Reflexo #240 2016-06

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DIRECTOR ALFREDO OLIVEIRA • ANO XXII • MENSAL • PREÇO € 1,00

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junho 2016

www.reflexodigital.com

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#240

CONSTRUTORA RECLAMA DÍVIDA PELA CONSTRUÇÃO DA RESIDENCIAL SÉNIOR

TAIPAS

REPORTAGEM ESPECIAL SOBRE O DOCE TRADICIONAL DAS CALDAS DAS TAIPAS DESPORTO

JUNIORES DO CC TAIPAS CAMPEÕES DISTRITAIS DA 1ª DIVISÃO AF BRAGA PUBLICIDADE

POSTER NAS CENTRAIS


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E

DITORIAL

R E F L E XO # 2 4 0 • J U N H O 2 0 1 6

DUAS CIDADES, UM TERRITÓRIO

A Estafeta da Amizade que ligou a cidade de Braga a Guimarães (e foi por esta ordem) em atletismo, realizada a 29 de maio, pode ser vista como mais uma evidência de que algo se quer mudar entre as duas cidades. Tendo como slogan “Duas cidades, um território”, a prova juntou várias centenas de atletas que desportivamente percorreram os vinte quilómetros que unem as duas cidades, mas que, é certo, também têm servido para as separar. Não gosto do nome “Estafeta da Amizade” por tudo o que tem de negativo associar a palavra “Amizade” a este tipo de iniciativas. Passar a designá-la como estafeta “Duas Cidades, Um Território” cumpriria melhor os seus objetivos e a mensagem a passar teria outro alcance. Entre Guimarães e Braga é preciso cimentar a ideia de que realmente podemos ter duas cidades competitivas, mas que têm, obrigatoriamente, de trabalhar em conjunto para alcançar resultados que se traduzam em melhor qualidade de vida para a sua população. Entre Guimarães e Braga existem rivalidade históricas, sociais, culturais e também desportivas. Estas últimas são mais visíveis e são aquelas onde toda a gente se manifesta mais rapidamente. Salvaguardando o conflito de interesses, devo dizer que sou sócio do Vitória há muitos anos. É certo que durmo mais tranquilo quando o Vitória ganha ao Braga. É certo também que não me incomodam as vitórias do Braga quando são com contra as outras equipas. A minha vida passa-se entre Guimarães e Braga, mais na primeira do que na segunda, mas vou com prazer às duas cidades, estão próximas e complementam-se. As rivalidades têm de ser vistas como oportunidades e forças para melhorarmos as nossas cidades e, consequentemente, potenciar o nosso território. De acordo com os censos de 2011, Braga está no 7.º lugar e Guimarães em 14.º em termos populacionais. Juntando-se, passariam para o terceiro lugar do país, à frente do Porto. Falamos muito do centralismo de Lisboa e, de certo modo, do Porto, mas o que fazemos para o contrariar? Infelizmente, são poucos os exemplos em que Guimarães e Braga trabalham em conjunto. Apresentar projetos que possam servir cerca de 340 mil pessoas é sempre diferente do que falar em 180 mil ou 160 mil, de uma forma isolada.

MAIO DE 2016

IMAGEM DO MÊS 50 anos depois de o ter conseguido pela primeira vez, o Sporting Clube de Braga venceu a Taça de Portugal defrontando o Futebol Clube do Porto, no passado dia 22 de Maio. O SC Braga cedo ganhou vantagem no marcador, chegando aos dois golos. O FC Porto conseguiu empatar no último minuto e o jogo decidiuse a partir da marca das grandes penalidades. Esta era a terceira vez que o SC Braga chegava à final. E a terceira foi mesmo de vez. DR

HÁ DEZ ANOS... depois da famosa entrevista em que afirmou que iria pôr as Taipas num brinquinho, António Magalhães dava uma nova entrevista ao jornal Reflexo - a última durante o período que liderou Santa Clara, como presidente do município. Desta feita, Magalhães justificava que muitas das promessas que tinha feito, não podiam ser assumidas inteiramente pela Câmara Municipal. Nesta altura, o presidente justificava que a falta de verbas condicionava a sua vontade de fazer mais pelas Taipas. Na mesma entrevista, considerava fundamental a ligação Guimarães-Braga, por ferrovia e garantiu que na revisão do PDM seria definido um corredor para esse efeito. Falou também na tensão com o executivo de Caldelas, que chegara ao poder meses antes. Garantia que o essencial que havia para fazer no centro das Taipas estava feito e reafirmava uma aposta forte nas Caldas das Taipas. Entretanto, a Junta de Freguesia avançava com intervenções no coreto do centro da vila e na antiga praça do mercado, onde, durante a remoção do antigo pavimento, foi encontrado um poço cuja origem e função era desconhecida. O Departamento de Arqueologia da Universidade do Minho esteve a analizar o buraco, mas as conclusões da análise não chegaram a ser conhecidas.

ALFREDO OLIVEIRA Director

reflexo o espelho das taipas

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 240 / Junho de 2016 Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR: RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R:C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 CONTRIBUINTE 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR: Alfredo Oliveira REDACÇÃO: José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha TRATAMENTO DE TEXTO: Maria José Oliveira COLABORADORES: António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal FOTOGRAFIA: Lima Pereira; Reflexo; Foto Matos

Os autores dos artigos assinados, são responsáveis pelas opiniões expressas, as quais podem não coincidir com as do “REFLEXO - O Espelho das Taipas” PUBLICIDADE

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Destaque RAIVAS: UM SEGREDO DAS TAIPAS LUÍSA ALVÃO

As Raivas são um dos segredos que se encontravam bem guardados. A memória destes doces persistia, contudo, na memória de muitos taipenses. As suas origens não são conhecidas com certeza. A receita original foi recuperada por alguém que acompanhou de perto a forma como se faziam as tradicionais Raivas, que deixaram de se fazer nos inícios dos anos 1980. TEXTO SAMUEL SILVA FOTOGRAFIAS LUÍSA ALVÃO A velocidade a que trabalham as mãos de Fátima Gomes não deixa grandes dúvidas. Aquelas são mãos experientes, habituadas à tarefa de amassar ingredientes até à consistência certa para fazer um doce. Não admira. Nasceu praticamente no meio de uma confeitaria. Foi assim que aprendeu a fazer as Raivas, o biscoito que está na memória de muitos taipenses e que, por cerca de 30 anos, estiveram praticamente desaparecidos. Há pouco mais de um ano, recuperou a receita que herdou das tias e as memórias que a ela vinham agarradas. Ninguém sabe ao certo de onde vem o seu nome, nem a sua origem. Em Aveiro, há um biscoito com o mesmo nome e ingredientes em parte semelhantes àqueles que com se fazem os doces nas Taipas. A sua receita constava de “Cozinha Tradicional Portuguesa”, a enciclopédica obra de Maria de Lourdes Modesto sobre a comida que se

faz no país, lançada no início da década de 1980. Todavia, o sabor da versão aveirense é forte em canela e o formato é semelhante ao de um novelo a desenlaçar-se. O que não é em nada parecido com o “S” característico das Raivas taipenses, nem com o seu paladar marcado pela manteiga. Fátima Gomes também não conhece a história de como as Raivas começaram a ser feitas na casa onde cresceu – e onde ainda vive. Sabe apenas que as suas tias receberam a receita de alguém e a melhoraram. As tias são, de resto, as personagens centrais nesta história. Maria Adelaide Manso e Josina Maria Manso eram as mãos que trabalhavam a massa com força e velocidade há muitos anos, quando Fátima nasceu. Donas de uma confeitaria naquela mesma casa, em Caldas das Taipas, “faziam de tudo, tinham umas mãos maravilhosas”, conta a sobrinha. Naquele edifício de dois an-

dares, bem no centro da vila, produzia-se pão-de-ló e outros doces tradicionais, biscoitos de limão e, claro está, as Raivas. Fátima Gomes lembra-se “daquele cheirinho do açúcar” que ficava na divisão da casa onde se guardavam os ingredientes. “Aquilo vinha tudo em sacos de 50 quilos para elas trabalharem. O açúcar, a farinha. E ficava um cheirinho agradável”, recorda. Toda a conversa sobre esse tempo é uma viagem na memória. Nas suas lembranças, há 40 anos “tudo era diferente”. Até os produtos usados para produzir os biscoitos. “Não sei se era de eu ser criança, mas acho que os produtos tinham todos mais qualidade”, explica. Na produção das Raivas, Maria Adelaide e Josina Maria dividiam tarefas: “uma punha os ingredientes e a outra é que estava com as mãos a trabalhar”. Fazer as massas para essas sobremesas era um trabalho pesado, que exigia muita força

braçal. Chegavam a fazer-se bolas de dois quilogramas de Raivas, que depois eram introduzidas numa máquina que ajudaria a dar a forma certa aos biscoitos. “Era pesado”, reconhece Fátima Gomes. Hoje em dia, o processo que segue é em tudo semelhante a esse. Mas a escala é bem mais pequena. Terá sido por volta de 1982 ou 1983 que as irmãs Manso doceiras decidiram descansar. Em épocas de muito trabalho, como na Páscoa ou no Natal, tinham que se levantar de madrugada para dar conta de todas as encomendas dos vários doces em que eram especialistas. Na Primavera, também era preciso trabalho-extra. E aí a “culpa” era sobretudo das Raivas. A receita é rica em manteiga, que não se dá bem com os dias quentes. As tias de Fátima Gomes faziam, então, mais fornadas daqueles biscoitos, que depois guardavam em grandes latas de café, para os manterem se-

cos e frescos e poderem continuar a vendê-los nos dias de Verão. Há mais de 30 anos, portanto, que não se faziam Raivas seguindo a receita de Maria Adelaide e Josina Maria. Fátima Gomes nunca tinha as feito do início ao fim. Na confeitaria, a feitura da massa estava reservada às tias, que tinham um espaço da casa dedicado especialmente a essa tarefa. Ali não entrava “ninguém de fora”. “Elas gostavam de estar em sossego a fazer aquilo”, conta. A partir de certa altura, as suas irmãs, todas elas mais velhas, entraram no processo. Ajudavam a cortar a massa no tamanho certo e a dar-lhe a forma de “S” que distingue aqueles biscoitos e tornaram-se parte daquela empresa familiar e exclusivamente feminina. Fátima Gomes era ainda muito pequena para trabalhar e só muito pontualmente podia participar no processo. “Mas via a fazer e aprendia. Estas coisas ficam sempre na memória”, explica. Também aprendeu a cozinhar e a fazer bolos e outros tipos de doces com as tias. Guardou-lhes a técnica. Quando Josina Maria e Maria Adelaide morreram, já nesta década, também lhe deixaram ficar todas as receitas dos doces de confeitaria, bolos caseiros e vários biscoitos. São caderninhos manuscritos, com uma precisão de artífice, onde se consegue ler perfeitamente os ingredientes e os vários passos a dar para tornar possíveis tais iguarias. Há pouco mais de um ano, Fátima Gomes voltou a ler as receitas e decidiu voltar a fazer as Raivas. “Talvez por saudades do próprio biscoito ou por curiosidade em ver se eu sabia fazer”, afirma, tentando ensaiar uma explicação. As receitas, já se sabe, não dizem tudo e por isso teve que ir testando soluções. Com recurso à memória daquele sabor, foi afinando a conjugação de ingredientes até encontrar a forma certa de dar vida novamente às Raivas. Hoje fá-las para a família ou para oferecer a amigos, que, sabendo que recuperou a receita, querem voltar a prová-la. Trabalha na sua cozinha, na mesma casa onde quase sempre viveu, Em cima do balcão, amassa os ingredientes com precisão. Qualquer pessoa minima-


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“Não sei se era de eu ser criança, mas acho que os produtos tinham todos mais qualidade” FÁTIMA GOMES actual detentora da receitas das Raivas, doce tradicional taipense, que não é produzido vai para 30 anos

mente acostumada à doçaria saberá identificar os ingredientes das Raivas ao comê-las. Há ovos, açúcar, farinha e, seguramente, bastante manteiga. Não são os ingredientes o seu segredo. O segredo está no tipo e qualidade dos produtos usados e nas suas proporções. E, certamente, na perícia com que as mãos de Fátima Gomes os combinam. Sentir o ponto em que a massa está é daquelas coisas que não vem, certamente, escrito em lado algum. Faz-se com tempo, hábito e habilidade. Quando chega o mesmo certo, a massa é transformada numa bola, que será depois cortada em pedaços e rolada, de forma a caber

meses. O interesse passou a ser evidente depois de ouvir contar, por parte de taipenses ou de habitantes de freguesias limítrofes, quão saborosos eram as Raivas e as ocasiões em que eram compradas – uma festa popular, um dia de feira, uma celebração familiar. Essas memórias remetem sempre para um tempo entre as décadas de 1960 e 1970, uma época em que as Taipas viviam ainda algum fulgor termalista. Em que havia gentes de muitos lados a procurar a vila para tratar as suas maleitas. E em que havia, por causa dessa procura, vários estabelecimentos hoteleiros a funcionar na vila. Além

Terá sido por volta de 1982 ou 1983 que as irmãs Manso doceiras decidiram descansar. Em épocas de muito trabalho, como na Páscoa ou no Natal, tinham que se levantar de madrugada para dar conta de todas as encomendas dos vários doces em que eram especialistas. numa artefacto. É essa espécie de máquina que ajudará a “espremer” a massa e a estendê-la de novo sobre a banca, agora já com a forma de uma espécie de pequenos picos. Essa textura – a par da dureza que o biscoito adquire depois de cozido a alta temperatura – distinguem estas Raivas. E ajudam a tornar mais permanente o seu sabor quando as provamos. Há pois algo desta receita que Fátima Gomes não conta. Nem é isso o que verdadeiramente aqui interessa. Estes biscoitos contam histórias. Não só as desta família, mas as da própria vila de Caldas das Taipas. Talvez isso ajude a explicar como é que um doce que não era produzido há mais de 30 anos tenha ainda um lugar tão marcado na memória de muitos habitantes desta comunidade. Foi isso que nos levou até esta história, há uns

da confeitaria, as irmãs Manso chegaram a ter também uma pensão. “Vinha muita gente, de todas as partes”, expõe Fátima Gomes. É essa a memória que guarda desse tempo, em que chegavam à sua casa clientes vindos de Lisboa, do Porto e de outras partes do país para aqui fazerem termas. “A vida das Taipas nessa altura não tinha nada a ver com a que tem hoje”, considera. Além de fazerem doces, Josina Maria e Maria Helena também serviam refeições salgadas a esses hóspedes. Sabiam cozinhar, “e também sabiam receber”. As mãos de Fátima Gomes já descansaram. Agora é a voz que começa a soar mais lenta, quando recorda, emocionada uma vez mais, as suas tias. “Lembro-me como se fosse hoje. De tudo um pouco. A gente fica sempre com essa memória, não é?”.

Documentário sobre as Raivas em estreia a 18 de Junho

Curta metragem documental será exibida na sessão de apresentação de “Guimarães Top Secret – Segredos de Guimarães” que decorrerá nos Banhos Velhos. Permitam-me escrever este pequeno texto na primeira pessoa. O primeiro contacto que tive com as Raivas foi há relativamente pouco tempo. Estava a preparar a apresentação do livro “Guimarães Top Secret – Segredos de Guimarães” – com texto meu e fotografias do José Caldeira – em Caldas das Taipas, quando me falaram pela primeira vez deste “segredo”. Havia pouco tempo até à sessão e consegui saber muito pouco sobre o biscoito de que muitos tinham memória, mas poucos sabiam explicar realmente como era. Depois veio essa sessão, a 19 de Dezembro, numa organização do Reflexo. No final, conversei com várias pessoas sobre estes biscoitos e pude saber um pouco mais. Provei uma versão do salão de chá Avô João. Mas acima de tudo percebi que aquela era ainda uma recordação muito poderosa na comunidade taipense. Mais do que o doce em si, foi isso que me fez ir atrás das Raivas: 30 anos volvidos, ainda

havia uma memória bem nítida do seu sabor, da sua textura, até do seu tamanho. Como se estes doces tivessem um poder próprio. Esse foi, de facto, o ponto de partida. A relação das Taipas e dos taipenses com as Raivas continuou a ser um motivo de interesse ao longo dos últimos meses. Porém, desde o primeiro encontro com Fátima Gomes, percebi que havia ali outra história para contar: a das duas mulheres que tornaram este biscoito famoso, a da sua família que cresceu dentro daquele ambiente de trabalho intenso e a lembrança emocionada de Fátima, a sobrinha mais nova, que há pouco mais de um ano decidiu recuperar a receita. É essa história que dá agora um filme. Um filme sobre este universo feminino e em que a relação familiar assume um papel central. Um filme que parte de um biscoito, mas não quer ser um retrato do seu processo de fabrico. O que nele se aborda

é sobretudo o poder da memória – que aqui se manifesta numa multiplicidade de dimensões. É, desse ponto de vista, também um filme sensorial. Porque o cheiro, o tacto e, obviamente, o paladar foram recursos incontornáveis na formação das memórias que aqui procuramos resgatar. Esta curta-metragem documental, que co-realizei com Luísa Alvão, será estreada no dia 18 de Junho, pelas 18h00, numa apresentação do “Guimarães Top Secret – Segredos de Guimarães”, organizada pelos Banhos Velhos. Quando fui convidado por José Manuel Gomes para esta sessão disse imediatamente que sim. Só depois comecei a pensar qual seria a melhor forma de torná-la distinta dessa primeira que já tinha feito na vila, em Dezembro, e de outras em que tenho participado, nos últimos meses, em vários pontos de concelho. As Raivas foram a minha resposta. Compreendi, nessa altura, que já tinha também sido tomado pelo seu poder.


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Taipas Empresa à qual foi entregue empreitada da RESIDENCIAL SÉNIOR reclama dívida à ADIT ARQUIVO

O início do processo remonta ao ano de 2009, com a aquisição do edifício da antiga Pensão Vilas por parte da Junta de Freguesia de Caldelas, que seria requalificado para receber uma residencial sénior. A direito de superfície foi entregue à Associação para o Desenvolvimento Integrado das Taipas, criada entretanto. Passados sete anos a empresa a quem foi entregue a obra reclama uma dívida de cerca de 350 mil euros. A NVE, Engenharias, SA, empresa responsável pela construção da Residencial Sénior no antigo edifício da Pensão Vilas, entrou com um processo em tribunal, em março de 2015, onde reclama o pagamento de faturas correspondentes à obra já executada. Na instrução do processo, a NVE terá feito a respetiva prova de dívida PUBLICIDADE

que remete para cerca de 350 mil euros. Por sua vez, a ADIT terá contestado os elementos apresentados pela NVE. Recorde-se que o contrato de empreitada entre a empresa de construção e a Associação para o Desenvolvimento Integrado das Taipas (ADIT) resultou após um concurso público, em

que viria a ser adjudicada à NVE a construção da “Residencial Sénior – Caldas das Taipas, com o valor de um milhão e trezentos e cinquenta e um mil e cem euros, acrescido do respetivo IVA, de acordo com o caderno de encargos aprovado. Esta adjudicação previa a conclusão da obra no prazo de 150 dias, tendo em conta

o plano de trabalhos e projeto de execução, estando previstas sanções no caso de incumprimento dos prazos contratuais. Como é do conhecimento público, este processo remonta a 2009 quando o executivo da Junta de Freguesia liderado por Constantino Veiga procedeu à aquisição do edifício da Pensão

Vilas para construir um lar de idosos e centro de dia, aquisição que não mereceu a concordância dos partidos da oposição, que sempre constestaram a forma como foi efetuado esse negócio. Em causa estava a verba de 3 mil euros que a Junta teria de pagar mensalmente à locatária financeira de Bruno Machado da Silva – Sociedade Imobiliária, até 2018, através de um contrato de arrendamento onde já se previa o aparecimento de uma associação que iria gerir esse lar de idosos. Essa associação viria a ser a ADIT, que seria constituída a 28 de outubro de 2011. Mais tarde, a 19 de setembro de 2013, a Junta de Freguesia viria mesmo a adquirir efetivamente o direito de propriedade plena da Pensão Vilas pelo preço de 450 mil euros e nesse valor seriam amortizados os 144 mil euros já pagos em resultado da conversão das rendas pagas desde julho de dois mil e nove até junho de dois mil e treze; 180 mil euros a serem pagos em sessenta prestações mensais (3 mil euros) a Bruno Machado da Silva, a partir de oito de outubro de dois mil e treze até ao dia oito de setembro de dois mil e dezoito e 126 mil euros que a ADIT avança pelo direito de superfície da Pensão Vilas, assumindo ainda o encargo de levar a cabo a construção

da Residencial Sénior e a sua gestãodurante 70 anos. Depois de todos os trâmites legais já referidos, a obra tem início nos finais de outubro de 2013 e no verão de 2014 a NVE interrompe a construção por falta de pagamentos e avança posteriormente com o referido processo em tribunal. Para fazer face aos problemas financeiros, a ADIT, desde cedo, ponderou a possibilidade de financiamento através de uma candidatura a Fundos Comunitários ou do recurso à banca. No entanto, esse recurso à banca não terá sido possível pelo facto de o edifício não pertencer efetivamente à ADIT mas sim à Junta de Freguesia. Naturalmente que o jornal procurou ouvir as partes envolvidas, no caso a ADIT e a empresa NVE. Estes últimos, escusaram-se a prestar declarações justificando que enquanto estivesse a decorrer o processo em tribunal não o deveriam fazer. Por parte da ADIT, a resposta foi idêntica e não pretendem prestar quaisquer declarações neste momento. No entanto, conseguimos apurar junto de fontes próximas do processo que a ADIT está a desenvolver contatos para que a finalização da Residencial Sénior seja uma realidade, podendo apresentar uma solução nos próximos meses.


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Taipas Quim Barreiros e Carlos Ribeiro no encerramento das Festas da Vila e S. Pedro ARQUIVO

De 5 de Junho até 4 de Julho decorrerão as Festas da Vila e de S. Pedro. As associações da vila preenchem uma grande parte do programa deste ano, com destaque para as modalidades desportivas. A Festa da Vila e S. Pedro decorrerão nas Caldas das Taipas de 5 Junho até 4 de Julho. Durante um mês serão vários os motivos que animarão vários espaços da vila, com destaque para o antigo mercado, onde decorrerão a Feira das Associações e a Feira da Francesinha, dois eventos que já são tradicionais nas festas taipenses. O programa oficial começa domingo, 5 de Junho, com a 11.ª edição da Corrida Intermarché das Caldas das Taipas, numa organização do Núcleo de Atletismo das Taipas, com partida às 9 horas, na Avenida da República. No mesmo dia, às 9.45 horas começa uma caminhada solidária, a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Os Amigos do Caneco organizam uma concentração de bicicletas antigas, que acontecerá no recinto da feira semanal. Em ano de Campeonato PUBLICIDADE

Europeu de Futebol, o recinto do antigo mercado das Caldas das Taipas deverá ser um dos centros de animação das festas. A partir do dia 9 de Junho até 19 de Junho decorre a Feira das Associações e de 23 de Junho a 4 de Julho a já tradicional Feira da Francesinha instala-se no antigo mercado, sendo este um dos momentos mais populares da festa. Durante o mês de Junho, antes das Festas de S. Pedro propriamente ditas decorrem nas Caldas das Taipas uma série de eventos, grande parte deles organizados por associações da vila, que estão integrados no programa das festas. No fim-de-semana de 17 a 19 de Junho decorre a sétima edição da Concentração Motard do Clube Motard das Taipas que, este ano, volta a ocupar o parque de lazer (ver programação própria nesta página). No dia 18 de Junho, sábado, acontece no pavilhão

do CART um espectáculo de patinagem artística, numa organização daquela colectividade taipense. Ainda dentro das actividades promovidas por associações da vila no dia 25 de Junho, sábado, decorrem o 9.º Torneio de Ténis de Mesa e o Torneio de Petanca, organizados pelos clubes locais daquelas modalidades. O primeiro decorrerá no Pavilhão do CART e o segundo no Parque de Lazer. No dia seguinte, domingo 26, está marcado para as 16 horas o Cortejo Etnográfico, que este ano abordará as fazes da sementeira do milho até à cozedura do pão. Está marcado para as 16 horas e percorrerá as ruas do centro da vila. Ainda antes do fim-de-semana de S. Pedro decorre um momento solene com o assinalar do Dia da Vila, que se celebra a 19 de Junho, dia da elevação da povoação a

vila. Para esse dia está prevista a sessão solene da Assembleia de Freguesia de Caldelas. Finalmente, celebrando-se a 29 o dia de S. Pedro, durante esse fim-de-semana haverá animação especial nas ruas e nos espaços da vila com as tradicionais barraquinhas e as diversões populares. No dia do santo, está previsto, às 21.30 horas uma apresentação musical com a participação de cantores taipenses. Será no Largo João Antunes Guimarães. No dia 30 de Junho decorre o Festival de Folclore com a participação de ranchos, rusgas e grupos de cantares provenientes de freguesias vizinhas. Destaque para a Rusga Típica da Correlhã, que virá de Ponte de Lima. Entrando no mês de Julho e no fim-de-semana, a partir das 21.30 horas rusgas populares percorrerão as ruas da vila e às 22 horas começa o Torneio de Hóquei em Patins 24 Horas, promovido pelo CART, no seu pavilhão. Para sábado, 2 de Julho, o dia começa às 10 horas com animação de rua com o Grupo de Bombos Taibombar. Às 22 horas o grupo Canta Brasil actua junto à igreja matriz e à meia-noite haverá animação com DJ. No domingo, ao início da tarde a Banda Musical de Caldas das Taipas introduzirá a tradicional Majestosa Procissão em honra de S.Pedro, que está marcada para as 18 horas. Às 21 horas toca o grupo de dança Powerful e, a encerrar a noite, Carlos Ribeiro e a sua banda tocarão no largo fronteiro à igreja. No derradeiro dia das festas taipenses Quim Barreiros regressa à vila, onde tocará às 22 horas. As Festas da Vila e de S. Pedro encerram com a habitual grandiosa sessão de fogo de artifício junto ao Rio Ave.

O

PINIÃO

MANUEL RIBEIRO

AS EMPRESAS MUNICIPAIS A Câmara Municipal de Guimarães defendeu, com muito vigor, a equiparação das Régies Cooperativas do concelho, que de cooperativas não têm nada, com o estatuto e regime de empresas municipais. Esse objectivo foi conseguido. E se esse objectivo foi conseguido para umas coisas, designadamente, para permitir transferência de verbas para essas empresas, terão que se retirar mais consequências. Desde logo, a consequência de que as empresas municipais ou locais devem prosseguir o melhor interesse público. O que é o interesse público? Satisfazer necessidades colectivas da população do município entre os quais, diz a lei, abastecimento de água, saneamento, resíduos urbanos, limpeza pública, transportes de passageiros. Eu diria, e outras actividades que, comprovado o seu interesse histórico, local, e manifestamente deficitárias, justifique a necessidade em existirem e ser prestadas pelo município. Quer isto dizer que os recursos públicos devem estar ao serviço dos interesses colectivos e da população e não servir-se dela. A mudança de paradigma da actividade da empresa Taipas Turitermas, transformando-se numa clinica de saúde, como tantas outras privadas que por aí proliferam, é uma violação do interesse público que deverá estar subjacente à sua actividade, pelas razões seguintes: A actividade de clínica de saúde não visa a satisfação de interesses colectivos, nem tem qualquer função social, exemplo disso é que cobram o preço de mercado – para isso temos o Serviço Nacional de Saúde. O investimento foi totalmente público, não interessa se a origem do financiamento foi na União Europeia ou nacional; A gestão é pública; O risco de actividade é público; Creio que a actividade da Taipas Turitermas, como clinica de saúde, por não existir à data da entrada em vigor da Lei 50/2012, é ilegal. E se as premissas anteriores não fossem suficientes para moralizar a administração desse bem público, vem o escândalo: encontra-se ao serviço de alguns privados. A admissão de funcionários e a sua gestão baseiase em critérios politico/partidários e familiares; o recrutamento de médicos segue a mesma lógica. Onde está o concurso público para obter a colaboração daqueles agentes? Transparência, igualdade, seriedade e bom senso há muito andam arredados da gestão excessivamente PS da Taipas Turitermas. A existência de um painel (lona) pertencente à Câmara Municipal de Guimarães a identificar e publicitar os médicos colaboradores da Taipas Turitermas, arrebanhados pelos seus afectos politico/partidários, é o máximo de falta de escrúpulos que atingiu a gestão da Taipas Turitermas, aliás, com a máxima conivência da Câmara Municipal de Guimarães. Não me conformo que um espaço público, com dinheiro e meios públicos, sirva para promover médicos cuja actividade não se insira no interesse público/social. E se isto não for crime, pelo menos é imoral.


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Taipas Socialistas acusam Junta de Freguesia de não cumprir minimamente o Plano de Atividades ARQUIVO

A discussão e votação da prestação de contas e atividade desenvolvida pela Junta de Freguesia (JF), no ano 2015, foi um dos pontos discutidos e votados na última Assembleia de Freguesia, que decorreu no passado dia 6 de Maio.

O PS fez vários reparos sobre a manifesta desorganização e desorientação do executivo, bem como sobre alguns procedimentos contabilísticos erráticos. Os socialistas registaram deliberada ambiguidade e es-

quecimentos da JF no relato da atividade em 2015, tendo elencando inúmeras obras e atividades “não executadas” que constavam do plano de atividades apresentado e assumido por este executivo, sem que fosse dada qualquer

explicação. A coligação JpG congratulou-se pelo facto de todos os itens terem sido esclarecidos em reunião prévia, com a técnica responsável pelo registo dos movimentos contabilísticos, pelo facto do executivo ter arrecadado mais receita do que a prevista, e pelo facto de ter transferido receita corrente para fazer face a investimento na vila. Constantino Veiga, em resposta ao PS, elencou intervenções que a JF tem levado a cabo e que são da responsabilidade da CMG, bem como protocolos que são retardados ou materiais para obras que tardam a chegar. Chegado o momento da votação, os documentos acabariam por passar com o voto da coligação JpG e a abstenção da CDU, contra o voto desfavorável do PS.

Junta de Caldelas lamenta manobras difamatórias e propagandísticas do PS Taipas A Junta de Freguesia de Caldelas emitiu um comunicado dando conta do seu repúdio face àquilo que é considerado pelo executivo como de “campanha difamatória e propagandística” que o PS de Caldelas dinamizou após a Assembleia de Freguesia de Caldelas, de 6 de Maio, na qual a Junta de Freguesia fez um balanço da execução do seu orçamento e plano. Recorde-se que os socialistas acusaram a Junta de Freguesia de Caldelas de não tem cumprido minimamente

com o plano, acusando na mesma ocasião o executivo PSD de desorganização e desorientação. Já esta semana, a organização da freguesia do PS publicou na sua página do Facebook uma imagem onde era reproduzido uma parte do plano de actividades, onde consta a lista de intervenções que a junta programava avançar com pavimentações em várias ruas da freguesia. No comunicado da Junta de Freguesia, datado de 11 de Maio, o executivo defende que a Câmara Municipal de

Guimarães “tem obrigação legal e natural de reinvestir parte desse dinheiro na manutenção dos espaços públicos da freguesia”, numa referência aos “mais de 3 milhões de euros” que a câmara receberá no seu orçamento, proveniente de impostos directos e indirectos pagos pelos taipenses. A junta aponta a responsabilidade à Câmara Municipal de Guimarães, defendendo a delegação de competências, acompanhadas de recursos técnicos, humanos e financeiros - “a

12 mil euros para reabilitação do auditório dos bombeiros das Caldas das Taipas

O executivo vimaranense aprovou na reunião de 12 de maio, por unanimidade, uma verba a rondar os 93 mil euros para o apoio de atividades, a realizar no segundo semestre do corrente ano, por parte de entidades que prosseguem fins culturais, artísticos, recreativos ou humanitários no concelho. De entre esses subsídios pode-se destacar os 12 mil euros para obras de reabilitação do auditório dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas e os 4 mil euros para o “Citânia Viva”, promovido pela Casa do Povo

lei proíbe a Junta de Freguesia de realizar obras nos espaços que são propriedade da Câmara Municipal”, lê-se no comunicado. A Junta de Freguesia de Caldelas conclui que o comportamento tomado PS Taipas é ostensivo para a junta eleita pelas taipenses e que o dinheiro municipal está a ser utilizado “ao serviços de estratégias partidárias”. O documento faz ainda referência à instituições da vila, cuja gestão está entregue exclusivamente aos membros do Partido Socialista das Taipas.

de Briteiros. No caso dos bombeiros taipenses a verba agora atribuída poderá dar um contributo para se melhorarem as condições de um espaço que apresenta diversas carências. Há muito que a direção de José Neves Machado achava necessário intervir, mas considerava que a recuperação deste espaço era “mais importante para a vila do que para as atividades dos bombeiros”. Recorde-se que este espaço foi iniciado na direção de Manuel Sousa Marques, teve o arranque das suas obras na direção de Carlos Remísio de Castro e viria a ser inaugurado, a 28 de maio de 1995, durante o primeiro mandato de José das Neves Machado, juntamente com as piscinas e salão nobre.

NOTA DA REDACÇÃO Devido a um erro na paginação do jornal Reflexo de Maio, o texto de Nelson Felgueiras não saiu completo. A versão integral do texto poderá ser lida no Reflexo Digital, no separador reservados aos nossos colunistas. Também o texto dedicado ao ciclo Liberdade É..., do Núcleo de Estúdos 25 de Abril, na página 11, saiu um erro que não passou despercebido aos nossos leitores. Na assinatura do texto deverá naturalmente ler-se NE25A e não NE24A. Um pormenor que, neste caso, assume relevada importância. A todos os visados e aos nossos leitores não podemos de expressar aqui as nossas desculpas.

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REFLEXO #240 JUNHO DE 2016

Taipas

O

Trabalho de investigação do médico Hélder Pereira distinguido entre pares

copy) é a mais importante distinção atribuída por aquela sociedade. Hélder Pereira liderou, nos últimos dois anos, uma equipa trabalho que teve como objectivo efectuar o levantamento das últimas descobertas e das melhores práticas na cirurgia ao me-

nisco. Os resultados conseguidos pelo grupo de estudo da ESSKA foram considerados de grande importância na área da cirurgia ao menisco, que é o tipo de intervenção cirúrgica mais frequente no mundo. O desporto é uma das áreas onde lesões associa-

SÉTIMA EDIÇÃO DA Concentração Motard DAS TAIPAS, EM JUNHO NO PARQUE DE LAZER O Parque de Lazer das Taipas recebe, a 17, 18 e 19 de junho, a sétima edição da Concentração Motard, organizada pelo Moto Clube das Taipas. Com entrada livre, a iniciativa tem juntado, de ano para ano, cada vez mais entusiastas das duas rodas. Num programa diversificado, a sextafeira está reservada a uma exposição de motos antigas e o dia finaliza com concertos das bandas Caixa Negra, The Stunts e o Dj Carlos Costa. No sábado há arraial minhoto com Encontro de Concertinas e Cantares ao Desafio. O grupo de percussão “Taibombar”, PUBLICIDADE

C Â N D I D O CA P E L A D I A S

SEIS MESES DE GOVERNO

DR

Médico taipense viu o seu trabalho reconhecido no congresso da Sociedade Europeia de Traumatologia Desportiva, que decorreu em Barcelona, entre os diaqs 4 e 6 de maio. O Prémio ESSKAR (European Society for Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthros-

PINIÃO

vai animar a tarde antes ainda da realização do passeio motard pela região. A noite será por conta do jovem Bruno Fernandes, de Purple Weed, Cavaleiros de Negro e do Dj Carlos Costa. A finalizar a noite de sábado, para os mais resistentes, o habitual streptease. Já no domingo, depois do pequeno almoço, há lugar a novo passeio/desfile, pelas principais artérias da vila e freguesias limítrofes. O recinto dispões de parque de campismo grátis. Para mais informações podem contatar pelo telefone 967448366 e pelo email motoclubedastaipas@outlook.pt

das ao menisco são mais frequentes. O levantamento efectuado pela ESSKA permitiu sinalizar novos métodos e opções, com implicações na recuperação de lesões. O documento foi coordenado e coligido por Hélder Pereira durante dois anos e o resultado reveste-se de uma grande importância. Este trabalho acabou por ser reconhecido pela Sociedade Europeia, que decidiu distinguir o trabalho do médico vimaranense. Mais perto do final do mês de maio, Hélder Pereira foi eleito Presidente da Ankle & Foot Associates (AFAS), uma secção da Sociedade Europeia de Traumatologia Desportiva (ESSKA), sucedendo no cargo ao seu colega holandês Niek van Dijk.

reflexo o espelho das taipas

O REFLEXO PROCURA COLABORADOR(a) PARA A ÁREA COMERCIAL. AS CANDIDATURAS DEVEM SER SUBMETIDAS POR E-MAIL, PARA O ENDEREÇO: info@rfx.pt.

Já se passaram seis meses desde que o Governo do PS, apoiado na Assembleia da República por uma maioria de esquerda, começou a governar. Na minha perspectiva pessoal está a respeitar as promessas que fez ao eleitorado, e isso, parecendo pouco e a não justificar realce, representa uma mudança relativamente a todos os governos constitucionais que o precederam, useiros e vezeiros em esquecer e até contrariar os respectivos programas apresentados ao eleitorado, dando o dito por não dito. Todos devem estar lembrados da afirmação de um deputado do CDS que afirmou, sem corar, que a mentira é necessária para ganhar as eleições, porque a falar verdade não se ganham. Na minha qualidade de observador atento que não esconde a verdade mesmo quando ela não serve os meus argumentos, confesso que o balanço de seis meses de governação me deixa a desejar. Deixa a desejar, por exemplo, no aumento do salário mínimo. Deixa a desejar, por exemplo, na reposição dos vencimentos da função pública. Deixa a desejar, por exemplo, no fim da taxa especial aplicada às reformas e pensões. Deixa a desejar, por exemplo, no tratamento dado ao BANIF. Deixa a desejar, por exemplo, na demora em revitalizar a contratação colectiva. São apenas alguns exemplos simples, outros há que, para não complicar a exposição deixo deliberadamente de fora. Como a política de impostos, a maior progressividade no IRS, por exemplo. Mas sendo pouco, mesmo muito pouco há que reconhecer que nem isso a direita tolera, nem o pouco que foi feito Bruxelas e o Banco Central Europeu querem aceitar, pressionando, ou melhor, chantageando para que nada mude, para que as políticas praticadas pelo governo do PSD/CDS não sejam modificadas pelo governo do PS, como se as ditas fossem sagradas. Seis meses de governo do PS sabem a muito pouco, mas o bastante para irritar a direita. Estamos no caminho certo, portanto. Compreendemos, mas discordamos que bens do domínio público estejam ao serviço de particulares e para benefício deles.


REFLEXO #240 JUNHO DE 2016 10

Taipas Casa desabitada consumida pelas chamas FOTOGRAFIA MATOS

O interior de uma habitação devoluta, na Rua Nossa Senhora de Fátima, nas Taipas, foi consumido pelas chamas no final do dia 22 de maio. O alerta foi dado para os bombeiros das Taipas por volta das 20 horas e, apesar da habitação, com muita madeira no seu interior, estar totalmente tomada pelas chamas, o fogo demorou pouco mais de meia hora a ser dominado pelos bombeiros taipenses que deslocaram para o local 20 elementos e cinco veículos. O trânsito esteve interrompido cerca de duas horas naquela artéria até que os trabalhos de rescaldo ficassem concluídos. As causas deste incêndio não são conhecidas. Alguns moradores próximos do local do sinistro, referiram a ocorrência de pequenas explosões durante o incêndio.

DAS TAIPAS PARA O MUNDO

nota de condolências pelo falecimento do pai dE miguel oliveira

Faleceu no passado dia 19 de Maio, José Francisco Peixoto de Oliveira. O “Zequinha do Talho” ou “Zequinha Vilas”, como era conhecido e habitualmente era tratado, contava 72 anos de idade e era pai de um dos sócios fundadores da Associação e jornal Reflexo, Miguel Oliveira.

Depois de celebrada missa de corpo presente, no sábado, 21 de maio (14.45h), na Capela de S. Tomé, nas Taipas, foi a sepultar no cemitério local. Ao Miguel Oliveira e restantes familiares, o Reflexo apresenta as mais sentidas condolências.

SARA OLIVEIRA Tr a b a l h a n a á r e a d e c o m u n i c a ç ã o e m a r ke t i n g , n u m a e m p r e s a d e d o m ó t i c a . Está em Curitiba, Brasil

“Esta situação de tumulto político num país que não o meu, não me é indiferente” Natural de Caldas das Taipas, onde estudou e viveu até ingressar no ensino superior, Sara Rosa Oliveira encontra-se desde fevereiro em Curitiba, no Brasil, por motivos profissionais. A taipense candidatou-se ao INOV Contacto, programa da AICEP para estágios internacionais, que coloca portugueses em qualquer lado do mundo, sem escolha prévia, de Vigo a Sidney. “Estou cá há cerca de três meses. Apesar de ser a mesma língua a dificuldade em percebermo-nos mutuamente é grande, o que se torna mais frustrante, precisamente por PUBLICIDADE

ser a mesma língua, mas também leva a situações caricatas. Curitiba é diferente do Brasil que estamos habituados a ver e ouvir. É frio (neste momento estão 10.º de média), as pessoas não são propriamente abertas e a população tem maioritariamente descendência europeia”. A cidade tem também a universidade mais antiga do Brasil, a Universidade Federal do Paraná, fundada em 1912, bem como a maior área de espaços verdes por população da América Latina. Numa altura em que o Brasil vive uma situação anormal, Sara conta-nos que “a

situação política atual é muito instável, o país está dividido e a tolerância entre diferentes pensamentos é zero”. A situação, curiosamente, não é completamente nova para a taipense, que no passado passou por uma experiência idêntica. “Esta situação de tumulto político num país que não o meu, não me é indiferente. Em 2013 estive a estudar em Istambul, na Turquia, e aterrei num clima de manifestações constantes. Na verdade as situações são mais parecidas do que possa parecer à primeira vista”. Ainda relativamente à atualidade brasileira, Sara

refere que “o facto de aproximadamente 50% dos parlamentares brasileiros estarem ou terem estado sob investigação/inquérito, diz muito sobre o país”. Curitiba é a capital do estado do Paraná, no sul do país, e tem quase 2 milhões de habitantes. “Por ser um estado historicamente mais rico, as desigualdades sociais não são tão visíveis como nos estados a norte, mas o Brasil continua um país com um enorme fosso social/riqueza, que precisa de caminhar muito ainda. O país é tão grande que cada estado tem uma cultura, paisagem natural e costumes diferentes”.


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Taipas Utilização de drones para promover o ensino DR

Depois da aposta nos robôs os professores responsáveis pelo Clube de Robótica apostam na montagem e programação de drones para cativarem os alunos para as aprendizagens das disciplinas que lecionam. João Paulo, um dos responsáveis pelo Clube de Robótica e professor da Escola Secundária de Caldas das Taipas, depois de ter participado com duas equipas no mais completo evento dedicado aos drones e às novas tecnologias em Portugal, o “Idrone Experience”, realizada em Braga de 22 a 24 de abril, mostra-se confiante que este é um projeto que deve ser potenciado: “Com os drones conseguimos criar junto dos alunos a curiosidade de aprender de PUBLICIDADE

eles ficarem entusiasmados em perceber como as coisas funcionam e, deste modo, podermos introduzir as matérias teóricas de uma forma motivadora. A motivação dos alunos é completamente diferente”. João Paulo defende que a “escola não pode ser fechada e não pode ser exclusivamente teórica”, por isso, o Clube de Robótica tem vindo a apostar na contínua aproximação com a realidade atual, tendo sempre presente o mercado de trabalho. Recorde-se que este clube de Robótica tem vindo a desenvolver uma série de atividades ligadas à disciplina de Sistemas Digitais, bem como outras relacionadas com os conteúdos da robótica e da programação, sendo a mais

conhecida a participação na Roboparty. Já nessa altura, como recorda João Paulo, “havia a dificuldade em lecionar os conteúdos de programação. Os alunos reclamam muito por questões práticas. Explicar um raciocínio lógico matemático é muito difícil sem os alunos verem o aspeto prático do que se transmite. Na escola pensamos que a questão da Roboparty já estava controlada e integrada, decidimos dar um novo salto, agora para os drones que, efetivamente, estão na moda. Temos de estar em permanente atualização e foi isto que nos levou a entrar em contato com o IPCA. É o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave que tem promovido os encontros nacionais com os drones e organizou o “Idrone Experience”, que teve duas equipas da secundária das Taipas, uma do curso de Gestão de Equipamentos Informáticos e outra do curso de Eletrónica e Automação, em colaboração com o professor Francisco Xavier. Para finalizar, será de acrescentar que a escola “ainda” não produz drones, nem será fácil a sua construção, como referiu João Paulo: “A escola está mais interessada no segmento dos smart drones, da Parot. Estamos numa fase inicial que poderemos comparar com os robôs da Roboparty, ou seja, adquirimos o equipamento em peças e os alunos montam, soldam e programam o drone para voar, através de uma aplicação”.

Escolas das Taipas vencem primeiro prémio do Eco-Parlamento Agrupamento de Escolas das Taipas ganha Eco-Parlamento e promessa de uma nova escola Realizou-se na passada sexta-feira, 13 de Maio, a final da primeira edição do Eco-Parlamento de Guimarães. Alunos do agrupamento das Taipas foram vencedores. A proposta apresentada pelos alunos do Agrupamento de Escolas das Taipas era simples e apontava para a necessidade de retirada urgente da cobertura de amianto na Escola Básica das Taipas. A medida apresentada fundamentou-se num conjunto de reportagens apresentadas pelos canais de televisão sobre o problema, alertando para os riscos que o amianto acarreta para a saúde. Os alunos saíram com o primeiro prémio deste concurso, vocacionado para o desenvolvimento das políticas ambientais nas escolas. Além disso, ficou mais uma vez a promessa de que o problema das placas de amianto será resolvido com “uma nova escola” - referência à intervenção que se encontra planeada para aquela escola para resolver esse e outros problemas, de uma escola com quase 35 anos.

Rotary celebra 17º Aniversário e entrega prémios do 1º Concurso Literário

O Rotary Club de Caldas das Taipas, a 31 de maio, festejou o seu 17.º aniversário com uma festa bipartida. Pelas 19h, na sede do clube, realizou-se a cerimónia de entrega dos prémios do 1.º Concurso Literário do clube, lançado a nível do distrito 1970 (agrupamentos dos 10 distritos do norte do país). Foram 48 trabalhos a concurso, divididos pelas modalidades de conto e poesia e pelos escalões do 2.º e 3.º ciclos. À cerimónia estiveram presentes o governador do distrito 1970, António Vaz, a vereadora da Educação, Adelina Paula Pinto, entre outras entidades da comunidade, alunos participantes e pais/ encarregados de educação. O júri foi constituído pelo editor da Opera Omnia, Dr. José Manuel Costa, pelo escritor João Manuel Ribeiro, pelo rotaractista Carlos Pedro Portal Marques e pela presidente do Rotary Club, na sua qualidade de professora de Português. Seguiu-se, pelas 20.30h, o Jantar Festivo no restaurante do Hotel das Termas que contou com a participação das entidades já referidas e a participação de elementos de outros clubes, nomeadamente do RC Guimarães - clube padrinho, como é costume nestas ocasiões. Eis os premiados: Poesia - 2.ºciclo- 1.º Fabiana Macedo Vieira, do 6.ºB da EB Briteiros; 2.º Carolina Lopes, do 6.ºD da EB Taipas e 3.º Gonçalo José Castro, do 5.ºA da EB Briteiros. Conto - 2.º ciclo: 1.º Xavier Guimarães, do 6.ºA da EB Fernando Pessoa (Santa Maria da Feira); 2.º Edgar Leite, do 6.ºE e e 3.º Ana Margarida Marques, do 6.ºD da EB Taipas. Poesia - 3.º ciclo, todos os premiados são da EB TaipasLeonor Monteiro, do 8.ºB; José Pedro Marques, do 9.ºC e Margarida Fernandes, do 7.ºF. Conto - 3.º ciclo- todos os premiados da EB Taipas e do 9.ºC: Sofia Rafaela Capela Ribeiro, Maria João Mirra Gonçalves e Augusta Beatriz Carneiro.


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Região festivais de gil vicente mostram novas leituras sobre o teatro clássico KOEN BROOS

Centro Histórico recebe a sexta edição da Feira Afonsina

Obras de Shakespeare, Molière, Simon Stephens e Tchekhov vão ser apresentadas em Guimarães por diferentes companhias nacionais e internacionais, durante os Festivais de Gil Vicente, que decorrem em Guimarães nas próximas duas semanas. O festival de teatro de Guimarães começa dia 2 de Junho, com a apresentação de uma adaptação de um texto de Shakespeare, no ano em que se assinalam os 400 anos da morte do escritor. A abertura do festival está marcada para o dia 02 de junho, às 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, com o incontornável Shakespeare. Passaram 400 anos do seu desaparecimento, mas a sua obra é mais essencial que nunca. Tónan Quito, ao encenar “Ricardo III”, traz à cena uma trama muito familiar que venceu o Globo de Ouro, na categoria de Melhor Peça/Espetáculo, e já havia sido distinguido nos prémios da SPA deste ano, com Miguel Moreira a ser considerado o melhor ator de teatro pelo seu desempenho nesta peça. No dia seguinte, também às 21h30, a Black Box da Plataforma das Artes e da Criatividade recebe o “Ciclo Novas Bacantes”, de João Garcia Miguel. Arrebatada pelas possibilidades do texto “As Bacantes”, de Eurípides, a companhia João Garcia Miguel procurou um modelo de abordagem com várias vias secundárias, vários meios caminhos, que contivessem os fins e recomeços. Que contivessem as questões do corpo e do inconsciente que nos acompanham.

Que contivessem o corpo enquanto objeto poético e as suas componentes de animalidade. No dia 04 de junho, novamente às 21h30, o teatro regressa ao Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor com “O Misantropo”, de Molière, encenado por Nuno Cardoso. Texto satírico de enorme subtileza e inegável apuro formal, “O Misantropo” é uma análise impiedosa da sociedade e das suas regras que se mantém atual, expondo diferentes relações de poder e jogos de enganos, numa oscilação constante entre a sinceridade e a hipocrisia, entre a atração e a repulsa pelas convenções. Ao encenar esta obra-prima de Molière, Nuno Cardoso decide levar o teatro para a discoteca ao transformar o palco numa pista de dança retro. Na segunda semana, os Festivais Gil Vicente apresentam três espetáculos. No dia 09, às 21h30, no Grande Auditório do CCVF, Nuno M Cardoso apresenta o díptico de peças do britânico Simon Stephens, “Águas Profundas + Terminal de Aeroporto”.

As peças tratam de amor e perda de diferentes formas, bem como a experiência da vida moderna numa cidade onde se chega, se espera ou se parte. É sobre relações e sobre decisões, a desolação sem a esperança e a fuga. No dia 10, na Black Box da Plataforma das Artes, a Amarelo Silvestre apresenta duas sessões do “Museu da Existência”, a primeira às 18h30 e a segunda às 21h30. O espetáculo parte da ideia “de que o futuro dos museus está na casa das pessoas”. Durante a preparação da peça, a Amarelo Silvestre esteve em casa de pessoas que cederam as suas histórias, os seus objetos. O resultado é o espólio que integra a própria dramaturgia do espetáculo. Um Museu com objetos que as pessoas fazem existir. A encerrar o festival, no dia 11 de junho, às 21h30, o Grande Auditório do CCVF acolhe o regresso dos aclamados belgas da tg STAN. A companhia traz a Guimarães “The Cherry Orchard”, a última peça escrita por Tchekhov. Um clássico incontornável em versão internacional por um

conjunto de atores que tem afirmado a sua importância na história do teatro contemporâneo. Durante o festival é desenvolvida uma série de atividades paralelas de cariz mais formativo. De 01 a 08 de junho decorre no CCVF um workshop de dramaturgia com a Lark Foundation. No dia 03, após a peça “Ciclo Novas Bacantes”, está agendada uma conversa com João Garcia Miguel, onde o encenador explicará o processo de criação do espetáculo. O mesmo acontecerá no dia 10, após a sessão da noite do “Museu da Existência”, onde Rafaela Santos e Fernando Giestas irão falar com o público sobre a concretização deste projeto. No dia 08, às 22h00, no Círculo de Arte e Recreio, é promovido o debate “Numa relação com Shakespeare”, a propósito dos 400 anos sobre a morte do dramaturgo. O Círculo de Arte e Recreio funcionará, aliás, o meeting point do festival, um ponto de encontro onde artistas e público se poderão juntar num espaço de partilha, debate, convívio e festa.

Evento retratará o episódio do “Recontro de Valdevez”, combate entre os exércitos de D. Afonso Henriques e D. Afonso VII de Castela. De 23 a 26 de junho decorre no Centro Histórico de Guimarães a sexta edição da Feira Afonsina. Para este ano o número de dias do evento aumenta, passando dos habituais três para quatro dias. Tirando partido do feriado de sextafeira 24 de junho, alusivo à Batalha de São Mamede, a feira inicia-se na quintafeira às 18:00, em vez das habituais 10:00 de sextafeira, resultando na prática no acréscimo de mais uma noite. A Feira Afonsina visa reconstituir o período histórico da génese da nacionalidade portuguesa, recriando os usos, costumes e tradições vimaranenses da época medieval. Através da recriação de momentos e cenários próximos dos reais, a Câmara Municipal de Guimarães pretende proporcionar aos visitantes um contacto real com a história da cidade. Para a presente edição a organização procedeu a algumas alterações cirúrgicas, nomeadamente nas taxas a praticar junto dos comerciantes e associações, para melhorar a feira e a levar a locais menos atrativos. Deste modo, pretende-se que a ruas de ligação tenham também a dinâmica do evento, para potenciar a circulação das pessoas por mais locais. A organização espera que várias dezenas de milhares de pessoas passem pela cidade durante os quatro dias do evento.


JOGO SOLiDÁRIO

C.C. campo TAIPAS S.L. BENFICA do montinho, Caldas das taipas 21 de maio de 2016

PUBLICAÇÃO ESPECIAL

Mais de duas mil pessoas no Montinho

A iniciativa solidária do Centro Social das Taipas para a aquisição de uma viatura de transporte coletivo de crianças, realizada no passado dia 21 de maio, levou ao Campo do Montinho, mais de duas mil pessoas. O jogo solidário que opôs as Glórias do CC Taipas às do SL Benfica, apesar da tarde chuvosa, conseguiu reunir nas bancadas do Montinho uma considerável moldura humana que se deixou entusiasmar pelas incidências da partida. Ao relvado do Montinho subiram nomes como os de Veloso, Paulo Santos, Chiquinho, Chalana, Vítor Paneira, Edmundo e Hernâni, do lado do Benfica e, do lado dos taipenses, Juanico, Zé Manel, Neiva, Miranda, Nené, Miguel Matos, Mora e César Peixoto que alinhou pelos dois conjuntos. Em declarações ao Reflexo, Ricardo Costa, presidente da Direção do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, entidade promotora da iniciativa, em parceria com a Fundação Benfica e colaboração estreita com o CC Taipas e Casa do Benfica de Famalicão, referiu que o esforço de todos valeu a pena e que as Taipas recebeu um evento desportivo “à escala de uma grande cidade”. Que balanço faz desta iniciativa? Foi um evento bastante positivo a vários níveis. Além do valor conseguido, o espírito que se viveu na preparação do mesmo valeu muito a pena. Temos uma

equipa de colaboradores muito dedicados à missão da instituição e que vestem realmente a camisola em todos os desafios que lhes lançamos ou aos quais os próprios se auto propõem. Julgo que foi mais uma iniciativa que além de proveitosa para a sustentabilidade institucional, beneficiou o espírito de equipa e impôs dinâmica à vila que se viu como palco de um evento desportivo à escala de uma grande cidade.

nível. Porém, uma carrinha com as características que necessitamos (elevador para acesso de cadeiras de rodas), ronda os 50mil euros. Embora este evento não cubra este valor, o montante angariado já permite abater significativamente a esse investimento que pretendemos, a curto prazo, fazer, até porque continuamos a receber donativos de empresas que, autonomamente, nos contactam para contribuir.

Correspondeu às vossas expectativas? Quando nos propusemos realizar o evento, o objetivo último era conseguir a totalidade do valor necessário para a aquisição da carrinha para transporte coletivo de crianças e de idosos. Porém, tínhamos consciência de que era um objetivo muito ambicioso pelo que fomos adequando as expetativas, sobretudo quando percebemos que a data colidia com o Rally de Portugal.

Como surgiu a ideia da realização desta iniciativa e que significado/ importância a mesma assumiu no seio da instituição e para as pessoas que lidaram com a sua organização mais de perto? Temos uma equipa de trabalho muito dinâmica e frequentemente juntamo-nos para debater os levantamentos de necessidades da instituição e iniciativas de fundraising que poderemos levar a cabo para as suprir. Foram levantadas muitas hipóteses, nomeadamente a organização do 3.º jantar solidário. Porém, um dos membro da direção, o Dr. Sérgio Araújo, tem profissionalmente uma ligação estreita com o mundo desportivo e surge daí um contacto privilegiado com o

A recolha de donativos e participação das pessoas foi suficiente para o objetivo a que se propuseram? Foi gratificante ver o quanto os empresários se mostraram recetivos e sensíveis a esta causa. Superaram as nossas expetativas a este

Vítor Paneira. Nesse sentido, o Dr. Sérgio teve a ousadia de desafiar a equipa do Centro Social que, como lhes é característico, abraçou logo a ideia e arregaçou mangas. Desde aí que tudo foi fluindo... Inicialmente, claro que falar de um evento do SLB nas Taipas soou a utópico. Mas consoante o evento foi ganhando forma o entusiasmo da própria equipa foi aumentando. Para quem esteve mais diretamente ligado à organização, ao jogo associou-se um enorme desgaste fruto de uma preparação que envolveu mais detalhes do que se poderia imaginar... Desde a confirmação individual de cada jogador, ao consenso de horário e deslocação da comitiva de Lisboa para cá, até ao pormenor do tipo de refeição e cuidados redobrados ao nível de saúde responsabilidade civil que quisemos assegurar. A cada dia surgiam mais questões a equacionar. É, portanto, uma iniciativa que se traduz em muito trabalho e a uma dedicação isenta de horários. Tendo em conta todo o trabalho e empenho que uma iniciativa destas acarreta, no final, ficou o sentimento de missão cumprida? Nada se faz sem trabalho. Quando abraçamos este desafio sabíamos, a priori, que estaria subjacente muito trabalho. Mas se fosse fácil não valeria a pena e mal as portas do Campo do Montinho se abriram e a bancada se foi enchendo, o orgulho foi-se apoderando de nós. Todas as partes envolvidas têm reconhecido o sucesso deste evento pelo que não há como não sentir que foi missão cumprida. Éuma iniciativa a repetir? Não avançamos para este evento como uma primeira edição de algo, mas os feedbacks que temos recebido levam-nos a crer que não ficaremos por aqui. Uma vez que os próprios jogadores se iam despedindo de nós a mencionar "para o ano...", porque não?


JOGO SOLIDÁRIO

CLUBE DE CAÇADOREScampo DAS TAIPAS SPORT LISBOA E BENFICA do montinho, Caldas das taipas 21 de maio de 2016 iniciativa a favor do centro social das taipas promovida por:


publicação especial

C.C. TAIPAS - S.L. BENFICA 21 de maio de 2016

o que disseram os protagonistas 1 - Que significado teve para si participar num jogo com estas características? 2 - Como foi regressar a casa de um clube onde foi muito acarinhado? 3 - Como foi rever alguns colegas com quem jogou? 4 - O que mais o marcou nesta iniciativa?

miguel matos

neiva VITOR PANEIRA

1 - Participar num jogo de cariz solidário é sempre muito reconfortante, porque além de nos divertirmos a fazer aquilo que mais gostamos - que é jogar futebol -, ajudamos de uma forma indireta uma instituição de solidariedade social na aquisição de uma carrinha de transporte de crianças. 2- Devo dizer que voltar a entrar no campo de Montinho com aquela moldura humana, foi como voltar 20 anos atrás e recordar muitas tardes de alegria, onde o público taipense era das massas associativas mais entusiastas do nosso campeonato! Seria muito bom que isso voltasse a acontecer! 3- Eu diria que não revi colegas, mas a maioria deles

são amigos para a vida! Esse foi o segredo dos grupos que tive no Clube Caçadores das Taipas, onde destaco o da 1.ª subida à 2.ª divisão nacional, éramos uma família onde o grupo sempre se sobrepôs ao individual. Sempre acreditamos que era possível alcançar a subida de divisão e certamente nenhum taipense se esquecerá daquele dia frio de Maio, em que conseguimos a subida, no jogo de Montalegre. 4- O que mais me marcou nesta iniciativa foi sem dúvida o espírito de solidariedade nela existente, e ao mesmo tempo proporcionar às pessoas das Taipas, e não só, a possibilidade de reverem as velhas glórias do SLB a pisarem o relvado do campo do Montinho.

césar peixoto “A causa deste jogo é que é importante mas, para mim, também é especial porque volto a uma casa, na minha terra, que me viu e fez crescer e onde me tornei profissional no futebol. Poder estar a ajudar, também acho que é importante. Rever velhos amigos, velhos colegas, tanto dum lado como de outro, é, para mim, muito especial”.

1 - Foi um orgulho voltar a jogar pelo Clube Caçadores das Taipas e num campo onde eu era muito adorado e desejado por toda a gente. Estas iniciativas realizadas pelos clubes onde nós sabemos que podemos ajudar quem mais precisa, são muito positivas. 2 - Foi a cereja no topo do bolo. Foi um momento muito especial, embora sabendo que muitos dos adeptos poderiam não me conhecer mas, fui acarinhado, por muitos deles. Fiquei muito orgulhoso em poder ser visto a jogar pelo meu filho que tem seis anos e nunca me tinha visto nessa situação. Parecia que estava a jogar na liga dos campeões, com uma massa humana nas bancadas a fazer relembrar bons momentos que tive no Campo do Montinho. Vivi durante onze anos seguidos a frequentar as Caldas das Taipas e, para mim, é como se fosse uma segunda casa. 3 - Foi muito especial. Só queria relembrar que nem todos poderiam estar presentes. Gostei muito de rever o meu amigo Oliveira, sempre com a boa disposição que já conhecíamos, o meu amigo Nené, que até já foi meu treinador no Brito, entre outros, o Luís Manuel, Esquilo, Miguel Matos, Ricardo Vilas, Mora, Zé Manuel, César Peixoto, Rui Miguel,

Rui Novais, David e não esquecendo o mister Fernando Faria, o homem que levou o Taipas à segunda divisão nacional e, em especial, um treinador que muito deu a ganhar, o mister Artur Correia, que não esteve presente por motivos de saúde. 4 - A belíssima organização por parte dos responsáveis do Clube Caçadores das Taipas, o Dr. Ricardo Costa e o Dr. Sérgio Araújo, o nosso Capitão Nené e também o presidente, o Sr. João Pedro. Senti falta de alguns dirigentes do meu tempo mas, em especial, agradeço a presença do meu grande amigo, o Sr. Amadeu Castro, que também que se juntou ao evento. Tive pena de não ver o Sr. Carlos Marques, o Sr. João Manuel e os irmãos Mendes Ribeiros, que provavelmente até estiveram presentes no evento mas com quem não tive oportunidade de poder estar. Não posso esquecer do jantar no Príncipe Parque que estava muito bem apresentado e no qual teve uma entrega de prémios muito bem orientada para todos os presentes. Por fim, não me vou esquecer de um diretor que muito estimo e que muito sofria com o Taipas e que dedicou muito do seu tempo ao clube Caçadores das Taipas - o Jotinha. A finalizar, quero deixar um forte abraço para todos os taipenses.

“Foi uma causa em que eu também me envolvi. Taipas é muito próximo da minha área de residência, tenho amigos que, de alguma forma, também estão ligados a estas instituições e proporcionou-se. Confesso que o Benfica, as glórias do Benfica, vão fazer pelo menos aquilo que é o nosso dever. Gostaríamos de ter aqui muita mais gente da história do Benfica mas, tal acabou por não ser possível. Em todo o caso, foi uma festa bonita”.

veloso

“É um privilégio estar aqui, participar numa ação destas, para este efeito, é pena é que, - e ainda há bocado estava a transmitir ali a um colega meu isso mesmo - estas iniciativas não se realizem com mais frequência

rui águas

porque podemos ajudar muita mais gente e, portanto, nesse sentido, nós estamos prontos para isso. O resultado é o menos importante. O que mais interessa é o facto de querermos estar a participar numa causa como esta”.

“É um jogo diferente, um jogo solidário, por uma causa. É por isso que eu venho. Jogar por jogar, atualmente, já não me motiva muito. Foi-me pedido que viesse, soube o porquê desta iniciativa e aderi. É positivo estar com o pessoal com quem convivi durante anos e ao mesmo tempo ajudar este tipo de causa solidárias”.


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REFLEXO #240 JUNHO DE 2016


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Região Avepark deverá ser sede de novo centro de investigação na área da medicina regenerativa PAULO DUMAS

aradcas promove actividade a favor do centro pastoral No passado dia 29 de maio decorreu em São Martinho de Sande a I Caminhada Solidária, organizada pela ARADCAS. A caminhada foi organizada em favor da requalificação do Centro Pastoral. A partida deu-se na igreja e terminou na sede da associação, onde foi servido um

lanche aos participantes. Também no mês de maio, mas no dia 22, a associação ARADCAS proporcionou um cruzeiro no Rio Douro, com pequeno-almoço, almoço e transporte. O cruzeiro fez o percurso Barca d’Alva – Régua e teve adesão de 102 pessoas.

paróquia de S. Martinho de sande promove caminhada A Confraria de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de São Martinho de Sande promove no dia 5 de junho a Caminhada do ano da Misericórdia, cujo percurso se fará da freguesia à basílica de São Pedro do Toural. O início da caminhada está previsto para

as 9 horas, na igreja paroquial de São Martinho de Sande. Em alternativa, uma hora depois sairão autocarros junto do salão paroquial. Às 12 horas é celebrada uma eucaristia na basílica de São Pedro do Toural e às 13 dá-se o regresso, de autocarro.

Orlando Coutinho mantém liderança da concelhia do CDS em Guimarães Foi anunciada a criação de um novo centro de investigação, que ficará sedeado no Avepark. O centro de investigação, cuja designação em inglês é The Discoveries Centre for Regenerative and Precision Medicine irá envolver várias universidades e centros de investigação portugueses, além do apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O centro, que se encontra inda

em fase de projecto, trabalhará as áreas da medicina regenerativa e de precisão. A apresentação do centro aconteceu no Porto, numa sessão pública marcada para o Hotel Sheraton, no passado dia 9 de Maio. O novo centro de excelência funcionará em rede, envolvendo os campi das universidades do Minho, Porto, Aveiro, Lisboa e Nova de Lisboa. Este projecto contará ainda com a colaboração da University

College London, com sede em Inglaterra. Além da FCT, o projecto conta ainda com o apoio das comissões de coordenação regionais. O Centro de Investigação em Medicina Regenerativa e de Precisão deverá focar-se na descoberta de avanços científicos nas áreas da prevenção e no tratamento de doenças músculo-esqueléticas, neuro-degenerativas e cardiovasculares.

Orlando Coutinho foi reconduzido para a liderança da Comissão Política do partido em Guimarães. As eleições decorreram no passado sábado, 7 de Maio, e elegeram também os representantes centristas para a o Plenário e para a Mesa Distrital - Nuno Vieira e Brito e António Monteiro de Castro, respectivamente. O acto eleitoral registou um aumento no número de votantes, que incluía militantes, elementos da Juventude Centrista e

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ABERTO TODO O DIA

da Federação de Trabalhadores Democratas Cristãos. Após conhecidos os resultados, Orlando Coutinho manifestou a sua satisfação pela "confiança redobrada" demonstrada pelos militantes centristas na participação no sufrágio. Para o líder vimaranense do CDS, "estes resultados exigem uma concentração redobrada”, definindo como objectivo prioritário fazer parte do poder em 2017, esperando a renovação da coligação com o PSD.


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Região

Reabilitação do centro da vila das Taipas integrado no p.e.d.u.

Foi oficializado, no Europarque, em Santa Maria da Feira, o contrato do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) para o concelho de Guimarães, no valor de 18,5 milhões de euros de Fundos da União Europeia. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães e Emídio Gomes, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, assinaram o documento estratégico, a 31 de maio. Os cerca de 19 milhões de euros contratualizados numa cerimónia presidida pelo Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e pelo Ministro

do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, destinam-se a apoiar a realização de obras em Guimarães no âmbito da mobilidade sustentável, reabilitação urbana e habitação social. Nos projetos vimaranenses, constam a criação de uma rede urbana de percursos cicláveis e de ligação às vilas, a reabilitação e refuncionalização do edifício Jordão e Garagem Avenida, a conclusão da reabilitação da antiga fábrica Freitas & Fernandes para a instalação da unidade das Nações Unidas, a reabilitação da área central das Taipas e a recuperação de habitações sociais da Nossa Senhora da Conceição, São Gonçalo, Atouguia

DR

e Emboladoura (Gondar), requalificação do Parque das Hortas, entre outras obras. O PEDU é um plano estratégico de desenvolvimento urbano estruturado em três temas: mobilidade, reabilitação urbana e promoção da inclusão social. No caso de Guimarães, o plano centra-se na criação de um espaço público de excelência, com a mobilidade centrada no peão e bicicleta (com apoio ao transporte coletivo), reabilitação do edifício patrimonial existente, regeneração do espaço comunitário favorecido com a criação das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) e prevalência da eficiência energética em habitações sociais.

GCR de Barco celebra Dia da Criança e organiza XIV Passeio de Bicicletas O Grupo Cultural e Recreativo de Barco vai celebrar o Dia Mundial da Criança, no próximo dia 4 de Junho, com a realização de uma Festa dedicada a todas as crianças. A iniciativa vai ter lugar no Parque de Lazer de barco, a partir das 15 horas e contará com diversas atividades dedicadas aos mais novos. Palhaços, pinturas faciais, balões, lanche, jogos de futebol (11 e PUBLICIDADE

7), ping pong, matrecos e outros jogos, são algumas das atividades que serão proporcionadas aos mais pequenos. No ano em que assinala o seu 40.º aniversário de vida, o GCR de Barco vai para a estrada com a realização da 14.ª edição do seu Passeio de Bicicletas. Às 9.30 horas do dia 10 de Junho será dada a partida para um percurso que

percorrerá as freguesias de Barco, Souto Santa Maria, Gondomar, Vilela e Póvoa de Lanhoso. O reforço alimentar da manhã está previsto para S. Roque, em Garfe e após a chegada a Barco, prevista para as 12 horas, vai realizar-se o almoço, entre os participantes, no Parque de Lazer local. Durante a tarde está prevista animação pelo grupo musical “Água Viva”.

Ciclo de Conferências “Gentes da Nossa Terra” O Museu de Agricultura de Fermentões, no âmbito do seu Programa Comemorativo do Dia Internacional dos Museus, vai promover o Ciclo de Conferências “Gentes da Nossa Terra”. A iniciativa terá lugar no Salão Nobre da Casa do Povo de Fermentões, na próxima sexta-feira, dia 3 de Junho, a partir das 21.30 horas. António José Oliveira, professor

de História e Investigador, vai falar sobre “O percurso de Vicente Guimarães, Negociante no Brasil, e seu tio Vicente Carvalho, Mestre Pedreiro (séc. XVIII), sob orientação do também professor de História e Investigador, António Magalhães. Esta iniciativa encerra o Programa Comemorativo do Dia Internacional dos Museus/2016, na Comunidade de Fermentões.

Arte em madeira em exposição, na vila de Brito A Junta de Freguesia de Brito, com o apoio do Agrupamento n.º 366 do Corpo Nacional de Escutas de Brito e no âmbito das comemorações dos 80 anos de escutismo em Brito, levam a cabo a Exposição “80 anos a SER +”. Serão expostos trabalhos do artesão Avelino Dias, antigo dirigente daquele agrupamento escutista,

como forma de promover a cultura e dar a conhecer um pouco mais os trabalhos realizados (arte em madeira). A iniciativa vai decorrer nos Espaços Criativos, em Brito, entre os dias 4 e 19 de Junho. A cerimónia de abertura da exposição vai realizar-se no próximo sábado, dia 4 de junho, pelas 17 horas.


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Desporto CC TAIPAS TERMINA EM SEXTO

MAS

O CCTaipas terminou a época desportiva 2015-2016 no sexto posto da tabela classificativa da divisão pró-nacional da AF Braga. Os taipenses realizaram uma prova sempre acima do meio da tabela classificativa e muito próximos dos lugares de acesso à subida de divisão, lugares ocupados pelo Merelinense (subida garantida) e Santa Eulália (subida condicionada à desistência de outros clubes). TEXTOS MIGUEL RIBEIRO

jornada

1 SANTA MARIA

08/05/16

1 CC TAIPAS

33

LUÍS, MOTA, ANTÓNIO, SÍLVIO E BRUNO MACHADO, LEAL (76M, PEDRO), RUBEN TEIXEIRA E DÚNIO (79M, RAFA), DIOGO, FAUSTO (59M, SIMÃO) E RUI GOMES.

Com o segundo lugar praticamente impossível de alcançar, o Taipas deslocou-se até Santa Maria de Galegos, para defrontar a equipa barcelense. Ricardo Teixeira optou entregar a baliza ao jovem guarda-redes formado no clube, Luís. Em termos classificativos pouco ao nada estava em jogo, fruto disso a partida foi disputada em ritmo de final de campeonato. O jogo começou com a equipa do Santa Maria a criar o primeiro lance de perigo. Tó em boa posição rematou ao lado. O Taipas respondeu ainda antes dos 10 minutos. Rui Gomes aproveitou um erro defensivo, mas o remate saiu fraco. Aos 20 minutos, o Taipas esteve muito perto do golo remate de Fausto, o guarda-redes da casa deixa a bola fugir mas a lama que se encontrava PUBLICIDADE

junto á linha de golo prendeu a bola fazendo que esta não entrasse na baliza. A um minuto do intervalo, o jogador do Santa Maria, Cláudio, apareceu sozinho e com a baliza à sua mercê, desperdiçou uma flagrante oportunidade de golo. Nos minutos seguinte o Taipas chegou ao golo. Canto de Dúnio e Diogo com um bonito golo bateu o guarda-redes da casa, Erivaldo. Num jogo equilibrado a eficácia taipense ditava a vantagem ao intervalo. Como lhe competia, a equipa da casa entrou forte no segundo tempo e já depois de alguns avisos chegou ao golo. Luís numa saída arriscada, faz falta sobre o avançado do Santa Maria levando o árbitro a assinalar grande penalidade. O avançado local, Cláudio não desperdiçou e igualou a partida. Com a partida igualado até final assistiu-se a vários lances de perigo nas duas áreas. Sempre mais perigosos, e já em cima dos 90 minutos, os locais, por Marco remataram à barra da baliza de Luís. O resultado final acaba por se aceitar face ao equilíbrio existente.

jornada

1 CC TAIPAS

15/05/16

2 BRITO

34

para assinalar grande penalidade. O Brito esteve perto do golo aos 6 minutos. Nelson, de cabeça e sem oposição, rematou ao lado. Com o Taipas com mais iniciativa de jogo e o Brito o jogar mais em contra ataque a partida foi decorrendo sem grandes lances de perigo. O Taipas criou o primeiro lance de golo numa incitava individual de Diogo. Depois de deixar para trás dois defesas contrários, rematou em arco para a defesa da tarde de Manel. Na segunda parte, o Taipas até entrou melhor mas foi o Brito a abrir o marcador. Aos 65 minutos, André

aparece isolado pela esquerda do ataque do Brito e bate o guardaredes taipense. No minuto seguinte o Brito ampliava para 0-2. Um mau atraso de Mota para André foi aproveitado por Rodrigues para se antecipar ao guardião taipense e fazer o segundo golo da tarde. O Taipas respondeu de pronto e aos 70 minutos reduziu para 1-2. Lobo entrado minutos antes foi o seu autor. Até final, o Taipas ainda tentou chegar á igualdade mas a defesa do Brito conseguiu segura a vantagem.

Juniores do CC Taipas Campeões da 1ª Divisão da AF Braga

ANDRÉ, MOTA, ANTÓNIO, SÍLVIO E BRUNO MACHADO, PAULINHO, RUBEN TEIXEIRA E DÚNIO (72M, FAUSTO), LEAL (65M, LOBO), SIMÃO (61M, RUI GOMES) E DIOGO.

Na última jornada do prónacional 2015-2016, realizou-se um derby concelhio no Montinho. Taipas e Brito defrontaram-se com o objetivo de aferirem que seria o melhor classificado do concelho de Guimarães, neste campeonato. O quinto e sexto classificado defrontaram-se com a vantagem de 2 pontos a pertencer ao Brito. No final a vitória sorriu a equipa visitante que terminou assim o pró-nacional como a equipa vimaranense melhor classificada do campeonato. À mesma hora das grandes decisões no campeonato da 1ª Liga Portuguesa, o Montinho terá registado a pior casa da época. A partida começou praticamente com uma grande penalidade por assinalar a favor do Taipas. Diogo foi travado em falta dentro da área mas o árbitro não viu motivos

Os Juniores do CC Taipas terminaram o campeonato da 1ª Divisão Série D da AF Braga na 1ª posição da tabela classificativa, conquistando assim o título e a subida à Divisão de Honra da AF Braga. Os taipenses, comandados por Licínio Zilhão, venceram 28 dos 30 jogos disputados, conseguindo um impressionante registo de 171 golos marcados (média de 5,6 por jogo). Os juniores apenas perderam pontos frente ao Moreirense, não indo além de um empate e uma derrota. A equipa de Moreira de Cónegos foi segunda classificada,

com menos três pontos que o CC Taipas, o que tornou a decisão do título incerta até à última jornada, na qual a equipa taipense venceu a UD Polvoreira por 5-1. No histórico deste escalão estão os títulos da 1ª Divisão da AF Braga conquistados em 1978/1979, 1988/1989, 2002/2003 e 2006/2007, com a respetiva subida aos campeonatos nacionais. Este é portanto o quinto título da história do clube no escalão de juniores, sendo que desta vez a equipa regressa à divisão máxima da AF Braga – Divisão de Honra.


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Desporto Rope Skipping das Taipas em destaque nos nacionais da modalidade

O Clube de Rope Skipping das Taipas - Molinhas foi o grande p r ot a gonista do Camp eo n ato Nacional por Equipas de Rope Skipping. A competição aconteceu no dia 28 de maio, em Braga, na EB2,3 Francisco Sanches. O clube taipense participou com 33 atletas, num total de 9 equipas, 3 no escalão de Benjamins, 3 no escalão de Infantis e 3 no escalão de Masters. Cada equipa disputou um total de 4 provas (5 no escalão masters), 2 de velocidade e 2 de freestyle (masters 2 velocidade e 3 freestyle). Mais uma vez as subidas ao pódio foram frequentes, mas o maior destaque vai para o facto de

terem sido alcançados os títulos de campeões nacionais absolutos – overall (somatório das classificações de todas as provas) em todos os escalões em que participaram. Estas classificações permitiram ao Clube de Rope Skipping das Taipas vencer a Taça de Clubes, com um destacado 1º lugar. Foram campeãs nacionais, em Benjamins, a Leonor Araújo, Daniela Cunha e Daniela Rebelo (Overall: DD3x40, SR2 freestyle), em Infantis, a Luana Pereira, Maria José Ribeiro e Filipe Tavares (Overall: SR2 freestyle, DD3 freestyle) ena classe de Masters, a Gabriel Ferreira, David Silva, Paulo Lima e João Vieira (Overall: SR4x30, DD4x45,

SR2 freestyle, SR4 freestyle, DD4 freestyle). Finalizada que está esta época desportiva, poderemos continuar a ver os Molinhas a saltar em diversos eventos desportivos e culturais nas várias freguesias do concelho de Guimarães, assim como em algumas cidades no norte de Portugal. Para além dos títulos coletivos, merecem destaque as conquistas individuais da Leonor Araújo que se tornou campeã nacional absoluta de Benjamins e do Gabriel Ferreira, que arrecadou a título nacional absoluto, na sua categoria, vencendo todas as provas, a contar para o overall, disputadas em ambos os campeonatos nacionais.

Lugares de pódio no XI Torneio Cidade Barcelos de ténis de mesa Realizou-se no passado dia 28 de maio o XI Torneio Aberto de Ténis de Mesa Cidade de Barcelos, no pavilhão desportivo da escola EB 2/3 Abel Varzim, em Vila Seca. Numa edição que ultrapassou os duzentos e trinta participantes, a participação dos atletas taipenses acabou por ser interessante, com alguns resultados de relevo. Na vertente de “federados”, o cadete José Dias conseguiu conquistar o terceiro posto, a par de Gil Monteiro, da ADR Outeirense. Fábio Taipas, em juniores, foi segundo classificado, logo atrás de Tiago Faria do Vitória SC. Na vertente feminina, Mariana Ferreira, conquistou o terceiro lugar, em igualdade pontual co Eva Marques

da CP Alvito. Para além dos atletas que conseguiram classificações de pódio, o CTM Taipas fez-se representar, em seniores, por Joaquim Magalhães, nos juniores, por Ivo Domingues e em cadetes, por Pedro Perpétua e João Gomes. A 15 de maio, Fábio Taipas e Ivo Domingues, haviam participado no 40º Torneio ATM Porto. No que diz respeito aos diferentes campeonatos que o CTM Taipas disputa, no Distrital de Juniores, a classificação dos taipenses quedou-se pelo segundo lugar, atrás do Vitória SC. Os mesatenistas taipenses já preparam as próximas provas. A 4 e 5 de junho, participam no Campeonato

Nacional Individual de Juniores, a disputar no Pavilhão Municipal de Barcelos Fábio Taipas e Ivo Domingues. A 25 de junho, realiza-se o 9º Torneio de Ténis de Mesa das Taipas, com as inscrições já a decorrer e com o seu fim agendado para o próximo dia 20 de junho, às 18 horas. Este Torneio realiza-se no Pavilhão do Centro de Ativiidades Recreativas Taipense, com início às 9h30m e fim previsto para as 20 horas. Esta prova vai ser disputada nos escalões de Cadetes, Juniores e Séniores Masculinos, Escalão Único Femininos e Escalão Único “Não Federados”

Mais de 300 atletas participaram no Caldas das Taipas Cup 2016

Vinte e quatro equipas de atletas nascidos em 2005 e 2006 disputaram, no sábado passado, 28 de maio, o “Caldas das Taipas Cup 2016 – Torneio Futebol de 7 de Benjamins” organizado pelo CC Taipas. Os grandes vencedores da edição 2016 foram o GD Joane (Benjamins A 2005) e o Vitória SC (Benjamins B 2006). Apesar da intensa chuva que se fez sentir, os atletas não faltaram à chamada e disputaram a 3ª edição do torneio “Caldas das Taipas Cup”, uma organização do Clube Caçadores das Taipas, com o apoio da Freguesia de Caldelas que contou com a presença das equipas do Vitória SC, Dragon Force, EA Sporting Seleção Norte e EA Sporting Barcelos, SL Benfica, FC Vizela, AD Fafe, Pevidém SC, SARC, FC Famalicão, Brito SC e GD Joane, com um número de atletas superior às três centenas e meia.

No pódio, destaque para o vencedor do Torneio no Escalão de Benjamins A (2005), o GD Joane apenas encontrado após recurso a grandes penalidades, tendo o Vitória SC alcançado o segundo lugar. O terceiro lugar do pódio foi entregue à equipa do SARC. Destaque-se ainda os prémios atribuídos a Rodrigo (SARC), para o melhor guardaredes, Diogo Sousa (Vitória SC), para melhor jogador, e Luís Carlos Cunha (EA Sporting Barcelos), para melhor marcador. No escalão de Benjamins B (2006) o destaque vai para a equipa do Vitória SC, vencedor do torneio. Em segundo lugar ficou a equipa do CC Taipas e em terceiro o FC Vizela. Nos prémios individuais Diogo Lima (FC Vizela) foi considerado o melhor guarda-redes, Rafael Silva (CC Taipas) o melhor jogador e Luciano Cunha (FC Vizela) o melhor marcador.

Prémio Craque 2015-2016

CLUBE CAÇADORES DAS TAIPAS

SÍLVIO é o grande vencedor

APOIO:

CLASS.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º

NOME SÍLVIO DÚNIO BRUNO MACHADO RUBEN TEIXEIRA ANDRÉ RUI GOMES PAULINHO DIOGO INÁCIO SIMÃO LOBO LEAL ANTÓNIO FAUSTO JOÃO PAULO MOTA BRUNO DIOGO PINTO PEDRO RUI MACEDO LUÍS VIEIRA PEITAÇA JERÓNIMO RUCA RAFA

PTS

93 88 87 79 77 74 72 72 69 66 65 53 52 42 38 16 15 15 13 9 9 8 4 4 2


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REFLEXO #240 • JUNHO DE 2016

Desporto Orlando Ribeiro deixa o CART MAS

Terminados os campeonatos nacionais seniores de hóquei em patins, com a descida da formação principal do CART à 3ª divisão, é tempo de “limpar as armas” e começar a preparar a nova temporada. A primeira grande mexida, “forçada”, é certo, prende-se com Orlando Ribeiro que, passados nove anos a liderar a equipa sénior do Clube e alguns escalões de formação, vai deixar de exercer funções técnicas na coletividade taipense.

O treinador foi homenageado pela Direção do CART, no passado dia 14 de maio, durante o intervalo do último jogo do campeonato. Entretanto, já está encontrado o sucessor de Orlando Ribeiro. Trata-se de Horácio Ferreira que, até então, liderava a formação “B” dos taipenses. Em marcha já está o processo de renovação com alguns atletas para formação do novo plantel que será constituído, na sua grande maioria, com a “prata

Duas cidades, um território

Foram 117 as equipas que terminaram a primeira edição da Estafeta da Amizade que ligou Braga a Guimarães, no dia 29 de maio, numa edição promovida pelas duas câmaras municipais deste território minhoto. Com um propósito totalmente solidário, com as receitas das inscrições a reverter para a PUBLICIDADE

Co o p er ativ a d e E d u c a ç ã o e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidades (CERCI) de Braga e de Guimarães, esta corrida, constituída por equipas de dois homens e duas mulheres, teve como “madrinhas” as atletas Dulce Félix e Jéssica Augusto. Neste contexto, falar dos vencedores não será muito

da casa”. Como atrás se disse, a formação “A” do CART não conseguiu assegurar presença na 2ª divisão nacional, tendo terminado a sua prova na penúltima posição, com vinte pontois somados, menos dez que a primeira equipa acima da linha de água, o CD Póvoa. A formação “B” conquistou um honroso 11º lugar na 3ª divisão nacional. Num campeonato onde ainda falta disputar uma jornada em que os taipenses ficam de folga, o CART somou 26 pontos, tendo-se classificado acima do Sobreira, Boavista, Estrela Vigorosa e “Olá Mouriz”. Os dois campeonatos têm ainda dois caso pendentes de decisão, no Comité Disciplinar, onde o CART é interveniente, e que, especialmente na 3ª divisão, podem ainda ter influência no desfecho da classificação, mais concretamente no que respeita ao Clube a subir de escalão.

Voleibol do CART prestes a terminar época desportiva. As diversas equipas de voleibol do CART estão prestes a terminar as respetivas épocas desportivas. As Iniciadas, que na época passada chegaram à final do campeonato, desta vez não alcançaram esse feito. Colocadas numa serie muito competitiva, começaram muito mal a competição, perdendo as cinco partidas da primeira volta. Na metade do campeonato venceram os primeiros quatro jogo, um deles frente ao Leixões que alcançou um lugar na final apenas com esta derrota frente ao CART. Na última jornada, já sem possibilidades de chegar à final, voltaram a perder. A equipa prepara, agora, a participação no XXVI Torneio Angra Volei – Sanjoaninas 2016 que se realiza entre 22 e 29 junho, na Ilha Terceira, nos Açores. As taipenses viajam até ao Açores para defrontaram as formações do CA Madalena, AJA

Fonte Bastardo, ADRE Praiense “A” e “B”, CA Rabo de Peixe e a equipa organizadora Angra VC. Os restantes escalões de formação taipense, estão a terminar a sua participação nas Competições da AV Porto. As Juvenis estão a participar numa competição de Juniores lutando, neste momento, pela melhor classificação possível na serie dos 9º aos 12º classificados. Na primeira fase desta competição somaram seis vitórias e quatro derrotas. Nesta fase, disputada em 3 partidas, somaram uma derrota no primeiro jogo. As Infantis, também participam nas competições da AV Porto. Na primeira fase terminaram no 2º lugar, com três vitórias e uma derrota. Nesta fase, onde lutam por um lugar entre o 5º e o 8º, já disputaram quatro dos seis jogos calendarizados, somando três vitórias e uma derrota.

DR

importante, mas, para a história, ficam os nomes de Ana/Nuno/ Rui/Sílvia, da Escola Atletismo Rosa Oliveira, que com o tempo de 1:12:23 horas, completaram em primeiro lugar os vinte km do percurso, com passagens do testemunho em Trandeiras, Balazar e Ponte. A partida teve lugar no estádio 1º de Maio, em Braga e teve

a sua chegada na alameda Doutor Alfredo Pimenta, em Guimarães e será de referir que a edição de 2017 terá o sentido inverso. O vereador Amadeu Portilha, responsável pela área do desporto do concelho de Guimarães, foi um dos grandes dinamizadores e também um dos participantes nesta Estafeta da Amizade, correndo os últimos 5 km. No final, mostrou satisfação pela forma como Braga e Guimarães se uniram nesta prova: “Belíssima manifestação desportiva, uma grande jornada de convívio e de companheirismo. Sentiu-se um profundo amor pelo território e sentiu-se que realmente que aquilo que nos une é muito mais do que aquilo que nos separa”. Como co-responsável por esta iniciativa esteve a Câmara Municipal de Braga. Ricardo Rio, presidente da Câmara, também foi um dos participantes e, simbolicamente, esteve na equipa de que Amadeu Portilha fez parte, correndo os primeiros

5 km. Partilhou a satisfação do seu companheiro de equipa pela forma como decorreu esta edição e salientou o papel que o desporto pode ter na afirmação deste território: “Braga e Guimarães têm trabalhado em conjunto em muitas áreas, desde a cultura, o património, a economia e o conhecimento, como é o caso da Universidade do Minho, mas também no desporto. Para além da concorrência ou rivalidade salutar que deve existir, o desporto pode ser uma forma de esta região afirmar o seu potencial”. Em virtude de Jéssica Augusta se encontrar ausente no estrangeiro, a equipa de Amadeu Portilha e Ricardo Rio foi completada com Joana Costa que a substituiu mais Dulce Félix que fez o trajeto entre Balazar e Ponte O Núcleo de Atletismo das Taipas fez-se representar nesta prova com três equipas e assim, também mostrou que a vila é a ponte que une estes dois concelhos.


REFLEXO #240 • JUNHO DE 2016 24

Temático ECOS

Seja um presente para o mundo! lema de Rotary 2015-16 TERESA PORTAL PROFESSORA

O lema de de Rotary International para 2015-16, escolhido pelo presidente Ravi Ravindran, “Seja um presente para o mundo!” e o lema de Rotary “Dar de si antes de pensar em si!”, desde a sua criação há 111 anos, são, na sua essência, o mesmo. O ato de se doar, de voluntariado, de defender as causas dos outros, dos menos afortunados fruto da situação socioeconómica, geográfica, política ou religiosa une os mais de 1.220.000 rotários, os cerca de 164.000 rotaractistas e 392.000 interactistas, os dois últimos que abarcam as gerações dos 18 aos 30 e dos 12 aos 18 anos, respetivamente. Há menos rotaractistas, porque entram diretos para Rotary, na maior parte dos casos. Com 17 anos festejados a 27 de maio, o Rotary Club de Caldas das Taipas é um pilar da sociedade com serviço prestado, embora de forma silenciosa. Somos quinze os que se podem reunir semanalmente e se esforçam por fazer a diferença na comunidade e no

mundo. Porque é isso mesmo que fazemos: tentamos melhorar a vida dos que nos rodeiam, torná-la mais leve, enquanto criamos laços de companheirismo e de amizade que nos ajudem nessa tarefa que exige motivação, cooperação e trabalho em equipa, já que um indivíduo sozinho, por muito bom que seja, não consegue fazer nada, pois não tem o apoio de retaguarda, o grupo que tem a mesma missão. É por isso que, em Rotary, não há políticas, nem crenças religiosas, nem raças, nem géneros que ficam fora da porta ou entram com o respeito devido às opiniões de cada um e a roda dentada democraticamente

gira, todos os anos, mudando o presidente e o conselho diretor. Não é fácil trabalhar assim se não houver o elo do COMPANHEIRISMO, chave do sucesso de Rotary, e o de representarmos diferentes profissões, todas úteis e necessárias ao homem. Somos uma elite de trabalhadores (alguns com posses, sim!) que arranjam tempo para a família, para a profissão e para o Rotary, a outra família que nos transporta para a escala mundial. Vivemos os problemas daqui, os nossos, mas também os da humanidade que nos comprometemos a defender. Se todos fizéssemos parte de uma elite financeira como o companheiro Bill Gates (R.C. Washington), cuja fundação já doou quase 400.000.000 de dólares para combater a Pólio (paralisia infantil), então já não haveria problemas no mundo e a paz, o nosso objetivo último, já

seria uma realidade e nós não teríamos razão para existir. Porém, a grande maioria vive do seu trabalho e doa a sua disponibilidade de tempo, de procurar arranjar meios para implementar um projeto seguindo o exemplo do Papa Francisco (R.C. Buenos Aires). Ao longo do ano da minha 2ª presidência do clube, com 15 anos de rotária, fiz variadíssimos convites a elementos da comunidade para aumentar o quadro social do clube e, invariavelmente, recebi a mesma resposta: “Não tenho tempo. Já estou metida/o em muitas coisas. Estou muito ocupada/o. Vocês são uma elite.” Então, aqui fica o convite. Apareçam na sede do clube, no Largo da Botica, nº313, às terças-feiras, pelas 21 horas, para a nossa reunião semanal. A porta está aberta a todos. Venham ver o que ESTA ELITE faz e como trabalha.

ser fonte de alegria dos que se encontram nalgum “vale de lágrimas”, se se abrirem ao «Pai da misericórdias e Deus de toda a consolação, o qual nos consola em todas as nossas tribulações, a fim de podermos consolar, com a mesma consolação com que somos consolados, aqueles que estão atribulados» (2 Cor 1, 3-4). Para viver na alegria, não é preciso ser-se uma pessoa cheia de sorte a quem a vida corre num mar de rosas. A alegria pode habitar num bairro de lata ou no casebre dum pobre e morar longe dos palácios dos ricos e das escolas dos sábios. A alegria pode nascer entre os espinhos e em terra árida. Por isso, S. Paulo exclama autobiograficamente: «Estou cheio de consolação, estou inundado de alegria, no meio de todas as nossas tribulações» (2

Cor 7, 4). A alegria alegre não pode ser um favor concedido de fraca ou má vontade, como se não houvesse outro remédio. É que «Deus ama o que dá com alegria» (2 Cor 9, 7), não contrafeito, mas de boa vontade. Santo Agostinho diz isto com uma imagem que fala por si: «Se deres o pão com tristeza, perdes o pão e o mérito». A vida eterna no céu vem retratada na Bíblia com imagens de banquete e festa, gozo sem fim, com cânticos e danças, num clima de alegria inexcedível… Porque não intensificar, desde já, os ensaios da festa eterna que para nós está reservada?

JUVENTUDE

Qualidades da alegria de qualidade LUÍS MARTINHO PADRE

É preciso alegrar a alegria, ou seja, importa dar qualidade à alegria. Cristo vem abrir horizontes rasgados de alegria, mesmo para os que vivem entre lágrimas, nalgum beco sem saída. Para viver na alegria, não é preciso ser-se uma pessoa cheia de sorte a quem a vida corre num mar de rosas. A alegria alegre não pode ser um favor concedido de fraca ou má vontade, como se não houvesse outro remédio. É que «Deus ama o que dá com alegria», não contrafeito, mas de boa vontade. É preciso alegrar a alegria, ou seja, importa dar qualidade à alegria. É que, no “supermercado” da vida, há muitos tipos de alegria: a genuína e as falsas imitações; a alegria amorosa e a do cinismo; a infraalegria do prazer egoísta e a alegria da doação generosa; a sub-alegria da anedota brejeira ou indecorosa, que rebaixa a nossa condição humana, e a alegria da graça bem humorada ou da piada carinhosa; a folia superficial de carnaval e a alegria profunda que tem raízes PUBLICIDADE

em Deus-Amor festivo… Cristo vem abrir horizontes rasgados de alegria, mesmo para os que vivem entre lágrimas, nalgum beco sem saída. Por isso, no seu discurso programático das bemaventuranças, declara sem rodeios: «Felizes os que choram porque serão consolados (…). Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem (…). Exultai e alegrai-vos porque será grande nos céus a vossa recompensa» (Mt 5, 4.11-12). Deus responsabiliza-Se por


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REFLEXO #240 • JUNHO DE 2016

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Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 240 de Junho de 2016

Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 240 de Junho de 2016

Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 240 de Junho de 2016

Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 240 de Junho de 2016

Jornal “Reflexo – O Espelho das Taipas”, n.º 240 de Junho de 2016

OBITUÁRIO

Maria Rosa de Castro Ribeiro

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VERSÕES EM PAPEL E PDF

EUROS/ ANO

EUROS/ ANO

EUROS/ ANO

10

10

Maria da Conceição Vieira Alves

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António da Silva Machado

No dia 1 de Maio, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Maria Rosa de Castro Ribeiro, com 72 anos, e residente que foi na Rua da Borralha, Corvite, Guimarães. Era viúva de David Gomes Ferreira. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de S. João de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade. No dia 6 de Maio, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Maria da Conceição Vieira Alves, com 80 anos, e residente que foi na Rua da Subdevesa, Ponte, Guimarães. Era viúva de José Lopes Fernandes. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de S. João de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade. No dia 6 de Maio, na sua residência, faleceu o Sr. António da Silva Machado, com 59 anos, e residente que foi na Rua de Valdante, Brito, Guimarães. Era casado com Eva de Sousa Carneiro Silva. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Brito e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.



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