponível na Netflix, o documentário de 1 hora e 18 minutos conta a história de dois homens pioneiros no movimento minimalista no mundo. Mostrando um pouco do que fazem e do pouco mas, suficiente do que têm. Abordando sempre a questão: menos é mais?
A internet permite que saibamos de coisas que estão além do nosso limite geográfico sem sairmos de casa, na maioria das vezes, na palma de nossas mãos. Por causa disso e por conta da contribuição das redes sociais, somos inseridos em universos completamente diferentes do nosso, nos possibilitando absorver informações novas todos os dias em questão de minutos. É por meio da internet e do apoio das redes sociais que muitas vezes ficamos sabendo do descongelamento das geleiras na Antártida, sobre os maus tratos de animais domésticos, sobre as queimadas nas florestas que preenchem os biomas do nosso planeta e tantas outras coisas, e em vários desses momentos, podemos ajudar participando de petições e vaquinhas online sem sair de casa. São nessas mesmas situações que constantemente vemos notícias de como os nossos mares, rios e praias estão poluídos e o quanto tudo isso é culpa da humanidade.Infelizmente, no Brasil, não temos ensinamentos tão sólidos que possam nos elucidar a importância de cuidar do meio onde vivemos e de explicar a consequência do nosso consumo nos nossos oceanos, por exemplo. Logo, quando adultos, vivemos com muitos hábitos enraizados e não saudáveis. É isso que Débora Kraemer e Jorge Nogueira trazem como problemática em seu artigo científico “A conscientização na infância para a preservação ambiental”. Há ensinamentos de não jogar lixo no chão, em janelas, preservar a natureza etc, porém, isso aindacontinuaacontecendomesmo sendoensinado eisso acaba acontecendo muito provavelmente por causa dos valores familiares que as crianças têm em casa junto com o confronto de suas atitudes.
Uma pesquisa aprofundada no tema, traz credibilidade, visibilidade e gera questionamentos sobre o tema, que é tão vultuoso. Algo que está 100% interligado a nós deve ser falado e propagado.
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De acordo com um relatório feito pelo We Are Social e Hootsuite em janeiro de 2021, existem cerca de 4,66 bilhões de usuários de Internet. Considerada uma estimativa de julho de 2020,essenúmeroequivaleamaisdametadedomundoconectado, 4jáquea estimativaapontou que população mundial era de 7,8 bilhões de pessoas. Contudo, ainda sim, milhares de pessoas ainda não têm acesso e isso é prejudicial.
As redes sociais servem para nos entreter, divertir e nos informar, mas também possuem um grande potencial de influência, visto que as marcas investem de forma imponente na divulgação de seus produtos e serviços através do Instagram, Facebook e YouTube.
4 Da redação. Número de usuários de Internet no mundo chega aos 4,66 bilhões. Isto É Dinheiro, 2021. Disponível em: <https://www.istoedinheiro.com.br/numero de usuarios de internet no mundo chega aos 466 bilhoes/> Acesso em: 16 de mai. de 2021
Rosana Santos e Camila Menotti abordaram melhor isso no trecho: Somos consumidores todas as vezes que compramos algo. No entanto, precisamos diferenciar consumo de consumismo. No consumo o ato de comprar está diretamente relacionado à necessidade, enquanto no consumismo compram se produtos sem utilidade imediata. (SANTOS; MENOTTI, 2014)
Essa divulgação acaba se tornando tão orgânica, que é quase imperceptível. Constantemente podemos observar que muitas pessoas compram e adquirem serviços por conta da influência que sofreram em alguma rede social. Muitas dessas vezes, as pessoas acabam comprando algo que não estão necessariamente precisando, compram por influência mesmo do anúncio, da publicidade e do que o influenciador divulga.
9 Osinfluenciadoresdigitaisconseguem alcançargrandesproporçõesparaas marcas,pois as pessoas que o seguem fazem isso porque têm algo em comum com aquele influenciador. Seja por gostar do conteúdo que ele produz, por se identificar com a história de vida dele ou até mesmo porgostardas dicas queeletraz. Dessamaneira,oque aquele influenciadorfala,explica e apresenta, chega de forma muito mais agradável ao público que já o segue, pois eles já estão acostumados com a maneira que ele se comunica e isso faz com que eles se interessem muito mais pelo produto/serviço porque dão credibilidade aquele influenciador. Um estudo feito pela empresa MindMiners em 2019 apontou que 41% dos respondentes já compraram alguma coisa por causa de algum influenciador. Além disso, 22% das pessoas que foram influenciadas fizeram compras pelo Instagram e “o estudo mostra que 51% das pessoas que compram com base na recomendação dos criadores de conteúdo online, fazem isso em lojas físicas.”
O meio onde vivemos, o planeta Terra, produz incontáveis matérias primas para a fabricação de produtos indispensáveis ou não no dia a dia da humanidade, porém, grande
Continuamente consumimos conteúdos e produtos que, talvez, há dois dias atrás não fazíamos a menor ideia de que existia, e diante disso, compramos coisas que nem estávamos precisando. Observando esse ciclo, podemos perceber que existe uma consequência: o acúmulo de lixo que é gerado. O tanto de embalagens plásticas que, provavelmente, não estaremos vivos para presenciar sua reciclagem total até voltar para o consumo novamente Existem várias teorias que tentam explicar o comportamento psicológico dos consumidores. Porém, todas elas partem do mesmo ponto: onde o ato de compra é estimulado por alguma motivação que passa a atender uma necessidade e que dessa forma, desperta um desejo, o qual será atendido de forma específica, determinada pelas preferências, que estarão diretamente relacionadas ao autoconceito (DIAS, 2003).
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parte dessas matérias primas são esgotáveis. E sem um consumo consciente, esses elementos têm suas vidas úteis perto de se esvair.
Em certa parte do artigo científico: Consumo e meio ambiente: principais efeitos do consumismo no meio ambiente natural do Brasil, André Brandão diz:
O capitalismo visa atender aos desejos do consumidor, e movimentar a circulação do capital e mercadorias, contudo, o anseio em adquirir cada vez mais produtos, muitas vezes desnecessários, como meio de realização pessoal acarreta prejuízos financeiros para o consumidor, e quando esse consumo não é feito de forma sustentável ocasiona também riscos para o meio ambiente. (BRANDÃO, 2015)
Um estudo, a partir de uma perspectiva ecológica, vai identificar que se mudado o modelo de desenvolvimento que a sociedade moderna implementou, a natureza dispõe de um processo de estruturação reestruturação organizativa que potencializa a existência da vida sobre a terra. Ao contrário, mantido o ritmo e a velocidade de produção e consumo, os limites da vida estão por um fio. (FERNANDES, 201, p. 15)
Explorar como as redes sociais podem através de seus diversos mecanismos, influenciar pessoas a comprarem e adquirirem serviços. Sabendo que muitas vezes esses produtos/serviços não são necessários. Induzindo inconscientemente ao público que aquele produto é o que uma pessoa precisa naquele momento.
Ainda em 2001, hoje, professor e doutor Antônio Jânio Fernandes discorreu sobre essa questão em seu mestrado:
O ponto onde essa pesquisa quer chegar é: o nosso consumo desenfreado e sem critérios desencadeia diversos, senão milhões, de problemas para o nosso planeta, e isso, mais cedo ou mais tarde, impactará duramente na nossa vida útil na Terra.
As riquezas naturais precisam de tempo para se renovarem e darem bons e qualitativos resultados num futuro mais próximo, com um consumo desenfreado que mais tarde se desencadeia em consumismo, esses elementos naturais começam a produzir cada vez mais com menos força e intensidade, até que em um certo momento, não possui nem mais fontes para prosseguir com sua vida útil no planeta. Isso, em pouco tempo, trará diversos problemas geográficos e de saúde para nós e para todos os outros seres vivos que nos rodeiam.
Caso a pessoa seja realmente influenciada pela publicidade, pesquisar quem é a marca e se conscientizar sobre quais malefícios aquele produto traz ao meio ambiente quando é produzido e quais são os que ainda podem ser causados usando e usufruindo é o ideal na hora da compra/aquisição.
O ato de induzir subjaz a duas situações antagônicas. A primeira deveria levar o indivíduo a duvidar e a refletir sobre o que se apresenta. Na segunda, o indivíduo sequer se dá conta que foi induzido, pois é levado a sentir se como um “ser” livre dentro da sociedade consumista. [...]
Mas infelizmente, isso não é o que ocorre no ato da compra. Por ficar tão encantado com o que aquele serviço/produto pode proporcionar, as pessoas acabam não se importando com o que está por traz, apenas no prazer que terão ao obter.
O desígnio desta pesquisa é apontar como as pessoas podem estar sendo influenciadas pelo o que vêm nas redes sociais a fazer e deixar de fazer; comprar e deixar de comprar; e adquirir e deixar de adquirir algo que possa prejudicar ainda mais o nosso meio ambiente, e como sequela dessas atitudes, nos prejudicar. Explorar como as redes sociais podem, através de seus diversos mecanismos, influenciar pessoas a comprarem e adquirirem serviços. Sabendo que muitas vezes esses produtos/serviços não são necessários. Induzindo inconscientemente ao público que aquele produto é o que uma pessoa precisa naquele momento.
Lamentavelmente, não podemos reverter todos os danos que já causamos ao meio ambiente, mas podemos nos atentar para o que podemos fazer para prolongar o tempo de vida útil do que nos cerca.
Além desse grave fator, há também a questão do lixo. Quanto mais compramos, mais lixo geramos e mais isso consome e defrauda o planeta. Por nem todos terem a consciência de reciclar e jogar o lixo no lixo, isso acaba resultando em praias, rios, lagos, praças e tantos outros lugares, tomados pelo lixo.
Através deste trabalho e da materialização do projeto experimental, foi possível evidenciar ainda mais o que vivemos: o enorme impacto ambiental negativo que estamos presenciando causados por conta das nossas escolhas e atitudes, e o quanto as redes sociais podem nos ajudar influenciando a consumir pressurosamente e sem cautela.
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Quando se passa para este âmbito, os indivíduos perdem o controle do que precisam e deixam de ser os autores, protagonistas, os produtores dos meios que lhes dão sentido e significado. As funções passam a ser ditadas por uma forma pensante coletiva, a sociedade. (FERNANDES, p. 27, 2001)
Por trás dessa situação, o meio ambiente se torna refém de atitudes não conscientes da humanidade. Sofrendo com a exploração de recursos naturais e velocidade no processo de matéria prima, conduzindo tudo isso para o enfraquecimento do solo e de outros elementos que também são usados para a produção. Gonzalez (2018), jornalista, diz: "Consequentemente, como nada é produzido sem que haja alguém para comprar, podemos responsabilizar não só a produção, como o consumo.”
A conscientização seguida da ação precisa ser imediata.
[...]énecessário,portanto,compreender oscomportamentosdosatoressociais (no caso, os consumidores) e explicar de que modo seus comportamentos individuais geram ou não os fenômenos macroscópicos que estamos investigando (no caso, a melhoria ambiental e a reconstrução do espaço público). (PORTILHO, 2018)
As redes sociais nos possibilitam infinitas formas de nos satisfazer, seja conversando com alguém que está do outro lado mundo, proporcionando pedir comida sem sair de casa e até conhecer lugares que nunca pisamos. Contudo, devemos nos atentar aos hábitos que estamos criando e perceber no que estamos encaminhando nossas escolhas. Instagram, Facebook, Youtube,Twitter, Pinterest entreoutras, nos trazem diversos conteúdosproduzidos pordiversas ediferentespessoasemarcas,eissoéótimo.Podemosusá lasparaampliarnossoconhecimento cultural e nos inteirar dos assuntos mais falados do momento. Todavia, carecemos de criar o hábito de pesquisar e nos atentarmos ao marketing daquele devido produto/serviço. Pesquisar antes de sermos influenciados (comprarmos aquilo que estão divulgando), saber o que a pessoa/marca visa para ela em si e para o meio ambiente e se ela contribui com as causas de algum dos ODS5 da ONU.
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Ser influenciado não é sinônimo de fraqueza ou algo parecido, no entanto, quando estamos em posição de consumidores, nos deixamos ser influenciados por uma boa explicação, a famosa “lábia”, e não vemos nada além daquilo que nos apresentam, nos colocamos em uma posição de vulnerabilidade, pois nos tornamos vulneráveis aquilo que aquela aquisição pode nos proporcionar e em grande parte das vezes, não calculamos a proporção que aquilo pode causar ao meio onde vivemos.
Trazer a memória a consciência de que há vida ao nosso redor, há seres vivos e elementos naturais que podemos não ver a olho nu, mas sem eles a nossa saúde e a do meio ambientenão seriam boas como aindasão.Nossavidanãodependeapenas de nossasaúdefísica e emocional, vai muito além disso. Vivemos num planeta complexo, cheio de camadas, especificações, seres dos mais variados possíveis, espécies que ainda nem temos o conhecimento de que existem e tudo isso contribui para a nossa vida.
Tudo é integralmente conectado, nossas escolhas impactam no meio onde vivemos, tanto na sociedade quanto no meio ambiente em si. Pensar primeiramente antes de comprar se aquilo realmente é necessário e em segundo momento, caso seja, pensar nas possibilidades que aquele produto causará no meio ambiente e/ou que já vem causando por conta de sua produção.
5 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Orientação dada aos 193 países membros da ONU, com o intuito de conscientizar esses países a ajudar a diminuir ou até mesmo erradicar algum dos 17 problemas mais contínuos do nosso planeta.
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Existem diversos motivos que provocam ou provocaram problemas no nosso meio ambiente. Seja as drásticas mudanças climáticas, aquecimento global, desmatamento, queimadas etc. Muitos, senão a maioria desses problemas são irreversíveis. Por causa disso, viemos sofrendo por conta de todos esses fatores e, quanto mais provocarmos tragédias ambientais, mais diminuiremos a nossa permanência na Terra. Se continuarmos com esse ritmo frenético de produção, nossas florestas, mares e seres vivos não conseguirão se estruturar para substantificar novos “frutos”.
Essaquestãosetratadehábito,pesquisarantesde clicarem “FecharPedido”. Umhábito pequeno como esse pode ajudar muito o consumismo em nosso país, ajuda a nos conscientizar e conscientizar as pessoas ao nosso redor, podendo inverter a situação de: influenciador digital influencia os seguidores; para: indivíduo influencia sua comunidade e, assim, gerar uma cadeia de influência consciente.
As escolhas de compra podem, sim, acarretar problemas para o meio ambiente, se continuarmos pensando em apenas satisfazer nossas vontades, nunca olharemos para o lado. E é por causa desse ciclo que vem de muitos anos que chegamos onde chegamos. Podemos não sentir tanto o impacto de uma escolha consciente que fazemos hoje, mas precisamos dar o primeiro passo. Precisamos recuperar o tempo que perdemos nos importando com as nossas vontades, precisamos atender imediatamente ao grito de socorro do nosso planeta.
Carecemos em rever conceitos sobre sustentabilidade, que vai muito além de reciclar o lixo. Sustentabilidade está muito mais ligada às escolhas que optamos ou não fazer e que não impactam só a nós mesmos, mas a todos. Sustentabilidade é um conjunto que faz acontecer.
Por exemplo, até quando vamos ignorar o fato de que espécies estão se extinguindo e que daqui a alguns anos não teremos mais a divisão natural das estações do ano? A mudança precisa vir de nós de imediato. Ainda no Fórum Econômico Mundial, Yi Hsin Cathy Chen diz: “As pessoas precisam se preocupar com os problemas do mundo o quanto antes”. Ele, que por sua vez, liga jovens para lutar contra a poluição nos oceanos, em parceria com o governo canadense.
Em 2019, no Fórum Econômico Mundial que aconteceu na Suíça, vários especialistas deentidades diferentes se reuniram para falardotema‘poluição’, em um momento daconversa, o CEO e fundador da TerraCycle, Tom Szaky, diz: “A sociedade se acostumou a querer produtos simples e baratos. É preciso resistir a esse tipo de compra”. Muitas vezes a promoção do produto nos motiva a comprar. Szaky continuou: “As pessoas devem ser responsáveis pelo que compram.”
Assim como outras plataformas de conteúdo digital e canais no Youtube, a Vogue também adaptou seus conteúdos de acordo com o que o público gosta e procura assistir, mas tudo isso com o “jeito Vogue de ser”.
A pesquisa exposta teve como desígnio o estudo da influência das redes sociais no processo de consumismo na sociedade, a partir disso, o quanto esse consumismo inconsciente pode afetar de maneira negativa o nosso meio ambiente.
O consumismo já afetou e provavelmente afetará o meio ambiente, mas se começarmos com pequenas atitudes conscientes e baseadas na sustentabilidade, poderemos estender a vida do planeta.Aconscientização seguida da ação precisa ser imediata.
Um dos principais quadros do canal e um dos mais assistidos é o Beauty Secrets, em português: Segredos deBeleza.Eénessequadro em queeumais foquei aminhapesquisa.Nele, várias celebridades contam seus segredinhos de beleza, pele e maquiagem e fazem um tutorial do que costumam fazer. Muitas das dicas, são com técnicas mais caseiras e improvisadas, mas os produtos quase nunca são os mais baratos e acessíveis para grande parte das pessoas.
Uma coisa que sempre foi explícita, é o fato de que o conteúdo da Vogue não é um conteúdo gerado em massa, para todo tipo de público. Desde de que a Vogue existe, eles já limitaram o seu público sendo pessoas de classe alta e apreciadoras de moda, beleza e arte. Como exemplo, trago o filme clássico O Diabo Veste Prada, que conta a história da assistente Andy (Anne Hathaway) que trabalha para Miranda Priestly (Meryl Streep) e que sofre diversas coisas na mão da chefe que é executiva da Runaway Magazine, a revista de moda mais importante de Nova Iorque. Assim que o filme saiu em cartaz nos cinemas, muitos trouxeram a tona que a história era baseada no ambiente de trabalho da revista Vogue e que tanto a história e personagens retratado eram, na verdade, baseados em fatos da Vogue. Condições de trabalho
3. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
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O canal já contou com participações de diversos brasileiros, sendo alguns deles: Anitta, Pablo Vittar, Juliana Paes, Bruna Marquezine e Isis Valverde.
Para a pesquisa do tema foi escolhido o canal do Youtube da Vogue, que traz diversos conteúdos, dentre eles: tutorial de maquiagem ensinados por celebridades, cobertura de premiações e quadro de entrevistas com famosos. O canal existe desde 2008 e há pouco mais de 4 anos atrás, ele vem trazendo mais conteúdos além das coberturas de desfiles de moda e entrevistas com modelos.
Por mais que a marca seja uma marca, ela na verdade apresenta aquilo que é tendência e cria certos padrões, como no estilo de vida (lifestyle). Muitas vezes, sem perceber, fomos introduzidos em padrões como este no decorrer de nossa vida, que não necessariamente foram trazidos pela revista, mas por outras mais. O ponto crucial onde quero chegar é a realidade do quanto uma sociedade pode ser influenciada por um veículo de mídia, uma pessoa ou marca.
Grande parte desses comportamentos, são plenamente culturais e podem ser desassociadas de nossas vidas perante uma visão mais consciente do mundo.
que permitiam que as pessoas chegassem ao seu limite de estresse, porém, não é nesse ponto em qual quero focar. Trago o filme de exemplo para elucidar melhor o universo da marca de maneira um pouco mais lúdica.
Quantas vezes as pessoas não compram ou desejam algo que por fim, percebem que nem precisavam, de fato? Durante toda a vida, recebemos estímulos que nos fazem querer algo ou seguir determinado comportamento. Muitos dealguns dos comportamentos consumistas que temos hojeem dia,foram implantados porrevistas, filmesemúsica em algum períododenossas vidas.
No quadro Beauty Screts, em que as celebridades ensinam truques com seus produtos importados e caros, estão também, fazendo propagandas daqueles produtos. Vendendo a ideia de que aquele determinado produto trará a solução a sua pele. O que muitas vezes é esquecido é que além do uso desses produtos, elas também passam por vários procedimentos estéticos que ajudam a resolver alguns problemas de pele. Porém, o que considero preocupante é a questão de que as pessoas que assistem aquele conteúdo, muitas vezes por serem fãs das pessoas convidadas, acabam comprando produtos mais baratos ou não (às vezes até os mesmos, se endividando), que se assemelham com os que elas indicam.
A questão não é usar daquela dica buscando resultados que a pessoa já estava procurando. A questão de onde esta pesquisa partiu foi: até que ponto a sociedade pode ser vendida pela influência das mídias digitais e sem perceber que isso pode, ou melhor, acarretará com consequências negativas para o meio onde vivemos?
Por mais que as dicas sejam realmente boas e eficientes, a marca usa isso apenas para vendercomportamentos, padrões etendências. Oentretenimentoatravés do conteúdonadamais é que mais uma estratégia de marketing. A contar deste fato, Fernandes (2001) resume um pouco melhor o que essa estratégia faz com a sociedade:
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Até hoje, a marca é um grande símbolo, senão o maior, de moda ao redor do mundo. Um outro exemplo disso é a música, Vogue, da Madonna.
Não é à toa que vem se pregando cada vez mais a questão do consumo consciente, trocar canudos de plástico por canudos de papel, aderir à Segunda Sem Carne6 e usar embalagens reutilizáveis em vez de embalagens plásticas. Tudo isso contribui com a vida do planeta e retarda os problemas que são inevitáveis, mas de certa forma ameniza os quando chegarem.
6 Movimento realizado pela Administração de Comida dos Estados Unidos no período da 1ª Guerra Mundial, que tinha como intuito incentivar a população a não comer carne nas segundas feiras pra que sobrasse mais para enviar para o Exército. Em 2003, esse movimento foi trazido novamente com a intenção de prevenir doenças crônicas causadas pelo consumo de carne. Hoje em dia, esse movimento está presente em mais 40 países e no Brasil é promovida pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), com o objetivo de conscientizar a população sobre a crueldade animal e o consumo excessivo de carne.
16 Ser livre hoje é uma invenção do mercado. Ser livre dentro da lógica atual é não saber para onde ir, ou ir para onde estão propagando. Ser livre é poder obedecer aos apelos consumistas do mercado sem perceber que vontade individual não existe, ela é fabricada. (FERNANDES, 2001, p. 29)
Sendo assim, é melhor para todos se todos forem à cidade de ônibus do que se todosforem decarro,masparacadaumémelhorirdecarro.Damesmaforma, é melhor para todos se todos comprarem produtos orgânicos (o que poderia estimular a produção acarretando a redução de seu preço), mas é melhor para cada um não comprá los, jáque os preços são excessivamente caros. É melhor para todos se todos participarem de manifestações políticas e boicotes, mas é melhor para cada um não participar, devido aos custos desta participação. Note se que a palavra "melhor" é usada aqui dentro do sentido restrito da racionalidade utilitária, preocupada com resultados imediatos. (PORTILHO, 2018)
A sociedade nos dias de hoje é facilmente entretida pelo que vê na internet. Usamos tanto, para tantas coisas, que se torna natural sermos encantados ali mesmo. Isso de maneira alguma é algo errado ou algo a ser julgado. Trata se de facilidade, disposição e praticidade, todavia, há formas de não sermos apenas fantoches nessa situação. A pesquisa sobre o produto/serviço e pela marca é imprescindível. Por mais que se torne muito mais cômodo aceitar e relevar aquilo que se vê logo de cara ou se encanta quando um influenciador divulga, o que faz com que a indústria continue trabalhando como trabalha, são as nossas escolhas, são elas que impactam o movimento do mercado. Lembrando também que muitas vezes, como os produtos apresentados pelas celebridades no canal, não é tão acessível as pessoas buscam por alternativas similares e com preços baixos. No entanto, por conta da busca incessante por algo que traga os resultados esperados, as pessoas acabacomprando até finalmente,ounão, encontrarem. Gerandomais lixo e desperdício.Poressas escolhas, chegamos até aqui com a atual situação do nosso planeta. Diversos problemas aquáticos, terrestres, atmosféricos e tantos outros que ainda desconhecemos.
17 [...] em variados setores sociais, e pelo uso manipulador das grandes corporações, que se referem à sustentabilidade dos seus mercados e induzem a população a pensar que não causam poluição e devastação, ou que a controlam através de tecnologias ditas sustentáveis. É urgente contribuir para esta desmistificação. (MARIA et al, 2018)
Algo que também é muito importante e deve ser levado em conta na hora da compra, abordado por Campos (2012), é a questão das empresas que se rotulam como sustentáveis, mas que na verdade não passam de uma fachada, porém isso é algo que agrega a marca e induz o público a comprar porque acham que estão fazendo uma escolha consciente. Infelizmente, isso tem se tornado muito comum.
O desenvolvimento da pesquisa se deu pelo levantamento bibliográfico, no primeiro momento. Através dematérias jornalísticas em comum com otema,livros deautores jornalistas ambientais, dissertações sobre consumo e artigos científicos voltados às palavras chave da minha pesquisa.
Infelizmente, a indústria em conjunto com o marketing banaliza a “sustentabilidade”.
Os resultados obtidos por meio deste trabalho foi trazer a consciência do consumo de cada indivíduo. Ser consumista se tornou muito mais normal do que deveria. O consumismo é mais enraizado em nós do que podemos imaginar.
Somos totalmente responsáveis e culpados pelo o que está acontecendo em nosso meio. Viemos de gerações que não se preocupavam com o que o planeta poderia se tornar e também não tiveram muitas bases teóricas sobre e, assim, passaram essa visão adiante e chegamos onde chegamos.Oque é preciso ser repensado e olhado com pressa é a quantidade e necessidade. De nada adianta estarmos adquirindo produtos que fazem bem para o meio ambiente, sendo que comprados sem necessidade geram lixo e desperdício. Isso desencadeia o consumismo, e tudo o que mais precisamos é inserir a reeducação sobre o quanto somos e ainda podem ser consumistas sem perceber. Compramos sem pensar, compramos sem conhecer a marca, compramos pela pressão da sociedade, compramos sem olhar o outro, compramos sem olhar as nossas reais necessidades, compramos por influência e, por fim, esquecemos do planeta.
É preciso se atentar com o que nos influencia. São influências boas, que agregam uma visão mais consciente do nosso mundo ou se trata apenas de algo momentâneo sem um propósito e destino certo? Um trecho que elucida bem a situação é: Um sistema que promete liberdade, porém aliena; que prega a interligação e pratica o isolamento; que se diz conectado, porém promove separatismo. Uma onda anti solidária toma forma em várias partes do mundo e conflitos separatistas se instauram em várias nações. (FERNANDES, 2001, p. 32)
Com essa pesquisa bibliográfica e métodos de pesquisa bem estabelecidos, os autores que mais contribuíram foram o professor e doutor Antônio Jânio Fernandes e a professora, doutora e jornalista ambiental Fatima Portilho. Ambos ajudaram aprofundar o tema e trazer base teórica agregativa. A análise desses conteúdos pôde fundamentar a minha pesquisa e trazer peso para
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Asela.falas
4. RESULTADOS
Os resultados obtidos foram sólidos e exemplificativos. Todo o desenvolvimento e experiência foram enriquecedores.
Já a segunda parte consiste no projeto experimental, o podcast Podilluminar. Este por sua vez, proporcionou a interação entre as colegas de classe e seus respetivos temas que conversaram entre si e tiveram em comum: as redes e mídias sociais.
dos dois autores naturalmente se completaram no decorrer da pesquisa, o que foi muito importante, pois se complementam e se encaixam
Essa pesquisa pôde não somente trazer e reunir conhecimento, como também, ajudou a trazer a minha memória ainda mais importância sobre o meio ambiente.
Desde o início, foi trazido de forma qualitativa o conteúdo de cada autor e palavra, escolhendo minuciosamente cada trecho abordado. Junto disto, a investigação de forma mais particular por meio de um estudo e análise do canal do Youtube da Vogue. Que proporcionaram exemplificar o tema tratado neste trabalho.
Aprimeiraparteconsidera sesendooartigocientífico,queaprincípiofoifeitaaescolha do tema que se deu através do documentário Minimalism já citado anteriormente e delimitação do tema que unisse consumismo desenfreado + meio ambiente + influência das redes sociais; após isso, foi construído um fichamento de todas as fontes, livros, sites, artigos e dissertações sobre o tema, que possibilitaram trazer mais clareza do caminho a ser seguido e da linha de raciocínio que seria traçado; posteriormente, trazer no papel tudo aquilo que era obtido através das pesquisas ajudou alinhar melhor os objetivos e os resultados que gostaria de obter; com a entrega do paper no final do 1º semestre de 2021 e a devolutiva dos orientadores sobre o conteúdo possibilitou que muitas alterações pudessem ser feitas a tempo desta entrega final, uma das principais foi: a mudança do objeto de pesquisa, que foi extremamente positiva e proporcionou muita clareza para o que havia sido decidido no início da pesquisa; por fim, já ao longo do 2º semestre, foi desenvolvido o artigo final e que está sendo entregue.
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Nesta etapa, antes de qualquer coisa, foi definido como os temas seriam cruzados e como seria a apresentação do produto; em seguida, a elaboração do cronograma, que facilitou e ajudou que mantivéssemos as entregas no prazo; e a elaboração dos roteiros de cada episódio e as perguntas para cada entrevistado. Após isso, foi feita a busca por fontes que contribuiriam para o tema de cada integrante, pude entrevistar: Camila Melo, economista e mestrada em Comportamento do Consumidor e Marketing, Rodrigo Nitzke, especialista em Consumo e Inovação e Linkedin e, Lidiane Silva, especialista em Comportamento do Consumidor e Tendências de Consumo. Todas as fontes contribuíram fartamente para o primeiro episódio, com falas que se entrelaçavam com o roteiro e se encaixavam naquilo que queríamos trazer para o ouvinte. Em paralelo as entrevistas, fizemos a gravação de todos os episódios em estúdio e todas as entrevistas foram feitas e gravadas pelo Skype.
Ainda dentro da segunda etapa, além do enfoque principal do projeto experimental, o podcast, criamos um Instagram (@podilluminar), que serviu como um apoio e forma de divulgação do podcast. já que elaboramos um cronograma de postagens e conteúdos relacionados aos temas que seriam abordados em cada episódio, apresentando cada entrevistado, trazendo trechos marcantes de cada entrevista, curiosidades sobre os temas, enquetes e Alémbastidores.docronograma,criamostodaaidentidadevisualdopodcast(paletadecores,fonte de texto, logo, padrão do estilo de voz etc) e Instagram, visando cores e elementos que remetessem aos temas e cada integrante do grupo. Servindo como um fórum de discussão e aprendizado. O cronograma já contemplava que todos os posts fossem finalizados até o dia 28 de novembro de 2021, para realmente criarmos expectativa e interesse do público para ouvir o
podcast.Após a elaboração de cada roteiro, partimos para o corte de cada nota (delimitada dentro do roteiro) para que ganhássemos tempo e detalhássemos mais a refinação da qualidade dos áudios. Assim, finalizamos a edição dos três episódios e escolhemos a vinheta que entraria em cada um deles, de forma que combinasse com a identidade visual.
Por fim, todo o trabalho, em todas as suas frentes e ramificações me proporcionaram orgulho do resultado e aprendizado durante todo o tempo.
Acompanhando o cronograma, enquanto uma gravação ou entrevista era finalizada, as decupagens foram sendo feitas para já dar dimensão de como o roteiro final de cada episódio ficaria.
Emproldecontribuircomasociedadeemeioambiente,acreditoqueessetrabalhopossa trazer esclarecimento e uma busca incansável por respostas que ajudarão o nosso ecossistema e, como resultado, a humanidade.
Mediante o projeto experimental, incluo minhas parceiras de trabalho nisto, tivemos como responsabilidade expressar algunas das dores mais atuais e frequentes de nossa sociedade e, com isso trazer a consciência por meio de bases e dados teóricos necessários para que a informação seja disseminada.
Com essa pesquisa e projeto experimental, busquei acima de tudo passar a informação daquilo que acredito e sei que é importante para todos nós.
Por meio dessa pesquisa, espero fortemente que ela possa de alguma forma , nos tirar de nossa zona de conforto e nos fazer pensar por quem estamos nos deixando influenciar e o quanto essa influência pode custar a vida do nosso planeta.
Como futura jornalista, prezo pela qualidade e transparência dos fatos. Dessa forma, a informação pode não ser a mais desejada, mas, contudo, será a mais lúcida realidade.
O peso e impacto de nossas escolhas precisa ser falado e intrigado. Há anos, o que causamos ao meio ambiente por meio de nossas decisões foi ocultado de nós mesmos. Creio que chegamos num dado momento em que não podemos mais negar o que nos cerca, não podemos viver sem termos respostas e explicações sobre o que existe.
Nosso planeta e suas matérias primas precisam de tempo e cuidado, com produções em larga escala e em velocidade cada vez maiores em um curto espaço de tempo, não estamos dando tempopara que elas sejamsaudáveis. Por contadisso,nos encontramos na atualsituação: solos enfraquecidos, rios e mares contaminados e espécies extintas. Tudo isso por conta de uma escolha, uma Comprardecisão.aquilo que não precisa, sem pensar no que aquilo pode gerar: desperdício de produto e matéria prima, lixo e poluição.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a influência do Instagram pude abordar um tema que está em alta nos dias de hoje; com a questão do consumismo trouxe a reflexão de algo que sempre precisa ser lembrado em nossa sociedade tão capitalista e individualista; e com as consequências ambientais causadas por nós mesmos, pude abranger uma questão tão delicada e urgente, algo que “desde que o mundo é mundo” se fala, mas que com o passar dos anos se tornou tão importante e relevante, já que agora temos que lidar com as diversas consequências ambientais.
Através da pesquisa, busquei trazer um tema atual pertinente com tudo o que vivemos.
Da redação. Número de usuários de Internet no mundo chega aos 4,66 bilhões. IstoÉDinheiro, 2021. Disponível em: <https://www.istoedinheiro.com.br/numero de usuarios de internet no mundo chega aos 466 bilhoes/> Acesso em: 16 de mai. de 2021.
SCHNAIDER, Amanda. Alcance de influenciadores vai além do público jovem Meio&Mensagem, 2019. Disponível em: <https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2019/08/15/alcance de influenciadores nao se limita ao publico jovem.html> Acesso em: 21 nov. 2021.
FERNANDES, A. J. Implicaçõesambientaisdomarketingcontemporâneo. Dissertação UNIMEP, Programadepós graduaçãoemEngenhariadeProdução.Concentração:GestãoAmbientaleEnergética. Santa Bárbara D’oeste, p. 201. 2001.
CAMPOS,2012.
JULIO, Renan. O consumo consciente é a solução para o excesso de plástico nos oceanos? Época Negócios, 2019. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Forum Economico Mundial/noticia/2019/01/o consumo consciente e solucao para o excesso de plastico nos oceanos.html> Acesso em: 13 de abr. de 2021
KRAEMER, Débora; NOGUEIRA, Jorge. A conscientização na infância para a preservação ambiental Universidade Federal de Santa Maria, 2012. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/view/4443/3418> Acesso em: 21 nov. 2021.
GONZALEZ, Amelia. Pesquisa mostra que 76% não praticam consumo consciente no Brasil. G1, 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia gonzalez/post/2018/07/25/pesquisa mostra que 76 nao praticam consumo consciente no brasil.ghtml > Acesso em: 13 de abr. de 2021
BRANDÃO, André. Consumo e meio ambiente: principais efeitos do consumismo no meio ambiente natural do Brasil. Jus.com.br, 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/36653/consumo e meio ambiente principais efeitos do consumismo no meio ambiente natural do brasil> Acesso em: 25 mar.
Pedro. Jornalismo e meio ambiente: a contribuição dos meios de comunicação e o conceito de sustentabilidade. USP, 2012. Disponível em: <http://www.usp.br/rumores/pdf/1.pdf> Acesso em: 27 mai. 2021.
6. REFERÊNCIAS
A mudança de hábitos e escolhas conscientes precisam ser colocadas em prática o quanto antes. Nossa sociedade depende de todos nós e o nosso planeta depende da nossa sociedade.
CORDEIRO,2021.
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I. J. D. ConsumosustentávelnoBrasil:reflexõessobreosdiscursosdopoderpúblico, da iniciativa privada e do terceiro setor Dissertação (mestrado) UFPE, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Recife, p. 146.
MINIMALISM: A DOCUMENTARY ABOUT THE IMPORTANT THINGS. Direção: Matt D’Avella. Produção de Joshua Fields Millburn; Ryan Nicodemus; Matt D’Avella. EUA, 2016. Netflix.
PALACIOS, F; TERENZZO, M. Oguiacompletodostorytelling. 1. ed. São Paulo: Alta Books, 2016.
SANTOS, Rosana; MENOTTI, Camila. Propagandas, consumo e meio ambiente. Universidade Federal de Mato Grosso, 2014. Disponível em: <https://www.ufmt.br/endipe2016/downloads/233_10007_37405.pdf> Acesso em: 31 mar. 2021.
MARIA, I. et al. JornalismoAmbiental: teoria e prática. Porto Alegre: Metamorfose, 2018. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/183295> Acesso em: 31 mar. 2021
MELO, Maria Rita et al. Comportamento do consumidor: percepção da relação consumo e meio ambiente. EIGEDIN, 2017. Disponível em: <https://desafioonline.ufms.br/index.php/EIGEDIN/article/view/6939/pdf_120> Acesso em: 31 mar. 2021.
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PORTILHO, F. Sustentabilidadeambiental,consumoecidadania. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2018.
4. Descrição do projeto Linguagem
O podcast será produzido na linguagem jornalística, pois o programa será constituído por entrevistas com fontes relacionadas ao objeto de estudo e problema de pesquisa de cada integrante do grupo. O intuito será trazer esclarecimentos e visões mais aprofundadas em relação aos assuntos abordados em cada episódio, considerando informações obtidas através do levantamento bibliográfico e análise de pesquisa.
3. Sinopse
A) Produto Experimental
1. Título do produto PodIlluminar
2. Área e formato Área: Formato:RadiofônicaPodcastcom linguagem jornalística + Instagram voltado como fórum de apresentação dos temas abordados no podcast
Linha editorial
Trazer uma discussão em relação ao impacto e influência que as redes sociais, com enfoque no Instagram, causam na sociedade e as suas formas de consumo. O primeiro episódio do podcast abordará dois temas, que trarão à tona questões sobre compras online, o aumento de lojas no Instagram durante esse período de pandemia, atrelando ao problema do consumo inconsciente. O segundo bloco trará a questão do jornalismo digital e a sua influência na cultura do cancelamento, relacionando o conteúdo das matérias publicadas no Instagram, voltadas para questões sociais, de intolerância ou que estão em alta nos debates nas redes sociais, com o comportamentodosinternautasem relaçãoaoseufeedbacknessasnotícias,eassim,verificando se há ou não influência do jornalismo na inflamação no discurso na cultura do cancelamento.
As mídias digitais são grandes aliadas para promover marcas e pessoas, mas será que tudo o que fazemos através delas é algo positivo? Nesse podcast iremos discutir como as mídias digitais têm impactado a sociedade em um bate papo sobre lojas online, consumismo, cultura do cancelamento e mudanças estéticas.
23 7. APÊNDICE
O terceiro e último episódio terá como tema a influência do Instagram em relação às mudanças estéticas, levando para os ouvintes a questão dos padrões de beleza e de como perfis voltados para movimentos contra essa ditadura podem transformar e trazer uma nova visão sobre a libertação dessas amarras que o consumismo pela imagem ideal trouxe. O podcast será de linguagem jornalística, voltada para estudantes de comunicação e consumidores das redes sociais, trazendo entrevistas em formato de bate-papo, com fontes focadas no objeto de estudo eproblemas depesquisa apresentados em cada tema,com intuitode enriquecer oprograma com entrevistados que tenham propriedade intelectual e profissional para os assuntos em debate. A missão do grupo é levar informação e ao mesmo tempo levantar uma reflexão sobre como as nossas vidas são influenciadas diretamente pelas redes sociais, e quais são os nossos comportamentos e controle diante das situações apresentadas. Temos a visão de que com esses temas possamos alertar as pessoas sobre as consequências de seu consumo desenfreado e quase que imperceptível de informações a todo momento através das redes sociais. A produção do projeto será feita de forma íntegra, respeitosa, honesta e dedicada, respeitando os valores dos membros da equipe.
• Roteirista. Roteirizei o caminho que buscávamos traçar com esse projeto, de forma objetiva, clara e explicativa. De forma que, através daquilo que viríamos a falar, fizesse com que o ouvinte pudesse se sentir conectado com os temas;
Função individual
O podcast será constituído por três episódios, com duração de dez minutos cada. Neste formato, o grupo conseguirá abordar cada tema de forma mais profunda, com o intuito de trazer melhor entendimento para o ouvinte.
O projeto experimental será constituído por uma trilha sonora moderna e despojada, porém sem perder o caráter informativo. Cada episódio começará com um tema de abertura, acompanhado pela apresentação do assunto que será abordado e o entrevistado. As entrevistas serão em um formato de bate papo, trazendo dados levantados através do processo de investigação e análise voltados para os problemas de pesquisa de cada integrante do grupo.
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Número de páginas/caracteres/duração
Tipologia/Identidade Visual/ Identidade sonora/ Outros itens, de acordo com o seu Formato/Modalidade
Paraamaioriadosnegócios,senãotodos,asredessociaissetornaramvitrinesdesuas marcas,aliéapresentadooqueseráoferecidoecomofuncionaoprocesso. Estrategicamente,éumlugarqueaproximaamarcadoconsumidoretrazparaperto quemaindanãoéumclientedamarca.
PAUTA NOME VEÍCULODO
Nãoédehojequeosnegóciosonlinevêmcrescendo,contudo,apandemiatrouxeum valormuitosignificativoparaisso.DeacordocomAssociaçãoBrasileiradeComércio Eletrônico(ABComm)emparceriacomaNeotrust,ocrescimentode2020foide68% comparadoa2019,issoporcontadapandemia.
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EDITORIA
• Editora. Estive responsável pelos cortes de cada nota do episódio um, de maneira que facilitasse a edição final que esteja sob responsabilidade da Ingrid. Também, fiquei responsável por editar todos os vídeos que saíram no Instagram.
• Pauta 1º episódio
sociaisvirtuaisaumentosociedadeconsumismoprocessoredesATEMA/ASSUNTOinfluênciadassociaisnodedaeodelojasnasredes 30/05/2021EDIÇÃO
OHISTÓRICOconsumismo
De2020paraosdiasdehoje,muitaspessoasqueperderamseusempregosporconta dapandemiacriaramseupróprionegócioparagarantirsuarenda.Produtoscaseirose artesanaisatélojasvirtuaisforamdosnegóciosinvestidosporessaspessoas.
Pelaspessoasestaremmaisemcasaesementretenimentoexterno,muitassejogaram nascomprasonlineparatentaremamenizar,decertomodo,oqueaconteceno mundo.
• Designer. Fui responsável por criar a identidade visual para o nosso programa, apropriado ao estilo do grupo e interligado aos temas individuais de cada uma e o que temos em comum: redes sociais. Através de cores e elementos, reuni tudo de maneira fácil para que o público nos visse como idealizadoras do projeto.
éalgoquevemaumentandocomopassardosanos,pormaisque atualmentevivemosumperíododifícildepandemia,queocasionoumuitosproblemas econômicos.Muitasmarcasvêmvendendocontinuamenteseusprodutoseserviçose, consequentemente,alavancandoseucomércio.
Pautas/Roteiros/ Transcrições/ Outras documentações relevantes para a compreensão do produto
COMPONENTESDOGRUPOCOM
REDAÇÃODEJORNALISMO: Repórter/entrevistadora,design, roteiristaeeditora Fernanda Repórter/Ferreiraentrevistadora,roteirista eeditora GeovannaDomingos Repórter/entrevistadora,produtora eeditora IngridEstevão Repórter/entrevistadoraeeditora AliceSantoseSilva
Então, eu acho que todo... As redes sociais, elas vieram num processo muito longo de consumo, não foi assim “nossa, surgiu agora as redes sociais e agora as pessoas são super influenciáveis”, o famoso, agora, os influencers digitais eles têm um poder mágico de entrar na cabeça das pessoas e “olha, consuma esse produto”. Eu acho que isso é uma construção histórica desde o começo lá da cultura do consumo mesmo, que foi, se a gente ver historicamente, surgiu nas lojas de departamento do século dezenove. Então, assim, desde lá
ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO
09:4208:34Camila
As redes sociais elas mudaram muito a visão do consumidor pra comprar um produto, pra adquirir um serviço, elas potencializaram isso no consumidor?
Porém,háumgrandeagravantenissotudo:oconsumoinconsciente.Muitaspessoas acabamsedescontrolandonahoradascompras,comprandooquenãodeviamenem precisavam.Gerandolixoexcessivoemuitasvezesnãosabendoaorigemdoproduto, avisãodamarcaeoqueaqueleproduto/serviçopodecausarnomeioambiente.
08:3108:21Fernanda
AliceRGMSantoseSilva RGM: 1991606 Fernanda0Ferreira RGM: 1932265 Geovanna8Domingos RGM: 1920865 1 IngridEstevão RGM:1883102 8
Editoria Tema
CamilaFONTESMelo,RodrigoNitzkeeLidianeSilva.
OBSERVAÇÃO:Entrevistasserãogravadasviazoom,respeitandotodasasmedidas protetivascontraoCOVID 19.
Folha
AAssuntoinfluência das redes sociais no processo de consumismo da sociedade
Levantarareflexãodoquantoprecisamosajudarealavancarpequenosnegóciose produtoresemummomentotãodelicadoemquenosencontramos.Etrazero questionamentosobreasnossasescolhas,comotodaselaspodemimpactara sociedade,sejademaneirapositivaounegativa.Todacomprainconscienteenão pensada,podegerargrandesproblemasambientaiseagravarsituaçõesjáexistentes.
07/Data09/
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Decupagem entrevista
Tempoin/out Conteúdo
• Camila Melo de Decupagem 2021
12:1211:39Camila
11:0711:04Camila passíveis de várias críticas, assim como qualquer outra coisa.
Mas em contra partida também, eu acredito que o que as redes sociais trouxeram foi também, consumidores mais exigentes. O consumidor, ele quer muito saber qual é o benefício daquele produto e ele quer mais e mais benefícios. Então você vê as plataformas de streaming, elas precisam oferecer cada vez mais coisas, a competição acirrada. E o consumidor está mais exigente, então se você ver, por exemplo, o Reclame Aqui, que é um canal que deu voz pro consumidor, que antes você tinha que ficar ali no SAC, no anonimato. E o Reclame Aqui faz parte ali, querendo ou não, de uma rede social que deu voz ao consumidor. E além disso, as próprias marcas dentro do Instagram, desculpa, das próprias marcas, você vê o consumidor chegando ali e escrevendo ali, “olha, eu comprei o produto x, não veio como eu queria, resolve meu problema”, porque ele sabe que ali ele está se expondo, expondo a marca e a marca tem que resolver. Então assim, tem vários lados, eu não acho que... eu não sou do time que demoniza as redes sociais a todo custo, mas, sim, claro, cabe várias críticas...
11:3611:09Fernanda
Vocês vão falar de cancelamento e isso está muito próximo, um influencer não é uma pessoa física, ele tem que agir como uma pessoa jurídica porque, enfim, ele tem vários contratos. Mas eu acho que o lado maléfico, digamos assim, que é ruim pro consumidor, especificamente falando de Instagram, que é onde mais rola isso, de compra, influencer. Eu acho que essa fantasia em torno daquilo ali, aquela coisa aspiracional, de tipo “nossa, se eu comprar, ela está ali na publi, a influencer, está ali naquela publi de produto x. Nossa, eu vou comprar esse produto e eu vou ser essa pessoa”. Tem essa coisa
Legal. Como você falou dos influencers digitais, hoje em dia, eles têm um papel grande na decisão de compra, como você mesmo disse, as pessoas vão lá, são mais exigentes, elas querem procurar a saber o produto que elas querem comprar e tudo mais. Isso de certo ponto é bom, mas também pode ser ruim. O quanto isso é bom pro consumidor, ir ali e ficar pesquisando, e o quanto isso é ruim pra ele?
É, eu acho que o lado bom é... muitos acessos. A gente... hoje a gente consegue pesquisar de várias formas, por mais que ainda exista esses golpes online, você consegue fazer uma pesquisa maior, você consegue... a gente tem muito acesso, só que isso também tem o lado ruim que é o excesso de acesso e as pessoas ficam ali um pouco perdidas. É, eu acho que especificamente, se a gente falar do Instagram, onde tem esses grandes influencers e as pessoas ficam ali...
12:3512:15Camila-
Eu acho que rola mesmo uma fantasia, que o lado ruim que você perguntou é uma fantasia que a gente tem, que todos nós, ali no Instagram, a gente está sujeito a isso. Que é você ver aquela pessoa que é uma marca, a gente tem que lembrar disso: ela é uma marca.
27 as empresas, essas lojas de departamento junto com o time de marketing, eles usam de pessoas pra “olha, olha aqui essa pessoa usando o meu produto e se você usar esse meu produto, você também vai ser essa pessoa”. Então, essa coisa aspiracional, então, eu acredito que as redes sociais hoje, elas fazem parte desse processo só que agora com variantes novas, com dimensões novas que a gente não conhecia até então.
13:4112:37Camila
11:0109:45Camila
A publicidade como uma coisa alienante, aliena as pessoas e tal. E existe mesmo, se a gente não para pra refletir, é alienante mesmo. Então, eu acho que as redes sociais tem mesmo todos esses lados.
É a engrenagem da máquina. É assim que as coisas funcionam e tem, a gente tem uma visão... várias teorias de comportamento do consumidor e até outras que fogem do campo da administração ou ciências sociais...
Eu acho que o consumo, o consumismo, ele pode virar uma adição, como uma droga qualquer assim, como até você passar muito tempo na internet, pessoas super viciadas na internet, viciadas em drogas, viciadas... a adição em si, o consumo pode ser uma dessas adições e na sociedade em que a gente vive, em que consumir algo socialmente é aceito. Igual, hoje em dia, por exemplo, os fumantes tem, nossa, um receio assim de fumar, porque sabe que vai ser criticado e tal. Agora o consumo não, você pode consumir a vontade que é socialmente aceito. E tem até um livro que eu tinha lido a sua pergunta, que eu recomendo muito sobre esse tema que ele fala Desejo e Adição nas Relações de Consumo, é um professor lá da UNIFESP. Ele mistura muito psicanálise e consumo, aqui ele trata exatamente sobre quando o consumo vira uma adição, uma compulsão. Quando que você tem uma compulsão por esse ato e, ele explica que o consumo vira uma adição quando você não se importa muito com o objeto que você está comprando, o ato de consumir em si, de fazer a compra, já é onde a pessoa vai ter o gozo, sentir o prazer e não, posteriormente, em utilizar ou usufruir daquele produto ou serviço.
Eu estou vendo ali na tela, aquele produto, e eu tenho o poder de adquirir ele a qualquer custo, a qualquer momento
Por exemplo, um exemplo aí: a pessoa está ali comprando e ela ao meu ver pode se transformar numa consumidora compulsiva, ela pode trazer esses problemas pra ela mesmo, pra família dela que mora, pode trazer problemas financeiros... Então, a gente queria entender um pouco isso, o quão ruim é um consumidor que ele não tem consciência daquilo que ele está comprando e adquirindo.
14:2114:06Camila
21:3220:43Camila
18:0217:46Fernanda
18:4818:21Fernanda
14:0213:44Camila
28 aspiracional de você ver aquilo e, eu acho que, depende a autocrítica daquele consumidor, de tipo, parar e ver, de fato, se ele quer aquilo mesmo ou se... o que está regendo aquela vontade de comprar aquele produto e ao mesmo tempo...
Quão grave que a gente pode mensurar, que é um consumidor que não tem consciência da compra que está fazendo? Quanto esse consumidor pode impactar negativamente o meio onde ele vive, família, amigos e, o quanto ele pode prejudicar sua própria vida mesmo?
20:3518:50Camila
É, ele falou “o consumir é a própria finalidade do ato, o meio se torna um fim em si”. Assim como qualquer outra adição, essa coisa do consumismo... o que as pessoas viciadas em consumo, elas querem: acesso ao gozo imediato. Então elas querem ter o prazer imediato, não dá pra esperar, não dá pra “deixa eu tentar aqui, pra ver se eu quero mesmo”. E assim, isso pode trazer várias coisas negativas pra vida da pessoa e, uma delas é a financeira, o endividamento. E hoje, hoje mais especificamente na cultura brasileira, a gente tem muito acesso a crédito, crédito ao consumo, e isso facilita essa falsa impressão de que a gente tem acesso a tudo e imediatamente.
21:4221:35Camila
27:4627:08Fernanda Sim. Então, a gente pode considerar que esse consumismo durante a pandemia, ele foi considerado uma válvula de escape para as pessoas que estavam fazendo home office, ne? Porque como elas não podiam sair, elas precisavam se satisfazer com alguma coisa mais imediata. É uma compra, não um momento, por exemplo: você sair, passar um dia de parque, um dia no shopping, não sei. Mas um prazer mais imediato. A compra chegou, “pronto, me satisfez, agora vou, sei lá, comprar outra coisa”, por exemplo.
29:0927:47Camila
24:2723:55Fernanda
A pandemia, ela incentivou as pessoas a serem consumistas? Porque assim, pelo menos pra mim, eu ouvi muitas pessoas, muitas pessoas e até eu mesma, “já que a gente vai estar em casa, vou comprar tal coisinha, vou comprar uma blusinha, vou comprar um produto pra pele, vou comprar em creme, vou comprar, vou comprar”. Quando você vai ver, sua fatura do mês está assim, lotada. Então, você acredita que a pandemia incentivou as pessoas a serem consumistas, de um certo modo?
Eu acho que tem vários pontos. O primeiro: a gente ficar em casa, com certeza, várias distrações da nossa rotina que a gente tinha antes, a gente não teve mais, então a gente estava ali na tela do celular olhando tudo. Como a gente falou já, as redes sociais estão ali, elas são shoppings centers ali a todo custo. Eu acho que tem essa coisa dos pequenos prazeres, “ai, eu estou aqui em casa, deixa eu comprar essa blusinha, eu acho que eu preciso desse creme”. Então esses pequenos prazeres que, poxa, a gente está nesse caos, nessa crise. Então, eu acredito sim que, de certa forma, esses pequenos prazeres, a gente tentou assim, tamponar eles com consumo. E ao mesmo tempo, a gente vê categorias que cresceram as vendas durante, principalmente ali no primeiro ano da pandemia que, realmente, estava todo mundo mais em casa, por exemplo, a categoria de decoração. Então, todo mundo, você está ali dentro da sua casa eu mesma , nossa, esses quadros mesmo, eu comprei na pandemia, porque eu falei “poxa, minhas paredes estão todas sem nada, o que que eu vou comprar aqui? Eu preciso...” Aí você vai lá e compra decoração e compra pijama.
É, eu acho que é isso. A gente se viu ali dentro de casa, trancado, “e aí, e agora...” E outra, outro ponto, a gente deixou de consumir várias coisas. Então, o bar, e a festa, e os passeios... A gente deixou de consumir muitas coisas por questões externas a nós e aí gente se voltou pra dentro de casa e para o online. Então eu não lembro aonde eu vi, o dado certo com a pandemia o comércio eletrônico ele cresceu, tipo, cinco anos em um, sabe,
27:0726:00Camila
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E eu acho que é isso também, se viu dentro de um ambiente que precisava ali, de certa forma, “o mundo está um caos lá fora, então, deixa eu ter esse conforto e organizar isso e tal”. Mas é assim, claro que quando a gente vai falar de consumo, a gente tem que ver a perspectiva de classe social também. Não é todo mundo que ficou em casa, não é todo trabalho que é possível fazer home office, então tem que ter um recorte de classe. Quem tem o privilégio de ficar em casa, começou a consumir outras coisas, mas em contra partida, quantos desempregados a gente não tem no país, que estão ali sem conseguir pagar o aluguel?! Tem esses dois mundos, os privilegiados, que sim, aumentaram o consumo, focando mesmo nesse conforto material enquanto o mundo está um caos lá fora, mas também, por outro lado, tem essa massa de desempregados e tal que não tiveram nem como pagar o básico, o essencial ali pra viver.
25:5324:28Camila
Então, eu acho que a pandemia trouxe mais essas mudanças de hábito de consumo mesmo. As pessoas mais abertas a comprar mais categorias online e deixando de consumir outras coisas, que agora parece que não faz mais sentido... Iria mais por esse caminho.
31:5631:09Fernanda
29:3129:10Fernanda
30 algo assim. Então, intensificou muito e o mercado está aí para isso, assim, ele está aí pra te prover as melhores plataformas, os melhores produtos, as empresas, os e commerces. Trabalhando para fretes cada vez mais rápidos, porque hoje em dia, compra online é isso. “Quanto que é o frete, quanto tempo demora?” Então, se por um lado o consumidor está em casa, entre aspas, com tempo disponível para consumir, por outro lado, as empresas estavam ali trabalhando a vinte e quatro por sete pra trazer os melhores produtos, para as pessoas comprarem mesmo. Então eu acho que foi um caminho de duas vias assim.
Olha, eu acho que os hábitos mudaram, então, se antes você “nossa, eu não compro, sei lá eu gosto de comprar roupa não vou comprar roupa online”, mas aí você se viu ali obrigada a comprar roupa online, esse hábito vai perdurar pós a pandemia. Então vários hábitos mudaram. Eu acho que a consequência negativa pode ser a financeira, como a gente já falou, mas essa mudança de hábitos, da cultura, a cultura vai mudando o tempo inteiro. E a pandemia veio e intensificou várias mudanças de comportamento, que já estavam, assim, caminhando antes. O e commerce ele já estava crescendo antes, e aí veio a pandemia e intensificou as nossas compras online, por exemplo. Mas eu acho que de forma geral, eu sou otimista assim, com essas mudanças de hábitos de consumo.
Eu não acompanho números, assim, de e commerce próximo, mas também, não vai ser assim um crescimento exponencial de consumo porque a renda também é limitante.
Sim. E assim, como esse cenário da pandemia, o consumo na pandemia, você acha que para esses consumidores, que consumiram muito durante a pandemia, no período que ficaram de home office, você acha que pode trazer alguma consequência negativa pra esse consumidor, futuramente?
30:4430:33Camila
30:3029:32Camila
31:0830:51Camila-
33:2231:58Camila
Legal, legal. Voltando ainda um pouquinho sobre as redes sociais que a gente estava falando muitas pessoas como a gente já falou elas usam as redes sociais, o Instagram, como uma maneira de filtro. Pra comprar, pra saber o que comprar, qual produto é melhor... Como a gente pode usar isso ao nosso favor? Porque infelizmente, a gente sabe que também, quando a gente está ali num momento, vendo as coisas que estão passando, a gente se influencia as vezes por umas coisas que a gente depois percebe “poxa, nem precisava disso, comprei uma coisa sem necessidade, não vou ter pra quê usar aquilo”, mas como a gente pode usar isso ao nosso favor? Usar essas redes sociais, essas publicidades, as resenhas das blogueiras ao nosso favor?
Olha, eu vou falar a minha experiência pessoal. Eu, eu não lembro exatamente em que momento da pandemia que eu falei “não, deixa eu um limpa aqui, em quem eu sigo” e assim, tem aquilo: nós somos a soma das cinco pessoas mais próximas a nós. A gente adquire os hábitos das pessoas, do modo de pensar e tudo. E quando a gente vai pro online, a gente é a soma das pessoas que a gente segue. Então, quem que eu estou seguindo? E assim, o que que aquela pessoa, aquele influencer, está agregando na minha vida? Eu acho que sim, assim, tem muita coisa positiva que a gente pode tirar dali
31 se a gente tiver essa autocrítica antes de tipo “que que eu quero, como que eu quero que isso daqui me agregue?” Talvez a gente tenha uma posição mais ativa do que passiva, de ficar só recebendo a informação. É, eu acho que é impossível a gente ser completamento ativo nas redes sociais, porque a gente é um produto ali dentro também, tem aquela frase: se você não está pagando por algo, é porquê você é o produto. Então, a gente é o produto ali, nossos dados são vendidos para as empresas. 35:5833:27Camila
35:5135:41Camila
Agências de publicidade e os algoritmos, que chegam ali para as empresas, para elas direcionarem os produtos. Então, a gente é um produto. Mas dentro disso, sabendo disso, como é que na nossa parcela ali que a gente consegue essa posição mais ativa, de filtrar mesmo. E tem uma coisa que, eu não sou muito consumista, meu pai é muito pão duro, então é uma coisa de criação mesmo. E o meu pai, a gente tem uma coisa que a gente ia passear no shopping assim, quando eu era criança e aí se quisesse comprar alguma coisa, “ai pai, quero comprar essa sandália”, ele falava assim: ah, tudo bem, a gente vai voltar daqui duas semanas, se você ainda quiser a sandália, eu vou te dar a sandália. Então esse tempo de maturação da ideia, sabe, a gente está falando do gozo imediato ao comprar um produto. O que será que acontece se você não comprar ali naquele momento e “deixa eu amadurecer essa ideia aqui, ver aqui se eu preciso ou se não preciso mesmo”. Olhar no seu guarda roupa se realmente precisa ou não. E é isso, o Instagram, especificamente, ele trabalha não só o Instagram, a publicidade em geral, o marketing ele trabalha com as nossas fantasias. Então, ele vai colocar os produtos ali, vendendo sonhos. Então olha a propagando de perfume: use esse perfume para os homens, especificamente e você vai pegar a mulherada toda, você vai ter esse carro chique, você vai ser esse cara super bem sucedido se você compara esse perfume. Assim, isso sempre existiu, só que hoje no online, isso acontece de uma maneira, que é vinte e quatro horas, que é igual o que você falou, tipo, o Instagram é sobre isso. É sobre comprar produto, comprar estilo de vida. Então, a gente tem que entender que tem muita gente por trás, as empresas estão trabalhando pra vender aquele sonho pra gente. E a autocrítica vem e fala assim: ta, então qual que é o meu sonho mesmo? Será que está ou não de acordo com isso? “Realmente, se eu comprar essa blusinha aqui, eu vou ser mais feliz?” A gente tem essa ilusão, ne?!
39:4638:31Camila
38:2738:14Fernanda
E agora pra fechar, mais duas perguntas, a primeira: De modo geral, assim, quanto o consumismo pode ser prejudicial pra uma pessoa? No modo mais amplo mesmo, mais macro.
Como a gente disse, eu acho que o consumismo é prejudicial, a partir do momento que virá uma compulsão, que vira uma... que vira um vício mesmo ali, de você consumir pelo ato de consumir, nem pensar em como que você vai usufruir daquele produto ou serviço, não, mas o consumir por consumir. Então, acho que esse é o lado prejudicial, é essa... quando você só vai assim... a gente estava falando dessa autocrítica, ne, de entender: preciso, não preciso e pra quê que eu vou comprar, ne. Porque assim, a gente... todo mundo, pra qualquer coisa, a gente compra algo pensando qual vai ser o retorno social daquilo, então, daquilo que eu estou comprando. “Vou comprar essa bolsa,
Você gosta de uma roupa, aí você fica: ai, eu só vou ser feliz se eu usar aquela roupa. Mas é uma ilusão, porque você tem aquela roupa e vai querer comprar outra, sabe. Então, acho que é por aí.
Nossa, essa pergunta já daria outro podcast, daria uma faculdade, na verdade, ne... Porque é isso, ne, não existe produção se não tiver consumo. E vice e versa, também. Então assim, a gente... A nossa cultura, hoje, é voltada pro consumo, a gente vive numa cultura material, hoje os nossos valores estão embutidos no consumo. Se antigamente, sei lá, na época medieval, você ali nasce e já está... a sua vida inteira já está formada, se você nasceu, sei lá, na monarquia, sei lá, algum título X, de duque, de não sei o que lá, sua vida inteira você vai ser o duque. Você não tem mobilidade, você não tem espaço pra criar uma identidade fora daquilo. E na cultura que a gente vive hoje, você mesmo que tenha a restrição ali da sua classe social, raça, gênero, você... a gente ainda tem movimentação pra criar a nossa identidade, a gente cria essa identidade a partir das nossas escolhas de vida e uma delas é as escolhas de consumo. Então, tendo isso, o capitalismo só vai se movimentar se as pessoas consumirem, não tem como. O consumo e a produção estão ligados, eles dependem um do outro, tanto é que se você for em qualquer equipe de marketing, eles estão ali pensando em como vender esse produto.
A gente compra esperando esse retorno social, mas o consumismo é... misturado com essa compulsividade que seria o lado ruim.
42:1642:05Fernanda Boa. Bom, foram essas as perguntas, a gente finalizou aqui o nosso quadro de perguntas... Repórter: Fernanda Ferreira Fernandes Teixeira • Decupagem entrevista com Rodrigo Nitzke • Folha de Decupagem 07/Data09/ 2020 Editoria Tema AAssuntoinfluência das redes sociais no processo de consumismo da sociedade Tempoin/out Conteúdo
40:0539:49Fernanda
“Cadê o diferencial? Cadê o arca bolso simbólico que tem nesse produto? Pra gente convencer as pessoas de comprar a minha marca, o meu produto”, e se as pessoas não comprarem, eles vão parar de produzir, vão ter que produzir outra coisa. Então, são totalmente interligados e um depende totalmente do outro.
32 porque eu sei que se eu chegar no restaurante que eu gosto de ir, as pessoas vão me olhar de certa forma e é por isso que eu estou comprando essa bolsa!”
Sim. Muito legal. Por último, a pergunta é: o quanto o consumismo ele é importante para o capitalismo continuar forte, continuar crescendo, aí, como vem crescendo e, o quanto também ele é importante para a economia de uma país?
42:0240:08Camila
10:2409:17Rodrigo
Hoje em dia, a gente está tendo... É, eu acho que são mais... A tecnologia é muito boa, na questão de influência, mas hoje eu vejo mais pontos negativos do que positivos. Então assim, o sistema das mídias sociais é feito pra fazer mal para as pessoas, ele é construído dessa forma. Então, porque a gente tem liberação de dopamina, em excesso, sempre tem uma novidade pra vocês buscar, você precisa estar atento, você não consegue relaxar de uma forma que a gente conseguia fazer há, sei lá, vinte, trinta anos atrás. É muito diferente hoje você conversar com uma pessoa que tenha dezoito anos, vinte anos hoje em dois mil e vinte e um , porque é uma pessoa da mesma idade quando tinha há trinta anos atrás, entendeu? Então, essas pessoas que são influenciadoras, elas têm uma responsabilidade enorme, então assim, essas pessoas ao meu ver, elas não sabem nada do que elas estão fazendo. Elas são pessoas extremamente ignorantes nas questões que estão falando, porque hoje a verdade é: quem paga mais, leva o anúncio. Entendeu? Então, se você não compra o produto, você é o produto. E as pessoas não estão se ligando nisso, nós somos o produto, nós somos, o produto. Então, a consciência do influenciador sobre nós é compreender que nós somos o produto. Então, quando você chega e fala assim: “Ah, maravilha, Rodrigo. O influenciador, a influenciadora, ela pode determinar na comprar?” Sim, muito. Aliás, hoje em dia está desregrado isso, você tem casos de influenciadores sendo muito positivos na sociedade, mas que eles são raríssimos os casos. Que as pessoas entendem os algoritmos, que entendem a questão psicológica do negócio. Então, essa parte de neurotransmissão, essa parte de vício, é muito perigoso.
O Tiktok é um exemplo, o Tiktok... tem gente sendo internada nos Estados Unidos, já. Então assim, é muito complicado, essa parte de... sabe... de ignorância. Então, a gente precisa compreender que a influência é real e a gente precisa colocar normas nela, trazer normativas. Sem nada, não tem
09:1509:08Fernanda
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As redes sociais, elas mudaram muito a visão do consumidor pra comprar ou adquirir algum produto?
11:0710:26Fernanda
15:4411:16Rodrigo
Eu diria que não só mudou a visão, mas ela mudou principalmente a questão de acessibilidade. Então, vamos pensar nisso aqui num panorama um pouco maior do que, normalmente, está acostumado. Então, pensa nas pessoas, por exemplo, que têm algum tipo de condição especial, que às vezes não pode sair de casa, que às vezes é uma pessoa muito obesa, às vezes é uma pessoa que está com depressão, às vezes é uma pessoa que está num hospital. Então, a gente pensa... Na verdade, as pessoas estão na rua, mas, hoje a gente tem muitas pessoas assim, entendeu? Então não é... O grande ponto é a gente ampliar a nossa percepção, porque hoje o grande lance é você entender de nicho de mercado. Então, sim, em vários grupos, em várias segmentações diferentes, o pessoal aumentou muito, com certeza.
Legal. Hoje em dia, a gente sabe que tem muitos influencers digitais e eles vêm tendo um papel grande na decisão de compra de um seguidor. Então, muitas vezes, o seguidor procura aquele influencer que ele conhece e sabe que ele já fez alguma publicidade do produto que ele está procurando e aí ele vê o que ele estava falando daquele produto. Pra ser uma ponte ali na decisão dele de comprar ou não comprar. Pra você, o que você acha que isso pode se tornar bom pro consumidor barra usuário do Instagram ou Facebook, enfim, e quanto isso pode ser ruim pra esse usuário?
Isso trabalha num nível subconsciente do cérebro, você não percebe, mas você está ficando condicionada. Quando alguém vem e fala como você sobre um assunto que é contrário a tua opinião, você fica reativa, você fica na defesa, porque o seu dia a dia não tem nada disso, seu dia a dia é só agrados, é só dopamina entrando no cérebro. Então, no momento que você tem algum desagrado que libera cortisol pro teu sangue, naquele momento você repele. E assim as pessoas vão ficando cada vez mais afastadas umas das outras e mais próximas ao seu celular. Hoje a gente tem vários filmes que falam sobre isso, até um que eu vi agora, se chama Lexi, um celular muito doido, não sei o que que é, é da Amazon Prime Video. Que o cara estava falando exatamente disso, então o celular que ajuda, tomou vida, inteligência artificial que tomou vida pra ajudar a pessoa a ter vida de novo. Olha que loucura! Olha o ponto que a gente está chegando!
Pensa assim, num influenciador, que fala assim: “olha, vou falar sobre moda”, essa influenciadora vai trazer a visão dela, dele de moda! E aí, essa pessoa que está olhando o produto, que somos nós, ela vai começar a seguir pessoas parecidas, porque ninguém gosta de rejeitar a própria opinião, todo mundo gosta que as pessoas concordem com a gente. E aí o que acontece?
Então essa é a visão sobre influenciadores. Claro, que os influenciadores, tem gente positiva? Tem, mas eu vejo que eles não estão tendo responsabilidade psicológica. Entendeu? Pelos outros.
18:1017:49Fernanda-
Bom, eu vou um pouco mais longe. Eu vou te responder a sua pergunta. Hoje a gente não tem consciência nenhuma.
Muito legal. Bom, a próxima pergunta é referente ao consumidor mesmo. Quão grave a gente pode mensurar que é um consumidor não consciente daquilo que ele está comprando ou adquirindo? Quanto esse consumidor pode impactar negativamente o meio onde ele vive e até mesmo a sua própria vida?
34 regra. Então, basicamente, imagina assim: se eu chego, eu quero vender essa caneta e eu sou um anunciante, a mídia social vai falar assim pra mim: “olha, você vai poder vender pra mil pessoas essa caneta se você me der, por exemplo, mil reais”. Então, não importa o que essa caneta faz, não importa nada, não importa se a caneta está prejudicando o mundo, importa nada. O que importa é o dinheiro, então, é assim que eles trabalham. Empresas de internet são as empresas mais ricas da história do nosso planeta, não tem precedentes. Hoje, o Google, ele pode facilmente comprar um banco, facilmente comprar um banco. “Nossa, esse banco?” Ele vai lá e compra, ele pode comprar o Itaú, ele pode comprar o HSBC, porque o Google é muito grande, então as empresas de internet são as que têm a maior responsabilidade psicológica, porque é a primeira vez na história da humanidade que nós, seres humanos, estamos sendo produtos. E isso é uma coisa preocupante. E por isso que tem um número tão grande de depressão, de ansiedade, por isso que cada vez mais as pessoas estão construindo suas próprias bolhas.
18:3618:24Rodrigo
É, pensa que o subconsciente, quando você trabalha em níveis subconscientes, a mídia social é feita pra trabalhar em nível subconsciente.
18:2018:12Rodrigo
17:4717:34Rodrigo
Você começa a ficar numa bolha.
17:3216:21Rodrigo
16:1915:47Rodrigo
19:4718:50Rodrigo
29:3128:39Fernanda
Ela é feita pra isso. Então, a consciência que você vai ter é achar que você tem escolha.
Por que isso? Porque as mídias sociais começam a afetar comportamentos de consumo, consumo de tudo, consumo de informação, de tudo. Então, teve até uma guerra que eclodiu que o Facebook teve uma baita presença que foi em Miamar, que mudou totalmente o padrão de consumo de informações, as pessoas mudaram o comportamento delas. Então a gente começa a ficar reativo com o feminismo, com o machismo, com o ‘papaismo’, com aquilo... ninguém conversa mais. E isso, imagina num consumo agora: eu preciso consumir cada vez mais, então, a parte consciente fica cada vez menor porque você quer estimular prazer, toda hora. E aí, qual o preço que a gente está pagando por isso?
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Como a gente é o produto, pensa assim: para que a gente possa comprar alguma coisa, online, você vai ter muito mais estímulos hormonais do que conscientes. Por isso que as pessoas, às vezes, têm problema de desligar o celular quando vai pra cama, vão pra cama, sabe? Então, a pergunta é: quando foi a última vez que você desligou teu celular? Uma semana, duas semanas, esse é o problema. Então, a taxa hormonal é a taxa que é trabalhada. E aonde que você vai trabalhar a taxa hormonal? No seu nível subconsciente.
Agora, vindo pro cenário pandemia, questão de consumismo na pandemia. A pandemia, ela incentivou as pessoas a serem consumistas? Assim, de experiência própria, muitas pessoas que eu conheço, muitas pessoas, amigos, até mesmo nas redes sociais o pessoal falava bastante disso, principalmente ali no começo da pandemia, quando estourou mesmo, as pessoas tinham aquele discurso de “ah, só vou ficar em casa, não vou sair, não vou poder me entreter fora da minha casa, então, ah, vou comprar uma blusa, vou comprar um tênis, vou comprar um creme pro rosto, vou comprar, vou comprar, vou
“Como assim, Rodrigo?” É, por exemplo assim: você vai entrar na rede social, aí, você vai chegar e falar: “eu vou entrar aqui pra comprar tal coisa”, não é isso? Só que você deixa um rastro, tudo é monitorado, até mesmo essa ligação que a gente está tendo é monitorada, o quanto caiu a ligação, o quanto a gente falou, então eles vão para literalmente e olhar uma imagem e quanto tempo essa pessoa, ela ficou olhando essa imagem? Quanto tempo, o que ela fez, quais foram as interações, quais são todos os rastros, quais são os mapas de calor dessa interação? Eu quero saber qual anúncio ela vai clicar mais, tudo é anúncio, tudo é anúncio. Então, eles têm que entender o teu rastro. De novo, você é produto. Então, eles têm que entender o produto deles. Isso é loucura, ne? Uma coisa muito doida.
22:3521:39Rodrigo-
18:4418:38Rodrigo
21:3620:46Rodrigo Então, o nosso nível subconsciente, como que a gente acessa ele? Quando você visualiza coisas, você não está ‘intectualizando’, você visualiza, você sente. E é o que a mídia social, ela faz. Ela te movimenta sem estar lá, é um aparelho te movimentando fisicamente. Pra movimentar fisicamente você precisa de adrenalina, você precisa de cortisol, você precisa de serotonina, você precisa de dopamina, você precisa disso tudo. Então, hoje, as pessoas estão ficando cada vez menos com escolha, elas não estão percebendo. Então, o ponto é às vezes... você pode ter percebido assim “ah, po, nunca pensei em, sei lá, cortar meu cabelo desse jeito, nunca pensei em usar uma roupa dessa forma”, de repente você está fazendo.
20:4319:51Rodrigo
Então qual que é a melhor coisa que você pode fazer pra ti? É ficar em silêncio, ficar quieto, mas ao mesmo tempo é muto difícil para as pessoas isso, pra nós seres humanos. Então, se você compreende biologicamente como você funciona, é um ótimo passo, já. Sabe? Tudo é questão de compreensão. O consumo, ele vem porquê a expansão das emoções, das emoções desiquilibradas, vindo de uma razão biológica. Então, a melhor coisa que tem pra fazer, é você ter um equilíbrio. Só que muita gente não tinha equilíbrio, porque morava sozinho, mudou pra outro estado ou mudou de emprego ou, sabe, qualquer coisa. Então... ou está casado ou casada com uma pessoa que não gosta ou, se separou. E aonde vai buscar prazer? E porque que eu estou buscando essas coisas sociais, assim? Porque o online, ele é só uma réplica, ele é só uma projeção do que acontece aqui, então se eu vou lá na padaria e eu vou comprar e o meu cartão... eu quero comprar um frango, um frango assado maravilhoso e tal, pá pá pá pá “porque a minha semana foi muito difícil...”, aquelas coisas que a gente fala na sociedade. “Minha situação está difícil e tal, vou comprar aqui pra me dar prazer”, a gente sempre busca isso: que dá prazer. Aí o frango vai lá e a padaria está fechada, é “justamente aquela que eu gosto”, puta, não deu certo. Vou na outra, meu cartão não passa, puta, aí você pega tua carteira em casa é isso que acontece você pega a sua carteira em casa, você olha teu celular, aí vê a notificação, plif: “Promoção do dia! Tal, tal, tal”. Aquele prazer está contido, está ‘contenciado’, aí você pega e fala: “ah, meu cartão de crédito está desbloqueado, vou usar um pouquinho hoje”, aí você fica animada, animado, porquê? Porque o dinheiro compra o poder de transformação, mas hoje na sociedade a gente tem um problema com isso, porque qualquer poder de transformação que você faça, socialmente falando, você não vai poder
Então, isso é uma coisa, que pra nós seres humanos, é algo muito tenso, então você precisa buscar prazer. O cérebro, ele... Aí que entra também a questão do não conhecimento. Nosso cérebro, ele simplesmente vai falar assim: “cara, tem alguma coisa muito errada, eu preciso me defender”. Então, ele vai buscar prazer toda hora. Então, você vai nas mídias sociais toda hora, tanto que os aplicativos de namoro cresceram cinquenta, sessenta por cento.
36 comprar”. E iam se satisfazendo aos poucos ali com essa compra, com esse mini prazer. Você acredita que a pandemia incentivou as pessoas a serem consumistas?
30:4429:42Rodrigo
Eu acho que assim... Essa pergunta vai ser muito aplicada a nicho. Eu acho. Acredito que sim, num primeiro momento e num segundo momento, assim. É porque num terceiro agora, as pessoas estão buscando mais equilíbrio na sua questão, porque elas vêm que as coisas vão durar ainda, só precisa dar uma acalmada. Mas no começo e no meio, sim. Porque assim, o que que acontece, ne? Não é... Acredito que não seja a pandemia em si, sabe? Mas as pessoas não sabem lidar com a reclusão social, porque a pandemia em si... A gente já teve outras pandemias, então, às vezes, tu poderia sair de casa, você pode fazer isso, pode fazer aquilo. E agora a gente chegou num momento que não pode abraçar ninguém.
31:2831:17Rodrigo
Então, são pessoas assim que loucamente elas ficaram lá dentro buscando atividades amorosas, porque ninguém trabalhava.
33:5631:34Rodrigo
31:1530:47Rodrigo
36:1533:59Rodrigo
40:2637:31Rodrigo
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utilizar, teoricamente, por causa da pandemia. Então, você vai comprar um vestido novo, ta, pra sair pra onde?
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Então aí, você precisa fazer o quê? Você precisa sair de casa, então qual é a alternativa? É sair de casa, é falar com as pessoas, é se ligar com coisas mais naturais, menos estímulos e aí você trazer uma consciência de consumo para as suas compras. Só isso.
É, é um ciclo, um ciclo bem vicioso.
37:1636:39Fernanda
Legal. E voltando agora um pouquinho para as redes sociais, elas... Ultimamente, elas veem servindo como um filtro para o usuário, ela, como a gente já falou um pouquinho antes, ela vai até o Facebook, ela vai até o Instagram, procura pelas pessoas que ela sabe que já usou aquele produto, que já comprou daquela marca, vê algumas resenhas antes de comprar... Como a gente pode usar isso ao nosso favor? Porque querendo ou não, isso pode impactar negativamente, mas como a gente pode usar de um lado bom, ne? Usando mesmo, de um lado positivo.
O consumidor, ele... Tem uma política, em Segurança da Informação, chamada Zero Trust, que é zero confiança. Então, tem que ter essa mesma política com as pessoas que você segue. Entender que ela é um ser humano. As vezes as pessoas falam assim: “ah, eu conheço a pessoa” você está me conhecendo hoje, você está tendo percepções sobre o Rodrigo, que está me ouvindo, também está tendo percepções sobre o Rodrigo. Então, “o Rodrigo fala isso, o Rodrigo fala aquilo, o Rodrigo pensa dessa forma, ele sente dessa
36:1836:17Fernanda
Então, começa a usar o vestido em casa, entendeu? O cérebro, ele não consegue ir pra frente, então você precisa de mais e mais prazer, é um meio... A primeira vez que a gente passou a ouvir isso na nossa história, é o meio que é o próprio fim. Então, é um negócio assim, muito curioso de você analisar. Então, hoje, a gente está num momento social muito forte pra que a gente busque prazer. Então, qual é o maior prazer que a gente pode ter? É o prazer de se ligar as coisas naturais da vida. É que essas coisas nos preenchem. Porquê? Porque nós somos essência, nós não somos, não precisamos de um lápis, precisamos de caderno, sabe. Eu tomo o meu chimarrão aqui, mas é assim, se eu não tivesse chimarrão, aqui em Florianópolis eu tenho as árvores aqui, eu tenho o mato, eu tenho as trilhas, eu tenho as praias, eu tenho o mar, eu tenho tudo. E isso me preenche. Então, é isso que eu estou falando, assim, e tem gente que “ah, eu não tenho o mar aqui perto da minha casa, não tenho isso, não tenho aquilo”, e a natureza, ela é diversa, ela acaba trabalhando. Agora, quando você vai para as redes sociais, você nunca para, porque a mídia social é feita pra ter novidade. Então, ela vai te liberar dopamina, óh, até você preencher e você nunca vai conseguir preencher, porque o seu ciclo social hoje, ele é limitado no meio pra entrar no próprio fim. Ele não transpassa, ele não fala assim: “olha, eu vou sair daqui pra lá”, ele fala: “eu vou sair daqui e vou ficar aqui”. E isso acaba afetando o nosso cérebro e começa a trabalhar estresse, estresse e conflito engordam, têm muita gente que engordou nessa pandemia. Pra você começar a engordar, o que que acontece? Você começa a ter depressão, aí você começa a comprar mais, esse é o conceito.
38 forma”. Não. Eu não sou assim, eu estou assim e esse é o grande pulo do gato, quando você percebe que a pessoa está e não é. Porque nós somos o quê? Pura energia. Independente da tua religião, isso é fato, nós somos energia. Se não, a gente acabaria mesclando com as coisas. Então, aqui na minha mão e aqui na cuia, tem um campo gravitacional que não permite que eu mescle o tecido da minha mão com o tecido da cuia. Então, nós somos pura energia. Quando a gente trabalha o campo energético, a gente estava falando aqui da questão de átomos, a gente está falando de muito espaço nas coisas. E quando você acredita que as pessoas são, você não tem espaço nas coisas, você rotula e a vida não é feita assim. A vida é feita de espaço, então, espaço, pra quê? Pra transitar opiniões, espaço pra poder evoluir, mudar de visão. Então, às vezes a pessoa fala assim: “poxa, eu pensava dessa forma, mas hoje eu sou uma pessoa totalmente diferente”, não, não é. Você não é uma pessoa diferente, você evoluiu, você amadureceu, então, você teve espaço pra transitar. Quando você trabalha com algum influenciador que fala pra você “olha, é isso que eu acho e eu sou sempre assim...” Ihh, cuidado, fuja dessa pessoa, essa pessoa é terrível. Entendeu? Então, pra direcionamentos da vida, então, o grande ponto é: traga consciência pro teu consumo com inteligência, entendeu? Está faltando inteligência aí. Então, tudo bem, eu sou um produto? Eu sou um produto, então eu vou me portar como um produto inteligente. Hoje por exemplo, a gente tem vários produtos inteligentes. 42:3440:31Rodrigo
Eu quero maquiar minha presença online, eu quero ser um produto maquiado, não quero que as pessoas fiquem muito... Sabe? Eu vou me colocando como uma persona, eu quero, na verdade, compreender a pessoa que está falando comigo... Hoje eu quero falar com, sei lá, o Cristiano Ronaldo, que é um baita atleta. Ta bom, mas ele é um baita atleta pelo o que ele fez e pelo o que ele faz, não o que ele é. E esse é o ponto, entende? Tem gente que fala “o Cristiano Ronaldo, meu Deus, o Cristiano Ronaldo falou que a Coca Cola pra lá e a água pra cá”, a Coca Cola perdeu quatro bilhões de dólares, beleza, num dia só, numa tacada só. Aí “nossa, o Cristiano Ronaldo é um deus, porque a água é melhor”, o que esse cara ganhou nisso, foi muito, mas não é só ganhar monetário, é ganhar de problema também. Então, o ponto é: quando a gente está falando do Cristiano Ronaldo, eu não sei como ele trata a esposa dele, eu não sei como ele trata o filho dele, eu não moro com o Cristiano Ronaldo. E é isso que a gente precisa trazer consciência, a consciência de que você não conhece essa pessoa. E mesmo quem você acha que conhece, às vezes você fala “nossa!”. As vezes você está com uma amiga sua, um amigo teu, aí você fala “nossa, amiga, porque que você está assim, nossa, amigo, porque que você está assim, então? Nossa, nunca te vi assim”. E a gente se surpreende com quem está próximo, imagina uma pessoa que está longe! Então, tem que trazer a inteligência aí nesse consumo, que é essa a informação. Mas o Brasil é um país muito tradicional, então a gente tem uma certa fidelidade a questão de novela, a questão da pessoa, do galã e tal, e as pessoas não estão se ligando que estão ficando doentes, que elas precisam trazer mais a inteligência pra esse consumo, e aí fica tudo legal. Inteligência é a grande sacada.
Quando a gente pensa em consumismo, às vezes a gente liga muito a ideia de dinheiro, ne. E não é. Você está consumindo dado, então você vai consumir qualquer coisa, você vai consumir informação, você vai consumir produto, você pode consumir energias, então, tudo. Você vai consumir uma porção maior de hormônio, então, tudo é consumo. Então, consumo numa amplitude maior. As questões que são mais prejudiciais, é a questão de ser ignorante nesse meio, entendeu? Ignorante no meio online, que eu estou falando, mas na vida assim, se você tiver uma postura equilibrada, se você colocar assim “olha, eu vou ficar no celular durante tantas horas do meu dia ou tantos minutos”, você vai perceber que você não precisa ficar no seu celular. É muito engraçado isso, que você na verdade gasta tempo de looping, que a gente chama, tempo de looping, muito maior. Noventa e oito por cento do tempo do celular é looping. O que que é looping? É busca de informação nova. Então, pra que você tenha mais prazer. É loucura, ne, mas é isso mesmo. Então, o prazer, qual é que é o ponto? “Vou comprar um sapato! Vou ver as opções”, aí você vê lá, “beleza”, hum, aí você sabe já sabe, “eu vou pegar”, pode ser uma pessoa muito indecisa, mas ela vai falar: “ok, vou ficar aqui uma horinha nesse site”, aí você vai lá e compra, mas aí você já está com o celular cinco horas na tua mão. O que que você ficou fazendo essas quatro horas? Aí quando você vai ver, você está vendo a vida da ex namorada, do ex namorado, está vendo o amigo, aí você olha e fala “meu Deus, o que que eu estou fazendo da minha vida? Está todo mundo se divertindo e eu estou aqui em casa sem fazer nada. Eu acho que eu preciso fazer alguma coisa, é, deixa eu pegar aqui... é, eu tô sem tapete aqui em casa, acho que eu preciso fazer um negócio, aí, deixa eu comprar um negócio aqui pra mim e vou pegar meu celular e vou postar...”, aí a outra pessoa fala assim: “nossa, o Rodrigo está bem, ele está comprando um tapete novo pra casa dele. O que que eu estou fazendo da minha vida?
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48:5445:49Rodrigo
E aí você tem o looping do looping, que é o quê? Você faz uma ação e o nosso cérebro não está preparado pra isso, biologicamente, quando ele faz assim, você é literalmente uma gota que cai e ela repercute, essa gota são as curtidas, as compartilhadas, são isso tudo. Então, você precisa disso pra se sentir querida. Se você não tem curtidas e compartilhadas, você não se sente querida, se você não se sente querida, você precisa comprar mais coisa, precisa consumir mais coisas e se você não consome mais coisas, você se sente menos querida. E aí é um ciclo vicioso, “ai meu Deus do céu, o que que eu estou fazendo da minha vida? Estou atrasado na minha vida.” Gente com dezenove anos está se sentindo atrasada na vida, vinte e um anos está atrasado, “eu tinha que ter isso, eu tinha que ter aquilo. Eu vi ali um cara que tem um iate, tinha um barco, sei lá, o cara está andando com um boto na Amazônia. Meu Deus do céu, ele tem quatorze anos e tem uma startup de quatrocentos milhões de reais e eu estou aqui esfregando meu banheiro com OMO. E eu falo: eu estou muito atrasado, meu Deus do céu...” Olha a loucura que é isso, aquele cara... quanta gente engana na rede social, entendeu? Teve uma vez que uma menina fez um experimento com isso, que
Show, muito legal! Pra finalizar, com mais duas perguntas. Agora num contexto mais macro assim, o quanto o consumismo é prejudicial pra uma pessoa? De uma maneira mais geral mesmo, o quanto o consumismo pode prejudicar aquele indivíduo, seja financeiramente, emocionalmente... qual é o peso dessa consequência negativa?
43:0642:38Fernanda
45:4543:07Rodrigo
40 ela saiu na cidade dela, São Paulo, no caso, ela foi pra lugares e falou assim: “ah, estou em Dubai, estou na China, estou nisso, estou naquilo” e todo mundo curtindo. Então a percepção muda, é como um truque de mágica, você pode manipular as pessoas, mas no final das contas você não percebe que você está sendo manipulado. Então, o ponto é: quer consumir? Consuma, maravilha. Mas entenda que a maior parte do tempo, esses loopings que você fica em rede social é e sempre será pra você consumir mais informações, mais dados, mais coisas, mais coisas, mais coisas, mais coisas... E você vai ficando ansiosa, você vai ficando estressada, você fica reativa, você vai ficando com uma visão de mundo pequena e aí vai indo, você fica com insônia, o seu cérebro fica mais cansado, e aí começa a pesar. Então, nós somos seres inteligentes, então a gente precisa, nesse instante, colocar a inteligência aí, pra mudar essa situação. Muita gente está doente e não está sabendo, principalmente nas grandes metrópoles. Aqui em Florianópolis, onde eu moro, eu acho um poco mais tranquilo porque aqui as pessoas tem uma cultura, o sulista tem uma cultura mais do ‘bom dia’, do ‘boa tarde’, ‘como é que você está?’, do aniversário, do “senta aqui, vamos tomar um chimas, vamos conversar”. É isso que a gente faz aqui, “po, vamos para a balada”. É um tempo diferente, mas quando eu vou pra São Paulo, eu me assusto.
Pra finalizar aqui, com a última pergunta, que é a seguinte: quanto o consumismo é importante pro capitalismo continuar rodando, continuar crescendo como vem crescendo? E o quanto é importante pra economia de um país?
54:0453:04Rodrigo
O capitalismo, ele não é algo fixo, ne, é algo transformador. Então, o capitalismo, ele baseia se na própria transformação, ele tem uma coisa muito interessante no capitalismo, que a gente tem no nosso corpo, o nosso corpo tem uma coisa chamado homeostasia, que ele vai regular o próprio equilíbrio do corpo sozinho, o capitalismo é a mesma coisa, ele vai mudando de fase. Quando você chega ali no comportamento do consumo, não só do consumo de produtos, mas da questão da informação, eu vejo assim: quanto mais as pessoas consumirem produtos sem se ligar com os aspectos naturais da vida, a gente está indo pra um caminho terrível.
56:4653:08Rodrigo
Vai afetar muito a questão de estrutura social. É... caso as pessoas trabalhem melhor, se ligar com menos estímulos e mais vida, melhor. Ou seja, coisas que não motivem o movimento. Então, tudo o que não dá muita novidade, na natureza você não tem muita novidade, a planta é a planta, ela vai falar assim: “óh, aqui óh, vou fazer uma fotossíntese hoje, vem ver minha notificação aqui. Olha aqui, eu fiz um negócio novo aqui, minha seiva agora é, antes estava verde, mas agora está meia amarelada, beleza!?” É isso, é mais tranquila, é mais pra você observar. O consumo dessas pessoas todas, caso continue desenfreado dessa forma, eu não vejo com bons olhos, o nosso futuro. Não vejo. Vejo que vai piorar, mas, na vida, tudo tem um equilíbrio. A boa notícia é essa. Então, o consumismo que a gente está lidando hoje com pandemia, com as mídias sociais, com as coisas todas, isso tudo aí está entrando em um equilíbrio. Então, não precisa se preocupar que as pessoas sempre vão eliminar dor, a única coisa é, pra quem está nos ouvindo agora, se você quiser antecipar esse movimento e entender porque que você está tão ansiosa, porque que você está tão reativa com as coisas, ou até mesmo com
53:0252:44Fernanda
11:3911:17Fernanda
Silva
58:2458:22Fernanda
Tempoin/out Conteúdo
Então, está em rota de colisão. Direto. Isso acontece direto, todo dia acontece isso. Então as pessoas estão tendo outra visão, “pera aí, deixa eu fazer a minha gestão aqui”, mais calma. Então, a minha percepção é: se a gente não entrar com inteligência que a gente é o produto, se o mercado não... não dependa da mídia social regulamentar, é muito dinheiro envolvido, até regulamentar, vai demorar um tempo. Tenha a visão que você é um produto, consumo consciente, entenda que você vai ficar noventa, noventa e cinco, noventa e oito por cento no seu celular só em looping. Saia do celular, vá tomar um café na padaria, vai conhecer gente. É tímido, é tímida? Olha que oportunidade pra conhecer as pessoas, de melhorar como pessoa. Pega, desenvolva suas habilidades sociais, poucas pessoas têm isso hoje, então pega, trabalha melhor o teu coração, como que você consegue lapidar situações novas no teu dia a dia, criar oportunidades, situações... Isso tudo vai te ajudar muito a consumir melhor dados, informações no teu dia a dia. Pra parte familiar, amorosa, profissional, pessoal, espiritual... E eu tenho certeza que você vai ficar bem. Ótimo. Muito bom, Rodrigo.
2021
Então, vamos lá. Primeira pergunta, trazendo uma visão mais macro do consumo, como o consumidor é assistido pelo mercado? Nossos somos considerados apenas números, nós somos métricas, nós somos mapeados em personas, nós somos tudo isso ou somos mais do que isso... Qual é a visão do mercado pro consumidor?
Fernandes Teixeira • Decupagem
AAssuntoinfluência das redes sociais no processo de consumismo da sociedade
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58:2156:52Rodrigo
Editoria Tema
problemas amorosos, ne, porque muitas vezes a gente não consegue conversar com o outro, qualquer opinião, sabe... “Você é isso!” Rotulou, pá! Não importa mais o desenvolvimento cognitivo, não importa nada, a pessoa simplesmente fecha e coloca: não. E quantas pessoas... Como que a gente vai crescer em sociedade, o capitalismo hoje, investir em estrutura, investindo em... é... em... sabe, edificando essa questão de transporte, de consumo, de mercadoria, de tecnologia, de software, de... pra você criar uma coisa inovadora, trabalhar com design thinking, trabalhar com o scrum, com equipe pá, pá, pá... Como que você vai fazer isso se você não consegue ouvir o outro?
Folha de Decupagem 0Data9/09/
Repórter: Fernanda Ferreira entrevista com Lidiane
16:3314:20Lidiane
Hum... Boa essa pergunta, hein. Muito boa e até meio complexa pra responder. Assim, o mercado de certa forma, ele sempre viu o consumidor como um número, agora seja por algoritmo ou por nicho, ne. Esses rótulos sempre existiram, do mercado querer colocar o consumidor em caixinhas, seja por um corte geracional, por um corte regional, por classe social. E a gente está num momento agora, geração Z mesmo, estou eu aqui já fazendo esse corte, ela está desmistificando muito isso, a gente está vendo assim, as coisas estão se misturando muito e talvez esse seja um grande desafio, assim, pro mercado entender o consumidor como pessoa, quem é aquela pessoa, do que que ela realmente precisa e ir além dessas métricas, desses números, desses algoritmos. Tirar mesmo da caixinha. Esse é um desafio, ne, pro mercado, acho que é o mercado indo pra um caminho cada vez menos... menos analítico, menos operacional e talvez, mais racional. E claro, isso depende também de humanos por trás de tudo isso, olhando pra isso. A gente tem muito trabalho pela frente, mas eu acredito que isso, o mercado ainda faz isso, mesmo que exista algumas pequenas mudanças das gerações mais novas cobrando, a geração Z como a que está cobrando mesmo, está impondo “eu não quero comprar por comprar, eu não quero só uma marca, eu não vou consumir por consumir”, então, a gente vê agora o Fast Fashion sendo substituído pelo Slow Fashion, então, essas gerações estão questionando um pouco mais, vendo o que faz sentido. “Não, eu não vou consumir porque vocês fazem teste em animais, vocês não são sustentáveis e éticos”... Ne, então, a gente vê alguma mudança, algumas empresas que estão trazendo rotulagem na pegada de carbono, por exemplo. Algumas empresas do Brasil já estão fazendo isso, trazendo algumas transparências por trás dos seus processos, mas a gente ainda tem muita coisa pra fazer.
Hum... essa é boa também. É, eu acredito muito que seja, realmente, fazer isso. Questionar de quem que eu estou comprando. Sabe, de onde isso está vindo? Por onde isso passou? Quem está por trás disso? Então, a gente está num momento em que muitas pessoas, muitos estão preferindo comprar no local, valorizar o artista, o artesão local e isso, às vezes, pode ser uma visão romantizada, mas querendo ou não, é uma solução pra economia, ne, nacional. Então, dar preferência para produtos feitos no Brasil... É virar essa chave mesmo, sabe. O consumidor pensar no que realmente faz sentido, “será que eu preciso mesmo desse sapato?” Amanhã... hoje isso é uma moda, e amanhã? “Será que vai fazer sentido eu ainda ter isso no meu guarda-roupa?” E claro, hoje os consumidores, eles estão pensando um pouco mais de novo falo aqui da geração Z mas eles não estão só questionando porque eles estão comprando com mais inteligência, mas porque também existe uma crise muito grande, ne. Então, as pessoas mais pobres, muita gente perdeu o emprego, então estão comprando mais de brechó, ne, essa coisa da moda sustentável, da economia circular... Mas eu acredito que é muito isso assim, os consumidores, eles terem certeza de quem que eles estão comprando, com quem que essa marca colabora, quem ela ajuda, o que que ela faz, quais são as políticas por trás dessa marca e os valores que ela tem, o que que ela pretende fazer, o que que ela quer engajar com tudo isso, porque tem muita
42 14:0011:42Lidiane
14:1814:02Fernanda Boa. E o que o consumidor ele precisa, assim, precisa saber, precisa entender, precisa pesquisar, enfim, pra que não caia sempre nas influências super vendáveis que o mercado utiliza e apresenta pra gente?
Legal. Agora vindo um pouco mais para as redes sociais mesmo, é... Bom, nas redes sociais, principalmente Instagram, que a gente vem falando bastante no nosso projeto... O Instagram se tornou assim uma plataforma mesmo pra venda, ne. A gente está ali, clicando na foto da pessoa, dando like e ao mesmo tempo, aquela mesma pessoa está fazendo um publi de um produto, quando a gente está vendo, a gente já está seguindo a marca, já está no carrinho de compra, está fechando pedido, já está comprando e isso é uma super influência. As vezes a gente nem pensava naquele produto, viu alguém indicando super aquilo, fazendo resenha, falando que era muito bom e acaba comprando, ne, mas isso também é... essa influência e essa visão voltada para “precisamos comprar porque precisamos ter isso”, em algumas pessoas, isso também traz sentimentos ruins, como “eu não posso ter, o que que eu faço?” Até pensamentos depressivos, quanto “eu não posso ter, mas aquela pessoa tem”. Mas, como a gente pode enxergar... até que ponto a influência das redes sociais, elas trazem ações, trazem coisas positivas pro consumidor?
20:4520:17Fernanda
20:1619:00Lidiane
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17:5616:34Fernanda
18:4018:00Lidiane
Bem, olha, o que as redes sociais... elas têm uma coisa muito importante que até então antes não tinha, que é potencializar, realizar e democratizar a informação. Então a gente vê que todo mundo tem, quase todo mundo tem um smartphone, tem acesso àquilo, é claro que aí a gente cai na questão do algoritmo, que chega pra cada um, as vezes o conteúdo só vai se a pessoa realmente fizer uma publicidade em cima. Mas as redes sociais são uma ferramenta que hoje a gente tem e saber usar ela ao nosso favor é importante, mas...
Legal. E puxando esse gancho, como as redes sociais e as pessoas que usam ela, também, elas podem ajudar aquele usuário, aquele consumidor a ser um consumidor mais consciente ao invés de um consumidor consumista, compulsivo... ou ajudar mesmo, ele ser consciente naquilo que ele precisa, naquilo que é bom pra ele, pro meio onde ele vive, pra tudo?
marca que levanta bandeira aí só da boca pra fora e faz umas parcerias vazias, também. Então a gente vê influencers que estão ali só mostrando por mostrar, e o papel da marca, hoje, é potencializar a voz de pessoas que tem algo a dizer, sabe. Pessoas que têm um discurso, ali, importante e a marca fazer a parceira pra potencializar aquela voz. Então é muito isso, assim, a gente ter essa noção política mesmo, assim, por trás das marcas.
Eu acredito que a importância, a positividade das redes sociais é quando ela é democrática, ela leva o acesso à informação pra todo mundo e essa questão aqui de novo, quando ela traz um influenciador, alguém que tenha alguma história pra contar, tem um conteúdo verificado, que isso é bem importante. Então, é... Acredito assim, de novo, ne, essa questão política mesmo, por trás. A gente está num momento também que o papel do influenciador está mudando, a gente vê que antigamente nas redes sociais tinha muito aquela situação da vida perfeita, “olha só essa pessoa”, o influenciador num pedestal e a gente vê que isso muito aos poucos está mudando, a gente percebe que como que vem surgindo influenciadores que têm vozes e potências a serem ditas, potência ali, conteúdo mensal pra ser dito, pra ser ouvido, eles trazem discursos importantes, verificados. Então, aquele influenciador não é só um influenciador, é um formador de opinião. Então eu acredito que é muito isso, a rede social saber levar isso, sabe, saber levar esses discursos pra frente de uma maneira democrática mesmo.
26:1924:25Lidiane
23:5823:41Fernanda
Eu pensei aqui, todo esse questionamento, claro, é uma coisa que... Mas a moda, por exemplo, é o segundo maior poluente do mundo, a moda que vem com a coisa do Fast Fashion, “compre, compre, seja, seja isso, você precisa disso”. E a gente percebe todo esse consumo desenfreado por trás da moda, a moda, como ela está se ressignificando, mudando e também, agora um varejista de moda, marca de moda, que é inteligente, que tem essa preocupação, eles não ficam ali só na confecção fazendo modelagem em peça, eles fazem parceria com outras marcas. Então, eu não vendo só roupa, vendo outras coisas, então, é importante fazer isso também, fazer parcerias com nichos que as vezes não tem nada a ver com o meu ramo. Sabe, criar outras possibilidades, outros produtos, outras pessoas pra ser uma coisa bem colaborativa.
Sim, sim, é verdade. Bem legal. E vindo mais um pouco agora pro consumismo. A gente pode considerar que o consumismo, ele existe, não só porque, mas também, porque a gente não tem tanta educação financeira no nossa país?
Hum... Eu acredito, aqui pensando nas marcas e nos influenciadores, essas pessoas que estão ali na linha de frente, é deixar isso bem claro pro consumidor assim: “olha, eu não quero que você compre só porque você tem que comprar, só por impulso, não quero que você compre por impulso.” Eu acho que primeiro, assim, é entender a situação financeira das pessoas, sabe, vamos entender, “eu não vou endividar você, se você precisa desse produto, compre ele assim” ou ofereça maneiras parceladas, enfim, maneiras mais fáceis da pessoa poder... Mas eu acredito que é isso, assim, é mostrar pro consumidor que entende a situação financeira dele e não quer que ele compre só por impulso, só por comprar, sabe. Isso é uma coisa que já está no passado, se mostrar só por mostrar, criar desejo só pro criar, sabe. É muito isso e a gente está num mundo também, que as pessoas querem além de consumir, terem experiências, adquirir algum tipo de aprendizado também, com aquilo. Então é muito isso, oferecer isso também.
É, então, eu não acredito que seja só isso, claro que a educação financeira é um fator que impulsiona, sim, o consumismo, mas como consequência a pessoa acaba se endividando. Mas não que ela vai deixar de consumir, sabe. Eu acredito que o consumismo é um produto mesmo, do capitalismo, produto... Eu acho que, até um livro que eu estou lendo aqui, que depois eu posso até mostra a capa dele. Ele fala sobre isso, como, infelizmente, a gente está num momento hoje, mundial, porque isso é uma questão global mesmo em que quem dita a cultura não é mais os humanos, a gente está vivendo agora os primeiros momentos que a cultura não mais os humanos, são as marcas. Então, as marcas que estão começando a cultura. Isso é uma coisa muito preocupante, porque sempre foi... quando a gente pensa na história da humanidade, a cultura sempre foi uma coisa humana, uma criação humana. Isso é ruim, porque a gente acaba perdendo a nossa essência, acaba perdendo a nossa identidade, ne, o nosso... Então, a gente está num momento também que é importante a gente trazer toda essa reparação histórica, toda essa questão, mas eu já estou indo pra outro assunto... É, mas eu acredito que seja muito assim... é muito, putz, isso é muito filosófico, assim. É difícil dizer de onde isso vem, mas eu acredito que seja uma coisa que vá além mesmo, talvez um desejo de pertencimento, um desejo... com a publicidade, as
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21:5720:47Lidiane
45 marcas criaram no consumidor o desejo mesmo de possuir e ser aquilo e é um fruto, mesmo, do mercado, do capitalismo, tudo isso.
Ai, eu acredito que sim, viu. Eu acredito sim e por mais que a gente não perceba, então, por mais que “ah, a empresa agora é sustentável, a empresa e tal”, eles sempre vão fazer com que isso... A gente entrou num mecanismo que é difícil de sair e eu lembro até de uma situação assim, lá começo da pandemia, no auge, bem no começo que a gente estava com medo de morrer, sem sair de casa, a gente não sabia o que ia acontecer... Eu recendo no meu e mail algumas promoções de roupa, pra você ter ideia, eu tenho roupa, aliás, não só eu, todas as pessoas, tem roupa que está há dois anos no guarda roupa e não vai usar aquilo, não sei nem se vou usar de novo e eu recebendo promoção de roupa, salto alto, bolsa, sabe. E aí eu fui e mandei um puta e mail, assim, pra empresa. “Ahh, que sentido faz as pessoas estão morrendo enquanto vocês estão me mandando promoção, é isso mesmo?”. Aí eles me deram uma resposta e me fez refletir de uma coisa que eu não tinha pensando
Ah, eu acredito que vai muito nessa perda da identidade. Então, assim, a questão aqui de política pública que isso também é importante quando eu trago uma marca de fora, eu também tenho que saber trazer uma marca nacional e mostrar uma marca nacional, então aqui a gente fala até de Leis de Incentivo, muitas outras coisas que a gente valorizar e saber dar lugar pra criação nacional, para as marcas nacionais, saber trazer a nossa essência, a nossa brasilidade ali também. Isso é bem difícil, mas eu acredito que esse seja o principal, assim, porque a gente vê... Porque existe essa questão da apropriação cultural também, existe toda... nessa linha de consumo. Às vezes é complexo pra muitas pessoas, mas ela realmente existe de muitos estilistas, muitas grifes. Lãs são padrões tribais de tal cultura, sem dar referência pra aquele lugar, copiam... Inclusive, o Alexandre McQueen, um estilista super famoso, lançou ano passado, na coleção de outono inverno toda uma coleção com referencias da xilografia brasileira e não citou e, claramente, a gente vê que aquilo é xilografia brasileira. E... e acredito que é muito isso assim, sabe. É a gente trazer também como que a gente pode consumir, acho que além de consumir o produto, é consumir a cultura. Vamos trazer a nossa cultura, as nossas referências para os nossos produtos. Como que a gente pode fazer isso? É bem complexo isso, mas eu acredito que seja por aí, consequência mesmo é a gente perder a nossa cultura.
32:1929:25Lidiane
28:4426:54Lidiane
29:2428:45Fernanda
26:5026:Fernanda20
Boa. E quais os impactos sociais que o consumismo... consumismo quando eu digo assim: no exagerado mesmo. Ele pode trazer pra nossa sociedade? Como por exemplo: na cultura, em desigualdade social. Quais outros impactos não sei se esses também são considerados, mas estou trazendo aqui como exemplo eles podem impactar nossa sociedade? Tudo isso por causa do consumismo.
Boa, boa, bem legal. E falando um pouco sobre a gente ser considerado como um produto para o mercado, por mais que o mercado coloque ali pra vender, ele vê a gente como como produto porque é como se a gente tivesse se vendendo pra comprar aquilo, então ele enxerga a gente como produto. É... você acredita que o mercado, ele força com que a gente seja consumidores consumistas? Ele incentiva, sei lá, nas publicidades, no marketing dele para que você, realmente, se torne consumistas e passem a comprar exageradamente daquilo que a marca traz?
Boa, por fim, eu queria trazer um pouco da pandemia. A gente passou, vem passando por muitas coisas, pessoas desempregadas, muitas pessoas conseguiram arrumar empregos na pandemia eu mesmo consegui, o meu estágio agora, foi na pandemia, então o processo seletivo foi todo pela a
34:2833:13Lidiane
Indo já para as duas últimas perguntas. É... A primeira da última, é a seguinte, essa pergunta eu gostei de fazer ela para todas as nossas fontes, pelo menos, todas elas responderam de uma forma diferente, a pergunta. Que é a seguinte: o quanto o consumismo, ele é importante pro capitalismo e pra economia de um país? Porque na minha visão, trazendo pessoalmente, acredito que quanto mais a gente compra, mais a gente movimenta a economia do nosso país e mais o capitalismo continua sendo o rei de tudo. Então, quanto o consumismo é importante, realmente, para o capitalismo e para economia do país girar?
46 ainda, eles “olha, a gente tem equipe, a gente tem todo um corpo corporativo pra alimentar, que depende também das nossas vendas.” Aí eu “ahh, é bem mais complicado do que eu penso, ne.” Respondi superficialmente ali e isso me fez pensar muito isso e quando a gente fala da indústria da moda, que também é a segunda maior poluente e emprega muitas pessoas, então, é bem difícil assim, claro, isso é uma coisa que se mudar, vai ser a longo prazo. Mas a gente tem ainda muitas consequências no meio disso também, muitas pessoas que dependem disso e... Mas respondendo a sua pergunta assim, é... sim, acredito que eles querem, sim, que a gente consuma e a gente fala tanto daquilo, tanto também da obsolescência programada, que eu sempre falei aqui, bastante de moda, mas existe toda a questão da tecnologia também, que são os produtos ali feitos para durarem pouco tempo e você se sente obrigado a trocar um aparelho de celular, porque você não consegue mais atualizar os aplicativos e ele está ali perfeito, intacto. Então, a gente também cai nessa situação, que o lixo eletrônico também é um grande problema e aí, a gente vê toda essa mudança já na moda, ne, já falei isso, mas e a tecnologia? Como que faz nessa situação? Então, no final das contas, eles querem mesmo e tem toda essa questão da sustentabilidade, a gente gera lixo, a gente não se preocupa pra onde isso está indo. O que vai ser do amanhã? Salve querida Greta! E é isso assim, as marcas, elas se preocupam muito com o agora, com os lucros e com o dinheiro. E é isso.
33:0932:21Fernanda
É importante, sem dúvida, é importante. Ele faz girar, apesar que também agora a gente está vivendo um momento, da volta do escambo, das pessoas trocarem todas essas colaborações que a gente está falando, maneiras do dinheiro se tornar mais elástico, ou talvez, o significado de economia também, esse bom e velho PIB, que a gente é acostumado um também mude, já vem se falando sobre isso. Mas, assim, a questão não é o consumo, o que a gente tem que deixar não é de consumir, é a gente ter o consumo consciente, é a gente praticar, realmente, o consumo consciente, a gente ter preferência pra consumir produtos nacionais, produtos que façam circular essa moeda local, valorizar a mão de obra local, o trabalho local. É isso que é importante e ter toda essa preocupação que a gente falou aqui, do que está por trás, sistemas, pessoas, quem que são essas empresas, é esse tipo de consumo. É difícil sair desse sistema, mas já que a gente está nele, como que a gente pode tornar ele consciente? É aí que ta, trazer uma consciência, uma responsabilidade mesmo.
35:3434:30Fernanda
37:3234:38Lidiane
internet a gente também conhece pessoas que, infelizmente porque não tinham tarefas tão administrativas que poderiam trabalhar de casa, a empresa acabou mandando embora e muitas pessoas, elas se viram num contexto totalmente diferente, tinham costume de sair, comprar certas coisas... elas perderam seus empregos e acabaram não comprando mais, ficaram sem sair, sem o lazer, que tinham normalmente... Você acredita que a pandemia, ela ajudou ou talvez, forçou as pessoas a serem mais conscientes em fazer suas compras?
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Acredito que não. Não, acredito que essa questão do consumo consciente, ele já vem antes da pandemia, uma questão que já está em pauta antes mesmo da pandemia, talvez a pandemia tenha acelerado o debate, a discussão, trouxe a questão também, porque esse é um assunto relacionado a sustentabilidade, então, trouxe também um assunto da sustentabilidade. Como que muitas cidades, a gente percebeu, com a pandemia, as pessoas circulando menos, como que isso foi bom pro meio ambiente. E aí, isso vem a tona também, mas eu não acredito que as pessoas consumam, tenham consumido menos, acho que talvez, tenham trocado a maneira de consumir. Talvez assim, vou dar um exemplo porquê: as pessoas deixaram de comprar salto alto, mas elas compraram mais pantufa, elas deixaram de comprar calça jeans porque ficam trabalhando sentada, para mais moletom. Então, foram só substituídos, as pessoas estão usando mais camiseta, moletom, outro tipo de roupa, mas continuam consumindo. A moda passou por uma ressignificação bem grande, mas ela mudou, ela é uma moda mais confortável, mais... O consumo talvez tenha mudado, as pessoas talvez estejam comprando outra coisa, de repente em alguns setores, no setor de viagem, outros setores talvez tenham sentido mais o impacto. Mas a tecnologia mesmo, as pessoas consumiram mais, porque estão em casa. Então, eu acredito que a pandemia não... talvez ela tenha substituído assim, mas não acredito que tenha trazido uma consciência, não. Acho que a gente tem muito pela frente ainda, assim.
37:33Fernanda Boa. Repórter: Fernanda Ferreira Fernandes Teixeira • Roteiro 1º episódio 00:0500:02Ingrida: OLÁ, EU SOU A INGRID ESTEVÃO (NOTA 1, CERCA DE 3’’) • lauda Podcast Podilluminar IngridFernandaAPRESENTADOR:FerreiraeEstevão TEMA/ASSUNTO: Episódio nº: 1 DATA: 09/10/ 2021
AÍ FICA BEM CLARO QUE OS TRABALHADORES, ELES TIVERAM
48 00:0500:01Fernandaa:
00:20:00:14Ingrida
01:3401:21Ingrida:
UM LEVANTAMENTO FEITO PELO INSTITUTO IBGE, APONTA QUE A TAXA DE DESOCUPAÇÃO CHEGOU A QUATORZE VÍRGULA SEIS POR CENTO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE DOIS MIL E VINTE. (NOTA 7, CERCA DE 13’’)
03:10:03:00Ingrida
E EU SOU A FERNANDA FERREIRA E VOCÊ ESTÁ OUVINDO O PODCAST PODILLUMINAR! (NOTA 2, CERCA DE 4’’)
E JÁ PAROU PRA PENSAR NO QUANTO A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS PODEM AFETAR OS NOSSOS HÁBITOS DE CONSUMO? (NOTA 4, CERCA DE 5’’)
FICOU CURISO? ESSES SÃO OS ASSUNTOS QUE FALAREMOS NESSE EPISÓDIO. (NOTA 5, CERCA DE 6’’)
É GALERA, ENCARAR A PANDEMIA POR COVID 19 NÃO FOI UMA
00:5000:32Ingrida:
NO FINAL DE MARÇO, FOI APROVADO O AUXÍLIO EMERGENCIAL, SÓ QUE GEROU TAMBÉM UMA CERTA POLÊMICA TAMBÉM, PORQUE (NOTA 8, CERCA DE 10’’)
04:0003:50Ingrida:
QUE BUSCAR AÍ UMA SOLUÇÃO. E A GENTE VAI VER MAIS
00:1100:06Fernandaa:
ADIANTE, NE, QUE A INTERNET FOI UMA GRANDE ALIADA PRA ISSO. (NOTA 10, CERCA DE 12’’)
JÁ PAROU PRA PENSAR NO QUANTO O COMÉRCIO NAS REDES SOCIAIS AUMENTOU DURANTE A PANDEMIA? (NOTA 3, CERCA DE 6’’)
04:36:04:24Ingrida
TEC VINHETA DE ABERTURA (CERCA DE 5’’ E CAI PARA BG)
NEM TODO MUNDO FOI CONTEMPLADO COM ISSO, NEM TODAS AS PESSOAS QUE TRABALHAVAM, ELAS NÃO FICARAM LEGÍVEIS PARA RECEBER O AUXÍLIO EMERGENCIAL. (NOTA 9, CERCA DE 10’’)
TAREFA NADA FÁCIL, PRINCIPALMENTE PRA QUEM TEM UMA ROTINA, ASSIM, JÁ DE TRABALHO, NE. E A ECONOMIA NO BRASIL, ELA JÁ NÃO ESTAVA LÁ MUITO BOA, VINHA PASSANDO POR MUITAS BAIXAS E INSTABILIDADE. (NOTA 6, CERCA DE 18’’)
00:13:00:07Ingrida
04:56Alice 05:46:a
CONTANDO UM POUCO COMO ACONTECEU, ELA EXPLICOU QUE: (NOTA 11, CERCA DE 12’’)
A TRABALHAR PARA O MEU SONHO. E AÍ EU COMECEI A FOCAR NISSO. MEU SONHO SEMPRE FOI EMPREENDER NO MUNDO DA MODA, MAS NUMA MODA QUE FOCASSE… NÃO FOSSE UM MODO TRADICIONAL DAS “BLUSINHAS”, MAS UMA MODA QUE FOSSE MAIS EMPODERADORA, QUE REPRESENTASSE MEUS VALORES DE FEMINISMO DE INTERSECCIONALIDADE, E AÍ EU FOQUEI NISSO E DAÍ QUE NASCEU A TERES. (NOTA 12, CERCA DE 50’’)
07:26:07:04Ingrida
49
E A MATÉRIA RESSALTA AINDA, QUE O MARKETPLACE
TEC ENTRA VINHETA DE INTERVALO COM ÁUDIO BAIXO ACOMPANHANDO AS NOTAS 14 E 15, DEPOIS ENCERRA.
REPRESENTA SETENTA E OITO POR CENTO DO E COMMERCE NO BRASIL. O PAÍS TEM O TERCEIRO MAIOR COMÉRCIO EM REDES SOCIAIS NO MUNDO. (NOTA 13, CERCA DE 22’’)
TEC ENTRA VINHETA DE INTERVALO COM ÁUDIO BAIXO ACOMPANHANDO AS NOTAS 11 E 12, DEPOIS ENCERRA. 00:13:00:01Ingrida EU, INGRID, BATI UM PAPO COM ALICE SALERNO, QUE É ITALIANA E ABRIU SUA MARCA NO PERÍODO DA PANDEMIA. E
A GENTE TROUXE AQUI UM DADO DA REVISTA EXAME, ONDE APONTOU QUE O COMÉRCIO ELETRÔNICO NO BRASIL TEVE UM AUMENTO DE CINQUENTA POR CENTO DURANTE A PANDEMIA
COMEÇA A PANDEMIA E PRATICAMENTE TODAS AS PESSOAS QUE HAVIAM ACABADO DE SER CONTRATADAS COM SALÁRIO MAIOR ETC, FORAM DESLIGADAS E EU ACABEI DESLIGADA NUM TRABALHO QUE EU TINHA ACABADO DE COMEÇAR E AÍ EU FALEI: “O QUE EU FAÇO AGORA?” AÍ EU PENSEI: BOM ESSE É O MOMENTO PARA EU EMPREENDER, PARA EU, TIPO, SAIR DESSE MUNDO DE EMPRESA ONDE EU ESTOU BASICAMENTE TRABALHANDO PELO SONHO DE OUTRA PESSOA, E COMEÇAR
AÍ COMECEI EM DOIS MIL E VINTE E DOIS MESES DEPOIS
09:12:08:47Ingrida E A GENTE ACABA VENDO TAMBÉM QUE
EU, FERNANDA, CONVERSEI UM POUCO COM CAMILA MELO, QUE É MESTRE EM COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E TRABALHA NA ÁREA. TRAZENDO A PERGUNTA “COMO USAR AS REDES SOCIAIS AO NOSSO FAVOR?” ELA RESPONDEU: (NOTA 14, CERCA DE 12’’)
07:43:Fernanda
ELAS PRECISAVAM BUSCAR ALGUMA ALTERNATIVA PRA CONSEGUIREM UMA RENDA EXTRA PRA CASA, PRA FAMÍLIA, ENTÃO ELAS COMEÇARAM NA VENDA DE PRODUTOS COMESTÍVEIS, COMO DOCES, PÃES CASEIROS, MARMITEX, VENDA DE PRODUTOS ARTESANAIS, PRODUTOS FEITOS A MÃO, COMO COISAS FEITAS COM CROCHÊ, COM TRICÔ. ENTÃO, ELAS INGRESSARAM COM ESSE TIPO DE NEGÓCIO NAS REDES SOCIAIS. (NOTA 17, CERCA DE 32’’) ISSO MESMO. (NOTA 18, CERCA DE 1’’) A
08:33:Ingrid
50 00:13:00:01Fernandaa
32:54:32:17Camilaa
08:32:08:00Fernandaa
POPULAÇÃO
A GENTE ADQUIRE OS HÁBITOS DAS PESSOAS, DO MODO DE PENSAR E TUDO. E QUANDO A GENTE VAI PRO ONLINE, A GENTE É A SOMA DAS PESSOAS QUE A GENTE SEGUE. ENTÃO, QUEM QUE EU ESTOU SEGUINDO? E ASSIM, O QUE QUE AQUELA PESSOA, AQUELE INFLUENCER, ESTÁ AGREGANDO NA MINHA VIDA? EU ACHO QUE SIM, ASSIM, TEM MUITA COISA POSITIVA QUE A GENTE PODE TIRAR DALI SE A GENTE TIVER ESSA AUTOCRÍTICA ANTES DE TIPO “QUE QUE EU QUERO, COMO QUE EU QUERO QUE ISSO DAQUI ME AGREGUE?” (NOTA 15, CERCA DE 54’’) SIM. (NOTA 16, CERCA DE 1’’)
PROCUROU MAIS BUSCA POR ESPECIALIZAÇÃO, NE. A GENTE TEM UM DADO AQUI DO SEBRAE, ONDE ELE FEZ UM LEVANTAMENTO QUE MOSTRA QUE NO ANO DE DOIS MIL E VINTE, OS CURSOS ONLINE BATERAM RECORD, BATENDO UM TOTAL DE UMA VÍRGULA CINCO MILHÕES DE PESSOAS
12:06:11:47Fernandaa
14:42:14:22Fernandaa
10:35:Fernanda
MATRICULADAS NOS SEGMENTOS DE MERCADO ONLINE. (NOTA 19, CERCA DE 25’’) SIM, É VERDADE. (NOTA 20, CERCA DE 1’’)
51
EU DIRIA QUE NÃO SÓ MUDOU A VISÃO, MAS ELA MUDOU PRINCIPALMENTE A QUESTÃO DE ACESSIBILIDADE. (NOTA 23, CERCA DE 7’’)
09:24:09:17Rodrigoa
O GRANDE PONTO É A GENTE AMPLIAR A NOSSA PERCEPÇÃO, PORQUE HOJE O GRANDE LANCE É VOCÊ ENTENDER DE NICHO DE MERCADO. ENTÃO, SIM, EM VÁRIOS GRUPOS, EM VÁRIAS SEGMENTAÇÕES DIFERENTES, O PESSOAL AUMENTOU MUITO, COM CERTEZA. (NOTA 24, CERCA DE 8’’)
10:24:10:06Rodrigoa
COMO AS REDES SOCIAIS SÃO UM LUGAR DE INFLUÊNCIA IMEDIATA, A VENDA ATRAVÉS DELAS SE TORNOU ALGO CADA VEZ MAIS ORGÂNICO, JÁ QUE AO MESMO TEMPO QUE O USUÁRIO SE DEPARA COM UMA FOTO, COM O VÍDEO DE UMA PESSOA QUE ELA SEGUE, ELA TAMBÉM JÁ SE DEPARA COM PROPAGANDAS E PUBLICIDADES DE UM PRODUTO X. (NOTA 25, CERCA DE 20’’)
TEC ENTRA VINHETA DE INTERVALO COM ÁUDIO BAIXO ACOMPANHANDO AS NOTAS 22 E 23, DEPOIS ENCERRA. 00:26:00:15Fernandaa E CONVERSANDO UM POUCO COM RODRIGO NITZKE QUE É PALESTRANTE, EMPRESÁRIO E ESPECIALISTA EM COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR, SOBRE AS REDES SOCIAIS MUDAREM A VISÃO DO CONSUMIDOR, ELE RESPONDEU: (NOTA 22, CERCA DE 16’’)
ELAS COMEÇARAM A ENTENDER QUE ELAS PRECISAVAM DE ALGUMA COISA PRA SE ENTRETER EM CASA, FAZER ALGUMA COISA QUE DESSE PRAZER, ALÉM DE SÓ FICAR EM CASA, NE. ENTÃO, ELAS BUSCARAM ALI NAS REDES SOCIAIS, UMA FUGA, UMA FUGA PRA DIVERSÃO, PRA... UMA DIVERSÃO MOMENTÂNEA, EU POSSO DIZER ASSIM. (NOTA 21, CERCA DE 19’’)
É, EU ACREDITO MUITO QUE SEJA, REALMENTE, FAZER ISSO.
A PARTE BOA DE TUDO ISSO É QUE O E COMMERCE NO BRASIL, CRESCEU AINDA MAIS NESSE PERÍODO, COMO A INGRID JÁ FALOU AQUI UM POUQUINHO ANTES, E VEM MOVIMENTANDO MUITO A ECONOMIA DO PAÍS. (NOTA 28, CERCA DE 12’’)
14:58:14:22Lidianea
QUESTIONAR DE QUEM QUE EU ESTOU COMPRANDO. SABE, DE ONDE ISSO ESTÁ VINDO? POR ONDE ISSO PASSOU? QUEM ESTÁ POR TRÁS DISSO? ENTÃO, A GENTE ESTÁ NUM MOMENTO EM QUE MUITAS PESSOAS, MUITOS ESTÃO PREFERINDO COMPRAR NO LOCAL, VALORIZAR O ARTISTA, O ARTESÃO LOCAL E ISSO, ÀS VEZES, PODE SER UMA VISÃO ROMANTIZADA, MAS QUERENDO OU NÃO, É UMA SOLUÇÃO PRA ECONOMIA, NE, NACIONAL. ENTÃO, DAR PREFERÊNCIA PARA PRODUTOS FEITOS NO BRASIL... É VIRAR ESSA CHAVE MESMO, SABE. (NOTA 27, CERCA DE 36’’)
16:15:15:58Fernandaa A PARTE RUIM É QUE COMO CONSUMIDOR, AS PESSOAS CRIARAM O HÁBITO MUITO RUIM E NADA SAUDÁVEL, QUE É DE COMPRAR EXAGERADAMENTE PELA INTERNET. ISSO ACABA TRAZENDO A TONA O CONSUMISMO. (NOTA 29, CERCA DE 17’’) 16:27:16:16Ingrida É, REALMENTE, A GENTE PODE PERCEBER ENTÃO, O QUANTO QUE A INTERNET E AS REDES SOCIAIS TIVERAM UM PAPEL BEM IMPORTANTE PRA RETOMADA ECONÔMICA, NE. (NOTA 30, CERCA DE 11’’)
TEC ENTRA VINHETA DE INTERVALO COM ÁUDIO BAIXO ACOMPANHANDO AS NOTAS 26 E 27, DEPOIS ENCERRA. 00:44:00:27Fernandaa TAMBÉM CONVERSEI COM LIDIANE SILVA, QUE É PESQUISADORA E ATUA DE FORMA ANALISTA SOBRE OS COMPORTAMENTOS DO CONSUMIDOR NACIONAL EM UMA VAREJISTA BRASILEIRA. CONVERSANDO SOBRE COMO OS CONSUMIDORES PODEM SE DESVIAR DAS INFLUÊNCIAS SUPER VENDÁVEIS DO MERCADO, ELA RESPONDEU O SEGUINTE: (NOTA 26, CERCA DE 17’’)
15:33:15:21Fernandaa
52
16:32:15:50Rachela
19:42:19:16Fernandaa
ENTÃO EU FUI NA ONDA DESSA ASSESSORIA, DEPOIS QUE EU PERCEBI QUE A ASSESSORIA DAVA CERTO, DEU CERTO E QUE AS PESSOAS COMEÇARAM A ME PEDIR INCLUSIVE PARA COMPRAR AS PLANTAS E ENTREGAR AS PLANTAS. EU FALEI: “OPA! TÁ AÍ UMA OUTRA COISA.” ENTÃO EU TENHO UM DELIVERY, TENHO UMA GALERA MUDANDO CENÁRIOS PARA FAZER REUNIÕES EM CASA, UMA GALERA QUE ESTÁ FICANDO MAIS EM CASA, QUE ESTÁ PRECISANDO DE PLANTAS. ENTÃO EU NÃO OFERECER SÓ MINHA CONSULTORIA E A MINHA ASSESSORIA, EU VOU OFERECER TAMBÉM AS PLANTAS, NÉ… ENTÃO, EU COMECEI A OFERECER AS PLANTAS NESSE...NESSE DELIVERY. E AÍ QUE FOI O GRANDE SUCESSO DA MISCELÂNEA, FOI O DELIVERY, E AÍ DEPOIS EU VOLTEI PARA A ASSESSORIA. (NOTA 33, CERCA DE 42’’) AGORA, A PERGUNTA QUE FICA É: SERÁ QUE ESSE AVANÇO DO E COMMERCE NÃO CONTRIBUIU PRO AUMENTO DO CONSUMISMO? (NOTA 34, CERCA DE 7’’) É UMA PERGUNTA BEM INTERESSANTE DE SE FAZER, DA GENTE SE QUESTIONAR MESMO, PORQUE ESSE PROBLEMA, ELE NADA MAIS É DO QUE UM HÁBITO, ESSE HÁBITO NADA MAIS É QUE O CONSUMISMO. ENTÃO, O CONSUMISMO NÃO SE REFERE APENAS NA QUANTIDADE DO QUE SE COMPRA, MAS NA RAZÃO PELA QUAL O INDIVÍDUO ESTÁ ADQUIRINDO AQUELE
53 17:40:17:22Ingrida
EMBORA TENHA SIDO ALGO POSITIVO NA ECONOMIA, A GENTE NÃO PODE ESQUECER O QUE LEVOU AS PESSOAS A BUSCAR UMA ALTERNATIVA NO COMÉRCIO DAS REDES SOCIAIS, NE. (NOTA 31, CERCA DE 18’’)
TEC ENTRA VINHETA DE INTERVALO COM ÁUDIO BAIXO ACOMPANHANDO AS NOTAS 32 E 33, DEPOIS ENCERRA. POR FIM, TIVE UMA CONVERSA SUPER INTERESSANTE COM RACHEL LEÃO, QUE COMO A ALICE, SE LANÇOU COM EMPREENDEDORA NA PANDEMIA. (NOTA 32, CERCA DE 9’’)
19:15:19:08Ingrida
00:24:00:15Ingrida
TEC INICIA VINHETA DE SAÍDA COM ÁUDIO BAIXO ACOMPANHANDO AS NOTAS FINAIS
32:55eFernandaIngrid
32:3232:10Fernandaa
54
32:5432:33Fernandaa
TEC AUMENTO DO SOM DA VINHETA DE SAÍDA
LEMBRANDO QUE ESSE É UM PROJETO DO TCC DA TURMA DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL. PEDIMOS TAMBÉM QUE VOCÊS NÃO SE ESQUEÇAM DE NOS SEGUIR NO INSTAGRAM ARROBA PODILLUMINAR, LÁ NÓS VAMOS
PRODUTO E POR QUAIS IMPACTOS AQUELA COMPRA PODE GERAR. (NOTA 35, CERCA DE 36’’)
MAS, A GENTE VAI ENCERRANDO POR AQUI. EU QUERO AGRADECER MUITO POR TODOS TEREM ACOMPANHADO O EPISÓDIO ATÉ AQUI. ESSE FOI O PRIMEIRO EPISÓDIO DO PODILLUMINAR E AVISANDO TAMBÉM, QUE TEREMOS MAIS DOIS EPISÓDIOS INCRÍVEIS, COM CONVIDADOS SUPER ESPECIAIS, ONDE OUTROS CENÁRIOS DAS REDES SOCIAIS SERÃO DISCUTIDOS E ABORDADOS. (NOTA 36, CERCA DE 22’’)
CONTINUAR FALANDO SOBRE O TEMA QUE TROUXEMOS HOJE AQUI E SOBRE OS PRÓXIMOS QUE VIRÃO. É ISSO. (NOTA 37, CERCA DE 21’’) TE VEJO LÁ! (NOTA 38, CERCA DE 1’’)
Legenda de cores: Fe e OffsOffsCabeçaCabeçaRachelAliceLidianeRodrigoCamilaIngridMeloNitzkeSivaSalernoLeãoFeIngridFeIngrid
Começo dizendo que terminei o ano de 2020 pensando no TCC. Infelizmente, esse é um pensamento que aterroriza qualquer universitário.
Nossogrupo,eu,GeovannaDomingos,AliceSantos,IngridEstevãoeCamilaAlves,estávamos super aflitas e sem saber como mesclar o tema individual de cada uma nos episódios. Foi então que começamos a realizar reuniões semanais, toda segunda feira às 19h/ 19h30, e foi nessa aproximação do tema individual de cada uma que começamos a entrosar melhor os temas e já preparar a linha de pensamento que gostaríamos de apresentar.
Diário de campo
55
Logo nos primeiros meses do ano, já trabalhando com os temas que seriam apresentados, nossa amiga Camila Alves decidiu trancar o curso. No primeiro momento, ficamos bem tristes até porque o tema que ela traria seria ótimo e a nossa relação também era ótima (p.s.: ainda é). Mas continuamos focadas na entrega final que desejávamos.
Ainda no 1º semestre, fizemos o cronograma do grupo já prevendo a entrega final do produto com alguns dias de antecedência, para que se algum imprevisto viesse acontecer, teríamos tempo para correr com o que fosse necessário.
E por causa desse cronograma, já tínhamos as datas marcadas de todas as gravações de estúdio. E conseguimos cumprir certinho, dentro do mês. Com isso, já estávamos realizadas, “Já
A princípio, todos da turma achavam que o projeto seria individual, mesmo que tivesse que ser entregue algum produto, uma revista, por exemplo. E foi assim que vinha me preparando psicologicamente. Mas, já em uma das primeiras aulas, fomos informados que o projeto seria em grupo, mas dividido em duas partes: a individual e o produto em si. Posso generalizar a opinião que darei a seguir, porém o consenso foi unânime, tudo o que cada um havia planejado fazer individualmente e se programado psicologicamente foi por água abaixo. Mas você que está lendo pode estar se perguntando: “Quanto drama! O curso de jornalismo é um curso de comunicação, precisamos depessoaspra tudo.” De fato, entretanto,o desgastede fazero último trabalho do curso que por si só já é um grande momento em grupo e sem nenhum aviso prévio, foi algo bem difícil. Se reprogramar e encontrar pessoas para formar um grupo que tenham uma visão próxima daquilo que você já tinha em mente: bug no sistema. Contudo, tive a sorte de formar o grupo com o grupo que já trabalhava desde o início do curso. Coincidentemente, todas nós queríamos falar de algo que fosse relacionado as redes sociais, a única coisa que acabamos decidindo juntas foi o produto mesmo, um podcast.
A segunda coisa que mais amei fazer no projeto foi o cronograma, mexer com organização e separar tudo por cores: paz de espírito!
Já havíamos conversado de juntar dinheiro para comprar algo que fosse necessário para o projeto e como acabamos fazendo as gravações em estúdio, fomos fazendo uma poupança e arrecadando o valor que precisávamos para pagar a locação do estúdio e transporte.
Até o momento, estamos conseguindo cumprir com todos os prazos de post (hoje é dia 02 de novembro) e sempre que postamos algo, repostamos nos stories pessoais de cada uma para divulgar e chamar o público para nos acompanhar e já deixar aquele gostinho de quero mais. O que, inclusive, vem dado muito certo, porque algumas pessoas já me perguntaram quando que vão poder escutar o podcast. Na mosca!
56 gravamos todos os episódios, agora faremos o roteiro e depois a edição! Uauu, como estamos adiantadas.” Coitadas. Porém (sempre tem um ‘porém’), quando tivemos a nossa primeira orientação do 2º semestre, que contamos para a professora Miriam tudo o que havíamos feito e pensado nas férias, ela nos falou da sua preocupação quanto as fontes do nosso trabalho, que até aquele momento só eram duas, uma para o 2º episódio e outra para o 3º. E por incrível que pareça, não havíamos pensado nisso antes. Foi aí que começamos uma busca pesada por fontes que se relacionassem com os nossos temas. E pouco a pouco, fomos entrando em contato com as pessoas e em questão de algumas semanas, fomos agendando as entrevistas, que totalizaram 13! Ficamos radiantes com o resultado que obtivemos, mas não foi fácil. Eu mesma entrei em contato com nove pessoas e só três responderam que topariam a entrevista. Mas conseguimos e isso nos impulsionou ainda mais!
Em paralelo a esse momento anteriormente contatado, dei a ideia pro grupo de criarmos um Instagram que pudesse servir de extensão do podcast e que formasse um fórum de discussão para os assuntos que abordaríamos. As meninas toparam e eu fiquei com a missão de desenvolver toda a identidade visual do podcast e do Instagram, tudo de forma que remetesse a personalidade de cada integrante e seu respectivo tema. Posso afirmar que essa foi a minha parte favorita de tudo, já que mexer com design, cores e identidade é algo que me deixa muito entusiasmada.Efoiisso,criei ocronogramadetodos os posts quefaríamos, feed,reels estories, tudo bem explicadinho, informando como seria a postagem, o formato, a data etc. Calculando a entrega final do último post para o dia 28 de novembro.
• Cronograma individual
B) DE EXECUÇÃO
Hoje, dia 21 de novembro de 2021, temos a edição finalizada dos dois primeiros episódios e continuamos postando os conteúdos no Instagram, até o momento conseguimos seguir com todas as datas de postagens do cronograma.
Essapreservarcom certeza, foi uma das melhores coisas que o curso de jornalismo me proporcionou. A amizade e conexão que criei com as meninas foi algo muito especial, mesmo com as diferenças de cada uma, todas contribuem e se entendem no final.
Como todo e qualquer trabalho em grupo no mundo, tive meus momentos de raiva e de mandar todas se lascarem (me perdoem a palavra, mas estou escrevendo como se fosse um diário pessoal que foi descoberto), contudo, permaneço até quando não sei intacta e tentando levar tudo da melhor forma, focando em: quero entregar o melhor que posso oferecer e antes das meninas serem minhas colegas de grupo, criamos uma amizade muito bacana que pretendo
Até o dia de hoje (ainda 02 de novembro), finalizamos as decupagens de todas as entrevistas, estamos com todos os roteiros prontos, a edição dos dois primeiros episódios finalizadas só aguardando a aprovação do grupo (e professora, logo mais) e escolha da vinheta e, andando com as postagens no Instagram (@podilluminar).
A experiência do TCC vem sendo bem desafiadora e cansativa, mas mentalizo que será recompensadora.
CRONOGRAMA
57
13 Feed Fonte: Camila Explicação de quem é
Foto elementoscom verdes out.21
1 Feed logo
nº Onde Postagens Texto Ideias Data
Carrossel: 2 fotos + álbum out.15
Foto elementoscom verdes out.19
17 Feed Fonte: Lidiane Explicação de quem é
Explicação do que é o consumismo
Carrossel: 2 fotos + álbum out.13
11 Feed Alice Explicação de quem é
18 Story Enquete
3 Feed Foto do grupo História das gatinhas 2 fotos normais out.9
12 Reels Fonte: Lidiane
19 Feed epCuriosidades:1
Foto elementoscom verdes out.23
10 Story Enquete Por onde você + ouve podcast?
Caixinha de várias alternativas out.12
Carrossel: 2 fotos + álbum out.11
Introdução do podcast + resumo do que vamos abordar out.7
8 Reels Fonte: Rodrigo melhor frase das entrevistas/ impactante out.14
Você já foi influenciado a comprar alguma coisa que você não precisava?
20 Reels Fonte: Alice S
5 Feed Ingrid Explicação de quem é
6 Story Enquete O que é um podcast?
Por causa da pandemia, você passou a comprar mais pela internet?
melhor frase das entrevistas/ impactante out.18
Caixinha de várias alternativas out.20
58 • Cronograma de posts
Caixinha de várias alternativas out.24
2 Story Enquete Você tem o habito de ouvir podcast?
14 Story Enquete
9 Feed Geovanna Explicação de quem é
Legenda:
Caixinha de várias alternativas out.16
16 Reels Fonte: Rachel melhor frase das entrevistas/ impactante out.22
Carrossel de frases curtas out.25
Caixinha alternativasde out.8
4 Reels Fonte: Camila fotos do dia + áudio da entrevista out.10
7 Feed Fernanda Explicação de quem é
melhor frase das entrevistas/ impactante out.26
ReelsFeedStory
Carrossel: 2 fotos + álbum out.17
15 Feed Fonte: Rodrigo Explicação de quem é
21
41 Feed Fonte:
Foto elementoscom rosa nov.2
37 Feed podcastCuriosidade:
Feed
59
Foto elementoscom azul psicina out.29
29 Feed Fonte: Andrea J Explicação de quem é
33 Fonte: Ana Paula Explicação de quem é
melhor frase das entrevistas/ impactante nov.11
Feed
40 Reels
28 Reels Fonte: Andrea J melhor frase dass entrevistas/ impactante nov.3
23
Foto elementoscom lilás nov.16 Boomerang making off ep 2 nov.17
Foto elementoscom rosa nov.4
Caixinha de várias alternativas out.28
Foto elementoscom rosa nov.8
Carrossel: pergunta + explicação + objetos nov.12 Boomerang making off ep 1 Bastidores nov.13 Fonte: Júlia Mury Explicação de quem é
Feed Fonte: Rachel Leão
Você já quis fazer algum procedimento estético que muitas pessoas na internet estavam fazendo?
22 Story Enquete
Explicação de quem é
Reels Fonte: Ana Paula melhor frase das entrevistas/ impactante nov.7
Carrossel de frases curtas nov.6
podcastCuriosidade:
Qual o perfil que você mais segue no Instagram?
38 Story
36 Reels
30 Story Enquete
31 Feed Curiosidade: ep 2 Explicação do movimento da cultura do cancelamento
Carrossel: pergunta + explicação + objetivo out.31
Feed
Foto elementoscom lilás nov.14 Fonte: Julia melhor frase das entrevistas/ impactante nov.15 CajaibaNathan Explicação de quem é
35 Fonte: Davi Rocha Explicação de quem é
24 Reels Fonte: Lais melhor frase das entrevistas/ impactante out.30
42 Story
Caixinha alternativasde nov.5
Feed Fonte: SalernoAlice
Foto elementoscom azul psicina out.27
Você já cancelou alguém pela internet?
Você tem o habito de dar a sua opinião na internet?
27 Feed Fonte: Lais Explicação de quem é
32
Caixinha de várias alternativas nov.9
26 Story Enquete
25
Você sabia? Surgmento do 1º podcast
Caixinha de várias alternativas nov.1
34 Story Enquete
Foto elementoscom rosa nov.10 Fonte: Davi R
Você sabia? Equipamentos necessários
39 Feed
Explicação de quem é
Bastidores
Nathan
melhor frase das entrevistas/ impactante nov.19 Fonte: NavarroClaudia Explicação de quem é Foto elementoscom lilás nov.20 Boomerang off ep 3 nov.21 Fonte: Jessica Raider Explicação de quem é Foto elementoscom lilás nov.22 Fonte: Claudia
Explicação sobre padrão de beleza
making
51 Feed
Carrossel de frases curtas nov.18 Fonte:
Feed
Bastidores
46 Story
60
3
44 Reels
50 Reels
51 Feed
49 Feed
47 Feed
final Texto
•
melhor frase das entrevistas/ impactante nov.23 Curiosidade: do grupo Você sabia? Maiores desafios em gravar um pocasts
43 Curiosidade: ep
Alice FernandaGeovannaroxorosaverdeIngridazul Ações Check Ações Check Ações Check Ações Check Março sem1 Levantamentodereferências x Levantamentodereferências x Levantamentodereferências x Levantamentodereferências x sem2 Fichamento de referências x Fichamento de referências x Fichamento de referências x Fichamento de referências x sem3 Levantamentobibliográfico x Levantamen to bibliográfico x Levantamen to bibliográfico x Levantamen to bibliográfico x
Carrossel: aspas de cada integrante nov.24 Fonte: Jessica
45 Feed
melhor frase das entrevistas/ impactante nov.25 foto do grupo sobre a estreia e as plataformas de áudio em movimento nov.26 vídeo agradecimento do grupo uma completa a frase da outra nov.28 Cronograma do grupo
48 Reels
sem1
sem3
61
realização da parte escrita daindividualpesquisa x realização da parte escrita daindividualpesquisa x realização da parte escrita daindividualpesquisa x realização da parte escrita daindividualpesquisa x
sem2 entrega da parte escrita da ind.pesquisa+escritadoprojeto x entrega da parte escrita da ind.pesquisa+escritadoprojeto x entrega da parte escrita da ind.pesquisa+escritadoprojeto x entrega da parte escrita da ind.pesquisa+escritadoprojeto x
Maio sem1 experimentalEstruturaçãoprojeto x experimentalEstruturaçãoprojeto x experimentalEstruturaçãoprojeto x experimentalEstruturaçãoprojeto x sem2 oLevantamenteproduçãoaspectosmetodológicoseteóricos x oLevantamenteproduçãoaspectosmetodológicoseteóricos x oLevantamenteproduçãoaspectosmetodológicoseteóricos x oLevantamenteproduçãoaspectosmetodológicoseteóricos x
sem2 1ApresentaçãoseminárioIndividual. x 1ApresentaçãoseminárioIndividual. x 1ApresentaçãoseminárioIndividual. x 1ApresentaçãoseminárioIndividual. x sesem3m4
sem4 Levantamentobibliográfico x Levantamentobibliográfico x Levantamentobibliográfico x Levantamentobibliográfico x
Junho
Abril sem1 problematizadelimitaçãoDefinição:+ção+justificativa. x problematizadelimitaçãoDefinição:+ção+justificativa. x problematizadelimitaçãoDefinição:+ção+justificativa. x problematizadelimitaçãoDefinição:+ção+justificativa. x
sem4 Apresentaçãoseminário2Grupo x Apresentaçãoseminário2Grupo x Apresentaçãoseminário2Grupo x Apresentaçãoseminário2Grupo x
sem3 projetoRedaçãodepesquisa. x projetoRedaçãodepesquisa. x projetoRedaçãodepesquisa. x projetoRedaçãodepesquisa. x
x confirmar as pautas programaconfirmar+ de edição x
sem1
Apuração
fontes
verificar o programa de edição comoestudareutilizálo x equipamentestúdioverificareosnecessários x equipamentestúdioverificareosnecessários x verificar o programa de edição comoestudareutilizálo x
AndréaPerguntasPauta/Jotta
Agosto
Gravação Entrevista Laís Montagnana
62
confirmar as fontes programaconfirmarpautase+ de edição x confirmar as fontes roteiroconfirmarpautase+ x confirmar as pautas roteiroconfirmar+
pré pautas e pré roteiros x pré pautas e pré roteiros x pré pautas e pré roteiros x pré pautas e pré roteiros x sem2
sem4 reunião geral confirmação+daplataformaqueseráusadaparaasentrevistas x reunião geral confirmação+daplataformaqueseráusadaparaasentrevistas x reunião geral confirmação+daplataformaqueseráusadaparaasentrevistas x reunião geral confirmação+daplataformaqueseráusadaparaasentrevistas x
Julho
sem1 pauta gravação+ x pauta gravação+ x sesem2m3 x sem4 de x sem1 / x decupagem / dosCronogramaDefiniçãopostsdoInstagram. x
Setembro
CronogramaDefinição
sem3
sem4 contatoentrarfontesbuscareemcomelas x contatoentrarfontesbuscareemcomelas x levantamentodedados x levantamentodedados x
Edição Ep 2: Jornalismo digital e a cultura Definiçãocancelamento/dodetrilhasonora/ x
sem1
63 dos posts Instagram.do
sem1 revisãoediçãoda x DecupagemEntrevistaAnaPaulaPassareli x revisão decupagensroteirodo+pautas+ x revisãoediçãoda x
Pauta Perguntas Davi Rocha / Decupagens:EntrevistaGravaçãoDaviRocha/Laís,AndréaeDavi. x criação do design x
sem3 SeminárioPaper x /SeminárioGravaçãoEntrevistaAnaPaulaPassareliPaper x criação Semináriodesign/doPaper x SeminárioPaper x
sem4
Outubro
Edição Ep 3: Corpos ideais no Instagram desenvolvimentApresentação/doodoprojetoexperimental x ntodesenvolvimeApresentaçãoediçãoRevisãodoep2/dodoprojetoexperimental x ntodesenvolvimeApresentaçãoediçãoRevisãodoep1/dodoprojetoexperimental. x Edição Ep 3: Corpos ideais no ntodesenvolvimeApresentaçãoInstagram/dodoprojetoexperimental. x
sem2
Roteiro Ep cancelamento.Jornalismo2:digitaleaculturado/PréediçãodoEp2. x Roteiro Ep Consumismo1: x sem3 Pré Epedição2 x Pré Epedição1 x sem4
Roteiro Ep 3: Corpos ideais no Instagram. / Definição de sonora/trilha x Definição de trilha sonora/ x Definição de trilha sonora / Edição Ep Consumismo/1: x
sem2 AndréaGravaçãoEntrevistaJotta / PerguntasPautaparaAnaPaulaPassareli x roteiro x
Novembro
BASE DE INVESTIMENTOS GRUPO ILLUMINATION INVESTIMENTOS VALORES
Estúdio
de gravação R$250,00 Transporte R$80,60 Ensaio fotográfico R$120,00 Total: R$ 450,60
Revisão completotrabalhodo x Revisão completotrabalhodo x Revisão completotrabalhodo x Revisão completotrabalhodo x
Observações
ANEXOS
sem3
Entrega do TCC x Entrega do TCC x Entrega do TCC x Entrega do TCC x
Valor gasto com Uber 07/08 R$8,92 07/08 R$18,84 10/08 R$ 18,84 21/08 R$ 13,75 13/09 R$18,91 13/09 R$13,98 13/09 R$19,95 15/09 R$ 13,98 Investimento de cada gatinha Alice Fernanda Geovanna Ingrid Data Valor Data Valor Data Valor Data Valor 23/07 R$ 100,00 21/06 R$ 25,00 15/06 R$85,00 07/08 R$ 100,00 06/09 R$ 50,00 30/06 R$ 30,00 30/07 R$50,00 R$ 50,00 19/07 R$ 30,00 31/08 R$50,00 23/07 R$ 30,00 23/09 R$ 30,00
D)
C) INVESTIMENTO
64 sem2 ediçãoRevisãodoep3 x ediçãoRevisãodoep3 x ediçãoRevisãodoep3 x ediçãoRevisãodoep3 x
sem4
65
• Capa dos posts do feed do Instagram (as datas de postagem estão embaixo de cada imagem)
• Material gráfico base para a identidade visual do podcast/ Instagram
66
• Interior dos posts do feed do Instagram (embaixo de cada imagem estão as datas e as capas que se referem)
67
• Stories e capa dos reels (embaixo de cada imagem está a data que foi postado)
68
e
• Autorização de som imagens dos entrevistados
• QR Code para acessar o Instagram @podilluminar
69