Director: Alfredo Oliveira
Ano XV
Mensal
N.º 140
Fevereiro 2008
Preço € 1,00
15 anos
ENTREVISTA
Marco Ribeiro Presidente da ACIT
“Tem valido o esforço e continua a haver vontade de trabalhar” VISITA
Ministra da Educação esteve nas Caldas das Taipas
LEI DO TABACO
Comerciantes com muitas dúvidas quanto à aplicação da nova lei
FREGUESIAS
Óleo vegetal põe automóvel a circular na escola de Briteiros
DESPORTO
Terminaram os campeonatos distritais em ténis de mesa
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abertura
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editorial
ALFREDO OLIVEIRA
alfredo@reflexodigital.com
Ministra da Educação e a ACIT O mês de Janeiro ficou marcado pela visita da Ministra da Educação à Escola Secundária de Caldas das Taipas. Maria de Lurdes Rodrigues tem passado por diversas escolas a entregar diplomas a adultos que frequentaram os Centros de Novas Oportunidades. No dia 12 de Janeiro esteve presente numa cerimónia que se revelou totalmente pacífica e, se existiam alguns receios ao nível de eventual contestação, rapidamente se diluíram. Podemos dizer que os professores, alunos e diversos convidados souberam respeitar o momento. Circulando pelo espaço facilmente se percebia que muitos estão contra a política educativa do actual Ministério da Educação. No entanto, seguiram o caminho da serenidade, nada fizeram para perturbar a cerimónia e acreditamos que Maria de Lurdes Rodrigues deve ter passado uma tarde das mais tranquilas e amistosas de todas as visitas que tem efectuado. Não temos dúvidas que a visita também terá ficado
marcada por aquilo que não transpareceu publicamente. A Ministra visitou o refeitório escolar que está dividido para aí funcionar uma sala de aula, visitou os dois contentores e esteve a presidir à cerimónia num espaço destinado à educação física. Digamos que ficou a conhecer as dificuldades que a escola passa ao nível da sobrelotação e da falta de certas valências. Já no final, assegurou que o contrato de autonomia é para ser levado a cabo. Esse contrato implica o cumprimento de várias metas pela escola mas também compromete o Ministério da Educação na construção de um pavilhão gimnodesportivo, um auditório e a resolução do problema da sobrelotação. Assim se espera que aconteça e para breve.
discurso passa claramente a mensagem que está a lutar pela revitalização do comércio local. O seu trabalho está a ser reconhecido por todos os quadrantes políticos e, agora, poucos serão os que não louvam o trabalho desenvolvido pela ACIT. A nova geração de taipenses, quando se liberta das malhas da política, mostra serviço. Na entrevista aborda também uma área interessante. Marco Ribeiro acaba por afirmar que as áreas que mais nome dão às Taipas, curiosamente, estão de costas voltadas para a própria vila. No fundo aborda uma velha questão, Caldas das Taipas é Vila Termal e/ou a Capital das Cutelarias, mas o que têm feito pela vila o termalismo e as cutelarias? A questão fica no ar.
Faz um ano que foi constituída a Associação Comercial e Industrial de Caldas das Taipas (ACIT). Marco Ribeiro faz o balanço deste primeiro ano do seu mandato. Pelo seu
há 10 anos... NA CAPA Marco Ribeiro, 32 anos, é o primeiro presidente da Associação Comercial e Industrial das Taipas, eleito em 2007 para um mandato de três anos.
Padre João Felgueiras visita a vila após dez anos em Dili, Timor-Leste
reflexo - o espelho das taipas ficha técnica PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 140 / FEVEREIRO 2008 Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE: Associação Reflexo - Caldas das Taipas PRESIDENTE: Joaquim Pedro Martinho Silva SECRETÁRIO: Sandra Manuela Esteves Silva / TESOUREIRO: Manuel António Martinho Silva VOGAIS - Francisco Manuel Vieira Silva e Marco Emanuel Melo Ribeiro CONTRIBUINTE 503 353 230 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 1.º frente Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com COMPOSIÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho – Rua de Santa Margarida, n.º 4 4710-306 BRAGA - Telef: 253 609 460 - Fax: 253 609 465 DIRECTOR: Alfredo Oliveira REDACÇÃO: Jorge Silva; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Sousa, Pedro Vilas Cunha e Vera Freitas TRATAMENTO DE TEXTO: Maria José Oliveira COLABORADORES: António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Casimiro Silva; José Ribeiro; Leonel Ferreira; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Paulo Machado; Pedro Martinho; Teresa Portal e David Silva. BARCO Daniel Silva PRAZINS (Sta. Eufémia) Judite Dias FOTOGRAFIA: Lima Pereira; Reflexo; Foto Matos Os autores dos artigos assinados, são responsáveis pelas opiniões expressas, as quais podem não coincidir com as do “REFLEXO - O Espelho das Taipas”
No início do ano de 1998 o padre João Felgueiras estava de visita à vila de Caldas das Taipas, durante uma pausa na sua missão em Timor-leste. João Felgueiras, o benjamim da Casa da Seara, nasceu a 9 de Junho de 1921. Tem 87 anos. Está em Timor desde o ano de 1970,
onde para exercer o cargo de Reitor do Seminário Diocesano de Nossa Senhora de Fátima, em Dili. A década de noventa foi das mais mediáticas daquela ilha do Pacífico. Em 1991 dava-se o massacre no cemitério de Santa Cruz, cujas imagens foram difundidas por
todo o mundo, graças à câmara dos repórteres norte-americanos Amy Goodman e Allan Nairn. A 20 de Maio de 2002, Timor foi internacionalmente reconhecido como país independente. O Padre João Felgueiras mantém em Timor até aos dias de hoje.
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q destaque Ministra da Educação entregou diplomas na Escola Secundária de Caldas das Taipas
Maria de Lurdes Rodrigues esteve presente na cerimónia de entrega de diplomas aos jovens finalistas dos Cursos Tecnológicos e aos adultos que obtiveram a certificação no Centro Novas Oportunidades (CNO), a funcionar na secundária da vila termal. Tratou-se da primeira visita de um Ministro da Educação a esta escola e serviu para a representante do governo mostrar as virtualidades e o sucesso do projecto ligado às Novas Oportunidades. Maria de Lurdes Rodrigues afirmou que os adultos estão a ser mobilizados como nunca tinha acontecido no país, avançando que num só ano já passaram mais de 350 mil adultos pelos diferentes CNO do país. O seu discurso foi todo ele virado para a defesa da certificação e reconhecimento das competências dos adultos num país onde metade da população activa, cerca de 2,5
milhões de portugueses, não tem a escolaridade obrigatória. “O país tem um deficit de formação. O país tinha, até há pouco tempo, um problema grave de analfabetismo. A estas situações juntou-se mais recentemente o problema do abandono escolar. Temos 500 mil jovens com menos de 24 anos que não têm a escolaridade obrigatória, passaram pela escola mas não completaram o 9º ano. O que pensávamos que era um problema das gerações mais antigas acabou por se tornar um problema actual, que afecta as gerações mais novas”.
Perante este problema, a Ministra da Educação defendeu que a resposta do estado tem de ser para todos e tem de ser abrangente. O governo avançou com as Novas Oportunidades e a sociedade civil tem dado uma resposta animadora. “No projecto avançado pelo governo, a primeira etapa foi atingida com sucesso. Num só ano mais de 350 mil adultos passaram pelos diferentes CNO do país, número bem acima dos melhores anos do Ensino Recorrente, onde o máximo atingido foi de 70 mil adultos inscritos. A barreira da
confiança foi ultrapassada, tanto pelos adultos como pelas escolas que apostaram nos CNO e pelas empresas que aderiram”. Maria de Lurdes Rodrigues passou a responder a alguns críticos e a algumas desconfianças que vão sendo apresentadas na comunicação social. Defendeu que para um problema global a resposta tem de ser massiva, sem perder de vista a qualidade. “O programa das Novas Oportunidades tem de continuar a apostar na qualificação de todos os portugueses, esta matriz de um programa massivo não se pode
perder, mais adultos inscritos, mais adultos com qualificação, a quantidade não é inimiga da qualidade. Para isso, os CNO têm de manter uma vigilância e um profissionalismo insuspeitos. Os júris têm de ser abertos, tal como aconteceu nesta escola e para uma avaliação transparente deste programa terá de haver um sistema de auditoria externa. Rebateu que se trate de um programa sem qualidade e que não irá contribuir para uma melhor qualificação dos adultos. “Dizem alguns críticos que este é um sistema mais fácil, os testemunhos que hoje ouvimos demonstram o contrário. Dizem também que é injusto, pois permite uma certificação escolar em menos tempo que a formação formal. O governo entende que se trata de um programa que repõe a justiça social. A maioria dos adultos que não têm formação e que abandonaram a escola foi porque a vida os obrigou a tal e também temos de reconhecer que a própria vida profissional transmite competências e saberes que devem ser validados.” Não esqueceu os críticos que vão afirmando que se trata de um programa que não se traduzirá num aumento da produtividade dos trabalhadores. Maria de Lurdes Rodrigues foi dizendo que um diploma não é “um passaporte para o céu”, mas que um diploma que reconhece uma habilitação pode levar a uma outra atitude por parte dos trabalhadores. Acrescentou ainda que este programa poderá ter um outro efeito extremamente positivo, pela forma como as famílias vêem a escola. “Os pais que regressaram à escola já adultos, não temos dúvidas, incentivarão ainda mais os seus filhos a não desistirem dos seus estudos”.
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q destaque Escola vai ter o seu pavilhão Já no final, a Ministra foi respondendo a algumas questões coladas pelos jornalistas presentes. A primeira questão prendeu-se com a questão da credibilização do processo de validação de competências. Maria de Lurdes Rodrigues começou por referir que as instituições envolvidas na formação são, na sua maioria, escolas e professores competentes e sérios. Já foi tornado público que Roberto Carneiro, antigo Ministro da Educação, liderará uma equipa de avaliação do programa Novas Oportunidades. Quanto às críticas do PCP a este programa, a Ministra entende que não têm qualquer fundamento. “Afirmarem que este programa é uma burla, é de total reaccionarismo, é do mais conservador que eu alguma vez ouvi. Felizmente as pessoas estão a aderir, as empresas reconhecem o trabalho que está a ser feito, os
números são reveladores”. Questionada sobre o contrato de autonomia assinado no início do ano com a Escola Secundária, a Ministra da Educação foi peremptória ao afirmar que é um contrato para ser cumprido, independentemente de quem estiver no poder. “O contrato foi assinado entre instituições, o Governo pode mudar, o próprio Conselho Executivo pode mudar e não será isso que alterará o que foi assinado. A escola está na programação das que vão ser intervencionadas pela Parque Escolar. Já no final e a uma questão colocada pelos alunos da Secundária sobre as próximas medidas que o Ministério da Educação iria tomar, Maria de Lurdes Rodrigues foi taxativa, “construir o pavilhão na vossa escola” Ainda abordou a contestação de que tem sido alvo. Maria de Lurdes Rodrigues acredita que as medidas mais difíceis já foram tomadas. “A revisão do Estatuto da
Carreira Docente foi muito difícil de fazer, muito incompreendida, apesar de compreender a incompreensão, percebo as razões dessa contestação, isso já passou. As restantes medidas a tomar não serão tão impopulares, serão difíceis mas não tão impopulares”. António Magalhães, Presidente da Câmara Municipal, foi breve na sua intervenção. Foi caracterizando a região do vale do Ave que “já foi do trabalho infantil, uma região com baixos níveis de escolarização e com desemprego acima da média do país”. No mundo competitivo em que vivemos, referiu, “temos de lutar por uma maior qualificação dos habitantes desta região”, acrescentando, por isso, que é fundamental valorizar o papel da escola e apoiar todas as iniciativas que contribuam para trazer mais pessoas de volta aos bancos da escola.
Centro Novas Oportunidades com balanço positivo Esta sessão ficou também marcada pela intervenção do Presidente do Conselho Executivo da escola anfitriã. Destacou o facto do CNO poder dar um forte contributo na luta pela melhor qualificação profissional da população deste meio. Neste sentido, destacamse as parcerias formalizadas com algumas entidades, nomeadamente com a Associação Comercial e Industrial das Taipas (ACIT). José Augusto Araújo considerou que se vive um momento de rotura com um certo fatalismo e ao mesmo tempo uma aproximação entre as aprendizagens da escola e aquelas que a vida proporciona. Esta junção poderá contribuir de uma forma significativa para tirar o Vale do Ave da cauda da qualificação profissional dos seus trabalhadores. “No coração do Vale do Ave, onde nos encontramos, o desafio é de particular relevância.
O censo de 2001 colocou a região AVE com a segunda pior taxa de saída antecipada, com a segunda pior taxa de saída precoce e com a quarta pior taxa de abandono precoce, isto entre as 28 regiões NUT III do continente. Por isso, sabemos que o desafio nacional da qualificação dos portugueses não será ganho na região Norte se não for ganho no Vale do Ave, tal como não será ganho no país se não for ganho na região Norte”. José Augusto Araújo salientou o corpo docente da escola, afirmando que esta conta com um corpo de profissionais empenhados, qualificados e sempre dispostos a enfrentar novos desafios. Deste modo, a Escola tendo como lema o trabalho, o rigor e a exigência, avançou para a experiência piloto de avaliação externa promovida pelo Ministério da Educação, candidatou-se ao primeiro
alargamento da rede nacional de Centros de RVCC promovido pelo actual Governo e aceitou o desafio de integrar o primeiro lote de 22 escolas com Contratos de Autonomia. Ta m b é m f o r a m l a n ç a d o s números, já que a estatística é cada vez mais utilizada quando se fala em Educação. No ano de 2007, na Escola secundária da vila termal, 86% dos alunos (69 novos diplomados) que frequentaram os Cursos Tecnológicos concluíram a sua formação em contexto de trabalho, com a colaboração de 42 empresas e entidades que acolheram os estagiários. Onze em treze adultos de uma turma de Educação e Formação de Adultos (EFA), nível B2, correspondente ao 2° ciclo, concluíram com aproveitamento. Os outros dois foram encaminhados para o CNO, para o nível B3, tendo
concluído o 9° ano através do processo de RVCC. O Centro Novas Oportunidades (CNO) da secundária acolheu quase mil e duzentos adultos, dos quais mais de 500 à procura de certificação do 12° ano. 133 adultos apresentaram os seus dossiers a Júri. Setenta viram as competências adquiridas ao longo da vida e/ou no decurso do seu processo de RVC validadas e certificadas com o 9° ano. E, se mais não foram, como afirmou José Augusto Araújo, foi porque o CNO da escola privilegiou o desenvolvimento de processos de RVC e a apresentação a Júri, pois ao esforço de certificação, verificou-se um forte investimento na formação. Um dado curioso apresentado foi o facto de 65% dos adultos diplomados pelo CNO terem sido mulheres e cerca de 80% desses
adultos terem menos de 45 anos. Estando o CNO da Escola Secundária determinado a dar continuidade a estes resultados e tendo uma estratégia sustentada e estruturada para os próximos anos, foram assinados diversos protocolos durante esta cerimónia. De destacar as parcerias na área das cutelarias com a DALPER e a HERDMAR e uma outra com a Associação Comercial e Industrial das Taipas (ACIT). Com as primeiras, os objectivos passam pela possibilidade de uma maior qualificação dos recursos humanos de um sector tradicional e com a ACIT pretende-se uma maior mobilização e envolvimento dos trabalhadores das pequenas e micro-empresas nas ofertas das Novas Oportunidades.
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Nova Lei do Tabaco não explica tudo... Um mês após a entrada em vigor da nova Lei do Tabaco, no caso concreto das Taipas, a grande maioria dos estabelecimentos comerciais (cafés e snack-bares) optaram pela total proibição de fumar dentro dos seus estabelecimentos. Texto Manuel António Silva Um mês após a entrada em vigor da nova Lei do Tabaco, no caso concreto das Taipas, a grande maioria dos estabelecimentos comerciais (cafés e snack-bares) optaram pela total proibição de fumar dentro dos seus estabelecimentos. Contudo, esta decisão, mais ou menos generalizada, em alguns dos casos, deve-se à falta de informação da Lei relativamente ao requisitos técnicos a implementar para que a referida proibição possa
ser levantada. Segundo alguns dos proprietários que contactamos, a Lei exige a extracção de fumos mas não diz em que condições. Ou seja, a que características técnicas deve obedecer o material de exaustão. Por outro lado, queixam-se de não haver quem certifique esse material. Quase todos acabaram por nos referir que, nestas condições (sem garantias) não arriscam a investir em obras. Não significa isto que não concordem com a nova Lei.
Café Clube
Fernando Castro, proprietário do Café Club
Num dos estabelecimentos mais emblemáticos das Taipas, onde os jogos de cartas, dominó, damas e outros, fazem passar o tempo a um sem número de clientes, a
Silver Café proibição de fumar é total. Fernando Castro, proprietário do estabelecimento refere que, “na generalidade, os clientes aceitaram bem a nova Lei do Tabaco. Por algumas vezes já tivemos de solicitar a clientes para apagar o cigarro. No entanto, sempre que isso aconteceu, foi por mera distracção e hábito dos próprios clientes. Acataram sempre muito bem a solicitação e, por isso, nunca houve necessidade de ser chamada a autoridade a este estabelecimento”. Quanto ao negócio, neste caso particular, também não se verificou qualquer quebra. Fernando Castro refere que não coloca a hipótese de, no futuro, dotar o estabelecimento das condições estabelecidas pela Lei para que possa ser permitido fumar.
Tilias Caffé
Adriano Leite, proprietário
Este, é um dos casos onde, sendo proibido fumar, há a intenção do proprietário em dotar o estabelecimento de condições técnicas que permita receber fumadores e não fumadores. As principais queixas centram-se na desinformação da Lei em relação a esse assunto. “Uns clientes reagiram bem, outros nem por isso”, refere Adriano Leite, proprietário do Tílias Caffé. “Na minha perspectiva, acho que a Lei foi muito bem implantada. Acho é que está muito mal explicita para as pessoas. Acho muito bem que se respeite quem não fuma mas, também se deve respeitar quem fuma. Por isso, julgo que devem ser criados estabelecimentos para fumadores. A principal dificuldade com a entrada em vigor desta Lei, no meu caso, está no movimento do negócio. Quem é fumador, consome sempre mais alguma coisa e está à vontade dentro do estabelecimento para consumir. O facto de terem de se deslocar para fora dos estabelecimentos para fumar, não convida a que se verifique um grande consumo. Curioso é que os próprios não fumadores, acabam também por sair do
Pelo contrário. São todos a favor da aplicação da mesma. Há é aqueles que estão dispostos a investir para criar condições adequadas para poder receber nos seus estabelecimentos, fumadores e não fumadores, dentro da legalidade. Até porque, em alguns casos, a aplicação destas novas medidas restritivas ao fumo, está a ajudar a que o negócio diminua de forma significativa.
café para estarem lá fora a conversar com os fumadores. Mais de 90% dos clientes desta casa, são fumadores. Por isso, é complicado quando, por exemplo, estão a iniciar uma conversa dentro do estabelecimento e depois têm de ir terminá-la lá para fora e acabam por ficar por aí. Isto cria outro problema: o ruído que se gera fora do estabelecimento e os inconvenientes que isso acarreta para os vizinhos. É uma situação que não consigo controlar. Já tive de aconselhar alguns clientes a apagar o cigarro. Sempre que aconteceu foi por descuido. Nunca tive nenhum problema com nenhum cliente que, após ser chamado à atenção, quisesse insistir em ficar com o cigarro aceso. O negócio baixou bastante. Apesar dos meses de Janeiro e Fevereiro serem, tendencialmente, fracos ao nível da facturação, neste mês de Janeiro, comparativamente com os anos anteriores, tive uma quebra nas receitas na ordem dos 30%. No futuro, temos como prioridade, dotar as instalações dos meios técnicos indicados para poder permitir fumar dentro do estabelecimento. Estou à espera que haja informação sobre o assunto. Nem as próprias entidades responsáveis sabem ainda explicar os critérios a que devem obedecer os sistemas de extracção, em termos de tiragem de fumo. Ainda ninguém certifica nada. O que a Lei diz é apenas que o fumo seja extraído para o exterior. Agora, eu pergunto: Nestas condições, quem vive num primeiro andar e abre a janela de sua casa, vai ter de levar com o fumo todo? Acho que deviam ser mais claros naquilo que entendem por extracção de fumo”.
Maria Adelaide Silvério
O Silver Café, é um dos exemplos onde fumadores e não fumadores, poderão coabitar no mesmo espaço. Aberto ao público desde 2001, segundo a sua proprietária, Maria Adelaide Silvério, já foi equipado com sistema de extração de fumos que garante a boa qualidade do ar. Tem, por isso, 30% da totalidade da sua área destinada aos fumadores. “Quando abrimos, em 2001, já nos foi exigido pela Câmara Municipal de Guimarães, criar este tipo de condições de tiragem de fumos. No nosso estabelecimento nunca houve fumo. Com a criação desta área de fumadores, os clientes entram e cada qual dirige-se para o local que entender.
Temos 30% da área do estabelecimento onde é permitido fumar”. “Para as casas que não têm condições, acho que esta Lei está muito bem. Aliás, acho que isso era um trabalho que devia ser feito pela própria Câmara de Guimarães, na altura do licenciamento dos estabelecimentos. Se não houver condições para extracção de fumos, o tabaco faz muito mal às pessoas. Faz mal a toda a gente que se encontra dentro do estabelecimento. Havendo condições, acho que o fumo não é um problema. Agora, ninguém é obrigado a levar com o fumo dos outros. Por exemplo, eu não sou fumadora mas, não sou contra quem fuma. Um fumador não é nenhum criminoso. Tem é que ter o seu espaço para não incomodar ninguém”. “Na altura (2001), equipei o estabelecimento com aquilo a que me obrigaram. Se chegarem aqui e me disserem que não serve, ficarei toda satisfeita. É sinal que posso fazer algo mais. Posso melhorar. E se tiver de o fazer, não há problema nenhum. É sinal que estou a melhorar as condições do espaço. Satisfaz-me muito saber que posso contribuir para uma melhor saúde dos meus clientes”.
Jazz Bar
Mário Barbosa, proprietário do Jazz Bar
No Jazz Bar também é proibido fumar. Mário Barbosa, proprietário do estabelecimento, tem constatado que tem sido mais complicado lidar com os comentários dos não fumadores do que propriamente com aqueles que fumam e que acabaram por acatar e concordar com a aplicação da nova Lei. “Mais de 90% dos meus clientes não levaram a mal a aplicação da nova Lei. Até acharam a ideia (mesmo os fumadores) positiva. Acho que os fumadores têmse esforçado por cumprir o que a Lei estabelece. Já os não fumadores, por vezes, estão a ser muito malcriados para quem é fumador. Essa tem sido, para mim, a maior dificuldade de gerir. Começam a ouvir este tipo de comentários e acho que se está a transformar o fumador numa pessoa discriminada pela sociedade. Os fumadores pagam para o ser e acho que o comportamento de quem não fuma, não tem sido o mais correcto. Dentro do meu estabelecimento, tirando um ou dois
casos, não tenho tido grandes problemas em resolver um, ou outro, problema que vai surgindo”. “Das vezes que já tive de pedir a alguém para apagar o cigarro, nunca houve resistência em fazê-lo. Nunca ninguém reagiu de forma negativa. São situações que acontecem por hábito. Tomam o seu café e mecanicamente, puxam por um cigarro. Nunca tive necessidade de chamar a autoridade. Acho que, neste caso, os fumadores estão a ser pessoas muito bemeducadas e civilizadas. Acataram uma Lei, que muitos consideram de fascista, por respeito pelas pessoas que não fumam. Por outro lado, também têm consciência que o fumo faz mal às outras pessoas”. “No movimento, ainda não notei grande diferença. A única diferença é que as pessoas, tomam o café ao balcão e depois deslocam-se para a esplanada”. “Só penso em permitir fumar no meu estabelecimento quando me derem garantia total, daquilo que é necessário para o fazer”. “Estou de acordo com a aplicação da nova Lei. A única coisa que pretendo é que alguém informe as pessoas daquilo que têm de fazer para que, o fumador, não passe a ser tratado como um cachorro. Por outro lado, não concordo que a responsabilidade de fazer aplicar a Lei, recaía sobre os proprietários dos estabelecimentos. É uma questão que deveria dizer respeito só às autoridades. Não deviam passar a batata quente para as pessoas que estão atrás do balcão e que já estão a fazer o seu trabalho”.
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taipas p opinião
Concorda com a nova Lei do Tabaco? Lígia Capela - Técnica de Óptica 38 anos - não fumadora Acho bem. Há sítios onde estamos – às vezes até com os nossos filhos - e nos sentimos incomodados ao ponto de termos de nos retirar por não suportar o ambiente de fumo. Concordo totalmente com esta Lei até por uma questão de saúde. Na minha opinião, as pessoas que querem fumar, devem procurar um espaço aberto para o fazerem. Quem quer ir para um sítio onde se possa fumar, acho que o faz por opção. Agora, estar num local e ser obrigada a fumar, porque não tenho alternativa é que acho incorrecto.
Sofia Machado - Estagiária de Agência de Viagens 25 anos - fumadora Sou completamente contra que não se possa fumar em discotecas e bares. Acho que não faz sentido. Noite é sinónimo de diversão e acho que as pessoas deveriam estar à vontade nesse sentido. Agora, restaurantes, cafés (depende do género de estabelecimento) e pastelarias, não vejo inconveniente que se aplique a Lei. Também acho bem que não se possa fumar no local de trabalho. No meu caso, mesmo antes da entrada em vigor da nova Lei, já tinha por hábito fumar fora do local de trabalho.
Martinho Araújo - Comerciante 31 anos - fumador No global, não concordo com esta nova Lei. Nos restaurantes, ainda aceito que não seja permitido fumar. Agora, em locais de diversão como cafés, bares e discotecas, acho que devia ser permitido. Esses estabelecimentos comerciais, em grande parte, sobrevivem com os fumadores. Não faz sentido impedi-los de fumar à vontade nesses espaços.
Bruno Marques - Estudante 16 anos - não fumador Concordo plenamente com a aplicação da nova Lei. Mesmo nos espaços de diversão nocturna, acho que a Lei do Tabaco é bem aplicada. As pessoas têm de se mentalizar que, ao fumar em recintos fechados, estão a prejudicar a saúde dos outros. A mim, não me causa qualquer inconveniente. Mesmo que fumasse acho que a minha opinião seria favorável à aplicação desta nova Lei.
ACIT é procurada para prestar esclarecimentos sobre a Lei A Associação Comercial e Industrial das Taipas (ACIT), tem recebido muitos pedidos de esclarecimento por parte dos seus associados relativamente à nova Lai do Tabaco. Isso mesmo nos que referiu Marco Ribeiro, presidente da ACIT: “deixamos a legislação em todos os estabelecimentos associados, bem como, os dísticos a que ela obriga. Ao mesmo tempo, explicamos, de forma sucinta, o teor da nova Lei”
De acordo com Marco Ribeiro, a ACIT está a aconselhar todos os seus associados a aderir à proibição de fumar até que se esclareça de forma mais clara e definitiva, os critérios técnicos a ter em conta para que se possa permitir fumar dentro da legalidade. Este conselho surge mais como uma medida de prevenção para que os comerciantes não sejam surpreendidos.
CÂNDIDO CAPELA DIAS
Falta de ética Quem, como eu, ouviu a Junta de Freguesia em peso mostrar-se indignada com a postura da Taipas Turitermas por esta ter demonstrado por actos e palavras que não a vê com bons olhos, não pode senão estranhar o comportamento da autarquia na assembleia daquela cooperativa. Foram muitas e graves as acusações, directas ou veladas, arremessadas contra a Turitermas, prosseguindo e ampliando o discurso condenatório transmitido por Constantino Veiga em entrevista ao Reflexo, entrevista essa que foi a causa próxima de crítica violenta por parte da bancada socialista, à qual correspondeu uma resposta igualmente pouco digna da bancada social-democrata. Acusado de ter deslocado o palco dessa disputa azeda para as páginas do jornal, em vez de a fazer no local mais adequado e cara a cara, o presidente da junta, secundado pelos outros dois elementos, defendeu-se alegando falta de oportunidade. Todos perceberam que Constantino Veiga se preparava para na primeira oportunidade expressar à Taipas-Turitermas o muito que lhe vai na alma. Ao deixar tal hipótese no ar, o presidente da junta mais do que responder ao principal argumento do PS fez passar a ideia de estar seguro do que disse, senhor da razão e de ser vítima de um processo de marginalização congeminado pela cooperativa, mas com origem algures. Depois de tudo o que se passou e da certeza de que deu mostra, o presidente da junta nem morto podia faltar ao encontro proporcionado pela primeira assembleia da cooperativa. Ele não podia faltar, mas faltou. Não sei quem aconselhou o Tino nesta sua decisão. Nem sequer sei se ele ouviu a opinião dos seus pares ou se pura e simplesmente decidiu não ir. Mas sei que fez muito mal. Mesmo que esteja agora convencido de ter exagerado na crítica, mesmo que entendesse a sua ausência como a resposta que a Turitermas merecia, era seu dever dizer olhos nos olhos o que fez saber pelas páginas do Reflexo ou disse em local onde aquela não estava presente para o rebater e se defender. Portou-se como um rapazola que atira a pedra e esconde a mão, convencido de ter feito uma grande coisa, quando mais não fez do que uma canalhice. Alguém ficou a rir-se.
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Centro Social apresentou “Cidade com Vida” em Guimarães
Encontro de Reis no pavilhão do CART
“Cidade com Vida - construir comportamento seguros e responsáveis” foi o título dado ao projecto apresentado no final do mês de Janeiro no Multiusos de Guimarães. O projecto foi desenvolvido pelo Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa e baseou-se no Plano Nacional de Segurança Rodoviária. A candidatura ficou seriada em segundo lugar no concurso e a proposta consistia na construção de uma “mini cidade” itenerante e na edição de um livro de banda-desenhada. O Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa (Caldas das Taipas) apresentou nos dias 23 e 24 de Janeiro, no Multiusos de Guimarães os resultados do projecto “Cidade com Vida – Construir Comportamentos Seguros e Responsáveis”, no âmbito do grupo de trabalho da Rede Social de Guimarães, na área da Prevenção e Segurança Rodoviária. O projecto, que foi desenvolvido ao longo do último ano, consistiu no desenvolvimento de várias acções, tendo presente os objectivos do Plano Nacional de Segurança Ro d o v i á r i a . F o i e l a b o r a d a uma candidatura ao concurso promovido pelo Ministério da Administração Interna, através da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. A candidatura foi uma das seleccionadas no concurso, que envolveu um investimento total de cerca de 80,5 mil euros, dos quais 60% de comparticipação estatal. “Cidade com Vida – Construir Comportamentos Seguros e Responsáveis” é composto por três vertentes. A primeira consistiu no concepção de uma “minicidade”, onde as crianças das várias instituições parceiras poderão aprender, à sua escala, algumas regras básicas de comportamento nas ruas de uma cidade. Na “minicidade” será possível simular algumas situações do quotidiano. A pista esteve instalada nos dias 23 e 24 de Janeiro no Multiusos, em Guimarães e por lá passaram as instituições da Rede Social de
Guimarães. Uma segunda vertente do projecto foi o desenvolvimento de um livro de banda desenhada, baseado igualmente nos objectivos do Plano Nacional de Segurança Rodoviária. Cada uma das nove histórias baseou-se num desses objectivos e foi posteriormente escrita pelas crianças das várias instituições, com a ajuda das respectivas educadoras. Entre aqueles objectivos estão segurança dos peões, circulação de veículos de duas rodas, utilização da infraestrutura rodoviária, socorro a vítimas de acidentes, entre outros. O projecto “Cidade com Vida – Construir Comportamentos Seguros e Responsáveis” teve como entidades parceiras a Câmara Municipal de Guimarães, a Universidade do Minho, a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia Municipal de Guimarães. O Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, que coordenou o projecto, contou com outras seis instituições de solidariedade social do concelho: Agrupamento de Escolas Fernando Távora; Centro Infantil de Pevidém; Patronato de S. Sebastião; Centro Paroquial de Moreira de Cónegos; Fraterna; Centro Social de Gondar. No workshop que se realizou no segundo dia e que encerrou a actividade no Multiusos de Guimarães foram apresentadas as actividades desenvolvidas no
projecto (a “mini-cidade” e o livro de banda desenhada). Na sessão de encerramento, os responsáveis pelo projecto explicaram a forma como se desenvolveram cada uma das medidas. A forma como a pista foi concebida foi explicada por Paulo Dumas, que afirmou a importancia de perceber como uma criança apreende o espaço urbano e como é importante ter em conta essa forma particular de percepção na fase de projecto das intervenções de urbanismo. Por sua vez, Vera Fertuzinhos, directora técnica do Centro Social e responsável pelo projecto, apresentou a estrutura do livro “Cidade com Vida”, os nove temas que lhe serviram de base e ainda os respectivos autores. Presentes na sessão estiveram Carlos Remísio, Director do Centro Social; António Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Guimarães e o padre José Antunes do Patronato de S. Sebastião, que apresentou igualmente uma candidatura no âmbito do mesmo concurso. A “mini-cidade” deverá iniciar, numa primeira fase, um périplo pelas várias instituições que integraram o projecto. Está a ser estudada já a hipótese de alargar o projecto a outros concelhos. O livro está para já disponível no Centro Social pelo preço de 7,5 euros.
Realizou-se no passado dia 13 de Janeiro mais um Encontro de Reisadas. O evento decorreu durante a tarde de domingo – um dia pouco convidativo devido ao mau tempo que se fazia sentir. Mesmo assim, foram largas centenas de pessoas que se deslocaram ao pavilhão do CART para assistir às actuações dos vários grupos presentes. As receitas deste evento,
que teve a organização da Fábrica da Igreja, revertiam a favor da construção do Centro Pastoral. O pároco José Agostinho Ribeiro dirigiu-se aos presentes agradecendo o esforço e a comparência dos presentes. Durante o encontro, houve uma venda de rifas cujos prémios foram um cabaz e uma máquina de café.
Sorteio dos Bombeiros
Já são conhecidos os vencedores do habitual Sorteio de Angariação de Fundos realizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas (AHBVT). Os números foram conhecidos no passado dia 21 de Dezembro aquando a realização do sorteio nacional da Lotaria do Natal 2007, realizado na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Entretanto, após conhecidos os felizes contemplados, a AHBVT procedeu à entrega oficial dos respectivos prémios no passado dia 5 de Janeiro em cerimónia oficial organizada para o efeito. José António Freitas Ribeiro, de Santa Maria de Souto, foi
quem levou para casa o primeiro prémio, com o número 29373. Um automóvel, Renault Twingo. O segundo prémio (nº 55716), um computador portátil, foi para um morador em Santa Eufémia de Prazins. Um leitor de DVD portátil, foi o que saiu em sorte à empresa “Vieira & Machado, Jóias, Lda”, no sorteio do terceiro prémio (nº 30607). Este sorteio, realizado todos os anos pelos soldados da paz das Taipas, é uma das mais significativas receitas daquela corporação para fazer face ao orçamento anual de que dispõem.
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Elisabete Matos traída pelo ar condicionado
opinião
taipas p MANUEL RIBEIRO
Aos pactos castradores
O regresso à cidade dos arcebispos não correu como o desejado. O ar condicionado atraiçoou uma noite que deveria ter ficado na memória de muitos amantes da música clássica presentes no Theatro Circo, em Braga. Alguns taipenses que, pela primeira vez, foram assistir a um espectáculo da soprano, não esconderam um certo desalento pelo sucedido. O Concerto de Reis da noite de 5 de Janeiro estava rodeado de uma certa expectativa. Elisabete Matos estudou no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, já com uma carreira sólida e reconhecida no estrangeiro actuou em 2005, pela primeira vez em Braga. Agora vinha actuar na sala mais emblemática da cidade e contava com a Orquestra do Algarve, sob a direcção do Maestro Cesário Costa. Num contacto estabelecido com Elisabete Matos esta explicou,
mais uma vez, o sucedido. “Sabia que estava muita gente à espera de me ouvir e sabia que alguns dos presentes eram meus amigos e conhecidos das Taipas. Fui traída pelo ar condicionado. Talvez por falta de experiência dos responsáveis do Theatro, foi ligado o ar condicionado no momento errado. Quando me apercebi como estava a ficar a minha voz não pude fazer nada. Se um cantor está doente pode ser medicado e tentar ultrapassar o problema. Naquela noite já não era possível fazer mais nada, não podia continuar. Pelo muito respeito que tenho por todas as pessoas presentes nos locais onde actuo, não posso defraudar ninguém. Por isso, com muita tristeza minha, não pude continuar nessa noite”. Algumas pessoas também estranharam o facto de não ter sido a Elisabete Matos a dar conta da ocorrência. Neste ponto a cantora afirma que nestas circunstâncias
existem normas que são sempre seguidas. “Quando uma situação deste género ocorre, cabe ao Director Artístico do espectáculo transmitir o que se está a passar e foi o que aconteceu.” Apesar deste percalço, Elisabete Matos avançou que estão a ser estabelecidos contactos com o Theatro Circo para se encontrar uma nova data, para um novo espectáculo. “As pessoas compreenderam a situação criada e propuseram-me um novo concerto para o final do ano. Por questões de agenda, tudo aponta para que o meu regresso se verifique durante o mês de Outubro. Nessa altura, espero que tudo seja perfeito.”
Política: palavra que radica no grego “PÓLIS” e seria a arte de bem administrar a cidade. Os gregos, no período de Péricles, pelo menos no séc. V A.C., tinham a cidade/estado. A “polis” era o estado. A política era a administração do estado. A política entendida como a arte, o saber, de bem administrar o estado, aqui já entra o latim, a “res publica”, a coisa pública, era uma arte considerada e prestigiada. Foi neste período, desde o séc. IIIV antes de Cristo até à era cristã, que floresceram os filósofos gregos. A filosofia é tanta mais rica quanto mais liberdade têm os pensadores de reflectir sobre a politica, a sociedade, a administração e, na mesma relação directa, tanto mais quanto os destinatários da reflexão, do questionamento, se mostrem abertos à mudança. A administração do estado tem que ser entendida como uma dialéctica constante; isto é, uma “luta” de ideias que potencie a reflexão, a criatividade e o questionamento permanente. Como é sabido, os dois principais, partidos portugueses, em votação eleitoral já fizeram alguns pactos declarados e outros que se mantêm latentes: o da extinção dos partidos pequenos que não demonstrem ter, pelo menos, 5.000 militantes; o pacto para a justiça sobre a nova organização judiciária, foram os que vieram a público. Outros, como o de haver mudanças nas cadeiras das empresas públicas, em situação de alternativa, é outro que não escrito, existe “de facto”. A existência de pactos dos dois maiores partidos é castrador da actividade politica, livre, democrática e pluralista. A máxima socrática, estou a falar de Sócrates, filósofo grego, não o Sr. Eng. José Sócrates que é bem mais conhecido cá na cidade estado, Portugal, - só sei que nada sei – está cada vez mais actual. As transformações sociais, politicas e económicas operam-se de forma cada dia mais rápida. Uma verdade absoluta hoje já não o é amanhã. Veja-se o caso do aeroporto, da OTA para Alcochete; o caso da nova constituição europeia a que deram o nome de “tratado de Lisboa”; o caso das portagens na SCUTS. Cada vez mais, para a política, as verdades, as opções, são circunstanciais no tempo, no espaço e envolvente sócio-económica. Até pelas más razões, enunciadas no parágrafo anterior, os pactos são prejudiciais. São rígidos e a sua eventual aplicação, quando tarda, já não responde às circunstâncias supervenientes. A administração do estado deve ser um espaço aberto de discussão e de reflexão e não um campo de concentração de ideias e opções consumadas.
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taipas p opinião
JOSÉ LUÍS OLIVEIRA jluisoliveira@clix.pt
Banda das Taipas com registo histórico em DVD
Olha para o que eu digo, não para o que eu faço Cumpridos mais de dois anos de mandato do actual executivo da freguesia de Caldelas, apareceram os naturais balanços, nos órgãos autárquicos, na imprensa e na blogosfera. Constata-se que com o novo poder autárquico local, os apregoados desenvolvimento e crescimento da freguesia e da vila saíram gorados. É praticamente unânime (salvo para alguns indefectíveis sociais democratas e alguns resistentes seguidores do Arq. Constantino Veiga) que a vila parou e que as promessas feitas em campanha eleitoral não estão a ser cumpridas. A Junta de Freguesia, ciente deste fracasso, e à falta de capacidade para inverter o cenário, tem acusado a Câmara Municipal de Guimarães e o seu presidente de serem os principais responsáveis pelo não cumprimento daquelas promessas eleitorais. Não me vou pronunciar sobre a questão de saber quem atirou a primeira pedra – leia-se calhau; mas uma coisa é inegável: as relações entre a Junta de Freguesia de Caldelas e a Câmara nunca foram tão más. Mas, voltando ao assunto das promessas eleitorais, importa salientar dois pontos que contradizem e descredibilizam esta Junta e lhe retiram legitimidade para formular tais acusações. O primeiro ponto prende-se com o facto de este executivo não estar a cumprir uma série de promessas eleitorais feitas que em nada se relacionam com o Município e que não necessitam do apoio deste. Lendo o programa eleitoral, são exemplos disso: o atendimento nocturno na sede da Junta; a promoção de campanhas de sensibilização e educação ambiental; a promoção de parques infantis em zonas habitacionais; a promoção de iniciativas do género “Caldas das Taipas saudável”, através de campanhas de educação para a saúde e de prevenção da toxicodependência; promoção de espaços e programas de ocupação de tempos livres para os jovens; estimular a produção literária e artística da vila; e a criação da marca de qualidade de cutelarias na vila, entre outras. A par disso, recordo as palavras do actual Presidente da Junta, no debate eleitoral promovido por este Jornal, quando afirmou que “a nossa candidatura apresenta projectos para fazer. Porque são coisas que, a priori, não vamos pedir dinheiro à Câmara Municipal”, fim de citação. Ora, perante isto como se pode acusar a Câmara e o seu presidente de serem os responsáveis pelo não cumprimento das promessas eleitorais? O segundo ponto é de natureza económico-financeira. Este executivo, desde a sua eleição e de ano para ano, tem apresentado sucessivos orçamentos em que as despesas correntes não param de aumentar e, pelo contrário, as despesas de capital ou investimento decrescem de orçamento para orçamento, contrariando todas as regras e boas práticas de gestão. Ou seja, gasta-se cada vez mais dinheiro em pagamento de despesas do diaa-dia, de pessoal, de avençados, de consultores e de outros colaboradores com vínculos mais ou menos precários, muitos deles dispensáveis, sem nunca se perceber que frutos daí são colhidos; dinheiro esse que se retira das rubricas para obras e investimentos que a vila tanto precisa. Com tão má gestão não é possível fazer obras e investimentos, porque o dinheiro, entretanto, já se gastou. Ora, perante isto como se pode acusar a Câmara e o seu presidente de serem os responsáveis pelo não cumprimento das promessas eleitorais? Com esta atitude, e para que não perca as eleições autárquicas que depressa se aproximam, o actual executivo terá de continuar a adoptar a postura do “olhem para o que a Junta diz e não para o que faz” e contar com a muito boa vontade e alguma ingenuidade dos eleitores… veremos o que acontecerá…
Escuteiros das Taipas em processo eleitoral Estiveram marcadas para o passado dia 26 de Janeiro as eleições para a Direcção do Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas das Taipas. As mesmas acabaram por não se realizar e o acto eleitoral foi adiado para o próximo mês de Junho. O principal motivo deste adiamento está relacionado com o facto de não ter aparecido qualquer lista candidata. Ernesto Martinho, Chefe de Agrupamento há quase 20 anos (completa em Junho) vai, assim, continuar em funções até essa altura. Neste período de tempo vai ainda reflectir sobre a possibilidade de dar continuidade ao seu trabalho como Chefe de Agrupamento e, em Junho, voltar a candidatar-se ao Cargo. Ao que nos referiu, os restantes dirigentes já o abordaram nesse sentido e não coloca de parte essa possibilidade.
Na foto da esquerda, do lado direito, Francisco Martinho em 1967. Na foto da direita, Ezequiel Freitas em 1961, na Pensão Vilas.
Duma “conversa de café” entre Ezequiel Ferreira (65 anos, no activo na Banda das Taipas há 53 anos) e Francisco Martinho (52 anos, começou com 12 anos na Banda das Taipas onde permaneceu durante 16), ambos com uma carreira musical de muitos e longos anos, terá surgido a ideia que agora é colocada em prática. Há cerca de dois meses a esta parte, em amena cavaqueira, ambos relembravam pessoas e tempos idos. Conversavam, inevitavelmente, nos diversos concursos em que a Banda Musical das Taipas, onde os dois eram elementos activos, participou ao longo das últimas décadas. Foi então que Ezequiel Freitas socorrendose da sua memória, trouxe à conversa uma cassete de vídeo com imagens gravadas (que ele próprio nunca tinha visionado) de um desses concursos, realizado na RTP, em 1982 e que um seu colega vimaranense lhe oferecera. Daí surgiu a ideia conjunta de tentaram converter a antiquada fita magnética (de formato anterior ao ainda existente VHS) em DVD. Com a colaboração de uma empresa especializada na matéria, gravaram cerca de 35 DVD’s para distribuir pelos músicos que, naquela altura, integravam a Banda das Taipas. Para além de uma recordação com 26 anos, com este trabalho, os seus mentores pretendem também e como nos referiram, “prestar um tributo, uma singela homenagem, a um homem que deu muito de si à Banda Musical das Taipas – o Maestro Ilídio Lopes de Matos”. Para os promotores desta iniciativa, “o Maestro Ilídio Lopes de Matos, sem querermos ferir susceptibilidades
de ninguém, foi a nossa referência musical naquela época. Há muitas pessoas que afirmam mesmo que, os anos em que Ilídio Matos dirigiu a banda, foram os anos de ouro da colectividade. Há ainda hoje, muitos e bons músicos que lhe «devem» grande parte do que aprenderam e do que são, como executantes. Para os meios que existiam nessa altura, o Prof. Ilídio Matos, desenvolveu um trabalho excepcional e reconhecido por muitos”. O trabalho produzido, como acima damos conta, trata-se da gravação integral do programa “Sol de Verão” que a RTP exibia em 1982. Apresentado pelo já falecido Fernando Pessa, para além da Banda Musical das Taipas, participaram no programa, a Banda Musical de Fanhões, diversos grupos de música popular e ranchos folclóricos. Trata-se duma gravação que, contrariamente a outras tantas que se vão perdendo no tempo e consequentemente da memória das pessoas, passados 26 anos ainda se mantém praticamente intacta e que o seu legitimo proprietário quis tornar pública em memória da Banda Musical das Taipas e dos seu maestro, entretanto falecido, Ilídio Lopes de Matos. Os interessados (músicos dessa altura e outros aficionados da música) em obter uma cópia deste DVD poderão contactar directamente com Francisco Martinho, para o telefone 936 038 273. São imagens que vale a pena serem revistas. Quanto mais não seja, pela forma descontraída, animada e simpática que Fernando Pessa empregava na condução do Programa. Quem não se lembra: “E esta, hein?”.
Jardins-de-Infância e 1.º ciclo com inscrições abertas para o ano lectivo 2008/2009 As inscrições para os Jardins-de-Infancia do Agrupamento Vertical de Escolas de Caldas Taipas, para o próximo ano lectivo de 2008/2009, encontram-se abertas até ao próximo dia 15 de Janeiro. Os encarregados de educação deverão apresentar a cédula ou Bilhete de Identidade
do educando, um atestado de residência, uma declaração de trabalho validada pela respectiva entidade patronal, uma declaração médica, o boletim de vacinas e cartão de utente do educando e ainda o cartão da Segurança Social.
Jardins-de-infância do Agrupamento de Escolas das Taipas Agrolongo - Sande (S. Lourenço) Assento - Sande (S. Clemente) Charneca - Caldas das Taipas Cruzes - Balazar
Igreja – Sande (S. Martinho) Sande (S. Martinho) Passal - Longos (Santa Cristina) Vieite – Sande (S. Clemente)
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Ponte
Alunos da EB 2,3 escolhem medidas a apresentar no “Parlamento dos Jovens”
opinião
à volta CASIMIRO SILVA
http://casimirosilva.blogspot.com
viagem pela cultura minhota A urgência em impregnar o espaço em branco do monitor levanos a escrever no local onde, nem tão pouco, admitimos – “era o que faltava ir, agora, para Braga escrever coisas sobre Guimarães”! Mas é tão bom quebrar regras! E dizer, a partir de uma mesa de café (sem tabaco – que sossego!) de Braga que a vida cultural das duas principais cidades minhotas se faz de ilusões, também é quebrar regras. Não para ocupar espaços brancos de um jornal, mas para confirmar (com palavras nascidas do outro lado) que os minhotos que vivem em Braga e em Guimarães são uns convencidos, uns narcisos e uns todo-poderosos donos do absoluto exagero. Os minhotos que vivem em Braga dizem que a programação cultural da sua cidade é “assim uma coisa à espécie de”, os de Guimarães dizem que a da cidade-berço não presta. Os outros dizem que os minhotos (bracarenses e vimaranenses) falam de “barriga cheia”. Porque as duas cidades, à sua maneira, têm uma programação cultural mais ou menos completa, mais ou menos eclética, mais ou menos em sintonia com o gosto dos (seus) consumidores. Os outros, os que sabem olhar para a novidade, dizem: o Teatro Circo, em Braga programa, faz, mostra e exibe a imagem do seu programador. E, nessa linha, a programação cultural bracarense é coerente. Mas candidata a salas vazias (tratando-se de programações líricas – ou de espectáculos mais líricos) e sem possibilidades de terminarem. O Centro Cultural Vila Flor programa, faz, mostra e exibe a imagem dos seus programadores. E, nessa linha, a programação vimaranense é coerente. Umas vezes tem sala cheia, outras vezes nem tanto. Mas não se conhecem casos de anulação de espectáculos. Líricos ou não. E, depois, apesar de (dizerem) haver – menos do que no Teatro Circo – música, teatro, dança ou ballet ou ópera, é uma programação coerente na sua harmonia. É claro que, quer os Festivais de Gil Vicente, quer o Guimarães Jazz, pesam pouco quando comparados com o ecletismo bracarense! Mas isso não interessa. Em Braga, há no café de onde sai esta “viagem pela cultura minhota”, dois jornais bracarenses na mesa. Que, estúpidos!, a interromperem o raciocínio para mostrar unanimidade: em Braga faz-se. Em Braga cria-se. Em Braga há. Mas o SMS do director avisa que o texto está atrasado! O texto só termina em casa. Antes dos últimos retoques no e-mail. Fica a última ideia desta viagem: Braga tem dois jornais e Guimarães cinco (mais dois). Portanto, pelo menos, nos jornais Guimarães ganha a Braga. Como estamos iludidos! Os de Braga sabem olhar para a sua terra, os de Guimarães nem sabem que a programação cultural de Vila Flor é muito mais eclética que a do Teatro Circo.
Os alunos da escola EB 2,3 Arqueólogo Mário Cardoso reuniram no início da semana para eleger as medidas que farão parte do seu programa assim como os deputados que representarão a escola na sessão distrital. Texto Paulo Dumas
Realizou-se no dia 14 de Janeiro, na Escola Arqueólogo Mário Cardoso, em Ponte, a Sessão Escolar no âmbito do concurso Parlamento dos Jovens. Nesta sessão foram apresentados os programas das várias listas e foram eleitas as medidas que integrarão o projecto a apresentar por aquela escola. Os “deputados” que deverão representar a escola de Ponte na sessão distrital, foram igualmente eleitos nesta sessão. As medidas apresentadas pelas seis listas enquadravam-se todas no tema central do concurso deste ano – “Energias alternativas e preservação do ambiente”.
Algumas propostas tiveram que ser defendidas pelos respectivos proponentes. As que reuniram o consenso alargado da “assembleia” diziam respeito ao aproveitamento da costa marítima para a instalação de aerogeradores, aproveitando a energia eólica. Outra medida que reuniu consenso foi a instalação, nas Estações de Tratamento de Águas Residuais, de mecanismos de aproveitamento energético para a alimentação da própria estação. Uma terceira medida propõe a criação de uma empresa, pública ou privada de produção de energia eléctrica “verde”. Presente nesta sessão esteve
a deputada socialista Isabel Coutinho que regressou desta forma a uma sala de aula após ter largado a carreira docente há dez anos. Isabel Coutinho ficou impressionada com a determinação dos alunos da escola de Ponte e ofereceu-se para abrir as portas da Assembleia da República aos alunos, independentemente do resultado do concurso. “Temos futuro” – disse a deputada. “Numa altura em que o país travessa um período difícil é fantástico ver como é que estes jovens defendem o seu país e as suas convicções”.
Felizmente o Minho une. E deixa que os textos possam ser construídos do outro lado. Melhor: apesar das diferenças de acção e mentalidade que certas mentalidades querem fazer reinar em cada uma das principais cidades minhotas, há denominadores comuns que aproximam. E há, felizmente!, subsidiariedade. Em Guimarães, é a programação cultural. Mesmo que os jornais vimaranenses o ignorem. Até nisso este princípio fundamental do desenvolvimento é eclético: os jornais bracarenses olham mais para as suas coisas.
Barco Grupo Cultural e Recreativo aprova Plano de Actividades para 2008
A Assembleia Geral do Grupo Cultural e Recreativo de Barco (GCRB) aprovou no passado dia 1 de Fevereiro, em Assembleia Geral convocada para o efeito, o seu Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2008. Na mesma reunião procedeu-se à substituição dos secretários da Direcção e da Mesa da Assembleia Geral, bem como, à discussão e votação do Relatório de Contas referente a 2007.
na rede O site do Programa Parlamento Jovem
http://www.parlamento.pt/webjovem2008/basico/index.html
José Miranda presidente da Direcção GCRB
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à volta
Briteiros (S. Salvador)
Carro movido a óleo vegetal circulou na EB 2,3 de Briteiros
A escola EB 2,3 de Briteiros apresentou algumas actividades relacionadas com o Programa Comenius, de âmbito europeu, das quais fez parte um teste de um automóvel movido a óleo vegetal usado. O Programa Comenius, de âmbito europeu, visa a promoção da aprendizagem ao longo da vida. O tema do projecto apresentado pela escola de Briteiros está relacionado com as questões ambientais, sendo que, nesta actividade em particular, as energias alternativas estiveram no centro das atenções. Segundo os professores Adriana Resende e Vítor Martins, a ideia foi trazer à escola questões que não faziam parte dos conhecimentos dos alunos. A avaliação de conhecimentos foi efectuada a partir de um inquérito dos alunos, que revelou um desconhecimento geral pela população escolar desta forma de aproveitamento energético, que é uma forma de minimizar a contaminação dos lençóis freáticos e das águas. A mensagem que os alunos aprenderam a passar dizia que uma gota de óleo evita a poluição
de 25 litros de água. Os alunos participaram activamente na experiênci a recolhendo os óleos usados de casa. O óleo foi posteriormente filtrado e utilizado no carro, que esteve exposto na escola e que foi disponibilizado por uma empresa da Póvoa de Lanhoso – a LandProject, que se associou desta forma ao projecto. Esta tecnologia, embora pouco conhecida, já está disponível no mercado, lembra o professor Vítor Martins, que lecciona Matemática e Ciências naquela escola. O kit de adaptação custa cerca de 600 euros e este investimento é rapidamente amortizado, devido ao elevado preço dos combustíveis. A grande preocupação dos alunos foi verificar não só se o carro andava, mas também se a performance do carro era a mesma do que quando movido a gasolina, o que foi comprovado. Aliás, os consumos chegam a ser inferiores. O mais estranho foi o cheiro a fritos que é libertado pelo carro. O projecto apresentado durante o ano de 2007 foi aprovado já no final do ano. Para além da escola de Briteiros, o projecto contou com a
participação de mais duas escolas: uma de Ipswich, na Inglaterra; e uma outra de Rostanga na Suécia. Um dos objectivos do projecto é a traça de experiências entre as escolas no espaço europeu. O projecto Comenius faz parte do conjunto de programas direccionados para a educação. Neste conjunto o programa Erasmus será o mais popular. Estes programas procuram a troca de experiências e culturas, com o intuito de fomentar a personalidade individual da população em idade escolar, assim como as competências e habilidades. De forma mais transversal estes programas têm o objectivo de cultivar a cidadania europeia, através da troca de conhecimentos entre os vários países do espaço comunitário. No âmbito do mesmo projecto a desenvolver pela escola EB 2,3 de Briteiros está a ser equacionada a possibilidade de construir um forno que funcionará a partir do aproveitamento da energia solar. As actividades do projecto poderão ser acompanhadas no site http:// ecolearn.googlepages.com, ainda em construção. Paulo Dumas
Sande (S. Martinho)
Concertos de regresso ao N101
Depois de ter estado encerrado e de ter beneficiado de algumas obras que adaptaram melhor o espaço para receber concertos, o N101 prepara-se para continuar a receber concertos nos próximos fins-de-semana. A reabertura do espaço contou com o concerto de Slimmy, repetente neste palco. Depois de ter lançado o álbum “Beatsound Loverboy”, Slimmy tem-se multiplicado em concertos por todo o país. Para o mês de Fevereiro a agenda já se encontra preenchida. A abrir, no dia 2 de Fevereiro, estreiam-se no N101 os famalicenses Submarine, ainda no rescaldo do lançamento do álbum “The Next Album”. No fim-de-semana seguinte, outra estreia neste espaço, os Delta Works apresentam-se pela
primeira vez num concerto em nome próprio. Esta banda, de aparições esporádicas, tem tocado em cartazes partilhados com outras bandas, o último dos quais, no Barco Rock Fest’07. Está será, portanto, uma dupla estreia para a banda taipense. De Barcelos chegam os Back Bombaim, no dia 15 de Fevereiro e a fechar o mês o jazz volta a instalar-se no N101 com o JAM de Pedro Cravinho. Desta vez o músico apresenta-se num formato diferente. A ideia será um concerto didáctico, apostando na interactividade com o público, que poderá fazer questões sobre determinado tema. Por outro lado, Pedro Cravinho explicará alguns aspectos da composições que irá tocar, num estilo encarado por vezes como demasiado fechado sobre si mesmo.
agenda de concertos 02 08 15 22
de de de de
Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro
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Submarine Delta Works Black Bombaim Pedro Cravinho
na rede Blog do N101
http://rockn101.blogspot.com
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entrevista
Marco Ribeiro Presidente da ACIT
“Não é com questões político-partidárias que se leva uma associação para a frente frente” ” Marco Ribeiro, 32 anos, economista, assumiu há um ano a presidencia da Direcção da Associação Comercial e Industrial das Taipas - a ACIT. Neste ano, a associação concentrou-se em mostrar trabalho, com a organização de eventos regulares, envolvendo os comerciantes, os industriais e ainda algumas colectividades da vila. A ACIT ganhou visibilidade. Nesta entrevista, Marco Ribeiro, mostra-se confiante no futura da associação. Explica a apoista estratégica no kiwi e lanças as pista sobre qual será o caminho a seguir pelo comércio local, para fazer face aos desafios futuros. Entrevista conduzida por Alfredo Oliveira e Manuel António Silva, Fotos Paulo Dumas
Passado um ano da constituição da ACIT, falou-se muito no papel da junta de freguesia e gerou-se alguma polémica à volta da sua criação. Qual foi afinal o papel da Junta de Freguesia? Um dos principais culpados desta ideia, provavelmente, fui eu. Era um assunto que já vinha sendo falado há muito. Já no tempo do Eng. Carlos Remísio como presidente da Junta, em conversas informais, eu ia referindo que era importante que se criasse algo que unisse as pessoas. Essa ideia continuou com o novo presidente de Junta e fomos continuando a conversar. O primeiro passo foi dado pela Junta apenas no agendamento de uma primeira reunião para abordar o assunto, a 30 de Novembro de 2006. A partir dessa altura, não houve qualquer intervenção da Junta. A única participação foi apenas a marcação dessa reunião com os eventuais interessados em participar numa associação comercial e industrial. Mas a discussão à volta do assunto prolongou-se durante muito tempo… Isso não foi despoletado por nós. Sempre tentamos separar as águas. Não temos qualquer ambição política. Isso poderá ter prejudicado o arranque da ACIT, nomeadamente nas relações institucionais com a Câmara Municipal de Guimarães? O nosso primeiro contacto oficial com a Câmara foi precisamente para explicarmos o que esteve na origem da criação da ACIT. Falamos com o Dr. António Magalhães e deixamos bem claro que os motivos que nos levaram a avançar com esta iniciativa foi a promoção das Taipas, do seu comércio e produtos. Nada mais que isso.
No entanto, de uma forma pensada, ou não, a Junta não terá tentado tirar dividendos políticos da situação? É natural. Mas sempre tentamos afastar o que ia passando ao nosso lado. Sabemos porquê, para que é que nascemos e quais não os nossos fins. Não temos nada com a política. Como é que a ACIT sentiu, na altura, essas pressões políticas? Por ventura até foi bom terem acontecido. Acabou por nos dar mais força no sentido em que reforçou a ideia de que não deveríamos seguir o caminho da política. Acabou nos unir mais e por nos mostrar aquilo que não deveríamos fazer. Isso é que é importante. Não é com questões políticopartidárias que se leva uma associação para a frente. Não é esse o nosso fim. Não é para isso que a ACIT existe e assim vai continuar. Passado um ano, as questões políticas estão ultrapassadas? Acho que sim. Desde o início que tentamos afastar essas questões. Foi sempre uma das nossas preocupações nunca reagir a provocações, nomeadamente da ACIG. Lembro-me que na altura, a ACIT foi apelidada, pelo Sr. Luciano Baltar, entre outras coisas, como sendo uma aberração e uma das rádios vimaranenses tentou que eu esboçasse um comentário à situação. Não o fiz. Não tinha nada que o fazer. Aquilo deve ter sido um desabafo a quente do presidente da ACIT. Não o fiz também por respeito para com os associados da ACIG. São associados como os nossos, com as mesmas preocupações e anseios e não merecem ser maltratados. Não tenho nada que hostilizar uma associação que é centenária e que nos merece todo o respeito. Aliás, como o já referi muitas
vezes, entendo que as duas têm condições para trabalhar em conjunto e ajudar a desenvolver o comércio no concelho de Guimarães. Nós estamos a dar força a uma associação empresarial. Até aqui haviam 40 associados (da ACIG) e agora são 300 (da ACIT). Ou seja: são 260 empresas que até aqui não estavam com ninguém. São opiniões de quem as promoveu. Não nascemos contra ninguém. Mas percebi perfeitamente as reacções. Como é que interpreta o facto da AGIG, a partir do momento da constituição da ACIT, ter revelado uma maior preocupação em trazer às Taipas algumas iniciativas de promoção do comércio? Coincidência não me parece ter sido dado que, este ano, essas iniciativas já não vieram para as Taipas. Julgo ter sido uma intenção de combater a ACIT. Do meu ponto de vista, até não era mau que continuassem a deslocar iniciativas para cá. Era sinal de que os nossos comerciantes passavam a ter duas oportunidades de ter mais clientes nos seus espaços comerciais. Portanto, venham eles. Foi o que sempre defendi. Qual seria a preocupação da ACIG com a criação da ACIT? Será que o peso dos comerciantes das Taipas era assim tão grande naquela instituição? Penso que não. Pelo que sabemos, eram apenas 40 associados desta zona. Não acredito que eram esses 40 associados que lhes fariam falta. Acredito é que, por trás disso, também esteve alguma motivação política. Tentar apagar algum incêndio ou algum puxão de orelhas que tenham levado do outro lado.
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fevereiro de 2008 |reflexo
entrevista
“Quer queiramos, quer não, a ACIG não fez um bom trabalho. Por isso mesmo é que sentimos necessidade de criar uma associação deste género nas Taipas.” Que outro lado? Da própria cidade e de quem olha e é responsável pelo município. Quer queiramos, quer não, a ACIG não fez um bom trabalho. Por isso mesmo é que sentimos necessidade de criar uma associação deste género nas Taipas. No entanto, não nascemos contra ninguém. Se a ACIG fosse uma associação assim tão forte, provavelmente, não teríamos o caminho tão aberto como tivemos e nem sequer fazia sentido fazê-lo. Nós estávamos completamente abandonados e hoje em dia já se vê fazer alguma coisa.
Por isso, as expectativas foram superadas. Tínhamos ideia de que poderíamos contar com cerca de 150 associados para o arranque da associação. Uns meses mais tarde, já tínhamos ultrapassado esse número com os tais cerca de 300 associados. Pagantes, note-se. Com as cotas em dia. Ninguém paga as suas cotas se não se sentir satisfeito ou, se não acreditar no trabalho que se está a realizar. Acho que é muito bom. Nunca pensei chegar a este número passado um ano. É o melhor prémio que podemos ter.
Passado um ano, como é que estão as relações com a ACIG? Nem sequer há relacionamento. Desde que nascemos, tivemos como objectivo justificar àqueles que acreditaram em nós que valíamos a pena. Não nos íamos preocupar com os outros. Nunca tivemos contactos oficiais com a ACIG o que não quer dizer que não possam vir a acontecer. Neste momento, temos coisas mais importantes para fazer. Temos é que justificar às pessoas que acreditaram em nós, porque é que existimos.
Que vantagens traz o associativismo da área comercial e industrial? Estamos a viver tempos alarmantes, tanto para a economia como para o sector do comércio e da indústria e turismo. Estão previstas novas superfícies e novos desafios. Mais uma vez teremos que navegar e chegar a bom porto. Para isso temos que fixar objectivos, descobrir as nossas mais valias e unir esforços e olhar o futuro com optimismo. Devemos essencialmente apostar na formação, potenciar os nossos serviços, e adequar o produto e a qualidade da nossa oferta aos nossos clientes.
E a receptividade dos comerciantes taipenses? Foi muito boa. Acima das nossas próprias expectativas iniciais. Na altura, realizamos um trabalho de prospecção que nos referia um total de cerca de 380 lojas de comércio, só nas Taipas. Na zona geográfica de intervenção do Centro de Saúde das Taipas, que é a que utilizamos por base para o nosso trabalho, estimamos cerca de 1600 empresas sedeadas.
Como é que a ACIT pode ajudar ao desenvolvimento desta região? Há algum caminho traçado? Neste primeiro ano tentámos, essencialmente, realizar eventos. No próximo, vamos apostar na formação. Nesse sentido, já realizamos uma série de protocolos com outras instituições de onde destacamos o mais recente, com o Centro de Novas Oportunidades (CNO) da Escola Secundária
das Taipas. Acho que se conjugarmos as duas situações, eventos e formação e se conseguirmos criar movimento de pessoas à nossa volta, é uma questão de depois sabermos cativar e fidelizar os nossos clientes. Hoje em dia, qualquer área empresarial necessita de formação e esse também é um trabalho que a ACIT vai ter de desenvolver. Em que consiste especificamente esse protocolo com o Centro de Novas Oportunidades? Consiste essencialmente em perspectivar uma oportunidade aos nossos comerciantes e industriais, assim como aos respectivos empregados. Sabemos que menos de 50% da mão-de-obra tem qualificações inferiores ao 9.º ano. Hoje, é necessário ter conhecimentos ao nível da informática e as as tecnologias da Internet. Elaboramos uma sondagem que revelou que quase oitenta por cento dos nossos associados dizem querer desenvolver capacidades ao nível da informática. Este protocolo é uma janela que temos para poder criar condições para que possamos oferecer formação aos nossos sócios. Inclusivamente está previsto que se criem formações específicas, caso haja interessados em número suficiente. O comércio local poderá ser o motor de desenvolvimento das Taipas e das freguesias vizinhas? Tem que ser. O comércio local terá que assumir a sua parte, os comerciantes não se podem abstrair do que se passa à sua volta.
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reflexo | fevereiro de 2008
entrevista
“A ACIT tem o poder de falar a uma só voz, representando cerca de trezentos associados, que é diferente de cada falar por si.” O que poderá distinguir o nosso comércio do de outras áreas para chamar mais clientes para a região? Taipas tem um conjunto de argumentos naturais que devem ser aproveitados. Para além de esta região ter cerca de 50 mil habitantes que vem cá fazer compras, se nos basearmos na área de cobertura dos Bombeiros, que conflui na vila das Taipas. Essas pessoas habituaram-se a vir cá e nós temos que criar condições para que continuem a fazê-lo. As pessoas com mais idade normalmente vinham às Taipas não só fazer compras, vinham ao médico, centro de saúde e acabavam por fazer aqui as suas compras. Hoje, com novas facilidades ao nível da mobilidade, as pessoas começam a perder as suas raízes e passam a ir a Guimarães ou a Braga, que são pólos muito mais fortes. Nós temos que nos mexer para justificar que ainda estamos cá. Quais são as principais debilidades que existem ao nível do comércio? Existem problemas de oferta nas lojas, que nem sempre se ajustam à procura. Existem muitas debilidades que têm de ser colmatadas e só através de uma associação forte, com um caminho traçado é que se conseguirá dar um salto qualitativo. Existem outras debilidades ao nível do estacionamento, por exemplo. O trabalho da associação, pode ser muito bonito e pode aparecer em todos os sítios, mas o verdadeiro trabalho da ACIT virá nos próximos anos, que é o de justificar a sua criação. O primeiro ano foi fácil. Daqui em diante temos que concretizar os objectivos da associação, para além de lhe dar visibilidade. Mais uma vez, entendo que a importância da formação dos comerciantes pode contribuir para dar o salto que precisamos. Isto além de todos os eventos que possamos agendar. Só assim é que daqui a uns anos poderemos ter um comércio mais vitalizado e mais interessante. Assistimos hoje em dia praticamente ao abandono de muitas lojas. Outras com letreiro a dizer “Passa-se” com um ano ou mais. Sendo o estacionamento um problema urbanístico, que papel poderá ter a ACIT no processo de reconversão urbanística do centro da vila? Nesse processo a ACIT pode e deve dar um contributo importante de uma forma construtiva. Temos agora o exemplo do aeroporto de Lisboa, em que a associação industrial acabou por dar um contributo decisivo. Entende que a ACIT tem capacidade para avançar com um processo desse género? Perfeitamente, embora tal não esteja nossos horizontes mais imediatos, mas se for um objectivo premente, que já é continuará a sê-lo, a ACIT poderá ter também essa função. As pessoas cada vez mais estão atentas à qualidade do espaço público o que é fundamental para o sucesso do comércio local. Houve já diversas trocas de impressões, embora a título informal, da ACIT com a Junta de Freguesia nesse sentido.
Que poder e que meios poderá ter a ACIT para inverter estas situações? Tem o poder de falar a uma só voz, representando cerca de trezentos associados, que é diferente de cada falar por si. Tivemos o caso da falta de segurança na vila em que conseguimos juntar a preocupação de vários associados e, em conjunto, encontramos uma solução para o problema. Hoje temos voz que pode tocar em todo o tipo de assuntos que tenham a ver com os objectivos da associação e com os fins para a qual foi criada. No caso da falta de segurança a ACIT avançou com a solução de recorrer a segurança privada. Como é que está a funcionar no terreno? Temos uma empresa privada de segurança que faz vigilância nocturna. Houve vinte associados que aderiram à ideia. Conseguimos negociar um preço único que depois foi dividido pelos vários comerciantes que aderiram. O caminho será esse: encontrar soluções privadas para problemas públicos? Não, mas é sempre uma complementaridade. Das duas uma: ou fazíamos barulho e íamos para a ponte queimar pneus ou procuramos soluções próprias para os problemas, mesmo sabendo que estamos a sobrecarregar os nossos associados. Essa medida tem resultado? Coincidência ou não, não se tem ouvido nos últimos meses relatos de assaltos. Por isso, julgamos que está a resultar. É sempre mais um elemento que complementa o trabalho da GNR. A ACIT tem alguns estudos sobre as potencialidades da vila e do seu volume de negócios em termos comerciais e industriais? Estamos a fazer esse estudo, que deverá estar concluído até ao final do ano. Faremos o levantamento das facturações entre os nossos associados. Nessa altura teremos dados quantitativos mais sólidos, mesmo ao nível do número de trabalhadores que empregam os sectores comercial e industrial na nossa área. Estamos a falar de empresas que na generalidade poderão apresentar valores altos. Em trezentos associados, mesmo que estejamos a falar do pequeno comércio, poderemos estar a falar com um universo de mil empregados. Negócios com uma facturação na ordem dos 10 a 15 milhões de euros. Só na área da restauração, temos cerca de cinquenta associados é um sector muito importante e que emprega muita gente. O sector do turismo, associado ao termalismo, que foi durante muitos anos uma fonte importante de criação de riqueza, continua a ser um sector estratégico? As termas deviam ser um elemento fundamental para o comércio das Taipas. Deviam gerar mais procura e estar
presentes de uma forma mais activa. Quais as perspectivas de um trabalho conjunto entre a ACIT e a Taipas-Turitermas? Oficialmente ainda não houve nenhum tipo de contacto. Mas existe a intenção de o fazer. O turismo é um dos pilares fundamentais que temos, a par do comércio e da indústria. No turismo há uma parte fundamental que é a TaipasTuritermas. A nossa oferta ao nível do termalismo deveria evoluir e modernizar-se, como outras têm feito, por exemplo ao nível dos SPA’s ou numa vertente mais lúdica. Temos duas unidades hoteleiras que funcionam com dificuldade porque provavelmente as termas não estão a funcionar como deveriam. As águas termais fazem parte de um conjunto de bens naturais únicos que temos nas Taipas, e que mereciam ser melhor aproveitados. É preciso trabalhar… Ao nível do turismo a ACIT vai apresentar um roteiro turístico para as Taipas. Referiu que a ACIT surgiu muito devido a uma incapacidade por parte da ACIG em chegar a todo o concelho e às Taipas em particular, centralizando as suas acções na cidade. Haverá a possibilidade de ACIT centralizar também as suas acções no centro da vila? Eu tentar que isso não aconteça. É nossa intenção criar eventos fora do centro da vila. Iniciamos conversações com alguns presidentes de Junta de Freguesia com o propósito de desenvolvermos acções nessas freguesias como Barco ou Longos. Esse é o nosso objectivo, agora até conseguirmos concretizar essas ideias há muito trabalho pela frente. Então não está fora de hipótese acontecer com a ACIT o que aconteceu com a ACIG? Pode acontecer essa situação, mas não queremos correr esse risco. Conscientemente, não. Tentaremos evitar ao máximo essa situação. Para este ano há alguma actividade fora da freguesia de Caldelas? É provável que sim. Estamos a trabalhar em alguns eventos para meados ou final do ano fora da freguesia de Caldelas. A ACIT aposto num novo conceito de promoção do comércio tradicional através da campanha “O Maior Shopping ao Ar Livre da Região”. Quais os objectivos desta campanha? O maior Shopping ao ar livre tem 2 grandes objectivos, comunicar com o Consumidor Final e com o nosso Associado. Com o consumidor comunica que as Caldas das Taipas têm 420 lojas de comércio e serviços que lhe oferecem a maior variedade de escolha ao menor preço e com atendimento personalizado. Para além disso, tal como os shopping tradicionais, temos áreas de lazer (rio, termas, monumentos) só que ao ar livre, aprazíveis e com história.
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entrevista “As termas deviam ser um elemento fundamental para o comércio das Taipas. Deviam gerar mais procura e estar presentes de uma forma mais activa.” “O kiwi era um produto que estava praticamente esquecido e nós tivemos o mérito de o ir buscar. O nosso concelho é o maior produtor nacional de kiwi.” Com o Associado procuramos comunicar, de uma forma conjunta, “O maior Shopping ao Ar Livre da Região” unindo sinergias e os resutados dessa comunicação, que serão sem dúvida muito mais eficazes. A Ministra da Educação, na sua recente visita à vila, levou para casa kiwis oferecidos pela ACIT. Qual o sentido da aposta nos kiwis? O kiwi era um produto que estava praticamente esquecido e nós tivemos o mérito de o ir buscar. O nosso concelho é o maior produtor nacional de kiwi. Pelo menos sessenta por cento da produção nacional é comercializada por duas empresas sedeadas em Briteiros (St.º Estêvão). Temos uma quota, no mercado ibérico, de cerca de 20 a 30 por cento. A segunda marca mais comercializada em Espanha, com produto de topo é a Delminho e é de cá. Além disso, temos o kiwi com os melhores atributos em termos de qualidade. O kiwi mexe com vários aspectos. É um produto natural, dentro da nova filosofia de alimentos. Depois é facilmente utilizado ao nível da gastronomia, nós não tínhamos um elemento gastronómico que nos diferenciasse. Agora temos a “Salada das Taipas” e podemos utilizá-lo como ex-libris. Os restaurantes têm a oportunidade de criar algo de diferente. Curiosamente, o kiwi conjuga-se muito bem com as cutelarias. Nesse campo da promoção do kiwi, estamos a continuar a trabalhar e há algumas surpresas que estão a ser preparadas para este ano. Posso revelar que estamos a tentar uma simbiose entre a cutelaria, o kiwi e o design industrial e vamos tentar criar uma colher própria para comer o kiwi. Como é que ACIT recebeu as reacções que foram aparecendo, principalmente na blogosfera, quanto à aposta no kiwi e a campanha do “kiwieiro”? Bem ou mal, para nós o importante é que se fale. É essa a nossa perspectiva. Nem entendem essas mesmas reacções como uma forma de desvalorizar o vosso trabalho? Não, pelo contrário. É uma forma de fazer passar o conceito. Há abertura por parte das duas partes, dos industriais do ramo das cutelarias e dos produtores de kiwi? Há, embora haja sempre que acredite e quem se mostre mais retraído face ao risco. Como se justifica que, em dois ramos
de forte internacionalização, um aposte na sua promoção local e outro, talvez mais tradicional como as cutelarias, opte por não o fazer? É uma questão de mentalidade das pessoas que estão à frente dos negócios. Ainda persiste a ideia de que a industria da cutelaria só não é mais conhecida no nosso meio porque os próprios industriais ainda estão muito fechados sobre si mesmos? Perfeitamente. Algumas das empresas que temos aqui, que têm uma grande dimensão e projecção a nível internacional, olham muito para o seu umbigo, são muito individualistas. A ACIT terá de criar mecanismos para que esses empresários percebam que há valor acrescentado no trabalho em conjunto. Constata-se que, essas empresas, não é com o nosso mercado que vivem e não vêm mais-valias numa associação como a ACIT. O que se percebe porque todas essas empresas já dispõem de serviços que a ACIT oferece, ou seja, não precisam de uma associação local. Agora, todas estas constatações fazem com que a ACIT tenha o grande desafio, que é fazer chegar a ideia a esses empresários que são uma mais-valia inquestionável para as Taipas e que podem ter um papel decisivo em termos de desenvolvimento. Nesse sentido, estamos a preparar parcerias com a Universidade do Minho, que poderão começar a dar frutos já no próximo ano. Há uma aposta que queremos fazer ao nível do design e na forma de apresentação do produto aos consumidores. Quando conseguirmos inovar nesse campo, provavelmente os industriais da cutelaria poderão ter um motivo para se aproximarem. Mas, até lá, há muito trabalho que terá de ser desenvolvido. Neste momento não temos nada para oferecer-lhes. Daí que a aposta no kiwi tenha sido uma aposta positiva e da qual conseguimos recolher frutos. Se a aposta tivesse sido nas cutelarias, dificilmente teríamos o sucesso que tivemos com o kiwi. Justifica-se esse investimento da associação num sector que tem estado alheio ao desenvolvimento local, embora dependente dele. Não será um risco muito elevado? O que vos garante que o nível de abertura por parte dessas empresas se vai alterar? É possível que seja um risco grande. A ACIT já contactou algumas empresas do sector? Algumas são nossas associadas e todas as empresas foram contactadas.
Quanto à parceria na área do design com a Universidade do Minho, na prática, em que vai consistir? Temos duas empresas de cutelarias que estão interessadas no desenvolvimento de produtos inovadores. Vamos procurar desenvolver instrumentos para canhotos, como tesouras, porque é um segmento significativo. A Universidade do Minho envolverá alunos de mestrado no desenvolvimento dessas novas soluções. Os nossos industriais escolherão os melhores trabalhos e desenvolverão e comercializarão esses produtos. Como é que a ACIT tem acompanhado a evolução do Avepark? O Avepark é uma excelente janela de oportunidades. Precisa de duas coisas. Primeiro que seja comunicado aos taipenses, porque pouca gente conhece o projecto e as suas reais potencialidades. Depois, é essencial o desenvolvimento das vias de comunicação. Demoramos vinte a trinta minutos a chegar ao nó de Silvares, o que é muito tempo. O nó da auto-estrada que servisse esta zona foi uma oportunidade que perdemos. Torna-se fundamental então a construção da Via do Ave, para servir as Taipas e o Parque de Ciência e Tecnologia. Acredito que o Avepark seja futuramente o grande motor das Taipas e do concelho, se realmente se conseguir trazer empresas que tragam mais-valias. A ACIT tem acompanhado o processo pela comunicação social.
Fará sentido pensar numa participação da ACIT no Avepark? Neste momento não. É uma área onde não queremos entrar porque mexe muito com política partidária. Já tivemos um mau exemplo no início e não me parece que neste momento seja uma boa opção. Está nos planos da ACIT a organização das Festas de S. Pedro? Temos um evento agendado para o S. Pedro que é a Semana Gastronómica, com o Concurso Gastronómico. Não faz parte dos nossos planos assumir a organização das festas da vila porque não temos meios nem disponibilidade para isso. Temos os nossos próprios eventos para organizar e não há disponibilidade para mais. Não deixaremos de dar o nosso contributo para o programa das festas. A título pessoal, como tem sido a experiência de liderar a associação? Tem sido muito positivo, tem valido o esforço e continua a haver vontade de trabalhar. Conseguimos juntar um grupo de pessoas todas muito diferentes, mas com um objectivo comum que é pôr as Taipas a trabalhar. Tem dado gosto. O primeiro ano passou muito rapidamente e este segundo vai passar a voar. Temos preparado um calendário mensal de eventos.
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reflexo | fevereiro de 2008
p desporto
C. C. Taipas cede primeira posição
O Taipas terminou a primeira volta do campeonato no segundo lugar, a dois do líder Fão. No entanto, nas últimas jornadas, a equipa taipense demonstrou grande carácter e coesão. Nos últimos cinco jogos, defrontou todos os candidatos a uma possível subida de divisão e, acabou por não ceder em termos de tabela classificativa. A segunda volta do campeonato vai, certamente, apresentar o mesmo grau de dificuldade que a primeira. O equilíbrio será a nota dominante e, a regularidade, poderá ser o segredo para ascender à primeira posição. No mês de Fevereiro, destaque para a recepção do Taipas à equipa do Fão, líder da tabela classificativa. 13.ª Jornada 6 Janeiro 2008 Martim 0 - 0 Taipas CC TAIPAS Miguel Castro, Moreira, Hélder, Tozé e Peixoto, Xavi, Berto (Nuno Oliveira - 45m) e Dúnio, Armando, Davide (Joel - 60 m) e Santos (Lagoa - 75 m).
No primeiro jogo do ano de 2008 o Taipas, que vinha de um derrota em Fão, tinha pela frente o terceiro classificado do campeonato com menos dois pontos. O Taipas não entrou bem na partida tendo o Martim criado alguns lances de perigo junto da baliza de Miguel. O lance mais perigoso aconteceu ao minuto 25 quando o avançado do Martim, Alex, surge isolado e remata forte proporcionando a Miguel uma excelente defesa impedindo, assim, o golo do Martim. Os Taipenses só a partir da meia hora primeiro tempo é que responderam às ofensivas do Martim. Aos 35 minutos Armando, que foi a surpresa no onze inicial, desmarcou-se pela direita do ataque e com um remate forte e colocado obriga o guarda-redes do Martim a uma boa defesa. Na segunda parte voltou a ser o Martim a entrar melhor tendo logo no primeiro minuto disposto de uma boa oportunidade para marcar quando, o melhor jogador em campo por parte do Martim, Ribeiro, em boa posição rematou para nova intervenção de luxo de Miguel. Aos 50 minutos, o árbitro da partida, assinalou grande penalidade a favorecer o Académico de Martim, depois de um lance que deixa muitas dúvidas já que, das duas faltas consecutivas que Peixoto fez sobre o seu adversário,
o árbitro entendeu marcar a que foi cometida dentro da área. Peixoto viu cartão vermelho neste lance já que o jogador do Martim se encontrava isolado. Na conversão do penalty Rui Alves, jogador do Martim, permite a defesa de Miguel. Com menos um jogador em campo e com a entrada de Joel o Taipas passou a controlar melhor o seu adversário. À passagem do minuto 75 Armando teve nos pés uma grande oportunidade para marcar já que, completamente isolado, rematou por cima da baliza. Na sequência desta jogada, Sandro, jogador do Martim, vê o cartão vermelho por protesto para com o árbitro do encontro. Dois minutos depois o Taipas volta a criar perigo. O inevitável Armando aparece em boa posição na área mas o seu remate, desta vez, esbarra, com estrondo, no poste da baliza do Martim. O final do jogo chegava com um empate a zero. Contudo, no final desta jornada, Taipas voltou ao primeiro lugar da classificação em igualdade pontual com o Fão. Destaque do jogo vai para as boas exibições do guarda-redes Miguel e do avançado Armado que, pelo que fizeram, mereciam outro resultado.
14.ª Jornada 13 Janeiro 2008 Taipas 1 - 0 Santa Maria CC TAIPAS Miguel Castro, Moreira, Hélder, Tozé e Raúl, Xavi, Berto e Romeu (Nuno Oliveira - 70m), Armando (Lagoa - 90m), Davide (Dúnio - 78 m) e Santos.
Após ter jogado com o Vilaverdense, Fão e Martim, equipas posicionadas no topo da classificação, o Taipas recebia no Montinho, outro candidato à
subida de divisão. O Santa Maria que se apresentava na Vila das Taipas com a desvantagem de apenas um ponto para os primeiros classificados, Fão e Taipas. Num dia muito chuvoso, o relvado do Montinho apresentavase muito pesado e escorregadio o que dificultou, e muito, o trabalho das duas equipas. O Santa Maria entrou melhor no jogo e, logo aos 9 minutos, o avançado Fonseca aparece isolado na frente de Miguel mas, este, com uma boa defesa para canto, evita o primeiro golo forasteiro. O Taipas reagiu a este lance e 3 minutos depois o avançado Armando isolase pela direita do ataque Taipense mas, quando se preparava para finalizar, traído pelo relvado, acaba por escorregar e acaba por perder o controlo da bola. As duas equipas mostravam grande dificuldade em adaptarse às condições do terreno o que levava a que os lances de perigo acontecessem sempre com jogadores isolados na cara de ambos os guarda-redes. Aos 15 minutos, o avançado do Santa Maria, Fonseca, volta a isolar-se. Desta vez, consegue ultrapassar o guardião Miguel. No entanto, com a baliza à sua mercê, permitiu que o central Hélder, em carrinho, desviasse a bola que se encaminhava para o fundo das redes. A reacção dos Taipenses não demorou. Santos, iam decorridos 25 minutos de jogo, rouba a bola ao central visitante e isolado remata para uma boa defesa de Talaia, para canto. Na sequência desse canto o Taipas chegava ao primeiro e único golo da partida, com Davide a corresponder da melhor maneira a um bom cruzamento de Raúl, na cobrança do canto. Com
este golo, e até ao intervalo, o Taipas passou a controlar melhor o seu adversário passando o jogo a ser disputado mais na zona do meio campo. A segunda parte abriu com um golo anulado ao Santa Maria, por presumível fora de jogo ao avançado Fonseca. Jogada que levantou muitos protestos por parte dos cerca de 20 adeptos do Santa Maria. Este foi o único lance em que a equipa de Barcelos levou perigo à baliza de Miguel. Até final da partida, a defensiva taipense, conseguiu sempre travar as tentativas de investida dos forasteiros. O Taipas, durante a segunda parte, com uma estratégia de contenção, apostou mais no contra-atque e, em cima do minuto 90, desperdiça uma flagrante oportunidade para dilatar a vantagem. Santos, após ultrapassar três jogadores contrários, endossa abola a Nuno Oliveira que, com um remate fraco, permite a defesa a Talaia. Com esta vitória, contra um adversário directo na luta pela subida, e numa jornada onde Vilaverdense e Martim saíram derrotados dos seus jogos, o Taipas e Fão aumentaram para quatro pontos, a vantagem sobre os seus mais directos perseguidores.
15.ª Jornada 27 Janeiro 2008 Santa Eulália 1 - 1 Taipas CC TAIPAS Miguel Castro, Moreira, Hélder, Tozé e Raúl (Lagoa - 20m), Xavi (Berto 75m), Dúnio e Romeu (Nuno Oliveira - 45m), Armando, Davide e Santos.
Na última jornada da primeira volta o Taipas deslocou-se ao terreno do Santa Eulália, equipa que à partida para este campeonato era dada como uma das favoritas a ocupar os primeiros lugares mas que, à entrada para esta jornada, já se encontrava a 12 pontos dos primeiros classificados. O Taipas entrou melhor no encontro e logo aos 4 minutos Romeu Avelino, na sequência de um canto aparece sozinho ao segundo poste e com a baliza escancarada atirou de cabeça ao poste da baliza do guarda-redes vizelense. A equipa do Santa
Eulália apenas à passagem dos 25 minutos, na sequência de um livre directo, conseguiu importunar o guarda-redes Miguel, obrigandoo a uma defesa apertada. A 10 minutos do intervalo Raúl, após passar por dois adversários e, já dentro da área, efectua um cruzamento ao segundo poste onde apareceu Armando, a rematar de primeira, proporcionando a Alfredo, guarda-redes da equipa da casa, uma grande defesa a evitar o golo taipense. Pouco depois e na sequência de uma boa jogada de combinação entre Davide e Santos, primeiro Davide e na recarga Santos, obrigam Alfredo a duas excelentes defesas consecutivas. Em cima do intervalo e numa altura em que o Taipas estava balanceado no ataque Zézé (Santa Eulália) aparece livre de marcação dentro da área taipense e com um remate forte e colocado faz o golo do Stª Eulália. Ainda antes do intervalo um dos defesas centrais do Santa Eulália foi expulso por agressão a Davide. Para a segunda parte a equipa da casa, mesmo a jogar com menos um homem em campo, criou uma grande oportunidade de golo com Carneiro, jogador que passou vários anos ao serviço do Taipas, a efectuar um cruzamento milimétrico para Zézé que, ao segundo poste, remata para uma grande defesa de Miguel. O Taipas na segunda parte denotou sempre grande dificuldade em entra na defesa, bem estruturada, do Santa Eulália tendo num dos poucos lances de perigo que criou no segundo tempo chegado ao golo da igualdade por Davide que, aos 70 minutos e depois de uma boa jogada de Nuno Oliveira, só teve empurrar a bola para dentro da baliza. Em cima do minuto 90, o Santa Eulália chega de novo ao golo mas, o árbitro da partida anulou o lance por pretensa mão na bola do avançado vizelense. Com este empate o Taipas perdeu a liderança da tabela para o Fão que tem agora mais dois pontos que os taipenses.
C. C. Taipas - SENIORES - 2007/2008 Divisão de Honra da A. F. Braga Data
J
Res.
Clubes
Res.
J
Data
16/09/07 1ª
3-0 Taipas
Forjães
16ª 03/02/08
23/09/07 2ª
2-0 Fão
Taipas
17ª 10/02/08
30/09/07 3ª
0-1 S. Paio
Taipas
18ª 17/02/08
07/10/07 4ª
4-0 Taipas
Laje
19ª 24/02/08
14/10/07 5ª
0-1 Louro
Taipas
20ª 02/03/08
21/10/07 6ª
1-1 Taipas
Esposende
28/10/07 7ª
0-2 Cabeceirense Taipas
22ª 16/03/08
21ª 09/03/08
11/11/07 8ª
1-1 Taipas
Alegrienses
23ª 30/03/08
18/11/07 9ª
1-2 Torcatense
Taipas
24ª 06/04/08
25/11/07 10ª
2-0 Taipas
Arões
09/12/07 11ª
2-2 Vilaverdense Taipas
25ª 13/04/08 26ª 20/04/08
16/12/07 12ª
2-1 Taipas
Ponte
27ª 27/04/08
06/01/08 13ª
0-0 Martim
Taipas
28ª 04/05/08
13/01/08 14ª
1-0 Taipas
Santa Maria
29ª 11/05/08
27/01/08 15ª
1-1 Santa Eulália Taipas
30ª 18/05/08
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janeiro de 2008 | reflexo
p desporto C. C. Taipas - Escalões de formação
Juniores do Taipas com aspirações intactas
Os juniores taipenses continuam com possibilidades de alcançar a terceira posição da tabela classificativa, lugar que lhes garante automaticamente a permanência na 2ª divisão nacional e lhes proporcionará a possibilidade de lutarem pela subida ao patamar principal do escalão. A quarta posição na tabela, também poderá dar acesso à próxima fase só que nesse caso, os taipenses terão ainda de disputar e vencer um jogo, realizado a duas mãos, com o quarto classificado da série B. O conjunto orientado por Ricardo Silva é sétimo classificado com 28 pontos e está apenas a 4 pontos da terceira posição que é ocupada pelo Infesta e Gondomar
com o mesmo número de pontos. Aparentemente, o calendário até ao final desta primeira fase, não é muito favorável aos taipenses. Com quatro jornadas para disputar, três jogos serão realizado fora de portas (Valdevez, Chaves e Tirsense) e apenas um em casa (Infesta). Na deslocação a Valdevez, a tarefa não será nada fácil. Trata-se de defrontar o líder da classificação. Equipa muito bem estruturada e que, na primeira volta, venceu nas Taipas por 42 depois de estar a perder ao intervalo por 2-0. Segue-se uma deslocação ao terreno do Chaves, equipa que nesta altura tem mais dois pontos que os taipenses e até final da prova, para além do Taipas
terá de defrontar as equipas do Maia (F), Valdevez (C) e Infesta (F). De seguida, está agendada a recepção ao Infesta, terceiro classificado com 32 pontos e que ainda está ao alcance do Taipas na tabela classificativa. Até final desta fase, o Infesta jogará ainda com a formação do Diogo Cão (F), Maia e Chaves, ambas no seu terreno. Contudo e tendendo a que, na globalidade, os juniores taipenses têm realizado bons resultados em terreno alheio, estes três jogos fora (dos quatro a realizar até ao final da primeira fase da prova) poderão não significar dificuldades acrescidas. Durante os mês de Janeiro, a equipa júnior do Taipas realizou três partidas. Venceu duas, frente
ao Famalicão (na altura líder da tabela classificativa) e Maia por 3-0 e 5-2, respectivamente e saiu derrotado na deslocação ao terreno do Diogo Cão por 2-1. Este último resultado poderá comprometer os objectivos taipenses uma vez que se tratava de um adversário directo e que ainda luta pelos mesmos objectivos do Taipas. Caso o conjunto taipense não consiga classificar-se entre os quatro primeiros da tabela classificativa, irá disputar a fase de permanências e descidas numa série de 9 equipas, transportando para essa fase, metade dos pontos alcançados na primeira (arredondados por excesso). Os jogos serão disputados a uma só mão e realizados em
campo neutro. No final da fase de permanência e descidas, os últimos cinco classificados descerão aos respectivos campeonatos distritais. No entanto, caso os taipenses entrem para a segunda fase da prova para disputar a permanência nesta divisão, tulo leva a crer que não encontrarão dificuldades de maior para conseguir os objectivos. A equipa de juniores taipense já deu provas, apesar das normais oscilações durante uma época desportiva, de que tem valor para permanecer no escalão secundário do campeonato Nacional de Juniores.
C. C. Taipas - JUNIORES - 2007/2008
C. C. Taipas - JUVENIS - 2007/2008
C. C. Taipas - INICIADOS - 2007/2008
Campeonato Nacional 2ª Divisão - Série A - 1ª Fase
Campeonato Distrital da 1ª Divisão da A. F. Braga - Série B
Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série E
Data
J Res.
Clubes
08/09/07 1ª 1-0 Vila Real
Taipas
15/09/07 2ª 4-1 Taipas
Cachão
22/09/07 3ª 3-1 Gondomar
Taipas
29/09/07 4ª 2-1 Taipas
P. Ferreira
06/10/07 5ª 1-0 Famalicão
Taipas
13/10/07 6ª 0-3 Taipas
Diogo Cão
20/10/07 7ª 1-2 Maia
Taipas
27/10/07 8ª 2-4 Taipas
Valdevez
10/11/07 9ª 2-3 Taipas
Chaves
17/11/07 10ª 3-3 Infesta
Taipas
24/11/07 11ª 2-0 Taipas
Tirsense
Res. J
Data
0-1 12ª 01/12/07
Data
J Res.
14/10/07 1ª
21/10/07 2ª 4-1 13ª 08/12/07 28/10/07 3ª 5-1 14ª 15/12/07 11/11/07 4ª 1-0 15ª 19/12/07 18/11/07 5ª 0-3 16ª 05/01/08 25/11/07 6ª 02/12/07 7ª 1-2 17ª 12/01/08 09/12/07 8ª 2-5 18ª 19/01/08 16/12/07 9ª 19ª 02/02/08 06/01/08 10ª 20ª 09/02/08 13/01/08 11ª 21ª 16/02/08 27/01/08 12ª 22ª 23/02/08 03/02/08 13ª
Clubes
Res. J
Data
Data
J Res.
Clubes
Res. J
Data
1-2 Maria Fonte Taipas
14ª 10/02/08
07/10/07 1ª
4-1 Taipas
Delães
5-1 14ª 13/01/08
2-0 Taipas
Ribeirão
15ª 17/02/08
14/10/07 2ª
0-0 Pencelo
Taipas
0-4 15ª 28/01/08
1-1 Vitória
Taipas
16ª 24/02/08
21/10/07 3ª
7-0 Taipas
Bairro
16ª 03/02/08
0-3 Oliveirense
Taipas
17ª 10/02/08
1-1 Taipas
Moreirense
17ª 02/03/08
28/10/07 4ª
3-1 Vizela
Taipas
18ª 09/03/08
04/11/07 5ª
4-1 Taipas
Ribeirão
18ª 17/02/08
2-1 Taipas
Gil Vicente
19ª 16/03/08
11/11/07 6ª
1-0 Ronfe
Taipas
19ª 24/02/08
1-3 Taipas
Fair-Play
20ª 30/03/08
18/11/07 7ª
6-0 Taipas
Campelos
20ª 02/03/08
2-1 Pevidém
Taipas
21ª 06/04/08
25/11/07 8ª 0-12 Porto D’Ave Taipas
21ª 09/03/08
3-0 Taipas
Arnoso
22ª 13/04/08
02/12/07 9ª
22ª 16/03/08
5-2 Fafe
Taipas
23ª 20/04/08
09/12/07 10ª 2-3 Taipas
Sandinenses
23ª 23/03/08
1-0 Taipas
Sandinenses
24ª 27/04/08
16/12/07 11ª 0-3 Fair-Play
Taipas
24ª 30/03/08
25ª 04/05/08
30/12/07 12ª 1-1 Taipas
Vitória
25ª 06/04/08
26ª 11/05/08
06/01/08 13ª 1-3 Brito
Taipas
26ª 13/04/08
1-1 Nogueirense Taipas
Taipas
Famalicão
2-0 Ruivanense Taipas
19
reflexo | janeiro de 2008
p desporto Juvenis não desarmam A equipa orientada por Miguel Matos continua a realizar um campeonato tranquilo. Apesar de já não haver grandes perspectivas de alcançar a primeira posição, lugar que daria acesso à possibilidade de subir ao escalão nacional, os juvenis taipenses, já têm praticamente afastada a possibilidade de descida de divisão. O líder da tabela classificativa é o Vizela que já leva mais 11 pontos de avanço sobre os taipenses que ocupam a 6ª posição com 18 pontos. O novo ano, não começou da melhor forma para os juvenis do Taipas. No primeiro jogo do ano, deslocaram-se a Fafe e foram copiosamente derrotados por 52, pela equipa local. Seguiu-se a recepção ao Sandinenses, equipa que ocupa lugar incómodo na tabela classificativa (12º) e, apesar de vencer por 1-0, o Taipas sentiu grandes dificuldades para bater a formação vizinha. Na deslocação ao Nogueirense (equipa com os
Taça A. F. Braga - 3.ª Eliminatória
Taipas à espera de decisão disciplinar O jogo da 3ª eliminatória da Taça da associação de Futebol de Braga que opôs o Taipas ao Polvoreira, ainda dá que falar. Recorde-se que referida partida, que o Taipas vencia por 4-1, não chegou ao fim por inferioridade numérica da equipa do Polvoreira. Foi precisamente por esse motivo que o Conselho de Disciplina da AF Braga se viu “forçado”, à luz do Regulamento Disciplinar, a instaurar um Processo Disciplinar à equipa do Polvoreira com vista a apurar os factos que lhe são imputados relativamente ao jogo em questão. O Processo Disciplinar foi instaurado no passado dia 3 de Janeiro e aguarda o desenrolar dos prazos regulamentares para que o Clube visado possa deduzir oposição, o mesmos pontos que o Taipas), empate a uma bola, a deixar tudo como estava na classificação geral.
Na próxima jornada, a 13ª, os juvenis taipenses recebem o Famalicão.
o Vitória de Guimarães seguindo-se na tabela o Sandinenses. Em Janeiro, os iniciados realizaram três, tendo conseguido o pleno de vitórias. Venceram fora de portas a equipa do Brito (3-1) e
o Delães (5-1). No passado fim-desemana, receberam e venceram por 4-0 a equipa vizinha do Pencelo. Na próxima jornada, o Taipas desloca-se a Famalicão ao terreno do Bairro.
geral com 22 pontos somados. Já a equipa “B”, apesar de não ter conhecido o sabor da derrota neste ano de 2008, vê a sua posição classificativa ficar uns furos abaixo d equipa “A”. São sextos classificados somando 15 pontos. Nas últimas jornadas, venceram o Joane fora de portas por 2-1 e empataram a 3 bolas
em nova deslocação, desta feita, no terreno do Urgeses. O jogo que opunha a equipa taipense ao Ronfe, foi adiado por condições climatéricas adversas à prática da modalidade. A próxima jornada reseva um Taipas – Este (infantis “A”) e um Taipas – Airão (infantis “B”.
pelo Vitória com 21 pontos. Nos jogos realizados no passado mês de Janeiro, venceram em casa o Sandinenses (5-1) e perderam pela margem mínima (3-2) com o
Brito, que é o segundo classificado. Na deslocação a Pevidém, foram derrotados por 3-1. No próximo jogo, deslocam-se ao terreno do Ponte.
Novos Cartões de Sócio
Iniciados Após um início de temporada algo irregular, Rui Miguel parece já ter a máquina bem oleada. Os iniciados taipenses ocupam a 3ª posição da classificação geral com 32 pontos. O primeiro classificado é
A Comissão Administrativa do Taipas, liderada por Abel Marques, começou a distribui, no início do mês de Janeiro, os novos cartões de sócio. Depois de longo período para
Infantis A equipa “A” deste escalão é a que tem obtido resultados mais motivadores. Dos três jogos realizados no primeiro mês do ano, venceram dois (Vitória – 3/2 e Maximinense 5/1) e foram derrotados pelo Pevidém, líder da tabela classificativa, por 4-2. A equipa “A” dos infantis ocupa a quarta posição da classificação
Data
a renumeração de associados, a Comissão Administrativa passou à distribuição dos novos cartões já com o número de associado actualizado. No final deste processo verificou-se uma redução na ordem dos 80 % de associados. Dos cerca de 1800 sócios registados, o Clube passou a contar, neste momento e ao que conseguimos apurar, com cerca de 400 sócios activos.
Troféu Disciplina da Divisão de Honra da AF Braga O Taipas caiu uma posição na classificação do “Troféu Disciplina” da Associação de Futebol de Braga. Os taipenses ocupam agora a 7ª posição com 46 pontos, mais um que o Vilaverdense, que ocupa a 6ª posição. A equipa mais disciplinada continua a ser o Fão que soma, ao fim de 13 jornadas contabilizadas, 25 pontos.
Escolas Os mais jovens atletas taipenses com quadro competitivo oficial, também vão fazendo pela vida. São oitavos classificados com 12 pontos somados. A sua série é liderada
que, ao que apuramos ainda não terá feito. Entretanto realizou-se, no passado dia 7 de Janeiro, o sorteio da 4ª eliminatória da Taça AF Braga, que ditou que Taipas ou Polvoreira (em função do resultado do referido Processo Disciplinar) defrontariam em casa própria a equipa do Louro. A eliminatória estava agendada para o dia 20 de Janeiro e o jogo acabou por não se realizar por ainda não ser conhecida a conclusão do processo instaurado ao Polvoreira. No entanto, nada faz pensar que não seja o Taipas a defrontar o Louro nesta eliminatória. Contudo, há que aguardar pela decisão final do Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Braga.
Quem também manteve a posição na ordenação da classificação, foi o Ponte, agora com 67 pontos, continua a ser o lanterna vermelha deste troféu. O Torcatense, formação vimaranense que também disputa a Divisão de Honra da AF Braga é 13º classificado, somando 54 pontos.
C. C. Taipas - INFANTIS “A” - 2007/2008
C. C. Taipas - INFANTIS “B” - 2007/2008
C. C. Taipas - ESCOLAS - 2007/2008
Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série D
Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série E
Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série D
J Res.
Clubes
Res. J
Data
04/11/07 1ª 0-15 EFA Almeida Taipas
14ª 24/02/08
11/11/07 2ª
15ª 02/03/08
2-4 Taipas
Fern. Pires
Data
J Res.
04/11/07 1ª
Clubes
Res. J
Data
Data
J Res.
Vitória
14ª 24/02/08
11/11/07 2ª
3-2 Moreirense
Taipas
15ª 02/03/08
5-1 Taipas
Os Craques
16ª 09/03/08
2-1 Ronfe
Taipas
17ª 16/03/08
5-3 Taipas
Urgeses
18ª 30/03/08
1-7 Airão
Taipas
19ª 06/04/08
12ª 24/02/08
4-4 Taipas
Pencelo
3-1 Brito
Taipas
13ª 02/03/08 18/11/07 3ª 14ª 09/03/08 25/11/07 4ª
Fintas
02/12/07 5ª
1-3 Realense
Taipas
18ª 23/03/08 25/11/07 4ª
3-3 Taipas
Ponte
09/12/07 6ª
5-2 Taipas
Braga
6-4 Serzedelo
Taipas
15ª 16/03/08 02/12/07 5ª 16ª 30/03/08 09/12/07 6ª
16/12/07 7ª
7-0 Taipas
Sandinenses
19ª 30/03/08 02/12/07 5ª 20ª 06/04/08 09/12/07 6ª
6-3 Taipas
Moreirense
17ª 06/04/08 16/12/07 7ª
06/01/08 8ª
4-2 Pevidém
Taipas
21ª 13/04/08
13/01/08 9ª
3-2 Taipas
Vitória
22ª 20/04/08
16/12/07 7ª
1-2 Taipas
Sandinenses
18ª 13/04/08 06/01/08 8ª
27/01/08 10ª 1-5 Maximinense Taipas
23ª 27/04/08
06/01/08 8ª
1-2 Joane
Taipas
19ª 20/04/08
03/02/08 11ª
Taipas
Este FC
24ª 04/05/08 13/01/08 9ª
Taipas
Ronfe
20ª 27/04/08
10/02/08 12ª
Vizela
Taipas
25ª 11/05/08 27/01/08 10ª 3-3 Urgeses
Taipas
17/02/08 13ª
Taipas
Fair-Play
26ª 18/05/08 02/02/08 11ª
21ª 04/05/08 10/02/08 12ª 22ª 11/05/08 17/02/08 13ª
Taipas
Airão
Data
1-7 Taipas
Taipas
25/11/07 4ª 12-1 Taipas
3-3 Porto D’Ave Taipas
Res. J
04/11/07 1ª
4-7 Vizela
16ª 09/03/08 11/11/07 2ª 17ª 16/03/08 18/11/07 3ª
18/11/07 3ª
Clubes
FOLGA
20ª 13/04/08
5-1 Taipas
Sandinenses
21ª 20/04/08
3-1 Pevidém
Taipas
22ª 27/04/08
27/01/08 10ª 2-3 Taipas
Brito
23ª 04/05/08
03/02/08 11ª
Ponte
Taipas
24ª 11/05/08
Taipas
Serzedelo
25ª 18/05/08
Fair-Play
Taipas
26ª 25/05/08
13/01/08 9ª
20
janeiro de 2008 | reflexo
p desporto
opinião
CART/Superinertes
A recuperar O equilíbrio, continua a ser a nota dominante na prestação dos seniores do CART no Campeonato Nacional da 3ª Divisão em hóquei em patins. Nos últimos quatro jogos realizados, a equipa de Orlando Ribeiro, apenas perdeu um. Foi à passagem da 12ª jornada, última da primeira volta do campeonato, na recepção à formação da Nortecoop, por 63. Um jogo em que os taipenses até começaram melhor, adiantando-se no marcador mas, até ao intervalo, consentiram que o adversário marcasse seis golos. Na segunda parte a equipa esteve mais concentrada e, apesar de não ter sofrido mais golos, os que marcou (2) não foram suficientes para inverter o sentido do resultado. O CART/ SUPERINERTES averbava, assim, a sua primeira derrota caseira. Na jornada seguinte, os taipenses voltariam a jogar em casa ante o Fânzeres. Vitória por 41, com o golos taipenses a serem apontados por Mota (2), Ferreira e Tiago. Apesar de ter estado a perder por 1-0, o CART/SUPERINERTES conseguiu chegar ao intervalo a vencer por 2-1. Até ao final do jogo ainda houve tempo para
ampliar a vantagem para 4-1, resultado com que terminaria o jogo. Oito dias volvidos a turma de Orlando Ribeiro deslocou-se à Póvoa de Varzim e, num pavilhão sempre complicado, conseguiu “arrancar” um precioso empate a 3 bolas. Um resultado com os mesmos números que o verificado na primeira volta. Num jogo bem disputado, o resultado ao intervalo era de 2-2. No segundo tempo, perto do final do jogo, os taipenses tiveram oportunidade de garantir a vitória através da conversão de um livre directo que acabaram por não concretizar. Resultado final de 3-3 com os golos taipenses a serem apontados por Tiago, Ferreira e Lopes. No fim-de-semana passado o CART/ SUPERINERTES recebeu e bateu a frágil equipa do Perosinho por 5-1. Ao intervalo, já venciam por 2-0 e o resultado final não oferece qualquer tipo de contestação. Lopes (2), Ferreira, Eduardo Marques e José Silva, foram os autores dos golos da equipa do CART. Com estes resultados, o CART deu um salto na tabela classificativa. É agora sexto classificado com 21 pontos somados.
CART - Calendário Taça do Minho - Juniores - 2007/2008 Data
J Res.
28/09/07 1ª 30/09/06 2ª 06/10/07 3ª
8-2 2-4 6-3
Clubes
Seixas CART CART
CART Riba D’Ave HC Braga
Res. 5-7 3-6 2-7
J
4ª 5ª 6ª
Data
13/10/07 21/10/07 28/10/07
CART - Campeonato Regional - Juniores - 1ª FASE
17/11/07 1ª 25/11/07 2ª 01/12/07 3ª 09/12/07 4ª 15/12/07 5ª
3-8
9-6
CART HC Fão Riba D’Ave CART CART AJ Viana
4-1
Famalicense CART
4-5
2-5
CART
1-6
4-5 8-2
HC Braga
4-3 4-5
6ª 23/12/07 7ª 29/12/07 8ª 06/01/08 9ª 12/01/08 10ª 19/01/08
CART - Campeonato Regional - Juniores - 2ª FASE
26/01/08 1ª 10/02/08 2ª 16/02/08 3ª 24/02/08 4ª 01/03/08 5ª
6-4
CART HC Fão Riba D’Ave CART CART AJ Viana Famalicense CART
CART
HC Braga
LEONEL FERREIRA
Juniores
6ª 09/03/08 7ª 22/03/08 8ª 30/04/08 9ª 05/04/08 10ª 13/04/08
Os Juniores do CART terminaram a 1ª Fase do Campeonato Regional da Associação de Patinagem do Minho na última posição com apenas 6 pontos somados. Nesta primeira fase, que foi vencida pelo Riba D’Ave,
a equipa do CART sofreu 50 golos e marcou 39. Entretanto já teve iniciou a 2ª Fase do mesmo campeonato. Arranque prometedor da equipa taipense que bateu, em casa, a equipa do HC Fão por 6-4
Iniciados À semelhança dos juniores, os iniciados também já terminaram o Campeonato Regional. Também neste escalão, terminaram a prova na última posição da tabela com 11 pontos. Destaque para o vencedor da prova, o Hóquei Clube de Barcelos que terminou a
prova somando 14 vitória em outros tantos jogos realizados. Actualmente os i n i c i a d o s d o C A RT encontram-se a disputar a Taça do Minho do escalão. No único jogo realizado, receberam o Famalicenses e empataram a 5 bolas.
Infantis Os infantis, a disputar a Taça do Minho, já realizaram 3 jornadas. Na primeira delas, receberam o Seixas e foram autenticamente cilindrados por 13-3. No dois jogos seguintes, Riba D’Ave (fora) e Valença (casa) voltaram a não conseguir ganhar. Derrota em ambos por 10-3 e 5-2, respectivamente.
Este escalão continua a revelar muitas dificuldades de adaptação. No entanto, é de realçar o empenho e coragem que estes jovens de tenra idade demonstram na abordagem que fazem às partidas. Desanimar ou desistir, são palavras que não entram no dicionário destes valentes benjamins.
Calendário (CART) - Época 2007/2008 Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Zona A Data
J
Res.
20/10/07 1ª
Clubes
1-2 Fanzeres
CART
Res.
J
Data
1-4 12ª 05/01/08
CART
03/11/07 3ª
3-3 CART
CD Póvoa
3-3 14ª 19/01/08
10/11/07 4ª
0-2 Perosinho
CART
1-5 15ª 26/01/08
17/11/07 5ª
4-4 CART
CI Sagres
24/11/07 6ª
4-1 Barcelinhos
CART
17ª 09/02/08
01/12/07 7ª
4-2 CART
Sobreira
18ª 16/02/08
08/12/07 8ª
5-3 Seixas
CART
19ª 23/02/08
15/12/07 9ª
11-4 CART
CD Ordem
20ª 01/03/08
CART
21ª 08/03/08
Nortecoop
22ª 15/03/08
4-2
29/12/07 11ª
3-6 CART
Olá Mouriz
(FOLGA)
16ª 02/02/08
CART - Calendário Campeonato Regional de Iniciados - 2007/2008
Data 23/09/07 30/09/07 05/10/07 07/10/07 14/10/07 21/10/07 28/10/07 01/11/07 04/11/07
J 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª
Res. 7-6
4-2 10-6 5-1 3-10 2-4 1-1
Clubes Res. J Data (FOLGA) CART 10ª 11/11/07 CART Famalicense 2-7 11ª 17/11/07 (FOLGA) CART 12ª 25/11/07 CART HC Fão 2-3 13ª 02/12/07 ED Viana CART 6-3 14ª 09/12/07 HC Braga CART 9-1 15ª 16/12/07 CART OC Barcelos 1-10 16ª 23/12/07 Valença CART 2-2 17ª 30/12/07 CART Riba D’Ave 3-10 18ª 13/01/08
CART - Calendário Taça do Minho de Iniciados - 2007/2008
20/01/08 27/01/08 10/02/08 17/02/08 24/02/08 02/03/08
09/03/08 16/03/08 30/03/08 06/04/08
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª
5-5
CART CART CART Riba D’Ave CART Valença CART (FOLGA) CART (FOLGA)
Antes de continuarmos o assunto do artigo anterior em que referenciamos as estruturas tácticas, quero elucidar os nossos leitores para a importância do guarda-redes ao nível táctico. Todos os dias, quando faço a minha pequena leitura, encontro referenciado em artigos de futebol estruturas tácticas em que nunca está presente o guarda-redes! Se calhar, como eu sou um bocado despistado, o futebol passou a ser jogadores apenas com 10 jogadores e eu ainda não me tinha apercebido. A posição de guarda-redes é normalmente desprezada quando abordamos as estruturas tácticas mas se tivermos uma pontinha de atenção, nos movimentos do guarda-redes durante o jogo talvez passemos a perceber que afinal também deveriam ser referenciados nos artigos. Vejamos mais um exemplo do F.C.P na era do CoAdriense. A baliza do F.C.P passou a ser ocupada pelo Helton e revelou-se um ponto importante para o desenvolvimento dos mecanismos da estrutura desenhada. Nessa altura, o F.C.P começou a jogar num 1:3:4:3, em que o Helton tinha uma função muito importante, jogava como libero. A optimização do seu controlo e domínio de bola tornou-se um aspecto fundamental devido a quantidade de passes para trás que os jogadores do F.C.P faziam. Como a pressão alta passou um dos princípios mais importantes do modelo de jogo adoptado pelo F.C.P, Helton tornouse um jogador de campo em destaque pela necessidade de jogar muitas vezes fora da grande área e ainda mais pelo facto de jogar com apenas três defesas A reposição de bola em jogo, se bem me lembro, também é feita pelos guarda-redes, então, também os torna os primeiros jogadores a construir o ataque. Acontece várias vezes após a recuperação da bola em contos ou centros os guarda-redes correrem para frente para tentar a reposição de bola o mais rápido possível para apanhar o adversário em contra-pé.
13ª 12/01/08
27/10/07 2ª
22/12/07 10ª
Eles também fazem parte do jogo
(FOLGA) Famalicense (FOLGA) CART ED Viana CART (FOLGA) CART HC Braga CART
12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª
20/04/08 25/04/08 27/04/08 01/05/08 04/05/08 11/05/08 18/05/08 25/05/08 01/06/08 08/06/08
Visto que afinal os guarda-redes também fazem parte da equipa, por favor, mantenham-nos nas estruturas que eles também merecem. CART - Calendário Campeonato Regional de Infantis “A” - 2007/2008
Data 28/09/07 30/09/07 05/10/07 07/10/07 14/10/07 21/10/07 28/10/07 01/11/07 04/11/07
J 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª
Res. 22-1 1-15 6-4 0-9 16-7 8-1 1-17 4-2 7-6
Clubes Res. J Data Seixas CART 8-4 10ª 11/11/07 CART Famalicense 1-7 11ª 18/11/07 Limianos CART 7-3 12ª 25/11/07 CART HC Fão 1-3 13ª 02/12/07 ED Viana CART 6-4 14ª 09/12/07 HC Braga CART 7-5 15ª 16/12/07 CART OC Barcelos 1-11 16ª 23/12/07 Valença CART 2-5 17ª 30/12/07 CART Riba D’Ave 3-10 18ª 13/01/08
CART - Calendário Taça do Minho de Infantis - 2007/2008
20/01/08 27/01/08 10/02/08 17/02/08 24/02/08 02/03/08
09/03/08 16/03/08 30/03/08 06/04/08 13/04/08
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª
3-13
CART CART CART Riba D’Ave CART Valença CART Limianos CART OC Barcelos CART
Seixas Famalicense ADB/Campo CART ED Viana CART (FOLGA) CART HC Braga CART HC Fão
12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª
20/04/08 25/04/08 27/04/08 01/05/08 04/05/08 11/05/08 18/05/08 25/05/08 01/06/08 08/06/08 15/06/08
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reflexo | janeiro de 2008
p desporto
Clube de Ténis de Mesa das Taipas
opinião
Campeonatos terminaram
PAULO MACHADO
Verdade Desportiva Muitas e muitas vezes há quem apregoe à “verdade desportiva”, termo esse que reflecte a justiça no desporto, muito em abundância no futebol. “Verdade” essa, algumas vezes, “falsificada”, por esta ou aquela razão. Quase sempre direccionada para os erros dos árbitros. Mas nem sempre são os árbitros a tornear aquilo que deveria ser a verdade pura do desporto. É certo que a decisão de um “penalty” — sem razão para tal — a dar em golo, pode muito bem ter um peso relevante no prevalecer daquilo que é conhecido por “ verdade desportiva”, ou, até mesmo, como acontece, um sem número de erros sucessivos pela parte da equipa de arbitragem a favor de uma determinada em equipa no decurso de um jogo.
Clube de Ténis de Mesa das Taipas: À frente ( da esquerda para direita): José Guimarães, Joaquim Magalhães, Ricardo Fernandes, Vítor dos Santos, Bruno Magalhães, João Ribeiro e Domingos Marques. Atrás (da esquerda para direita): Tiago Freitas, André Rebelo, João Lourenço, Bruno Moreira, Pedro Castro, Marcelo Rodrigues e Domingos Marques (director)
Todos os escalões de competição do Clube de Ténis de Mesa das Taipas terminaram já os respectivos campeonatos distritais. Os primeiros a terminar, foram os atletas juniores. As duas equipas taipenses classificaram-se nas 2ª e 3ª posições da classificação geral.
Os séniores, obtiveram um honroso 3º lugar, num campeonato que foi vencido pelo Vitória de Guimarães. No total somaram 32 pontos, contra os 42 dos vitorianos. Os mais novos, infantis, obtiveram a 2ª posição, cabendo à
Casa do Povo de Alvito o 1º lugar. Terminados que estão os campeonatos distritais, os atletas taipense já estão a preparar-se para a provas nacionais que têm início agendado para este mês de Fevereiro.
Campeonato Distrital de Equipas (Seniores) 12.ª jornada 04/01/2008 ADR Outeirense B 0 4 VSC Guimarães CP Alvito B 4 1 CP Ribeirão ESPB Salgado 0 4 GDB Misericórdia B CTM Taipas 4 0 ADRC Gilmonde
14.ª Jornada 18/01/2008 ADR Outeirense B 2 4 CP Alvito B ESPB Salgado 0 4 VSC Guimarães CTM Taipas 4 0 CP Ribeirão ADRC Gilmonde 1 4 GDB Misericórdia B
13ª Jornada 11/01/2008 ADRC Gilmonde 4 0 ADR Outeirense B GDB Misericórdia B 4 3 CTM Taipas CP Ribeirão 4 0 ESPB Salgado VSC Guimarães 4 2 CP Alvito B
Classificação 1 2 3 4 5 6 7 8
VSC Guimarães CP Alvito B CTM Taipas GDB Misericórdia B ADR Outeirense B ADRC Gilmonde CP Ribeirão ESPB Salgado
J 14 14 14 14 14 14 14 14
V D 14 0 12 2 9 5 9 5 5 9 4 10 3 11 0 14
P 42 38 32 32 24 22 20 14
Campeonato Distrital de Equipas (Infantis Masculinos) 1.ª Jornada 05/01/2008 CP Alvito A 3 1 CP Alvito B GD Bairro 0 3 CTM Taipas
2.ª Jornada 05/01/2008 CP Alvito B 3 0 GD Bairro CTM Taipas 2 3 CP Alvito A
3.ª Jornada 12/01/2008 CTM Taipas 3 0 CP Alvito B GD Bairro 0 3 CP Alvito A
4.ª Jornada 12/01/2008 CP Alvito B 1 3 CP Alvito A CTM Taipas 3 0 GD Bairro
5.ª Jornada 19/01/2008 GD Bairro 0 3 CP Alvito B CTM Taipas 2 3 CP Alvito A
6.ª Jornada 19/11/2008 CTM Taipas 3 0 CP Alvito B GD Bairro 0 3 CP Alvito A
Classificação J
V D P
1 CP Alvito A
6
6 0 18
2 CTM Taipas
6
4 2 14
3 CP Alvito B
6
2 4 10
4 GD Bairro
6
0 4 6
Mas a “verdade desportiva” começa a ser colocada em causa por aqueles que, muitas vezes, estão vinculados aos próprios clubes. O sucesso de um colectividade/clube deve ser apreciada não só pelos resultados, como pela capacidade de gestão de quem tem poderes para tal. Não custa nada ter sucesso quando se tem um jogador como Cristiano Ronaldo ou Messi numa equipa. É claro! Mas, claro está, também deve existir arcaboiço para suportar as despesas inerentes aos custos dos grandes craques. (Não me atrevo a falar do poder económico do Manchester U. ou Barcelona). Mas, nós por cá, muitas vezes usamos e abusamos nesta vertente. Quantos são os exemplos dos clubes portugueses que abusam de promessas (jamais) cumpridas, simplesmente com a sede dos resultados desportivos. Torna-se imperial tomar medidas drásticas para com aqueles que pensam que todos os meios justificam o fim. Como, por exemplo, ver o clube X a coleccionar vitórias, resultados desportivos, mas afundado em dívidas. Não custa nada alcançar sucesso num clube, vangloriar com o estatuto de primeiro lugar numa determinada prova quando se tem um jogador X e outro Y de qualidade inquestionável, mas não lhe pagam o devido valor. É como ter um lençol para cobrir a cabeça e deixar os pés descobertos. Bem estão aqueles que têm uma manta que cobre o corpo todo. A Associação de Futebol de Braga divulgou recentemente uma lista de mais de três dezenas de clubes que tinham dívidas, somente, para com aquela instituição. E, ao abrigo do art.º 22 do regulamento disciplinar, ameaçou a suspensão da actividade dos clubes “devedores”. Assim está bem, pois o que se verificava é que os clubes mais modestos — nos resultados desportivos — tinham as contas em dia, enquanto os “grandes” e reais “candidatos” faziam parte dessa lista negra. É aqui que começa a verdade desportiva. Há que partir todos em pé de igualdade.
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janeiro de 2008 | reflexo
p desporto Escolinha de Rugby para crianças
CART entrega prémio
A Universidade do Minho, através dos Serviços de Acção Social, lançou no passado mês de Novembro, a Escolinha de Rugby para crianças dos 6 aos 12 anos de idade. A iniciativa resulta de uma colaboração directa com o Clube de Rugby de Arcos de Valdevez (CRAV), que tem como objectivo o incentivo à prática do rugby e um melhor conhecimento desta modalidade desportiva pelo público em geral. Os treinos que decorrem no Complexo Desportivo da Universidade do Minho, contam já com nove atletas na equipa, que irão participar em convívios nacionais quase mensalmente. No passado domingo, dia 27
participaram numa competição em Arcos de Valdevez. Como desporto colectivo que é, o rugby fomenta o espírito de grupo, de união e respeito entre colegas de equipa e adversários. Desta forma, pode dizer-se que é espaço ideal para o desenvolvimento das capacidades motoras, psicológicas e sociais da criança que o pratica. Como nos referiu o técnico responsável pela modalidade na UMinho, “as crianças gostam imenso dos treinos, do monitor (Paulo Galvão) e da modalidade em si, é uma modalidade completa para quem quer desenvolver o espírito de equipa e de sacrifício”. Sabemos que é essencial que
as crianças aprendam a conviver e a relacionar-se num ambiente de grupo e que descubram, através dos treinos e jogos, o verdadeiro prazer e sentimento de dever cumprido que se obtêm do “trabalho de equipa”. Mas, mais importante ainda é que lhes seja disponibilizado tempo para a prática de desporto desde bem cedo nas suas vidas e que, invariavelmente, se divirtam ao fazê-lo. Os interessados podem deslocarse ao Complexo Desportivo de Gualtar, aos sábados das 9.30 às 11 horas para ver ou experimentar uma aula.
Realizou-se no passado dia 15 de Janeiro, na sede do CART, a entrega do prémio ao vencedor do Sorteio de Angariação de Fundos levado a cabo pela Direcção da colectividade. O primeiro prémio foi atribuído ao número 42476 adquirido por Rosa Silva, residente na Rua Professor Manuel José Pereira, nas Taipas. O faqueiro da Cutipol foi recebido pelo seu marido, das mãos do dirigente do CART, Nuno Miguel Silvério.
Entretanto, a direcção do CART constatou que, os números correspondentes ao segundo e terceiro prémios, números 19966 e 3785, respectivamente, não foram vendidos. Sendo assim, os respectivos prémios “saíram à casa”. Os números sorteados foram apurados pelo sorteio da Lotaria dos Reis de 2008 realizado nos primeiros dias de Janeiro.
CLIDAF em movimento 2008
Bute já passeiam na UMinho
A Universidade do Minho (UMinho) entregou no passado dia 18, as primeiras 200 Bicicletas de Utilização Estudantil (BUTE)., numa cerimónia apadrinhada pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Dr. Laurentino Dias. As bicicletas ecológicas foram entregues gratuitamente a alunos, professores e funcionários, as primeiras de 2000 que até final de 2008 serão recebidas pela
academia. Concorreram cerca de 400 pessoas às BUTE, 80 por cento das quais alunos, mas o projecto atraiu também professores e funcionários, sendo que entre os 400 inscritos, 15% são docentes. Este projecto surge com o objectivo de promover na universidade e cidades, o ambiente, a prática desportiva, os hábitos de vida saudáveis,
tentando desta forma influenciar as pessoas a deixarem o carro em casa e virem para o campus de bicicleta. A atribuição das ‘BUTES’ é feita gratuitamente. A comunidade académica só tem de se inscrever e, ao ser aceite, assinar um contrato que será válido por um período de três anos. Ao fim deste prazo, os utilizadores podem optar pela aquisição da bicicleta, mediante o pagamento de um valor residual de 25 euros. O projecto compreende ainda a instalação de 100 estações para parqueamento com publicidade integrada e uma Box-Assistência, que funciona como estrutura de apoio à manutenção do equipamento, posto de venda de acessórios e balcão de informação. Laurentino Dias recebeu de José Nuno Amaro, responsável da empresa IDEIA BIBA, a matrícula da sua BUTE, dizendo que “Um país como o nosso, com as melhores condições e características naturais da Europa, tem de ter mais gente a usufruir das actividades ao ar livre”.
A Cooperativa de Lazer, Intervenção Desportiva e Apoio Fisioterapeuta (CLIDAF) irá organizar no próximo dia 9 de Fevereiro pelas 14h30 a Festa “Clidaf em Movimento 2008” no São-Mamede - Centro de Artes e Espectáculos, em Guimarães. A participação neste evento é gratuita e será aberta a toda a população que queira passar uma tarde de sábado animada. Do programa fazem parte actividades desportivas para todos os gostos: Fitness, Karaté, Yoga, Dança do Ventre, Danças
Latinas e também actividades de Desporto Sénior. O evento contará ainda com a presença de pessoas especializadas da área da Saúde que farão uma abordagem e rastreios aos participantes. Para os mais pequenos não faltarão os habituais animadores, mimos e palhaços com as suas brincadeiras, pinturas faciais e modelagem de balões. O objectivo desta iniciativa é o de promover a prática desportiva e socialização entre a comunidade.
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reflexo | janeiro de 2008
Centro de Formação Francisco de Holanda comemorou 15 anos
escolas Serviço de Psicologia e Orientação na Escola Secundária
Foi com uma conferência sobre “Avaliação de Professores: mudanças e responsabilidades”, a cargo da doutora Conceição Castro Ramos, Presidente do Conselho Científico para Avaliação de Professores que encerrou as comemorações do 15.º aniversário do Centro de Formação Francisco de Holanda. Foi com uma conferência sobre “Avaliação de Professores: mudanças e responsabilidades”, a cargo da doutora Conceição Castro Ramos, Presidente do Conselho Científico para Avaliação de Professores, que encerraram as comemorações do 15º aniversário do Centro de Formação Francisco de Holanda. Era com alguma expectativa que os professores que enchiam o salão nobre da Sociedade Martins Sarmento aguardavam a intervenção de Conceição Ramos. No final, a desilusão instalou-se nos presentes, pois a intervenção não foi ao encontro do esperado. No momento em que se discute precisamente a questão da avaliação dos professores, a responsável pelo Conselho Científico não acrescentou nada de novo, fugiu das questões mais prementes e limitou-se a uma resenha histórica do que se tem passado nos últimos anos ao nível das reformas na Educação. Perante tal cenário, foi o próprio responsável pelo CFFH que abriu um curto período de debate. Não foram colocadas mais do que três
questões que foram respondidas de uma forma muito genérica. Conceição Ramos afirmou que o Conselho Científico a que preside é um “órgão consultivo e com o papel de acompanhar o processo”, não tendo responsabilidades ao nível da implementação do processo de avaliação. Acrescentou que não podia dar respostas concretas e pediu bom senso e uma certa flexibilidade atendendo à realidade. Defendeu que a avaliação dos professores se enquadra em dois pólos complementares. Por um lado, visa uma certa responsabilização dos professores, “a necessidade de prestar contas por parte dos docentes também contribuirá para o aumento do brio profissional dos mesmos”; por outro, Conceição Ramos referiu que se deve caminhar no sentido de ajudar ao desenvolvimento profissional dos professores, para se fomentar o trabalho colectivo, “sem esquecer a responsabilidade individual”. No período que antecedeu esta intervenção, foi ainda apresentada a 15ª edição da revista Elo, da
responsabilidade do próprio centro de formação. A apresentação esteve a cargo do Prof. Doutor Almerindo Janela Afonso, do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho. A revista dá destaque ao papel das Bibliotecas Escolares, no momento em que se comemora o 10º aniversário da criação da Rede de Bibliotecas Escolares. Ao longo de mais de 350 páginas a revista, tal como escreve o seu responsável, Jorge Nascimento, pretende ser “diversa e divergente”, apresentando a colaboração de muitos professores de várias escolas que fazem parte deste centro de formação. Este aniversário também ficou marcado pela realização, ao longo da semana de 21 a 26 de Janeiro, de diversos eventos vocacionados para os Educadores de Infância, os membros dos Conselhos Executivos, Coordenadores de Bibliotecas Escolares, membros das equipas de Bibliotecas Escolares e Professores em geral.
Uma das primeiras acções visíveis do contrato de autonomia assinado entre a Escola Secundária e o Ministério da Educação já está em execução. O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) iniciou as suas funções no dia 3 de Janeiro de 2008, com a contratação da Psicóloga Ana Peixoto. Até ao final do ano lectivo, o SPO propõe-se trabalhar com os alunos e em colaboração com os diferentes agentes da comunidade educativa, tais como pais/encarregados de educação, professores, órgãos de gestão bem como outros parceiros da comunidade tendo em vista contribuir para um desenvolvimento humano mais integral não só dos alunos mas de todos os membros da comunidade educativa. Neste sentido, o SPO irá oferecer os seus serviços em cinco áreas. Orientação Escolar e Profissional (OEP) - As actividades oferecidas a este nível serão várias, intervenção individual/grupo junto dos alunos do 9º ano que pretendem apoio na escolha do curso que irão seguir a partir do 10º ano de escolaridade; ajudar os alunos do 10º, 11º e 12º ano a preparar o seu futuro escolar e profissional, por exemplo, na escolha de um curso do ensino superior, no desenvolvimento de técnicas de procura de emprego; organizar visitas de estudo a instituições de formação, mostras de orientação, painéis com profissionais; apoio às matrículas e à candidatura ao ensino superior. Apoio Psicológico e Psicopedagógico. Este apoio tem como objectivo a colaboração na identificação, análise e resolução de problemáticas, tais como: dificuldades de aprendizagem, dificuldades de relacionamento interpessoal com os colegas ou família, problemas na organização do estudo, ansiedade/medo na realização dos testes. Aconselhamento/Consultoria à Comunidade Educativa e estabelecimento de parcerias com outros Serviços da Comunidade. A este nível o SPO irá colaborar em todas as acções comunitárias destinadas a eliminar e prevenir o abandono escolar precoce; estabelecer articulações com outros serviços da comunidade tendo em vista a resolução de problemas da comunidade educativa e articular a sua acção com outros serviços especializados, nomeadamente no âmbito da Saúde e da Segurança Social, da Educação e da Formação Profissional. Actividades de Formação/Informação dirigidas ao pessoal docente e não docente. Reuniões com os pais/encarregados de educação sobre o seu papel no apoio aos seus educandos na escolha de um percurso escolar/profissional ou sobre o seu papel no apoio escolar. Desenvolvimento de projectos, isto é, colaboração com outros elementos da comunidade educativa no planeamento, organização e implementação de projectos. Os alunos interessados em recorrer ao SPO deverão dirigirse ao gabinete 2.8, que se localiza no Pavilhão 2, e marcar um atendimento. Se preferirem, podem solicitar apoio ao Director de Turma e, por via dele, efectuar uma marcação. O mesmo se aplica aos pais e encarregados de educação que, através do telefone ou pessoalmente, directamente junto da Psicóloga ou através do Director de Turma poderão solicitar uma reunião com a mesma.
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janeiro de 2008 | reflexo
publicidade ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DAS TAIPAS
I Feira de Stocks de Caldas das Taipas II Feira do Automóvel Usado de Caldas das Taipas
Quer aumentar as vendas da sua empresa? Diversas empresas já o fizeram com a ACIT !!!!! Ao proporcionarem aos seus responsáveis uma formação intensiva revendo as “Melhores Práticas de Gestão aplicadas a Pequenos Negócios” onde são trabalhados aspectos como: 1. MARKETING - Exposição dos Produtos - Atendimento a Clientes: • A diferença entre “ Atender & Vender “ • Tipos de personalidades em termos de vendas • A condução do processo comercial • Tratamento de objecções • Negociação e Fecho 2. GESTÃO DE PESSOAS - Objectivos e Motivação - Aspectos Legais e Incentivos
De 8 a 10 de Fevereiro decorrerá no recinto da Feira das Taipas a I ª Feira de Stocks de Caldas das Taipas, e, a II ª Feira do Automóvel Usado. A I ª Feira de Stocks surge com o intuito de proporcionar aos nossos associados pertencentes a sectores tão diversos como o do vestuário, calçado, perfumaria e cosmética, artigos de decoração, têxteis lar e electrodomésticos, mais uma oportunidade, para escoarem os produtos que, pelos mais diversos motivos, não conseguiram vender.
Este evento decorrerá no mercado coberto da feira e será organizado paralelamente com a IIª Feira do Automóvel Usado, com o objectivo de criar sinergias e atrair mais população ao local. No que respeita à II ª Feira do Automóvel Usado de Caldas das Taipas o modelo a seguir será o mesmo que tão bons frutos deu no ano passado. Contudo pretendemos elevar a qualidade e principalmente a divulgação. Durante os dias haverá animação musical variada com a actuação de ranchos folclóricos
e grupos de música ligeira com o intuito de atrair o maior número de consumidores. Estas iniciativas têm por missão transmitir à população da nossa região que “O Maior Shopping ao Ar Livre da Região “, está vivo e dinâmico, e, pretende ser um local onde oferecemos uma variedade de produtos e serviços com qualidade e atendimento personalizado, com cerca de 420 lojas de Comercio e Serviços, com áreas de lazer (Termas, Rio, e Monumentos Nacionais).
Curso de Língua Espanhola “Espanhol dos negócios” Consciente da importância da domínio da língua espanhola para o sucesso das transacções comerciais entre os países da Península ibérica, a ACIT pretende promover um curso de língua espanhola dirigido
aos empresários, bem como caso surjam inscrições e fruto da parceria estabelecida com o Centro de Estudos de Espanhol, para alunos que pretendam conhecimentos da língua espanhola para fins académicos.
3. FINANÇAS - A Rentabilidade - O Equilíbrio Financeiro - Breves noções Contabilísticas Nós sabemos que nesta altura, todos estamos preocupados em maximizar a actividade comercial da nossa empresa. Sabemos também que nem sempre é fácil, fazer com que invistamos dois dias do nosso tempo. Faça um pequeno teste e responda às seguintes questões: • Quem são os seus clientes ??? • O que é que eles procuram ??? • Quem são os seus concorrentes ??? • O que é que eles oferecem ??? • Que atributos deve ter a exposição da minha loja para ser mais apelativa ??? Será que não vale a pena investir dois dias???? Próxima formação Abril de 2008 – já estão abertas as Pré Inscrições na sede da ACIT. Inscrições limitadas a 12 elementos por formação.
Campanha do Dia dos Namorados
As inscrições estão abertas na sede da ACIT. Horário: 4 horas/semana divididas em 2 sessões de 2 horas cada, em horário a combinar. *
Protocolo com o Centro das Novas Oportunidades da Escola Secundaria das Caldas Taipas Com o intuito de desenvolver uma actuação conjunta com o objectivo de promover a melhoria dos níveis de escolaridade e de qualificação dos activos das suas empresas associadas, em especial, dos trabalhadores de todas as micro e pequenas empresas a ACIT – Associação Comercial Industrial das Taipas, assinou no passado dia 12 de Janeiro de 2008 um Protocolo com o Centro das Novas Oportunidades da Escola Secundaria das Caldas Taipas. Este protocolo visa estimular
e valorizar o investimento pessoal dos seus associados e respectivos trabalhadores na melhoria dos seus níveis de qualificação escolar e profissional, e, sensibilizar todos os seus associados e respectivos trabalhadores para as ofertas das Novas Oportunidades para adultos. A ACIT aposta no investimento do potencial humano, como factor de valorização competitiva das empresas e do progresso económico e social da região. A “ Economia de Mercado
“ em que vivemos exige um envolvimento colectivo na qualificação dos recursos humanos e na formação contínua dos activos empregados, nomeadamente, através da promoção da literacia digital, da capacitação para o uso de meios informáticos e equipamentos tecnologicamente avançados e do incremento do uso da Internet. Para obter mais informações contacte por favor a nossa sede. Estão abertas inscrições.
No próximo dia 14 de Fevereiro a ACIT, levará a cabo mais uma iniciativa com o tema “Venha Namorar Connosco”. A Campanha consistirá em animação de rua e distribuição de lembranças pelo Associados aos clientes com a mensagem – “Venha Namorar Connosco”; A ACIT recomenda os nossos
Associados da área do comércio para que durante este período, realizem montras alusivas à Campanha do Dia dos Namorados. Como sabem as montras são um elemento de comunicação de extrema importância e muitas vezes esquecido. Elas são a primeira impressão do nosso ponto de venda. Permitem comunicar as novidades e as promoções, e, são geradoras do impulso de entrar – logo – estabelecem a ligação entre cliente e vender. Vamos promover as montras do nosso “Maior Shopping ao Ar Livre da Região”.
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reflexo | janeiro de 2008
temático ECOS Por Teresa Portal
«Quem espera, desespera!» e, defeito de formação profissional, gosto da pontualidade mais do que “Britânica”. Quem já «esperou» por quem não chega, já passou pelos vários estados de espírito: desassossego, raiva, desespero... a que se associam reacções físicas mais ou menos perceptíveis para os outros. Também eu, mero exemplo comum a todos, já me vi nesses «assados» e reagi como todos reagem, penso eu, dentro de uns certos limites impostos pelas regras da boa educação. A uma irritação surda que se vai manifestando (abanar o pé, tocar piano com os dedos, cruzar e descruzar as pernas) segue-se uma agitação mais visível (andar agitado de um lado para o outro como um leão na jaula, falar com os botões que nos faz fazer papel de idiotas, gesticular - os mais descontrolados, ...), que mais? Bem, pessoalmente, se puder descarregar, ou, à moda daqui, se puder soltar a burra, solto. Só que nem sempre isso é possível! Em muitas ocasiões seria ridículo e noutras pouco abonatório e um espectáculo assaz incompreensível para os assistentes casuais!!! E... «o contar até dez» dá mesmo resultado. Muito pausadamente... e a respirar profundamente, vagarosamente, a lengalenga começa muito, muito lentamente: um... (inspira!), dois... (expira!), três... (inspira!), quatro... (expira!), cinco... (inspira!), seis... (expira!), sete... (inspira!), oito... (expira!), nove... (inspira!), dez... (expira!)... Pouco a pouco, a calma instala-se no corpo físico e vai forçando a entrada no psíquico. É sempre assim! Porém, se tal não acontece, faço como agora. Apanho papel e lápis (ou esferográfica ou marcador!) e escrevo o que me vem à cabeça. Desabafo com o papel, o meu grande confidente mudo e cómodo, porque ouve tudo e, tenha ou não razão, não retruca. Cala! E quem cala, consente. Desta forma, conforme a onda do momento, que nada
“Quem espera, desepera!” Gosto desta actividade artesanal do tipo «escreve, risca, emenda, faz chamada e acrescenta, explica, transforma», pois só assim usufruo do prazer de escrever. A máquina, mais exactamente, o computador tem o condão de me bloquear, principalmente quando ela própria (a máquina!) bloqueia e teima em certas situações inexplicáveis!
tem a ver com a frequência modelada, uma outra emissora entra em funcionamento... a imaginação. Com efeito é em momentos de grande stress que muitas vezes se cria. É assim como que um arrumar as ideias, os pensamentos, as vivências, as experiências, as sensações, o real e o imaginário, o fantástico, o provável e o improvável, catalogando tudo muito bem e colocando os ficheiros em ordem. Logo depois surge um grande vácuo, provocado pelo esvaziamento de toda a actividade criadora que, entretanto, recomeça o processo de enchimento. E ao apaziguamento interior corresponde uma grande agitação exterior e as palavras soltam o seu grito de guerra quando tomam posição de sentido na folha, soldados prestes a entrar em batalha e lutar até à exaustão ainda que por causas perdidas e correndo sempre o risco de morte por borracha, corrector ou «delete» no computador. Até a morte das palavras é ditada de formas diferentes conforme se utilizem ou não as novas tecnologias de informação e comunicação - as TIC. «Tic-Tac» é o relógio que orienta o tempo e a vida. Há que realmente despertar para as Novas Tecnologias em todos os ramos do saber, pois elas vão ser o futuro. Cada vez mais o lápis e o papel serão relegados para segundo plano por obsoletos, queiramos ou não, concordemos ou não. Eu não concordo, porque gosto desta actividade artesanal do tipo «escreve, risca, emenda, faz chamada e acrescenta, explica, transforma», pois só assim usufruo do prazer de escrever. A máquina, mais exactamente, o computador tem o condão de me bloquear, principalmente quando ela própria (a máquina!) bloqueia e teima em certas situações inexplicáveis! Erro humano! dizem. Sem dúvida, o pior erro é depender das máquinas! O homem está a ficar «calculodependente» e «computodependente»... para já não falar de muitas outras milhentas dependências que
invadem o ainda (??) domínio do Homem. Não estaremos a aproximar-nos perigosamente dos filmes de ficção científica que preconizam o domínio do homem pela máquina por ele criada? Leonardo Da Vinci e Júlio Verne foram considerados visionários no tempo em que viveram e ambos estudaram e inventaram máquinas demasiado avançadas para o seu tempo. Constituíram a ficção científica das épocas em que viveram! O Allien, o ET, a Nave Orion, a Base Lunar Alfa, o computador Max, o carro Knight estarão assim tão longe de nós? O olhar passeia-se distraidamente no mostrador azul do relógio de ponteiros luminosos. Quarenta e cinco minutos de atraso! Irra! Arre! Apre! Interjeições por excelência da irritação crescente que invade quem espera, mas uma outra há, cuja inicial é comum ao nome Portugal, que por ser calão é bem utilizada. Uma questão aliás bem curiosa: Porque é que o palavrão é mais utilizado em situações de grande stress, dor, irritação,... mesmo por quem não o utiliza no seu quotidiano, do que as interjeiçõezitas inofensivas que estão igualmente à sua disposição? Assustados talvez pelo mostrador azul do relógio que impiedosamente denuncia cinquenta e cinco minutos, os «soldados» devem ter recolhido à caserna, porque repentinamente, como uma idiota, olho para a folha do bloco que viaja comigo na carteira para estas emergências e nada mais sai. Bloqueio completo. Retomo a tarefa de tamborilar com os dedos no tampo de vidro da mesa do café, quando um «Olá, viva! Não estou muito atrasada, pois não? Nem calculas o que me aconteceu!» Mentalmente, fuzilo-a, enquanto a minha boca apenas balbucia: «Não, que ideia! Só estou aqui há uma hora!» É a minha irmã. Que se há-de fazer? Quem esperavam que fosse?
ESPELHO SONORO de 2007 Por Horácio Nogueira
Foi com muito apreço que no imediato respondi positivamente ao generoso convite do Reflexo, em possibilitar-me um espaço onde posso exprimir as minhas opiniões livre de preconceitos acerca de música. Considero que há música boa e música má, há quem diga que os gostos não se discutem, não discordo, mas creio que há gostos bons e gostos maus. Neste artigo escrevo sobre 2007 e os álbuns, músicas, bandas e concertos que, na minha opinião marcaram o ano findo. Situo “23” de Blonde Redhead na 5.ª posição da minha lista. O 7.º álbum do trio nova – iorquino que precedeu Misery is a Butterfly de 2004 é um disco simples, atmosférico, doce, suave e de mudança para esta já consistente banda que passou por Portugal em Novembro na abertura do concerto de Interpol no Coliseu dos Recreios. 23, música homónima ao disco, Silently e Dr. Strangeluv, são apenas 3 registos de um bastante aclamado álbum pela crítica. Zach Condon de apenas 21 anos de idade é o rosto dos Beirut cujos sons orquestrais com influências da musicalidade do Leste Europeu e Balcãs, permitem-me classificar “The Flying Club Cup” no 4.º lugar. Acordeão, clarinete, flauta e violino são alguns dos instrumentos que preenchem este álbum que surgiu já no final do ano onde Nantes e A Sunday Smile garantem a base para um futuro promissor dos Beirut. Tiveram uma das melhores actuações do ano em Portugal num festival em Lisboa, com um concerto altamente enérgico
e contagiante. O punk-electro-rock que os caracteriza fez com que este segundo álbum da banda fosse eleito por muitas revistas especializadas como o melhor de 2007. Falo de LCD Soundsystem e do magnífico “Sound of Silver”. Arranjado, sólido, pormenorizado e impulsivo coloca os LCD num patamar de exigência elevada relativamente ao que se seguirá. Da absolutamente hilariante North American Scum à apaixonante All My Friends, “Sound Silver” é constituído por um conjunto de nove fortes canções, pertencendo-lhe assim, o último lugar do pódio. O próximo álbum pertence a uma banda que dispensa apresentações. O tão aguardado sétimo disco dos Radiohead não desiludiu, muito pelo contrário. Considero “In Rainbows” como o melhor disco pós “Ok Computer” daquela que é a mais importante banda do séc. XXI. Ao percorrer as músicas sinto-me a escorregar pelo mais misterioso arco-íris. A melodia, a batida, o camaleonismo vocal de Thom Yorke, o ritmo frenético de Bodysnetchers, a incomparabilidade de Jigsaw Falling Into a Place, o sentimentalismo de Reckoner ou a transversalidade de Nude classificam “In Rainbows” na 2.ª posição. Antes de partir para a minha preferência do ano, não posso deixar de referir que “Our Love to Admire” dos Interpol, “Boxer” de The National ou “Proof of Youth” das britânicas The Go Team, constituem também excelentes referências do último ano. Depois de em 2004 terem surpreendido o panorama global da música com o tão aclamado “Funeral” , o segundo
registo dos canadianos Arcade Fire era esperado como o disco da confirmação e da prova que a qualidade de “Funeral” não teria sido obra do acaso, ou então que haviam sido mais uma nova banda com um primeiro registo de qualidade não consolidada com o segundo álbum, infelizmente um exemplo que não é raro verificar. “Néon Bible”, onde estaria a ser injusto se destacasse alguma música, confirma os Arcade Fire como uma banda representativa da originalidade, da identidade própria e de um virar de página. Quando é cada vez mais difícil adoptar novos estilos, a banda do casal matrimonial Win Butler e Régine Chassagne, com o som inconfundível do acordeão, o rasgar do violino, o órgão dominical bem como os seus possantes coros, produziu um disco com onze canções todas elas dignas de single. É também dos Arcade Fire a melhor actuação de 2007, no mesmo palco onde passaram os LCD Soundsystem. A contante troca dos seus membros pelos vários instrumentos da proporciona uma verdadeira orgia musical em palco. Agora resta esperar pelo próximo. Poderá ou deverá o leitor discordar, como referi no início do texto, a música pode ser um espelho da relatividade, mas estes foram indubitavelmente, as músicas, os álbuns e as bandas que considero como melhores do ano. Gostos...
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janeiro de 2008 | reflexo
efemérides
As efemérides da vila de Caldas das Taipas e freguesias circundantes ao longo do mês de Fevereiro abrangendo áreas como a económia, a política, comunicação, urbanismo, religião, saúde, ensino e desporto. Trabalho de recolha e pesquisa de Carlos Marques 01/02/1854: Morre em São Cláudio do Barco, um indivíduo de nome Oliveira, que era de S. Torquato. Porque enquanto emigrado no Brasil, sua esposa, o traíra com o parocho, o célebre Sub-Deveza. 02/02/1849: Morre afogado em São João de Ponte José António Machado Guimarães, que era o sacristão-mor da Collegiada. 03/02/1617: Os moradores da freguesia do Mosteiro de Souto, fazem obrigação de dar o azeite e tudo o mais necessário para terem permanente o SS.mo Sacramento na sua igreja. 04/02/1531: O Cabido empraza em uma vida, a igreja e o couto de São João de Ponte com suas pertenças ao cónego Steuam Annes, pela renda anual de 365 libras de dinheiros portugueses. 05/02/1917: Assaltada a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, na freguesia de São Martinho de Gondomar. Os ladrões tentam levar o sino, mas são persentidos. O regedor prende-os, Domingos da Silva do Lugar dos Moinhos e António Gonçalves do Lugar do Barroco, ambos desta freguesia. 06/02/1926: Liquidação final da obra de reparação e melhoramentos do caminho que vai desde o Lugar do Barrado ao Lugar da Residência paroquial na freguesia de Santa Eufémia de Prazins pelo valor de749$50. 07/02/1922: Concedidas licenças par poderem ter gado lanígero a José Francisco de Santa Maria d Souto e a Francisco José Vieira de Santa Leocádia de Briteiros. 08/02/1911: A Comissão Distrital de Braga, dá aprovação ao orçamento e ao projecto de reparação que vai do Lugar de Caldinhas ao pontilhão do Rabelo. 09/02/1971: O deputado por Guimarães, Duarte do Amaral, discursa na Assembleia Nacional, traçando um panorama do Entre Douro e Minho, destacando as Taipas como um pólo de desenvolvimento comercial e industrial. Defendia a criação duma Universidade para o eixo Guimarães-Braga. Donde veio a surgir a ideia da colocação da Universidade nas Caldas das Taipas. 10/02/1904: Inicia a reparação e melhoramento do caminho que vai do Lugar da Subida ao Lugar da Lage na
freguesia de Santa Eufémia de Prazins, que viria a custar 99.000 réis 11/02/1903: Contratado um técnico para elaborar o projecto e orçamento de que carece o Estabelecimento Termal de Caldas das Taipas. 12/02/1935: Inicia a construção da Avenida do Matadouro e da Avenida do Parque pela Comissão de Iniciativa das Caldas das Taipas. 13/02/1912: A pedido da Sociedade Martins Sarmento, é efectuado o estudo de melhoramentos do caminho que vai de Briteiros à Citânia com o mesmo nome. 14/02/2004: O deputado do PCP da Assembleia da República, entrevistado pela Rádio Fundação, acerca do seu requerimento ao Ministério da Saúde, sobre a hipotética deslocalização do Serviço de Saúde Pública das Taipas para Guimarães: … a população do concelho das Taipas, não pode ficar prejudicada. 15/02/1883: A Junta de freguesia de Caldelas, certifica que Manuel Joaquim Antunes Guimarães é mestre de Música. 16/02/1936: Inauguração do Syndicato Nacional dos Garfeiros de Sande, a que assistiu o Delegado do Syndicato Nacional do Dystrito de Braga, Dr. Henrique Cabral. 17/02/1939: Pagamento de 3.150$00 a António da Silva, valor da reparação no edifício Escolar de São Martinho de Sande. 18/02/1734: Os moradores d’ambos os sexos em número de 46 da freguesia de São Martinho de Leitões reúnem-se na sua igreja parochial, sob a presidência do seu reverendo vigário, Manuel Barbosa Valle, fazem uma escritura em que se obrigam na sua fábrica, à guarda do sacrário. 19/02/1998: Destaque do terreno com uma área de 3.848 m2, e inscrição na Conservatória do Registo Predial dum ónus de não fraccionamento do terreno para a implantação do pavilhão do CAR Taipense. Não se respeitando, o terreno viria a ser fraccionado mais tarde. 20/02/1737: Carta de Brazão concedendo as armas de Bragança, Francisco Duarte de Meirelles, neto paterno de João Duarte e Maria Rodrigues, residentes em Prazins. 21/02/1827: Morre em Coimbra, o padre Manuel Dias de Sousa, bacharel em cânones pela Universidade de Coimbra,
“Reflexo - O Espelho das Taipas”, Edição nº 140 de 1 de Fevereiro de 2008
CARTÓRIO NOTARIAL CARLOS MANUEL FORTE RIBEIRO TAVARES
JUSTIFICAÇÃO Avª de Londres, Bloco 1 C, F, Creixomil - 4810-100 Guimarães NOTÁRIO Lic. Carlos Manuel Forte Ribeiro Tavares Eu abaixo assinada, Maria Madalena da Silva Mendes, expressamente autorizada pelo referido notário a praticar este acto, certifico para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada a folhas oitenta, do Livro de notas para escrituras diversas número CINQUENTA E CINCO - A, SERAFIM TORRES PINHEIRO, NF 144 857 715 e mulher MARIA EMÍLIA OLIVEIRA DA SILVA TORRES, NF 144 857 723, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Dª Laura Cruz, nº 700, freguesia de Lemenhe, concelho de Vila Nova de Famalicão, de onde ele é natural, sendo ela natural da freguesia de Gondifelos, concelho de Vila Nova de Famalicão, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto de cultura arvense, com a área de sete mil duzentos e oitenta e nove vírgula nove metros quadrados, situado no lugar da Seara, freguesia de Brito, concelho de Guimarães, a confrontar do Norte e Nascente com José Marques Campos, do Sul com José Gonçalves e do Poente com caminho público, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido sob o artigo 486, com o valor patrimonial tributário e atribuído de € 1.300,00, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Guimarães. Que os justificantes adquiriram o identificado prédio, por compra verbal que fizeram, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e quatro a Augusto Gomes Moreira e mulher Maria do Carmo da Silva Moreira, residentes que foram na freguesia de Lemenhe, concelho de Vila Nova de Famalicão, já falecidos, sem que tenha sido lavrado o competente título formal para titular a referida compra. Que desde essa data, entraram na posse do referido imóvel. Que assim os justificantes são quem de forma ininterrupta, se têm mantido na posse e fruição do referido prédio há mais de vinte um anos, sempre usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas, tendo procedido no prédio objecto da justificação ao corte de silvas e de mato, pagando os respectivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente porque sem violência, pública e continuamente, tudo sempre à vista de toda a gente e sem oposição de ninguém, pois todos reconhecem nos justificantes os verdadeiros e únicos possuidores do identificado imóvel, posse que sempre foi exercida no convencimento e com a intenção de estarem a exercer os poderes correspondentes ao direito de propriedade sobre coisa própria. Que dadas as enumeradas características de tal posse os justificantes adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Guimarães, vinte e sete de Julho de dois mil e seis, A COLABORADORA DO RESPECTIVO NOTÁRIO Conta registada sob o número 3863/001/2006 - venda a dinheiro
natural da freguesia de Santa Maria de Souto. 22/02/1921: Festa da árvore, integrada nas comemorações nas Caldas das Taipas, do 2º aniversário do 13 de Fevereiro. 23/02/1876: Inauguração na freguesia de Salvador de Briteiros, da Escola Primária para o sexo masculino, paga por João Antunes Guimarães. Teve missa, e depois um jantar, a que assistiram bastantes convidados. 24/02/1923: Pagamento a José da Cunha de 29$15, referente à percentagem a que tem direito o cobrador do Imposto Ad-valorem do Posto de Cobranças de Santa Cristina de Longos. 25/02/1983: José Rodrigues Fernandes substitui na Assembleia de Freguesia de Caldelas, o cargo de deputado de Raul de Oliveira Ferreira. 26/02/719: É referido numa lendário breviário bracarense que S Félix Torcato, é bispo da Citânia e de Braga, e que está nesta data padecendo o seu glorioso martírio. 27/02/1912: Custódio José da Silva, obtém a licença necessária para continuar com o seu quiosque de 4m2 na Praça da República da povoação de Caldas das Taipas, para a venda de tabaco. 28/02/1935: A Câmara toma conhecimento do Despacho Ministerial, em que o Estado comparticipa com 49.821$37, a obra de empedramento da estrada municipal nº 1, lanço das Taipas a Longos 29/02/2000: O deputado na Assembleia da República do PCP, Agostinho Lopes, no debate da especialidade das Grandes Opções do Plano e do Orçamento de Estado, diz que não viu no PIDDAC, o projecto da variante Taipas a Guimarães. Que diz ter sido avançada pelo Instituto de Estradas de Portugal, como possível alternativa à criação de um Nó nas Taipas da Auto-Estrada.
reflexo | janeiro de 2008
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