Reflexo #289 2020-07

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Julho de 2020 / Ano XXVII / #289

Publicação Mensal

Diretor Alfredo Oliveira

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Fernando Cunha esteve na origem do Sporting Clube Taipense, fundado no dia 20 de maio de 1994

ENTREVISTA

pp. 4 e 5

Ensino à distância, nas escolas das Taipas, passou no exame, mas não é a mesma coisa pp. 10 a 12

80 anos de elevação a vila de Caldas das Taipas

Praia Seca e Parque Canino com novos regulamentos

José Maia sai da Turitermas e entra Sofia Ferreira

Grupo Desportivo Santo Estêvão retoma atividade desportiva

Data foi assinalada com mensagens, vídeos e o auto de consignação da requalificação do Antigo Mercado.

Assembleia de Freguesia aprova as normas de utilização destes dois espaços.

José Maia sai da cooperativa por questões profissionais e avança a vereadora do Turismo.

20 de junho de 2020 fica na história do clube como o dia da reativação da atividade desportiva.

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pp. 20 e 21

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CASA DE PARTIDA

SOBE EDITORIAL Alfredo Oliveira

Mais um ano, mais um ranking Ponto prévio, apesar de toda a complexidade que envolve a análise dos dados dos exames nacionais, somos favoráveis à sua publicação. Naturalmente, todas as escolas acabam por dar mais ou menos ênfase aos mesmos, dependendo dos resultados alcançados. As próprias escolas e os seus docentes vivem num certo dilema, pois a legislação caminha num sentido e os exames caminham noutro. Simplificando, a legislação defende o desenvolvimento das competências dos alunos e os exames nacionais pretendem avaliar os conhecimentos. Entre o não deixar ficar nenhum aluno para trás e o permitir “levar” todos os alunos a exame pode significar uma quebra de posição no ranking mais visível, aquele com mais repercussão na comunicação social e na sociedade, que é o da média das classificações. No entanto, existe um outro, “o ranking do sucesso”, que, no fundo, nos permite saber quais as escolas que mais contribuíram para melhorar o desempenho dos seus alunos, durante o seu percurso escolar. Neste ranking, por exemplo, a secundária da vila deixa o último posto das escolas públicas de Guimarães e passa para primeiro lugar. A básica passa de ser a 4ª melhor escola de Guimarães em termos de média e passa para o 2º lugar, das 14 escolas públicas do concelho. Naturalmente, o ideal seria ocupar os primeiros lugares em termos de médias e em termos de sucesso do percurso escolar. O nosso entrevistado desta edição, Fernando Cunha, é detentor de uma das casas mais antigas de Caldas das Taipas, a Ourivesaria Central, com mais de 70 anos. Deu o “salto” para França aos 18 anos e regressou à vila em 1984, envolvendo-se na política partidária. Filiado no PS, esteve do lado de Francisco Teixeira, estando do outro lado António Magalhães. A nível do associativismo, esteve ligado ao aparecimento do Sporting Clube Taipense, clube de futebol de salão que foi fundado a 20 de maio de 1994. Quanto à vila de Caldas das Taipas, “não a troca por nada”.

reflexo O Norte de Guimarães

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Alargamento do parque de lazer

S. Pedro não resistiu ao Covid 19

Finalmente está em As segundas festas pocurso o prolongamento do pulares de maior dimensão parque de lazer até à Praia concelhia não resistiram à Seca. As máquinas estão no pandemia provocada pelo terreno e aquilo que é uma Covid 19. das pretensões maiores dos Nesta altura, sem coutentes desta área ribeirivid19, estaríamos a proceder nha, a curto prazo, será uma a um balanço dessas festas e realidade. estaria publicado no jornal Apesar de estar a aconque milhares de pessoas tecer na margem direita do assistiram aos concertos de rio, do lado de Ponte, é algo música popular, das bandas que se deve enaltecer, todos de música e ao seu fogo agradecemos. ribeirinho da segunda-feira. Agora, é Caldas das A vida continua, é certo, Taipas avançar com projeto mas não tem sido a mesma idêntico e prolongar tamcoisa. bém o seu parque de lazer até aos Moinhos d´Além.

DESCE

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 289/ Julho de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha e Bruno José Ferreira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@ reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


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ENTREVISTA Fernando Cunha

"Quando a Lameira jogava, o ringue enchia e o resto tremia" REFLEXO

de formar um núcleo do Partido Socialista. Assim foi, juntamo-nos, eu já tinha os meus conhecimentos na câmara e em várias instâncias, bons conhecimentos, tivemos uma reunião com eles, o presidente da câmara era socialista, e arranjou-nos instalações para reunir quando fosse necessário. E assim foi criámos o Núcleo do Partido Socialista em Tourcoing. Quem nos apoiou muito foi o Dr. Rui Martins, secretário-geral para a Europa, e Embaixador de Portugal.

Fernando Cunha nasceu nas Taipas, a 24 de maio de 1951, na Praça Dr. João Antunes Guimarães, no local onde ainda hoje reside e tem o seu estabelecimento comercial há, seguramente, “mais de 70 anos”. Filho de José da Cunha e Elvira Ferreira Marques, tem uma irmã, Maria da Cunha, e foi nas Taipas que cresceu até à idade da “emancipação”, como refere, altura em que rumou “a salto” para França. Foi aí que se envolveu na vida sindical e mais tarde na política. Entrevista Manuel António Silva com Bruno José Ferreira Casou em França com Deolinda Fernandes da Silva, que conheceu numa das suas vindas a Portugal. Dessa união resultaram os dois filhos, José Henrique Cunha e Fernando Henrique Cunha. No regresso a Portugal, em 1984, tomou conta do negócio de relojoaria – a Ourivesaria Central - que teve origem com o seu avô materno e mais tarde, seguido pelos seus pais. No seu percurso de vida, ajudou ainda a fundar o Sporting Clube taipense IMIGRANTE EM FRANÇA

Como se deu a sua ida para França? Aos dezoito anos pedi ao meu pai para me emancipar. Fui para França, pela fronteira da Bélgica, para Clermont Ferrand. Tinha lá uma tia mas, como fui sempre uma pessoa autónoma, saí de lá e

outros colegas daqui das Taipas e fomos para um apartamento, em Tourcoing. Ia e vinha constantemente, ainda era solteiro, e depois conhecia aqui a minha mulher, ela também foi, e casámos em França. Passado um ano nasceu o meu filho mais velho, o José Henrique. Passados uns cinco ou seis anos passei a dedicar-me ao sindicalismo. Foi numa situação legal para França? Não. Fui a salto. A primeira vez fui preso, logo em Guimarães. O taxista recusou-se a fazer o serviço e, ainda por cima, acusou-nos. Abortou ali. Fomos presos. Viemos embora, com ameaças, mas voltei a tentar. À segunda voltou-nos a aparecer a polícia, em Chaves. Aí conversaram e deixaram-nos ir. Cheguei lá em 1969 e, em 1972, casei.

A VIDA POLÍTICA

Como surgiu o gosto pelo sindicalismo? Por volta do ano 1977 entrei para a CGTP francesa, que é de tendência comunista, mesmo eu sempre tendo sido socialista. Mas, sempre adorei defender as causas justas. Comecei por baixo, como delegado da empresa. Acharam que tinha qualidades e nomearam-me delegado sindical. Comecei por aí até que me convidaram para fazer parte da estrutura local. Era o sindicato têxtil de uma fábrica de tapetes. Aceitei. Fui para secretário adjunto. No fim desse mandato, os mais velhos convidaram-me para me candidatar. Aceitei, na condição de um meu colega ir comigo, como tesoureiro. O que foi aceite e, então, apresentei uma lista. Era uma cidade mais ou menos como Guimarães, já de dimensão

considerável. Tomámos conta daquilo, tinha um adjunto francês. O bichinho da política nasce aí? Eu era contra a política misturada com o sindicalismo. Aperceberam-se que eu era socialista, algo que eu nunca tinha manifestado, numa altura em que o Partido Comunista Francês quis intervir numa fábrica que estava ocupada. Os trabalhadores decidiram, por voto, ocupar a fábrica para fazer o patrão ceder às exigências. Queriam que uma das pessoas mais representativas do Partido Comunista no norte do país fosse lá falar. Eu disse que enquanto fosse secretário do têxtil não admitia que se misturasse política com sindicalismo, fosse qual fosse o partido. A partir daí o meu trajeto começou a ser sinuoso, até que abandonei. Senti que não podia fazer o meu trabalho como devia ser, talvez em 1981. Em 1982 surgiu a ideia

Regressa a Portugal pouco tempo depois… Em 1984, vim embora. Cheguei aqui e comecei logo a envolver-me na questão partidária. Um primo meu, criado com a minha avó, disse-me que tinha de ir a Guimarães para me apresentar ao Dr. [António] Magalhães. A partir daí comecei a frequentar Guimarães mais assiduamente e ele incentivou-me a formar um Núcleo do Partido Socialista aqui nas Taipas. Fui, então, eu que o fundei mais meia dúzia de amigos. Sem eles não podia fazer nada. Rapidamente, ao fim de três ou quatro anos, o maior jantar partidário que havia na zona era no Piteco, do Núcleo das Taipas do PS. Já reuníamos quase todas as freguesias neste núcleo. Daí a sua forte relação forte com Dr. António Magalhães e, posteriormente, com o Dr. Francisco Teixeira? Fortíssima. Há, certamente, coisas que nunca poderei dizer em público que ele nos disse em privado. Isso prova que era uma pessoa que confiava muito em nós. Passados todos estes anos continua a guardar essas coisas… E nunca falarei. Só uma vez é que cheguei a um ponto de rotura, de tal maneira forte, que o pus em tribunal, numa causa que acabamos por ganhar. Disse que a lista alternativa à dele para a Comissão Política do partido tinha roubado as listas do placard na sede. Se fosse só em privado, mas ele disse isso numa entrevista. O Dr. Teixeira era o número um e eu era o segundo contra o Dr. António Magalhães. Tivemos uma grande votação e elegemos muitos representantes. Passados todos estes anos, ainda existe algum tipo de


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"Sou um taipense de gema, mas não daqueles que diz que só é das Taipas quem nasce nas Taipas" relacionamento? Existe relação, mas agora muito pouco com o Dr. Teixeira. Com o Dr. António Magalhães parou definitivamente, com contornos muito radicais. Ponto final, porque o Dr. Magalhães não autorizava que lhe fizessem sombra. Sempre disse que não tinha gente à altura para o combater nas eleições, era o melhor candidato que o PS podia ter. Mas, se alguém levantasse a crista de mais ele cortava. Depois o Dr. Teixeira tinha aspirações e os mais fiéis a ele seguiram-no. Mas, nunca fomos contra o Dr. Magalhães. Nunca o ofendemos. Nunca fomos para a praça pública, nem nunca fizemos trabalho sujo. Dedicamo-nos à oposição dentro do partido. Foi esse acontecimento que marcou o seu afastamento da política, ou continua a acompanhar? Nunca me desfiliei do partido. Traziam-me as cotas, pessoas de quem eu gostava, e eu pagava. Depois essas pessoas deixaram de trazer as cotas e eu arrumei completamente com isso. Nunca me servi de ninguém, servi-me muitas vezes o Dr. Magalhães para outras pessoas que precisavam, mas pessoalmente para mim nunca quis nada. Nenhum meu filho trabalhou lá e não foi por falta de oportunidade. Sempre vi a política dessa forma: fazer o máximo em prol da comunidade. Como acompanha o que se passa localmente nos dias de hoje? Há certas ciosas que comecei a deixar de gostar. Acompanho, leio algumas coisas no Reflexo, que é um bom meio de comunicação, e de resto desliguei-me totalmente. Chegou a apoiar uma candidatura independente (Unidos pelas Taipas) à assembleia de Freguesia de Caldelas, nas autárquicas de 2001, também apoiada por PSD e PP e liderada por Manuel Marques da Silva. Como foi a sua relação com Manuel Marques das Silva? Era um bom homem, apesar de ter uma tendência de direita. Mas era um tipo bastante aberto, era democrático. Interessa é que víamos certas propostas que trazia que nos agradavam, mas não devíamos ser portadores delas em público. Então

decidimos apoiá-lo quando ele se candidatou. OURIVESARIA CENTRAL

Profissionalmente como surge a ourivesaria na sua vida? Antes de regressar de França, em 1984, fiz a proposta aos meus pais para tomar conta da relojoaria. Já tinha esse bichinho porque não queria que uma coisa que o meu avô, João Vieira da Silva, abriu - a relojoaria mais antiga das Taipas - acabasse. Não posso deixar de dizer que esse meu avô teve a primeira camioneta de transportes entre a Póvoa de Lanhoso e o Porto. Depois vendeu-a. Ainda está na posse da empresa João Carlos Soares. O meu avô era Republicano e a cada passo incendiavam-lhe a camioneta. Acabou por vender aquilo e foi para o Brasil. Voltou, alugou o espaço onde hoje ainda existe a Relojoaria Central. Eu aprendi as coisas básicas, mas não executo, não tenho perícia para isso. Foi uma pessoa importante para mim, teve um percurso que me deixa orgulhoso. Por isso, espero não ver aquilo acabar. E o meu filho mais velho parece ter o mesmo vício que eu. Desconfio que não vai deixar fechar aquilo. De todo o comércio de rua das Taipas, se não for a mais antiga, é seguramente uma das mais antigas… É. Tem mais de setenta anos. ASSOCIATVISMO

Foi sempre uma pessoa que se envolveu nas coletividades das Taipas… Sempre gostei e quando não fazia parte apoiava. Gostava imenso de futebol de salão. Nas Taipas havia gente que se interessava muito pelo futebol de salão, como na Lameira, onde havia um bairrismo incrível. Quando a Lameira jogava, o ringue enchia e o resto tremia. Até os árbitros tinham medo. O Arquinho também tinha muito bairrismo mas, de um modo geral, nas Taipas nunca houve muita união. Falei com dois ou três amigos, o Pereira Mendes, o Zé da farmácia e também o Sr. Freitas, que nos cedeu a parte de cima do Café Trajano para fazer a sede do Sporting Clube Taipense, de futebol de salão. (ndr: Sporting Clube Taipense foi fundado a 20 de maio de 1994,

dando personalidade jurídica ao já existente, mas informal, Grupo Desportivo Amigos do Alvite). Na altura não podia dizer, mas agora posso. Sem o Eng. Casalta nada tinha sido possível e ele nunca autorizou que o identificássemos, em termos de publicidade e tudo mais. É bom que as pessoas saibam que o dinheiro não era meu. Sempre que ia ele perguntava de quanto precisávamos?! Pegava nos cheques e dava aos quinhentos contos de cada vez. As pessoas admiravam-se como é que tínhamos bons jogadores. Ao fim de dois anos comecei a ficar saturado, porque há sempre quem venha chatear. Depois disso esteve ligado ao Grupo de Benfeitores das Taipas… Foi uma coisa pequena, mas muito boa. Quem teve essa ideia foi o José Oliveira, que depois convidou meia dúzia de amigos. Havia o único intuito de ver quem precisava das coisas e ajudar. Nessa altura mandava-se muita coisa para o estrangeiro. Foi uma pequena organização, ajudou bastante gente. O meu contributo aí não foi grande. Fez parte de mais algum movimento associativo? Fui várias vezes proposto. Quando criei o futebol de salão, o presidente da altura do Taipas, João Batista Ribeiro, propôs-me para levar o futebol de salão para fazer uma secção no Taipas. Disselhe que havia lá uns fanáticos que nunca iam concordar com isso na vida. Dediquei-me muito ao associativismo em Sande Vila Nova, e ajudei muito, o Centro Social. Cheguei a candidatar-me “contra” um homem a quem era quase impossível ganhar e eu, quase ganhei. Éramos do mesmo partido, éramos amigos, mas eu tinha algumas ideias diferentes. Ele tinha o rancho na mão e venceu. CALDAS DAS TAIPAS

É um taipense de gema? Sou, sem dúvida. Nasci aqui. Sou um taipense de gema, mas não daqueles que diz que só é das Taipas quem nasce nas Taipas. Para mim são todos os que cá moram. Nasci cá e gosto desta terra, não troco por nada. Adoro as Taipas. Adoro o rio, onde aprendi a nadar. Gosto do campo. Gostava de ir ver o Taipas de outros tempos, de grandes jogadores, que se fosse

agora jogavam na 1.ª Divisão. Boas equipas de futebol, bairrismo. O hóquei em patins, um bairrismo enorme, tínhamos um grande jogador, o Zequinha da padaria, que chegou a ir à seleção. Éramos fortes. Os taipenses nisso eram muito fortes, como povo. Um bairrismo mesmo forte. Que se foi perdendo… Foi-se perdendo imensamente. Ainda há algumas pessoas que gostam disto, mas poucos. Se calhar perdi alguns anos bons das Taipas, mas acho que quando vim de França, e digo isto com pena, acho que as Taipas se tornou um pouco egoísta. Acho que não somos muito acolhedores. As pessoas que me desculpem. A forma de estar das Taipas tornou-se um pouco importante de mais. Acham-se superiores e eu não gosto. Gostava mais das Taipas quando não tinha perdido a humildade. Com as termas vinha para aqui muita gente importante. Isso pode ser recuperado? Se as pessoas quiserem, pode. Lembro-me quando era pequeno que a praia tinha barracas, e barcos. No campismo não havia lugar. Vinha para aqui gente importante. Muita gente procurava as termas e havia uma vivência enorme. Foi-se perdendo. Mas, se as pessoas quiserem, podem recuperar-se. Isso, quem tem o poder na mão é que o pode fazer. Não vamos pedir à Junta de Freguesia para fazer isso. A Junta pode, e deve, ser reivindicativa. Muito. Agora, de há uns tempos para cá, mais condições há para isso. Porque são do mesmo partido. Não me venham com coisas! Têm tudo na mão. Não há desculpa. Se não conseguem agora trazer, de novo, toda a beleza à margem do Rio Ave, nunca mais conseguem.

É preciso fazer alguma coisa. Fazer coisas mínimas, sem ser grandes projetos, é urgente. Lembra-me dos barquinhos que havia. Porque é que não há? Quando se vai esperando por obras mais importantes tem de se cuidar do que há. Às vezes deixa pena olhar para a “ponte romana” e vê-la cheia de lixo. As Taipas tem história, registos a nível de fotografia, livros. E tem as pessoas, para serem consultadas. Que perguntem aos mais velhos, os pormenores que não estão nos livros. Têm o queijo e a faca para poder a dar vida a certas coisas. Vai acabar por assistir a uma mudança que vai transformar a vila, a questão da centralidade, as obras que estão previstas para o centro cívico. Do que conhece da obra, com que ideia é que fica? Do que conheço, e do que leio essencialmente no Reflexo, dou a minha opinião. Por muito se queira, há sempre um ponto ou outro que é criticável. Francamente, olho para parte boa. As Taipas merece uma obra desta envergadura. Deixo de parte os pequenos pormenores, de estacionamento, do trânsito, se deve ser de um só sentido por um lado ou por outro, ou o comércio fechado. Vale a pena o sacrifício. As pessoas querem as obras, querem tudo novo, mas não querem fazer um esforço? Têm de fazer o esforço. As pessoas podem ter a certeza que com o tempo vão recuperar, porque a terra torna-se muito mais bonita, mais atrativa, chama mais gente e o comércio vai beneficiar. A vila vai ganhar com isto. Temos de dizer que estamos um pouco parados no tempo. Construíram-se muitos apartamentos, mas o resto não acompanhou. Tudo que é lazer não acompanhou.


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80 anos de elevação a vila sem festa mas com esperança para o futuro REFLEXO

Pandemia inviabilizou realização da sessão solene e a entrega de medalhas honoríficas aos presidentes de junta democraticamente eleitos desde 1975. Data foi assinalada digitalmente com a divulgação de vários vídeos e a assinatura simbólica do auto de consignação da requalificação do Antigo Mercado. Texto Bruno José Ferreira O dia foi diferenciado, não é todos os dias que se celebra 80 anos de elevação a vila, mas em tempos

também eles diferenciados devido à pandemia não houve direito a festa. Por unanimidade os membros da

assembleia de freguesia reconheceram que não estava reunidas condições para a realização da sessão

Mensagens do 19 de junho pública obriga à implementação

Domingos Bragança Presidente da Câmara Municipal de Guimarães

“Parabéns à Vila das Taipas por estes oitenta anos. Uma palavra de reconhecimento a todos aqueles que durante estes oitenta anos promoveram o desenvolvimento da vila das Taipas, atravessada pelo nosso Rio Ave, que sempre se afirmou pelas suas cutelarias e pela sua instância termal. Este trabalho continua e num futuro muito próximo teremos uma grande intervenção urbanística

no centro da vila das Taipas, na sua centralidade, prolongando-se pela Alameda Rosas Guimarães. É este trabalho contínuo, com todas as pessoas das Taipas e com as suas instituições, que faz o orgulho de todos os vimaranenses na sua vila das Taipas”. Sérgio Araújo Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia de Caldelas

“O atual contexto de saúde

de rigorosas medidas de segurança, que dificultam a realização da sessão solene da assembleia de freguesia nos moldes habituais. Por isso, foi tomada, por unanimidade, a difícil decisão de não realizar este ano a sessão solene, adiando por um ano a atribuição das referidas medalhas. Em Caldas das Taipas mora um povo que não é de baixar os braços, um povo resiliente. Devemos ser nós a ignição para a mudança. Caldas das Taipas é muito mais do que uma vila, é as pessoas que nela habitam. Somos uma comunidade com uma cultura vincada”.

Luís Soares Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas

“Estaremos no próximo ano todos juntos para reconhecer o trabalho dos cidadãos que desempenharam o papel de presidente de junta desde 1975 até ao ano de 2017. Temos conseguido acrescentar valor à comunidade com projetos ambientais. Estamos empenhados,

solene nos moldes pretendidos, pelo que os 80 anos da elevação da povoação de Caldas das Taipas a via foi assinalada digitalmente através da divulgação de mensagens nas redes sociais. O principal momento do 19 de junho, data de enorme particularidade para os taipenses, foi a assinatura também ela simbólica, numa cerimónia simples e recatada, do auto de consignação da empreitada de requalificação do Antigo Mercado. Na referida cerimónia, que teve lugar no Antigo Mercado, marcaram presença apenas o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, e o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, assim como do executivo da junta de freguesia e representes da empresa que vai realizar a obra. Na altura da assinatura do auto de consignação da obra do Antigo Mercado, Luís Soares referiu que este passo trata-se de “uma aspiração antiga da comunidade, e que tem o apoio da Câmara Municipal de Guimarães”. O líder máximo da freguesia recordou que “este espaço era utilizado uma vez por ano como espaço de convívio, com muito bons resultados, e no resto do ano

era usado como estaleiro”, apontado depois ao futuro: “pretende ter um espaço dedicado à cultura e à identidade e cultura das Taipas, também um espaço multiusos que poderá servir de auditório e servirá de acolhimento a turistas”. Domingos Bragança frisou que esta é uma parte da reformulação que está projetada para as Taipas. “Esta obra constitui uma legítima ambição da Vila das Taipas. Daqui a um ano estará concluído e daqui a um ano espero que a obra da Alameda Rosas Guimarães possa estar também em conclusão, que também faz parte do conjunto das obras que a câmara tem em curso”, disse. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães referiu que a obra de requalificação do centro da vila, a Avenida da República, “uma obra de grande vulto que terá o prazo de execução de dois anos”, aguarda pelo visto do tribunal de contas para poder também ela arrancar. A perspetivaa é que dentro de um ano seja possível inaugurar este novo espaço, o Antigo Mercado, cuja obra foi adjudicada à empresa Monteiro Queirós, Lda., e tem o custo de sensivelmente 170 mil euros.

este é um dia importante porque é o início da obra de requalificação do Antigo Mercado, um edifício emblemático da história da nossa vila, não sendo possível construir o futuro sem reconhecer o passado. Contamos com os taipenses para o que ainda falta fazer. Neste ano 2020 iniciará a obra de requalificação do centro da vila, uma obra que mudará a face da freguesia”.

possamos ter uma vila moderna e atrativa, onde a transformação do centro cívico terá um papel importante”.

Augusto Mendes Líder da Bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de Caldelas

“A nossa vila é um belo mosaico fruto das suas particularidades e da forma de ser das nossas gentes. Ao comemorar esta efeméride, mais do que olhar para o passado temos de olhar para o futuro. Como uma vila jovem que ainda é, Taipas tem um grande futuro à sua frente, que está a ser construído com todos e para todos. Queremos devolver aos taipenses o que é seu por direito: o rio. Queremos respeitar a memória dos taipenses, com a requalificação do antigo mercado. Um futuro onde

Manuel Ribeiro Líder da Bancada da Coligação "Juntos Por Guimarães" na Assembleia de Freguesia de Caldelas

“A vila faz oitenta anos. Na vida dos homens é um tempo de velhice; na cronologia das localidades é um tempo bastante para reconhecer alguma maturidade. A maturidade da vila sempre esteve condicionada pela sua ligação à sede de concelho, no que isso significa de bom e de mau. Em temos de normalidade, essa ligação subalterna tem significado uma lentíssima resposta aos anseios da população. Deveremos refletir sobre o futuro das Taipas enquanto local para residir, estudar e trabalhar. É necessário que a zona norte do concelho, cujas Taipas é a centralidade tenha ligação rápida à autoestrada. As intervenções estruturais não podem ser adiadas”.


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Uma década de Banhos Velhos em documentário lançando Manuel Cruz para 2021

OPINIÃO

ALTERANDO A POLÍTICA DO “NADINHA” Augusto Mendes

Caro Leitor,

No dia em que se assinalou uma década da requalificação do Edifício dos Banhos Velhos, 24 de junho, a transformação deste espaço num edifício de âmbito cultural foi assinalada pela Taipas Termal com a divulgação de um documentário sobre os dez anos de programação cultural deste espaço. Ao longo dos quase cinquenta minutos de documentário, produzido pelo coletivo GRUA, é possível assistir a vários depoimentos

daqueles que levaram à edificação destes dez anos de Programação Cultural dos Banhos Velhos, assim como perceber um pouco da história deste espaço de referência da Vila das Taipas. Desde a génese deste conceito até à sua evolução até aos dias de hoje, a programação cultural dos Banhos Velhos ganha com este documentário um registo ímpar da sua edificação enquanto conceito cultural descentralizado.

Na mesma data foi anunciado o primeiro nome da Programação Cultural 2021. Depois de a programação deste ano ter sido cancelada em virtude da pandemia, em 2021 Manuel Cruz marcará presença nos Banhos Velhos. Artista multifacetado, vocalista e compositor dos Ornatos Violeta, Manuel Cruz irá apresentar o seu mais recente projeto, um trabalho de originais ‘Vida Nova’.

Taipas candidata ao Fundo Ambiental para reabilitar margem do Rio Ave A Junta de Freguesia de Caldelas, juntamente com a Brigada Verde da vila, apresentaram a candidatura ao Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, tendo como intuito valorizar o território e o seu capital natural, através da conservação, proteção e promoção da biodiversidade existente. PUBLICIDADE

Um dos principais pilares desta iniciativa levada a cabo pela junta de freguesia é “a “reabilitação da margem direita do rio Ave e das ribeiras da Canhota e Ribeira da Agrela, que atravessam a freguesia. A dotação máxima do Fundo Ambiental afeta ao aviso é de 500 mil euros, podendo as ações serem

financiadas até 70% do orçamento da candidatura”, informa a junta de freguesia. Esta candidatura é feita em parceria com o Laboratório da Paisagem de Guimarães, contando, por isso com três especialistas da área ambiental na sua equipa técnica.

Fomos habituados, ao longo dos últimos 15 anos, a ouvir da atual oposição à Junta de Freguesia, que o Partido Socialista era o partido do “poucochinho”. Sempre tivemos isso como um elogio vindo de quem estava no poder e tinha obrigação de fazer e nada apareceu feito! Mas em 2017 os Taipenses decidiram atribuir ao Partido Socialista a responsabilidade de liderar a Junta de Freguesia de Caldas das Taipas. Ainda não chegados aos 3 anos de mandato já todos perceberam que a política do Partido Socialista é a do cumprimento das promessas do seu programa eleitoral. E, fazendo uma avaliação séria, não é só nas obras vistosas como a Praia Seca já na segunda fase ou o antigo mercado agora em obra que contraria a desinformação que querem fazer passar. É também nas pequenas obras e no seu dia-a-dia que as pessoas notam a diferença! Com uma política ambiental bem definida e séria, desde os parques de lazer aos pequenos jardins do Taipas a Florir; Com uma política de mobilidade ajustada às pessoas, com a colocação de passagens pedonais entre ruas, com a colocação de corrimões de apoio a pessoas com dificuldades e com desnivelamento e arranjo de passeios degradados; Com uma política cultural e desportiva forte onde a ligação com todas as instituições da Vila permite uma dinâmica reconhecida a nível nacional; Com uma política na área social que dá uma resposta integrada e de acompanhamento a todas as famílias que dela necessita e que não esqueceu aqueles que nos trouxeram até aqui e que merecem uma vida ativa e de utilidade na sociedade. Conseguem-no no nosso espaço de convívio sénior; E tudo isto é possível com os serviços da Junta de Freguesia organizados, com os pagamentos reduzidos para 30 dias e com a feira semanal organizada e os feirantes com as mensalidades em dia elevando a justiça entre vendedores. Era isto que os Taipenses esperavam. Passamos de uma Junta de Freguesia que não cumpria as suas promessas para uma Junta de Freguesia que segue à risca o que prometeu.


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ATUALIDADE Assembleia de Freguesia aprova regulamentos da Praia seca e do Parque Canino BRUNO JOSÉ FERREIRA

A Junta de Freguesia queixa-se da falta de civismos e respeito na fruição da Praia Seca. Apesar de se congratular com o apoio do Município para manutenção de espaços verdes, o Executivo considerou insuficiente a verba atribuída de 12.500 euros. Texto José Henrique Cunha A Assembleia de Freguesia, por proposta da mesa, aprovou por unanimidade um voto de pesar pelo falecimento de Mário Dias de Castro, primeiro presidente de junta da freguesia eleito no pós 25 de Abril, e um voto de louvor, proposto pelo partido socialista, a todos os profissionais que estiveram na linha da frente no combate à pandemia Covid19. Ainda no tratamento de assuntos gerais de interesse para a freguesia, sem carácter deliberativo, o Partido Socialista endereçou congratulações pelas reeleições de Tiago Rodrigues na presidência do Clube Caçadores das Taipas, de Henrique Azevedo na presidência da Banda Musical das Caldas das Taipas e de Domingos Marques PUBLICIDADE

para a presidência do Clube de Ténis das Taipas. O líder da bancada socialista, Augusto Mendes, assinalou “as obras que finalmente estão a ser concretizadas na nossa Vila”, nomeadamente a primeira fase da Praia Seca, considerando-a um forte ponto de atração dos taipenses. Salientou ainda que “a segunda fase está em curso e irá começar pela instalação de casas de banho e estrutura de apoio a quem frequenta o espaço, bem como, o facto de o “trilho ecológico do Ave sair do papel e ligará a Praia Seca ao parque de lazer”. Ainda no que toca a obras, o socialista referiu que “no antigo mercado ao fim de 15 anos de promessas e projetos diferentes temos

finalmente obra”. Uma obra que na opinião socialista “respeitará toda a história e simbolismo do espaço” Já no período da ordem do dia e na apreciação da informação escrita da Junta de Freguesia relativa à atividade e situação financeira entre sessões, a coligação Juntos por Guimarães questionou a Junta de Freguesia sobre a admissão de uma funcionária, Em resposta, o presidente do executivo fez saber que estavam a ser cumpridos os requisitos previstos na Lei, escusando-se no entanto a detalhar pormenores, mas informou que estavam à disposição da Assembleia de Freguesia todos os documentos sobre a matéria. A coligação JpG, relembrou o papel fiscalizador do orgão, pedindo ao Presidente da

Mesa que diligenciasse a verificação de todo o processo. Ainda neste ponto, a bancada socialista, enalteceu o que considerou “o grande trabalho da Junta de Freguesia no acompanhamento desta pandemia do Covid 19. Questionado pelo já elevado grau de execução na despesa, nomeadamente, na rúbrica limpeza e higiene, bem como, o quanto vai refletir no orçamento da Junta de Freguesia a quebra de receita da feira semanal, Luís Soares deu nota que efetivamente, na feira, para além da queda na receita, há a registar um aumento da despesa para fazer face às condições exigidas que permitissem reabrir este espaço de comercio. O Edil aproveitou para referir que este período pandémico foi difícil para o executivo, mas que apesar disso, não deixou de levar a cabo o seu programa e trabalho planificado, salvo, as iniciativas que tiveram que ser canceladas por imperativo legal devido a situação de emergência vivida. Quanto à minuta do contrato interadministrativo de delegação de Competências por parte da Câmara Municipal de Guimarães, na Freguesia de Caldelas, para manutenção de espaços verdes no ano de 2020, e que viria a ser aprovado por unanimidade, Luís Soares aproveitou para denunciar que os 12.500 atribuídos já não são suficientes, mas mostrou-se confiante nas conversações abertas com a Câmara Municipal de Guimarães de forma a encontrar soluções de cooperação. Chegado ao momento da apresentação, discussão e votação do regulamento do Parque de Lazer da Praia Seca, a coligação Juntos por Guimarães teceu algumas críticas ao documento, acusando o executivo de ter apresentado à pressa um documento, mal estruturado e com bastantes redundâncias,

bem como, omissões consideradas incompreensíveis. A Junta de Freguesia, apesar de não concordar totalmente com as críticas, pediu aprovação do documento com o compromisso de o rever, com a colaboração da coligação JpG, até a próxima sessão ordinária a realizar em setembro, desafio que acabou por ser aceite. Luís Soares queixou-se que aquele espaço não tem sido corretamente utilizado neste momento de desconfinamento, nomeadamente à noite. Assinalou alguma falta de civismo e respeito, nomeadamente com o lixo depositado de forma incorreta, muitas garrafas deixadas ao acaso e plásticos na margem do rio. Este regulamento estabelece regras e prevê medidas proibitivas, bem como, sancionatórias para os prevaricadores. No último ponto da ordem do dia foi também aprovado por unanimidade o regulamento do Parque Canino. Neste ponto a coligação Juntos por Guimarães quis saber quem é o proprietário do espaço? Quanto custou? E se iria ter um funcionário para controlar as entradas e saídas do espaço. Em resposta, Luís Soares, afirmou que a Junta de Freguesia é proprietária do espaço e comprometeu-se a informar por escrito o valor total exato que terá custado o Parque Canino. Não quis avançar nesta sessão com o valor tendo em conta a divisão da obra em várias empreitadas, não tendo naquele preciso momento todos os dados necessários. Quanto ao modo de funcionamento disse que este iria funcionar de forma semelhante aos parques infantis, com um único local para a entrada e saída, não sendo necessário alocar qualquer funcionário, tendo fé que os utilizadores saberão usufruir do espaço com urbanidade.


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Freguesia espera no futuro verba maior para limpeza das vias e espaços públicos

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Praia Seca terá bar, casas de banho e monitorização da qualidade da água MANUEL ANTÓNIO SILVA

A Assembleia de Freguesia reuniu, no dia 29 de junho, naquela que foi a 3ª sessão ordinária do ano, para aprovar contratos de delegação de competências por parte do Município para limpeza das vias, espaços públicos e obras de requalificação do Antigo Mercado. Na apresentação, discussão e votação da minuta do contrato interadministrativo de delegação de competências por parte da Câmara Municipal de Guimarães, na Freguesia de Caldelas, em matéria de limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros e da realização de pequenas reparações nos estabelecimentos de Educação Pré-escolar e do 1.º ciclo do Ensino Básico para o ano 2020, o Presidente da Junta de Freguesia, Luís Soares, explicou o executivo tem norteado a sua atuação tendo em conta as melhoras praticas na defesa do ambiente, tendo optado por mais cortes da vegetação nas vias públicas em detrimento do uso de herbicidas e pesticidas. No âmbito do protocolo será atribuído à freguesia cerca de 19.000 euros. Às freguesias vizinhas foram atribuídas as seguintes verbas: Ponte: 21.040,95 euros Barco: 6.607,28 euros Sande São Martinho: 9.843,87 euros União de freguesias de Sande Vila Nova e Sande São Clemente: 14.757,31 euros Luís Soares admitiu que o valor atribuído não é suficiente, tendo em conta as preocupações ambientais

necessárias, e mostrou-se confiante que o Município será sensível a essa realidade com o reforço de verba num próximo contrato. Requalificação do Antigo Mercado custará cerca de 178 mil euros

Quanto ao contrato interadministrativo de delegação de competências, tendo como objeto as Obras de Requalificação do Antigo Mercado de Caldas das Taipas – ano de 2020, Luís Soares começou por relembrar aos membros da Assembleia de Freguesia que os três protocolos assinados com o Município desde 2018, estão consignados para a execução de uma obra considerada importante para a vila. Obra que, desse 2001, tem sido anunciada nos sucessivos programas eleitorais dos diversos partidos e até nos documentos oficiais da Junta de Freguesia. Disse ainda que estas verbas, apesar de inscritas nos orçamentos anteriores e posteriormente com algumas revisões efetuadas pelo meio, não foram despendidas. Continuam disponíveis para serrem gastas, agora que o processo está completo, nomeadamente o concurso público. Referiu que esta obra terá um custo total a rondar os 178 mil euros, abaixo da base inicialmente prevista para o concurso público, e que a opção do executivo de consignar estes três contratos a esta obra, bem como, a poupança que este tem conseguido fazer, vai permitir fazer este investimento. Os dois contratos foram aprovados por unanimidade.

O Parque de Lazer da Praia Seca, local icónico da Vila das Taipas, contará, ao que tudo indica ainda este ano, com um bar com esplanada de apoio e casas de banho, de forma a dotar este espaço de melhores condições. A Junta de Freguesia está a proceder a um concurso público de concessão de exploração do referido bar, concurso que teve de ser repetido depois de na primeira fase não ter sido apresentada qualquer proposta de exploração. O bar será instalado no parque de lazer pela Junta de Freguesia de Caldelas para a época balnear, ou seja para um período de três meses, com possibilidade de renovação

automática por períodos de um mês, até ao limite global de cinco meses. De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, o valor do preço base do procedimento é 1600 euros. Por outro lado, a Junta de Freguesia de Caldelas está a trabalhar num plano de monitorização da qualidade da água no Parque de Lazer da Praia Seca, que permitirá criar um histórico de parâmetros biológicos e químicos da água. Esta medida insere-se num plano mais abrangente por parte do município, que prevê a monitorização em tempo real da qualidade da água, sendo que no caso das Taipas e do Parque de Lazer da Praia Seca

trata-se de uma condição para candidatar a Praia Seca a praia fluvial no próximo ano. Esta candidatura está a ser trabalhada pela Junta de Freguesia de Caldelas juntamente com outras instituições, nomeadamente a Câmara Municipal de Guimarães, a Vimágua e o Laboratório da Paisagem. Ao mesmo tempo, num trabalho de sensibilização em conjunto com a Brigada Verde, será feita a pintura no lancil de passeios de zonas estratégicas das Taipas com frases tais como “O Rio Ave começa aqui” ou “Tudo o que cai no chão, vai parar ao rio Ave”.

Piscina dos bombeiros reabre em setembro A piscina dos Bombeiros dasTaipas, encerrada devido à pandemia, vai reabrir ao público em setembro. Depois de numa primeira fase a reabertura ser inviabilizada, os Bombeiros das Taipas já têm os requisitos para reabrir a piscina, uma das principais fontes de receita da associação. “Temos condições para abrir já amanhã” referiu José das Neves

Machado, após uma vistoria da delegação de saúde, que dá a qualidade da água da piscina dos Bombeiros das Taipas como uma referência a nível do concelho. Ainda assim, de forma a preparar o regresso e cumprindo as férias que são tradicionais em agosto, a piscina reabrirá em setembro, de forma a operacionalizar as normas necessárias, nomeadamente a

nível de sinalética. Abriremos em setembro, tendo margem para preparar as piscinas, fazer uma pintura ou outra. Temos indicação que não necessitamos de fazer obras de vulto nenhumas porque temos todas as condições para abrir”, aponta José das Neves Machado, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas.


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REPORTAGEM

Ensino à distância passou no exame, mas não é a mesma coisa BRUNO FERREIRA

Diretores dos estabelecimentos de ensino taipenses fazem um balanço positivo o terceiro período, mas demonstram a consciência de que não é a mesma coisa. Alunos têm opiniões diversificadas. Todos querem voltar à escola. Texto Bruno José Ferreira Log Out nos programas e aplicações de reuniões à distância. Desligam-se os computadores. Ponto final no ano letivo 2019/2020. As férias grandes chegam sem uma despedida do recreio, sem um abraço de até para o próximo ano. O presente ano letivo fica também ele marcado na história como um ano ímpar no que ao ensino diz respeito. As escolas encerraram as portas físicas e tiveram de, em tempo record, abrir as janelas virtuais para continuar a atividade educacional, através de um inédito ensino à distância. De todo este processo sobram várias incertezas que o Reflexo tentou esclarecer, até porque dentro da anormalidade que a pandemia tornou o terceiro período letivo, o sistema de ensino tentou manter a normalidade, seguindo o processo avaliativo para que os alunos não saiam prejudicados. Após conversa com o diretores dos sistemas de ensino das Taipas, nomeadamente João Montes do Agrupamento de Escolas das Taipas, e Celso Lima da Escola Secundária das Taipas, assim como alguns alunos, a conclusão basilar desta experiência é que, salvaguardando naturais diferenças para o ensino presencial, o ensino à distância correu bem e o balanço é positivo, mas não é a mesma coisa. O ponto de partida é o mesmo

visto dos mais diversos quadrantes. “A pandemia Covid-19 alterou aquilo que era o quadro estabelecido de oferta educativa. Todo o trabalho teve de ser alterado de um momento para o outro, com uma solução distinta: o plano de ensino à distância”, aponta João Montes, numa ideia semelhante à de Celso Lima: “Este é um ano que não tem alinhamento com os restantes, tem um contexto completamente diferente. Se estatisticamente quisermos avaliar este ano letivo, ele é completamente atípico, desalinha-se do resto, o que terá efeitos na vida dos alunos e das famílias”, defende o diretor da Escola Secundária das Taipas. Balanço positivo de um tempo vivido com "maturidade"

Continuando com Celso Lima, na secundária taipense o balanço que se faz deste período de pandemia é positivo, com a escola a conseguir dar resposta às exigências. Neste caso há, contudo, uma particularidade. A escola não se limitou ao ensino à distância, mas proporcionou, conforme decretado, ensino presencial para os alunos que fazem exames nacionais, este ano apenas como critério de admissão ao ensino superior. Começando pelo ensino à distância, o diretor destaca a

“maturidade” com que o processo evoluiu, para que no final o balanço seja positivo. “As regras foram mudadas em meados de março. A escola implementou o sistema de ensino à distância. Diria que todo este panorama e este contexto foi vivido com muita maturidade. De acordo com o feedback que temos, foi bem implementado. Pelos questionários que temos feito essa situação é demonstrada, ou seja, há satisfação e reconhecimento por parte da comunidade de que a escola implementou com rigor, com seriedade e com muito cuidado o ensino à distância”, atesta. Para o professor o nível de afluência dos alunos de 11.º e 12.º ano com exames nacionais é também um indicador de que a escola conseguiu cumprir com a sua função de proporcionar condições para que os alunos voltasse às salas de aula em condições de segurança. “A retoma dos alunos das atividades presenciais também foi regular; não tivemos grandes ausências. Os casos de ausência, ou por atestado médico de grupos de risco, são residuais, ou por opção dos encarregados de educação também foram muito poucos. Temos situações pouco expressivas e a assiduidade foi muito regular. Portanto, mesmo o processo de funcionamento por parte dos alunos decorreu com tranquilidade, acataram muito

bem todas as orientações. A escola, apesar de todas as circunstâncias, conseguiu adaptar-se bem, assim como a comunidade, às novas exigências”, defende Celso Lima.

Municipal de Guimarães acabaram por ter um papel determinante para atenuar as diferenças.

Trabalho de proximidade dos diretores de turma determinante

Momento final de qualquer ano letivo, o processo de avaliação é peça-chave no ensino e, ao fim de contas, o aferir daquilo que foi feito durante o ano. A situação foi, e é, de exceção mas a avaliação manteve-se mesmo não havendo os tradicionais testes. Nada que, na visão dos diretores, constitua um problema. Os critérios de avaliação foram reajustados convenientemente, e a questão de que a avaliação é contínua foi reforçada. “Alterámos os critérios de avaliação, ajustando-os durante este período de ensino à distância, de forma a não discriminar nem gerar assimetrias entre alunos. A avaliação é contínua, pelos dois períodos anteriores os docentes já tinham um conjunto de indicadores de desempenho para posicionar a avaliação final. Os alunos não serão prejudicados; os docentes têm instrumentos de avaliação que validam de forma objetiva o desempenho dos alunos. Acreditamos que os alunos têm uma avaliação justa e equilibrada, que corresponde ao seu desempenho”, assegura João Montes. Um discurso semelhante ao de Celso Lima. “É claro que a avaliação não reveste o caráter generalizado de anos anteriores, temos uma questão nova, que são os instrumentos de avaliação que tiveram de ser diversificados e aplicados devido ao ensino à distância. Estamos num processo tranquilo e não termos situações de preocupação a este nível. Considero que essa questão está ultrapassada, porque a escola definiu no início do ano letivo os critérios de avaliação, chamou ao debate as estruturas intermédias para analisar estas questões, e essas necessidades, que foram fáceis de assegurar. A avaliação torna-se tranquila tendo isso bem fundamentado”, atira Celso Lima.

Passando para o Agrupamento de Escola das Taipas, João Montes considera que o plano aplicado foi “de sucesso”, atendendo ao enorme desafio que a pandemia colocou ao ensino. Nesse sentido, o balanço é extremamente positivo. “Tivemos de oferecer aos alunos e às famílias um novo conceito, sem que houvesse da administração central um pensamento claro e estruturado. Essa estratégia foi definida por nós, de forma atempada. Aplicámos um sistema de ensino à distância que nunca foi usado de forma integral; existem muitas ferramentas digitais, mas poucas foram pensadas para um ensino integralmente à distância. Surgiu da nossa parte um ensino remoto de emergência. De forma estruturada criámos a dita escola de proximidade. Temos a consciência de que foi um plano de sucesso, uma estratégia muito bem definida e acompanhada ao longo do processo”, afirma o professor. Para esta avaliação positiva pesaram vários fatores, sendo que a postura pró-ativa da escola no sentido de dar respostas aos eventuais problemas deste modelo de ensino foi um deles, conforme enumera João Montes. “Relativamente à eficácia do ensino à distância, de forma natural, o pensamento é que o ensino à distância aparenta ser mais benéfico para os alunos experientes e parece ser uma má opção para os alunos que já sentem mais dificuldades; fizemos um plano semanal de apoio à tarefa o trabalho dos diretores de turma, na proximidade com as famílias, foi determinante”, assegura. Por outro lado, a consciência de que “os alunos dependem das relações emocionais que estabelecem”, levou a escola a organizar “várias sessões de videoconferência para avaliar o estado emocional das crianças e das famílias, intervindo quando houve necessidade”. Sobre um dos problemas mais debatidos, a desigualdade de oportunidades no acesso aos meios tecnológicos, João Montes frisou que nesse aspeto entidades como a Junta de Freguesia de Caldelas e a Câmara

Critérios de avaliação definidos com naturalidade

Vontade de voltar à escola

Depois de todo este turbilhão de emoções, de uma realidade completamente atípica, ainda sem saber ao certo que as questões de saúde pública ditarão, já se olha para o futuro, mesmo sem saber o


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que o futuro reserva. Neste limbo em que se faz a passagem, Celso Lima acredita que o sistema de ensino terá ferramentas para fazer com que as vidas futuras destes alunos não sejam afetadas. “A escola conseguiu, de forma tranquila, ter proximidade com os alunos e com as famílias. Estamos gratos por isso, por esta proximidade de comunidade, o que é muito importante. Todos contribuíram. Espero que os alunos, porque merecem, tenha a compensação deste esforço e sejam as menores vítimas deste processo”, defende Celso Lima. Na visão de João Montes leva-o a acreditar que daqui em diante, em virtude da ausência física da escola, estes alunos verão de forma diferente o processo de ensino e a necessidade de contactar com a escola e com os professores. “Sabemos que o ensino presencial, pela sua dinâmica, é muito mais eficaz. Foi notório. Fizemos uma avaliação de todo este processo junto dos professores, diretores de turma e alunos e famílias, através de um questionário com uma amostra enormíssima, e houve uma convicção notória: o nosso programa estava bem estruturado, com um apoio excelente de retaguarda, mas há por parte de todos a preferência de voltar à escola. No fundo, a grande mensagem é esta. Até do ponto de vista emocional proporcionará condições para fazer um trabalho excelente no futuro, porque agora os alunos conhecem a dura realidade de não poderem estar presentes”, remata o diretor do Agrupamento de Escola das Taipas. PUBLICIDADE

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Escola Secundária das Taipas e alunos preparados para os exames nacionais Escola Secundária e alunos preparados para os exames nacionais O processo de ensino segue a sua nova normalidade. Se o fim de junho significou o fim do ano letivo para a esmagadora maioria dos alunos, no secundário há quem tenha mais uns dias decisivos pela frente com a realização dos exames nacionais. No caso da Escola Secundária das Taipas serão realizadas mais de sete centenas de exames. Apesar da logística que está a exigir novamente a este estabelecimento de ensino, a escola está preparada.

“As inscrições ultrapassam as setecentas de exames para realizar, o que em termos de logística implica muito trabalho aqui na escola, preparando-se espaços que nos permitam garantir o distanciamento social, as regras impostas a todos os níveis, mas que acima de tudo nos permitam ter espaços mais amplos. As salas estão peradas para uma estrutura de funcionamento e, neste momento, as regras são outras. Em termos de número, comparativamente com outros anos, haverá uma redução de alunos, mas não tão significativa

quanto isso”, refere Celso Lima. Pela parte dos alunos, o diretor da Escola Secundária das Taipas acredita que, apesar das contingências, há condições para que os exames sejam feitos com todas as condições, e a preparação para os mesmos foi também ela feita adequadamente. “Considero que pelo facto de haver esta prorrogação do prazo do ano letivo em mais três semanas, permitiu dar um reforço de aprendizagem aos alunos. Em termos e aprendizagem considero que os alunos estão preparados e

não perderam competências para resolver os exames, que este ano, como se sabe, servem apenas como provas de ingresso superior e não têm efeitos sobre os resultados finais internos. Há um fator que não podemos esquerde, que é o fator social, que tem efeitos emocionais na vida dos alunos. Por muito que queiramos e que os alunos estejam muito bem preparados, e estou em crer que isso acontece, o facto de estar a resolver exames com normas diferentes, isso terá efetivamente alguma intranquilidade emocional”, frisa.

O que pensam os alunos? Catarina Leita, 11P4: "Desde o começo desta quarentena, os dias acabaram por ser um grande tédio; senti-me mais desmotivada e sem ânimo; parecia que me tinha tornado uma prisioneira dentro da minha própria casa. As aulas virtuais foram um ponto positivo, mas ao mesmo tempo negativo, porque afetou a aprendizagem e o estágio, que era uma das coisas que eu mais ansiava". Jéssica Monteiro, 11P4: "A falta de liberdade é o pior que nos pode acontecer, pois foram-nos tiradas muitas das coisas de que nunca pensamos ter de abdicar. Uma outra preocupação é a falta de trabalho

que atinge algumas famílias e que por isso se encontram numa situação económica frágil". Joana Amorim, 10P4: "Em relação à escola, mudou tudo. Sinto falta da minha rotina de que tanto reclamava, sinto falta das minhas amigas e colegas e sinto falta dos professores". Joana Rodrigues, 11P4: "Este confinamento não está ser nada fácil: tenho de cuidar de uma casa, de duas crianças e das minhas aulas. Todos os dias tenho de segurar o meu primo para que ele não interfira nas aulas da minha irmã para ver bonecos na televisão, ou então

de os separar ou de tirar o mais novo da cama porque ele pode cair e magoar a minha irmã. Eu acabo por me prejudicar. Tornei-me uma dona de casa sem tempo para cuidar da minha saúde: todos os dias a mesma rotina para cuidar deles, aproveitando as noites para fazer os trabalhos escolares dentro do prazo. Jéssica santos, 10P2: "A parte mais difícil é ter de fazer três ou mais trabalhos por dia, situação que exige uma maior concentração e força de vontade. Sabendo que estou em casa e podia estar a dormir, é complicado. Tem sido complicado aguentar a minha mãe, pois, como ela também não sai de

casa, inventa qualquer coisa para fazer. Por exemplo, decide aspirar no momento em que estou em vídeo aula com algum professor. Margarida Abreu, 10P2: "Não ver os meus amigos é a coisa mais desgastante e desmotivadora. É horrível não ter um abraço deles, um carinho ou até mesmo um bom dia. Marta Oliveira, 10P2: "Tentei olhar para os lados positivos, como o facto de eu, a minha família e os meus amigos mais próximos não estarmos infetados; e o facto de de ter boas condições de trabalho e um jardim para apanhar ar".


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ATUALIDADE Sofia Ferreira, vereadora responsável da área do turismo, será a nova presidente da Turitermas ALFREDO OLIVEIRA

Após a demissão oficial de José Maia da presidência da Turitermas, o executivo vimaranense deverá avançar com o nome de Sofia Ferreira para a liderança da cooperativa. José Maia Freitas deixou a direção da cooperativa, por razões profissionais, após seis meses do seu mandato, para o qual foi designado na reunião do executivo de 9 de dezembro de 2019, em substituição de Ricardo Costa. Sofia Ferreira é natural da freguesia de S. Paio. Licenciada em Relações Internacionais (Culturais e Políticas) pela Universidade do Minho em 1993, tem uma Pós-Graduação em Administração Pública pela

Universidade do Minho em 2001, tendo concluído um Master in Public Administration pela Universidade Católica do Porto em 2011. Foi assessora do presidente da Câmara de Guimarães entre 2001 e 2009 e membro da Assembleia Municipal de Guimarães entre 1997 e 2005 e entre 2009 e 2017. Passou pela direção executiva da Cooperativa Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e de Integração Social, CIPRL, entre 2008 e 2009, foi administradora delegada da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal entre 2009 e outubro de 2017 e foi administradora da Sol do Ave – Associação para o Desenvolvimento Integrado do

Vale do Ave entre 1994 e 2004. Sofia Ferreira tem passado frequentemente por Caldas das Taipas em representação da Câmara Municipal de Guimarães, tendo estado presente na última gala “A Terra onde a Lua fala”, organizada pelo Reflexo, em 2019. Como curiosidade, fica o registo de Sofia Ferreira ser filha do primeiro presidente da Taipas Turitermas. Esta Régie Cooperativa foi criada em finais de 1985, quando Manuel Ferreira era presidente da Câmara Municipal de Guimarães, e acabou por reativar o estabelecimento Termal da vila das Caldas das Taipas.

Escola Básica das Taipas sobe vários lugares no ranking das escolas mas a secundária piorou A Escola Básica das Taipas é a sexta classificada do concelho no que ao ranking das escolas diz respeito, atendendo à média das notas do nono ano em 2019. De acordo com dados publicados pelo Jornal Público, num total de dezasseis escolas do 3.º ciclo em Guimarães a Básica das Taipas apresenta uma nota média de 3,32, o que equivale à sexta melhor média do concelho, atrás da Escola Egas Moniz (3,34). Este ranking é liderado pelo Colégio Nossa Senhora da Conceição, que apresenta uma média de 4,05. A Escola Arqueólogo Mário Cardoso, em Ponte, ocupa o oitavo lugar da lista (3,11), enquanto que a Escola de Briteiros está no último lugar (2,73). A nível nacional, a Escola Básica das Taipas ocupa o 181.º lugar. Comparativamente com o ano anterior, registou-se uma melhoria considerável da Escola Básica das Taipas, uma vez que em 2018 a Escola Básica das Taipas ocupava

o 667.º lugar a nível nacional. Estes resultados dizem respeito a um total de 222 provas realizadas. No que ao ensino secundário diz respeito, das escolas que apresentam resultado a Escola Secundária das Taipas é aquela que tem menor média, 10,32. Ainda assim, há dois estabelecimentos de ensino que não apresentam resultados, que são os casos do Colégio do Ave e o Colégio Arautos do Evangelho. A Escola Secundária das Taipas surge atrás da Escola Francisco de Holanda, que apresenta uma média de 10,68. Atendendo ao panorama a nível nacional, se a escola básica taipense registou melhorias, a escola secundário piorou os seus resultados. Em 2018 a Escola Secundária das Taipas ocupava o 181.º lugar a nível nacional, passando em 2019 para o 331.º lugar. Em 2019 foram realizadas 720 provas neste estabelecimento de ensino.

RANKING DAS ESCOLAS Escola Básica das Taipas 2018 Média 2,82 - 667ºlugar

Escola Secundária das Taipas 2018 Média 10,80 - 185ºkugar

2019 Média 3,32 - 181ºlugar Ranking Sucesso - 192º

2019 Média 10,32 - 331º lugar Ranking Sucesso - 121º

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Desconfinamento não chegou ao turismo e emigrantes receiam o autocarro

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REFLEXO

Bruno Ferreira

Numa nova fase de desconfinamento há setores que ainda desesperam pela retoma. É o caso dos transportes através de autocarros, que veem os serviços turísticos tardarem a retomar a normalidade e os emigrantes a desconfiar da tradicional vinda a Portugal. Texto Bruno José Ferreira Numa nova fase de desconfinamento há setores que ainda desesperam pela retoma. É o caso dos transportes através de autocarros, que veem os serviços turísticos tardarem a retomar a normalidade e os emigrantes a desconfiar da tradicional vinda a Portugal. Após tempos de confinamento em que o país praticamente parou em virtude da pandemia, o processo de desconfinamento levou a uma nova normalidade, com naturais alterações no dia-a-dia e na forma de estar de cada um. Com a chegada do verão e o aproximar de uma época propícia ao regresso de vários emigrantes a Portugal, um fenómeno com forte implementação em Caldas das Taipas, subsistem dúvidas quanto à realidade que se PUBLICIDADE

vai verificar este ano. António Matos é o gerente da empresa Viagens Taipas, uma empresa sediada nas Taipas dedicada ao transporte de autocarro que nos últimos anos tem transportado um grande número de emigrantes de diversos países para Portugal e vice-versa. Adivinhava-se um ano de grande procura, mas a realidade é que para os próximos dois meses, julho e agosto, foi tudo desmarcado, sendo que os serviços agendados para setembro estão também a ser todos cancelados, o que deixa a frota de sete autocarros completamente parada. Tem sido assim nos últimos tempos. “Até dá pena ver aqui os autocarros parados”, começa por referir António Matos ao Reflexo, falando

depois sobre a situação atual. “Na nossa zona das Taipas temos muita gente a viajar para o estrangeiro todas as semanas, é uma realidade, mas o forte é em agosto. Tive uma conversa com um colega que fretou um avião porque o pessoal não quer vir de autocarro, a ver se consegue trazer o pessoal dessa forma, mas é difícil. De autocarro os emigrantes não querem vir”, lamenta o gerente da empresa. Uma opção que se compreende quando as indicações da Direção Geral de Saúde são ainda remotas e até porque só é permitido viajar com dois terços da lotação e são os clientes a assegurar a manutenção dos custos. “Trabalho muito com as empresas de linha, este ano foi pedido para que fizesse alguns serviços de

levar e trazer emigrantes, porque se perspetivava um ano de muitos emigrantes, Tenho parcerias com algumas empresas de transporte internacional nestas alturas de época alta, mas desta vez é diferente”, aponta António Matos. Turismo ainda não arrancou

De resto, o gerente da Viagens Taipas quando perspetiva um futuro próximo assume que “não dá para ver a luz ao fundo do túnel”, referindo que até ao final do ano não vê este setor a arrancar e a voltar normalidade. Entre as queixas de faltas de apoios e de sensibilidade para perceber as fragilidades do setor, lamenta também as quebras abruptas no turismo e demais

serviços ocasionais que possuía. “A empresa começou quase por brincadeira, para fazer uns serviços aos fins-de-semana. A procura foi aumentado e neste momento tenho sete carros. Estão todos parados, até dá dó. Tinha serviços este ano marcados até setembro e foi tudo cancelado. Alguns estão em stand-by agora de junho, deste mês, para setembro ou outubro, para ver. Desde escolas, serviços Erasmus e turismo, por exemplo, continua tudo parado”, assegura. Principalmente o turismo tem sido uma grande perda. “Começámos a trabalhar com o turismo, com pessoas vindas do estrangeiro para o nosso país, chegando a levar milhares de turistas para Guimarães, Penha, ao Castelo de Guimarães, Braga, Lisboa, Viana do Castelo, através de serviços diários. Adivinhava-se um ano repleto de turismo, a nível das agências, com muita procura e, por isso, já tendo falha de carros no ano passado optámos por investir num autocarro e em dezembro investi noutro autocarro, mais recente porque estava a pensar no turismo, e nas melhores condições ambicionadas por este tipo de pessoas, com mais conforto”, desabafa António Matos. Apesar de os carros estarem parados há despesas fixas que se mantêm, como os seguros, e até o desgaste dos carros acarretará uma despesa extra na hora de voltar à estrada, que se espera que seja o quanto antes. Os serviços continuam a ser desmarcadas, cada vez por um período mais alargado de tempo, não se perspetivando, então, a tal luz ao fundo do túnel. O gerente da Viagens Taipas lamenta que os aviões possam “trabalhar em pleno e os autocarros não”, o que põe em causa a sobrevivência de muitas empresas do setor. A ambição de António Matos é continuar a levar as Taipas aos quatro cantos do país, como sempre faz com os seus autocarros.


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FREGUESIAS

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24 de junho foi o dia um da renovada Escola de Fafião Bruno Ferreira

nós conseguimos. Esta escola está muito bem requalificada. Gastámos aqui cerca de 600 mil euros; não estava previsto isto. No início estava prevista uma intervenção menos ambiciosa. Isto deve-se a vós, a uma comunidade dinâmica, a uma junta de freguesia empenhadíssima, que nem nos deixava respirar para que não se fizesse menos.

Tinha de se fazer mais”, disse. Após uma pequena visita às renovadas instalações da Escola Básica de Fafião, Domingos Bragança reforçou a ideia de que “a educação é um pilar fundamental”, dizendo que “temos de voltar à escola, com mais máscara ou menos máscara, com mais distanciamento ou menos distanciamento”.

Freguesia de Briteiros São Salvador e Sta Leocádia reparou abastecimento dos fontanários

A inauguração da Requalificação da Escola Básica de Fafião, em Santo Estêvão de Briteiros, foi uma das ações da celebração do dia 24 de junho. Ao celebrar-se o Dia Um de Portugal celebrou-se também o dia um da renovada escola, tal como Vítor Pais, presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim. Numa inauguração que não deixou de ter pompa e circunstância, apesar das adaptações à realidade pandémica, foram vários os ilustres que marcaram presença. Emocionado, Vítor Pais recordou um pouco do trabalho desenvolvido para que seja possível ter em Santo Estêvão de Briteiros um “equipamento de grande qualidade” ao serviço da educação. “Este é um PUBLICIDADE

dia enorme, de grande comemoração para a história da Escola de Fafião. Tive o prazer de estrear esta escola, em 1987. Ao longo destes anos foi aqui formada muita gente, com muita qualidade, que estão por todo o lado em diversos cargos. Estamos aqui porque há sensivelmente cinco anos percebamos que havia um estigma menos positivo nesta escola, apesar da performance reconhecida, até que éramos terceiro a nível do concelho nos exames do quarto ano. Na altura havia cada vez menos meninos. Chegámos à conclusão que não era só a demografia, havia também um clima

negativo de uma escola a prazo, que ia fechar. Envolvemos a comunidade e estamos a comemorar o Dia Um de Portugal, sendo também o dia um da Escola de Fafião”, frisou. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, esteve no descerrar da placa alusiva a esta inauguração e, no seu discurso, fez alusão a D. Afonso Henriques para dar nota da persistência da junta de freguesia para a realização desta obra. “Exatamente o que o primeiro rei nos trouxe é que quando nós queremos, desejamos e sabemos o horizonte dos valores à nossa volta,

A Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia reparou as tubagens de abastecimento dos fontanários de São Salvador, assim como o abastecimento de água do cemitério, resolvendo-se assim um problema que se vinha a verificar nos últimos. Segundo é explicado, tal problema advinha de um dos últimos incêndios ocorridos naquela

freguesia, que acabou por danificar as tubagens. De resto, a referida tubagem foi completamente substituída há alguns anos, mas as temperaturas elevadas a que foi sujeita levou a nova quebra na canalização da água para os fontanários. A junta de freguesia liderada por Abílio Lima Freitas trocou parte das tubagens para que os fontanários e a condução de água para o cemitério ficassem operacionais.


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reflexo

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FREGUESIAS Ponte assinalou 25 anos de vila lembrando o passado e projetando o futuro BRUNO FERREIRA

de Ponte, a Alameda Toriz Igreja e a Vila Desportiva, que está a ser trabalhada com o Vitória. “Não me esqueci dos compromissos que tenho com a Vila de Ponte. Não são promessas, são compromissos. Alguns processos têm complexidade, que faz demorar a execução. Temos feito o que tem de ser feito para dar seguimento”, assegurou Domingos Bragança. A ocasião foi aproveitada para homenagear personalidades e entidades da vila, como José Freitas, a Cercigui, o Centro Social, Recreativo e Cultural de Campelos, e a empresa Cartonagem JPZ. Ao

mesmo tempo a vereadora municipal Paula Oliveira foi distinguida como Embaixadora Nobre da Vila de Ponte. Foram também atribuídos votos de louvor ao Clube Operário de Campelos, pela subida à Divisão de Honra da AF Braga, ao CD Ponte pela subida ao Pró-Nacional e ainda às entidades que estiveram, e estão, na luta contra a pandemia. Para além de Sérgio Castro Rocha e Domingos Bragança marcaram também presença nesta cerimónia José João Torrinha, presidente da assembleia municipal, e o vereador Ricardo Costa.

Voluntariado tem feito intervenções em Longos

A freguesia de Ponte celebrou no dia 21 de junho, domingo, o 25.º aniversário da elevação à categoria de vila, à semelhança do que aconteceu com mais cinco vilas do concelho de Guimarães. Numa cerimónia com naturais restrições, em virtude da pandemia, o executivo da junta não quis deixar passar a data em claro, assinalando-a no Parque de Lazer da Ínsua, junto ao Rio Ave. Sérgio Castro Rocha, presidente da Junta de Freguesia de Ponte, aproveitou para recordar a história de Ponte, relembrando que “no século I já se fazia referência à vila

de Ponte como se fazia referência à Vila de Guimarães”. Prometendo continuar a trabalhar em prol do futuro, tal como “deu tudo de si” pela vila nos últimos anos, o presidente da junta relembrou o que foi feito para projetar o futuro. “Temos de valorizar aquilo que já temos e evitar que se entre na faceta de falar do que falta encher no copo, porque só valorizando

o que temos, só acreditando e só sonhando é conseguimos fazer as coisas e acrescentar sempre mais ao copo”, disse. Este futuro terá como mais-valias a execução de algumas obras, mencionadas por Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, nomeadamente a Ecovia do Ave, a ambicionada rotunda do Parque Industrial

Uma equipa de voluntários, da qual faz parte o secretário da junta de freguesia, tem procedido a pequenas intervenções em Longos, essencialmente aos sábados de manhã, de forma a colmatar situações

reportadas pela população. As intervenções realizadas pela Junta de Freguesia de Longos, através do conjunto de voluntários, consistem em colocar ou reajustar valetas, intervenções ao nível das águas pluviais, colocação de tubagens, entre outras reparações. Tratam-se de pequenos trabalhos que, para além de ir dando mais condições à freguesia, desta forma permitem também economizar dinheiro. A presidente da Junta de Freguesia de Longos, Isilda Silva, refere que este trabalho desenvolvido em regime de voluntariado em conjunto com a junta de freguesia “acaba por ser um trabalho de proximidade para dar seguimento a alguns problemas que as pessoas sinalizam”.

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Julho de 2020

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reflexo

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coisas de antanho

Caldas das Taipas a (des)propósito XXXIV

Junta de Turismo das Taipas

por Carlos Marques

Apraz-me voltar ao tema da inactiva Junta de Turismo das Taipas, antes Junta de Turismo da Estância Termal e Comissão de Iniciativa da Estância Termal para demonstrar que a mesma tinha receitas próprias e cobradas por si, que lhe permitia antes mesmo da construçao dos ringues, campos de ténis, piscinas, bares, parques, infantis e de campismo de que foi pioneira a nível nacional, donde passou a colher também rendimentos da exploração deste negócio de cariz lúdico-turístico.

"Surdina" Filme-concerto de Rodrigo Areias, com música ao vivo de Tó Trips

A Junta de Turismo deitava mão da Taxas/Imposto de Turismo, que se relacionava directamente com a Administração Fiscal, designadamente quando tinha dúvidas relativamente à liquidação ou isenção da Taxa/ Imposto, que criava as tabelas de incidência, consequente matéria colectável, que o fiscalizava, que colhia o dinheiro das colectas de cada proprietário de hotéis, pensões e das casas hóspedes, e, depois a distribuía. Que era fruto do tributo que lhe cabia, que fez o vultuoso investimento que hoje está à vista, desde a compra de todos os terrenos, que os urbanizou, construiu as avenidas, os parques de lazer e seus acessos, as pontes, os ringues, os campos de ténis, as piscinas com sala de espectáculos e bares, o parque de campismo, a praia fluvial, o cais de barcos e sua navegabilidade, e promovia diversos festejos para a animação dos locais e para captação turística, suportava o Turismo Hóquei Clube, que tamanhas alegrias deu aos taipenses Além de apoiar e distribuir dinheiro a todos quantos se lhe acorriam, como cantinas para pobres e escolares, casas do povo, grupos musicais, folclore, jovens informais, associações desportivas, culturais e recreativas, columbófilos, tiro, concursos de vária natureza, corredores de bicicletas, motorizadas, carros de perícia e até de ralis, e tantas, tantas outras iniciativas.

Oportuno, e fácil é, pois a administração fiscal elabora a cobrança dos seus impostos pela nomenclatura de freguesia, saber quanto até esta data e desde 1986, quando da integração da Taxa/ Imposto de Turismo no IVA Turístico inerente à Participação Municipal de 7,5% em IVA, foi distribuído ao território então administrado pela Junta de Turismo das Taipas. Como da mesma forma, desde 1989 da componente que lhe é repartida da afectação dos 5% de IRS, e da incidência dos 19,5% de conjugação de IRC+IRS+IVA, além da componente do IMI+IMT+ISV+IS, aqui é que deve residir o interesse dos políticos candidatos e eleitos., que publicamente, e bem, ousaram servir o futuro da nossa localidade, já que dele deriva todo o poder instalado, ficando aqui o desafio e o convite à participação no Debate a realizar em Novembro/Dezembro deste ano pela Comissão Organizadora do 80º aniversário de Elevação de Caldas das Taipas à categoria de Vila. Além de documentação específica

que possuo e regista o indicado nos 1ºs §´s, tenho muitas histórias para contar do que aprendi das muitas conversas que mantive com muitos, e com o Snr. Rosas Guimarães, designadamente da incumbência que me foi distribuída, para o convencer à sua presença no acto de descerramento do pedestal com a sua imagem no topo da Alameda com o seu nome, a sua simplicidade e nobreza de carácter não o permitiu, no dia 19 de Junho de 1990 quando integrei a Comissão Executiva do Cinquentenário. E do que me disse diversas vezes e mais demoradamente o Dr. Fernando Monteiro nas visitas que fiz à sua farmácia de Guimarães a convencê-lo, e, foi difícil, para a aceitação no ano de 2014 da atribuição da Medalha de Honra da Freguesia, tinha essa responsabilidade por ter sido minha a sugestão da proposta pela Junta de Freguesia de então. Caldas das Taipas, no dia de São Pedro do ano de 2020.

Com realização de Rodrigo Areias e música de Tó Trips, “Surdina” é uma tragicomédia minhota sobre um viúvo vimaranense que recebe a notícia do aparecimento da sua falecida mulher. Uma história sobre a delicadeza de se ser velho, do que resta ainda para sonhar e para amar. Totalmente rodado em Guimarães, o filme foi escrito por Valter Hugo

DR

Mãe, aproveitando a feliz coincidência de o escritor e o realizador serem ambos de origem vimaranense. Depois da antestreia nacional no início de junho, no Cinema Trindade, o Jardim do CCVF recebe a exibição do filme, que contará com a interpretação ao vivo da música instigante de Tó Trips. A sessão decorre a 10 de julho, pelas 21h45min, nos jardins de CCVF


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reflexo

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DESPORTO Tiago Rodrigues reconduzido na presidência do CC Taipas DR

Numa mensagem dirigida aos associados, Tiago Rodrigues, frisou que a sua equipa ambiciona o melhor para o clube. “Agradeço aos associados a confiança depositada em nós, agradeço aos meus colegas de direção a disponibilidade e aproveito para agradecer a uma pessoa que foi muito importante neste processo eleitoral, que será indicado como provedor do sócio. Agradeço também à minha família, estes tempos de campanha foram diferentes, mais complicados do que o normal, porque algumas pessoas não souberam ultrapassar algumas situações. Estamos cá todos para o melhor do CC Taipas”, atirou. Jorge Cravo: “Aceito o resultado mesmo com as artimanhas que existiram”

Dissidente da atual direção, Jorge Cravo apresentou-se como

Ato eleitoral voltou a ter duas listas candidatas aos órgãos sociais do clube. Tiago Rodrigues foi reconduzido na presidência para um segundo mandato, arrecadando mais votos do que Ricardo Cravo, dissidente da sua direção. Corrigir erros do primeiro mandato é a missão do líder máximo do emblema taipense. Texto Bruno José Ferreira

Tiago Rodrigues foi reeleito presidente do CC Taipas para o biénio 2020/2022, avançando para um segundo mandato à frente dos destinos do clube. Numas eleições que contaram com 165 votantes, o jovem presidente arrecadou praticamente setenta por cento dos votos, o que se traduz num triunfo confortável sobre Jorge Cravo, dissidente da sua direção que se apresentou a sufrágio, arrecadando 28 por cento dos votos. Ao todo Tiago Rodrigues teve 113 votos contra 47 de Jorge Cravo, registando-se ainda quatro votos em branco e um voto nulo. No final do ato eleitoral, o PUBLICIDADE

recentemente reeleito presidente do CC Taipas, disse estar à espera deste resultado, e aponta como ambição melhorar aquilo que de menos bom foi feito no primeiro mandato. “Era o resultado que estávamos à espera, contávamos com esta situação. Sabemos que algumas coisas não correram bem nestes últimos dois anos, mas nem tudo foi mau. Temos as coisas planeadas no sentido de melhorar aquilo que de menos bem foi feito pelo que estamos preparados para fazer do Taipas um clube melhor”, referiu o presidente do CC Taipas, frisando ainda que esta equipa está “mais preparada”, pelo que “serão

dois anos melhores do que os dois últimos”. Em todo o caso, mesmo antes do ato eleitoral, o plantel sénior já estava a ser alinhavado, assim como a preparação geral da próxima época. Tiago Rodrigues encontrava-se a preparar o clube para qualquer eventualidade, até para que a preparação da nova época não sofresse atrasos. “Era uma das coisas que criticámos a direção anterior e não queríamos ser acusados dessa situação. Por isso, tínhamos as coisas todas preparadas relativamente à próxima época, mesmo se não fossemos nós a dirigir o Taipas”, vincou.

candidato à presidência do CC Taipas, apostando em António Carvalho como o treinador do seu projeto e Amadeu Júnio Castro como diretor desportivo. O candidato derrotado diz que o resultado das eleições foi “trabalhado” e promete continuar atento à vida do clube. “Foi uma derrota mas que teve muita manobra por trás. Tenho de aceitar o resultado, os sócios é que têm de decidir, mas o que é certo é que os verdadeiros sócios do clube foram impedidos de exercer o seu direito de voto e, com isto, o resultado foi mais do que trabalhado para conseguirem vencer. Aceitamos o resultado mesmo sabendo as artimanhas que existiram e vamos acompanhar e fiscalizar o clube, temos toda a legitimidade para o fazer”, assegura Jorge Cravo em declarações ao Reflexo.

ÓRGÃOS SOCIAIS CC TAIPAS 2020/2021

ASEEMBLEIA GERAL Presidente - Daniel Castro Vice-presidente - Francisco Mota Secretário - Albino Pereira DIREÇÃO Presidente - Tiago Rodrigues Vice-presidente: Fernando Rodrigues Vice-presidente: Paulo Silva Vice-presidente: Pedro Ferreira Vice-presidente: Luís Macedo Tesoureiro: Luís Mendes Secretário: Rodrigo Magalhães Vogal: Duarte Neves Vogal: Fernando Oliveira Vogal: Ana ferreira Vogal: João Martins Vogal: Bruno Ferreira Vogal: Nuno Silva Vogal: José Silva Vogal: José Jacinto Vogal: osé Faria Vogal: João Maia CONSELHO FISCAL Presidente: Jorge Ribeiro Vice-presidente: Miguel Ribeiro Relator: Manuel Rodrigues


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Plantel do CC Taipas conta com sete caras novas para o ataque à nova época DR

com sete permanências oficializadas no plantel, nomeadamente Luís Rodrigues, Pedro Basílio, Best, André, João Ribeiro, Tiago Vieira, Diogo Melo e Joel. Peças importantes da manobra da equipa na última temporada, estes sete elementos já se comprometeram para a próxima época, continuando a representar o emblema do javali. PLANTEL 2020/21

O plantel do CC Taipas para a próxima temporada, que será orientado por Rui Castro, continua em construção, contando neste momento com catorze elementos, dos quais oito transitam da época anterior e igual número é reforço do conjunto taipense. Para já o setor mais reforçado é a defesa, que conta com quatro caras novas. São os casos de Bruno

Costa, Romeu Pinto, Henrique e Pedro Campos (na foto). A baliza foi também reforçada com a contratação de Gonçalo Pereira ao Torcatense, Maga foi o primeiro reforço, chegando às Taipas proveniente do Santa Eulália para o meio campo, sendo que Zé Pedro é, para já, o primeiro reforço para o setor mais adiantado. O processo de renovações conta

Reforços Maga (médio, ex-Santa Eulália), Zé Pedro (avançado, ex-Ponte), Bruno Costa (defesa, ex-Airão), Romeu Pinto (defesa, ex-Ponte da Barca), Gonçalo Pereira (guarda-redes, ex-Torcatense), Henrique (defesa, ex-Almada), Pedro Campos (defesa, ex-Maria da Fonte) Renovações Luís Rodrigues, Pedro Basílio, Best, André, João Ribeiro, Tiago Vieira, Diogo Melo Joel.

CC Taipas cria departamento de Scouting Dando sequência à reformulação do departamento de futebol que está a ser operada no CC Taipas, a direção liderada por Tiago Rodrigues criou um departamento de scouting, algo que o clube nunca teve. Este departamento “terá como objetivo, não só munir o clube com mais crianças e jovens, mas também e por consequência, trazer mais qualidade às nossas equipas PUBLICIDADE

de formação”, conforme anunciou o clube em comunicado nas suas redes sociais. O departamento de scouting do CC Taipas é uma realidade para a época que está em preparação, sendo, para já composto por José Alberto, ex-adjunto da equipa técnica de Geani Freitas, e ainda pelos ex-atletas da formação do clube Tiago Carvalho, Franco Rafael e Jorge Silva.

Formação retoma atividade física com as equipas técnicas definidas

Noutro âmbito, a equipa técnica do plantel sénior, liderada por Rui Castro, foi reforçada para a próxima temporada, passando a contar com João André para as funções de observador e analista. João André é licenciado em Educação Física e Desporto e pertencia aos quadros do Vitória SC. Possui curso de scouting (nível I) e duas formações na área da observação.

Os escalões de formação do CC Taipas já reataram as atividades físicas, voltando aos treinos após consulta junto da Direção Geral de Saúde das condições necessárias para o efeito. Cumprindo uma série de normas, como a não utilização dos balneários, desinfeção obrigatória das mãos e necessidade de trazer uma garrafa de água de casa, os jogadores da formação já voltaram a treinar.

As equipas técnicas para a temporada 2020/2021 já estão definidas, sendo que o escalão de juniores será orientado por Miguel Silva, treinador que será acompanhado pelo adjunto Pedro Ribeiro. Em juvenis Geani Freitas assume o comando técnico coadjuvado por Fernando Araújo, enquanto que o escalão de iniciados terá como treinador Miguel “Preto” e como adjunto Fernando Araújo.


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DESPORTO Grupo Desportivo Santo Estêvão retoma atividade desportiva MANUEL SILVA

Ao início da tarde do passado dia 20 de junho. Francisco Mendes (segundo à esquerda), presidente da Direção do Grupo Desportivo Santo Estevão, deu o pontapé de saída para a reativação da atividade desportiva da coletividade. Texto Manuel António Silva Natural da freguesia vizinha de Barco, mas a residir em Santo Estêvão há mais tempo do que a aquele em que residiu na sua terra

natal, Francisco Mendes assinalou o regresso do Grupo Desportivo de Santo Estêvão à sua atividade desportiva com palavras ambiciosas,

mas, ao mesmo tempo, ponderadas. Com um passado sem qualquer ligação ao clube, como reconheceu, o presidente a justifica o sua posição

“Não vai ser fácil ganhar ao GD Santo Estêvão”

Ronaldo Rodrigues é o Diretor Desportivo doGD Santo Estêvão e mostra-se confiante no bom desempenho do clube. Após muitos anos ligados ao futebol, surge como Diretor Desportivo do Santo Estêvão. Um Clube que lhe diz muito? É verdade. Nunca pensei vir

a ocupar estas funções depois de tantos anos ligado ao futebol, dentro das quatro linhas. O convite foi-me feito pelo presidente do Clube e, como também gosto da freguesia

onde vivo, acabei por aceitar. Sinto que posso ajudar a dar uma nova vida ao Clube. Vamos trabalhar e como tudo na minha vida, tentarei fazer o melhor. A situação é difícil pela desvantagem de não termos um relvado sintético. Conseguir reunir jogadores com qualidade para jogar em pelado e ainda por cima, com muito pouco para lhes oferecer, torna a tarefa ainda mais complicada. Encontramos uma equipa técnica com o perfil que procurávamos, muito ambiciosa e com bastante experiência e que também conhecem muitos jogadores de qualidade e com muito potencial, como alguns que já cá estão. Mesmo com todas estas dificuldades, estou convencido que vamos conseguir fazer um plantel com qualidade para discutir todos os jogos. Nesta fase não podemos adivinhar como é que a época nos vai correr mas, tenho a certeza absoluta que não vai ser fácil ganhar ao Santo Estêvão. Durante a época, vai pesar mais

pela insistência de um amigo, para que ocupasse o cargo. “Foi através de um amigo que me formulou o convite e foi de tal forma insistente no mesmo que não tive como não aceitar este desafio. Consegui reunir algumas pessoas para me ajudarem e vamos avançar com este projeto”. Na sua Direção conta com alguns antigos dirigentes do Santo Estêvão referindo mesmo que “são essas pessoas que nos aconselham” apesar de salientar também que “as pessoas novas também são importantes. São sangue novo para o Clube. Temos muita gente nova nesta Direção e, não querendo cortar com o passado, vamos imprimir uma dinâmica diferente”. Sobre o futuro, Francisco Mendes é claro a apontar que o principal objetivo “é o de colocar um relvado sintético no Campo da Fraga e, com essas condições, podermos começar a trabalhar com escalões de formação. É essa a nossa principal meta. Vamos começar com o futebol sénior, que será sempre a nossa bandeira, mas queremos muito implementar o futebol jovem no Clube”. Quanto à equipa que se está

formar para a próxima temporada, o presidente do GD Santo Estêvão diz querer criar uma equipa competitiva “para fazer a melhor classificação possível. Queremos ganhar os jogos todos mas, temos os pés bem assentes no chão e sabemos que isso não é fácil”. Para Francisco Mendes, quer Santo Estêvão, quer as freguesias vizinhas, podem ter muito a ganhar com este projeto. “Esse foi um dos motivos que me levou a aceitar este desafio. Nestas freguesias envolvente, temos muita carência de um relvado sintético. Os nossos miúdos têm de andar por outros clubes. Com essa situação resolvida, penso que ficam criadas condições para envolvermos uma série de miúdos destas freguesias envolventes no nosso projeto. O nosso maior aliado será sempre a Junta de Freguesia. Tem sido, e terá de ser, com a Câmara Municipal, o nosso maior aliado. Estamos satisfeitos com o apoio que nos tem dado até esta altura, bem como, com a forma como temos sido acolhidos na comunidade local”, rematou.

a questão desportiva ou a questão da retoma da atividade, após 10 anos de inatividade? Nesta fase o que vai pesar mais é a criação de condições para os atletas. Criar condições para o futuro. Claro que também vamos querer ganhar. Ninguém vai a jogo para perder. Mas, o mais importante é mesmo criar condições para que não falte nada aos jogadores e para que nos próximos anos possamos ser cada vez mais competitivos.

É o acordar de um monstro adormecido, uma das grandes referencias da Associação de Futebol de Braga? Serão os primeiros passos para recolocar o Santo Estevão noutros patamares? Não tenho dúvidas que no futuro vamos ser cada vez mais fortes. Temos uma Direção muito séria. Gente de trabalho e de palavra e não vamos viver acima das nossas possibilidades. O Santo Estêvão não vai ser um Clube para durar dois ou três anos. Vai voltar a ser o Clube que já foi mas, isso não se conseguirá de um dia para o outro. Se quisermos ter um Clube para muitos anos, não podemos dar passos maiores que as nossas pernas. Temos perfeita noção das dificuldades e que não é fácil suportar todas as despesas inerentes à competição. No entanto, tenho plena convicção que vamos fazer um excelente trabalho e seremos cada vez mais fortes.

Muitos dos atletas, pela sua juventude, não conhecem o Santo Estêvão. O que é que os motiva a vir para cá? Queremos reconstruir um Clube de confiança. Um Clube que não viva de falsas promessas. O que prometermos, será para cumprir. Alguns atletas veem porque conhecem algumas pessoas de cá mas, sobretudo, pelo conhecimento que têm da equipa técnica, com quem já trabalharam no passado.


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“Os projetos dependem sempre das pessoas” Vítor Pais – Presidente da Junta da UF Santo Estêvão e Donim

Vítor Pais (à esquerda) afirma que a União de Freguesias que lidera será mais forte, quanto mais fortes forem as suas coletividades Comos vê este ressurgimento do GD Santo Estêvão? Que importância tem para a freguesia e freguesias circunvizinhas? O GD Santo Estêvão é uma coletividade histórica da nossa freguesia. Já conta com mais de 30 anos. Passou por dificuldades e uma fase de inatividade mas as pessoas, de alguma forma, sempre acreditaram que isto fosse um projeto que pudesse ressurgir, só que a oportunidade e as condições ainda não se tinham reunido. Felizmente

apareceram agora alguns intervenientes com vontade para colocar novamente o projeto a andar e que contam, desde a primeira hora, com o apoio da Junta de Freguesia. A união de Freguesias de Santo Estêvão de Briteiros e Donim será tanto mais forte, quanto mais fortes forem as suas coletividades e organizações. Nesse aspeto, é muito bom, para além de termos o GD Donim que tem o seu escalão de formação, termos agora o Santo Estêvão a apostar no desporto e a recuperar e a utilizar equipamento

que está cá, que tem o potencial, mas que estava inutilizado. Francisco Mendes, presidente do Clube, salientou que um dos seus principais objetivos é dotar o Campo da Fraga de um relvado sintético e que conta com o apoio da Junta de Freguesia, situação que permitirá introduzir o futebol de formação no Clube beneficiando, assim, os jovens da freguesia. Acha que a própria Comunidade Castreja, onde se encontram inseridos, pode também beneficiar com isso? Claramente que as quatros freguesias inseridas na Comunidade Castreja podem beneficiar com isto. Os projetos dependem sempre de pessoas e esta revitalização assenta em recuperar a instituição através do projeto das pessoas, com um projeto desportivo e sabemos que isso é o início de melhorias que se podem trazer para o equipamento. Com bons equipamentos, ficaremos aqui, numa zona periférica do concelho, com condições de excelência para a prática desportiva das nossas crianças que, até aqui, por exemplo, para poderem jogar num relvado sintético, teriam de se

“As pessoas e o Clube merecem estar em patamares mais elevados”

Bruno Macedo – treinador (ex-Corvite/Prazins)

Comos é que surgiu a possibilidade de treinar o santo Estêvão? Foi através de um convite do Ronaldo Rodrigues, o Diretor Desportivo do Clube. Conheço o Santo Estêvão há muitos anos e vejo esta oportunidade também como uma forma de me conseguir projetar. Seremos a primeira imagem deste Clube e prometemos muito

trabalho e dedicação com o objetivo de fazer o melhor campeonato possível. Vamos treinar e jogar num campo pelado mas penso que os atletas que estamos a tentar trazer para cá têm muita ambição e tudo farão para não deixar mal o Clube. São atletas que eu conheço bem, uma equipa muito jovem. Como é que está correr a formação do plantel? Com algumas dificuldades, especialmente pela ausência de um relvado sintético. Mas estamos a organizar a equipa com calma, com serenidade. Um grupo muito forte e muito jovem. Esse é também um objetivo: trazer para aqui humildade, juventude, também com alguma experiência à mistura, para tentarmos fazer o melhor campeonato possível. Num clube que já chegou a andar na Divisão de Honra, acrescenta-lhe alguma responsabilidade para o trabalho a que se propõe? Sabemos a responsabilidade que

isso representa. Estamos prontos para abraçar este projeto com muita dedicação e trabalho para tentar colocar este Clube onde achamos que deve estar. As pessoas e o Clube merecem estar em patamares mais elevados. Quantos atletas terá o novo plantel? A ausência de um escalão de juniores no Clube, vai dificultar um pouco a gestão do número de atletas no nosso plantel que, nessas circunstâncias terá de ter 24 ou 25 jogadores. Tem trabalhado essencialmente com escalões de formação. Isso pode ser uma mais valia para gerir um plantel jovem? Acho que pode ser uma vantagem. Muitos destes jogadores foram meus atletas na formação. Conheço o seu valor e costumo dizer que são os meus filhos. Eles também me conhecem bem, nomeadamente naquilo que esperam ao meu nível da minha exigência.

deslocar a Santo Emilião. É aqui ao lado, é certo, mas é Póvoa de Lanhoso. Portanto, a Comunidade Castreja, só tem a ganhar com isto. Não nos podemos conformar com a chamada “desertificação”. Temos de inverter isso. Temos sentido que, de alguma forma, estas zonas mais da extremidade do concelho, já começam a ser procuradas pelas pessoas. A pessoas querem vir para cá. Notamos isso na quantidade de arrendamentos e licenciamentos para construção. Claro que quantas melhores condições podermos oferecer para essas pessoas se fixarem cá, melhor. Temos todos a ganhar com isso. E o Desporto é essencial para isso? O Desporto é essencial. Assim como a Educação. Ainda há dias inauguramos melhoramentos realizados na Escola de Fafião. São pilares essenciais para as comunidades locais. A Junta da União de Freguesias local pode ter um papel importante no crescimento deste projeto? Temos dado, desde a primeira hora, um apoio muito forte às coletividades locais. Queremos ser facilitadores e, de alguma forma,

motivar as coletividades a evoluir apoiando-as de todas as formas possíveis, dentro daquilo que são as nossas competências. Estamos sempre de porta aberta para tentar perceber qual é o projeto e dentro disso podermos ajustar, facilitar e ajudar a todos os níveis para que possam ter sucesso. Claro que muito disto sempre com uma forte ligação e colaboração por parte da Câmara municipal de Guimarães. Se estivermos todos a trabalhar em parceria, para um único objetivo, é sempre mais fácil. Como tem sido a resposta da comunidade local a esta situação? Para ter uma ideia, tempos cerca de uma centena de pessoas que, mesmo não havendo atividade, ainda são sócios pagantes. Ou seja, pessoas que continuaram a pagar as suas quotas para um projeto em que acreditam e que de alguma forma vem do passado e faz parte da cultura e identidade da própria freguesia. Agora, com atividade no Clube, essas pessoas vão aparecer de forma natural. Estamos também a falar de muita gente que está no estrangeiro que, com as redes sociais, se sentem muito próximas deste projeto.

“Espero ser mais bem-sucedido que nas últimas épocas” Nuno Casimiro – médio (ex-Polvoreira) começar do zero, um projeto novo. Estamos aqui para ajudar o Clube e espero ser mais bem-sucedido do que aquilo que fui nas duas últimas épocas em que estive no Polvoreira.

Depois de ter estado num projeto como o do Polvoreira, como é que o cativaram para vir para o Santo Estêvão? É uma equipa que vai

Preparado para “esfolar a badana” no pelado? Comecei a jogar na terra e fi-lo durante alguns anos. O sintético é realmente melhor mas, são estas as condições que temos e vamos lutar de igual para igual com toda a gente. Muitos jogadores exPolvoreira que vão integrar o plantel. O faco de se conhecerem pode ser uma vantagem? É sempre bom estarmos com quem já conhecemos e com quem estamos habituados a partilhar o balneário. Contudo, também é sempre bom conhecer gente nova, sair da nossa zona de conforto.


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reflexo

Obituário

24 de junho distinguiu linha da frente do combate à pandemia com distanciamento e cultura vimaranense

Com contornos diferenciados do costume, na sessão solene do 24 de junho, Dia Um de Portugal, Guimarães distinguiu aqueles que estiveram e continuam a estar na linha da frente do combate à pandemia. O executivo vimaranense aprovou por maioria e aclamação a homenagem a profissionais de saúde, profissionais de serviços essenciais e voluntários, que foram reconhecidos simbolicamente. A medalha aos Profissionais

de Saúde foi entregue a Henrique Capelas, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Guimarães; a medalha para os Voluntários foi entregue a Virgínia Alves, voluntária da Cruz Vermelha de Guimarães e a medalha para os Profissionais dos Serviços Essenciais foi entregue a Crisália Alves, coordenadora dos Serviços Municipais da Proteção Civil. Domingos Bragança, presidente

O Clube de Ténis de Mesa das Taipas vai manter-se campeonatos nacionais na próxima temporada desportiv, uma vez que a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa deu por terminados os campeonatos sem atribuição do título de campeão nacional. Numa situação aflitiva quando as competições foram interrompidas, uma vez que estava em posição de decida, o

CTM Taipas acaba por sair beneficiado desta situação, mantendo a equipa na 2.ª Divisão Nacional para a temporada 2020/2021. Através de uma nota colocada nas suas redes sociais, o CTM Taipas agradece aos atletas João Ribeiro, João Gomes, Joaquim Magalhães, Nuno Wilson e Pedro Castro pela sua prestação, destacando a evolução desportiva.

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Teresa de Jesus Rodrigues

do município, voltou a expressar a intenção de tornar este dia um dia do país e não apenas de uma cidade. “De Guimarães, que sempre celebrou o espírito da Batalha de São Mamede, incito os Portugueses a exaltar connosco o legado da ‘Primeira Tarde Portuguesa’ e da sua mensagem primordial: com união e compromisso coletivo foi possível gerar um país; com a mesma união e compromisso seremos capazes de enfrentar e vencer os novos desafios, como em tantos outros momentos destes quase 900 anos de história, proclamando, uma vez mais, a nossa capacidade para decidir que futuro queremos e que território legaremos aos vindouros”, referiu. A cerimónia contou com a presença de Ângela Ferreira, secretária de estado adjunta e do Património Cultural, que reforçou a importância de se celebrar o 24 de junho. “Assinalamos um dia que é de Guimarães e é também de Portugal. O 24 de junho de 1128 é uma data fundamental no nascimento de Portugal. Este é o momento solene que assinala a primeira tarde portuguesa, que deixou um legado ao qual chamamos país. O que somos começou há exatamente 892 anos, em Guimarães”, frisou, complementando que “sem esses primeiros portugueses tudo seria diferente”. Artistas vimaranenses produziram a animação musical da sessão solene, destacando-se um tema original da autoria do compositor Tiago Simães.

CTM Taipas mantém-se nos campeonatos nacionais

Julho de 2020

No dia 19 de Junho, na sua residência, faleceu a Sr.ª Teresa de Jesus Rodrigues, com 94 anos de idade, viúva de Joaquim de Freitas, residente que foi na Rua Veiga de Castelães, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Fermentões, indo depois a sepultar no Cemitério de Fermentões, Guimarães.

José Fernando Duarte Ribeiro Dias

No dia 20 de Junho, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. José Fernando Duarte Ribeiro Dias, com 66 anos de idade, casado com Joaquina Leite do Vale, residente que foi na Rua Engenheiro Margaride, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Alberto Oliveira da Cunha

No dia 20 de Junho, na sua residência, faleceu o Sr. Alberto Oliveira da Cunha, com 75 anos de idade, casado com Emília da Conceição Martins da Silva, residente que foi na Rua do Campo Novo, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Joaquina de Macedo

No dia 22 de Abril, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª Joaquina de Macedo, com 93 anos de idade, residente que foi na Rua 24 de Junho, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

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Manik Mané com Steven Gerrard, treinador do Rangers, na conferência de imprensa do jogo com o SC Braga


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