Reflexo #290 2020-08

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Agosto de 2020 / Ano XXVII / #290

Publicação Mensal

Diretor Alfredo Oliveira

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Ricardo Costa perde federativas do PS mas vence em Guimarães p. 12

Sofia Ferreira: "As contas da Turitermas são de conhecimento público. É um dos grandes desafios que temos pela frente." ENTREVISTA

pp. 04 e 05

Primeira piscina pública do distrito completa 70 anos

Mais de 2 milhões para IPSS do concelho

Piso do Pavilhão do CART pronto para a nova temporada

CD Ponte e GD Longos apresentam-se para a próxima época

As Piscinas das Taipas completam este ano sete décadas de existência.

Câmara de Guimarães celebrou protocolos com 104 Instituições de Solidariedade Social.

Novo piso em madeira, obra orçada em cerca de 55mil euros, contou com o apoio da Câmara.

Incerteza quanto ao início da época desportiva 2020/21 marca o arranque dos trabalhos.

p. 6

p. 16

p. 19

pp. 20 e 21

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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira

Sofia Ferreira na Turitermas No ano de 1985, a Assembleia Municipal do dia 19 de outubro, por proposta do então órgão executivo, aprovada no dia 5 de junho de 1985, deliberou a constituição da Taipas-Turitermas. Manuel Ferreira foi o seu primeiro presidente e a 22 de fevereiro de 1996, Remísio Castro assume a presidência da direção. Em 2005, após as eleições autárquicas de 9 de outubro, José Luís Oliveira assume os destinos da cooperativa, mas não viria a completar o seu segundo mandato, pois Ricardo Costa, também após as eleições autárquicas de 2009, viria a ocupar a presidência da Turitermas. A 9 de dezembro de 2019, José Maia Freitas assume a direção da cooperativa e abandona essa liderança passados poucos meses, vindo a ser substituído pela atual vereadora responsável pelo turismo, Sofia Ferreira, a 6 de julho de 2020. À frente da cooperativa, desde a sua criação, somente estiveram pessoas ligadas ao Partido Socialista. Por isso, para o bem e para o mal, os socialistas são os únicos responsáveis pela gestão da cooperativa. Com Remísio Castro, o presidente da Junta de Freguesia assumiu o cargo de presidente da direção. O mesmo já não aconteceu com Constantino Veiga (PSD), vencedor das autárquicas. A Câmara avançou, para assumir a direção da cooperativa, com os candidatos socialistas derrotados nessas eleições, José Luís Oliveira e Ricardo Costa. José Maia Freitas foi um presidente de uma certa continuidade, pois vinha da direção de Ricardo Costa. Passados 35 anos, a cooperativa volta a ter à sua frente uma personalidade de fora de Caldas das Taipas, Sofia Ferreira. Com exceção de Manuel Ferreira (o Reflexo ainda não existia) todos os presidentes da Turitermas deram a conhecer nas páginas do jornal a visão que pretendiam implementar na cooperativa. O único que não o fez foi José Maia, apesar do nosso convite. Sofia Ferreira aceitou prontamente o nosso convite para dar conta da sua estratégia para os próximos três anos. Apesar de a cooperativa não atravessar um período tranquilo, Sofia Ferreira não fugiu às questões colocadas. Uma entrevista a ler com atenção. A eleição para a federação distrital de Braga do Partido Socialista é um dos momentos políticos deste ano. Ricardo Costa perdeu as eleições, acabando por alcançar uma “vitória moral”, típica dos portugueses. Não temos dúvidas que muitos socialistas se uniram a Ricardo Costa por motivos muito divergentes. Acreditamos que muitos deles, apesar da derrota, cumpriram o seu objetivo principal – dividir e acabar com o peso “daquele pessoal das Taipas”. Muitos socialistas da cidade tinham “uma espinha atravessada na garganta”, que foi iniciada com a derrota de Miguel Laranjeiro por Luís Soares. Começaram a saldar as contas. Falta saber quantos dos seus apoiantes irá manter Ricardo Costa em 2025. .

reflexo O Norte de Guimarães

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A falta de civismo no espaço público

As questões não eram O parque de lazer da simples e o momento é tudo Praia Seca tem vindo a sofrer menos pacífico. Temos aindiversas intervenções para da a realidade de voltarmos dotar aquela área com as a ter, depois de mais de duas melhores condições para que décadas, uma pessoa de a população possa usufruir “fora das Taipas” a presidir do espaço tranquilamente e aos destinos da maior gesem segurança. Infelizmente, tora de valências públicas passados poucos dias da sua da vila. inauguração, o bar instalado Apesar destes condifoi logo assaltado. cionalismos, com poucas Por outro lado, a Praia semanas no cargo, Sofia Seca nunca foi um lugar Ferreira não teve problemas para se ir de carro, mas os em abordar as questões retempos e o próprio espaço lativas à cooperativa. eram outros. Aumentando-se Não terá um caminho a área de lazer, naturalmente fácil pela frente, pois todos chama mais gente... de carro os problemas ou conquistas e o estacionamento torna-se da cooperativa foram da escasso. responsabilidade da gestão socialista, não há elementos políticos externos para justificar o que quer que seja.

DESCE

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 290/ Agosto de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha e Bruno José Ferreira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@ reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


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ENTREVISTA Sofia Ferreira

"Temos um conjunto de valências que tem tudo para funcionar bem" MANUEL ANTÓNIO SILVA

Filha do primeiro presidente da Taipas Turitermas, Manuel Ferreira, a vereadora Sofia Ferreira assumiu recentemente a liderança desta cooperativa. Dezasseis dias após tomar posse falou abertamente ao Reflexo sobre o passado, o presente e os projetos que tem para o futuro desta "instituição de elevadíssima importância para o concelho", tendo por isso como objetivo que todos os vimaranenses conheçam os seus equipamentos e valências. Recuperar a importância turística das Taipas é outra das suas missões. Entrevista Bruno José Ferreira com Manuel António Silva Foi designada presidente da Taipas Turitermas a 6 de Julho. Como surgiu esse convite e em que condições avançou? Por questões de ordem pessoal e profissional o anterior presidente entendeu aceitar outros desafios e, a partir dessa data, colocou o lugar à disposição. Nesse contexto a câmara designou um novo representante. Foi nesse contexto. Obviamente aceitei com todo o gosto, toda a honra e toda a vontade de trabalhar. Essa decisão foi tomada a 6 de julho, em reunião de câmara, e aqui estou. Tomei posse a 13 de julho, há dezasseis dias, e assumi funções na direção na primeira reunião de direção. Quais os passos que deu nestes primeiros dezasseis dias? Nestes curtos dias desde logo o primeiro ato foi a reunião de direção, tivemos uma conversa muito

interessante, com toda a normalidade, em que dei nota das minhas intenções relativamente à minha presença aqui na Taipas Turitermas. Recebi da parte dos membros da direção a disponibilidade para que se entendesse poder substitui-los na direção, com disponibilidade também para continuarem a fazer o trabalho para o qual estava designados. Entendo que havendo esta disponibilidade e estando todos imbuídos do espírito de trabalhar para o melhor desta casa, não havia motivos para fazer alterações na direção. Entendemos prosseguir o trabalho como uma equipa. Depois, reuni com todos os trabalhadores, porque entendo que qualquer instituição resulta do desempenho e do contributo de cada um dos seus profissionais, esse foi logo o passo seguinte, conversar com todos. Tenho estado agora a conversar de uma forma mais direcionada por

áreas, a analisar e fazer o ponto de situação relativamente a cada uma das áreas: ouvir, partilhar ideias dentro das mais diversas áreas de atuação. A sua experiência enquanto vereadora com o pelouro do turismo e até na presidência da Turipenha pode ser uma mais-valia? Espero bem que sim. De uma forma muito sincera espero ser uma mais-valia para esta instituição. Já o disse e repito. A Taipas Turitermas é uma instituição de elevadíssima importância para o município. É uma honra estar aqui, até por motivos pessoais, e assumo isso com todo o orgulho. Sinto-me legitimada para presidir a Taipas Turitermas, fui eleita, tenho toda a legitimidade para estar aqui como representante do município e procurarei fazer tudo para que sejam defendidos

os interesses do município. E ao estar a fazê-lo defenderei também os interesses e o melhor para a Turitermas. Também assumo, a nível pessoal, que é um orgulho estar aqui 35 anos depois de o meu pai ter sido o primeiro presidente desta casa. Assumo que há uma componente de ordem pessoal, em que tudo farei para orgulhar os fundadores desta nobre instituição. Temos aqui o resultado do trabalho de pessoas notáveis, um conjunto de pessoas que muito deram a esta instituição e para que se constituísse esta cooperativa que, naquela data, tinha o objeto social muito concreto de, entre vários objetivos, contribuir para a reabilitação e gestão dos estabelecimentos termais e dos equipamentos turísticos da Vila das Taipas. Objetivo que foi conseguido e hoje temos essa responsabilidade acrescida de honrar quem se esforçou.

Já referiu a importância da Turitermas em diversas intervenções. No entanto a Turitermas não teve grande expressão na estratégia de Turismo do concelho. Pode esperar-se uma maior proximidade? Não diria que não foi muito expressa na estratégia do Turismo. Vivemos um tempo imprevisível, para o qual não estávamos preparados. Quando desenvolvemos a estratégia turística para Guimarães tínhamos uma realidade completamente diferente. Fechámos o ano 2019 como o melhor ano de sempre. Em 2020 caiu, é das atividades económicas que mais sofreu com esta pandemia. Sempre procuramos um maior envolvimento de todos os vimaranenses naquilo que é o seu território, aproveitar esta garra vimaranense, esta paixão, para comunicar Guimarães. É uma mais-valia muito nossa. O que procuramos transmitir é que Guimarães é uma referência em termos de produto cultural, um produto consolidado. Temos de diversificar a nossa oferta turística para sermos mais atrativos e conseguir recuperar mais rápido. Já tínhamos essa noção e diversificar essa oferta turística é comunicar que somos bons e com atrativos noutros segmentos. Neste enquadramento há um segmento importantíssimo e que só o temos aqui na Vila das Taipas, que é o termalismo e a saúde de bem-estar. Nunca ficou em segundo plano na nossa estratégia de turismo, pelo contrário, temos é mais do que nunca valorizar o que temos que oferecer enquanto produto nesta área. É necessário agregar tudo isto, Taipas é uma vila turística e, portanto, todo o investimento que foi feito neste equipamento, a qualidade dos seus serviços, associada a um parque de campismo, às piscinas, temos um conjunto de valências que tem tudo para funcionar bem; principalmente num momento em que o turismo está a recuperar com procura em áreas associadas a este tipo de destinos. De natureza, de acalmia, temos aqui bem perto a Citânia de Briteiros, e Guimarães ficará sempre mais forte quanto mais consolidados estiverem estes segmentos. De entre as várias valências da cooperativa há alguma que seja prioritária? Todas merecem atenção. Há


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"Encontrei um conjunto de colaboradores dedicados e que sentem muito esta casa" algo que gostaria que fosse desenvolvido. A Taipas Turitermas com os seus diferentes equipamentos tem de ser conhecida de todos os vimaranenses. Penso que há aqui este desafio. Por todos os motivos que já referi. Há este trabalho que me parece muito importante de ser realizado. Assumo como desafio dar a conhecer esta casa e as suas potencialidades a todos os vimaranenses, mesmo na comunidade escolar de todo o concelho. Até na área pedagógica, há áreas que me parecem interessantes explorar, numa maior proximidade com as escolas. Isto é um equipamento intergeracional, temos de aproximar a instituição dos vimaranenses, dos jovens, das escolas. Outra coisa que gostaria é que os outros cooperantes participassem de uma forma ativa. A filosofia é essa mesma, que a câmara possa contar com os restantes cooperantes para trabalhar em conjunto. É um desafio que assumo e que me vou dedicar. Há também uma área que ainda não falei, que teve um interregno com esta situação, que é a programação cultural, que é interessantíssima. Há um projeto de qualidade que foi muito bem iniciado, há vontade de todos que tem de ter continuidade, ainda que adequado à nova realidade. Não podemos é parar. É uma missão que me parece essencial. Neste curto espaço de tempo que tive apreendi também algo muito positivo: temos uma equipa de pessoas muito dedicadas e de pessoas que sentem muito esta casa, o que é muito bom, poder trabalhar com profissionais motivados porque as instituições são o somatório de cada um dos seus membros. Senti isso desde a primeira hora, pessoas motivadas e também expectantes, o que é normal. Há mudança, as pessoas ficam na expectativa para ver o que vai mudar. Nesta instituição como em qualquer outra há questões a resolver, de maior ou menor dificuldade, situações de relacionamento que têm de ser apuradas. Têm é que haver diálogo. Faz parte da vida. Já teve tempo para perceber como está a questão dos produtos de cosmética, lançados em 2013? De uma forma genérica sim. É uma área muito interessante. Já conversei com os colaboradores que estão nessa área. É uma área com enorme potencial e com uma margem de crescimento muito

BRUNO JOSÉ FERREIRA

grande e, por essa via, será um caminho para promover a instituição e o território. É uma área que gostaria muito que fosse consolidada em termos de venda, promoção e marketing. Temos de trabalhar de forma concertada com outras instituições e com todos os parceiros. Quando falava de aproximar e de comunicar a instituição à comunidade vimaranense é importante sermos mais agressivos, no bom sentido, na divulgação dos nossos serviços no mercado nacional. As Termas das Taipas são muito conhecidas, mas teve um período em que esteve desativada. Pelo investimento feito temos condições para dar seguimento a este caminho. Temos potencial e capacidade para ser competitivos. O polidesportivo foi intervencionado recentemente, ficando sempre patente a dúvida em relação ao custo/benefícios das pessoas. Pensou-se manter o parque de campismo aberto todo o ano com o apoio do polidesportivo. Que visão tem destes dois equipamentos? O ideal seria ter os parques de campismo sempre abertos. É também uma questão que se coloca no outro parque de campismo de Guimarães, na Penha. Será uma mais-valia para Guimarães, mas para isso temos de ter condições de os adaptar. É uma meta que se pretende atingir, mas há um trabalho faseado a fazer, que tem de ser bem planeado. O polidesportivo é um equipamento de excelente qualidade. Podemos melhorar sempre tudo na nossa vida, obviamente, naquilo que pudermos fazer para melhorar e para o tornar mais usufruído pela população de todo o concelho, porque está numa zona fantástica do parque, com um enquadramento único, tudo faremos. Temos de dar tempo para que seja possível atingir todos estes objetivos. Estando a maior parte dos equipamentos da vila sob a tutela da Turitermas, é necessária também uma proximidade com a junta de freguesia, para que se agreguem sinergias? É sempre necessária proximidade com os agentes locais, regionais ou nacionais. É inquestionável que a articulação com a junta de freguesia tem de ser sempre de proximidade para que o bem da população seja satisfeito. É inquestionável.

Como encontrou a Clínica Médica de Saúde? Estou a encontrar uma clínica médica que presta bons serviços, de qualidade. Já tive oportunidade de reunir com o diretor clínico dessa área, a equipa está motivada, o que temos vindo a assistir, de 2015 até hoje, é que a credibilidade tem vindo a aumentar. Entendo que é uma área que tem potencial para continuar com os patamares de qualidade que oferece e ainda melhorar. Não há, então, um desinvestimento nessa área? Não entendo que haja desinvestimento. Vivemos este último meio ano que não é fácil de caracterizar e que também neste setor teve repercussões muito graves. Aquilo que me é dado a conhecer é que este novo contexto coloca novos desafios de conseguir ajustar a oferta de serviços a esta realidade, com planos de contingência que venham a ocorrer. Temos condições para encarar os desafios e continuar a pautar o trabalho desta casa pela qualidade, eficiência e eficácia. Já se inteirou do estado financeiro em que se encontra a cooperativa? A nível financeiro as contas da turitermas são de conhecimento público. É um dos grandes desafios que temos pela frente. A questão financeira da instituição é pública, há constrangimentos que todos conhecem, que decorrem de situações anteriores e que, obviamente, tudo

farei para honrar os compromissos da instituição. Assumi a direção nesta situação e espero um dia, quando sair desta casa, deixar essa parte mais tranquila. A pandemia teve também um forte impacto a este nível? Completamente. Teve um impacto negativo em todas as áreas, e nesta claro que também. A Turitermas é uma das empresas municipais que aderiu ao lay-off, portanto, a situação já não era fácil, e ficou agravada. Teremos de ver e analisar, assim como outras que merecem uma atenção especial. Obviamente o município está cá para assumir aquelas que são as suas responsabilidades. Há quem defenda a passagem da Turitermas para privados. Acha que é possível? Tudo é possível. Mas entendo que a Taipas Turitermas foi criada em 1985 com um objetivo muito específico e entendo que à data de hoje continuam reunidas condições para manter a Taipas Turitermas como uma regi-cooperativa. Esta situação deverá manter-se sempre neste contexto, num modelo em que o município seja o seu principal cooperante, preside à direção e faz a gestão dos equipamentos. Isto é património dos vimaranenses. Seria possível a Taipas Turitermas manter a estabilidade sem o contrato-programa com a Câmara Municipal de Guimarães?

As coisas não se podem colocar nesse nível. O contrato programa com a Câmara Municipal de Guimarães, à semelhança das outras cooperativas, é feito para determinado fim. Portanto, não podemos estar a misturar as áreas. Para aquilo que são as atividades que constam do contrato-programa terão de continuar, e muito bem. Para isso é que são celebrados. Se, por ventura, tivermos de diversificar a criar mais atividades que sejam para o bem do serviço à população ou social que a cooperativa presta, poder-se-á alargar o contrato programa. Tem falado com o seu pai sobre isto? Tem dado conselhos? Falamos de tudo. Ele é cooperante. Espero que enquanto cooperante, e lanço-lhe esse desafio, assuma de uma forma mais ativa a sua responsabilidade na instituição, que participe nas assembleias-gerais e noutras atividades. Este ano comemora-se 35 anos da Taipas Turitermas, ia assinalar-se a data mas teve de ser suspenso por causa desta situação. Não vamos deixar passar a data. O meu pai dá-me sempre bons conselhos em tudo na vida, é um apaixonado por esta casa e por esta vila. Portanto, cá estou e tudo farei para que funcione bem, tendo a consciência de que esta é uma missão complexa. Tenho perfeita noção de que não é fácil e que tenho desafios pela frente. Estou com vontade de trabalhar e estou confiante na equipa que temos, pessoas que sentem a casa.


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Primeira piscina pública do distrito completa 70 anos

Postal ilustrado da piscina de Caldas das Taipas, década 60 do séc. XX (coleção António José de Oliveira)

Não se conhece a data exata da inauguração, mas não há dúvidas que se trata da primeira piscina pública não só do concelho mas do distrito. As Piscinas das Taipas completam este ano sete décadas de existência. Das pranchas ao bar, as memórias são mais do que muitas. Texto Bruno José Ferreira Já lá vão setenta anos desde que se deram os primeiros mergulhos na Piscina das Taipas, como é conhecida a piscina situada junto ao Parque de Lazer das Taipas, pertença da Cooperativa Taipas Turitermas. Um equipamento que ainda hoje se destaca pelas suas condições, mas que mais ainda se destacou em 1950, ano da sua inauguração, quando foi construído como algo completamente inovador naquela época e algo inexistente, servindo por isso muito mais do que os taipenses. A data oficial da inauguração, ou abertura, é desconhecida, inclusive na própria documentação oficial da Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas, entidade responsável pela construção das piscinas. Mesmo sendo o primeiro

equipamento do género nas redondezas, apesar de inovadora, a piscina das Taipas abriu sendo uma valência moderna e completa, uma vez que logo em 1950 tinha uma piscina para adultos com sensivelmente 25metros de comprimento, ainda hoje existente logo na entrada, e tinha também uma piscina para crianças e um parque infantil na zona onde hoje funciona o bar. Com o desenrolar do tempo a piscina foi sofrendo mutações até se tornar no complexo de piscinas que é nos dias de hoje. Em 1976, ainda sob a tutela da Junta de Turismo da Instância Termal das Taipas, foi construída a atual piscina para as crianças e em 1990 a Piscina das Taipas, como é, então conhecida, foi alargada com a construção de uma nova piscina, esta

com aproximadamente cinquenta metros de comprimento. A construção desta segunda piscina foi feita já com a mesma a ser tutelada pela Cooperativa Taipas Turitermas. A prancha, o bar e a água que se mudava todos os dias

Com uma afluência assinalável desde a sua fundação até aos dias de hoje, com especial destaque nas décadas de oitenta e noventa, sendo um serviço requerido por utilizadores de todo o concelho e não só, entre as muitas memórias que sobram da piscina das Taipas os destaques vão para a famosa prancha e também para o bar. A prancha servia para os mais audazes darem os seus mergulhos para a piscina, ficando na retina que se tratava de uma prancha de dimensões

consideráveis e que, acabou por ser desativada. O bar era reconhecido pelos seus petiscos, sendo mais um atrativo deste equipamento inédito que tornou as Taipas como um território pioneiro neste âmbito. Dois importantes marcos da piscina, entre outros, que dotavam o local de características propícias para a realização de vários eventos, tais como festas típicas e os conhecidos arraiais minhotos. Outra das inovações da piscina das Taipas era o facto de, até aos anos oitenta, a água da piscina ser mudada todos os dias, recorrendo-se à água do Rio Ave com o devido tratamento. Uma tradição que foi alterada face à evolução dos tratamentos, o que levou a que não fosse necessário mudar constantemente a água. Ainda assim, é igualmente

memória dos frequentadores assíduos da piscina que perto da hora do fecho o tanque começava a esvaziar para que fosse possível encher durante a noite, dando oportunidade às crianças, enquanto a piscina esvaziava, para poderem ir para a piscina dos adultos. Memórias que permanecem naqueles que passaram muito do seu tempo de verão na piscina das Taipas. Os setenta anos da abertura da Piscina das Taipas seriam assinalados pela Taipas Turitermas na sua Programação Cultural Banhos Velhos, algo que, em virtude da pandemia, não se realiza este ano, ficando adiado para o próximo ano. Os mergulhos, esses, continuam a ser uma realidade na Piscina das Taipas, uma realidade com sete décadas.


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Fila, máscara e visitas rápidas: feira ainda não agrada a todos

REFLEXO

Um detido e dezoito identificados em casa de diversão noturna REFLEXO

A feira semanal das Taipas está a funcionar há sensivelmente dois meses no regresso pós pandemia. Reaberta no primeiro dia de junho, a feira retalhista ainda não é o que era apesar de, aos poucos, as pessoas começarem a perder o medo. Foi precisamente isso que o Reflexo aferiu numa visita à feira. A entrada foi feita com uma fila que chegou a assustar, mas processou-se de forma relativamente rápida. Algo que, ainda assim, segundo a feirante Maria Júlia, vai causando transtorno. “Aqui há menos pessoas. Há feiras em que a entrada já não é feita com controlo. Nas Taipas temos filas enormes lá fora, pouca gente cá dentro e pessoas a desistir de cá entrar dadas as condições”, aponta Maria Júlia, que há mais de cinquenta anos faz a feira das Taipas. Entre os desabafos há a sensação de que o negócio de pronto-a-vestir é um dos que mais tem sofrido nesta retoma, na medida em que as pessoas não têm necessidade de comprar roupa. Uma realidade que facilmente se constata quando se desce à zona de produtos hortícolas, onde Alexandre António vai fazendo o seu negócio. “Faço um descontinho, tenho de vender mais barato para ir fazendo o negócio. Mas está a correr bem, as pessoas veem e compram. Há uma realidade: até agora as pessoas gostavam de vir aqui e de falar, de conviver; agora compram e parece que fogem”, refere Alexandre António, natural de Prazins Santo Tirso, que também há muitos anos vende os produtos que produz na

feira das Taipas. De resto, as normas vão sendo cumpridas, conforme dão conta os vigilantes da empresa de segurança que está a agilizar a organização da feira. A questão do uso obrigatório de máscara é algo a que as pes soas já se habituaram, assim como a manter o distanciamento social. As filas que se formam, garantem, surgem com a necessidade manter apenas três centenas de pessoas no interior do recinto. Contudo, essas filas fluem com rapidez e apenas se notam na primeira hora do dia, entre as 9h30 e as 10h30. A feira semanal tenta ainda recuperar o fôlego, sendo certo que já se notam os ciclos mensais de maior venda assim como a tendência que este ano não será favorável para o pronto-a-vestir, procurando-se essencialmente os bens essenciais. Junta de Freguesia de Caldelas isenta feirantes das taxas de ocupação

Para fazer face às dificuldades enfrentadas pelos feirantes, a Junta de Freguesia de Caldelas isentou os feirantes da taxa de ocupação até ao final do ano, seguindo aquela que foi uma medida adotada pelo município. Assim, desde julho até ao final do ano, os feirantes que habitualmente frequentam a Feira

Semanal das Taipas estão isentos do pagamento das taxas de ocupação de espaço no recinto da feira. Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldas das Taipas, dá nota que, desde abril, tem vindo a manter contactos com a Associação representativa dos Feirantes no sentido de não se processar a cobrança das taxas da feira, situação que, como reconhece, “afeta desde logo o funcionamento da Feira, e de forma muito significativa o Orçamento da Junta de Freguesia. Por isso, sem uma compensação do Município estariam em causa compromissos assumidos pela Junta de Freguesia, que estão em curso e que têm de ser pagos.” Em documento distribuído à imprensa, Luís Soares dá ênfase ao facto desta medida só ter sido possível, com a ajuda da Câmara Municipal de Guimarães que apoiará a Freguesia para que esta medida possa ser colocada em prática. “O Senhor Presidente da Câmara Municipal foi sensível às dificuldades dos feirantes e também às dificuldades que o não processamento da cobrança das taxas acarreta para a Junta de Freguesia e por isso decidiu que nos vai apoiar”, pode ler-se no referido documento da junta de freguesia.

Elementos do Posto Territorial das Taipas da Guarda Nacional Republicana (GNR) identificaram na madrugada de 26 de julho, de sábado para domingo, o proprietário de um estabelecimento de diversão noturna da Vila das Taipas, denominado “Bora Lá” por suspeita de prática do crime de lenocínio. A identificação foi feita no âmbito de uma operação levada a cabo neste estabelecimento, situado no centro da vila, sendo que a referida operação visava o combate à criminalidade em geral. Acabou por ser identificado um homem de 43 anos de idade e ainda dezassete mulheres por suspeita da prática do crime de lenocínio. Na sequência desta operação

foram levantados vinte autos de contraordenação por irregularidades administrativas e quinze autos de contraordenação por falta da utilização equipamento de proteção individual. Ao que o Reflexo conseguiu apurar foram multadas quinze pessoas na sequência dos quinze autos levantados, pelo facto de não estarem a usar máscara, o que é obrigatório. Foi também detido um homem de 48 anos de idade por se encontrar a exercer a atividade de segurança privada sem ter habilitação para tal, acabando por ser constituído arguido. Estes factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Guimarães, deu conta a GNR através de comunicado.


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Dos blogs passaram a “Viagem de Uma vida” para livro

ALFREDO OLIVEIRA

da formação”, explica Ruthia. No seio desta associação nasceu então o livro ‘Viagens de Uma Vida’, que agrega então 25 textos de 25 bloggers a relatar peripécias de uma das suas viagens. Ruthia inspirou-se na China, Carla na Gronelândia. Em ambos os casos trata-se de textos originais, ainda que as viagens já tenham sido abordadas nos respetivos blogs. “A China inspira a minha crónica. Sabia muito pouco chinês, foi um choque cultural, porque uma coisa é conhecer em teoria e outra é estar lá”, explica Ruthia sucintamente. Carla apresenta também o seu texto: “O texto que temos publicado no livro é sobre a Gronelândia. Abraçámos uma região que gostamos muito, à qual já fomos várias vezes, e decidimos escrever um artigo sobre as alterações climáticas e como as populações locais lidam com o degelo. É precisamente sobre isso que escrevemos”. Repto lançado para escrever sobre as Taipas

Blogers de viagens vimaranenses, Ruthia Portelinha e Carla Mota, aliaram o seu gosto por viajar à escrita. Dos blogs criaram uma associação e da associação deram agora o seu contributo para a publicação de um livro. Um livro com ‘Viagens de Uma Vida’ que o Reflexo quis conhecer e dar-lhe a conhecer. Texto Bruno José Ferreira Ruthia Portelinha nasceu na Namíbia, vindo para Guimarães com apenas sete dias; frequentou a Escola Básica das Taipas. Carla Mota é natural de São João da Madeira mas está em Guimarães há quinze anos. Têm em comum o gosto pelas viagens e o facto de partilharem as suas experiências online. São bloggers e recentemente integraram um livro pioneiro no nosso país, em que 25 bloggers de viagens escolheram uma das suas aventuras para compilar em livro. “É a primeira vez que viajantes portugueses se juntam em livro: temos alguns viajantes muito experientes, temos histórias muito diversificadas e realidades muito distintas, passagens marcantes em textos inéditos, mesmo que já PUBLICIDADE

tenham sido tocados nos blogs” começa por explicar Ruthia, autora do blog ‘O Berço do Mundo’. Como começou, afinal, o gosto por viagens e por blogs? Foi o ponto de partida para uma conversa no Parque de Lazer das Taipas. “Gosto por viagens penso que toda a gente tem. Com a facilidade que há hoje, mesmo a nível de preço, simplificou-se tudo e é mais fácil. Sendo da área das línguas tenho também esse bichinho da escrita. No meu caso gostava de viagens e queria manter hábitos de escrita. Assim nasceu o blog, sem pretensões nenhumas e sem conhecimentos técnicos. O projeto tornou-se maior do que nós. Por exemplo, falando do pequeno explorador, que é o meu filho, se

passar duas semanas sem publicar nada sobre ele mandam-me logo um mail a perguntar se está tudo bem”, atira. Se Ruthia escreve essencialmente sobre viagens com crianças, até para desmistificar a ideia de que tal é pouco apelativo, Carla Mota tem um blog conjunto com o companheiro Rui Pinto. Conheceram -se em viagem e o gosto deu, então origem ao ‘Viajar entre viagens’. “Viajamos em casal. A ideia de viajar começou muito cedo, já viajava há algum tempo sozinha e quando eu e o Rui nos juntámos decidimos que o que queríamos mesmo para a nossa vida era conhecer o mundo e o blog nasceu de forma quase natural”, aponta a blogger cuja sua página conta já com mais de 1500

artigos. Como este hobby de viajar e verter as experiências em blog a alargar horizontes, surgiu a necessidade de criar uma associação capaz de dar sustentação a estes blogs, a Associação de Bloggers de Viagens Portugueses (ABVP), da qual Ruthia e Carla fazem parte. “Com o crescimento do número de blogs começámos a conversar, projetando que era necessário algo mais sério, alguma dimensão ética e credibilidade. Os três maiores blogs associaram-se a esta iniciativa, até porque em muitos países ser blogger de viagens já é profissão, e para isso se queremos crescer precisamos de aprender. A associação representa-nos, face a entidades de turismo, mas também na perspetiva

Conhecedoras de vários países, as duas escritoras sobre viagens prometem a continuar as suas viagens, de forma a alimentar o seu gosto e os respetivos blogs. A pandemia pregou-lhes uma partida, adiando as viagens que tinham programadas para esta altura. Numa fase em que a ABVP alimenta a missão “Eu fico em Portugal”, incentivando a viajar no nosso país para incrementar o turismo, o Reflexo lançou o repto às duas bloggers para que escrevam sobre as Taipas. “Casa de ferreiro, espeto de pau. Nunca me passou pela cabeça escrever sobre as Taipas”, refere Ruthia. Carla usa também um ditado popular para fugir à questão, disfarçando com risos: “Costuma-se dizer que santos da casa não fazem milagres. Não somos da casa, das Taipas, mas mesmo sobre Guimarães o nosso artigo no blog é muito recente”. O repto está lançado!


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#290

reflexo

Tese de Mestrado aponta solução para a questão das cheias nas Taipas

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ALFREDO OLIVEIRA

OPINIÃO Manuel Ribeiro

ERROS E MAIS ERROS Há cerca de 13 anos, a Assembleia de Freguesia de Caldelas, maioritariamente composta por membros eleitos pelo PSD, opôs-se com sucesso à construção de um prédio de grande volume na Alameda Rosas Guimarães – Avenida do Parque. Tentámos proteger o património urbanístico e natural da vila.

Simão Lima completou recentemente o Mestrado em Arquitetura, apresentando como dissertação um projeto que pretende intervir a zona ribeirinha das Taipas, de forma a fazer face às cheias. Proposta transversal, esta dissertação propõe um projeto que seria “impactante” para a vila. Texto Bruno José Ferreira Trata-se de um projeto arrojado e até “impactante” como o próprio autor reconhece. Simão Lima defendeu recentemente a sua dissertação do Mestrado em Arquitetura, intitulada “O Espaço urbano e as dinâmicas de um rio: o caso da Vila Caldas das Taipas”, na qual apresenta uma proposta para lidar com as cheias que se fazem sentir nas Taipas, junto ao Rio Ave e à Ribeira da Canhota. “Queria trabalhar um tema que resolvesse uma problemática a nível internacional, e optei por uma situação que vivencio quase anualmente, que são as cheias aqui nas Taipas”, começa por referir o arquiteto de 24 anos natural de Santa Eufémia de Prazins. Na sua proposta Simão Lima aponta à reabertura da Ribeira da Canhota, que foi entubada, optando depois pela construção de dois açudes capazes de suster a força da água. Para além disso, propõe a criação de três novos edifícios, uma biblioteca, uma cafetaria e balneários, fazendo a ligação a vários pontos da vila através de passadiços. Uma solução que, na visão de Simão Lima, permitirá que “os Banhos Velhos não se inundem e as Termas Novas não sejam afetadas”. Após uma análise extensa, através do recurso ao contacto

com moradores de zonas afetadas e recurso à imprensa e a espólios particulares, Simão Lima acredita que as Taipas pode abraçar o meio hídrico e adaptar-se ao seu curso natural. “A minha proposta é reestabelecer a abertura da Ribeira da Canhota, isto porque a minha temática não é impor um limite ao meio hídrico, mas sim reconhecer o meio hídrico como uma potencialidade e não como um problema, adaptando esse mesmo meio. O que pretendo é que as cheias não sejam um elemento a temer, mas sim que traga as pessoas para a rua, que percorram os passadiços em caso de cheia”, aponta o autor deste trabalho. Um trabalho complexo, como o próprio reconhece, uma vez que implica uma mudança de mentalidade das pessoas. “Procura-se mudar a morfologia da vila, mas também mentalidades. O que se pretende é uma coisa contrária ao natural do ser humano, que é que não se retraia em relação a uma subida do nível da água, que tenha o desejo de se aproximar e de poder caminhar sobre esse fenómeno”, atira. No fundo, trata-se de um exercício teórico com dificuldades de resvalar para a prática, até porque diz respeito a uma área extensa e com custos avultados. Ainda assim, Simão Lima, que obteve a classificação de 18 valores na sua

dissertação, acredita que é possível implementar alguns traços da proposta, dando conta que a Junta de Freguesia de Caldelas solicitou o acesso à dissertação. “Não penso em executar o projeto todo, mas há certas coisas que são de fazer uma introspeção nas Taipas, quem tem poder, com diversos elementos que podem e devem ser considerados, nomeadamente o caso dos Banhos Velhos, que deve ser pensado e articulada uma estratégia que procure proteger o nosso património que várias vezes sofre inundações”, refere. A proposta referente aos Banhos Velhos inclui uma piscina museológica. “Vai contra algumas ideologias e vontades, já teve diversas fases e sofreu diversas mutações. Atualmente é utilizado como um local para eventos culturais. A minha proposta passa por reformular a topografia em torno dos Banhos Velhos, continuando a receber programação cultural e proponho a criação de uma piscina museológica”, complementa. Em conclusão, Simão Lima acredita que “não devemos fazer frente ao meio natural”, pelo que a sua proposta, defendida publicamente no dia 3 de junho, diferencia-se do que está programado pela Câmara Municipal de Guimarães, que prevê a construção de bacias de retenção.

Ainda é actual, o caso do prédio Coutinho em Viana do Castelo em que o Estado, nós todos, já gastámos 20 milhões de euros para despejar os residentes e demolir o prédio. A razão para gastarmos 20 milhões de euros para demolir um prédio é o impacto urbanístico negativo que aquela construção importa naquela zona ribeirinha de Viana do Castelo. Se esta razão é válida para Viana do Castelo, deveria sê-lo para o resto do país, sob pena de andarmos a demolir prédios em todo o lado. A lição que deveria ficar do prédio Coutinho, em Viana, é a de evitar construir prédios de grande volume em zonas ribeirinhas ou próximas das costas marítimas. A Câmara de Guimarães, aliada a uma ausência de massa critica na freguesia de Ponte e do seu Presidente, deixa acontecer autênticos atentados urbanísticos a julgar pela semelhança com o prédio Coutinho, em Viana. Se os dois prédios implantados no Parque da Ínsua em Ponte são já dois monstros junto de um parque de lazer ligado a um rio, os actuais edifícios em construção tornam o local abjecto, contraditório, incoerente sob todos os pontos de vista, designadamente e ainda, sobre qualquer retórica arquitectónica justificativa. A realidade mostra: dois edifícios com 7 pisos separados do parque de lazer por 5 metros. Só quem tem uma visão deturpada de que a construção só por si é sinónimo de crescimento e de desenvolvimento pode admitir e não censurar. As obras aprovadas no concelho têm de reflectir do que é isso de um Concelho Verde e ecologicamente sustentável. Sr. Presidente da Câmara de Guimarães e todos os seus vereadores, técnicos, arquitectos e engenheiros do regime, para, verdadeiramente se ascender a Concelho Verde, para se encher a boca de concelho ecologicamente sustentável, é necessário que as obras aprovadas não agridam o ambiente e a paisagem rural, como é o caso. Não se pode criar um excelente Parque de Lazer e depois cravar-lhe, bem em cima dele, mais dois monstros de betão que afectam de sobremaneira a paisagem natural do local e constituem uma invasão injustificada na privacidade, intimidade e ocupação saudável do parque de lazer. Infelizmente, com excepção da cidade onde não se pode mexer por força da classificação de património mundial, esta Câmara, onde toca e aprova, só faz asneiras.


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reflexo

#290

ATUALIDADE

Conceição Marques assume direção do Rotary de Caldas das Taipas ALFREDO OLIVEIRA

Rafael Costa que pretende dar continuidade ao trabalho realizado e espera agregar à sua volta todos os companheiros do Rotaract e do Interact para concretizarem o lema deste ano “O Rotary abre oportunidades”. Sílvia Alves despede-se da presidência num ano de “continuidade”

Apesar de ter sido um ano de “continuidade”, Sílvia Alves reconhece que foi um ano de “tempos extraordinários” que condicionou a atividade rotária, mais nas suas reuniões, que passaram a ser por vídeo conferência, e nalgumas atividades. No entanto, os principais projetos foram concretizados. No ano

Conceição Marques tomou posse como presidente do clube rotário taipense numa sessão que decorreu no auditório dos bombeiros taipenses, numa sessão festiva marcada pelo cumprimento das normas anti Covid 19. Texto Alfredo Oliveira Com lugares marcados e cumprindo o distanciamento, a nova presidente dos rotários tem como principal objetivo “fortalecer a amizade e companheirismo entre os associados, a família rotária”. Conceição Marques tem consciência que o tempo que vivemos não é propício a grandes promessas. No entanto, como avançou, “o Rotary, sendo um movimento de ação e de serviços, dará continuidade aos projetos do clube”. Assim, destacou a continuidade do banco de cadeiras de rodas, os prémios de mérito escolar, a universidade sénior, o reconhecimento do profissional de mérito e a participação em PUBLICIDADE

projetos humanitários (erradicação da pólio e luta contra a cegueira evitável), sem esquecer a geminação com um clube espanhol. Sérgio Silva é o novo presidente do Interact

O novo presidente do mais jovem grupo rotário taipense mostrou-se confiante, apesar da adversidade que vivemos: “Não temos certezas de nada, mas uma coisa sabemos, Rotary vai abrir oportunidades. Vamos continuar a trabalhar em matéria social, a apoiar a nossa comunidade, a fortalecer os nossos valores de companheirismo e a

servir a comunidade”. Sérgio Silva deixou ainda uma palavra de agradecimento à sua antecessora, “a companheira Leonor, pela sua dedicação, pelo empenho e pelo espírito de trabalho num ano” atípico em que lutou para que os objetivos fossem cumpridos. Rafael Costa preside ao Rotaract

O Rotaract de Caldas das Taipas, surgido a 30 de setembro de 2015, tem vindo a pautar os seus quatro anos de existência pelo serviço que presta à comunidade. Para o ano 2020/21 foi eleito

em que o lema foi “Rotary conecta o mundo”, o Rotary taipense promoveu a cerimónia do reconhecimento do mérito aos melhores alunos do 6º e 9º anos e do 12º ano, recebeu a visita do Oficial do Governador do Distrito, apoiou o combate à poliomielite através de 800 euros que acabaram por ser multiplicados por três, pois a fundação Melinda e Bill Gates dá três euros por cada euro angariado no combate a essa doença, e que irá permitir a vacinação a quatro mil crianças. No final, deu uma “palavra de apreço e reconhecimento aos companheiros” que a apoiaram e a incentivaram no ano em que presidiu ao Rotary Clube de Caldas das Taipas.

Escola Básica de Vieite obteve o primeiro lugar na atividade Alerta ao Sal A Escola Básica de Vieite, em Sande São Clemente, pertencente ao Agrupamento de Escolas das Taipas, ficou no primeiro lugar do Programa Eco-Escolas na atividade Alerta ao Sal, referente ao tema Alimentação Saudável e Sustentável. Ao todo participaram no desafio 702 escolas, tendo sido realizados 762 trabalhos em diferentes propostas, com o objetivo de “motivar a investigação sobre os alimentos que consumimos e os nossos hábitos alimentares e incentivar à divulgação de atitudes saudáveis e sustentáveis que pudessem vir a fazer diferença na alimentação quotidiana das crianças

e dos jovens, não só em contexto escolar, mas também em casa”, conforme refere Ana Rei, coordenadora do projeto Eco-Escolas. Nesta iniciativa em concreto, na qual a Escola de Vieite foi primeira classificada, pretendia-se que fosse realizada a verificação da quantidade de sal em alimentos consumidos com frequência pela família. Destaque ainda para a Menção Honrosa da mesma escola, de Vieite, no desafio “Horta Bio em casa…” e ainda no desafio “Espiral de Ervas Aromáticas” por parte daEscola Básica da Igreja em Sande São Martinho.


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reflexo

Taipense Inês Paredes participa em curta-metragem apresentada na RTP

BRUNO JOSÉ FERREIRA

Vespistas das Taipas em viagem até Pitões das Júnias

REFLEXO

A jovem taipense Inês Paredes participou na realização de uma curta-metragem interativa filmada em contexto académico que foi difundida na RTP. Texto Bruno José Ferreira Com o nome ‘Igor’, este projeto foi criado pelo coletivo Igor Montoya, um grupo de seis alunos do Mestrado em Cinema, da Universidade da Beira Interior, no qual Inês paredes está incluída. Em conversa com o Reflexo, Inês Paredes dá conta dos principais traços deste projeto. “’Igor’ foi criado com o objetivo de mesclar duas artes: o cinema e outra à nossa escolha. Neste caso foi a arte dos videojogos. ‘Igor’ segue então Igor, um rapaz que de repente acorda numa sala escura e não consegue sair de lá, a não ser pelos três portais que tem disponibilizados à sua frente. Qualquer um desses portais tem uma viagem diferente, e só apenas um é que culminará num final narrativo propriamente dito. Ou seja, o espectador tem o livre arbítrio de poder escolher qualquer um desses portais e também de voltar ao início da curta-metragem, PUBLICIDADE

dependendo do desenlace que encontrar”, aponta, indicando que a escolha será feita através da plataforma de divulgação de vídeos Youtube. No entender de Inês Paredes, o grupo no qual está inserida, o coletivo Igor Montoya, destaca-se pelo facto de defender que “uma peça de cinema nunca deve ser assinada apenas pelo realizador, sendo que o processo criativo é partilhado por todos equitativamente e todos os departamentos ligados à produção de um filme, desde a direção de arte até à montagem, são igualmente importantes”. Apresentada no formato convencional a 22 de junho no programa da RTP Cinemax, a curta-metragem será agora lançada nos festivais e depois no Youtube e noutras plataformas em que a interatividade seja mais simples de implementar. Admitindo não

estar à espera deste feito, Inês Paredes reconhece tratar-se de “uma oportunidade fantástica a nível de reconhecimento” do trabalho desenvolvido. Aos 23 anos Inês Paredes, natural das Taipas, é multifacetada. Licenciada em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, possuiu também uma Pós-Graduação em Design Editorial no Instituto Politécnico de Tomar e Mestrado em Cinema na Universidade da Beira Interior. Para o futuro a taipense pretende trabalhar na área do cinema. “Formei-me na área audiovisual e multimédia. Quero trabalhar na área do cinema e do vídeo, também gosto imenso de design e de jornalismo. Também gosto muito de arquitetura, quem sabe ainda possa a vir a estudar isso. Vamos ver. Quero trabalhar na área do cinema, é a que mais me cativa”, conclui.

Ao sétimo passeio, o grupo vespista das Taipas bateu o record de participações. Foram 14 vespas e uma adaptada que se deslocaram até Pitões das Júnias.. A partida ocorreu no centro da vila pelas 9h30min e desenrolou-se tranquilamente por estradas sinuosas, mas com bom piso, que levaram as vespas até à primeira paragem, a ponte da Misarela (ponte do diabo). Localizada sobre o rio Rabagão, na freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, liga a freguesia de Ruivães, em Vieira do Minho, à de Ferral, no concelho de Montalegre. Até ao local do almoço, em Parada do Outeiro, a paisagem magnífica obrigava a paragens sucessivas para o registo fotográfico. O restaurante Taberna Ti Ana da Eira, localizado em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, tem uma vista privilegiada sobre a albufeira da Paradela e a ementa faz jus ao local onde está inserido. Como dizia um vespista, a ementa com “um prato de peixe e outro de carne”, ou seja, cozido barrosão e cabrito no forno, deu forças para

as vespas subirem até Pitões das Júnias. Aqui, foi feita somente uma visita às ruínas do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, pois o tempo já apertava e a gasolina escasseava. Apanhando a EM 514, passou-se pela albufeira do Alto Cávado e para a EM 1011 que vai dar a uma das melhores vistas que se pode ter sobre a albufeira do Alto Rabagão ou de Pisões. Com o depósito atestado foi sempre a “abrir” até Caldas das Taipas cumprindo-se cerca de 200km numa média a rondar os fabulosos 34km/hora. Este grupo informal vespista teve início em 2015 com uma viagem até Terras de Bouro e, no ano seguinte, até Ponte de Lima. Em 2017, foi o contacto com o Gerês, seguindo-se, em 2018, a ida a Vieira do Minho. 2019 ficou marcado com o fim de semana a Santiago de Compostela e o presente ano por duas viagens memoráveis, a primeira à Régua e, agora, a Pitões das Júnias. Boas viagens em segurança e até à próxima.


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reflexo

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ATUALIDADE Ricardo Costa perde federativas do PS mas vence em Guimarães REFLEXO

DR

Taipense concorreu com Joaquim Barreto à distrital de Braga do PS, sem o apoio de várias personalidades do partido em Guimarães. Não venceu as eleições, mas foi o candidato mais votado em Guimarães. Reações apenas nas redes sociais. Joaquim Barreto foi reconduzido na presidência na Federação Distrital de Braga do Partido Socialista (PS), cargo que ocupa desde 2014, ou seja, há seis anos. Natural de Cabeceiras de Basto teve como oponente Ricardo Costa, taipense membro do executivo vimaranense, tendo conseguido 56% dos votos dos militantes do partido. Ricardo Costa apresentou-se a sufrágio não colhendo o apoio de vários pares do concelho, tal como os colegas vereadores e o presidente do município Domingos Bragança, nem mesmo do presidente da concelhia de Guimarães e da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, que continuou a dar o seu apoio a Joaquim Barreto. Ainda assim, apesar de não ser apoiado pelas altas esferas do partido em Guimarães, Ricardo Costa acabou por ser o candidato mais votado no seu concelho. O Reflexo tentou obter reações a estes resultados, e a interpretação que os mesmos podem ter, mas tal mostrou-se inviável. Os envolvidos reagiram nas redes sociais, com mensagens colocadas poucas horas após serem conhecidos os resultados. Mensagens de circunstância, como a de Joaquim Barreto na página oficial de facebook da sua

candidatura. “Com resiliência, honrámos a nossa palavra e os nossos compromissos, liderando um projeto coletivo e inclusivo, ambicioso, intergeracional e empreendedor tendo como fim último engrandecer o PS, Partido que, estou certo, todos trazemos no coração. Estou grato pela quantidade de apoios manifestados, mas sobretudo, orgulhoso pela forma correta, leal e elevada com que todos, sem excepção, demarcaram o seu posicionamento na política e nos acompanharam ao longo destes meses com o único propósito de servir o Partido Socialista e as Pessoas num verdadeiro exemplo de Cidadania, onde os valores da Solidariedade, da Fraternidade e da Liberdade são os pilares fundamentais”, pode ler-se. Por sua vez, Ricardo Costa usou a mesma rede social, mas a sua página pessoal, para reagir aos resultados, mostrando-se orgulhoso pelos votos arrecadados, especialmente em Guimarães. “Apesar do número de votos ter sido inferior ao meu oponente na eleição para presidente da Federação de Braga do PS, sinto-me reconfortado porque eles expressam um apoio inequívoco, sincero, livre,

desinteressado de quem votou em mim e acreditava na minha candidatura, nas suas ideias e propostas. Esta caminhada não foi em vão porque senti, em especial, o carinho de muitos socialistas de Guimarães, uma solidariedade enorme que me encheu o coração e que guardo com especial afeição por ser muito sentida e verdadeira, não interesseira, bairrista até, conforme os melhores valores do socialismo democrático, um voto de esperança dos que querem que Guimarães continue na linha da frente do desenvolvimento e da defesa de valores morais imutáveis”, refere o taipense.

internos”. Líder dos socialistas vimaranenses, Luís Soares enalteceu a participação dos militantes de Guimarães nestas eleições. “A participação e mobilização registada reafirma a importância e o peso da Concelhia de Guimarães no contexto do Distrito e do país e reforça a militância e a grandeza do PS, o maior Partido de Guimarães”, assume Luís Soares, apontando ao futuro: “Continuaremos a reunir com os nossos dirigentes e autarcas de freguesia para acompanhamento do trabalho desenvolvido e para iniciar a escolha dos nossos candidatos às Assembleias de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal”, frisou Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas e líder dos socialistas de Guimarães. Também o principal partido da oposição, o Partido Social Democrata (PSD), se pronunciou sobre estas eleições, num comunicado em que dá conta da sua preocupação relativamente à “instabilidade política” que se vive atualmente nos órgãos municipais após as eleições federativas do PS. Assumindo que não se pronunciou

antes por respeito ao ato eleitoral, o PSD de Guimarães refere que não é possível “deixar agora de registar que as referidas eleições ocorreram num contexto de grande hostilidade e ataques pessoais, sendo alguns dos principais protagonistas figuras cimeiras do PS Local em Órgãos Público”. O PSD recorda que Ricardo Costa não teve o apoio de Domingos Bragança nem da restante vereação, do Presidente do PS de Guimarães, Luís Soares, nem do Presidente da Assembleia Municipal. “Pelo contrário, viu o ativo envolvimento e empenho destes em contribuírem para a sua derrota”, refere o PSD. Nesse sentido, os social-democratas interpelam o presidente da Câmara Municipal de Guimarães “a clarificar se mantém a confiança política no Vereador Dr. Ricardo Costa”, apontando que apesar da derrota distrital Ricardo Costa venceu em Guimarães, o que na interpretação do PSD se trata de uma “surpreendente e histórica derrota ao atual Presidente da Câmara e ao atual Presidente do Partido Socialista de Guimarães”.

Bruno Fernandes reeleito presidente da Comissão Política do PSD de Guimarães

REFLEXO

PS de Guimarães aponta agulhas às autárquicas, PSD preocupado

Este ato eleitoral acabou por ter impacto no seio do Partido Socialista, nomeadamente em Guimarães. Se por um lado Ricardo Costa não teve o apoio dos principais rostos do partido, acabou por ter a maioria dos votos os militantes que foram às urnas. No dia seguinte ao ato eleitoral o PS de Guimarães emitiu uma nota em que virava desde logo agulhas às autárquicas “despois de estabilizados os atos eleitorais

Bruno Fernandes foi este reeleito presidente da Comissão Política do Partido Social Democrata (PSD) de Guimarães no passado dia 11 de julho, sábado, continuando assim à frente dos destinos do partido em Guimarães, depois de ter sido eleito em 2018. Vereador Municipal, Bruno Fernandes foi o único candidato que se apresentou a sufrágio, contando com 88 votos dos 256 militantes inscritos.

As ambições de Bruno Fernandes passam por “continuar o trabalho realizado no último mandato”, apontando baterias ao “grande desafio do próximo ano”, que são as “eleições autárquicas”. Após mais de três décadas de governação do Partido Socialista (PS) em Guimarães, o líder da oposição reforça a necessidade de mudança no concelho, prometendo trabalhar para isso.


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Bar da Praia Seca assaltado poucos dias após abrir BRUNO FERREIRA

OPINIÃO

APOSTA NO LAZER E NA NATUREZA Augusto Mendes

Caro Leitor,

Texto Bruno José Ferreira

O bar que foi instalado no Parque de Lazer da Praia Seca foi assaltado na madrugada do dia 25 de julho, sábado. Às primeiras horas da manhã foi percetível o arrombamento do contentor que alberga este estabelecimento, registando-se o furto de diversos bens. José Neves, responsável pela conceção do bar, confirmou ao Reflexo que o alerta foi dado às 7h30 da manhã por populares,

dando conta do arrombamento da parte frontal do bar, local pelo qual os alegados assaltantes terão entrado no bar. “Ligaram-me logo às 7h30 a dizer que o bar estava arrombado. Chamei e GNR e fui para o local, onde vi que estava tudo mexido”, refere. Foram furtados produtos alimentares, nomeadamente bebidas, gelados, batas fritas e guloseimas. De imediato a Guarda Nacional Republicana foi alertada, nomeadamente o Posto Territorial das Taipas. Elementos daquela força policial estiveram no local durante

a manhã a tomar conta da ocorrência e a recolher elementos para a investigação, tendo recolhido impressões digitais e outros indícios. Este assalto ocorreu poucos dias depois da entrada em funcionamento do bar, que foi implementado pela Junta de Freguesia de Caldelas e concedido à exploração. A Junta de Freguesia de Caldelas, liderada por Luís Soares, tem apostado igualmente na colocação de mobiliário urbano feito de matéria reciclado no Parque de Lazer da Praia Seca, nomeadamente bancos e ecopontos.

CDS-PP com novo líder em Guimarães Nuno Vieira e Brito é o novo líder concelhio do CDS-PP, em Guimarães. Num ato eleitoral realizado a dezoito de julho, a lista única encabeçada por Nuno Vieira e Brito recolheu 56 votos, num universo composto por sensivelmente quatro centenas e meia de possíveis votantes. PUBLICIDADE

Este mandato estende-se até 2022 e o principal foco de Nuno Vieira e Brito, assim como dos outros eleitos em diferentes concelhias do distrito de Braga, naquele mesmo dia, centra-se agora no ciclo político que se avizinha, com a realização das eleições autárquicas.

Desde o inicio da campanha eleitoral para as eleições autárquicas em 2017, que levou à vitória do Partido Socialista para a Junta de Freguesia de Caldas das Taipas, que é claro para todos que a aposta no turismo de lazer e de natureza é uma prioridade na nossa Vila. Temos para isso um aliado de peso que é o Rio Ave. Para isso o Partido Socialista tinha no seu programa eleitoral a concretização do projeto da Praia Seca, ambicionado por todos os Taipenses, que embora sendo prometido em todas as campanhas anteriores apenas é uma realidade porque o atual executivo teve a coragem política de iniciar o processo com a disponibilização de verbas para a 1ªfase em que foram criadas as condições básicas para um melhor usufruto do espaço. Com a 2ªfase já no terreno, com a aquisição de casas de banho e espaço para apoio à Praia Seca, já em funcionamento, seguirá também a criação do trilho ecológico do Ave que ligará a Praia Seca ao Parque de Lazer. Era também intenção do Partido Socialista assumir a gestão do Parque de Lazer, o que foi conseguido através de delegação de competências. É conseguida assim uma gestão de mais proximidade que permite que o Parque de Lazer esteja agora mais cuidado. Do programa eleitoral do Partido Socialista faz também parte a intenção de prolongamento do Parque de Lazer até às Levadas. Um processo mais moroso mas onde o trabalho há-de dar frutos e iremos lá chegar! Mas o sucesso desta aposta não depende apenas dos decisores políticos. Depende também das pessoas. Depende de todos os que usufruem dos espaços na medida em que devem fazer com que os espaços se mantenham limpos e cumpram as regras em cada um dos lugares. E, infelizmente, tanto na Praia Seca como no Parque de Lazer não tem sido assim. São já várias as vezes que nos deparamos com lixo deixado nas mesas e no chão e com o areal cheio de lixo e garrafas. Este tipo de atitudes não é compatível com a interação que devemos ter com a natureza. Façamos todos o esforço de deixar os espaços como o encontramos! Termino desejando a todos os Taipenses umas BOAS FÉRIAS!!!


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FREGUESIAS Creche do CSCD Sande São Clemente completou 25 anos Bruno Ferreira

A creche do Centro Socio Cultural e Desportivo de Sande São Clemente completou este ano, no primeiro dia de julho, 25 anos. Em tempos de pandemia a celebração teve de ser mais contida, mas ainda assim a data não deixou de ser assinalada. Fundadora e presidente da direção desde a sua génese, Conceição Marques dá conta que por esta valência já passaram mais de um milhar de crianças, naquela que foi uma das primeiras creches a abrir na zona. “A creche está aberta à comunidade há 25 anos, não só à comunidade de São Clemente de Sande mas de todas as freguesias aqui à volta, uma vez que temos aqui crianças de Ponte, de Caldas das Taipas, Vila Nova de Sande… Começámos com 35 bebés e nestes 25 anos já passaram por aqui mais de mil crianças. Temos alunas que PUBLICIDADE

frequentaram a creche e que já tiveram cá filhos Estamos contentes pelo trabalho realizado e pretendemos continuar por outros tantos anos”, refere a presidente da direção Conceição Marques. Em termos futuros, a líder máxima da instituição pensa de uma forma abrangente a aponta como desejo que este grau de ensino tenha mais apoios por parte do Estado. “Vivemos com as mensalidades que os pais das crianças pagam e também da Segurança Social. Acho que este grau de ensino devia estar já generalizado como estão, por exemplo, os infantários onde as crianças pagam praticamente a parte social. Acho que não deviam pagar a guarda das crianças, o que acabava por ser um pouco a ajuda para ter mais filhos”, aponta. Por sua vez, a diretor técnica da creche do Centro Socio Cultural e

Desportivo de Sande São Clemente, Marisa Freitas, destaca a qualidade do serviço prestado, o que leva a que não haja capacidade para dar resposta a todas as solicitações. “A nossa creche tem capacidade para 42 crianças, temos acordo com a Segurança Social e as idades vão desde os 3 meses até aos três anos e idade. Estamos muito contentes porque temos muita procura. Temos evoluído e apostado na qualidade do serviço, e temos pena de não conseguir ter lugar para todos que nos procuram”, aponta Marisa Freitas, que dá ainda conta do desafio que tem sido a adaptação às novas regras em tempo de pandemia. Apesar da impossibilidade de assinalar a data como pretendido, não faltaram os balões a decorar a instituição e um espírito diferenciado entre colaboradores e crianças.

Margens do Rio Ave intervencionadas em Souto

A Junta de Freguesia da União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar está a dar uma nova cara às margens do Rio Ave, que atravessa a freguesia, procedendo a várias intervenções. Na zona ribeirinha em Souto São Salvador, na convergência com Briteiros Santo Estêvão, o areal foi reorganizado, numa aposta que é para manter por parte de Fernando Cardoso, líder da freguesia. A ambição da junta de freguesia é que aquele espaço volte a ser procurado como acontecia antigamente, em que no verão as pessoas tinham por hábito refrescar-se no Rio Ave. “Foi feita a reposição da areia naquela zona, na praia fluvial. Já vimos a fazer isso há uns anos e no seguimento do que se tem vindo a fazer foi feito isso, limpar o areal. Assim fica mais apelativo para as pessoas. No passado muita gente aderia àquele sítio para se refrescar nas

DR

águas do Rio Ave e esse hábito foi-se perdendo, também porque deixou de haver manutenção. Já o meu antecessor na junta fazia isto e pretendemos continuar”, aponta Fernando Cardoso em declarações ao Reflexo. Também na zona do Vaqueiro, em Souto Santa Maria a junta de freguesia reorganizou o areal e colocou pontes de madeira para proporcionar o acesso ao rio, ligando-o ao Parque de Lazer de Gondomar e ligando também o parque à ilha de areia que se encontra no meio do rio. Ações que fazem parte do plano estratégico da junta de freguesia para o Ario Ave, conforme dá Conta Fernando Cardoso. “É um projeto que temos referente às margens do Rio Ave, que foi uma coisa que eu sempre achei que se deveria apostar. Conheço as margens do rio e, não estão a ser exploradas como deviam ser”, atira.


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Câmara cedeu terreno para construir polivalente em Sande São Martinho REFLEXO

Escola EB1/JI de Donim entrou em obras

As obras de construção do pavilhão polivalente desportivo que vai nascer na Escola Primária de Sande S. Martinho arrancarão em breve. O projeto está pronto, já deu entrada na Câmara Municipal de Guimarães para aprovação e, dentro em breve, começará a ganhar forma. De resto, o município cedeu uma parcela de terreno, precisamente 650m2, para isso mesmo, para a edificação do polivalente, de forma a cumprir as pretensões pretendidas pela junta de freguesia. Esta cedência de terreno, para a construção do polivalente, “permitirá a construção de um espaço/polivalente desportivo, contribuindo

para o bem-estar de toda a comunidade escolar, bem como de todos os habitantes da Freguesia, que terão, neste espaço, a possibilidade de desenvolver as suas atividades diárias, tendo em conta que o existente é insuficiente”, pode ler-se na proposta deliberada pela vereação municipal em reunião de câmara. O novo polivalente irá nascer no local onde atualmente está o ringue da Escola Primária de Sande S. Martinho, cumprindo todos os requisitos das entidades competentes, nomeadamente o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) no que diz respeito ao número de lugares

sentados disponíveis, por exemplo. O polivalente terá gabinete médico e ainda três salas na parte superior, que poderão servir as associações da freguesia. Armando Silva, presidente da Junta de Freguesia de Sande São Martinho, deu conta ao Reflexo que esta será uma nova valência que irá “servir toda a população, não só a comunidade escolar, mas a população em geral, podendo ser usado para todo o tipo de eventos”. Recorde-se que a referida escola está a ser alvo de obras de beneficiação, que ao que tudo indica estarão concluídas no arranque do próximo ano letivo.

A Escola EB1/JI de Donim entrou no passado dia 20, segunda-feira, em obras, iniciando-se os trabalhos de beneficiação daquele estabelecimento escolar. Será intervencionado o edifício escolar e o seu espaço exterior, nomeadamente aplicação de pavimento vinílico, pintura do edifício; reparações pontuais em paredes interiores com fissuração e infiltrações e ainda reparações pontuais na cobertura existente em telha cerâmica.

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Está igualmente prevista a cobertura para recreio em policarbonato, na estrutura metálica existente, aplicação de película de proteção solar nos vidros da sala de aula do primeiro piso e implantação de medidas de segurança contra incêndios. Esta intervenção levada a cabo pela Câmara Municipal de Guimarães na Escola EB1/J1 de donim trata-se de um investimento de sensivelmente 50 mil euros.


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FREGUESIAS Centro Social das Taipas recebe apoio de 12 mil euros da Câmara Municipal de Guimarães REFLEXO

planos de contingência. O desejo de todos é ultrapassar esta situação, mas temos de trabalhar em conjunto e ver os planos de contingência aperfeiçoados”, disse. Informa a Câmara Municipal de Guimarães que apoia IPSS com 2,2 milhões de forma direta, sendo que a este montante acresce os protocolos do Regulamento de Apoio às Instituições de Solidariedade (1,6 milhões de euros) mais 600 mil euros no apoio aos projetos sociais.

Requalificações do edifício da Junta de Freguesia e do cemitério de Ponte

DR

ENTIDADES APOIADAS

A Câmara Municipal de Guimarães celebrou a 22 de julho os protocolos com 104 Instituições de Solidariedade Social do concelho, sendo que o Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa – Centro Social das Taipas recebe 12mil euros de um total global de sensivelmente dois milhões de euros.. Texto Bruno José Ferreira Os referidos protocolos foram assinados numa cerimónia que teve lugar no Centro Cultural Vila Flor, sendo a maioria referente a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Entidades reconhecidas como de extrema importância durante a pandemia, Domingos Bragança aproveitou a oportunidade para agradecer o “trabalho feito”. O líder máximo do município apelou ainda para que se prepare

uma segunda vaga da pandemia. “O segredo do sucesso nestas respostas está na cooperação e capacidade em cruzar competências entre as instituições, por forma a ter as respostas mais adequadas e mais inovadoras. Faço um apelo para pensarem os planos de contingência e preparem-se para o pior desejando o melhor. Não sabemos se o surto gripal de Outono/Inverno traz um agravamento desta situação. É neste cenário que temos de trabalhar os

- Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa – Centro Social das Taipas: 12.000€ - Centro Sócio Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente: 12.000€ - Centro Social Recreativo e Cultural de Campelos: 51.000€ - Centro Social e Paroquial de Vila Nova de Sande: 2.000€ - Braços D’Afetos Associação de Voluntariado e Apoio de Longos: 15.000€ - Casa do Povo de Briteiros 60.000€ - Castreja Cooperativa de Apoio Social e Cultural CRL: 40.000€ - Centro Social Cultural Desportivo e Recreativo de Vila Nova de Sande: 30.000€ - Centro Social D. Manuel Monteiro de Castro: 12.000€ - Centro Social de Brito: 20.000€ - Centro Social e Paroquial de Donim: 10.000€ - Centro Social e Paroquial de S. João de Ponte: 15.000€ - Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Sande: 15.000€

O edifício da Junta de Freguesia de Ponte entrou em obras, pelo que em breve verá a sua parte exterior completamente requalificada, tal como a imagem documenta. Tratase de uma primeira fase de uma intervenção mais alargada a sede da junta de freguesia. Recentemente foi deliberada em reunião de câmara a atribuição de um subsídio no valor de 50mil euros à freguesia de Ponte para esta requalificação, sendo que numa fase posterior o

edifício da junta vai acolher, entre outras funcionalidades, a universidade sénior e ainda uma biblioteca. Noutro âmbito, o cemitério da Vila de Ponte foi também intervencionado, passando a dispor de mais meia centena de sepulturas. A Junta de Freguesia de Ponte explica que esta obra “deve-se à necessidade em aumentar o espaço disponível para salvaguardar situações futuras a nível de gestão de sepulturas no cemitério”.

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coisas de antanho

Caldas das Taipas a (des)propósito XXXV

Actividades de verão da Junta de Turismo das Taipas no ano de 1957

por Carlos Marques

A Junta de Turismo, um organismo precioso, que tanto fez pelo progresso e desenvolvimento das Caldas das Taipas, agora à procura de quem a encontre neste tempo de convulsão local. Deixo aqui referência a algumas iniciativas que a mesma levou a cabo no Parque de Turismo de Caldas das Taipas no verão do ano de 1957, para ocupação sadia dos seus locais e forasteiros donde acorriam, vindos de todo o norte do país, para aqui se curarem, repousarem, conhecerem e se divertirem, com destaque para a Prova de Perícia Automobilística numa organização a favor do Clube Caçadores das Taipas, faz precisamente hoje 63 anos, não deixando de lembrar o marasmo que se vivia naquele tempo, em plena ditadura do Estado Novo. 29 e 30/Junho: Feiras Francas de São Pedro e as Festas da vila de Caldas das Taipas, com 3 bandas musicais, Pevidém, Revelhe e Taipas, ranchos folclóricos, Concurso de Gado da raça bovina, Concurso entre os melhores fogueteiros do Norte de Fogo Preso, fogo de artifício e feéricas iluminações. 30/Junho: Prova e Perícia automóvel, tendo saído vencedor Jose Romão de Paredes. 1/Julho: Reinício da construção do Posto Médico das Caixas Sindicais de Previdência, onde hoje funciona a sede da Junta de Freguesia, 07/Julho: Início das obras para a sede da Junta de Turismo bem no centro da vila, hoje balcão da CGD. 10/Julho: No já bem iluminado rinque, o Turismo Hóquei Clube de Caldas das Taipas recebe o Famalicense e ganha-lhes por 1 a 0. 13/Julho: Verbena dançante na esplanada de festas da Piscina com o concurso duma orquestra de Vigo, organizada pelo Clube de Hóquei. 21/Julho: Jornada de Natação, provas a contar para o Campeonato Regional Corporativo da F. N. A. T, Federação Nacional das Actividades de Tempo Livre dedicada aos trabalhadores associados. 28/Julho: Gincana no Parque de Turismo, organizada pelo Clube Caçadores das Taipas, o nosso mais importante embaixador. A prova decorreu animada, tendo a presenciá-la inúmeras pessoas, o seu vencedor absoluto foi Alexandre Rodrigues Guimarães . 4/Agosto: Provas de Natação na Piscina das Taipas a contar parta o Campeonato

Regional, com os clubes de Barcelos, Viana e 4 do Porto, com a presença de muitíssimo público e do Presidente da A ssociação de Natação do Norte, Snr. Laureano Barbosa que aos microfones teceu enormes elogios à Junta de Turismo. 11/Agosto: O Turismo Hóquei Clube de Caldas das Taipas jogou no seu rinque com Académico de Braga, e levou-os de vencida por 3 bolas a 2, a contar para o Campeonato Regional do Minho, neste jogo o Taipas já pode contar com os irmãos Monteiro, vindos da Bélgica e de Coimbra onde estudavam. 18/Agosto: Decorreu animada e cheia de colorido a Festa Popular e Folclórica no Parque da Junta de Turismo de Caldas das Taipas, para as pessoas que costumam frequentar o parque. Estiveram os ranchos muito afamados de Oleiros-Ponte da Barca e o de Santo André da vila das Aves. 25/Agosto: Nova Festa Popular e Folclórica no Parque da Junta de Turismo 01/Setembro: No rinque decorre com muitos participantes uma Gincana para crianças, com provas de obstáculos como

corrida de cântaros e outras, e, de Patinagem para adultos. 28/Setembro: Concerto no jardim público da vila pela Banda Musical de Caldas das Taipas, foi seguido com o maior interesse não só pelos taipenses como pela colónia balnear. Junho a Setembro: “Grande movimento na Piscina com muita gente vinda de fora, não só de Guimarães, Braga, Famalicão e Porto, tem acorrido ali inúmeras famílias do Norte, mas, ainda do estrangeiro, sempre ávida de conhecer as belezas do nosso país. À noite, a piscina também tem registado grande movimento, sobretudo pela gente nova, que ali se distrai e dança ao som de música variadíssima. Deve dizer-se que por tal motivo, o bar privativo tem funcionado até às 24 horas com vantagem para as pessoas que se deslocam para o recinto de festas da Piscina”. “O Parque frondoso, bem situado, delineado por mão de mestre, com a sua piscina e campos de ténis e patinagem, representam nas margens do bucólico rio Ave um conjunto turístico dos mais importantes da Península Ibérica, assegurando à estância um futuro

próspero, considerável” Entretanto durante todo o verão, eram muitos os aquistas nas Termas, donde destaco o escritor Sousa Costa a quem conferi a qualidade de figurar na toponímia local. E, muitos os banhistas nas 2 praias fluviais, a do Parque de Turismo e a da Praia Seca no Rabelo, os barcos navegavam entre os 2 açudes, o do Rabelo e o de Além por entre duas pontes, a ponte Nova e a ponte de Prancheira. De tudo isto nos foi dando notícia o sempre diligente escriturário da Junta de Turismo, ao mesmo tempo Presidente da Junta, o também jornalista, Snr. José de Oliveira, que bem sabia, na qualidade de autarca de freguesia não possuir autonomia financeira, insuficiência que decorre até aos dias de hoje, pese embora a existência desde 1976 da Lei de Finanças Locais que em muito pouco a favorece. Caldas das Taipas no dia 28 de Julho do ano pandémico de 2020


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DESPORTO CC Taipas criou departamento de scouting com a intenção de “evoluir” DR

segunda maior associação distrital do país, apenas atrás da do Porto, é fácil compreender a dificuldade em combater os principais clubes da zona. Por isso, a inovação que pretendemos assegurar com este novo departamento é uma necessidade muito patente neste club”, vinca. Prometendo respeitar todos os clubes com abordagens saudáveis a jogadores que sejam do interesse do

CC Taipas, Tiago Carvalho refere que a ambição passa por incutir a todos os jogadores da formação a vontade de chegar à equipa principal, colocando todos os escalões no patamar máximo da AF Braga. A nível pessoal, Tiago Carvalho olha para este desafio com “grande satisfação”, mas também com muita “exigência” e responsabilidade.

Pedro Ribeiro reforça defesa do CC Taipas

O CC Taipas criou um departamento de scouting, algo que nunca teve até hoje e que pretende dar seguimento à reestruturação que está a ser feita no clube. Este departamento “terá como objetivo, não só munir o clube com mais crianças e jovens, mas também e por consequência, trazer mais qualidade às nossas equipas de formação”, conforme anunciou o clube em comunicado. Texto Bruno José Ferreira O departamento de scouting do CC Taipas é uma realidade para a época que está em preparação, sendo, para já composto por José Alberto, ex-adjunto da equipa técnica de Geani Freitas, e ainda pelos ex-atletas da formação do clube Tiago Carvalho, Franco Rafael e Jorge Silva. O Reflexo falou com Tiago Carvalho, um dos membros deste novo departamento, de forma a perceber como funcionará a dinâmica do scouting taipense. “Como é de conhecimento geral, nos últimos anos a formação do clube teve muitos altos e baixos, pelo que este novo departamento pretende colmatar a falta de acompanhamento dos atletas dentro dos vários escalões de formação. Neste PUBLICIDADE

momento, o CC Taipas dispõe de excelentes condições, pelo que está na altura de evoluir ainda mais. De facto, tem todas as condições necessárias para qualquer atleta e treinador crescer. Desta forma, a nossa missão prende-se com divulgar pessoalmente aos atletas as vantagens de representar um Clube com a nossa atual estrutura, que certamente lhes irá proporcionar o melhor para evoluírem como homens e atletas. Esta missão terá como base dois momentos distintos. Assim, iremos acompanhar os jogos dos nossos adversários, de forma a sinalizar/abordar os atletas. Posteriormente e ao longo de todo o ano, iremos acompanhar diretamente os atletas, garantindo que lhes são asseguradas todos os

requisitos pessoais/profissionais para que se sintam bem e felizes no clube”, aponta Tiago Carvalho, formado como atleta no CC Taipas que possui o Nível I de treinador pela AF Braga. Tiago Carvalho acredita que este departamento era necessário para que o clube possa fazer face à concorrência. “Num passado recente estivemos em competições nacionais a nível de juniores e seniores. Mas a verdade é que também perdemos muitos atletas nos últimos anos. Como estamos inseridos numa área com vários clubes, é cada vez mais difícil segurar os atletas. Alguns desses clubes têm também excelentes condições. Se pensarmos que a Associação Futebol de Braga é a

O defesa central Pedro Ribeiro é reforço do CC Taipas para a próxima temporada, deu conta o clube através de uma nota na sua página facebook. Uma contratação algo surpreendente, na medida em que Pedro Ribeiro tinha a sua continuidade dada como certa no Porto D’Ave, inclusivamente foi anunciado, mas acabou por ser mudar para o emblema taipense, que via disputar igualmente o campeonato

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Pró-Nacional da AF Braga. Pedro Ribeiro tem 21 anos e na última época alinhou em dezoito jogos ao serviço do Porto D’Ave na última época, nos quais marcou dois golos. O defesa central foi formado no Vitória e no Moreirense, tratando-se do oitavo reforço do CC Taipas para a próxima temporada, que já conta com dezoito elementos.

PLANTEL CC TAIPAS 2020/2021 REFORÇOS Maga (ex-Santa Eulália), Zé Pedro (ex-Ponte), Bruno Costa (exAirão), Romeu Pinto (ex-Ponte da Barca), Pedro Campos (ex-Maria da Fonte), Henrique (ex-Almada), Gonçalo Pereira (ex-Torcatense) Pedro Ribeiro (ex-Porto D’Ave). RENOVAÇÕES Luís Rodrigues, Pedro Basílio, Best, André, João Ribeiro, André Bicudo, Tiago Vieira, Diogo Melo, Jota e Joel.


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Novo piso do Pavilhão do CART pronto para a próxima época BRUNO FERREIRA

que finalmente teremos uma boa solução, duradoura e de futuro para o clube. Será implementada dentro dos timings; poderá haver uma pequena derrapagem de três ou quatro dias na execução da obra, mas não mais do que isso”, refere. Tal como aconteceu na colocação do piso anterior, uma parte significativa da empreitada foi realizada pelo staff do CART, nomeadamente por elementos da direção e associados do clube, que a título de voluntariado dera um contributo fundamental para que se poupasse na despesa. “As

pessoas envolveram-se para ajudar o clube numa tarefa difícil e que se fosse a ser contratada para uma empresa iria acarretar muitos custos. Assim, de uma forma voluntária as pessoas demostraram carinho pelo clube, o que foi muito benéfico”, assegura o líder máximo do clube. A expetativa dos responsáveis do CART é que o pavilhão possa estar de novo em funcionamento já com um novo piso em meados do mês de agosto, até porque o voleibol sénior feminino começa a competir cedo.

Brito disputa Campeonato de Portugal com Ângelo Freitas na presidência O novo piso do Pavilhão do CART, uma obra urgente para o clube, estará pronto a ser utilizado nos próximos dias, nomeadamente em meados do mês de agosto. Com o anterior piso num estado impraticável, apesar de ter pouco tempo de utilização, em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães o CART avançou para a colocação de um novo piso em madeira, uma obra orçada em sensivelmente 55mil euros, ou seja, a verba atribuída pelo município. No entender de Ricardo Mota, presidente do CART, esta obra PUBLICIDADE

tinha obrigatoriamente de ser feita, uma vez que o clube estava já numa situação limite. “Não era uma obra necessária, era uma obra que tinha obrigatoriedade de se fazer. Já vínhamos a alertar para esta situação há algum tempo dado o problema todo que tivemos no piso anterior, que causava lesões: causou algumas lesões graves a atletas. Por outro lado, corríamos sérios riscos de ver as federações não autorizar o clube a utilizar o piso para competições oficiais. Ou seja, estávamos numa situação limite. Vínhamos a alertar

a câmara municipal para nos ajudar nesse sentido e felizmente no nosso aniversário a Câmara Municipal de Guimarães foi sensível e colaborou. Felizmente que esta situação está resolvida, para o bem de todos”, explica Ricardo Mota. O líder máximo do clube dá conta que a troca de piso está a correr dentro da normalidade e de acordo com os timings que inicialmente foram definidos, podendo registar-se apenas alguns dias de diferença. “A obra de colocação do novo piso está a correr bem, dentro do previsto. Acima de tudo penso

O Brito SC vai jogar no Campeonato de Portugal na próxima época. A decisão foi comunicada esta de forma oficial no dia 7 de julho, confirmando-se assim as expetativas dos responsáveis do clube vimaranense. Segundo classificado do Campeonato Pró-Nacional da AF Braga, o Brito beneficiou da desistência do Ginásio Figueirense, sendo convidado pela Federação Portuguesa de Futebol após a AF Guarda não ter indicado qualquer clube para participar no Campeonato de Portugal. Desta forma o Brito junta-se ao Pevidém e também ao Berço neste escalão, tratando-se de um regresso do

clube britense aos campeonatos nacionais. De resto, o Brito pode avançar a breve prazo para a constituição de uma SAD, sendo esse o projeto de Ângelo Freitas. Anterior responsável pelo futebol feminino do Vitória, o empresário prepara-se para assumir a presidência do clube, contando com o auxílio de José Dias. A outro nível, o clube deu conhecimento do falecimento do seu atleta Rafael, conhecido por Rafa. Depois de completar a formação, parte dela feita em Brito, o jovem ia integar a nova equipa B do clube.


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DESPORTO Ponte apresentou plantel com olhos postos na manutenção MANUEL SILVA

PLANTEL CD PONTE 2020-2021 Guarda-redes: João Nuno (ex-Santa Eulália), Zé Carlos (ex-Sobreposta) e Viegas (ex-junior). Defesas: Zé pedro (ex-junior), Pesca, João Pedro, Soares, Loureiro (ex-Bairro), Martins, faria e Benjamin. Médios: Pablo, Nando, Nelsinho, Freitinhas e Nené (ex-Torcatense). Avançados: Diego, Mota (ex-Vieira), Huguinho, David e Moreno (ex-Brito). Treinador Principal: José Faria; Treinadores adjuntos: André Maçaira, Dany Peixoto e Daniel Mendes (trein. GR)

No passado dia 25 de julho, o Clube Desportivo de Ponte apresentou o seu plantel para a época 2020-2021. Texto Manuel António Silva A formação da vila de Ponte vai integrar a divisão pró-nacional da Associação de Futebol de Braga e, apesar de todas as dúvidas e incertezas relativamente ao funcionamento da próxima temporada, motivadas pela situação de pandemia provocada pelo novo coronavírus, tudo está preparado para avançar a qualquer momento.

Há quatro anos na liderança do Clube, Filipe Oliveira, aponta baterias para a ráida conquista da manutenção. Quais os objetivos para esta temporada? Como devem entender é o de tentarmos atingir a manutenção o mais rápido possível. Será um campeonato novo que, apesar

disso, conhecemos bem e queremos, o quanto antes, assegurar a manutenção. Foi feito um investimento maior para esta temporada? Não e nem poderia ser. Com esta situação da Covid-19, fomos muito cautelosos. Tivemos uma conversa séria com os atletas que renovaram com o Ponte e todos eles

compreenderam a situação que, infelizmente, estamos a viver no país e no mundo. Foram sensíveis e por isso é que digo que, na realidade, o orçamento não é maior. A AFBraga tem falado com os Clubes sobre o início da nova época? Eu tenho falado com a AFBraga. Preocupo-me em tentar saber como é que está a situação, mas, muito sinceramente, o que sei neste momento é que estamos numa incerteza muito grande. Penso que muito em breve poderá haver mais novidades sobre o assunto mas, como também todos sabem, esta situação está entregue ao Governo. Vamos aguardar pela decisão que irão tomar em relação ao campeonato. Quem dera que esteja enganado, mas, estou receoso que as competições venham a ser retomadas. Quando fala em atingir a manutenção, trata-se de um objetivo realista, porque os

“Os homens-golo do Ponte são o David, o Huguinho e o Diego”

“Ainda vamos tentar a aquisição de dois novos jogadores”

José Faria – treinador

José Faria chegou ao CD Ponte aquando a interrupção dos campeonatos. Parte para a nova época com a ambição de entrar nas quatro primeiras posições.

Quais os objetivos para nova temporada? Com os novos moldes competitivos só faz sentido pensar nos quatro primeiros lugares que é o que nos garante a manutenção. Está preparado para este desafio? Sem dúvida. Acho até mais fácil agora do que quando cá cheguei, onde iriamos ter pouquíssimo tempo para alterar qualquer coisa a nível técnico-tático. Neste momento, tirando os projetos de continuidade, partimos em pé de igualdade e teremos o tempo necessário para preparar a nova época. Uma planificação em tempos de absoluta incerteza? Penso que não. Existem já diretrizes e estou convencido que dentro da última quinzena de setembro ou primeira de outubro, iniciará a competição. A partir do

momento que essa data surja, cinco ou seis semanas atrás, iniciaremos a nossa preparação. Acho que neste momento já podemos falar que existe alguma certeza. Queremos acreditar que sim. O presidente do Clube afirmou que tem o plantel que queria. Também é o plantel de José Faria? Foi construído pelos dois. Não só pelo José Faria mas também por toda a minha equipa técnica e toda a estrutura que está ligada ao futebol. Temos aquilo que pretendíamos. Para os objetivos a que nos propomos teríamos de ter algumas garantias e, neste momento, acho que as temos. Ainda vamos tentar a aquisição de dois novos jogadores para, a partir daí, fecharmos o plantel. Quem vier nesta altura terá que ser uma mais valia para nós.

lugares cimeiros são para outros? É obvio que todos vamos tentar ganhar os jogos todos. Também o vamos fazer. É objetivo nosso tentar a manutenção o mais rápido possível. Há quem vaticine que, com todos os alargamentos que se verificaram, este campeonato ficará mais fraco. O que me tem sido dado a observar é o contrário. Há clubes que construíram plantéis que, do meu ponto de vista, poderão ter maior responsabilidade na luta pela subida de divisão. Há equipa fortíssimas. Já contabilizei cerca de oito ou nove equipas que, do meu ponto de vista, se apresentarão muito fortes. Vai ser um campeonato muito competitivo. Tenho o plantel que queria ter. Felizmente, conseguimos renovar com os atletas que pretendemos e também conseguimos os reforços que pretendíamos. Estou contentíssimo e não trocaria este plantel por outro qualquer.

Luís Moreno – ex-Brito

Quais os objetivos para nova temporada? Queremos garantir a manutenção o mais rápido possível e o que surgir para além disso, virá por acréscimo. Será um desafio interessante? Sem dúvida. Já vínhamos a falar nesta possibilidade há algum tempo, tendo começado por uma brincadeira que acabou por se tornar séria e, a partir do momento em que se vai conhecendo o Clube e os jogadores que cá estavam e que jogaram comigo me foram dando boas indicações, resultou nisto e só espero que seja uma época positiva para todos. Chegar com rótulo de goleador, aumenta as suas

responsabilidades? Os homens-golo do Ponte são o David, o Huguinho e o Diego. Eu venho para ajudar. Se pudermos ser todos homens-golo, se conseguirmos marcar sempre mais um que o nosso adversário, é sinal que estamos a fazer um bom trabalho. E isto vale para todos. Não há individualidades. Está à espera de um campeonato diferente, tendo em conta a reestruturação que se vai verificar? Penso que terá um início um pouco atípico, com muitas dúvidas na fase inicial. As próprias Direções dos Clubes têm essa noção. E nós, jogadores, temos de fazer o melhor que conseguirmos e, a partir daí, voltar á normalidade para darmos o melhor contributo possível em cada jogo. Pelo que já conhece deste grupo de trabalho, acha que o Ponte pode ser um caso sério nesta divisão? Acho que sim. O futebol é dentro de campo que se joga mas, o principal também passa por formar um grupo de trabalho muito forte e unido que transponha para as quatro linhas todo esse potencial.


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GD Longos apresenta-se para lutar pelos lugares cimeiros BRUNO FERREIRA

PLANTEL GD LONGOS 2020-2021 Guarda-redes: Bertaço, André Pereira (ex-Souto e Gondomar) e Marco (sem clube); Defesas: Sérgio Machado, Steve, Grona, Ricardo (ex-Souto e Gondomar), Carriço, Moreira (ex-Campelos), Almeida, David e Hugo; Médios: Martinho, Pascoal (ex-Prazins e Corvite), Dúnio, João Miguel (ex-Prazins e Corvite), Manuel e Henrique (ex-Campelos); Avançados: Ruca (ex-Prazins e Corvite), Ruizinho, Rui Miguel, Luís, Miguel Cunha, Sérgio Gonçalves, Nelsinho e Roger.

Um ano após reativar o futebol sénior, o GD Longos apresentou-se para a temporada 2020/2021 com a ambição de lutar pelos lugares cimeiros da 1.ª Divisão da AF Braga. Subir não está no horizonte, mas caso se proporcione o Longos não irá fugir desse desafio. É com esse pensamento que o GD Longos parte para a temporada 2020/2021, cuja aprensetação foi feita no dia 25 de julho. António Pereira, que já assumiu o comando técnico da equipa nos últimos jogos da temporada passada, mantém-se como

reinador do GD Longos, projetando uma época ambiciosa. Uma ambição partilhada pela direção do clube, nomeadamente pelo presidente Manuel Gonçalves, que se mostra bastante agradado pela forma como se deu a construção do plantel do GD Longos. Para já António Pereira tem à sua disposição um leque de 26 jogadores,

um número já de si alargado, mas o plantel poderá ainda ver chegar mais elementos. Destes 26 elementos dezoito mantêm-se da época anterior, registando-se a entrada de oito caras novas. Dois reforços são provenientes do Campelos, o defesa Moreira e o médio Henrique, do Souto e Gondomar chegam também dois reforços, o guarda-redes André

Pereira e o defesa Ricardo, e três reforços, os médios Pascoal e João Miguel e o extremo Ruca chegam do Prazins/Corvite, havendo ainda um jogador que regressa à competição, o guarda-redes Marco. dada a forma como o plantel foi construído, o presidente Manuel gonçalves acrrdita que será possível fazer uma época bem melhro do que a anterior e, dessa forma, andar pelos primeiros lugares da tabela classificativa, pese embora a pandemia tenha provocado incertezas para as quais ainda não há respostas relativamente ao futuro. O que se pode esperar de um Longos mais experiente após regressar na última época? Estamos bastante otimistas, os atletas que ficaram do ano passado são realmente aqueles que o treinador entendia que davam garantias para compor o plantel, fomos buscar jogadores para algumas lacunas que tínhamos e penso que vamos

Sintético será uma realidade na próxima época

“Temos jogadores que gostam de ter a posse de bola”António Pereira – treinador

António Pereira – treinador

Perspetivas para esta época? As perspetivas de um clube que o ano passado regressou e este ano obviamente vamos tentar fazer um campeonato muito melhor. A ideia

dos jogadores que ficaram é essa, os jogadores que fomos buscar são primeiras opções, e a ideia é andar nos cincou ou seis primeiros lugares. Temos qualidade para isso, o clube aos poucos está a dar condições aos jogadores, o próximo passo será depois o sintético, mas dentro das nossas condições queremos andar nos primeiros lugares. Defrontar adversários com sintético será uma tarefa acrescida? Acho que para nós será pior o nosso campo, porque com os jogadores que temos, que gostam de ter bola e gostam de jogar futebol, será até mais benéfico quando formos jogar fora do que propriamente em casa. Algumas equipas que cá vieram o ano passado disseram-nos que preferiam um pelado assim do que muitos sintéticos que anda por aí.

Começar com uma base do ano passado é uma mais-valia? Claro que sim. Dentro do nos é possível estamos a treinar há sensivelmente dois meses, acima de tudo para os mais novos, os reforços, se poderem ambientar. Será uma mais-valia, a juntar aos 16 jogadores que ficaram fomos buscar jogadores que para além de bons jogadores são homens. Acima de tudo queremos montar aqui uma família, o que é importante. O Plantel está fechado? Neste momento temos 26 jogadores. Este ano vamos ter um plantel mais vasto, até porque a nível de inscrições há essa facilidade. O plantel não está fechado, mas a vir novos jogadores têm de ser mais-valias. Não é fácil seduzir jogadores, com um pelado, mas felizmente conseguimos os jogadores que queríamos.

fazer um campeonato excelente. Todos nós estamos esperançados que vamos ficar nos primeiros cinco lugares, sem dúvida nenhuma. Que dificuldades o clube pode enfrentar nesta temporada? É óbvio que o Longos não é exceção ao que todas as equipas vão passar devido ao Covid-19, que foi bastante prejudicial. Mas acredito que com o apoio de toda a gente, o pessoal aqui em Longos é muito unido, penso que com maior ou menor dificuldade vamos fazer uma boa época. Quero agradecer o apoio dos associados. Com o Covid-19 tem sido mais difícil, a própria cobrança das cotas, por exemplo, mas estão sempre dispostos a colaborar com o clube e, por isso, a direção só tem de agradecer a todos, sócios, simpatizantes, diretores, patrocinadores, à Câmara Municipal de Guimarães e à Junta de Freguesia de Longos, que tudo têm feito para ajudar.

Uma das grandes ambições do Longos passa pela colocação de um relvado sintético no seu campo de jogos. Uma vontade há muito assumida, que está a ganhar contornos reais com a evolução que o processo tem tido. As conversações com o município têm decorrido no sentido de alterar o PDM e conseguir, dessa forma, legalizr o campo para depois avançar para a candidatura ao sintético. De resto, o clube está já a preparar esse momento, fazendo pequenas intervenções no seu recinto a diversos níveis, nomeadamente ao nível da bancada, do próprio balneário e de

toda a zona envolvente. O balneário principal, por exemplo, ganhou uma nova cara. O relvado sintético será uma realidade? Sem dúvida. Temos um projeto já para a legalização dos terrenos, porque a parte dos balneários só na revisão do PDM é que vão poder ser legalizado, o que não dá neste momento na medida em que estão em zona ecológica. Já tive contactos com responsáveis da Câmara Municipal de Guimarães para fazer a legalização do terreno e eles disseram que era possível. Já está o projeto, a partir daí, em setembro vamos submeter a candidatura e estou esperançado que na próxima época já vamos jogar no sintético. Seria uma grande diferença para o clube? Sem dúvida. Não tenho duvidas que esta zona evolvente ficará muito bom com um sintético. Será uma mais-valia para a freguesia e para os seus jovens. Gostávamos muito de ter formação, mas é impossível os miúdos vir jogar no pelado. Tendo um sintético dá mais garantias para trabalhar a formação. Temos bastante juventude a jogar nas redondezas, miúdos muito bons, tendo o sintético tudo é mais fácil.


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Obituário

Vandalismo nos parques da vila tem preocupado as autoridades

Manuel António da Silva Cruz

No dia 7 de Julho, na Suíça, faleceu o Sr. Manuel António da Silva Cruz, com 52 anos de idade, casado com Maria manuela da Silva Ribeiro, residente que foi na Travessa da Boucinha, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

BRUNO FERREIRA

Belmira da Graça da Silva

No dia 16 de Julho, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª Belmira da Graça da Silva, com 96 anos de idade, viúva de Fernando Ribeiro, residente que foi na Rua Adelino Gomes, Sande (São Martinho), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de Santo Amaro – Sande (São Martinho), indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Maria Marques Gonçalves

Os diversos atos de vandalismo que se têm registado na Vila Taipas nos últimos tempos têm gerado preocupação nas autoridades. Estes atos de vandalismo têm-se registado essencialmente nos parques de lazer da vila, mas não só, e estão relacionados com mobiliário urbano danificado e lixo espalhado pelos parques. tem sido frequente o raiar do sol nestes equipamentos públicos com diversas embalagens de alimentos e bebidas, o que causa transtorno a nível de higiene e limpeza

No sentido de tentar solucionar este problema, a Junta de Freguesia de Caldelas conjuntamente com a Brigada Verde da fregeusia, a Policia Municipal de Guimarães e a Guarda Nacional Republicana do Posto Territorial das Taipas realizaram uma ação de fiscalização e sensibilização nos parques de lazer da vila.“Temos verificado por diversas vezes mobiliário urbano vandalizado, lixo depositado fora do local devido, má utilização dos recipientes de reciclagem disponíveis,

entre outros. Apelamos à população que atos deste tipo sejam denunciados para que sejam erradicados. Sinalizamos também junto das entidades competentes (GNR e Polícia Municipal), apelando ao reforço da sua ação”, mencionou a Junta de Freguesia de Caldelas numa nota colocada nas redes sociais. Luís Soares, presidente da junta de fregeusia, acompanhou a visita das autoridades aos referidos parques na ação de sensibilização que se realizou em horário noturno.

No dia 19 de Julho, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª Maria Marques Gonçalves, com 90 anos de idade, viúva de Joaquim Gonçalves, residente que foi na Rua de Além, Figueiredo, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São Paio de Figueiredo, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Salvador da Cunha Fernandes

No dia 21 de Junho, na sua residência, faleceu o Sr. Salvador da Cunha Fernandes, com 82 anos de idade, casado com Rosa Lima da Silva, residente que foi na Rua da Liberdade, Briteiros (São Salvador), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São Salvador de Briteiros, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

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