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Agosto de 2017 / Ano XXIV / #254
Diretor Alfredo Oliveira
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CCTaipas apresenta equipa candidata à subida p. 26
Decréscimo demográfico preocupa candidatos autárquicos p. 6
Retrato das NEEs no Agrupamento de Escolas das Taipas p. 10 PUBLICIDADE
Junta de Freguesia inicia intervenção na Praia Seca p. 22
Suplemento
Gastronómico
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XX vol. IV
2009 - 2013
Edição comemorativa dos 20 anos do jornal Refexo Um volume histórico, numa edição limitada. Reserve já o seu exemplar. jornal@reflexodigital.com
tel. 253 573 192
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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira
A população e habitação no concelho O destaque desta edição vai para a segunda temática que colocámos aos candidatos à Câmara Municipal de Guimarães. Depois da questão dos transportes e coesão territorial, foram colocadas algumas questões aos quatro candidatos relativamente à evolução populacional e habitação ao nível do concelho. Quando se fala nestas questões, as comparações com os nossos vizinhos concelhios e principalmente com Braga são sempre prementes. No caso em apreço e de acordo com os censos, o concelho de Guimarães, em 1981, ainda tinha mais habitantes do que Braga (146.959hab contra 125.472hab). Desde essa altura, Guimarães foi registando uma quebra populacional e foi ultrapassado pelo concelho vizinho. Se passarmos para a questão habitacional, a maioria dos leitores, até talvez por experiência própria, aquando da escolha de um local para viver, essa escolha acaba por refletir não tanto o local onde gostaria de viver mas mais a questão do preço ou a disponibilidade de adquirir ou alugar essa habitação. Para além destas questões, o leitor pode ainda conhecer o que pensam os candidatos à Câmara Municipal sobre uma das temáticas que é transversal às grandes cidades, a questão da gestão do turismo com a habitação nos centros das cidades e, mais concretamente, no nosso caso, a questão da gestão do aumento do turismo no centro histórico de Guimarães com a vivência das populações que aí residem. Por último, não podíamos esquecer a questão da degradação habitacional de algumas zonas dos centros cívicos das vilas, de que Caldas das Taipas é um exemplo, e o que poderá ser feito para contribuir para a sua recuperação, para além do papel que o Avepark pode ter no crescimento económico e no parque habitacional em Caldas das Taipas/Guimarães. O mês de agosto é tradicionalmente o mês das férias da maioria dos portugueses estejam a viver em Portugal ou em outro país pela Europa fora. Já se nota uma maior agitação pelas ruas das freguesias e naturalmente em Caldas das Taipas. O Reflexo, nesta altura, também sofre algumas baixas. Assim, fica já o alerta de que a edição de setembro sofrerá um atraso de uma semana. Contrariamente à norma de estar nas bancas nos primeiros dias de cada mês, tal só acontecerá na segunda semana. Fica o desejo de umas boas férias para todos.
reflexo O Norte de Guimarães
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SOBE Mário Ribeiro
Redes sociais
Ser presidente da Assembleia de Freguesia não Continuo a ter uma retem sido tarefa fácil nos lação de desconfiança com últimos mandatos. A clivaas designadas redes sociais gem partidária e o acentuar e mais concretamente com dessas divisões políticas o Facebook. Sem conflitos foram complicando o trade interesses, o Reflexo tem balho de quem tem de, nas um Facebook e eu próprio assembleias de freguesia, também tenho um perfil. É “assegurar o seu regular e certo, “dá jeito” por quesnormal funcionamento”, tões jornalísticas e, sem fazer “cumprir o tempo de dúvida, para me lembrar das uso da palavra”, tudo isto pessoas que estão a comepara “assegurar o bom funmorar os seus aniversários. cionamento dos trabalhos” Nada tenho contra as e “promover o cumprimenpessoas que o utilizam de to do estatuto do direito da uma forma mais presente oposição”. ou omnipresente, cada um Mário Ribeiro, ao longo é que sabe. deste mandato, apesar dos No entanto, quando se constrangimentos acima assiste à leitura de alguns referidos, foi conseguindo textos… enfim, parece que exercer as suas compevale tudo e não deveria. tências e dando um certo equilíbrio às assembleias de freguesia.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 254 / Agosto de 2017 / Ano XXIV Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR Alfredo Oliveira REDACÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal; Vítor Neves Fernandes REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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DOSSIÊ: HABITAÇÃO E DINÂMICAS DEMOGRÁFICAS
A difícil missão de ter casa em Guimarães Variação populacional 2001-2011
Guimarães tem vindo a perder população ao mesmo tempo que vê o investimento no mercado imobiliário a crescer. Os preços especulativos adiam o sonho de casa própria ou de saída da casa dos pais e faltam soluções de rendas condicionadas para a chamada classe média. Numa época em que a resposta municipal para habitação cinge-se à população mais carenciada, encontrar um T1 por menos de 400 euros, em Guimarães, é quase uma miragem.
BRAGA +9,80%
< -20%
GUIMARÃES -0,91%
-20% : -10% -10% : 0
Texto Catarina Castro Abreu
0 : 10% 10% : 20% > 20%
Variação do número de habitações 2001-2011
BRAGA +20,52%
Estrutura da população GUIMARÃES
153.995 habitantes estimados para 2016
GUIMARÃES +15,33%
0% : 10% 10% : 20% 20% : 30% +30%
50,2%
48,5%
mulheres
homens
25-64
Densidade populacional 2011 +65
0-14 15-24
BRAGA 1011,9 hab/km2
13,6%
15,6% 12,6%
GUIMARÃES 645,4 hab/km2 58,1%
>2000 1000 : 2000 500 : 1000 <500
240,93 km2 de área
hab/km2 FONTES: CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES, INE, CENSOS 2011, ESTIMATIVAS ANUAIS DA POPULAÇÃO RESIDENTE
INFOGRAFIA PAULO DUMAS
“Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”. É o que diz o artigo 65º da Constituição Portuguesa. No entanto, encontrar uma casa a preços condizentes com o rendimento médio – 914 euros em 2016 – de cada português tem sido uma missão difícil. Sendo que o aconselhável é que 35% dessa liquidez vá para a despesa com a renda/ prestação da casa: onde é que um vimaranense encontra um T1 a 320 euros por mês? Cristina Rodrigues, 28 anos, já alcançou a estabilidade profissional num dos cafés da cidade onde é funcionária com contrato sem termo. Solteira e sem filhos, aufere cerca de 700 euros por mês o que lhe permite sair da casa dos pais e, finalmente, poder viver de forma independente. Este era pelo menos o seu plano antes de começar a procurar casa em Guimarães para arrendar.
“As rendas para um T1 ou mesmo T0 são proibitivas em Guimarães e não são elegíveis para o programa Porta 65”, desabafa a jovem, que contava com este apoio estatal para poder arrendar uma casa. Lançado em 2007, o programa de apoio ao arrendamento jovem Porta 65 consiste na atribuição de uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal, que pode ser renovada até perfazer três anos, tendo como beneficiários jovens entre os 18 e os 30 anos (vai ser aumentado para os 35 anos a partir da entrada em vigor do Orçamento de Estado 2018). As candidaturas que englobem menores e pessoas com deficiência e que se encontrem em localizações especiais, como centros históricos, são beneficiadas. Para obter este apoio, para o concelho de Guimarães, o programa admite rendas para um T1 até 294 euros enquanto um T2 pode ir apenas até aos 418 euros. Uma realidade bem distante dos preços praticados no concelho: dificilmente se
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DOSSIÊ: HABITAÇÃO E DINÂMICAS DEMOGRÁFICAS
População sempre a diminuir, mercado a crescer
encontra – procurando nos sites das imobiliárias – um T1 por menos de 400 euros enquanto as tipologias superiores ultrapassam, na maioria dos casos, um salário mínimo nacional. Preços especulativos adiam sonho de casa própria Miguel Sá recebeu a informação de que teria que deixar a casa em que vivia com a esposa e as duas filhas porque o apartamento arrendado, em Azurém, tinha sido vendido. Em vez de voltar a arrendar, decidiu que comprar uma casa. Mas aquilo que diz ser “a grande discrepância entre o preço de mercado [preço pedido pelos vendedores e imobiliárias] e o valor real do imóvel [avaliação]” fê-lo voltar atrás na decisão. “Como a maioria dos bancos apenas empresta 80% do valor da avaliação [feita pelas próprias instituições bancárias] foi completamente impossível para nós adquirir qualquer imóvel”, revela, acrescentando que “mesmo que conseguíssemos que al-
gum banco nos emprestasse dinheiro, seria sempre em condições altamente desvantajosas para nós. Por isso decidimos esperar”. A Miguel sobrou apenas uma hipótese: o arrendamento. Foi aí que começou a segunda dor de cabeça: com a vida profissional, escolar e pessoal estabelecida na sede de concelho, esta família teve que arrendar um apartamento T2 nas Taipas por falta de opções na área onde têm as suas dinâmicas diárias. Para este professor, também o negócio do arrendamento mudou em poucos anos: “Em 2015, arrendamos em Azurém e em 2017 nas Taipas. Notamos uma grande subida dos preços em apenas dois anos. Em 2015, com 500 euros por mês arrendaríamos com facilidade um T3 novo na zona do Parque da Cidade. Em 2017, o mesmo imóvel custaria, por mês, cerca de 700/750 euros”. Para Miguel Sá, “em 2015 a oferta era bastante maior do que em 2017, mas nada justifica esta subida estapafúrdia
dos preços”. “O mercado é altamente especulativo e altamente prejudicial para o comprador que necessita de recorrer ao banco”, considera, defendendo que “deveria haver um maior controlo legal no que diz respeito à fixação dos preços dos imóveis”. “Tem que haver limites”, resume. Opinião contrária à de um consultor imobiliário com quem o Reflexo falou, que, pela natureza do negócio, prefere o anonimato. “Os limites são estabelecidos pelo mercado”, defende, argumentando que “as casas fora de preço também não se vendem”. “Os donos acham sempre que têm um palácio e os compradores acham sempre que podem pagar menos”, define. Refere que não interessa às imobiliárias terem “meses a fio” imóveis para vender por estarem acima do valor praticado pelo mercado pelo que, as casas que aparecem a preços considerados exorbitantes dificilmente são transacionadas.
Há cada vez menos gente a viver em Guimarães. Segundo o Pordata, em 1960, Guimarães contava com 116.272 pessoas, tendo chegado a 2001 (já sem Vizela) com 159.576 habitantes. Com os Censos de 2011, nova descida: menos 0.9% de população e contavam-se em todo o concelho 158.124 pessoas. Os números avançados pelo Instituto Nacional de Estatística, de 2016, indicam que Guimarães já só tem com 153.995 pessoas nas suas 48 freguesias. Segundo a autarquia, as novas construções licenciadas para habitação têm crescido nos últimos anos: foram autorizadas 125 novas construções apenas entre janeiro e junho deste ano. Sinal que a evolução será positiva, se se tiver em linha de conta que em 2013 emitiram-se 97 licenças, 122 em 2014, 154 em 2015 e 199 em 2016. Houve também um aumento no número de fogos licenciados: 114 em 2013, 148 em 2014, 193 em 2015 e 255 em 2016. Este ano já se contam 194 fogos. A população tem diminuí-
do mas a procura por habitação e a construção tem-se intensificado: entre 2013 e 2016, o mercado imobiliário cresceu 15 por cento. A valorização acima dos 7% no total do país, em 2016, está a preocupar a Comissão Europeia: o preço dos imóveis está a atingir os valores pré-crise, o que pode ser o indício de uma bolha especulativa. Em Guimarães, esta bolha especulativa poderá estar ligada ao crescente fenómeno do alojamento local: as reabilitações de prédios urbanos no centro histórico destinam-se, na sua maioria, ao alojamento local temporário e não aos arrendamentos. Procurando alojamento, sem qualquer tipo de filtro de condições no Airbnb aparecem em Guimarães 71 resultados. Numa pesquisa nos sites de dez imobiliárias que operam no mercado vimaranense era possível encontrar 25 apartamentos para arrendar, nove deles na união de freguesias do centro da cidade. No mercado de arrenda-
mento, as tipologias variam entre o T0 e o T4 e com preços que se situam entre os 300 euros (T0 no centro da cidade, num edifício reabilitado) e os 1250 euros para um T4 em Creixomil. A falta de oferta por parte das agências imobiliárias pode ser explicada pelo facto de este ser um negócio pouco interessante para os consultores. Um mediador imobiliário explicou ao Reflexo que num arrendamento as agências têm como contrapartida uma renda, após a celebração do contrato de arrendamento entre senhorio e inquilino. Com as rendas a situarem-se entre os 300 e os 1250 euros, trata-se de um montante inferior ao que podem auferir com a venda de um imóvel, em que o consultor imobiliário pode encaixar cerca de 1500 euros. “Por outro lado”, adianta a nossa fonte, “há pouca oferta em Guimarães para o mercado de arrendamento” e o “negócio é quase sempre tratado entre proprietário e potencial inquilino”, sem passar pelas imobiliárias.
Lisboa e Porto começam a refletir problema Redução das taxas de IRS aplicadas a arrendamentos de longa duração, incentivo à recuperação de edifícios para arrendamentos mais longos e quotas máximas de alojamento local por freguesia ou limitar a três apartamentos por proprietário dedicados a esta actividade são algumas das sugestões veiculadas numa petição, em Lisboa, para travar o alojamento local. Há cidades estrangeiras conhecidas por sofrerem este tipo de pressão no imobiliário: em Nova Iorque há uma proibição de aluguer de alojamentos através da AirBnB por períodos inferiores a 30 dias enquanto em Amesterdão há uma quota de ocupação
máxima de 60 dias por ano e um máximo de quatro pessoas por edifício. Estas são algumas medidas a longo prazo e que ainda estão a ser discutidas a nível nacional. Localmente, Lisboa já tem em andamento o Programa de Renda Convencionada em que disponibiliza habitações na cidade a preços acessíveis para os mais jovens e com menores rendimentos. Mas trata-se de uma ínfima quantidade de casas – cerca de 20 fogos por programa, que variam entre T1 e T3 e as rendas oscilam entre os 156 e os 342 euros – para a procura que existe. No Porto, Rui Moreira, atual presidente de Câma-
ra e candidato às próximas eleições, já assumiu que há “falhas de mercado” na política de habitação para apoiar classe média. Para o autarca, há três vertentes a modificar: a regulação urbanística, a fiscalidade e a promoção da construção, sendo necessário sensibilizar o Estado central para a necessidade de um quadro fiscal em sede de IVA mais favorável à construção de fogos com rendas condicionadas, passando de 23% (taxa aplicada às novas construções) para 6% (taxa aplicada às reabilitações nos centros históricos). Propõe ainda a criação de núcleos habitacionais de rendas condicionadas para a classe média.
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DOSSIÊ: HABITAÇÃO E DINÂMICAS DEMOGRÁFICAS
André Coelho Lima
Domingos Bragança
Queremos o conforto no acesso à cidade, a revitalização do comércio e fixação de população
A nossa prioridade são as pessoas que vivem em Guimarães e a sua qualidade de vida.
De acordo com os censos, o concelho de Guimarães, em 1981, ainda tinha mais habitantes do que Braga. Desde essa altura, Guimarães foi registando uma quebra populacional e foi ultrapassado pelo concelho vizinho. Esta realidade preocupa-o enquanto candidato à CMG? Esta é a realidade que mais me preocupa desde que estou na vida política ativa, e que já norteou as propostas da minha candidatura em 2013. O problema em Guimarães tem sobretudo duas causas. A primeira, a perda de emprego. Por isso, apresentei uma proposta que dá total prioridade à expansão dos Parques Empresarias existentes e à criação de alguns novos. A segunda causa tem a ver com as políticas de habitação e de fiscalidade municipal. Comigo na Câmara não acontecerá mais que os vimaranenses paguem serviços e bens mais caros que os habitantes de outros municípios.
De acordo com os censos, o concelho de Guimarães, em 1981, ainda tinha mais habitantes do que Braga. Desde essa altura, Guimarães foi registando uma quebra populacional e foi ultrapassado pelo concelho vizinho. Esta realidade preocupao enquanto candidato à CMG? Nestes 36 anos, verifica-se é um crescimento demográfico de 125 mil habitantes em 1981 para 160 mil em 2017! Neste período de análise, mais precisamente em 1998, houve o processo relacionado com a desagregação de Vizela, cujas freguesias constituíam um total de 13.605 pessoas, que hoje adicionavam aos 160 mil habitantes. Além disso, verificou-se o fenómeno da emigração nos anos 2008/2009. O modelo de desenvolvimento de Guimarães não assenta no crescimento dos números da sua população, nem na construção massiva de habitação. É fundamental a qualidade de vida dos nossos cidadãos, do centro da cidade, das vilas e das freguesias. As nossas políticas têm apostado no desenvolvimento económico, no aumento e melhoria da oferta de emprego, mais qualificado e melhor remunerado. Este continuará a ser o nosso caminho, dar condições aos nossos jovens e população em geral, para ficarem em Guimarães. Em termos de apartamentos ou moradias, Guimarães registou um crescimento entre 2001 e 2011 e, desde essa altura, esse número está estabilizado. Qual a visão que vai colocar no terreno: mais construção ou mais arrendamento? Ao nível da construção, a opção de Guimarães foi o de manter a urbe na sua forma autêntica, limitar a construção em altura e preservar o seu Centro Histórico. Queremos uma cidade habitada, com a sua área classificada pela UNESCO com pessoas, uma habitação de qualidade e compatível com os orçamentos das famílias e principalmente dos mais jovens, aumentando o número de alojamentos locais, criando bolsas de habitação para jovens que vivam temporariamente em Guimarães e que se possam fixar aqui no final dos seus estudos. Que medidas podem ser implementadas no sentido de facilitar o acesso à habitação (construção ou arrendamento), em Guimarães? Já estamos com contrato de construção de habitação coletiva ao abrigo do Regime de Renda Condicionada. Podemos encurtar prazos e agilizar procedimentos e encontrar formas de apoio para soluções inovadoras e tipologias versáteis, tendo como objetivo disponibilizar casas mais acessíveis. Defende alguma medida concreta para o arrendamento direcionado para estudantes/investigadores que venham para
Em termos de apartamentos ou moradias, Guimarães registou um crescimento entre 2001 e 2011 e, desde essa altura, esse número está estabilizado. Qual a visão que vai colocar no terreno: mais construção ou mais arrendamento? Há consenso entre os técnicos de que o concelho precisa de mais áreas de construção. Que medidas podem ser implementadas no sentido de facilitar o acesso à habitação (construção ou arrendamento), em Guimarães? O mercado de arrendamento também precisa de ser dinamizado. Serão estudados benefícios fiscais, quer para a construção quer para o arrendamento. Por exemplo, para a construção/reabilitação de edifícios com disponibilização de frações para arrendamento em condições controladas de preço (Centro Histórico + ARU). Mas também discriminação positiva (ao nível dos benefícios fiscais) para casais jovens. Defende alguma medida concreta para o arrendamento direcionado para estudantes/investigadores que venham para Guimarães num espaço temporal mais limitado? Nós somos uma Cidade Universitária e, por isso, sem dúvida, deveria existir esse tipo de construção. Quais as principais medidas a implementar que permitam conjugar a
residência no centro da cidade com o setor do turismo? Apresentei um grande projeto para a Cidade, com dois parques de estacionamento, e um túnel urbano que ligue a Av. Conde Margaride e a Av. D. Afonso Henriques. Esta proposta tem como objetivos o conforto no acesso à cidade, a revitalização do comércio e fixação de população no centro histórico. O centro da cidade está num processo de valorização imobiliária, ficando cada vez mais atraente para residentes dotados de maior poder económico. Preocupa-o esta gentrificação do centro histórico? Muito! Hoje em dia, o mercado de arrendamento (e aquisição) encontra-se desequilibrado, sendo praticadas rendas elevadas. A Câmara tem que intervir definindo um plano estratégico que possibilite a criação de condições para a reabilitação urbana de edifícios (por privados) com o propósito de arrendamento a Jovens. Os centros cívicos das vilas apresentam alguma degradação, com alguns prédios devolutos e outros desabitados. A Câmara não deveria assumir um papel mais interventivo na resolução destes casos? O primeiro político a defender a criação/requalificação dos centros cívicos fui eu. Em 2013 propus nas Taipas, Lordelo, Ponte, Ronfe, Serzedelo, Pevidém, Briteiros e Abação. Dos quais a Câmara Municipal copiou dois, um em Ponte, e outro nas Taipas. De que forma o Avepark, para além de um motor do desenvolvimento científico, poderá ser um motor do crescimento económico e do parque habitacional? O Avepark deve ser uma aposta estratégica para o crescimento económico de Guimarães e particularmente para a zona das Taipas. Lembro que aquando da inauguração do Avepark foi prometida a criação de 7000 empregos… O Avepark precisa de um plano estratégico que possa gerar mais-valias em termos de desenvolvimento científico, captação de investimento nacional e estrangeiro. O Presidente da Câmara mostra um total desrespeito e falta de visão relativamente à zona das Taipas quando propõe criar uma ligação exclusiva ao Avepark. Eu proponho a requalificação da EN 101, e com uma via de acesso ao Avepark. ●
Guimarães num espaço temporal mais limitado? A zona envolvente à UMinho, no campus de Azurém, tem oferta para os estudantes universitários, mas há uma preocupação em encontrar soluções para o campus de Couros e proximidades do Avepark. A zona de Couros será alvo de uma reorganização, criando condições para fixar no centro da cidade estudantes e investigadores. A Câmara está investindo numa solução baseada em tipologias menos convencionais que se traduzem na atual “Casa dos Investigadores”. Quais as principais medidas a implementar que permitam conjugar a residência no centro da cidade com o setor do turismo? O turismo beneficia, sem dúvida, muitos vimaranenses. Precisamos de dar resposta a uma alteração na tipologia da visita ao nosso concelho, que é a da visita de mais de um dia e, por consequência, a dormida no nosso concelho. Os nossos números do turismo estão em marcas históricas. Sabemos e gostamos de receber bem, mas a nossa prioridade são as pessoas que vivem em Guimarães e a sua qualidade de vida. O centro da cidade está num processo de valorização imobiliária, ficando cada vez mais atraente para residentes dotados de maior poder económico. Preocupa-o esta gentrificação do centro histórico? O nosso Centro Histórico é uma das referências da cidade. É isto que continuamos a querer: um Centro Histórico habitado, preservado, que conte histórias através dos seus monumentos, mas também das suas pessoas. Os centros cívicos das vilas apresentam alguma degradação, com alguns prédios devolutos e outros desabitados. A Câmara não deveria assumir um papel mais interventivo na resolução destes casos? Temos feito um trabalho de excelência na recuperação dos centros cívicos das vilas e freguesias do nosso concelho. Este trabalho valorizará o património mais próximo e induzirá os proprietários a avançar para a sua requalificação. De que forma o Avepark, para além de um motor do desenvolvimento científico, poderá ser um motor do crescimento económico e do parque habitacional? O Averpark continuará a ser uma aposta, estando já garantido o financiamento da ligação ao Parque de Ciência e Tecnologia. O seu crescimento reflete-se, naturalmente, no número de investigadores e empreendedores que procuram o nosso concelho e as áreas contíguas ao Avepark. O efeito de contágio, provocado pelo desenvolvimento científico, refletir-se-á no crescimento económico, na fixação de pessoas e consequentemente no aumento do parque habitacional. ●
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DOSSIÊ: HABITAÇÃO E DINÂMICAS DEMOGRÁFICAS
Torcato Ribeiro
Wladimir Brito
Os salários praticados e as rendas excessivas não permitem a fixação de população
Temos de compatibilizar o turismo com a residência no Centro Histórico
De acordo com os censos, o concelho de Guimarães, em 1981, ainda tinha mais habitantes do que Braga. Desde essa altura, Guimarães foi registando uma quebra populacional e foi ultrapassado pelo concelho vizinho. Esta realidade preocupa-o enquanto candidato à CMG? Há uma carência na oferta de casas a preços acessíveis, fruto da inexistência de investimento privado e demissão do investimento público. A proposta da CDU assenta na disponibilização de terrenos para construção, devidamente infraestruturados, a preços controlados. Guimarães tem vindo a perder população, e a comparação com números de 1981 não nos permite ignorar como elemento importante desta perda populacional a criação do concelho de Vizela. A criação de mais e melhores empregos com a proposta que fizemos que previa que os salários acompanhassem o poder de compra médio que se vive em Guimarães, poderá estancar esta tendência descendente. Neste momento os salários praticados não permitem a fixação de população porque não é capaz de acompanhar as rendas excessivas.
De acordo com os censos, o concelho de Guimarães, em 1981, ainda tinha mais habitantes do que Braga. Desde essa altura, Guimarães foi registando uma quebra populacional e foi ultrapassado pelo concelho vizinho. Esta realidade preocupa-o enquanto candidato à CMG? Obviamente. Essa diminuição tem como consequência o envelhecimento da população o que nos coloca novos problemas sociais, económicos e políticos. A intervenção possível dos Municípios terá de ser feita nos domínios da ação social – habitação e educação escolar –, na clara definição de estratégias de desenvolvimento local, na participação em todos os processos de promoção do emprego no concelho.
Em termos de apartamentos ou moradias, Guimarães registou um crescimento entre 2001 e 2011 e, desde essa altura, esse número está estabilizado. Qual a visão que vai colocar no terreno: mais construção ou mais arrendamento? A questão mais importante será a existência de mais oferta de arrendamento, que nos levará ao outro ponto que é o da construção. Se no presente temos uma oferta que não responde à procura nem de arrendamento, nem de compra. Que medidas podem ser implementadas no sentido de facilitar o acesso à habitação (construção ou arrendamento) em Guimarães? Agilizar os processos de licenciamento, tornando-os menos morosos e menos burocráticos. Casos que se reflectem nos casais novos que compram casas antigas e que as pretendem recuperar, quanto mais moroso se tornar o processo mais fácil será os jovens desistirem de projectos e de sonhos de viverem em Guimarães. Uma política de construção não especulativa que permita não só o arrendamento aos vimaranenses com salários baixos, como aos estudantes e bolseiros da Universidade do Minho. Defende alguma medida concreta para o arrendamento direcionado para estudantes/investigadores que venham para Guimarães num espaço temporal mais limitado?
Essa política de rendas acessíveis numa primeira fase da vida, principalmente dos estudantes universitários, pode levá-los a escolher ficar a viver em Guimarães e dessa forma aumentar a população residente. Quais as principais medidas a implementar que permitam conjugar a residência no centro da cidade com o setor do turismo? A residência no centro da cidade da população local é muito importante para conservar e manter a nossa identidade enquanto comunidade distinta, refletida também para quem, cada vez mais, nos visita. O centro da cidade está num processo de valorização imobiliária, ficando cada vez mais atraente para residentes dotados de maior poder económico. Preocupa-o esta gentrificação do centro histórico? O processo de gentrificação é preocupante na medida em que há um expulsar da população local das suas residências, substituindo-os por novos moradores não identificados com a realidade local. Num primeiro momento a população que vai frequentar o centro histórico é flutuante e mais tarde a valorização dos edifícios renovados torna-os inacessíveis para a população de menor rendimentos. Os centros cívicos das vilas apresentam alguma degradação, com alguns prédios devolutos e outros desabitados. A Câmara não deveria assumir um papel mais interventivo na resolução destes casos? A CDU está atenta aos centros cívicos em todas as freguesias concelho, que são importantes para as populações residentes e para a preservação da paisagem natural. Pensamos que a actual câmara abdicou de um papel activo e interveniente na recuperação dos prédios degradados. E por outro lado, há que exigir do governo central a aplicação de programas de reabilitação de prédios degradados. De que forma o Avepark, para além de um motor do desenvolvimento científico, poderá ser um motor do crescimento económico e do parque habitacional? O Avepark tem de ser visto como um motor do crescimento económico em Guimarães. Tem vindo também a contribuir para a modernização das empresas no concelho e tem sido um local de formação de técnicos e investigadores. Tal como no centro da cidade. Mais uma vez podemos resolver a questão da falta de habitação com a oferta de terrenos infraestruturados para a construção. ●
Em termos de apartamentos ou moradias, Guimarães registou um crescimento entre 2001 e 2011 e, desde essa altura, esse número está estabilizado. Qual a visão que vai colocar no terreno: mais construção ou mais arrendamento? Ambas as hipóteses são válidas, no quadro de uma política da habitação. Assim, o estímulo à requalificação e reconstrução dos prédios degradados, no centro histórico, zona que o envolve e bairros sociais; estímulo ao arrendamento e à aquisição de prédios para habitação própria na cidade e nas freguesias, pela via, entre outros, de contratos de desenvolvimento, para a construção de novos prédios para habitação e novas condições de mobilidade no concelho. Que medidas podem ser implementadas no sentido de facilitar o acesso à habitação (construção ou arrendamento) em Guimarães? No fundo, é o que referi na questão anterior. Defende alguma medida concreta para o arrendamento direcionado para estudantes/investigadores que venham para Guimarães num espaço temporal mais limitado? A Universidade deverá ser parceira na política de oferta de habitação para arrendamento – residências universitárias – sem prejuízo de a Câmara promover outras iniciativas. Quais as principais medidas a implementar que permitam conjugar a residência no centro da cidade com o
setor do turismo? A regulação da pressão desse sector no Centro histórico, promovendo o interesse pela visita de outros locais do Concelho. A pressão causada pela excessiva instalação de estabelecimentos de restauração e de bares nesses locais, que potenciam o ruído e a sujidade, reclama uma política de controlo do ruído e da limpeza do Centro Histórico. Temos de compatibilizar o turismo com a residência no Centro Histórico, o que implica, entre outras medidas, uma rigorosa adequação dos horários dos estabelecimentos de restauração, dos bares e das atividades de diversão promovidas por particulares ou pela Câmara. O centro da cidade está num processo de valorização imobiliária, ficando cada vez mais atraente para residentes dotados de maior poder económico. Preocupa-o esta gentrificação do centro histórico? O importante é a ocupação do Centro histórico por pessoas, pois só assim se evita a sua desertificação. Ocupação que impõe à Câmara o dever de promover uma rigorosa fiscalização. Os centros cívicos das vilas apresentam alguma degradação, com alguns prédios devolutos e outros desabitados. A Câmara não deveria assumir um papel mais interventivo na resolução destes casos? Entendo que sim, pese embora deva caber aos proprietários desses prédios a tarefa da requalificação ou reconstrução. A Câmara deve propor aos proprietários, em especial dos prédios com interesse histórico ou de interesse municipal, contratos de reabilitação em que lhes oferece projetos de arquitetura e de engenharia e/ou outros benefícios a estudar. Nos casos elegíveis, deve promover candidatura a fundos europeus. De que forma o Avepark, para além de um motor do desenvolvimento científico, poderá ser um motor do crescimento económico e do parque habitacional? A CM tem gerido mal esse potencial científico. O crescimento económico, a partir da atividade científica dos centros de investigação aí instalados, deverá ser através da ligação da investigação aí produzida com a indústria especializada. Impõe-se ainda a articulação da Câmara com a CDRN num processo de facilitação da instalação dessas indústrias. ●
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reflexo
Agosto de 2017
Luís Soares apresenta lista à Assembleia de Freguesia DR
Texto Paulo Dumas
A candidatura do Partido Socialista às eleições autárquicas em Caldelas apresentou a lista dos 13 candidatos efetivos à Assembleia de Freguesia de Caldelas. Luís Soares que lidera a lista, fez-se acompanhar na segunda-feira, 31 de julho, pelo mandatário da campanha - Ricardo Costa, entregando o dossiê de campanha a José João Torrinha, candidato à presidência da Assembleia Municipal de Guimarães. Na sexta-feira, 28 de julho, foi ainda inaugurada a sede de campanha do PS, localizada no centro da vila. Estão desta forma reunidos toPUBLICIDADE
dos os elementos do PS na freguesia de Caldelas, faltando apenas ser conhecido o programa eleitoral, que deverá ser conhecido no mês de setembro. O núcleo do PS Taipas deu a conhecer em momentos públicos tanto a lista a concorrer à autarquia taipense, como o seu mandatário. A apresentação da lista decorreu na praça do antigo mercado da vila de Caldas das Taipas, no dia 14 julho. Nessa altura, foram nomeados todos os elementos que fazem parte da equipa que acompanha Luís Soares na campanha autárquica. Entretanto, é já conhecida a ordem dos candidatos efetivos da lista. O número dois é António Joaquim Oli-
veira, seguindo-se Cristina Castro, Sérgio Araújo (que fazem parte dos eleitos do PS no presente mandato). Outra novidade nas listas, nos lugares com possibilidade de eleição é o de Inácio Fonseca. Na altura de apresentação dos restantes elementos que compõem a sua lista, Luís Soares apelou a uma mudança definitiva na condução dos destinos da freguesia de Caldelas. Num recinto completo e num ambiente festivo e popular, o candidato socialista recuperou uma afirmação deixada dias antes, no mesmo espaço, pelo seu adversário Cândido Capela Dias, em que este afirmava a necessidade de uma mudança em Caldelas. Luís Soares pegou nesta mesma ideia e tornou-a na peça central do seu discurso – “a mudança está para chegar e está para chegar de vez à vila de Caldas das Taipas”, exclamou Soares, apelando à mobilização e ao voto. Luís Soares deixou pistas para o que poderão ser algumas das linhas do seu programa. O cabeça de lista socialista reiterou a defesa de uma vila jardim, com espaços verdes cuidados (a primeira medida, já anunciada), acrescentando que a vila deverá tornar-se dinâmica e atrativa para crianças, jovens e idosos. Luís Soares quer a vila num postal, “uma sala de visitas do Minho”. A apresentação de Ricardo Costa como mandatário da campanha decorreu durante um jantar da vila. No evento, esteve presente o Ministro do Trabalho e Solidariedade, José Vieira da Silva, além de dirigentes do partido ao nível do distrito e da concelhia.
#254
Mudança foi a palavra-chave do discurso de apresentação pública de André Coelho Lima DR
Texto Catarina Castro Abreu
A candidatura escolheu o Largo Cónego José Maria Gomes, onde fica o edifício que a coligação Juntos por Guimarães (JpG) quer ocupar no próximo dia 1 de outubro, para a apresentação pública de André Coelho Lima. O candidato da coligação Juntos por Guimarães apostou num discurso sóbrio, sem ataques cerrados ao atual executivo, focado em responder à pergunta com que iniciou a sua intervenção: “para quê mudar?”. Retomou projetos já anunciados para que Guimarães possa ter a “potencialidade de ser a terceira cidade do país”. Mais lugares para estacionamento no centro da cidade e a criação de novas zonas industriais, para responder àquilo que considera que este mandato não conseguiu fazer, “atrair empresas e perdeu mesmo alguns baluartes da nossa indústria que foram para outros concelhos”. Mencionou necessidade de
“termos transportes que sirvam a coesão e a qualidade de vida dos nossos cidadãos e não aquilo que acontece atualmente que é o lucro da concessionária”, de “ter pelo menos preços equivalentes aos concelhos à nossa volta” quanto às tarifas da água e de saneamento, aumentando o apoio às freguesias “com o dobro do apoio da administração central”. Falou ainda para os idosos, criticando “a política de apoio à terceira idade que se limita a convívios” e para os desportistas a quem prometeu ajudar pagando a inscrição e o seguro de cada atleta. Pediu “uma oportunidade para abrir um novo ciclo politico no concelho”, argumentando que “o poder é melhor exercido por quem o conquista do que por quem se limita a herdá-lo”. André Coelho Lima terminou o seu discurso lembrando que foi nos Paços do Concelho onde há 25 anos declamou o pregão, nas Festas Nicolinas, e chamou ao palco todos os candidatos conhecidos às juntas de freguesia.
Agosto de 2017
#254
reflexo
“Transportes públicos a todas as vilas do concelho”, Domingos Bragança ALFREDO OLIVEIRA
Num ambiente de festa e com o Centro Cultural Vila Flor lotado, o Partido Socialista apresentou todos os seus candidatos às Juntas de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal, às eleições de 1 outubro de 2017. Texto Alfredo Oliveira
Domingos Bragança, que apresenta a sua recandidatura a um novo mandato, pautou a sua intervenção com um relembrar das promessas cumpridas ao longo dos últimos quatros anos e projetou algumas “bandeiras” que defendeu e continuará a defender nos próximos anos, caso vença as eleições. “Levar os transportes públicos de passageiros a todas as vilas do concelho e com conexão com as freguesias, de preferência com transportes elétricos”, é um desses desígnios da nova candidatura do líder socialista. Para esta região norte, Domingos Bragança, na tarde de 29 de julho, reforçou a construção da via que deixou de chamar “dedicada PUBLICIDADE
ao Avepark”, mas sim, “variante a Ponte e às Taipas”. Esta via irá ligar o Avepark à futura rotunda do parque industrial de Ponte, que continuará, com a reabilitação de um pequeno troço da nacional 101, até Fermentões, chegando à rotunda de Silvares, que, como acrescentou, ligará à autoestrada através de um desnivelamento. Outro financiamento assegurado, como Domingos Bragança afirmou, irá permitir, ainda que de um modo faseado, construir uma ecovia, com percurso pedonal, “a ligar a cidade a diversas vilas e passando pelas diversas freguesias banhadas pelo rio Ave, com a criação de praias fluviais, tudo em prol
do projeto Capital Verde”. Domingos Bragança anunciou a apresentação do Instituto Cidade Guimarães para o mês de setembro, que será sede do projeto europeu Discovery Centre. Destacou a candidatura em curso a Capital Verde Europeia, “a maior visão para o futuro” do concelho. Passou pelo desporto, “consolidado com a Academia da Ginástica, exemplo também de sustentabilidade ambiental”, pela cultura e educação “promovendo uma melhor escola para todos”, dando como um dos exemplos, o início da construção da EB 2,3 de Caldas das Taipas, o trabalho na ação social, bem como na defesa do crescimento económico do concelho e defesa da coesão territorial, “onde promovemos obras em todas as freguesias”. Deu conta ainda do parque de Camões, com 400 lugares, a 50 metros do Toural, “irá permitir a pedonalização crescente do centro histórico e a reabilitação de todas as ruas envolventes” e a Escola Hotel foram outros projetos avançados. Domingos Bragança passou ainda pelas reabilitações da Garagem Avenida, Teatro Jordão e da Avenida D. Afonso Henriques, que será mais pedonalizada e somente com uma faixa de estacionamento. Afirmou que será feita uma intervenção na EN 105, que liga Guimarães a Lordelo, a construção de um centro de saúde em Moreira de Cónegos. Avançou ainda com a iluminação pública LED em todo o concelho em 2018 e uma verba de 3,5 milhões para melhorar a eficiência energética das habitações sociais.
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“Isto tem de mudar”, defendeu Cândido Capela Dias na Festa da Fraternidade ALFREDO OLIVEIRA
Texto Alfredo Oliveira
O candidato da CDU, num discurso forte em termos políticos, criticou duramente a atual gestão da Junta de Freguesia, afirmando que, “há 12 anos que ouvimos promessas irrealistas, demagógicas porque em desacordo com as leis e as competências de uma junta de freguesia”. Advogou uma mudança no executivo, pois “as pessoas estão cansadas de esperar pela obra que não vem, estafadas de esperar pela despoluição do rio, fatigadas de esperar pela reabilitação da Praia Seca”, acrescentando que, “isto tem de mudar, porque a gestão corrente é estúpida, perdulária em festas, festanças e festinhas, feiras e feirinhas, excursões e passeios, mas forreta em apoios sociais e desumana com os trabalhadores ao serviço”. Não se esqueceu do caso da Pensão vilas, referindo que se tratou de “ato de incompetência”, por se ter comprado um prédio “sem dinheiro nem crédito e sem garantia de apoios da Segurança
Social, para fazer dele um Lar para Idosos”. Capela Dias referiu ainda que o programa da CDU passará pela defesa de “um plano de pormenor para a frente ribeirinha”, pela reivindicação junto da Vimágua “do saneamento a 100%”, por “uma alteração radical no trânsito e mobilidade, redefinindo percursos e estacionamentos de forma equilibrada que sirvam moradores, comércio e visitantes”, não permitirá “o atravessamento da vila por viaturas pesadas de mercadorias ou de passageiros” e ainda por “conceber e realizar uma ligação alternativa à sede do concelho”, bem como a defesa de horários mais alargados de transportes urbanos. Esta intervenção ocorreu na noite de 8 de julho durante a realização da 12.ª edição da Festa da Fraternidade de Caldas das Taipas, que juntou ainda Torcato Ribeiro, candidato à presidência da Câmara Municipal de Guimarães e Mariana Silva, candidata da CDU à Assembleia Municipal de Guimarães.
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ATUALIDADE Necessidades Educativas Especiais regressam à discussão partidária PAULO DUMAS
Retrato das NEEs no Agrupamento de Escolas das Taipas 44 42 41
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O tema voltou a ser debatido em Assembleia de Freguesia e motivou mesmo uma reunião com o agrupamento de escolas. O diretor Mário Rodrigues diz que a situação está circunscrita, apesar não ser óptima, e afirma que não é pelo debate partidário que se vão colocar mais professores para as Necessidades Educativas Especiais. Texto Paulo Dumas O assunto saltou de novo para a agenda, depois de o deputado Armando Marques ter questionado na Assembleia de Freguesia de 8 de julho, os motivos pelos quais as Necessidades Educativas Especiais (NEE) terem deixado de ser tratadas como um problema no Agrupamento de Escolas das Taipas. O assunto motivou mesmo o entendimento entre as bancadas representadas na assembleia, da necessidade de um encontro entre o órgão máximo da autarquia e a Direção do Agrupamento, reunião que se veio a verificar no dia 20 de julho. Dessa reunião surgiu um documento que relatava a conversação e procurava esclarecer alguns dos aspetos levantados pelos deputados na Assembleia de Freguesia de Caldelas, nomeadamente, a dificuldade da escola na gestão das NEEs. Do documento exarado por Mário Ribeiro, presidente da Assembleia de Freguesia, concluía-se que para o presidente da Direção PUBLICIDADE
do Agrupamento de Escolas das Taipas, não havia falta de professores para alunos com NEEs, o que eliminava a questão levantada pela bancada do PSD na assembleia. O diretor do agrupamento, entretanto contactado pelo Reflexo, estranha que este tema esteja a ser argumento discussão político partidária. Mário Rodrigues diz perceber que a aproximação de um momento eleitoral possa justificar o levantamento deste tipo de questões. Mário Rodrigues discorda que o documento lido na assembleia extraordinária de 24 de julho tenha sido apresentado como uma ata “aquilo não é uma ata, é uma descrição, de acordo com o entendimento de quem redigiu o documento. Para ser uma ata eu teria que confirmar o que lá está escrito. O que não é o caso”. Quanto à situação que se vive atualmente nas Necessidades Educativas Especiais do agrupamento
Mário Rodrigues diz que é de estabilização - “eu nunca neguei um défice no número de professores, o que disse é que o problema está circunscrito aos recursos que temos”. O diretor recorda que houve de facto um período difícil no ano letivo de 2014/2015, em que o número de professores do quadro das NEEs passou de 9 para 6 e que foi necessário fazer ajustamentos de última hora. No ano seguinte já foi feito o dimensionamento aos recursos que tínhamos. Mário Rodrigues rejeita a ideia de estar a remediar a situação ou que a escola está a prestar um mau serviço, admitindo que tal possa estar sujeito a várias interpretações. Para o ano letivo que está em preparação, o agrupamento tem já seis professores colocados, ao contrário dos quatro habituais. Mesmo assim, Mário Rodrigues vai pedir reforço de professores, como de resto diz fazer todos os anos, pedidos que nem sempre são atendidos.
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2010 2011
2011 2012
2012 2013
2013 2014
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2014 2015
crianças com complicações severas
2015 2016
2016 2017
professores
crianças com complicações ligeiras
Por nível de ensino em 2016/2017 UAEM 4
pré 4
1º ciclo 29
2º ciclo 22
3º ciclo 11
Distribução pelas escolas do agrupamento em 2016/2017 Pinheiral 12
Charneca 9
S. Martinho 7
Longos 5
Vieite 3
S. Lourenço 1 INFOGRAFIA PAULO DUMAS
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700 alunos da EB 2,3 serão distribuídos por três escolas do agrupamento
OPINIÃO
155
272
Nelson Felgueiras
Sempre presentes?
S. MARTINHO
EB 2,3
42 ESCOLA CONDE AGROLONGO
SECUNDÁRIA
292
S. LOURENÇO
719 número de alunos da Escola Básica das Taipas (EB 2,3) que serão deslocalizados no ano letivo 2017/2018
272 alunos do2º ciclo, ficarão divididos por 12 turmas e terão aulas, na Escola Secundária
155 alunos do 9º ano ficarão divididos por 7 turmas, na Escola de S. Martinho de Sande
292 alunos dos 7º e 8º ficarão divididos por 13 turmas, em préfabricados, na Escola de S. Lourenço de Sande
42 os alunos do préescolar e 1º ciclo da Escola de de S. Lourenço de Sande terão aulas na Escola Conde de Agrolongo, na mesma freguesia INFOGRAFIA PAULO DUMAS
Construir um projeto político é um exercício complexo. Envolve muitas dimensões, imensas variáveis. É necessário conhecer a realidade, escolher as prioridades, é necessário construir o programa político, é necessário envolver as pessoas, ouvir a população, alargar a base de apoio, é importante escolher a equipa certa e é fundamental ter o líder certo. Pode não ser necessariamente por esta ordem, mas todos os projetos políticos devem passar por estas fases. A fase seguinte é da escolha democrática, de convencer os nossos concidadãos das propostas e das ideias, de trazer todos para o nosso projeto e de mostrar a capacidade que a equipa e o líder têm para transformar o programa em realidade. A campanha eleitoral deve ser isso. Por vezes, e mal, redunda num exercício de maledicência e de ataque pessoal, pouco abonatório para os intervenientes. Mas, quando feita com elevação serve sobretudo para mostrar e esclarecer ao que vamos e o que queremos fazer para que todos nós possamos optar e escolher em consciência. É neste contexto que surgem os cartazes, os slogans e as músicas de campanha - a mensagem. Não considero estes elementos os essenciais, já o disse diversas vezes e repito, essencial são as propostas e a capacidade de as levar à prática. Mas não posso ignorar que, na maior parte das vezes, os cartazes e os slogans são reveladores de algo maior e do caminho que levou as candidaturas à escolha dessas mensagens. E é aqui que eu considero importante olhar e analisar um cartaz que Manuel Ribeiro, candidato à Junta de Freguesia, escolheu para a sua campanha. Nesse cartaz Manuel Ribeiro aparece ladeado de Constantino Veiga sob o slogan “Sempre Presentes”. Pois bem, o que isto quer dizer? Em minha opinião significa de forma clara que Manuel Ribeiro (não é novidade nenhuma também) se assume como um candidato de continuidade. Mas devemos perguntar que continuidade. Continuidade de 12 anos de PSD na Junta de Freguesia. E o que foram esses 12 anos para as Taipas? Que legado é esse que querem continuar? Eu recordo: Foram 12 anos de conflito assumido. Conflito com a Câmara Municipal, conflito com as instituições da vila e com os taipenses. Não foi Constantino Veiga que disse que não precisava da Câmara Municipal para nada?; Foram 12 anos de promessas falhadas. 12 anos de desculpas e de projetos adiados. Onde está o Lar de Idosos na Pensão Vilas que foi prometido campanha eleitoral após campanha eleitoral?; Foram 12 anos de estagnação e de paralisia. Lembram-se de alguma obra estruturante para as Taipas da responsabilidade da Junta de Freguesia nos últimos 12 anos?; Foram 12 anos em que a vila não cresceu, não evoluiu e não se cumpriu. É isto que Manuel Ribeiro se propõe a continuar: 12 anos de nada. 12 anos de potencial quebrado. 12 anos de oportunidades perdidas. Precisamos de uma mudança! Mas porventura, e ainda mais pernicioso que tudo isto, a escolha deste cartaz revela ainda outra verdade. Uma verdade que já tinha sido anunciada pelo atual Presidente de Junta mas que agora está à vista de todos. Manuel Ribeiro é um candidato à Junta por procuração. Mas afinal quem manda? Constantino Veiga ou Manuel Ribeiro? É inquietante para todos os Taipenses. Afinal quem é o candidato? Mais, o que leva alguém a querer perpetuar-se no poder quando sabe que a lei de limitação de mandatos o impede? O que revela do carater de alguém aceitar ser candidato por interposta pessoa? Caldas das Taipas é demasiado sério para este tipo de jogos de poder. Os taipenses merecem mais que jogos de bastidores. Merecemos um projeto político que envolva todos, que chame todos os taipenses, que nos una e nos torne mais fortes. Precisamos de causas mobilizadoras, precisamos de estar ao lado das nossas instituições e associações, precisamos de uma visão para o futuro, precisamos de quem nos represente e lute por nós. Não queremos mais promessas falhadas, não queremos mais desculpas nem mais sonhos adiados, queremos voltar a sentir orgulho na nossa terra. É para mim claro que as Taipas precisa urgentemente de um líder e de uma mudança. E nem uma nem outra passam por Manuel Ribeiro.
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ATUALIDADE Monteiro de Castro: “arquitetos que trabalham para a Câmara e para o privado? Basta ir ao Google” PAULO DUMAS
Apoios extraordinários em ano de eleições merecem críticas de Torcato Ribeiro
“Quem vem cá comprar serviços aos arquitetos da Câmara, salvo exceções, vem comprar facilidades que normalmente correspondem a prejuízos para o município. É o técnico da Câmara que concede determinados benefícios que correspondem a prejuízos do município”. As declarações de Monteiro de Castro, no final da reunião de Câmara de 06 de julho, motivaram o presidente a pedir esclarecimentos ao vereador da Coligação Juntos por Guimarães. Ainda não respondeu ao edil mas aos jornalistas Monteiro de Castro disse que as provas estão no Google.
O pedido do presidente Domingos Bragança veio no seguimento das declarações proferidas por Monteiro de Castro a 06 de julho, quando disse que as pessoas recorriam a arquitetos da autarquia para “comprar facilidades”. O vereador falava a propósito do caso Ecoibéria em que diz que a empresa “recorre a um gabinete em que há um projetista que a ajuda numa série de circunstâncias”. Aos jornalistas, Monteiro de Castro disse que redigiu de imediato a resposta mas que ainda não a entregou. “Meu Deus! Isto é tão evidente. [Vocês, jornalistas] carregam num botãozinho e põem
o nome de um arquiteto qualquer dos que trabalham aqui na Câmara, no Google, os senhores têm as provas todas”, declarou, reforçando que: “até vi vídeos, alguns destes técnicos filmados no Youtube a apresentar os projetos que fizeram. Projetos de Guimarães”. O vereador da Coligação Juntos por Guimarães sublinhou que “não são todos” os arquitetos da Câmara que fazem projetos para particulares. Referindo que “este é um problema que já é velho”, esclareceu que “os arquitetos podem pedir autorização ao presidente da Câmara para fazer projetos particulares mas para fora do concelho”.
Quase 174 mil euros em apoios extraordinários foram aprovados na última reunião de Câmara, realizada no passado dia 20. O vereador da CDU critica o momento em que são atribuídos os subsídios, numa data em que faltavam 74 dias para as eleições autárquicas de 01 de outubro. Domingos Bragança defende que os apoios são aprovados por unanimidade e que a Câmara tem legitimidade para levar o mandato até ao fim. Cruz Vermelha Portuguesa (18.249 euros), Clube Desportivo Xico Andebol (35.000 euros), Brito Sport Clube (70.000 euros) e Futebol Clube Prazins e Corvite (50.000 euros) são as instituições apoiadas, num total de 173.249 euros de apoios extraordinários decididos apenas na última reunião de Câmara. Prática que Torcato Ribeiro veio criticar: “Nós percebemos que as instituições contempladas precisam deste investimento solicitado mas la-
mentamos a oportunidade destes subsídios extraordinários”. O vereador da oposições reforçou ainda que “são situações que já se conhecem há algum tempo e que podiam ser pensadas noutra altura”, lamentando que estes subsídios sejam atribuídos em “contrarrelógio”. O presidente de Câmara contrapõe dizendo que “a legitimidade de todas as camaras do país é levar os mandatos até dia 01 de outubro”, realçando que “a Câmara tem apoiado de forma intensa tudo que seja do âmbito social e desportivo”. Em declarações aos jornalistas, o presidente disse ainda que tentou falar com as instituições em causa questionando se não seria melhor esperar por outra altura para a atribuição dos subsídios extraordinários. Mas, segundo Domingos Bragança, as mesmas preferiram que os apoios chegassem o quanto antes, tendo todos sido aprovados por unanimidade em sede de reunião de Câmara.
Autarquia pondera levar a tribunal definição de limites territoriais Cerca de 800 habitantes de Nespereira, oito empresas e 300 trabalhadores estão a atravessar sérios problemas decorrentes da indefinição dos limites geográficos inscritos na Carta Oficial Administrativa de Portugal (COAP) e na autarquia vimaranense. As fronteiras do município não são coincidentes, o que faz com que haja cidadãos que são eleitores em Guimarães mas têm a morada do cartão do cidadão em Vizela. Domingos PUBLICIDADE
Bragança diz que já houve demasiado tempo para acordos e que a resolução poderá passar por ações judiciais. O presidente explicou em reunião de Câmara que estas questões territoriais alargam-se a Airão São João, que tem fronteira com Famalicão, e Rendufe, que faz fronteira com Fafe. Domingos Bragança disse que vai agendar uma reunião com os três autarcas (Vizela, Famalicão e Fafe) para solucionar o assunto,
uma vez que “as autarquias têm que chegar a acordo para haver alteração da CAOP”. Não perspetivando uma negociação fácil – e reiterando que “Guimarães não cederá nem um metro de terreno naquele que entende ser o seu território” – Domingos Bragança informou que “a Câmara de Guimarães vai intentar acções judiciais para esclarecer, de vez, os limites do concelho”. Foi a resposta da Domingos Bragança
às acusações de “inoperância” por parte de André Coelho Lima, vereador da Coligação Juntos por Guimarães, que vincou que a situação de Nespereira arrasta-se pelo menos desde 2012, quando foi publicada a revisão da COAP. “Não é apenas uma questão de limites territoriais indefinidos. Estão a mudar a vida às pessoas. Lentamente estão a passá-los para Vizela sem as pessoas quererem”, denunciou.
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Voto de louvor à comissão de festas de S. Pedro MAS
OPINIÃO Cândido Capela Dias
Cunhas
Texto José Henrique Cunha
A alegada falta de professores nas necessidades educativas especiais no agrupamento de escolas acabou por ser o tema central do debate político. Armando Marques, social democrata, eleito pela coligação JpG, anunciou que não se recandidata às autárquicas a realizar em outubro próximo. Voto de louvor à comissão de festas de S. Pedro
O relatório de atividade apresentado pela junta de freguesia refere que o executivo assegurou toda a parte burocrática de legalização dos eventos, assim como a gestão dos requerimentos para a ocupação dos espaços públicos que os serviços da junta receberam, cabendo à comissão de festas a cobrança. Por proposta do partido socialista, os membros da assembleia de freguesia aprovaram por unanimidade, a atribuição de um voto de louvor à comissão de festas em honra a S. Pedro pela qualidade e PUBLICIDADE
dedicação desta. Voto de louvor pela geminação com Saint-Michel-sur-Orge A junta de freguesia deu ênfase no documento que apresentou sobre a sua atividade corrente, à assinatura do acordo de geminação assinado em Saint Michel sur Orge a 13 de Maio que visa estreitar laços e cooperar em prol de uma aproximação cultural dos dois povos. A bancada da coligação JpG propôs um voto de louvor à junta de freguesia pela formalização desta geminação, tendo merecido a aprovação unânime das bancadas.
professores, fazendo notar que esta moção era exatamente a mesma que partido socialista apresentou em 2014. Sob proposta da CDU foi acrescentado à moção a reivindicação de se colocar mais pessoal auxiliar no agrupamento de escolas de Caldas das Taipas. A junta de freguesia constatou que havia, agora, mais alunos e menos professores nas necessidades educativas especiais, do que em 2014.
Necessidades educativas especiais: menos professores, mais alunos
Sem que estivesse previsto, os líderes de cada uma das bancadas foram tomando a palavra para fazer um pequeno balanço do mandato, com troca de cumprimentos, elogios e justificações pelas atitudes e declarações por vezes mais acaloradas. Armando Marques anunciou que abandonaria as lides políticas na freguesia ao não participar nas listas de qualquer partido nas próximas autárquicas.
A coligação JpG apresentou uma moção para se solidarizar com os alunos e famílias na luta da colocação de mais professores do ensino especial e para repudiar a incompetência do ministério da educação quer na planificação do ano letivo, quer na resolução deste problema da colocação de
Armando Marques não se recandidata
Taipas tem sido palco de uma intensa e rasca luta entre franjas afectas ao PSD e ao PS locais em torno de questões laterais, luta essa que mais não visa senão desviar as atenções do essencial – que projecto concreto tem cada um daqueles partidos para o desenvolvimento da freguesia? A diversão mais recente anda nas redes sociais e consiste num fluxograma com que o PSD pretende demonstrar a quantidade de cunhas partidárias e familiares, ou vice-versa, que integram os quadros da Turitermas pela mão do PS. Não conhecendo eu as pessoas em causa e que involuntariamente estão a ser objecto de devassa pública que não merecem, não me pronuncio sobre o acerto ou desacerto da acusação, embora não me custe admitir a hipótese de nepotismo, se mais não for por uma questão académica a exigir investigação séria, cuidada, respeitadora das pessoas envolvidas. O ridículo da situação resulta do facto de o PSD se apresentar em público como aquelas mulheres de virtude… cheias de casos. Mesmo sem ir mais longe, a Lisboa, o PSD julga que as pessoas das Taipas e de Guimarães já se esqueceram da súbita ocupação de um cargo numa determinada instituição nacional ligada à juventude, por parte de uma jovem recém-licenciada sem experiência profissional conhecida, apenas explicável por essa menina ser irmã de um conhecido taipense, influente na estrutura social-democrata local e concelhia, de que aliás fazia parte? A indignação dos pais e familiares de jovens desempregados ou à procura de emprego, que são assim ultrapassados pelos militantes das juventudes do PS e do PSD, é justa e tem sentido. O que não tem sentido é a acusação recíproca daqueles referidos partidos e bando de apoiantes acéfalos, que ocupam as redes sociais reescrevendo a história. Também por isto é urgente e imperioso impedir que este uso indevido do aparelho de Estado em benefício próprio e não da colectividade seja interrompido. Isso é possível julgando e condenando uns e outros em 1 de Outubro.
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ATUALIDADE Júri do Concurso de Ideias só reúne em setembro ALFREDO OLIVEIRA
Revista ELO e a escola com futuro Texto Catarina Castro Abreu
A Câmara Municipal de Guimarães anunciou em janeiro a realização de um concurso de ideias: o objetivo passa por aproveitar apoios comunitários para concretizar as melhores ideias apresentadas pelos munícipes. O vencedor, segundo a calendarização anunciada, deveria ter sido divulgado no final do mês de julho. Mas o júri só deve reunir em setembro, sendo que o anúncio do vencedor ainda não tem data prevista. Ao Reflexo, Filipe Fontes, diretor do departamento responsável pela iniciativa, explica que “fruto de um conjunto de fatores, nomeadamente prorrogação do prazo para entrega das propostas, maior lentidão na constituição do Júri bem como a proximidade do período de férias” foi necessária a recalendarização da iniciativa. Devido à “vontade expressa de não ser prejudicado o trabalho de análise e avaliação das propostas apresentadas, entendeu-se útil o adiamento do trabalho do Júri para setembro 2017, prevendo-se (no início do mesmo mês) a recalendariPUBLICIDADE
zação de todas as ações necessárias realizar para a conclusão do concurso em causa”, esclareceu. Sem avançar com os nomes que atualmente compõem o júri, Filipe Fontes recorda que “tal como consta do próprio regulamento do concurso, e sem prejuízo da eventual colaboração de elementos externos ao mesmo Júri (na análise e avaliação das propostas e caso assim o júri o entenda), o júri do concurso será formado por três elementos: gestor político; representante técnico do Município, representante da Universidade do Minho”. Neste momento, já foram apresentadas 35 propostas: três propostas para a categoria “Reflexão”, 21 propostas para a categoria “Ideia” e 11 propostas para a categoria “Intervenção”. Apesar dos atrasos – a submissão de propostas tinha como prazo limite 12 de maio, data que foi estendida para 12 de junho -, Filipe Fontes faz uma avaliação positiva deste processo. “Sendo ainda prematuro uma avaliação qualitativa das propostas, e na convicção de que o processo de participação pública é um processo complexo e em
que todos os atores que interagem sobre o território se encontram em permanente aprendizagem e esforço qualitativo, desde já, afigura-se positivo o envolvimento da população, o interesse manifestado e o número de propostas apresentadas”, vincou. A iniciativa, lançada em janeiro pela Câmara Municipal, tem o objetivo de alargar os mecanismos de participação em iniciativas de âmbito municipal. O concurso foi destinado a toda a população e as ideias tinham que ter incidência no território vimaranense. Na altura em que se conhecerem as ideias vencedoras, será realizado um seminário para discussão das mesmas. No lançamento da iniciativa, sobre a concretização das propostas, Domingos Bragança informou que: “se a proposta vencedora puder ser encaixada no orçamento municipal, fá-lo-emos”. “Não tendo a obrigação de o fazer, vamos colocar [a proposta vencedora] no orçamento municipal”, resumiu. Mas se a proposta vencedora estiver fora do alcance das receitas da autarquia, o edil revela que há mecanismos de a financiar, recorrendo a fundos comunitários.
No dia 13 de julho passado, decorreu no auditório da Escola Secundária Francisco de Holanda, o lançamento do número 24 da revista ELO, produzida pelo Centro de Formação da Associação de Escolas Francisco de Holanda. O número lançado versava sobre possibilidades de itinerários para uma escola de e com futuro, tendo recebido a colaboração de professores do ensino secundário e universitário de todo o país, para além da contribuição de docentes de Espanha e do Brasil A sessão de lançamento da revista ELO contou, na sessão de abertura com os vereadores da Educação das Câmaras Municipais de Fafe e de Guimarães. Em seguida, houve lugar a um momento musical. Na sequência desta cerimónia de abertura, assistiu-se à conferência sobre os possíveis itinerários da escola, proferida pela Doutora Lurdes Veríssimo, docente no pólo do Porto da Universidade Católica Portuguesa. A sessão versou sobre a necessidade de mudança nos tempos atuais,
face aos desafios que a escola tem de enfrentar, nomeadamente em termos de fontes de conhecimento, do poder de atração dos modernos meios tecnológicos e das transformações operadas ao nível dos hábitos de atenção e acomodação de informação dos públicos estudantis contemporâneos. A sessão foi encerrada com a apresentação do teor dos artigos que compõem o número da revista lançada nessa ocasião, pelo professor Carlos Machado, docente da Escola Secundária de Caldas das Taipas, na sua qualidade de membro do Conselho Editorial da revista.
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Meu querido mês dos festivais DR
OPINIÃO Manuel Ribeiro
Eleições menos livres nas candidaturas Octa Push tocam no dia 12 de agosto no jardim do Museu Alberto Sampaio
Texto Catarina Castro Abreu
Vários festivais estão agendados para a primeira quinzena de agosto, em Guimarães. L’agosto
é um festival urbano que decorre entre os dias 10 e 12, no Museu Alberto Sampaio. Nas mesmas datas, há o Fest’in Folk Corredoura – O mundo dança em Guimarães, que
propõe várias atuações do folclore de seis países. Antes destes festivais, é tempo de rumar a Arosa para o Sons à Margem, de 4 a 6 de agosto.
Sons à Margem em Arosa, de 4 a 6 de agosto
L’agosto no Museu Alberto Sampaio, de 10 a 12 de agosto
São 21 os projetos musicais que rumam a Arosa para o primeiro festival vimaranense durante o mês de agosto. O evento inclui a possibilidade de se acampar em zona exclusiva, disfrutando da área envolvente, numa atmosfera de ruralidade, da gastronomia local e da afabilidade das suas gentes. Ainda há bilhetes à venda na Junta de Freguesia de Arosa/ Castelões e também no El Rock Bar, café Tá na hora. O passe geral custa Cartaz completo
O Museu Alberto Sampaio foi o local escolhido para a primeira edição do L’Agosto, o novo festival urbano vimaranense que, entre 10 e 12 de Agosto, propõe uma viagem musical em torno dos diferentes espectros da música urbana. World music, electrónica e rock são as três pautas que marcam o ritmo dos três dias de concertos, por onde passarão Octa Push, Riding Pânico, Kimi Djabaté, 10 000 Russos, entre
20 euros. Os transportes não serão um problema com a disponibilização de camionetas a partir de Guimarães, Braga e Fafe. Parte do cartaz do Sons à Margem resultou de um concurso de bandas de garagem: Cityspark, Meu General, What If, Arcanjo, Exkurraçados e Slavecrowd vão partilhar o palco com nomes como os britânicos The Society, Black Sombrero, Smartini. O passe geral custa 20 euros.
outros. L’agosto é, assim, um acontecimento de confronto imediato com o público num dos locais mais icónicos da cidade de Guimarães, onde ganha a diversidade musical e cultural. O festival conta com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães e do Museu Alberto Sampaio e é organizado pela Elephante MUSIK e Estúdio Lobo Mau. A entrada para todos os concertos é livre.
Cartaz completo
4 de agosto
5 de Agosto
6 de Agosto
10 de agosto
11 de Agosto
12 de agosto
• Birds are Indie • Drusuna • Box 2 Box • Procurança • Quatro Cantos Redondos • Cityspark • Meu General
• The Society • OZ • Nu:n • The Dixie Boys • Fade In • What If • Arcanjo
• Babel 17 • Lur Lur • Smartini • She Pleasures Herself • Black Sombrero • Exkurraçados • Slavecrowd
• Kimi Djabate • El Rupe • Spicy Noodles
• Riding Pânico • 10.000 Russos • Ganso • Ratere
• Octa Push • White Haus • O Gringo sou eu
Fest’in Folk Corredoura, de 11 a 13 de agosto Ainda sem cartaz oficial, o Fest’in Folk Corredoura - O mundo dança em Guimarães é um evento assente na cultura e tradição, e imbuído de um espírito de contemporaneidade e inovação. Organizado pelo Grupo Folclórico da Corredoura, em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães e a Junta de Freguesia de São Torcato, o festival tem uma
componente formativa, com a realização de vários workshops, e uma vertente mais virada para o público com espetáculos, paradas e desfiles diversificados em diferentes espaços da cidade de Guimarães e da Vila S. Torcato. O Fest’in Folk Corredoura procura promover o conhecimento da cultura e tradições portuguesas de raiz
popular permitindo, também, aos vimaranenses e a todos àqueles que nos visitam, o contacto com tradições de outras nacionalidades. Mais, propõe um programa diferenciado, inovador e contemporâneo que cruza folclore, tempos e culturas, permitindo ao público vivenciar e sentir diferentes povos, numa linguagem comum própria da música e da dança.
Na sua crónica de 30 de Julho, no Diário de Noticias, António Barreto, a propósito da desinformação, contradições, censura, segredos de justiça, dos incêndios em Pedrógão, pergunta: “Que é feito dos homens livres do meu país? Estão assim tão dependentes da simpatia partidária, dos empregos públicos, das notícias administradas gota a gota, dos financiamentos, dos subsídios, das bolsas de estudo e das autorizações que preferem calar-se? Que é feito dos autarcas livres do meu país? Em plena pré-campanha para as autárquicas, município e freguesia, conhecidas as listas de candidatos, torna-se imperioso perguntar: “que é feito dos homens livres do município e da freguesia.” No concelho e na freguesia, assistimos a um progressivo ganhar de quota de mercado do município e das empresas municipais que, com a abundância de dinheiros públicos ou pela sua multiplicação concretizada no investimento público e venda dos serviços como privados fossem, invadem sectores, assumem protagonismos na produção de serviços e bens que afasta o investimento e fuga dos privados. Resultado, a maior empresa do concelho, a que tem maior orçamento e a que mais emprega, é o “Grupo” Câmara de Guimarães. Isto para não falar naquelas outras privadas que sobrevivem em grande parte devido aos ajustes da Câmara Municipal. É a sectarização do concelho e da vida pública. A coincidência de se conhecerem candidatos que trabalham sob a relação de contrato de trabalho para as empresas municipais faz supor uma identidade suspeita entre a liberdade de determinação e a vontade livre da candidatura. É que a liberdade e o ser livre não se manifesta tão somente na parte de quem sofre pressões, coações, ameaças, promessas e comprometimentos; essa dimensão atinge quem se encontra nos lugares de chefia e, por força do cargo, tem uma especial obrigação de cumprir a liberdade e dignificar a pessoa que lhe está subordinada. Quando, os “trabalhadores” das empresas municipais e afectas, isto é, dirigidas por eleitos locais, aceitam fazer parte – “encher monte” – para, alegadamente, defenderem o seu posto de trabalho, como se a força de trabalho não chegasse a troco do salário mínimo ou pouco mais, a dignidade de quem trabalha está posta em causa; e a dignidade de quem manda e ordena, fica manchada definitivamente. A politica deveria ser exercida por homens dignos, isto é, por aqueles que, em qualquer circunstância, respeitam os mais básicos direitos políticos e de auto determinação. A liberdade deve ser exercida, proporcionada, promovida; nunca amordaçada. A elaboração das listas para as autárquicas, em muitas freguesias, sofre desse vício que atenta contra a democracia: muita gente alinhou por razões que a sua consciência reprova. Mas é a “vidinha”... O problema é que essa dependência não foi criada por eles; foi por quem manda e que são os únicos interessados em manter o poder, o domínio. A médio e a longo prazo, esta forma de estar na política, assediando os cidadãos (trabalhadores) à inclinação partidária, desgraçadamente 43 anos depois do 25 de Abril, terá consequências desastrosas para os opressores.
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ATUALIDADE De 9 a 31 de agosto, a 29.ª edição do “Cinema em noites de Verão” DR
O filme La La Land será exibido no dia 17 de agosto no ciclo Cinema em Noites de Verão
Texto Alfredo Oliveira
No total são 14 sessões de cinema ao ar livre com propostas diferenciadas. Começa com “Olhos Negros”, do cineasta russo Nikita Mikhalkov e termina com o filme de Theodore Melfi, “Elementos secretos”, que recupera a questão da segregação racial e sexual nos tempos da guerra fria e a conquista do espaço entre os EUA e a URSS. Carlos Mesquita, diretor do Cineclube de Guimarães, responsável por esta iniciativa que marca as noites de verão na cidade, como diz, “já ninguém pensa em agosto sem associar às noites de cinema”, não tem dúvidas que esta 29ª edição apresenta um cartaz que consegue “levar bom cinema às pessoas”. Este ciclo de cinema não poderia começar da melhor forma para Carlos Mesquita, “Nikita Mikhalkov, com ´Olhos Negros´ apresenta uma obra belíssima”. Sem passar por todos os filmes, destaca o trabalho de Ken Loach com “Eu, Daniel Blake”, um drama dos PUBLICIDADE
tempos difíceis e burocráticos em que vivemos e o filme mais popular de Federico Fellini, “Amarcord”. Charlie Chaplin com o seu “Tempos modernos” e a recuperação do documentário de Filipe Frederico Leite “Outra Voz”, criado no âmbito da Área de Comunidade de Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. Para um requisito mais popular está programada ainda a projeção de “LA La Land”. Resumindo, “uma programação que equilibra um cinema inerente ao Cineclube e uma projeção ao ar livre aberta a toda a população. Às terças, com um cinema mais clássico, às quartas com projeções de várias tendências e para as sextas um cinema mais virado para o público em geral. Destaco ainda, em algumas sessões, a passagem de pequenos filmes em colaboração com o Shortcutz de Guimarães”. O diretor do mais antigo clube de cinema do país, fundado em 17 de maio de 1958, também salientou o facto de este festival de cinema ao ar livre se tratar do mais antigo que
se realiza no nosso país. “Para o ano vamos completar o 30.º aniversário desta iniciativa e esperamos que nessa altura o Cineclube possa apresentar estas sessões com melhor qualidade”. Questionado sobre o que falta fazer nessa área, Carlos Mesquita deu conta que vão estabelecer contactos para que se possa adquirir um novo projeto com maior definição, que possa projetar filmes com qualidade full hd e que seja ainda possível substituir o atual ecrã (com 20 anos de existência) por um de maior dimensão. Como é da tradição, as sessões começam após a última badalada do relógio quando marca as 22 horas, na praça da Oliveira, “a praça mais bonita do centro histórico, onde o ´Cinema em noites de Verão´ começou e onde deve continuar. É um local deslumbrante a que se junta o deslumbramento do cinema”, refere Carlos Mesquita. Talvez seja por esta conjugação do local, cinema e esplanadas, que as pessoas batem palmas, tal como fazem num teatro ou num espetáculo musical.
De 4 a 7 de Agosto, os dias das festas maiores da cidade
As Festas Gualterianas começam já na próxima sexta-feira, 04, com destaque para o espetáculo de Dengaz. Aurea (5 de agosto) e Zé Amaro (6 de agosto) completam o cartaz dos concertos que terão lugar na Plataforma das Artes. Este ano as Festas terão mais cor com a realização da Batalha das Flores. As Festas Gualterianas vão custar cerca de 350 mil euros aos cofres das autarquias: 76.500 euros para iluminações e 83.500 euros de apoio à Associação Artística da Marcha Gualteriana para a realização daquele que é o momento alto das festas da cidade. Durante a apresentação do evento, o presidente da autarquia, Domingos Bragança, realçou a dimensão popular muito forte das Festas Gualterianas e o empenho em manter as festas junto ao padroeiro. Para o edil, “a cidade está a evoluir e não é possível ter as tendas nas ruas do centro da cidade”. Os tradicionais divertimentos e abarracamentos estarão junto ao Teleférico. Este ano, o Parque das Hortas fica desimpedido por ser uma bolsa importante de estacionamento que serve as Festas. No entanto, para que estas valências fiquem perto da Igreja do Campo da Feira, onde está o patrono da festa, será possível a instalação de venda ambulante da rua S. Nicolau dos Estudantes. Festival de folclore, cantares ao desafio, feira de gado e concurso pecuário, desfile e exibição de grupos de bombos são os números que marcam a faceta mais tradicional das Gualterianas. Mas pode dizer-se que as Festas já arrancaram, a 27 de julho com a inauguração de uma exposição no GuimarãeShopping, “O Verde a
Preto e Branco”, numa organização da Muralha – Associação para a Defesa do Património. Na sexta-feira, 4 de agosto, há visitas orientadas à Casa da Memória subordinadas ao tema das Festas. Às 21.30 horas, um toque de contemporaneidade às Gualterianas com o espectáculo de circo contemporâneo “1.5ºC: o ponto de equilíbrio”, pela Companhia Erva Daninha. No dia 5, pelas 18 horas, as ruas abrem-se para a Batalha das Flores, número que se realiza de dois em dois anos. Os três carros do cortejo serão dedicados à Cantarinha dos Namorados, ao Monte da Penha e à Fauna e Flora. A Banda de S. Cláudio de Barco, o Grupo Folclórico de Polvoreira, o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Fermentões, o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Briteiros e o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Serzedelo acompanham o desfile. Também no sábado, uma hora antes, é tempo de fazer uma visita guiada com João Luís Pereira Guedes , autor da obra “Um Milagre do Bairrismo Vimaranense”, a propósito dos 60 anos da construção em tempo recorde da praça de touros para as Festas Gualterianas. O domingo é dedicado às celebrações litúrgicas: destaque para a inauguração e bênção das imagens de S. Francisco de Assis e S. Gualter. Segunda-feira traz o fim das Festas com a Marcha Gualteriana, que este ano presta homenagem às entidades da cidade que celebram datas importantes: Bombeiros Voluntários de Guimarães (140 anos), Cercigui (40 anos), os 500 anos do nascimento de Francisco de Holanda e os 150 anos de Raul Brandão.
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Gastronomico ´ Príncipe Parque Um requinte junto ao Ave tigo matadouro municipal, o Príncipe Parque foi adaptado a restaurante há mais de 30 anos, teve melhorias ao longo dos tempos e uma remodelação muito recente, tornando-se ainda mais requintado e moderno. Dispõe agora de três amplas salas para jantares em família, de negócios ou de grupo. Uma das salas está equipada com luz e som profissional
O Restaurante Príncipe Parque é um espaço de referência gastronómico no concelho de Guimarães. Está aberto há mais de três décadas e fica situado num dos locais mais nobres da vila das Taipas, junto ao rio Ave, em pleno parque de lazer. Da ampla e bem estruturada cozinha do Príncipe Parque saem pratos que se destacam, como o bacalhau à príncipe no forno a lenha, a espetada de tamboril com gambas, os filetes de pescada, peixe bom e sempre fresco (grelhado), cabrito assado, também no forno a lenha, os rojões à moda do Minho, as papas de sarrabulho e, claro, a lampreia na época dela. Mas a tentação começa logo nas entradas, com bom queijo, presunto, bolinhos de bacalhau e com uns rissóis que têm um problema: depois
de os comer não vai gostar de mais nenhuns. As sobremesas são caseiras e incluem o clássico leite-creme, o pudim, o bolo de chila e o bolo de cenoura. A carta de vinhos é generosa e provavelmente vai querer um digestivo com o café. Os segredos do Príncipe Parque estão nas mãos de Rosa Macedo que acumula quatro décadas de experiência na área da restauração. Por ela passa, como faz questão de salientar, a escolha de tudo o que entra naquele espaço. “A nossa aposta é nos produtos de melhor qualidade, para que os clientes saiam sempre satisfeitos. E tudo o que entra na cozinha é escolhido por mim”, explica. Para ter uma boa cozinha, Rosa Macedo considera que são
necessários ingredientes especiais: “muito cuidado, muito gosto no que se faz, boa matéria-prima, higiene e bom equipamento”. Rosa Macedo não tem especial preferência pela confeção de nenhum prato em particular. “Os nossos colaboradores dão as sugestões aos nossos clientes. Chegando o pedido à cozinha, o empenho é igual para todo o tipo de pratos. Fazemos tudo com muito gosto, sem distinção, sempre com o objetivo de satisfizer o cliente.” De há uns tempos a esta parte, são os filhos, João e Rui Macedo, que lideram este projeto familiar e continuam a trabalhar para elevar o nível de excelência e altíssima qualidade que os seus progenitores sempre fizeram questão de implementar no Restaurante Príncipe Parque. Localizado no espaço de um an-
e espaço para DJ. O Príncipe Lounge Bar, um espaço onde pode disfrutar de momentos de pura tranquilidade, longe da azáfama do seu dia-a-dia. No Príncipe Parque há sempre uma certeza: “o serviço de excelência, a simpatia e o profissionalismo da família Macedo e dos seus colaboradores, estão sempre garantidos”.
RUA JOAQUIM FERREIRA MONTEIRO, S/N 4805-122 – CALDAS DAS TAIPAS GUIMARÃES 253 577 427 253 574 653 GERAL@PRINCIPEPARQUE.PT WWW.PRINCIPEPARQUE.PT FACEBOOK.COM/PRINCIPEPARQUE.RESTAURANTE ENCERRADO À SEGUNDA-FEIRA
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Gastronómico
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Restaurante Chico d’Agrela
Meio século a crescer com tradição e modernidade
Foi o casal Francisco Oliveira e Rosa Duarte, corria o ano de 1964, quem deu os primeiros passos para o restaurante Chico d’Agrela se afirmar no mercado da restauração local. Hoje a responsabilidade de dar continuidade a esse trabalho está nas mãos da sua filha, Conceição Oliveira, e do marido, Joaquim Rodrigues. A “tasca” de outrora, com as pipas à vista e balcão em madeira, deu lugar, na década de noventa do século passado, a um restaurante típico, um espaço renovado, com uma sala
moderna, com muita luz, duas salas com decoração mais “rústica” e estacionamento privativo para vinte automóveis. Tem serviço à lista, diárias e serviços especiais para festas, almoços e jantares de grupos, com capacidade até 90 pessoas. O Chico d’Agrela faz questão de se diferenciar pela qualidade e variedade dos vegetais que oferece. De Maio a Setembro, período onde o calor pede pratos mais “frescos”, o Chico d’Agrela integra na sua lista de sugestões a “salada à
na brasa. Temos também o camarão salteado no tacho, servido com legumes e batata cozida. Nas carnes, trabalhamos muito com o lombo de boi - medalhões, posta do lombo de boi (o naco), bifinhos (mais fininhos para quem não gostar da carne mal passada) - e temos também um grelhado misto que é acompanhado de um molho especial à base de alho e plantas aromáticas”, refere Joaquim Rodrigues, responsável pela cozinha e único homem da equipa que está na cozinha daquele espaço e que acumula mais de vinte anos de experiencia, a trabalhar na Suíça, onde esteve emigrado com a esposa, Conceição Oliveira, no ramo da restauração. Ao longo dos últimos 50 anos, o restaurante Chico d’Agrela evoluiu, cresceu, juntou a tradição à modernidade e aliou os pratos típicos aos pratos mais verdes e saudáveis. Um local a merecer uma visita.
Chico d’Agrela” que é muito procurada pelos clientes. Alface, tomate, pepino, cenoura, milho, massas cozidas, pedacinhos de carne de vaca cozidos, tudo preparado com um molho especial e que acompanha sempre com polvo em molho verde ou atum. É uma salada servida fria que tem sempre muita procura. Mas nem só de saladas vive o homem, pelo que o Chico d’Agrela tem várias especialidades de peixe e carne: “temos um óptimo bacalhau, com broa (cozido com louro e alho e depois gratinado) ou assado
TRAVESSA DE REAL, 16 4805-483 – BRITEIROS (STº ESTEVÃO) GUIMARÃES 253 576 248 / 969 866 340 / 968 519 256
O rústico e a modernidade num só espaço O Restaurante Chico d’Agrela tem uma sala moderna, com muita luz, duas salas com decoração mais “rústica”
e estacionamento privativo para vinte automóveis. Tem serviço à lista, diárias e serviços especiais para festas,
almoços e jantares de grupos, com capacidade até 90 pessoas. “Somos muito criteriosos na escolha dos nossos produtos.
São sempre frescos e, quando possível, provenientes da “vizinhança” que ainda trabalha os campos”, garantem , com
enorme satisfação, Joaquim Rodrigues e Conceição Oliveira, os proprietários do Restaurante Chico d’Agrela.
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Gastronómico ´
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Casa de Pasto Fertuzinhos
Tradição e qualidade num ambiente rústico e acolhedor
A Casa de Pasto Fertuzinhos, localizada em plena Avenida da Republica, nas Taipas está nas mãos de Manuel Leite, mais conhe-
cido pelo “Manel Boémio” há trinta e três anos. Foi no já longínquo ano de 1984 que o Manel Boémio tomou conta do negócio, que
já tinha residência fixa, naquele mesmo local, desde 1935. Até então, esteve nas mãos da família “Fertuzinhos” que acabou por dar o nome ao espaço. Adaptada às exigências dos tempos de hoje, a Casa de Pasto Fertuzinhos nunca perdeu, ao longo de todos estes anos, aquilo que sempre a caracterizou: uma forte componente rustica. É um espaço muito acolhedor e que conta com uma liderança que faz desta casa um local de encontro, por excelência. Manel Boémio alia ao trabalho a sua grande paixão: a música. Nos anos que tem dedicado à música, tem sido o principal motor do trio “Os Boémios” e, sempre que pode e se proporciona, lá saem, durante a refeição, algumas guitarradas para deleite de quem tem a sorte de lá estar naquele instante. Se na música é brilhante, o que dizer na preparação das refeições. Como especialidades da casa, é obrigatório provar o bacalhau assado na brasa com batata a murro. Para quem acha que “peixe não puxa carroça”, o Manel pode colocar sobre a mesa um costoletão de vitela assado na brasa ou um cabritinho assado em forna a lenha. O cozinho à portuguesa e o “célebre”
arroz de feijão vermelho, são outras das especialidades da casa. Falta falar no melhor: o “famoso” leite-creme. “Há quem, antes de se sentar para a refeição, já esteja a perguntar se há leite-creme”, confessa o Manel com ar de quem parece adivinhar que, se tal iguaria faltar, o dia pode não correr muito bem! Definitivamente um espaço a visitar sempre que possível. Simpatia no atendimento e animação musical aliados a uma refeição de excelência, são os condimentos necessários para não faltar à chamada.
AVENIDA DA REPÚBLICA CALDAS DAS TAIPAS 253 576 959 919 793 092 MANUEL_O_BOEMIO@LIVE.COM.PT
Snack-bar | Cervejaria “O Diplomata”
Diplomaticamente ao sabor de uma francesinha de cervejaria e snak-bar que predominam por ali. Davide Marques, atual proprietário da casa, solidificou a vertente das refeições diárias e à Francesinha Especial, juntou um leque de pratos regionais, como a vitelinha grelhada especial à chef e os lombinhos com cogumelos. Para os mais pequenos, conte com variados menus infantis.
O Diplomata é um excelente exemplo de crescimento na área da restauração. Nos pouco mais de trinta anos de existência, foi-se adaptando às exigências dos
tempos e, sobretudo, foi respondendo às necessidades dos clientes. Neste período de tempo, o carismático balcão de cervejaria – que ainda hoje se
mantém – foi aprendendo a conviver com as sucessivas ampliações do espaço que, nesta altura, já ocupa todo o primeiro andar de grande parte do Edifício Trajano, na Rua Professor Manuel José Pereira, nas Taipas. De momento, a jóia da coroa do Diplomata é a sua área de esplanada que permite à casa, somando os restantes espaços existentes, servir 150 refeições em simultâneo. Um espaço multifuncional. Fresco nos dias de calor e preparado para fechar nos dias mais ventosos ou de frio. Se as origens do Diplomata estão, inevitavelmente, relacionadas com o aparecimento da Francesinha Especial pelas Taipas, os dias de hoje já não serão bem assim. Com excelente serviço de diárias, já não são só as áreas
DIPLOMATA snack-bar RUA PROFESSOR MANUEL JOSÉ PEREIRA (JUNTO À ESCOLA SECUNDÁRIA DAS TAIPAS) CALDAS DAS TAIPAS - GUIMARÃES 253 576 246
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Gastronómico
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Pizzaria Pinóquio
É tão bom, que até parece mentira!
A Pizzaria Pinóquio está aberta há 17 anos e, desde então, o seu crescimento tem sido sustentado e estratégico com vista a nunca perder a qualidade no serviço e atendimento aos seus clientes. Ao longo dos anos, a Pizzaria Pinóquio, tem acompanhado as exigências do mercado e tem dado passos no sentido de melhor servir as necessidades e desejos dos seus
clientes, que, ao longo dos tempos, têm aumentado e, ao mesmo tempo, se têm tornado cada vez mais exigentes. Foi no sentido de dar resposta a essas exigências que, para além do serviço de sala, de take way e as melhorias realizadas na esplanada, a última aposta foi para as entregas ao domicílio. Neste momento, 5 motas e uma viatura fazem entregas
ao domicílio, num raio de 12 km, num serviço de excelência e diferenciador, sempre a pensar no bem-estar dos seus clientes. Trata-se de um serviço diário (exceção para a 3ª feira que é dia de folga) e que desde junho último e até setembro, funcionará em horário alargado, entre as 12 horas e as 23.30 horas. A Pizzaria Pinóquio, localizada na vila de Brito, dispõe de uma sala interior e uma exterior, com capacidade para 60 e 40 pessoas, respetivamente. Para os meses mais quentes, os seus clientes podem ainda usufruir de uma esplanada com 30 lugares. Mais de 30 pizzas fazem parte de uma Carta onde também não faltam soluções para entradas, massas, saladas, snack-bar e sobremesas. A capacidade de inovação da equipa de gestão da Pizzaria Pinóquio, não se fica por aqui. No intuito oferecer um serviço cada vez mais completo e personalizado, está para muito breve o lançamento de uma aplicação móvel, para android e iPhone, da Pizzaria Pinóquio.
Todos os clientes vão poder passar a realizar as suas encomendas de forma mais prática, rápida e intuitiva. Uma aposta inovadora e que
permitirá prestar um serviço mais eficiente e eficaz, garantindo uma resposta cada vez melhor na sua qualidade de serviço e atendimento.
Em Agosto descarregue a nova APP da Pizzaria Pinóquio
ENTREGA AO DOMICILIO: 910 374 061
RUA DA SAPEIRA, 1 4805-033 BRITO 253 572 372 FACEBOOK.COM/PIZZARIAPINOQUIO
Restaurante Delícia dos Leitões
Um leitão que é uma delícia
É humano (e muito português) ter saudades de um leitãozinho. Uma solução era programar uma ida à Mealhada e gastar dinheiro em
gasolina e portagens Outra solução era aproveitar uma ida a sul, pela A1, e parar numa estação de serviço para comer uma
sandes de leitão, daquelas aquecidas no micro-ondas com a pele tipo borracha. Para os distraídos, fica a mensagem que pode ser bem mais fácil. O restaurante Delícia dos Leitões do Ave tem um forno a lenha para assar uns leitões de pele estaladiça que são de comer e chorar por mais. Basta ir à Rua do Montinho, em Ponte, ou à Quinta da Granja, em Balazar. A casa está aberta há mais de 15 anos e tem como gerente Domingos Silva, com uma experiência acumulada de mais de 30 anos na área da restauração.
A sala tem estilo rústico e uma capacidade para 200 pessoas. Para jantares de grupo, também há espaço recatado. Para além do leitão, tem uma cozinha tipicamente regional e grelhados, destacando-se o cabrito e vitela assados no forno e as carnes na brasa. Os apreciadores de peixe podem encontrá-lo fresco todos os dias. O Delícia dos Leitões também tem serviço de take-away (só para leitão), o que é muito prático para uma refeição sem trabalho ou para uma festa especial.
RUA DO MONTINHO PONTE – GUIMARÃES FILIAL - QUINTA DA GRANJA – BALAZAR 253 472 879 917 838 580 GERAL@GRANJAEVENTOS.COM WWW.GRANJAEVENTOS.COM
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Gastronómico
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Churrasqueira Taipense
Excelência do serviço aliada aos sabores regionais
A Churrasqueira Taipense faz dos seus variadíssimos grelhados na brasa o seu principal trunfo. Situada em pleno coração da vila taipense, dispõe de duas salas elegantemente decoradas que transmite aos seus clientes um ambiente acolhedor e, sobretudo, muito familiar.
Com capacidade para 50 pessoas, a sala localizada no rés-do-chão, apresenta uma decoração rústica com o granito das paredes a destacar um ambiente imponente e descontraído que faz deste espaço um local de partilha e convívio familiar.
No primeiro piso, a sala com capacidade para 40 pessoas, apresenta uma decoração nobre e elegante onde a privacidade e discrição dos clientes é a palavra-chave. Uma excelente solução para jantares de grupo, em família, com amigos, ou empresariais.
Trata-se, pois, de um restaurante regional, com uma cozinha tipicamente baseada nos grelhados na brasa, sejam de carne ou peixe. Espetadas de boi, bifes do vazio, picanha, bacalhau, espetadas de polvo e lulas, são algumas das especialidades que pode encontrar todos os dias na Churrasqueira Taipense. Variedade, qualidade e verdadeiramente tentadores, estes pratos são sempre muito bem acompanhados pelos mais intensos sabores vinícolas, donde se destacam os verdes da região. Competência e simpatia no atendimento são as principais características da jovem equipa de trabalho que diariamente proporciona aos clientes da Churrasqueira Taipense um serviço de excelência aliado a novos e tradicionais sabores. A Churrasqueira Taipense disponibiliza também um serviço de take away. Disfrute de uma deliciosa refeição na comodidade do seu lar, fazendo a sua encomenda por telefone.
RUA PROF. MANUEL JOSÉ PEREIRA 4805-128 CALDAS DAS TAIPAS 253 577 075 (PARA ENCOMENDAS)
Restaurante do Albino
Dois amplos espaços com um serviço de excelência
Sem dúvida a maior área coberta para receber jantares de grupo, casamentos, batizados, comunhões e festas de aniversário. Com dois espaços distintos, o
restaurante Albino está preparado para receber, em Ponte, na Rua S. João Bapista, perto de duzentas pessoas. Em S. Martinho de Sande, junto à igreja, na rua de S. Marti-
nho, são perto de sete centenas as pessoas que podem, em simultâneo, privar naquele espaço. Um local a visitar e a não perder de vista, especialmente se
gosta de aliar a boa gastronomia à diversão. O restaurante Albino está equipado com sistema de som pelo que, sempre que previamente combinado, há possibilidade de juntar, ao seu jantar, almoço ou festa de família, animação musical. A aposta do restaurante Albino, no que respeita às ofertas no seu menu, recai sobre a comida tradicionalmente minhota como a Posta à Albino, Nacos de Boi ou o Bacalhau à Albino que é gratinado no forno. Para além dos jantares festivos, direcionados para grandes grupos, este espaço de restauração oferece, àqueles que diariamente tem necessidade de realizar a sua refeição de almoço fora de casa, uma ementa diária muito diversificada, com preços muito competitivos. A simpatia no atendimento e o bom gosto na decoração do espaço, torna o restaurante Albino num local de escolha fácil. Se quiser sentir-se como em sua casa, só tem uma escolha a fazer!
EM PONTE RUA DE S. JOÃO BAPTISTA 253 473 538
EM S. MARTINHO DE SANDE RUA DE S. MARTINHO, 2829 253 576 331 RESTURANTE_ALBINO2014@HOTMAIL.COM
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escrito na pedra
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notícias que fizeram a agenda noticiosa durante o mês de julho siga-nos em www.reflexodigital.com
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Junta de Caldelas inicia intervenção junto à Praia Seca PAULO DUMAS
Obra anunciada pela Junta de Freguesia de Caldelas para a requalificação da zona envolvente à Praia Seca começou durante a amanhã de quarta-feira, 26 de julho. Primeira fase deverá estar concluída até ao mês de setembro. Texto Paulo Dumas O projeto anunciado pela Junta de Freguesia de Caldelas, apresentado publicamente no passado dia 14 de junho, prevê uma intervenção ao longo da margem direita do Rio Ave e a requalificação dos campos agrícolas naquela zona para uma área de parque de lazer. A primeira fase da intervenção, que contempla a limpeza das plantas arbustivas excedentárias, que impedem a livre passagem da água e a visibilidade da linha de água começou durante a manhã de quarta-feira, 26 de julho. O autor do projeto é o engenheiro Pedro Teiga, especialista na requalificação de linhas de água. O presidente da Junta de Freguesia de Caldelas espera que esta primeira intervenção fique concluída até ao final do mês de setembro. Nessa altura, as
margens do rio já estarão desimpedidas e a população poderá fruir das margens do rio. Após esta primeira fase, deverá ser feita a consolidação das margens para conter a erosão pelas águas. O projeto está a ser, para já, suportado pela Junta de Freguesia, mas Constantino Veiga espera que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que validou o projeto, financie a intervenção juntamente com a Câmara Municipal de Guimarães. O presidente da autarquia vimaranense, Domingos Bragança, disponibilizou-se para auxiliar na execução da intervenção. Ainda de acordo com Pedro Teiga, a globalidade da intervenção será repartida por fases, começando pela limpeza até à requalificação da galeria, com a plantação de espécies autóctones, como
salgueiros, amieiros, freixos e carvalhos. Desta forma, o engenheiro do ambiente espera restaurar o ambiente ripícola de forma controlada, permitindo a sua fruição pela população. Constantino Veiga quer devolver a beleza a toda esta zona ribeirinha e trazer de novo as populações da freguesia de Caldelas e da região de novo para o rio. Para isso, deverá fazer instalar uma zona de apoio à praia fluvial da Praia Seca, num campo agrícola que já é propriedade da freguesia. Nessa área projeta ainda a colocação de equipamentos de apoio, como WCs e um bar. Além disso, está ainda previsto para o local um centro de interpretação ambiental associado ao rio. O objetivo do autarca passa por classificar a praia fluvial.
Comissão Europeia apresenta linha de crédito em Guimarães Foi através do exemplo da Critical Materials, uma empresa sediada no Avepark, que a representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Colares Alves, promoveu as linhas de crédito para empresas inovadoras. Estamos a divulgar estas oportunidades para que possam chegar a mais empresários empreendedores. Estes fundos estão disponíveis para empresas e entidades publicas e cobre todas as
áreas”, disse aquela responsável, citada pelo Jornal de Notícias, na sua edição de hoje. Frisou ainda a importância da divulgação destes apoios a que pequenas e medias empresas podem aceder através da banca comercial. Já Gustavo Rodrigues Dias, responsável pela empresa que é um spin-off da Universidade do Minho, pontuou que “estes apoios permitem estruturar a empresa de uma forma diferente do que
se recorrêssemos à banca tradicional de retalho”. A Critical Materials foi criada em 2009 e desenvolve tecnologia para o sector aeronáutico e para a energia e que regista uma facturação anual de 1,5 milhões de euros. Ao JN, Domingos Bragança sublinhou que “Guimarães está a conseguir aceder a esses fundos. Se assim for estaremos a promover o desenvolvimento de Guimarães e da região”.
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Propostas do Orçamento Participativo 2017 em votação até 7 de setembro PAULO DUMAS
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Das Taipas para o Mundo “A China ensina-nos tanto! Muita gente rotula este país de um jeito negativo mas digo-vos, não tirem conclusões precipitadas!” M Ó N I CA D I A S Está em Shangai, China
As propostas que passaram à fase de votação no Orçamento Participativo de Guimarães poderão ser apreciadas pela população do concelho. A votação poderá ser feita até ao dia 7 de setembro. Texto Paulo Dumas Quinze propostas estão em votação no Orçamento Participativo 2017, disputando uma verba de 500 mil euros. A iniciativa é da Câmara Municipal de Guimarães colocando do lado dos munícipes a possibilidade de apresentação e eleição de propostas. Na edição deste ano foram quatro as áreas temáticas nas quais foi possível fazer submissão de propostas – sustentabilidade ambiental, voluntariado e solidariedade, cultura e outras áreas. A norte do concelho de Guimarães há duas propostas em concurso, que se encontram em fase de votação até ao dia 7 de setembro. Na freguesia de Sande (S. Lourenço) está a ser defendida a proposta de Reabilitação do Castro Sabroso (Proposta 16). Para Prazins (St.ª
Eufémia) é proposto um Circuito de Manutenção (Proposta 15). A particularidade do Orçamento Participativo é que deverá ser apresentado por um signatário residente no concelho de Guimarães. A proposta de Reabilitação do Castro Sobroso foi apresentada por Carlos Marques, membro da Sociedade Martins Sarmento. Na sua proposta é defendida a importância deste sítio arqueológico – Monumento Nacional, propondo-se uma intervenção em várias fases que incluem a limpeza do sítio e a execução de trabalhos de prospeção arqueológica. A intervenção tem como finalidade a musealização do espaço, tornando-o visitável. Quanto à proposta apresentada por Luís Mendes, propõe a instala-
ção de um circuito de manutenção na freguesia de Prazins (Sta. Eufémia). Na sustentação da proposta o proponente defende a criação de um espaço ajardinado equipado, junto à Rua Primeiro de Janeiro, com mecanismos para a prática de exercícios físicos. Esta proposta surge pela necessidade de adoção de comportamentos saudáveis. Para votar os interessados deverão fazer a inscrição no site do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Guimarães, processando-se o voto eletronicamente. Será possível votar presencialmente, no Balcão Único de Atendimento da câmara. O resultado da votação será divulgado no dia 12 de setembro.
Torcato) Proposta n.º 13 NATURunFE (Ronfe) Proposta n.º 14 CulturArtis (Ronfe) Proposta n.º 15 Circuito de manutenção (Prazins Sta. Eufémia) Proposta n.º 16 Reabilitação do Castro de Sabroso (Sande S. Lourenço) Proposta n.º 17
Rise Up (Guimarães) Proposta n.º 18 Historia-Te (Guimarães) Proposta n.º 20 KIT ECO JUNTAS (concelho) Proposta n.º 21 Música com Vida (Candoso S. Martinho) Proposta n.º 22 Música para todos (Guimarães) Proposta n.º 23 Desenvolver a ser (concelho)
Todas as propostas Proposta n.º 2 Parking Fotovoltaico (Guimarães) Proposta n.º 6 Projeto + Vida (Nespereira) Proposta n.º 8 Mais ecologia melhor lazer (Abação) Proposta n.º 9 Baía de estacionamento Centro Escolar de Pevidém Proposta n.º 10 S. Torcato Ontem e Hoje (S.
Lembram-se da menina bonita de Brito, Sara Dias, que se mudou para Shanghai? Pois bem, sou irmã dela e mudei-me, também eu, para esta Nova Iorque chinesa. A aventura começou há sete meses atrás, pouco antes do Natal. Decidi visitar a Sara e passar esse dia especial com ela. Tinha apenas um objetivo em mente: cozinhar aletria para a minha irmã! Acontece que sou um desastre na cozinha e a aletria ficou horrível. A minha irmã fez cara feia quando a provou, mas depressa a sua expressão mudou quando lhe disse que ia prolongar a minha estadia na cidade para assistir ao Ano Novo Chinês. Para mim, um Ser que nunca foi muito dado à azáfama das cidades grandes, este feriado nacional revelou-se perfeito! Shanghai é uma cidade feita de migrantes Chineses por isso, quando esta fase do ano chega, milhares de pessoas voltam para as suas províncias para celebrar com as famílias. Então, de repente, vi-me numa cidade fantasma! Passado o Ano Novo Chinês, era altura de começar a pensar em voltar para casa, mas sentia que ainda não tinha espremido todo o sumo desta fruta. Em Portugal tive a oportunidade de trabalhar com o Canal180 durante quatro anos, logo após terminar o meu Mestrado em Ciências da Comunicação. Aprendi tanto lá, mas sempre senti necessidade de aprender mais e de testar os meus limites! Por isso, decidi que ainda não estava na hora de voltar ao meu país. Tomada esta decisão, inscrevi-me na Universidade de Shanghai para aprender mandarim. Se vou ficar na China, é bom que saiba comunicar o suficiente para me poder desenrascar no dia-a-dia. Ao mesmo tempo, comecei a fazer uns trabalhos como freelancer na minha área, o vídeo. Shanghai é uma cidade complexa e já tive a oportunidade de filmar coisas tão variadas, desde artistas malucos que pegam fogo às suas obras, até grandes marcas mundiais como a Ford. Se me perguntam se foi sorte, não sei responder. A vida de um emigrante não é fácil. Sacrifiquei muito para poder estar aqui e já passei por tanta coisa, mas sinto que evoluí bastante como Ser Humano. Cresci! E aquela jovem que foi vegetariana durante sete anos, voltou a comer de tudo. A China ensina-nos tanto! Muita gente rotula este país de um jeito negativo mas digo-vos, não tirem conclusões precipitadas! A tradição já não é o que era e as gerações evoluem em qualquer parte do mundo. A China não é exceção a isso. E sabem do que mais gosto aqui? Do laço forte entre as famílias, do respeito pelos mais velhos e da dedicação diária de cada um ao seu trabalho e aos que amam. Aqueles valores que já quase se perderam no Mundo Ocidental. Não sei por quanto tempo ficarei por cá. Tenho o coração dividido entre a China e Portugal. Por um lado, sinto a tristeza de não me poder despedir dos meus (recentemente perdi a minha avó, de quem não me pude despedir e esta é uma ferida que nunca vai fechar) e, por outro, tenho a curiosidade de continuar a explorar este mundo. Independentemente do que o futuro me reserva, agradeço à China por tudo o que, até agora, me ensinou.
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Investigação de Miguel Oliveira é Morreu a última das mais referenciadas na área da rendilheira das regeneração da cartilagem Taipas DR
Artigo de 2006 publicado pelo investigador do Grupo 3B está na lista dos trabalhos com mais referências em artigos de outros investigadores. Estudo listou as 50 publicações sobre regeneração da cartilagem com mais citações. Texto Paulo Dumas Trabalho de investigação de uma equipa de cientistas, liderado por Miguel Oliveira, está na lista dos 50 artigos mais citados na área da regeneração da cartilagem. O trabalho publicado pela equipa do Grupo 3B na revista Biomaterials teve 204 referências noutros artigos. As citações de trabalhos científicos publicados são uma forma de perceber a importância que os resultados obtidos numa dada invesPUBLICIDADE
tigação têm nos trabalhos desenvolvidos por outros investigadores, que depois também merecem publicações em jornais científicos da especialidade. No caso deste trabalho de bibliometria, procurou saber-se quais os trabalhos com mais referências na área da regeneração da cartilagem, uma área de investigação relativamente recente, dentro da ortopedia. Para tal recorreu-se a um agregador
(The Web of Science) de compila informação sobre os artigos científicos desde 1956. A pesquisa pelo termo “cartilage regeneration” devolveu um total de 4063 trabalhos, sendo que o trabalho de Miguel Oliveira, em co-autoria com outros investigadores, é um dos que tem maior número de referências, ocupando a 49.ª posição, com 204 referências, sendo ainda o único
português que surge na lista. O trabalho com mais referências teve 1287. O artigo “Novel hydroxyapatite/chitosan bilayered scaffold for osteochondral tissue-engineering applications: scaffold design and its performance when seeded with goat bone marrow stromal cells” foi publicado em 2006 no jornal Biomaterials, que é também a publicação onde estão outros seis dos artigos mais citados.
Joaquina Ferreira Marques, natural da freguesia de São Lourenço de Sande, mas desde muito novinha a morar na de Caldelas, em Caldas das Taipas, foi servente da prestigiada família António Gonçalves no centro da vila, enquadra durante muitos anos, como dançarina o Rancho Folclórico das Rendilheiras das Taipas, que teve aqui em Caldas das Taipas e para todo o Minho, uma expressão artística de cariz popular entre os anos 30 e 40 do século passado, com sede e sala de ensaios no edifício do Turismo, Nos anos 50 sai para a cidade do Lobito, da Republica Popular de Angola, para se encontrar com o seu marido, o empresário Adão Marques, ajudando-o no desenvolvimento do negócio que este ali criara juntamente com Cortez de Carvalho que daqui também saíra. Ali tem o seu primeiro filho, o agora médico Carlos Marques. No princípio da década de
60 vem para a sua terra, onde já aqui tem o seu segundo filho, o Rubens Marques, “oferendo-o” para servir a comunidade na qualidade de padre. Instala-se com negócio de Armazém de Cutelarias donde vende para todo o território nacional até ao final do século, e onde é figura predominante na gestão e no atendimento dos clientes. Morre aos 90 anos a última rendilheira das Taipas, que muitas saudades deixa às gentes da usança e costumança da vila. O seu funeral realiza-se este domingo às 17h30 com Eucaristia na Igreja Matriz, partindo o seu corpo para a sua sepultura familiar do cemitério local. O verso mais cantado pela líder do Rancho, a falecida Anita era: Somos das Taipas, à beira Minho Sempre formosas deste cantinho Namora o Ave das lavadeiras A voz suave das rendilheiras
Texto enviado e da autoria de Cândida Baptista
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Marcelo Pereira com apoio ao seu desenvolvimento desportivo OUVIR
O atleta do Núcleo de Atletismo das Taipas foi o primeiro atleta a obter um apoio camarário no âmbito de uma nova ação do executivo vimaranense designada “Apoio ao desenvolvimento desportivo excecional individual”, inserida no regulamento de atribuição de apoios às Associações Desportivas de Guimarães. No caso, está prevista a atribuição de um apoio monetário a atletas que obtenham resultados desportivos individuais de excelência em modalidades olímpicas, complementando recursos que o clube que
representa não consegue mobilizar. Como demos conta na altura, Marcelo Pereira sagrou-se Campeão Nacional Juvenil de 800m e 1.500m em pista coberta e em pista ao ar livre. Com o potencial que evidencia e face às dificuldades do seu clube, o NAT apresentou uma candidatura que foi validada pelo Gabinete de Aapoio ao Desporto do Município, sob a alçada do vereador Amadeu Portilha, um dos grandes promotores deste tipo de apoio ao desporto. A Marcelo Pereira será atribuída uma verba mensal de 500 euros, via
Núcleo de Atletismo de Taipas, pelo período de um ano, perfazendo o total anual de 6 mil euros, mediante o compromisso escrito que esta verba será exclusivamente utilizada para a concretização do plano de trabalhos apresentado a concurso. O NAT tem vindo a desenvolver um trabalho de formação nos últimos anos sob a orientação de Manuel Pacheco que tem vindo a apresentar importantes resultados desportivos, nos escalões de formação, sendo Marcelo Pereira o atleta com maior destaque. O N.A. Taipas, só por si, não reúne condições financeiras necessárias para proporcionar ao atleta a possibilidade de uma dedicação em exclusivo à modalidade. “Um jovem com este potencial deve ser apoiado e orientado de forma a potenciar as suas qualidades. É agora, nesta fase da carreira, que este apoio é fundamental”, como é referido na candidatura aprovada. A médio prazo, Marcelo Pereira tem como principal objetivo a participação no Campeonato da Europa de juniores em pista a realizar em 2019. Até lá, está prevista a participação, em 2018, no Campeonato do Mundo de Juniores.
Marcelo Pereira Data de nascimento 27-05-2000. Peso 70 kg. Altura 1,91m. Residência Santa Eufémia de Prazins. Clube N.A. Taipas. Treinador Manuel Pacheco. Campeão Nacional Juvenil 2017, em 800m Pista Coberta (sub 18) Campeão Nacional Juvenil 2017, em 1500m Pista Coberta (sub 18) Vice-campeão Nacional Júnior 2017, em 1500m Pista Coberta (sub 20) Melhor marca juvenil do ano 2017, em 800m (sub 18), 1’53’’39’’’ Melhor marca juvenil do ano 2017, em 1500m (sub 18). 3’57’’02’’’ Recordista do distrito de Braga nos 800m, escalão de juvenis, alcançado em 2017 Recordista do distrito de Braga nos 1500m, escalão de juvenis, alcançado em 2017 Melhor marca juvenil do ano 2017, do distrito em 3000m, 8’57’’ Melhor marca juvenil do ano 2017, do distrito em 400m, 50’’96’’’
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Captain Boy 1
Captain Boy lançou em janeiro o seu primeiro longa duração, depois de, em 2015, se ter estreado com um EP digital. O músico vimaranense Pedro Ribeiro faz parte da cena de novos projetos vimaranenses que estão a projetar a cidade, também através da arte
e em particular da música. A voz de Captain Boy serve na perfeição as narrativas de personagens errantes, sempre com figurantes que nos recordamos de apanhar na litaretura. Meia hora é suficiente para que nada fique por contar.
Texto Paulo Dumas
LER
Febre No Estádio Nick Hornby Ed. Teorema, 2001 304 páginas
Recentemente, o jogador de futebol profissional Francisco Geraldes foi “apanhado” a ler um romance de Saramago no banco de suplentes. Seguiram-se algumas reacções de uma indignação que, para sermos polidos, qualificaremos como cómica, mas que revelam um facto importante. Futebol e literatura ocupam diferentes polos do espectro social; os seus universos são tão distintos que uma putativa união parece predizer o fim de ambos. De facto, não cremos que a indignação tivesse sido muito maior se ele
se tivesse sentado no banco com uma AK-47 pousada no regaço. No entanto, no Reino Unido, estas diferenças têm-se esbatido, sendo já relativamente comum a publicação de narrativas sobre futebol. Esta mudança foi fortemente impulsionada pela publicação, em 1992, de Febre no Estádio, que é um autêntico tratado sobre o adepto de futebol como indivíduo obcecado, dando conta das memórias do autor sobre a sua vida como adepto do Arsenal -- dos (muitos) momentos de desilusão até aos (poucos) momentos de glória.
Texto Vítor Neves Fernandes
saiba mais sobre estas sugestões em www.reflexodigital.com
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DESPORTO
Vítor Pacheco: “Historial do Taipas, obriga-nos a lutar pelos lugares da frente” MAS
O Clube Caçadores das Taipas apresentou o seu plantel para a temporada 2017-2018 no passado dia 22 de julho, depois de exames médicos realizados nas instalações da Clínica de Saúde da Taipas Termal. O novo polidesportivo do Parque de Lazer das Taipas foi o palco escolhido para a iniciativa. No próximo dia 20 de Agosto, o Taipas cumpre a primeira jornada do campeonato Pró-nacional da AF Braga, no Campo do Montinho, frente ao Vieira. Texto Manuel Silva
O treinador Vítor Pacheco, que transita com a sua equipa técnica (André Balinha e Filipe Eusébio) para esta temporada, mostrou-se confiante na realização de uma boa época dando conta que os jogadores que tem à sua disposição lhe dão as garantias necessárias para tal. O Taipas é sempre um dos candidatos a subir de divisão. É com essa ambição que partem para a nova época? PUBLICIDADE
Não temos como fugir a esse facto. O historial do Taipas, até noutras divisões, superiores a esta, obriga-nos a que entremos em qualquer competição sempre com a ambição de andar nos lugares da frente. Por isso, não fugimos à nossa responsabilidade, sabemos a responsabilidade que é representar este clube, conhecemos as ambições próprias inerentes a essa responsabilidade mas, temos a noção de que há equipas com mais argumentos que nós, principalmente em
termos financeiros. Contudo, tenho a certeza que vamos construir uma equipa competitiva e vamos ver como é que as coisas começam e como é que estão os nossos adversários. Queremos preparar-nos, para apresentar uma equipa competitiva que em cada fim-de-semana se apresente com o intuito de conquistar os três pontos e acabar nos lugares da frente. É essa a nossa ambição e foi para isso que trabalhamos neste defeso.
O facto de ter sido reconduzido na liderança técnica do Clube, pode ser uma vantagem para enfrentar o campeonato que se avizinha? Penso que sim. O cenário que encontrei cá no ano passado não era, de todo, o que eu esperava. Apanhei a equipa a meio e, apesar da nossa ponta final ter sido muito má, penso que não podemos esquecer aquilo que fizemos de muito bom ao longo de quase toda a época. Fomos a equipa que
teve a segunda maior série de jogos sem derrotas e depois, quando deixamos de ter objetivos, sem que tenhamos perdido a seriedade, fomos perdendo o foco. Em todo o caso penso que fizemos um trabalho extremamente positivo. O facto de termos conseguido manter a esmagadora maioria dos atletas que pretendíamos do ano passado, penso ser uma vantagem e procuramos reforçar com jogadores que eu conheço e que também já me conhecem. Isso pode ser uma vantagem para nós. Já não vamos precisar de um grande período de adaptação. Vamos começar a trabalhar sobre princípios já bem estabelecidos, onde os jogadores já sabem o que esperar. Julgo que isso, no plano teórico, será uma vantagem. Na prática, vamos ver se se confirma. Os reforços deste ano colmatam as lacunas identificadas na época passada? Ainda poderá haver mais aquisições? Tivemos muito critério nos jogadores que escolhemos e as entradas no plantel são sempre com o intuito de tornar a equipa mais forte, mais competitiva e mais equilibrada. Num cenário ideal, gostaria de ter outro ponta-de-lança e outro defesa central e, aí sim, penso que ficaríamos com uma equipa extremamente equilibrada e muito mais forte
mas, não quer dizer que sem esses dois jogadores a equipa não seja equilibrada e muito forte. Estamos a falar num cenário ideal que sabemos que nem sempre é possível concretizar. Não estou muito preocupado com isso. Tenho um plantel com 23 jogadores que me dá total garantia continuar a prestigiar e honrar o CC Taipas. Esta Direção tem tentado que as pessoas das Taipas voltem a marcar presença em massa no Campo do Montinho. Quer deixar alguma mensagem sobre o assunto? O ano passado, na tal série de muitos jogos sem perder, notou-se uma maior mobilização das pessoas num ou dois jogos em casa. O que espero é que tenhamos a capacidade de, com o futebol e os resultados que apresentarmos, chamar novamente as pessoas. Essas pessoas têm de sentir que vão dar o seu tempo por bem empregue. Vamos tentar chamar as pessoas desde o primeiro dia. Quem me conhece sabe que gosto que as minhas equipas pratiquem um futebol atrativo, na busca constante do golo. Vamos procurar continuar a fazê-lo para que as pessoas apareçam em grande número. Ouço muitas vezes as pessoas a comentar que têm saudades dos tempos em que o Montinho rebentava pelas costuras.
Plantel recebeu mais um reforço DR
Jorge Ferreira (na foto), defesa central, é o último reforço da equipa do CC Taipas.
Com 31 anos, o jogador fez a sua formação no Felgueiras, onde alinhou com sénior durante 7 temporadas, tendo passado ainda pelo Marco e Barrosas. O treinador Vítor Pacheco que será coadjuvado pelos técnicos André Balinha e Filipe Eusébio contará no plantel com os guarda-redes André, João Ferreira e Fábio (ex-junior), com os defesas Sau, Benjamim (ex-junior), Bruno Machado, Hélder (ex-junior), Ricardo Soares (ex-Torcatense) e Nélson Oliveira (ex-D. Ronfe), com os médios Hugo Veiga, Pedro Costa (ex-Serzedelo), João Abreu (ex-Serzedelo), Diogo Alves, Rui Pereira, Vítor Figueiras e Rui Miguel (ex-junior) e com os avançados Ricardo Cruz, Maka, João Moreira (ex-Tirsense), Joaquim (ex-junor), Tiago Carneiro (ex-Maria Fonte) e Ricardo Sousa (ex-Serzedelo).
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João Pedro Ribeiro: “O Taipas é sempre candidato à subida” AO
João Pedro Ribeiro, Presidente da Direção do CC Taipas, está confiante numa boa época desportiva e, para além do futebol, o Clube tem em mãos dois projetos: o arrelvamento sintético de um campo de futebol 7 e a remodelação dos balneários. Texto Manuel Silva
Quais são os objetivos do CC Taipas para a presente temporada? Não serão mais, nem menos, que objetivos que temos colocado desde que estou à frente dos destinos do Clube Caçadores das Taipas. É fazer uma época tranquila. Somos ambiciosos. Se pudermos ser primeiro, não queremos ser segundo. Vamos partir para um campeonato, todos com zero pontos, e vamos tentar conquistar os três pontos todas as semanas, tentar ter mais vitórias que empates e, se possível, tentar não ter derrotas. No final, fazem-se as contas. Tentamos construir um plantel à imagem e possibilidades do CC Taipas para, a partir de 20 de agosto, entrarmos na luta com PUBLICIDADE
as mesmas armas que os outros. O Taipas é candidato à subida de divisão? Pelo seu passado, pelo seu presente e projetando o seu futuro, o CC Taipas é sempre um candidato. O Taipas prepara-se sempre para ter um plantel competitivo e tendo em conta que vamos lutar sempre pelos três pontos, se no final formos quem mais somou, seremos primeiros de certeza. Mas o Taipas está mais bem preparado para ser candidato esta época? Por exemplo, o ter mantido o mesmo treinador, é uma vantagem? Pela tradição, sabemos que essa poderá ser uma das vantagens. O
treinador parte para a nova época conhecedor daquilo que o clube quer: O plantel foi estruturado à sua imagem. Portanto, concordo que ao termos mantido a mesma equipa técnica, pode ser uma vantagem. O que tem faltado para o Taipas conseguir andar sempre no topo da tabela classificativa e assumir-se, realmente, como candidato à subida? Nos últimos anos, em determinadas alturas da época, conseguimos andar lá em cima. Por um ou outro fator, principalmente aqueles que não conseguimos controlar, não nos temos conseguido manter lá em cima. Com que orçamento é que o Clube parte para a nova época? O mesmo das últimas épocas, 140/150 mil euros. Estão previstas algumas obras, nomeadamente ao nível dos balneários. Qual o ponto de situação desse assunto? Nesta altura temos duas obras em mente. O arrelvamento do campo de futebol sete que é em terra batida. Neste momento estamos já a transportar pedra para refazer o muro de suporte desse espaço e estou convencido que vamos avançar com o arrelvamento. O outro processo implica um investimento muito maior, e tem a ver com a reformulação de todos os balneários, aumentando a sua quantidade e melhorando as suas condições.
Rui Miguel: “quero aprender com os mais velhos” AO
Que Expectativas e objetivos depois de uma época de juniores de sucesso? A maior expectativa neste primeiro ano de sénior é poder vir a aprender com os mais velhos e, aos poucos, ir assumindo o meu papel, mostrar que sou uma opção válida para jogar. Em termos de objetivos pessoais, o que esperas desta época?
Espero poder vir a jogar. Sei que não é fácil mas, aos poucos, quero assumir esse papel. Na época anterior, tiveste algum contacto com o futebol sénior? Sim. Nas últimas semanas da época estivemos mais presentes nos treinos dos seniores. Permitiu-nos conhecer melhor os colegas e treinadores. É um ambiente e uma exigência completamente diferente da formação. Ainda em fase de formação académica, como pensas conciliar os estudos com o futebol? Prioridade aos estudos. Não sou profissional e o meu primeiro foco será sempre os estudos. Gosto de futebol e empenho-me a 100% nas duas coisas sem nunca perder o foco nos estudos.
Campeonato Distrital Divisão Pró-Nacional Da AF Braga 2017-18 Data 20-08-17 27-08-17 03-09-17 10-09-17 17-09-17 24-09-17 30-09-17 08-10-17 15-10-17 22-10-17 29-10-17 05-11-17 12-11-17 19-11-17 26-11-17 03-12-17 17-12-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES.
Clubes Taipas Vieira Esposende Taipas Taipas Serzedelo Ninense Taipas Taipas Urgeses Maria Fonte Taipas Taipas Brito Pevidém Taipas Taipas Águias Graça Santa Eulália Taipas Taipas Marinhas Forjães Taipas Taipas Prado Cabreiros Taipas Taipas Porto d’Ave S. Paio D’Arcos Taipas Taipas Joane
Res.
J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Data 07-01-18 14-01-18 21-01-18 04-02-18 11-02-18 18-02-18 04-03-18 11-03-18 18-03-18 25-03-18 08-04-18 15-04-18 22-04-18 29-04-18 06-05-18 13-05-18 20-05-18
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Agosto de 2017
reflexo
#254
DESPORTO
Flávia Ribeiro, “atleta do ano” de Guimarães, a caminho dos jogos olímpicos AO
Texto Alfredo Oliveira
O sonho está lá, a participação nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. Trabalho marca o dia a dia desta atleta da Associação Juvenil de Karate Portugal (AJKP). Flávia Ribeiro, 19 anos, foi pela segunda vez distinguida com o prémio Atleta do Ano, pela Gala do Desporto de Guimarães. Para isso, contribuiu decisivamente o facto de se ter sagrado vice-campeã europeia na disciplina de Kumité - 68Kg, em Sófia, na Bulgária (entre os dias 17 e 19 de fevereiro), e ainda bicampeã nacional de seniores e campeã de sub-21, a 5 e 6 de março, em Carnaxide, na mesma categoria. Em maio, sagrou-se Campeã Nacional Universitária, título conquistado em Évora e em representação da universidade que frequenta, a UTAD. Sempre presente, é o seu “sensei”, Filipe Ferreira, que gostaria de a ver competir no escalão de 61 kg. Aqui Flávia Ribeiro sorri e diz que “iria ficar muito magrinha”. O melhor é controlar o peso para continuar a competir no seu escalão atual, “poderei baixar até aos 65kg, mas mais não, sinto-me bem assim, sei que iria ter outras competidoras nos 61 kg, no meu escalão é mais difícil”. E assim acontece, são treinos diários, só tem um dia de descanso ao longo da semana, e à quinta-feira com dois treinos. A entrada na universidade complicou um pouco esta rotina. PUBLICIDADE
Sem espaço próprio para treinar, Flávia Ribeiro diz que utilizava os parques públicos, sempre seguindo o plano de treinos dados pelo seu treinador. Para o ano, as coisas, tudo indica, vão melhorar, pois encontrou uma associação que cederá um espaço para os seus treinos. “Os responsáveis pela vida no karaté? Sem dúvida, os meus pais. Quando criança, nas atividades dos tempos livres existia a opção da música, natação, entre outras atividades, mas decidiram inscrever-me no karaté. Gostei logo da modalidade e, começando aos seis anos, acabei por ter a minha primeira prova, aos 12 anos”. Desvendado o início na modalidade pela própria atleta, não deixa de ser curiosa a primeira grande recordação em provas. Contrariamente ao habitual, Flávia Ribeira recorda que foi uma derrota e não uma vitória: “Sofri muito nessa competição, sofri um golpe no peito, acabei a chorar, com o meu treinador a interromper o combate”. Tornou-a mais forte e mais empenhada e as vitórias começaram a ser uma constante no seu percurso na modalidade, com muitos lugares no pódio e a primeira grande vitória, na transição dos 13 para os 14 anos, com o título de campeã nacional de cadetes. Se os pais foram importantes no início, agora ainda são mais. Acompanham a filha por todo o lado quando é possível e vão suportando o grosso das despesas dessas participações. A realida-
de do karaté é muito diferente de outras modalidades olímpicas. Para participar em qualquer competição, o seu clube suporta 25% das despesas e o restante é colocado pelos pais, pois a federação nacional não contribui com qualquer verba. Por isso é que o apoio dado pela Câmara Municipal de Guimarães através do prémio “Revelação do Ano”, se mostra fundamental na vida desta atleta. Como já vimos, Flávia Ribeiro não descura os seus estudos. Passou por escolas de Vila Nova de Sande, Ronfe e Joane até chegar a Trás-os-Montes, onde frequenta o curso de Desporto: “Os estudos nunca os coloquei de parte, pois é algo importante na vida de uma jovem e, naturalmente, em termos de futuro. É evidente que sinto dificuldades pela questão da gestão do tempo, mas vou conseguindo cumprir”. Para o final desta conversa mantida antes do seu treino matinal de sábado nas instalações do Centro Social de Brito (também tem treinos no Centro Social de Vila Nova), ficou o sonho da participação nos jogos olímpicos de 2020, no Japão: “Tenho dois anos para me preparar. Vontade não me falta e disponibilidade para treinar muito também não. Vou participar em diversas provas tendo como pano de fundo essa presença, começando já em Tenerife, entre 25 e 29 de outubro, nos campeonatos do mundo de sub21.
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Atletas taipenses conquistam e ajudam a conquistar vários títulos europeus de Rope Skipping DR
A cidade de Braga recebeu, do dia 26 ao dia 28 de julho, o European Rope Skipping Championships. Esta competição abrange três eventos distintos, o Open Tournament (+15), o Youth Tournament (12-14 anos) e o European Championship (+15) e divide-se em campeonatos de equipas e individuais. Portugal apresentou-se com equipas em todos os eventos, e entre elas 7 atletas do Clube de Rope Skipping das Taipas. As três equipas de Youth foram na totalidade representadas por atletas dos clubes de Braga, e entre elas registaram-se quatro subidas ao pódio. No que ao Open Tournament diz respeito a equipa portuguesa, constituída por quatro atletas do Clube de Rope Skipping das Taipas (Irene Miranda, Catarina Guimarães, João Rodrigues e João Vieira) e um do Agrupamento de Escolas André Soares, destacou-se na prova de
Single Rope 4x30 segundos, tendo-se classificado em 2º lugar. A equipa masculina que disputou o European Championship foi na sua totalidade representada por atletas taipenses, embora dois deles a representar clubes de Braga (CRSTaipas-Gabriel Ferreira, Paulo Lima e David Silva, Academia de Rope Skipping de Braga – Hugo Ribeiro, Colégio João Paulo II – Carlos Freitas). Esta equipa brilhou batendo o recorde europeu nas duas provas de velocidade, Double Dutch 4x45 e Single Rope 4x30 e conquistando o título de Campeões Europeus de Equipas Masculinas. Também a título individual os taipenses mostraram que o rope skipping em Portugal está a crescer. Paulo Lima destacou-se ao conquistar o título de campeão europeu na prova de 30 segundos, igualando o recorde europeu (103 saltos) e ainda conquistando o 3º lugar do pódio na prova de 3 minutos, batendo o
recorde nacional. Carlos Freitas e David Silva classificaram-se, respetivamente, em 1º e 2º na prova dos triplos. No somatório de todas as provas Gabriel Ferreira (6º) e David Silva (10º) conseguiram manter-se no top 10, de entre os 21 saltadores concorrentes. Estes resultados e o facto de vários Molinhas terem batido os seus recordes pessoais deixam, naturalmente, os dirigentes do clube taipense orgulhosos. Sandra Freitas referiu que “A época não poderia ter terminado de melhor forma. Em maio tivemos excelentes resultados alcançados no campeonato nacional, e agora vemos os nossos atletas a representar, com este sucesso, as cores nacionais. Tudo isto faz-nos acreditar que estamos a trabalhar no bom sentido e estamos muito felizes porque acreditamos que Portugal vê reforçada, desta forma, a sua posição no panorama do rope skipping europeu”.
Filipa Moreira conquista primeira medalha para a patinagem artística do CART
Filipa Moreira entra na história da Patinagem Artística do CART como a primeira atleta a vencer uma medalha, em competições oficiais da modalidade, para o CART. O feito foi conseguido no Torneio de Verão da Associação de Patinagem do Minho, realizado nos dias 24 e 25 de junho e 1 e 2
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de julho, nos pavilhões de Monserrate, em Viana do Castelo (1ª etapa) e Nun’Álvares, em Fafe (2ª etapa), respetivamente. A medalha da patinadora do CART foi conquistada em Fafe, na segunda etapa da prova. Um segundo lugar no escalão de juvenis. Por Clubes, o CART conquistou o 3º posto.
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DESPORTO Rita Lopes continua com senda vitoriosa DR
Rita Lopes vence o Campeonato Regional Norte Individual de distância Olímpica, na vertente estrada, e Campeonato Regional PUBLICIDADE
Norte distância Olímpica, na vertente todo o terreno ou cross. A primeira prova realizou-se a 9 de julho,
em Entre os Rios, onde a atleta taipense arrecadou o título de Campeã Regional Norte de Triatlo Olímpico Absoluta e Sub23. Esta prova na distância olímpica (1,5km natação + 40km ciclismo + 10km atletismo) denominada por Rios Ibéricos, faz parte do Circuito Olympic Challenge, que Rita Lopes lidera depois de realizadas duas etapas. Será de referir que o pai da atleta, Joaquim Carlos Lopes, nesta mesma prova, obteve o 3º lugar no pódio de veteranos II e o 19º lugar na geral absoluta. Na semana seguinte, a 15 de julho, deslocou-se até Ribeira de Ovar para mais um duatlo BTT, onde conquistou um excelente 2º lugar absoluto e o 1º lugar entre os Veteranos II. Regressando a Rita Lopes, a 23 de julho, em Pretaroura, Lamego, viria a sagrar-se vencedora absoluta da prova feminina e em sub23, numa prova que contou para o Campeonato Regional Norte distância Olímpica, na vertente todo o terreno ou Cross (1km natação, 23km de BTT e 8km de corrida). Tratou-se de uma prova marcada pelo
calor e pela dureza do percurso de BTT, que, apesar de não ser tecnicamente exigente, se tornou muito desgastante, como referiu Rita Lopes: “Foi uma prova muito competitiva que se enquadrou no plano de treinos para a fase muito importante desta época desportiva que se aproxima, mas é sempre importante acrescentar títulos regionais ao meu curriculum. A parte da natação foi feita sem dificuldade, no BTT, controlei sem correr riscos, na corrida, impus um ritmo rápido e, no final, ficou a satisfação e a sensação de dever cumprido”. Joaquim Lopes, nesta mesma prova inserida no Circuito Olimpic Challege, sagrou-se campeão em Veteranos II. No final, o atleta mostrou a sua satisfação: “Trazia elevadas expectativas para esta prova, por ser Triatlo Cross, e na verdade consegui estar nas três modalidades, nas minhas melhores previsões, conseguindo vencer no meu grupo etário”. De acrescentar que, com este resultado, Joaquim Lopes passou a entrar nas contas para o Top 10 absoluto no Norte.
Agosto de 2017
#254
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Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 254 de agosto de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 254 de agosto de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 254 de agosto de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 254 de agosto de 2017
Caldas das Taipas
JOÃO DE MACEDO AGRADECIMENTO 13/07/1940 | 05/07/2017 Sua esposa, filhos, noras e netos, na impossibilidade de o poder fazer individualmente vêm, por este meio, agradecer a todos quantos de associaram à sua dor por altura do falecimento do seu ente querido, bem como a todos aqueles que das mais variadas formas lhe transmitiram as suas condolências. A Família, Caldas das Taipas, 1 de agosto de 2017
Obituário
Edmilson Mamadú Soares Seidi No dia 24 de Junho, em Braga, faleceu o Sr. Edmilson Mamadú Soares Seidi, com 22 anos, residente que foi na Rua da Charneca, Caldelas, Guimarães. Era solteiro. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São Tomé - Caldelas e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
Maria Elvira dos Santos Ferreira Oliveira
No dia 12 de Julho, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Maria Elvira dos Santos Ferreira Oliveira, com 80 anos, residente que foi na Rua de São José, Ponte, Guimarães. Era casada com José de Oliveira. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São José de Campelos e foi a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.
Manuel Lopes
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No dia 14 de Julho, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. Manuel Lopes, com 87 anos, residente que foi na Rua da Azenha, Prazins (Santa Eufémia), Guimarães. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Creixomil e foi a sepultar no Cemitério Municipal da Atouguia - Guimarães.
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