Reflexo #291 2020-09

Page 1

Setembro de 2020 / Ano XXVII / #291

Publicação Mensal

Diretor Alfredo Oliveira

Preço €1,00

PUBLICIDADE

Novadiesel Higienização das condutas e do

Campanha de Higienização

na Novadiesel

habitáculo

€15,00 (IVA incluído)

Higienização das condutas e do habitáculo

25%

DESCONTO

Filtros de habitáculo

GRÁTIS %

DESCONTO

Mão-de-obra

Novadiesel - Reparação de Bombas Injetoras Rodovia de Covas Urgezes - Guimarães 253 521 766 | 925 967 722 www.novadiesel.com

Para tudo o que o seu automóvel necessita. PUBLICIDADE

Obras no centro arrancam em outubro e intervenção na Alameda Rosas Guimarães dá primazia ao peão pp. 06 e 07

Adelina Pinto: "Ensino à distância no pré-escolar e no 1º ciclo só com descontrolo total da pandemia" ENTREVISTA

pp. 04 e 05

Centro Qualifica abre na Secundária das Taipas

Feira de Velharias e Antiguidades com nova organização

Gaspea gravaram novo trabalho na Escola do Rock

Targino é reforço sonante da equipa do CC Taipas

Nova valência abre em setembro e pretende reconhecer, validar e certificar competências de adultos.

Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas assume a dinamização do evento.

Manuel Reis produziu o tema da banda taipense "Ser Quem Sou" em Paredes de Coura.

Conjunto de Rui Castro já prepara a temporada 20/21 no Campo do Montinho.

p. 05

p. 09

p. 12

p. 18

PUBLICIDADE


PUBLICIDADE

Alojamento de luxo no coração de Guimarães Venha viver algo único em termos de conforto e descoberta Algo que só a GuimaGold lhe pode oferecer

www.guimagold.com Rua Paio Galvão nº 12 | 4810-426 Guimarães 915 683 596 | 938 113 738 |geral.guimagold@gmail.com


Setembro de 2020

#291

reflexo

3

CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira

SOBE

A pandemia e o novo ano letivo Adelina Pinto, vereadora da Câmara Municipal de Guimarães responsável pela área da educação, deixa claro o que se espera das escolas neste novo ano letivo: "Ensino à distância no pré-escolar e no 1º ciclo só com descontrolo total da pandemia". Se as escolas encerraram a 16 de março aos sinais de alerta mais fortes da pandemia, no final do 2º período do último ano letivo, tal não vai acontecer durante este novo ano letivo. Vamos ter um ensino presencial, que é o que se espera e deseja numa escola, mesmo que surjam casos positivos ao Covid 19 entre professores, alunos e pessoal auxiliar. As escolas não irão encerrar, pois a expectativa é que não se verifique um “descontrolo total da pandemia”. Se, no início da pandemia, foram os pais os primeiros a retirar os seus filhos das escolas, também facilmente se aperceberam que a situação se tornava insustentável. Com os avós nos lares e com famílias de filhos únicos, tiveram de ficar em casa para “tomar conta deles”, impossibilitando a presença no trabalho. Mesmo os que passaram a teletrabalho também se aperceberam que trabalhar e “tomar conta” do filho 24 horas por dia não é tarefa fácil. Neste enquadramento, espera-se que a gestão da vida de uma escola não se transforme num espaço para “tomar conta” das crianças e dos jovens até ao aparecimento de uma vacina. Na entrevista publicada nesta edição, Adelina Pinto mostra-se confiante de que tudo foi feito e está a ser feito para que a abertura do novo ano letivo “se faça de forma calma e serena” e que “as escolas estão preparadas” para receberem os alunos em conformidade com as normas emanadas pelo Ministério da Educação e da DGS. Por isso, a escola vai ter um papel muito importante e que é a sua missão maior, educar os alunos para esta nova realidade. E educar os alunos será também educar as suas famílias. A também vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que já foi professora, continua a defender que a escola tem como missão maior o seu papel na educação dos alunos e lamenta que a pandemia coloque em suspenso um conjunto de programas e atividades já enraizados nas escolas de Guimarães.

reflexo O Norte de Guimarães

PUBLICIDADE

Luz verde nas obras do centro

Ribeira da Canhota

É a notícia de última hora. O Tribunal de Contas Em agosto fizemos o tradeu luz verde ao projeto de jeto que liga o Açude d´Além intervenção no centro da à Praia Seca para vermos vila de Caldas das Taipas. como estava o caminho da Tudo indica que em meados margem direita do rio Ave. de outubro iremos ter as Para além das dificuldamáquinas no terreno para des de acesso e da extensa concretizar uma obra que vegetação que cobria esses trará diversas alterações à caminhos, um dos locais forma como nós vemos e mais complicados de todos vivemos o centro urbano. é a Ribeira da Canhota, em No final, apesar de alpleno parque de campismo gumas reticências, prine de lazer das Taipas. cipalmente ao nível dos Felizmente, a Junta de comerciantes, esperemos Freguesia está a proceder à que seja o motor da revitalimpeza desses caminhos. lização do centro da vila de Falta, sem dúvida, traCaldas das Taipas. tar dos focos poluidores da Ribeira da Canhota.

DESCE

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 291/ Setembro de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha e Bruno José Ferreira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@ reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos FOTO DE CAPA (Aérea da Alameda Rosas Guimarães) Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


4

Setembro de 2020

reflexo

#291

ENTREVISTA Adelina Pinto

"Ensino à distância no pré-escolar e no 1º ciclo só numa situação de descontrolo da pandemia" DIREITOS RESERVADOS

Adelina Pinto afirma que tudo está a ser feito para que os alunos regressem à escola em segurança. A vereadora responsável pela área da educação da Câmara Municipal de Guimarães lamenta o facto de alguns programas do projeto educativo local terem de ser suspensos para se evitarem os contactos entre alunos. Projetos que usem o meio digital serão reforçados. A questão dos transportes escolares está a ser tratada com especial atenção e irá exigir um reforço orçamental. Entrevista Alfredo Oliveira com Bruno José Ferreira Que balanço faz, enquanto vereadora responsável pela educação, do final do ano letivo 2019/20 face aos problemas causados pela pandemia? A pandemia foi algo absolutamente inusitado. O facto de termos conseguido implementar o ensino à distância num tempo record foi algo muito meritório e deve-se ao trabalho incansável das escolas, dos professores e das famílias. É claro que nem tudo correu bem, mas globalmente o balanço é muito positivo. A utilização dos meios tecnológicos como ferramentas colaborativas e de aprendizagem foi um salto significativo para todos. Novas formas de trabalho foram pensadas, como por exemplo na Escola Básica das Taipas, com grupos de alunos diferenciados, com sessões de orientação vocacional, com apresentação de livros, um sem fim de atividades que deixaram marca em todos! A Câmara conseguiu implementar as medidas necessárias para colmatar os problemas do ensino à distância? A nossa grande preocupação foi logo que todos os alunos

conseguissem ter acesso aos meios tecnológicos necessários. Foi feito um levantamento de necessidades no imediato e verificamos que cerca de 20% dos alunos do 1º ciclo não tinham computador e/ou internet. No imediato distribuímos pelos alunos do 1º ciclo cerca de 500 tabletes que as escolas tinham de apoio a projetos como o Hypatiamat, o Litteratus ou a Plataforma Mais Cidadania. Como eram insuficientes, passamos logo a tratar da aquisição de mais 500 computadores, estes com ligação à Internet, para os alunos que não tinham computador nem Internet. Desta forma, terminamos o ano letivo com todos os alunos do 1º ciclo ligados. Não podíamos deixar ninguém pelo caminho. No final do ano letivo estes computadores e tabletes foram recolhidos e estão agora nas escolas do 1º ciclo, permitindo uma utilização mais sustentada das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Como também tínhamos ainda um número significativo de alunos dos 2º, 3º ciclos e secundário sem acessos, o município decidiu atribuir um subsídio de 12.500€ a cada agrupamento de escolas e escolas secundárias, para ajudar a

colmatar estas faltas. Assim, podemos dizer que em todo o concelho de Guimarães os alunos tiveram acesso à educação à distância. A Câmara tem dados sobre se se verificou um aumento do insucesso escolar ou abandono escolar no último ano letivo? As informações que temos mostram que não houve nem aumento do insucesso nem do abandono escolar. Sempre que uma criança ou jovem deixava de aparecer nas aulas virtuais ou nos contactos feitos pelos professores e/ou diretores de turma, era logo acionado o serviço de emergência, quer pelos gestores sociais, quer pela CPCJ. O trabalho da Rede Social, a sua articulação com as escolas e com as instituições locais foram de grande importância neste processo. É claro que não estamos a falar na qualidade do sucesso, acredito que muitas aprendizagens não foram feitas ou foram feitas de forma menos segura, mas acredito que rapidamente os alunos conseguirão recuperar essas lacunas no seu processo de ensino-aprendizagem. O importante era mantê-los conectados, irmos percebendo o seu estado emocional, os problemas das famílias, se havia

necessidade de refeições ou outros bens de primeira necessidade, o apoio psicológico. Por outro lado, existem informações sobre as consequências psicológicas nos alunos de toda esta problemática causada pelo Covid 19? As informações que temos são pontuais. No imediato as escolas colocaram os seus psicólogos escolares a apoiar estas crianças, no que foram ajudadas pela câmara, que disponibilizou também vários psicólogos para o efeito. Pusemos em campo os gestores sociais e os gestores sociais para a infância, em articulação com o Laboratório Colaborativo ProChild, que identificava crianças e agregados familiares com problemas (com COVID, com falta de rendimentos, com problemas de violência doméstica, com lutos que não conseguiam ser feitos) e acionavam todos os serviços necessários: psicólogo, entrega de refeições, entrega de cabazes, ajuda nos trabalhos de casa, apoio parental, etc. Agora em setembro, num projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o ProChild vai fazer um rastreio e avaliação do estado psicológico de todas as crianças entre os 3 e os 10 anos, que frequentam a escola em Guimarães. O que nos dizem os números, é que cerca de 30% das crianças pode ficar com danos emocionais por ter vivido esta situação de confinamento e de privação dos contactos sociais habituais. Além da avaliação, que será feita através duma plataforma digital, a Plataforma Mais Cidadania, já usada pelos alunos e pais do 1º ciclo, prevemos ainda uma intervenção nos alunos, quer com programas específicos, quer com apoio individualizado, feito pela Associação de Psicologia ou pela Pedopsiquiatria do Hospital Senhora da Oliveira. Este estudo é único em Portugal e vai ser muito importante para aferirmos os danos psicológicos desta pandemia nas crianças. A Câmara Municipal de Guimarães tem acompanhado de perto, com as direções das escolas, o arranque deste novo ano escolar? A Câmara Municipal trabalha sempre em proximidade com as escolas, ainda mais este ano já

que exige mais cuidado e atenção no lançamento do novo ano letivo! Este ano reuni com os 14 agrupamentos, separadamente, quer porque era necessário evitar os ajuntamentos, quer porque cada agrupamento é uma realidade diferente. Organizamos os horários de entradas por causa do transporte escolar, a forma como vão decorrer as Atividades de Enriquecimento Curricular, as Atividades de Animação e Apoio à Família e a Componente de Apoio à Família. Este ano teremos uma nova forma de trabalhar, concentrando os técnicos nas escolas, evitando deslocações entre escolas, mitigando assim possíveis perigos de contágio. Com cada um vimos as necessidades de pessoal não docente, as entradas e saídas das escolas, os planos de contingência, entre outros. A abertura do novo ano será de forma calma e serena, dando confiança aos pais e reduzindo ao máximo os perigos. As escolas estão preparadas para receber os alunos do ensino básico e dos 2º e 3º ciclos? As escolas estão preparadas, têm os seus planos de contingência feitos, um conhecimento profundo de todas as regras emanadas da DGS e do Ministério da Educação, todo o apoio dos vários serviços da Câmara Municipal de Guimarães. Também todos sabem as regras que devem seguir, o uso obrigatório de máscara, o distanciamento social e a higienização. Estamos a trabalhar para que tudo esteja em conformidade com todas as orientações, sendo certo que algumas serão muito difíceis de cumprir. Só para dar um exemplo, na maior parte das salas de aula não se consegue colocar o distanciamento de dois metros entre os alunos, não há espaço disponível! Mas se os alunos tiverem máscara, se souberem que não devem estar de frente para o colega, que não devem partilhar materiais e que não devem tocar no colega, o risco de possível contágio é muito pequeno. Por isso, a escola vai ter um papel muito imp ortante e que é a sua missão maior, educar os alunos para esta nova realidade. E educar os alunos será também educar as suas famílias. O que de continuidade ou de inovador, em termos de funcionamento das escolas com


Setembro de 2020 #291

ensino presencial, a Câmara irá implementar neste novo ano letivo? Este ano vamos ter de repensar muitos dos projetos que faziam parte do nosso projeto educativo local. O “Reconhecer Guimarães” com as visitas de estudo aos monumentos de Guimarães ficará em suspenso até vermos como corre a pandemia! Este projeto funciona já desde 2014, em continuidade e preocupa-nos muito que esteja suspenso já desde março. Conhecer o nosso território, a nossa história, os nossos monumentos, é fundamental para um cidadão vimaranense e cosmopolita. O projeto “Pergunta ao Tempo”, em articulação com a Casa da Memória virou projeto “Cápsula do Tempo”. As idas constantes ao teatro, no âmbito do “Maistrês” será também difícil de manter pelo que estamos neste momento a fazer gravações de algumas peças de teatro que serão apresentadas em ambiente digital. O projeto desportivo “Petizes Felizes” que levava várias modalidades de desporto a todos os alunos do 1º ciclo, como o judo, a ginástica, a patinagem ou o andebol, está suspenso até percebermos as

reflexo

limitações que a DGS está a impor. Continuaremos numa forte aposta dos projetos que já usavam o meio digital como o “Hypatiamat” (matemática para o 1º ciclo), a Plataforma “Mais Sucesso” (com conteúdos de Estudo do Meio e de Cidadania), o “No Poupar é que Está o Ganho”, totalmente digital e em articulação com a Fundação Cupertino de Miranda. Como será gerida a questão dos transportes escolares? A questão dos transportes é uma questão que nos preocupa e que estamos a gerir com o maior cuidado e atenção. Foi solicitado a cada escola que nos indicasse os horários dos alunos que necessitam de transporte para que a respetiva empresa se organize para respeitar as regras da lotação máxima (cada autocarro não pode levar mais de 2/3 da sua lotação) e para que o tempo de espera seja o menor possível. Claro que esta situação é ainda mais complicada para os alunos das zonas mais afastadas, há menos crianças e menos transportes. O mesmo se passa com os alunos transportados por táxi, agora a lotação é inferior e levanta imensos

problemas. Sabemos também que os custos com os transportes vão ser bastante maiores e esperamos que o governo saiba reconhecer este esforço adicional que os municípios estão a fazer. As escolas vão ter funcionários suficientes para um eventual acréscimo de trabalho? O município de Guimarães tem já um número maior de func ionários nas escolas, já não se limita ao rácio protocolado com o Ministério, pois sabe que este não é suficiente. Tendo em conta toda a situação estamos a fazer ainda um reforço maior, estamos a terminar um concurso para que tenhamos capacidade de dar uma resposta positiva à necessidade das escolas. Sabemos que há intervalos desfasados, almoços desfasados, espaços diferenciados para os recreios, maior controlo nas entradas das escolas, o que significa uma maior necessidade de funcionários. Estão, desde já, previstas as medidas a seguir caso as escolas sejam obrigadas a seguir um caminho misto ou mesmo à distância?

Penso que o pré-escolar e o 1º ciclo não voltarão ao ensino à distância, só numa situação de descontrolo total da pandemia. O que pode acontecer são pequenos surtos que podem obrigar algumas turmas a ficar em quarentena. E aí temos capacidade para implementar o ensino à distância, com capacidade de equipamentos e já com um à vontade de professores e alunos. No 3º ciclo e secundário pode haver mais necessidade de se voltar a implementar o ensino à distância, primeiro porque são escolas maiores, mais difíceis de gerir, com adolescentes que podem ser menos cumpridores das regras comportamentais que a COVID nos exige. Por outro lado, estes alunos são mais velhos, mais autónomos, mais capazes de aproveitar as potencialidades do ensino à distância. Mas não acredito que esta situação se coloque, penso que vamos saber ser responsáveis, cumprir todas as orientações e ter um ano letivo mais fechado na escola, mais limitado nos estímulos, mais fechado na sala de aula e no grupo turma, mas um ano letivo que se vai pautar por outras aprendizagens e por comportamentos que vão ser muito corretos e responsáveis! Todos

Centro Qualifica da Secundária das Taipas arranca com o novo ano letivo

O arranque do ano letivo 2020/2021 trará uma novidade à Escola Secundária de Caldas das Taipas, com a implementação de um Centro Qualifica, com o objetivo de desenvolver processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) junto da população adulta. Há muito a ser pensada e estruturada, esta nova valência da Secundária das Taipas pretende dar resposta à aposta na qualificação de adultos, de resto uma preocupação que a escola taipense tem tido, conforme dá conta Ana Guedes, coordenadora do projeto. “ Tr a t a - s e d e u m C e n t r o

Qualifica tal como outros que existem no país e faz parte de uma estratégia nacional para a qualificação dos adultos; sabemos que Portugal tem muita população adulta ainda pouco qualificada. Houve uma primeira intervenção, neste âmbito, com os antigos Centros de Novas Oportunidades (CNO), mas, entretanto, esta estratégia foi reorganizada. Os Centros Qualifica são centros que pretendem dar resposta a essa necessidade de qualificação de adultos. Temos uma população que necessita de rever, desenvolver e apostar nas suas qualificações, e é nesse sentido que a Escola Secundária das Taipas, tal como

já fez anteriormente, se envolve nesta área da formação de adultos”, aponta Ana Guedes, referindo que “o Centro Qualifica das Taipas será uma mais-valia para a população”, na medida em que “irá abranger todas as freguesias da região norte de Guimarães”. Apesar das naturais dificuldades para se implementar um novo projeto, como é o caso, e neste contexto atual de instabilidade pelos efeitos da pandemia, a perspetiva é que este, que será o terceiro Centro Qualifica de Guimarães, tenha uma boa aceitação por parte da população. “É sempre um pouco difícil iniciar este tipo de processos. Achamos que terá uma boa aceitação por parte da população; achamos que é necessário, que é útil e que a população em geral pode beneficiar desta oferta de formação, assim como as próprias empresas aqui à volta; por isso acreditamos que este Centro Qualifica virá a ser considerado uma mais-valia, nesta região”, sublinha.

A nível de oferta formativa, com o sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, adquiridas ao longo da vida (RVCC) para os ensinos básico e secundário, o acompanhamento aos adultos será próximo e de acordo com as necessidades individuais, tendo sempre em conta um processo evolutivo dos formandos. “Vamos ter a oferta de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, que são programas mais individualizados. Estamos a falar de formação de adultos que já frequentaram a escola, mas que por alguma razão não concluíram ou não avançaram no seu percurso escolar, e consequentemente, poderão, agora, através de um trabalho mais individualizado e de maior proximidade com os formadores, ver as suas competências reforçadas e validadas. A formação é trabalhada num nível de necessidade que os adultos demonstrem. Há sempre um acompanhamento,

5

sabemos, e os alunos também, que o encerramento das escolas significa milhões de pessoas em casa sem trabalhar, sem produzir e que a economia do país não aguenta. Vamos saber lidar com isto e a escola será crucial para ganharmos esta batalha. A Carta Educativa que está a ser atualizada já terá em conta esta nova realidade? A Carta Educativa está a ser atualizada e agora com novos indicadores. A questão do acesso à Internet, dos equipamentos tecnológicos, da literacia dos pais, do número de alunos por turma tem hoje um significado diferente. De repente tudo mudou. Hoje as escolas mais pequenas, mais periféricas oferecem outras condições: menos alunos por turma permitindo cumprir o distanciamento social, menos ajuntamentos, mais espaços de recreio para dividir pelos alunos, menos problemas na hora do almoço, mais fácil a higienização dos espaços. Este é já um olhar diferente que a Carta Educativa não pode deixar de incorporar nas discussões e nos levantamentos que está a fazer!

por parte de toda uma equipa, desde o início do processo até à sua conclusão, e em função do diagnóstico que é feito são determinadas as áreas de formação necessárias e prioritárias. É a partir desse início de processo que depois se desenrola todo o programa”, acrescenta Ana Guedes. O Centro Qualifica das Taipas está pronto para entrar em funcionamento juntamente com o arranque do ano letivo, algo que apenas será alterado caso a situação pandémica assim o obrigue. “Vamos começar em setembro, está tudo programado para isso. Obviamente que no contexto em que vivemos há sempre alguma incerteza e, naturalmente, um plano B. Da mesma forma que a escola vai iniciar em setembro, nós também vamos arrancar com este projeto. Se houver por parte da administração central indicações noutro sentido, obviamente que teremos de cumprir essas orientações”, é apontado.


6

Setembro de 2020

reflexo

#291

ATUALIDADE Intervenção na Alameda Rosas Guimarães dá primazia ao peão em detrimento do automóvel DR

Quatro lugares de estacionamento

Um novo passeio pedonal

Canteiros totalmente ajardinados Último canteiro sem automóveis

Busto de Rosas Guimarães reposicionado para o último canteiro

Projeto da intervenção na Alameda Rosas Guimarães e na Rua Joaquim Ferreira Monteiro está concluído, tendo como principal enfoque tornar este espaço mais apelativo para as pessoas e não tanto para os automóveis. As tílias são para manter e o trânsito será alterado. Texto Bruno José Ferreira com Manuel António Silva

Arquiteto Ricardo Rodrigues Autor do projeto da intervenção na Alameda Rosas Guimarães

Dentro em breve a Alameda Rosas Guimarães terá uma nova cara. O projeto para a intervenção nesta zona nevrálgica na Vila das Taipas está concluído e, pese embora se trate de uma obra algo minimalista, prevê algumas alterações de fundo, essencialmente para o quotidiano dos frequentadores deste espaço. As obras não serão

avultadas, mas em parte a essência deste espaço será alterado. A ideia é que a Alameda Rosas Guimarães passe a ser mais atrativa para as pessoas, passe a ser uma zona de uso pedonal e não tanto uma espécie de parque de estacionamento. O Reflexo falou com o arquiteto Ricardo Rodrigues, da Câmara Municipal de Guimarães, projetista que pensou esta intervenção e que deu conta das principais características da reformulação que vai ser feita não só na Alameda Rosas Guimarães, mas principalmente na Rua Joaquim Ferreira Monteiro, essa sim que será completamente reformulada. Como principais tópicos a reter, o último canteiro (junto ao Parque de Lazer) vai passar a ser utilizado apenas de forma pedonal, sendo nivelado pelos passeios e os canteiros centrais deixarão de ter passeios; as árvores são para manter e o trânsito

automóvel sofrerá alterações. Alameda para as pessoas

Uma das ideias vincadas por Ricardo Rodrigues foi precisamente a de dar maior conforto para que as pessoas possam usar a Alameda Rosas Guimarães e a Rua Joaquim Ferreira Monteiro. É nesse seguimento que o trânsito automóvel deixará de existir no último canteiro da Alameda Rosas Guimarães, junto ao parque. “Pensamos nisto para que fosse possível fazer aqui vários tipos de eventos, como uma feira do livro, por exemplo, até porque a ideia de reformular a Alameda era anterior à reformulação do centro cívico. Dessa forma amplia-se muito o tipo de utilização que o parque de lazer pode ter; subimos o pavimento, mantemos o desenho do espaço público, mas a zona da antiga estrada e o passeio ficam ao mesmo

nível. Apenas uma entrada para veículos de emergência, sem trânsito automóvel”, explica Ricardo Rodrigues, recordando que este projeto começou a ser pensado em 2012 por altura da elaboração do Mapa 2020. Nos restantes canteiros verificar-se-ão também alterações, uma vez que vão ser eliminados os passeios. “Vamos alargar os canteiros. Os passeios que circulam as placas centrais vão ser demolidos e vamos ter só um passeio central. O passeio é alargado nas faixas laterais, de forma a que, em vez de atravessarmos cinco metros de estrada passemos a atravessar só três e meio. Nas zonas centrais criámos uma zona de estar com iluminação, papeleira, uns bancos, onde as pessoas podem estar. Apercebi-me que poucas pessoas utilizam e circundam os passeios centrais, por isso não faz sentido

lá estarem”, aponta, indicando que o busto de Rosas Guimarães existente nesta artéria será reposicionado precisamente junto ao último canteiro, “com um enquadramento completamente diferenciado e com outra visibilidade”. Alteração no trânsito

Numa primeira fase a empreitada incidiria sobretudo na Rua Joaquim Ferreira Monteiro e esse intuito mantém-se. Se na alameda as alterações serão mais minimalistas, esta rua terá uma intervenção de maior monta, alterando-se inclusive o sentido do trânsito. Nesta rua o estacionamento será substituído por passeios para peões. “Vamos criar uma forma pedonal para se circular condigna na Rua Joaquim Ferreira Monteiro, que atualmente não acontece. Ao fazer isso entramos no drama que temos, por exemplo, no Centro


Setembro de 2020 #291

Histórico: ou passeios/pessoas ou carros. Ficaremos só com estacionamento numa baía final da rua, mas há a escassos metros lugares automóveis”, aponta o arquiteto responsável por idealizar a nova configuração da avenida do parque. Tal como já foi referido, esta rua passará a ser utilizada como saída do parque e não como entrada, numa decisão pensada pelos serviços de trânsito do município. “O sentido de trânsito, por indicação dos serviços de trânsito da Câmara Municipal de Guimarães, vai ser alterado. Concordamos que a curva após a ponte implica uma paragem perigosa dos carros, pelo que a saída será feita com uma curva larga para a direita, quase que uma faixa de aceleração”, sublinha. Esta rua, que até agora é utilizada para estacionamento em toda a sua extensão, passará a ter um número

reflexo

reduzido de lugares; terá um lugar de cargas e descargas, um lugar para pessoas com mobilidade reduzida, num total de quatro lugares de estacionamento. “Árvores mantêm-se e são reforçadas”

Um dos maiores patrimónios da vila, as árvores que preenchem a Alameda Rosas Guimarães são para manter, nomeadamente as tílias. Essa é a ideia do projetista Ricardo Rodrigues, que adianta que as árvores serão ainda revigoradas. “As árvores mantêm-se e são reforçadas. Com a ajuda dos serviços do ambiente vamos fazer uma revisão das árvores porque há árvores que serão substituídas, as que estão doentes e envelhecidas. A ideia é sempre manter a arborização da alameda e manter essa característica. As árvores que são retiradas

serão substituídas. Há um reforço da coerência da arborização; neste momento há uma mistura, um sistema heterogéneo em que umas crescem mais do que outras e não deixam crescer as outras, pelo que vamos uniformizar isso”, explica. Os passeios e os pavimentos serão todos substituídos, reparando-se assim as zonas danificadas pelas raízes das árvores. A este nível a obra será de “intervenção mínima” e, nesse sentido, com a alteração dos pavimentos serão reparadas as zonas danificadas, ainda que sem pensar uma alternativa a longo prazo. Cheias dificultam obras no Clube de Ténis das Taipas

Com a intervenção no último canteiro da alameda, Ricardo Rodrigues projeta um “enquadramento mais valorizado entre o

polidesportivo e os courts de ténis”, na medida em que será criada uma zona pedonal nova sem carros e toda nivelada. No horizonte está também a requalificação da zona envolvente aos courts de ténis, algo que, contudo, não está a ser pacífico devido às cheias. O Clube de Ténis das Taipas foi, inclusivamente, contemplado com um subsídio para a reformulação das suas instalações, mas esse projeto tem tido entraves. “Estamos a trabalhar com o Clube De Ténis das Taipas, a tentar ajudar a requalificar esta zona, mas temos grandes problemas. Estamos numa zona de grande sensibilidade por causa das cheias. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o que deixa fazer é zero. Estamos a tentar contornar isso há vários anos. Ainda há menos de um ano tivemos uma cheia com 1,60metros, o que torna difícil rebater qualquer

7

argumento. Foi atribuído um subsídio ao clube, já tínhamos projeto, mas a APA não deixa ampliar a área, e estamos a trabalhar com outros engenheiros do Porto, que trabalham com a APA, no sentido de ver o que se pode fazer. Estamos presos pela água, pelas cheias, e também pelo enquadramento paisagístico porque irá interferir na alameda”, lamenta o arquiteto. Em reunião de câmara, no dia 6 de julho, foram apresentados os procedimentos referentes ao concurso público da obra de reperfilamento da Alameda Rosas Guimarães. A empreitada terá o custo de aproximadamente 350 mil euros mais IVA, mais precisamente 348.675,10 + IVA, sendo que o prazo estimado de realização desta obra é de nove meses.

Ecovia do Ave começa a ganhar forma nas margens do Rio Ave em Ponte e nas Taipas BRUNO JOSÉ FERREIRA

A ecovia que será edificada nas margens do Rio Ave já começa a fazer-se sentir. O pontapé de saída foi dado em Ponte e teve seguimento nas Taipas com o arranque da primeira fase da obra projetada pela Câmara Municipal de Guimarães com o intuito de criar um trilho ecológico paralelo á margem do rio

por toda a sua extensão no concelho de Guimarães. Em Caldelas a primeira fase deste projeto, nomeadamente a fase de limpeza da margem do rio, iniciou-se na margem entre os dois parques de lazer da vila, ou seja a ligação entre o Parque de Lazer da Praia Seca e o Parque de Lazer das

Taipas, estando neste momento já feita a limpeza entre a Praia Seca e o Parque de Campismo. Os trabalhos estão a ser acompanhados pela Junta de Freguesia de Caldelas juntamente com a Câmara de Guimarães e ainda com a empresa Vitrus. Será feita a “remoção da vegetação infestante e conservação

das espécies autóctones que sustentam a margem do Rio (Salgueirospretos, amieiros e carvalhos)” e ainda “as infestações de espécies invasoras, nomeadamente canas, índigo-bastardo, mimosas, silvas e espanta-lobos”, dá conta a Junta de Freguesia de Caldelas. No local estiveram dois investigadores do Laboratório da Paisagem de Guimarães, a investigadora em Ecologia Ana Pinheiro e o investigador em Geografia Ricardo Martins, realçando-se o facto de se estar a intervir na margem do rio não só com a finalidade principal de permitir a passagem para construir a ecovia, mas também tendo em conta a intenção de que este seja um trilho ecológico em que se destaque o potencial natural e ambiental. Ao mesmo tempo, a Junta de Freguesia de Caldelas, presidida por Luís Soares, encontra-se a trabalhar na segunda fase deste projeto, de forma a que os trabalhos de limpeza prossigam até ao limite da freguesia com Sande Vila Nova, nomeadamente até a levada dos moinhos. De resto, os primeiros passos no sentido de operacionalizar este projeto foram dados na Vila de Ponte também com os trabalhos de limpeza entre a zona conhecida como os antigos aviários e

o Parque de Lazer da Ínsua, bem como o Parque de Lazer de Ponte até à zona em frente ao Parque de Lazer da Praia Seca. “Para além das inúmeras valências que estão a ser criadas, este corredor verde será́ dotado de mobiliário urbano e sinalética informativa, bem como de marcos quilométricos, o que permitirá promover atividades de contacto com a natureza e usufruto da paisagem”, informou a Junta de Freguesia de Ponte, frisando que ao todo, Ponte possui sensivelmente 5,5km de margem com o Rio Ave, o que faz com esta seja a freguesia com maior contacto com o rio, fator que pretende valorizar. “Com o início da construção da futura Ecovia, e com a aposta reiterada na limpeza das margens e leito do rio, torna-se possível disponibilizar a todos novas zonas de excelência. É este caminho que estamos a percorrer e vamos continuar a trilhar”, sublinhou a junta de Ponte. Recorde-se que aquando da inauguração da 1.º fase da Ecovia de Guimarães, Domingos Bragança frisou, tal como já o fez noutras ocasiões, o objetivo de expandir a Ecovia ao longo do Rio Ave que se estende desde o Parque de Ardão, em Silvares, à extrema norte do território, bem como a extensão para sul do concelho.


8

Setembro de 2020

reflexo

#291

ATUALIDADE

AE das Taipas é um Eco Agrupamento pela primeira vez DR

Todas as escolas do Agrupamento de Escolas das Taipas galardoadas com bandeira verde pelo programa Eco Escolas, tornando-se assim um Eco Agrupamento. Centro Social das Taipas e Escola Secundária das Taipas também foram galardoados. No caso de Ponte e de Briteiros os resultados não são tão animadores. Texto Bruno José Ferreira O Agrupamento de Escolas das Taipas conseguiu que todas as suas escolas alcançassem a bandeira verde, sendo uma Eco Escola, tornando-se assim pela primeira vez um Eco Agrupamento, numa iniciativa promovida pela ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa). Tal feito foi conseguido uma vez que a Escola EB1 da Igreja, em Sande São Martinho, conseguiu esta distinção pela primeira vez, depois de se ter inscrito sem sucesso no último ano letivo. Com as restantes seis escolas do agrupamento a manter a bandeira verde que já tinham no ano passado, o Agrupamento de Escolas das Taipas é, então, um Eco PUBLICIDADE

Agrupamento. Cláudia Vieira é a coordenadora do Programa Eco Escolas do Agrupamento de Escolas das Taipas, juntamente com Ivone Antunes, e refere ao Reflexo que este feito é “fruto de um trabalho exigente” de vários intervenientes. “O facto de conseguirmos ser um Eco Agrupamento é sinal de que estamos todos mais sensibilizados para as problemáticas do meio ambiente e estamos a conseguir mudar a mentalidade dos alunos, das famílias e da comunidade com todas as ações implementadas. Ao longo dos últimos anos passamos por uma fase de aprendizagem e

de absorção e partilha de conhecimentos entre as várias escolas do agrupamento. Foi uma evolução contínua e sustentada que tornou possível a conquista da bandeira por parte de todas as escolas. O facto de a sociedade estar cada vez mais sensibilizada e atenta a estes temas também se refletiu nos vários intervenientes e na contribuição que todos deram para atingirmos esta meta”, assume. A pandemia também a este nível se fez sentir, uma vez que exigiu trabalho suplementar no terceiro período. “Houve um esforço acrescido no desenvolvimento das atividades. As atividades foram

alteradas, o que levou a que tivéssemos de ter metodologias diferentes. No entanto, apesar de todas as condicionantes existentes no terceiro período, incentivámos os alunos na continuidade dos trabalhos, a partir de casa adaptados à aprendizagem no seio da família, através da adesão a projetos propostos pela ABAE e não só, também pelo projeto Pegadas, um projeto do município. Foi um esforço acrescido por parte de todos no desenvolvimento das atividades, da parte das coordenadoras e de todos os professores, que também contribuíram. Foi, no fundo, um trabalho articulado entre diferentes disciplinas. Trabalhamos muito em articulação com várias disciplinas e os professores foram um grande contributo para que tivéssemos conseguido a bandeira”, acrescenta Cláudia Vieira. Admitindo que era objetivo do Agrupamento de Escolas das Taipas conseguir tornar-se num Eco Agrupamento, a coordenadora deste projeto acredita que só faz sentido olhar para o Eco Escolas com o intuito de o desenvolver. “Mais do que manter este estatuto, queremos melhorar. Tem havido um acrescento de consciencialização dos comportamentos dos alunos em relação ao meio ambiente, é certo, mas ainda há muito a melhorar e a participação das famílias é fundamental para dar continuidade ao trabalho desenvolvido. Aproveito para agradecer aos colegas professores, à direção da escola, à junta de freguesia, ao município, a todos os pais e encarregados de educação e aos auxiliares; os assistentes operacionais têm uma participação ativa nas atividades dinamizadas”, conclui. De resto, todas as entidades taipenses que se inscreveram no projeto Eco Escolas conseguiram a ambicionada bandeira, uma vez que aos estabelecimentos do Agrupamento de Escolas das Taipas juntam-se o

Centro Social das Taipas e a Escola Secundária das Taipas, que também foram galardoadas. O Centro Social das Taipas obteve bandeira verde pelo segundo ano consecutivo e a Escola Secundária das Taipas foi galardoada pelo quinto ano consecutivo. Agrupamento Arqueólogo Mário cardoso perdeu estatuto de Eco Agrupamento Depois de dois anos em que teve o estatuto de Eco Agrupamento, sendo um dos agrupamentos mais cotados do concelho a este nível, o Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso, predominantemente em Ponte, perdeu a bandeira verde na maioria dos seus estabelecimentos de ensino. Num total de cinco escolas que compõe este agrupamento, apenas a escola sede, a Escola Básica e Secundária Arqueólogo Mário Cardoso, foi distinguida como uma Eco Escola, galardão obtido pelo sexto ano consecutivo. De resto, as escolas básicas de Ponte, de Sande Vila Nova e Deserto fizeram a respetiva inscrição, mas não conseguiram bandeira verde, enquanto que a candidatura da Escola Básica Cerca do Paço está ainda em análise. Agrupamento de Escolas de Briteiros apenas com uma Eco Escola No que ao Agrupamento de Escolas de Briteiros diz respeito, apenas uma escola, a Escola EB 2/3 de Briteiros, conseguiu obter bandeira verde. Depois de o ano passado não ter conseguido ser uma Eco Escola, este estabelecimento de ensino voltou a ter a distinção que teve durante nove anos consecutivos. De um total de oito escolas que compõe este agrupamento escolar, apenas a Escola EB 2/3 de Briteiros se candidatou, tendo conseguido o resultado esperado.


Setembro de 2020 #291

reflexo

9

Organização da Feira de Velharias e Antiguidades passa para os bombeiros e poderá ser mensal REFLEXO

A F e i r a d a s Ve l h a r i a s e Antiguidades das Taipas passará a ser organizada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas. Após a ACIT (Associação Comercial e Industrial das Taipas) ter informado que não continuaria a organizar a referida feira, a junta de freguesia desenvolveu contactos com o intuito de arranjar uma solução, para que fosse possível manter esta iniciativa, considerada pela Junta de Freguesia de Caldelas como de “particular relevância, porquanto acrescenta valor à freguesia de Caldelas”. No horizonte dos Bombeiros das Taipas está a realização mensal deste evento, caso se verifique que

estão reunidas condições para tal. Para já, a primeira condição imposta foi que este evento passe a realizar-se no recinto da feira semanal, não só para cumprir as diretrizes da Direção Geral de Saúde (DGS), mas também perspetivando já o futuro, conforme José das Neves Machado deu conta ao Reflexo: “Tenho uma reunião marcada com alguém que está por dentro destas feiras para vermos como orientar esta questão. Há a condição de que a feira não se realize no espaço em que se realizava até agora, mas que se realize na feira-semanal. No sítio onde estava já invadia a via e era até perigoso derivado ao trânsito. Olhando também para o futuro, com a requalificação da vila

ficaríamos sem espaço, pelo que estamos já a perspetivar o futuro e a projetar um local melhor”. O regresso da Feira das Velharias e Antiguidades está marcado para o dia 29 de novembro, o primeiro mês em que se verifica a ocorrência de cinco domingos, mas há a possibilidade de a feira vir a realizar-se mensalmente, caso haja interesse dos envolvidos. José das Neves Machado assegura que ao assumir a organização deste evento, os Bombeiros das Taipas estão a “prestar um serviço à vila”, na medida em que os rendimentos da organização são “quase insignificantes” para os Bombeiros das Taipas.

Faleceu Francisca Abreu, ex-vereadora DR

Francisca Abreu, ex-vereadora da Educação e da Cultura da Câmara da Municipal de Guimarães entre 1998 e 2013, faleceu no dia 27 de agosto no Hospital Senhora da Oliveira, vítima de doença. Com um legado de âmbito cultural imenso para o concelho, Francisco Abreu foi responsável pela candidatura de Guimarães a Capital Europeia da Cultura e foi membro do Conselho de Administração da Fundação Cidade de Guimarães, instituição criada para criação, gestão e realização do programa cultural de Guimarães 2012. Factos pelos quais foi reconhecida em 2019 com a Medalha

de Mérito Cultural Municipal em ouro. “O sucesso de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 constituiu exemplo para toda a Europa de como uma cidade média, a partir do envolvimento de toda a população, podia realizar um evento de amplitude europeia, ficando em muito a dever-se à visão cosmopolita, arrojada e integradora, da então Vereadora Francisca Abreu”, dá conta o município numa nota em que decreta dois dias de luto municipal. O Reflexo endereça a todos os seus familiares as mais profundas e sentidas condolências.

Obras de requalificação do Centro Cívico arrancam em outubro

A empreitada de requalificação do centro cívico da Vila das Taipas já tem o visto do Tribunal de Contas, pelo que as obras arrancam em breve. O início da obra estava pendente apenas do visto do tribunal de contas e avançará no próximo mês. Com este passo iniciar-se-á a intervenção há muito desejada pela freguesia de Caldelas, uma obra que terá o custo de sensivelmente 5milhões de euros e um prazo de execução de 730 dias, ou seja, dois anos. Recorde-se que a obra foi adjudicada pela Câmara Municipal de Guimarães à empresa Alexandre Barbosa Borges SA e terá

DR

acompanhamento arqueológico. A Junta de Freguesia de Caldelas refere na sua página de Facebook que “na última semana a Câmara Municipal de Guimarães procedeu à contratação de serviços no âmbito de Sondagens prévias de arqueologia para a requalificação da área central da vila das Taipas”, uma medida que “tem como fundamento a preservação do património arqueológico, com o acompanhamento da empreitada por uma equipa especializada”. De acordo com o que o Reflexo apurou, a obra avançará em meados de outubro, provavelmente no dia 14, uma quarta-feira.

Trombonista João Martinho será professor na Universidade das Artes de Berlim

O trombonista taipense João Martinho, que desde 2017 é o primeiro trombone solo da Orquestra Filarmónica de Hamburgo, vai lecionar na Universidade das Artes de Berlim no próximo semestre. João Martinho deu os primeiros sopros na Banda Musical de Caldas das Taipas, tendo em 2001 ingressado na Conservatório Calouste Gulbenkian. Oito anos depois passou a estudar na Escola Superior de Música e Artes do Porto (ESMAE), sendo trabalhador estudante, entrando em primeiro lugar na Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música, feito conseguido numa prova para solista B. Internacionalizou-se em 2012 ao ingressar na Universidade

de Artes em Berlim com uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo que em 2017 tornou-se então o primeiro trombone solo da Orquestra Filarmónica de Hamburgo. De resto, o trombonista taipense está ligado à cidade de Hamburgo, tocando mensalmente na conceituada sala de espetáculos Elbphilharmonie. Em declarações ao Reflexo, João Martinho refere que se encontra feliz por poder abraçar este projeto, mas ao mesmo tempo destaca a responsabilidade que tal implica. “Sinto-me muito feliz por este novo desafio e sou consciente da responsabilidade que implica”, frisa.


10

Setembro de 2020

reflexo

#291

ATUALIDADE

Requalificação do Antigo Mercado é um “trabalho minucioso” Obras de requalificação do Antigo Mercado, um edifício icónico da Vila das Taipas, decorrem dentro do perspetivado. O Reflexo acompanhou a evolução da empreitada, “um trabalho minucioso”, que pode até ficar concluído antes do prazo. Texto Bruno José Ferreira Assinado o auto de consignação da obra de Requalificação do Antigo Mercado das Taipas no dia 19 de junho, dia de celebração dos oitenta anos da elevação da povoação de Caldelas a vila, assinalando-se aí o início das obras, a empreitada tem decorrido conforme perspetivado. Entregue a uma empresa especializada neste tipo de intervenções, a Monteiro Queirós, Lda., a requalificação deste espaço no coração da vila trata-se de “uma aspiração antiga da comunidade”, conforme relembrou Luís Soares no início simbólico da obra. O Reflexo esteve no Antigo Mercado e falou com o engenheiro Rafael Costa, responsável técnico pela obra de requalificação, que deu conta ao nosso jornal que está tudo a correr conforme previsto. “Para já a obra está a correr muito bem, dentro do previsto no planeamento que foi feito. A equipa de projetistas e a Junta de Freguesia de Caldelas têm dado um grande apoio nesta primeira fase e para já tem tudo corrido dentro do planeado. A nossa empresa tem experiência neste tipo de obras de reabilitação e mesmo antes de PUBLICIDADE

concorrermos fomos visitar a obra e aferir no local o seu estado. O que encontrámos foi dentro daquilo que verificámos previamente”, refere. No entender de Rafael Costa esta é uma “obra minuciosa” na medida em que se pretende manter os traços característicos deste espaço. “Trata-se de uma obra muito minuciosa. Tivemos recentemente uma reunião de obra na qual marcou presença a equipa de projetistas, representantes da junta de freguesia e também o historiador António José Oliveira, das Taipas. Alguns elementos desta obra são para manter, como é o caso dos cerâmicos das paredes em que nesta fase de demolição tivemos um certo cuidado para os manter. Como já referi, a nossa empresa já tem experiência neste tipo de obras e vamos trabalhar para manter o máximo de aproximação ao que era o Antigo Mercado das Taipas”, aponta o responsável técnico pela empreitada. "O prazo da obra será exequível e até esperamos terminar antes" Na primeira fase da obra, a fase de demolição, os trabalhos foram desenvolvidos essencialmente por uma equipa de cinco elementos. Numa fase posterior a equipa será alargada. “Nesta fase está a trabalhar a equipa de demolições, com cinco homens. Com o avançar das obras teremos uma equipa composta por sensivelmente doze homens a trabalhar. Claro que as equipas vão mudando, porque os trabalhos vão sendo diferentes, e vamos gerindo isso em função do tipo de

trabalho que se esteja a realizar. Teremos, no máximo, à volta de doze homens a trabalhar, claro que com a retaguarda a apoiar, porque este tipo de intervenção tem sempre trabalho por trás, como arquitetos e toda a equipa necessária. Apesar de não ser uma obra muito grande a verdade é que é minuciosa, com muitos detalhes, e exige muito trabalho de retaguarda para que o trabalho seja feito com o máximo de rigor”, sublinha. Perspetivando-se a inauguração para igual data do próximo ano, 19 de junho, é possível que a obra possa fica concluída antes desse timing. “O prazo será exequível e até esperamos tentar terminar antes. Mas, se não conseguirmos, a data que está prevista será a final da obra, a menos que haja um grande imprevisto. Neste tipo de obras de reabilitação há sempre imponderáveis, mas está controlado para a data prevista”, sustenta o engenheiro Rafael Costa. A obra terá o custo de sensivelmente 170 mil euros e, para além de espaços de restauração e convívio, a Junta de Freguesia de Caldelas pretende implementar no Antigo Mercado “um espaço dedicado à cultura e à identidade das Taipas, e também um espaço multiusos que poderá servir de auditório e servirá de acolhimento a turistas”, conforme referiu o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, aquando da cerimónia de assinatura do auto de consignação da obra, na qual marcou presença o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, referindo que esta é uma obra há muito desejada pelos taipenses

BRUNO JOSÉ FERREIRA

BRUNO JOSÉ FERREIRA

Vista exterior do Antigo Mercado na fase de demolição.

Vista interior, onde se podem ver os cerámicos que serão para manter.

e a primeira de um conjunto de intervenções que vão modificar a vila das Taipas. "Esta obra constitui uma legítima ambição da Vila das Taipas. Daqui a um ano estará concluído e daqui a um ano espero que a obra da Alameda Rosas Guimarães possa estar também

em conclusão, que também faz parte do conjunto das obras que a câmara tem em curso”, disse na altura Domingos Bragança, acrescentenado que a requalificação do centro da vila aguarda pelo visto do tribunal de contas para também ela arrancar.


Setembro de 2020 #291

reflexo

11

Piscina dos Bombeiros reabriu a meio gás e realizar obras de fundo está posto de parte BRUNO JOSÉ FERREIRA

Pais da escola do Pinheiral pretendem resolver problemas

REFLEXO

Pandemia obrigou ao encerramento desta valência no dia 11 de março e chegou a ser posto em causa se teria condições para reabrir. Inspeção da delegada de saúde deu luz verde à reabertura, que aconteceu no dia 1 de setembro apenas com a realização de uma pequena intervenção. Texto Bruno José Ferreira A Piscina dos Bombeiros das Taipas reabriu ao público no passado dia 1 de setembro, sensivelmente meio ano depois de ter sido encerrada em virtude da pandemia. Sem as obras de vulto que inicialmente se pensava que fossem necessárias para que esta valência continue em funcionamento, a piscina sofreu uma pequena intervenção e cumpre todos os requisitos para poder voltar a ser utilizada. José das Neves Machado, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas, deu conta disso mesmo ao Reflexo, relembrando que após vistoria técnica a piscina foi dada como apta e uma das piscinas com melhor qualidade da água do concelho. “Fizemos umas obras ligeiras, PUBLICIDADE

uma pintura, a receção tem outro aspeto, por exemplo. A piscina não estavam assim tão mal como eu esperava. Estive lá com a delegada de saúde que atestou as condições da piscina. Há uma deficiência: as entradas e as saídas. Com pouco dinheiro remediámos aquilo, demos uma refrescadela. A piscina está com uma condição razoável e entendeu-se que há outras coisas mais importantes. Seria, a meu ver, um crime gastar dinheiro em obras quando há tantas prioridades. Obviamente que apenas será tomada uma decisão em reunião de direção, mas para já a ideia das obras está suspensa. Os clientes não reclamaram. A realidade é que no mês de março a frequência da piscina subiu, comparativamente com os meses anteriores”, referiu

José das Neves Machado em declarações ao Reflexo. A reabertura fez-se ainda a meio gás, na medida em que um número considerável de utilizadores regulares não fez a sua inscrição. “Tínhamos inscritas quatrocentas e tal pessoas. O normal seria à volta de setecentas pessoas a frequentar as aulas. Muitas dizem que talvez, outras estão com medo e dizem que ainda é cedo. Já sabemos que é este ano vai ser um desastre a este nível, mas decidimos então abrir em setembro, para que as pessoas não percam o hábito e até porque a vila não tem outras instalações do género. Mais do que uma valência dos bombeiros esta é uma valência da vila”, frisou o presidente dos bombeiros.

A Associação de Pais e Amigos da Escola do Pinheiral reuniu recentemente com a Câmara Municipal de Guimarães e com a Junta de Freguesia de Caldelas com o intuito de solucionar alguns problemas existentes na escola. Adelina Pinto, vereadora da educação, esteve presente na respetiva reunião juntamente com Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, sendo que também João Montes, diretor do Agrupamento de Escolas das Taipas e Aquilino Ferreira, coordenador da Escola do Pinheiral estiveram presentes. Em declarações ao Reflexo, Filipe Silva, presidente da Associação de Pais e Amigos do Pinheiral deu conta que “tanto a câmara como a junta demonstraram interesse e abertura para dar seguimento às obras o mais rapidamente possível”. Filipe Silva informou que a insonorização do pavilhão é a principal obra necessária. “Temos a questão da insonorização do pavilhão. No orçamento participativo foi indicada a colocação de pladur, mas como aquilo é um pavilhão

desportivo faltava a solução para proteger esse pladur. Procurámos uma solução junto de empresas especializadas, essa solução é a colocação de uma rede. Como com o orçamento participativo esta intervenção já está financiada pela câmara, esta obra será para realizar o mais breve possível”, refere. Com esta intervenção a Escola do Pinheiral ficará com condições condizentes não só para a prática desportiva como para outras atividades, uma vez que com condições acústicas o polivalente poderá ser utilizado para diversas atividades. Para além desta obra, há ainda outros pormenores a ter em conta. “Temos algumas obras mais pequenas para agilizar, a ligação desde a portaria até ao pavilhão inferior, que já tinha sido pedida por nós, e a intervenção no campo de jogos. Até agora não tínhamos drenagens para escoamento das águas pluviais. O problema foi resolvido pela Câmara Municipal de Guimarães, mas seis anos sem escoamento danificou muito o campo de jogos. Foi pedida uma intervenção, estamos a aguardar”, revela Filipe Silva.


12

Setembro de 2020

reflexo

#291

ATUALIDADE

Gaspea gravaram novo trabalho na Escola do Rock BRUNO JOSÉ FERREIRA

Elementos da banda taipense Gaspea: Rui Gonlaçves (vocalista e guitarrista), Miguel Freitas (baterista) e Jota (baixista)

Banda taipense cumpriu o sonho de passar uma semana na Escola do Rock, em Paredes de Coura. Da estadia resultou a gravação de um novo single, produzido por Manuel Reis. “Ser Quem Sou” é o novo trabalho dos Gaspea, que viram a pandemia atrasar um salto perspetivado. Texto Bruno José Ferreira O balanço da passagem dos Gaspea pela Escola do Rock, em Paredes de Coura, não podia ser mais positivo para a jovem banda taipense. Uma das três bandas selecionadas a nível nacional passar uma semana neste projeto promovido pela Câmara Municipal de Paredes de Coura, o grupo taipense admite que o crescimento foi enorme com esta experiência. “O balanço é positivo, tratou-se de uma experiência muito enriquecedora na qual fizemos vários workshops e ensaiámos”, começa por atirar Rui Gonçalves, vocalista e guitarrista dos Gaspea. O mote para uma conversa com os três elementos da banda, que dão conta ao Reflexo do trabalho desenvolvido e das aspirações futuras. De Paredes de Coura os músicos absorveram uma série de

conceitos e informações práticas sobre a forma de gerir uma banda e os passos a dar. Não só de música se fez a semana da Escola do Rock, mas também do conceito de grupo musical em que os Gaspea puderam conviver com nomes cotados do panorama nacional. “Deram-nos vários conselhos do que devemos fazer e o que não devemos fazer; como é que se publica as músicas, quando é que se deve publicar e coisas do género. O projeto divide-se em Escola do Rock e depois as bandas residentes. A Escola de Rock tem uma turma, em que tem lá os alunos que se inscrevem e pagam pela semana que lá estão. Depois tem as bandas residentes, em que foram três escolhidas e nós fomos uma delas. Quando chegámos lá estávamos um pouco à toa, logo no primeiro dia tivemos um

concerto”, conta o baterista Miguel Freitas. “É verdade, chegámos lá e tivemos logo de tocar após o jantar, foi uma espécie de introdução das bandas residentes”, sublinha Rui Gonçalves, acrescentando que lhes foi proporcionado um espaço para fazer ensaios. Pandemia cancelou concertos

Tal como para a maioria dos artistas, apesar de uma banda ainda a dar os primeiros passos, os Gaspea viram-se confrontados com alguns dissabores inerentes à pandemia. Iriam estar na abertura do Festival de Paredes de Coura, por exemplo, algo que não se chegou a concretizar. “Falámos com eles na Escola do Rock e o feedback que nos deram foi positivo. Disseram-nos que tinham altos projetos para nós,

muitos concertos estavam para vir, mas com a pandemia não aconteceram. Normalmente é a Escola do Rock que abre o festival, mas com isto tudo não sabemos como ficou. Talvez seja um adiamento, vamos ver”, diz Miguel Freitas. “Somos uma banda jovem, a mais jovem que lá estava. Saber que era possível tocar nestes palcos abriu-nos apetite, é obvio que estamos tristes, mas ainda pode acontecer atira”. Uma ideia compartilhada por Jota, baixista da banda, que se recusa a baixar os braços. “Ninguém teve responsabilidade nisto da pandemia nem no passo que não demos e que eventualmente podíamos ter dado. Nada impede que ainda venha a acontecer, por isso temos de continuar a evoluir e a trabalhar”, sustenta.

“Ser Quem Sou” é a “princesinha” que nasceu em Paredes de Coura

Fruto da estadia em Paredes de Coura, na Escola do Rock, os Gaspea gravaram aquele que é o seu primeiro trabalho original, o single com o nome “Ser Quem Sou”. Um tema que há muito estava pensado, mas que ganhou forma num contexto profissional e com um grande nome a servir de suporte. Manuel Reis, um dos nomes fortes da música nacional, acompanhou os Gaspea pelo que o novo tema foi produzido, misturado e masterizado por Manuel Reis, algo que eleva a qualidade do trabalho produzido pela banda taipense. “Foi a primeira experiência que tivemos em estúdio, ainda por cima com um grande produtor como o Manuel Reis. Como somos uma banda muito inexperiente estávamos muito nervosos, não queríamos fazer o Manuel Reis perder tempo. Sabíamos que só tínhamos dois dias para gravar, por isso aquilo tinha de ser mesmo certinho, não podia haver falhas. Ao primeiro foi difícil, falámos com ele, que nos deu várias dicas. Ajudou-nos a melhorar muito a música”, revela o baterista da banda. Os conselhos, esses, foram absorvidos na íntegra, como dá conta Jota: “o Manuel Reis disse-nos que éramos muito inexperientes, e que essa inexperiência se notava muito durante as gravações. Mas também disse que temos pernas para andar e, se trabalharmos, podemos chegar longe. Deu-nos muitos conselhos, para ouvir muita música, vários estilos, para não ficarmos presos a só uma banda. Aconselhou-nos a ter muita paciência”. “Ser Quem Sou” é, então, a “princesinha” dos Gaspea, gravada num contexto em que a banda sentiu que foi, naquela semana, “uma banda a sério”, abrindo-se assim o apetite para mais. Assim o permita a pandemia, uma vez que já atrasou o suficiente um salto que, quem sabe, poderia estar a ser dado neste momento pela jovem banda taipense. “Somos uma banda pequena, mas tínhamos alguns concertos. Alguns no Porto, em Espanha – Vigo, o que a ajuntar aos concertos da Escola do Rock seria um grande salto para nós”, atiram Miguel e Rui quase em uníssimo. Mas, esmorecer não é o caminho e os Gaspea querem continuar a lançar-se no mundo da música, criar mais temas e continuar a divulgar o single “Ser Quem Sou”.


Setembro de 2020 #291

reflexo

13

Foco de poluição na Ribeira da Canhota reportado à GNR DR

OPINIÃO

RECOMEÇAR Augusto Mendes

Caro Leitor,

Texto Bruno José Ferreira

A Ribeira da Canhhota registou um foco de poluição no passado dia dezanove de agosto, ficando as águas deste pequeno curso de água “num estado lastimável”, segundo a Junta de Freguesia de Caldelas. O alerta desta situação foi dado por um popular, sendo que a junta de freguesia denunciou o caso ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR), tendo ainda sido dado conta do sucedido à Câmara Municipal de Guimarães e à Vimágua. Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, acompanhou os trabalhos iniciais de abertura das tampas de saneamento e das águas pluviais, sendo possível constatar que o foco de poluição detetado deveria encontrar-se na conduta subterrânea localizada na Rua Dr. Alfredo Fernandes, num local inacessível pelos meios da junta de freguesia. Com os meios necessários, a intervenção no sentido de detetar PUBLICIDADE

o real foco de poluição foi feita pela Vimágua, verificando-se que o foco de poluição se situou na Rua Nova dos Bombeiros. “A rápida intervenção de desobstrução de um coletor de saneamento na Rua Nova dos Bombeiros através com o apoio do novo camião hidrolimpador destinado a efetuar a limpeza preventiva, a desobstrução de coletores e a recolher os efluentes produzidos em fossas sépticas permitiu resolver a obstrução encontrada”, deu conta a Junta de Freguesia na sua página de Facebook. No mesmo veículo de informação a Junta de Freguesia aponta que a obstrução do saneamento como causa deste foco de poluição, referindo que a obstrução se deveu a resíduos depositados de forma indevida na rede de esgotos. “As obstruções na rede devem-se em grande parte à deposição indevida de resíduos. Frequentemente são encontradas fraldas, toalhetes e pensos higiénicos, desperdícios e peças de roupa e outros objetos que uma vez depositados através das sanitas contribuem para a

obstrução da rede de saneamento”, é apontado pela junta. Com o intuito de evitar que situações como estas se repitam, a Junta de Freguesia de Caldelas promete avançar num futuro próximo para a realização de uma campanha de sensibilização junta da população, visando a importância de não utilizar indevidamente a rede de saneamento. “O objetivo definido pela Junta de Freguesia de despoluição do Rio Ave não pode ser comprometido com estas situações”, assegura Luís Soares, referindo que a junta “não se cansará de denunciar os problemas e exigir respostas para a sua resolução”. A Ribeira da Canhota é um pequeno curso de água que corre numa vasta área coberta na zona das Termas das Taipas e que atravessa todo o Parque de Campismo e Parque de Lazer das Taipas até desaguar no Rio Ave. A situação ocorrida não é nova, sendo recorrentes as vezes em que aquele pequeno ribeiro faz transbordar um cheiro nauseabundo, facilmente detetável por quem frequenta os dois espaços de lazer.

O mês de Setembro é sempre um mês de muitos recomeços e de organização da nossa vida familiar, onde temos de conjugar a nossa vida profissional com os afazeres dos nossos filhos, que entre escola, atividades extra curriculares e desporto não são nada poucas! O mês de Setembro será o nosso guia para o resto do ano letivo. Mas este início de ano e o regresso à escola reveste-se ainda de maior preocupação para os pais devido a esta pandemia que teima em não nos largar. Ora sobem os números, ora descem, ora sobem no Sul, ora sobem no Norte, e isso já percebemos, esta pandemia não faz qualquer distinção entre novos e velhos, entre homens e mulheres ou entre Norte e Sul. Apanha quem lhe aparece à frente. Centrando o tema no que mais interessa agora, o regresso das nossas crianças à escola, devo dizer que devemos estar cautelosos, mas não preocupados. Explico então, por partes, a minha opinião: As crianças tiveram tempo para perceber os cuidados que devem ter com esta pandemia. Desde Março que tiveram de, rapidamente, perceber que era grave e sentiram isso com o isolamento que tiveram de sofrer. Criaram regras e métodos que lhe serão úteis neste regresso à escola. Os professores e funcionários estarão preparados para lhes explicar devidamente o novo funcionamento da escola e as atitudes a ter em cada caso e serão rigorosos nas ações a tomar em cada situação. As escolas estão a preparar-se, fisicamente e a nível organizacional para receber as nossas crianças e proporcionar o ensino e, principalmente, o convívio que eles tanto necessitam. Terão certamente de ter os planos A, B, C ou até D mas saberão aplicar o melhor deles em cada situação. E nós aqui, no Agrupamento de Escolas das Taipas e na Escola Secundária das Taipas já tivemos provas dadas durante o período de confinamento da capacidade dos seus responsáveis, dos seus professores e dos seus profissionais que nos permitem encarar este ano letivo, que será atípico, de uma forma calma e confiante de que as nossas crianças estarão em segurança. Todos os cuidados serão necessários mas sou da opinião que poderemos enfrentar este “novo normal” na escola e nas outras atividades que as nossas crianças têm, e que agora recomeçam, com serenidade. Vai correr tudo bem!


14

Setembro de 2020

reflexo

#291

FREGUESIAS Relvado sintético ainda não está pronto mas já é “um orgulho” em Souto e Gondomar BRUNO JOSÉ FERREIRA

Texto Bruno José Ferreira

“Um orgulho para a população”. É desta forma que o novo relvado sintético do Grupo Desportivo Souto e Gondomar é visto na União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar. A obra segue a bom ritmo, dotando a zona castreja de um recinto desportivo de excelência que ficará com outra face após concluída a empreitada. Com apenas três anos de existência, o clube que nasceu no seio da união de freguesias dá um passo de gigante para que possa afirmar-se no panorama desportivo, conseguindo essencialmente proporcionar condições condignas aos PUBLICIDADE

jovens da freguesia. André Ribeiro é, desde a fundação do clube, o presidente da direção e um dos principais impulsionadores desta obra, juntamente com Márcio Neves e Daniel Fernandes, igualmente membros da direção. Em declarações ao Reflexo dá conta do andamento da obra dentro do perspetivado. “As obras estão a correr dentro do previsto, não há atrasos. Algumas ligeiras demoras na entrega de um ou outro material, mas o normal, nada que ponha em causa os prazos delineados. Não temos informação de quando começa a época desportiva, mas se começar dentro do que é normal nos anos anteriores o recinto estará pronto para iniciar

o campeonato”, antecipa ao nosso jornal André Ribeiro. O verde é já cor predominante do recinto desportivo, com o sintético praticamente instalado. Ainda com afinações a fazer, há uma certeza: este espaço não será o mesmo quando as obras ficarem concluídas. Daí o orgulho das gentes do clube, da freguesia e até das freguesias vizinhas. “Este não é, obviamente, o mesmo recinto. Mesmo as pessoas que vão passando por cá, quer da nossa freguesia quer de freguesias vizinhas, vêm cá para ver como estão a decorrer as obras, porque vão vendo nas notícias e pelas informações que vamos passando, e a realidade é que as pessoas

passando por cá ficam admiradas. A qualidade da obra é considerável, o campo cresceu, e as pessoas ficam surpreendidas. Nota-se orgulho nas pessoas, principalmente nas da freguesia”, sublinha. Para além da instalação do sintético, o ponto principal da obra, o Grupo Desportivo Souto e Gondomar está a realizar diversas beneficiações no seu campo, nomeadamente a sua vedação e instalação de rede, entre outros pormenores. Ao todo as obras terão o custo de 250 mil euros, custo esse que apenas é possível suportar com a ajuda de patrocinadores. “A obra em si, a totalidade, custará sensivelmente 250mil euros. Temos de angariar

fundos para o resto, a Câmara Municipal de Guimarães atribuiu o subsídio de 200 mil euros, temos arranjado patrocínios para o resto e não nos podemos queixar; temos tido bastante ajuda das empresas vizinhas e da junta de freguesia, o presidente, Fernando Cardoso, tem sido incansável. As coisas têm corrido bem a esse nível e a obra tem evoluído com esse tipo de ajudas das pessoas. Estamos a fazer uma coisa para a freguesia, o que ajuda, as pessoas ficam orgulhosas”, atira. Numa fase posterior, é intenção da direção liderada por André Ribeiro passa por melhorar também os balneários, mas um passo de cada vez. O GD Souto e Gondomar compete no Futebol Popular, organizado pela Associação de Futebol Popular de Guimarães, sendo que com as infraestruturas remodeladas num futuro próximo o clube irá federar-se nos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Braga. “No imediato vamos permanecer na AFP. Futuramente está no nosso projeto da direção, e do clube, participar nos campeonatos da AF Braga. Mas, pensando um passo de cada vez sem dar um passo maior do que aquilo que podemos, fazendo as coisas de forma estruturada”, aponta o presidente. Dotar a direção de mais recursos humanos, de “mais gente para ajudar” é imperioso para dar seguimento ao trabalho que está a ser desenvolvido no clube da União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar. Algo apontado como necessário para dar o passo seguinte de federar o clube nos escalões distritais.


Setembro de 2020 #291

reflexo

15

Citânia Viva teve de se multiplicar para responder às expectativas DR

em que não se realizou na Citânia, porque na Citânia os espaços disponíveis ainda são mais pequenos do que este e resolvemos que este ano seria mais razoável não fazer

lá. Deslocámos o espetáculo para o centro da freguesia, o que acabou por correr muito bem, até porque em termos de logística é muito mais fácil”, refere.

Junta de Briteiros e Donim fez exposição aos CTT devido a falhas na entrega

REFLEXO

A 15.ª edição da Citânia Viva readaptou-se para fazer face à pandemia e o balanço é extremamente positivo. Pela primeira vez sem qualquer momento na Citânia de Briteiros, o evento desceu o Monte de S. Romão até Briteiros S. Salvador e teve mesmo de ser repetido por quatro vezes para, dessa forma, permitir que todos os interessados pudessem assistir ao espetáculo organizado pela Casa do Povo de Briteiros juntamente com a Sociedade Martins Sarmento e com a Câmara Municipal de Guimarães. Realizado na margem rio, junto à sede da Casa do Povo de Briteiros, a Citânia Viva 2020 consistiu num espetáculo de luz e som encenado por Rui Laborinho com uma mensagem adaptada à pandemia. Vasco

Marques, presidente da Casa do Povo de Briteiros, traça um balanço positivo do evento. “O balanço é positivo e até positivo de mais, o que nos causou problemas. Não estávamos à espera da afluência de tanto público, tínhamos preparado o espaço e o próprio espetáculo para um número de pessoas inferior ao que apareceu, o que nos levou a repetir o espetáculo quatro vezes e dividir o público por quatro grupos. Houve gente que foi embora e os últimos grupos tiveram de aguardar sensivelmente uma hora, mas foi a solução que encontrámos para minimizar o risco de contágio. De qualquer forma, correu muito bem e as pessoas no final a crítica que fizeram foi muito positiva, mesmo as que tiveram de aguardar muito

tempo, transmitindo que coreu tudo bem”, aponta Vasco Marques. O espaço diferenciado deu também o seu contributo para que, mesmo com limitações, o evento tenha sido um sucesso, destaca o presidente da Casa do Povo de Briteiros. “O sítio em si era muito agradável, ao ar livre, junto ao rio com um espetáculo de luz e som que, por si só, já era apelativo. O encenador, o Bruno Laborinho, também preparou muito bem a encenação. Correu muito bem. Normalmente a Citânia Viva é sempre na Citânia de Briteiros. Excecionalmente já tínhamos feito uma vez no Museu da Cultura Castreja, mas mesmo assim fizemos uma pequena encenação na Citânia. Este foi o primeiro ano

A Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim enviou uma exposição aos Correios de Portugal (CTT), à Provedoria dos CTT e ainda a outras autoridades com competências nesta área devido a falhas generalizadas na entrega do correio. Explica a junta de freguesia liderada por Vítor Pais que tal forma de atuação se deu “após ter tomado conhecimento de novos relatos de falhas generalizadas na entrega do correio, situação que se repete pelo segundo ano consecutivo”. A Junta de Freguesia da União

PUBLICIDADE

ABERTO TODO O DIA

de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim dá conta que está disposta a ajudar a solucionar este problema, referindo a “enorme preocupação para com esta situação”, pedindo “uma intervenção rápida e eficaz na reposição da normalidade destes serviços de extrema importância para o dia-a-dia das pessoas e das empresas”. Os problemas reportados dizem respeito à falha na entrega de correio durante várias semanas, correio entregue nas moradas erradas e também correio entregue já com datas expiradas.


16

Setembro de 2020

reflexo

#291

FREGUESIAS Juntas de freguesia oferecem material escolar DR

Primeira fase das obras no Parque Industrial de Ponte já iniciou

As juntas de freguesia de Ponte, Briteiros São Salvador e Santa Leocádia e ainda Briteiros Santo Estevão e Donim vão oferecer material escolar aos alunos da respetiva freguesia. Em moldes diferentes, estas três freguesias deram conta da sua intenção de apoiar as crianças que frequentam a escola. No caso da União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim, a exemplo do que tem sido feito em anos anteriores, a junta de freguesia presidida por Vítor Pais vai voltar a oferecer material escolar aos alunos, nomeadamente os manuais escolares. Esta iniciativa surge em articulação com as Escolas EB1 de Donim e EB 1 de Fafião e ainda com o Agrupamento de Escolas de Briteiros, sendo que abrange as crianças matriculadas no pré-escolar e primeiro ciclo das duas escolas. “Relembramos todos PUBLICIDADE

os pais e encarregados de educação que não terão que adquirir os referidos materiais escolares que a escola normalmente solicita no início de cada ano escolar, sendo que estes serão fornecidos à escola diretamente pela junta de freguesia, de acordo com a listagem entretanto definida pelos professores”, refere a junta de freguesia nas suas redes sociais. Situação semelhante à que ocorre na União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia, em que a junta de freguesia liderada por Abílio Lima de Freitas assumirá uma vez mais o material escolar das Escolas de Serrado e da Igreja, material esse de acordo com as escolas/ agrupamento. Em Ponte a junta de freguesia está a levar a cabo uma campanha de angariação de material escolar

para auxiliar os alunos mais carenciados da vila. Através da sua Loja Social, a junta de freguesia solicita à população para que possa fazer chegar à junta, à Loja Social, material diverso quer seja novo ou usado, tendo como mote “O que já não usa poderá ter grande utilidade para quem precisa”. A referida campanha decorrerá até ao final do mês, mais precisamente 30 de setembro, sendo que o material doado será entregue ao Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso, que posteriormente o fará então chegar aos alunos mais carenciados. É solicitado material como livros, cadernos, pastas de arquivo, dicionários, blocos de notas, livros de exercícios, canetas, lápis, feltros, lápis de cor, marcadores, guaches, réguas, esquadros e outro material de desenho, mochilas, estojos, sacos de desporto, etc.

O Parque Industrial de Ponte, valência importante da Vila de Ponte, encontra-se em obras de requalificação, situação que se manterá de forma faseada até ao final do primeiro semestre do próximo ano, ou seja, até junho de 2021. Esta intervenção incide essencialmente na circulação automóvel, tendo como objetivo dar maior fluidez ao trânsito e, ao mesmo tempo, permitir uma maior segurança aos utilizadores deste espaço industrial. A Junta de Freguesia de Ponte acredita que com esta obra, que tem como um dos principais

DR

pontos a construção de uma nova rotunda na Estrada Nacional 101, será eliminado o ponto de conflito existente há décadas naquele que é um dos principais acessos ao Parque Industrial de Ponte. Para além desta rotunda, a Junta de Freguesia de Ponte, liderada por Sérgio Castro Rocha, dá conta que será feita a “pavimentação em betuminoso de outras vias de circulação automóvel na zona empresarial, bem como a substituição da sinalização, a construção de um parque de estacionamento para camiões, e a colocação de um posto de carregamento elétrico” neste espaço.


Setembro de 2020

#291

reflexo

17

coisas de antanho

Caldas das Taipas a (des)propósito XXXVI

Taipas no mapa de Portugal e antes ainda da fundação nacional

por Carlos Marques

As Taipas para figurar no mapa de Portugal não precisou sequer da fundação nacional, ao contrário da generalidade das suas localidades. É sabido da sua existência antes ainda do nascimento de Cristo, pela sua proximidade da Citânia de Briteiros e do Castro de Sabroso donde descende o povo brácaro. São evidentes as ruínas romanas das suas termas, que Pereira Caldas descreve na sua obra, que também e pormenorizadamente as desenhou e aqui neste jornal já o transpus, agora que se aproxima a requalificação do sítio por iniciativa da Câmara, certamente as colocará visitáveis, como mandam as boas regras de Requalificação, no seu acompanhamento arqueológico, pese embora não tenha encontrado, ao contrário do que sucede nas obras da cidade de Guimarães nenhuma alusão à sua contratação pública específica dos seus trabalhos. Cumprindo o que recomendei no âmbito da discussão público do ARU à câmara municipal, o Estudo geológico ao subsolo do terreno a intervencionar, conquanto se crê que debaixo dele, existam ruínas romanas, que, a acontecer devam ser protegidas e preservadas. E, desde logo a locação no centro cívico duma construção revestido a taipa, demonstrando os materiais de construção civil do tempo da romanização, a taipa, para assim, todos os residentes e os nossos visitantes perceberem da razão do nosso nome, que é Caldas das Taipas Por diversas vezes já fiz alusão a estas ruínas de rara beleza que depois do trabalho arqueológico, muito contribuirá para o seu já vasto património monumental e valorização de Caldas das Taipas, designadamente fi-lo também junto do Instituto Português do Património Arquitectónico, como da municipalidade, a par da Taipas Turitermas. A imagem que hoje decido mostrar, serve para se perceber que no mapa administrativo moderno, Carta de Portugal de 1925, muito antes da sua elevação a vila, Taipas é a única localidade que figura no eixo Braga-Guimarães e Póvoa de Lanhoso-Famalicão. Daqui se percebe que as freguesias à sua volta se revêm como sua parte integrante, como

DR

veio a acontecer na componente da classificação dos seus 5 Monumentos Nacionais, da turística, da segurança, da defesa, na saúde, do ensino, do comércio, dos serviços e na

indústria, como CAPITAL DA CUTELARIA, por mais que se queira escamotear. Grândola, 27 de Agosto do ano de 2020

PUBLICIDADE

CRÉDITO ATÉ 120 MESES COM 0% DE ENTRADA Mercedes C220 CDI

Renault Kangoo 1.5 TDI Ano 2008 VE/FC AC/JE Sensores estac. luz e chuva Alarme

Ano 2016 56.000 kms IVA dedutível Cruise Control AC / Alarme

11.900 euros

7.700 euros

Volvo V40 1.6 D2

Citroen Berlingo 1.6 HDI Ano 2016 61.000 kms GPS Alarme IVA dedutível

Ano 2015 138.000 kms Sensores estacionamento Comp. bordo Estofos em pele

8.500 euros

Preço sob consulta

Rua da Cabine, 60 4805-516 S. Martinho de Sande Tel. 253 573 299


18

Setembro de 2020

reflexo

#291

DESPORTO Bola já rola no Montinho tendo em vista a temporada 2020/21 BRUNO JOSÉ FERREIRA

Targino é reforço e apresentação foi sonante

DR

CC Taipas voltou aos treinos numa altura em que ainda não era conhecida a data do arranque do campeonato. Emblema taipense tem o primeiro jogo oficial no dia 27 de setembro, a contar para a Taça de Portugal. Plantel conta com dezanove jogadores, sendo Targino o reforço sonante. Texto Bruno José Ferreira A bola já rola no Campo do Montinho. Após uma longa interrupção da competição devido à pandemia, o CC Taipas voltou aos treinos no dia 17 de agosto tendo em vista a preparação da temporada 20/21. Com Rui Castro no comando técnico, uma estreia a este nível, o plantel conta para já com dezanove elementos, sendo que metade permanece da época passada e nove são reforços, o mais sonante deles Tiago Targino [ver peça ao lado]. Em declarações à imprensa, numa altura em que ainda não era conhecida a data do arranque do Campeonato Pró-Nacional, Rui Castro deu conta de que o espírito de grupo é positivo e aponta os quatro primeiros lugares. “Não sabemos ainda os moldes da competição, sabemos que serão duas séries, mas não sabemos se será por zonas ou não. Começámos

um pouco cedo porque estamos a preparar-nos para a Taça de Portugal, pois sabemos que temos esse jogo no dia 27 de setembro. O espírito de grupo está bom e existem muitas saudades de voltar à competição. O ano passado ficámos em quarto lugar, tendo em conta que todas as equipas que ficaram à nossa frente subiram de divisão, não fazia outro sentido não apontar aos quatro primeiros lugares e ao play-off de subida”, apontou. Admitindo que o plantel está ainda em construção, até porque no primeiro treino foi possível observar que estiveram vários jogadores à experiência, Rui Castro deu conta que apesar de ainda “esperar alguns reforços” a realidade é que “o grupo está praticamente fechado”. Após vários anos em que foi adjunto, o técnico estreia-se como treinador principal e olha para esse

facto com um misto de orgulho e de responsabilidade, até porque cresceu na Vila das Taipas. “É um orgulho para mim começar num clube com este historial. Primeiro, muita gente não sabe, eu passei aminha infância aqui na vila, a minha mãe cresceu cá, e a realidade é que quando era miúdo vinha com o meu tio ver alguns jogos do CC Taipas e lembro-me de ver aquela bancada cheia. É uma responsabilidade muito grande, tendo em conta que sempre fui adjunto, mas creio que era a altura certa para dar este passo”, atirou. O CC Taipas tem o primeiro jogo oficial a 27 de setembro, a contar para a 1.ª Eliminatória da Taça de Portugal, dando o pontapé de saída no campeonato duas semanas depois, no dia onze de outubro, na 1.ª jornada do Pró-Nacional.

PLANTEL CC TAIPAS 2020/2021 REFORÇOS Maga (ex-Santa Eulália), Zé Pedro (ex-Ponte), Bruno Costa (ex-Airão), Romeu Pinto (ex-Ponte da Barca), Pedro Campos (ex-Maria da Fonte), Henrique (ex-Almada), Gonçalo Pereira (ex-Torcatense) Pedro Ribeiro (ex-Porto D’Ave). RENOVAÇÕES Luís Rodrigues, Pedro Basílio, Best, André, João Ribeiro, André Bicudo, Tiago Vieira, Diogo Melo, Jota, Joel e Ritchie.

Tiago Targino está de regresso a Guimarães. O atacante vai representar o CC Taipas na próxima temporada, sendo um reforço sonante para o plantel de Rui Castro. Com um passado ao mais alto nível no futebol português ao serviço do Vitória SC, Targino conta no currículo com 125 jogos na 1.ª Divisão e dez jogos na Liga Europa. Aos 34 anos, depois de na época passada ter alinhado nos distritais de Setúbal, o atacante já integrou os treinos do CC Taipas. Para que o acordo fosse possível em muito contribuiu a vontade por parte do jogador em voltar a Guimarães, onde foi feliz,

fazendo-o pela porte do clube taipense. De resto, Tiago Targino foi apresentado com pompa e circunstância nas redes sociais, com um vídeo a fazer lembrar aquilo que fazem os grandes clubes nacionais e internacionais. O referido vídeo foi produzido numa barbearia, sendo que após o corte de cabelo o jogador aparece com a camisola do CC Taipas por baixo da capa de proteção. “Olá, sou o Tiago Targino e partir de hoje sou javali. Força Taipas!”, diz Targino no vídeo. A apresentação teve eco em diversos órgãos de comunicação de âmbito nacional.

João Ribeiro: “O Taipas tem de lutar para subir”

Um dos mais experientes do plantel, João Ribeiro permanece no CC Taipas pela segunda temporada consecutiva. O extremo de 32 anos apontou a objetivos ambiciosos em declarações à imprensa.

O que o levou a permanecer mais um ano no CC Taipas? Acima de tudo foi o facto de o grupo da temporada passada ter ficado praticamente todo aqui e o facto de o Mister Rui Castro assumir pela primeira vez o papel de treinador principal. Trata-se de um treinador com provas dadas como adjunto, trata-se de um grande desafio

também para ele? Sem dúvida. Já trabalhou muito em prol de grandes resultados noutros clubes, o ano passado aqui ajudou muito a alcançar os objetivos, que acabaram por não acontecer porque a época não terminou, mas sem dúvida que tem um grande futuro pela frente. O que é que o CC Taipas pode fazer no Pró-Nacional? A meu ver, sem dúvida que tem de lutar pelo objetivo de subir de divisão. Temos uma equipa com excelentes jogadores e quando assim é a exigência tem de ser maior e certamente que vamos conseguir alcançar os nossos objetivos.


Setembro de 2020 #291

reflexo

19

Tiago Rodrigues aposta numa maior aproximação à formação BRUNO JOSÉ FERREIRA

Faleceu Basílio Marques, ex-treinador do CC Taipas

A acompanhar o arranque dos trabalhos, o presidente do CC Taipas, Tiago Rodrigues lançou um primeiro olhar sobre aquilo que será a próxima época. Ainda com o plantel com vagas pare preencher, Tiago Rodrigues revelou que o orçamento foi reduzido para fazer face à pandemia e frisou ainda que o clube não acalenta aspirações de poder disputar o Campeonato de Portugal. “O Taipas vai apostar sempre para lutar pelos três pontos em todos os jogos. Temos o objetivo de, numa primeira fase, atingir o play-off, mas não tanto pelo investimento que foi feito. Fizemos uma redução no orçamento na ordem dos vinte a 25%; sabemos PUBLICIDADE

que esta situação em que estamos que pode trazer dissabores e, por isso, estamos preparados para essa situação e ajustámos o orçamento à realidade. Há ainda alguns nomes a concretizar nos próximos dias”, vincou, acrescentando que o plantel será mais curto, até para que se note uma maior aproximação à formação. “Este ano o plantel não será muito longo, é uma aposta que iremos fazer, uma maior aproximação com a formação, com mais atletas juniores a treinar com a equipa sénior”, disse Tiago Rodrigues. Aos escalões nacionais subiram três equipas da AF Braga, sendo que o CC Taipas ficou classificado no quarto lugar, o que leva a que,

caso se verifiquem mais alterações, possa ser convidado a subir. Algo que não passa pela cabeça dos dirigentes taipenses. “Não temos muita expetativa em participar no Campeonato de Portugal na próxima época, essencialmente o objetivo que tínhamos na época anterior acabou por ser alcançado, participar na próxima edição da Taça de Portugal. Em relação a podermos subir, neste momento nem sequer pensamos isso. Pode acontecer como há dois anos, estamos a prepara-nos para a próxima edição do Pró-Nacional, querendo fazer um bom campeonato, condizente com o nome do clube”, frisou o líder máximo do CC Taipas.

Faleceu no dia 15 de agosto, sábado, Basílio Marques. Antigo jogador de futebol, Basílio Marques foi treinador do CC Taipas recentemente, entre novembro de 2018 e abril de 2019. Como jogador Basílio destacou-se no Vitória SC, tendo jogado no clube vimaranense mais de uma década enquanto profissional. Enquanto técnico

REFLEXO

acompanhou Manuel Machado como adjunto durante vários anos, tendo precisamente no CC Taipas a sua única experiência como técnico principal. Faleceu aos 54 anos, vítima de doença oncológica. O Reflexo endereça a todos os seus familiares as mais profundas e sentidas condolências.


20

Setembro de 2020

reflexo

#291

DESPORTO Novo piso do pavilhão do CART inaugurado a 13 de setembro BRUNO JOSÉ FERREIRA

As obras de beneficiação do Pavilhão do CART, nomeadamente o novo piso que foi colocado durante os meses de julho e agosto, serão inauguradas no próximo dia 13 de setembro, um domingo, às 17h30. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, e Ricardo Costa, vereador com o pelouro do desporto, assim como o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, marcarão presença na inauguração. A empreitada já está concluída,

dentro dos trâmites estipulados e, inclusive, a Academia de Patinagem e o voleibol sénior feminino já têm utilizado o novo piso. Tal como Ricardo Mota, presidente do CART, referiu na última edição do Reflexo esta obra era de extrema urgência. “Não era uma obra necessária, era uma obra que tinha obrigatoriedade de se fazer. Já vínhamos a alertar para esta situação há algum tempo dado o problema todo que tivemos no piso anterior, que causava lesões: causou algumas lesões

graves a atletas. Por outro lado, corríamos sérios riscos de ver as federações não autorizar o clube a utilizar o piso para competições oficiais. Ou seja, estávamos numa situação limite. Vínhamos a alertar a câmara municipal para nos ajudar nesse sentido e felizmente no nosso aniversário a Câmara Municipal de Guimarães foi sensível e colaborou. Felizmente que esta situação está resolvida, para o bem de todos”, explicou Ricardo Mota.

Miguel Matos prossegue carreira de treinador de guarda-redes no Gil Vicente

O taipense Miguel Matos vai prosseguir a sua carreira como treinador de guarda-redes ao serviço do Gil Vicente, integrando a equipa técnica de Rui Almeida. Depois de dois anos nos chineses do Chufeng Heli, onde desempenhou as mesmas funções, o técnico de guarda-redes volta ao futebol português para integrar um projeto de Primeira Liga, algo que irá fazer pela primeira vez. Recorde-se que Miguel Matos esteve na China, na província de Wuhan, onde teve origem o novo

Ténis regressou à atividade em setembro de acordo com as normas da DGS REFLEXO

As inscrições para a nova época do Clube de Ténis das Taipas encontram-se abertas, tendo as

atividades arrancando no dia 1 de setembro. O Clube de Ténis das Taipas tem disponível oferta para

Adultos, Ténis Social e ainda a Escola de Ténis, contando com uma aula experimental gratuita. Sob orientação de Ricardo Granja, diretor técnico e treinador do Clube de Ténis das Taipas, a instituição taipense assegura que serão cumpridas as recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) e também o “distanciamento social que só por si a prática do ténis já o oferece”. “Durante o mês de agosto o Clube de Ténis suspendeu as aulas. O regresso será feito com as mesmas normas que estavam previamente. Toda a gent6e tem que trazer máscara na entrada do recinto, as mãos têm que ser desinfetadas antes, a meio da aula e no final, e os espaços estão assinalados para a colocação e material. O material é apenas manuseado pelo treinador, inclusive as bolas”, refere Ricardo

Granja em declarações ao Reflexo. Apesar da pandemia, o ténis é considerado um dos desportos mais seguros, pelo que o número de praticantes tende até a subir. “Muito poucas pessoas não vieram, um caso porque a mãe trabalhava diretamente com a Covid-19 e, por uma questão e responsabilidade, não quis. Mas começou a ser mais adesão, até porque outras atividades estavam paradas. Entre adultos e crianças, as cerca de cinquenta pessoas vão retomar, e aos pequeninhos os pais ainda estão a começar a fazer as inscrições. Normalmente é nesta fase que se fazem as inscrições”, assegura o diretor técnico.. As aulas de ténis decorrem nos courts de ténis do Clube de Ténis das Taipas, no Parque de Lazer das Taipas, e também no Polidesportivo da Taipas Termal, situado na Alameda Rosas Guimarães.

coronavírus, que deu origem à pandemia a nível global. O técnico de guarda-redes saiu da China precisamente devido à pandemia, mas acabou por se reencontrar com o vírus em Portugal. Regressar à China estava no horizonte do taipense, mas o convite do Gil Vicente alterou o rumo da carreira de Miguel Matos que, enquanto jogador, vestiu durante vários anos a camisola do CC Taipas, começando também a carreira de treinador de guarda-redes no emblema taipense.

Ténis de Mesa oficializou inscrição na 2.ª Divisão Nacional O Clube de Ténis de Mesa das Taipas oficializou junto da Federação Portuguesa da modalidade a sua participação nos campeonatos nacionais por equipas, no escalão de seniores masculinos. O emblema taipense estava nos lugares de descida quando a competição foi interrompida, mas em virtude da pandemia acabou por manter-se nos nacionais, um cenário que era pouco provável. O presidente da coletividade, Domingos Marques, conseguiu reunir as condições necessárias à inscrição da equipa, nomeadamente em termos técnicos, com Vítor Castro a assumir o papel de treinador da formação taipense.


Setembro de 2020 #291

reflexo

21

Vítor Rodrigues e o “sentimento inexplicável” de conquistar a Ultramaratona DR

superação. São esses os elementos que me fazem querer competir nestas distâncias. Como são os seus treinos e com que frequência treina? O planeamento de treino, assim como o planeamento nutricional, obedece a determinadas especificidades ao longo da preparação para uma ultramaratona. Estamos a falar de meses de preparação em que a parte do treino desportivo e alimentar tem de estar em perfeita sintonia para conseguir chegar ao “dia D” em pleno. Além disso, também existe trabalho específico de recuperação, reforço muscular e otimização da performance. A mente e a resiliência emocional são também vetores de treino.

Natural de Souto Santa Maria, o atleta do Vitória SC foi o primeiro classificado da PT281 Ultramaratona, um evento inspirado na reconhecida prova americana Badwater, no qual o militar da GNR foi o mais rápido a cumprir os 281quilómetros de prova. Vítor Rodrigues saiu de Belmonte às 18h00 de quinta-feira, dia 23 de Julho, e foi o primeiro a atravessar meta em Proença-a-Nova no sábado, dia 25 de Julho pelas 09h06. Levou sensivelmente 39 horas para completar 281 quilómetros, arrecadando assim o principal título do ultramaratonismo português. Em entrevista ao Reflexo fala do sentimento após tamanho feito. Entrevista Bruno José Ferreira Qual é o sentimento que tem após ter vencido a Portugal 281 Ultramaratona? No momento em que cruzo a meta o sentimento é inexplicável! Somos atingidos de uma forma tão rápida por muitos pensamentos, emoções e sentimentos que nem conseguimos processar aquilo que está a acontecer. Só sei dizer que é inesquecível e queremos que aquilo dure para sempre! Após isso, senti um orgulho enorme por representar da melhor forma o Vitória, Guimarães e todos os vimaranenses sem exceção, retribuindo dessa forma todo o carinho e apoio que tenho recebido ao longo deste meu trajeto. Como é possível um ser humano fazer, neste caso, 281km? Costumo dizer que o corpo humano é uma máquina de adaptação

incrível e quase perfeita. Não temos noção daquilo que somos capazes e quando dizemos que não podemos ou não aguentamos mais, por norma estamos apenas nos 15 por cento da nossa capacidade total. Acreditem, sei do que falo (risos)! Obviamente o processo de preparação para uma prova desta magnitude implica muito treino, muita dedicação, muito sacrifício e sobretudo foco e determinação. Temos de querer muito, caso contrário algures durante o processo cedemos e não vamos conseguir estar bem preparados. Temos de treinar corpo, mente e alma, portanto a tarefa não é fácil até chegar à prova, mas se fizermos o trabalho de casa, garantidamente as probabilidades de ser bem-sucedido numa ultramaratona, aumentam substancialmente. Foi um esforço extra continuar

a preparação mesmo com a pandemia? Sem dúvida que a pandemia veio limitar muito a preparação física, sobretudo na fase mais crítica, em que era permitido a atividade física no exterior por períodos muito curtos; contudo arranjei alternativas, tais como, correr na passadeira e fazer aulas online como milhares de portugueses, e dessa forma acabei por conseguir treinar durante a fase de confinamento. Exige muitos sacrifícios, sacrifícios familiares e mesmo profissionais para conseguir manter-se a este nível? Essa é apenas mais uma das dificuldades que o processo coloca. Temos de ser verdadeiros malabaristas do tempo e é nessa parte que entra a parte de sacrifício, privações e opções.

É um orgulho poder levar a bandeira da sua cidade, do seu clube e até do seu país quando corre? A nossa bandeira representa o nobre povo e uma nação valente e imortal. A nossa cidade tem uma história repleta de conquistas. Quando vestimos a camisola do Vitória Sport Clube e envergamos o Rei no peito, estamos a assumir um compromisso e responsabilidade perante todo esse legado. Para isso temos de ter a sublime qualidade dos que jamais desistem e que, até nos podem vencer várias vezes, mas para nos derrotar, é preciso muito mais. O que sinto é um orgulho imenso! PERFIL

Antes de iniciares o processo de preparação, tens uma série de questões que tens de responder com sinceridade e a conclusão tem de ser esta: “Quero isto como ar para viver.” Só assim estás realmente pronto a preparar uma ultramaratona e a fazer a viagem. Para quem não conhece, o que é uma ultramaratona? É considerado ultramaratona toda a distância superior à maratona, ou seja, 42.195km. Depois existe muitas distâncias distintas, desde os 50km aos 1000km. Sim 1000km (risos). Algumas em montanha, outras em estrada e outras mistas. O que o levou a enveredar por este desporto? O que me leva a competir numa ultramaratona é a busca pela essência e o constante desafio da

• Vítor Bruno Fernandes Rodrigues (14/05/1984); • Natural de Souto Santa Maria, Guimarães; • De forma recreativa sempre praticou desporto; • Aos 19 anos envereda pela carreira militar, concluindo o Curso de Operações Especiais do Exército Português permanecendo nessa força de elite durante cerca de 4 anos; • Aos 23 anos concorre à Guarda Nacional Republicana, especializando-se em Manutenção de Ordem Pública, incorporando o Grupo de Intervenção em Ordem Pública, força de elite da GNR;


22

Setembro de 2020

reflexo

Músicas do mundo no CIAJG no mês de setembro

#291

Obituário DR

Armindo de Oliveira

No dia 31 de Julho, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. Armindo de Oliveira, com 83 anos de idade, casado com Maria Adelaide de Oliveira, residente que foi na Rua Senhora do Amparo, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São José de Campelos, indo depois a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.

Olinda Marques Teixeira O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) volta em setembro a ser palco do ciclo Terra, promovido pela Capivara Azul – Associação Cultural, ciclo esse que que pelo segundo ano consecutivo traz até Guimarães músicas do mundo. Em virtude da pandemia a edição deste ano, a segunda, teve de ser adiada, mas mantém-se, tal como era vontade dos promotores. Assim sendo, serão audíveis em Guimarães sons de países como Cabo-Verde, Galiza e Níger, através dos artistas Julinho da Concertina, Baiuca e Kel Assouf. Samuel Silva, principal responsável pela programação do ciclo Terra, dá conta ao Reflexo das mudanças na programação. “A preparação do Terra 2020 foi atingida pela pandemia, obrigando-nos desde logo a adiar as datas dos concertos que já estavam agendadas. Assim, o primeiro concerto, de 18 de Setembro, acontece na data em que devíamos estar a finalizar o ciclo deste ano. Mantivemos sempre uma articulação próxima com a Oficina que é nossa co-produtora e nos acolhe na black box do CIAJG para garantir a segurança de todos: artistas, técnicos e público. O ciclo prolonga-se em Outubro e Novembro este ano”, refere. O adiamento foi inevitável, mas a ambição dos responsáveis da associação cultural vimaranense Capivara Azul foi sempre manter

os espetáculos, sendo que inclusive os cachets foram pagos antecipadamente aos artistas para auxiliar a minimizar o impacto da Covid-19 na área dos espetáculos. “Para nós nunca foi uma possibilidade cancelar a realização do ciclo Terra. Só o faríamos em último caso, se a pandemia tivesse tido uma evolução catastrófica, o que felizmente não aconteceu. A nossa preocupação foi garantir que os três concertos agendados aconteceriam. Durante meses, os artistas e os técnicos deixaram de receber dinheiro e nós estabelecemos como princípio que iríamos manter toda a programação prevista para este ano e começar a pagar antecipadamente parte dos cachets”, frisa Samuel Silva. Os constrangimentos com a circulação internacional obrigou a que a programação sofresse ajustamentos, obrigando à construção de uma “programação feita exclusivamente com artistas baseados na Europa”, ainda que com influências de várias partes do mundo. Samuel Silva sublinha que este ano é notória a influência africana, presente em grande escala na obra de José de Guimarães. “África é o continente de origem de Julinho da Concertina, cabo-verdiano há vários anos radicado em Portugal, mas que é uma figura fundamental para entender a música de Cabo Verde, sobretudo nas décadas de 1970 e 80, tendo

colaborado com Cesária Évora e General D, entre outros. Também com origens em África, Kel Assouf nasceu no Níger, esteve exilado na Líbia e agora está radicado na Bélgica. O terceiro artista que programámos chega de bem perto, da Galiza. Mas pareceu-nos fazer sentido reclamar a necessidade de darmos outra atenção a uma sonoridade que, se pensarmos bem, nos é bastante familiar, porque há muito na música galega que é semelhante à música tradicional minhota, mas da qual estamos afastados porque estas sonoridades não passam nas rádios e têm um espaço mediático ou de apresentação limitado. O projecto galego chama-se Baiuca e cruza essa música tradicional dos nossos vizinhos de cima com um som contemporâneo vindo da música eletrónica”, explica. Julinho da Concertina atua no dia 18 de setembro, Baiuca sobe ao palco do CIAJG no dia 2 de outubro e Kel Assouf será o protagonista no dia 28 de Novembro. Tendo em conta as limitações atuais, a lotação do CIAJG será reduzida e o uso de máscara é obrigatório. Os bilhetes para cada concerto têm o custo de 5 euros (para portadores do Cartão Quadrilátero Cultural), 7,5 euros (menores de 30 anos e outros descontos A Oficina) e 10 euros (público geral). O passe para os três concertos custa 25 euros.

No dia 1 de Agosto, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª Olinda Marques Teixeira, com 95 anos de idade, solteira, residente que foi na Rua Reitor Joaquim Augusto Maciel Ribeiro Torres, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Maria Soares

No dia 2 de Agosto, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª Maria Soares, com 90 anos de idade, viúva de António da Silva Fernandes, residente que foi na Rua de São José, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São José de Campelos, indo depois a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.

Fernando Marques de Castro

No dia 13 de Agosto, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. Fernando Marques de Castro, com 61 anos de idade, casado com Maria Lúcia da Mota Campos de Castro, residente que foi no Largo da Botica, Caldelas, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São Tomé de Caldelas, indo depois a sepultar no Cemitério de Sande (São Martinho) – Guimarães.

José Manuel Rodrigues Maio

No dia 17 de Agosto, faleceu o Sr. José Manuel Rodrigues Maio, com 62 anos de idade, casado com Maria de Lurdes Lopes de Freitas Maio, residente que foi na Rua de São João Baptista, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no Cemitério Municipal de Atouguia – Guimarães.

PUBLICIDADE

Manik Mané com Steven Gerrard, treinador do Rangers, na conferência de imprensa do jogo com o SC Braga


PUBLICIDADE


- Uso obrigatório de máscara em transportes públicos, escolas, comércio e outros locais fechados - Lave frequentemente as mãos e mantenha a etiqueta respiratória - Mantenha o distanciamento social de outras pessoas - Adote sempre um comportamento preventivo - Seja um agente de saúde pública


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.