Novembro de 2019 / Ano XXVI / #281
Publicação Mensal
Diretor Alfredo Oliveira
Preço €1,00
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Caldelas com nova área de lazer junto ao Rio Ave p. 6
ENTREVISTA
"Para ser um bom timorense não preciso deixar de ser português" Pe. João Felgueiras, durante uma breve estadia em Portugal, falou com o Reflexo sobre a sua experiência de vida. Em 2021, fará 50 anos em Timor-Leste, país onde acompanhou as convulsões políticas desde 1975.
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Segunda gala "A terra onde a Lua fala" com data marcada Reconhecimento a pessoas ou entidades da vila está marcado para o dia 7 de dezembro no Auditório dos Bombeiros Voluntários das Taipas
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Escolas da vila receberam Bandeira Verde Eco-Escolas Por uma vez mais, todas os estabelecimentos escolares da vila de Caldas das Taipas receberam o galardão
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CC Taipas fecha época 2018/2019 com saldo negativo
Banda musical celebrou 185º aniversário com apresentação de hino de 1940 p. 10
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Associados do CC Taipas aprovaram o relatório de contas, com 58 mil euros de passivo, a que se somam 33 mil euros dos exercícios anteriores
p. 22 NESTA EDIÇÃO
Suplemento
Gastronomico ´
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CASA DE PARTIDA
SOBE EDITORIAL Alfredo Oliveira
2ª edição da Gala “A Terra onde a Lua fala” Na noite de 7 dezembro teremos no auditório dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas a 2.ª edição da gala promovida pelo jornal Reflexo e Junta de Freguesia de Caldelas. A organização entendeu que seria de se repetir esse evento para que sejam criadas as raízes de algo que se possa repetir em tempos próximos. Ou seja, está em cima da mesa a questão da sua periodicidade, ainda sem decisão final, por diversas questões, discute-se se se deve realizar anualmente, passar para uma realização bienal ou mesmo para um período mais longo. Para esta 2.ª edição, com excelentes recordações de 2018, voltaremos da dar a conhecer a personalidade ou entidade que se destacou no âmbito da Solidariedade; do Associativismo; da Cultura/Artes/Espetáculo; do Empreendedorismo; da Educação/ Ciência/Investigação e ainda o Atleta do Ano de cada clube/associação desportiva de Caldas das Taipas, bem como o atleta que se destacou mas sem filiação em qualquer associação da vila. Tal como se procedeu em 2018, os distinguidos das diferentes categorias serão escolhidos por uma Comissão de Avaliação constituída para esse efeito e que deliberará em autonomia. Será também dado a conhecer o prémio Reflexo, este sim, da responsabilidade do jornal. Com esta gala pretende-se prestar uma homenagem a pessoas singulares ou coletivas a quem seja reconhecido um trabalho de relevo e que contribua significativamente para promover a imagem de Caldas das Taipas. Esta sessão será pública e, como tal, fica desde já o convite para todos os interessados marcarem presença nesta iniciativa, pelas 21h30. Ver para crer. É a frase que podemos aplicar para o conjunto de iniciativas que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Guimarães têm promovido na vila de Caldas das Taipas em termos ambientais. A recente inauguração da primeira fase do espaço de lazer junto à foz da Ribeira da Agrela, mais conhecia por Praia Seca, é o último exemplo. Podemos ter as Brigadas Verdes, o Eco-freguesias, a Bandeira Verde, os projetos de valorização do Ave como o “Ave para todos”, as eco e ciclovias projetadas para as margens do mesmo rio, mas enquanto tivermos as águas do rio Ave poluídas e enquanto tivermos o parque das Taipas confinado ao seu espaço original, a nossa fé fica um pouco ao nível do padroeiro da vila.
reflexo O Norte de Guimarães
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Hino no 185º aniversário da Banda
CC Taipas
O CC Taipas passa por momentos difíceis. Relativamente às contas, no exercício O aniversário da mais levado a cabo até 30 de junho antiga associação taipense de 2019, o clube taipense ficou marcado pela apresenapresentou um resultado tação de uma partitura que negativo na ordem dos 58 mil alguns defendem que se traeuros. Mesmo com receitas ta do hino das Taipas, obra pendentes, que poderão reque terá sido encomendada duzir esse valor para metade, a José Francisco Paranhos, deve-se acrescentar os 33 mil pela Junta de Turismo, no euros de passivo da época ano em que Caldas das anterior. Taipas foi elevada a vila. A esta situação financeira O que importa salientar junta-se a ausência em comé que estão criadas as condipetições, pela primeira vez ções para que efetivamente desde os anos 70, da equipa a vila de Caldas das Taipas de juniores. possa ter um hino oficial. Não tem vida fácil Tiago Faltará ou não uma letra Rodrigues, presidente da para essa música. Direção do Clube Caçadores das Taipas.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 281 / Novembro de 2019 / Ano XXVI Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha CONTACTO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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ENTREVISTA
Pe. João Felgueiras completa, em 2021, 50 anos de vida em Timor De que outros problemas sofre Timor, para além da falta de professores? Um dos problemas é a habitação. Temos estradas magníficas, não são autoestradas, mas têm um pavimento todo asfaltado de uma ponta à outra da ilha. Faltam projetos habitacionais. Durante 22 anos o país foi destruído várias vezes a fogo e a metralha. Muitas habitações não têm portas, têm cortinas. A comunidade portuguesa tem uma boa relação com os timorenses? O Pe António Vieira dizia que "Deus deu aos portugueses uma terra para nascer, Portugal, e o mundo inteiro para morrer". Os portugueses são muito bem recebidos. Lembro-me das viagens dos barcos Índia e Timor, a vapor, que passavam por Macau e por Timor. Duas ou três vezes assisti a autênticas “procissões” de pessoas que íam para o cais a despedir-se dos portugueses que partiam nesses barcos. Não sei se existe noutras partes do mundo esta amizade com os portugueses. Um “catua”, um velho timorense, dizia-me “Portugal é um grande pai”. Amam os portugueses como irmãos. Tudo o que vem de Portugal é como uma espécie de relíquia, não é preciso que seja o vinho do Porto ou a sardinha.
João Felgueiras chegou a Díli em 1971. Passou por todos os momentos mais trágicos desse território, sempre presente, junto dos timorenses: o período do 25 de Abril de 1974 e a invasão indonésia no ano seguinte, o referendo de 1999 e a independência em 2002. Com 98 anos de idade regressou, mais uma vez, à sua terra natal, para, como diz, “recuperar um pouco as forças para voltar a Timor”, para continuar a ser uma “bandeira” de união entre os timorenses. Entrevista Alfredo Oliveira e Manuel António Silva
Foi uma lição de vida estar perante um homem com a dimensão do Pe João Felgueiras. A sua vida dava certamente um filme, pois o seu relato é também a história de Timor. Publicamos a entrevista gravada nas instalações da Comunidade da Faculdade de Filosofia e do Apostolado da Oração da Companhia de Jesus, em Braga, no dia 27 de setembro de 2019, com a colaboração da sua sobrinha Maria Leonor. Qual a evolução de Timor ao longo destes anos? Quando cheguei a Timor, em 1971, esta era mais uma “província” de Portugal. Depois assisti a todos
os acontecimentos que se seguiram. A guerra no período do 25 de Abril começou por divisões internas entre os timorenses. Desse período, durante 22 anos de guerra, Timor foi reduzido a cinzas por duas vezes. Agora, no aspeto material, evoluiu bastante nestes últimos anos. Em termos religiosos, é uma nação de um povo cristão com muita manifestação de fé; em termos culturais, é um povo que se empenha na educação e com uma cultura muito própria. Existem muitas bolsas de estudo para os estudantes, por parte do estado e por parte dos religiosos. Com a nossa escola “Amigos de Jesus”, inaugurada a 4 de fevereiro de 2017, apoiamos os jovens e queremos implementar a amizade.
O português é a língua da escola? Sim. Como está contemplado na constituição timorense, as línguas oficiais do país são o tétum e o português. O português não está a desaparecer, não. Durante 22 anos de guerra, o português não era do agrado dos invasores, mas mesmo nesse período, o português enraizou-se nesta terra. Uma frase profética de Max Stahl, que filmou o massacre de Santa Cruz, [12 de novembro de 1991], dizia: “Sem o português, Timor dificilmente encontra força para uma nacionalidade”. Já Fernando Pessoa dizia “o português é a minha pátria”. Ainda recentemente o governo insistiu
que se ensinasse o português com qualidade. O português não está em perigo, precisamos é de bons professores. Durante 22 anos, no mato, durante a resistência, eram esses timorenses que viviam nessas condições que ensinavam as crianças a aprender o português, sem salas, sem carteira, no chão. Ainda me lembro de, no primeiro dia que cheguei a Timor, ter falado com um jovem chamado Venceslau, entretanto já falecido, e para surpresa minha, era como se estivesse a falar com alguém em Lisboa, tinha uma pronúncia melhor do que encontraria em Braga. Assemelho o português falado em Timor ao que se ouve em Coimbra.
O Pe João Felgueiras, em Timor, é uma pessoa muito respeitada. (Sorri) Sou uma pessoa como as outras. (mudou rapidamente de assunto) Quando se deu a invasão em 1975 e a luta entre os partidos, fomos, um grupo de seminaristas, para as montanhas visitar um santuário da Nossa Senhora de Aitara. Longe de Díli e perante o cenário da guerra civil, o bispo perguntou se queríamos abandonar Timor, pois havia um barco pronto a partir. O padre Bernard (francês), o padre José Alves Martins e o missionário Daniel Ornelas decidiram ficar e foi dito que os Jesuítas seriam os últimos a abandonar o terreno, não fugiriam e ficariam enquanto possível. Eu também fiz parte desse grupo. Foi uma bênção espantosa para nós e para o povo, foi um sinal de confiança dada, foi uma bandeira cravada nas montanhas de Timor. Uma fidelidade da Companhia de
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"A língua portuguesa serviu de bandeira para manter a identidade de Timor" Jesus para com Timor, não fugimos. Fomos invadidos, o seminário foi bombardeado, o padre Martinho foi atingido pelos estilhaços, foram momentos muito sérios. Dois sacerdotes jesuítas foram assassinados, um na nossa casa, a 11 de setembro e outro antes, a 6 de setembro de 1999 em Suai, onde foram martirizadas dezenas e dezenas de pessoas. Em janeiro, já depois do início da invasão de dezembro de 1975 por parte da Indonésia, fomos chamados para um encontro com um padre jesuíta indonésio. Foi um encontro histórico para nós, pois trazia uma carta do Padre Pedro Arrupe, que estabeleceu uma ligação com o exterior e com esta comunicação nós pudemos transmitir as nossas notícias, dos timorenses, da resistência existente nas montanhas. Foi muito consolador. Sente-se português ou timorense? Para ser um bom timorense não preciso deixar de ser português. É como um pai que ama um filho. Os timorenses amam imenso Portugal. Não vou deixar a minha nacionalidade para ser timorense, não preciso. Recordo o padre Cristóvão Ferreira, do filme de Scorsese, “O Silêncio”, ele sabia que saindo do Japão o povo japonês ficava sem ninguém. Tem sido fácil viver com os políticos timorenses? Vou contar um episódio. Há nove anos, no aeroporto, chegou um senhor que se sentou ao meu lado e falou com muita amizade e na despedida disse: “Boa viagem e bom regresso a Timor, esta terra que é sua”. Era Mari Alkatiri, primeiro-ministro de Timor. Sou amigo de todos e todos são meus amigos. Xanana é amigo de todos, foi fundamental na construção da nossa escola. Não tenho PUBLICIDADE
adversários, só tenho amigos respeitados nos diferentes quadrantes políticos. O Pe João Felgueiras vai regressar a Timor. O que o leva a querer regressar com 98 anos de vida? Recordo um primo meu, há 40 anos, Mariano Felgueiras, que quando eu partia para Timor me dizia: “Então o primo vai para Timor e eu vou ficar sem amigos”. Acho que ainda posso ser útil em Timor. Um avô não sai de casa, fica até ao fim. A presença dele é uma ajuda e eu esforço-me também para ser uma ajuda para com Timor. Sinto-me bem em Timor e esta visita a Portugal aconteceu porque, em termos de saúde, me disseram que era útil. Continuo a ser uma bandeira em Timor, com o meu companheiro Pe Martins. Faz-me recordar um episódio no tempo da Guerra. A Indonésia já levava vários anos a combater Timor e havia a questão: “Por que é que Timor não aceita a integração?”. Alguém dizia
que enquanto aqueles dois, eu e o Padre Martins, estivessem, a integração não era feita. Quando vinha a Portugal, o pedido de todos era o mesmo: “Padre, diga lá em Portugal que não reconheçam a integração, não sancionem a ocupação”. Portugal sabia que a Indonésia dominava tudo, mas “de jure”, Portugal nunca o reconheceu, e isso foi a chave de ouro para Timor e daí a gratidão de Timor para com Portugal, manifestada nos 20 anos do referendo sobre a independência do Timor-Leste [realizado em 30 de agosto de 1999] quando António Guterres era o dedicadíssimo primeiro-ministro da altura. [TimorLeste tornou-se independente a 20 de maio de 2002]. Somos amigos para sempre. Timor é um exemplo de um povo cristão que resiste porque também é cristão, é consciente da dignidade de um povo e da sua identidade. Só há uma coisa em que não cede, é na sua fé cristã e ser cristão também é ser português, ter a sua língua portuguesa. Houve
tempos em que não se podia utilizar o português oficialmente. A língua portuguesa serviu de bandeira para manter a identidade de Timor. Depois destes tempos conturbados, como está a coexistência com a Indonésia? A sociedade está pacificada? Muitas coisas já foram feitas. Temos uma boa rede de estradas, mas falta muita coisa. Timor foi destruído duas vezes. No pós-referendo, Díli transformou-se num amontado de lixo e cinza, era impressionante o que se via. Na altura, disse a um padre que já faleceu, João de Deus, que se o Diabo tivesse licença de vir ao mundo, não teria feito pior. Tudo foi reduzido a cinzas. O bispo Carlos Ximenes Belo saiu de casa com ela a arder. Curiosamente, ainda me lembro de ver o primeiro livro que escapou a essa destruição, foi “O Homem, esse desconhecido”. Timor é um mistério de maravilha. Há uma coisa que nos pode surpreender. Depois da guerra, depois
de 22 anos de conflito, poder-se-ia esperar um rancor dos timorenses contra a Indonésia. Com o evoluir dos tempos, hoje, parece-me que os timorenses não olham a Indonésia como um inimigo. Há poucos dias, foi inaugurada uma ponte pequena mas muito linda a que foi dado o nome de Habibie, o antigo presidente da Indonésia que autorizou o referendo que levou à independência de Timor. Não se sente esse rancor. Nos tempos do conflito, com timorenses a estudar na Indonésia, os seus colegas indonésios mostravam-se solidários com os universitários timorenses. Eram estes episódios, estes “clarões”, que davam alento, como quando a Ximenes Belo e Ramos Horta lhes foi atribuído o Prémio Nobel da Paz em 1996. Foi maravilhoso, deslumbrou-nos, como quem sai do poço e vê a luz do dia. Última palavra para os taipenses, para os portugueses. Sou filho de Caldas das taipas, da Casa da Seara, onde nasci e de onde partiram seis missionários, o padre Zé Maria, a Maria Albertina, a Otília, a Arminda Branca, a Alcide e a Maria José, pessoas consagradas a Deus. A Casa da Seara era uma família cristã. O meu pai morreu quando eu era pequeno, mas ainda me lembro de o ver a ajudar à missa na igreja antiga. A minha mãe também era um exemplo. Deixo uma palavra de agradecimento e de amizade ao povo das Taipas, terra onde fiz a minha primeira comunhão a 19 de março de 1926. Se puderem, comuniquem com Timor, é muito importante manter a comunicação entre as pessoas. Peço que continuem a rezar por nós, para que Timor seja uma joia no extremo oriente, como consagrou Camões n’ “Os Lusíadas, “O Sol, logo em nascendo, vê primeiro”.
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DESTAQUE Parque da Praia Seca é uma resposta aos “anseios de muitos anos da população” PAULO DUMAS
Espaço de convívio sénior passa a ter novos ateliês de jardinagem e novas tecnologias ©DIREITOS RESERVADOS
A definição do caráter da intervenção foi feito por Luís Soares, presidente da junta de Caldelas. Com esta inauguração foram renovados novos compromissos para a criação de uma praia fluvial e para a valorização da margem até ao parque de lazer da vila. Texto Paulo Dumas
Está inaugurado espaço de lazer junto à foz da Ribeira da Agrela, na freguesia de Caldelas. Marcada para o início da tarde de domingo, 27, a cerimónia contou com a presença do diretor da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, que elogiou o trabalho desenvolvido em Guimarães e que se comprometeu em ajudar à classificação desta zona como praia fluvial. Foi ao presidente da autarquia taipense, Luís Soares, que coube iniciar a série de intervenções da tarde, que antecedeu o convívio da freguesia e que se desenrolou durante o restante dia. O presidente da junta resumiu o trabalho efetuado desde a tomada de posse do executivo, que tenderia à criação de condições para devolver esta zona ribeirinha à população. O autarca explicou que os constrangimentos encontrados não impossibilitaram o avanço de uma primeira fase do projeto de valorização da Praia Seca, que a autarquia apresentou publicamente em outubro do ano passado. Há aspetos que permanecem pendentes, como a instalação de sanitários, por dificuldades no seu licenciamento, ou ainda a ligação ao parque de lazer da vila, mais a jusante. Esta primeira fase é o resultado de um trabalho conjunto entre a Junta e a Câmara Municipal que, frisou o presidente da autarquia taipense,
manifestou desde a primeira hora a vontade de fazer a ideia acontecer. É uma parte de um projeto mais alargado e que o presidente da APA viria poucos minutos depois a classificar de “ambicioso”. A requalificação da Praia Seca era um objetivo do mandato, disse Luís Soares, e este será um primeiro passo no sentido de o rio passar a estar mais acessível e mais próximo das populações, condição fundamental para que cada cidadão seja um cuidador deste recurso natural. O que hoje se materializou e simbolicamente foi devolvido à população é também o resultado do trabalho de quem antecedeu o atual executivo. Luís Soares lembrou o trabalho desenvolvido pelo executivo anterior. O projeto encomendado ao engenheiro Pedro Teiga (especialista na conservação e requalificação dos rios e das suas margens) e o terreno onde foi feita a intervenção, que foi adquirido pelo executivo de Constantino Veiga. Entre os compromissos formados pelos representantes das várias entidades está a ligação da zona da Praia Seca ao parque de lazer da vila, podendo ser uma realidade num futuro próximo. José Pimenta Machado comprometeu-se, através da APA, a participar e a ajudar no financiamento do projeto de valorização a margem direita do rio. Nesse sentido,
na primeira metade do próximo ano, deverá ser assinado um protocolo entre Junta de Freguesia, Câmara Municipal e APA. Também o presidente Domingos Bragança voltou a manifestar a sua vontade – um sonho que deseja ver realizado, nas palavras do próprio – de criar uma via pedonal e ciclável ao longo de todo o percurso do rio que atravessa o concelho de Guimarães – desde Arosa e Castelões até Ronfe. O autarca recordou o seu compromisso de 2013 em fazer com que Guimarães passasse a percorrer o caminho da sustentabilidade ambiental. “Algumas ideias parecem utópicas, mas é preciso iniciar o caminho”, frisou Bragança relevando para primeiro plano o trabalho que tem sido feito nesse sentido, em conjunto com outras entidades, sem deixar de mencionar que continua a haver problemas que é preciso resolver. A tarde continuou em tons cinzentos, com o sol a querer furar as nuvens. A festa foi animada pelo Grupo de Amigos dos Reis das Taipas e pelo Grupo de Cantares da Vila. O espaço amplo ficou ocupado pela centena de pessoas que quiseram participar na cerimónia e ficar a conhecer o novo espaço, que ganhou algumas árvores, onde foram instaladas mesas e uma área com grelhadores e bancas com lavatórios.
O espaço instalado no edifício de apoio à feira semanal está em funcionamento desde fevereiro e todas as semanas há um conjunto de atividades práticas que promovem o envelhecimento ativo da população. Texto Paulo Dumas Mais de meio ano passado desde a abertura e entrada em funcionamento do espaço de convívio sénior, denominado Este Lugar Não é Para Velhos, foi tempo de fazer um balanço das atividades desenvolvidas nos últimos meses e projetar o futuro daquele espaço, com a apresentação de novas atividades. A sessão de apresentação do relatório semestral da gestão e dinamização do espaço, localizado no edifício da apoio da feira semanal, foi feito no sábado, 19 de outubro, e contou com a representação da Câmara Municipal de Guimarães, através do seu presidente, Domingos Bragança, assim como a vereadora para as questões sociais, Paula Oliveira. O espaço, que foi reconvertido numa sala de convívio, recebe semanalmente duas dezenas de residentes seniores e funciona numa base de programação semanal, com vários ateliês e atividades. Uma oficina de jardinagem e outra de informática serão os novos atrativos de que o espaço passará a contar a
partir de agora. O denominado Ateliê Flo’Rir pretende despertar o interesse nas atividades de jardinagem, ao mesmo tempo que trabalhará a sensibilização para as questões da Ecologia e do património natural. Esta atividade insere-se no contexto da chancela Eco Freguesia XXI, de que Caldelas é portadora. Ainda no rol de novidades está uma oficina de informática para estimular os utilizadores do espaço para as facilidades que a tecnologia poderá trazer para o dia a dia de cada um. A Oficina de Novas Tecnologias será mantida através de uma parceria firmada entre a Escola Secundária de Caldas das Taipas e a Junta de Freguesia de Caldelas. A sessão fez encher por completo o espaço e contou ainda com uma apresentação musical pelo Grupo de Cantares da Vila. Durante a sessão estiveram expostos alguns dos trabalhos desenvolvidos nos últimos meses pelos utilizadores do espaço.
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Rotary Club de Caldas das Taipas atribuiu prémios de mérito a estudantes taipenses PAULO DUMAS
OPINIÃO Manuel Ribeiro
A Praia Seca
Sete alunos das escolas de Caldas das Taipas e de freguesias vizinhas foram distinguidos durante a habitual cerimónia anual promovida pelo Rotary Club de Caldas das Taipas. Os resultados escolares mas também a preparação para vida foram os aspetos mais valorizados. Texto Paulo Dumas O Rotary Club de Caldas das Taipas entregou a sete alunos os prémios pelo respetivo mérito escolar no ano letivo de 2018/2019. Foram premiados alunos do 6.º e do 9.º anos dos agrupamentos de escolas de Briteiros, Arqueólogo Mário Cardoso e de Caldas das Taipas. Um sétimo prémio foi ainda entregue a um ex-estudante do 12.º ano da Escola Secundária de Caldas das Taipas. Foi uma cerimónia de troca de agradecimentos e de algumas emoções, entre os alunos e pais, mas também entre professores. Talvez a metáfora que melhor sintetiza esta ocasião tenha sido proferida pela vereadora municipal da Educação, Adelina Pinto. A responsável do município imaginou uma receita capaz de originar bons alunos. Nessa receita seriam necessários ingredientes como uma família que valorize a escola, uma escola estimulante e por fim o toque especial de cada criança tornada estudante. A cerimónia, feita de forma simples, decorreu na terça-feira, 29 de outubro, na sede do Rotary Club de Caldas das Taipas. A entrega dos prémios de mérito escolar é já um momento que marca o ano desta coletividade, que distingue também, num outro momento, o percurso de um profissional que exerce as sua atividade na região.
Presentes no momento estiveram os representantes dos vários agrupamentos de escolas e da Escola Secundária de Caldas das Taipas. Sempre acompanhados dos seus distintos alunos ou, em alguns casos, ex-alunos, os diretores foram unânimes na importância dada à escola na formação de cidadãos do futuro. A professora Maria Luz, do agrupamento de Caldas das Taipas, resumia dizendo, com satisfação, que “se o futuro da sociedade portuguesa forem estes jovens, temos garantido um futuro de sucesso”. O desenvolvimento das capacidades escolares mas também de outras capacidades de cidadania foi um argumento transversal a todas as intervenções, nomeadamente no que se refere à preparação dos alunos para serem persistentes, responsáveis e
solidários. Este é, de acordo com Artur Monteiro, “o contributo da escola na formação da comunidade”. Luís Morais, do agrupamento de Briteiros acrescentava ainda a capacidade de a escola ser um espaço de inclusão e de troca de culturas. A presidente do Rotary Club de Caldas das Taipas, Sílvia Alves, concluiu de forma clara qual o objetivo das distinções pelo mérito escolar, referindo que estes alunos “serão melhores cidadãos, quanto melhor forem além da excelência dos resultados escolares” ou ainda, voltando a Adelina Pinto, trata-se de “premiar não só as competências escolares, mas igualmente a preparação e formação como indivíduos”, isto porque “o sucesso e o reconhecimento faz de nós pessoas melhores” – concluiu.
Alunos premiados pelo mérito escolar no ano de 2018/2019 Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso Leonor Sousa Araújo – 6.º ano Diogo Caldas Maia – 9.º ano Agrupamento de Escola de Briteiros Leonor Gonçalves Marques – 6.º ano Gabriela Jin Lai – 9.º ano Agrupamento de Escolas das Caldas das Taipas Francisco Macedo – 6.º ano Edgar de Abreu Leite – 9.º ano Escola Secundária de Caldas das Taipas José Pedro Ferreira Marques – 12.º ano
Na ânsia de se inaugurar qualquer pedra que se meta em qualquer lado, nesse contexto e lógica, inaugurou-se a 1.ª fase da praia seca – imaginem se querem conclui-la em 10 fases: 10 inaugurações. Estou aqui a dar ideias… A praia seca, menos seca agora porque existe abundante água, sempre existiu nos últimos 50 anos, que teve sempre mais ou menos frequência. Não deixou de existir porque a água dela, muito perto das captações da Vimágua para todo o concelho, manteve-se em qualidade aceitável ao contrário da água da praia fluvial do parque de lazer da vila. Compreendendo essa realidade, a Junta de Freguesia liderada por Constantino Veiga, há mais de 15 anos, encetou uma verdadeira requalificação da Praia Seca por forma a atingir objectivos claros e de importância maior: a) Candidatar a Praia Seca à categoria de zona balnear e depois a praia fluvial, qualidade que é concedida pela Agência Portuguesa do Ambiente. Tal objectivo foi alcançado com a concessão da autorização para o funcionamento como zona balnear. Para isso, a qualidade da água era o requisito essencial. b) Para alcançar o estatuto de praia fluvial carecia-se de equipamento e de espaço. A Freguesia, liderando a Junta de Freguesia Constantino Veiga, comprou o campo à família da Casa da Seara. c) Seria necessário, para se atingir o objectivo pleno, implicar a Câmara Municipal e a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) d) Essa associação foi realizada. A inauguração da Praia Seca, da 1.ª fase, é a consequência necessária de tudo o que foi feito e que vai de encontro às pretensões passadas e actuais dos taipenses. A requalificação da Praia Seca; o alargamento do parque de lazer para montante; a despoluição do Rio Ave foram iniciativas da Junta de Freguesia de Caldelas nunca apoiadas positivamente pela Câmara Municipal de Guimarães, apesar de ser uma iniciativa válida, moderna e emergente. A Câmara Municipal não apoia iniciativas pelo seu valor intrinseco; apoia eventualmente pessoas que apareçam a liderar essas iniciativas. É a discriminação pela ausência de apoio a iniciativas com mérito. As praias fluviais nunca foram um objectivo da Câmara Municipal. Existe o projecto das Taipas porque houve uma pessoa que nunca desistiu: Constantino Veiga. E antes da Câmara falar em verde, já essa aspiração, iniciativa, e ação existia nas Taipas. Por isso o concelho não anda, atrasa-se; perde população, empresas e iniciativa. Fazer as coisas fora do seu tempo, é o mesmo que não fazer. E não são só as praias fluviais: são as estradas novas, os viadutos, as variantes, os estacionamentos, as vias alternativas que não se fazem a tempo e no seu tempo de modo quando se fazem, perderam muito da sua eficácia, já teria de se fazer outras.
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ATUALIDADE Luís Ribeiro lança "Quasi Una Fantasia", segundo disco de temas adaptados para saxofone ©DIREITOS RESERVADOS
Luís Ribeiro é professor de saxofone no Conservatório da Gulbenkian, em Braga, e também na Universidade do Minho. É um dos casos exemplares saídos dos bancos da Banda Musical de Caldas das Taipas. No dia 2 de novembro lançou um segundo disco com gravações suas, onde adaptou várias peças para saxofone. Entrevista Paulo Dumas Há um disco novo que acabou de ser lançado. Como é que surge essa ideia ou essa necessidade de gravar um disco? Este já é o segundo disco. O primeiro foi lançado em 2014, através de um desafio que surgiu juntamente com uma colega, que é quem me acompanha também neste disco. Uma pianista checa, mas que está radicada em Portugal há 20 anos. A ideia nasceu de um concerto que nós fizemos, em 2013. Propusemo-nos trabalhar outras obras e gostamos do resultado. Daí termos decidido PUBLICIDADE
gravar aquele trabalho. Tratam-se de obras que foram escritas para outros instrumentos, em que eu fiz a adaptação ao saxofone e para piano. Chamou-se “Metamorfoses”. Para este disco partiu-se das ideias das fantasias [uma forma musical de variação, em que um tema musical é alterado ou adaptado] e daí o nome dado ao disco “Quasi Una Fantasia”. O saxofone tem um som que é facilmente reconhecível, tem um caráter muito próprio e que é facilmente associado ao canto. As fantasias que escolhi são associadas a
árias de óperas. Tem uma peça de um compositor português, como forma de valorizar a música portuguesa. O desafio foi reproduzir aquilo que é acompanhado por palavras através do canto. E a partir de quando as pessoas podem ouvir? Depois do lançamento do disco, no dia 2 de novembro, na Capela da Imaculada Conceição, em Braga, estará disponível nas plataformas digitais.
O início da sua formação musical está muito ligada à Banda Musical de Caldas das Taipas. Como é que se proporcionou essa entrada na banda? A casa dos meus pais era ao lado da sede da banda. Os meus irmãos mais velhos já eram músicos quando eu entrei. Aos sábados, que era quando a banda ensaiava, eu adorava ir para um compartimento da casa onde se ouvia a música. Ainda era com o professor Ilídio Matos, devia ter uns quatro anos. Depois, com sete ou oito anos, com amigos já íamos para a porta da banda ouvir os ensaios e, finalmente, aos dez anos comecei a tocar na banda. Nessa altura já era o professor Fernando e aquilo passou a ser a nossa vida. Dividíamo-nos entre as aulas e a sala de ensaio. Aos sábados os ensios eram às cinco, mas nós íamos para lá logo ao início da tarde. Deve ter a memória do momento em que percebe que era a música que iria seguir. Recorda-se? Não propriamente, porque sempre recordo de querer ser músico. Desde muito cedo que a música que nós ouvíamos ao sábado nos chamava de alguma maneira. Era a vivência que nós tínhamos, que passava muito por ali. Depois, os meus irmãos e os meus amigos passaram a ter uma ligação próxima com a música. Eu gostava de tudo aquilo. Íamos para a piscina e levávamos cassetes para ouvir música. Ouvíamos o “Requiem” de Mozart, por exemplo. Teríamos 12 anos. Até que ponto continua a ser necessário ir para o exterior do país estudar música?
Faz sempre bem. Todos os meus alunos da universidade são aliciados a fazer pelo menos um semestre em Erasmus. Desde logo ficam a conhecer novas culturas e passam a perceber o contexto em que estão inseridos. Ficam a saber o que está a acontecer no resto da Europa. Tenho alunos que foram para Bruxelas, outro para a Carolina do Sul, Espanha… Durante a licenciatura movem-se no sentido de perceber de que forma se podem enriquecer mais. Quando terminam a licenciatura, já têm definido o seguimento que querem dar na sua carreira. Ainda em Portugal, os estudantes já contactam com alunos de outras nacionalidades, que vêm para cá estudar e que estabelecem uma rede de relações muito importante para a sua carreira no futuro. A carreira musical hoje em dia é mais fácil de manter? Sim, embora estejamos a chegar a um ponto em que alguma coisa terá de mudar. Na parte do saxofone, é especialmente vocacionado para o ensino, que está a chegar a um ponto de saturação. Além disso, as bandas filarmónicas e as bandas militares continuam a ser uma saída. Esta geração vai manter-se nas próximas décadas em atividade. Portanto, para absorver os que forem sendo formados, terão de surgir novas estruturas. Por exemplo, Guimarães antecipou-se criando o projeto da Orquestra de Guimarães, que é fantástico. Esta orquestra absorve músicos do concelho e não só. Estimo que Braga nos próximos anos tenha de criar uma estrutura do género. leia a entrevista na íntegra em www.reflexodigital.com
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2ª Gala “A Terra onde a Lua fala” a 7 de dezembro ©FOTOGRAFIA MATOS
OPINIÃO Augusto Mendes
Praia Seca 2019 Caro leitor,
Está agendada para o dia 7 de dezembro a 2ª edição da Gala “A Terra onde a Lua fala”, promovida pelo jornal Reflexo em colaboração com a Junta de Freguesia de Caldelas. Tal como no ano transato, o evento decorrerá no auditório dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, pelas 21h30min. Nessa noite, será dada a conhecer a personalidade ou entidade que se enquadre nas seguintes categorias: Solidariedade; Associativismo; Cultura/Artes/ Espetáculo; Empreendedorismo; Educação/Ciência/Investigação e ainda o Atleta do Ano de cada clube/ associação desportiva de Caldas das Taipas, bem como o atleta que se destacou mas não está filiado em qualquer associação da vila. Tal como se procedeu em 2018, os distinguidos das diferentes
categorias serão escolhidos por uma Comissão de Avaliação constituída para esse efeito e que deliberará em autonomia. No âmbito da Gala “A Terra onde a Lua fala”, será ainda entregue uma distinção, da responsabilidade do jornal Reflexo, a uma personalidade ou entidade a quem seja reconhecido um trabalho de relevo em prol da sociedade onde o jornal se insere. Recorde-se que os distinguidos em 2018 foram os seguintes: CART, Alberto Martinho; CC Taipas, Pedro Nuno Mota; NAT, Marcelo Pereira; Clube de Petanca das Taipas, Maria Emília Fernandes Gonçalves; Clube de Rope Skipping das Taipas, Paulo Jorge Lima; Clube de Ténis das Taipas, Adelino Miguel Freitas; Clube de Ténis de Mesa das Taipas, João Ribeiro e atleta não vinculado
a um clube/associação de Caldas das Taipas, Rita Lopes. Na categoria Solidariedade, foi distinguido o Rotary Clube de Caldas das Taipas; no Associativismo, o Rope Skipping; na Cultura/Artes/ Espetáculo, o programa Banhos Velhos; no Empreendedorismo, a Farfetch e na Ciência/Investigação/ Educação, o médico e investigador Hélder Pereira. A distinção do Reflexo foi entregue aos BVCT. Com esta gala pretende-se prestar uma homenagem a pessoas singulares ou coletivas pelo seu desempenho em diversas áreas de atividade e que contribuíram significativamente para promover a imagem de Caldas das Taipas. Esta sessão será pública e, como tal, fica desde já o convite para todos os interessados marcarem presença nesta iniciativa.
Prémios do Concursos Literário “A Terra onde a Lua fala” serão entregues a 7 de dezembro O primeiro concurso literário “A Terra onde a Lua fala” organizado pelo jornal Reflexo e o projeto “Ao sabor dos Livros” da Escola Secundárias de Caldas das Taipas terá a divulgação dos vencedores durante a realização da gala com PUBLICIDADE
o mesmo nome, na noite de 7 de dezembro. Este concurso literário esteve aberto a todas as escolas do concelho de Guimarães, tendo dois escalações de participação: um para os alunos do 3º ciclo e um segundo para os
alunos do ensino secundário. Este concurso literário conta com o apoio da Taipas Termal e foi buscar o seu nome à frase emblemática do texto de Ferreira de Castro publicado no jornal Notícias de Guimarães, no dia 29 de setembro de 1963.
Foi inaugurada, no passado dia 27 de Outubro, a primeira fase do Parque de lazer da Praia Seca. Aliada a esta inauguração foi realizado o convívio da freguesia. Com estes dois propósitos a adesão dos Taipenses foi muito forte o que demonstra que quando se identificam com as causas dizem presente! No que diz respeito ao Parque de Lazer da Praia Seca devo dizer que a intervenção efetuada dignifica aquele espaço e todo o sentimento de pertença que os Taipenses nutrem por aquele local e onde todos, dos mais velhos aos mais novos, têm histórias de vida. Foi possível criar condições de acesso ao rio para uso balnear com melhores condições, a criação de uma zona de lazer com churrasqueira e mesas para piqueniques e ainda a requalificação da rua, que com o seu alargamento e criação de zona de estacionamento permite uma fácil circulação no local. Mas o que quero valorizar aqui é tudo o que ficou assumido pelos vários responsáveis presentes (Junta de Freguesia, Câmara Municipal e Agência Portuguesa do Ambiente) para o futuro daquele espaço e a sua ligação ao Parque das Taipas e por consequência à Vila em si. Como já tive oportunidade de escrever neste espaço a circulação pelas margens do Ave é fundamental para que todos os outros problemas que ainda existem possam ser de mais rápida resolução pois seremos muitos mais, no futuro, a denunciar tudo o que possamos ver de irregular com o nosso rio. Os prevaricadores terão menos margem para a continuação das suas ações de poluição do rio, pois serão muito mais vigiados. O objetivo da Praia Seca ser a primeira Praia Fluvial do Concelho classificada como tal é um objetivo ambicioso mas confio plenamente nas pessoas que estão a liderar o processo para que possa ser uma realidade. Um orgulho também, o trabalho realizado por todos os estabelecimentos de ensino da freguesia e pela Brigada Verde. Foram cinco as bandeiras EcoEscolas e ainda a bandeira de Eco-Freguesia que serviram de pano de fundo à cerimónia mais formal do dia. Quando há cooperação e todos seguem o mesmo caminho é possível atingir os objetivos. Em relação ao convívio da freguesia, devo dizer que o foi no verdadeiro sentido da palavra! Foi um convívio bonito, com os Taipenses em amena cavaqueira entre si, muitos a relembrar outros tempos passados naquele espaço e com o Grupo de Cantares da Vila e o Grupo doa Amigos dos Reis das Taipas a animarem os presentes. Taipas merece e depois da casa arrumada e da preparação dos projetos seguimos com as concretizações!
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ATUALIDADE Banda Musical das Caldas das Taipas assinala o 185.º aniversário com apresentação do Hino da Vila ALFREDO OLIVEIRA
Já no final, Henrique Azevedo, presidente da direção da banda taipense, destacou o papel de todos os que foram passando pela banda ao longo destas dezoito décadas: “Se esta associação conseguiu manter-se no ativo ao longo destes anos é porque muitas pessoas a foram marcando, desde músicos a dirigentes”. Naturalmente, destacou o papel de Fernando Lopes de Matos recentemente falecido: “Neste ano, quis o destino que desaparecesse um dos rostos mais carismáticos da banda musical, uma referência, uma pessoa que desde tenra idade esteve ligada a esta banda, que tão bem lutou por ela e que, pela sua vida intensa dedicada
às artes musicais, foi condecorado e arrecadou para esta banda o mesmo tipo de medalha, a Medalha de Mérito em Ouro da cidade de Guimarães. Falamos do professor Fernando Lopes de Matos”. Depois de entregar uma recordação a Rui Matos, filho mais novo do antigo maestro, a Banda das Taipas tocou a peça “Fernando Matos”, composta por Ilídio Costa há mais de 10 anos em homenagem ao também dirigente que dá o nome à Academia de Música da vila. O programa ficou completo com a celebração da eucaristia, às 19h30min, onde foram lembrados os músicos e associados já falecidos.
HINO DAS CALDAS DAS TAIPAS Transcrição do texto original dirigido ao comandante Carvalho e Crato. Por Padre A. da Silva Gonçalves, 25 de dezembro de 1939
Texto Alfredo Oliveira
Tudo terá começado com uma encomenda da Junta de Turismo, em 1940, a José Francisco Gomes da Silva Paranhos de uma partitura que pudesse vir a ser adotada como o hino da vila. Pelos registos dessa mesma Junta de Turismo da Estância Termal, a 30 de setembro desse ano, surge a referência a um agradecimento ao músico pela partitura produzida e datada de 4 de setembro de 1940. A esta situação não deverá ser alheio o facto de uns meses antes, mais concretamente a 19 de junho, Caldas das Taipas ter sido elevada à categoria de vila através da publicação do decreto n.º 30518. Num texto publicado a 25 de maio de 2017, no reflexodigital, o professor e historiador António José Oliveira escrevia ao seguinte: “Os taipenses tiveram conhecimento desta notícia, ao fim da tarde do dia 19 de junho de 1940, através da emissão radiofónica da Emissora Nacional. A notícia correu rapidamente não tardando que repicassem os sinos da igreja matriz, estralejassem os foguetes e uma banda de música percorresse as principais artérias da nova vila, enquanto em frente à sede da Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas se aglomerou um grande número de taipenses, que para aí convergiu, ao som dos hinos das Taipas e da cidade de Guimarães”. O que é certo, tirando algumas outras referências pontuais, é que esse hino terá sido tocado poucas vezes e foi sendo esquecido com o passar dos anos. Ao assinalar a marca dos 185 anos
de longevidade, a Banda Musical das Caldas das Taipas preparou um programa comemorativo, no dia 26 de outubro, que ficou marcado pela reapresentação da partitura de José Paranhos, tocada em frente à Junta de Freguesia e que se pretende venha a ser o Hino de Caldas das Taipas. Charles Piairo, maestro da Banda Musical das Caldas Taipas, no final dessa apresentação pública, recordou que, quando tomou posse como maestro, com a direção de Henrique Azevedo em finais de 2016, lhe fizeram chegar a partitura de José Paranhos do que seria o hino das Taipas. Nessa altura, procedeu a um estudo junto da população mais antiga sobre a questão do hino/música e letra e procedeu-se ao arranjo de partes da partitura que já não eram visíveis. Sobre a questão da letra, Charles Piairo referiu que foi analisado um ou outro texto que as pessoas vão identificando como sendo a letra do hino das Taipas: “Tentamos ver se existia essa ligação entre a música e a letra. No entanto, as letras que nos fizeram chegar não se enquadravam com a música. Assim, decidimos avançar somente com a parte musical. Em termos musicais o hino está fechado”. Quanto à letra, o maestro afirmou que se a vila pretender juntar uma letra à parte musical, terá de ser feita de novo, “terá de ser uma letra original”. Deixou em aberto essa possibilidade, acrescentando que a decisão de se ficar pela parte musical ou juntar uma letra terá de passar pela Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia. Curiosamente, nesta recuperação do hino de Caldas das Taipas, esteve
presente um dos elementos que, de acordo com as suas memórias, terá cantado o hino e assistido ao seu toque por parte da banda, dirigida na altura pelo seu pai, o maestro Bento Ribeiro Salgado Barreto. Rosalina da Silva Ribeiro tem memória de que fez parte do coro que terá cantado esse hino durante os festejos de elevação a vila de Caldas das Taipas em 1940. Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, marcou presença durante a apresentação do hino das Taipas e destacou a “importância da Banda das Taipas para o município de Guimarães” como “um elemento identitário da vila das Taipas”, que se reforça com a recuperação do hino da vila. Tornar a partitura apresentada pela banda de música no hino da vila de Caldas das Taipas será um dos propósitos da Junta de Freguesia a curto prazo. Quem o afirmou foi precisamente Luís Soares na sua intervenção neste aniversário da associação mais antiga da vila: “Vamos diligenciar para que esta música seja formalmente o hino da freguesia de Caldelas”. Banda presta homenagem póstuma a Fernando Lopes de Matos
O 185º aniversário da banda teve início pelas 14h, com o desfile da Banda das Taipas e da Banda Cabeceirense, entre a sede da banda anfitriã, na Praceta da Casa da Música, e a Igreja Matriz. Seguiu-se uma série de apresentações musicais a cargo de cada uma das duas bandas, no Centro Pastoral da vila.
Côro Rainha! O Ave cantando, ajoelha e beija teus pés, Soubessem todos os teus filhos compreender o que tu és! Tem nossa terra beleza, que poucos lhe descobris. A nossa terra é princesa De manto de oiro e rubis. Tem um séquito e coroa de serras esmeraldinas. O sol fecunda, abençoa os seus vergeis e campinas. As árvores erguem braços, querendo subir aos céus, para, em infindos espaços, mais perto adorar a Deus. Quanta vez, a sombra amiga do arvoredo, num embalo, a quem morre de fadiga dá reconfôrto e regalo! E, ao largo, nos arredores, são as árvores assim: - esbeltos ramos de flores. É nossa terra um jardim. Ao longo dos campos verdes tendes profícua lição, se as árvores entenderdes: - É Deus a dar-vos a mão. Andam as almas de rastros, curvadas, - olhar de réu... E a árvore aponta os astros, - mostra o caminho do céu. Falam também as estrêlas numa linguagem sublime a quem procura entendê-las. - É Deus que nelas se exprime. Agitam-se as altas cômas da briza ao suspirar brando Há inebriantes aromas. O rio passa cantando. E a voz do rio é tão doce, que lembra favos de mel. É mesmo como se fôsse de inspirado menestrel. Quando a lua se levanta, em calmas noites de estio,
não se sabe bem quem canta, - se os rouxinois ou o rio. De transformar pão em rosas teve Isabel o condão. Das nossas termas famosas muita gente colhe... pão. Há no povoado e nos êrmos afagos duma carícia que dá saúde aos enfermos e dos sãos é a delícia. As aves gorjeiam trilos de acordes embaladores. Os dias passam tranquilos entre músicas e flores. Nas coisas anda uma graça e nas pessoas também, que a gente que por aí passa não quer seguir mais além... Da enternecida paisagem como outra igual não há leva sempre grata imagem quem viveu, passou por cá. -Paisagem spiritualista, pairando acima das vasas, enleva, em êstase, a vista e as almas guarnece de asas... Em nossa terra há, portanto, num aliciante sorriso, a amenidade, o encanto, que faz dela um paraíso. Taipense, que ande a distância - pregado à cruz de viver – sente, em martírios, a ânsia de vir, de novo, cá ter... Estranhos, que algum convívio tiveram em nosso lar, só podem sentir alívio quando lograrem voltar. A terra, que tantos brilhos, em alto relevo engasta, jamais para algum dos filhos tenha entranhas de madastra. Que enalteça a formosura da linda terra natal a flor do Brio e Candura - o timbre de Portugal.
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Eleições para os órgãos sociais dos Bombeiros das Taipas em dezembro ARQUIVO
Decorre até 15 de novembro de 2019 o período de apresentação de candidaturas para a eleição dos novos Corpos Gerentes, para o triénio 2020/2022, da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas. As candidaturas deverão ser apresentadas segundo o sistema de lista completa, para a Mesa da Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal, devendo as respectivas listas ser apresentadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, na sede da Associação, até ao dia 15 de Novembro de 2019. A Assembleia Eleitoral da Associação está agendada para dia 14 de dezembro.
Prémio da raspadinha “Super Pé de Meia” saiu nas Taipas
Texto Paulo Dumas
O prémio saiu no Café Club durante a tarde de sexta-feira, 18 de outubro. A raspadinha “Super PUBLICIDADE
Pé de Meia” irá entregar um prémio equivalente a 2 mil euros mensais, durante 12 anos, a jogador de Prazins (Sta. Eufémia). Por volta das 15h30, o jogador
pediu duas raspadinhas de 50x mas, por se encontrarem esgotadas, gastou os mesmos 10 euros em duas raspadinhas “Super Pé de Meia”. Raspou o cartão já no exterior do café e ao reparar que tinha prémio regressou ao interior para confirmar na máquina. São ao todo 288 mil euros de prémio, valor sobre o qual incide a taxa de imposto para este tipo de prémios. Os prémios superiores a 5 mil euros estão sujeitos a 20% de imposto de selo. Este é o segundo grande prémio atribuído a uma raspadinha vendida neste café do centro da vila das Caldas das Taipas. Em junho de 2016 foi também atribuído um prémio de 100 mil euros. com Manuel António Silva
Faleceu Fernando Monteiro, ex-presidente da Junta de Turismo das Taipas
Fernando José Antunes Saraiva Monteiro nasceu a 29 de março de 1927 em S. Lourenço de Sande e foi, durante 23 anos, presidente da extinta Junta de Turismo das Taipas. Foi Medalha de Honra e de Mérito da freguesia de Caldas das Taipas no ano de 2014. Especialista em Análises Clínicas, Fernando Monteiro manteve sempre estreita ligação à vila das Taipas. Foi vereador na Câmara Municipal de Guimarães e, durante 23 anos, presidente da Junta de Turismo. Assumiu cargos de direção na maioria das associações da vila e foi voluntário na Casa dos Pobres e em várias campanhas de recolha de sangue. Iniciou o serviço militar em Santa Margarida, no laboratório militar, e terminou em Braga, como tenente. Mantinha, também há longos
anos, uma forte ligação ao jornal Reflexo, projeto que sempre acarinhou e para quem sempre teve palavras de incentivo, sendo coproprietário do edifício onde, há cerca de duas décadas, se encontra instalada a nossa redação. Não podemos, por isso, deixar de endereçar a todos os seus familiares, as nossas mais sentidas condolências. Fernando Monteiro, num trabalho publicado em agosto de 2014, perpetuou nas páginas do jornal Reflexo, alguma da história da nossa vila. Reveja aqui a entrevista completa. As cerimónias fúnebres decorreram na passada terça-feira, 8 de outubro, na Igreja de São Domingos, em Guimarães. O corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Monte d’Arcos, em Braga.
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ATUALIDADE Cinco estabelecimentos escolares da vila das Taipas receberem Bandeira Verde PAULO DUMAS
João Montes é candidato único à direção do Agrupamento de Escolas das Taipas
FOTOGRAFIA MATOS
Texto Paulo Dumas
A cidade de Guimarães e o Multiusos de Guimarães receberam durante todo o dia de sexta-feira, 18 de outubro, o Dia das Bandeiras Verdes 2019. Estiveram em Guimarães cerca de cinco mil estudantes representando escolas de todo o país. O dia será preenchido com várias atividades associadas ao Ambiente e à Ecologia. Na edição referente ao ano letivo 2018/2019 participaram 1564 escolas. Do concelho de Guimarães participaram 54 escolas, sendo que 51 delas receberão a Bandeira
Verde. Da região envolvente à vila das Taipas participaram 13 escolas. Limitando a análise à escolas da vila de Caldas das Taipas, todas ficaram posicionadas para receber a bandeira verde. Sublinhe-se a chegada a esta lista do Centro Social das Taipas, que participou pela primeira vez e consegue a bandeira. A Escola da Charneca consegue o segundo galardão consecutivo (nas oito participações ganhou sete). A Escola do Pinheiral participou 11 vezes e teve oito bandeiras. A campeã das bandeiras é mesmo a Escola Básica das Taipas que participou em 13 edições conseguindo manter sempre a
bandeira hasteada durante este tempo. Também a Secundária das Taipas irá receber o galardão pela quarta vez consecutiva. A entrega da Bandeira Verde é uma forma de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano escolar. O programa EcoEscolas faz parte na estratégia de educação para a cidadania da escola. O programa é coordenado a nível internacional, nacional, regional e de escola. A nível nacional o programa é coordenado pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Em Guimarães conta ainda com o apoio da Câmara Municipal.
Caldelas participa na sessão de lançamento da próxima edição do Eco-Freguesias XXI ©DR
Texto Paulo Dumas
A freguesia de Caldelas esteve representada no encontro que marcou o início dos trabalhos de preparação para a próxima edição do concurso Eco-Freguesias XXI. A representação taipense foi feita pelo secretário da Brigada Verde de Caldelas, José Fonseca. O encontro decorreu em
Cascais, entre os dias 17 e 20 de outubro, onde decorreu o Greenfest 2019. A sessão dinamizada pela Associação Bandeira Azul Europa (ABAE), que coordena o EcoFreguesias XXI, decorreu no último dia do programa. A Junta de Caldelas anuncia já que irá inscrever novamente a freguesia na terceira edição do concurso. A autarquia aproveitou
para anunciar algumas das ações que pretende desenvolver nos próximos meses. As novidades passarão pela definição de percursos e itinerários e também em iniciativas de informação e participação pública. A freguesia tenciona ainda inscrever-se na campanha Autarquias Sem Glifosato, dinamizada pela organização ambiental Quercus. Para a edição de 2020-2021 do Eco-Freguesias XXI deverão ser feitos alguns ajustes, nomeadamente o aprofundamento da importância de alguns temas, do esclarecimento de dúvidas, troca de experiências e divulgação de boas práticas de sustentabilidade local. A freguesia de Caldelas recebeu o galardão de Eco-Freguesia XXI em 2019, tendo sido a melhor classificada a nível nacional. Um dos aspetos que concorre para esse estatuto é o trabalho desenvolvido nas escolas.
Texto Manuel António Silva
O prazo para apresentação de candidatura já terminou sendo que, a Comissão Especializada de Apoio ao Procedimento Concursal, deu a conhecer a lista de candidatos admitidos e excluídos a 31 de outubro. Na referida lista figura apenas o nome de João Montes, atual diretor interino e que já integrava a equipa de Mário Rodrigues que, recorde-se, deixou o cargo a 1 de setembro último por motivo de aposentação. O aviso de abertura do procedimento prévio foi publicado a 14 de outubro no Diário da República estabelecendo os requisitos mínimos para o concurso, nomeadamente a necessidade de o docente ter formação específica em administração
e gestão escolar. De acordo com o estabelecido, fechado o prazo para apresentação das candidaturas e conhecido, neste caso, o único candidato, a Comissão Especializada deverá reunir para avaliar e discutir e apreciar o Currículo do candidato, bem como, para proceder à realização de entrevista e elaboração do respetivo Relatório. Em análise e avaliação estará também o Projeto de intervenção que o candidato apresentou no seu processo de candidatura. Compete, depois, ao Conselho Geral apreciar, discutir e analisar o Relatório emitido pela Comissão Especializada e proceder à respetiva eleição do Diretor da Escola, caso a maioria dos seus membros prescindam da audição oral do candidato.
Agrupamento de Escolas de Briteiros participa em formação integrada no Erasmus+ ©DR
Uma delegação do Agrupamento de Escolas de Briteiros esteve presente em Roma, para participar numa sessão integrada no projeto “Briteiros: novos desafios da EducAção”, no âmbito do Erasmus+, no qual aquele agrupamento tem estado a trabalhar. As escolas de Briteiros estiveram
representadas por três elementos – uma professora e duas funcionárias administrativas, numa formação que teve como objectivo o desenvolvimento de competências de planeamento, gestão e implementação de projetos nos domínios da educação e formação escolar. O objetivo da participação do Agrupamento de Escolas de Briteiros neste projeto passa por adquirir ferramentas adequadas para a definição da dimensão da escola no espaço europeu e estabelecer uma estratégia para a internacionalização da escola.
Suplemento
Gastronomico ´ Este suplemento é parte integrante da edição número 281 do jornal Reflexo, de Novembro de 2019
Príncipe Parque
Há mais de trinta anos a servir com elevada qualidade e requinte
Espaço de referência gastronómico no concelho de Guimarães, o Restaurante Príncipe Parque dispensa grandes apresentações para os amantes da boa cozinha portuguesa, Está aberto há mais de trinta anos, sempre nas mãos da família Macedo, situado num dos locais mais nobres da vila das Taipas, junto ao rio Ave, em pleno parque de lazer. A dona Rosa Macedo, que acumula mais de quatro décadas de experiência na área da restauração, é quem tem em mãos os segredos do Príncipe Parque sendo por ela que passa a seleção e escolha dos produtos que entram naquele espaço. “Apostamos nos produtos de melhor qualidade, para que os clientes saiam sempre satisfeitos”, explica, adiantando ainda que “numa boa cozinha tem de haver muito cuidado, muito gosto pelo que se faz, boa matéria-prima, higiene e bom equipamento. Chegando o pedido à cozinha, o empenho é igual para todo o tipo de pratos. Fazemos tudo com muito gosto, sem distinção. Sempre com o objetivo
de satisfizer o cliente.” Num espaço moderníssimo e em constante renovação, saem da ampla e bem estruturada cozinha pratos que se destacam, como o bacalhau à príncipe no forno a lenha, a espetada de tamboril com gambas, os filetes de pescada, peixe bom e sempre fresco (grelhado), cabrito assado, também no forno a lenha, os rojões à moda do Minho, as papas de sarrabulho e, claro, a lampreia, na sua época. O Príncipe Parque venceu, no último verão, os prémios de “Melhor Restaurante” e de “Melhor Prato”, com a sua fresquíssima “Salada Russa de Marisco”, no 1º Festival Gastronómico de Caldas das Taipas. Tudo isto acompanhado por uma generosa carta de vinhos, com um vasto leque de escolhas sem nunca perder de vista a elevada qualidade dos vinhos à disposição. João e Rui Macedo são a face visível deste espaço e lideram este projeto familiar com a maior dedicação e em-
penho no sentido de elevar o nível de excelência e altíssima qualidade que os seus progenitores sempre fizeram questão de implementar no Restaurante Príncipe Parque. Instalado naquele que foi o antigo matadouro municipal, o Príncipe Parque foi adaptado a restaurante há mais de três décadas. Desde então foi sofrendo melhorias ao longo dos tempos e uma remodelação muito recente, tornando-se ainda mais requintado e moderno. Dispõe de três amplas salas para jantares em família, de negócios ou de grupo. Uma das salas está equipada com luz e som profissional e espaço para DJ - o Príncipe Lounge Bar - um espaço onde pode disfrutar de momentos de pura tranquilidade, longe da azáfama do seu dia-a-dia. No Restaurante Príncipe Parque, o serviço de excelência, a simpatia e o profissionalismo da família Macedo e dos seus colaboradores, estão sempre garantidos.
Rua Joaquim Ferreira Monteiro, S/N 4805-122 – Caldas Das Taipas Guimarães 253 577 427 geral@principeparque.pt www.principeparque.pt facebook.com/principeparque.restaurante
Encerrado à segunda-feira
Suplemento
Gastronómico Restaurante do Albino
Portas abertas à boa gastronomia do Minho Sem dúvida o restaurante com a maior área, na periferia das Taipas, para receber jantares de grupo, casamentos, batizados, comunhões e festas de aniversário. Com dois espaços distintos, o restaurante Albino está preparado para receber, em Ponte, na Rua S. João Bapista, perto de duzentas pessoas e em S. Martinho de Sande, junto à igreja local, na rua de S. Martinho, são perto de sete centenas as pessoas que podem, em simultâneo, privar naquele espaço. Um local a visitar e a não perder de vista, especialmente se gosta de aliar a boa gastronomia à diversão. O restaurante Albino está equipado com sistema de som pelo que, sempre que previamente combinado, há possibilidade de juntar, ao seu jantar, almoço ou festa de família, animação musical. A aposta do restaurante Albino, no que respeita às ofertas no seu menu, recai sobre a comida tradicionalmente minhota como a Posta à Albino, Nacos de Boi ou o Bacalhau à Albino que é gratinado no forno. Para além dos jantares festivos, direcionados para grandes grupos, este espaço de restauração oferece, àqueles que diariamente tem necessidade de realizar a
sua refeição de almoço fora de casa, uma ementa diária muito diversificada, com preços muito competitivos. A simpatia no atendimento e o bom gosto na decoração do espaço, torna o restaurante Albino num local de escolha fácil. Se quiser sentir-se como em sua casa, só tem uma escolha a fazer!
Rua de S. João Baptista Ponte 253 473 538
Rua de S. Martinho, 2829 Sande (S. Martinho) 253 576 331 restaurante_albino2014@hotmail.com /RestauranteAlbino
Casa de Pasto Fertuzinhos
Boa cozinha num espaço rústico e animado
A Casa de Pasto Fertuzinhos, localizada em plena Avenida da Republica, nas Taipas, está nas mãos de Manuel Leite, mais conhecido pelo “Manel Boémio” há trinta e cinco
anos. Foi no já longínquo ano de 1984 que o Manel Boémio tomou conta do negócio, que já tinha residência fixa, naquele mesmo local, desde 1935. Até então, esteve nas mãos da
família “Fertuzinhos” que acabou por dar o nome ao espaço. Adaptada às exigências dos tempos de hoje, a Casa de Pasto Fertuzinhos nunca perdeu, ao longo de todos estes anos, aquilo que sempre a caracterizou: uma forte componente rustica. É um espaço muito acolhedor e que conta com uma liderança que faz desta casa um local de encontro, por excelência. Manel Boémio alia ao trabalho a sua grande paixão: a música. Nos anos que tem dedicado à música, tem sido o principal motor do trio “Os Boémios” e, sempre que pode e se proporciona, lá saem, durante a refeição, algumas guitarradas para deleite de quem tem a sorte de lá estar naquele instante. Se na música é brilhante, o que dizer na preparação das refeições. Como especialidades da casa, é obrigatório provar o bacalhau assado na brasa com batata a murro. Para quem acha que “peixe não puxa carroça”, o Manel pode colocar sobre a mesa um costoletão de vitela assado na brasa ou um cabritinho assado em forno a lenha. O cozinho à portuguesa e o célebre arroz de feijão vermelho, são outras das especialidades da casa. Falta falar no melhor: o famoso leite-creme. “Há quem, antes de se sentar para
a refeição, já esteja a perguntar se há leite-creme”, confessa o Manel com ar de quem parece adivinhar que, se tal iguaria faltar, o dia pode não correr muito bem! Definitivamente um espaço a visitar sempre que possível. Simpatia no atendimento e animação musical aliados a uma refeição de excelência, são os condimentos necessários para não faltar à chamada.
Avenida da República Caldas das Taipas 253 576 959 919 793 092 Manuel_o_boemio@Live.com.pt
Suplemento
Gastronómico Restaurante Chico d'Agrela
Do tradicional à modernidade em ambientes distintos Ao longo dos mais de 50 anos da sua existência, o restaurante Chico d’Agrela evoluiu, cresceu, juntou a tradição à modernidade e aliou os pratos típicos aos pratos mais verdes e saudáveis. Um local a merecer uma visita. Dedicação e simpatia no atendimento é também um dos principais atrativos deste espaço.
Travessa de Real, 16 4805-483 Briteiros Sto. Estêvão 253 576 248 969 866 340 968 519 256
Alameda Park
Tranquilo e acolhedor
O Alameda Park está situado num dos mais belos locais da vila das Taipas, integrado numa zona verde de excelência, a escassos metros do Parque de Lazer local. Um ambiente de grande tranquilidade que atrai diferentes gerações para usufruto de um espaço elegante e moderno. O local, com serviço de restaurante e snack-bar, é ainda dotado de uma esplanada onde pode permanecer na companhia do seu animal doméstico, saboreando qualquer uma das especialidades que o Alameda Park tem para lhe oferecer. Na lista de snack-bar, saltam à vista as francesinhas, bem como, os hambúrgueres. No restaurante, espaço de encontro familiar e de amigos, não pode deixar de provar o bacalhau, o arroz de pato, o entrecôte grelhado e o tornedó grelhado, entrando agora também no mercado da carne maturada, para além de muitas outras especialidades bem típicas da comida tradicional portuguesa. Um espaço ajustado à realização de festas de família e de grupos. Durante o almoço, à semana, o Alameda Park dispõe ainda de um menu diário económico, apresentando sempre um prato de carne e outro de peixe.
Temos, pois, um local que junta o requinte e a elegância de um serviço sempre atencioso, à tranquilidade de uma zona de lazer impar que transmite a cada visitante uma sensação de conforto e bem-estar únicos.
Alameda Rosas Guimarães Caldas Das Taipas - Guimarães 253 572 512 apitecounipessoal@gmail.com /RestauranteAlamedaPark Horário 10h00 - 02h00 Encerra às terças-feiras
Suplemento
Gastronómico O Diplomata
Diplomaticamente ao sabor de uma francesinha
O Diplomata caminha a passos largos para o seu 35.º aniversário. Muitos dirão: “parece que foi ontem”. Mas não! Já lá vão quase três décadas e meia, num processo de consolidação e crescimento constantes. David Marques, atual gerente da casa, nos seus 15 anos de liderança, conseguiu manter e enriquecer o ADN do Diplomata, bem como, dar-lhe uma nova roupagem. O Diplomata foi-se adaptando às exigências dos tempos e, sobretudo, foi respondendo às necessidades dos clientes. Neste período de tempo, o carismático balcão de cervejaria – que ainda hoje se mantém – foi aprendendo a conviver com as sucessivas ampliações do espaço que, nesta altura, já ocupa todo o primeiro andar de grande parte do Edifício Trajano, na Rua Professor Manuel José Pereira,
nas Taipas. A jóia da coroa do Diplomata, neste momento, é a sua área de esplanada que permite à casa, somando os restantes espaços existentes, servir 150 refeições em simultâneo. Um local multifuncional, fresco nos dias de calor e preparado para fechar e ficar isolado dos dias mais ventosos ou de frio. Se as origens do Diplomata estão, inevitavelmente, relacionadas com o aparecimento da Francesinha Especial pelas Taipas, os dias de hoje já não serão bem assim. Com excelente serviço de diárias, já não são só as áreas de cervejaria e snak-bar que predominam por ali. Pelas mãos do seu atual proprietário, David Marques, tem-se verificado uma consolidação da vertente das refeições diárias. À Francesinha Especial, juntou-se um leque de pratos
regionais, como a vitelinha grelhada especial à chef, vencedora do “Melhor Prato” no 1º Festival de Gastronomia das Taipas, e os lombinhos com cogumelos. Para os mais pequenos, a carta da casa prevê variados menus infantis. Outro dos segredos que salta à vista tem a ver com a equipa de colaboradores do Diplomata. Profissionalismo e competência ao serviço do cliente, é o principal foco de toda a equipa Diplomata. Estamos, pois, perante um exemplo de grande resiliência e capacidade de superação das adversidades, no sentido de afirmar, fazer crescer e consolidar um projeto que é exemplo a seguir nesta vertente da restauração. Nunca se esqueça: “Diplomaticamente ao sabor de uma francesinha”
DIPLOMATA snack-bar Rua Professor Manuel José Pereira (Junto à Escola Secundária das Taipas) Caldas Das Taipas - Guimarães 253 576 246
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Associação de Pais da Secundária das Taipas foi a votos
Foram eleitos no passado dia 22 de outubros os novos membros dos órgãos que integram a Associação de Pais da Escola Secundária
das Taipas. Paula Saraiva sucede a Maria Manuela Freitas na presidência do Conselho Executivo.
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©DR
Os novos órgãos socias, que tomaram posse a 29 de outubro para um mandato de dois anos
ÓRGÃOS SOCIAIS DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS DA ESCOLA SECUNDÁRIA Assembleia-Geral Presidente Rosa Lima 1º Secretário João Paulo Sousa 2º Secretário João Carlos Ribeiro
Direção Presidente Paula Saraiva Vice-presidente Natália Fernandes Secretária Maria Manuela Marques Tesoureiro José Miguel Gouveia Vogais Celeste Daniela Dias, Ângela Silva e Jorge Marques
Conselho Fiscal Presidente Jorge Lourenço Vogais Agostinho Silva e Carlos Cunha
Escola Básica do Pinheiral com nova Associação de Pais Foram eleitos, no passado dia 18 de outubro, os novos órgãos sociais da Associação de Pais e Amigos da Escola Básica do Pinheiral. Ao ato eleitoral, seguiu-se a tomada
de posse dos membros, unanimemente eleitos naquela reunião. Assim, o novo presidente da Direção, sucedendo no cargo a Hilário Gomes,
é Manuel Filipe Silva. Na presidência da Assembleiageral, assumiu funções António José Oliveira. O Conselho Fiscal fica nas mãos de Luísa Silva.
ÓRGÃOS SOCIAIS DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS DA ESCOLA DO PINHEIRAL Assembleia-Geral Presidente António José Oliveira Vice-presidente Andreia Santos 1º Secretário Alexandra Silva 2º Secretário Eduarda Silva
Direção Presidente Manuel Filipe Silva Vice-presidenteAntónio Augusto Mendes Secretário Lara Capela Tesoureiro Carlos Marques Vogais Albertina Maia, Helena Silva, Sara Pinheiro, Iryna Bezugla e Maria Gonçalves
Conselho Fiscal Presidente Luísa Silva Vice-presidente João Gomes Secretário António Teixeira
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ATUALIDADE Eleições legislativas: PS foi o partido mais votado tanto em Braga como em Caldelas Rock & Rojões: Ovelhas não são para mato!
ARQUIVO
O Partido Socialista foi a força política mais votada na mesa de voto de Caldelas, para as Eleições Legislativas que se realizaram ao longo do de domingo, 6 de outubro. O partido de Sónia Fertuzinhos obteve um total de 1.361 votos. Em segundo lugar no número de votos apurados ficou o PSD, com 1.090 votos (uma diferença de 271 votos). O Bloco de Esquerda assume-se como o terceiro mais votado com 361. Seguem-se na lista dos mais votados a CDU e o CDS, que reuniram 175 e 114 votos respetivamente. Os dados da abstenção indicam que 40,36% dos eleitores decidiu não votar, ou seja 2.397 dos 5.939 eleitores registados na freguesia de Caldelas. Há, portanto, um agravamento da abstenção relativamente a 2015, quando se registou 39,37%. Apurados os resultados ao nível do círculo eleitoral,
sublinha-se a esperada chegada de André Coelho Lima ao parlamento. Outra vimaranense mandatada foi Mariana Silva, da CDU, que foi eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa. No distrito de Braga, a divisão de forças ficou mais equilibrada relativamente aos resultados de 2015 – PS e PSD ficam com o mesmo número de oito deputados do círculo. Recorde-se que há quatro anos PSD e CDS concorreram em coligação. De resto, o BE reforça a sua representação em um deputado e a CDU deixa de ter representação do distrito de Braga no parlamento. Carla Cruz concorria como cabeça de lista e não consegue a sua reeleição para o parlamento. Em termos absolutos o PS foi o partido com o mais crescimento de votos relativamente a 2015 (+23.056 votos). O segundo salto com sinal positivo foi
protagonizado pelo PAN (+8.242 votos). Do lado inverso da tabela, o PSD e o CDS tiveram juntos a maior queda (-38.578 votos). O PDR e a CDU protagonizaram as segundas maiores quedas com menos 6.880 e 6.189 votos, respetivamente. Ao nível do distrito, a percentagem da abstenção manteve-se no mesmo nível de há quatro anos, registando-se ao final da noite 59,83% de abstenção. De referir o aumento dos votos nulo e em branco, representando quase 5% dos votos, mais 5.713 votos, do que em 2015. As eleições legislativas serviram para eleger os representantes de cada Círculo Eleitoral Distrital. O distrito de Braga tem 778.359 eleitores, contribuindo com 19 deputados, dos 230 da Assembleia da República, de onde sairá o primeiro-ministro do XXII governo constitucional de Portugal.
Está lançado o mote para mais um encontro anual do Rock e Rojões. Uma iniciativa que se realiza há mais de dez anos, que começou por juntar um grupo de amigos e que hoje já consegue reunir mais de duas centenas e meia de convivas. Rojões, papas de sarrabulho e vinho novo é, como sempre, a ementa única. Uma outra particularidade é
que a iniciativa só é permitida a homens. "Temos pena", dizem uns. De "barba rija", lembram outros. Há relatos que, nas negociações com as respetivas parceiras, esta é a única noite em que alguns conseguem "carta verde" para sair de casa. Como “moeda de troca”, para que isso aconteça? Nem é bom lembrar!... As inscrições já estão abertas e, à hora em que
terminávamos estas linhas e quando ainda falta cerca de um mês para a sua realização, já iam quase em 200 participantes. Para quem quer ficar com uma ideia mais precisa sobre o que realmente lá se passa, é dar uma voltinha pelo facebook do evento que este ano está marcado para 23 de novembro, nas instalações da Casa do Povo de Briteiros.
Ex-Alunos da Secundária das Taipas reuniram-se no Príncipe Parque
FOTOGRAFIA MATOS
EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS ELEITORAIS NO CÍRCULO DE BRAGA 60 50
45,61% 41,73% 40,07%
40
36,40%
30
34,08%
32,85%
30,83%
30,87%
20 10,39%
9,68%
8,80%
10
4,89%
8,88%
4,89%
7,82%
0
4,22% 4,63%
2009 PS
2011 PSD
BE
CDS-PP
5,19%
3,96%
2015
2019
PCP-PEV
Partidos políticos com mandatos do Círculo Eleitoral de Braga representados na Assembleia da República INFOGRAFIA PAULO DUMAS
Realizou-se no passado dia 19 de outubro a sétima edição do jantar dos ex-alunos da Escola Secundárias das Taipas. A iniciativa contou com a participação de mais de 120 ex-alunos, funcionários e professores, bem como alguns professores ainda no ativo. Quem também
marcou presença foi o atual diretor daquele estabelecimento escolar, Celso Lima. O reencontro foi a palavra de ordem, com diferentes gerações de ex-alunos a conviver, numa primeira fase à mesa, no restaurante Príncipe Parque e, mais tarde, em espaço contiguo, com animação musical
à altura do acontecimento proporcionada pelo Dj Gusto. Do local, ninguém arredou pé sem que fosse conhecida a nova Comissão Organizadora, para o evento do próximo ano (na foto) que, a cumprir-se a sua realização no terceiro sábado de outubro, será a dia 16.
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Projeto “O Ave para Todos” tem um ano para aproximar a população do rio PAULO DUMAS
Projeto do Laboratório da Paisagem incluído no manual de boas práticas urbanas
© DIREITOS RESERVADOS
O projeto “O Ave para Todos” contará nomeadamente com as juntas, escolas e brigadas verdes para estimular o “sentido de pertença” relativamente ao rio. O Laboratório da Paisagem irá produzir conhecimento tendo o Rio Ave como objeto de estudo. Texto Paulo Dumas
Aproximar a população do rio e promover a investigação e a divulgação científica, são os eixos principais do projeto “O Ave para Todos”, que foi apresentado ao final da manhã de terça-feira, 15 de outubro. Este é um projeto piloto, com incidência territorial no curso do ave e nas sua freguesias, que decorrerá no próximo ano e que deverá posteriormente ser replicado noutros canais ripícolas de Guimarães. “O Ave para Todos” parte de uma iniciativa da Câmara Municipal de Guimarães e da vereação do Ambiente, através da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável – Guimarães 2030. A execução será coordenada pelo Laboratório da Paisagem, em articulação com outras entidades locais e nacionais, nomeadamente a Agencia Portuguesa do Ambiente. A educação e a sensibilização, a investigação, a divulgação e a comunicação são os três eixos fundamentais do projeto. A arquitetura aproveita parte dos objetivos fundamentais para o desenvolvimento sustentável, estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. O eixo da educação e sensibilização parte de uma base de trabalho que prevê o envolvimento das comunidades locais. As escolas, as brigadas verdes e as juntas de freguesia, serão as estruturas que no
terreno farão essa ligação. Um dos objetivos do projeto visa promover uma aproximação e uma apropriação do rio pelas populações. Susana Falcão, diretora do Laboratório da Paisagem, sublinha que o primeiro eixo do projeto passará por transmitir algum conhecimento à comunidade por forma a que os agentes do território possam ajudar a cuidar do rio através da consciencialização da importância de preservação dos recursos hídricos. “O primeiro objetivo é o de criar uma relação estreita e sentimental da população com o rio”, começa por explicar a responsável, adiantando que para isso será disponibilizado conhecimento teórico e prático, “para que a população possa agir e tornar-se proativa na revitalização do rio” – conclui Susana Falcão. Ao longo do projeto, a população será convidada a participar em visitas de campo, em que serão feitas avaliações à biodiversidade, ao leito do rio e das margens, assim como a identificação de focos de poluição. Essas visitas serão feitas com a ajuda de uma “lista de verificação”. O resultado do conjunto destas avaliações levará à identificação de áreas e troços do rio com bons indicadores. O Laboratório da Paisagem, em articulação com as entidades parceiras deste projeto, ficará encarregue ainda de prosseguir um
estudo sistemático do Rio Ave, investigando as suas dinâmicas físicas e químicas, além de analisar a fauna e a flora existente na galeria do rio. Neste estudo do rio inclui-se a identificação de focos poluidores e a indicação das ações a tomar para a resolução de problemas. Finalmente, o terceiro eixo passará pela comunicação dos resultados obtidos ao longo da execução do projeto. Para o efeito foi criada uma página web, onde deverá ser feita a divulgação das várias ações associadas ao projeto “O Ave para Todos”. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, lembrou que o estado bacia hidrográfica do Ave foi uma das debilidades identificadas na candidatura a Capital Verde Europeia de 2018. O autarca assumiu que os resultados destes projetos serão fundamentais para que uma nova candidatura fique classificada em primeiro lugar. Ainda de acordo com Domingos Bragança, o projeto “O Ave para Todos” deverá reverter o afastamento das comunidades ribeirinhas relativamente ao rio, em resultado de décadas de mau uso deste recurso. As conclusões e os resultados do projeto serão a base para a criação de praias fluviais no concelho e deverão ainda servir de suporte à construção de uma ecovia que permita percorrer todo o curso do rio, desde Castelões até Serzedelo.
Texto Paulo Dumas
O projeto pedagógico "Postais Ilustrados de Guimarães", coordenado e desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem de Guimarães, integra um universo de 65 outros projetos, oriundos de 30 países, sendo o único representante português numa publicação internacional, dedicada à forma como as crianças e jovens apreendem o espaço o urbano e como intervêm nele. O projeto parte da ideia de envolver a população mais jovem na reflexão das transformações da sua cidade ao longo dos tempos e de criar ideias para a transformação futura dos espaços urbanos no futuro. Tudo isto recorrendo a imagens contidas em postais ilustrados de várias épocas. "Postais Ilustrados de Guimarães" tem como objetivos enfrentar os desafios existentes em ambiente urbano, ao nível social e ambiental. Esses desafios terão de incluir o potencial de capital humano das crianças e jovens, no sentido de envolver esta população nos processos de reflexão, para que possam ser no futuro agentes interventivos nas decisões sobre a transformação das cidades. De acordo com Ricardo Nogueira Martins, investigador em Geografia, do Laboratório da Paisagem de Guimarães, trata-se de utilizar a criatividade das crianças e jovens no sentido de estimular a sua relação com território, partindo de uma análise sobre a evolução dos espaços urbanos que conhecem do dia a dia. Ao mesmo tempo, a atividade deverá promover o sentido de pertença e de identidade junto dos participantes. O projeto vimaranense está
incluído na publicação "The City at Eye level for Kids", publicado pelo think tank STIPO, um gabinete holandês que se dedica ao desenho de estratégias de desenvolvimento urbano. O projeto foi desenvolvido no Laboratório da Paisagem, envolvendo para já cerca de 200 crianças e jovens, dos seis aos 14 anos de idade. O exemplo vimaranense é o único caso português, contido nesta publicação internacional dedicada à forma como as crianças e jovens olham para os espaços urbanos. A ação é composta por sessões de cerca de duas horas, que são organizadas em quatro momentos. Os participantes são convidados a refletir sobre o conceito de espaço, de lugar e de paisagem. O postal ilustrado é usado como veículo de leitura da paisagem e da forma como esta evolui. A cronologia dos acontecimentos urbanos é outro dos temas abordados na atividade. Finalmente, os jovens são desafiados a tornarem-se urbanistas e a desenharem o que idealizam para a cidade e para os seus espaços públicos, em cópias das imagens ampliadas dos postais. Em novembro, o projeto será apresentado no fórum "Construir Cidades com as Crianças, Encontro de Experiências", que a decorrer na Universidade de Aveiro, no âmbito do Mestrado em Planeamento Regional e Urbano. Este encontro irá apresentar vários exemplos de como a população jovem poderá participar nos processos de transformação das suas cidades. O projeto "Postais Ilustrados de Guimarães" é ainda destacado pelo programa europeu URBACT, enquadrado na política de coesão da Comissão Europeia.
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ATUALIDADE Guimarães Jazz alarga rede de parcerias num cartaz que não dispensa os clássicos ©DIREITOS RESERVADOS
Lina Nyberg atua com o seu quinteto e a Orquestra de Guimarães no dia 14 de Novembro
Texto Paulo Dumas
As escolhas tanto o dia como o local tiveram significados especiais. O Convívio celebra neste dia 58 anos de existência. Foi desta mesma coletividade vimaranense que surgiu este festival dedicado ao jazz e algumas das mais memoráveis jam sessions realizaram ali, no edifício do Largo da Misericórdia. Foi de resto deste avivar de memórias, suscitada pelo dia e pelo espaço, que se iniciou a apresentação do festival pelo presidente do Convívio. César Machado aproveitou para descrever os paralelismos entre a história do festival e o estabelecimento do jazz na cidade. O programador do festival desde 1996, Ivo Martins, apresentou sua “carta de intenções”, expondo as linhas orientadoras para a construção de mais um cartaz. É um inventário longo e impressionante o dos nomes que já passaram pelo festival. Manter esse nível e manter jovial a marca do festival é o resultado tanto de exercícios de imaginação, como do acaso, PUBLICIDADE
em função das oportunidades que surgem. A edição número 28 do festival continua a trazer nomes destacados do jazz internacional. Exemplo disso é Charles Lloyd, que abrirá o festival ou Joe Lovano. “Se pensarmos que a primeira gravação de jazz tem pouco mais de 100 anos e que Charles Lloyd tem 81 anos, percebemos que o músico atravessou a maior parte da história do jazz” – justificou o programador do festival, sublinhando a importância de ter nomes clássicos no cartaz. O Guimarães Jazz é uma marca da cidade, defende Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães. O festival acompanha todo o percurso que a cidade tem percorrido nas últimas décadas, no sentido da sua afirmação como centralidade cultural, acrescenta a responsável pela área da cultura no município. A reinvenção do festival, procurando manter a sua identidade, tem passado nos últimos anos pelo estabelecimento de parcerias com instituições ligadas não só ao jazz.
Parcerias estimulam o trabalho entre grupos de músicos
Este ano o Guimarães Jazz inaugura uma ligação com a Sonoscopia, uma associação do Porto que tem desenvolvido trabalhos ao nível das artes plásticas e da exploração sonora. Era deste coletivo a exposição “Disposofónicos”, que passou pelo Palácio Vila Flor no segundo trimestre de 2019. Tem também a sua chancela o espetáculo marcado para dia 12 de novembro. Outras parcerias que se vêm mantendo é com a Porta Jazz e com a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) que permitem ter sempre presentes por Guimarães um conjunto de músicos nacionais, durante o período em que decorre o festival. Para os músicos da ESMAE, que passam em Guimarães uma temporada em residência, é uma oportunidade única para manterem contacto com nomes estabelecidos e consagrados do jazz e para tocaram numa grande sala de espetáculos, explica o diretor da escola, António Augusto Aguiar. Este ano a Big Band da ESMAE será dirigida por Geof Bradfield e a apresentação está marcada para domingo, 10 de novembro. O músico de Chicago tocará uma semana depois, no dia 16 de novembro, acompanhado do seu quinteto. Ainda dentro do domínio das parcerias que se vêm firmando desde há anos, destaque-se a participação da Orquestra de Guimarães, pelo quarto ano consecutivo, que este ano se apresentará com o quinteto de Lina Nyberg. Esta junção desafia os horizontes que usualmente se encontram em áreas musicais distintas – a da clássica e do jazz. O programa do festival decorre durante dez dias, entre 7 e 16 de
novembro, com os concertos a decorrer no Centro Cultural Vila Flor. Paralelamente acontecerão outras atividades, como as animações musicais, que andarão por vários pontos da cidade, as oficinas e as já míticas jam sessions no café-concerto do CC Vila Flor e na sede da Associação Convívio. O programa completo
encontra-se disponível no novo website do Guimarães Jazz, através do qual podem também ser adquiridos os bilhetes. Os preços para os espetáculos variam entre os 7,5 e os 15 euros. Está disponível um cartão de assinatura, para acesso a todos os eventos do Guimarães Jazz, à venda por 90 euros.
Orçamento Participativo de Guimarães já está em marcha
Texto Manuel Silva
Trata-se da sétima edição de uma iniciativa que permite aos cidadãos vimaranenses apresentarem propostas e participarem ativamente no processo de decisão da Câmara Municipal. A grande novidade da edição de 2019 do Orçamento Participativo está relacionada com a possibilidades dos cidadãos poderem apresentar propostas imateriais, em todas as áreas de competência da Câmara Municipal de Guimarães. As propostas podem ser submetidas através do Orçamento Participativo, no período compreendido entre 14 de outubro e 14 de dezembro de 2019. Posem ser apresentadas online ou presencialmente nos
serviços do município vimaranense. Seguem-se as fase de análise técnica das propostas (15 de dezembro de 2019 a 30 de janeiro de 2020), o período de reclamações (31 de janeiro a 13 de fevereiro de 2020) e de decisão sobre as reclamações (14 a 21 de fevereiro de 2020). A divulgação da lista final de propostas a votação será de 27 de fevereiro. Depois de conhecidas as propostas, decorrerá a votação online, voto presencial e SMS, de 2 de março a 30 de abril. O anúncio público dos projetos vencedores está previsto ser realizado até 5 de maio de 2020. Na fase de apresentação de propostas poderão ainda ser realizadas Assembleias Participativas, a fim de proceder a alguns esclarecimentos.
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coisas de antanho
Caldas das Taipas a (des)propósito: a sua dimensão XXVI
Escolas V
por Carlos Marques
25-01-1911 Requerimento do Presidente
da Junta de Paróquia de Caldelas, enviando uma cópia da acta da sessão relativa ao dia 15 do mês corrente, na qual pede para esta Comissão solicitar do Governo a criação d'um curso nocturno adjunto à aula official primária, tomado em consideração, resolve não fazer para já o pedido por o achar inoportuno, visto haver falta de escolas diurnas em muitas freguesias do concelho, que a Comissão deseja que se criem primeiro de tudo; que se comunique esta deliberação, à Junta de Paróquia officiante. 11-02-1914 Requerimento do Professor
Oficial da Escola Elementar do Sexo Masculino, da freguesia de Caldelas, alegando que a frequência d'esta escola, como comprova com os mapas juntos, é muitíssimo numerosa para um só professor, a ponto de lhe ser impossível administrar aos alunos a instrução e educação da sua obrigação de dever. Que além d'isto há tendências a ser mais frequentada, ainda, em virtude, de não se acharem matriculadas todas as crianças recenseadas e de não haver n'aquela freguesia outra escola do mesmo sexo. Assim e de, harmonia com o decreto nº 153 de 29 de Setembro de 1913, propõe e solicita da Comissão Executiva da Câmara a criação d'um segundo lugar de professor. A 3 de Junho, foi presente, para os efeitos do disposto no decreto nº 104 de 26 d'Agosto de 1913, o processo de concurso, aberto por anúncio publicado no Diário do Governo nº 100 de 30 d'Abril d'este ano, para o provimento d'um segundo lugar de professor da Escola Masculina da freguesia de Caldelas, acompanhado da proposta graduada dos concorrentes, elaborada pela Inspecção da 3.ª Circunscrição Escolar que aqui se dá como reproduzida. A Comissão Executiva da Câmara, cumpridas todas as formalidades legais, e mando das atribuições que lhe confere o decreto acima citado e demais legislação, nomeia para o segundo lugar de Professor da Escola Masculina da freguesia de Caldelas, a concorrente graduada em primeiro lugar Virgínia Pereira Mendes Martins - com direito aos vencimentos estipulados na lei. 19-03-1914 Avelino Pereira, da cidade de
Guimarães, vende um relógio de parede para a Escola Oficial do sexo Masculino de Caldelas, na importância de 4$70.
13-10-1916 A Câmara entende que a
pretensão da Escola Primária de Santa Leocádia de Briteiros num terreno baldio desta freguesia deve ser decidida pelo vereador com o pelouro de Caldas das Taipas, em virtude da freguesia pertencer à circunscrição de Caldas das Taipas. 03-05-1918 Requerimento de Manuel
José Pereira, Professor Oficial da Escola Masculina da freguesia de Caldelas, comunicando que deu entrada n'aquele dia na cadeia civil desta comarca, em virtude de se achar pronunciado sem fiança, por crimes eleitorais que lhe implantaram. 06-07-1922 O Senhor Presidente da
Câmara disse: que há mais de 1 mês havia sido enviado pela Câmara à Junta Escolar, um ofício do Ministério da Instrução, para a mesma Junta informar, com a urgência requerida, sobre quais os pontos do concelho onde se deviam criar cursos nocturnos de ensino primário; que, pessoalmente havia instado por esses esclarecimentos, sem contudo ter colhido a informação desejada. Propunha, pois, que a Câmara respondesse nos seguintes termos: a Câmara Municipal de Guimarães afirma a necessidade urgente de se criarem cursos nocturnos para o ensino primário nas seguintes localidades do concelho: Vizela, Taipas, Pevidém e São Miguel de Creixomil. Para o funcionamento destes cursos nocturnos a Câmara compromete-se a fornecer casa, material didáctico e luz. Como indicador da boa distribuição destes cursos, basta afirmar que são estas localidades as que apresentam uma densidade de população operária mais necessitada do aprendizado das letras. 10-12-1930 A Câmara aprovou o projecto
de detalhe e orçamento da reparação e melhoramento do edifício da Escola Oficial Elementar de Caldelas, na importância total de 3.500$00. 30-07-1932 Foi proposto pelo Presidente
da Junta de Freguesia a fundação duma Cantina Escolar, com a finalidade de fornecer uma refeição diária aos alunos pobres que frequentam as escolas primárias oficiais da freguesia. Esta proposta mereceu a todos as melhores referências, sendo o Presidente autorizado pela sua iniciativa de tão grande alcance social. O Presidente ficou encarregado de organizar os respectivos estatutos, de harmonia com
a lei e para serem presentes à aprovação de Sua Excelência o Senhor Governador Civil. Os estatutos da Cantina Escolar "28 de Maio" foram presentes a 15 de Janeiro de 1933, depois de merecerem a aprovação plena da Junta foi resolvido que fossem enviados para aprovação do Excelentíssimo Governador Civil, tendo sido aprovados a 28 de Janeiro. A 15 de Março, foi resolvido enviar cópia dos mesmos à Câmara Municipal de Guimarães, Inspector Chefe da Região Escolar do Distrito de Braga, Administrador do Concelho e à Comissão de Iniciativa da Estância Termal das Taipas, e pedir a nomeação dos seus respectivos delegados à Direcção e Concelho Fiscal nos termos dos mesmos estatutos. A 30 de Março o Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, requer, enviando cópia dos Estatutos da "Cantina Escolar 28 de Maio" de Caldas das Taipas, a fim da Excelentíssima Comissão Administrativa, de harmonia com a base sétima dos referidos Estatutos, nomear o delegado, Dr. Francisco Pereira de Carvalho Ribeiro para fazer parte do Concelho Fiscal, daquela Instituição. A 15 de Abril, o Presidente da Junta de Freguesia, informou que a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Guimarães nomeou seu delegado no Conselho Fiscal da "Cantina Escolar 28 de Maio" o Excelentíssimo Dr. Francisco Pereira de Carvalho Ribeiro. E, por proposta do Vogal Sr. João Ferreira Fernandes foi resolvido nomear Presidente da Direcção da Cantina Escolar "28 de Maio" o Presidente da Comissão Administrativa da Junta Sr. José de Oliveira, de harmonia com o artigo 6.º dos Estatutos da mesma instituição. A 30 de Abril, a Junta de Freguesia, tomou conhecimento da nomeação do Sr. Manuel José Pereira para Secretário da Direcção da Cantina Escolar "28 de Maio", bem como do ofício do Senhor Presidente da Comissão de Iniciativa da Estância Termal das Taipas, em que comunicou a nomeação do Sr. Joaquim da Silva Ferreira Monteiro para fazer parte do Conselho Fiscal da mesma instituição. Por proposta do Senhor Presidente e de harmonia com a indicação dada pelo Senhor Administrador do Concelho, foi resolvido que o Secretário e Vogal da Junta, Sr. João Ferreira Fernandes dê posse aos corpos gerentes da Cantina Escolar "28 de Maio", em dia que julgar conveniente.
OUVIR
Lavoisier Viagem a Um Reino Maravilhoso (Armoniz Records)
Quando, em finais de 2017, o duo Lavoisier, de Patrícia Relvas e Roberto Afonso, foi ao Espaço Miguel Torga, em Sabrosa, estavam longe de imaginar que iriam embarcar numa viagem aos domínios de Miguel Torga, da sua vida e da sua obra, mas também dos seus percursos e das fontes que o inspiraram. Foi nesse mesmo espaço que gravaram os temas para o disco "Viagem a Um Reino Maravilhoso", onde musicaram e cantaram poemas do escritor transmontano.
Este é daqueles discos marcantes, igual àqueles que definem uma determinada trajetória que, no caso, é o da música portuguesa e num sentido mais lato, da própria cultura de Portugal. O disco foi gravado por José Fortes, o mesmo que gravou Amália e Carlos Paredes. A música surge enquadrada pela sonoplastia de João Bento, que nos coloca nos caminhos de Torga. Os temas são ainda acompanhados pela Orquestra Fantástica do Futuro de Vila Real.
Texto Paulo Dumas
VER
Dor e Glória de Pedro Almodóvar (2018), com Antonio Banderas e Penélope Cruz 113 min M/16
O espanhol Salvador Mallo possui uma extensa e aclamada carreira internacional como realizador de cinema. Agora, solitário, doente e a atravessar uma crise de inspiração, faz uma reflexão sobre as escolhas feitas ao longo da vida. As suas memórias conduzem-no à infância, numa pequena aldeia es-
panhola, até aos tempos de juventude e idade adulta, já na cidade de Madrid. Essa viagem fá-lo avaliar a sua relação com os pais, os amigos e amantes; assim como os sentimentos de alegria, tristeza e perda que foram deixando marcas profundas e o transformaram no que é hoje, enquanto homem e cineasta.
Este filme será exibido pela programação do Cineclube de Guimarães no dia 17 de novembro, pelas 21h45, no Centro Cultural Vila Flor
saiba mais sobre estas sugestões em www.reflexodigital.com
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Novembro de 2019
reflexo
#281
DESPORTO
Associados do CC Taipas aprovam contas MANUEL SILVA
Texto Manuel António Silva
O Clube Caçadores das Taipas reuniu em Assembleia-geral, na noite de 30 de outubro, no Salão Nobre dos bombeiros taipenses, para aprovar as Contas da época anterior e o Plano de Atividade e Orçamento para a época em curso. Relativamente às contas, no exercício levado a cabo até 30 de junho de 2019, o Clube taipense apresentou um resultado negativo na ordem dos 58 mil euros que resulta de um total de despesa de 309.298,61 euros, em contraponto com um total de receita de 250. 819,41 euros. No plano das receitas contribuiu com quantias assinaláveis o futebol de formação (46 mil euros), os subsídios da Câmara Municipal (100 mil euros para a construção de balneários e 6.250 euros para os escalões de formação) e Junta de Freguesia (750 euros), a participação na Taça de Portugal (10 mil euros) e eventos organizados pelo Clube (15 mil euros) sendo ainda de assinalar “outras receitas” (13 mil euros). Quanto às despesas, o peso maior vai para as obras nos balneários (91 mil euros) e para os subsídios de deslocação com pessoal relacionado com a atividade desportiva do Clube (97 mil euros). Acrescenta-se as despesas de consumo de água, eletricidade, gás e combustível (21 mil euros) e de inscrições e organização de jogos junto da Associação de Futebol de Braga e Federação Portuguesa de
Futebol (47 mil euros). Pagamento de policiamento de jogos (4 mil euros), material desportivo e de saúde (15 mil euros), deslocações e estadias (7 mil euros) e “outras despesas” completam a quase totalidade das rubricas da despesa. Perante este cenário, Diana Pereira, presidente do Conselho Fiscal do Clube, antes de dar a conhecer aos presentes o Parecer do Conselho Fiscal, começou por lamentar a entrega tardia do Relatório e Contas o que impediu “uma análise mais detalhada” das mesmas. Ainda assim, da análise realizada referiu resultar a constatação de um montante de despesa mais elevado que a receita e que conduziu a um resultado do exercício “bastante negativo”. Considerou, no entanto, que os gastos “estão de acordo com os propósitos” do Clube e que a subida de divisão e os gastos que tal acarretou, “estão associados a este desfasamento”. No plano da receita, o Conselho Fiscal deu nota da alegação da Direção na perda de alguns patrocinadores “históricos” do Clube. Reconhecendo que os resultados não são os que todos desejariam mas, “tendo em conta o peso que a aprovação deste Relatório acarreta”, o Conselho Fiscal emitiu parecer favorável a que as Contas fossem aprovadas. Em traços gerais, estes números foram justificados pela Direção como resultado da participação do Clube no Campeonato Nacional Seniores, com o consequente incremento nas despesas de organização de jogos, inscrições e de
deslocações, na ordem dos 25 mil euros, bem como, pela perda de patrocínios importantes e pelo não recebimento de parte de subsídios já atribuídos por diferentes entidades. Estas receitas pendentes, segundo Tiago Rodrigues, presidente da Direção do Clube, ajudarão a reduzir o referido resultado em cerca de 25 mil euros. Note-se ainda que este resultado negativo deverá ser somado ao passivo transitado da época anterior e que se cifra nos 33 mil euros. No intuito de inverter este ciclo negativo no plano financeiro, Tiago Rodrigues apontou para a necessidade de trabalhar no sentido de se conseguir mais e novos patrocinadores, de criar novos eventos e procurar outras fontes de receita para o Clube. Apesar do cenário negativo, os associados taipenses votaram favoravelmente o documento, por maioria, contabilizando 5 votos contra, 2 abstenções e 18 votos a favor. Também por maioria (5 abstenções e 18 votos a favor) foi aprovado o Plano de Atividades e Orçamento para 2019-2020. O Clube apresentou um Orçamento de 213 mil euros, para a época que já se encontra em curso. A reunião foi participada por pouco mais de duas dezenas de associados, alguns deles com intervenções nos diferentes pontos em discussão. Nos dois primeiros assuntos tratados na reunião, foram mais os lamentos, desabafos e considerações relativamente ao trabalho desenvolvido pela atual
Direção do que propriamente a colocação de alguma questão objetiva, ou pedido de esclarecimento, aos responsáveis do Clube. Nestes pontos da Ordem do Dia, Jorge Freitas e Francisco Mota, foram os mais interventivos. No último ponto da agenda, para tratar de assuntos de interesse para a coletividade, as intervenções dos associados foram mais incisivas e em maior número. Aos anteriores associados juntaram-se João Nuno Monteiro, Alberto Dias e Albino Pereira. O assunto dominante, comum a todos os intervenientes, foi a não apresentação da equipa de juniores a competição – um facto, como um dos associados relembrou – que não acontecia, segundo o mesmo, “desde 1976”. A esta questão, Tiago Rodrigues, presidente do CC Taipas, respondeu, reconhecendo alguns erros na transição da época anterior para a
corrente, relacionados com a troca de coordenador dos escalões de formação, mas garantiu que tudo foi feito, por parte da Direção que lidera, para que o desfecho tivesse sido outro. João Nuno Monteiro viria a levantar uma outra questão, relacionada com o facto do clube ter previsto no plano de atividades da corrente época a colocação de uma relvado natural no campo de treinos nº 3. O associado, partindo do pressuposto que todos os clubes estão a retirar os relvados naturais para colocar sintéticos, quis saber porque é que, neste caso, a decisão do clube taipense vai em sentido contrário? Tiago Rodrigues argumentou a decisão da sua Direção com os custos associados a uma e a outra situação referindo que, com os apoios disponíveis, só conseguirão proceder à colocação de um tapete de relva natural.
Classificação Campeonato Pro-nacional - AF Braga - 2019-2020 # 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
CLUBE Pevidém Brito Forjães Taipas Torcatense Prado Ribeirão Santa Eulália Joane Vilaverdense Arões Cabreiros Vieira Santa Maria S. Paio d'Arcos Dumiense Porto d'Ave Serzedelo
P
J
V
E
D
GM
GS
25 24 23 23 20 16 16 16 16 15 15 14 14 14 13 13 11 4
10 11 12 12 12 10 12 12 12 11 12 12 11 11 12 12 12 12
8 7 7 7 6 5 4 5 4 4 4 4 4 4 4 3 3 1
1 3 2 2 2 1 4 1 4 3 3 2 2 2 1 4 2 1
1 1 3 3 4 4 4 6 4 4 5 6 5 5 7 5 7 10
23 13 18 21 18 14 20 16 16 17 10 13 17 17 17 8 13 9
7 5 11 10 15 15 17 21 14 13 20 16 15 19 23 9 17 33
Campeonato Pró-nacional- AF Braga - 2019/2020 Data 18-08-19 25-08-19 01-09-19 08-09-19 15-09-19 22-09-19 29-09-19 05-10-19 13-10-19 20-10-19 27-10-19 03-11-19 10-11-19 17-11-19 24-11-19 01-12-19 08-12-19
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES. 1-2 0-0 1-0 1-0 5-1 1-3 1-0 0-1 1-1 1-3 0-3 2-3
Clubes Taipas Pevidém Ribeirão 1968 Taipas Taipas Vilaverdense Forjães Taipas Taipas Cabreiros Prado Taipas Taipas Porto d'Ave Torcatense Taipas Taipas Vieira Serzedelo Taipas Arões Taipas Taipas Santa Maria Joane Taipas Taipas Santa Eulália S. Paio d'Arcos Taipas Taipas Dumiense Brito Taipas
Res.
J Data 18 15-12-19 19 05-01-20 20 12-01-20 21 19-01-20 22 02-02-20 23 09-02-20 24 16-02-20 25 23-02-20 26 01-03-20 27 08-03-20 28 22-03-20 29 29-03-20 30 05-04-20 31 19-04-20 32 26-04-20 33 10-05-20 34 17-05-20
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reflexo
"Fator casa" não está a ser decisivo na campanha do CC Taipas MANUEL SILVA
PRÉMIO
CRAQUE 2019-2020
...
O Taipas continua a realizar um campeonato positivo. Os comandados de José Augusto Araújo, nos últimos dois meses, apenas claudicaram em partidas realizas no Montinho. O fator casa não tem sido tão decisivo como, certamente, todos desejariam. Um empate com o Vieira e derrota, na última jornada, frente ao Santa Maria. Duas equipas que ocupam lugares do fundo da tabela classificativa e que impediram que os taipenses se posicionem no primeiro lugar.
André Buraco e Filipe Gusmão partilham liderança
Texto Miguel Ribeiro
1-1
0-1 TORCATENSE
CC TAIPAS
CC TAIPAS
1-3 VIEIRA
SERZEDELO
ARÕES
#
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º
Nome
Pts
André Buraco Filipe Gusmão Luís Rodrigues Mário Neiva André Martins Basílio André Gémeo Joel Neto Best Jota Lapinha Nuno Almeida Tiago Vieira João Ribeiro Tácio Vinícius Kymen Fred Matheus Bebé Jony Quintin Camões Alisson Nuno Preto
36 36 35 34 34 33 31 27 24 24 21 18 18 15 7 6 3 2 2 2 1 0 0 0
2-3
0-3 CC TAIPAS
Clube de Caçadores das Taipas
CC TAIPAS
CC TAIPAS
SANTA MARIA
Jornada 8 - 5 de outubro de 2019
Jornada 9 - 13 de outubro de 2019
Jornada 10 - 20 de outubro de 2019
Jornada 11 - 27 de outubro de 2019
Jornada 12 - 3 novembro de 2019
Com 4 vitórias nos últimos 5 jogos, o Taipas disputou em São Torcato o segundo derbie concelhio da temporada. Tal como tem vindo a acontecer nas últimas partidas, os taipenses fizeram mais uma exibição positiva saindo de São Torcato com uma merecida vitória, por 1-0. O Taipas chegou ao golo aos 37 minutos, numa jogada de contra ataque, com Neiva a assistir André Martins e, pelo caminho, a aparecer um jogador contrário afazer auto-golo. Na segunda parte o Taipas esteve muito perto dos 2-0. Joel, aos 60 minutos, com tudo para marcar, rematou ao lado quando se encontrava já dentro da pequena área. A equipa da casa, perto do final, num remate de longe de Costa, fez a bola embater no poste.
Na 9.ª jornada, o Taipas recebeu o Vieira e interrompeu a série de 4 vitórias consecutivas. A entrada em falso no jogo, por parte da equipa de José Augusto condicionou toda a partida. O Vieira chegou a vantagem aos 34 minutos. Boa jogada do ataque finalizada por Luís Guerra. Com algumas dificuldades para entrar no jogo, o Taipas conseguiu chegar à igualdade aos 60 minutos. André Martins apareceu solto na área e rematou, com a bola a embater num adversário antes de se anichar no fundo das redes. Até ao final, os taipenses ainda tentaram dar a volta ao marcador mas o resultado não sofreu alterações.
Na curta viagem até Serzedelo, o Taipas regressou às vitórias. Frente a um adversário que ocupa os lugares de descida, tal como aconteceu na partida anterior, voltou a entrar mal no jogo. O Serzedelo aproveitou e fez o 1-0 aos 30 minutos, por Vítor Oliveira. A segunda parte foi diferente, o Taipas entrou determinado e chegou à igualdade aos 55 minutos, por Joel Neto. Passados dois minutos, reviravolta no marcador. O jogador do Serzedelo, Jorge Ferreira, fez autogolo. A excelente exibição na segunda parte ficou concluída com o 1-3 final. André Martins, fez o seu 5.º golo da temporada.
A equipa do Taipas esteve muito confiante e isso refletiu-se no resultado. Vitória clara e merecida, por3-0. O primeiro golo da tarde de sábado foi apontado por André Martins, aos 22 minutos. Em cima do apito para o intervalo, o central Basílio, fez o 0-2. Na segunda parte os taipenses geriram a vantagem conseguindo chegar aos 0-3 final, novamente por André Martins. O Taipas terminou a 11ª jornada isolado na liderança do campeonato com 23 pontos. Contudo,o Pevidém, que disputou entretanto o primeiro de 3 jogos em atraso, venceu, e retirou aos taipenses essa posição.
O Taipas entrou praticamente a perder na partida frente ao Santa Maria. Logo aos 2 minutos, um remate de longe dum jogador contrário não deixou Luís Rodrigues muito bem na fotografia. O Taipas reagiu e chegou à igualdade por intermédio de Jota, aos 38 minutos. Contudo, contra o domínio da equipa taipense, seria o Santa Maria a fazer o 2-1 com que se foi para o intervalo. No segundo tempo o Taipas entrou determinado e foi sempre dominador. Uma vez mais, contra a corrente do jogo, num lance de contra-ataque, seria o Santa Maria a chegar ao golo e a dilatar a vantagem. Até final, o Taipas bem tentou mas não conseguiu mais que reduzir para 3-2, por André Martins, já em período de compensação.
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reflexo
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DESPORTO
CART com início de época 100% vitorioso ©DIREITOS RESERVADOS
Os seniores do CART deram início, no mês de outubro, à sua nova época desportiva. Os taipenses estão integrados na zona Norte da 3ª divisão nacional e partiram para a prova com claras aspirações a um dos lugares que
dará a subida de divisão. Cumpridas as três primeiras jornadas, a formação de Orlando Ribeiro, não tem desiludido e tem dado boa conta do recado. Em três jogos somaram outras tantas vitórias.
CART defronta Gulpilhares para a Taça O sorteio da primeira eliminatória da Taça de Portugal de hóquei em patins ditou uma deslocação da equipa do CART até Gulpilhares para defrontar a equipa local. O adversário dos taipenses PUBLICIDADE
ocupa, à 4.ª jornada, o 2.º lugar da tabela classificativa da zona Norte da 3.ª divisão nacional, com 10 pontos somados, mais um que o CART. O jogo realiza-se a 9 de novembro.
Na primeira ronda, visitaram o Académico FC e venceram por 5-2. Seguiu-se a receção à formação da ED Viana. Uma vitória taipense, por 6-5, com a incerteza do resultado a manter-se até final da partida.
Foi mais forte o CART naquele que terá sido o primeiro grande teste da época à capacidade da equipa taipense. A 3ª jornada da prova levou o CART ao pavilhão de Vila Boa do Bispo. Nova vitória, desta feita mais folgada, por 7-3. Estes resultados permitem à principal formação do hóquei taipense ocupar lugares cimeiros da tabela classificativa. Numa série em que todas as equipas terão de cumprir duas jornadas de descanso, uma em cada volta, e com quatro rondas realizadas (o CART já teve uma jornada de folga), apenas o HC Maia (12 pontos), USC Paredes (9 pontos) e o CART (9 pontos), somam por vitórias todos os jogos realizados. A próxima jornada, a 16 de novembro, será já um teste de força para a equipa de Orlando Ribeiro, que se deslocará ao pavilhão da USC Paredes.
Hóquei Patins - Seniores - 3ª divisão nacional - Norte - 2019/2020 Data 13-10-19 20-10-19 27-10-19 03-11-19 17-11-19 24-11-19 01-12-19 08-12-20 15-12-19 22-12-19 05-01-20 19-01-20 26-01-20
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
RES. 2-5 6-5 3-7
Clubes Académico FC CART CART ED Viana Vila Boa Bispo CART FOLGA USC Paredes CART CART Lavra Sobreira CART CART HC Santa Cruz CART HC Marco Gulpilhares CART CART HC Maia HC Paço Rei CART CART CD Póvoa
Res.
J Data 14 02-02-20 15 09-02-20 16 16-02-20 17 01-03-20 18 08-03-20 19 15-03-20 20 22-03-20 21 29-03-20 22 05-04-20 23 19-04-20 24 26-04-20 25 03-05-20 26 10-05-20
Tens “lata” para ajudar o CART?
O CART tem em vista a de angariação de latas de realização de obras no seu refrigerantes e conservas e, pavilhão. O projeto já estará por isso, lança o apelo à colaaprovado em termos de ar- boração de todos os associaquitetura, estando a decorrer dos, simpatizantes e amigos a fase da sua aprovação nas da coletividade que podem diferentes especialidades. colocar as referidas latas A obra, em traços gerais, num recipiente próprio, que contemplará a reorganização já se encontra no parque de e redimensionamento dos estacionamento do pavilhão. balneários, salas de apoio e Elementos da Direção da casas de banhos, tornando o coletividade taipense entrapavilhão taipense e os seus rão, também, em contacto espaços adjacentes mais com proprietários de cafés funcionais, práticos e ade- e restaurantes locais, no quados às necessidades dos sentido de lhes ser faculmilhares de praticantes que tado, caso queiram colao utilizam nas sucessivas borar nesta iniciativa, um épocas desportivas. recipiente apropriado para Para ajudar às despesas a recolha seletiva, nos seus desde que tal obra acarretará, a estabelecimentos. Direção do CART já tem E tu? Tens “lata” para no terreno uma campanha ajudar o CART??
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reflexo
Ténis de mesa conquista vitória à 3ª jornada ©DIREITOS RESERVADOS
Já estão em marcha os diversos campeonatos de ténis de mesa, onde o Clube de Ténis de Mesa das Taipas participa. No escalão sénior, os taipenses, já deram início à sua participação no nacional da 2ª divisão nacional. Na jornada inaugural,
deslocaram-se e perderam com o CRC Neves (4-1). Na jornada seguinte, em casa, voltaram a sofrer uma derrota, desta feita, frente à formação do Guilhabreu “B” (1-4). À terceira foi de vez e os taipenses venceram, em Braga, a equipa do Bairro da Misericórdia (2-4). Na
classificação geral, o CTM Taipas ocupa o 5º posto, com 5 pontos somados Ainda em seniores, mas no distrital da ATM Braga, o CTM Taipas também soma uma vitória nas três partidas realizadas. Derrota por 4-1 frente à A2Didáxis e por 4-0 com o GD Navais. A única vitória, por 4-2, é frente à formação do Bairro da Misericórdia “C”. Nos escalões jovens, realizou-se a 13 de outubro, a 1ª fase dos campeonatos distritais individuais de juniores e infantis. Em juniores, Nuno Wilson, apurou-se para disputar o Top 8 distrital que se realiza a 8 de dezembro. José Dias ficou apurado para a disputa do 9º ao 16º lugar. Nos infantis, Hugo Garcia e Lucas Guimarães apuraram-se para disputar o Top 6 enquanto Lucas Lisboa, Gonçalo Machado, Ivo Cunha e Gabriel Freitas vão disputar do 7º ao 12º lugares.
Seniores - Campeonato Nacional 2ª Divisão - Norte - 2019-2020 Data 28-09-19 12-10-19 26-10-19 09-11-19 23-11-19 30-11-19 07-12-19 14-12-19 21-12-19
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES. Clubes 4-1 CRC Neves CTM Taipas 1-4 CTM Taipas Guilhabreu “B” 2-4 Bairro MisericB CTM Taipas CTM Taipas ATM Pousada São Cosme CTM Taipas CTM Taipas São Cibrão CTM Lousada CTM Taipas CTM Taipas Jorge Antunes CTM Taipas NCR Valongo
Res.
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Data
Seniores - Campeonato Distrital ATM Braga - 2019-2020 Data 18-10-19 25-10-19 01-11-19 15-11-19 22-11-19 06-12-19 20-12-19 03-11-19 17-01-20
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES. Clubes 4-1 A2Didáxis CTM Taipas "B" 1-4 Bairro MisericC. CTM Taipas “B” 0-4 CTM Taipas "B" GD Navais Vitória SC "B" CTM Taipas "B" CTM Taipas "B" ADJ Antunes B CP Alvito "B" CTM Taipas "B" CTM Taipas "B" ATM PousadaB Bairro MisericB CTM Taipas "B" ADJ Antunes C CTM Taipas "B"
Res.
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Data 24-01-20 31-01-20 21-02-20 28-02-20 06-03-20 13-03-20 20-03-20 03-04-20 17-04-20
Moto Clube das Taipas elegeu novos órgãos sociais ©DIREITOS RESERVADOS
Os associados do Moto Clube das Taipas elegeram, na noite do passado dia 12 de outubro, os novos órgãos sociais da coletividade taipense, para o próximo biénio. F r e d e r i c o Almeida, sócio fundador da coletividade, está de volta ao cargo de presidente da Direção.
A p re s i d ênci a da As s e m b l ei a- ger al ficará nas mãos de Francisco Gonçalves. Rui Miguel Gomes, será o presidente do Conselho Fiscal. Estes e todos os restantes elementos que constituem os órgãos sociais do Moto Clube das Taipas, tomaram posse na manhã de 13 de outubro.
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ABERTO TODO O DIA
ÓRGÃOS SOCIAIS DO MC DAS TAIPAS Direção Presidente Frederico Almeida Secretário Adriano Araújo Tesoureiro Fernando Gomes Vogal Luís Rodrigues Vogal Luís Rodrigues Vogal Carlos Soares Assembleia Geral Presidente Francisco Gonçalves 1º Secretário Nélson Magalhães 2º Secretário Eliana Ribeiro
Conselho Fiscal Presidente Rui Gomes 1º Secretário Jorge Sousa 2º Secretário Paulo Rodrigues Coord. de Marketing João Silva Coord. Moto Turismo Ricardo Paulo
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Novembro de 2019
reflexo
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DESPORTO Clubes de Petanca das Taipas e Briteiros em destaque nos Campeonatos Regionais JOSÉ VIEIRA MACHADO
José Almeida venceu o Masters 2019 do Clube de Ténis das Taipas
MANUEL SILVA
Terminou no passado dia 20 de outubro, a temporada de petanca na Zona Norte, com a realização do Torneio de Encerramento em Rebordosa, nas instalações do clube local. Esta prova, disputada na variante de triplete, foi vencida pela equipa da casa, constituída por Albino Costa, Manuel Costa e Abílio Moreira. Terminada a época, as contas ditaram um 2º lugar no Campeonato Regional para a dupla feminina do Clube de Petanca das Taipas, formada por Maria Emília Gonçalves PUBLICIDADE
e Maria de Fátima Silva. Em triplete, a equipa constituída por Henrique Barbosa, Rolando Martins e Paulo Lopes, do Centro Recreativo e Cultural de Briteiros, também viria a conquistar o título de vice-campeã regional. Os campeões regionais, na variante de mão a mão, foram Bruno Moreira do Clube Caçadores de Rebordosa e Mónica Antunes do Grupo Desportivo Torre de Moncorvo. Albino Costa/ Manuel Costa, do Clube Caçadores de Rebordosa
e Isabel Pereira/Maria Del Carmen Diaz, do Clube Petanca de Estorãos/Clube Amigos da Petanca, conquistaram o titulo regional em doublete. A equipa do Clube Amigos da Petanca formada por Joaquim Ferreira/Márcio Araújo/Manuel Oliveira venceu o campeonato regional de triplete. O campeonato que agora terminou integrou 17 provas oficiais durante 8 meses, que foram disputadas por 149 atletas. Realizaram-se em 6 concelhos nortenhos tendo também passado pelo
de Guimarães. Dos 9 clubes filiados na Associação de Petanca da Zona Norte, 3 são de Paredes, 2 de Guimarães e 1 de Fafe, Ílhavo, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Gaia. Ao longo da época, nas 12 competições pontuáveis, o Clube de Petanca das Taipas foi o segundo em número de equipas presentes (43), só superado pelo Clube Amigos da Petanca (Lordelo – Paredes) que esteve presente com 76 equipas. O Centro Recreativo e Cultural de Briteiros marcou presença com 26 equipas.
O Clube de Ténis das Taipas levou a cabo, nos passados dias 26 e 27 de outubro, a realização do Torneio Masters 2019, que reuniu em dois grupos, os oito melhores classificados no ranking interno do Clube, em resultado dos pontos somados nos vários torneios disputados durante
a época. José Almeida, foi o vencedor do torneio tendo batido na final o seu colega de clube, Pedro Cunha, com os parciais de 7-5 e 6-3. De notar que aos longo das 5 partidas realizadas, José Almeida não consentiu qualquer set aos seus adversários.
Novembro de 2019
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reflexo
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CONVOCATÓRIA
assine
Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 9.º, n.º 1, 11.º, n.º 1 e 2, 13.º, n.º 1 e 14.º, todos dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, bem como nos artigos 41.º, alíneas a) e b), 42.º, n.º 1 e 2, 44.º, n.ºs 1, 3 e 4, e 46.º, alínea a), todos do Regulamento Geral Interno, bem como no n.º 2 do artigo 1.º do Regulamento Eleitoral, convoca-se a ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL E ORDINÁRIA, para reunir no Salão Nobre da Associação, no dia 14 de DEZEMBRO de 2019, pelas 10h00 e 17h30, respectivamente, com a seguinte
o jornal reflexo desde
ORDEM DE TRABALHOS: 1. Eleição dos Órgãos Sociais da Associação para o Triénio 2020/2022; 2. Leitura e aprovação da Acta da Sessão de 29 de Março de 2019;
€
5
Obituário
3. Ratificação da decisão da Direcção de atribuição da distinção “Placa de Honra” ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Dr. Domingos Bragança; 4. Apreciação, discussão e aprovação do Plano de Acção e do Orçamento para o ano de 2020; 5. Apreciação e discussão de outros assuntos da competência da Assembleia e do interesse geral da Associação. A Sessão da Assembleia Eleitoral compreendido entre as 10h00 e as 17h00.
decorrerá
no
período
A Sessão da Assembleia Geral Ordinária realizar-se-á a seguir ao termo do acto eleitoral, às 17h30, com a presença da maioria dos Associados; não estando presente a maioria dos Associados a mesma realizar-se-á, em segunda convocatória, meia hora depois, às 18h00, com a presença de qualquer número, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 15.º dos Estatutos e no n.º 4 do artigo 44.º do Regulamento Geral Interno. Caldas das Taipas, 29 de Outubro de 2019 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Luís da Silva Azevedo Oliveira
Dr. Fernando José Antunes Saraiva Monteiro
No dia 7 de Outubro, na sua residência, faleceu o Sr. Dr. Fernando José Antunes Saraiva Monteiro, com 92 anos de idade, viúvo de Maria Odete Carreira Saraiva Monteiro, residente que foi na Avenida Cónego Gaspar Estaço, Guimarães (Oliveira do Castelo), Guimarães. A missa de corpo presente foi celebrada na Igreja de São Domingos, indo depois a inumar, em jazigo de família, no Cemitério de Monte d’Arcos - Braga.
Olívia Antunes de Freitas No dia 30 de Outubro, na Unidade de Cuidados Continuados de Nespereira - Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Olívia Antunes de Freitas, com 77 anos de idade, viúva de Abílio da Silva Ferreira, residente que foi na Rua da Pontizela, Ponte, Guimarães. A missa de corpo presente foi celebrada na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
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