Reflexo #285 2020-03

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Março de 2020 / Ano XXVII / #285

Publicação Mensal

Diretor Alfredo Oliveira

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Clube Operário de Campelos comemora 67 anos de vida Reportagem p. 13 a 16

FOTO: LIMA PEREIRA

Zé Amaro, o “Cowboy apaixonado” continua a ser um homem de sonhos p. 8 e 9

Via do Avepark começa pelo nó de Silvares

European Vespa Days promete agitar Guimarães em julho

Carlos Marques Campeonato do Seguros Cup juntou Mundo de Rope Skipping, no Canadá 350 crianças

Nó de Silvares custa 3,4 milhões de euros e estará concluído em fevereiro de 2021.

São esperadas dez mil pessoas amantes da marca italiana e oferta hoteleira está esgotada.

Dificuldades financeiras condicionam a participação dos 11 atletas dos Molinhas apurados.

Evento levou cerca de um milhar de pessoas às instalações do CC Taipas.

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XX vol. IV

2009 - 2013

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CASA DE PARTIDA

SOBE EDITORIAL Alfredo Oliveira

Zé Amaro e as eleições para a distrital do PS Foi uma surpresa a conversa mantida com Zé Amaro. Para além de toda a encenação com a personagem do “cowboy apaixonado” , que o próprio assume de uma forma natural e profissional - as botas, o chapéu e o próprio discurso quando se dirige aos seus fãs - existe um homem real, que assume os seus sonhos e não tem problemas de relatar as dificuldades que foi passando ao longo da sua vida, desde a infância até chegar aos dias de hoje. Se essas dificuldades na juventude acabaram por lhe dar uma noção de que é preciso esforço e dedicação para se chegar ao sucesso, as mais recentes, com o seu problema de saúde, mostraram-lhe que nada, na vida, pode ser visto como definitivo. Zé Amaro regressa aos palcos com garra e determinação de recuperar o tempo perdido com a doença, mas consciente de que a vida nem sempre é aquilo que gostaríamos que fosse. A eleição para distrital do Partido Socialista tornou-se algo mais do que uma simples eleição partidária, tendo condimentos extraordinários. Temos o grupo socialista das Taipas dividido entre Joaquim Barreto e Ricardo Costa; o líder da concelhia socialista, Luís Soares, a não apoiar o candidato vimaranense; o vereador Ricardo Costa sem apoio da sua colega da vereação socialista, Sofia Ferreira, e, mais significativo, sem o apoio do líder do executivo, Domingos Bragança. Por outro lado, Ricardo Costa conseguiu recuperar na sua candidatura algumas personagens socialistas retiradas do mundo político, umas há já muitos anos e outras mais recentemente. Não deixa de ser curioso, por exemplo, ter conseguido juntar António Magalhães e Francisco Teixeira na mesma candidatura, depois do historial político dos dois. Esta eleição não terminará certamente no dia das eleições para a federação socialista. Ricardo Costa, perdendo, terá condições para manter o seu lugar como vereador? Ricardo Costa, ganhando, não sairá por livre iniciativa da vereação? Ricardo Costa, perdendo, sairá da cena política vimaranense? Procurará continuar essa intervenção noutras áreas a nível nacional? Entrará na designada “travessia no deserto”? Ricardo Costa, ganhando, irá cobrar essa vitória junto dos socialistas ligados à concelhia de Guimarães? Ou tudo assenta e acabou por “não se passar nada”!

reflexo O Norte de Guimarães

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Federação Socialista

Carnaval nas Taipas

O facto de haver dois O Carnaval em Caldas candidatos à eleição da das Taipas já tinha alguma federação distrital socialista dinâmica e começava a só pode ser visto como algo fazer parte dos eventos positivo e, ter Ricardo Costa tradicionais na vila. como candidato, aumenta a Por isso, não deixa de importância dessa eleição. ser minimamente estranho Naturalmente que nino facto de não se realizar o guém fica indiferente, pois Carnaval na vila de Caldas essa candidatura trouxe das Taipas, pelo menos de uma maior discussão pouma forma oficial. lítica a nível interno, mas No caso, mais estranho também as clivagens que é que a Câmara Municipal se vinham fazendo sentir de Guimarães, tal como tanto no mundo político nos anos anteriores, tenha socialista nas Taipas, como aprovado para este ano uma a concelhio. verba de mil e quinhentos Certamente que nada euros. ficará como dantes depois Ou seja, há dinheiro, de conhecido o vencedor há foliões, só não existe dessas eleições. organização para o evento.

DESCE

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 284 / Fevereiro de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha e Bruno José Ferreira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@ reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


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ENTREVISTA Primeira fase da via dedicada ao Avepark arrancou com o desnivelamento do nó de Silvares DR

O auto de consignação da obra do desnivelamento do nó de Silvares foi assinado a 19 de fevereiro, sendo dessa forma dado o pontapé de saída numa obra há muito prometida e desejada em Guimarães. Texto Bruno José Ferreira A cerimónia teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães e contou com a presença de Domingos Bragança, presidente do município, e ainda de José Serrano Gordo, vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo da Infraestruturas de Portugal. Esta obra prevê o desnivelamento do nó de Silvares, o “coração da mobilidade vimaranense” como referiu Domingos Bragança, que rotulou a obra como “muito importante” na medida em que vai “solucionar um constrangimento grande”. O desnivelamento do nó de Silvares terá a duração de 355 dias, estando, por isso, a conclusão da obra prevista para 9 de fevereiro de 2021. Esta fase da obra tem o custo de sensivelmente 3,4 milhões de euros, inserindo-se num projeto de maior envergadura, que é a via dedicada ao Avepark. Isto porque, a empreitada junto à saída da autoestrada é considerada a primeira fase do acesso às Taipas. “Esta é a primeira fase, seguir-se-á a segunda fase na rotunda de Ponte e depois a ligação às Taipas e às freguesias do norte do concelho, a via dedicada ao Avepark, mas no fundo

uma variante para as várias freguesias do norte do concelho”, referiu Domingos Bragança. Obra total de 18 milhões de euros Ao todo, a obra custará 18 milhões de euros, sendo que uma parte considerável dessa verba sairá dos cofres do Estado. “O valor da obra é 13 milhões de euros, é o que está acordado com o governo para as estradas, mas insere-se numa obra total que andará nos 18 milhões de euros, porque os terrenos são da responsabilidade da câmara, assim como a ecovia e o acesso pedonal”, acrescentou. O edil vimaranense reforçou que esta variante de acesso às Taipas e ao norte do concelho significará “o descongestionamento total na Estrada Nacional 101, o que será uma mais valia para as Taipas e para Ponte”. Na génese da via dedicada ao Avepark está a importância das valências lá instaladas, na ótica de Domingos Bragança. “O parque de Ciência e Tecnologia tem importância não só a nível do concelho, mas a nível regional e nacional pelo que lá se faz em áreas como a medicina regenerativa. Está lá a ser construído

o Instituto Cidade de Guimarães, no qual serão investidos 100 milhões de euros”, sustentou. Relativamente a esta primeira fase, o desnivelamento do nó de Silvares, Domingos Bragança pediu compreensão pelos transtornos que serão inevitáveis, mas necessários. A obra é relativamente simples de se realizar, explicou um dos responsáveis da Infraestruturas de Portugal, revelando que em virtude de não se poder fechar o trânsito, a mesma terá uma duração muita mais alargada do que o necessário. André Coelho Lima defende construção de uma cintura externa às Taipas

A construção da via dedicada ao Avepark, projetada pela Câmara Municipal de Guimarães, continua a não ser a solução defendida por André Coelho Lima. O líder da oposição defende a criação de uma cintura externa às Taipas. “O nosso objetivo não é criar uma via de acesso ao Avepark, mas sim criar uma cintura externa às Taipas. Há uma zona densamente urbanizada que precisava de uma cintura externa que passasse o rio

pelo outro lado para além da ponte que temos, fazendo a cintura externa à Taipas”, referiu André Coelho Lima na última reunião de câmara. No entender do vereador a Vila das Taipas precisa de um planeamento rodoviário. “Precisamos de uma libertação do constrangimento da Nacional 101, do acesso de Ponte às Taipas. As Taipas é uma vila com uma configuração urbana muito forte e precisa de ter este planeamento rodoviário”, frisou o líder da oposição. Município promete várias obras nas estradas no valor de 18 milhões de euros

A Câmara Municipal de Guimarães tem em fase de concurso várias obras nas estradas do concelho, havendo para tal efeito uma verba de dezoito milhões de euros. O mau estado das estradas vimaranenses foi abordado em reunião de câmara do dia 10 de fevereiro, não reunindo consenso. Bruno Fernandes, vereador eleito pelo PSD e presidente do partido em Guimarães, questionou Domingos Bragança se não há desleixe da Câmara Municipal neste

aspeto. “Basta chover duas semanas que as estradas ficam um caos”, disse. Em resposta Domingos Bragança referiu que algumas intervenções necessitam que o tempo melhore para ser realizadas. No exemplo concreto da Nacional 101, em Ponte, o edil frisou que “a responsabilidade direta não é da câmara”, mas sim da Infraestruturas de Portugal, revelando, no entanto, que a câmara tem feito pressão para que se acelerem os trabalhos de retificação da via. No final da sessão Domingos Bragança deu conta de que estão várias obras previstas para arrancar nos próximos meses. “Temos dezoito milhões de euros para investimento, ou melhor, contraímos um empréstimo para isso, e já estão lançados concursos para as obras. Muitas obras vão começar nos próximos tempos, até ao princípio do segundo semestre. Temos um conjunto de intervenções programadas com os serviços municipais, outras com empresas subcontratadas. As estradas que estão em muito mau estado são aquelas que nós esperámos, para não ter duas despesas, para estas grandes intervenções que estão previstas”, disse. Reportando-se à Estrada Nacional 101, que liga Guimarães a Caldelas, Domingos Bragança reconhece que “é tempo a mais” para se fazer a reparação, mas revela que o município não mais pode fazer do que reportar à Infraestruturas de Portugal e à EDP. “É bom sabermos que a EDP é privada e nem sempre responde às exigências da câmara e que a própria infraestruturas de Portugal faz. Um caso exemplar é este caso da Nacional 101, que abriram uma rota para instalação de canos, e demoraram demasiado tempo alegando que é para repor as cedências do piso”, vincou. De resto, Domingos Bragança acrescenta que “infelizmente” é um mal que não se verifica apenas em Guimarães. “Tive o cuidado de fazer um percurso de duas ou três horas a visitar as estradas que os vereadores estavam a apontar. Já referi que várias vão ter intervenção e não iríamos ter duas despesas. Mas saí fora dos limites do concelho e fui ver. Está pior do que Guimarães; não me alegra, temos que perceber que todos sofremos com os temporais e que muitas vezes questões relacionadas com águas pluviais têm que esperar por bom tempo”, frisou.


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Município aprova apoios superiores a meio milhão de euros para as Taipas

LIMA PEREIRA

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Ricardo Costa concorre com Joaquim Barreto à direção distrital do PS DR

DR

A Federação Distrital de Braga do Partido Socialista (PS) vai a eleições para os seus órgãos sociais nos próximos 13 e 14 de março, sendo que o taipense Ricardo Costa é candidato à presidência, concorrendo contra Joaquim Barreto, que ocupa atualmente a presidência. Nos últimos dias os candidatos realizaram várias ações de campanha, ações essas que se vão intensificar nos próximos dias. Ricardo Costa apresentou no passado dia 15 de fevereiro a sua Moção Política, contando com o apoio de cerca de um milhar de militantes numa unidade hoteleira situada na Montanha da Penha. No seu discurso, referiu que “é tempo de um tempo novo”, expressando a sua intenção de dotar o “distrito de Braga uma voz ativa e exigente no contexto nacional”, apresentando para isso os pilares da sua candidatura, assentes no contributo de vários militantes e simpatizantes do partido. O vereador municipal da Câmara Municipal de Guimarães conta com o apoio de vários membros das juventudes socialistas e também de vários empresários e

figuras da sociedade civil. Por sua vez, Joaquim Barreto, que se apresenta ao último mandato possível naquele cargo, conta com o apoio de vários nomes fortes do socialismo vimaranense. São os casos de Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Luís Soares, presidente da Concelhia, Armindo Costa e Silva, Presidente da Mesa da Comissão Política de Guimarães, José João Torrinha, presidente da Assembleia Municipal, e Sofia Ferreira, vereadora e presidente das Mulheres Socialistas de Guimarães. Destaque ainda para o apoio de presidentes de juntas de freguesia, entre os quais se encontram autarcas do norte do concelho como Fátima Saldanha, presidente da Junta de Freguesia de Brito, e Vítor Pais, presidente da União de Freguesias de Briteiros Santo Estevão e Donim. O lema de campanha de Ricardo Costa é “Todos como um, todos um”, enquanto que Joaquim Barreto assume como lema “Primeiro o distrito, primeiro o partido”.

A reunião de câmara do passado dia dez de fevereiro, segunda-feira, revestiu-se de particular interesse para Caldas das Taipas, na medida em que foram aprovados diversos apoios para instituições da vila que, na sua globalidade, ascendem a meio milhão de euros. Texto Bruno José Ferreira 545.126,33 é o valor total de subsídios e apoios que foram votados favoravelmente pelo executivo vimaranense. O primeiro, referente ao ponto onze da ordem de trabalhos, atribuiu 15 mil euros à Junta de Freguesia de Caldelas, para o projeto “Este lugar não é para velhos: espaço convívio sénior”, com o objetivo de promover “um envelhecimento saudável e ativo por via da dinamização de atividades de promoção do bem-estar físico, cognitivo e emocional, prevenindo a solidão e o isolamento social e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com mais de 50 anos”, constou na proposta da Câmara Municipal de Guimarães.

No ponto seguinte da reunião, o ponto doze, foi também aprovada por unanimidade a atribuição de um subsídio para a requalificação do antigo mercado no valor de 60 mil euros, uma contribuição para uma obra que no total está orçada em 195.808,82 euros. Este apoio foi justificado pela “natureza dos trabalhos em causa” e também pelo “interesse público inerente” a esta obra. A maior fatia destes apoios vai para a Cooperativa Taipas Turitermas, cujo valor a ser pago em dez prestações é superior a 340 mil euros. A justificação do estabelecimento deste contrato programa é a intenção de manter a “prática de preços sociais” aos

Vânia Silva estreou-se na vereação municipal Bruno Ferreira

A deputada Vânia Silva estreou-se na vereação municipal ao participar na reunião de câmara de 24 de fevereiro em substituição de

António Monteiro de Castro. Vânia Silva referiu que estará mais vezes no executivo da cidade berço precisamente em substituição de António Monteiro de Castro. “O Eng.º Monteiro de Castro pediu-me para o substituir hoje e sempre que lhe seja impossível marcar presença. Fá-lo-ei agora que tenho outra disponibilidade, voltei para Guimarães e pedi especialmentåe que não me atribuíssem aulas à segunda-feira de manhã para poder aqui estar sempre que necessário for. O meu compromisso é absoluto,

utilizadores da Taipas Termal, mas, ao mesmo tempo fazer com que a instituição seja capaz de “cobrir os défices de exploração dessas mesmas atividades”, pode ler-se ma proposta da Câmara Municipal de Guimarães. Outro valor considerável destes apoios está destinado à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas, um apoio habitual, que este ano se cifra em praticamente 120 mil euros. Por último, há ainda verbas para a organização das Festas de São Pedro no valor de 7500 euros e para a Organização Carnavalesca Taipense no valor de 1500 euros.

dedicado, empenhado e cá estarei para ajudar a levar a nossa mensagem mais longe”, referiu após a reunião Vânia Silva. De resto, a nova vereadora fez uma intervenção antes da ordem de trabalhos, questionando Domingos Bragança quanto aos projetos de mobilidade de concelho e também quanto ao “modus operandi” da autarquia em relação à indústria têxtil, nomeadamente a estratégia para atrair mais indústrias para o concelho.


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ATUALIDADE Castanheiro do Parque de Lazer não resistiu ao mau tempo BRUNO FERREIRA

Uma das árvores com mais simbolismo de Caldas das Taipas, o

castanheiro de grandes dimensões que se situava no Parque de Lazer, acabou

por cair na manhã de segunda-feira, 2 de março, fruto do seu estado fitossanitário débil e também do mau tempo que se fez sentir. A sua queda obstruiu parte da via da Alameda de Rosas Guimarães, obrigando à intervenção dos serviços da Câmara Municipal de Guimarães para proceder à remoção de grande parte da árvore da via. A queda do referido castanheiro ocorreu por volta das 8h45 horas e não provocou estragos em viaturas uma vez que, nesse momento, não se encontrava nenhuma viatura estacionada nem em circulação. Recorde-se que em 2016 a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro realizou um estudo fitossanitário sobre as árvores do centro da vila, analisando um total de 248 árvores. Nesse estudo, no qual não foi analisado o referido castanheiro, é mencionada a necessidade de proceder ao abate de várias árvores.

Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 285 de março de 2020

Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 285 de março de 2020

Desfiles escolares de carnaval com centenas de crianças animaram as ruas da vila BRUNO FERREIRA

na Avenida da República cruzaram-se com algumas dezenas de crianças do Centro Social das Taipas.

Texto Bruno José Ferreira

A Escola Básica do Pinheiral e o Centro Social das Taipas promoveram na manhã do dia 21, sexta-feira, os já tradicionais desfiles de Carnaval, animando dessa forma as ruas da vila. Centenas de crianças desfilaram com os habituais disfarces carnavalescos, percorrendo as principais ruas do centro das Taipas. Com o acompanhamento da GNR, que comandou parte dos desfiles e auxiliou a que o trânsito não sofresse grandes transtornos, as crianças passearam-se em marcha lenta com enorme animação. Aquilino Ferreira, coordenador da Escola do Pinheiral, referiu que esta é uma atividade que continua a

cativar a comunidade escolar. “As crianças gostam e aderem, assim como os próprios pais. Obviamente que estamos em horário laboral, mas os pais que podem aparecem”, disse ao jornal Reflexo. Este ano a atividade manteve-se apesar de não se registar a organização do Carnaval por parte de outras entidades da vila. “Esta atividade faz parte do nosso plano de atividades, todos os anos realizamos o desfile; este ano fizemos o desfile sozinhos. Em anos anteriores esse desfile aconteceu integrado noutras celebrações e com outras instituições, sem essa possibilidade fizemos sozinhos”, sublinhou. Da Escola do Pinheira saíram 213 crianças com idades compreendidas entre os três e os dez anos, sendo que

Carnaval nas Taipas teve apoio da Câmara Municipal mas não se realizou Pelo segundo ano não foram organizados festejos de Carnaval em Caldas das Taipas. Depois de no ano passado as celebrações não se terem realizado, a Organização Carnavalesca Taipense (OCT) continua a não assumir a sua realização, nos moldes a que a vila estava habituada. Nos apoios concedidos pela Câmara Municipal de Guimarães para a organização de festividades de interesse para o concelho consta o carnaval taipense. O Reflexo contactou os membros da referida associação que se dedicava à organização do festejo do Carnaval, que confirmaram que a OCT organizaria os referidos festejos. A falta de mais apoios e de cooperação institucional, nomeadamente por parte da Junta de Freguesia, são os motivos apontados pela OCT para não organizar o Carnaval. A Junta de Freguesia de Caldelas também foi contactada para abordar o assunto, mas não se pronunciou. Nesse sentido, as celebrações do Carnaval nas Taipas resumiram-se a iniciativas pontuais, nomeadamente por parte da comunidade escolar local, a exemplo do que tem acontecido em anos anteriores.

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Concurso Público para a obra de requalificação do centro da vila prolongado até 2 de março DR

OPINIÃO

A desertificação do Interior Augusto Mendes

O Concurso Público para a obra de requalificação do Centro Cívico das Taipas, o centro da vila, foi prolongado por mais doze dias relativamente ao que estava inicialmente previsto, estendendo-se até ao dia dois de março. Essa prorrogação do prazo foi publicada em Diário da República, isto porque uma das empresas concorrentes solicitou um alargamento. Em dezembro o concurso público esteve temporariamente suspenso, devido a dúvidas levantadas em relação a pormenores práticos da execução da obra.

Com essa questão devidamente esclarecida, uma das empresas interessadas em concorrer solicitou então que fosse concedido um alargamento no espaço de tempo para ser possível apresentar convenientemente a proposta. Na nota divulgada pela Junta de Freguesia de Caldelas constam alguns pormenores técnicos da obra. “A empreitada tem como características gerais o arranjo urbanístico no qual se encontra prevista a execução de cantarias e lajeado de granito, cubos de granito, paralelos de basalto, betão armado,

fundações em estacas, infraestruturas hidráulicas de abastecimento de água, residuais, abastecimento de gás, infraestruturas de eletricidade e telecomunicações e paisagismo e compreende todos os trabalhos preparatórios e acessórios, todos os fornecimentos para integração em obra, e todas as prestações de serviços que sejam necessárias ao empreiteiro para cumprir as suas obrigações, conforme projeto de execução patente a concurso”, pode ler-se.

Caldelas recebeu dois novos ecopontos A rede de recolha seletiva foi reforçada em Caldelas no âmbito de uma ação da Câmara Municipal de Guimarães em conjunto com a Resinorte na qual foram colocados quarenta novos ecopontos pelas freguesias do concelho. Assim sendo, a Vila das Taipas recebeu dois novos ecopontos com o intuito de otimizar o serviço e aumentar os níveis de recolha seletiva, PUBLICIDADE

a acessibilidade, atendendo às metas estipuladas pelo Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos – PERSU 2020. Nas freguesias do norte do concelho foram também colocados novos ecopontos, nomeadamente em Briteiros São Salvador e Santa Leocádia (2), Brito (1), Ponte (2), Barco (1), Sande São Lourenço (1), Sande São Martinho (3), Souto São

Salvador (1), Souto Santa Maria (1) e Sande Vila Nova (1). De acordo com a Câmara Municipal de Guimarães, este reforço da rede de ecopontos pretende melhorar a qualidade do serviço prestado aos municípios e aos cidadãos, por forma a atingir os objetivos nacionais da estratégia de gestão de resíduos urbanos enquadrados pela política comunitária de resíduos.

Caro leitor, Escrevo este texto no dia em que o Governo de António Costa visita, e reúne todos os seus Ministros no distrito de Bragança para dar visibilidade ao interior. Mas devo confessar que o que lá foi tratado em nada resolve os verdadeiros problemas da interioridade. O problema principal do interior, a sua desertificação, é um problema muito mais estruturante que não é resolvido com medidas avulsas como as que foram anunciadas. Se achamos que com 4.800.00€ oferecidos a quem queira ir para o interior trabalhar resolvemos alguma coisa então não percebemos as verdadeiras razões da desertificação do interior. Temos de perceber que as pessoas fogem do interior, sem nunca mais voltar, porque não têm a mesma facilidade de acesso a necessidades básicas que tem a população das grandes cidades. Vivemos numa zona onde temos acesso a tudo em poucos minutos, diferente de ir viver para um local onde se os nossos filhos ficarem doentes teremos um caminho de 2 ou 3 horas para chegar a um Hospital que tenha todos os serviços. É impensável para nós, que temos das melhores escolas do País a 5 minutos de casa, que os nossos filhos andem 3 horas diárias de carro, em estradas manhosas, para ir para um grande centro escolar porque se fecharam todas as escolas das aldeias. Além destas necessidades básicas e como depois isso se espelha noutras atividades, as populações do interior não têm o mesmo acesso ao desporto, à cultura e outras atividades que as grandes cidades nos permitem usufruir. Passando isto para a escala das autarquias teremos também de ter políticas que não acentuem estas desigualdades. As freguesias mais afastadas das sedes de Concelho devem ter políticas e investimentos extraordinários para que estas desigualdades sejam minimizadas. Tanto a nível de rede viária, transportes públicos, como equipamentos e apoios ao desporto e à cultura. Não se pode, por exemplo, gastar 90% do orçamento da cultura na cidade e apenas 10% no restante concelho. Ao nosso nível isto também ajuda a desertificar as freguesias. Mas, no nosso concelho, a nível da cultura e desporto temos até bons exemplos. O Excentricidades e a Liga Mini são excelentes programas que a Câmara Municipal de Guimarães tem para levar a cultura e o desporto às freguesias e que eu, particularmente, aprecio bastante. O fecho de escolas deve ser também travado e se possível revertido onde foi efetuado. Uma freguesia sem escola é uma freguesia descaracterizada, que com o passar dos anos deixa as pessoas sem ligação à terra que depois dificilmente voltarão a ter. É na escola que cimentamos ligações para a vida. Para finalizar é necessário uma verdadeira política para o interior, onde todos os cidadãos tenham acesso aos serviços públicos da mesma forma em Lisboa como em Bragança. E não vamos lá com medidas avulsas como as que foram apresentadas.


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ENTREVISTA

Zé Amaro pronto para regressar em força aos palcos ALFREDO OLIVEIRA

Homem de sonhos, o cowboy apaixonado está de volta aos palcos. Após uma interrupção forçada na carreira, por motivos de saúde, Zé Amaro, o cantor country taipense, fala ao Reflexo numa grande entrevista em que aborda o passado, o presente e o futuro. Texto Bruno José Ferreira Olhando para trás, como é que recorda o início da sua carreira? Olhando para trás, nunca imaginava estar como estou. Todos queremos o melhor para a nossa vida, mas não sabemos se será possível. Muito sinceramente, para mim, o que aconteceu superou as minhas expectativas. Cantou em casamentos e fez parte do Trio os Boémios. Essa fase inicial levou-o a acreditar e

a mostrar que era mesmo esse o caminho a seguir? Fiz sempre música na minha vida, em pequeno, por influência dos meus pais através do folclore, depois fui trabalhar, aos dez/onze anos, e consegui comprar a minha primeira viola. Fui trabalhar porque sou de raízes humildes, não tendo grandes possibilidades para estudar. Aos quinze anos, entrei no Grupo Estrelas da Meia Noite, um grupo da Póvoa de Lanhoso, a que pertenci durante bastante tempo, depois

participei no programa Cantigas da Rua. Seguiu-se o Trio os Boémios, durante oito anos. Na altura, eu e alguns músicos meus amigos fomos dispensados. Segui o meu caminho e foi aí que lancei o meu primeiro disco, em 2006/2007, “O coração da gente chora”, uma experiência que hoje lembro, foi realmente uma loucura. Ainda tem essa primeira viola que comprou com dez anos? Tenho a primeira viola que

comprei, custou-me na altura dez contos. Foi uma coisa difícil, até costumo contar em palco. Nunca tinha ido tão longe fora de casa na minha vida. Aos dez anos, fui trabalhar para Lamego, com os feirantes vizinhos, para comprar a minha primeira viola. Chorei durante uma semana inteira. Nunca tinha saído da beira dos meus pais, e foi realmente um sentir que fiquei sem chão. Ainda hoje tenho alguns problemas emocionais ao pegar nela, muito sinceramente.

Como recorda os primeiros concertos? Sou uma pessoa muito atenta em palco. Tive oportunidade de estar em palco com vários artistas, inclusive com o Trio os Boémios, onde quis fazer sempre um trabalho excelente, ensaiar e preparar tudo. Quis sempre ir mais além, trabalhar e fazer com que o grupo fosse para a frente. Chegou a minha altura de me lançar a solo e foi muito difícil, mesmo. No entanto, muito sinceramente, quando se trabalha muito consegue-se atingir os objetivos. Tudo conseguido a pulso, as primeiras entrevistas, idas a rádios… Muitas portas fechadas. As pessoas olhavam e era um estilo novo, questionavam se era brasileiro, se era sertanejo. Queria fazer a nossa música portuguesa, porque canto em português, canto músicas minhas e músicas de outros, sempre admiti isso. Hoje faço um disco com doze canções em que dez são minhas e duas de outros. Adoro escrever. As portas começaram a abrir-se no meu primeiro disco, em que a título individual vendi três mil discos. A partir daí começou a passar. A venda nas feiras, nesta fase inicial, foi muito importante na divulgação da minha música. Se calhar poucos artistas podem falar assim, mas eu posso. Como foi chegar às rádios e televisões? Criei o meu estilo próprio, com bastantes influências na música Country, com nomes como Willie Nelson, Kenny Rogers, Dolly Parton, Keith Urban, muita gente. Desde pequeno ouvia muitos artistas Country e gostei sempre dessa sonoridade. Pensei que tinha de fazer isto em português porque a música é universal, a língua é que


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"A dádiva maior é a continuidade nos palcos, é o que mais amo fazer." é a nossa. Por isso, aproveitei para juntar as coisas e tentar. Foi difícil, mas depois de a primeira porta se abrir, começou também a abrir-se a primeira portinha de uma rádio, depois uma televisão, mas sempre muito a pulso e sendo muito eu. Muito sinceramente, quando as pessoas falam no meu estilo, digo que é fazer boa música com bons músicos. Consegue escolher dois ou três momentos marcantes na sua carreira? Pela positiva, as salas que fiz. Destaco o São Mamede, a primeira sala que eu fiz, depois o Multiusos de Guimarães, uma sala emblemática e enorme, os casinos e uma sala muito importante que é o Coliseu do Porto. Enchemos o Coliseu do Porto. A espetáculos ao vivo qualquer pessoa vai, é livre e grátis. Quando é a pagar vai realmente quem gosta. Trata-se de uma prova inequívoca de que as pessoas gostam de Zé Amaro. Tenho esse privilégio, ter pessoas que pagam para me ver nas salas. E três músicas, consegue escolher três das suas músicas? É fácil. “O cowboy apaixonado”, uma das canções com as quais me identifico, que é um sucesso muito grande quando vou à América e encho lá as salas, como no Canadá ou na Austrália, em que toda a gente conhece o cowboy português. Depois elegia uma canção que escrevi para os fãs, que se chama “Obrigado fãs”; escrevi quando ia para a Austrália e em meia hora saiu-me, em forma de agradecimento aos meus fãs. Senti necessidade de escrever algo para lhes agradecer tudo que tinha acontecido comigo. Agora, mais recentemente, a canção “Homem de Sonhos”, acabada de construir no meio do ciclone do meu problema.

Dá o mote para entrar nesse tema. Como está Zé Amaro? Completamente recuperado e pronto para voltar à estrada? Desde que fui internado em junho, até setembro, estive em total recuperação. De setembro até aqui já recusei mais de trinta espetáculos. Quis entrar nos palcos como Zé Amaro e não como um Zé Amaro débil, como estava, sem forças e com uma imagem que não é meritória de aparecer. Tem ideia de quantos espetáculos foram cancelados? De junho até setembro cancelámos oitenta espetáculos. A reação das pessoas foi muito surpreendente pela positiva. As pessoas perceberam que um cantor é um ser humano, as pessoas sentiram que, para além da saúde, nada se pode fazer. O epicentro foi num concerto em Matosinhos, em que teve de abandonar o palco a meio. Como foi esse momento? É verdade. Tive um fim de semana violento, como tinha muitos, fiz um espetáculo em Portugal na sexta-feira, um no sábado no Mónaco, um na segunda-feira em Barcelos e um na terça-feira em Matosinhos. Aí, em Guifões, começou o espetáculo e, passado vinte minutos, vi-me incapaz de continuar. Foram tempo difíceis. Mas mesmo no meio desses tempos conseguiu forças para terminar o novo trabalho… O trabalho estava alinhado. Quando acabo um trabalho, que sai em junho/julho, começo a trabalhar noutro. Comecei a trabalhar em fazer o espetáculo, as minhas canções, e faltava apenas colocar voz no “Homem de Sonhos” e foi a canção que deu nome ao disco precisamente por ser uma canção em que está lá a marca de uma

pessoa que estava realmente numa fase difícil. A minha voz está frágil, mas mesmo assim, contra a vontade dos meus engenheiros de som e da minha editora, quis que o disco ficasse assim. Marca uma fase da minha vida, graças a Deus consegui sair do hospital e terminar o disco. Durante esse processo o apoio dos fãs foi importante? Incrível. Uma corrente enorme que me deu uma imensa força que chegava onde eu estava, no Hospital de Santo António, e todos diziam que pensavam em mim, rezavam por mim, diziam que o Zé Amaro faz muita falta. Essas mensagens de carinho ajudaram muito. Um dos concertos cancelados foi aqui nas Taipas, nas Festas de São Pedro. Acabou por ser feito um tributo. Como viu isso? Estive por dentro disso tudo. Quando me falaram que a comissão organizadora gostava de ter o Zé Amaro e quando me vi incapacitado de estar, alguém pensou em fazer um espetáculo de tributo. Mediante os meus técnicos, comecei a organizar o espetáculo. Convidei alguns amigos e coloquei-os a cantar as minhas canções. Foi realmente algo muito bonito o que aconteceu na minha vila. Vi e senti isso. Dos espetáculos que foram cancelados, já obteve contactos, as pessoas querem ouvir Zé Amaro? Muitos desses espetáculos vou fazê-los. Algumas pessoas pensaram que eu não ia voltar aos palcos, mas Deus deu-me uma nova vida, e posso falar assim porque sei como é que estive, estive do lado de lá. Primeiro a saúde, os espetáculos depois, as pessoas disseram que estavam à minha espera quando voltasse e isso aconteceu.

ALFREDO OLIVEIRA

"Sou absolutamente uma pessoa de sonhos"

Nesse lote de espetáculos reagendados está o São Pedro, nas Taipas? Gostaria de cantar no São Pedro nas Taipas, pois seria um concerto especialíssimo. Cantar na minha terra é sempre especial. Sou natural de Briteiros e estou nas Taipas há 25 anos. Costuma dizer-se que santos da casa não fazem milagres, eu, muito sinceramente, em todo o lado sou acarinhado e as pessoas recebem-me bem, a minha terra não é exceção. Tenho sempre grandes multidões de pessoas, o que é incrível. O que podemos esperar nos próximos tempos? A agenda está novamente cheia ou teve mais cautelas? Tive mais cautelas. Fazia cem espetáculos em Portugal e cinquenta no mundo. Cortei isso tudo, para já eliminei os espetáculos na Austrália e na América. Tinha espetáculos em Cuba e na Jamaica, mas cancelei porque não quero estar em voos, para já. Em novembro, tenho seis espetáculos na América e tenho já na Suíça e na França, tudo com banda, não faço espetáculos sem banda. Cortei alguns espetáculos

seguidos, comecei a travar um pouco porque a minha vida era uma vida que não desejava a ninguém. Num futuro próximo, o que se pode esperar, então, de Zé Amaro? Este ano, vamos promover o “Homem de Sonhos”. Já foi ouvido em algumas rádios e televisões, mas ao vivo não foi apresentado. É um disco fantástico e vamos promovê-lo. Sendo um homem de sonhos, que sonhos tem para o futuro? Sou absolutamente uma pessoa de sonhos. Sempre gostei de tentar. Há pessoas que não tentam e depois ficam a pensar nisso. Sou um homem que sonha, gostava de continuar a minha carreira na música, gostava de fazer mais duetos com mais pessoas interessantes, trazer pessoas para a nossa música, como fiz agora com a Lucía Pérez, de Espanha, o Eduardo Araújo do Brasil, como fiz com o Rui Bandeira.., quero fazer mais, com pessoas da América e pessoas do Brasil, mas a dádiva maior é a continuidade dos palcos, o que mais amo fazer.


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ATUALIDADE Manik Mané, o taipense que saltou para a ribalta como tradutor nos jogos da UEFA BRUNO FERREIRA

Manik também tentou a sua sorte na bola, mas enveredou por outro caminho. “Quando estava no liceu, meio perdido na vida, à procura do sonho de jogar futebol, tive dois ou três professores que me aconselharam a tradução, porque falo várias línguas. Ouvi aquilo, mas só entrei porque naquele momento era a vida mais fácil para entrar na universidade. O futebol até me estava a correr bem, mas eu quero ser um profissional de eleição e no futebol nunca o chegaria a ser”, sustenta. Licenciatura em Manchester e mestrado em Edimburgo

Tinha tudo para ser apenas mais uma conferência de imprensa normal, com um tradutor a fazer o seu trabalho normal, mas um conjunto de fatores atirou Manuel Manik Mané para um boom mediático que seria difícil de adivinhar. Texto Bruno José Ferreira O jovem taipense de 26 anos, mestrado em Interpretação de Conferências e Traduções, fez a tradução de inglês para português, e vice-versa, nas conferências de imprensa do jogo entre o SC Braga e o Glasgow Rangers, e acabou por quase tirar o protagonismo a Steven Gerrard, treinador inglês do Rangers. O motivo foi o facto de usar óculos de sol devido a uma conjuntivite e também a camisola com listas berrantes com que se apresentou. “Nem queria usar aquela camisola, sabia perfeitamente que estava fora do contexto, mas estava com frio. Vim da Guiné e ainda me estou a ambientar a este clima. O facto de estar com os óculos de sol também afeta a visibilidade, o que a juntar ao frio deixava-me numa condição PUBLICIDADE

em que não estava a 100 por cento. A responsável que me levou para a interpretação disse para vestir a camisola. Levava calças clássicas castanhas e camisa branca, mas com o frio vesti a camisola. Disse à responsável que, se desse para o torto, a culpa era dela”, começa por referir Manik Mané, jovem de 26 anos que atualmente vive em Ponte, mas já viveu nas Taipas, onde cumpriu parte do percurso escolar. As referidas conferências foram transmitidas em direto e obviamente que, a juntar à qualidade da tradução, a forma como Mané se apresentou teve impacto, ao ponto de o tradutor ser notícia em vários órgãos de comunicação desportivos. “Vim de transporte público para casa, demorei mais de uma hora, cheguei a casa e vi

que estavam a chover notificações no meu telemóvel. Fiquei até incrédulo quando vi que até já tinha sido escrito um artigo sobre mim. Têm sido dias diferentes, parece que faço anos todos os dias. Recebo mensagens de amigos, professores, ex-professores, colegas, até meros intérpretes de Portugal que me têm agradecido por estar a pôr a profissão no mapa. Tem sido gratificante para mim”, atira Manuel Manik Mané. Ele que até tem ascendência no mundo da bola, uma vez que o seu pai, Abdu Mané foi jogador, ajudando, por exemplo, o Gil Vicente a subir à 1.ª Divisão em 1999, tendo passado pelo CC Taipas na época de 2000/01. É também primo de Cafu, jogador formado no Vitória SC que atualmente joga na Grécia.

Manik Mané já morou em seis países diferentes e licenciou-se na Universidade de Manchester, tirando depois o mestrado em Edimburgo. Já esteve noutras conferências, “a do Nuno Espírito Santo até correu melhor, mas não teve o alarido desta”, refere com bom humor. Encara este mediatismo da sua tradução como uma oportunidade para dar a conhecer a profissão. “É um momento para outros ficarem a conhecer mais sobre a minha profissão. Em termos de abrir portas, não acho que venha

mudar muito no imediato porque aqui em Portugal as traduções no mundo do futebol ainda são um mercado fechado. A maior parte dos estrangeiros são brasileiros ou africanos das ex-colónias e um ou outro sul americano”, sublinha. Para dar seguimento à sua carreira, provavelmente Manik Mané terá de se aventurar pelo estrangeiro, como já fez várias vezes. “Comparado com outros países, como Inglaterra, não somos muito necessários aqui. Tirando estas conferências não vejo que possa ter muitas oportunidades no futebol. Mas sou versátil e o mestrado foi vocacionado para várias áreas”, revela. O sonho de Manuel Manik Mané é poder trabalhar com a seleção portuguesa de futebol e estar presente no próximo Mundial do Qatar, isto no mundo do futebol, claro. Para que fique claro, a camisola foi escolhida por mero acaso e Mané nunca pensou que a mesma o ajudasse a saltar para a ribalta. “Se eu pensasse que teria de usar camisola durante a conferência teria levado outra”, refere.

Manik Mané com Steven Gerrard, treinador do Rangers, na conferência de imprensa do jogo com o SC Braga


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Taipas recebeu aspirador urbano elétrico do município DR

A vila das Taipas, a exemplo do que aconteceu também com Ponte, São Torcato e Pevidém, recebeu do município um aspirador urbano elétrico que permitirá uma maior eficácia das equipas de limpeza das ruas da vila, contribuindo ao mesmo tempo para o desenvolvimento

sustentável e para a economia de energia. Estes utensílios de limpeza constituem um sistema inovador de elevado desempenho, evitando a perda de eficiência dado que os resíduos existentes na via pública são aspirados. Estão igualmente a

ser formadas nestas vilas equipas de higiene urbana, com varredura manual e mecânica. Nas Taipas a entrega do referido aspirador urbano elétrico teve lugar na tarde do dia 21 de fevereiro, sexta-feira, contando com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, e também de Sofia Ferreira, vereadora do ambiente e dos serviços urbanos da Câmara Municipal de Guimarães. A vereadora explicou a utilidade destes instrumentos. “Estes aspiradores impõem-se como uma ferramenta indispensável para a limpeza dos passeios, ruas, parques, mercados, parques de estacionamento, escolas, parques de campismo, em todo o lado onde a utilização da vassoura seja impossível e ineficaz. Nesse sentido, o Município de Guimarães assumiu este investimento para estas Vilas no âmbito da limpeza pública e higiene urbana”, assegura..

Novo acesso pedonal junto à Escola Básica das Taipas não tem iluminação

O novo arruamento que foi construído paralelamente à Escola Básica das Taipas, fazendo a ligação entre a Estrada Nacional 310 e a Rua Professor Manuel José Pereira, não tem qualquer tipo de iluminação e assim permanece há sensivelmente oito meses. Tal situação foi reportada ao Reflexo, que falou com moradores das redondezas do referido acesso pedonal, confirmando a situação. “De dia ainda é utilizado, e é até bastante útil para chegar mais

rapidamente ao centro, mas de noite é complicado”, relata uma das moradoras. “Até várias pessoas que costumam caminhar por esta zona, na primeira passagem, ainda de dia, atravessam este carreiro, mas quando começa a ficar escuro já preferem ir à volta, junto à estrada”, explica a referida moradora, que prefere não ser identificada, mas garante que à noite não atravessa o novo corte que foi criado. O Reflexo contactou a escola,

sendo que o diretor do Agrupamento de Escolas das Taipas, João Montes, deu conta que “não se trata de uma responsabilidade da escola”, acrescentando, no entanto, que tal “nunca foi reportado por alunos ou encarregados de educação, até porque a escola não tem horários pós-laborais, o que leva a que esse problema não se ponha”. A Junta de Freguesia de Caldelas foi também contactada pelo nosso jornal, que não obteve qualquer resposta.

OPINIÃO Manuel Ribeiro

O mistério dos preços sociais Não tenho dúvidas, e não excluo partidos desse desvio democrático, que as empresas municipais foram criadas para contornar exigências de contratação de pessoal e para criar e pagar às clientelas partidárias a sua dedicação incondicional. Para evitar o inevitável acima citado, era acabar com todas elas e cessavam os queixumes e a pouca vergonha democrática. Defender que as entidades e órgãos do estado devem prosseguir um conceito de interesse público muito especial, isto é, realizando os serviços essenciais que devem estar fora do comércio privado, parece uma heresia. E tanto não é heresia, como ter razão antes do tempo deveria ser um mérito reconhecido a quem está a interpretar a realidade da frente para trás, do futuro para o presente. Quando os socialistas das Taipas com o “agreement” de Guimarães se lançaram a construir uma clínica médica que consiste em contratar médicos de diferentes especialidades, prestar consultas e tratamentos, dividindo uma parte para a entidade pública e uma parte para o médico “convidado” parecia uma ideia brilhante de esquerda. Só que não era mais do que uma parceria público-privada que funciona ao contrário de todas as outras: A Turitermas fez o investimento – público – e ainda suporta o risco da sua actividade. O médico “convidado” limita-se a ganhar em função do trabalho prestado, sem qualquer investimento e sem qualquer risco. É uma parceria público-privada à moda das Taipas e com assinatura reconhecida. O problema, como se disse há anos na Assembleia Municipal e na própria Turitermas, a Cooperativa está a desenvolver uma actividade sem qualquer interesse público subjacente; e coexiste em concorrência (desleal) com inúmeras clínicas privadas existentes nas Taipas e no concelho. A concorrência com as outras clínicas privadas está sujeita a transferências de médicos, clientes e às oscilações do mercado. Criou-se um modelo insustentável agravado quando assenta no reconhecimento público de médicos. Os prejuízos bateram e batem à porta e é necessário justificá-los e camuflá-los. Para isso, a Câmara viu-se na necessidade de inventar, em conluio com a Turitermas, preços sociais para lhe transferir subsídios, sem que os preços sociais existam. É uma facto que não deve passar em branco às autoridades e só existe para que a cooperativa não seja dissolvida, o que seria uma derrota politica de monta para quem a conduz e conduziu. Assim, e já que a Câmara diz que paga, dão-se alvíssaras a quem consiga consultas de qualquer especialidade a baixo preço, menos de € 50,00; a quem use a piscina de verão por 1,5 euros; a quem faça tratamentos termais tendencialmente gratuitos; a quem acampe, e não seja escuteiro, por metade do preço da tabela do ano anterior. Se não for assim, convido todos os taipenses e arredores a inundarem a Câmara de reclamações contra os preços, muitas vezes acima do mercado, praticado pela Cooperativa apoiada.

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European Vespa Days promete agitar Guimarães em julho DR

porque é nossa ambição envolver a comunidade vimaranense. Estará sempre um grande número de vespistas no pavilhão e serão realizados diversos passeios temáticos e outro tipo de iniciativas”, conta o presidente do Vespa Clube de Guimarães. Apesar de se concentrar em Guimarães, o European Vespa Days, estender-se-á de forma lógica às redondezas, com passagens por Felgueiras, Fafe, Viana do Castelo e Barcelos. Aliás, muitos destes clubes de vespas estão a auxiliar na organização do evento. O epicentro, esse, será em Guimarães e difícil de esconder. “Pela nossa experiência de presença em vários eventos destes, é certo que as vespas vão invadir a cidade. Ainda para mais numa cidade como a nossa, acolhedora e histórica, vão estar vespas por todos os cantos”, atira Paulo Salgado.

Maior encontro de vespas alguma vez realizado em Portugal espera juntar sensivelmente cinco milhares de amantes da marca italiana de motas em Guimarães. Oferta hoteleira vimaranense está completamente lotada e a organização estima que o evento renda um milhão de euros ao comércio da cidade. Texto Bruno José Ferreira Serão quatro dias intensos de um enxame de duas rodas a povoar Guimarães no início de julho, mais propriamente entre os dias dois e cinco de julho. A edição 2020 do European Vespa Days realiza-se em Guimarães, no Pavilhão Multiusos, e promete agitar a Cidade Berço. Isto porque as expetativas da organização apontam para a presença de sensivelmente PUBLICIDADE

cinco mil vespistas em Guimarães, o que se traduzirá numa espécie de invasão de amantes do icónico modelo de mota da marca italiana Piaggio, a Vespa. Paulo Salgado, presidente do Vespa Clube de Guimarães, é um dos principais responsáveis pela organização do evento e falou ao Reflexo sobre a aventura que será a organização de um evento de tal

envergadura, sem sombra de dúvida, o “maior do género alguma vez realizado em Portugal”. Para já, estão feitas 3500 inscrições oficiais, mas esse número tem tendência a aumentar até à meta ambicionada pela organização. “Vamos montar uma aldeia vespista no Pavilhão Multiusos, com cerca de três dezenas de tendas de associações de Guimarães,

Cortejo de sábado é cabeça de cartaz Um dos pontos altos do programa do European Vespa Days de Guimarães será o passeio de sábado à tarde, no qual marcarão presença todos os inscritos. Ou seja, um momento que deixará a sua marca. “Atendendo ao número de vespas que já temos inscritas estou até um pouco reticente com a logística”, disse, explicando que sairão sensivelmente cinco mil motas em direção a Felgueiras, estando neste momento a haver conversações com o município e com as autoridades competentes com o intuito de assegurar que tudo corre da melhor forma, não se

sabendo ainda se o cortejo passará pelo centro da cidade. De resto, o multiusos, a meias com a recetividade da Câmara Municipal, foram fundamentais para que Guimarães fosse a cidade selecionada para receber este evento. “Falámos com a câmara antes de avançar com a candidatura, que nos transmitiu que a cidade Guimarães está preparada para receber grandes eventos de referência internacional», frisa. Hotel das Taipas repleto Ao todo são esperadas dez mil pessoas em Guimarães, na sua maioria estrangeiros provenientes dos quatro cantos do mundo. “Esperamos muitos italianos, ingleses, da Macedónia, da Austrália, do Brasil, de Angola, de vários países”, aponta Paulo Salgado. A experiência de outros eventos leva o líder do Vespa Clube de Guimarães a esperar que seja movimentado sensivelmente um milhão de euros no comércio vimaranense. Exemplo disso mesmo é o facto de a oferta hoteleira em Guimarães estar completamente esgotada DR para os dias do evento. “Neste momento já não há alojamento em Guimarães, está tudo esgotado e até nos arredores. O Hotel das Taipas também já está há cheio para essa data e o campismo também receberá vespistas", assegura. Certo é que será um grande evento, com a um staff permanente de 200 pessoas para organizar as cinco mil vespas esperadas. “Um orgulho para Guimarães”, remata Paulo Salgado.


ESPECIAL

Clube Operário de

Campelos Clube Operário de Campelos Um clube de raízes sólidas de olhos postos no futuro

Nasceu do seio do proletariado e isso ficou gravado no próprio nome. Um clube de fortes tradições e um bairrismo assinalável, é mesmo o terceiro clube de Guimarães no qua à antiguidade diz respeito na inscrição nas principais instâncias futebolísticas, nomeadamente na Associação de Braga e na Federação Portuguesa de Futebol. O Clube Operário de Campelos completou no passado dia um de março o seu 67.º aniversário e é dessa vasta história que o Reflexo dá conta

nas próximas páginas, dedicadas em exclusivo ao emblema que está na luta pela subida à Divisão de Honra. Com raízes sólidas ao longo destes 67 anos, tendo apenas num interregno competitivo aquando do encerramento da fábrica que esteve na origem do clube, as celebrações deste aniversário constituem um marco histórico para o Campelos. Contemplam a inauguração do novo relvado sintético do parque de Jogos José Maria Machado Vaz, uma obra há muito ambicionada e

que coloca o Campelos ao nível de outros clubes, uma vez que tinha um dos últimos pelados do concelho. É com esta nova mais valia que o clube do lugar de Campelos, na Vila de Ponte, mas com o seu campo de jogos situado em Vila Nova de Sande, se projeta para o futuro com a ambição de fazer mais e melhor num crescimento sustentado que continue a fazer jus a um dos principais baluartes do Campelos: não dever nada a ninguém.

CAIXEIRO II C A F É

BRUNO FERREIRA


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Campelos Clube nasceu no seio da Companhia de Fiação e Tecidos de Guimarães

LIMA PEREIRA

Campelos: um clube de Ponte com instalações em Vila Nova Sande

José Pimenta, Presidente do Campelos

É aqui que se explica um dos grandes enigmas do Campelos. Geograficamente falando, Campelos trata-se de um lugar pertencente à freguesia de Ponte. Mas, o Parque de Jogos José

Fundado em 1953, o Clube Operário de Campelos nasceu no seio da Companhia de Fiação e Tecidos de Guimarães, uma empresa de grandes dimensões que operava em Campelos. Três elementos de cargos elevados da fábrica, nomeadamente chefes de secção, decidiram movimentar os operários para a prática desportiva numa época em que o futebol proliferava. Na sede do clube, inaugurada em 2014 por Domingos Bragança, constam os três rostos daqueles que lançaram as bases do clube: Armindo Oliveira, Luís Carneiro e Augusto Rodrigues. Três homens de convicções fortes, que lançaram um movimento de raízes sólidas que perduram até aos dias de hoje. Da ideia à prática sobrou muita força de vontade por parte das gentes de Campelos. Exemplo basilar disso mesmo é José Pimenta, atual presidente e sócio número oito da coletividade. Está na presidência desde 2014 e quase que se perda a conta aos anos que já serviu o clube, desde vogal a secretário, passando pela vice-presidência e ocupando o cargo de maior responsabilidade pela segunda vez. Com 73 anos, acompanhou de perto toda a história do Campelos e recorda os primeiros tempos

em que não havia campo e os treinos faziam-se de maneira sui generis. “Obviamente, nessa altura, em 1953, não havia as condições que há agora e o grupo de rapazes que começaram a jogar à bola não tinham campo. Para resolver isso alugaram um campo que era de cultivo de milho, numa propriedade de lavrador. Esse campo foi arranjado e puseram umas balizas. Depois equipavam-se no alpendre do lavrador e tomavam banho no tanque que lá havia nessa espécie de quinta. Isto, claro, nos princípios. De vez em quando faziam jogos contra outras fábricas, sendo que aí, alugavam o Campo do Montinho, nas Taipas” conta José Pimenta com uma memória que quase faz trazer o brilho aos olhos. Palavras com propriedade, a resvalar o suor daqueles que deram muito de si para efetivar um projeto que mostre as raízes das suas gentes. Foi, contudo, uma situação passageira e apenas verificada nos primórdios do clube. A intenção era criar uma coletividade com as tais raízes, algo para perdurar na história e não uma vontade fugaz de um conjunto de homens. Apenas quatro anos volvidos e puseram-se mãos à obra para edificar um campo condigno para o Clube Operário de Campelos.

CAM - TCC - TACOGRAFO - LEGALIZAÇÃO DE VEÍCULOS TODA A DOCUMENTAÇÃO

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Maria Machado Vaz situa-se na freguesia de Vila Nova de Sande. A explicação é simples e prende-se apenas com o preço dos terrenos, revela José Pimenta. “Na altura em que se pôs mãos à obra os terrenos não eram baratos nem fáceis de conseguir em Campelos. Este terreno onde está o campo pertencia a uma quinta reconhecida, cujas partes principais ficavam em Ponte. Naquele tempo as pessoas desta zona de Ponte e mesmo da referida quinta vinham para a escola para Campelos e até a catequese era em Campelos. Ou seja, praticamente era considerado Campelos. Como o terreno era uma parcela dessa quinta, mas já em Sande, era a única possibilidade que havia, cederam o terreno para se fazer o campo”, destaca José Pimenta. Um campo que começou por se chamar Campo de Jogos de São José. As obras começaram em 1957 e em 1958, no dia 9 de setembro, foi inaugurado, mantendo os seus principais traços até aos dias de hoje.

Restauradores contra o fecho da fábrica No final da década de sessenta e início da década de setenta o clube passou pelo seu período mais conturbado. A fábrica na qual foi gerado o grupo fabril de praticantes de futebol fechou e deu-se uma vaga de emigração para França. “O pessoal emigrou para França e não havia ninguém para sustentar o clube”, lamenta José Pimenta. Facto é que o clube esteve inativo entre 1969 e 1975. Reergue-se definitivamente por “um punhado de jovens campelenses, inconformados pela inatividade abrupta do clube do seu coração, que assumiram a empreitada hercúlea na qual poucos acreditavam de fazer o Clube Operário de Campelos”, pode ler-se numa das

paredes da sede do clube, outrora uma escola primária, hoje sede do Campelos com paredes revestidas a história. José Pimenta foi um dos inconformados que ajudou os rapazes desse tempo, a juventude, a reativar o clube. “Neste período, em 73/74, apareceu um grupo de jovens que começaram a fazer um grupo ao qual chamaram Os Restauradores. Começaram a jogar neste campo como Os Restauradores, sendo que em 1975 eu e mais uns doze ou treze jovens mais velhos tomámos a iniciativa juntamente com esses jovens de reabrir o Clube Operário de Campelos. Esse grupo ficou conhecido como os Restauradores do Campelos”, recorda.


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Campelos Novo relvado revolucionou o clube BRUNO FERREIRA

Este sábado, 7 de março, é inaugurado o relvado sintético do Clube Operário de Campelos. Uma obra há muito desejada e que, desde o início da época, revolucionou o clube. Um passo em frente rumo à aproximação a outros clubes, uma obra que restruturou por completo o Parque de Jogos José Maria Machado Vaz. Tal foi possível dado o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, com recurso a verbas próprias e ainda graças ao empréstimo de alguns diretores. Ponto de honra que acompanha o Campelo desde a sua génese: “não devemos nada a ninguém, nem um cêntimo; está tudo pago, água, luz, gás, AF Braga, jogadores, equipas técnicas e todos os colaboradores”, assegura José Pimenta, reforçando a ideia: “Não nos metemos nas coisas se não tivermos dinheiro para as fazer”. Para além da colocação do relvado sintético o Campelos fez os possíveis para conseguir alargar o campo, conseguindo-o com várias obras. Teve de fazer novos muros, um dele de sustentação, para permitir então que o campo alargasse 3,80 metros. Foram feitas também melhorias nos balneários e em várias vedações. A obra acabou

por ter custos mais elevados na medida em que foi necessário nivelar o campo. Na opinião de José Pimenta esta obra “foi um grande passo para o clube” a todos os níveis. “Era muito mais difícil arranjar jogadores no pelado. Assim é mais fácil, pratica-se melhor futebol e a própria vizinhança ficou muito satisfeita, porque agora o pó deixou de existir. Até dá gosto ver agora o sintético, já podem vir à janela sem pó”, atira. Rui Nogueira é atualmente o treinador do Campelos. Com vários anos de futebol, o técnico vimaranense assume que desde a primeira hora se sente os efeitos positivos do sintético. “No planeamento desta época, em conversa coim a direção, quando começámos a convidar atletas para trabalhar connosco, sentimos uma recetividade diferente. O clube já tinha bastante aceitação, é um histórico dos campeonatos, e com o sintético é mais uma arma que nos permite cativar atletas. Mesmo em termos técnicos, no trabalho de campo podemos trabalhar de forma distinta”, diz. Ideia, obviamente, corroborada do capitão de equipa, Nuno

Castro, que há onze anos veste a camisola do Campelos. “Claro que o sintético é diferente, sem dúvida nenhuma. Nós chegávamos aqui e víamos a terra, víamos um pelado. Para ser possível conseguir um plantel forte era difícil, porque havia jogadores que não vinham por jogar na terra. Agora, depois de ver este relvado, novo, com novas infraestrutures, chama jogadores, já vem mais público ver o jogo. Mesmo a nível técnico nota-se muito a diferença, a bola não anda aos saltos como andava até agora. Comparativamente com outras equipas já temos os mesmos argumentos. Trabalhamos melhor, não é que trabalhássemos mal, mas as condições, principalmente no inverno, eram muito mais difíceis”, sustenta. Apesar de o Campelos só ter equipa sénior, a realidade é que o novo sintético tem uma grande ocupação, servindo para clubes vizinhos realizar treinos e jogos. É o caso do Pevidém, uma vez que as camadas jovens do Pevidém treinam e jogam em Campelos, e também do Futebol Feminino do Vitória, que faz vários treinos no Parque de Jogos José Maria Machado Vaz.

Histórico na Federação e na AF Braga

Em 1959 o Campelos publica os seus estatutos em Diário da República e filia-se nas principais instâncias futebolísticas, mantendo a sua atividade até aos dias de hoje. Com altos e baixos, como qualquer clube, mas sempre com um enorme orgulho na sua atividade, considerando-se mesmo o terceiro clube mais antigo do concelho. “O Campelos é, tirando o Vitória e o Taipas, o clube mais antigo filiado nas instâncias competentes. As pessoas dizem que pode haver outros, mas apenas grupos populares, porque filiados na Federação Portuguesa de Futebol e na AF Braga nós somos o terceiro clube. Até porque o nosso número de associado na Federação Portuguesa de Futebol o diz, somos o número 387. Se não for por estes números, qualquer organização popular que nem estatutos tem pode ser mais antiga que o Vitória. Há aí clubes a

festejar cinquenta e sessenta anos, mas apareceram há duas dúzias de anos. Alguns até são mais velhos do que o Campelos, de nome. Os estatutos do Campelos estão escritos em Diário da República em 1959, portanto, foram aí aprovados. É ver os estatutos desses clubes por aí fora para ser ver bem a história deles”, argumenta José Pimenta, acrescentando que o Campelos é a filia número um do Vitória. Entre os maiores sucessos do clube está a subida em 64/65 à 1.ª Divisão Regional, que levou o Campelos a medir forças com clubes como o Gil Vicente, o Famalicão, o Fafe o Vizela e o Taipas. Entre este histórico, de Campelos saiu já inclusivamente um jogador internacional. Trata-se de Sebastião Lourenço da Silva, guarda-redes que jogou no Vitória e no Benfica, chegando depois a representar Portugal.

O sonho de um novo campo Desde 2014 na presidência, José Pimenta está prestes a fechar o seu ciclo em Campelos. O clube vai brevemente a eleições e o líder máximo prepara a sucessão. “Já estou nos órgãos socias do clube desde 1966, de forma consecutiva, é muito tempo. São 29 anos seguidos, 24 de direção do clube. Será o meu último mandato na direção, até porque também estou cansado. Já é tempo de eu deixar e vir a juventude tomar conta disto, porque isto é para os jovens. Temos juventude e pessoas capazes para tomar conta do clube”, aponta. Apesar de a saída estar planeada os sonhos permanecem e José Pimenta gostava de ver o clube ter um campo em Campelos,

algo que, de resto, está prometido pelo município em conjunto com a Junta de Freguesia de Ponte. “Gostava, claro, que fosse feito um campo em Campelos, como está prometido pela Câmara Municipal de Guimarães e pelo presidente da Junta de Freguesia de Ponte, Sérgio Castro Rocha. Este campo ficava para camadas jovens”, atira. Ter camadas jovens é uma ambição do clube, mas algo a fazer a longo prazo e de forma estruturada, ou seja, algo que não entra nos planos imediatos. “Gostávamos de ter camadas jovens e queremos ter, mas todos os clubes à nossa volta têm camadas jovens. Onde há juventude que chegue para todos?”, questiona.


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Clube Operário de

ESPECIAL

Campelos Na luta pela subida à Divisão de Honra

Rui Nogueira, Treinador do Campelos

Atualmente o Campelos compete na 1.ª Divisão da AF Braga, o escalão mais baixo do futebol distrital. No segundo lugar, ainda que à condição, os campelenses estão em lugar de subida depois de já se terem passeado pelo primeiro lugar. Fazer jus aos pergaminhos do clube é a ambição para esta temporada, espreitando a possibilidade de subir à Divisão de Honra. Rui Nogueira, treinador do clube, assume que a equipa técnica está a trabalhar juntamente com a equipa

nesse sentido. “Em termos globais a época está a correr bem, estamos em posição de poder ambicionar uma subida e estamos a trabalhar para isso mesmo, sabendo que este é um ano muito complexo na medida em que a série em que estamos inseridos tem equipas com bastante potencial, mas somos mais um na luta”, refere. No último jogo o Campelos voltou ao triunfo após uma série de resultados menos conseguidos, goleando em casa o Tagilde por cinco bolas a uma, resultado que fez o Campelos ascender provisoriamente ao segundo lugar, um posição e subida. Rui Nogueira considera que é sempre ambiciosa trabalhar num clube com a história do Campelos. “O historial do Campelos fala por si, naquilo a que se compromete e a que se propõe a fazer honra os compromissos que estabelece com toda a gente, com os seus parceiros

Equipa fundadora do Clube Operário de Campelos, em 1953

Inauguração do campo de jogos, a 7 de setembro de 1958

e com as pessoas que aqui colaboram. Trata-se de um novo projeto na minha carreira, num clube histórico onde é sempre ambicioso trabalhar”, sustenta. A mística que o clube apresenta é um dos fatores que leva Rui Nogueira a estar satisfeito em Campelos. “Encontrei uma casa nova, num ano de mudança, com novas instalações fruto de uma grande reestruturação a nível de instalações do clube. Notase claramente que o Campelos é um clube com uma mística muito própria. Mesmo estando no futebol há muitos anos e sabendo desta mística do Campelos, agora trabalhando cá apercebe-se de uma forma diferente o quanto este clube tem uma mística e um bairrismo muito presente, que não se encontra em muitos outros clubes. Também se nota nas bancadas, com adeptos bairristas que sentem muito o clube, o que ajuda a galvanizar os atletas”, refere.

Sócios fundadores do Clube Operário de Campelos, em 1953

Campeão da 2ª Divisão Regional, época 1964/1965

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Após onze anos, capitão gostava de subir na última época

Nuno Castro, Capitão do Campelos

Coisa rara nos dias que correm, Nuno Castro é o capitão do Campelos e veste a camisola com o mesmo símbolo há onze anos. Dificilmente o defesa central de 36 anos imaginaria tal cenário quando entrou pela primeira vez no Campelos. “Não é normal estar tantos anos num clube, é uma realidade. Há ciclos, três, quatro ou cinco anos e depois o pessoal vai mudando. Profissionalmente não posso andar a saltar de clube em clube, também foi uma casa que cheguei aqui e gostei, acarinharam-me, nunca me faltaram com nada, trata-se de um clube sério, ajudam-me e eu ajudo-o a eles. Sinceramente, quando aqui cheguei não esperavas ter

ficado tanto tempo”, concorda o capitão. O balanço da época até agora é positivo, mas a ambição é chegar ao topo da classificação. “Até agora o balanço que faço da época do Campelos é positivo. Estamos bem, entre os primeiros, o que está dentro das expetativas iniciais. Começámos muito bem a época, estivemos no primeiro lugar, depois passámos por uma fase menos boa, mas ainda há muitos pontos e o nosso objetivo é ir ganhando jogo a jogo para chegar lá acima ao topo da classificação”, atira. Na sua última época futebolística o defesa central gostava de sair do clube com a subida de divisão. Um sonho que o próprio não esconde. “Quando cheguei aqui o clube estava na Divisão de Honra e depois descemos. Vinha a dizer aos meus colegas que, quando o Campelos subisse, se calhar saía do clube. Infelizmente não conseguimos, ficámos muitas vezes lá perto, mas nunca sucedeu. Este é a última época. Já digo desde o início da época, mesmo a nível profissional não dá mais para continuar. Gostava de subir no último ano”, finaliza.

Jantar de aniversário para duas centenas de pessoas De parabéns no passado dia um de março, por completar então 67 anos de história, os festejos estão reservados para este sábado, dia sete. Às 14h30 procede-se à cerimónia de inauguração do relvado sintético, que contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança. Às 18horas decorre uma visita à sede do clube, estando para

as 20horas agendado o ponto alto das celebrações com a realização do tradicional jantar, no qual marcarão presença várias entidades. O referido jantar terá presença de duas centenas de pessoas, entre os quais um grupo de campelenses que se encontram emigrados em França, mas tal como tem sido apanágio nos últimos anos fazem questão de marcar presença.


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Rádio Escola prestes a ir para o ar na Escola Básica das Taipas DR

Projeto que venceu o Orçamento Participativo está a dar os primeiros passos. Motivação dos alunos já se vai fazendo sentir. Texto Bruno José Ferreira “No ar!” No Agrupamento de Escolas das Taipas, nomeadamente na Escola Básica das Taipas, já se vão sentindo as ondas sonoras de um novo projeto idealizado por alunos e que está a ser implementado por alunos, em conjunto com o corpo docente. Trata-se da Rádio Escola, projeto que está a ganhar corpo após ter sido selecionado no âmbito do Orçamento Participativo. José Castro é o docente que está a acompanhar de perto a implementação desta iniciativa e conta ao Reflexo as bases da ideia de criar uma rádio na Escola Básica das Taipas. “Esta ideia surgiu de um grupo de alunos. Todos os anos temos projetos que são apresentados com o intuito de se candidatar PUBLICIDADE

ao Orçamento Participativo; primeiramente fazemos um concurso interno e o ano passado o projeto que foi vencedor foi a criação de uma rádio aqui para a escola. Este projeto foi então contemplado com uma verba de sensivelmente quinhentos euros, que é o valor normal, é evidente que não é uma verba insuficiente, mas pensamos que este é o ano e o momento ideal para materializar o projeto”, começa por referir José Castro ao nosso jornal. Neste momento estão a ser feitos os primeiros testes e os primeiros castings para operacionalizar a Rádio Escola. A associação de pais deu o seu contributo, auxiliando na compra de dois computadores, a própria escola também contribuiu

para a aquisição de material e há já uma sala própria para que se faça rádio. Um estúdio em ponto pequeno, ao qual não falta o mítico slogan “No ar”. A ideia agora é que sejam os alunos a dinamizar este projeto que, ao fim ao cabo, é deles. “Os alunos, nomeadamente a associação de estudantes, a quem pedimos para motivar os restantes alunos, estão a fazer castings e a ver quem poderá fazer o quê. O que se pretende é que os alunos vão pelas turmas selecionar e pesquisar sobre o tipo de músicas que mais gostam, mas também articular-se para dar informações e divulgar notícias. A partir desta base a ideia é deles e eles é que têm de dinamizar”, sustenta José Castro.

Meio de difusão em estudo

A maior barreira tem sido a parte técnica, uma vez que não há experiência nesta área, mas até aí estão a ser dados os primeiros passos. Mas, com o material que já se possui os alunos que integram o projeto terão o auxílio informal da Rádio Santiago. “Estamos a ter a colaboração da Rádio Santiago, nomeadamente de um jornalista que se prontificou a levar os alunos que ficarem responsáveis pela rádio aos estúdios para, por exemplo, ficar lá uma manhã e verem o funcionamento da rádio. Trata-se de um encarregado de educação de uma aluna aqui da escola, que se prontificou a ajudar. É dessa forma que vamos avançando. Não temos nenhum especialista nem da parte técnico nem de rádio e estando no local, ver como é, acrescenta dinâmicas e motivações completamente diferentes”, frisa o docente que está a liderar este projeto. Outro dos pormenores ainda em análise é o modo de difusão e os próprios horários. Numa primeira fase a transmissão deverá ser feita apenas na sala do aluno, mas os horizontes alargam-se, ainda que com as devidas cautelas. “Para já essa parte técnica está ainda em estudo, a ver quais as melhores soluções. Uma das possibilidades é instalar umas colunas na sala do aluno, para que seja aí difundido. Gostaríamos que desse também na internet, mas com calma, temos de ir com calma. Outra ideia era possibilitar a difusão para telemóvel, mas aí vai um pouco contra a ideia da escola de não ter telemóveis

na escola. Há um contrassenso que ainda não definimos”, expõe. Certo é que as transmissões serão exclusivas nas instalações da recém reformulada Escola EB 2/3 de Caldas das Taipas. Projeto visto como motivação

A Rádio Escola é vista até como um projeto capaz de ser uma motivação para os alunos. “Contamos que este projeto possa envolver os alunos de forma a ser uma motivação para eles. A rádio, a meu ver, poderá ser um bom contributo, por exemplo, em alunos que estão um pouco desmotivados em termos de aulas podem ter na rádio uma motivação. Se eu, por exemplo, lhes pedir para escrever uma notícia na aula de português, é provável que encarem como uma tarefa pouco atrativa, mas a mesma proposta integrada na rádio a motivação poderá já ser maior. A ideia é essa, ter aqui um grupo de vários alunos com diferentes competências para assumir as rédeas do projeto e ao mesmo tempo divertirem-se e ter até mais motivação”, sugere José Castro. Para já, a rádio escola está ainda a dar os primeiros passos, ou melhor, estão a emitir as primeiras ondas hertzianas, mas a convicção é que há vozes motivadas para levantar cada vez mais ondas. “A aceitação está a ser positiva. Temos trazido os alunos aqui à sala na qual a rádio funcionará, para verem o material e a realidade é que ficarem atraídos. A motivação é grande e estamos crentes que o projeto vai para a frente”, atira.


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FREGUESIAS Carnaval em Briteiros é para continuar e para crescer DR

O Carnaval saiu à rua na freguesia de Briteiros São Salvador Santa Leocádia, realizando-se novamente o tradicional cortejo, à semelhança do que tem acontecido nos últimos anos. Organizado pela Casa do

Povo de Biteiros, o cortejo deste ano foi de maior nomeada, até pela ausência de celebrações nas freguesias vizinhas, como aconteceu nas Taipas. Vasco Marques, presidente da

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direção da Casa do Povo Briteiros, traça um balanço positivo do evento. “Nas décadas oitenta e noventa já se celebrou o Carnaval na freguesia. Nos últimos seis anos retomámos essa tradição e começámos outra vez a fazer. Este ano foi o ano mais participado, tivemos doze carros alegóricos e estava muita gente, porque também aqui nas redondezas, nomeadamente nas Taipas, deixou de haver Carnaval. Como não houve as pessoas participaram mais no Carnaval em Briteiros”, explica, referindo igualmente que o Carnaval se realiza graças à vontade das pessoas, que se organizam em vários grupos e até em várias associações. “Não temos uma organização, ou seja,

não fazemos os carros alegóricos. A própria instituição tem o seu, mas depois outras associações participam com os seus carros e adereços”, aponta. As celebrações iniciaram-se junto à Casa do Povo de Briteiros, tendo sido daí que partiu o desfile de doze carros alegóricos para percorrer as principais ruas da freguesia, regressando depois ao ponto de partida. Após o cortejo realizou-se um desfile no interior das instalações da instituição, nomeadamente no salão, no qual foram entregues prémios e lembranças aos participantes. Ao final da tarde decorreu a tradicional queima do Arturinho, que em vez de se realizar à noite acabou por ter

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lugar após os desfiles. A intenção é que estas celebrações, que tiveram o apoio da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia, se mantenham nos próximos anos e, se possível, com crescimento. “O objetivo é nos próximos anos continuar. O feedback que temos tido tem sido ótimo. Todas as pessoas disseram que este foi um dos anos em que correu melhor. Não tivemos sorte com o tempo, mas não correu mal e toda a gente diz que espera que no próximo ano se repita”, atira Vasco Marques.

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Câmara instaura processo de contraordenação a obra junto ao Castro de Sabroso LIMA PEREIRA

A Câmara Municipal de Guimarães instaurou um processo de contraordenação a uma obra que foi efetuada sem licença junto ao Castro de Sabroso, na freguesia de Sande São Lourenço. Em causa está a realização de trabalhos de terraplanagem num terreno privado, exterior à propriedade municipal, mas ainda assim dentro da zona

de proteção definida pela classificação de Sabroso como Monumento Nacional.Isto implica que qualquer trabalho a ser realizado naquela zona obriga a que seja feito um pedido de autorização prévio ao município e, caso esse pedido fosse acedido, os trabalhos teriam de se realizar sempre com a presença de um arqueólogo de forma a

preservar o património do Castro de Sabroso ou outos possíveis achados arqueológicos.O Reflexo contactou a Sociedade Martins Sarmento, que comunicou que tais trabalhos não estão relacionados com a atividade da associação, informando ao mesmo tempo que a situação foi reportada à Câmara Municipal de Guimarães. Junto às terras que foram movimentadas encontra-se uma máquina retroescavadora imóvel há um período considerável de tempo, desconhecendo-se o seu proprietário. A Junta de Freguesia de Sande São Lourenço foi contactada, mas referiu desconhecer o proprietário dos terrenos em causa. A Câmara Municipal de Guimarães confirma que foi instaurado o referido auto de contraordenação. “De acordo com a informação do fiscal desta Câmara, a máquina está avariada e permanece abandonada depois dos trabalhos de remodelação no terreno em causa. Uma vez que tais trabalhos foram efetuados sem licença, foi levantado o respetivo auto de contraordenação em nome da proprietária do terreno e aberto o correspondente processo de fiscalização”, refere o município.

Longos e Briteiros na lista do governo de freguesias com risco elevado de incêndio A União das Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia e a Freguesia de Longos encontram-se no despacho publicado em Diário da República como sendo freguesias “prioritárias para a fiscalização da gestão de combustível” devido ao risco considerado elevado de incêndio. No referido documento da Administração Interna e Ambiente e Ação Climática constam 1124 freguesias de norte a sul do país, pertencentes a 686 concelhos, PUBLICIDADE

sendo que quatro dessas freguesias pertencem a Guimarães, sendo os casos de Gonça e União das Freguesias de Leitões, Oleiros e Figueiredo, a juntar às já referidas freguesias do norte do concelho, Longos e Briteiros. Dado o risco considerado então elevado de incêndio, estas freguesias foram incluídas no lote dos Gabinetes da Secretária de Estado da Administração Interna e do Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das

Florestas e do Ordenamento do Território “para efeitos de fiscalização da gestão de combustível no âmbito da prevenção de incêndios rurais”. Isto implica que nos próximos meses as referidas freguesias serão alvo de um maior escrutínio de fiscalização pelas autoridades competentes no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios (SDFCI).

Junta de Freguesia de Briteiros e Donim melhorou escoamento de águas pluviais

A Junta de Freguesia de Briteiros e Donim realizou no decorrer do mês de fevereiro várias obras na rede de escoamento de águas pluviais, tendo em vista ao melhoramento do escoamento de águas em várias ruas da freguesia. Foi feita a pavimentação das valas na Travessa de Real, na Rua Dr. João Antunes e ainda na Rua 25 de abril, sendo que no primeiro caso, na Travessa de Real, tal intervenção permitiu que a referida rua passasse a ter escoamento de águas pluviais. Vítor Pais, presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros St. Estevão e Donim deu conta ao Reflexo que estas obras se realizaram e vão continuar a realizar para resolver problemas antigos. “Estas obras,

DR

que não são muito visíveis, têm a ver com uma série de problemas que já existem há muitos anos em algumas ruas, em que não existia escoamento de águas. Estamos a tentar resolver aos poucos. Fizemos estas intervenções em situações concretas e muito específicas em que foi feita a colocação de rede de águas pluviais. São obras que normalmente não são muito visíveis, mas resolve-se o problema de pessoas que residem nestes locais, que tinham de lidar com inundações. Agora fica resolvido”, assume. O edil daquela união de freguesias acrescenta que estão programadas mais intervenções do género no decorrer do ano para solucionar problemas idênticos noutros locais da freguesia


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FREGUESIAS Ligação da reta de Toriz à igreja de Ponte será uma realidade ARQUIVO REFLEXO

A Junta de Freguesia já tem em sua posse noventa por cento dos terrenos necessários para avançar com a obra e a Câmara Municipal está a acompanhar o desenrolar do projeto. A oposição considera um erro criar uma rotunda na reta de Toriz e criar este novo arruamento. Texto Bruno José Ferreira

A ligação entre a reta de Toriz e a igreja de Ponte será uma realidade a breve prazo. Uma obra há muito anunciada e debatida no seio da Câmara Municipal de Guimarães, no mínimo

há sete anos, prepara-se para sair do papel, garantiu Domingos Bragança em reunião de câmara. “Esta Avenida Tojais Igreja é um desejo e um querer de há muito dos

pontenses. Temos trabalhado em conjunto com a Junta de Freguesia para que essa avenida seja concretizada. O presidente de Ponte já conseguiu noventa por cento dos terrenos necessários, a

CD Ponte festejou 63.º aniversário

O CD Ponte celebrou no dia 8 de fevereiro o seu 63.º aniversário, reunindo à mesa mais de três centenas de pessoas. Entre os presentes estiveram Sérgio Castro Rocha, presidente da Junta de Freguesia de Ponte, Manuel

Machado, presidente da AF Braga, Miguel Pinto Lisboa, presidente do Vitória SC e Sofia Ferreira, vereadora municipal, entre outros. O presidente do clube, Filipe Oliveira, homenageou os associados que têm 25 ou mais

anos de filiação ao clube. Com o CD Ponte na liderança da Série B da Divisão de Honra da AF Braga, o regresso ao patamar mais elevado do futebol distrital minhoto é o principal desejo formulado pelas gentes de Ponte.

câmara está a acompanhar juntamente com as diversas entidades envolvidas e decidimos que para o projeto a junta fizesse ela o concurso”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Guimarães. A ideia é fazer uma avenida a partir da EN 101 que ligue diretamente essa via à igreja daquela freguesia num novo arruamento construído praticamente em linha reta e que contemplará lugares de estacionamento. A saída para a Avenida Tojais, como consta na agenda do município, será feita através de uma rotunda. A obra está orçada em 21.180 euros, mas foi aprovado um apoio no PUBLICIDADE

valor de 55mil euros que se destina à conclusão do parque de lazer junto ao parque industrial. António Monteiro de Castro, vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, manifestou-se contra a realização desta obra. “É um erro instalar uma rotunda a meio da reta de Toriz. Não foi por acaso que esta obra foi chumbada ao longo dos tempos. Aceitaria esta intervenção, mas com um plano mais desenvolvido e articulado para aquela zona. Não se entende a iniciativa da câmara de entregar esse projeto à junta de freguesia, acho que esse projeto devia ser feito

pela câmara, englobando os terrenos adjacentes à nova avenida”, frisou. Já André Coelho Lima relembrou que em 2013 esta proposta foi rejeitada por Domingos Bragança, e referiu que ao fazer-se esta avenida era evitável ter feito uma intervenção profunda na Rua Reitor Joaquim Augusto Maciel Ribeiro Torres. “Aquele milhão e duzentos mil euros que foi gasto entre a rotunda e a igreja não se tinham gasto. Aquilo fez-se como sendo o acesso ao centro da vila. Se a ideia era fazer este não se tinha gasto dinheiro no passado”, disse


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coisas de antanho

Caldas das Taipas a (des)propósito XXX

IIIº Encontro Mundial das Capitais da Cutelaria

por Carlos Marques

Nos dias 11, 12 e 13 de Junho do ano em curso de 2020 vão-se encontrar em Albacete, todas as Capitais da Cutelaria de cada país, no seu IIIº Encontro Mundial.

Associação Nacional dos Industriais de Cutelarias, sempre esteve sedeado em Guimarães, com a maioria dos seus associados, as empresas serem de Caldas das Taipas.

A finalidade da celebração bianual do Encontro Mundial das Capitais da Cutelaria, é reunir as localidades, que estão ao longo da história vinculadas à actividade cutileira. Com reuniões, conferências, debates, feira, entrevistas, visitas turísticas e diferentes actividades culturais organizadas em torno do evento de caracter internacional com o objectivo de estreitar laços entre as localidades cuja tradição, história e indústria estão ligados à produção da cutelaria industrial e artesanal. Em paralelo Albacete acolhe a Convenção para criar oportunidades comerciais de negócios entre empresas, fornecedores e clientes do mundo inteiro.

A título de exemplo, e, dum estudo mandado elaborar por Despacho de 8 de Novembro de 1960,do então Ministro da Economia José do Nascimento Ferreira Dias Júnior, deu lugar a um Plano conducente à Reorganização da Indústria de Cutelaria, já neste trabalho esteve contemplada além das cutelarias de mesa e de cozinha, também o fabrico de tesouras, canivetes e navalhas, bem como e ainda a cutelaria agrícola e cirúrgica.

O Presidente da Câmara de Albacete, da vizinha Espanha está a convidar os responsáveis autárquicos, Presidente da Junta de Freguesia de Caldas das Taipas e o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães para que se façam representar naquele Encontro Mundial, onde também se realizará a primeira reunião de trabalho dos Museus de Cutelaria mundiais, com vista à elaboração de futuros projectos em prole da difusão e conservação do património cutileiro.

Ora em Portugal quem ostenta esse título é Caldas das Taipas, onde estão sedeadas e instaladas as fábricas de cutelaria, e, em bom tempo, comandados pelo ex-presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Constantino Veiga, a freguesia de Caldelas tratou do registo da sua localidade no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, por isso, passou além de capital da cutelaria de facto a sê-lo também por direito administrativo.

Para demonstração de que somos a Capital da Cutelaria, deixo aqui alguns dados de referência, que conto ultimar no próximo mês, assim: Foi nas Caldas das Taipas que se constituiu no ano de 1936 o Sindicato Nacional dos Garfeiros, na freguesia de São Martinho de Sande. O Grémio Nacional dos Industriais de Cutelarias, depois

Assim neste Plano, publicada no Boletim da Direcção Geral dos Serviços Industriais Volume 13, Suplemento nº 627 em 4 de Janeiro de 1961, constata-se a existência de 77 empresas do concelho de Guimarães essencialmente nas freguesias de Caldas das Taipas com o Rendimento de 2.207.783$00; 1 em Fafe com o Rendimento de 4.016$00; 1 no Porto com o Rendimento de 361.236$00; 1 em Coimbra com o Rendimento de 4.702$00; 1 em Mangualde com o Rendimento de 41.517$00; 4 em Alcobaça com o Rendimento de 101.078$00; 5 em Caldas da Rainha com o Rendimento de 60.578$00; 2 no Cadaval com o Rendimento de 5.323$00; e 2 no Sobral do Monte Agraço com o Rendimento de 13.765$00. Caldas das Taipas, no dia bissexto do ano de 2020

OUVIR

Rodrigo Leão O Método (BMG Music)

Agora percebemos, quando ouvíamos "As Ilhas dos Açores", tema do disco Existir, o segundo dos Madredeus, que Rodrigo Leão estaria já nessa altura a desenhar o trajeto autoral. Aliás, passados três anos desde "Existir", em 1993, Rodrigo Leão lança o seu primeiro disco a solo "Ave Mundi Luminar". Ao ouvir o último disco do compositor, que foi também membro dos Sé-

tima Legião, é impossível não fazer esta retrospetiva e voltar a "As Ilhas dos Açores" ou até mesmo até "Ascensão", de 1989. Com um grande aprimoramento ao nível da produção, o que é percetível do ponto de vista do som dos 12 temas, o disco conta com participações de Federico Albanese, compositor italiano e de Casper Clausen, dos dinamarqueses Efterklang.

Texto Paulo Dumas

VER

Jojo Rabbit de Taika Waititi (2019), com Roman Griffin Davis, Thomasin McKenzie, Scarlett Johansson 108 min M/12

Alemanha, Segunda Guerra Mundial: Jojo (Roman Griffin Davis) é um jovem nazi de 10 anos, que tem Adolf Hitler (Taika Waititi) como um amigo imaginário.

Um dia, Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está a esconder uma judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa, a quem tenta expulsar.

Este filme será exibido pela programação do Cineclube de Guimarães no dia 15 de março, pelas 21h45, no Centro Cultural Vila Flor

saiba mais sobre estas sugestões em www.reflexodigital.com


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DESPORTO

Molinhas apuram onze atletas para o Campeonato do Mundo do Canadá BRUNO FERREIRA

Jornada de apuramento decorreu na Escola Básica das Taipas. De um total de 27 vagas para portugueses, dezanove pertencem ao clube taipense. Dificuldades financeiras limitaram a participação quer no apuramento quer a presença efetiva no Campeonato do Mundo.Texto Bruno José Ferreira O polivalente da Escola Básica das Taipas foi palco de uma jornada de apuramento para o Campeonato do Mundo de Rope Skipping, que se realiza na cidade de Otávia, no Canadá, entre os dias 6 e 12 de julho. Esta jornada de apuramento teve como principal entidade organizadora a Associação Portuguesa de Rope Skipping, em colaboração com o Clube de Rope Skipping das Taipas. Marisa Ribeiro, elemento da direção da Associação Portuguesa de Rope Skipping, explicou, em traços gerais, em que consistiu este evento. “Fazemos participações em eventos internacionais, nomeadamente campeonatos do mundo, sendo que a edição deste ano realiza-se no Canadá. Nesse PUBLICIDADE

seguimento, este evento tem o propósito de apurar os atletas que vão representar a Seleção Nacional de Rope Skipping a nível individual nos escalões júnior e sénior”, referiu. Apesar de se tratar de um evento a nível nacional, dedicado a todos os atletas da modalidade, apenas se fizeram representar três clubes, dois de Braga e o emblema taipense. Ao todo estiveram em competição quatro dezenas de atletas, um número também ele reduzido se levarmos em linha de conta apuramentos anteriores. A organização aponta os custos elevados de participação no Campeonato do Mundo como um entrava para que se registassem mais participações. “O evento correu dentro do normal, mas a

realidade é que este ano tivemos um número muito mais reduzido de participantes comparativamente com outros anos, muito possivelmente devido ao aumento de valores de inscrição, que aumentaram consideravelmente. Ou seja, não há uma falta de participação por falta de interesse, mas sim por falta de possibilidade para ir. Vários atletas do Sul doi país, e mesmo de Lisboa, optaram por não vir a este apuramento porque possivelmente os clubes não têm depois possibilidades de os levar ao Campeonato do Mundo”, frisou Marisa Ribeiro. Falta de verbas condiciona participação A nível competitivo “os resultados foram bons” para Os Molinhas,

na opinião de Sandra Freitas, principal responsável pelo clube. Entre vagas individuais, dezanove são membros do clube. Ao todo apuraram-se nove atletas, sendo que alguns repetem apuramentos em várias categorias, como é o caso de Ana Rodrigues, que no escalão de séniores se apurou em quatro variantes distintas da modalidade de Rope Skipping. Contudo, e de acordo com o cenário traçado pela Associação Portuguesa de Rope Skipping, nem todos os atletas ocuparão a vaga conquistada. “É certo que nem todos os atletas apurados vão participar, porque a questão monetária está a ter um peso muito grande na decisão da participação. Este ano os números são mais elevados do que em anos anteriores e, portanto, como os apoios são reduzidos são os atletas a suportar praticamente todas as despesas”, assegura Sandra Freitas em declarações ao Reflexo. No apoio às associações desportivas do concelho consta uma verba atribuída pela Câmara Municipal de Guimarães ao Clube de Rope Skipping das Taipas, destinado exclusivamente à participação em provas internacionais, neste caso no Campeonato do Mundo que se vai realizar no Canadá. Apesar de o município ter aumentado esse valor, cifrado em 3mil euros, trata-se de uma verba essencialmente simbólica e um reconhecimento. “A Câmara Municipal aumentou o valor, o que significa que podemos distribuir um pouco mais pelos atletas. A tomada de decisão dos pais relativamente à participação dos atletas, contudo, não se vai alterar, mas aqueles que já tinham tomado a decisão de que, sendo apurados iam, vão ver o seu apoio ser maior. É o reconhecimento do esforço que o clube e os atletas têm vindo a fazer ao longo do tempo”, disse Sandra Freitas.

Paulo Lima bateu record europeu Mesmo tendo em conta parca participação de atletas, esta jornada de apuramento para o Campeonato do Mundo viu Paulo Lima estabelecer um novo máximo europeu de saltos na prova de velocidade, conseguindo 105 saltos em meio minuto. “O anterior record já lhe pertencia, estava em 103 saltos, nesta prova conseguiu superar e contabilizou 105 saltos. Temos a filmagem e vamos tentar efetivar esse record”, revela Sandra Freitas. Em relação à participação no Campeonato do Mundo, as expetativas centram-se na vertente coletiva, cujo apuramento ainda se vai realizar. “Este foi o apuramento individual, ainda vai haver um apuramento por equipas. As nossas expetativas são sempre um pouco mais altas a nível e equipas, sabemos que o nosso valor é maior por equipas porque temos um conjunto de quatro atletas equilibrados em velocidade, o que é difícil uma equipa conseguir reunir”, aponta. ATLETAS APURADOS MOLINHAS

Seniores Masculinos Fernando Ferreira Paulo Lima David Silva João Vieira Diogo Magalhães Seniores Femininas Letícia Fonseca Ana Rodrigues Júniores Masculinos David Lemos Júniores Femininas Maria Ribeiro Leonor Araújo Letícia Neves


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Carlos Marques Seguros Cup juntou 350 crianças no Montinho BRUNO FERREIRA

A terça-feira de Carnaval foi de festa no Montinho com a realização da primeira edição do torneio Carlos Marques Seguros Cup, um evento que ao todo levou cerca de um milhar de pessoas às instalações do CC Taipas. Texto Bruno José Ferreira Concebido para crianças com nove e dez anos de idade, este torneio contou com a presença de sensivelmente 350 praticantes de palmo e meio, que se dividiram pelo relvado sintético e pelo relvado natural do Montinho, tendo disputado mais de meia centena de jogos entre as 9horas e as 18horas. No plano desportivo os vencedores acabaram por ser o Sporting no escalão Benjamins B, batendo o Salgueiral SARC por quatro bolas as três nas grandes penalidades, PUBLICIDADE

após um empate a quatro golos no tempo regulamentar da final. No escalão Benjamins A o Famalicão foi o vencedor, derrotando a equipa da casa, o Taipas, por quatro bolas a zero na final. Após as finais decorreu a cerimónia de entrega de prémios, que contou com a presença de Vanessa Marques, atleta de futebol feminino do SC Braga natural de Caldas das Taipas. Tiago Rodrigues, presidente do CC Taipas, traça um balanço positivo da organização do evento. “Esta

foi a primeira edição do Carlos Marques Seguros Cup, correu tudo dentro do que estava planeado. A ideia era que os miúdos pudessem jogar, divertir-se e passar um dia em festa; penso que isso foi conseguido”, refere em declarações ao Reflexo. O líder máximo do clube taipense destaca que a organização da edição 2020 do Carlos Marques Seguros Cup exigiu uma logística considerável. “Foi um torneio que contou com cerca de 350 atletas de um total de 24 equipas de quinze

clubes diferentes. Trata-se de uma organização que exige uma logística considerável e com bastante dinâmica”, frisa. Em relação ao futuro, a realização deste torneio estará sempre dependente de quem estiver na direção do clube, isto porque serão realizadas eleições no final da temporada desportiva. “Vamos ter eleições no final da época, mas penso que independentemente de quem cá esteja acho que são iniciativas a manter e, se calhar, até melhorar”, aponta, informando ainda que o clube está a preparar eventos de maior envergadura para o final da época, com mais equipas e mais atletas a participar. Carlos Marques, principal patrocinador do torneio, reforçou a responsabilidade social inerente que a organização deste tipo de

eventos implica. “Foi-nos pedido para ajudar na organização de um torneio inter-escolinhas de futebol de 7, e, nós, por tratar-se do clube da nossa terra, não hesitamos. Fizemo-lo no âmbito da nossa responsabilidade social, quisemos estar solidários com esta organização que envolve dirigentes, seccionistas, técnicos, árbitros, avós, pais, jovens, e os cerca de 350 atletas de 8 e 9 ano de idade que aqui estiveram durante todo o dia, a fazer aquilo de que também gostam que é jogar futebol, em grupo, e, ao mesmo tempo a criar relações de respeitabilidade com todos. Um bem-haja aos cerca de 1 milhar de pessoas que passaram pelo Campo do Montinho, que é onde temos as nossas raízes”, atira.

CLASSIFICAÇÕES Benjamins A – 2009 1º: FC Famalicão 2º: CC Taipas 3º: Brito SC 4º: FC Felgueiras 5º: AD Fafe 6º: Salgueiral SARC 7º: Barco Academia 8º: Os Sandinenses 9º: CD Ponte 10º: GDU Torcatense 11º: CC Taipas B 12º: Panteras de Matamá

Benjamins B – 2010 1º: Núcleo Braga SC Portugal 2º: Salgueiral SARC 3º: Arões SC 4º: CC Taipas 5º: Brito SC 6º: FC Famalicão 7º: CD Ponte 8º: Vitória SC 9º: Amigos Urgeses 10º: GDU Torcatense 11º: AD Fafe 12º: Os Sandinenses


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Março de 2020

reflexo

#285

DESPORTO

CC Taipas bate Torcatense e perde artilheiro de serviço DIREITOS RESERVADOS

PRÉMIO

Clube de Caçadores das Taipas

CRAQUE 2019-2020

Cumpridas 25 jornadas, mantem-se a a disptãncia pontual (11)para o topo da tabela classificativa. Uma distãncia praticamente irrecuperável nas nove partidas que ainda faltam disputar. restará aos taipenses lutar pelo sugundo lugar que poderá ainda dar acesso a divisão superior, bem como, à participação na Taça de Portugal. Tudo isto numa altura em que o melhor marcador da equipa, André Martins, abandona o Clube rumo ao Campeonato de Portugal. Texto Miguel Ribeiro

3-0

4-0 CC TAIPAS

PRADO

PORTO d'AVE

3-1 CC TAIPAS

CC TAIPAS

TORCATENSE

Jornada 23 - 09 de fevereiro de 2020

Jornada 24 - 16 de fevereiro de 2020

Jornada 25 - 23 de fevereiro de 2020

Vindo de duas derrotas consecutivas, uma delas frente a um adversário praticamente condenado a descer de divisão, o Taipas voltou ao Montinho e às boas exibições, vencendo o Prado por 4-0. Foram 90 minutos totalmente dominados pela equipa de José Augusto. Destaque mais uma vez nesta partida para André Martins que, com um hat-trick, assumiu a liderança dos melhores marcadores do campeonato com 22 golos em 24 jogos. O primeiro golo da tarde, apareceu aos 16 minutos. André Martins fez o primeiro da tarde. Em cima da meia hora, Ritchi no primeiro jogo com a camisola do Taipas, fez o 2-0. Nos minutos finais, André Martins completou o hat-trick com golos aos 84 e 92 minutos.

Tal como na última deslocação, o Taipas defrontou uma equipa em grandes dificuldades para se manter no Pró-Nacional. Uma exibição aquém das expectativas e um golo sofrido muito cedo, fizeram com que o Taipas saísse derrotada por 3-0. O Porto d’Ave, que encarou esta partida como crucial para alimentar esperança de se manter nesta divisão, abriu o marcador logo aos 3 minutos. Golo de Vítor Antunes. Os taipenses ainda procuraram reagir mas, em cima do intervalo, o Porto d’Ave fez o 2-0, numa grande penalidade convertida por Vieirinha. Na segunda parte, a equipa da casa confirmou o triunfo. Entrou aos 65 minutos, Ricardo Cruz, que já jogou no Taipas, e fez o 3-0.

De volta ao Montinho, o Taipas recebeu o Torcatense num derby concelhio. Uma exibição muito positiva na primeira parte permitiu aos taipenses alcançar uma vantagem de 3 golos que foram geridos no segundo tempo. O primeiro golo apareceu aos 20 minutos, numa jogada de insistência, Best finalizou à boca da baliza. Aos 33 minutos, André Gémeo, aumentou a vantagem dos taipenses para 2-0. Em cima do intervalo, aos 41 minutos, André Martins, depois de uma jornada sem marcar, voltou aos golos fazendo o seu 23º na temporada. Na segunda parte o Torcatense apareceu mais na área taipense mas, o melhor que conseguiu foi reduzir para 3-1, golo de Agostinho, no minuto 68.

#

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º

Filipe Gusmão isolado na liderança

...

Nome

Pts

Filipe Gusmão Luís Rodrigues Basílio Joel Neto Best André Gémeo André Buraco Jota Nuno Almeida Tiago Vieira João Ribeiro Tácio Vinícius Matheus Kymen Bebé Diogo Melo Ritchi Jony João Sousa

73 70 60 59 57 55 51 48 46 39 39 14 13 10 10 8 5 3 3

Classificação Campeonato Pro-nacional - AF Braga - 2019-2020 # 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

CLUBE Pevidém Brito Vilaverdense Taipas Forjães Joane Ribeirão Torcatense Arões Prado Vieira Santa Eulália Dumiense Santa Maria S. Paio d'Arcos Porto d'Ave Cabreiros Serzedelo

P

J

V

E

D

GM

GS

57 51 51 46 42 37 34 33 33 32 31 31 31 28 25 23 20 15

25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

18 15 15 14 12 10 8 9 9 9 7 9 8 7 6 6 5 3

3 6 6 4 6 7 10 6 6 5 10 4 7 7 7 5 5 6

4 4 4 7 7 8 7 10 10 11 8 12 10 11 12 14 15 16

45 30 43 43 39 35 34 34 36 30 40 28 24 28 30 23 21 19

16 17 22 28 28 28 25 38 44 37 38 38 23 36 41 32 36 55

André Martins deixa o CC Taipas e muda-se para o Real Massamá O avançado André Martins, principal referência do CC Taipas na presente temporada, chegou a acordo com o clube para rescindir o respetivo contrato, mudando-se de imediato para o Real Massamá, emblema do Campeonato de Portugal. Melhor marcador do Pró

Nacional da AF Braga com 24 golos marcados, André Martins constitui uma baixa de peso no plantel taipense. Em comunicado o CC Taipas explica que o atleta vinha há muito a ser aliciado por clubes do Campeonato de Portugal, demovendo-o sempre de sair.

Atendendo a que a proposta feita pelo Real de Massamá se tratou de “uma oportunidade ímpar para a sua carreira”, o CC Taipas libertou o atleta para se comprometer com o seu novo clube. Com esta transferência o CC Taipas garantiu uma compensação

financeira, informa em comunicado. André Martins fez o último jogo pelo CC Taipas no domingo, apontando um dos golos com que o Taipas venceu o Torcatense por três bolas a uma. André Martins deixou um comentário de despedida. “Obrigado

ao C. C. Taipas pela oportunidade que me deu, e por sempre ter acreditado nas minhas capacidades como jogador. Agradeço e muito à equipa técnica e ao fantástico grupo que encontrei; sem vocês nada seria possível. Levo comigo todos os bons momentos”, escreveu.


Março de 2020

#285

reflexo

25

CART dununcia “atropelos ao hóquei em patins” MANUEL SILVA

Lara Freitas e Leonor Ribeiro chamadas à seleção regional

O CART (Centro de Atividades Recreativas Taipense) emitiu no passado dia 14 de fevereiro um comunicado dando nota daquilo que considera ser “verdadeiros atropelos para o hóquei em patins”, denunciando ações que “arrastam a modalidade para o descrédito total”. Em causa está o protesto de um jogo frente ao CRPF Lavra, por alegado erro técnico do árbitro do encontro. Esse recurso não surtiu efeito e, por achar que essa decisão “contraria os artigos em vigor das regras de jogo”, o CART recorreu

para o Conselho de Disciplina, estando há sensivelmente dois meses a aguardar por uma resposta. No jogo entre o CART e o CD Póvoa, disputado a 26 de janeiro último, o clube taipense entende que houve novo erro técnico em seu prejuízo, decidindo, no entanto, não protestar esse encontro por considerar que “protestar é apenas sinónimo de mais despesa para o clube”. Acontece que o mesmo árbitro do jogo com o CD Póvoa, Miguel Torres, apenas quinze dias volvidos voltou a ajuizar um encontro

do CART, frente ao ED Viana, facto que o CART considera “falta de bom senso ou simplesmente retaliação” por parte do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Patinagem. Desse jogo com o ED Viana o CART queixa-se da penalização de jogadores seus com cartões azuis e ainda, da “cereja no topo do bolo” com a expulsão do treinador Orlando Ribeiro. “Isto é revelador da forma como as coisas funcionam na nossa modalidade”, aponta o CART.

Primeira participação em competições de show com lugar de pódio DR

A Academia de Patinagem Artística do CART fez a sua estreia em competições de Show no passado dia 23 de fevereiro, numa prova realizada em Leiria, organizada pela associação de patinagem local, com a colaboração da Associação Desportiva Recreativa Cultural Vidigalense. O CART fez-se representar em competição na categoria de Quartetos Cadetes com uma formação

composta pelas patinadoras Carolina Costa, Eva Cunha, Francisca Silva e Magda Gonçalves. A estreia não podia ter sido mais auspiciosa. Na sua primeira participação neste tipo de competição, o quarteto taipense obteve um prestigiante 3º lugar. Esta formação preparou o esquema para a participação neste show, com o nome “Do You Remember Me?”, durante um período de um mês. Nas cogitações dos responsáveis técnicos do CART está a formação de um novo quarteto, com atletas mais novas, sendo praticamente certo que, em cadetes, a próxima competição se venha a realizar em Vigo, durante o mês de abril. De resto, o CART acabou de reforçar a sua equipa técnica de patinagem artística com Rodrigo Viegas, patinador que conta no seu currículo com um 3.º Lugar no Campeonato do Mundo de Quartetos em 2019 - Say Yes, bem como, o título de Bicampeão Nacional de Pares Artísticos e um total de cerca de 30 lugares em pódios nas diferentes competições em que esteve envolvido. Os próximos tempos da secção de patinagem do CART serão dedicados a alargar horizontes na modalidade, marcando presença nas provas promovidas pela Associação de Patinagem do Minho, assim como, de outras associações congéneres.

As atletas de voleibol do CART Lara Freitas e Leonor Ribeiro foram convocadas para representar a Seleção Regional da Associação de Voleibol de Braga / Viana do Castelo – Minho, que disputou o Torneio Internacional das Camélias, nos passados dias 23, 24 e 25 de fevereiro, em Celorico de Basto.

DR

Lara Freitas e Leonor Ribeiro fizeram parte de um lote de dezasseis jogadoras que chegaram à final do referido torneio, tendo sido batidas por 3-1, pela Federação Galega de Voleibol. A seleção da Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve também participou neste evento.

Luta pela manutenção continua Com 13 jornadas cumpridas, a principal formação do Clube de Ténis de Mesa das Taipas, continua a sua batalha pela manutenção na 2ª divisão nacional. Os taipenses estão no penúltimo posto da tabela classificativa, com 17 pontos somados, menos 3 que o Neves que conta com uma partida a menos. Uma tarefa que se prevê de

muita dificuldade mas que não é, de todo, impossível. Pelo Campeonato Regional, a formação "B" taipense, tem realizado um campeonato muito interessante. Nas 11 partidas realizadas já somou 4 vitórias, estando a meio da tabela classificativa, com 19 pontos somados.

Seniores - Campeonato Nacional 2ª Divisão - Norte - 2019-2020 Data 28-09-19 12-10-19 26-10-19 09-11-19 23-11-19 30-11-19 07-12-19 14-12-19 21-12-19

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9

RES. Clubes 4-1 CRC Neves CTM Taipas 1-4 CTM Taipas Guilhabreu “B” 2-4 Bairro MisericB CTM Taipas 2-4 CTM Taipas ATM Pousada 4-0 São Cosme CTM Taipas 1-4 CTM Taipas São Cibrão 4-1 CTM Lousada CTM Taipas 2-4 CTM Taipas Jorge Antunes 1-4 CTM Taipas NCR Valongo

Res. J 4-1 10 0-4 11 0-4 12 1-4 13 14 15 16 17 18

Data 18-01-20 01-02-20 08-02-20 22-02-20 07-03-20 14-03-20 04-04-20 18-04-20 25-04-20

Seniores - Campeonato Distrital ATM Braga - 2019-2020 Data 18-10-19 25-10-19 01-11-19 15-11-19 22-11-19 06-12-19 20-12-19 03-01-20 17-01-20

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9

RES. Clubes 4-1 A2Didáxis CTM Taipas "B" 1-4 Bairro MisericC. CTM Taipas “B” 0-4 CTM Taipas "B" GD Navais 1-4 Vitória SC "B" CTM Taipas "B" 4-1 CTM Taipas "B" ADJ Antunes B 4-0 CP Alvito "B" CTM Taipas "B" 4-3 CTM Taipas "B" ATM PousadaB 4-2 Bairro MisericB CTM Taipas "B" 4-2 ADJ Antunes C CTM Taipas "B"

Res. 4-0 4-3

J 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Data 24-01-20 31-01-20 21-02-20 28-02-20 06-03-20 13-03-20 20-03-20 03-04-20 17-04-20


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Março de 2020

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Aurora de Oliveira Couto

No dia 8 de Fevereiro, no Hospital Senhora da Oliveira Guimarães, faleceu a Sr.ª Aurora de Oliveira Couto, com 65 anos de idade, solteira, residente que foi na Rua da Casca, Ponte, Guimarães. A missa de corpo presente foi celebrada na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

José Marques da Silva

No dia 24 de Fevereiro, faleceu o Sr. José Marques da Silva, com 54 anos de idade, solteiro, residente que foi na Rua do Salgueiral, Sande (Vila Nova), Guimarães. A missa de corpo presente foi celebrada na Capela de São José de Campelos, indo depois a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.

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