Reflexo #230 2015-08

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DIRECTOR ALFREDO OLIVEIRA • ANO XXI • MENSAL • PREÇO € 1,00

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agosto 2015

#230

CÂMARA AVANÇA COM PROJETO PARA O CENTRO DA VILA

REGIÃO

JORGE PALMA CABEÇA DE CARTAZ DO BARCO ROCK FEST DESPORTO

CC TAIPAS APRESENTA PLANTEL PARA OS PRIMEIROS LUGARES PUBLICIDADE


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E

DITORIAL

R E F L E XO # 2 3 0 • AG O S T O 2 0 1 5

DO GUIMARÃES CORRE CORRE PASSANDO PELO MONT BLANC

A prática de atividades desportivas entrou nos hábitos dos portugueses. Cada vez mais, desde os jovens até aos idosos, assistimos às idas aos ginásios, às aulas de zumba, a pilates, à ginástica, à dança mais tradicional e a outras atividades desportivas que proliferam um pouco por todo o lado. Noutros ambientes, mais de ar livre, de manhã, de tarde e à noite, as pessoas aproveitam para fazer umas caminhadas, para desgastar as energias acumuladas em excesso. Os parques das Taipas e de Ponte não têm descanso. Do lado das Taipas, a petanca junta diariamente dezenas de pessoas. Os atletas do NAT percorrem insistentemente os percursos, ainda que escassos, dos três parques existentes nas margens do Ave. Aqui suspira-se pela Capital Verde Europeia para ver se os caminhos ao longo do rio Ave adquirem outra dimensão e podem alargar os treinos diários. Outros suspiram pela recuperação das águas do Ave para, quem sabe, fazer os seus treino de natação, como é o caso da atleta do duatlo e triatlo, Rita Lopes. Para outros praticantes do atletismo, estes caminhos já são demasiado curtos para as suas ambições ou necessidades enquanto atletas. Precisam de espaços mais abertos e mais amplos. Começam a subir e descer as montanhas de uma forma que, para o comum dos mortais, não é fácil de entender. É uma “loucura”, ou “não batem bem”, são, muitas vezes, a forma de classificar quem se aventura pelos trails de montanha por, vamos arredondar, mais de 100 km. Agora, quando se fala em 170 km, um percurso acima dos 2 mil metros de altitude, duas noites mal dormidas e percorrer uma montanha ao longo de três países, bem, não sabemos muito bem como classificar este desiderato. O melhor, nestes casos, é deixar as palavras para quem está no terreno. Assim, demos a palavra a Carlos Justo, o atleta que vai cumprir os 170km do Mont Blanc. No final da entrevista, que pode ler nesta edição, uma das sensações que fica é de que quem mais perde é quem fica parado no sofá. Se não quiser perder tudo e largar um pouco o sofá tem a proposta de José Cândido Capela, outro ultra maratonista. O “Capela”, como é conhecido no meio do atletismo, dedica o seu treino de recuperação a dinamizar o “Guimarães Corre Corre”, desde finais de 2014. Todas as segundas-feiras, numa verdadeira “democracia da corrida” as ruas da cidade de Guimarães são invadidas por atletas de todas as idades. Entrando num período de férias, o Corre Corre regressa no final de agosto. Tem trinta dias para comprar umas sapatilhas e, depois, é só escolher, entre Taipas, Guimarães e os montes circundantes. Boas férias e boas corridas, em segurança.

JULHO DE 2015

FRASE DO MÊS

“Portugal precisa de um Governo sólido, estável e duradouro ” A N Í B A L CAVAC O S I LVA Pr e s i d e n t e d a Re p ú b l i c a Po r t u g u e s a n a a l t u r a e m q u e a n u n c i o u a data das Eleições Legislativas para o dia 6 de Outubro.

HÁ DEZ ANOS... as Eleições Autárquicas marcavam a agenda política, com a nomeação dos candidatos pelos principais partidos – “Constantino Veiga avança pelo PSD”, era o título de uma das notícias dedicadas a esta matéria. Nela podia ler-se que o então tesoureiro da Junta justificava que “a decisão foi bem ponderada”, não tendo “problemas em assumir a mudança da CDU para o PSD”, Constantino Veiga garantia que se candidatava “pelas Taipas e pelos taipenses”. Do lado do PS, era José Luís Oliveira que se candidatava para substituir Carlos Remísio Dias de Castro à frente dos destinos da autarquia. O então candidato, na altura com 28 anos, fazia chegar uma carta aos eleitores onde explicava que “não lhe foi possível recusar o convite para encabeçar a lista socialista”, estava em causa “o desenvolvimento do «principal polo urbano do concelho, logo a seguir à cidade de Guimarães». Cândido Capela Dias candidatava-se pela CDU que também ele justificava a candidatura “como resposta à carência de uma liderança política forte, firme e determinada”. O Trio Os Boémios ocupava destaque central deste jornal, com uma entrevista com Manuel Leite onde se fazia o balanço de uma carreira que na altura ia já com catorze anos. No desporto Amâncio Mendes tomava conta da Direcção do CC Taipas e prometia abrir novos horizontes ao clube, em direcção à 3.ª Divisão porque, nas palavras do presidente do clube, “a grandeza do clube” assim o exigia.

ALFREDO OLIVEIRA Director

reflexo o espelho das taipas

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 230 / AGOSTO 2015 Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR: RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R:C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 CONTRIBUINTE 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 1.º Frente Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - BRAGA DIRECTOR: Alfredo Oliveira REDACÇÃO: Jorge Silva; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas, Pedro Vilas Cunha e Inês Rodrigues TRATAMENTO DE TEXTO: Maria José Oliveira COLABORADORES: António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Pedro Martinho; Teresa Portal; Maria Manuela Catana; Miguel Sousa FOTOGRAFIA: Lima Pereira; Reflexo; Foto Matos

Os autores dos artigos assinados, são responsáveis pelas opiniões expressas, as quais podem não coincidir com as do “REFLEXO - O Espelho das Taipas” PUBLICIDADE

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Destaque DE 24 A 30 DE AGOSTO, ULTRA TRAIL DO MONT-BLANC, UMA EPOPEIA EXTRAORDINÁRIA NUM AMBIENTE MÁGICO DR

quanto mais longa a prova mais me sinto à vontade. Não sou um atleta rápido nos trails de menor distância, o meu desempenho melhora nas longas distâncias. Qual a prova em que participou com o maior grau de dificuldade? Há atletas que dizem que para se fazer os 140km do Marão tem de se fazer primeiro o Mont-Blanc! Numa prova nós morremos e renascemos. Quando começo uma prova, eu “vejo” a chegada e isso contribui para que nunca tenha desistido de uma prova, a força interior é fundamental. Claro que esta tenacidade só resulta depois de muitos treinos. A prova do Marão foi complicada, pois teve mais quilómetros do que o previsto e falharam alguns abastecimentos. Nessa prova terminamos somente 14 atletas. Acabei por estar perdido mas nunca fui abaixo.

Sete vales, 71 glaciares, 400 cumes, o maciço do Mont Blanc é fascinante! Para quem realiza esta prova é “descobrir um universo incomparável da alta montanha”, é o partilhar dos “sonhos dos eternos pioneiros” e é o descobrir da “geografia íntima das montanhas”, como se pode ler no site desta prova. A 28 de Agosto deste ano, Carlos Justo, professor de Filosofia da Escola Secundária de Caldas das Taipas, será um dos 2300 atletas inscritos para percorrer os 170 km do ultra trail do Mont Blanc. Sabendo-se que nem todos os atletas conseguem a inscrição nesta prova, quais os passos dados para ser aceite? Entrei nas chamadas provas qualificativas que dão uma pontuação conforme o grau dificuldade e, para além disso, acabei por ser sorteado entre os milhares de pretendentes que se inscreveram. Por isso, foi um momento feliz quando recebi um e-mail a dizer, “Bravo vous avez…”. Trata-se de uma prova com 170km com desnível acumulado positivo de 10 mil metros. Durante essa distância vamos subir como se estivéssemos a subir 10 mil metros. Tem ainda a particularidade de começar em França, passar pela Suíça e Itália e decorrer quase sempre acima de 2 mil metros de altitude. É, sem dúvida, a prova em que todo o atleta de montanha procura participar, pela sua beleza e pela sua dificuldade. É uma prova que pode “passar” por várias estações do ano. Qual o material base ou obrigatório?

Os organizadores deste tipo de prova privilegiam a questão da segurança. Por isso mesmo, como equipamento obrigatório, temos de levar diverso material que nos prepara para a possibilidade de chuva, neve e vento e mesmo calor. Temos de passar duas noites durante o percurso, pois o trail começa às 18 horas, por isso temos de levar duas luzes frontais com pilhas de reserva, calças e casaco impermeáveis, camisolas térmicas, luvas e outro material de reserva. Qual o objetivo desta participação no Mont Blanc? O objetivo é mesmo terminar a prova. Estou a preparar esta prova há anos, posso dizer isso mesmo. Depois de ter percorrido milhares de quilómetros, um atleta procura sempre algo mais desafiante e esta é uma das provas mais emblemáticas. Como é a questão do sono, da necessidade de dormir?

Correr à noite é complicado? Com a luz frontal nós apontamos para o trilho e abstraímo-nos do espaço envolvente. Podemos estar a passar ao lado de uma zona com mais declive mas não sentimos um aumento da sensação de perigo, esse perigo “passa ao lado”. Na última prova, na Serra da Freita, durante a noite, na passagem da Frecha da Mizarela, por volta das duas da madrugada, passei tranquilo e todos os que já lá foram ficam sempre impressionados com o que veem.

A organização tem barreiras horárias de controlo de tempo que tenho de cumprir, caso contrário serei eliminado. Psicologicamente temos de estar preparados para controlar as nossas capacidades e de ter consciência dos nossos limites. Vamos sempre em “reserva” e “ouvindo” o próprio corpo para irmos mais depressa ou mais devagar ou ter mesmo de parar. No caso do ultra trail, não temos uma hora definida para parar e dormir, é quando tiver que ser e só as contingências da prova é que determinam o tempo e quando o fazemos. Numa das provas qualificativas, estive duas noites sem dormir. O trail começou à meia-noite e passei ainda uma outra noite na corrida, foram 34 horas sem dormir.

O que temos de ter em conta para estarmos aptos para participar nos trails? Para fazer provas longas não o vamos conseguir sem um treino intenso. Por exemplo, os meus domingos são passados num “treino santo”. Saio às 6.30/7h, vou à Senhora da Saúde, subo à Senhora da Assunção, desço à Santa Marta do Leão, subo à Santa Maria Madalena e vou à Senhora do Sameiro. Ida e volta e chego a casa pelas 12 horas, com cinco horas de treino. Claro que, depois, a tarde é para descansar. Descanso dois dias por semana. A parte física também é fundamental, temos de preparar o corpo, os músculos e os tendões para as subidas e principalmente as descidas. Aquilo que nós chamamos o treino do triângulo, que passa por zonas planas, subida e descida, como descrevi há pouco. Um outro aspeto fundamental é a alimentação.

O que de pior pode acontecer no Mont Blanc? O pior que pode acontecer é ter de desistir. Sabemos que há muita gente que não vai conseguir completar os 170km mas, pessoalmente, não contemplo essa possibilidade. Pela experiência adquirida, posso dizer que

Como fica a família nisto tudo? Tenho o apoio da família. As minhas filhas dizem “se és feliz assim…”, mas estão sempre a dizer para não correr tanto. A minha mulher apoia-me, mas também não gosta muito quando faço as provas de maior duração. São os tais compromissos que se


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“os meus domingos são passados num treino santo” CA R L O S J U S T O

estabelecem. Como começou este gosto pela corrida? Comecei a correr somente há dez anos. Jogávamos futebol de salão e tudo começou com a primeira corrida das Caldas das Taipas. Ainda me lembro que, ao meio da prova, desses 10km, tive de parar e quando terminei, quase não conseguia fazer os 200/300 metros da meta até minha casa. Mas fiquei com o gosto e passei para as provas de estrada, mas é muito asfalto! Há seis anos fui fazer uma prova de montanha, 50km, com os Amigos da Montanha, em Barcelos. Também andei uma semana que nem me podia mexer. O José Cândido Capela acabou por não ter acesso ao Mont Blanc. O Capela é um dos atletas do nosso meio com melhores resultados a nível nacional e está no top a nível do seu escalão. Mesmo a nível de estrada, caso do “Guimarães Corre Corre”, tem uma prestação de ser salientada. Começamos no trail na mesma prova e estamos na mesma equipa, a Minho Aventura. No caso do Mont Blanc, este ano, não teve a sorte de ser inscrito mas, certamente, estará presente no próximo ano. Devo também referir um outro nome das Taipas, o Manuel Marques, que tem tido boas prestações ao nível do trail. Como é a relação com o NAT? É o meu clube de corrida, mas já não participo em tantas provas como o fazia há alguns anos atrás, pois, nesta altura, privilegio as provas de montanha. Vai ficar pelo Mont Blanc? Já estou a preparar outro desafio. Mas não gostava muito de falar para já. É para não preocupar a família? Gostaria de participar numa prova no outo lado do mundo, no Japão, o ultra trail do Monte Fuji. Constata-se que já não pode viver sem as corridas de montanha. A corrida de montanha torna-me um homem mais feliz. Epicuro, filósofo grego, dizia que existem três razões para que uma pessoa seja feliz: a primeira passava pela questão do auto-conhecimento, que nos é revelado durante as horas e horas sozinho durante as provas; a segunda passava pela amizade, por exemplo, no trail ninguém ultrapassa ou abandona outro atleta se sentir que ele não está bem e, por último, a sensação de liberdade, que nos é dada pelo ambiente que vivemos ao longo dos caminhos percorridos.

“GUIMARÃES CORRE CORRE” É A VERDADEIRA DEMOCRACIA DA CORRIDA

ALFREDO OLIVEIRA

Todas as segundas, pelas 21h, na Plataforma das Artes, o Capela, como é conhecido entre os atletas, dá início a mais uma corrida. São cerca de sessenta minutos para se percorrerem algumas das ruas da Cidade Berço. José Cândido Capela é um dos atletas mais conhecidos das corridas de montanha. Pelos resultados obtidos nas provas do Circuito Nacional de Ultra Trail, é considerado o segundo melhor atleta na sua categoria. Não marcará presença, este ano, no Mont Blanc mas, certamente, estará em 2016. No entanto, quando se fala do “Capela”, em Guimarães, as pessoas associam-no ao “Corre Corre”. Tudo começou nas vésperas de Natal de 2014, mais precisamente no dia 22 de dezembro, que teve início o primeiro “Guimarães Corre Corre”. Como recorda José Cândido Capela, na sua génese estiveram algumas iniciativas de solidariedade ligadas à Casa da Criança de Guimarães e mais tarde a uma recolha de alimentos para a “Silvares com Vida”: “As pessoas gostaram e foram dizendo que se deveria correr mais vezes pelas ruas da cidade”. Nos finais de 2014 e na altura em que Guimarães comemorava mais um aniversário da elevação a Património Mundial, José Cândido Capela decidiu que era a altura certa para arrancar com a iniciativa: “Convidei o Pedro Fernandes e o Jorge Lemos para me ajudarem a colocar o projeto em

marcha. Criamos um evento no Facebook e na primeira semana apareceram doze pessoas”. O que é certo é que a partir dessa data a cidade não mais parou de correr, o grupo foi aumentando até atingir, mais recentemente, as 450 pessoas. Testemunhamos esta realidade, pois, para além de termos falado com o Capela, também tínhamos as sapatilhas calçadas e fizemos parte do “Corre Corre” número XXXII. Quando chegamos, 30 minutos antes das 21 horas, já estavam presentes meia dúzia de atletas. À medida que a breve conversa com o promotor do “Corre Corre” se desenrolava, o grupo foi engrossando. Quando demos por ela, o relógio marcava as 21 horas e tínhamos à nossa frente as tais 450 pessoas. Nesse início de noite estava presente uma equipa do Centro de Medicina Desportiva de Guimarães para sensibilizar para a importância do exame médico desportivo. “Desporto sim, mas desporto em segurança”, como referiu José Cândido Capela, acrescentando que a iniciativa não é propriamente para os profissionais da corrida, “é mais para quem se está a iniciar no atletismo. Capela vai mais longe e diz mesmo que está

destinado aos que vão “largar o sofá pela corrida” e, como está aberto a toda a gente, o Corre Corre é “a verdadeira democracia da corrida”. No entanto, os atletas mais profissionais não estão excluídos: “A escolha da segundafeira não foi feita ao acaso. Os atletas que se dedicam mais seriamente ao atletismo ou ao trail têm provas ao fim de semana e, assim, podem aparecer à segunda-feira, para fazerem um treino de recuperação. Ao mesmo tempo, para quem está a começar, não tenho dúvidas, acaba por ser um bom treino”. Passar de uma dúzia de atletas para mais de quatrocentas pessoas é um êxito assinalável mas também acarreta mais preocupações à organização. José Capela faz sempre questão de apelar ao espírito do Corre Corre, “correr e divertir-se com a corrida pelas ruas da cidade mas sempre com segurança”. Para manter esse espírito num grupo tão heterogéneo, “onde não é excluído ninguém” e onde se pretende que ninguém fique para trás a estratégia é simples mas eficaz: “Tentamos que os mais experientes ajudem os mais novos e tentamos que não haja quebra do grupo, para isso, os que vão à frente acabam, em determinados locais, por dar uma volta maior para que sejam apanhados pelos mais lentos, ou, por exemplo, dar duas ou três voltas ao Castelo, para esperar pelos que correm com mais dificuldades. A organização sabe o percurso, todos sabem que vamos ´cumprimentar´ sempre o D. Afonso Henriques e todos sabem que a corrida termina onde começa, na Plataforma das Artes”. Nós também acabamos a corrida e podemos acrescentar que não fizemos um treino de recuperação. Entre as subidas e descidas demos por bem empregue a hora gasta a correr pelas ruas da cidade de Guimarães. Para finalizar, devemos acrescentar que o Corre Corre “vai a banhos” e só regressa na última segunda-feira do mês de agosto. Não se esqueça de comprar umas sapatilhas e deixar o sofá sossegado.


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Taipas GRUPO CORAL DE JOVENS CELEBROU 40 ANOS DE VIDA

O “Grupo Coral de Jovens” das Taipas assinalou, no passado dia 5 de Julho, os 40 anos de vida. A Eucaristia das 12 horas desse domingo foi animada pelo habitual grupo coral, “reforçado” por cerca de duas centenas de ex-coristas que nesta data se associaram aos atuais elementos. Um momento de reencontro a que se seguiu, nas instalações do Centro Pastoral, um almoço/convívio partilhado. Um pouco da história deste grupo coral, idealizado Carlos Marques (conhecido no meio como Doc), é-nos contada pelo Padre Rubens Marques, um dos elementos que acompanhou todo o processo da sua fundação, tendo sido seu regente até 1984. Nessa altura, surge na direção do grupo Coral de Jovens das Taipas, António Sousa e Silva, que se mantém na sua liderança até à atualidade. Daí, até ao ano de 1988, ano em que foi nomeado pároco da freguesia de Vilela (1988PUBLICIDADE

2000), no concelho de Paredes, o Padre Rubens Marques, foi marcando presença de forma mais esporádica. Em 2000, Rubens Marques rumou até à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Porto, onde se mantém até aos dias de hoje. O que é que esteve na origem do aparecimento deste “Grupo Coral de Jovens”? O grupo coral não surgiu do nada. Durante algum tempo estivemos integrados num coro que era dirigido pelo professor Ilídio Matos e que participava nas eucaristias de domingo à tarde. Entretanto, num processo de muita paz, sempre em conversa com o padre Manuel Joaquim de Sousa, pároco da altura, acabamos por formar um novo coro, para animar uma eucaristia das 11.30h. Isso foi em 1975. Antes, participávamos também numa grande festa criada pelo senhor

FOTOGRAFIA MATOS

reitor, no dia de Páscoa, na saída dos compassos pascais. Nessa altura, passava-lhe pela cabeça que o coro se pudesse manter durante estes 40 anos? Era uma questão que não se colocava. Todos estávamos de alma e coração e muitos empenhados. Agora, visto à distância, havia já sinais que davam a perceber que não era uma coisa para acabar. Tinha muito interesse para a nossa vida de jovens cristãos, numa altura em que a liturgia tinha acabado de ser renovada, na década de 1960, pelo Concilio do Vaticano II e estava ainda, nos anos 1970, a dar os primeiros passos, em Portugal, do ponto de vista dos textos litúrgicos e musical. Vivia-se o Processo Revolucionário em Curso (PREC) o que nos dava, sempre com a autorização e apoio do senhor Reitor o “direito” a mais alguma ousadia, como foram a utilização de baterias

e violas. Na altura, não havia música litúrgica, em português, em quantidade o que nos levava a adaptar letras a músicas de alguns compositores não religiosos – lembro-me, por exemplo do Paul Simon. Portanto, estávamos numa fase de transição. Em todos os sentidos. Quer do ponto de vista religioso, litúrgico, quer do ponto de vista social. E, na altura, houve sempre abertura para a introdução desses novos conceitos? O padre Manuel Joaquim de Sousa teve sempre muita admiração por nós e sempre presidiu às eucaristias que nós cantávamos. Era sinal que, de facto, não via problemas nisso. Sempre foi um homem de espírito aberto e muito inteligente. Foi-o nesta área, como o foi na área social e na educação. O “Grupo Coral de Jovens” é atualmente constituído, na sua maioria, por elementos “menos jovens”. Estará aqui refletida algum tipo de dificuldade, por parte da Igreja, em cativar a juventude para estas organizações? A juventude tem, nos dias de hoje, muitas solicitações que dificultam nos horários e tudo o que possa significar “compromissos” semanais. Mas, também temos de reconhecer que a Igreja tem menos jovens no seu seio. Contudo, também é verdade, que há hoje na Igreja jovens de adesão mais consciente e mais séria. Que tipo de sentimento o invadiu, quer na preparação da comemoração deste aniversário, quer no próprio dia em que reuniram atuais e antigos elementos do coro?

Foi uma enorme festa, uma alegria enorme. O reencontrarmo-nos, o podermos estar novamente ao serviço de uma celebração litúrgica, encantou-nos a todos. Nesses anos todos, nós não eramos só os cantores do grupo coral. A partir desse coro, gerou-se muita vida entre a juventude das Taipas. Passeios, muitos convívios, inúmeros amigos e muita gente que encontrou namoro e acabou mesmo por casar. Aquilo começou a gerar um grupo de jovens mais alargado também à nossa própria vida social. Lembro-me que em 1976, muitos de nós, começamos a participar nos Convívios Fraternos o que foi fazendo de nós, jovens bastante ativos, mais livres, mais soltos, mais capazes de criar novas relações. Tudo isso foi recordado, não apenas com saudade, mas também no sentido de testemunhar que foi um tempo bom e que nos deu alicerces para o que agora somos e sabemos. Recorda-se de alguma passagem que o tenha marcado, quer particularmente, quer na própria vida do grupo coral? O que sempre mais nos marcava, era a preparação da Noite de Natal. Era sempre uma grande festa. Lembro de irmos para o ringue das Taipas, às cinco da madrugada, colocar flores, preparar as missas campais da Profissão de Fé e de outras grandes festas.Também colaboramos muito na angariação de fundos para as obras da igreja, nas “tascas” de S. Pedro onde “entravamos ao serviço” na 6.ª feira às nove da manhã, montávamos tudo, lá comíamos, dormíamos e só saíamos de lá na 2.ª feira à noite. Participamos também em diversos cortejos e animamos muitos casamentos, quer na paróquia, quer fora.


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Taipas

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PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DAS TAIPAS ENTREGUE À TECMINHO

PINIÃO

MANUEL RIBEIRO

DA DIGNIDADE DAS VILAS ARQUIVO REFLEXO

O concelho de Guimarães deve ser o concelho do país que alberga mais vilas. Dizem os bem informados que foi uma estratégia da Câmara de Guimarães para desvalorizar o estatuto das povoações elevadas a vila há muito mais tempo e que, realmente, mereciam esse estatuto, por configurarem aglomerados urbanos com densidade bastante para serem considerados centros urbanos. Não queria desmerecer as restantes vilas do concelho, mas um conjunto de ruas desligadas, mal iluminadas e, por sinal, sujas, sem um centro agregador e polarizador, ter o nomine de vila, não no sentido romano, é uma falácia que conseguiu enganar os vimaranenses e bajular os presidentes da junta da época. Uma vila tem que ter um corpo de limpeza permanente capaz de a manter limpa; tem que ter capacidade de resposta para as árvores, jardins, trânsito, estacionamento, passeios e pisos. O que não acontece em nenhuma delas, mesmo nas Taipas.

O executivo vimaranense aprovou por maioria a entrega à TecMinho o projeto de requalificação do centro cívico das Taipas. Trata-se da mesma equipa responsável pela requalificação do Toural e da Alameda de S. Dâmaso.

Foi aprovada na reunião do executivo da Câmara Municipal de 23 de Julho a proposta de entrega, por ajuste direto, à TecMinho - Associação Universidade, para o desenvolvimento o projeto de requalificação do centro cívico das Taipas, num valor de 300 mil euros. O executivo liderado por Domingos Bragança entende que só a Tec-Minho tem, neste momento, a capacidade de resposta ao que se pretende levar a cabo na vila termal, pois, como é referido, os serviços a contratar requerem uma equipa “com capacidade crítica,

com conhecimentos da realidade local e com capacidades, nomeadamente, nas áreas de arquitetura, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia eletrotécnica, engenharia hidráulica e acústica”. Amadeu Portilha, em substituição do presidente da Câmara, afirmou que se pretende conferir à centralidade de Caldas das Taipas a mesma importância que se deu à da cidade, recordando declarações do próprio Domingos Bragança, quando este defendeu uma intervenção de qualidade para o centro da vila e áreas envolventes, “a prova inequívoca

dessas afirmações é que vamos ter a mesma equipa que tratou, com muito sucesso, da requalificação do centro da cidade no período da CEC 2012, vai agora tratar da requalificação do centro das Taipas. Recorde-se que a equipa é liderada pela arquiteta Maria Manuel Oliveira que foi eleita presidente da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho, precisamente na véspera desta reunião camarária. André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães defendeu o voto favorável a esta proposta por considerar que levar para o centro das

Taipas a mesma equipa que requalificou o Toural e S. Dâmaso é um bom princípio e um sinal que se pretende desencadear uma intervenção “coerente”, que a Avenida da República há muito justifica. Esta proposta não viria a recolher a unanimidade dos vereadores, pois Torcato Ribeiro viria a votar contra. No final fez questão de frisar que não estava “naturalmente contra a necessidade de requalificação do centro da vila de Caldas das Taipas, mas contra o processo de entrega por ajuste direto a uma entidade”.

Uma vila tem que ter vida própria e cheia. Numa vila tem que acontecer alguma coisa em permanência. E nas Taipas, ao contrário das outras vilas, acontece por força de uma mobilização de pessoas e organizações que não tem igual em todo o concelho. Na vasta panóplia das organizações taipense, todos os fins de semana se desenvolvem actividades que mobilizam centenas de taipenses. Os atentos têm a noção de que todos os fins de semana se encontram em actividade competitiva, ou outra, cerca de, pelo menos, 150 atletas do Cart; 200 do CC Taipas; 30 a 50 do Clube de Petanca; 50 do NAT; 10 do Ténis de Mesa; e a espaços, os eventos das associações de pais; dos grupos de cantares; do MAT, da Academia de Musica, da Banda de Musica, do BTT, dos Motard(s) do Clube de Ténis? Quem não alcançar isto, não vive a vila; não faz parte dela e nem pode fruir a sua essência. Por isso se proferem alarvidades do género: não acontece nada. Nas Taipas acontece: o que é preciso é querer e fazer parte.

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Taipas TERESA PORTAL ASSUME PRESIDÊNCIA DO ROTARY CLUB DE CALDAS DAS TAIPAS DOMINGOS MARQUES DE SOUSA: “FUI BOICOTADO PELOS MEUS PARES”

ALFREDO OLIVEIRA

No passado dia 30 de Julho o Rotaru Club de Caldas das Taipas reuniu para a habitual transmissão de tarefas. Teresa Portal recebeu a presidência do clube taipense, posição que já ocupara no biénio 2005/2206. Teresa Portal, 60 anos, é natural do Porto. Licenciou-se em Filologia Germânica, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tem 37 anos de carreira docente, leccionando português há trinta. Entrou no Rotary Club de Caldas das Taipas em 2001, onde ocupou vários cargos. Numa altura em que o lema do clube é “Seja um presente para o mundo!”, assume pela segunda vez a presidência da instituição. Qual é o papel de um presidente de Rotary Club? Como presidente tenho o dever de contribuir para a paz e bem-estar da minha comunidade, começando por tornar o meu clube dinâmico e inovador. Tem sido uma das maiores dificuldades do clube, o único existente numa vila. Já fomos 21 rotários e neste momento somos 15 elementos. Motivar o clube é, pois, a chave para se poder intervir junto da comunidade local e internacional, através de projetos conseguidos à custa de parcerias locais, de angariação de fundos. Quanto tempo dura o mandato? O mandato é de apenas um ano. A chave do sucesso de Rotary é a sua rotatividade, que começou por ter o nome a partir da rotatividade das reuniões que se realizavam em casa de cada um dos elementos do clube, isto em 1905, quando Paul Harris criou o primeiro clube rotário

em Chicago. A roda denteada do nosso símbolo significa isso mesmo. Todos fazemos parte de uma engrenagem que tem de rodar, pelo que o trabalho colaborativo é a base do Rotary. Qual a situação do clube na altura em que toma posse como presidente da sua Direção? Com altos e baixos, o Rotary Club de Caldas das Taipas está agora num momento alto. Há mais dois elementos para entrarem e vamos dar tudo por tudo para aumentarmos o nosso quadro social, o que passa por divulgar Rotary. Estamos tão habituados a “dar de nós, sem pensarmos em nós”, que nos esquecemos de divulgar os acontecimentos e as atividades. Trabalhamos e estamos presentes, mas as pessoas nem sempre sabem disso ou preferem, por vezes, esquecer-se disso. O clube fez 16 anos e está para ficar, porque, felizmente, fazemos um grupo coeso e empenhado e nunca perdemos o interesse de servir. Que projetos planeia levar a cabo nesse período? Tenho um sonho desde que fui presidente pela primera vez - formar o Rotaract Club de Caldas das Taipas, com jovens dos 18 aos 30 anos. Como nunca perco a esperança, começámos já durante o mandato da Fátima Costa a trabalhar nesse sentido. Hoje, posso afirmar, sem

dúvida nenhuma, que o Rotaract Club é uma realidade. O mínimo para a sua constituição era de 15 jovens e, no momento, já há 18 elementos. Pretendo levar a cabo o Interact Club de Caldas das Taipas, com jovens dos 12 aos 18 anos. Este só não nasceu ainda, porque tive de coartar o ímpeto dos jovens. Sou muito parecida com eles, nesse aspeto. Estou virada para as novas gerações, sem dúvida. Daremos naturalmente continuidade às atividades que se realizam desde o nosso nascimento em 1999. Quais os principais impactos desta instituição junto da população? Um dos mais marcantes terá sido o lançamento da carreira internacional do Doutor Miguel Oliveira (AveParque) que, há alguns anos, foi para o Japão com uma bolsa concedida pelo próprio clube e que hoje é um cientista reconhecido mundialmente. Também a atribuição dos prémios escolares (que só há dois anos começou a ser atribuído também aos alunos do 6.º ano); o banco das cadeiras de rodas que têm sido emprestadas a toda a comunidade; a Universidade Sénior; os projetos à comunidade que têm sido desenvolvidos ao longo dos anos, sendo a atual o tal “Mimos e Miminhos” que pretendemos continuar a desenvolver.

Antigo secretário e presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Domingos Marques de Sousa, participou numa conferência organizada pelo CDS em Guimarães, na altura em que esta estrutura completa 40 anos. O ex-autarca recordou que entrou na política pela dinâmica de Joaquim Cosme, histórico dirigente do CDS em Guimarães. Domingos Marques Sousa integrou a lista à Junta de Freguesia de Caldelas liderada por Costa e Silva, em 1979, tendo encabeçado a lista vencedora no mandato seguinte, em 1982. Estranhou o facto de, na plateia, não estar presente nenhuma das pessoas com quem viveu alguns dos períodos mais conturbados e decisivos para a vila: a reativação das termas, o aparecimento do jardim infantil e “os vários atropelos urbanísticos”, referindo-se às construções do edifício do Tílias e da Alameda Rosas Guimarães, numa altura em que se trabalhava o Plano Geral de Urbanização das Taipas.

O antigo autarca passou que passou pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, onde fez uma grande amizade com o presidente da Direção na altura, José Marques. Fez ainda referências a José Rosas Guimarães, pelo seu papel no desenvolvimento da vila e lembrou a “D. Aninhas Velhinha”, que era quem tomava conta das crianças no “Jardim Infantil do Senhor Reitor”, que depois daria origem ao que é hoje o Centro Social. Mereceu ainda atenção especial uma sessão da Assembleia de Freguesia onde se votou a “independência das Taipas”, tendo sido o único membro da assembleia que se absteve e que, por isso, ainda ouviu alguém dizer “temos de o embrulhar na bandeira”. No final desta conversa Orlando Coutinho, líder da concelhia do CDS, anunciou que o partido vai passar a ter secções nas principais freguesias do concelho e que nas Caldas das Taipas será constituído um núcleo do partido.

ENSINO DE MANDARIM NÃO PASSA PELAS TAIPAS O Ministério da Educação e Ciência assinou um protocolo de cooperação com o Instituto Confúcio da República Popular da China para o ensino do Mandarim, que arranca no próximo ano letivo em escolas secundárias públicas. No distri-

to de Braga participam apenas as Escolas Secundárias Carlos Amarante (Braga) e Francisco de Holanda (em Guimarães). Este projeto-piloto vai abranger 21 escolas e alunos do 10.º ano de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos.


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REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015

Taipas LUÍS SOARES INTEGRA LISTA DO CÍRCULO ELEITORAL DE BRAGA DO PS DR

Luís Soares foi eleito, pela Comissão Política do Partido Socialista de Guimarães, para integrar a lista dos deputados círculo eleitoral do Partido Socialista de Braga. A eleição decorreu a 8 de Julho. Luís Soares avançou a par com Miguel Larajeiro, que é deputado da Assembleia da República na actual legislatura. O resultado foi conseguido pela margem mínima de um voto. Normalmente, o secretariado concelhio do partido nomeia um nome, algo que não aconteceu desta vez, abrindo espaço para a apresentação de candidaturas na Comissão Política. O actual deputado à Assembelia Municipal de Guimarães foi nomeado pelo PS PUBLICIDADE

de Guimarães, juntamente com Sónia Fertuzinhos para fazer parte da lista de Braga, nas eleições legislativas que se realizarão a 4 de Outubro. Luís Soares ocupa o sétimo lugar da lista. A data foi anunciada pelo Presidente da República no dia 22 de Julho. Comissão Nacional do Partido Socialista acabou por aprovar a lista apresentada pela federação de Braga do partido no dia 21 de Julho. Em declarações Reflexo, Luís Soares sublinhou a forma democrática como decorreu o processo e destacou que o partido está “unido, forte e motivado em torno do projecto do PS, para mobilizar Guimarães e ajudar a mudar Portugal”.

Luís Soares, 32 anos, é natural de Ponte e licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Actualmente é colaborador da Taipas Turitermas e é membro da Assembleia Municipal de Guimarães e da Assembleia de Freguesia de Caldelas. Liderou a Juventude Socialista de Guimarães entre 2011 e 2013. Faz parte do Secretariado da Federação de Braga do PS. Poderá ser o próximo taipense eleito deputado na Assembleia da República. NELSON FELGUEIRAS É O CANDIDATO DA JS DISTRITAL O antigo presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Caldas das Taipas, entre 2008/2009, foi indigitado pela Juventude

Socialista da Federação de Braga à Assembleia da República nas próxima legislativas e fará parte da lista do círculo eleitoral de Braga, ocupando a 17.ª posição. Nelson José Guimarães Felgueiras, 25 anos, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Mestrando em Ciências Jurídico-forenses na mesma instituição, advogado-estagiário. Foi coordenador do Pelouro da Política Educativa da Associação Académica de Coimbra em 2009/2010 e coordenador-geral do pelouro da Administração do Núcleo de Estudantes de Direito no ano de 2011. Fez parte do secretariado da JS Guimarães no biénio 2011/2013, tendo à sua responsabilidade as áreas da Educação e Ensino Superior. Foi membro da equipa redatorial do jornal nacional da JS “Jovem Socialista” entre 2012/2014. Desde 2013 é o líder da Juventude Socialista de Guimarães e membro da Comissão Política Distrital da JS Braga, pertence ao Secretariado Nacional da JS desde 2014 e também à Comissão Nacional do Partido Socialista. É ainda membro do Concelho Municipal da Juventude e Deputado da Assembleia Municipal de Guimarães desde 2013, eleito pelas listas do Partido Socialista.

“FESTA DA FRATERNIDADE” A 31 DE JULHO... A Comissão de Freguesia de Caldas das Taipas do PCP leva a cabo, nos dias 31 de Julho e 1 de Agosto, a décima edição da Festa da Fraternidade. Como habitualmente, a iniciativa vai desenrolar-se no antigo Mercado das Taipas e conta no programa com a intervenção política da deputada e candidata da CDU às próximas eleições legislativas, Carla Cruz. O recinto da festa não faltarão os petiscos regionais e estarão patentes exposições políticas, desde a exposição evocativa do centenário de Virgínia de Moura, a painéis sobre a atividade do PCP, uma Feira do Livro, da qual destacamos a participação de Jorge Sarabando que irá apresentar a sua obra “O 25 de Novembro a Norte” e ainda um palco, para onde se preveem atuações de alguns artistas que passaram pela festa ao longo destes 10 anos. Jorge Lomba, o artista com mais presenças nas 10 edições da Festa da Fraternidade, também não faltará.

... E “DAR VIDA À VILA” A 8 DE AGOSTO

O Partido Socialista das Taipas vai realizar a 2.ª edição do evento “Dar Vida à Vila” no próximo dia 8 de Agosto. Uma iniciativa que contará com a participação de vários artistas de rua, ginásios, atividades desportivas diversas e de um desfile de charretes, a que se associarão associações e comerciantes locais, na animação de diversas artérias da vila das Taipas, entre as 9 e as 19 horas de sábado. O “Black Saturday”, uma nova iniciativa introduzida no programa deste ano, será levado a cabo pelas lojas aderentes, com descontos até 50% nos produtos devidamente assinalados. O desfile de moda a realizar em pleno centro da vila, na noite de 8 de agosto, será a iniciativa onde se espera mais gente. Com alguns momentos musicais e de dança pelo meio, este desfile de moda pretende mostrar as coleções disponíveis nas várias lojas taipenses.


REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015 10

Taipas MÚSICO TAIPENSE VENCE PRIMEIRO PRÉMIO DA “INTERNATIONAL TROMBONE ASSOCIATION”

DR

BOMBEIROS DAS TAIPAS RECEBEM FATOS DE PROTEÇÃO FLORESTAL

MANUEL ANTÓNIO SILVA

O trombonista João Martinho, que iniciou, em 1998, o seu percurso na Banda Musical das Caldas das Taipas, venceu o primeiro prémio do concurso internacional Frank Smith, que se realizou em Valencia, Espanha, entre os dias 8 e 11 de Julho. João Martinho, músico taipense de 25 anos, venceu o primeiro prémio atribuído pela International Trombone Association depois de ter sido um dos três finalistas na categoria de trombonistas com menos de 25 anos de idade, no Concurso Frank Smith. João Martinho iniciou o seu percurso na Banda Musical das Caldas das Taipas, onde ingressou com sete anos de idade. Seguiu-se o conservatório de música Calouste Gulbenkian, em Braga, e a Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Passou pela Orquestra Sinfónica da Casa da Música, no Porto, por onde passa ainda, esporadicamente. É membro activo da Gustav Mahler Jugendorchester, fundada por Claudio Abbado. Já colaborou com orquestras como Komische Oper Berlin e Staatsoper Berlin. Em 2013 venceu o segundo prémio no concurso Prémio Jovens Músicos - RDP Desde 2012 que vive em Berlim, na Alemanha, após lhe ter sido atribuída a bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Frequenta o Mestrado na Universität der Künste Berlin, orientado por Stefan Schulz. Em declarações à Lusa, João Martinho manifestou a sua satisfação, tendo esta vitória sido a recompensa de muitos anos de

dedicação e trabalho. O músico considera a possibilidade de ficar em Berlim, depois de terminado o mestrado. O músico respondeu às questões enviadas pelo Reflexo, onde confessa lamentar o estado actual da Banda Musical das Caldas das Taipas. Perante os três finalistas, qual era a sua expectativa em conseguir o primeiro prémio do concurso? Um dos finalistas, o Jan Donner, estuda comigo em Berlim, embora com outro professor. Somos amigos e gosto muito da forma dele de tocar. A outra concorrente, a Brittany Lasch não conhecia. Sabia que o nível ia ser bastante alto, como sempre neste concurso, mas foquei-me no meu trabalho e no final consegui aquilo que sempre procuro: desfrutar do momento da performance. Tenho a certeza que os meus adversários tocaram igualmente bem, e que no final foi uma questão de gosto pessoal do júri. Qual a importância deste prémio para a sua carreira? Este concurso existe há já mais de 30 anos, e muitos dos vencedores são trombonistas bastante conceituados. No meu caso, este prémio dá algum peso ao meu cur-

rículo e com certeza me vai trazer algum reconhecimento no meio onde trabalho. Qual a importância da passagem pela Banda Musical das Taipas, no teu percurso como músico? O meu currículo começa com uma referência ao sítio onde tive o meu primeiro contacto com o trombone - a Banda Musical das Taipas. Acho que nunca se devem esquecer as nossas origens. Musicalmente, não me deu mais no que qualquer outra banda, mas o que de facto a Banda Musical das Taipas me trouxe, foram momentos únicos e amigos que duram até aos dias de hoje. E vejo com muito desagrado a situação penosa a que a banda chegou, devido a uma péssima gestão. Ganhou uma bolsa da Gulbenkian para estudar na Alemanha. Pondera ficar por lá, porquê? Neste momento estudo em Berlim, e ficar na Alemanha é uma hipótese. No entanto, estou aberto a novas aventuras e o que realmente quero é trabalhar num local onde respeitem aquilo que faço e onde tenha condições para fazer o meu trabalho. Voltar a Portugal é, no entanto, uma hipótese muito pouco provável.

Adelino Soares, gerente do Intermarché das Taipas, procedeu à entrega de cinco equipamentos completos de combate a incêndios florestais, aos bombeiros locais. A cerimónia de entrega dos equipamentos decorreu nas instalações daquela superfície comercial, no passado dia 23 de Julho e contou com a presença do presidente da Direção da Associação Humanitária, bem como do Comandante da Corporação, José das Neves Machado e Hermenegildo Abreu, respetivamente. A iniciativa resulta de uma campanha conjunta entre o Grupo Os Mosqueteiros e a Liga dos Bombeiros Portugueses, com vista a angariação de equipamentos individuais completos de combate a incêndios florestais, que este ano culminou com a oferta de um total de 500 equipamentos, distribuídos, por sorteio, por 100 corporações. Para José das Neves Machado, presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas, “mais do que o significado material”, este tipo de iniciativas “demonstra que há na sociedade portuguesa alguém que se preocupa com a

proteção individual daqueles que dão tudo a favor dos outros e nos quais, muitas vezes, não se pensa. Mesmo aqueles que têm por obrigação pensar nisso, muitas vezes não o fazem”. Apesar de louvável e meritória, a todos os níveis, esta iniciativa não resolverá na totalidade as necessidades dos bombeiros taipenses que tem já uma encomenda realizada de 70 fatos iguais aos que recebeu das mãos de Adelino Soares. Tudo a ser custeado pela Associação liderada por José das Neves Machado, num montante aproximado de 15 mil euros que, como nos referiu, “para já, não contam com qualquer tipo de apoio institucional” o que o leva a enaltecer ainda mais o mérito desta iniciativa levada a cabo pelo Intermarché. Para o gerente do Intermarché das Taipas, Adelino Soares, “foi um grande orgulho poder oferecer os cinco equipamentos aos bombeiros das Taipas que, só foi possível, com a boa vontade dos clientes que participaram na campanha e demonstraram o gosto e reconhecimento que têm pelos bombeiros taipenses, pelo excelente trabalho que prestam à população”.

ENSINO DE MANDARIM NÃO PASSA PELAS TAIPAS O Ministério da Educação e Ciência assinou um protocolo de cooperação com o Instituto Confúcio da República Popular da China para o ensino do Mandarim, que arranca no próximo ano letivo em escolas secundárias públicas. No distri-

to de Braga participam apenas as Escolas Secundárias Carlos Amarante (Braga) e Francisco de Holanda (em Guimarães). Este projeto-piloto vai abranger 21 escolas e alunos do 10.º ano de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos.


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REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015

Taipas

O

NUMA AUTO-CARAVANA NADA FALTA E “GANHAM-SE ANOS DE VIDA”

bra. Quem andasse à procura de gente, tinha dificuldade em perceber onde se abrigavam, até que o som de duas guitarras soa a pouca distância. Aproveitando a sombra de uma rede que tapava o sol, João Lucas da Silva, 68 anos, segura numa das guitarras, veio de Alenquer e ouviu a viola de Francisco Resende, 72 anos, vindo de Matosinhos. Juntaram-se “para ir passando o tempo”. Tanto um como outro já andam de auto-caravana há pelo menos uma década. Ambos são repetentes nas Caldas das Taipas. O primeiro, mais falador, diz-se um “turista itinerante em auto-caravana” e explica que este é apenas um segmento de vários tipos de turismo. João da Silva sublinha a importância que este

C Â N D I D O CA P E L A D I A S

MAIS DO QUE UMA FESTA

PAULO DUMAS

À expressão “andar com a casa às costas” associamos, de forma precipitada, a algo associado a alguém que não tem poiso certo e que, porventura, terá perdido o Norte. As centenas de auto-caravanistas, que participaram no encontro que decorreu nas Caldas das Taipas, depressa nos diriam que não podíamos estar mais enganados. Começaram a chegar durante a semana e vieram de vários pontos do país, para o 3.º Encontro de Auto-Carvanismo das Taipas, promovido por entusiastas locais, no fim-desemana de 10 a 12 de Julho. Algumas matrículas davam a indicação de que houve quem viesse de outros países. No recinto de asfalto do Recinto da Feira, no pino do sol, todos procuravam a som-

PINIÃO

tipo de turismo tem para a economia das localidades: “o cidadão comum pode sentir-se incomodado, por estarmos a ocupar um território que é o dele, mas nós estamos aqui e temos que nos abastecer no comércio local”. O facto de andarem de terra em terra faz com que levem consigo um pouco de cada sítio onde se sentem bem. Há uma rede de entusiastas que se encarrega de levar a palavra quer pessoalmente, quer através das redes sociais: “quando digo que nas Taipas há um parque fabuloso, tem piscinas, tem um património histórico e cultural riquíssimo, de certeza que eles vão passar por cá”. Enquanto preparavam um “faduncho” que lhe foi pedido para a reportagem, explicam

que a experiência “dá anos de vida e reforça laços de relacionamento entre as pessoas”. Não há nada que nos faça falta numa auto-caravana – “não faz falta relógio nem agenda”, dizem. Muito menos quando há áreas de serviço, como a que foi inaugurada nas Caldas das Taipas, nesse fim-desemana, onde é possível fazer a descarga das águas residuais e abastecer com água fresca. As guitarras encontraram o tom certo às vozes de ambos. Dentro das auto-caravanas ouve-se movimento. Lá de dentro sai o aroma do cozinhado, lembrando que se aproxima a hora do almoço e é hora de pôr a mesa e desfrutar o repasto ao ar livre. O fim-de-semana passouse com um conjunto de actividades que os Amigos Taipenses do Auto-Caravanismo preparou para este terceiro encontro. Quem por aqui passou teve oportunidade de conhecer bem Caldas das Taipas, depois das várias visitas guiadas a diversos locais da vila. Os bombeiros taipenses associaram-se e prestaram uma sessão de esclarecimento sobre suporte básico de vida e uso extintores. Para casa, todos os participantes levaram lembranças - quer em forma de brindes, que foram distribuídos; quer em forma de memórias, que farão com que regressem no próximo ano.

Há dez anos que se realiza nas Taipas uma festa singular, sem igual - a festa dos comunistas e seus aliados e amigos. Dez anos em que pelo velho mercadinho passaram personalidades da cultura, da música e da política, numa simbiose equilibrada, trazendo até nós autores, cantautores e políticos, como José Casanova, Jorge Lomba e Ilda Figueiredo, que se juntaram Os Boémios, o Zé Amaro, o Luís Almeida e a Ção Pitada, para ilustrar o valioso e diversificado desfile de mulheres e homens do mundo das artes e da cultura que ano após ano nos visitam e connosco partilham momentos de entusiasmo, de festa e recuperação de forças para os combates políticos que temos de enfrentar. É uma festa partidária, assumida e declaradamente política, mas de portas abertas à diferença, à divergência. Todos os anos é comum encontrar no recinto pessoas de outras formações, umas mais à direita outras mais à esquerda, num convívio democrático salutar que a muitos parece impossível, porque para alguns o combate político é isso mesmo, um combate, duro, só não sangrento porque os tempos vão condenando os combates de morte. Será assim, mais uma vez neste ano, de 31 de Julho a 1 de Agosto, nó sítio do costume. Uma festa pensada, planeada e montada por militância e com a solidariedade de outros. Uma festa com defeitos, com falhas, que embora sejam conhecidas pela organização esta não tem conseguido ultrapassar. Nos tempos que correm, em que nos querem impingir que tudo se faz a troco de dinheiro, é justo realçar as horas de trabalho voluntário, militante, de quem abdica do convívio familiar, dos momentos de amena cavaqueira com amigos, para erguer a festa, fazendo de tudo um pouco. É de elementar justiça relembrar esses homens e mulheres que andam há dez anos a fazer a festa com o mesmo entusiasmo, a mesma alegria, a mesma determinação, da montagem à cozinha e à desmontagem. Há quem diga que é uma festinha, tentado diminuí-la.

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REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015 12

Região INAUGURADO NOVO PISO NA RUA DOS LAMEIROS, EM S. MARTINHO DE SANDE

MANUEL ANTÓNIO SILVA

A Rua dos Lameiros, em S. Martinho de Sande, foi alvo de obras de pavimentação entre 8 e 26 de Junho último. Uma obra da responsabilidade da Junta de Freguesia local e financiada pelo município vimaranense, orçada na ordem dos 78 mil euros, para uma extensão de cerca de mil metros. Para assinalar o momento, o executivo da Junta de Freguesia de Sande S. Martinho, realizou uma breve cerimónia de inauguração, no passado dia 10 de Julho, que contou com a presença das forças vivas locais, bem como, de representantes dos diversos partidos políticos com assento na Assembleia de Freguesia e na vereação municipal. Na ausência de PUBLICIDADE

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, por motivo de gozo de férias, esteve presente o vice-presidente do município, Amadeu Portilha. Depois de “cortada a fita”, a comitiva realizou todo o trajeto da Rua dos Lameiros a pé, ao som de uma rusga protagonizada pelo rancho folclórico local, seguindo-se breves intervenções de Joa-

quim Castro, presidente de Junta de Freguesia e de Amadeu Portilha, vice-presidente da Câmara Municipal. Joaquim Castro começou por justificar a demora na implementação da obra no facto de estarem a aguardar pela conclusão da instalação da rede de gás natural. “O motivo de tanta espera por esta obra, para além do dinheiro, foi ter de aguardar pela insta-

lação total da rede de abastecimento de gás natural, para que esta rua ficasse dotada de três valências: saneamento, abastecimento de água e gás natural. Assim, tão cedo, não será aberta novamente”, referiu Joaquim Castro. O pagamento da obra foi da responsabilidade da Junta de Freguesia, através de verbas disponibilizadas pelos protocolos celebrados com o

município de Guimarães nos anos de 2013, 2014 e 2015. Porém, como referiu Joaquim Castro, “os montantes referentes aos três protocolos ainda não são suficientes para a liquidação total da obra. Contamos, para isso, com a colaboração e a palavra do presidente da CMG que, em reunião de executivo de 14 de Junho, se prontificou a colaborar com o restante pagamento”. Nas suas palavras finais, o presidente da Junta de Sande S. Martinho, agradeceu o “empenho e colaboração” de Domingos Bragança deixando, em jeito de desabafo, algumas críticas a António Magalhães, anterior presidente do município vimaranense referindo que ”com ele nunca este empenho e colaboração se verificou ao ponto de nunca ter sido recebido no gabinete presidencial durante o meu primeiro mandato”. Por seu turno, Amadeu Portilha, referiu-se à pavimentação da Rua dos Lameiros como uma obra que “enobrece a Junta de Freguesia, que valoriza Guimarães e que surge na sequência daquilo que tem sido a aposta não só da Câmara Municipal mas, também, das Juntas de Freguesia, no sentido de

dotar com melhores acessibilidades as nossas freguesias e, dessa forma, servir as populações”. O vice-presidente do município mostrou-se muito agradado com o rumo que a obra levou, mais concretamente com o facto de só se ter procedido à sua pavimentação após a conclusão de todas as infraestruturas de apoio. “Era assim que devia ser em todo o concelho. Isso impediria que pavimentássemos uma estrada e a seguir, para se instalar o gás natural, tivesse que se voltar abri-la. A sua repavimentação, nunca fica bem feita”, referiu Amadeu Portilha a este propósito admitindo, de seguida, que quando o fazem dessa forma, é pela pressão exercida por moradores a autarcas que gostam de ver as suas ruas sempre bem arranjadas. “Isto é, de facto, um exemplo daquilo que deveria ser uma obra pública”, concluiu Portilha. Relativamente às inundações que ocorrem na Rua do Emigrante, Amadeu Portilha não só reforçou o que Joaquim Castro havia referido como também deu conta da preocupação e empenho de Domingos Bragança na resolução do problema.


REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015

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Região GUALTERIANAS - UMA FESTA DE TODO O CONCELHO POR JOSÉ BASTOS,

VEREADOR DA CULTURA DA CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES

As Gualterianas foram sempre a expressão do nosso melhor sentimento bairrista.

REFLEXO DIGITAL EM EDIÇÃO SEMANAL

TAIPAS NÃO É UMA VILA QUALQUER POR ANDRÉ COELHO LIMA,

VEREADOR DA COLIGAÇÃO JUNTOS POR GUIMARÃES

A OPINIÃO QUE MARCOU A AGENDA NO MÊS DE JULHO Todas as semanas, à quinta-feira, preparamos uma Edição Semanal com conteúdos exclusivos para os nossos leitores. Se ainda não subscreveu a Edição Semanal do Reflexo Digital, é simples e gratuito. Basta ir ao nosso site e fazer o registo. Assim, passará a receber também os artigos de opinião do nosso painel de cronistas. Aqui ficam algumas ideias que foram publicadas durante o mês de Julho.

O PAPEL ESTRATÉGICO DOS TRANSPORTES PÚBLICOS

Leia os textos na íntegra em www.reflexodigital.com e subscreva a Edição Semanal.

POR TORCATO RIBEIRO, VEREADOR DA CDU

É urgente redefinir o papel fundamental dos transportes públicos urbanos, que actualmente são geridos numa lógica de gestão que pouco ou nada tem a ver com o objectivo prioritário de prestação de um serviço público.

GUIMARÃES TEM UM NOVO P.D.M. POR JOSÉ CUNHA,

DIRECTOR DA AVE ASSOCIAÇÃO VIMARANENSE PARA A ECOLOGIA

A revisão de alguns dos elementos que acompanham o P.D.M. e a elaboração de planos municipais com incidência no ambiente, devem ser encarados com ambição e, desde já, incorporar os desígnios da Capital Verde Europeia.

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Se é verdade que as Taipas têm características próprias que conduzem à sua vontade de afirmação, é igualmente verdade que é um sinal de pouca inteligência procurar limitar, condicionar ou de alguma forma inibir essa vontade legítima de afirmação e desenvolvimento.

O ‘FAIT-DIVERS’ E O ESSENCIAL POR SAMUEL SILVA

JORNALISTA DO JORNAL “PÚBLICO”

Na última Assembleia Municipal, Paula Damião falava a sério. E o PSD, pela voz de uma das suas mais experientes deputadas, propôs mesmo o “encerramento temporário” de um dos equipamentos mais diferenciados da oferta cultural de Guimarães.

GUIMARÃES A “BOMBAR” POR CECÍLIA OLIVEIRA SOARES, ADVOGADA

Espero que esta ânsia ‘festivaleira’ não comprometa a qualidade das opções culturais e artísticas que nos são oferecidas ao longo do ano. Caso contrário esta torrente de festins pode ter um efeito perverso, afastando o público que elegia Guimarães como centro cultural e artístico a explorar.

A ORIGEM VIÁRIA DE CALDELAS ROMANA POR GONÇALO CRUZ,

ARQUEÓLOGO DA SOCIEDADE MARTINS SARMENTO

Caldas das Taipas é um exemplo de uma povoação romana sem uma “fundação” oficial, mas que foi surgindo e crescendo de forma mais ou menos orgânica, sem muralhas e sem uma planificação prévia. Conhecemos estes locais como vici (ou vicus, no singular).


REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015 14

Região GUIMARÃES ALIENA CAPITAL SOCIAL DA ÁGUAS DO NORTE E PREÇO DA ÁGUA PODERÁ AUMENTAR PAULO DUMAS / ARQUIVO REFLEXO

A 29 de Maio deste ano, o Governo português fundiu as empresas Águas do Douro e Paiva, Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, Simdouro – Saneamento do Grande Porto e Águas do Noroeste (do qual Guimarães fazia parte), numa nova entidade, a Águas do Norte. A Águas do Norte passou a ser a entidade gestora do sistema multimunicipal em “alta” responsável pela captação, tratamento e abastecimento de água para consumo público, pela recolha, tratamento e rejeição de efluentes domésticos, urbanos e industriais e de efluentes provenientes de fossas séticas. Este serviço em “alta” significa o serviço ou abastecimento de água aos municípios integrantes desta nova entidade. Em contraponto, o serviço em “baixa” que, no caso de Guimarães, é gerido pela Vimágua, é o que os municípios prestam aos consumidores finais. Deste modo, o preço final da água resultará sempre do preço que Guimarães passará a pagar por esse bem à Águas do Norte. A Vimágua estima que essa tarifa irá aumentar PUBLICIDADE

13,52% face ao que era praticado pela Águas do Noroeste, com reflexos na fatura dos munícipes. A Câmara de Guimarães emitiu um parecer contrário à constituição da Águas do Norte, onde argumentava que este novo modelo económico “foi implementado à revelia dos municípios acionistas da sociedade”. A Câmara decidiu ainda, na reunião de 23 de Julho, alienar a totalidade das participações sociais do município na Águas do Norte (anteriormente detidas na Águas do Noroeste), com o valor que ronda os 2 milhões de euros. Esta proposta colheu os votos favoráveis do PS e da CDU. A coligação Juntos por Guimarães absteve-se. Apesar do voto favorável, Torcato Ribeiro levantou dúvidas quanto à proposta aprovada, que poderá sugerir o aceleramento do processo de privatização do setor da água - Guimarães passou a ser um simples cliente da Águas do Norte, referiu. Domingos Bragança explicou que os 2% do capital social da Águas do Norte não dão “direito

a nada”, dentro da organização da Águas do Norte, acrescentando que a nova entidade detém 51% do capital. Monteiro de Castro, da coligação Juntos por Guimarães, justificou a abstenção por entender que o município, ao alienar a sua participação na Águas do Norte, “se afasta dos centros de decisão e também se afasta de uma área de negócios que poderia proporcionar um melhor retorno económico no futuro”. André Coelho Lima reforçou estas ideias. Como referiu, “os 2% na Águas do Norte equivalem aos 6/7% que a Câmara detinha na Águas do Noroeste e, nessa altura, a Câmara não abdicou dessa posição”. Amadeu Portilha, substituindo Domingos Bragança defendeu que esta decisão também é “uma posição política”, deixando bem claro que “Guimarães não concordou com este processo nem concorda com a eventual privatização da água”, pois, como concluiu, o caminho traçado pelo Governo irá “levar a um aumento generalizado do preço da água e do saneamento”.

FESTA DA FRANCESINHA É O EVENTO MAIS POPULAR DAS FESTAS DA VILA O inquérito do mês de Julho do Reflexo Digital procurava uma ideia de como se distribuíam os gostos os as preferências acerca das várias actividades que fizeram parte das Festas da Vila e S. Pedro, que decorrerão ao longo de todo o mês, com especial destaques para o último fim-desemana de Julho, com as Festas de S. Pedro propriamente ditas. Assim a Festa da Cerveja e da Francesinha, que decorreu no antigo mercado, colheu exactamente um terço dos votos dos nossos leitores. Quanto à Procissão, manifestação de cariz religioso e um dos pontos altos das festas a popularidade situa-se logo a seguir, com um quarto dos votos. O fogo-deartifício, que encerrou as festas

na segunda-feira, conquistou 20% dos votantes. O restante quinto dos votos distribui-se pela Feira das Associações (9.5%), pelo Cortejo Etnográfico (6,4%). Os espectáculos de palco, que costumam mobilizar bastante público não impressionaram os nossos leitores, o que vai de encontro ao balanço da Comissão Organizadora das festas, publicado no número de Julho de Reflexo, onde se assumia que as escolhas dos artistas não terão sido as melhores. A propósito do destaque desta edição, o inquérito de Agosto, no Reflexo Digital, pergunta aos nossos leitores quantas vezes por semana praticam alguma modalidade desportiva.

QUAL DAS INICIATIVAS DAS FESTA DA VILA E S. PEDRO GOSTOU MAIS? PROCISSÃO 25,4% FOGO DE ARTIFÍCIO 20,6%

FEIRA DA FRANCESINHA 33,3%

FEIRA DAS ASSOCIAÇÕES 9,5%

ESPECTÁCULOS DE PALCO 4,8% CORTEJO ETNOGRÁFICO 6,4%


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31 jul 03 ago 2015

FESTAS DA CIDADE E GuAlTErIAnAS

guIMaRÃES SEXTA-FEIRA 24 JULHO

SÁBADO 01 AGOSTO

18h30 GuimarãeShopping Exposição “As Temporárias da Coleção de Fotografia da Muralha #2 A Celebração” Patente até 30 agosto

09h30 Ruas da Cidade Animação de Rua com Grupos de Bombos

SEXTA-FEIRA 31 JULHO 18h00 Ruas da Cidade Desfile e concentração de Grupos de Bombos 21h30 Largo do Toural Festival Internacional de Folclore 22h00 Largo da Oliveira Última Aduela Companhia Erva Daninha 22h00 Praça da Plataforma das Artes e da Criatividade Richie Campbell

oRgaNIzaçÃo

10h00 Campo de S. Mamede Feira de Gado e Concurso Pecuário 11h00 Largo da Oliveira Oficinas em Marcha Atividades para famílias 16h00 Coreto do Jardim da Alameda Fator K 16h00 Ruas da Cidade Grupo de Bombos “Os Baketas” 17h00 Ruas da Cidade Batalha de Flores 18h00 Largo da Oliveira Algures Companhia Erva Daninha

18h30 Palácio Vila Flor Exposição “70 Cavaquinhos | 70 Artistas” Patente até 14 agosto 21h00 Ruas da Cidade Animação de Rua com Grupos de Bombos 21h30 Coreto do Jardim da Alameda Cantares ao Desafio 21h30 Largo Condessa do Juncal Arruada e Encontro de Tocadores de Concertina

00h30 Alameda Alfredo Pimenta Sessão de Fogo-de-Artifício

DOMINGO 02 AGOSTO

21h30 Ruas da Cidade Animação de Rua com Grupos de Bombos

09h30 Ruas da Cidade Animação de Rua com Grupos de Bombos

21h30 Largo do Toural Despique de Bandas Banda Musical de

11h00 Largo da Oliveira Oficinas em Marcha Atividades para famílias

22h00 Largo da Oliveira Irmãos Esferovite

11h00 Ruas da Cidade Desfile de Charretes Antigas

22h00 Praça da Plataforma das Artes e da Criatividade Tiago Bettencourt

12h30 Igreja S. Francisco Festividades Litúrgicas em honra de S. Gualter

22h00 Largo do Toural Carlos Ribeiro

16h00 Coreto do Jardim da Alameda Dilema

22h00 Largo da Oliveira Algures Companhia Erva Daninha

18h30 Largo da Oliveira Irmãos Esferovite

17h00 Saída da Igreja S. Francisco pelas Ruas da Cidade Majestosa Procissão de S. Gualter

aPoIoS

Todas as idades

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22h00 Praça da Plataforma das Artes e da Criatividade Marco Génio

SEGUNDA-FEIRA 03 AGOSTO 15h00 Centro Equestre Loureiro Velho - Fermentões Corrida de Cavalos 21h00 Coreto do Jardim da Alameda Ensemble Harmonique de Rungis 23h00 Ruas da Cidade Marcha Gualteriana


REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015 16

Região ADJUDICADA ELABORAÇÃO DE PLANO ESTRATÉGICO PARA O AVEPARK PAULO DUMAS / ARQUIVO REFLEXO

O executivo vimaranense aprovou a contratação à Sociedade Portuguesa de Investigação (SPI) de um estudo estratégico que venha a determinar as ações a desenvolver com vista à definição da futura missão e visão global para o Avepark. Nesse estudo deverá estar prevista a instalação do Instituto Cidade de Guimarães (de investigação e desenvolvimento de materiais biomédicos avançados e engenharia de tecidos humanos), já acordado entre a UMinho e a Câmara Municipal de Guimarães. Deverão ainda ser analisadas as condições para a instalação, no Avepark, da sede do PUBLICIDADE

Centro de Investigação “The Discoveries Centre for Regenerative and Precison Medicine”, que poderá ter um financiamento de 75 milhões de euros. Este plano estratégico contempla 5 fases de implementação e terá como um dos objetivos a definição de um novo modelo de governação, terá em conta o acesso a programas

de financiamento nacional e internacional, as entidades a envolver e a definição e resultados esperados, abordando ainda a questão da estimativa orçamental. Esta proposta de elaboração de um novo plano estratégico para o Avepark não viria a colher a unanimidade da vereação. A coligação Juntos por Guimarães viria a abster-

se na votação da reunião camarária do dia 23 de julho. Monteiro de Castro e André Coelho Lima alinharam pelo mesmo diapasão e recordaram o plano estratégico apresentado em 2012 por José Mendes da UMinho (na altura, presidente do Conselho de Administração da empresa AVEPARK), questionando sobre os resultados alcançados com esse plano. “Em 2012, a Câmara encomendou um estudo à UM que o anunciou como sendo a solução para o futuro do Avepark e agora ficamos espantados com o avançar de outro plano estratégico, sem qualquer referência ou balanço ao plano anterior. O Avepark é um instrumento estratégico em relação ao futuro de Guimarães, não pode ser objeto de medidas casuísticas”, afirmou o vereador do CDS. Por sua vez, o líder socialdemocrata reforçou a mesma linha de pensamento: “A alteração legislativa que mudou o estatuto do Avepark não justifica os problemas evocados pelo executivo. Não sabemos por que é que não foi seguido o plano estratégico de 2012/2014”. Questionado se o Avepark esteve sem rumo, André Coelho Lima

não quer acreditar que tenha sido assim. No entanto, como concluiu, “se assim aconteceu, é a Câmara que terá de o assumir”. Amadeu Portilha, em resposta às questões dos jornalistas no final da reunião do executivo, aproveitou para rebater as afirmações da oposição: “As alterações legislativas, como o caso da lei 50/2012, não permitiram seguir com o modelo inicialmente previsto”. Defendeu que o novo plano estratégico dará resposta “à nova realidade” que se vive atualmente e que irá “encontrar um modelo de governança que permitirá ao Avepark cumprir o seu objetivo central e matricial de ser um polo difusor de conhecimento, de tecnologia que possa atrair investigadores para Guimarães e projetar para o mundo o conhecimento científico”. Torcato Ribeiro, da CDU, votou favoravelmente a proposta, por acreditar que faz todo o sentido criar as condições para que o Avepark tenha sucesso. Entende que estão a ser dados passos, ainda que alguns muito lentos, no sentido de viabilização deste parque que poderá ajudar a mudar o “paradigma industrial de Guimarães”.


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REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015

Região JORGE PALMA ENCERRA ATUAÇÕES DE PALCO DO BARCO ROCK FEST DR

GRAVURAS DA SMS EM EXPOSIÇÃO JUNTAMENTE COM PINTURAS DE PEDRO PROENÇA O segundo momento do ciclo Em Volta das Nossas Gravuras está, desde a passada sexta-feira, 17 de Julho, em exposição no edifício-sede da Sociedade Martins Sarmento. A exposição será composta por gravuras antigas que fazem parte do espólio da Sociedade Martins Sarmento. Tal como aconteceu na primeira destas exposições as gravuras terão como contraponto as obras do pintor Pedro Proença. Na mesma altura em que foi inaugurada a exposição, foi também lançado o catálogo de todo o ciclo, que conterá os trabalhos dos artistas quer integrarão o ciclo – Margarida Lagarto, Pedro Proença e Gina Frazão. Este do-

O festival vimaranense acontece como sempre nas margens do Rio Ave, este ano entre os dias 5 e 9 de Agosto. Jorge Palma, White Haus, Da Chick e Keep Razors Sharp passarão pelo Parque Fluvial de Barco. Bilhete geral à venda por 17 euros até final de Julho. Agosto traz de regresso o Barco Rock Fest às margens do Rio Ave. Em 2015 realiza-se a nona edição do festival, no seu lugar de sempre – o Parque Fluvial de Barco. O festival de música mantém a sua marca low cost, com os bilhetes gerais, para todos os dias do festival, a valerem 17 euros, até ao final de Julho. Pelo Parque Fluvial de Barco passará Jorge Palma, um dos nomes maiores da música composta e cantada em português. Entre os dias 5 e 9 de Agosto passarão ainda Da Chick, Keep Razors Sharp e ainda o projeto solo de João Vieira – os White Haus. O concerto de encerramento do Barco Rock Fest caberá Jorge Palma, artista que manobra como ninguém as palavras cantadas em português. Com mais de 40 anos de carreira é compositor, poeta, intérprete e exímio pianista. São várias as canções que Jorge Palma escreveu que, em algum momento,

fazemos inscrever nas nossas vidas. Quem nunca cantarolou “Deixame Rir”, “Frágil” ou “A Gente Vai Continuar”? No sábado, 8, tocam ainda André Indiana, Keep Razors Sharp e os Smartini, num concerto de regresso da banda rock das Caldas das Taipas. Na sexta, dia 7, caberão no palco as sonoridades funky e soul de Da Chick, que lançou recentemente o seu disco de estreia Chick to Chick. A fechar a noite, com um dj set estará o produtor Xinobi, que lançou em finais de 2014 o seu primeiro álbum 1975 – um conjunto de produções épicas, onde se refletem as referências de Xinobi, que estarão também presentes no seu set. Na sexta tocarão ainda White Haus, o projeto solo de João Vieira, conhecido pela sua carreira de dj, como DJ Kitten ou por fazer parte dos regressados X-Wife. O power trio Plus Ultra fechará

a primeira noite de concertos no recinto do Barco Rock Fest. A banda já passou pelo festival em 2010 e regressa após um interregno anunciado ainda aquando da criação do projeto, que junta o frenético Gon com Miguel Azevedo, dos efémeros Mosh e Kinörm, para sempre conhecido como o baterista dos extintos Ornatos Violeta. Os bilhetes encontram-se à venda na plataforma digital bol.pt e aos balcões das lojas FNAC, Worten e El Corte Inglés. Em Guimarães os bilhetes poderão ser adquiridos no Centro Cultural Vila Flor, na Plataforma das Artes e da Criatividade e ainda na lajo d’A Oficina, na Rua Rainha D. Maria II. Os bilhetes gerais terão o preço promocional de 17 euros até final de Julho. Os bilhetes diários custarão 5, 10 e 12 euros, respectivamente para os dias 6, 7 e sábado 8.

ALINHAMENTO DAS BANDAS QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO 02.30h - Le Gabiru (DJ Set) 01.15h - Plus Ultra 00.00h - White Knights 23.00h - The Wild Booze 22.00h - Camel Toy

SEXTA-FEIRA, 7 DE AGOSTO 02.30h - Xinobi (DJ Set) 01.15h - Da Chick 00.00h - White Haus 23.00h - Paraguaii 22.00h - MAT Brass Band

SÁBADO, 7 DE AGOSTO 02.30h - Magazino (DJ Set) 01.15h - Jorge Palma 00.00h - André Indiana 23.00h - Keep Razors Sharp 22.00h - smartini

cumento inclui também o estudo “A Gravura Antiga Como Arte e Memória, da autoria de Maria José Meireles. Pedro Proença nasceu em Lubando, Angola, em 1962. A sua carreira teve início em 1981, na altura em que, juntamente com outros artistas formou o colectivo Movimento Homeostético. O seu trabalho já este exposto em cidades como Madrid, Londres ou São Paulo, no Brasil. A exposição estará patente até ao dia 10 de Setembro e poderá ser visitada na Sociedade Martins Sarmento, na Rua Paio Galvão, Guimarães, de terça a domingo, das 10 às 12.30 horas e das 14.30 às 17.30 horas.

GUIMARÃES ORGANIZA CONGRESSO INTERNACIONAL DE EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO “Revisitar o passado, viver o presente, criar o futuro” é o tema do próximo ano do maior evento internacional do setor. Domingos Bragança mostrou-se satisfeito com esta atribuição e entende que Guimarães reúne “condições únicas para se afirmar como o principal polo dinamizador do desenvolvimento económico e competitividade”. O presidente da Câmara pretende colocar o município vimaranense “nas principais rotas de projetos e redes internacionais. Ao acolher este congresso, temos condições para fazer de Guimarães o berço de uma nova geração de empreendedores e inovadores, criativa e fazedora, capaz de enfrentar

as mudanças de um mundo em rápida transformação” Nuno Gomes, Administrador Executivo do BICMINHO (Business and Innovation Centre), considerou um «marco histórico» a conquista da organização do congresso. «É o reconhecimento de 15 anos de trabalho do BICMINHO ao serviço do interesse público da região e do país. Vamos focar a discussão na indústria e nos serviços de apoio à indústria. E utilizar os setores emergentes de conhecimento intensivo, a tecnologia e a criatividade como instrumentos de regeneração e revitalização das indústrias tradicionais».

HABITAÇÕES DA FAÍSCA JÁ TÊM DISPONÍVEL REDE DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS A Vimágua anunciou a conclusão dos trabalhos de alargamento da rede pública de saneamento. A mesma fonte revela que foi feito um investimento de 30 mil euros. A empresa municipal que gere a rede de águas residuais concluiu os trabalhos de extensão da rede à Rua e Travessa da Faísca. De acordo com a Vimágua a cobertura desta infra-estrutura passará a servir 23 alojamentos. A fase seguinte será a ligação

destes fogos à rede de saneamento, o que deverá ser contratado pelos proprietários dos alojamentos. As obras foram custeadas pela empresa municipal, segundo a qual representou um investimento de 30 mil euros. A Vimágua apela aos moradores da Rua da Faísca e da Travessa da Faísca que procedam à contratação dos serviços de ligação à rede pública de saneamento.


REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015 18

Região CITÂNIA VIVA FEZ REVIVER MODOS DE VIDA DO TEMPO DA IDADE DO FERRO

A iniciativa, que este ano cumpriu a sua décima edição incluiu várias actividades que procuraram reconstituir os modos de vida próprios dos povos castrejos do final da Idade do Ferro. A organização da iniciativa está a cargo da Casa do Povo de Briteiros, em colaboração com a Sociedade Martins Sarmento. Na antiga povoação, um grupo de brácaros fez reviver as antigas ruinas, praticando a arte da guerra da época, assim como os modos de vida do quotidiano, como os festejos e os banquetes. O programa começou já o sol se levantava alto com a iniciativa Museu Vivo, precisamente no Museu da Cultura Castreja. Uma actividade preparada de forma especial para um público infantil. A Citânia de Briteiros abriu a meio da tarde para acolher a recriação épica, onde se incluiu um mercado de época com produtos

artesanais, ao mesmo tempo que decorriam diversos momentos lúdicos. Ao final da tarde, chamaram à atenção um conjunto de representações demonstrativas de várias actividades da época como o treinos dos guerreiros e a reunião do conselho de notáveis, que culminou no banquete castrejo. Alguns visitantes da Citânia Viva optaram por ficar para jantar, experimentando os petiscos confeccionados especialmente para a ocasião. No final foi apresentada a “Discórdia dos Deuses”, que será uma encenação do grupo de teatro TinBra. ‘CITÂNIA VIVA’ MOTIVO DE REFERÊNCIAS NA RUBRICA ‘SINAIS’ DA TSF A iniciativa captou a atenção de Fernando Alves, que assina diariamente a rubrica “Sinais” na rádio TSF. O jornalista fez um enqua-

DR

dramento dos temas da actualidade com base no que se passou naquele sábado na Citânia de Briteiros, local a que Fernando Alves se referiu como sendo “a capital de um território antigo”. O podcast do programa pode ser ouvido no site da TSF. COMITIVA LIDERADA POR CARLA CRUZ PASSOU PELA CITÂNIA VIVA Quem passou pela Citânia no sábado, 18 de Julho, foi a deputada da Assembleia da República do PCP, Carla Cruz, que liderou uma comitiva que visitou a Citânia de Briteiros. A também candidata pelo círculo eleitoral de Braga pelo PCP, nas próximas legislativas, fez questão de frisar que “a promoção da defesa, do estudo, da revitalização e da divulgação do património cultural do país” fará parte do programa eleitoral do partido.

UMINHO RECONHECIDA POR BOAS PRÁTICAS CONTRA O DESPERDÍCIO ALIMENTAR A Universidade do Minho, mais propriamente os seus Serviços Sociais, foram distinguidos num projecto que tem como principal objectivo a redução do desperdício alimentar nas cantinas da universidade. O projecto Movimento Menos Olhos Do Que Barriga foi reconhecido pelo concurso PRATØ, na

categoria Iniciativa e Mobilização. Esta iniciativa tem como missão distinguir a implementação de boas práticas no combate ao desperdício alimentar. O Movimento Menos Olhos do Que Barriga (MMOB) teve início com um desafio dos Serviços de Acção Social que foi lançado a um grupo de alunos de Ciências da

Comunicação. Este movimento da academia tem como meta principal alertar e sensibilizar os cerca de 18.000 alunos, funcionários e professores da UM contra o desperdício alimentar resultante das refeições nas cantinas e consequentemente a redução dos mesmos desperdícios, que eram na ordem das 4 toneladas/mês.

NONA EDIÇÃO DO FESTIVAL VIVÊNCIAS DECORREU NA VILA DE BRITO

Decorreu no passado fim-desemana de 17 a 19 de Julho, a nona edição do Festival Vivências, no Parque da Vila de Brito - festival vocacionado para as artes de palco. A par do festival decorreu também a Feira de Artesanato. O festival começou na sexta, 17 de Julho. Apresentaram-se em palco o espectáculo “Brito Tem Talento”, uma actividade desenvolvida pelo Centro Social de Brito e a Tuna Académica Estafina, do Instituto de Estudos Superiores de Fafe. No sábado o destaque do programa foi a apresentação de

“American Way”, pela companhia Jangada Teatro, numa encenação de Fernando Moreira. Na tarde de sábado houve uma série de workshops e uma apresentação da Academia de Artes Ritmos. A noite daquele sábado terminou com um dj set de Paulo Machado. Do programa do último dia do Festival Vivências participaram o Rancho Folclórico de Candoso São Martinho e o Grupo de Música Popular Top 5, que animou o recinto e encerrarou o festival. A organização do Festival Vivências foi da Junta de Freguesia de Brito.

VIMÁGUA ESTENDE COBERTURA DA REDE DE SANEAMENTO NA FREGUESIA DE PONTE

A empresa municipal responsável pela gestão da rede de saneamento de águas residuais em Guimarães alarga cobertura na freguesia de Ponte. A empresa municipal Vimágua, iniciou na freguesia de Ponte uma intervenção com vista à extensão da rede de recolha de águas residuais na freguesia de Ponte. A intervenção está orçada em 68

mil euros. A obra irá proceder à instalação das condutas na Rua Dr. Hugo Almeida, Rua Senra de Baixo e na Rua do Outeiro. Após a execução da obra os habitantes dos daqueles arruamentos passarão a ter a rede acessível, sendo necessário que os respectivos proprietários procedam à ligação das águas residuais dos fogos à rede de saneamento.


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REFLEXO #230 AGOSTO DE 2015

Região MOTO CLUBE DE GUIMARÃES QUER CONCENTRAÇÃO DE REGRESSO À CIDADE ALFREDO OLIVEIRA

CURTAS DE VILA DO CONDE EXIBIDAS EM BRAGA Carlos Carvalho, do Moto Clube de Guimarães, levou à reunião de Câmara do dia 23 de julho a questão do local para a realização da concentração anual de motards. O clube vimaranense pretende que, em 2015, a concentração se realize junto ao multiusos e da horta pedagógica. A resposta da Câmara foi no sentido de indeferir essa pretensão e Carlos Carvalho questionou sobre os motivos dessa recusa e se a Câmara quis saber por que motivos e se haveria outro espaço alternativo para a organização da concentração, que não nas Caldas das Taipas. Domingos Bragança, em resposta, foi dizendo que se iria inteirar da situação, mas fez questão de frisar que “Caldas das Taipas é em PUBLICIDADE

Guimarães”. Por sua vez, Amadeu Portilha, já no final da reunião do executivo, relembrou que a primeira concentração motard realizada na cidade não agradou aos vimaranenses, acrescentando que “a cidade não está preparada para acolher um evento do género”. Deu o exemplo da possivelmente maior concentração do país, em Faro, que não é realizada no interior da cidade. “A concentração motard nas Taipas está muito bem e esta proposta de se realizar perto da horta pedagógica teve uma reação negativa por parte da Câmara, por entendermos que não é o local ideal para este tipo de evento”, acrescentou o vice-presidente da Câmara. Em declarações ao Re-

flexo, Ricardo Alves, vicepresidente do Conquistadores - Moto Clube de Guimarães explicou as razões que levam os Conquistadores a quererem sair de Caldas das Taipas, apontando as dificuldades que têm tido, principalmente nos últimos anos, junto da Taipas-Turitermas. Aliada a esta situação, é conhecido o facto de que nunca terem conseguido o apoio da Junta de Freguesia de Caldelas. Questionado sobre a razão de não organizarem uma concentração em conjunto com os motards taipenses, Ricardo Alves referiu que não será muito viável essa parceria pois são dois conceitos de motard muito diferentes, para além de, como acrescentou, o clube taipense não ser federado.

Depois de mais uma edição, o Curtas Vila do Conde apresenta no dia 15 de Agosto, no GNRation, em Braga, uma seleção dos melhores filmes exibidos no festival. Este programa “Best Of Curtas Vila do Conde” inclui: “Maria do Mar”, de João Rosas, o vencedor da Competição Nacional, “Amélia & Duarte”, de Alice Guimarães e Mónica Cantos, “Kung Fury”, de David Sandberg, ambos vencedores dos prémios do Público, e “Mynarski Death Plummet”, vencedor do Prémio Animação da Competição Internacional. A 23ª edição do Curtas Vila do Conde decorreu entre 4 e 12 de julho.

UNIVERSIDADE DO MINHO ENTRE AS MELHORES DO MUNDO A Universidade do Minho ocupa o 629.º lugar no ranking das mil melhores universidades do mundo, de acordo com o Center for World University Rankings (CWUR). A UMinho é a 6.ª classificada entre as universidades portuguesas presentes nesta lista, tendo subido 50 lugares, em comparação com a classificação do ano passado.

CURSOS DA UMINHO E IPCA COM 0% DE DESEMPREGO São 63 os cursos de ensino superior que abriram vagas este ano e que registam 0% de desemprego, de acordo com dados oficiais do Ministério da Educação e Ciência, enviados às instituições de ensino. Entre esses cursos encontram-se 4 da Universidade do Minho e um do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. Na UMinho destacam-se Medicina, Línguas e Culturas Orientais, Ciências Ambientais e Ciência Política; no IPCA Engenharia Electrotécnica e de Computadores.

33 PROJETOS ESCOLARES APROVADOS NO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

A Câmara Municipal de Guimarães atribuiu uma verba de 100 mil euros para o OP_ESCOLAS’2015 destinada a financiar propostas de iniciativa e âmbito escolar, abrangendo os 14 agrupamentos escolares e as 2 escolas secundárias do concelho de Guimarães, cabendo a cada escola 6 mil e 250 euros. Foram apresentadas 55 propostas das quais 33 acabariam por estar integradas no valor definido para cada escola.

FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE DECORREU EM VILA NOVA DE SANDE O festival contou com a participação de de sete grupos. Dois deles provenientes da Eslováquia e da China. Os outros cinco são de três regiões distintas de Portugal. O Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande organizou no dia 25 de Julho, a 34.ª edição do Festival Internacional de Folclore. A edição deste juntou grupos provenientes de dois países além de Portugal, de onde vieram grupos de várias regiões do nosso país. O festival teve lugar junto ao Centro Social de Vila Nova de Sande. Ao todo forão sete os grupos, incluindo o Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande, anfitrião do festival. Antes das apresentações em palco, decorreu o jantar convívio com todos os grupos participantes ao que se seguiu o desfile e apresentação dos grupos. O Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande foi fundado em 5 de Junho de 1978 e é membro da Federação do Folclore Português.


REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015 20

Temático

ECOS

Sonhar é grátis... TERESA PORTAL PROFESSORA

Ponham essas cabeças a pensar e encontremos medidas mirabolantes que nos ajudem a vencer a crise e impeçam os nossos inimigos reais (aqueles que nos dão pancadinhas nas costas e nos fazem promessas, mas depois nos sugam o tutano com a ladroagem dos juros que exigem) de se apoderarem das nossas vidas e até das nossas fantasias. A ficção, a fantasia não andam muito longe da realidade e, por vezes, a vida parece um filme de ficção. Não é fácil separar as linhas do real e do fantástico, mais próximas do que seria de esperar. É por isso que a fantasia antecede frequentemente a realidade. Leonardo Da Vinci foi um “sonhador” e quatro séculos depois a sua máquina voadora, o helicóptero, tornou-se uma realidade. Na literatura, Júlio Verne antecipou a formidável máquina subaquática do capitão Nemo que nos levou a viajar pelos mares desconhecidos, hoje mais conhecidos graças ao submarino.

Realidade e fantasia… onde começa uma e acaba a outra? Se concordarmos com Sebastião da Gama “Pelo sonho é que vamos”, então admitimos que “o sonho comanda a vida” (António Gedeão). Sem sonho, não há projeto de vida e sem um projeto de realização pessoal e profissional, ninguém avança, muito menos a sociedade. Na infância, brincamos ao faz-de-conta e criamos o nosso mundo habitado por animais e personagens mais ou menos fantásticos, conforme a criatividade da criança. Não é por acaso que a Bíblia está cheia de parábolas e que os Contos Maravilhosos e

as Fábulas encheram a nossa infância, altura em que aprendemos a usar a imaginação e a tirar ensinamentos das histórias que nunca poderiam ter sido “reais”. Onde já se viu um coelho atarefado com um relógio na mão a dizer que está atrasado para alguma coisa? A infância é a época de experimentação e o Reino do Faz-de-Conta é seguro e presta uma ajuda incalculável no desenvolvimento cognitivo da criança, no treino pragmático da linguagem, da memória e do raciocínio. Mas… cuidado com a mentira. Quantas vezes as crianças mentem conscientemente para fugirem a uma realidade que não querem aceitar. Inaceitável. Mentir não faz parte do Reino do Faz-de-Conta. Por isso, o papel dos adultos é fundamental. Para todas as perguntas terá de haver uma resposta lógica e objetiva, nunca uma recusa ou um “depois explico” ou “agora não tenho tempo” ou … Depois, é preciso dosear a fantasia, domar a imaginação. A vida não se compadece com quem vive nas nuvens. Porém, “em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”, dizia Albert Einstein. É verdade. Quando há crise, é preciso haver uma resposta ime-

diata, inventiva, criadora que suscite ação, que movimente as massas aterrorizadas. Há que reconstruir um mundo melhor com base numa projeção do mundo real. Não é implementar a utopia, mas mudar a realidade, para que se torne aceitável e compreensível. Tudo muito certo. Contudo, a presença omnipresente da crise económica e da senhora T a controlar os nossos passos permitir-nos-á encontrar, nos dias de hoje, tão acinzentados e macambúzios, uma dose de imaginação que nos facilite a vida? Que remédio! Ponham essas cabeças a pensar e encontremos medidas mirabolantes que nos ajudem a vencer a crise e impeçam os nossos inimigos reais (aqueles que nos dão pancadinhas nas costas e nos fazem promessas, mas depois nos sugam o tutano com a ladroagem dos juros que exigem) de se apoderarem das nossas vidas e até das nossas fantasias. Sonhar ainda é a única coisa grátis nesta vida, porque ainda não encontraram forma de até aí nos poderem explorar. Então, aproveitemos ao máximo essa regalia e fartemonos de sonhar nesta pausa do trabalho tão merecida. Boas Férias!

Já alguém protestou várias vezes, mas passado pouco tempo volta a mesma música. Este jovem é livre em ouvir música. Mas a sua liberdade termina onde começa a liberdade dos outros. Ele é livre, mas tem o dever de respeitar a liberdade dos outros. Este exemplo, tirado da vida real, sublinha que a liberdade só o é de verdade quando cada qual, ao exercê-la, estiver atento aos outros, à vida e felicidade dos outros. Sim, somos livres para amar! A renúncia a um direito pessoal, se o bem do irmão o exige, não é uma limitação da liberdade, mas a maneira mais sublime de a exercitar. Na verdade, todos fomos criados por Deus com uma finalidade: amarmo-nos uns aos outros e sermos felizes! A liberdade é para estar ao serviço deste plano de Deus para cada um de nós. Fazer o contrário é agir

contra a nossa natureza humana tal como o Criador a quis. É não sermos fiéis à vocação à qual somos chamados. Para sermos livres para amar, necessitamos de, por vezes, remar contra a corrente. Teremos de renunciar ao instinto do egoísmo, que nos leva a cada passo a ceder ao “homem velho”, querendo ignorar que é no amor que se expressa a liberdade de toda a pessoa humana. Na verdade, quanto mais egoístas, mais escravos das nossas paixões. Teremos de renunciar ao meio ambiente, que nos envolve com uma cultura do individualismo. Embora se fale muito de solidariedade, o certo é que, na hora da verdade, cada qual se refugia na sua concha. De facto, habita em nós uma inclinação que nos leva a não fazermos aquilo que sabemos ser o bem, que é o de vivermos todos em comunhão.

JUVENTUDE

Livres para amar LUÍS MARTINHO PADRE

Somos livres para amar! A nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros. A liberdade só o é de verdade quando cada qual, ao exercê-la, estiver atento aos outros, à vida e felicidade dos outros. A renúncia a um direito pessoal, se o bem do irmão o exige, não é uma limitação da liberdade, mas a maneira mais sublime de a exercitar. É no amor que se expressa a liberdade de toda a pessoa humana. Na verdade, quanto mais egoístas, mais escravos das nossas paixões. Numa rua da cidade, praticamente todas as semanas, durante a tarde de sábado, um jovem liga os aparelhos de alta fidelidade e põe a música da sua preferência no volume máximo. Os sons da música preferida, que PUBLICIDADE

é música da pesada, ecoam por toda a rua. Na mesma rua há, a essa hora, gente idosa que quer descansar um pouco; há pessoas que estão a trabalhar e desejariam o silêncio; há talvez doentes ignorados pelos vizinhos.


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REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015

Desporto TAIPAS APRESENTOU EQUIPA PARA A NOVA TEMPORADA

DR

PLANTEL 2015/2016

REFORÇOS DO C. C. DAS TAIPAS PARA A ÉPOCA 2015-2016 Realizou-se no passado dia 23 julho, a apresentação à comunicação social do plantel sénior do Clube Caçadores das Taipas para a época 2015-16. Uma apresentação inovadora e muito diferente do habitual. A Quinta das Laranjeiras, em S. Lourenço de Sande, foi o palco da iniciativa e do almoço convívio que se seguiu. O motivo desta inovadora apresentação segundo o Presidente João Pedro Ribeiro, foi “para além proporcionar um convívio entre jogadores, equipa técnica e dirigentes, demostrar também que o Taipas é um clube não só da Vila Termal mas também das restantes freguesias vizinhas”.

Para além da presença de grande parte da direção taipense, marcaram ainda presença o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Joaquim Azevedo Oliveira e o Presidente do Conselho Fiscal, Manuel António Ribeiro. Relativamente à equipa para a próxima época desportiva, foi apresentado um plantel com algumas alterações em relação à última época. A começar pela equipa técnica. Depois de na época passada ter sido adjunto de Fernando Marques até ao mês de dezembro, Ricardo Teixeira, Mestre em Ciências do Desporto, assume agora o comando da equipa taipense com o objetivo de “andar

juntos aos melhores e não no meio da tabela”. Referiu ao Reflexo que “o plantel formado dá garantias que a época será positiva”. Foram apresentados 23 atletas sendo que 13 transitam da época passada. Apenas na posição de guarda-redes é que o plantel não conta com reforços. As restantes posições foram todas reforçadas com atletas com alguma experiência neste campeonato. O plantel encontra-se praticamente fechado persistido apenas uma dúvida sobre a continuidade, ou não, de João Paulo que tem em mãos uma proposta de uma equipa do Campeonato Nacional Séniores.

GUARDA REDES André Peitaça Luís Ribeiro (ex-junior) DEFESAS João Paulo Bruno Machado Rafa Sílvio (ex. Brito) António (ex. Joane) Mota (ex. Famalicão) Inácio Silva (ex. Santa Eulalia)

MÉDIOS Berto Dúnio Ruben Teixeira Pedro Martins Leal (ex. Maria da Fonte) Paulinho (ex. Maria da Fonte) Tiago Lobo (ex. Serzedelo) AVANÇADOS Bruno Diogo Rui Macedo Hélder Simão (ex. Maria da Fonte) Rui Gomes (ex. Porto D’Ave) Fausto (ex. Ronfe)

“TEMOS O MELHOR PLANTEL DO MUNDO”

JOÃO PEDRO RIBEIRO PRESIDENTE DO CC TAIPAS

Quais os objetivos do CC Taipas para esta nova época? As metas do Taipas são como sempre o foram. O Taipas é um Clube com prestígio distrital, já foi campeão várias vezes portanto, em todas as épocas, o Clube parte como favorito. Nessa condição, parte como favorito à conquista dos três pontos em disputa em cada jogo. Nem sempre o vamos conseguir, sabemos mas, vamos jogar o jogo pelo jogo. O campeonato não vai ser fácil. Tendo em conta as equipas que desceram do Campeonato Na-

cional Seniores, vamos ter um campeonato muito competitivo. Contudo, estamos cá para a luta. Quer em casa, quer fora, vamos lutar pelos três pontos e as contas vão fazer-se no final. Foi feito um esforço complementar para segurar jogadores mais experientes, como o Berto e o Dúnio? Não há esforço complementar nenhum. Ambos são jogadores da casa, que nos interessa manter no plantel porque transmitem a mística do Clube a quem chega de novo. Sempre

foi do nosso interesse que esses dois atletas se mantivessem. O facto de não terem assinado logo de início, não houve qualquer problema. Foi um timing entre a Direção e os próprios atletas e acabamos por nos entender e cá estão eles para a luta. Com algumas caras novas, o plantel é o necessário ou dá garantias para fazer um bom campeonato? É o plantel que Direção e equipa técnica entendeu que melhor servirá o CC Taipas. Portanto, como se costume di-

zer no futebol, temos o melhor plantel do mundo. Alguns Clubes apostaram muito para a subida de divisão. O Taipas tem condições para os acompanhar na luta pelos primeiros lugares? Pelo seu passado e prestígio, o Taipas lutará sempre pelos três pontos em cada jogo. Sabemos que há equipas que investem bastante mas, também sabemos que, nem sempre quem investe mais é que tem os melhores resultados. Temos alguns exemplos da época anterior.


REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015 22

Desporto “UM PLANTEL PARA ANDAR JUNTO AOS PRIMEIROS” fosse. Tenho um percurso, até aqui, de dez anos como treinador. Vamos ver onde nos leva. Quais os principais objetivos para a nova época? Construímos um plantel de bons jogadores portanto, queremos andar junto aos melhores. Não é um plantel para andar a meio da tabela. É para andar lá em cima, junto aos primeiros.

RICARDO TEIXEIRA

TREINADOR DA EQUIPA SÉNIOR Ricardo Teixeira é o treinador da formação sénior do Taipas. Mestre em Ciências do desporto, o novo timoneiro taipense integrou, na época transata, a equipa técnica que iniciou a época sob o comando de Fernando Marques. Sente-se preparado para este desafio? Não o aceitaria se assim não

Com as equipas que desceram do Campeonato Nacional Sénior e com as que se mantiveram, antevê um campeonato muito competitivo? Sim. Por aquilo que me informei deste campeonato, este ano parece ter um leque de equipas dos mais fortes da última década. Isso é atrativo para toda a gente. Para quem trabalha diretamente com as equipas e para quem procura ver bom futebol.

APRESENTAÇÃO A 8 DE AGOSTO O campeonato pró-nacional da Associação de Futebol de Braga deve ser, na próxima época, o mais competitivo desde foi criada a prova. Catorze das dezoito equipas que o integram, já militaram, recentemente, nas competições nacionais. A prova tem início agendado para 23 agosto com a formação do Taipas a receber o Terras de Bouro. Até lá, os

CALENDÁRIO COMPLETO CAMPEONATO DISTRITAL PRÓ-NACIONAL

Nestes primeiros dias de trabalho, como tem sentido este novo grupo de trabalho? Está tudo muito bem ambientado. Estamos decididos a encontrar bons momentos no Clube e a chegar ao final da temporada com a sensação de dever cumprido.

Uma equipa com dez caras novas. Esta pré-epoca vai ser importante para integrar esses novos jogadores? Claro. Vamos tentar integrá-los da melhor forma. Entrar no grupo e saber o que é o Taipas é a primeira fase a ultrapassar. De certeza que tudo vais correr bem. Esta é uma fase boa em que o espirito de grupo tem de sair reforçado. Com um bom grupo é sempre mais fácil realizar boas épocas.

CAMPEONATO DISTRITAL DIVISÃO PRÓ-NACIONAL DA AF BRAGA 2015-16 DATA 23-08-15 30-08-15 06-09-15 13-09-15 20-09-15 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 06-12-15 13-12-15

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

RES.

CLUBES

TAIPAS SANTA EULÁLIA MARIA FONTE TAIPAS FORJÃES TAIPAS MARINHAS TAIPAS NINENSE TAIPAS RIBEIRÃO TAIPAS AMARES TAIPAS VIEIRA TAIPAS BRITO

TERRAS BOURO TAIPAS TAIPAS MERELINENSE TAIPAS ARÕES TAIPAS JOANE TAIPAS RONFE TAIPAS TRAVASSÓS TAIPAS SERZEDELO TAIPAS SANTA MARIA TAIPAS

RES.

J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

DATA 20-12-15 10-01-16 17-01-16 31-01-16 07-02-16 14-02-16 21-02-16 06-03-16 13-03-16 20-03-16 03-04-16 10-04-16 17-04-16 24-04-16 01-05-16 08-05-16 15-05-16

dos jogos de sábado jogam a final às 17:00. A 5 Agosto, o Taipas recebe o Vieira SC. No dia 8 agosto, os taipenses contam fazer a apresentação aos sócios sendo que, ainda não é conhecida a equipa adversária.A 13 de Agosto, também no Montinho, o Taipas recebe o FC Vizela às 19:00. Os jogos de preparação terminam no dia 15 com a receção ao Bairro FC.

23-Ago

DATA

20-Dez

30-Ago

DATA

1.ª

JORNADA

18.ª

2.ª

JORNADA

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL BRAGA ÉPOCA 2015-2016

Taipas

-

Terras Bouro

10-Jan 19.ª

Santa Eulália

-

Taipas Maria Fonte

Ronfe

-

Ribeirão

Ribeirão

-

Ninense

-

Travassós

Travassós

-

Ronfe

Joane

-

Amares

Amares

-

Ninense

Marinhas

-

Serzedelo

Serzedelo

-

Joane

Arões

-

Vieira

Vieira

-

Marinhas

Forjães

-

Santa Maria

Santa Maria

-

Arões

Merelinense

-

Brito

Brito

-

Forjães

Maria Fonte

-

Santa Eulália

Terras Bouro

-

Merelinense

06-Set

DATA

17-Jan

13-Set

DATA

31-Jan

20-Set

DATA

3.ª

JORNADA

20.ª

4.ª

JORNADA

21.ª

5.ª

JORNADA

TRÊS PERGUNTAS A BERTO (CAPITÃO) Que objetivos para a próxima época? O nome do Clube Caçadores das Taipas obriga-nos a lutar para vencer todos os jogos e tentar ter uma época mais tranquila que as anteriores.

taipenses têm previsto jogos de preparação nos dias 1 e 2 Agosto no I Torneio do Travassós. Um torneio quadrangular que conta com a presença do Travassós, Taipas, Serzedelo e Arões. No dia 1 de Agosto o Taipas defronta o Serzedelo às 15:00 e o Travassós defronta o Arões. No dia seguinte os derrotados jogam para o 3º e 4º lugar às 15:00 e os vencedores

07-Fev 22.ª

Maria Fonte

-

Taipas

Taipas

-

Merelinense

Forjães

-

Taipas

Ribeirão

-

Travassós

Travassós

-

Maria Fonte

Travassós

-

Amares

Ronfe

-

Amares

Amares

-

Ribeirão

Ribeirão

-

Serzedelo

Ninense

-

Serzedelo

Serzedelo

-

Ronfe

Ronfe

-

Vieira

Joane

-

Vieira

Vieira

-

Ninense

Ninense

-

Santa Maria

Marinhas

-

Santa Maria

Santa Maria

-

Joane

Joane

-

Brito

Arões

-

Brito

Brito

-

Marinhas

Marinhas

-

Terras Bouro

Forjães

-

Terras Bouro

Terras Bouro

-

Arões

Arões

-

Santa Eulália

Merelinense

-

Santa Eulália

Santa Eulália

-

Forjães

Maria Fonte

-

Merelinense

27-Set

DATA

14-Fev

04-Out

DATA

21-Fev

11-Out

DATA

6.ª

JORNADA

23.ª

7.ª

JORNADA

24.ª

8.ª

JORNADA

Taipas

-

Arões

06-Mar 25.ª

Marinhas

-

Taipas

Taipas

-

Joane Maria Fonte

Amares

-

Maria Fonte

Amares

-

Serzedelo

Serzedelo

-

Serzedelo

-

Travassós

Travassós

-

Vieira

Vieira

-

Amares

Vieira

-

Ribeirão

Ribeirão

-

Santa Maria

Santa Maria

-

Travassós

Santa Maria

-

Ronfe

Ronfe

-

Brito

Brito

-

Ribeirão

Brito

-

Ninense

Ninense

-

Terras Bouro

Terras Bouro

-

Ronfe

Terras Bouro

-

Joane

Joane

-

Santa Eulália

Santa Eulália

-

Ninense

Santa Eulália

-

Marinhas

Arões

-

Merelinense

Merelinense

-

Marinhas

Merelinense

-

Forjães

Maria Fonte

-

Forjães

Forjães

-

Arões

18-Out

DATA

13-Mar

25-Out

DATA

20-Mar

01-Nov

DATA

9.ª

JORNADA

26.ª

10.ª

JORNADA

27.ª

11.ª

JORNADA

Taipas

Taipas

-

Ronfe

Vieira

Vieira

-

Santa Maria

Santa Maria

-

Brito

Terras Bouro Santa Eulália Merelinense

-

03-Abr

-

Taipas

Maria Fonte

Vieira

-

Santa Maria

Serzedelo

Serzedelo

-

Brito

-

Amares

Amares

-

Terras Bouro

Terras Bouro

-

Travassós

Travassós

-

Santa Eulália

Santa Eulália

-

Ribeirão

Ronfe

-

Merelinense

Merelinense

-

Ninense

Ninense

-

Forjães

Forjães

Forjães

-

Joane

Joane

-

Arões

Arões

Arões

-

Marinhas

Maria Fonte

-

Marinhas

-

Serzedelo

-

Amares

-

Travassós

-

Brito

Ribeirão

-

Ronfe

-

Joane

-

Marinhas Maria Fonte 08-Nov

DATA

10-Abr

15-Nov

DATA

17-Abr

22-Nov

DATA

12.ª

JORNADA

29.ª

13.ª

JORNADA

30.ª

14.ª

JORNADA

Taipas

-

Travassós

Amares

-

Santa Maria

-

Maria Fonte

Santa Maria

-

Brito

-

Vieira

Vieira

-

Terras Bouro

-

Serzedelo

Serzedelo

-

Santa Eulália

-

Amares

Travassós

Merelinense

-

Ribeirão

Forjães

-

Ronfe

Arões

-

Marinhas

-

Taipas

24-Abr

-

Serzedelo

Brito

Brito

-

Maria Fonte

Terras Bouro

Terras Bouro

-

Santa Maria

Santa Eulália

Santa Eulália

-

Vieira

-

Merelinense

Merelinense

-

Amares

Ribeirão

-

Forjães

Forjães

-

Travassós

Ronfe

-

Arões

Arões

-

Ribeirão

Ninense

Ninense

-

Marinhas

Marinhas

-

Ronfe

Joane

Maria Fonte

-

Joane

Joane

-

Ninense

DATA

01-Mai

06-Dez

DATA

08-Mai

13-Dez

DATA

15.ª

JORNADA

32.ª

16.ª

JORNADA

33.ª

17.ª

JORNADA

-

31.ª

Taipas

29-Nov Vieira

28.ª

Ribeirão

Ninense

Taipas

15-Mai 34.ª

Taipas

-

Santa Maria

Brito

-

Taipas

Brito

-

Terras Bouro

Maria Fonte

-

Terras Bouro

Terras Bouro

-

Santa Eulália

Santa Maria

-

Santa Eulália

Santa Eulália

-

Brito

Santa Maria

-

Merelinense

Serzedelo

-

Merelinense

Merelinense

-

Vieira

Vieira

-

Forjães

Amares

-

Forjães

Forjães

-

Serzedelo

Serzedelo

-

Arões

Travassós

-

Arões

Arões

-

Amares

Amares

-

Marinhas

Ribeirão

-

Marinhas

Marinhas

-

Travassós

Travassós

-

Joane

Ronfe

-

Joane

Joane

-

Ribeirão

Ribeirão

-

Ninense

Maria Fonte

-

Ninense

Ninense

-

Ronfe

Ronfe

-

Maria Fonte


23

REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015

Desporto MEIA CENTENA DE EX-JOGADORES DO CC TAIPAS REUNIU À MESA DR

FOTOSSÍNTESE

ASPETO GERAL DA SALA

SENTADOS, DA ESQ. PARA A DIREITA: ZÉ MARQUES, SÁ, ZÉ MANEL DO PITO, NOVAIS, TÓNIO CASCA, JOÃO BATISTA RIBEIRO, JABA, ADÃO MATOS. EM CIMA: PEREIRA CAFIFA, LUÍS DA GAGA, DERLOC, JORGE GONÇALVES, FERNANDO LEMOS (LEÃO), SILVIO NOGUEIRA, FERNANDO NEVES, ZÉ EUSÉBIO, XAVIER, TÓNIO FERTUZINHOS, ALBERTO ZEFERINO, CAMILO BATISTA, TORRES, ZÉ MURTEIRA, TARITA, ARTUR NOÉ, AUGUSTO RIBEIRO, JOÃO, ZÉ MARIA, BARROQUINHA, ALFREDO MURTEITA, FERNANDO MATOS, ABREU, CHICO BARROSO, ANTÓNIO SILVA, TÓNIO (SAPO), CARLOS (MACACA), JOÃO PEDRO RIBEIRO, JOSÉ FERNANDES, ZÉ MANEL (RABATA)

No passado dia 6 de junho, perto de meia centena de ex-jogadores do Clube Caçadores das Taipas juntaram-se no Restaurante Talento, em Ponte, para confraternizarem. Uma das particularidades deste encontro foi a de reunir ex-atletas que tivessem representado o Clube nas décadas de 50, 60 e 70. Jorge Gonçalves e Fernando Lemos, ambos com 67 anos, foram os promotores da iniciativa que já esteve para se realizar no ano transato. Contudo, dificuldades no estabelecimento de contatos, acabaram por

adiar o encontro para este ano. Segundo Jorge Gonçalves, a ideia de organizar este almoço surgiu no sentido de tentar reunir e rever antigos colegas. “Foi uma satisfação enorme. Encontramos pessoal que não víamos desde os anos setenta. É sempre uma oportunidade para recordar algumas passagens e brincadeiras desses tempos”, disse a esse propósito. Nos próximos anos, este encontro é para voltar a realizar-se. “No final do almoço, o atual presidente do Clube (João Pedro Ribeiro), compro-

meteu-se a tomar conta da iniciativa nos próximos anos, alargando-a a outras gerações de ex-atletas”, revelou Jorge Gonçalves. Em convívio estiveram à mesa cerca de meia centena de ex-jogadores do CC Taipas de gerações que se sagraram por três vezes campeãs distritais da 2ª divisão da AF Braga (1957/1958, 1960/1961 e 1969/1970) e por uma vez da 1ª divisão da AF Braga (1979/1980). Entre os presentes estiveram também alguns ex-dirigentes e ex-presidentes, bem como, o atual presidente do Clube.

JORGE GONÇALVES (AO CENTRO) LADEADO POR JOAÃO BATISTA RIBEIRO (ESQUERDA) E FERNANDO BRANCO

ANTÓNIO DA SILVA, O MAIS ANTIGO ATLETA A MARCAR PRESENÇA

BARROQUINHA (À ESQUERDA) E TARITA

Entre todos os presentes nesta confraternização, o mais antigo jogador do Clube Caçadaores das Taipas a marcar presença foi António da Silva (1º plano da foto) que completou 89 anos no passado dia 23 de julho.

Com uma saúde “física e mental” de fazer inveja a muitos, exibiu durante o almoço, com uma enorme satisfação e orgulho estampados no rosto, a sua licença federativa referente à temporada de 1954/1955.

ZÉ MANEL DO “PITO” (AO CENTRO), LADEADO POR SÁ (À DIREITA) E JOSÉ MARQUES


REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015 24

Desporto CART COM EQUIPA “B” NA 3ª DIVISÃO NACIONAL DE HÓQUEI EM PATINS parte de um projecto no CART, ele dificilmente recusaria. Assim foi, bastou dizer-lhe que contava com ele para treinar a equipa "B", que a resposta foi logo positiva. É a pessoa certa para o lugar certo”, referiu Lima Pereira.

Quanto a objetivos, enquanto na segunda divisão são de tentar garantir a manutenção, na terceira passam, essencialmente, por proporcionar momentos e experiência competitiva aos atletas mais jovens da coletividade taipense.

NOVO PISO NO PAVILHÃO DO CART

PISO DE MADEIRA NO PAVILHÃO DO CART

Na base da decisão, que começou a ser ponderada logo que a formação sénior deixou de depender de terceiros para subir ao segundo escalão nacional da modalidade, esteve o facto da Direção CART sentir a necessidade de manter nas suas fileiras os jogadores formados no Clube e que, numa primeira experiência como seniores, dificilmente conseguiriam manter um bom nível de competitividade na 2ª divisão nacional. Assim, com uma equipa no terceiro escalão nacional, o CART garante que atletas da casa possam continuar ligados ao Clube e, tão ou mais importante que isso, possam continuar a competir para que, a médio prazo, possam vir a integrar a equipa principal da coletividade taipense. Para Lima Pereira, presidente da Direção do CART, a subida de divisão não surgiu na melhor altura. “Vai ser uma época muito complicada em termos financeiros, a colocação do piso de madeira no nosso pavilhão e a falta de verbas para pagar a totalidade da obra, aliado PUBLICIDADE

à subida à 2ª divisão, vai exigir um esforço financeiro enorme de todos nós”, disse a esse propósito. “O esforço que vamos fazer esta época não é a pensar no imediato nem tão pouco nos resultados desportivos. É um esforço para o futuro. É um esforço para cimentar a equipa sénior com atletas formados nas Taipas. É isso que nos move. Esta equipa "B" já tem pelo menos 7 atletas formados no CART, atletas taipenses, da nossa vila. É este o futuro do CART. É com isto que os nossos atletas, que andam nas equipas de formação, podem contar. Por isso digo que a subida não veio em boa altura. Posso adiantar que ponderamos renunciar à 2ª divisão. Chegamos mesmo a enviar um email à Federação Portuguesa de Patinagem a perguntar quais as consequências de tal desistência! Foi-nos respondido que se não fizéssemos a inscrição na 2ª divisão na época 2015/2016, não podíamos competir durante uma época desportiva”, adiantou Lima Pereira, para justificar a decisão de criar uma equipa “B” neste quadro

de dificuldades. Os atletas que vão integrar essa formação “B” já está praticamente definida. Será constituída por atletas ex-juniores do CART (4) e um Guarda-redes ainda com idade de júnior. A par destes farão parte do plantel o Fernando Coutinho (GR), o Carlos Rodrigues e o Pedro Rúben, todos atletas que já carregam alguma experiência competitiva na formação principal do CART e que nas últimas épocas foram utilizados várias vezes pelo treinador Orlando Ribeiro. Ficam a faltar preencher dois lugares que poderão ser colmatados com jogadores menos utilizados na equipa “A”. A questão do treinador também já está resolvida. Trata-se de Rui Surpresa. Um treinador que já trabalhou no CART e que, segundo Lima Pereira, conhece e está perfeitamente identificado com a forma de trabalhar o CART. “Foi a parte mais fácil de todo o projecto. Eu sabia que, apesar de o Rui ter anunciado o abandono ou a suspensão da sua carreira de treinador, se o convidasse a fazer

O pavilhão do CART vai receber um novo piso. O tapete azul que até então estava em utilização naquele espaço começou a ser levantado a 25 de junho, dia da realização da Assembleia Eleitoral que reconduziu Lima Pereira à frente dos destinos da coletividade para novo mandato. Foi, assim, a primeira tarefa dos elementos dos novos órgãos

sociais que colocaram mãos à obra para a retirada das pequenas placas azuis, que compunham o referido piso. O novo piso, de madeira (Parkeep Flexwood Sport Basic), vai começar a ser colocado ainda antes do final do mês de julho e ficará disponível para ser utilizado no arranque da nova época desportiva.

CALENDÁRIO DO CLUBE TÉNIS DE MESA DAS TAIPAS CAMPEONATO NACIONAL 2ª DIVISÃO - ZONA NORTE - SENIORES - TÉNIS MESA - 2015-16 DATA 10-10-15 17-10-15 24-10-15 31-10-15 14-11-15 28-11-15 05-12-15 S/ DATA S/ DATA

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9

RES.

CLUBES BAIRRO MISERICÓRDIA

CTM TAIPAS CRC NEVES CP BARROSELAS CTM TAIPAS TÁVOLA C CEPEDA CTM TAIPAS CP ALVITO CTM TAIPAS GDCR REALIDADE

CTM TAIPAS CTM TAIPAS LOUSADA CTM TAIPAS ALA NUN’ÁLVARES CTM TAIPAS GR ESTRELA BONFIM CTM TAIPAS

RES.

J 10 11 12 13 14 15 16 17 18

DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA


25

REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015

Desporto ATLETAS DO VOLEIBOL RECONHECIDAS PELA JUNTA DE FREGUESIA DE CALDELAS CART DE BRONZE NOS JOGOS DO EIXO ATLÂNTICO

Após o reconhecimento do mérito desportivo, por parte da Câmara Municipal de Guimarães, às campeãs distritais de voleibol, dos escalões de cadetes e infantis do CART, manifestado na Gala do Desporto de Guimarães, foi a vez da Junta de Freguesia de Caldelas promover uma iniciativa

para enaltecer e distinguir os resultados obtidos por aqueles dois escalões de formação. Nesse sentido, o executivo liderado por Constantino Veiga homenageou, no passado dia 11 de julho, nas instalações da Junta de Freguesia, as referidas atletas e dirigentes da modalidade,

reconhecendo-lhes o mérito e dedicação nos títulos alcançados. Recorde-se que ambas as equipas foram campeãs regionais de voleibol feminino, sendo que a formação de iniciadas acabou a época na 4.ª posição, entre as oito equipas apuradas para a final oito nacional.

CLUBE DE TÉNIS DE MESA PREPARA NOVA ÉPOCA O Clube de Ténis de Mesa das Taipas volta a competir, na próxima época desportiva, na Zona Norte do Campeonato Nacional da 2ª divisão da modalidade. Depois de ter assegurado, com alguma tranquilidade, a permanência na referida divisão, os taipenses já se preparam para nova etapa da sua atividade desportiva. Com o Clube de Ténis de PUBLICIDADE

M e s a d a s Ta i p a s , i n t e g r a m a série da Zona Norte o Ala Nun’Álvares, CP Alvito, GR Estrela Bonfim, GDCR Realidade, Bairro da Misericórdia, CP Barroselas, Lousada, Távola C Cepeda e CRC Neves. O calendário da prova já é conhecido (quadro na página ao lado) e a primeira ronda, que oporá o CTM Taipas ao Bairro da Misericórdia, está agendada

para 10 de outubro. Seguem-se, nas jornadas imediatamente a seguir, duas deslocações. A primeira a Neves e a segunda a Barroselas. Relativamente a objetivos, à semelhança das épocas anteriores, passam por lutar, jogo a jogo, pelo máximo de pontos possível. A manutenção nesta divisão é a principal meta do Clube de Ténis de Mesa das Taipas.

Terminou no passado dia 10 de julho mais uma edição dos Jogos do Eixo Atlântico. A décima primeira edição foi organizada conjuntamente pelos municípios de Matosinhos, Porto e Gaia e, no voleibol feminino, o município vimaranense foi representado pela equipa de cadetes do CART. No seu trajeto até ao terceiro lugar do pódio, as taipenses, integradas no Grupo A, começaram por averbar uma derrota (0-2) com as espanholas da Corunha vencendo a segunda partida (2-1) ao município da Maia. Seguiu-se nova vitória (2-0), desta feita sobre o vizinho município de Braga. O mesmo resultado foi alcançado,

no jogo seguinte, referente aos oitavos de final, frente a Pontevedra. Na quinta partida, meia-final da prova, a formação representante do município de Guimarães, foi derrotada pela de Vila Nova de Gaia, por 2-0. No derradeiro jogo, a equipa do CART encontrava pela frente a formação da Corunha com quem havia perdido na jornada inaugural. As taipenses redimiram-se a acabariam por vencer por 2-1. Resultado que lhes valeu trazer para o município de Guimarães, o último lugar do pódio. No primeiro lugar ficaram as representantes de Matosinhos e no segundo posto as de Vila Nova de Gaia.


REFLEXO #230 • AGOSTO DE 2015 26 PUBLICIDADE

OBITUÁRIO No dia 13 de Julho, no C.H.A.A. – Unidade de Guimarães, faleceu o Sr. José Pereira Laranjo de 86 anos, natural de Brito, Guimarães e residente que foi na Rua da Vinha, Ponte, Guimarães. Era viúvo de Laura de Jesus Ribeiro. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de São João de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.

Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 230 de Agosto de 2015

AVISO Processo n.º 19/2015

JOSÉ PEREIRA LARANJO

AMADEU ARTUR MATOS PORTILHA, Vereador da Câmara Municipal de Guimarães, com poderes delegados e subdelegados para o efeito, faz público, em cumprimento do disposto na alínea b) do nº 2 do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, torna-se público que a Câmara Municipal de Guimarães emitiu o aditamento de licença nº 6/2015, ao loteamento titulado pelo alvará nº 36/2001, através do qual é licenciada a alteração ao lote nº 1, que incide sobre o prédio sito no lugar de Remanço e Monte de Baixo ou Feijó, freguesia de Sande Vila Nova, requerido em nome de António Oliveira & Eduardo Oliveira, Lda, pessoa coletiva nº 504833758, com sede na rua 19 de junho, nº 177, freguesia de Caldelas, concelho de Guimarães. Foi aprovado por meus despachos de 2015/05/29 e 2015/07/01, respeita o disposto no Plano Diretor Municipal e consiste na alteração do nº de unidades de ocupação de acordo com o alvará de construção nº 1334/06 e alteração de função da fração “B” levada a efeito naquele lote. O lote alterado (nº 1) mantém a área inicial (934,00m2), altera a função da fração “B”, que passa para um serviço e destina-se a um edifício com dois pisos acima da cota soleira e um piso abaixo da cota soleira, para um serviço e um armazém ou indústria, o qual está descrito na Conservatória dos Registos Predial, Comercial e Automóveis de Guimarães sob o nº 599/Sande Vila Nova e inscrito na matriz predial urbana, da união de freguesias de Sande Vila Nova e Sande S. Clemente, sob o artigo nº 1202. A área máxima de construção e o volume máximo de construção são de 720,00m2 e 2.781,00m3, respetivamente. Para conhecimento geral se publica o presente Aviso em jornal local. Paços do Município de Guimarães, 1 de Julho de 2015 O Vereador (Com poderes delegados e subdelegados para o efeito

No dia 21 de Julho, no C.H.A.A. – Unidade de Guimarães, faleceu o Sr. Alberto Lopes de 94 anos, natural de Fermentões, Guimarães e residente que foi na Travessa Padre Francisco Salazar, Sande (Vila Nova), Guimarães. Era viúvo de Maria de Freitas. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São José de Campelos e foi a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.

ALBERTO LOPES

ISAÍAS BONFIM RIBEIRO Faleceu no passado dia 5 de julho, Isaías Bonfim Ribeiro, pai do nosso colaborador Manuel Ribeiro. Isaías Ribeiro contava 86 anos de idade e foi a sepultar no cemitério paroquial de S. Martinho de Sande, após as cerimónias fúnebres que se realizaram na igreja local no dia 6 de julho. Ao Manuel Ribeiro e a todos os seus familiares, o Reflexo apresenta as mais sentidas condolências.

por despacho do Presidente da Câmara de 02/01/2014)

Amadeu Portilha

Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 230 de Agosto de 2015

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

AVISO Processo n.º 789/10 AMADEU ARTUR MATOS PORTILHA, Vereador da Câmara Municipal de Guimarães, com poderes delegados e subdelegados para o efeito, faz público, em cumprimento do artigo 56º do Anexo I da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, que, por seu despacho de 2015/07/20 e dado que por lapso não foram corretamente mencionadas as confrontações das parcelas “A” e “B” é retificado o aditamento nº 7/2011, do processo de loteamento nº 789/10 em nome de JUNTA FREGUESIA SOUTO (ST. MARIA), sito no lugar de Lagoelas, freguesia de Souto Stª Maria.

Para conhecimento geral se publica o presente Aviso em jornal local.

CONVOCATÓRIA Dr. António Marques Gomes, Presidente da Assembleia Geral do Centro Sócio-Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente, convoca os sócios para uma Assembleia Geral Extraordinária a realizar no dia 30 de Agosto de 2015, pelas 10h30m, com a seguinte ordem Dr. António Marques Gomes, Presidente da Assembleia Geral do Centro Sócio-Cultural e de trabalhos: Desportivo de Sande S. Clemente, convoca os sócios para uma Assembleia Geral Extraordinária a realizar no dia 30 de Agosto de 2015, pelas 10h30m, com a seguinte ordem 1º Ponto – Leitura da Acta da Assembleia anterior de trabalhos: 2º Ponto – Aprovação da alteração dos Estatutos da Associação de acordo com o 1º Ponto – Leitura da Acta da Assembleia anterior Decreto-lei nº 172 – A/2014 2º Ponto – Aprovação da alteração dos Estatutos da Associação de acordo com o Decreto-lei nº 172 – A/2014 a) se à hora mencionada não estiver a maioria dos sócios, a Assembleia realizar-se-á às 11h30m com o número de sócios presentes. a) se à hora mencionada não estiver a maioria dos sócios, a Assembleia realizar-se-á às Sande S. Clemente, 28 de Julho de 2015 11h30m com o número de sócios presentes. Sande S. Clemente, 28 de Julho de 2015

Paços do Concelho de Guimarães, 21 de Julho de 2015 O Vereador (Com poderes delegados e subdelegados para o efeito por despacho do Presidente da Câmara de 02/01/2014)

Amadeu Portilha

Creche – Rua Nossa Srª da Saúde, 91 – 4805 491 Sande S. Clemente – Telef.: 253471560 Lar e Centro de Dia – Rua Domingos da Silva – 4805 490 Sande S. Clemente – Telef.: 253470420 csclemente@sapo.pt Creche – Rua Nossa Srª da Saúde, 91 – 4805 491 Sande S. Clemente – Telef.: 253471560 Lar e Centro de Dia – Rua Domingos da Silva – 4805 490 Sande S. Clemente – Telef.: 253470420 csclemente@sapo.pt


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