DIRECTOR ALFREDO OLIVEIRA • ANO XXI • MENSAL • PREÇO € 1,00
setembro 2015
#231 PUBLICIDADE
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DIRECTOR ALFREDO OLIVEIRA • ANO XXI • MENSAL • PREÇO € 1,00
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setembro 2015
#231
CONHEÇA A EQUIPA DO CC TAIPAS PARA A ÉPOCA 2015/2016
REGIÃO
CASTRO SABROSO ALVO DE LIMPEZA E NOVAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS DESPORTO
CART INICIA ÉPOCA EM PAVILHÃO COM NOVO PISO EM MADEIRA PUBLICIDADE
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E
DITORIAL
R E F L E XO # 2 3 1 • S E T E M B R O 2 0 1 5
DOBRAR CABO BOJADOR
Se o ano começa em janeiro é no início de setembro que começa ou se “reinicia” a vida de muitos milhões de portugueses. O final das férias e o arranque de um novo ano letivo é que marca a vida de muitos jovens, de muitos profissionais e de muitas famílias. Nesta altura do ano, tenho dado uma atenção especial ao mundo “cor de rosa” à procura de algo único. Lamento, mas este ano não houve nada marcante. Para além das tradicionais paixões arrasadoras, das festas glamorosas nas discotecas in, das separações inesperadas depois de dois ou três meses de uma paixão tórrida, das também tradicionais disponibilidades para encontrar um novo amor e dos resumos dos últimos (intermináveis) capítulos das telenovelas… nada! Por isso, adiante. Se há algo que não falta em Portugal são festivais de verão. Basta circular um pouco pelo país, ler os jornais ou assistir a um telejornal e lá está o anúncio a mais um festival de verão. Estando alguns deles, poucos, já cimentados, a maioria tenta “dobrar o Cabo Bojador”. Os primeiros desenvolvem uma luta feroz para se manterem no topo, com bandas de multidões e com preços muito elevados. Num caso ou noutro, temos mesmo festivais que já vivem com algo onde a música já não é o fundamental da decisão para levar os jovens até lá (caso do Sudoeste). Os segundos vivem num constante dilema até conseguirem acertar no seu rumo. O Barco Rock Fest está no grupo dos que se pretendem afirmar. Não tem tido uma vida fácil. Apesar do esforço e dedicação do Movimento Artístico das Taipas (MAT), por esta ou aquela razão, o BRF, infelizmente (basta pensar no excelente concerto de Jorge Palma), ainda não conseguiu ultrapassar o Cabo Bojador. O início de setembro, para além do arranque do novo ano letivo será marcado pela inauguração das obras de renovação das Termas de Caldas das Taipas, a 4 de setembro. Nesse dia, será visível todo o trabalho de recuperação do balneário termal, bem como a construção de novos espaços dedicados à área da saúde e medicina desportiva, num investimento que rondou os 4 milhões de euros. Nesta altura, será ainda apresentada a nova imagem com que a cooperativa passará a ser conhecida. Desde que Ricardo Costa assumiu a liderança da direção da cooperativa que se tem assistido a uma tentativa reforçada de se “dobrar o Cabo Bojador”, por parte da Taipas Turitermas no mundo do termalismo. Este, o termalismo, por si só, já não é suficiente para a viabilidade da cooperativa (situação reforçada pelas limitações e enquadramento urbanístico do edifício termal). Por isso, a aposta na área da saúde e em outros produtos afins, empreendida e reforçada nos últimos anos, poderá ser vista como uma área de negócios estratégica que possibilite a manutenção e expansão da Taipas Turitermas.
AGOSTO DE 2015
FRASE DO MÊS
“Compromissos. A terminologia é muito importante. A direita faz promessas. Nós estabelecemos compromissos” A N T Ó N I O C O S TA
S e c r e t á r i o - G e r a l d o Pa r t i d o S o c i a l i s t a , e m e n t r e v i s t a à Vi s ã o , d e 1 3 d e A g o s t o d e 2 0 1 5 .
HÁ DEZ ANOS... realizava-se, no Parque de Lazer das Caldas das Taipas, a décima edição da concentração motards do Conquistadores, moto-clube de Guimarães. Naquela edição juntaram-se cerca de dois mil motards, numa altura em que a concentração de Guimarães, que se realizava nas Taipas e atingia os seus anos de maior dimensão. Passados dez anos, foi criado o Moto Clube das Taipas, que já faz a sua concentração no parque, enquanto o clube congénere vimaranense fará a sua festa no Multiusos de Guimarães. Na ordem do dia estavam igualmente as eleições autárquicas. A lista de candidatos ficava completa com a apresentação das listas do CDS, com Vicente Salgado; e da lista independente Taipas a Crescer, liderada por Ângelo Freitas, que se juntavam a: Constantino Veiga (PSD); José Luís Oliveira (PS); e Cândido Capela Dias (CDU). No alinhamento da campanha eleitoral, foi marcada uma reunião extraordinária da Junta de Freguesia, no dia 1 de Setembro. O motivo: o eventual aproveitamento político de uma viagem a Santiago de Compostela, organizada pela Junta de Freguesia. Em causa estavam eventuais manifestações de Constantino Veiga apelando ao voto na sua candidatura. Outras notícias de há dez anos: a visita ao Centro Social das Taipas do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José Vieira da Silva; e a inauguração do Centro Cultural Vila Flor.
ALFREDO OLIVEIRA Director
reflexo o espelho das taipas
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 231 / SETEMBRO 2015 Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR: RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R:C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 CONTRIBUINTE 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 1.º Frente Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - BRAGA DIRECTOR: Alfredo Oliveira REDACÇÃO: Jorge Silva; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas, Pedro Vilas Cunha e Inês Rodrigues TRATAMENTO DE TEXTO: Maria José Oliveira COLABORADORES: António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Pedro Martinho; Teresa Portal; Maria Manuela Catana; Miguel Sousa FOTOGRAFIA: Lima Pereira; Reflexo; Foto Matos
Os autores dos artigos assinados, são responsáveis pelas opiniões expressas, as quais podem não coincidir com as do “REFLEXO - O Espelho das Taipas” PUBLICIDADE
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REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
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Taipas ESCOLA SECUNDÁRIA APOSTA NA INTERNACIONALIZAÇÃO
ARQUIVO
A Escola Secundária da vila viu aprovada uma candidatura no âmbito do programa Erasmus+, no valor de 185 mil euros, para formação de professores e colocação de alunos em estágios profissionais em países da União Europeia. No total serão 31 professores envolvidos e algumas dezenas de alunos do ensino profissional. Esses projetos, que vão ser implementados na Escola Secundária de Caldas das Taipas, estão integrados no programa Erasmus+, na ação 1, Update Upskilling People, o projeto KA 101, destina-se a cursos de formação de professores no estrangeiro, para o ano letivo de 2015/16 e o projeto KA 102, atividades de Job Shadowing no estrangeiro (durante dois anos letivos), mais vocacionado para o ensino profissional. José Augusto Araújo, diretor da escola, defende esta internacionalização e apresenta como mais valia a criação de “fatores de diferenciação através de uma qualificação acrescida das ofertas formativas da Escola Secundária”. Esta diferenciação e qualificação far-se-á por duas vias essenciais, como acrescenta, “por um lado, dar a possibilidade de formação aos professores no estrangeiro, que lhes permita conhecer outras práticas e outras abordagens de como se trabalha a educação pela Europa e, por outro lado, no que diz respeito aos alunos do ensino profissional, aumentar o volume de oportunidades para fazerem os seus estágios em empresas estrangeiras”. Não sendo de agora, pois desde 2008 que a escola tem vindo a apostar nestes projetos internacionais, com este Erasmus+ existe uma evidente alteração nos seus objetivos. As responsáveis destes projetos, as
professoras Ana Guedes e Ângela Pereira refererem que a lógica anterior era mais numa aposta de formação individualizada por parte dos docentes, em contrapartida, “no Erasmus +, essas mobilidades passam a estar inseridas nos objetivos previamente definidos pela escola”. Assim, dos cerca de 185 mil euros atribuídos, cerca de 75 mil serão canalizados para a formação de 31 docentes, em cursos de formação com a duração de uma semana, entre a Espanha e Reino Unido, no âmbito do uso das tecnologias em contexto da sala de aula, na didática das ciências ou na designada internacionalização da escola” A Escola Secundária pretende dar continuidade a este projeto para que, nos próximos três anos, todos os profesores possam ter este tipo de formação no estrangeiro e comecem a dominar a língua inglesa. Para além do domínio do idioma inglês, a escola pretende obter outros resultados: “Espera-se ainda que, no final, estas aprendizagens se reflitam na sala de aula, já que para os mesmos problemas podemos ter outras formas de abordagem”, referiu Ana Guedes. Por sua vez, Ângela Pereira fez questão de frisar que uma das debilidades da escola da vila, colocadas na candidatura, foi precisamente a dificuldade do uso do inglês por parte do corpo docente: “Nós temos cada vez mais
alunos estrangeiros a fazerem os seus estágios no nosso meio, por isso, temos de aprofundar e potenciar esses contactos, que têm de ser feitos com a base no inglês”. A colocação de alunos do ensino profissional em estágios em diversos países da Europa também não é algo novo na secundária de Caldas das Taipas. Desde 2011 que cerca de 20 alunos tiveram essa possibilidade. Outra área em que a escola tem tido abertura é a oferta de estágios profissionais a alunos estrangeiros. Ana Guedes refere que tem sido uma experiência fundamental mas que não tem sido fácil a sua concretização: “Temos alunos de vários países e das mais diversas áreas profissionais. Temos de os acompanhar e dar resposta, tudo ainda muito suportado numa certa “boa vontade dos professores”. Esta docente de Inglês, da Escola Secundária, antevê um caminho mais profissionalizado nesta vertente, até para que, no final do projeto, como acrescentou Ângela Pereira, passemos “ a ter resultados e estudos sobre estes estágios com mais qualidade”. As docentes, já com experiência adquirida com os projetos desenvolvidos até ao momento, têm consciência que a escola está a passar para outro patamar, com mais exigências por parte da Agência Nacional, onde terão de ser apre-
sentados resultados de qualidade, não se podendo ficar somente pela concretização das formações, ou seja, ficar somente pela sua execução. A avaliação final passará muito pelos resultados obtidos e pela sua disseminação, o que implicará, de acordo com Ângela Pereira, “uma envolvência de mais professores na sua execução”. Unânime, no discurso destas duas professoras, é o reconhecimento da abertura das empresas da região em receber esses alunos estrangeiros. De uma forma generalizada as empresas têm-se mostrado satisfeitas com estas experiências e têm recebido muito bem esses alunos. Curiosamente, Ana Guedes e Ângela Pereira referem que as maiores dificuldades na colocação dos alunos da escola em estágios noutros países passa pela posição dos pais: “Os pais sabem que é uma boa oportunidade mas têm muita dificuldade em aceitar a partida dos seus filhos, um filho ir para a Finlândia durante dois meses é uma “tragédia”, é choro garantido”, como acrescentou Ângela Pereira. O diretor da escola reforçou a boa recetividade com as experiências anteriores: “Quer os alunos quer as famílias percebem que isto é uma oportunidade única e que valoriza muito os seus currículos. É importante terem este tipo de experiências perante os futuros empregadores, nacionais e estrangeiros. Ao nível das empresas da região, que vão acolhendo os alunos estrangeiros, temos tido uma excelente abertura. Nas primeiras abordagens há sempre algumas incertezas, mas no final dos estágios o balanço tem sido sempre positivo para as empresas e mesmo para os seus funcionários”, concluiu José Augusto Araújo. Uma questão sempre problemática é a gestão destes projetos e a lecionação das aulas. A este nível, José Augusto Araújo não antevê qualquer problema: “Existe um plano que será ajustado ao longo do ano de forma a compatibilizar as deslocações ao estrangeiro com o trabalho interno. Para os alunos dos cursos profissionais os estágios nos países estrangeiros coincidirão com os estágios similares, que desenrolarão nas empresas da região onde a escola está inserida e, naturalmente, vamos continuar a receber alunos estrangeiros para terem os seus estágios nas empresas da nossa região”.
NÚMEROS 3 COMENIUS “Towardes a European Citizen (COMTEC)”, entre 2008/2010, dominado pelas questões da cidadania europeia. “The Same Although Different Sky Above Us”, no âmbito da astronomia, entre 2010 e 2012. Nos dois anos letivos seguintes, o “Green Business”, refletindo sobre a sustentabilidade ambiental.
72 ALUNOS, 40 PROFESSORES E 11 PAÍSES São estes os números dos três projetos Comenius referidos acima. Com o desenvolvimento desses projetos desde 2008 até 2014 foram efetuadas 113 mobilidades entre alunos e professores da Escola Secundária, tendo sido efetuadas viagens para 11 países europeus dos seus vários quadrantes geográficos.
18 ESTÁGIOS PROFISSIONAIS Foram 18 os alunos dos cursos profissionais que realizaram, até ao momento, estágios no estrangeiro, integrados no projeto Leonardo Da Vinci, “Meeting the European Challenge” e “Training for International Employability”. Finlândia, Suécia e Estónia têm sido os países de acolhimento dos alunos de Caldas das Taipas.
28 ALUNOS ESTRANGEIROS Em contrapartida, a Escola Secundária de Caldas das Taipas já proporcionou estágios profissionais a 28 alunos provenientes da Finlândia, Suécia e Espanha.
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REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
Taipas SECRETÁRIO DE ESTADO PARA A MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA VISITOU ESPAÇO DO CIDADÃO MAS
Quatro Espaços do Cidadão (Moreira de Cónegos, Nespereira, Ponte e Taipas) que já se encontram em funcionamento,no município de Guimarães receberam, a 30 de Julho, a visita do Secretário de Estado para a Modernização Administrativa, Joaquim Pedro Costa. Nas Taipas, a curta visita de Joaquim Pedro Costa, que esteve acompanhado pelo vereador da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Costa, serviu para se inteirar do funcionamento daquele espaço, numa breve conversa que manteve com Constantino Veiga, presidente da Junta local. No final, em declarações ao Reflexo, Constantino Veiga considerou que o primeiro mês de funcionamento do Espaço do Cidadão “não foi mau, atendendo que há ainda pouca publicidade e foi aberto num mês em que já está muita gente de férias. Julgo que nos próximos meses a afluência terá tendência para aumentar até por força da centralidade que Taipas representa para as freguesias vizinhas”. O presidente da Junta de Caldelas não tem dúvida que este equipamento vai ajuPUBLICIDADE
dar as pessoas, “vai criar a proximidade que eu preconizo há muitos anos. Mais cedo ou mais tarde, a importância deste equipamento vai refletir-se na vida das pessoas. Estou perfeitamente otimista e consciente que esta medida, que o Governo proporcionou aos municípios, não só estava a fazer falta às pessoas da nossa vila como a todas aquelas que assumem Taipas como o seu centro cívico. Esta medida do Governo vem realmente fazer jus à vila das Taipas, como centralidade desta região”. Quanto aos custos que esta iniciativa representa para o orçamento da freguesia, Constantino Veiga entende que “a oferta e a riqueza do serviço que prestamos às pessoas é muito maior que a despesa que possamos vir a ter com a manutenção deste Espaço do Cidadão. A Junta de Freguesia não é um órgão que, por si só, tenha de ter lucro no que faz. O lucro maior que podemos ter é a satisfação das pessoas”. Já quanto à abertura de dezoito Espaços do Cidadão no concelho de Guimarães, o presidente do executivo taipenses
entende ser “uma asneira”. Veiga é da opinião que estes espaços deviam existir nas maiores centralidades, nas vilas concelhias. “E mesmo nessas, não vejo que tivesse de ser em todas. Vejamos o caso das Taipas: que interesse tem ter mais algum espaço destes aqui à volta se as pessoas se deslocam com frequência à vila? Quantas mais pessoas vierem cá, menores serão os custos que a Junta de Freguesia terá com a prestação deste serviço. Seria muito interessante tentarmos estabelecer um equilíbrio entre a oferta de Espaços do Cidadão relativamente ao número de pessoas que possam vir a usufruir desse espaço. Estou convencido que aqueles [12 Espaços do Cidadão] que o Governo inicialmente concedeu para Guimarães, chegavam”, disse sobre o assunto.
NÚMEROS 3 8 19 6 11 1
Carta de Condução (alteração de morada e revalidações) Cartão Europeu (emissão) Portal do Cidadão (alteração morada) Segurança Social (acessos online e passwords) ADSE (entrega de despesas) Netemprego (consulta de ofertas de emprego)
Números relativos aos dois primeiros meses de funcionamento do Espaço do Cidadão das Taipas.
O
PINIÃO
MANUEL RIBEIRO
POR UM REGIME (NOVO) DE INAUGURAÇÕES Num tempo em que se festeja tudo: desde a saída da escola primária – finalistas!, saída do secundário e depois, com mais tradição, a conclusão da universidade, não há quase nada que não seja motivo para que se faça festa. E se isso acontece com as pessoas, com as entidades públicas propagandeou-se o esquema de inaugurar tudo e nada – desde uma calçada, a uma rua, a um edifício. Gerou-se a ideia de que inaugurar é preciso e até já acontecem reinaugurações. Não gosto de inaugurações. Passam a ideia de que a obra foi bem feita; que vai ser um sucesso; que o futuro vai ser melhor. E não gosto pelo aproveitamento pessoal, político/ partidário que costumam delas fazer. E não gosto pelas placas que lá ficam, as mais das vezes se transformam em lixo, com o nome do político circunstante/ inaugurante como se de alguma coisa importante se tratasse, e como se fossem eles os doadores de tal dádiva e não os dinheiros públicos. E não gosto ainda pela personalização, pela fulanização sem sentido que lhe atribuem, característica do decesso e enterrado “Estado Novo”. As inaugurações actuais, refiro-me às inaugurações locais, são uma manifestação propagandística, própria de regimes totalitários em que, na coisa pública, se inscreve o nome de alguém que exerceu o cargo, sempre para o servir e não para ser servido. E não gosto porque incluem uma componente partidária que o cidadão exigente deve rejeitar. As inaugurações supõem o início de uma actividade, de um serviço, de uma função. Só com o decorrer do tempo é que a utilidade, a necessidade, a oportunidade, a racionalidade da obra, do serviço, da função poderá se aferida. Por isso, as inaugurações fazem-me lembrar os festejos antecipados de quem ainda não sabe se vai ganhar: é deitar foguetes antes da festa. É festa pela festa. Pensem em obras realizadas na Madeira e que nunca tiveram qualquer utilidade – e foram “inauguradas”. E neste sentido, as inaugurações públicas são um exemplo de irracionalidade económica, com gastos para o erário público, que se vêm revelando não ter qualquer utilidade. Gosto mais do balanço, da consagração, da constatação de obras que se impuseram e que se revelaram, dentro do desejável, corresponder às necessidades públicas e que nessa medida não necessitarão de ser reformuladas, requalificadas em curto espaço de tempo. Gosto de obras pensadas, ponderadas, de construção lenta e bem estruturadas; gosto de obras em que não haja a urgência de aproveitar os fundos da União Europeia. Gosto de obras que nos enriqueçam e que não sejam factor e causa de empobrecimento.
REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
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Taipas “DAR VIDA À VILA” JUNTOU MAIS DE 30 ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DR
SAMPAIO DA NÓVOA, MANUEL CARVALHO DA SILVA E ANTÓNIO MAGALHÃES NO “CIDADANIAS”
Realizada pelo segundo ano consecutivo, a iniciativa do PS taipense, voltou a cumprir os seus objetivos de dinamizar o comércio e dar visibilidade aos artistas e desportistas locais. Luís Soares, um dos elementos responsáveis por este projeto referiu que, desde o início, “a intenção foi criar uma dinâmica que envolvesse o maior número de pessoas, não só como espectadoras, mas, acima de tudo, como parte integrante da realização do evento”. No final do dia 8 de agosto e após o desenrolar de todas as iniciativas que se foram projetando ao longo da avenida da República, os promotores reconheciam um ultrapassar das expetativas, pois tinha sido superada a envolvência do ano anterior, como PUBLICIDADE
afirmaram, “o envolvimento de mais de trinta estabelecimentos comerciais de ramos diferentes, a participação de mais de 60 modelos, 100 atletas e 20 artistas de rua são a prova da superação do que aconteceu em 2014. Sentimos, efetivamente, que houve grande recetividade e vontade de fazer parte da iniciativa. É indiscutível que o Dar Vida à Vila já se assume como um evento de relevo para as Taipas, sendo, acima de tudo, a prova de que, com vontade, dedicação e envolvimento podemos fazer sempre mais e melhor!”. Tal como sucedeu na primeira edição, para além da animação de rua durante o dia, através de músicos, artistas performativos, dos atletas do Clube de Rope Skiping e aulas livres de-
senvolvidas pela Academia Nokaute, juntou-se a participação do CART e do Club de Ténis de Mesa das Taipas, cumprindo-se deste modo, como acrescentou Luís Soares, “o propósito de envolver cada mais coletividades nesta iniciativa que se quer de todos e para todos”. A animação diurna culminou com o cortejo de charretes, que atraiu muitos espectadores. Para a noite estava preparado mais um desfile de moda que envolveu nove lojas de pronto a vestir, dois salões de cabeleireiro e quatro maquilhadoras. O desfile de moda, tal como aconteceu no ano anterior, viria a encerrar esta segunda edição do “Dar Vida à Vila”, que juntou muitos espetadores e uma forte envolvência dos lojistas e modelos.
António Magalhães, António Sampaio da Nóvoa e Manuel Carvalho da Silva farão parte do painel do seminário “Cidadanias”, organizado pelo quarto ano consecutivo pelo Núcleo de Estudos 25 de Abril (NE25A), em parceria com o Centro de Formação Francisco de Holanda (CFFH). Este encontro decorrerá a 19 de setembro, na Escola Secundária das Taipas, a partir das 9 horas, tendo como pano de fundo o tema “Portugal, a Europa e o Mundo”. A moderação estará a cargo de Francisca Abreu. António Magalhães foi presidente da Câmara Municipal de Guimarães desde as eleições de dezembro de 1989 até às últimas autárquicas realizadas a 29 de setembro de 2013. Nestas, Domingos Bragança passou a ser o novo presidente da autarquia vimaranense e António Magalhães foi eleito presidente da Assembleia Municipal. António Sampaio da Nóvoa
é um dos candidatos às próximas eleições para Presidente da República de 2016. Nasceu em Valença, a 12 de dezembro de 1954. Doutorou-se em Ciências da Educação e em História, tendo construído a sua carreira académica na Universidade de Lisboa, onde viria a ser reitor. Manuel Carvalho da Silva é natural de Barcelos e estudou na Escola Industrial Carlos Amarante, em Braga, onde terminou o Curso Industrial de Montador Electricista. Passou pela Chromolit Portugal, licenciou-se em Sociologia e viria a completar o doutoramento na mesma área no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. Coordena a delegação do CES em Lisboa e é professor catedrático convidado da Universidade Lusófona. Foi secretário-geral da CGTP-IN, durante 25 anos, entre 1986 e 2011. As inscrições podem ser feitas através do blogue do NE25A ou na página do CFFH.
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REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
Taipas CÂNDIDO CAPELA DIAS RETOMARÁ O SEU LUGAR NA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA ARQUIVO REFLEXO
Instado sobre a sua ausência nas últimas sessões da Assembleia de Freguesia, nas quais foi substituído por Gildásio Ferreira, Cândido Capela Dias revelou que tem faltado por motivos pessoais, que nunca esteve em causa pedir a renúncia do mandato e que está preparado para reassumir o lugar para o qual foi eleito. Neste período de ausência, o deputado da CDU esteve atento ao que se tem passado no concelho e ao que se está a passar na vila. “Estive ausente por motivos pessoais. Nada teve a ver com qualquer posição política. A CDU taipense mantém-se unida, não tenho qualquer divergência política e enquanto o partido quiser que seja candidato estarei disponível”, foi desta forma que Capela Dias clarificou o que se tem passado na CDU taipense, sendo proPUBLICIDADE
vável, como acrescentou, que retome o seu lugar na próxima Assembleia de Freguesia. Sobre as relações entre o executivo taipense e a Câmara Municipal de Guimarães, revela ter dúvidas sobre se alguma coisa mudou: “não sei se existe a tal consonância entre Guimarães e Taipas como se ouve falar. Não sei se não passam de boas intenções ou simples declarações”. Entende que a Junta das Taipas “não é homogénea” e que essa situação contribui para que “não haja sintonia perfeita” com a Câmara Municipal, “há pedras no sapato e enquanto estas existirem, dificilmente há confiança, ou condições para se avançar para o que quer que seja”. Recorda que essas desconfianças vêm sobretudo do passado, mas que “quem pensou que a mudança de presidente de Câmara
significaria uma alteração significativa profunda no lidar com as freguesias, fez uma análise muito apressada”. Capela Dias é também crítico para com aqueles que ainda alimentam a questão da autodeterminação: “nas Taipas parece que todos beberam da Água do Leão e ficaram imbuídos num certo espírito de independência. Pisaramse riscos que não se devem pisar, de um lado e do outro. Sempre disse que a forma como a Câmara lidava com as Taipas era como deitar lenha para uma fogueira. Quando vinham com o exemplo de Vizela para não fazerem nas Taipas, achava ridículo”. Por outro lado, como acrescentou, “ninguém se esquece que Constantino Veiga disse que punha pneus a arder na ponte. Quem pensa que por ter mudado um dos protagonistas resolvia a questão, está enganado”.
Capela Dias vai mais longe, clarificando a sua ideia de que a Junta não é homogénea, Capela Dias referiu que, no seu interior, “há gente que não pensa da mesma maneira. Há gente que sabe manter a acesa a ideia do concelho dentro de determinados parâmetros, enquanto outros acham que é por falar alto ou por pôr os tais pneus a arder ou com declarações do mesmo teor do ex-presidente da Câmara, quando disse que quem lhe atira uma pedrinha leva como resposta um penedo. Quando se atinge este patamar é difícil haver diálogo e haver respeito”. Questionado sobre uma eventual mudança de posição da CDU face à Junta de Freguesia de Caldelas, desde que Gildásio Ferreira marcou presença nas assembleias de freguesia, Capela Dias afirma que nada mudou. Recuou no tempo para recordar como foi estabelecido o acordo de viabilização do executivo de Constantino Veiga: “o acordo que foi celebrado entre o PSD e a CDU, para a viabilização da Junta de Freguesia de Caldelas, foi a nível de Guimarães porque a nível de Caldas das Taipas não era conseguido, basta ver as assinaturas que estão no documento, não tem ninguém do PSD das Taipas. As assinaturas são de Cândido Capela Dias e de André Coelho Lima, isto é público. A CDU assumiu o problema, o PSD é que não, pois esse partido tinha duas posições, a de Guimarães e a das Taipas e o PSD de Guimarães teve de se sobrepor ao PSD das Taipas”. Capela Dias não deixou de fora a posição do PS taipense nessa altura: “a CDU entendeu que quem ganhou as eleições deveria ter condições para exercer o poder, respeitando a vontade dos taipenses. Quem não queria respeitar essa vontade andou a
fazer propostas para afastar o PSD da Junta, queriam ganhar sendo minoria”. Da atual situação política, Capela Dias não tem dúvidas que “Constantino Veiga é mais problema do que solução, para o próprio PSD e ainda muito mais para as Taipas. É um populista, digam-me um problema concreto que tenha resolvido? Nenhum.”. Questionado sobre se as eleições antecipadas resolveriam o problema, o deputado da CDU refere que o “PS jogou com essa possibilidade e curiosamente o PSD também (o PSD/Constantino), tentando imputar a responsabilidade de não haver Junta para o adversário, numa política de desgaste. Quem iria pagar seria a freguesia. A nossa posição foi de quem ganhou tem de governar, respeitando os eleitores. Só aceitaríamos entrar na Junta se esta fosse tripartida”. Sobre qual o caminho a seguir para as Taipas e o seu papel no concelho, Cândido Capela Dias deu o exemplo do turismo e questionou se esta região reúne ou não características diferenciadoras do turismo da vertente mais cultural que domina na cidade. Fica preocupado quando essa discussão se limita nas Taipas “ao turismo ou cutelarias”, concluindo que as “Taipas é uma terra que tem excelentes condições mas não as sabe aproveitar. Criou-se a ideia de ´ilha´ para as Taipas, que vive isolada e assume o papel do ´patinho feio´, todos lhe querem mal e isso não é verdade. As Taipas tem de ser a primeira a dizer que quer participar e fazer valer os seus direitos e fazer-se respeitar. Taipas tem razão de queixa de Guimarães, reconheço, mas temos de nos dar ao respeito. O discurso dos pneus alimenta algum ego de algumas pessoas mas essas só se podem queixar delas próprias”.
REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015 10
Taipas PIRES DE LIMA NA INAUGURAÇÃO DAS OBRAS DE RENOVAÇÃO DAS TERMAS DE CALDAS DAS TAIPAS NOVA DESCARGA NO RIO AVE
O Ministro da Economia, Pires de Lima, marcará presença na cerimónia de inauguração da recuperação do património das Termas das Taipas, agendada para 4 de setembro. A Cooperativa Taipas Turitermas, cujo capital social é detido, na sua maioria, pela Câmara Municipal de Guimarães, já concluiu a recuperação do balneário termal, bem como, a construção de novos espaços dedicados à área da saúde e medicina desportiva. A inauguração desta obra, cujo investimento ultrapassou os 4 milhões de euros, está agendada para as 18 horas do próximo dia 4 de setembro e contará com a presença do Ministro da Economia, António Pires de Lima, bem como, do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança e do Presidente da PUBLICIDADE
Direção da Cooperativa termal, Ricardo Costa. As Termas das Taipas são uma estância termal, cujas águas possuem indicações terapêuticas associadas ao tratamento de afeções das vias aéreas superiores do aparelho respiratório, patologias reumáticas, músculares, esqueléticas e da pele, que conjuga a tradicional vertente clássica do termalismo com uma recente vertente de bem-estar. No mesmo dia será apresentada a nova imagem corporativa que a Taipas Turitermas passará a adotar a partir dessa data, num trabalho coordenado pelo designer Eduardo Aires,
responsável pela nova imagem identitária da cidade do Porto, entre outros. Tratando-se de um “projeto de referência, voltado para a população”, a Direção da Cooperativa Taipas Turitermas lança o convite a toda a comunidade local para que marque presença no dia da inauguração, que contemplará uma visita guiada às novas instalações. A Taipas Turitermas dá ainda conta, em nota de imprensa, de ter lançado o convite a diversas figuras de relevo no desporto vimaranense, casos de Fernando Meira (ex-internacional da Seleção Portuguesa de Futebol), Pedro Mendes (ex-internacional da
Seleção Portuguesa de Futebol), Miguel Leal (treinador do Moreirense), José Pereira (Presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol), Alan Cocato (treinador de voleibol do Vitória), Dulce Félix (Atletismo), Rui Bragança (Taekwondo), Pedro Meireles (Campeão Nacional de Ralis), entre outros. A soprano taipense, Elisabete Matos, recentemente distinguida com a Medalha de Mérito Cultural, no Teatro Nacional de S. Carlos e nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, também está entre o vasto leque de personalidades convidadas a assistir à cerimónia de inauguração.
A água do rio Ave voltou a mudar de cor durante na madrugada do passado dia 28 de agosto. O alerta foi dado às entidades competentes, nomeadamente ao Serviço de Proteção da Natureza da GNR, logo pelas primeiras horas da manhã daquela sexta-feira e que, de imediato, se colocaram no terreno para identificar os alegados autores de nova descarga. Após as necessárias averiguações, a empresa prevaricadora parece já estar identificada e devidamente autuada. Dada a ausência de chuva e ao facto das águas do rio Ave estarem praticamente paradas, a referida descarga só foi visível na sua passagem pelas Taipas, no domingo, 30 de agosto, dois dias depois da ocorrência.
ENCONTRO DE VESPAS E AFINS NO DIA 19 DE SETEMBRO
Numa organização que junta algumas associações, e com o apoio de algumas empresas, está marcado um passeio de Vespas e de outros veículos motorizados similares, para o dia 19 de setembro. O ponto de encontro, marcado para as 9.30 horas, será na Avenida da República, nas Caldas das Taipas, com as inscrições, grátis, a serem efetuadas no salão de chá Avô João. No momento da inscrição, os interessados poderão reservar o almoço, em local ainda a definir. A organização pretende com este passeio “tirar um pouco o pó” às Vespas e que os motards desfrutem de uma agradável viagem.
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REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
Região CASTRO SABROSO PODERÁ TER SIDO HABITADO POR UMA ELITE NA “IDADE DO FERRO” PAULO DUMAS
A Sociedade Martins Sarmento desenvolveu nos últimos meses uma operação de limpeza no Castro Sabroso e iniciou uma escavação arqueológica do sítio arqueológico . Numa visita guiada, no passado dia 30 de Julho, foi possível perceber o trabalho que está a ser desenvolvido no Castro Sabroso, na freguesia de Sande (S. Lourenço), que lança novas luzes sobre a importância que o castro teria, há 2200 anos. Para esta operação de limpeza e exploração do castro a SMS contou com o apoio da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho e da União de Freguesias de Sande (S. Lourenço) e Balazar. Contou também com o apoio técnico e logístico do Município de Guimarães e da Casa do Povo de Briteiros. Suspeita-se que no Castro Sabroso, a poucos metros da Citânia de Briteiros, que se avista dali, tenha estado instalada uma povoação fortificada, onde residiria uma importante personalidade da sociedade da época, na denominada “Idade do Ferro”. A limpeza do alto do Monte do Coto deixou a descoberto um conjunto de vestígios de construções circulares à semelhança das que se encontram também na PUBLICIDADE
Citânia de Briteiros. Há, contudo, um aspecto que tem levantado algumas questões aos arqueólogos: o interior de uma destas estruturas circulares é composto por um lajeado em pedra, algo pouco vulgar nas construções da época. Esta construção é única, tanto no Castro de Sabroso, como na Citânia de Briteiros. Esta evidência, além da profunda muralha, leva os arqueólogos a supor que alguém de uma posição hierarquica superior terá estado ali instalada. O Castro de Sabroso tem sido alvo de escavações arqueológicas e o sítio tem sido limpo, tornando visível vestígios de uma muralha com quatro metros de espessura. O sítio foi explorado pelo arqueólogo Martins Sarmento em 1877 e foi classificado como Monumento Nacional, em 1910. A limpeza e desmatação tem posto a descoberto vestígios do que seriam unidades habitacionais de uma primeira fase de ocupação. As casas do interior do castro eram feitas em materiais perecíveis – cabanas construídas com madeira, argila e com palha.
O arqueólogo Christopher Hawkes, que estudou o Castro Sabroso em meados do século XX, defendia que as casas em pedra seriam de ocupações posteriores à primeira, podendo o castro ter sido habitado em quatro momentos diferentes. Os perímetros de muralhas que é possível identificar, poderão corresponder às várias ocupações, sendo que da primeira ocupação fará parte o maior número de habitações. Dos vestígios visíveis é possível verificar como se organizava o território, entre as várias famílias que ocupavam o castro, aquilo a que os arqueólogos chamam de unidades familiares ou unidades domésticas. As construções tinham um vestíbulo e a sua planta formava dois semicírculos, que se abriam para um pátio lajeado, um destes conjuntos está orientado para a citânia de Briteiros. Calcula-se que no Castro Sabroso chegaram a coabitar dez famílias, sendo possível identificar dez unidades familiares. Foi possível identificar os
locais das escavações anteriores, feitas por Martins Sarmento e por Christopher Hawkes, assim como as respectivas escombreiras, isto é, os locais onde eram depositados os detritos retirados das escavações. As técnicas de escavação da altura dessas escavações, no século XIX, não tinham os mesmos cuidados das escavações dos dias de hoje, que são muito minuciosas na análise dos escombros. Por isso, é possível que nas escombreiras das escavações de Sarmento e de Hawkes haja artefactos arqueológicos relevantes. No processo de limpeza do castro, estão a ser mantidas as espécies vegetais nativas, como os sobreiros e os carvalhos. O Monte do Coto e as florestas adjacentes sofreram um incêndio em 2013, que danificou algumas estruturas de pedra, que não resistiram às elevadas temperaturas. Também a vegetação foi completamente queimada nessa altura. Desde o incêndio que as mimosas e os eucaliptos foram tomando conta do terreno. São estes rebentos que estão a ser retirados. Alguns sobreiros que resistiram ao incêndio estão de novo a rebentar. No plano de restauro do castro, está prevista a plantação de novas árvores, que têm um papel importante na consolidação do terreno inclinado, minimizando os efeitos da erosão, além de combaterem o aparecimento de espécies invasoras, como as mimosas e os eucaliptos. O Castro Sabroso faz parte de um sistema de castros existente na sua envolvente. Uma grande parte destes castros estão sinalizados, mas nunca foram escavados. Sabroso tem particular ligação com a Citânia de Briteiros. Esta relação leva a supor que ambos os castros (Sabroso e Citânia de Briteiros) faziam parte de tribos com alguma familiaridade entre si, ou seja, não eram ocupados por tribos inimigas.
O
PINIÃO
C Â N D I D O CA P E L A D I A S
AS MÃOS DE PILATOS ESTAVAM MANCHADAS Com mais pompa do que circunstância, as estações de televisão anunciaram que não haverá o anunciado debate entre os partidos, por falta de acordo da parte destes. Com este passe de magia, as televisões quiseram apresentar-se de mãos lavadas, atirando as culpas para todos os partidos com assento parlamentar, o que é uma grande mistificação. É uma grande mistificação, porque faz passar a ideia que todos os partidos recusaram o debate, quando isso não é verdade. Partidos houve que estavam disponíveis para debater e partidos houve que introduziram pontos de discórdia que quebraram o consenso. As regras para a cobertura televisiva da campanha eleitoral foram amplamente debatidas, tendo sido alteradas não no sentido de fomentar o pluralismo, a isenção e a imparcialidade da cobertura noticiosa ou informativa, mas no sentido de legalizar uma antiga aspiração da direita partidária, que mais uma vez contou com a cumplicidade dos socialistas, de levar a cabo confrontos políticopartidários com base no peso eleitoral alcançado no passado pelos partidos, ou, ainda mais grave, a partir das indicações obtidas nas sondagens, ou, pior ainda, com base no senso comum, no pensar do “homem da rua”. Nesse processo de formação das novas regras sempre se falou das candidaturas e nunca dos partidos, como recordou o semanário “Expresso”, exactamente para vincar que os debates seria liderados por um representante de uma candidatura, assuma ela a forma de um partido ou de uma aliança de partidos ou coligações. Ao argumentar que o CDS queria participar no debate, o que de facto se estava a dizer é que o debate deixava de ser entre candidaturas e passava a ser entre partidos, o que iria ao arrepio do consenso gerado durante a fase de discussão da lei, o que abona pouco a favor de quem nega o que antes acordara, além de que, do ponto de vista puramente matemático, multiplicava o tempo do governo que, por uma manobra de contorcionismo circense, estaria representado por dois defensores das suas políticas, uma vez que ninguém duvida que o grande tema do debate seria o julgamento da prática política do governo, do que prometeu e do que fez ou não fez. Ao desistirem do debate, as televisões puseram-se do lado de quem fez a birra. Em linguagem futeboleira dir-se-ia que as televisões beneficiaram o infractor, o que é injusto. Por isso se diz que as televisões fizeram o frete ao governo, demonstrando o quanto estão ao serviço dele. Há uns anos, a BBC passou por uma situação idêntica: quis promover um debate entre vários partidos ingleses e houve quem o boicotasse, com argumentos ridículos que não colhiam. A BBC não desistiu, não cedeu, o debate fezse com quem quis debater. Esta deveria ter sido a posição das tvs portugueses, mas não foi. E não só fizeram o frete como contribuem para que na opinião pública fique a ideia de que todos os partidos têm culpas, branqueando a atitude birrenta do CDS e o taticismo cúmplice do PSD, ao mesmo tempo que ignoraram deliberadamente a disponibilidade do PCP. Esta fretada serve os interesses do governo, serve os interesses do PSD e do CDS, mais interessados em que se fale de cartazes abaixo e acima do que em analisar as consequências económicas, financeiras e sociais dos quatro anos da sua governação a favor dos ricos e contra os pobres. Pensem nisto e julgueos você, caro leitor. E vote, castigando quem merece e premiando quem sempre esta ao seu lado.
REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015 12
Região “SUAVE FEST” JUNTA PROJECTOS EMERGENTES DA MÚSICA E DO TEATRO DR
ANGEL OLSEN E MANEL CRUZ NO “MANTA”, EM ANO DE DÉCIMO ANIVERSÁRIO DO CCVF CAIT FAHLEY
OS EQUATIONS ENCERRAM AS TRÊS NOITES DE CONCERTOS DO SUAVE FEST
Após uma primeira edição em 2014, que correspondeu às expectativas da organização, realiza-se em Guimarães, entre os dias 10 e 12 de Setembro, a segunda edição do Suave Fest. O Suave Fest juntará, nos três dias em que decorre, a música de projectos nacionais emergentes e apresentações de grupos de teatro, numa tentativa de criar um certame multidisciplinar, que agregue diversos domínios artísticos. Este é de resto uma das novidades da edição de 2015 do Suave Fest – a conjugação de projectos de música e teatro. José Manuel Gomes, responsável pela programação do Suave Fest, fala numa “ponte com a cidade”, através da apresentação de projectos oriundos de Guimarães, como é o caso dos Toulouse e dos Paraguaii, no caso da música; e do grupo de teatro Cete, no caso do teatro. Todas as apresentações e concertos serão de entrada livre. O programa do Suave Fest terá início no dia 10 de Setembro, às 22 horas. Neste primeiro dia tocará Captain Boy e a estreia absoluta dos Leviatã, projecto do qual fazem parte Marco Duarte e Bernardo Barbosa, este último é também uma parte dos Ermo. Os Leviatã lançaram em Fevereiro deste ano um EP de estreia, com quatro temas, onde se desenham “paisagens
sonoras”, com recurso à “colagem de sons”. Captain Boy é o projecto do vimaranense Pedro Ribeiro, que tocou recentemente no festival Super Rock, em Lisboa, no dia 18 de Julho e que lançou o EP homónimo, que foi lançado em formato digital pela Universal Music. Captain Boy foi um dos três projectos escolhidos, num universo de 1200 inscritos na plataforma Tadiio – um projecto inovador português que aproxima novos talentos da música dos promotores de editoras e de agenciamento. O segundo dia do Suave Fest começa às 21 horas, com a apresentação de “Anjo da Guarda”, pelo Grupo de Teatro Napalm, do Porto. No que à música respeita, o alinhamento para sexta-feira, 11 de Setembro, conta com concertos de: The Sunflowers (21.30h); Paraguaii (22.30h); Imploding Stars (23.30h); e a fechar a noite o projecto PISTA. Os primeiros da noite vêm do Porto e apresentamse como praticantes de rock “rápido, alto, desleixado e sujo”. Os adjectivos são dos próprios. A seguir tocam os Paraguaii, de Guimarães, que deixaram muitos ouvintes em suspenso, depois de um EP,
lançado na primeira metade de 2015. Os Imploding Stars partiram no final de 2014 para uma viagem pela via láctea e têm andado um pouco por todo o país a mostrar o seu álbum A Mountain And A Tree. É vê-los em Guimarães, qual meteorito a passar uma tangente na atmosfera terrestre. A série de concertos fica concluída com os PISTA. O último dos três dias do Suave Fest é o mais preenchido. Ao todo são duas peças de teatro, três concertos e um dj set. O dia de encerramento começa às 18 horas, com a apresentação de “Partido do Binho”, por Nuno Meireles, seguido de “Rua Deserta”, pelo grupo de teatro Cete. Os concertos começam novamente às 21.30 horas com os locais Toulouse, que tocaram nos concertos da vila, antes do festival de Paredes de Coura. Seguem-se Juba e os portuenses Equations, que lançaram no início deste ano o álbum Hightower. O encerramento do Suave Fest de 2015 será feito ao som do Bazuuca Som Sistema. O Suave Fest é uma organização da associação Convívio, de Guimarães, e acontecerá no Largo da Misericórdia, junto ao edifício sede daquela associação.
ANGEL OLSEN OCUPA O PALCO DO JARDIM DO CCVF NO SEGUNDO DIA DO MANTA 2015
A 4 e 5 de Setembro, os jardins do Centro Cultural Vila Flor voltam a acolher dois concertos integrados no “Manta”. Manel Cruz toca na sexta-feira, no dia 4 de setembro, às 22.30 horas e irá apresentar o seu trabalho “Estação de Serviço”, momento de intervalo entre projetos, onde o próprio autor misturou o passado, o presente e se perspetiva o que poderá ser o seu futuro. Manel Cruz refere que em “Estação de Serviço”, imperou a vontade “de torcer as músicas, mexerlhes e brincar com elas”. PUBLICIDADE
Seguindo a linha de programação dos últimos anos, as propostas desta edição de 2015 repartem atenções entre o plano nacional e internacional. Assim, na noite seguinte, sábado, Angel Olsen visita o CCVF, após o lançamento, em 2014, do muito reconhecido e aplaudido Burn Your Fire For No Witness. Angel Olsen regressa a Portugal, agora a solo, depois de já ter atuado no Teatro Maria Matos, em Lisboa, integrada na banda que acompanhou Bonnie “Prince” Billy. A edição de 2015 do
“Manta” abre a nova temporada cultural e dá também início à celebração dos 10 anos de vida do Centro Cultural Vila Flor. A organização refere que se trata de “um momento simbólico e importante, que representa a visão de um investimento da cidade, consolidado em património material identitário desse olhar contemporâneo que caracteriza Guimarães no séc. XXI”. Duas noites a não perder, com entrada livre e chegando cedo ainda arranja uma manta para se sentar na relva dos jardins do Vila Flor.
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REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
Região RESTAURO DE 5,7 KM DA V.I.M. DENTRO DO CONCELHO DE GUIMARÃES
INFOGRAFIA REFLEXO
APOSTA NA TECNOLOGIA LED PARA LEVAR LUZ A TODAS AS FREGUESIAS DO CONCELHO DR
Uma intervenção que vem sendo reclamada há várias décadas. A via intermunicipal foi um projecto promovido pela AMAVE no início dos anos 1990. De via estruturante passou a ser um verdadeiro 'puzzle' na região. As obras deverão estar concluídas no início do próximo ano. O procedimento concursal teve início no início do ano e o custo da adjudicação ronda os dois milhões de euros. As obras incluem a colocação de um pavimento, que minimiza o ruído, e de separadores centrais. Serão construídos passeios para peões nas áreas mais urbanizadas e serão tratados os sistemas de drenagem das águas. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães acredita que, com esta intervenção, se possa “reduzir a sinistralidade, devolver a segurança e criar condições para diminuir drasticamente a possibilidade de acidente”, no troço de estrada da V.I.M. referente a Guimarães. A Via Intermunicipal (V.I.M.), construída por iniciativa da Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE) em 1994, tem sido uma dor de cabeça para os autarcas dos municípios por onde passa esta via, que liga Joane, no concelho de Vila Nova de Famalicão, a Vizela. A obra, uma das bandeiras PUBLICIDADE
da AMAVE, foi financiada pelos fundos comunitários e pelos municípios que faziam parte desta associação. Esperava-se que esta se tornasse estruturante do território da região. Esta via serviria de alternativa a várias estradas municipais e facilitava a articulação com o nó da auto-estrada em Serzedelo. Com a sua construção em 1994, a verdade é a que a V.I.M. passou a ser utilizada por milhares de utilizadores diariamente. Tal, veio acelerar o processo de desgaste da via e o aumento da sinistralidade. Nos inícios do novo milénio o desgaste da V.I.M. já obrigava a intervenções e o Conselho de Administração da AMAVE esperava que a manutenção fosse conseguida através de “estabelecimento de parcerias locais, nomeadamente com Juntas de Freguesias”, assim como do Governo. A AMAVE mostrava-se impotente para resolver o problema. Em 2010, o entender desta associação de municípios era o de que deveria
ser o Estado a assumir a gestão da via, dadas as suas características. As propostas da AMAVE passavam por tentar com que o Governo integrasse a V.I.M. na rede nacional de estradas ou torná-la numa SCUT, de acordo com declarações ao JN, em Fevereiro de 2010, do então administrador Castro Fernandes, também presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. As Câmaras Municipais que integravam a AMAVE nunca se entenderam. Uns autarcas defendiam que a solução deveria passar por cada município assumir a manutenção da via dentro dos seus respectivos territórios; outros, porém, defendiam que deveria ser o Governo a assumir os custos de manutenção da via. António Magalhães estava no primeiro dos grupos e chegou a anunciar obras na via. O problema ficou definitivamente órfão com a ambiguidade do papel da AMAVE, depois da criação das Comunidades Intermunicipais e em particular da C.I.M. do Ave.
A Câmara Municipal de Guimarães vai ligar novamente todos os pontos de luz nas freguesias, no âmbito do plano de remodelação da rede de iluminação pública no concelho, que passará a utilizar tecnologia LED até ao final de 2017. Recorde-se que, nesse ano, será apresentada a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020. Domingos Bragança anunciou a decisão de restabelecer a totalidade da iluminação pública nas 48 freguesias, acabando com o procedimento pré-programado em determinados locais onde um em cada dois pontos de luz estava desligado: “A instalação da tecnologia LED permitirá uma poupança de energia e, sem gastarmos mais, será possível todos os locais terem as lâmpadas ligadas, reforçando em alguns casos a intensidade da iluminação. Esta preocupação em mudar todas as luminárias existentes por uma lâmpada que reduz o consumo de energia significa, também, melhor
ambiente”, realçou o Presidente da Câmara de Guimarães. Além da implementação de lâmpadas de baixo consumo, o Município irá avançar igualmente com uma reestruturação de pontos de iluminação, articulando essa tarefa com os Presidentes de Junta de Freguesia, adotando medidas tendentes a melhorar a eficiência energética na rede de iluminação pública do concelho. Gradualmente, todos os locais vão ter as lâmpadas ligadas. Com um investimento global de cerca de 10 milhões de euros, a intenção da Câmara Municipal de Guimarães e da EDP resultará na substituição de 37 mil luminárias em todo o concelho, abrangendo inicialmente o território citadino, seguindo-se as vilas e todas as freguesias do concelho, o que permitirá uma taxa de poupança nos consumos energéticos na ordem dos 60% e uma redução efetiva da percentagem de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.
REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015 14
Região
UM BARCO ROCK FEST CHEIO PARA VER CONCERTO DE JORGE PALMA PAULO DUMAS
PRÁTICA DESPORTIVA REGULAR AFIRMA-SE COMO HÁBITO SAUDÁVEL
Os concertos de arranque da nona edição do Barco Rock Fest foram feitos com a “prata da casa”. Aos Camel Toy coube a tarefa, sempre ingrata, de chamar o público para perto do palco, enquanto libertavam a sua sonoridade sónica mais agressiva, a fazer lembrar bandas de outras bandas, como os Iceage ou Veronica Falls. Os The Wild Booze apresentaram-se ao nível de uma banda que se habituou não temer grandes palcos, mostrando-se fiel a si própria. Os concertos terminaram com os First Breath After Coma, que vieram substituir os Plus Ultra, que cancelaram o concerto na véspera devido ao um acidente sofrido pelo seu baterista. Poderão ter sido vários os motivos que poderão explicar a dispersão do público – talvez o frio; talvez a expectativa de ouvir outra banda, que não aquela. Independentemente do público que assistia ao concerto, o colectivo de Leiria aguentou-se sem se deixar afectar. A terminar o programa de quinta em Barco, Le Gabiru fez o corolário desta primeira noite do Barco Rock Fest, com um DJ set com a a etiqueta indisfarçável do rock ‘n’ roll. Na versão de 2015, a MAT Brass Band juntou quinze músicos, vindos de várias paragens, deu o toque de partida nos concertos de sexta-feira. Alguns standards da música popular ganharam novas roupagens – ‘Helter Skelter’, dos Beatles; ‘Feeling Good’, um clássico de Nina Simone. PUBLICIDADE
Os Paraguaii espalharam sons de guitarras disfarçadas por doses elevadas de reverb e delay, suportadas por uma secção rítmica sólida e por teclados que, a espaços, sugeriam as trips psicadélicas de outros tempos. O número seguinte prometia acelerar tempo do ritmo com Da Chick. A expectativa era uma nova viagem, desta feita pelo disco-funk, que os sintetizadores DX7 trouxeram àqueles géneros nos anos 80s. Da Chick perguntou se o público estava pronto para o funk. Este respondeu que sim e o concerto fluiu, com o abanar dos corpos ao ritmo das batidas. Enquanto a equipa de White Haus montava a extensa parafernália de instrumentos, algum público acabou mesmo por desistir perante o frio. João Vieira e companhia não conseguiram recuperar o entusiasmo do público. Para a noite de sábado estavam reservados os nomes mais populares do cartaz de 2015 do Barco Rock Fest, o que se reflectiu na forma como o recinto se compôs de público. A noite começou com os regressados smartini que, apesar do tempo contado com que iniciaram o concerto, não deixaram de mostrar a entrega que se lhes conhece. Um regresso que vinha sendo anunciado e que teve no palco do Barco Rock Fest o cenário ideal. O quarteto mantém a sua formação original e por isso a sonoridade mantém a toada sónica que caracteriza a banda das Caldas das Taipas.
Segundo disco aguarda-se. A seguir uns relaxados Keep Razors Sharp distenderam o seu indie rock lânguido sem grandes contornos relativamente ao se pode ouvir no disco homónimo da banda. Nada contra, apenas se pedia um maior sentido de espectáculo para além da estrita fórmula de concerto para gente sentada. Quem acabou por criar mais surpresa terá sido mesmo André Indiana – nome desconhecido para uma grande parte do público. André Indiana dividiu opiniões – houve quem gostasse da fórmula clássica do rock ‘n’roll, sem grandes esforços para fugir aos seus cânones; por outro lado, por parte dos mais informados, houve quem se queixasse da exploração do cliché da estrela do rock que André Indiana tem procurado conquistar. Para encerrar a noite de sábado em Barco, Jorge Palma agarrou o muito público que ali estava para o ver cantar e para cantar com ele, principalmente as canções intemporais que farão com que Palma mantenha, de forma perene, o seu lugar muito próprio na história dos “filhos do rock”. “Estamos todos no mesmo barco” disse Palma a dada altura. Mais à frente cantou “enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar”. Parece não ser nada, mas estas expressões, conjugadas, dirão muito sobre o que poderá ser o futuro do festival vimaranense, a navegar desde 2006.
Da amostra de 41 leitores que votaram no inquérito do Reflexo Digital, uma boa parte (39%) não tem por hábito praticar qualquer modalidade desportiva. Os médicos aconselham a prática desportiva regular para evitar vários problemas de saúde. Um indivíduo de estatura média, com cerca de 1,70 metros de altura e um peso a rondar os 70 quilos deverá praticar exercício físico três vezes por semana. De acordo com os dados da nossa amostra 32% dos nossos leitores tem uma prática desportiva regular, isto é três ou mais vezes por semana. Cerca de 29% pratica uma ou duas vezes, o que pode não ser mau, uma vez que a regularidade da prática desportiva pode variar em função da estatura
física ou de condicionantes do estado de saúde do indivíduo. DEZ ANOS DE CCVF Em Setembro o Centro Cultural Vila Flor completa dez anos de existência e de actividade ao serviço da cultura. A cidade e o concelho de Guimarães passaram a contar com um equipamento com escala e meios técnicos suficientes para receber alguns eventos que apenas poderiam ser vistos em Lisboa ou no Porto. A propósito do seu décimo aniversário, auscultamos os nossos leitores sobre se costumam visitar regularmente o CCVF para as várias actividades que lá acontecem, exposições, concertos, apresentações de teatro, dança ou outros.
QUANTAS VEZES POR SEMANA PRATICA EXERCÍCIO FÍSICO? TRÊS VEZES 9,8%
MAIS DE TRÊS VEZES 22,0%
DUAS VEZES 12,2% UMA VEZ 17,1%
NÃO FAZ EXERCÍCIO 39,0%
REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015 16
Temático SAÚDE Cuidar de Pessoas Dependentes e Idosos MARIA JOÃO MACEDO MÉDICA INTERNA DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR DE RONFE
O cuidador do doente dependente é aquele que cuida de uma pessoa que perdeu a capacidade para se bastar si própria e que precisa de ajuda para atividades diárias como tomar banho e comer. Na maioria dos casos, a pessoa dependente encontra-se debilitada, fragilizada e precisa de apoio, paciência e compreensão. Este artigo pretende ajudar o cuidador do doente dependente nas situações mais frequentes do diaa-dia. Os cuidados com a higiene, alimentação e locomoção (transporte) são fundamentais para evitar infeções e complicações que piorem o estado do doente. Esses cuidados podem ser difíceis de prestar quando não somos enfermeiros, médicos ou outros profissionais de saúde. 1. CUIDADOR A presença de um doente com necessidade de ajuda permanente em casa, altera bastante o dia-adia do cuidador. Este pode sentir cansaço físico e emocional, medo do sofrimento, da dor e da morte. Existe uma grande pressão social e financeira que o fazem sentir mais sobrecarregado, podendo sentir que é difícil lidar com a situação. Estes sentimentos são normais e frequentes, pois é uma situação que exige muito esforço físico e psicológico. Por isso é importante que o cuidador peça e aceite ajuda de outras pessoas sejam elas amigos, vizinhos ou familiares. Estes podem ajudar a cozinhar, limpar, fazer companhia ao doente ou tomar conta de crianças. Para desanuviar o stress e aliviar o cuidador, pode ajudar falar com alguém de confiança sobre os seus sentimentos e preocupações. 2. HIGIENE O banho é essencial e proporciona conforto físico e emocional. O paciente deve escolher a melhor hora para seu banho. Se o movimento causar dor pode ser oferecida a medicação para as dores meia hora antes do banho. Quando o doente consegue tomar banho só, deve-se organizar o material necessário e
coloca-lo próximo dele, mas não se deve deixá-lo sozinho pois pode precisar de ajuda! Se o doente não conseguir tomar banho sozinho deve ser ajudado a tomar banho na casa de banho ou na cama, mantendo uma temperatura agradável no quarto e sem correntes de ar. O material necessário deve ser organizado e colocado perto. As mãos devem ser lavadas antes de se prestar qualquer cuidado. O banho deve ser iniciado pelo rosto prosseguindo até aos pés, destapando, lavando e secando uma parte do corpo de cada vez. O doente deve virar-se de lado para lhe lavar as costas. A zona genital e anal devem sem lavadas em último lugar, da frente para trás e, no homem, deve ser puxada a pele que cobre o pénis, lavada e secada cuidadosamente. Depois do banho deve-se aplicar creme hidratante em todo o corpo, massajando para ativar a circulação, incidindo nas zonas de maior pressão (ombros, cotovelos, nádegas, ancas e calcanhares) e devem ser mudados os lençóis. Se estas zonas estiverem avermelhadas, deve-se usar um creme rico em vitamina A e avisado o seu médico/enfermeiro. É muito importante lavar cuidadosamente os olhos e as orelhas; lavar a boca com dentífrico usando uma escova de dentes macia ou com elixir e uma compressa se o doente não colaborar; as unhas devem estar curtas e limpas; a cara, boca, mãos, axilas e os genitais do doente devem ser lavadas pelo menos uma vez por dia quando não for possível o banho completo e o cabelo apenas quando for necessário. 3. CUIDADOS NA MOBILIZAÇÃO DO DOENTE O doente com limitações físicas que se mantenha muito tempo na mesma posição tem maior risco de
aparecimento de escaras. Para diminuir este risco o doente deve alternar entre a cama e o cadeirão. Se não puder ir para o cadeirão, o doente deve ser reposicionado mudando de posição de 2 em 2 horas, variando entre o lado esquerdo, o direito, de costas ou de barriga para baixo, mesmo que ele sinta algum desconforto. Existem colchões e almofadas que reduzem a pressão e evitam a formação de escaras, podendo ser comprados em lojas de material médico. É muito importante evitar arrastar o doente na cama. Manter os lenções secos e sem rugas. Quando o paciente precisar de ir à casa de banho procure dar-lhe a maior privacidade possível. Se houver pessoas no quarto, peça para saírem por um instante. Sempre que possível, é preferível que o paciente vá a casa de banho (sozinho ou acompanhado) mesmo que seja com algumas dificuldades.
durante o dia, o que pode contribuir para as insónias durante a noite. Para o evitar mantenha o doente acordado durante o dia e ofereça-lhe bebidas quentes sem cafeína ao deitar.
4. ALIMENTAÇÃO Em situação de doença é frequente que haja perda de apetite e de peso, independentemente da variedade e quantidade dos alimentos ingeridos. A dor diminui o apetite. Portanto, certifique-se que o paciente está a tomar a medicação corretamente para que a dor não dificulte a alimentação. É importante que a alimentação seja saborosa, colorida, e variada. Deve preferir-se alimentos da região e da época, os preferidos do paciente, alimentos fáceis de mastigar e acessíveis do ponto de vista económico. O paciente deve comer as suas refeições, sem ajuda, sempre que isso for possível, mesmo que o faça muito lentamente. Se fizer as refeições na cama é muito importante que a cabeceira esteja bem elevada (podem ser usadas almofadas para este efeito). Deve receber 5 a 6 refeições por dia, em pequenas quantidades e servidas com uma colher para que ele não se magoe. É aconselhável que beba um litro e meio de água por dia, mesmo que não peça. Para aumentar a quantidade de líquidos ofereça-lhe pedaços de gelo, gelados ou gelatina. Se tiver dificuldade em engolir ofereça-lhe líquidos ligeiramente espessos (batidos de leite, de fruta ou iogurtes). Se for preso do intestino incentive-o a beber mais água e outros líquidos e a comer alimentos ricos em fibras (legumes, kiwi, ameixa, papaia, laranja, iogurtes e pão integral) e evite o chocolate, o queijo e ovos, que causam prisão de ventre.
7. MEDICAÇÃO A organização da medicação (doses e horários) deve ser feita com muita atenção. Todas as dúvidas devem ser esclarecidas com o seu médico de família antes de administrar os medicamentos. Mantenha a cabeceira bem elevada quando for administrar algum medicamento. Se não for possível elevar a cabeceira, vire-o de lado, e se houver dificuldade de engolir os comprimidos, triture-os e dissolva o pó numa pequena quantidade de água. Não se esqueça de verificar sempre a data de validade dos medicamentos Algumas dicas importantes: • Fazer uma lista das tarefas do dia e cumprir primeiro aquelas relacionadas com seu “paciente”. • Talvez o doente tenha dificuldade em se expressar. É preciso ter paciência. • Repetir as perguntas quantas vezes forem necessárias. Pode ser que o paciente tenha tido dificuldade em entendê-las. • Não permitir que outras pessoas ou membros da família falem sobre problemas na sua presença. Isso pode deixar o doente angustiado. • Quando o cuidador se sentir cansado ou stressado, deve dividir as tarefas com outra pessoa (familiar ou outra). O trabalho de cuidar é de toda a família. • Se tiver dificuldades ou dúvidas sobre os cuidados a serem prestados, entre em contato com a equipa da sua Unidade de Saúde Familiar. Um profissional poderá orientá-lo, até mesmo por telefone. Por último uma palavra de gratidão para si, que cuida de pessoas dependentes, por vezes com enorme sacrifício pessoal e familiar. Um bem-haja!
5. SONO E REPOUSO As pessoas dependentes têm tendência a dormir
6. DOR Cada doente tem uma forma própria de sentir e expressar a sua dor. A dor deve ser permanentemente avaliada através das indicações do paciente. Quando a doença impede que seja o próprio doente a indicar ou a avaliar a dor que sente, deve-se estar atento aos sinais (gemidos, agitação, expressões faciais, etc). OsDR medicamentos devem ser administrados de acordo com a prescrição médica mesmo que o doente não sinta dor. Fale com o seu médico se a dor aumentar rapidamente, se persistir após a administração da medicação ou se o doente manifestar uma nova dor.
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Rua Nossa Senhora de Fátima, 873 Caldas das Taipas
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REFLEXO #231 SETEMBRO DE 2015
Temático
QUID IURIS Carta de Condução por pontos PEDRO MARTINHO ADVOGADO
Sistema de pontos e cassação do título de condução entra em vigor a partir de 1 de Junho de 2016 Foi recentemente promulgada a Lei que procede à 14ª alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 114/94, de 3 de maio, já publicada, no passado dia 28 de Agosto, sob o nº 116/2015. A “Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-2015” defendia já a introdução da carta de condução por pontos, como uma de várias medidas para redução do número de acidentes e de mortes nas nossas estradas, a qual implica que, a cada infração, sejam descontados pontos na carta de condução, de modo a que a sua acumulação poder vir a acarretar até a cassação do título de condução. Em 1994, com o (novo e atual) Código da Estrada, ficou estabelecido que quem somar, num período de 5 anos, cinco infrações graves ou muito graves, ou 3 graves, fica sem a carta (cassação da carta de condução), ficando impedido de conduzir durante 2 anos, apenas podendo voltar a obter a carta após realização de um novo exame de condução e de ações de formação, no IMT. A criação do sistema da carta por pontos é justificada, naquela Estratégia, com o aumento do “grau de perceção e de responsabilização dos condutores, face aos seus comportamentos,
adotando-se um sistema sancionatório sobre infrações, fácil de entender.” O novo sistema, por pontos, entrará, porém, em vigor apenas a 1 de Junho de 2016, de modo a permitir um período de adaptação, de cerca de 10 meses, para além de que as alterações agora introduzidas pela Lei n.º 116/2015 apenas se aplicarão às infrações graves ou muito graves cometidas após aquela data. Com o novo regime passarão a ser, automaticamente, atribuídos 12 pontos a cada condutor, aos quais poderão ser acrescidos 3 pontos, até ao limite máximo de 15 pontos, sempre que, no final de cada período de 3 anos, o condutor não apresente, no seu registo de infrações, qualquer registo de contraordenações graves ou muito graves ou crimes de natureza rodoviária. Poderá ainda ser acrescido 1 ponto aos anteriormente referidos, até ao limite máximo de 16 pontos, em cada período correspondente à revalidação da carta de condução, sem que exista registo de crimes de natureza rodoviária por parte do condutor, sempre que este, de forma voluntária, proceda à frequência de ações de formação, de acordo com as regras fixadas em regulamento. Como funcionará, então, o sistema de perda
de pontos, e quais serão os seus efeitos? A prática de contraordenações graves ou muito graves, previstas e punidas nos termos do Código da Estrada e legislação complementar, implicarão a subtração de pontos ao condutor, na data do carácter definitivo da decisão condenatória ou do trânsito em julgado da sentença. Se a contraordenação praticada for grave, ao condutor infrator serão subtraídos 2 pontos; se for muito grave, a subtração será de 4 pontos. Porém, a prática de contraordenações graves implicará a subtração de 3 pontos (e não de 2) se se referir a condução sob influência de álcool, excesso de velocidade dentro das zonas de coexistência (zonas da via pública especialmente concebidas para utilização partilhada por peões e veículos) ou ultrapassagem efetuada imediatamente antes e nas passagens assinaladas para a travessia de peões ou velocípedes; ao passo que as muito graves implicarão a subtração de 5 pontos (e não de 4) quando se refiram a condução sob influência de álcool ou de substâncias psicotrópicas, ou em excesso de velocidade dentro das zonas de coexistência. A condenação em pena acessória de proibição de conduzir e o arquivamento de Inquérito, nos termos do n.º 3 do art. 282º do Código de Processo Penal (na sequência da suspensão provisória do processo), quando tenha existido cumprimento da injunção de proibição de conduzir veículos com motor, determinarão já a subtração de 6 pontos ao condutor. Sempre que ocorra condenação, em cúmulo, pela prática de contraordenações graves e muito graves praticadas no mesmo dia, a subtração a efetuar não poderá ultrapassar os 6 pontos, exceto quando se trate de condenação por contraordenações relativas a condução sob a
influência do álcool ou de substância psicotrópicas, cuja subtração de pontos se verificará em qualquer circunstância. Quanto aos efeitos, a subtração de pontos aos condutores terá níveis intermédios: • o condutor terá de frequentar ações de formação de segurança rodoviária quando já só tiver um total de 5 ou menos pontos; • terá de realizar nova prova teórica de exame de condução quando subsistirem apenas 3 ou menos pontos no seu registo de infrações; • perdendo todos os pontos, o condutor ficará sem o título de condução (cassação do título de condução) durante 2 anos, e só após o termo deste prazo poderá obter novamente a carta de condução, nas mesmas condições atualmente em vigor.
espécie de caminho inverso em relação ao percurso de reconhecimento de que falávamos anteriormente. O caso mais flagrante vem sendo o de professor do ensino básico e secundário. Se excluirmos os docentes do 1º ciclo que, esses sim, precisam de uma formação específica, parece que toda a gente pode ser professor. Com efeito, a universalização da escola e o alargamento da escolaridade obrigatória fizeram com que o sistema de ensino necessitasse, há uns bons anos atrás, de recrutar “professores” que não existiam. Daí que, para o bem e para o mal, tivessem entrado no sistema docentes que não tinham qualificações para o ser. E se hoje em dia isso já não é praticável, continuamos a sentir os efeitos secundários dessa explosão. Mas os exemplos de ofícios para toda a colher ou para toda a obra não se ficam por aqui. Deixo aqui mais três exemplos que tenho visto, nos últimos tempos, profusamente documentados em alguns meios de comunicação e noutros espaços públicos. São eles os ofícios de historiador, linguista e também investigador. Numa certa perspectiva poderemos pensar que, quando alguém se auto-intitula como historiador, linguista ou investigador, sem ter uma formação académica sólida nessas áreas, nem ser capaz de usar as ferramentas adequadas para investigar e interpretar criticamente os
factos, tal significa que essa pessoa, não sendo profissional, reconhece o valor dessas profissões e, por isso, se atribui tal qualificação. Também podemos dizer que o facto de não saber distinguir a Fonética da Fonologia ou de confundir duas datas históricas, não tem a mesma gravidade que calcular erradamente a capacidade de resistência do betão para construção de um pilar ou de uma laje, ou não reconhecer os sintomas de uma doença e prescrever erradamente um medicamento. O raciocínio, ilógico, levar-nosia a comparar todas as situações que não são comparáveis. E este argumento é, desde logo, metodologicamente incorrecto. A verdade é que estas referências a ofícios ou profissões atribuindo-os a pessoas que mais não são do que curiosos nessas matérias só tem um nome: mentira. Uma intrujice que consiste na usurpação de características e de competências que não lhe pertencem, e que só se justifica porque a nossa “praça pública” não está suficientemente esclarecida e preparada para repudiar estas atribuições e usurpações. A mim, confesso, incomoda-me e entristece-me. Da mesma forma, como escrevi numa outra crónica, que “um pedreiro é tão importante como um “doutor”.
Uma última nota, referente aos condutores de veículos de socorro ou de serviço urgente, de transporte coletivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de táxis, de automóveis pesados de passageiros ou de mercadorias ou de transporte de mercadorias perigosas, no exercício das respetivas funções profissionais, para os quais o período temporal de referência sem registo de contraordenações, para efeitos da “bonificação” de 3 pontos, acima referida, é de 2 anos (e não de 3). Esperando que esta esquemática exposição possa ter sido útil, deseja-se agora uma plena tomada de consciência por parte de todos os condutores, a qual poderá ser amadurecida neste período, de 10 meses, que decorrerá até à entrada em vigor, a 01 de Junho de 2016, deste novo regime. Boa e prudente condução!
CRÓNICA dos ofícios para toda a colher ANTÓNIO BÁRBOLO PROFESSOR
Ofício, s. Do lat. officiu-, “serviço, função, deveres de uma função (a título oficial ou privado) ”. José Pedro Machado, Dicionário etimológico da língua portuguesa “Ser pau para toda a colher” tal como “ser pau para toda a obra” significa servir para tudo, ser capaz de executar o que for preciso. Referese também à pessoa que aceita resignadamente ser usada para os mais diversos trabalhos. Aqui há uns anos também se dizia que quem não tinha uma profissão e não sabia fazer mais nada, era pau para toda acolher e, por isso, devia ir para trolha ou para pastor. Creio que, hoje em dia, esse paradigma já deve ter mudado ou está em vias de mudança. Na verdade, as profissões de trolha e de pastor, como, de resto, todos os outros ofícios, requerem um conhecimento técnico, uma aprendizagem e também competências específicas que não estão ao alcance de todos. E isso deve ser reconhecido
socialmente, pois a vida em comum necessita de pessoas competentes nos mais diferentes domínios, baseando-se na confiança mútua que nos atribuímos. Ninguém vai a um médico ou a um advogado exigindo que estes lhe apresentem o certificado de habilitações. Ninguém abre as portas ao picheleiro que lhe vem concertar uma fuga de água, pedindo o atestado profissional. Confiamos. E esta confiança é essencial para que a vida em sociedade seja possível. Mas se esta mudança se está a operar em relação a algumas profissões, outras há que parecem estar a correr em sentido contrário, abertas a quem quiser praticá-las, mesmo que não tenha qualquer preparação técnica ou científica para o fazer. É uma
Miranda do Douro, 26 de agosto de 2015
REFLEXO #231 • SETEMBRO DE 2015 18
Desporto CC TAIPAS • PLANTEL SÉNIOR • ÉPOCA 2015/2016
JOSÉ FARIA
RICARDO TEIXEIRA
JOEL CORREIA
TREINADOR ADJ.
TREINADOR
TREINADOR GR
EQUIPA TÉCNICA
BRUNO RUI MACEDO
RUI GOMES FAUSTO
DIOGO
SIMÃO
AVA N Ç A D O S
LOBO
RUBEN TEIXEIRA
DÚNIO PAULINHO
BERTO
LEAL
PEDRO
MÉDIOS
BRUNO MACHADO
SÍLVIO
RAFA
ANTÓNIO
JOÃO PAULO
MOTA
INÁCIO
DEFESAS
ANDRÉ
LUÍS VIEIRA
PEITAÇA
G U A R DA - R E D E S
CARLOS LIMA
FERNANDO RODRIGUES
PEIXOTO
DIRETOR DESPORTIVO
VIC.PRES. FUTEBOL
TÉCNICO DE EQUIPAMENTO
FILIPE MARTINS
MÁRCIO RAMALHO
PATRÍCIO FERREIRA
FISIOTERAPEUTA
FISIOTERAPEUTA
MÉDICO
DEPARTAMENTO MÉDICO
19
REFLEXO #231 • SETEMBRO DE 2015
Desporto DUAS DERROTAS A ABRIR O CAMPEONATO DR
hipótese de defesa. Estava feito o 2-0 quando ainda sobravam perto de trinta minutos para se jogar. O Santa Eulália foi gerindo a posse de bola e os taipenses tentavam contrariar e abeirar-se da baliza defendida por Rui Lopes. Aos sessenta e seis minutos, Paulinho, rematou de fora da área para defesa do guarda-redes da casa. A sete minutos do final, uma jogada de envolvência, pela direita, levou Diogo à linha de fundo a cruzar
atrasado para o centro da área onde apareceu Simão a rematar com êxito, num golo de belo efeito, e a reduzir a desvantagem dos taipenses para 2-1. Até final da partida foi o Santa Eulália quem ainda dispôs das oportunidades mais flagrantes para chegar ao golo. O final do jogo chegava com a vitória a sorrir aos dacas por 2-1. O Taipas somou a sua segunda derrota nas duas jornadas realizadas.
SIMÃO E PAULINHO REPARTEM LIDERANÇA O Taipas não entrou da melhor forma no campeonato pro-nacional da AF Braga. Nas duas jornadas realizadas, os comandados de Ricardo Teixeira, não somaram qualquer ponto. jornada
2 CC TAIPAS
23/08/15
3 T BOURO
1
PEITAÇA, MOTA (60M, RUI GOMES), JOÃO PAULO, ANTÓNIO E BRUNO MACHADO, PAULINHO, RUBEN TEIXEIRA E LOBO (66M, DÚNIO), SIMÃO, FAUSTO (66M, DIOGO) E BRUNO
Má entrada da equipa taipense no Campeonato Pró-nacional da AF Braga. A jogar em casa, frente ao Terras de Bouro, o CC Taipas não conseguiu vencer, terminando a partida com uma derrota por 3-2. O treinador taipense, Ricardo Teixeira, lançou em campo um onze com seis caras novas, relativamente à época passada, com Paulinho (exMaria da Fonte) a assumir-se como o grande patrão da equipa. Por ele, que se refugiou inúmeras vezes entre os centrais para recolher a bola, foram passando praticamente todos os lances de construção de jogo da equipa taipense. Sem grandes oportunidades criadas de parte a parte, foi a equipa visitante a adiantar-se no marcador, à passagem do minuto vinte, após cobrança de um pontapé de canto. Foi também após a cobrança de um acanto, à meia hora de jogo, que Simão, o mais irrequieto dos avançados taipenses, após jogada de insistência, restabelecia a igualdade no marcador. Muito perto do intervalo, um desentendimento entre Peitaça e os centrais da casa, na resposta a um cruzamento da esquerda, fazia com que a bola se introduzisse na própria baliza e levasse o Terras de Bouro a vencer para o intervalo.
O segundo tempo iniciou com uma oportunidade clara de golo para cada lado. Perto dos sessenta minutos, uma entrega de bola a um adversário por parte de Bruno Machado, originou o contra-ataque que levou o Terras de Bouro a ampliar o resultado para 3-1. Ainda com meia hora para jogar, Ricardo teixeira procedeu às três substituições de que dispunha e o Taipas acentuou o seu domínio sem, contudo, conseguir criar grandes oportunidades de golo. Aliás, não fosse uma grade intervenção de Peitaça a remate de um avançado contrário, o resultado poderia mesmo ter ampliado para os visitantes. A dez minutos do final, Dúnio, na conversão de uma grande penalidade, conseguiu reduzir para 3-2 e, em cima do minuto noventa, o avançado Bruno teve nos pés uma clara oportunidade para empatar a partida. Só com o guarda-redes pela frente, atirou ao lado. O final da partida chegava pouco depois com o Taipas a somar uma derrota frente a um adversário que se apresentou bem organizado e, sobretudo, mais sereno.
jornada
2 SANTA EULÁLIA
30/08/15
1 CC TAIPAS
2
PEITAÇA, MOTA (70M, INÁCIO), SÍLVIO, JOÃO PAULO E BRUNO MACHADO, PAULINHO (77M, BRUNO), DÚNIO E RUBEN TEIXEIRA (56M, LOBO), SIMÃO, DIOGO E RUI GOMES
O Taipas apresentou-se em Santa Eulália com quatro dos jogadores utilizados no onze inicial da primeira jornada sentados
no banco dos suplentes. Uma “pequena revolução” operada pelo técnico Ricardo Teixeira que poderá indiciar algum descontentamento pela prestação da equipa na jornada inaugural. Se a intenção foi essa, o resultado parece não ter surtido efeito. O Taipas realizou uma exibição apagada frente a um Santa Eulália que também não apresentou grandes argumentos tendo sido a equipa taipense, à passagem do minuto dez, a criar a primeira situação de perigo junto de uma das balizas. Ruben Teixeira esgueirou-se pela esquerda do seu ataque e atirou para defesa apertada do guardião da casa. Minutos mais tarde era o ataque da casa que proporcionava uma boa defesa a Peitaça. Em cima do intervalo o árbitro da partida assinala uma grande penalidade a castigar falta do guarda-redes taipense sobre um avançado contrário. Na conversão, Élio, permitiu a defesa de Peitaça mas, na recarga, inaugurava o marcador. O segundo tempo não teve muitos mais motivos de interesse. Apesar do sinal mais do Santa Eulália, as duas equipas continuavam a não criar grandes oportunidades de golo. O Taipas conseguiu, aos sessenta minutos, após livre na esquerda, levar alguma perigo à área contrária mas seria a formação da casa, também a pós cobrança de uma livre, a conseguir desenhar uma boa jogada que culminou num cabeceamento de Rui Lima para o fundo da baliza de Peitaça que não teve qualquer
APOIO
CLUBE CAÇADORES DAS TAIPAS CRAQUE 2015-2016 NOME
CLASS.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º
PTS
5 5 4 4 4 4 4 3 3 3 3 3 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0
SIMÃO PAULINHO JOÃO PAULO RUBEN TEIXEIRA MOTA DÚNIO DIOGO PEITAÇA BRUNO MACHADO LOBO BRUNO RUI GOMES ANTÓNIO FAUSTO SÍLVIO INÁCIO LUÍS VIEIRA LEAL ANDRÉ PEDRO BERTO RUI MACEDO RAFA
CLASSIFICAÇÃO CAMPEONATO DISTRITAL DIVISÃO PRÓ-NACIONAL DA AF BRAGA POS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
CLUBE MERELINENSE SANTA EULÁLIA NINENSE MARINHAS VIEIRA JOANE MARIA FONTE BRITO ANTIME FORJÃES TERRAS BOURO RONFE SANTA MARIA SERZEDELO TAIPAS AMARES TRAVASSÓS PRADO
P
J
V
E
D
GM
GS
6 6 6 4 4 4 3 3 3 3 3 3 3 1 0 0 0 0
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0
0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2
5 4 5 2 2 2 1 1 2 1 4 3 2 1 3 2 2 1
1 1 3 1 1 1 2 2 2 1 5 3 2 2 5 4 4 3
CAMPEONATO DISTRITAL DIVISÃO PRÓ-NACIONAL DA AF BRAGA 2015-16 DATA 23-08-15 30-08-15 06-09-15 13-09-15 20-09-15 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 06-12-15 13-12-15
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES. 2-3 2-0
CLUBES
TAIPAS SANTA EULÁLIA MARIA FONTE TAIPAS FORJÃES TAIPAS MARINHAS TAIPAS NINENSE TAIPAS ANTIME TAIPAS AMARES TAIPAS VIEIRA TAIPAS BRITO
TERRAS BOURO TAIPAS TAIPAS MERELINENSE TAIPAS ARÕES TAIPAS JOANE TAIPAS RONFE TAIPAS TRAVASSÓS TAIPAS SERZEDELO TAIPAS SANTA MARIA TAIPAS
RES.
J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
DATA 20-12-15 10-01-16 17-01-16 31-01-16 07-02-16 14-02-16 21-02-16 06-03-16 13-03-16 20-03-16 03-04-16 10-04-16 17-04-16 24-04-16 01-05-16 08-05-16 15-05-16
REFLEXO #231 • SETEMBRO DE 2015 20
Desporto NOVA TEMPORADA DO CART COM PAVILHÃO EM PISO DE MADEIRA
HÓQUEI EM PATINS - TAÇA JORGE COUTINHO - AP MINHO DATA 09-09-15 10-09-15 14-09-15 16-09-15 31-10-15
J 1 2 3 4 5
RES.
CLUBES
CART/SUPERINERTES HC BRAGA HC FÃO CART/SUPERINERTES FOLGA FOLGA AJ VIANA CART/SUPERINERTES
CAMPEONATO NACIONAL HÓQUEI EM PATINS - II DIVISÃO - ZONA NORTE DATA 03-10-15 10-10-15 17-10-15 24-10-15 31-10-15 07-11-15 14-11-15 21-11-15 28-11-15 12-12-15 19-12-15 09-01-16 23-01-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
RES.
CLUBES
CD PÓVOA CART/SUPERINERTES HC MARCO CART/SUPERINERTES ESCOLA LIVRE AZEMÉIS CART/SUPERINERTES C INFANTE SAGRES CART/SUPERINERTES CH CARVALHOS CART/SUPERINERTES JUVENTUDE PACENSE CART/SUPERINERTES A ACADÉMICA ESPINHO
RES.
CART/SUPERINERTES CD CUCUJÃES CART/SUPERINERTES CRPF LAVRA CART/SUPERINERTES OC BARCELOS “B” CART/SUPERINERTES VALENÇA HC CART/SUPERINERTES RIBA D’AVE HC CART/SUPERINERTES FAMALICENSE AC CART/SUPERINERTES
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
DATA 30-01-16 06-02-16 20-02-16 27-02-16 05-03-16 19-03-16 25-03-16 02-04-16 16-04-16 23-04-16 14-05-16 21-05-16 28-05-16
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - JUVENIS - 2015/16
O CART já prepara a nova temporada, nas diferentes modalidades, sendo o hóquei em patins a primeira a entrar em acção. A principal novidade da época, muito mais que qualquer nome que possa vir a integrar as diferentes equipa taipenses, é o novo piso do pavilhão do CART. Um novíssimo “tapete” em madeira que substituiu as pequenas placas de material sintético que compunham o retângulo de jogo desde a sua inauguração, realizada a 12 de fevereiro de 2005. Passados dez anos a Direcção da coletividade taipense resolve colocar
um piso totalmente em madeira, mais adequado à prática do hóquei em patins e restantes modalidades. O piso “velho” começou a ser retirado a 3 de julho e a empresa responsável pela colocação do novo terreno de jogo, a Parkeep, empresa sedeada no Porto, especializada manutenção de pisos desportivos, meteu mãos à obras para a finalizar já muito próximo do final do mês de agosto. Os primeiros patins começaram a rolar no novo retângulo de jogo a 31 de agosto. Com os diversos campeonatos à porta (ver calendários nesta página), as diferentes formações do
CART podem retomar a sua preparação no seu pavilhão. O primeiro jogo oficial no novo piso está agendado para 9 de setembro e colocará frentea-frente a formação senior do CART e do HC Braga, em partida a contar para a Taça Jorge Coutinho. Com esta nova obra, o CART vai gastar cerca de 50 mil euros (as contas ainda não estão totalmente apuradas) e contará com uma comparticipação da Câmara Municipal de Guimarães de 27.500 euros e ainda, apesar de ainda não ser conhecido o montante, com o apoio da Junta de Freguesia local.
DATA 27-09-15 03-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES.
CLUBES
RES.
CART OC BARCELOS RIBA D’AVE CART CART AD LIMIANOS ADB CAMPO CART CART ED VIANA CART ADJ VILA PRAIA HC BRAGA CART CART HC FÃO FOLGA
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
DATA 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 03-01-16 10-01-16 17-01-16 23-01-16 31-01-16
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - INICIADOS - 2015/16 DATA 27-09-15 04-10-15 11-10-15 17-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES.
CLUBES
RES.
CART OC BARCELOS RIBA D’AVE CART FOLGA ADB CAMPO CART CART ED VIANA CART ADJ VILA PRAIA HC BRAGA CART FOLGA FOLGA
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
DATA 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 01-01-16 09-01-16 17-01-16 23-01-16 31-01-16
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - ESCOLARES - FASE I - 2015/16 DATA 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15
J 1 2 3 4 5
RES.
CLUBES
CART ED VIANA CART AD LIMIANOS CART
VALENÇA HC CART FAMALICENSE CART RIBA D’AVE
RES.
J 6 7 8 9 10
DATA 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15
NAT ARRANCA A ÉPOCA NA MEIA MARATONA DO PORTO A época desportiva do Núcleo de Atletismo das Taipas tem início a 20 de setembro com a meia maratona da Sportzone, a realizar na cidade do Porto. Ainda nesse mês e passado uma semana os atletas deste grupo de atletismo estarão presentes, como já é tradição, no Famalicão-Joane. Confirmando-se a realização da 1ª Meia Maratona de Braga, a realizar em outubro, o NAT também marcará presença, servindo esta prova como mais um caminho de preparação da Maratona do Porto. PUBLICIDADE
Esta maratona, a realizar a 8 de novembro, contará com a maior delegação de sempre do NAT, estando prevista a participação dos totalistas bem como de alguns atletas que irão fazer a sua estreia neste tipo de distância. Cumpre-se, assim, um dos objetivos que está subjacente a este clube, “dar também a possibilidade de todos os sócios participarem num leque alargado de provas, onde possam competir, ou simplesmente participar apenas pelo prazer da corrida”, como refere Manuel
Pacheco, da direção do NAT. Na vertente mais competitiva, para além da recuperação de alguns atletas, o NAT tem fortes expectativas com o seu grupo de atletas. A partir de janeiro de 2016, o NAT vai poder contar em algumas provas com uma equipa de seniores, numa primeira fase selecionando as competições mais curtas. Neste grupo, incluem-se dois atletas da formação, caso de Paulo Fontão (júnior que passa a sénior em janeiro 2016) e Luís Castro e
Alexandre Pacheco (juvenis que passam a juniores em janeiro de 2016). Outro nome a reter para 2015 será o de Rui Araújo, ex-atleta de 400 metros que esteve parado e que agora regressa aos treinos para apostar nas corridas de fundo. No setor feminino, o destaque vai para Lurdes Pereira, que obteve excelentes resultados na época que terminou e em quem o NAT deposita fortes esperanças em termos de resultados. Por outro lado, saúdase o regresso de Elisabete Lopes, na condição de mãe recente e que
por este motivo esteve ausente das competições em 2015. Nas camadas mais jovens, o NAT irá apresentar uma equipa de iniciados. Tiago Pinheiro, atleta que, apesar de ter tido uma época com alguns percalços devido a lesões, foi sempre melhorando as suas marcas pessoais. Marcelo Pereira, um novato nestas andanças mas com muitas qualidades, Mateus Pereira e Francisco Carvalho são os restantes elementos que compõem a equipa de iniciados, de quem o NAT espera muitas vitórias.
21
REFLEXO #231 • SETEMBRO DE 2015
Desporto TAIPENSES EM GRANDE DESTAQUE NO MUNDIAL E EUROPEU DE ROPE SKIPPING ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ROPE SKIPPING RECEBIDA POR EMÍDIO GUERREIRO
Três títulos mundiais e um recorde do Mundo foi o resultado da participação dos atletas taipenses no Campeonato Mundial de Rope Skipping realizado em Paris, nos passados dias 21 a 26 de julho. Foram vários os atletas do Clube de Rope Skipping das Taipas – Molinhas/A Minha Optica que se destacaram, a título individual e coletivo, em representação da Associação Portuguesa de Rope Skipping, nas participações no Campeonato do Mundial e, uns dias depois, também no Europeu (IberOberstein – Alemanha – 30 julho a 5 agosto) da modalidade. Na primeira vez que Portugal se fez representar num Campeonato Mundial, obteve resultados extraordinários. Numa competição que contou com a presença de 680 atletas de 23 países, entre os quais as maiores potências mundiais da modalidade (EUA, Austrália, China, Japão, Alemanha, França e Inglaterra), a formação portuguesa fez-se representar por 21 atletas (12
do Clube de Rope Skipping das Taipas – Molinhas) em representação, para além do clube taipense, do Colégio João Paulo II, Edifacoop e da Academia de Rope Skipping de Braga. Sob orientação de Nuno Dias e dos ainda atletas Carlos Freitas (Pic@) e Marisa Ribeiro, a comitiva portuguesa arrecadou, entre títulos individuais e coletivos, dez medalhas de ouro, treze de prata e quinze de bronze. Na classificação geral, as equipas portuguesas masculinas de sub-14 e sub-19 trouxeram as medalhas de ouro e as femininas de sub-10 e sub-12, as de bronze. Quanto aos atletas taipenses, arrecadaram três títulos mundiais. Paulo Lima venceu a prova dos 30 segundos no escalão de 15-16 anos e João Vieira a dos 3 minutos no escalão de 13 e 14 anos. Gabriel Ferreira cometeu um feito duplo. Venceu a prova dos 30 segundos, no escalão de 17-18 anos e bateu o recorde mundial da categoria, com 209 saltos realizados.
Uns dias mais tarde, de 30 de julho a 5 de Agosto, realizava-se o Campeonato Europeu da modalidade em Iber-Oberstein, na Alemanha. Uma prova destinada exclusivamente a seleções e onde a Associação Portuguesa de Rope Skipping, orientada por Ângelo Santos, se fez representar com cinco atletas, todos do escalão “master” e oriundos do Clube de Rope Skipping das Taipas – Molinhas. Foram eles o Gabriel Ferreira, o Carlos Freitas (Pic@), o João Rodrigues, o João Vieira e o Hugo Ribeiro. A par de mais onze países (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Hungria, Espanha, Rússia, República Checa, Suécia, Suíça, Holanda e Itália), a equipa portuguesa conquistou, coletivamente três medalhas de bronze (Freestyle DD3 e DD4 e no overall), uma medalha de prata (velocidade DD 4x45'') e uma medalha de ouro (velocidade SR 4x30''). Nesta última prova, os atletas Gabriel Ferreira, Carlos Freitas (Pic@), João Rodrigues e João Vieira, bateram mesmo o recorde europeu da categoria, com a marca de 704 saltos. No plano individual, Gabriel Ferreira conquistou o título europeu nos 30 segundos, e o bronze nos 3 minutos. Carlos Freitas (Pic@) arrecadou o terceiro lugar nos triplos consecutivos.
Emídio Guerreiro, Secretário de Estado do Desporto e Juven-
tude, recebeu nos últimos dias de agosto, no seu gabinete, uma comitiva da Associação Portuguesa de Rope Skipping. Um gesto que os responsáveis pela Associação consideram importante para o reconhecimento da modalidade em Portugal.
CARLOS JUSTO TERMINOU ULTRA TRAIL DO MONT-BLANC
40 horas, 48 minutos e 26 segundos, foi o tempo que Carlos Justo, professor de Filosofia na Escola Secundária das Taipas, precisou para completar os 169,9 quilómetros do Ultra Trail do Mont-Blanc que se realizou nos últimos dias de agosto. Carlos Justo partiu para a sua aventura às 18 horas do dia 28 de agosto e viria a terminá-la às 10.48 horas do dia 30 de agosto tendo percorrido os 170 quilómetros a uma
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altitude média de dois mil metros sendo que, em termos de desnível positivo acumulado, chegou aos dez mil metros de altitude. Não sendo, certamente, o mais importante, é bom que se registe que Carlos Justo foi 783º classificado entre os 2340 participantes. Na sua categoria - V2H (Veteranos homens 2 – 50 aos 59 anos) -, entre os 464 participantes, obteve um honroso 89º lugar, numa prova que registou 46,34% (215 atletas) de abandono.
REFLEXO #231 • SETEMBRO DE 2015 22 PUBLICIDADE
Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 231 de Setembro de 2015
Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 231 de Setembro de 2015
AVISO
AVISO
Processo n.º 39/15
Processo n.º 202/15
DOMINGOS BRAGANÇA SALGADO, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, na ausência do Vereador com poderes delegados e subdelegados para o efeito, faz público, em cumprimento do disposto na alínea a) do nº 2 do artigo 78º do DecretoLei nº 555/99, de 16 de dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo DecretoLei nº 136/2014, de 9 de setembro, que a Câmara Municipal de Guimarães emitiu o aditamento de licença nº 1/2015, ao loteamento licenciado pelo alvará nº 10/93, através do qual é licenciada a alteração ao lote nº 2, que incide sobre o prédio sito no lugar de Lagoelas, freguesia de Souto Santa Maria, requerido em nome de Vidro Souto de Moreira, Fernandes, Macedo & Cª, Ldª, pessoa coletiva nº 502782633, com sede na rua de Santa Maria, nº 2803, união de freguesias de Souto Santa Maria, Souto S. Salvador e Gondomar, concelho de Guimarães. Foi aprovado por meus despachos de 2015/08/03 e 2015/08/21, respeita o disposto no Plano Diretor Municipal e consiste na criação de um anexo e alteração das áreas de implantação, construção e volume de construção do edifício levado a efeito naquele lote. O lote alterado (nº2) mantém a área inicial (2.730,00m2) e destina-se a um edifício com um piso acima da cota soleira e um entrepiso, para o máximo de uma indústria ou armazém, o qual está descrito na Conservatória dos Registos Predial, Comercial e Automóveis de Guimarães sob o nº 163/Souto Santa Maria e inscrito na matriz predial urbana, da união de freguesias de Souto Santa Maria, Souto S. Salvador e Gondomar sob o artigo nº 685. A área máxima de construção e o volume máximo de construção são de 3.129,75m2 e 16.612,00m3, respetivamente. Para conhecimento geral se publica o presente Aviso em jornal local.
DOMINGOS BRAGANÇA SALGADO, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, na ausência do Vereador com poderes delegados e subdelegados para o efeito, faz público, em cumprimento do disposto na alínea a) do nº 2 do artigo 78º do DecretoLei nº 555/99, de 16 de dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo DecretoLei nº 136/2014, de 9 de setembro, que a Câmara Municipal de Guimarães emitiu o aditamento de licença nº 2/2015, ao loteamento licenciado pelo alvará nº 7/09 – 2ª fase B, através do qual é licenciada a alteração ao lote nº 7, que incide sobre o prédio sito no lugar do Pedraído, freguesia de Sande Vila Nova, requerido em nome de Maria de Lurdes Marques da Silva Oliveira, portadora do cartão de cidadão nº 3880165, NIF: 139623140, residente na Avª da Igreja, nº 3664, união de freguesias de Sande Vila Nova e Sande S. Clemente, concelho de Guimarães. Foi aprovado por despacho do vereador com poderes delegados e subdelegados, datado de 2015/08/03 e meu despacho datado de 2015/08/21, respeita o disposto no Plano Diretor Municipal e consiste na alteração do nº de pisos e das áreas de implantação, construção e volume de construção do edifício a levar a efeito naquele lote. O lote alterado (nº7) mantém a área inicial (1.045,00m2) e destina-se a um edifício com um piso acima da cota soleira, para habitação unifamiliar. Está descrito na Conservatória dos Registos Predial, Comercial e Automóveis de Guimarães sob o nº 1160 /Sande Vila Nova e inscrito na matriz predial urbana, da união de freguesias de Sande Vila Nova e Sande S. Clemente sob o artigo nº 1326. A área máxima de construção e o volume máximo de construção são de 330,00m2 e 990,00m3, respetivamente. Para conhecimento geral se publica o presente Aviso em jornal local.
Paços do Município de Guimarães, 21 de Agosto de 2015 O Presidente da Câmara
Paços do Município de Guimarães, 21 de Agosto de 2015 O Presidente da Câmara
(Na ausência do vereador com poderes delegados e subdelegados)
(Na ausência do vereador com poderes delegados e subdelegados)
Domingos Bragança
Domingos Bragança
OBITUÁRIO
No dia 4 de Agosto, na Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Guimarães, faleceu o Sr. Joaquim de Freitas Martins de 63 anos, natural de Caldelas, Guimarães e residente que foi na Rua do Alvite, Sande (S. Martinho), Guimarães. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de S. Tomé de Caldelas e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
JOAQUIM DE FREITAS MARTINS
JOÃO MENDES DE LEMOS PUBLICIDADE
No dia 17 de Agosto, na sua residência, faleceu o Sr. João Mendes de Lemos de 63 anos, natural de Sande (S. Clemente), Guimarães e residente que foi na Avenida D. Afonso Henriques, Calendário, Vila Nova de Famalicão. Era casado com Ana da Conceição de Freitas Dias de Lemos. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de S. Clemente de Sande e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
No dia 23 de Agosto, na Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Vizela, faleceu a Sr.ª D. Emília Marques de 84 anos, natural de Ponte, Guimarães e residente que foi na Rua da Boucinha, Ponte, Guimarães. Era viúva de António Peixoto. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de S. João de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
EMÍLIA MARQUES
MARIA ROSA MARTINS RIBEIRO
No dia 23 de Agosto, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Maria Rosa Martins Ribeiro de 71 anos, natural de Caldelas, Guimarães e residente que foi na Rua da Carreira de Baixo, Corvite, Guimarães. Era casada com José Porfírio Gomes de Macedo. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de S. Tomé de Caldelas e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
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