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DIRECTOR ALFREDO OLIVEIRA • ANO XXI • MENSAL • PREÇO € 1,00
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outubro 2015
#232
EDIFÍCIO TERMAL REABRE, JUNTAMENTE COM CLÍNICA DE SAÚDE
TAIPAS
BOMBEIROS CONTABILIZAM MAIS DO TRIPLO DE INCÊNDIOS DO QUE EM 2014 DESPORTO
OS SANDINENSES E CD PONTE INAUGURAM RELVADOS SINTÉTICOS PUBLICIDADE
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E
DITORIAL
R E F L E XO # 2 3 2 • O U T U B R O 2 0 1 5
ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 4 DE OUTUBRO
A coligação PSD/CDS acabou por vencer as eleições de uma forma que surpreendeu muita gente, apesar de as últimas sondagens confluírem para esse cenário. Ganhou em número de votos e em número de deputados. É certo, não obteve a maioria absoluta, mas para quem tinha as eleições perdidas há meia dúzia de meses atrás, não deixa de ser uma vitória, ainda que seja por pouco. O PS foi derrotado nas eleições. Os socialistas poderão argumentar que obtiveram mais votos e mais deputados do que em 2011 ou até que exista uma maioria de esquerda no parlamento. No entanto, a realidade é que perderam mesmo as eleições. Quando escrevemos que a coligação PSD/ CDS “ganhou” e o PS “perdeu” é mesmo para acentuar o antagonismo. Se existia altura para o PS ganhar as eleições esta era uma delas. Tinha tudo a seu favor, por tudo o que o país passou nesta última legislatura. Um dado estranho destas eleições é que muitos socialistas não terão votado no próprio partido. Esta é uma convicção que, evidentemente, não pode ser suportada em factos, mas simplesmente apoiada no que íamos ouvindo nas diversas conversas do dia-a-dia. A forma como se verificou a mudança do líder, o regresso de determinadas figuras e a não renovação do partido foram as razões mais escutadas. Uma outra razão e para a qual o PS não conseguiu dar resposta foi o raciocínio de que o “PS era melhor para nós mas pior para o país”. “Um saco de gatos”, a expressão já foi muitas vezes usada em diversos contextos, mas será a imagem que mais espelhará a realidade do PS nesta altura. O Bloco de Esquerda conseguiu um resultado histórico que o deixa num ponto de ter que tomar grandes decisões. Tem uma liderança que cativou muitos portugueses mas esse efeito não é perene. No fundo, tem de decidir (talvez mais cedo do que estava à espera) se alguma vez quer fazer parte de um governo. A CDU manteve, de uma forma geral, o seu eleitorado. Com mais ou menos votantes ou mais ou menos deputados, mantém o seu trajeto de há muitos anos. Em termos teóricos existe uma maioria de esquerda no parlamento. Na prática, não o será tanto. Já no tempo de Álvaro Cunhal, um comunista votar num socialista tinha de ser com os olhos tapados e se António Costa “é um sapo mais fácil de engolir” que, na altura, Mário Soares, terão de ser ultrapassados demasiados constrangimentos para vermos, lado a lado, os líderes do PCP e do PS. Esta semana foi lançado um novo semanário em Guimarães. Estranho era vermos um concelho com um único semanário generalista. O Reflexo deseja as maiores felicidades ao “Mais Guimarães”.
SETEMBRO DE 2015
IMAGEM DO MÊS Durante todo o Verão a crise europeia do êxodo dos refugiados do Médio Oriente assumiu proporções que puseram à prova a capacidade política da União Europeia, em matéria de questões internacionais. Milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças laçaram-se pelo Mediterrâneo primeiro e depois por terra, percorrendo milhares de quilómetros para chegar à Europa. Fogem da guerra e da fome. O pico mediático terá sido quando uma fotografia de uma criança jazia, semienterrada nas areias de uma praia turca.
HÁ DEZ ANOS... reunidos os candidatos, o jornal Reflexo organizava um debate antes das Autárquicas de 2005. Ângelo Freitas (da candidatura independente Taipas a Crescer), José Luís Oliveira (PS), Cândido Capela Dias (CDS), Constantino Veiga (PSD) e Vicente Salgado (CDS) dirimiram argumentos à mesa de uma sala no Hotel das Taipas. Os temas mais debatidos diziam respeito à despoluição do Rio Ave, a requalificação e alargamento do parque de lazer, a dinamização cultural da vila, a requalificação dos Banhos Velhos e das Termas, o apoio aos idosos, a reorganização do trânsito no centro da vila e a sua requalificação. Passados dez anos há temas que continuam por se concretizar e outros há que foram resolvidos. O debate esteve organizado em três partes: uma primeira, em que os candidatos respondiam às questões do Reflexo; uma segunda, em que os candidatos questionavam um adversário à sua escolha sobre um assunto que entendessem abordar; e finalmente, uma parte de considerações finais, onde os candidatos puderam abordar questões que não tinham trazidas ao debate. Nas eleições de 4 de Outubro de 2005, Constantino Veiga viria a ser eleito presidente da Junta de Freguesia.
ALFREDO OLIVEIRA Director
reflexo o espelho das taipas
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 232 / outubro 2015 Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR: RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R:C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 CONTRIBUINTE 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 1.º Frente Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - BRAGA DIRECTOR: Alfredo Oliveira REDACÇÃO: Jorge Silva; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas, Pedro Vilas Cunha e Inês Rodrigues TRATAMENTO DE TEXTO: Maria José Oliveira COLABORADORES: António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Pedro Martinho; Teresa Portal; Maria Manuela Catana; Miguel Sousa FOTOGRAFIA: Lima Pereira; Reflexo; Foto Matos
Os autores dos artigos assinados, são responsáveis pelas opiniões expressas, as quais podem não coincidir com as do “REFLEXO - O Espelho das Taipas” PUBLICIDADE
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REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
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Destaque NOVO EDIFÍCIO TERMAL INAUGURA NOVO CICLO DE CALDAS DAS TAIPAS COMO VILA TERMAL PAULO DUMAS
Na cerimónia de inauguração do edifício termal e do novo centro de medicina física esteve presente o Ministro da Economia, António Pires de Lima, que enalteceu a forma apaixonada como as pessoas de Guimarães se entregam às suas causas. O balneário termal das Caldas das Taipas foi inaugurado ao final da tarde de sexta-feira, 4 de Setembro. Além do balneário termal, o designado edifício dos Banhos Novos, foi construída uma nova estrutura, que alberga as novas valências da Taipas Termal. Além do termalismo clássico e do SPA termal a Taipas Termal passará a dispor de equipamentos para a medicina física e reabilitação, com capacidade para receber atletas de alta competição, na nova Clínica de Saúde. A requalificação dos Banhos Novos e do Centro de Medicina Física é materialização de um investimento de 4 milhões de euros, que a actual Direcção da régie-cooperativa Taipas-Turitermas, presidida por Ricardo Costa, apontou como fundamental desde que, em 2009, tomou posse. As limitações do edifício centenário eram muitas vezes referidas como aspecto limitador para a projecção da Taipas Termal. Ao final da tarde de sexta-feira, 4
de Setembro, a plateia que preenchia o largo frontal do edifício termal, também ele objecto de renovação, aguardava a chegada do Ministro da Economia, António Pires de Lima, presentes que estavam o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança e vereadores do actual executivo municipal, além de representantes de várias instituições e colectividades, tanto da freguesia de Caldelas, como do concelho de Guimarães e de freguesias vizinhas. A intervenção do Ministro da Economia seguiu-se à do presidente da Direcção da Taipas Turitermas e do presidente da Câmara Municipal de Guimarães. António Pires de Lima começou por pedir desculpa pelo seu ligeiro atraso, que fez com que a cerimónia protocolar se iniciasse um pouco depois da hora prevista – “mais vale tarde do que nunca, mas fiz questão de estar aqui hoje”. O Ministro da Economia de Portugal reparou no “ar especial, de uma vila lindíssima”. “É muito
bonito ver a população de uma vila unida por um projecto tão emblemático, independentemente das suas profissões e das suas convicções” – começou ainda por dizer. A saúde e bem-estar são aspectos cada vez mais valorizados no sector do turismo que fazem de Portugal um destino turístico de referência, defendeu o Ministro do executivo de Pedro Passos Coelho – “faz todo o sentido ter esta noção de oportunidade de investir nos nossos espaços termais, principalmente aqueles que têm uma história significativa”. O portador da pasta da Economia portuguesa sublinhou o papel da região Norte na “recuperação económica que estamos a viver”, referindo-se em especial aos sectores da saúde, bem-estar e do turismo, que tiveram o maior crescimento registado em Portugal, desde o início do ano, relativamente ao período homólogo de 2014. “Eu sei bem do que é capaz a região Norte e também o concelho de Guimarães” – concluiu
o ministro. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães começou por se dirigir aos membros dos órgãos sociais da Taipas Termal - “em meu nome, em nome do município de Guimarães e de todos os vimaranenses, muito obrigado pela vossa obra”. Para Domingos Bragança o termalismo é a “primeira marca identitária das Caldas das Taipas”. Para o edil vimaranense, “não poderia haver melhor prenda para Caldas das Taipas, no seu septuagésimo quinto aniversário de elevação a vila”, referindo-se à requalificação dos equipamentos da Taipas Termal. Domingos Bragança expressou o seu agrado em constatar que a Taipas Termal tem aproveitado o conhecimento que se vem desenvolvendo no Avepark, parque de ciência e tecnologia, e na Universidade do Minho. Para o autarca, o termalismo é um activo estratégico e a Taipas Termal “um exemplo de referência para a economia, com a
transferência de conhecimento e aplicação no termalismo, na saúde e bem-estar”. Dirigindo-se ao ministro Pires de Lima, apontou este como sendo um bom exemplo para Portugal e aproveitou para elevar o papel de Guimarães e das Caldas das Taipas, fazendo referência às cutelarias - “outra força das Caldas das Taipas, onde se produzem as melhores cutelarias do mundo” e à indústria têxtil e de calçado de excelência, que se desenvolve em Guimarães. “Conseguimos!” - foi a primeira expressão proferida de forma emotiva pelo presidente da Taipas Turitermas. Essa expressão, de resto, resume não só a sua intervenção, como o último ano de actividade da régie-cooperativa. Para Ricardo Costa a abertura do novo balneário e da clínica médica de saúde representa o início de “uma fase de desígnio maior para as termas das Caldas das Taipas”. Ricardo Costa fez o enquadramento da descoberta e utilização das águas termais pelos romanos – “Trajano Augusto colocou a saúde e o bem estar no topo das suas prioridades”, referiu o também vereador municipal, numa descrição histórica, que culminou com o momento presente, em que se inauguram os novos equipamentos. Na mesma altura em que o novo equipamento é inaugurado, foi apresentada a nova imagem institucional da Taipas Termal. O designer Eduardo Aires, responsável pela imagem da cidade do Porto fez a apresentação do trabalho que esteve na base do duplo T - um de traço fino, cor de cobre, e um outro preenchido, que envolve o primeiro. Esta será a imagem que passará a representar a marca Taipas Termal, criada em 2009 para servir de suporte aos produtos da empresa. Após a sessão de abertura da cerimónia de inauguração, foi feita uma visita ao edifício dos Banhos Novos e dos novos equipamentos que fazem parte do centro de medicina e de reabilitação física. Esta, inclui uma valência pronta para receber “atletas de alto rendimento”. Alguns destes atletas, como Fernando Meira, Pedro Mendes (internacionais da Selecção Portuguesa de Futebol) e a atleta Dulce Félix, entre outros, foram embaixadores do arranque deste projecto, que pretende afirmar-se na área da saúde e do termalismo e cujo lema é “A Saúde Começa Aqui”.
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REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
Taipas “não poderia haver melhor prenda para Caldas das Taipas, no seu septuagésimo quinto aniversário de elevação a vila” D O M I N G O S B R AGA N Ç A surante o seu discurso na cerimónia de inauguração da requalificação das Te r m a s d a s Ta i p a s
TORRE DA IGREJA DAS TAIPAS ESTÁ EM MAU ESTADO E VAI SER SUBSTITUÍDA MAS
Após as obras de renovação de que foi alvo, a Igreja Matriz da Paróquia de S. Tomé de Caldelas, vai ver a parte superior da sua torre substituída numa intervenção que poderá demorar um mês. O mau estado em que se encontra a parte superior da torre da Igreja Matriz da vila das Taipas, levou os responsáveis pela paróquia a decidir a sua substituição. A decisão já estava tomada há algum tempo mas, só nesta altura, é que se reuniram as condições para que se avançasse
com a empreitada, que teve início em meados de setembro e deverá demorar cerca de um mês. Em ano de celebração do centenário de construção da referida igreja, a torre existente vai ser completamente destruída e substituída por uma nova que será colocada no local com recurso a uma grua. A estrutura de ferro da antiga cúpula foi, entretanto, retirada e apresentava enormes fissuras, bem visíveis a olho nu.
ÁRVORES CONTINUAM A CAIR NAS TAIPAS
O mau tempo que se fez sentir na madrugada do passado dia 16 de setembro voltou a provocar estragos no parque arbóreo da vila das Taipas. A muita chuva e forte vento que se fizeram sentir levaram à queda de uma árvore de grande porte, uma Tília, junto ao coreto da vila, em plena Avenida da República.
MAS
Uns metros mais abaixo, perto das 13.30 horas do dia 5 de outubro, foi a vez de um enorme ramo, também de uma Tília, não resistir ao forte vento que se levantou e ter caído em pleno jardim público. Qualquer uma das situações descritas apenas provocou danos materiais de pouca relevância.
REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
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Taipas BOMBEIROS DAS TAIPAS CONTABILIZAM MAIS INCÊNDIOS E ÁREA ARDIDA QUE EM 2014 ARQUIVO
NÚMEROS ÉPOCA DE INCÊNDIOS 2015
DISPOSITIVO DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
DENTRO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
(EQUIPAS EM PERMANENTE DISPONIBILIDADE)
(15 DE MAIO DA 30 DE SETEMBRO)
124 1777 445 120
incêndios florestais operacionais envolvidos meios utilizados (terrestres e aéreos) hectares de área ardida
FORA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
167 761 177 No balanço da época de incêndios de 2015, relativamente às intervenções dos bombeiros das Taipas, não restam dúvidas: “os números são muito superiores, na ordem dos 70 a 80% relativamente ao ano passado. Quer em número de incêndios quer em área ardida. O número de intervenções fora da nossa área de intervenção também aumentou muito”, são as conclusões de Hermenegildo Abreu, Comandante dos bombeiros taipenses, com quem conversamos sobre a época de incêndios terminada a 30 de setembro. Que balanço pode fazer da atividade dos bombeiros das Taipas, na época de incêndios que agora terminou? Quando se olha para os números e não se vê qualquer ferido, só tem de estar contente a fazer um balanço positivo. Mesmo ao nível dos meios, não se verificaram grandes danos. Foi um ano bastante duro, comparativamente com 2014, mas conseguimos resolver todas as situações da melhor forma. Fomos muitas vezes solicitados pelo Comando Distrital para intervenções fora da nossa zona e o empenho foi total na boa resolução das ocorrências. Quais as principais causas para o elevado número de incêndios florestais verificados? Aparentemente, as principais causas dos incêndios florestais, continuam a ser a falta de limpeza das matas, algumas situações de negligência, com queimadas quando não se devem fazer mas, também me parece haver responsabilidade de mão criminosa. Não é normal o que se verificou, por exemplo, no incêndio da Citânia de Briteiros. Foram cinco focos de incêndio em simultâneo, às 23 horas. À noite, não é normal. Tem de ser mão criminosa.
De todas as ocorrências, foi essa a mais complicada de resolver? Foi uma das mais complicadas. É um local com muitos buracos, muita pedra e terreno muito acidentado. Os acessos muito difíceis e o forte vento que se fazia sentir na altura também não ajudaram muito ao combate. Em todo o caso, durante a madrugada, tínhamos a situação resolvida. Em Gondomar, perto da lixeira, também tivemos de ter algum cuidado para o fogo não chegar ao gasoduto dos resíduos. Nesta situação fizemos um trabalho conjunto com a corporação de Guimarães, que se mostrou de uma elevada eficácia. Aproveito para salientar este forte elo de ligação que existe entre as duas corporações do município de Guimarães. Temos realizado algumas intervenções em conjunto e as coisas têm funcionado sempre muito bem. Nas situações em que atuamos fora da nossa área de intervenção, os cuidados foram redobrados. Não conhecíamos tão bem o terreno pelo que abordamos as situações sempre com mais segurança. Mas, mesmo, fora da nossa área, correu tudo bem ao ponto do Comando Distrital nos ter feito chegar um Voto de Louvor pela disponibilidade e empenho em todas as solicitações que nos foram feitas.
No final de mais uma época de incêndios, sentimento de missão cumprida? Sem dúvida nenhuma. Consciência muito tranquila. Quer pela parte do Comando, quer por parte do Corpo Ativo que teve um empenho exemplar. É de louvar o trabalho desenvolvido por todos os operacionais que temos cá. São pessoas empenhadas, com vontade de vencer e de aprender cada vez mais. Sou suspeito mas, não tenho dúvidas em afirmar que estamos no topo. Há entre todos um forte espirito de grupo e isso é meio caminho andado para que tudo possa correr bem. Que conselhos para a prevenção destas situações? PUBLICIDADE
incêndios florestais operacionais envolvidos meios utilizados
FASE BRAVO (15 DE MAIO A 30 JUNHO)
1 equipa de 5 operacionais e 1 viatura;
FASE CHARLIE (1 DE JULHO A 30 SETEMBRO)
2 equipas no total de 10 operacionais, 2 viaturas e 1 viatura de abastecimento de água com 2 operacionais;
FASE DELTA (1 A 15 DE OUTUBRO)
1 equipa de 5 operacionais e 1 viatura.
É engraçado ver que estava muita gente à espera que terminasse o mês de Setembro (fim da Fase Charlie onde é determinantemente proibido realizar queimadas) para fazer as suas fogueiras. Hoje (1 de outubro) à vinda de Braga para as Taipas viam-se no ar, um sem número de pequenas colunas de fumo resultantes das tais queimadas. As pessoas já começam a demonstrar mais sensibilidade para isso. Em todo o caso, nunca é de mais relembrar a importância da limpeza das matas e o não vazamento de monos e lixo para os montes. Uma prática que ainda se verifica com muita frequência e que não faz qualquer sentido, uma vez que os serviços camarários fazem essas recolhas, de forma gratuita.
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REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
Taipas SEGUNDA EDIÇÃO DA SEMANA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA NA ESCOLA SECUNDÁRIA DAS TAIPAS MAS
Arrancou a 2.ª edição do projeto “A Minha Escola de Ciências” que abrange todas as escolas secundárias dos municípios de Guimarães, Braga, Barcelos e Vila Nova de Famalicão. Fruto do sucesso do projeto, e da manifesta vontade de todos os parceiros em lhe dar continuidade, a 2.ª edição do projeto foi implementada com o apoio financeiro das Câmaras Municipais do Quadrilátero. Este projeto nasceu em 2012, quando a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (Ciência Viva) lançou o programa ESCOLHER CIÊNCIA para promover a aproximação entre os ensinos secundário e superior, numa perspetiva de partilha de recursos e de estímulo ao prosseguimento de estudos em áreas científicas e tecnológicas. A Escola Secundária de Caldas das Taipas foi uma das 19 escolas secundárias de toda região Minho (distritos de Braga e Viana do Castelo) que esteve na linha da frente do projeto “A minha Escola de Ciências”, lançado pela Escola de Ciências da Universidade do Minho. O projeto implementado numa perspetiva PUBLICIDADE
STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) foi dinamizado na Escola Secundária de Caldas das Taipas através de iniciativas multidisciplinares destinadas a fomentar nos alunos o gosto pelas áreas científicas do conhecimento. Jorge Fonte, Embaixador do Projeto “A Minha Escola de Ciências” da Escola Secundária da vila, aponta a realização da Semana da Ciência e Tecnologia, que decorre, anualmente, durante o 2.º período e que envolve diretamente cerca de 850 alunos, 20 professores do ensino secundário e cerca de 15 docentes da Universidade do Minho, como um dos eventos mais marcantes desta iniciativa. Este ano decorrerá a 3.ª edição da Semana da Ciência e Tecnologia com a realização de várias atividades dedicadas à Física, Química, Astronomia, Matemática, Biologia, Robótica e Inteligência Artificial. O programa será organizado pelo Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, mas contará com a colaboração de docentes dos diferentes departamentos da escola. O público-alvo é também muito
alargado, compreendendo quase todos os alunos da escola quer dos cursos de Ciência e Tecnologia, quer dos diversos cursos profissionais. Para além da Semana da Ciência e Tecnologia estão previstas visitas à Universidade do Minho para visitar os laboratórios de Biologia, de Química e de Física, bem como a realização de workshops pelos docentes universitários para os alunos do ensino secundário. A Escola participará, igualmente, nas Masterclasses Internacionais em Física de Partículas. A iniciativa “Com as Mãos nas Partículas”, especialmente direcionada aos estudantes do Ensino Secundário, pretende dar a conhecer a Física de Partículas, as Universidades e Institutos de Ensino Superior onde se pode aprender Física, e os cientistas envolvidos. Um ponto alto do projeto será a organização de um Congresso de Ciência, Inovação e Sustentabilidade que se destina à participação individual ou em grupo dos alunos do ensino secundário sob a coordenação de um professor. Neste evento, os alunos poderão promover os seus projetos de escola, que serão divulgados a alunos e professores de outras escolas e apreciados por uma Comissão Científica. Acima de tudo, A Minha Escola de Ciências é um projeto abrangente que permite concretizar um vínculo efetivo entre o ensino secundário e o ensino universitário. Pretende servir igualmente de motivação dos alunos para as áreas científicas. Neste capitulo a Escola Secundária de Caldas das Taipas tem usufruído desta parceria desenvolvendo diversas atividades, quer no âmbito do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais quer através de projetos estruturantes como o Clube de Ciências.
O
PINIÃO
C Â N D I D O CA P E L A D I A S
OS PARTIDOS DA TROICA PERDERAM A base social que em 2011 apoio, pelo voto, PS, PSD e CDS diminuiu substancialmente, em votos, em percentagem e em mandatos, com ganhos evidentes dos partidos que de forma categórica se opuseram, por palavras e por actos, às políticas de austeridade. A CDU, mas de forma mais retumbante, o BE, cresceram e em conjunto com o PS constituem uma maioria eleitoral que pode fazer frente às arremetidas da direita. Uma direita que tendo concorrido em coligação obteve menos votos, perdeu quase um milhão em comparação com as últimas legislativas, perdeu mais de 20 deputados o que só pode significar a condenação firme dos portugueses. Num quadro de forte condicionamento sobre o eleitorado, em que as sondagens foram instrumento de pressão diária no sentido de dificultar a apreensão da existência de mais concorrentes, a benefício da bipolarização, tanto o BE como a CDU souberam ir ao encontro dos eleitores, segurando e acrescentando novos eleitores aos eleitores que em 2011 lhes deram confiança, o que constitui prova clara da existência de um elevado número de portugueses que não só rejeita a austeridade como afirma que outra política é possível. O facto de o PS ter crescido menos do que o necessário para ultrapassar, sozinho, a coligação de direita instalou nas hostes socialistas um sentimento de derrota, quando cresceu, só compreensível porque António Costa substituiu Seguro com o argumento de que este estava a ganhar por poucos. As lutas internas que estavam latentes no PS, estalaram e enquanto as facções se digladiam a direita e Cavaco e Silva esfregam as mãos. E no entanto, António Costa tem a oportunidade histórica de governar à esquerda. Basta que se sente à mesa com a CDU e com o BE que publicamente se mostram dispostos a viabilizar um governo que politicamente represente a alternativa que o eleitorado votou por larga maioria. Estejamos atentos ao que se vai passar.
REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
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Taipas ROTARY CLUB DAS TAIPAS ENTREGA PRÉMIOS ESCOLARES 2014-15 MAS
O Rotary Club de Caldas das Taipas fez a entrega dos Prémio Escolares aos melhores alunos dos Agrupamentos de Escola da parte norte do concelho de Guimarães, relativos ao ano letivo 2014-2015. A cerimónia pública realizou-se a 29 de setembro, pelas 21 horas, na extensão da Biblioteca Raúl Brandão, sediada na Junta de Freguesia de Caldelas. Adelina Pinto, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Guimarães, bem como, Manuel Ribeiro, representante da Junta de Freguesia de Caldelas, marcaram presença na iniciativa onde também não faltou José Guimarães, em representação do Rotary Club de Guimarães e sócio honorário do clube taipense, assim como diversos professores das escolas representadas. A pós o habitual momento protocolar de abertura da sessão e saudação às bandeiras, foram atribuídos os prémios e certificados aos melhores alunos das PUBLICIDADE
escolas da área de influência do Rotary das Taipas pelas mãos de Adelina Pinto que depois, dirigiu algumas palavras de circunstância ao público presente, tendo referido que a Biblioteca, como espaço de saber e de conhecimento, era “sem dúvida, o local apropriado para o reconhecimento do mérito dos alunos” reconhecendo, no entanto, a exiguidade daquele espaço, nas Taipas, para este tipo de iniciativa. Na sua breve intervenção, elogiou a iniciativa, os alunos premiados, os pais e professores envolvidos, salientando o papel da educação para o sucesso de um povo. Seguiram-se os elogios dos alunos premiados, por parte dos professores presentes. A primeira intervenção coube ao Agrupamento de Escolas de Briteiros, tendo a melhor aluna do 6.º ano –Ana Filipa Machado Ribeiro- sido elogiada pela diretora de turma e a melhor do 9.º ano – Ana Isabel Ribeiro dos Santos – por uma das suas professoras. Na ausência
de qualquer professor/diretor do Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso, Teresa Portal, presidente do Rotary Club e, em simultâneo, subdiretora do Agrupamento de Escolas das Taipas fez o elogio dos quatro alunos a saber: Beatriz Vieira Pereira (6.º ano) e Hugo Miguel Caldas Freitas (9.º ano) de Ponte e Lara Marisa Ferreira Guimarães (6.º ano) e Samuel Jorge Ribeiro Ferreira (9.º ano) das Taipas. Seguiu-se o elogio das alunas da Escola Secundária das Taipas - Rita Sofia Ribeiro Monteiro (a melhor aluna do 12.º ano do Curso de Ciências Socioeconómicas) e Filipa Catarina Alves Ribeiro, a melhor aluna do Curso de Ciências e Tecnologias, vencedora do prémio 3B’s que inclui um estágio nas instalações daquele instituto sediado no Avepark, pelo diretor da escola José Augusto Araújo. Todos os intervenientes elogiaram as qualidades intrínsecas dos jovens que se tornaram um ponto de referência para os colegas, o papel primordial dos professores e o apoio incondicional e o incentivo da família, fundamental para a visão do futuro destes jovens. A encerrar a cerimónia, a presidente afirmou que Rotary acredita na juventude que trabalha quando motivada e surpreende pela positiva. Aliás, por apostar na juventude é que, já no próximo dia 27 de outubro, na visita oficial do Governador, o Rotary Club de Caldas das Taipas vai criar o Rotaract Club de Caldas das Taipas, tendo agradecido a presença das representantes do clube em formação neste ato solene.
MANUEL DOELLINGER LANÇA TERCEIRO ÁLBUM DE ORIGINAIS DR
O cantor natural das Caldas das Taipas, Manuel Doellinger, lançou no início do mês de Agosto o seu mais recentre trabalho discográfico. Actualmente residente no Seixal, o cantor taipense lançou Encontro, terceiro disco composto por onze temas. Doellinger lançou em 2007 o disco Entre Mares e em 2005 A Razão Por Que Canto. Em Julho de 2011, numa entrevista ao Reflexo, Manuel Doellinger, disse sentir alegria sempre que visita as Caldas das
Taipas. Com 62 anos tem feito carreira como cantor, ansiando ainda por um dia poder tocar na vila que o viu crescer. “Guardo grandes recordações desse tempo de menino e sempre que visito as Taipas é uma alegria enorme sentir o coração dessa Vila e da sua Gente. Nunca se esquece o cantinho onde nascemos pois mesmo longe os nossos sentidos estão sempre ligados a nossa Terra ficando um vazio enorme de saudade sempre com vontade de voltar” – Manuel Doellinger ao Reflexo em 2011.
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REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
Taipas
O
TAIPENSE COORDENA PROJECTO DE REFERÊNCIA NA ÁREA DA ARQUEOLOGIA DR
Nome de Joaquim Carvalho chamou a atenção ao apresentarse como nascido nas Caldas das Taipas, num trabalho que a edição portuguesa da revista National Geographic publicou no seu número de Julho, sobre os trabalhos arqueológicos que estão a ser desenvolvidos perto de Marvão. Os vestígios estão a ser trabalhos sobre o que terá sido uma cidade romana conhecida como Ammaia. Desde 1997 que a Fundação Cidade de Ammaia tem promovido a continuidade dos trabalhos de prospecção e de divulgação dos resultados obtidos. Mas quem é então este natural de Caldas das Taipas, envolvido em tão importante projecto? Procuramos saber e conhecer Joaquim Carvalho, a quem enviamos um questionário por e-mail, de forma a perceber como teria este taipense ido parar ao Alentejo. Em 1995 Joaquim Carvalho PUBLICIDADE
integrou a equipa da Universidade de Coimbra que iniciou as escavações da cidade de Ammaia. Antes, estudou História/Arqueologia na Faculdade de Letras em Coimbra, cidade para onde se mudou em 1991, ano em que saiu das Caldas das Taipas. Foi em Coimbra que conheceu a sua actual mulher, natural de Castelo de Vide. Por isso, na altura em que, em 1995, foi para Marvão, já conhecia bem o Alentejo. Devido à distância do local onde reside actualmente e do trabalho que lhe absorve bastante tempo, as suas passagens pelas Taipas não são tão frequentes quanto gostaria, diz-nos. Joaquim Carvalho cresceu na Rabata, junto ao Café do Chiquinho da Rabata. O seu pai, Arménio Carvalho, natural de Miranda do Corvo, veio para as Taipas trabalhar juntamente com o irmão, com quem se estabeleceu com uma
mercearia. Antes disso, faziam venda ambulante pelas aldeias e por isso ganharam a alcunha de “azeiteiros” – denominação que se dava aos vendedores que andavam pelas aldeias, onde não existiam mercearias. O seu tio, António Carvalho, é ainda proprietário da casa de pasto que fica ao lado do edifício onde funciona a Junta de Freguesia e onde esteve instalado o Posto Médico das Taipas. Os seus amigos eram os da vizinhança, na Rabata, mas também na vila. Passava bastante tempo na sede dos Escuteiros, junto à igreja, para onde era levado pelos amigos, embora não fosse escuteiro. Estudou na escola primária de S. Cláudio de Barco, que ficava mais perto de casa. Daí foi para o Ciclo Preparatório, nos pré-fabricados que ficavam numa área perto de onde hoje está o Centro Social das Taipas,
PINIÃO
MANUEL RIBEIRO
CAMINHOS “SEGUROS”
até a escola ficar pronta em 1982. Depois foi para o Liceu Martins Sarmento, em Guimarães, onde estudou na área de humanísticas. Concluiu o 12.º ano na Escola Secundária das Caldas das Taipas e nesse ano fez parte da primeira associação de estudantes daquela escola. Desse tempo, lembra-se de andar mais pelo café Classik e de ir com os amigos para as discotecas na Póvoa de Lanhoso. São muitos os amigos que se recorda dessa altura: o Armando Marques, o Ricardo Fertuzinhos, o Ché, o Miguel, a Conceição, a Elisabete Freitas e muitos outros – “sempre me dei bem com toda a gente”, conclui. Desde 1995, ano em que concluiu o curso na Universidade de Coimbra, que trabalha na Ammaia. Passou pelo município de Castelo de Vide e juntamente com a sua mulher Sofia criou uma empresa de serviços de arqueologia. Acompanha o projecto da Ammaia desde o início, onde, entretanto, foi construído um museu e são desenvolvidos diversos projectos científicos com instituições provenientes de vários pontos da Europa. Tem estado ligado também à Universidade de Évora onde deu aulas e colabora com o Departamento de História. Actualmente trabalha na Fundação Ammaia, onde coordena os trabalhos de escavação do sítio, entre outras incumbências – “a cidade Romana de Ammaia sempre foi uma daquelas cidades em que muitos arqueológos sonharam trabalhar, numa busca romântica pelos seus achados”, confessa.
No dia seguinte de umas eleições legislativas únicas, pois foram realizadas na ressaca da intervenção da troika em Portugal, e num périplo pelos diferentes distritos, vemos que o Norte e centro litoral optou pela coligação PSD/CDS. Nesse sombreado matizado a laranja e azul, encontram-se três distritos que estão entre os quatro maiores do país, com exceção de Porto e Lisboa, e onde o PSD/CDS conquistou a maioria absoluta dos deputados eleitos pelo círculo. A sua importância eleitoral, desde logo pelo número de deputados que elegem, tem correspondência com o grande peso populacional e económico no país. São distritos onde a iniciativa privada prevalece com a instalação da pequena e média empresa. Donde se depreende que o sector industrial – secundário – tem uma grande importância. Esses dados estão reflectidos nas estatísticas da PORDATA e do INE. A partir deste facto sociológico, existe uma questão que se impõe e está relacionada com a aceitação que os partidos de centro direita têm nestes distritos. Não tenho dúvidas que o pequeno e médio empresário, o empreendedor, o comerciante, sabe que a matriz do centro direita assenta na iniciativa privada e que entende a função do estado é estar ao lado dos empreendedores, dos empresários, dos criadores de produtos e serviços que sejam um efectivo criador de riqueza; e que, se possível, essa criação tenha um efeito multiplicador com a possibilidade de exportação permitindo entrada de dinheiro (divisas) de outros países que, de outro modo, nunca cá vinham parar. Sabem ainda que é um objectivo do centro direita dotar o estado da eficiência necessária para assegurar as funções do estado mas que este não seja um estorvo para a economia, para a iniciativa, para a inovação, para o normal desenvolvimento das actividades económicas. Sabem ainda estes distritos, e afirmam-no nas urnas, que a o estado construído em 41 anos de democracia ainda é mais pesado que o “Estado do Salazar”, muito pelo número dos servidores do estado; pelas regras absurdas de remuneração e aposentação e pela rigidez das normas que não permitem mudar nada, mesmo que se queira, para que se obtenham frutos no futuro. Sabem ainda os cidadãos daqueles distritos que a politica de altos impostos; de taxas absurdas; de condicionamento às actividades económicas; de burocracias desmedidas; de constrangimentos incontáveis, desproporcionados, irracionais e inúteis a quem quer trabalhar com iniciativa, aceitando o risco, por pequeno que seja, nunca constaram no programa da coligação e só existem porque um país é um produto de politicas adotadas ao longo de muitos anos – por questões eleitorais - e cuja mudança decorrerá por muito e longo tempo. E por isso acreditam que as máximas comuns a todos os partidos de: mais emprego, menos precariedade, melhores salários, mais saúde, melhor educação, pensões garantidas e, como se diz agora, tudo de bom, serão conseguidas com um programa de centro de direita, concretizadas em conformidade, isto é, de modo seguro e certo. A expressão moderna é: concretizadas de forma sustentável. A regra de que o futuro, que já é amanhã, se constrói hoje, é incontornável.
REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015 10
Região CIDADANIAS: PORTUGAL COLOCADO EM PERSPECTIVA, FACE AO DESAFIO DO FUTURO
PAULO DUMAS
foi necessário o envolvimento das pessoas que moravam e trabalhavam no Centro Histórico e fazê-las acreditar num projecto que muitos consideravam improvável – “foi este processo mais interventivo, que nos fez chegar a alguns patamares de exigência, de rigor, de capacidade, em complementaridade com o conceito de cidadania, que ficou expresso nos projectos que então abraçamos”. MANUEL CARVALHO DA SILVA
A quarta edição do Cidadanias – fórum de discussão da actualidade, organizado pelo Núcleo de Estudos 25 de Abril, este ano dedicado à reflexão em torno do tema: “ Portugal: a Europa e o Mundo”. A sala da Escola Secundária das Taipas, onde decorreu o Cidadanias, encheu-se na manhã de sábado, 19 de Setembro, para ouvir e debater “Portugal: a Europa e o Mundo” com os três convidados: António Magalhães, que foi presidente da Câmara Municipal de Guimarães, durante 24 anos; Manuel Carvalho da Silva, conhecido por ter liderado a estrutura intersindical CGTPIN, até 2011, sendo actualmente coordenador do Centro de Estudos Sociais, em Lisboa; e António Sampaio da Nóvoa, candidato à presidência da República de Portugal, reconhecido académico, que foi PUBLICIDADE
reitor da Universidade de Lisboa. A moderação coube a Francisca Abreu, que foi vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, nos últimos mandatos. ANTÓNIO MAGALHÃES
A primeira intervenção coube a António Magalhães, centrada na sua experiência nas causas públicas, primeiro como deputado da Assembleia da República e depois como autarca do município de Guimarães. O actual presidente da Assembleia Municipal de Guimarães separou o percurso como autarca em dois períodos: um primeiro, que
corresponde à década de 1980, em que não havia uma maioria absoluta no executivo e depois, de 1990 em diante, quando o PS consegue a sua maioria absoluta. Magalhães defende que a maioria no executivo foi determinante para delinear uma estratégia para o município. Foi neste último período, de 24 anos, seis mandatos, que se desenvolveu o processo de requalificação do Centro Histórico de Guimarães, a sua classificação pela UNESCO e, em 2012, a eleição de Guimarães para Capital Europeia da Cultura. Durante estes processos António Magalhães lembrou que
Carvalho da Silva, antigo líder de uma das centrais sindicais, começou por lembrar que o seu percurso começara nas Taipas, na Chromolit. Lembrou um encontro com Ferreira de Castro, que passeava no parque, junto ao rio – “aquele encontro foi uma marca muito forte, porque eu tinha lido “A Lã e a Neve”, um excelente romance, e encontrei ali o homem que o tinha escrito. A intervenção de Manuel Carvalho da Silva focou-se na ideia de reposicionamento das questões do trabalho no actual contexto sóciopolítico, que se vive na Europa. Fez o enquadramento das grandes transformações ocorridas no pós25 de Abril – “passar da ausência da democracia para a democracia não é um processo simples. Nós partimos para o progresso com um atraso muito grande”. Carvalho da Silva manifestou-se muito crítico relativamente às opções políticas tomadas nos últimos anos pelos partidos de direita – “o nosso exemplo de governação dos últimos quatro anos são uma vergonha”. Referiu-se, como exem-
plo, à desregulação nos mercados financeiros e da banca, ao processo BES em particular, da intervenção do estado neste processo; e, finalmente, da subjugação às politicas europeias, que põem em causa a soberania de Portugal. ANTÓNIO SAMPAIO DA NÓVOA A intervenção do candidato à presidência da República, nas próximas eleições presidenciais, António Sampaio da Nóvoa, era esperada com alguma expectativa. Chegou mais tarde e saiu mais cedo. O professor apresentou na sua intervenção aquele que será o seu programa de candidatura à presidência do país. Com referências diversas, sobretudo vindas do Brasil, Sampaio da Nóvoa defendeu que o grande desafio que se coloca aos portugueses, hoje, é a reafirmação do posicionamento geográfico de Portugal, sendo fundamental a aposta num projecto que imprima novas dinâmicas, capazes de criar inovação – “nós não nos podemos resignar a ser uma periferia da Europa”, disse, fazendo referência à necessidade de um reposicionamento de Portugal face à Europa, ao Atlântico e aos países lusófonos. Será através do reforço da soberania de Portugal, muitas vezes limitada por regras vindas de fora, referindo-se à União Europeia e à Organização Mundial do Comércio, que deverá centrar-se o projecto do futuro do país. António Sampaio da Nóvoa terminou a sua intervenção citando Manuel Laranjeira, que escreveu há cerca de um século “ou nos salvamos a nós ou ninguém nos salva”.
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3º ENCONTRO ANTIGOS ALUNOS ESCOLA SECUNDÁRIA DAS TAIPAS 17 OUTUBRO 2015 19H - VISITA ÀS INSTALAÇÕES DA ESCOLA SECUNDÁRIA DAS TAIPAS 20H - JANTAR (15 EUROS) - RESTAURANTE ALBINO RESERVAS:
antigosalunostaipas@gmail.com
LOCAIS DE PAGAMENTO: “Freitas Cabeleireiros” (CC Passerelle - José Freitas) | “Sapataria Júlio Duarte” (Praça Dr. João Antunes Guimarães - Milú) | “Restaurante Marifer” (Rua Nova dos Bombeiros Fernando Lopes) ou junto de qualquer elemento da Comissão Organizadora (ver cartaz do evento em https://www.facebook.com/groups/154460251405851/). - Para outras formas de pagamento, pede mais informações por email
ANIMAÇÃO: DJ GUSTO
NÃO FALTES
2014 FOI ASSIM! COMO SERÁ ESTE ANO?
REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015 12
Região DEZ ANOS DEPOIS, O CENTRO CULTURAL VILA FLOR ASSUME-SE COMO “POLO CULTURAL DE REFERÊNCIA”
DR
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE PONTE ANALISA ATIVIDADE DA JUNTA
O Centro Cultural Vila Flor (CCVF) celebrou 10 anos no dia 17 de Setembro. Para marcar a ocasião foi desenvolvido um programa, durante todo o mês, que contou com a música de Angel Olson e Manel Cruz, para ouvir de “Manta” na relva do jardim do CCVF; com uma coprodução do Teatro Oficina com o Teatro Experimental do Porto, “Pantagruel”; com a peça de dança contemporânea “Pântano” e ainda com a estreia de “Festival”, pela companhia de teatro Mala Voadora. Há, com certeza, um antes e depois do CCVF em Guimarães e a atribuição de Capital Europeia da Cultura, possivelmente, não teria sido possível sem este espaço cultural. É a cooperativa “A Oficina” que faz a gestão desde a inauguração do espaço, em 2005, que nasceu com o intuito de acolher eventos culturais da cidade e contribuir para um desenvolvimento sustentado da cultura na mesma. Em jeito de balanço e também de visão para o futuro, falamos com Frederico Queiroz, presidente da cooperativa “A Oficina”, e José Bastos, atual vereador da cultura do município, que em 2005 estava à frente da cooperativa. Para Frederico Queiroz o balanço destes dez anos “é muito positivo” e o CCVF “assume-se claramente como um polo cultural de referência no país e, particularmente, na região norte, em conformidade com o desígnio que assumiu desde a sua inauguração, de atuar como agente de educação e dinamização cultural”. Para José Bastos, vereador com o pelouro da cultura, o CCVF veio permitir a “afirmação de um projeto cultural que vinha sendo implementado há alguns anos”, projeto esse que “adquiriu uma escala e afirmação que dificilmente
seriam possíveis sem a existência de um espaço físico com as características do CCVF”. A ideia de que o panorama das artes e cultura em Guimarães se alterou bastante desde 2005, ano do nascimento do CCVF, é partilhada por ambos. José Bastos sublinha a importância estratégica do CCVF, sem o qual “Guimarães não teria conseguido ser Capital Europeia da Cultura em 2012”. “O projeto cultural assumido pela CEC suportou-se claramente numa estratégia que vinha sendo seguida pelo CCVF, onde a criação artística tinha um lugar de destaque, onde o serviço educativo era elemento essencial na estratégia e onde a contemporaneidade era pedra basilar”. Frederico Queiroz refere ser “amplamente reconhecido que a criação do CCVF significou um ponto de viragem na cultura em Guimarães, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento social e para a consolidação da consciência cívica dos cidadãos. O CCVF contribuiu positivamente para a dinamização económica e turística da cidade, ao atrair público de fora de Guimarães para os seus eventos e consequentemente para viver a cidade”. Mais especificamente, “eventos como o GUIdance e o Guimarães Jazz têm conquistado projeção e notoriedade alémfronteiras, o que se reflete na cada vez maior afluência de público estrangeiro na cidade”. No entanto, nem tudo corre bem no seio do CCVF e “A Oficina” tem encontrado dificuldades no período pós-CEC 2012. O principal motivo é a Lei 50/2012 de 31 de Agosto, que aprova o regime jurídico da atividade empresarial local. As restrições financeiras têm afetado o funcionamento do CCVF. José Bastos
é bastante crítico em relação a “uma lei que não está ao serviço dos nossos concidadãos” e que tem uma “forte carga ideológica e castradora da ação política dos municípios”. Para o vereador, a lei em causa “veio trazer às autarquias um enorme problema na gestão dos seus equipamentos culturais, desportivos e sociais e traduziu-se numa enorme limitação da autonomia do poder local”. Depois de questionar que “se as virtudes da Lei 50/2012 são aquelas que tantas vezes ouvimos defender, então por que razão o Governo não as assume para o setor empresarial do estado?” Que futuro? Destacando que “seria impensável olhar para Guimarães sem o CCVF” e que a sua inexistência fragilizaria a região, José Bastos afirma que “o CCVF daqui a dez anos continuará a ser uma pedra basilar no reforçado projeto cultural de Guimarães. Deverá ser um espaço de criação e programação artística; um parceiro fundamental das estruturas culturais do território; um elemento ativo na relação com os restantes equipamentos culturais; um agregador, indutor e potenciador de dinâmicas culturais ecléticas, inclusivas, inovadoras e capazes de contribuírem para a construção disruptiva do futuro”. Para Frederico Queiroz, Guimarães sem o CCVF “seria, certamente, uma cidade menos atrativa culturalmente e menos reconhecida internacionalmente”. Apontando para o futuro, o diretor da cooperativa afirma que “a estratégia do CCVF não deixará de se focar na tentativa de ser continuamente inovador, continuando a reservar um lugar de relevo para as coproduções e o apoio à criação artística, apresentando uma programação aberta à Europa e ao mundo”.
A Assembleia de Freguesia do dia 30 de setembro ficou marcada pela análise da atividade da Junta de Freguesia. No período de antes da ordem do dia, Miguel Sousa (PS) manifestou o seu desagrado por só nesse mesmo dia terem sido disponibilizados os documentos que havia requerido à Messa da Assembleia de Freguesia em 17 de julho, tendo renovado o pedido em mais duas ocasiões. Miguel Costa, também do PS, destacou a inauguração, no passado dia 19 de setembro, do relvado sintético do Campo de Jogos Dr. João Afonso Almeida, num investimento municipal total de 200 mil euros. Referiu que a inauguração do relvado sintético constituiu um facto muito importante para todos os sócios e simpatizantes do clube e, em particular, para os jovens atletas, que passam agora a ter condições de qualidade para os treinos, melhorando, significativamente, a oferta formativa desta modalidade. Daniel Salazar (CDU) referiu-se à execução das obras de requalificação da Ponte de Campelos e ao alargamento da Rua Dr. Hugo de Almeida e da Rua Reitor Francisco José Ribeiro. Daniela Caldas, deputada da Coligação PSD/ CDS, fez referência ao resultado eleitoral das eleições autárquicas de 29 de setembro de 2013, lembrando os investimentos realizados na vila, nestes últimos dois anos, em parceria com a Câmara Municipal. O deputado Miguel Sousa interpelou o membro Daniela Caldas dizendo que os projetos de requalificação da Ponte de Campelos e do Centro Cívico transitaram já de anteriores mandatos. Manuela Ribeiro (PS)
referiu-se às eleições legislativas, considerando que para além de um direito é um dever cívico de todos os portugueses participar em tal ato. Sérgio Rocha, Presidente da Junta de Freguesia, na sua intervenção, também se referiu ao ocorrido no decurso na intervenção da deputada do PS, dizendo continuar a registar-se sucessivos atropelos ao Regimento da Assembleia de Freguesia. Justificou o atraso na entrega da documentação aos membros do PS com o período de férias de algumas pessoas, expressando que de futuro não voltará a ocorrer tal situação. Deu conhecimento das obras que a Junta de Freguesia tem levado a cabo, referindo que tal só foi possível com o inquestionável apoio do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães. Sérgio Barbosa, da Coligação PSD/CDS, interveio dizendo que a atividade da Junta de Freguesia diz respeito a obras urbanísticas e de carater social e salientou um conjunto de obras em curso. O deputado Armindo Cunha (PS) referiu-se à atividade da Junta de Freguesia neste últimos três meses como uma mera gestão administrativa e corrente. Finalmente, o Presidente da Junta de Freguesia enumerou um conjunto de obras que terão o seu início a curto prazo, a saber: pavimentação da Rua Dr. Hugo de Almeida; restauro do fontanário da Rua Dr. Hugo de Almeida, requalificação do largo Comendador Manuel Gonçalves, execução de zona de lazer no Guardamilo, ligação de todas as luminárias, intervenção junto do monumento dos excombatentes da Guerra do Ultramar e requalificação de passeios na Rua do Ave.
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REFLEXO #232 OUTUBRO DE 2015
Região CONGRESSO DA SPAT REÚNE EM GUIMARÃES ESPECIALISTAS DE TODO O MUNDO DR
O congresso da Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva (SPAT) realizou-se nos passados dias 24 e 25 de Setembro. O médico Hélder Pereira, vimaranense, natural das Caldas das Taipas, foi um dos comissários que presidiu à organização deste evento, que juntou especialistas de todo o mundo. Algum motivo especial para a organização do congresso na cidade de Guimarães? Quando me foi lançado o repto de organizar o XII Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva, em conjunto com o Dr. João Lourenço, a ambos nos pareceu óbvio que o local ideal seria a cidade berço da nação, património Mundial da Unesco – Guimarães. É preciso descentralizar e trazer eventos deste nível para locais diferentes de Lisboa e Porto. Conseguimos demonstrar aos membros da SPAT que este congresso só teria a ganhar realizando-se nesta cidade. Posso assegurar que, mesmo entre os convidados estrangeiros, pessoas habituadas aos maiores palcos do mundo, a escolha de Guimarães foi amplamente louvada. Foi bastante difícil de organizar, dadas as contingências económicas que vivemos. Contudo, saliento que desde que fizemos a proposta à Câmara Municipal de Guimarães esta se tornou um forte aliado, facilitando as condições logísticas necessárias. O Centro Cultural Vila Flor é fantástico para estes eventos, com grande qualidade e versatilidade. Que papel tem desenvolvido a SPAT na área da medicina desportiva? Desde há muitos anos que a SPAT tem assumido um papel de
relevo, quer em Portugal, quer junto das sociedades internacionais, como a ESSKA (sociedade europeia) ou ISAKOS (sociedade mundial), nos campos da Artroscopia e da Traumatologia Desportiva. Além disso, tem tido um papel aglutinador de outras sociedades científicas relacionadas como a Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva. Antes do congresso, mas fazendo já parte do seu programa, realizamos um curso avançado de Artroscopia em cadáver, presidido pelo Dr. Manuel Vieira da Silva, em parceria com a Universidade do Minho. Este curso esteve lotado nas três áreas: Cirurgia do Joelho, coordenada pelo Dr. Vieira da Silva; Cirurgia do Ombro, coordenada pelo Dr. Nuno Sevivas; e Cirurgia do Tornozelo, coordenada por mim próprio. Este curso foi um marco e um exemplo, seguindo os mais exigentes critérios internacionais de formação e contando com alguns dos melhores especialistas nacionais e do mundo, permitiu aos jovens cirurgiões portugueses uma acção de formação de máxima qualidade. Este é um papel fundamental da SPAT, contribuir para a formação pré e pós graduada de médicos em Artroscopia e Traumatologia Desportiva. Foi um êxito, um marco e um exemplo para futuro. Qual a importância deste tipo de encontros?
Estes encontros são fundamentais, particularmente quando embuídos neste espírito de inovação e exigência. São uma oportunidade para apresentar resultados das novas técnicas, trocar ideias e, pela primeira vez, ocorreu esta formação através deste curso com patrocícnio científico da Universidade do Minho. Aliás, a qualidade do congresso foi reconhecida pela sociedade europeia ESSKA, que lhe atribuiu patrocínio científico, assumindo este evento também como seu. Este congresso conseguiu ser um marco na história da SPAT pelo impacto que teve na comunidade científica nacional e internacional. Pelo nível dos palestrantes estrangeiros que estiveram connosco e pelo impacto que também conseguiu ter na sociedade civil através do Simpósio Desporto, Saúde e Sociedade. Neste simpósio obteve atenção de alguns dos nossos campeões como: Dulce Félix, Neno, Pedro Mendes e Bruno Torres, vozes experientes do desporto como José Pereira e Henrique Calisto. Como presidente do congresso que balanço faz: ao nível da participação e ao nível dos trabalhos apresentados? Eu e o João Lourenço estamos muito orgulhosos sobre o nível dos trabalhos apresentados. O vencedor do prémio do melhor trabalho apresentado vai ter a oportunidade e a honra
de apresentar o seu trabalho em Barcelona, no próximo congresso da ESSKA. Um dos pontos altos foi a homenagem prestada pelos ortopedistas portugueses a duas pessoas que tanto contribuíram para o desenvolvimento da ortopedia portuguesa: o Prof. Philippe Neyret e o Prof. Niek Van Dijk. Este reconhecimento valoriza ainda mais o papel internacional da SPAT, através das parceiras que foi criando ao longo dos anos. Além disso, são duas pessoas muito especiais para mim. Quais as conclusões do congresso? Portugal neste momento tem um nível muito elevado neste campo da medicina, mas continuamos a precisar de melhorar a comunicação entre sectores. Tivemos perto de 300 inscritos e cerca de 400 participantes no congresso. A cirurgia de preservação meniscal constitui uma grande mudança de paradigma: antes, tiravam-se meniscos que hoje sabemos que poderiam ter efeitos deletérios na articulação! Hoje, temos muitas mais “armas” para defender esta importante estrutura. O desenvolvimento em Portugal no campo da cirurgia do tornozelo foi também notável. Uma grande conclusão é que: quando as forças vivas da cidade de Guimarães nas áreas da saúde, ciência, desporto, empresas e poder autárquico se unem, é possível criar eventos ao mais alto nível, em qualquer área, a nível nacional e internacional. Alguma sessão apresentou evidências científicas que estejam em condições de poderem ser postas em prática a breve trecho? Das áreas em que se tem verificado maiores desenvolvimentos são os campos dos problemas da cartilagem e do menisco. Os estudos no Instituto de Investigação 3Bs, em parceira com clínicos dedicados a este campo, têm vindo a evoluir muito, o que causou uma boa impressão na comunidade médica. Por outro lado, as técnicas de reparação e substituição meniscal, que estiveram na origem do meu projecto de doutoramento estão neste momento estabelecidas e finalmente convenceram a comunidade ortopédica mundial.
CENTRO SOCIAL DE SANDE S. CLEMENTE VAI ACOLHER REFUGIADOS DA GUERRA NA SÍRIA Domingos Bragança anunciou na última reunião da Câmara Municipal que o município está a preparar, juntamente com uma dezena de instituições do concelho, o acolhimento de 60 refugiados dos cerca de 5 mil que Portugal se comprometeu receber em reunião efetuada em Bruxelas, no final de setembro, no âmbito do Conselho de Justiça e Assuntos Internos Extraordinário. O Presidente da Câmara, no período antes da ordem do dia, referiu que esteve reunido com a Presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, encontro que contou ainda com a presença de representantes de dez instituições vimaranenses. Nesse encontro, discutiu-se o Plano Local de Acolhimento a Refugiados, documento que está em fase de conclusão, o qual prevê a instalação e integração de várias famílias e eventualmente crianças órfãs por essas instituições, num total de 60 refugiados da guerra na Síria. Domingos Bragança deu conta que o Centro Social de Sande S. Clemente é uma das dez instituições disponíveis para receber alguns desses refugiados. Conceição Marques, presidente da direção do Centro Social, confirmou a disponibilidade da instituição para acolher uma das famílias dos refugiados que Guimarães irá acolher: “Ficamos sensibilizados pelas palavras do Papa Francisco quando afirmou que se todas as paróquias recebessem uma família o problema dos refugiados seria ultrapassado. Manifestamos a nossa disponibilidade à Câmara Municipal e estamos prontos para acolher uma família, não sabemos o número de pessoas mas faremos todos os possíveis para que a integração se faça sem grandes sobressaltos”.
EB1 DE REAL CEDIDA AO RANCHO FOLCLÓRICO E À CASTREJA O executivo vimaranense aprovou, por unanimidade, na reunião realizada no dia um de outubro, a cedência do edifício escolar do primeiro ciclo do ensino básico da freguesia de Briteiros Santo Estêvão, ao Rancho Folclórico de Santo Estêvão, para a realização de reuniões e ensaios, e à Castreja - Cooperativa de Apoio Social e Cultural, de Responsabilidade Limitada, para o armazenamento de vestuário/calçado e material ortopédico/hospitalar usado destinado às famílias mais carenciadas da região. No contrato agora aprovado na reunião do executivo vimaranense realizada a 1 de Outubro, será da competência da União de Freguesias de Briteiros e Donim a realização de eventuais obras de recuperação, adaptação, manutenção ou beneficiação, a aquisição de novos equipamentos e mobiliário, bem como as despesas inerentes ao consumo de eletricidade, água, gás, telefone e internet. Por sua vez, o município suportará somente as despesas com o seguro do edifício. O presente contrato tem a duração de um ano, sendo anualmente renovado se não for denunciado por qualquer das partes até 120 dias antes do seu termo. Recorde-se que o estabelecimento escolar foi desativado no final do ano letivo de 2008/2009.
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015 14
Região COLIGAÇÃO PORTUGAL À FRENTE GANHA ELEIÇÕES MAS SEM MAIORIA PORTUGAL CONTINENTAL E INSULAR A DUAS CORES
PORTUGAL CONTINENTAL E INSULAR A DUAS CORES BRAGA
PORTUGAL*
GUIMARÃES
DISTRITO
OUTROS 6,4%
OUTROS 9,0%
OUTROS 8,6% CDU 8,3%
CDU 7,1%
CDU 5,2%
PAF 36,8%
BE 8,8%
BE 10,4%
BE 10,2%
PAF 39,5%
PAF 45,6%
PS 33,4%
PS 30,9%
PS 32,4%
ABSTENÇÃO 40,2%
ABSTENÇÃO 43,1%
ABSTENÇÃO 37,0%
* RESULTADOS PROVISÓRIOS FALTAM APURAR 24 CONSULADOS
OS DEPUTADOS ELEITOS POR BRAGA
JORGE MOREIRA DA SILVA
FERNANDO NEGRÃO
CLARA MARQUES MENDES
TELMO CORREIA
HUGO SOARES
LAURA MAGALHÃES
EMÍDIO GUERREIRO
JORGE PAULO OLIVEIRA
VÂNIA BARROS
JOEL SÁ
MANUEL CALDEIRA CABRAL
JOAQUIM ALMEIDA BARRETO
SÓNIA FERTUZINHOS
DOMINGOS PEREIRA
HUGO POLIDO PIRES
MARIA AUGUSTA FONTES DOS SANTOS
LUÍS SOARES
PEDRO SOARES
CARLA CRUZ
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REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015
Região LUÍS SOARES ELEITO PARA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA DR
O taipense Luís Soares foi eleito deputado para a Assembleia de República (AR), pelo círculo eleitoral de Braga, em representação do Partido Socialista. Aos 32 anos, Luís Soares, estará entre os mais jovens deputados da próxima legislatura na AR. Em jeito de comentário à sua eleição, Luís Soares, referiu ao Reflexo que “sempre disse que este desafio era mais de carater coletivo do que propriamente individual. E, do ponto de vista coletivo, para Guimarães, mantivemos os dois deputados, pelo que o objetivo foi cumprido. Naturalmente que também não seria sério, da minha parte, dizer que do ponto de vista individual isto não é uma oportunidade e um privilégio muito grande.” Com o que é que podem contar os vimaranenses, relativamente à sua presença na AR? Quem me conhece sabe que não será por falta de empenho, dedicação e trabalho, que o mandato possa vir a correr mal. Depois, podem contar com a defesa dos interesses e dos problemas dos vimaranenses e, acima de tudo, que a minha pessoa possa ser, de facto, uma ferramenta ao serviço da resolução dos problemas dos vimaranenses. Tem já alguma causa/problema que vá querer vincar na sua atuação na AR? Acho que era importante o deputado de Guimarães estivesse na Comissão da Saúde e do Trabalho ou dos assuntos laborais. O Vale do Ave é uma região marcadamente fustigada pelo desemprego e pela precaridade no trabalho e, portanto, acho que a defesa dos trabalhadores e das suas relações laborais fazem com que seja importante ter Guimarães representado numa dessas
Comissões. A Saúde é também uma questão que preocupa muito os vimaranenses. Nos últimos 4 anos assistimos à degradação daquilo que são as condições de acesso à Saúde e que teve o seu expoente máximo na questão da “Portaria do Hospital” que desclassificou o Hospital de Guimarães e coloca em perigo um conjunto de valências que são essenciais. Portanto, acho que essas são matérias em relação às quais eu quero estar atento. A questão da Educação especial das nossas escolas do concelho, por exemplo, já é um assunto em que temos batalhado e que quero continuar a manter-me atento. Esta sua eleição poderá ser a explicação, para aqueles que se vão questionando, para o facto do Luís Soares nunca se ter apresentado como candidato à Presidência da Junta de Freguesia ou à vereação municipal? Foi sempre uma ambição pessoal chegar à AR? Quem me conhece sabe que gosto muito de fazer política local e até é, porventura, o sítio onde me sinto melhor a fazer política. E, nos últimos doze anos, desde que faço intervenção política, tenho tido oportunidade de estar sempre na Assembleia de Freguesia de Caldelas e quero continuar a ter as responsabilidades que o Partido Socialista me tem confiado neste últimos doze anos. E não vou deixar de o fazer, quer na Assembleia de Freguesia de Caldelas, quer na Assembleia Municipal de Guimarães. Esta nova função que iniciarei, como deputado na AR, só faz sentido se for exercida em estrita cooperação e articulação com as instituições locais. O Luís Soares foi o 19.º deputado eleito pelo círculo de Braga.
Esteve, até muito perto do fecho da contagem do distrito, com números muito próximos do Bloco de Esquerda. Em algum momento teve receio de não vir a ser eleito? Costumo dizer que quem não está preparado para perder, não está preparado para ganhar. Portanto, esta função que agora inicio tem de ser encarada com espirito de missão e no estreito respeito naquilo que são os resultados eleitorais e a vontade daqueles que nos elegeram. Acho que se não fosse eleito, não vinha mal nenhum ao mundo. Tendo sido eleito, acho que é uma oportunidade que deve ser agarrada com unhas e dentes e eu farei por isso. Os resultados, a nível nacional, não correram como queríamos. No distrito e no concelho, também gostaríamos de ter tido um resultado diferente mas, salienta-se, acima de tudo, a perda da maioria da Coligação PSD-CDS. E isso, acho que é uma vitória, não só para o PS mas, para o país. Temos também de perceber que, o PS, que tradicionalmente conseguia federar a votação do descontentamento e também a votação da esquerda, nestas eleições, perdeu alguma da sua expressão porque a esquerda se encontra absolutamente fragmentada. Há a subida do Bloca e da própria CDU e de outros pequenos partidos que começam a ser olhados pelo eleitorado como alternativas áquilo que era o status quo dominante. Daqui para a frente vai fixar residência em Lisboa ou, continuará pelas Taipas? Claro que não será possível continuarem a ver-me pelas Taipas com a mesma regularidade que até aqui. Mas, deixo cá a minha filha e a minha esposa e, pelo menos, entre sexta e segunda-feira, estarei por cá. Até porque também quero manter em todo o distrito um trabalho de muita proximidade. Já assumimos o compromisso de realizar algumas sessões descentralizadas dos deputados no concelho, aproveitando o trabalho que é dedicado às segundas-feiras mas, também aproveitar as noites de sexta e sábado para contactar com as pessoas. Estarei cá com muita frequência. Eventualmente não com a presença que vinha tendo mas, manter-me-ei por cá.
REUNIÃO DESCENTRALIZADA DA CÂMARA MUNICIPAL NA VILA DE SERZEDELO ALFREDO OLIVEIRA
A sétima reunião de Câmara descentralizada do Executivo Municipal de Guimarães realizou-se esta quinta-feira na Igreja Românica de Serzedelo. Em vésperas de eleições legislativas, esta reunião foi marcada pela convergência na hora da votação. Os 18 pontos da ordem de trabalhos foram aprovados por unanimidade. Terá sido uma “reunião abençoada” como referiu André Coelho Lima, pensando certamente no local onde se realizou a reunião do executivo vimaranense; curiosamente, para Torcato Ribeiro foi a forma de estar tanto tempo numa igreja. A igreja de Santa Cristina, Monumento Nacional desde 1927 (no decreto-lei surge a designação de “Igreja de Cerzedelo”), está integrada, como se pode ler no site da Direção Geral do Património Cultural, num dos “mais interessantes núcleos religiosos baixo-medievais do Entre-Douroe-Minho”. Ao longo de quatro séculos, como acrescenta o texto, construiu-se esta igreja românica, um narthex já gótico (átrio separado do resto da nave por divisão fixa), um muro-campanário igualmente do século XIII e uma capela funerária - hoje servindo como sacristia -, datada já do período em que o Gótico avançava para
o fim da Arte da Idade Média. No interior, conservam-se ainda vestígios de pintura mural, muito degradados, e cuja tentativa de consolidação, efetuada em 1978, pela DGEMN, não colocou termo à sua deterioração. Regressando à reunião do executivo integrado na iniciativa “Câmara Aberta”, esta foi marcada pela apresentação do estudo de requalificação da centralidade da vila de Serzedelo. O arquiteto Filipe Fontes apresentou a solução para as “tensões” existentes os dois polos desta vila. Um marcado pela centralidade existente à volta da igreja e outro marcado pelo complexo desportivo, Junta de Freguesia e escola. Com um custo previsto de 72 mil euros, o projeto prevê uma ligação “coerente” entre esses dois polos, com passeios e espaços para estacionamento. Para este valor muito contribuiu, como referiu Domingos Bragança, a cedência a título gratuito de terrenos pertencentes à paróquia. Da ordem de trabalhos, destaque para a adjudicação de uma nova requalificação e beneficiação de arruamentos da rede viária municipal, no valor superior a um milhão de euros e a aprovação da proposta de adesão à Carta Europeia para a Igualdade das Mulheres e dos Homens na Vida Local.
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015 16
Temático ECOS
A Professora de Português TERESA PORTAL PROFESSORA
Se fores uma boa timoneira, ultrapassarás abismos e não soçobrarás em naufrágios intempestivos e repentinos. Saberás conduzir a tua nave com segurança a favor dos ventos e das boas vontades dos deuses. E, um dia, quem sabe, poderás vir a ser uma escritora famosa. Por mero acaso dei com ela, naquele dia rabugento de despedida do verão, num recanto do jardim, o olhar fixo num ponto do infinito que eu não podia abarcar. Vivia num mundo muito seu e inacessível ao comum dos mortais, disse-me a enfermeira. Não precisava da informação, pois era visível o alheamento da mulher, abstraída do que a rodeava, absorta nalgum pensamento parado no tempo. Nem a mosca que teimava em pousar-lhe na testa parecia incomodá-la
ou trazê-la para a realidade que já nada lhe dizia. Não era Alzheimer, confidenciou-me, mas uma daquelas enfermidades modernas afins que atingem os incautos, os menos hábeis em manterem-se sãos de corpo e de espírito e cujo nome me escapou por complexo e intrincado. (Tenho uma fobia a nomes, até a nomes próprios. Fixo os rostos, as fisionomias... o resto é passado.) “Foi professora e começou a ter esgotamentos até que um dia... ficou do lado de lá.”
- segredou-me. Arrepiei-me, fiquei mesmo com pele de galinha e senti uma sensação de enjoo como se o estômago se tivesse, subitamente, embrulhado. Observei-a cuidadosa e curiosamente. Aparentava uns sessenta anos e devia ter sido muito bela. Dona de uma beleza etérea, receei que se esfumasse e desaparecesse de repente na brisa que a abraçava e da qual ela desprezava a carícia. Se a quisesse descrever, todos os adjetivos seriam insuficientes para a definir concretamente. Foi então que algo a despertou do seu marasmo e se movimentou lentamente, virando-se na minha direção. Senti um choque elétrico. Aqueles olhos, aqueles olhos azuis acinzentados envolveram-me sem me reconhecerem. Eu… visitei o passado. “Como te chamas?” “Teresa.” “Então, Terezinha, vamos ambas embarcar numa aventura maravilhosa que se chama LEITURA e tu vais aprender a navegar nas águas mansas ou tormentosas das palavras e dos textos. E, se fores uma boa timoneira, ultrapassarás abismos e não
soçobrarás em naufrágios intempestivos e repentinos. Saberás conduzir a tua nave com segurança a favor dos ventos e das boas vontades dos deuses. E, um dia, quem sabe, poderás vir a ser uma escritora famosa.” Aprendi com ela o gosto das letras, a ânsia de as juntar em textos originais que me encantassem e fascinassem os outros. Ser escritora… só nas horas vagas e para meu deleite. Alguns textos… também para gozo de quem me lê. Sabê-la assim, reconhecê-la daquele modo DR incomodou-me mais do que seria de esperar. Ela moldou seres, cativou-os para a vida, enfeitiçou-os com os seus olhos mar tempestuoso, soprou-lhes uma alma e uma vontade próprias. Foi minha professora de Português e eu segui-lhe as pisadas.
enquanto houver uma pessoa escravizada, privada de liberdade, seja ela de que género for, não nos podemos sentir verdadeiramente felizes. Diz um documento do Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes (Alegria e Esperança), sobre o mundo contemporâneo: “Para os que têm fé, uma coisa é certa: a actividade humana, individual e colectiva, ou aquele esforço gigantesco com que os homens se atarefam ao longo dos séculos para melhorar as condições de vida, considerado em si mesmo, corresponde à vontade de Deus. O homem, na verdade, criado à imagem de Deus, recebeu a missão de submeter a terra e todas as coisas que nela existem, de governar o mundo na justiça e na santidade” (GS 34). Por conseguinte, o esforço de todos os homens por acabarem com tudo o que oprime o homem e fazer com que ele se sinta o senhor de toda a criação, corresponde ao projecto de Deus. Ele quer que façamos deste mundo uma pátria da liberdade, onde todos os cidadãos possam andar de cabeça erguida e felizes. Não importa neste mundo ter muitas coisas; o importante é ser verdadeiramente livre, segundo essa
liberdade para a qual Cristo nos libertou. As ideologias anunciaram uma nova era de liberdade. Elas vão morrendo e os seus sonhos vãose desvanecendo. Mas os cristãos têm a Boa Nova do Evangelho que proclama a liberdade dos filhos de Deus, rejeita toda a servidão e anuncia que as sementes de liberdade semeadas na terra servem misteriosamente para o mundo futuro. Os cristãos têm como certo que surgirá uma nova terra onde todos viverão em perfeita e total liberdade. Ignoramos o tempo em que virá o fim da terra e da humanidade. Mas sabemos que nesse último dia acontecerá a libertação total: libertação do mal, do egoísmo e da morte. (Cf. GS 39). A esperança de uma nova terra, que já existe misteriosamente mas ainda não aconteceu na sua realização, deve motivar os crentes no empenho em trabalhar corajosamente onde se luta pela liberdade. Todos os valores da dignidade humana, de comunhão fraterna e de liberdade que foram semeados ao longo da história servirão misteriosamente para fazer os alicerces desses “novos céus e nova terra”.
Uma dedicatória a todas as professoras de Português e muito em especial à minha, que Deus tenha!
JUVENTUDE
Liberdade do Mundo
LUÍS MARTINHO PADRE
Enquanto houver uma pessoa escravizada, privada de liberdade, seja ela de que género for, não nos podemos sentir verdadeiramente felizes. Deus quer que façamos deste mundo uma pátria da liberdade, onde todos os cidadãos possam andar de cabeça erguida e felizes. A esperança de uma nova terra, que já existe misteriosamente mas ainda não aconteceu na sua realização, deve motivar os crentes no empenho em trabalhar corajosamente onde se luta pela liberdade. Em 1886 foi instalada à entrada do porto de Nova Iorque a estátua da liberdade, cujo nome completo é: “Estátua da Liberdade iluminando o mundo”. Trata-se de um gigantesco monumento que se converteu num símbolo da cultura Ocidental. Com esta estátua quis-se comemorar a abolição da escravatura, os direitos humanos proclamados durante a República Francesa… e outros similares.
Esta estátua foi uma oferta da França aos Estados Unidos da América, simbolizando a união destes dois povos na defesa da liberdade. Pode dizer-se que com esta estátua se levantou um monumento a todas as pessoas que se empenharam a favor da dignidade do género humano. Contudo, o caminho para a liberdade ainda não terminou. Há no mundo ainda muito para fazer e,
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Rua Nossa Senhora de Fátima, 873 Caldas das Taipas
TELEF: 253 577 469
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REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015
Desporto SEM PERDER HÁ UM MÊS, CC TAIPAS RECUPERA LUGARES NA TABELA
O Taipas não sabe o que é perde há mais de um mês. A última derrota dos taipenses remonta a 30 de agosto, altura em que o Santa Eulália venceu a formação do Taipas, por 2-1. Nas últimas quatro partidas realizadas, a formação orientada por Ricardo Teixeira, somou três vitórias e um empate. jornada
4
13/09/15
2 CC TAIPAS 1 MERELINENSE
PEITAÇA, INÁCIO, JOÃO PAULO, SÍLVIO E BRUNO MACHADO, PAULINHO, RUBEN TEIXEIRA (PEDRO, 78M) E DÚNIO, LOBO, DIOGO (BRUNO, 64M) E RUI GOMES (RUI MACEDO, 86M)
Com menos um jogo disputado, o Taipas chegou à quarta jornada ainda sem qualquer ponto somado. No regresso ao Montinho os taipenses tiveram como adversário a equipa do Merelinense que parte para esta época como candidata aos lugares de subida. Não se esperava tarefa fácil para os taipenses mas, um excelente aproveitamento dos lances de maior perigo, permitiram somar os primeiros três pontos. Depois do equilíbrio dos minutos iniciais, foi o Merelinense a criar a primeira situação de perigo. Na sequência de um canto a bola sobra para João Paulo que, sozinho, rematou para defesa de Peitaça. No último lance da primeira parte o Taipas chegava ao golo. Na sequência de um livre batido para a área, o guarda-redes do Merelinense socou a bola contra Rui Gomes e a mesma só parou no fundo da sua baliza. Um erro do guardaredes visitante permitiu ao Taipas chegar ao intervalo em vantagem. A segunda parte foi muito parecida com a primeira. O Merelinense com mais posse de bola, mas com poucos lances de finalização. Quem
estava em tarde muito positiva era Rui Gomes. Aos 63 minutos, pegou na bola ainda no meio campo e, já à entrada da área, rematou colocado ao angulo inferior direito do guarda-redes Talaia, fazendo o 2-0. Esta vantagem confortável no marcado durou apenas 5 minutos. Numa jogada de contra ataque, Pedrinho apareceu isolado, passou por Peitaça e reduziu para 2-1. Até a final o Taipas conseguiu suster a pressão do Merelinense e alcançou assim uma importante vitoria frente a um forte candidato a subir de divisão.
jornada
2 FORJÃES
20/09/15
2 CC TAIPAS
5
PEITAÇA, INÁCIO, JOÃO PAULO, SÍLVIO E BRUNO MACHADO, PAULINHO, RUBEN TEIXEIRA (LUÍS, 63M) E DÚNIO, LOBO (BRUNO, 68M), DIOGO (JERÓNIMO, 60M) E RUI GOMES
Motivados pela conquista da primeira vitória no campeonato, o Taipas foi até Forjães defrontar o vencedor da Divisão de Honra da última época. Numa partida onde os taipenses realizaram uma exibição muito positiva, os erros defensivos não permitiram trazer de Forjães os três pontos. Apesar dos visitantes terem começado a mandar na partida, foi o Taipas que, à passagem do minuto 13, no primeiro lance que levou à baliza contrária, chegou ao golo. Jogada de insistência com Sílvio, que tinha
subido ao ataque, a aparecer na área e, de cabeça, a abrir o marcador. Aos 20 minutos, a vantagem podia ter sido ampliada para 2-0. Cruzamento de Lobo e Rui Gomes, na pequena área, rematou de cabeça por cima, quando tinha tudo para fazer golo. Aos 30 minutos, mais uma oportunidade para o Taipas. Rui Gomes, isolado, rematou para defesa do guarda-redes do Forjães. Quem não desperdiçou as oportunidades criadas foi a equipa da casa que no minuto seguinte fazia o 1-1. Desatenção defensiva taipense que o avançado Reco, aproveitou da melhor forma. O Taipas respondeu muito bem ao golo do empate. A 10 minutos do intervalo, num livre a 30 metros da baliza, Paulinho não deu hipóteses ao guarda-redes visitado, fazendo a bola entrar no angulo superior direito da baliza dos da casa. Ao intervalo, justificava-se a vantagem taipense. Na segunda parte, os comandados de Ricardo Teixeira controlavam a vantagem no marcador até que aos 60 minutos, Peitaça, recebia ordem de expulsão, por travar em falta, dentro da sua área, um avançado contrário. Entrou Luís para a baliza do Taipas e, logo na sua primeira intervenção, conseguiu defender a grande penalidade, apontada por Luís Salgueiro. Poucos minutos volvidos era Luís Salgueiro a ser expulso por agressão ao recém-
entrado Jerónimo. As duas equipas passavam a estar em igualdade numérica. À entrada para os últimos 15 minutos de jogo, a equipa da casa chegava à igualdade. Livre ainda longe da baliza de Luís, com este a defender para a frente onde apareceu Carlos a fazer a igualdade. O Taipas podia ter voltado para a frente do marcador à entrada para os últimos 5 minutos. No primeiro lance, Bruno, isolado, rematou ao lado quando tinha tudo para marcar o golo que poderia ter dado a vitória aos taipenses. No minuto seguinte, na sequência de um canto, João Paulo obrigou o guarda-redes da casa a uma grande defesa. Na recarga, Bruno, rematou ao poste. O resultado final de 2-2 penaliza a equipa do Taipas que, entre erros defensivos e ineficácia ofensiva, permitiu à formação da casa manter-se sempre na luta pelo resultado.
jornada
6
27/09/15
solicitação de Dúnio, fez um bonito golo (chapéu ao guarda-redes contrário) recolocando o Taipas na frente do marcador. Ao intervalo, a eficácia taipense ditava a vantagem mínima. A segunda parte foi diferente. A equipa do Prado assumiu o jogo e o Taipas sentiu muitas dificuldades para sair da sua zona defensiva. O Prado criou vários lances de perigo e podia ter chegado ao golo por mais que uma vez. Gil e Alenichev remataram, à barra e ao poste da baliza de André que fez uma exibição de encher o olho, realizando um punhado de boas defesas. Mesmo sofrendo muito para segurar o resultado, os taipenses conseguiram chegar ao final com uma vitória por 2-1. Uma partida onde os três pontos, foram muito melhores que a exibição.
jornada
1 MARINHAS
2 CC TAIPAS
03/10/15
2 CC TAIPAS
1 PRADO
ANDRÉ, INÁCIO, JOÃO PAULO, SÍLVIO E BRUNO MACHADO, PAULINHO, RUBEN TEIXEIRA E DÚNIO, LOBO (SIMÃO, 60M), DIOGO (BRUNO, 69M) E RUI GOMES (LEAL, 75M)
ANDRÉ, INÁCIO, JOÃO PAULO, SÍLVIO E BRUNO MACHADO, PAULINHO, RUBEN TEIXEIRA E DÚNIO (LEAL, 60M), LOBO (SIMÃO, 68M), DIOGO (JERÓNIMO, 83M) E RUI GOMES
O Prado foi o adversário do Taipas à passagem da 6.ª jornada, equipa que subiu esta temporada ao campeonato pró-nacional. Com quatro pontos somados e a ter pela frente o último classificado da prova, eram naturais as espectativas dos taipenses em somarem os três pontos em disputa. Foi o que acabou por acontecer mas, principalmente na segunda parte, o Taipas teve de sofrer (e muito) para garantir a vitória. A formação taipense entrou na partida praticamente a vencer. Diogo sofreu falta dentro da área e o árbitro, seguindo a indicação do árbitro assistente, mandou marcar grande penalidade. Dúnio chamado a converter não desperdiçou a oportunidade de, aos 10 minutos, colocar a equipa da casa em vantagem. Os pradenses responderam e, já depois de levarem algum perigo á baliza de André (regressou nesta partida à competição depois de uma lesão no primeiro jogo da pré-epoca), chegaram à igualdade. Decorria o minuto 30 quando João Cardoso, num remate colocado, à entrada da área, após a cobrança de um canto, fez a igualdade. Cinco minutos volvidos, Inácio subiu pelo seu corredor e, após excelente
7
A somar pontos nas últimas 3 partidas, o Taipas foi até às Marinhas defrontar a equipa da casa num horário pouco habitual nesta competição (20:00h). Uma exibição a roçar a perfeição, permitiu à equipa de Ricardo Teixeira somar mais três importantes pontos. Depois de uns minutos inicias de estudo mútuo, o Taipas foi aparecendo mais junto da área contrária e aos vinte minutos, num rasgo individual, Diogo entrou na área e abriu o marcador. A partida chegou ao intervalo com o Taipas a dominar. A segunda parte foi mais do mesmo. O Taipas controlava a partida dando poucos hipóteses à equipa da casa de aparecer no jogo. O 2-0 aconteceu já dentro dos últimos vinte minutos. Bruno, recém-entrado na partida, aumentou a vantagem taipense. Esta vantagem durou dez minutos. O Marinhas conseguiu reduzir para 2-1 mas, pouco mais produziu. Os taipenses foram sempre superiores e alcançaram uma vitória numa das melhores exibições dos últimos tempos, realizadas em terreno alheio. Com menos uma partida disputada no campeonato, o mau início da época parece já ter ficado para trás. O Taipas segue agora, mais tranquilo, a meio da tabela classificativa, com dez pontos somados.
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015 18
Desporto BERTO ABANDONA FUTEBOL APÓS DEZASSETE ANOS NO TAIPAS
DR
CLUBE CAÇADORES DAS TAIPAS CRAQUE 2013-2104
PRÉMIO CRAQUE 2015-2016
PAULINHO ISOLA-SE NO COMANDO
NOME
CLASS.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º
APOIO:
PTS
19 15 15 15 14 14 13 13 12 12 8 8 8 6 4 2 2 2 2 2 1 1 0
PAULINHO JOÃO PAULO DÚNIO RUI GOMES BRUNO MACHADO SÍLVIO RUBEN TEIXEIRA DIOGO LOBO INÁCIO PEITAÇA SIMÃO BRUNO ANDRÉ MOTA FAUSTO ANTÓNIO LUÍS VIEIRA LEAL JERÓNIMO PEDRO RUI MACEDO RAFA
CLASSIFICAÇÃO CAMPEONATO DISTRITAL DIVISÃO PRÓ-NACIONAL DA AF BRAGA
Depois de 17 anos ao serviço do Clube Caçadores das Taipas, o capitão Berto abandona a carreira. Uma lesão no menisco interno do joelho direito levou o atleta a abdicar da prática desportiva aos 32 anos. Antes de ingressar nos juvenis do Taipas, em 1999-2000, Berto cumpriu 5 épocas na formação do SC Braga (2 anos nos infantis, 2 anos nos iniciados e 1 anos nos juvenis). Desde então, não mais abandonou o Clube Caçadores das Taipas, até aos dias de hoje. No Clube taipense, o médio Berto, subiu por duas vezes à 3.ª divisão nacional (2009-2010 e 2011-2012) e venceu duas taças da AF Braga (2007-20008 e 20112012). O capitão taipense considera este abandono como uma “situação complicada”. O que mais tem estranhado é a sensação, “principalmente ao domingo, do aproximar da hora do jogo. Foram muitos anos da mesma rotina e agora, ter de parar de repente, tornase complicado”.
Contudo, Berto refere ter de aceitar esta situação com naturalidade. “Não era assim que queria terminar a carreira mas foi assim que se proporcionou e, não há volta a dar. É mais fácil ser assim e garantirmos um futuro saudável do que estar a forçar e andar depois com problemas físicos. Até aos 28 anos não tive praticamente nenhuma lesão. A partir dessa altura, comecei a ter alguns problemas, nomeadamente nos joelhos, que foram levando a que, com esta rotura do menisco, tivesse tomado esta decisão”. Relativamente aos próximo tempos, Berto garante que continuará a acompanhar “dentro do possível” o Clube que representou – e que ainda representa por desejo do atual plantel e órgãos diretivos (o que faz com muito gosto, disse ao Reflexo) durante os últimos 17 anos e que está disponível para ajudar naquilo que for preciso. “Em todos estes anos, recordo as duas subidas de divisão e a conquista das duas taças da AF Braga. As muitas amizades que se
CAMPEONATO DISTRITAL JUNIORES - 1ª DIVISÃO - SÉRIE D - 2015/16 DATA 20-09-15 27-09-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 10-01-16 17-01-16 31-01-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
RES.
CLUBES
SELHO TAIPAS SANTA EULÁLIA TAIPAS PRAZINS/CORVITE TAIPAS PICA TAIPAS TABUADELO TAIPAS CABECEIRENSE
TAIPAS SERZEDELO TAIPAS MOREIRENSE TAIPAS PONTE TAIPAS FAREJA TAIPAS SANDINENSES TAIPAS
FOLGA
TAIPAS CELORICENSE TORCATENSE TAIPAS TAIPAS POLVOREIRA
RES. 0-12 5-3
J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
DATA 07-02-16 14-02-16 21-02-16 06-03-16 13-03-15 20-03-16 03-04-16 10-04-16 17-04-16 24-04-16 01-05-16 08-05-16 15-05-16 22-05-16 29-05-16
POS
vão fazendo no futebol, também é um dos aspetos mais positivos que retiro desta experiência. Pela negativa, destaco, as descidas de divisão e as indefinições que o Clube vai vivendo em termos diretivos. É cada vez mais complicado formar direções para conduzir os destinos dos Clubes. São sempre momentos tristes mas que fazem parte do processo. No entanto, no global, foram sempre mais os aspetos positivos que os negativos”, confidenciou Berto, a propósito dos bons e maus momentos vividos no Clube taipense. Quanto aos treinadores que foram passando pelo Taipas, o capitão taipense não tem dúvidas em afirmar que todos foram – em fases e por motivos diferentes – importantes no seu percurso desportivo. Em todo o caso, acabou por destacar Fernando Faria por ter sido o seu primeiro treinador no escalão sénior e que, por isso, “acompanhou mais de perto os meus primeiros passos nos seniores do Taipas”.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
RES. 4-2 1-1
CLUBES
MERELINENSE TAIPAS FAFE TAIPAS SANTA MARIA TAIPAS URGESES TAIPAS TAIPAS VITÓRIA TAIPAS MARIA FONTE TAIPAS FAMALICÃO TAIPAS
TAIPAS MARINHAS TAIPAS PROZIS/VILAVERDENSE TAIPAS VIZELA TAIPAS CELORICENSE JOANE TAIPAS MOREIRENSE TAIPAS GIL VICENTE TAIPAS PRADO
RES.
P
J
V
E
D
GM
GS
16 15 14 13 12 12 11 10 10 9 8 7 7 7 6 6 3 2
7 7 7 7 5 7 7 7 6 7 7 7 7 6 7 7 7 7
5 5 4 4 4 3 2 3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 0
1 0 2 1 0 3 5 1 1 3 2 1 1 1 3 3 0 2
1 2 1 2 1 1 0 3 2 2 3 4 4 3 3 3 6 5
12 13 12 12 11 10 8 9 11 7 4 8 6 10 6 7 4 6
6 5 8 9 3 6 4 10 10 8 7 12 13 9 8 12 13 13
CAMPEONATO DISTRITAL DIVISÃO PRÓ-NACIONAL DA AF BRAGA 2015-16 DATA 23-08-15 30-08-15 06-09-15 13-09-15 20-09-15 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 06-12-15 13-12-15
CAMPEONATO DISTRITAL JUVENIS - DIVISÃO HONRA - AF BRAGA - 2015/16 DATA 20-09-15 27-09-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 10-01-16 17-01-16 31-01-16
CLUBE SANTA EULÁLIA MERELINENSE NINENSE BRITO MARIA FONTE SANTA MARIA VIEIRA TERRAS BOURO TAIPAS MARINHAS SERZEDELO TRAVASSÓS FORJÃES AMARES JOANE RONFE ANTIME PRADO
J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
DATA 07-02-16 14-02-16 21-02-16 06-03-16 13-03-15 20-03-16 03-04-16 10-04-16 17-04-16 24-04-16 01-05-16 08-05-16 15-05-16 22-05-16 29-05-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES. 2-3 2-0
CLUBES
TAIPAS SANTA EULÁLIA MARIA FONTE TAIPAS FORJÃES TAIPAS MARINHAS TAIPAS NINENSE TAIPAS ANTIME TAIPAS AMARES TAIPAS VIEIRA TAIPAS BRITO
2-1 2-2 2-1 1-2
RES.
TERRAS BOURO TAIPAS TAIPAS MERELINENSE TAIPAS PRADO TAIPAS JOANE TAIPAS RONFE TAIPAS TRAVASSÓS TAIPAS SERZEDELO TAIPAS SANTA MARIA TAIPAS
J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
DATA 20-12-15 10-01-16 17-01-16 31-01-16 07-02-16 14-02-16 21-02-16 06-03-16 13-03-16 20-03-16 03-04-16 10-04-16 17-04-16 24-04-16 01-05-16 08-05-16 15-05-16
CAMPEONATO DISTRITAL INICIADOS - 1ª DIVISÃO - SÉRIE B - 2015/16 DATA 20-09-15 27-09-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 10-01-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
RES. 0-3 0-1
CLUBES
TAIPAS SANTA EULÁLIA TAIPAS VIZELA TAIPAS E SOCCER ACADEMY TAIPAS ASES S JORGE OPERÁRIO TAIPAS TORCATENSE TAIPAS FAFE
URGESES TAIPAS FAMALICÃO TAIPAS PONTE TAIPAS BRITO TAIPAS TAIPAS ARÕES TAIPAS LOURO TAIPAS
RES.
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
DATA 17-01-16 31-01-16 07-02-16 14-02-16 21-02-16 06-03-16 13-03-15 20-03-16 03-04-16 10-04-16 17-04-16 24-04-16 01-05-16
19
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015
Desporto PATINS JÁ ROLAM NO CART
HÓQUEI EM PATINS - TAÇA JORGE COUTINHO - AP MINHO DATA 09-09-15 10-09-15 14-09-15 16-09-15 31-10-15
J 1 2 3 4 5
RES. 2-7 6-3
18-0
CLUBES
CART/SUPERINERTES HC BRAGA HC FÃO CART/SUPERINERTES FOLGA FOLGA AJ VIANA CART/SUPERINERTES
CAMPEONATO NACIONAL HÓQUEI EM PATINS - II DIVISÃO - ZONA NORTE DATA 03-10-15 10-10-15 17-10-15 24-10-15 31-10-15 07-11-15 14-11-15 21-11-15 28-11-15 12-12-15 19-12-15 09-01-16 23-01-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
RES. 7-2
CLUBES
CD PÓVOA CART/SUPERINERTES HC MARCO CART/SUPERINERTES ESCOLA LIVRE AZEMÉIS CART/SUPERINERTES C INFANTE SAGRES CART/SUPERINERTES CH CARVALHOS CART/SUPERINERTES JUVENTUDE PACENSE CART/SUPERINERTES A ACADÉMICA ESPINHO
RES.
CART/SUPERINERTES CD CUCUJÃES CART/SUPERINERTES CRPF LAVRA CART/SUPERINERTES OC BARCELOS “B” CART/SUPERINERTES VALENÇA HC CART/SUPERINERTES RIBA D’AVE HC CART/SUPERINERTES FAMALICENSE AC CART/SUPERINERTES
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
DATA 30-01-16 06-02-16 20-02-16 27-02-16 05-03-16 19-03-16 25-03-16 02-04-16 16-04-16 23-04-16 14-05-16 21-05-16 28-05-16
CAMPEONATO NACIONAL HÓQUEI EM PATINS - III DIVISÃO - ZONA NORTE
A modalidade de hóquei em patins já está a “rolar” em pleno no CART. Todos os escalões já se encontram em competição, com natural destaque para as duas formações seniores que disputam os campeonatos nacionais da 2.ª e 3.ª divisão. A primeira equipa a iniciar a prova foi a “B”, na 3.ª divisão, e logo com uma expressiva vitória, no pavilhão do Olá Mouriz, por 6-0. Os golos foram apontados por Berto Martinho, Carlos
Filipe, Camilo Ribeiro, Diogo Antunes, José Pedro e Pedro Rúben. A jornada com o Boavista prevista para 4 de outubro, dia de eleições legislativas, foi adiada para o dia 14 de outubro pelo que, o próximo encontro desta formação realiza-se na ilha da Madeira a 10 de outubro. A equipa “A” do CART, deu início ao seu campeonato a 3 de outubro. Na sua deslocação ao CD Póvoa, equipa que foi despromovida da 1.ª à 2.ª divisão
GRUPO CULTURAL E RECREATIVO DE BARCO ORGANIZA PASSEIO DE BTT
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nacional, os taipenses foram derrotados por 7-2. Um jogo onde os comandados de Orlando Ribeiro até nem se bateram mal, tendo conseguido igualar a partida a 2 bolas no início do segundo tempo. A falta de frescura física dos taipenses veio a revelar-se um aliado do CD Póvoa que, até final do jogo, foi dilatando a sua vantagem até ao resultado final de 7-2. A 10 de outubro, o CART defronta, no seu pavilhão, a formação do Cucujães.
DATA 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15 13-12-15 20-12-15 10-01-16 24-01-16 31-01-16 14-02-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
RES. 0-6
CLUBES
RES.
“OLÁ MOURIZ” ACDR CART/SUPERINERTES CART/SUPERINERTES BOAVISTA FC CS MARITIMO CART/SUPERINERTES CART/SUPERINERTES ACADEMICO FC GCD FÂNZERES CART/SUPERINERTES CART/SUPERINERTES HC FÃO ACD VILA BOA BISPO CART/SUPERINERTES CART/SUPERINERTES CP SOBREIRA INFANTE SAGRES CART/SUPERINERTES CART/SUPERINERTES ACR GULPILHARES ADJ VILA PRAIA CART/SUPERINERTES CART/SUPERINERTES AD PENAFIEL ESTRELA VIGOROSA S CART/SUPERINERTES HP PAÇO REI CART/SUPERINERTES FOLGA
J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
DATA 21-02-16 28-02-16 06-03-16 20-03-16 25-03-16 03-04-16 17-04-16 23-04-16 01-05-16 08-05-16 15-05-16 29-05-16 05-06-16 12-06-16 19-06-16
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
DATA 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 03-01-16 10-01-16 17-01-16 23-01-16 31-01-16
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
DATA 29-11-15 06-12-15 13-12-15 20-12-15 01-01-16 09-01-16 17-01-16 23-01-16 31-01-16
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - SUB17 - 2015/16 DATA 27-09-15 03-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES. 2-10 2-3
CLUBES
RES.
CART OC BARCELOS RIBA D’AVE CART CART AD LIMIANOS ADB CAMPO CART CART ED VIANA CART ADJ VILA PRAIA HC BRAGA CART CART HC FÃO FOLGA
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - SUB15 - 2015/16 As inscrições estão abertas e poderão incluir almoço. O percurso, que ligará Barco a Guimarães, terá uma extensão aproximada de 35 Km. O Grupo Cultural e Recreativo de Barco organiza no próximo dia 25 de Outubro um passeio de bicicletas todo-o-terreno (BTT). As inscrições são limitadas e têm um valor de 12 euros, caso inclua almoço; ou 8 euros, sem almoço. O percurso terá uma extensão aproximada de
35 quilómetros e ligará a povoação de Barco até Guimarães. A partida está marcada para as 9 horas, sendo que o checkin deverá ser feito antes, a partir das 8 horas. As inscrições no passeio de BTT do Grupo Cultural e Recreativo de Barco, incluem a oferta de um brinde surpresa, poderão ser feitas através do blog da associação ou através dos contactos telefónicos 962 658 591 ou 964 039 507.
DATA 27-09-15 04-10-15 11-10-15 17-10-15 25-10-15 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES. 4-3
CLUBES
RES.
CART OC BARCELOS RIBA D’AVE CART FOLGA ADB CAMPO CART CART ED VIANA CART ADJ VILA PRAIA HC BRAGA CART FOLGA FOLGA
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - SUB13 - FASE I - 2015/16 DATA 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15
J 1 2 3 4 5
RES. 2-3
CLUBES
RES.
FOLGA ED VIANA CART CART FAMALICENSE AD LIMIANOS CART CART RIBA D’AVE
J 6 7 8 9 10
DATA 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15
CAMPEONATO REGIONAL HÓQUEI EM PATINS - SUB11 - FASE I - 2015/16 DATA 27-09-15 04-10-15 11-10-15 18-10-15 25-10-15
J 1 2 3 4 5
RES. 5-4 19-1
CLUBES
CART ED VIANA CART AD LIMIANOS CART
VALENÇA HC CART FAMALICENSE CART RIBA D’AVE
RES.
J 6 7 8 9 10
DATA 01-11-15 08-11-15 15-11-15 22-11-15 29-11-15
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015 20
Desporto NAT COM FORTE PRESENÇA NA XVI EDIÇÃO DO FAMALICÃO-JOANE DR
O Núcleo de Atletismo das Taipas, com uma delegação de 65 atletas, foi a coletividade com maior número de atletas presentes na XVI edição do Famalicão-Joane, uma das mais importantes competições de estrada que se realizam no norte
do país e que se realizou a 27 de setembro. Para além do número elevado de atletas o destaque vai para os resultados obtidos pela formação deste grupo de atletismo. Assim, no escalão de Iniciados masculinos,
ASSEMBLEIA ELEITORAL DO NAT A 10 DE OUTUBRO Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os seus estatutos, o Núcleo de Atletismo das Taipas vai reunir em assembleia geral, na sede da Junta de Freguesia de Caldas das Taipas, pelas 20h do dia 10 de Outubro, para eleição dos Corpos Gerentes para o próximo triénio. O presidente da Assembleia Geral alerta os associados que a mesa de voto funcionará no período compreendido entre as 20h e as 22h e apenas os sócios com as quotas regularizadas até 30 dias antes da realização do
ato eleitoral bem como aqueles que se encontrem em pleno gozo dos seus direitos podem exercer o direito de voto. As listas deverão ser apresentadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral até dez dias úteis antes da data das eleições e terão de referir os cargos e os elementos para eles designados e serem subscritas por um mínimo de 15 associados. A Mesa da Assembleia Geral é composta por dois elementos, a Direção por três elementos e o Conselho Fiscal por dois elementos.
Marcelo Pereira foi o primeiro atleta a cortar a meta, alcançando mais uma importante vitória. Ainda neste escalão, o seu irmão Mateus Pereira foi 4.º classificado. No escalão de juvenis masculinos, o NA Taipas obteve o primeiro lugar coletivo, contando, para isso, com as prestações de Alexandre Pacheco (3.º), Luís Castro (6.º) e Tiago Pinheiro (7.º). No escalão de seniores femininos, numa prova muito concorrida, Lurdes Pereira foi 5.ª classificada. No escalão de M40 Abílio Pereira e Manuel Pacheco a competir no escalão de M40 e M45, respetivamente, ficarem em 1.º nos seus escalões. Custódia Rodrigues foi a 3.ª classificada no escalão de F40.
FILIPE SILVA CAMPEIÃO NACIONAL E GARANTE PASSAPORTE PARA ABU DHABI
MARIANA FERREIRA CAMPEÃ DISTRITAL DE TÉNIS DE MESA CARLOS FERREIRA
A atleta do Clube de Ténis de Mesa das Taipas, Mariana Ferreira, reconquistou o título de Campeã Regional de Ténis de Mesa.
Mariana Ferreira foi campeã distrital em 2014-2015 e esta época, nos campeonatos distritais realizados no fim-de-semana de 26 e 27 de setembro, em Vila Seca, Barcelos, voltou a reconquistar o troféu que havia pedido na época passada. A jovem atleta taipense foi a 12.ª classificada no ranking nacional da época que terminou em julho último e, neste campeonato regional, apareceu em grande forma, vencendo as nove partidas que disputou. Cinco delas por 3-0 e as restantes quatro por 3-1.
CAMPEONATO NACIONAL 2ª DIVISÃO - ZONA NORTE - SENIORES - TÉNIS MESA - 2015-16
DR
DATA 10-10-15 17-10-15 24-10-15 31-10-15 14-11-15 28-11-15 05-12-15 S/ DATA S/ DATA
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES.
CLUBES BAIRRO MISERICÓRDIA
CTM TAIPAS CRC NEVES CP BARROSELAS CTM TAIPAS TÁVOLA C CEPEDA CTM TAIPAS CP ALVITO CTM TAIPAS GDCR REALIDADE
RES.
CTM TAIPAS CTM TAIPAS LOUSADA CTM TAIPAS ALA NUN’ÁLVARES CTM TAIPAS GR ESTRELA BONFIM CTM TAIPAS
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA S/ DATA
CAMPEONATO DISTRITAL EQUIPAS - SENIORES - ATM BRAGA - 2015-16
O taipense Filipe Silva, praticante e instrutor de Jiu-Jitsu n a Te a m M a n o e l Neto – Vitória SC, conquistou na passado dia 3 de outubro, em Matosinhos, o título de campeão absoluto da
modalidade. Com este resultado Filipe Silva viu conquistou também acesso ao World Pro, que se realiza em julho de 2016, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
DATA 16-10-15 23-10-15 30-10-15 06-11-15 13-11-15 27-11-15 04-12-15
J 1 2 3 4 5 6 7
RES.
CLUBES
CTM TAIPAS VITÓRIA SC CTM TAIPAS CP ALVITO CTM TAIPAS
RES.
A2D CTM TAIPAS CP VIZELA CTM TAIPAS ADR OUTEIRENSE
FOLGA
GD B. MISERICÓRDIA CTM TAIPAS
J 8 9 10 11 12 13 14
DATA 18-12-15 08-01-16 15-01-15 29-01-15 12-02-15 19-02-15 26-02-15
CAMPEONATO DISTRITAL EQUIPAS - CADETES - ATM BRAGA - 2015-16 DATA 17-10-15 24-10-15 31-10-15 07-11-15 14-11-15 28-11-15 05-12-15
J 1 2 3 4 5 6 7
RES.
PUBLICIDADE
ABERTO TODO O DIA
CLUBES
CTM TAIPAS A2D FOLGA
CTM TAIPAS CP VIZELA CP ALVITO CTM TAIPAS CTM TAIPAS ADR OUTEIRENSE FOLGA
GD B. MISERICÓRDIA CTM TAIPAS
RES.
J 8 9 10 11 12 13 14
DATA 19-12-15 09-01-16 16-01-15 30-01-15 13-02-15 20-02-15 27-02-15
21
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015
Desporto RELVADO SINTÉTICO INAUGURADO NO GDRC “OS SANDINENSES”
O Complexo Desportivo D.ª Maria Teresa, em S. Martinho de Sande, conta agora com um novo campo sintético. O antigo campo n.º 2 fica, assim, dotado de melhores condições para a prática desportiva. O novo relvado sintético do Grupo Desportivo Cultural e Recreativo Os Sandinenses foi inaugurado na tarde do passado dia 13 de setembro, na presença do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Emídio Guerreiro, do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança e de Ricardo Macedo da Silva, atual presidente da coletividade que, na hora dos agradecimentos não esqueceu o seu antecessor, António Ribeiro da Silva, que deu início ao processo de candidatura e de construção desta nova infraestrutura, apoiada pela Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, com recurso a fundos da União Europeia. Quem também não faltou à cerimónia de inauguração, foi o presidente da Junta local, Joaquim Castro, que esteve acompanhado por representantes das coletividades locais e de diversas individualidades convidadas para esta cerimónia de inauguração. PUBLICIDADE
Ricardo Macedo da Silva, estava radiante e reconheceu a importância de uma obra que dotará o clube de “excelentes condições” para as duas centenas de crianças e jovens que frequentam os diferentes escalões de formação do Sandinenses. “Formar jovens atletas, com o objetivo de os colocar na equipa sénior”, é um dos principais objetivos do Sandinenses, referiu o seu presidente. O presidente da coletividade, confessou ter concretizado um sonho de muitas pessoas que passaram pelo Sandinenses ao longo de muitos anos e que o Clube “nunca mais esquecerá a dedicação dessas pessoas” No uso da palavra, Emídio Guerreiro, salientou a realização de mais uma obra, neste caso a requalificação de um espaço desportivo, na zona norte do país no sentido de permitir uma melhor prática desportiva às pessoas e de promover a prática de atividade física entre os mais jovens. O Secretário de Estado da Juventude e Desporto deu ainda enfase ao investimento realizado pelo Governo, que decidiu colocar
dinheiro que não estava a ser gasto como linha de crédito para que houvesse condições para apoiar o desporto. Por seu turno, Domingos Bragança, começou por dar conta de que Guimarães está muito bem equipada, “bem acima da média dos restantes concelhos do país”, ao nível de infraestruturas desportivas. Teceu depois rasgados elogios aos dirigentes desportivos que “desenvolvem trabalho fundamental” contribuindo para que estas infraestruturas cresçam, e referiu-se, em particular a Emídio Macedo da Silva, ex-presidente do Sandinenses e do Vitória SC, a quem foi dirigido forte aplauso pelos presentes. Agradeceu depois o contributo “decisivo” para o desporto vimaranense que o Sandinenses tem prestado. Concluída esta nova etapa, todos acreditam que estão reunidas melhores condições de trabalho e de cativar mais crianças e jovens a ingressar no Clube de S. Martinho de Sande. Na cerimónia de inauguração participaram ainda todos os atletas do clube, assim como as equipas técnicas dos diferentes escalões.
CD PONTE TEM NOVO CAMPO SINTÉTICO
Foi inaugurado no passado dia 19 de setembro o novo relvado sintético do Clube Desportivo de Ponte. A obra foi apoiada pelo município de Guimarães em 200 mil euros, transferidos para o Clube em quatro prestações de 50 mil euros cada. Na cerimónia de inauguração marcaram presença, para além de António Ribeiro, presidente da
Direção do Ponte, o presidente da Junta local, Sérgio Castro Rocha e Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães. O Clube Desportivo de Ponte passa, assim, a ser mais um dos muitos clubes do concelho que já dispõem de relvado sintético para a prática do futebol. Em dia de inauguração, os veteranos do Ponte e do Torcatense, mediram forças.
ESTUDOS CIENTÍFICOS DOMINAM JORNADAS MUNICIPAIS DE DESPORTO EM GUIMARÃES A Câmara Municipal de Guimarães juntou, para reflexão, dirigentes, técnicos de clubes desportivos, profissionais e estudantes da área. Realizados no âmbito da Guimarães Cidade Europeia do Desporto 2013, foram apresentados nas Jornadas Municipais de Desporto, uma iniciativa do município vimaranense, realizadas em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, três estudos científicos da autoria de Ana Sofia Freitas (Obesidade Infantil nas Escolas do 1.º Ciclo de Guimarães), Manuel Magalhães (Asma em crianças vimaranenses do 1.º Ciclo) e Mauro Viana (A Oferta e Procura Desportiva em Guimarães).
Na mesma iniciativa, foi ainda realizada uma abordagem técnica sobre o Regulamento Municipal de Apoio às Associações Desportivas e a apresentação das novas funcionalidades do site “Guimarães Desporto”, projeto inovador que pretende constituir uma ferramenta de apoio aos clubes e associações desportivas vimaranenses, com a criação de uma interface dinâmica para a agregação de dados referentes ao universo da prática desportiva no concelho de Guimarães ficando a conhecer a oferta existente no território municipal em termos de instalações desportivas e modalidades ao alcance dos cidadãos, em regime de desporto federado, amador ou informal.
REFLEXO #232 • OUTUBRO DE 2015 22
Leitores “ROTURA DO MENISCO AFASTOU-ME DO FUTEBOL”, JOÃO II, ATLETA DO CC TAIPAS, NA DÉCADA DE 50
Na sequência da notícia publicada na edição de agosto do jornal Reflexo que dava conta da realização de um almoço convívio de exatletas do Clube Caçadores das Taipas das décadas de 50, 60 e 70, recebemos uma carta do nosso leitor e assinante em França, João Baptista da Silva, a congratular-se pela iniciativa e por poder rever (à distância, é certo) muitos daqueles com quem também partilhou balneário nesses anos. Na oportunidade e no relato que nos fez sobre a sua
passagem pelo Clube taipense, faz alusão à “grave lesão” (na altura) que o afastou da prática da modalidade: uma rotura do menisco externo do joelho esquerdo – a primeira lesão deste género a surgir no Clube, segundo o seu relato – cuja operação custava 2 mil escudos (dez euros de hoje) afastou-o definitivamente da prática do futebol. “Na altura, os Clubes não eram obrigados a ter seguro desportivo. Andei três semanas nas Termas e não valeu de nada. Seguiram-se três semanas no massagista do Vitória que também não resultaram. Do Vitória, aconselharam-me o massagista do Braga, Mário de Almeida, que era muito experiente e que me obrigou a fazer uns certos exercícios que o levaram a concluir que padecia de uma rotura do menisco externo do joelho esquerdo. O Taipas não tinha dinheiro e o saudoso Dr. Augusto Dias, que era sócio do Vitória, falou com o cirurgião Dr.
Carlos Lima, que era do Porto, para este fazer o mínimo preço pela operação. Custava 2 mil escudos. A Direção do Clube não tinha dinheiro, nem tiveram iniciativa para realizar um peditório pelo comércio e indústria da vila. Foi a minha sina. A minha fraca sorte. Ninguém imagina. Só eu e Deus é que sabemos o que eu sofri no cumprimento do serviço militar em Engenharia 2, no Porto, na ginástica, na parada”, conta João II, como na altura era conhecido no meio futebolístico. João II conta agora com 87 anos e é irmão de António Silva (90 anos), o mais antigo atleta a marcar presença do jantar convívio realizado a 6 de junho último e que reside em Brito. O ex-atleta do Taipas, emigrado em França vai para meio século, termina a sua missiva desejando a realização de um bom campeonato ao “clube do seu coração”, o Clube Caçadores das Taipas.
OBITUÁRIO
MANUEL SALDANHA LOPES
LET THEY FLOW AND I’L GROW O Amor está a crescer, e eu a envelhecer; Está na hora de viver e dos frutos colher… A fruta é boa e eu não estou à toa; tomei banhos na lagoa e caminhei por Lisboa! Não sou do continente, pois sou paciente; também eu sou crente e vivo a vida felizmente.
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ADELINO MENDES
Vivo o momento, sem saber o sofrimento; que perdoei do pensamento e aqui me sento… Estou à procura de instrumento ao qual me apresento; e com ele me contento e deixo o sofrimento.
Temos que trabalhar e parar para pensar ter fé e acreditar que o mundo vou respeitar. Mas tenho que esperar, para pensar e acreditar que o momento está a chegar que eu vou amar…
Vou viajar mais este dia procura magia que tanto me contagia e me dá magia.
Mundo é para bem tratar, que minha palavra vou dar, tenho uma luz a guiar e a paz vou encontrar!
Que a todos contagia, a minha simpática sabedoria mas eu já sabia o teu dia-a-dia!
FILIPE MENDES
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No dia 7 de Setembro, no Centro Hospitalar do Alto Ave - Unidade de Guimarães, faleceu o Sr. Manuel Saldanha Lopes de 59 anos, natural de Pousada de Saramagos, Vila Nova de Famalicão e residente que foi na Rua Professor José Teixeira de Maria, Brito, Guimarães. Era casado com Luísa Paula Teixeira de Oliveira. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Brito e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
No dia 21 de Agosto, no Centro Hospitalar do Alto Ave - Unidade de Guimarães, faleceu o Sr. Adelino Mendes de 86 anos, natural de Brito, Guimarães e residente que foi na Rua de Além, Figueiredo, Guimarães. Era casado com Maria Inês Ferreira da Silva. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de S. Paio de Figueiredo e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
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A SAÚDE COMEÇA AQUI Foi inaugurado no dia 4 de Setembro de 2015, na presença do Ministro da Economia de Portugal, Dr. António Pires de Lima, o requalificado balneário termal das Caldas das Taipas, assim como a moderna Clínica de Saúde, que passará a oferecer um conjunto de cuidados de saúde, contando para isso com uma equipa médica e técnica de referência. A nova Clínica Médica da Taipas Termal está equipada com uma área de saúde, reabilitação e medicina desportiva, com capacidade para receber atletas de alta competição. A requalificação do património da Cooperativa Taipas Turimermas foi um desígnio da actual Direcção, liderada por Ricardo Costa. A marca Taipas Termal foi lançada com uma imagem renovada, reflectindo a contemporaneidade tanto do termalismo clássico, como o SPA termal. Sob o slogan “A Saúde Começa Aqui”, fica patente o objetivo de afirmar as Termas das Taipas como uma referência no mapa do turismo termal, do bem-estar e da saúde em Portugal.
RICARDO COSTA:
“QUEREMOS SERVIR AS PESSOAS COM DIFERENCIAÇÃO” A utilização do slogan “A Saúde Começa Aqui” está perfeitamente assumida? Não temos somente uma aposta na prevenção na área da saúde, mas também uma perspetiva de cuidar da saúde, pensando sempre no bem-estar dos utentes. Vamos cuidar de pessoas de todas as idades, sempre abertos desde as 8 horas da manhã até às 21 horas. Estamos a ir ao encontro das necessidades das pessoas e vamos dar resposta às suas necessidades.
A amortização do investimento realizado passa por uma maior oferta de valências resultando num maior volume de negócios? O investimento feito tem de se pagar. Foi aprovada uma candidatura com fundos comunitários e tivemos o apoio do Programa Jessica com 2,3 milhões de euros, que teremos de pagar em 17 anos, a custo zero em termos de juros, é certo, mas temos de o pagar.
A grande aposta da Taipas Termal passa pela área da medicina física e da reabilitação?
Ricardo Costa é o presidente da direção da cooperativa Taipas-Turitermas desde novembro de 2009. Desde essa altura que a instituição tem passado por profundas alterações. A mais visível de todas culminou com a inauguração de um novo edifício a 4 de setembro de 2015. Com uma nova imagem, com novas infraestruturas, com a remodelação das existentes e com um reforço da sua equipa profissional, entre outros aspetos, a Taipas Termal apresenta-se como uma empresa capaz de se afirmar no mercado tão competitivo do termalismo, do spa termal e da medicina física e de reabilitação. O dia de inauguração, 4 de setembro de 2015, o que significa para a Taipas Termal? Representa muito o sentimento do “dever cumprido” e o “virar de uma nova página”. Pelo trabalho árduo realizado, este é, sem dúvida, um momento de felicidade e também pela possibilidade de olhar o futuro com mais ambição. Foi um passo importante para a cooperativa em si, mas também para o território onde estamos inseridos e isso talvez seja o mais importante.
O que mudou na filosofia da Taipas Termal com este novo edifício? Neste momento, a Clínica de Saúde terá uma grande relevância, do ponto de vista do volume de negócios da cooperativa. Para além da medicina física e de reabilitação, pretendemos acrescentar novas valências, ortopedia desde já, mas também passar a ter cardiologia, neurologia, psiquiatria e medicina interna. Do lado do termalismo clássico e do spa termal vamos duplicar o volume de negócios. Nós funcionávamos de abril a outubro e agora passaremos a estar abertos todo o ano. A qualidade que passamos a ter coloca-nos num outro nível.
Do lado das termas temos de ter algo mais dedicado ao bem-estar, dos cuidados do corpo, da dermatologia e mesmo da parte psíquica ou da nutrição, ou seja, uma medicina assente no termalismo ou hidrologia médica. Da parte do novo edifício, teremos as valências já existentes, com condições melhoradas, às quais iremos acrescentar áreas mais específicas. Por exemplo, do desporto de alto rendimento. Temos um ginásio específico para atletas de alta competição. Temos uma nova piscina dedicada, para tratar de todos os problemas do ponto de vista da medicina física e da reabilitação.
A vinda de um médico de referência nacional e mesmo internacional, caso do doutor Hélder Pereira, é um sinal claro dessa aposta na captação de novos utentes? O doutor Hélder Pereira já tinha um papel importante como vice-presidente da direção da cooperativa. Vai deixar de o ser, por questões de incompatibilidades, e passará a ser uma mais-valia extraordinária na área da ortopedia com as ligações à medicina física e da reabilitação. Termos dois médicos do nível dos doutores Hélder Pereira e António Cunha é uma garantia de serviços de qualidade e de referência nessa área.
O ministro da economia, Pires de Lima, presente na inauguração, afirmou que o termalismo podia ser um motor forte do desenvolvimento regional. Partilha dessa visão? Evidentemente que o termalismo e as novas valências podem ser a alavanca de um maior dinamismo desta região. No entanto, temos uma debilidade que é não termos uma unidade hoteleira e nós só poderemos ter ligações fortes com determinados segmentos do termalismo se tivermos essa unidade hoteleira. Temos de ter a capacidade de acolher todo o tipo de clientes, sejam os de proximidade, os de nível nacional ou mesmo estrangeiros.
As Taipas Termal terá uma nova posição no mercado? Queremos servir as pessoas e estar com as pessoas. Convidamos toda a gente a visitar as instalações da Taipas Termal e que aproveitem os nossos equipamentos e valências para cuidar da sua saúde. Gostaria que todos vissem este investimento como algo importante para a vila e para o concelho de Guimarães. Com a qualidade que temos em termos de infraestruturas, das suas águas e seu pessoal, queremos projetar esta cooperativa para níveis de excelência.
VALÊNCIAS TERMALISMO CLÁSSICO O termalismo é uma terapêutica natural sem efeitos secundários que complementa outras terapêuticas médicas. É nas doenças crónicas como o reumatismo, as alergias que o termalismo surge como uma prática clínica particularmente eficaz para a sua saúde e o seu bem – estar. Os técnicos do balneário têm a formação mais actual, de forma a proporcionar aos nossos clientes as técnicas de tratamento mais adequadas como o banho de hidromassagem e de bolha de ar, o duche de agulheta e de vichy, o vapor à coluna, as irrigações, as pulverizações e nebulizações, os aerossóis e aplicações de lamas termais.
SPA TERMAL O SPA Termal localizado na estância termal das Taipas, em Guimarães é a melhor escolha para relaxar e repor energias. Temos um vasto conjunto de mimos para o corpo, individuais ou combinados em programas, que preparamos para os nossos clientes num ambiente totalmente renovado. Destacamos os programas com água termal, o novo circulo dinâmico (sauna, banho turco e piscina dinâmica), ou as novas técnicas de massagem aplicadas por uma equipa de técnicas de spa experiente e qualificada.
CLÍNICA DE SAÚDE A Clínica Médica de Saúde concentra a sua atividade na área da medicina física e reabilitação, sob a Direção Clínica de António Cunha, e de uma equipa de colaboradores qualificados, com equipamentos e tecnologias modernas. Para além das tradicionais técnicas de fisioterapia e de eletroterapia a Clínica apresenta ao dispor dos nossos utentes protocolos de hidroterapia inovadores, que potenciam a reabilitação na água. A clínica oferece várias classes diferenciadas de tratamento pensadas cada uma delas para diferentes tipos de patologia e graus de funcionalidade dos nossos doentes.
EQUIPA DINÂMICA SERVIÇOS DE EXCELÊNCIA DR. ANTÓNIO CUNHA MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO
DR. HÉLDER PEREIRA ORTOPEDIA Especialista em Ortopedia e Traumatologia. Investigador Universidade do Minho. Presidente do Basic Science Research Committee da European Society of Sports Traumatology Knee Surgery and Arthroscopy (ESSKA).
Licenciado em Medicina pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Realizou a sua Formação Específica em Medicina Física e de Reabilitação no Hospital de S.José,sendo especialista reconhecido pela Ordem dos Médicos desde 2013.
DR. NUNO DIAS DE CASTRO HIDROLOGIA
DR. PATRÍCIO FERREIRA PSIQUIATRIA
Médico há 32 anos, com especialidades em Medicina Geral e Familiar e em Medicina do Trabalho. Possui competências em Hidrologia Médica. Exerce Medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde das Taipas, desde 1985.
Especialista em Psiquiatria e Saúde Mental, realizando estágio no Hospital Universitário de Bellvitge em Barcelona. Professor Convidado do Módulo de Psiquiatria no Curso de Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho desde 2010.
DRª. VERA FERNANDES ENDOCRINOLOGIA Concluiu o Mestrado Integrado em Medicina pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. É Autora e coautora de vários trabalhos apresentados em congressos e reuniões científicas nacionais e internacionais.
DRª. MARGARIDA ROCHA MEDICINA INTERNA Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Fez especialização em Medicina Interna no Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães. Desde 2011 é Assistente Hospitalar de Medicina Interna no Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães.
DR. CÉSAR LIMA E SÁ HIDROLOGIA Mestrado Integrado em Medicina, compós-graduação em Hidrologia Médica. Prémio de melhor comunicação oral no Congresso Internacional de 2013; - “Título de Turismo de Saúde: uma alternativa de cofinanciamento institucional e orçamental”.
DRª. AMÉLIA MENDES NEUROLOGIA Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina do Porto, com especialidade em Neurologia desde 2011. Foi colaboradora da Faculdade de Medicina do Porto como tutora clínica de estudantes de Medicina e, atualmente, coopera com a Universidade do Minho.
DRª. CATARINA MATIAS MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO Especialista em Medicina Física e Reabilitação, com pós-graduações em Medicina Desportiva, Hidrologia Médica e Acupuntura Médica e Contemporânea. Doutrina em Medicina na Universidade do Minho.
DRª. MARINA FERNANDES CARDIOLOGIA Mestrado Integrado em Medicina pela Escola Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Conclusão da Formação Específica em Cardiologia. Diferenciada na área de Ecocardiografia Avançada, em processo de certificação pela Sociedade Europeia de Cardiologia.
DRª. ELISABETE ALVES HIDROLOGIA Médica Hidrologiata, com especialidade em Medicina Geral e Familiar.
INFORMAÇÃO DE CONTACTO Taipas Turitermas C.I.P.R.L. Largo das Termas 4805-079 Caldas das Taipas Guimarães | Portugal Telefones +351 253 577 898 +351 253 577 845 Fax +351 253 577 890
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Este suplemento foi distribuído com jornal Reflexo #232, de Outubro de 2015.