Reflexo #248 2017-02

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Fevereiro de 2017 / Ano XXIV / #248

reflexo

Diretor Alfredo Oliveira

Preço €1,00

Partidos optam por manter candidatos em segredo

Taipense comandou primeira força da GNR

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Guimarães tem mais um Monumento Nacional e fica em Longos p. 12

Técnicos apresentam proposta para o centro urbano de Caldas das Taipas p. 9

Após 20 anos ao serviço do CC Taipas, Dúnio deixa o clube p9 PUBLICIDADE

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CASA DE PARTIDA EDITORIAL

SOBE

Alfredo Oliveira

O Norte de Guimarães O dia trinta e um de janeiro de 2017 é mais uma das datas que fica para a história do projeto Reflexo. Pouco passava das 20h quando tivemos a primeira reação, por parte de um dos nossos leitores, de que a página do Reflexo Digital tinha mudado. É um site totalmente renovado, desenvolvido com recursos próprios, e que aproveita as novas potencialidades tecnológicas. Nesta edição de fevereiro, o jornal também apresenta um novo grafismo. Para se chegar a este ponto, foi desenvolvido um trabalho duro, com muitas horas dedicadas a estas reformulações. Numa altura em que se fala tanto de crise do jornalismo, quisemos reagir. Pretendemos criar condições para mostrar que o jornalismo regional tem a capacidade e a flexibilidade necessária para enfrentar novos desafios, nomeadamente os da transformação digital. Decidimos não abandonar o papel, que ainda é o suporte preferido de muitos leitores e anunciantes. Para já, alargamos a equipa, não só para melhorar a qualidade com que apresentamos a informação, mas sobretudo para melhorar a qualidade dessa mesma informação. Mas não vamos ficar por aqui. Todo este trabalho será revisto e melhorado continuamente e lançaremos, em breve, o Reflexo noutras plataformas. Porque acreditamos que é possível, mas também porque a democracia precisa de pessoas informadas e os leitores precisam de jornalismo de qualidade, honesto e plural. Num tempo em que os refugiados voltaram para as primeiras páginas da atualidade, devido às decisões do novo presidente americano Donald Trump, apresentamos, nesta edição, o casal de refugiados sírios vindos de Aleppo, cidade devastada pela guerra na Síria e que o Centro Sócio-Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente acolhe desde finais de setembro de 2016. Como refere esse casal, passaram muito rapidamente “do paraíso para o inferno” com o desenrolar dos acontecimentos trágicos naquele país. As vivências experienciadas desde a fuga da Síria, passando pela Turquia e Grécia, até chegar a Portugal são relatadas nesta edição. Da Grécia temos também a história da primeira mulher, taipense, a comandar uma força da GNR num país estrangeiro. A Capitão Ana Lopes relata a sua experiência no alto mar onde foram resgatadas mais de 600 pessoas durante os três meses em que esteve numa missão da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira. Passado quase um ano, Domingos Bragança e a equipa que elaborou o projeto, coordenada pela arquiteta Marta Labastida, voltam ao Centro Pastoral das Taipas para apresentar o trabalho sobre a requalificação do centro de Caldas das Taipas. Temos de recordar que se trata de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde julho de 2015. Por isso, e por se tratar de algo que os taipenses muito anseiam, espera-se que seja apresentado um passo decisivo para a revitalização da centralidade da vila. A sessão está marcada para o dia 3 de fevereiro (sexta-feira) pelas 21h.

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O público taipense O programa ExcentriCidade foi Solidariedade apresentado como uma medida de desnacional centralização municipal, com a finaliO acolhimento dade de fomentar de refugiados asnovas centralidades sume contornos culturais. Em Calde discussão pladas das Taipas tem netária, através sido algo desoladora das medidas que o a participação do presidente Donald público. Sabemos Trump tenta impleque esta situação mentar nos EUA, não é exclusiva do o papel que GuiExcentriCidade e marães tem vido a também não é de desempenhar nesta agora. Será mesmo questão é exemplar. um caso de estudo. O Centro Sócio-Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente acolheu uma família síria no âmbito do Programa “PAR Famílias”.

DESCE

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 248 / Fevereiro de 2017 / Ano XXIV Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR Alfredo Oliveira REDACÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal; Vítor Neves Fernandes FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos


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Nomes para autárquicas só na Primavera MANUEL SILVA

Coligação afasta a importância dos “protagonismos pessoais”

Também a Coligação Juntos por Guimarães não quer elencar nomes que vão compor as listas para as autárquicas. Para André Coelho Lima, cabeça de lista desta coligação para a Câmara Municipal, “as listas devem ser vistas de forma global e sistemática”, sendo que as mesmas estão em construção. “Não é este o momento de ser apresentada porque há uma estratégia que define esses tempos e essas dinâmicas. A seu tempo as pessoas saberão quem integrará a lista da coligação”, aponta o candidato social-democrata. André Coelho Lima afasta a importância dos “protagonismos pessoais” e dá destaque à “preparação das linhas gerais e concretas do plano que pretende apresentar aos vimaranenses”. “O processo está calendarizado”, avança, mas só “em devido tempo” serão avançados os nomes das listas, que não vão obedecer a listas paritárias nem quotas para jovens. O atual líder da oposição no executivo municipal adianta que “esta é uma matéria sobre a qual deverão ser questionadas as comissões políticas de cada um dos partidos que integram a Coligação Juntos Por Guimarães [PSD, CDS-PP e MPT]”. “Como candidato apenas direi que a participação das mulheres e dos jovens na vida política é essencial e que, certamente, e tal como aconteceu em 2013, estarão mulheres e jovens envolvidos e a protagonizar este novo ciclo de esperança e desenvolvimento”, garante.

Em setembro, Guimarães vai a eleições e o xadrez político já se joga entre todas as formações políticas. Não há obrigatoriedade de listas paritárias nem de quotas para nomes com menos de 35 anos o que não vai forçar novidades nos lugares executivos. Todos os partidos, da esquerda à direita, aguardam pela Primavera para anúncios. Texto Catarina Castro Abreu

Para já, certas estão as candidaturas de Domingos Bragança, do PS, e de André Coelho Lima, da Coligação Juntos por Guimarães (JpG), para a Câmara Municipal. Aliás, o social-democrata foi um dos primeiros nomes confirmados para as eleições por Pedro Passos Coelho, na terça-feira, 31. Por outro lado, o Partido Socialista ainda não tem um nome para a Assembleia Municipal (AM), sendo que o atual presidente, António Magalhães, já disse por reiteradas vezes que não se lança a uma nova eleição. Já a Coligação apresenta um peso-pesado do PSD para a AM, José Pedro Aguiar-Branco. Em abril do ano passado, em pleno congresso partidário, desafiou “os barões sociais-democratas a irem a votos”. A ligação vimaranense é com a freguesia de Oleiros, onde passou a sua infância. Domingos Bragança não vai seguir recomendações nacionais do PS

A estratégia da direção socialista a nível nacional foi divulgada em outubro do ano passado e prometia mexer com o modus operandi da

elaboração das listas autárquicas: os presidentes que neste momento estão na cadeira do poder têm que ser recandidatos – e é o que vai acontecer em Guimarães com a recandidatura anunciada por Domingos Bragança no almoço de Reis do PS, a 14 de janeiro – as listas autárquicas devem ser paritárias (ter o mesmo número de homens e mulheres) e pelo menos 20% dos efetivos e suplentes devem ter menos de 35 anos. O presidente da Câmara deve estar, neste momento, a trabalhar nos nomes para as listas para apresentar ao pleito local. Questionado sobre se, na sua proposta a apresentar à Comissão Política Concelhia, pensa levar a cabo as recomendações nacionais, Domingos Bragança responde que “será cumprido o que estiver estatutariamente estabelecido”. Nos estatutos do Partido Socialista, sobre a designação para cargos políticos, diz que a tarefa compete “à Comissão Política Concelhia, quando se trate de cargos de âmbito concelhio ou relativamente às freguesias”. Ou seja, este documento, pelo qual se rege Domingos Bragan-

ça para a elaboração da lista (tradicionalmente, em Guimarães, é o cabeça de lista à Câmara que propõe à concelhia os nomes que quer para o seu executivo), não obriga ao cumprimento das recomendações emanadas da Comissão Permanente do PS. A questão das quotas de género – em que 1/3 da lista tem que ser constituída pelo género oposto ao género dominante – é determinada por uma lei criada em 2006. Não há nada que obrigue à inclusão de nomes com menos de 35 anos, nem na lei nem nos estatutos do partido. Com o cenário das listas paritárias e das quotas para jovens, o PS teria que fazer cair pelo menos um dos atuais vereadores – o vice-presidente Amadeu Portilha, o vereador da Cultura, José Bastos, e o do Desenvlvimento Económico, Ricardo Costa – para lá pôr uma mulher. Isto, tendo em linha de conta que Adelina Paula Pinto (Educação) e Paula Oliveira (Ação Social) se manteriam. E pelo menos um dos vereadores teria que ter menos de 35 anos, o que não é o caso de nenhum dos atuais membros do executivo vimaranense. A questão não se coloca, à partida, porque Domingos Bragança disse que vai cumprir apenas o “estatutariamente estabelecido”. Domingos Bragança mantém a data de 25 de abril para anunciar as listas para as juntas de freguesia e o compromisso é só mesmo com estes órgãos autárquicos. A divulgação das listas para a Câmara e Assembleia municipais ainda não tem data marcada.

CDU vai tentar lista paritária

Contactado pelo Reflexo, Torcato Ribeiro, o vereador da CDU, não adianta se será candidato nas próximas eleições. Também não há nomes para a Assembleia Municipal e freguesias. Há regras partidárias a respeitar e essas ditam que só em março é que a coligação que une Partido Comunista Português e Os Verdes, em Guimarães, anunciarão os candidatos. Certo é o esforço por parte da CDU em manter as listas paritárias, tal como aconteceu em 2013. Em lugares executivos, para a Câmara Municipal estavam o mesmo número de homens e mulheres, sendo que uma delas tinha menos de 30 anos (Ana Salgado de Almeida, na altura com 28 anos). “É uma questão de casualidade na medida em que não há nenhuma recomendação a nível nacional de que as listas devem ser paritárias”, explica a este jornal o vereador comunista. Torcato Ribeiro confessa que “é difícil para a maioria das mulheres estar na política” na medida em que ainda não estão criadas as condições para que se possam dedicar às causas públicas. “Há mais pressão sobre as mulheres, que se dividem entre a vida profissional e a vida familiar, que tradicionalmente as sobrecarrega”, diz, enfatizando que “ainda hão muito trabalho a fazer na criação de condições nas creches e outros instrumentos de apoio social para que possam ser mais ativas politicamente”.


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Centrista Rui Barreira vai integrar a candidatura da Coligação

Presidente de Ponte em destaque no “mercado de transferências” ARQUIVO

Sérgio Castro Rocha, presidente da Junta de Ponte desde 2009, está no centro de uma polémica que divide o Partido Socialista local e a Coligação Juntos por Guimarães (PSD, CDS e MPT). No almoço de Reis do PS, o edil e candidato à Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, aventou a hipótese de o autarca pontense poder integrar as listas socialistas para a junta de Ponte. Mas num comunicado enviado na terça-feira, 31,o PSD refere que as declarações de Domingos Bragança ferem a “honorabilidade “ de Sérgio Castro Rocha. Nas redes sociais é clara a ligação entre o presidente de Câmara e o presidente da Junta de Ponte: ainda no passado dia 14 Domingos Bragança recebeu o título de embaixador nobre daquela vila. São várias as iniciativas em que, ao longo do mandato, o edil participou. Por exemplo, Ponte foi uma das primeiras juntas a criar a Brigada Verde, no sentido de ajudar a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia. A faltar cerca de nove meses para as eleições autárquicas, “o mercado de transferências” tem-se intensificado (vale lembrar que Patrício Araújo, presidente da Junta de Atães e Rendufe, eleito em 2013 com o apoio da JpG, vai avançar para o próximo pleito

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nas listas do Partido Socialista). A gíria futebolística foi introduzida por André Coelho Lima, que disse que “Domingos Bragança transformou a política local no mercado de transferências”. A Comissão Concelhia do PSD critica: “Guimarães não pode ter um presidente que vê na eventual conquista de autarcas a forças políticas adversárias uma demonstração da sua própria força”. No texto enviado à redação do Reflexo, o PSD classifica as declarações de Domingos Bragança como “irresponsáveis na medida em que colocam em causa a honorabilidade de um autarca como o Dr. Sérgio Castro Rocha, que se apresentou à sua população por duas vezes pelo PSD”. Reforça ainda que o autarca de Ponte “várias vezes, em diversos lugares e perante diferentes interlocutores reiterou a sua disponibilidade e vontade de continuar a protagonizar uma candidatura à Junta de Freguesia da vila de Ponte em nome do PSD e da coligação Juntos por Guimarães aceitando o convite que lhe foi endereçado nesse sentido”. Sérgio Castro Rocha tem recusado comentar este assunto e assume apenas que é candidato à junta de freguesia de Ponte às eleições deste ano, não revelando por que partido vai concorrer.

ARQUIVO

Rui Barreira foi exonerado das suas funções como diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Braga, em janeiro deste ano, depois de ter enfrentado um inquérito diligenciado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Voltou à advocacia na CLT, a sociedade de advogados que mantém com André Coelho Lima e César Teixeira, presidente da concelhia do PSD em Guimarães. Rui Barreira, que é deputado municipal e faz intervenções frequentes em todas as sessões, deverá agora integrar também a candidatura da Coligação Juntos por Guimarães (PSD, CDS e MPT) nas próximas eleições. O ex-líder da concelhia vimaranense do CDS-PP foi acusado de “assédio moral”, “bullying profissional” aos seus colaboradores no Centro Distrital da Segurança Social e de “perseguições a todos os que ousaram reclamar ou reivindicar”. As acusações foram vertidas num documento de 30 páginas enviado em março do ano passado a Vieira da Silva, ministro da tutela, por um grupo de funcionários, que referia que as mudanças de funções e de horários eram alguns dos “castigos usados como instrumento de humilhação

e vingança pessoal”. Foi agora afastado do cargo que assumiu em 2011, sob o governo PSD/CDS. Para André Coelho Lima, que lidera a candidatura da JpG às autárquicas de 2017, Rui Barreira “é um quadro de referência de um dos partidos que integra esta coligação”, sendo que “a circunstância de ocupar, ou não, a função de diretor do Centro Distrital da Segurança Social não tem qualquer relevância para a ponderação da sua integração em quaisquer listas”. Ao Reflexo, o candidato sublinha que o ex-líder da concelhia vimaranense do CDS-PP venceu “os concursos públicos abertos para a função que desempenhou, tanto no distrito de Braga como no distrito do Porto” e “revelou ser um quadro técnico e político de qualidades objetivas”. André Coelho Lima vinca que Rui Barreira “é um cidadão que tem vida para além da política”. “Queremos cidadãos livres, para os quais a dependência da política não condicione as suas opções. Rui Barreira está e estará envolvido no processo de candidatura e desempenhará a função que for mais relevante para assegurar aos vimaranenses um novo ciclo de esperança e desenvolvimento”, termina.

Joaquim Teixeira não vai a jogo O único deputado na Assembleia Municipal eleito pelo Bloco de Esquerda, Joaquim Teixeira, não vai voltar a candidatar-se aos órgãos autárquicos. Ao Reflexo, diz que não tem “condições para continuar” porque “a idade avança” – terá 66 anos nas próximas eleições – e há necessidade de renovação. Este é um factor que o preocupa: “Reconheço que o Bloco tem dificuldades em recrutar aderentes, pelo facto de ser um partido que não oferece grande expectativas de colocações. A gente mais jovem senão emigra procura juntar-se a partidos que

ofereçam mais expectativas”. Mostrando disponibilidade para “ajudar o partido no que for preciso”, Joaquim Teixeira informa que não pode assumir candidaturas à Câmara nem à Assembleia municipais. Os nomes, tal como acontece nos restantes partidos, só devem surgir lá para março. Está agendado um encontro autárquico distrital na Escola Secundária Francisco de Holanda, em Guimarães, para o próximo domingo, 05. No dia 18 de fevereiro está marcado um encontro nacional, em Lisboa. “Só a partir dessa

data é que que serão anunciados os vários candidatos às autarquias, na medida em que só depois do encontro é que a coordenadora nacional se vai pronunciar”, explica o ainda deputado municipal. A estes dois eventos segue-se um plenário concelhio de aderente do Bloco, que é o órgão que decide quais os nomes de que o BE vai avançar para os diferentes órgãos autárquicos. O Bloco de Esquerda candidata-se às eleições autárquicas de Guimarães desde 2005, quando para a Câmara Municipal conseguiu 2,18% dos votos (1929 votantes). Em 2009,

conseguiu o seu melhor score com 2388 votantes, alcançando 2,55% dos votos. Em 2013 teve 1788 votos e ficou na margem dos 2,04%. Tem perdido “presença” na Assembleia Municipal: nas eleições de 2005 e de 2009 conseguiu eleger dois deputados, enquanto em 2013 conseguiu apenas um deputado. Recorde-se que as autárquicas de há quatro anos foram as primeiras a serem realizadas após a reforma administrativa que reduziu o número de deputados municipais (atualmente são 97 – 49 eleitos diretos e 48 presidentes de junta).


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Taipense comandou primeira força da GNR na Grécia DR

A Capitão Ana Patrícia Cardoso Lopes foi a primeira mulher a comandar uma força da GNR a atuar no estrangeiro. Texto Alfredo Oliveira

Natural de Caldas das Taipas, estudou na EB 2,3 e na secundária de Caldas das Taipas e viveu até aos 18 anos na Rua da Igreja Velha, de onde partiu para Lisboa. PUBLICIDADE

Aqui, como cadete, obteve a Licenciatura em Ciências Militares – GNR, na Academia Militar, entre 2000 e 2004. Entretanto concluiu a licenciatura em Psicologia na

Universidade Autónoma de Lisboa e Mestrado em Relação de Ajuda e Intervenção Terapêutica. De 1 de abril a 16 de junho, esteve integrada na

Operação Poseidon Sea 2016 sob a égide da FRONTEX (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira). Ana Lopes participou na missão como oficial de ligação no Centro de Coordenação Internacional, em Piraeus (Grécia), e foi responsável pelas forças e operações da GNR em missão, tendo sob o seu comando uma força de 30 elementos. Durante o período que esteve na Grécia foram resgatadas mais de 600 pessoas do mar, sobretudo sírios, paquistaneses, afegãos, argelinos e iraquianos. Conheça a experiência vivida pela Capitão Ana Lopes sobre um dos temas que marca a atualidade internacional. Qual era o âmbito da atuação da missão que desempenhou na Grécia? O principal objetivo desta missão foi a vigilância da fronteira marítima da Grécia e prevenir, detetar e fazer cessar ilícitos relacionados com a imigração ilegal, o tráfico de seres humanos e o tráfico de droga, contribuindo para a salvaguarda de vidas humanas no mar. Esta intervenção da GNR no estrangeiro continua a desenrolar-se, mas nesta altura apenas com uma força de patrulhamento terrestre e uma força marítima com

a lancha de vigilância e interceção, sendo renovada de três em três meses. Estava preparada para o que iria encontrar? Antes de iniciar a missão frequentei o aprontamento na GNR que abrange diversas áreas de preparação, nomeadamente o estudo e análise da situação vivida na Grécia, procedimentos operacionais, segurança marítima e preparação ao nível psicológico para a situação que íamos encontrar. Por isso, julgo que após este aprontamento estávamos muito bem preparados para a situação em causa. Quando e como foi o primeiro choque com os refugiados? O primeiro choque com os refugiados foi no Centro de Coordenação Internacional, numa situação reportada pela força alemã onde ocorreu um naufrágio na ilha de Samos e morreram vários migrantes. A primeira situação da GNR foi na ilha de Kos, num resgate de vários migrantes, de origem paquistanesa, que se encontravam à deriva. Foram resgatados sem incidentes. Alguma vez sentiu algum constrangimento, no terreno, pelo facto de ser uma

mulher a comandar as operações de resgate, salvamento e controlo? Nunca senti nenhum constrangimento, confiei na minha experiência de comando e em toda a preparação que tive antes de iniciar a missão. Depois foi trabalhar com dedicação e profissionalismo. Alguma vez pensou que poderia estar a ajudar um possível terrorista? A nossa missão é resgatar todas as pessoas que necessitam de nosso apoio. Por isso, ninguém fica para trás. A vida humana é inviolável e é com base neste princípio que atuamos. Após o resgate, os migrantes são entregues às autoridades locais e depois disso passam por um processo de análise, realizado pelos operacionais da FRONTEX, que inclui entrevistas, verificação documental e de toda a situação individual de cada migrante. Se foi identificado um terrorista será julgado e condenado em sede própria. Qual era a área geográfica do campo de atuação da força que comandou? As forças de GNR, durante o período de 1 de abril a 1 de julho de 2016, cumpriram a missão nas ilhas de Chios e Kos, embora existissem forças de outros países nas


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diversas ilhas. Eu fiz parte da 1.ª força a iniciar a operação, juntamente com 30 militares, distribuídos pela Ilha de Chios, com uma Força de patrulhamento terrestre (2 militares) e Força marítima numa embarcação de alta velocidade (9 militares) e na Ilha de Kos, com uma Força marítima numa lancha de vigilância e

uma missão muito gratificante e enriquecedora a nível pessoal e profissional. Está disposta a repetir a experiência ou outro tipo de missão no estrangeiro? Estarei disponível para representar o meu país sempre que necessário.

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No Centro de Coordenação Internacional existiam mais mulheres. Quantas intervenções efetuaram? Durante os meses em que estive na Grécia foram percorridas 10 422 milhas náuticas (cerca de 19 130 quilómetros) que acabaram por se traduzir no resgate de 642 pessoas do mar, maioritariamente sírios, GNR

OPINIÃO Nelson Felgueiras

Taipas merece Será apresentado no próximo dia 3 de fevereiro, pela Câmara Municipal de Guimarães, o Projeto para Centro Cívico das Taipas. Trata-se de um momento importante para a Vila que, com a apresentação deste projeto, vê dado um passo sólido no cumprimento de um objetivo antigo e fundamental para os Taipenses. E este é um momento importante para todos sem exceção porque este é um projeto de todos. Domingos Bragança como é, e bem, seu apanágio, chamou todos promovendo uma ampla discussão em volta do anteprojeto para o centro da vila. As Taipas disse presente com alguns partidos a promoverem o debate e a sociedade civil a contribuir com propostas e ideias. A apresentação do Projeto é o próximo passo, mas não deve ser o último. O Centro Cívico é para os taipenses e estes devem continuar a ser ouvidos.

interceção marítima (15 militares) e Força de vigilância (4 militares). De que forma esta missão a tornou um melhor elemento da GNR? Uma experiência única na qual tive oportunidade de participar numa missão importante para a União Europeia e para Portugal, mas fundamentalmente pela possibilidade de contribuir com toda a dedicação e profissionalismo numa das maiores crises humanitárias desde a II Grande Guerra Mundial, PUBLICIDADE

Como foi deixar a família durante o tempo em que decorreu a missão? Foi difícil, todavia, facilitado pelas novas tecnologias que possibilitam um contacto muito próximo. O apoio da família foi fundamental e todos ajudaram de modo que, nestas circunstâncias, consegui focar-me no cumprimento dos objetivos da missão. Era a única mulher nesta missão? Durante a minha participação fui a única mulher da força portuguesa.

paquistaneses, afegãos, argelinos e iraquianos. Onde morava nas Taipas e o que ainda recorda desse tempo? O meu percurso escolar até ao 12.º ano foi passado nas Taipas. Estudei na EB 2,3 3 frequentei o curso científico-natural na Escola Secundária. Vivi até aos 18 anos na Rua da Igreja Velha. Após isso, passei a viver em Lisboa. Joguei voleibol no CART desde 1992 até 2000 e tento ir às Taipas sempre que possível, normalmente uma vez por mês.

Sei das preocupações dos comerciantes e dos moradores para que a questão do estacionamento seja considerada. Sei também das preocupações para que a matriz histórica e identitária do centro da Vila seja salvaguardada, mas estou também convencido que esta é a oportunidade para definitivamente projetarmos a nossa Vila no futuro, garantindo a sua contemporaneidade através da atenção a temáticas como a pedonalidade ou a sensibilidade ecológica. Considero ainda, que este é o momento de criarmos um novo paradigma de mobilidade valorizando os transportes coletivos e a utilização da bicicleta, aproveitando ainda para potenciar as nossas associações e o nosso comércio. Mas a apresentação deste Projeto e a envolvência que foi criada à sua volta permite-nos tirar algumas conclusões. Desde logo que a Câmara Municipal de Guimarães olha para a Vila das Taipas como um elemento absolutamente estratégico para o concelho, provando à saciedade que aqueles que defendem a segregação e a hostilidade estão errados. Prova também que é através do diálogo e da união de esforços que conseguimos fazer a Vila progredir, evidenciando que aqueles que sempre “atiraram pedras” nunca tiveram razão. Mas prova sobretudo que a nossa voz é sempre mais forte quando juntamos a nossa vontade à vontade dos outros. E as Taipas merece!


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ATUALIDADE Uma viagem pelos sons de Portugal este sábado no Auditório dos Bombeiros das Taipas

Falta um mês para o Carnaval e Taipas já tem programa para a festa DR

DR

Texto Manuel Silva

Inserido no projeto cultural Excentricidade – Outros palcos mais cultura, o Auditório dos Bombeiros Voluntários das Taipas recebe este sábado, 4 de Fevereiro, pelas 21.30h, um espetáculo musical interpretado por “Gallaecia”. Texto Manuel Silva Um grupo de instrumentistas, com voz de Clarisse Fernandes, proporcionará um espetáculo de pouco mais de uma hora, revisitando temas, alguns conhecidos, resgatando as sonoridades e propondo um mergulho na memória de uma identidade do norte da Península Ibérica, criando uma ponte com a contemporaneidade. Tomando como base as sonoridades do imaginário da tradição portuguesa, o espetáculo cria um percurso que atravessa todo o imaginário do cancioneiro popular e antigo passando por temas que facilmente captarão e atenção e participação do público. A voz de Clarisse Fernandes, será acompanhada por Sofia Rego PUBLICIDADE

(Flauta), Hugo Ribeiro (Oboé), André Silva (Clarinete), Ana Bastos (Fagote) Bruno Leite (Percussão) e Sara Vilaça (Teclado) num alinhamento que abre com o tema “A Moda do Entrudo”. Segue-se “Meninas Vamos à Murta”, “Ó Margarida Moleira”, “Não Quero que Vás à Monda”, “Folhinha do Salgueiro”, “Lenga Lenga”, “Vareira Descansada”, “La Galhina”, “A Moda do Pastor”, “Romance Dom Fernando”, “Roró”, “Tirioni”. Para fechar com chave de ouro nada melhor que um Medley de revisitação pelos sons de Portugal. Este espetáculo está inserido no projeto cultural ExcentriCidade – Outros Palcos Mais Cultura. Projeto desenvolvido pela Câmara Municipal

de Guimarães e que tem como objetivo estratégico a criação de novas centralidades de consumo/criação artística e cultural (no domínio da dança, música, teatro e cinema). O projeto pretende atuar no território concelhio, em novos palcos, e oferecer a mesma filosofia encetada nos espaços culturais da cidade: acrescentar novas camadas de significado cultural ao sedimentado, criar novas oportunidades para públicos e criadores, gerar mais patamares no desenvolvimento do cidadão enquanto ser cultural e contribuir para o fortalecimento das relações humanas, da cidadania responsável, do esclarecimento e da partilha. O custo de entrada é de um euro.

O dia de Carnaval, em 2017, calha a 28 de Fevereiro. A pouco mais de um mês, já é conhecido o programa completo das festividades carnavalescas nas Caldas das Taipas, com início um fim-de-semana antes, a dia 19 de Fevereiro, culminando com o dia de Carnaval, no dia 28. Será no segundo domingo de Fevereiro que será dado o arranque do programa proposto para este ano, com um encontro de carrinhos de rolamentos. A concentração está marcada para as 10 horas e a corrida apontada para as 14. O concentração dos motivos de atracção verificam-se no fim-de-semana seguinte, o de Carnaval, logo a partir de sexta-feira, 24, com o envolvimento da comunidade escolar no desfile das crianças a partir das 10 horas, com partida do recinto da feira semanal. O primeiro momento musical

será com o Grupo Musicarte, no sábado, 25 de Fevereiro, pelas 22 horas. No domingo, dia 26, está programado um desfile carnavalesco infantil, a partir das 15 horas, com um espectáculo de palhaços preparado para o final. Ainda no domingo, à noite, será esperado um espectáculo musical com um elenco de vários artistas. Na segunda, 27, a música volta a estar presente nos festejos, com o concerto de Carlos Ribeiro e da sua banda, no centro da vila, a partir das 22 horas. Entrando na recta final, na terça-feira de Carnaval, terá lugar o esperado desfile carnavalesco com vários carros alegóricos, seguindo-se, à noite, o tradicional enterro do Arturinho, a partir das 20.30 horas. A organização do programa do Carnaval é uma actividade da Organização Carnavalesca das Taipas (OCT), uma associação surgida em 2015, com o propósito de organizar as festividades carnavalescas na vila de Caldas das Taipas.


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Requalificação do centro das Taipas apresentada na próxima sexta-feira DR

OPINIÃO Cândido Capela Dias

Ser democrata não é um estado de alma No ordenamento administrativo português há dois órgãos para administrar uma freguesia, a assembleia de freguesia e a junta de freguesia. Apesar de hoje em dia muitos insistirem que dos dois o mais importante, aquele que concentra os olhares em noite eleitoral, é a junta de freguesia, a verdade é que não é bem assim: a assembleia é o órgão mais representativo. Nessa condição de órgão mais representativo deve merecer respeito do órgão autárquico que fiscaliza e acompanha, mas talvez devido à inversão de valores que está instalada, o facto é que as juntas de freguesia se acham no direito de menosprezar ou mesmo desprezar as deliberações adoptadas pelas assembleias.

O projeto base para a intervenção de requalificação urbanística do centro da vila será novamente apresentado, depois de em março último ter sido apresentado numa primeira sessão de apresentação. Texto Catarina Castro Abreu

A 19 de março de 2016, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, Marta Labastida, que lidera a equipa do Centro de Estudos da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho responsável por desenvolver o projeto para a nova centralidade das Taipas, e o presidente de Junta, Constantino Veiga, reuniram-se com os taipenses para apresentar as diretrizes que devem comandar a requalificação do centro da vila. Dez meses passaram em que a autarquia se propôs a ouvir as diferentes propostas da população. O resultado será apresentado na próxima sexta-feira, 03, no Centro Pastoral das Taipas. Segundo nota do município, a proposta inicial contempla a criação de um novo largo entre o Centro Comercial Passerelle e a zona PUBLICIDADE

dos atuais semáforos, no cruzamento da rua Professor Manuel José Pereira com o início da rua Comandante Carvalho Crato. Pretende-se que surjam novas esplanadas e uma diferente arborização, eliminando neste local o acesso rodoviário, com os automobilistas a terem de recorrer à Circular, se eventualmente pretenderem seguir a direção de Braga, estando na Avenida da República. A transformação proposta no centro da vila preserva, contudo, elementos históricos das Taipas, como é o caso da capela de Santo António, demolida em 1917, mas cuja simbologia ficará perpetuada no seu local por um escadario, contíguo ao novo largo público. O programa base prevê, também, que a qualidade do novo Centro Cívico da Vila das Taipas deva recuperar a importân-

cia do recurso hídrico preexistente, nomeadamente o rio Ave e a Ribeira da Canhota, assim como o seu papel estruturante na caracterização do espaço. A requalificação do centro das Taipas apresenta um conjunto de premissas relativas à mobilidade pedonal, à sensibilidade ecológica e ao património. O programa proposto define um centro composto pela configuração de novos espaços com vocação própria que promovem um conjunto de percursos e articulam novas relações entre os equipamentos de proximidade, localizados no próprio centro (Junta de Freguesia, Centro Pastoral, Igreja Matriz, antigo Mercado, Banhos Novos e Velhos) ou numa área de influência mais alargada (Escola Secundária, Feira, Parque das Taipas, rio Ave...).

Como julgo ser sabido, a Assembleia de Freguesia de Caldelas aprovou uma proposta apresentada pela CDU sobre o negócio da Pensão Vilas. Devido ao facto de a solução mais transparente, o concurso público, estar ferida de morte, entendeu aquela coligação avançar com um concurso limitado a três entidades de reconhecido mérito, instaladas na freguesia e dedicadas à exploração de lares para idosos. Essa proposta exigia, para ter viabilidade, a rejeição de uma outra, a da venda directa à ADIT, da autoria da Junta de Freguesia, o que foi conseguido. A venda directa era um fato feito à medida de um único interessado, o que desde logo abonava pouco a favor da transparência da deliberação e, caso tivesse sido aprovada, constituiria um acto de gestão que não dignificaria a Assembleia de Freguesia e beliscaria a honestidade dos eleitos que a votassem favoravelmente, manchando-os a um e outros com fundadas suspeitas de favoritismo e no limite negócio em causa própria, pela evidência de muitos dos votantes serem simultaneamente associados da ADIT. A deliberação da Assembleia já foi comunicada formalmente à Junta há algumas semanas, sem que esta se tenha pronunciado e em que sentido, se a aceita e daí retira as devidas consequências ou se a recusa. O populismo inato do presidente da Junta e de alguns vogais choca com o respeito devido a quem tem por obrigação legal fiscalizar os seus actos de gestão, a assembleia de freguesia.


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#248

ATUALIDADE

Refugiados da guerra, de Aleppo a S. Clemente de Sande GNR

Rasha Sheikh, 32 anos, e Bourak Kaka, 39 anos, viajaram cerca de cinco mil quilómetros desde Aleppo (Síria), com a filha Ghenwa Kaka, de 3 anos, até São Clemente de Sande, para fugirem da guerra que assola a Síria desde 2011 Texto Alfredo Oliveira, com Inês, Diogo, Miguel e Marcos A guerra civil teve início após protestos da população a partir do mês de janeiro de 2011, contra o presidente Bashar al-Assad. Rapidamente arrastou potências regionais e internacionais e, de acordo com a ONU, o conflito já terá provocado a fuga de mais de 4,5 milhões de pessoas do país. No caso, esta família síria chegou a Portugal e mais concretamente ao Centro Sócio-Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente, no dia 28 de setembro de 2016, no âmbito do Programa “PAR Famílias”, promovido pela Plataforma de Apoio

aos Refugiados (PAR), programa que, tal como o Guimarães Acolhe, tem como principal objetivo o acolhimento e integração de famílias de refugiados e tem a duração de 24 meses. A conversa com Bourak e Rasha não foi fácil, pois os dois ainda não falam português e tivemos de nos socorrer a um tradutor via telefone. Rasha é natural de Latakia e Bourak de Allepo e, nesta última cidade, viviam felizes antes de a guerra tomar conta do dia a dia da população síria. Rasha, que nunca estudou nem trabalhou, recorda

que tinham uma vida “muito boa” em Aleppo, o marido era motorista e ela assumia todas as tarefas de casa e tomava conta das crianças. Depois de começar a guerra, tudo o que eles tinham foi destruído, tanto a casa como o carro, passaram muito rapidamente “do paraíso para o inferno”, como refere Rasha. Recorda que nada fazia prever o que se está a passar no seu país, “foi tudo muito rápido”, acrescentando Rasha que “começou com manifestações pacíficas, mas que rapidamente começaram a crescer, uns primeiros disparos e logo vieram os bombar-

deamentos, com muitos feridos e mortos”. Com a destruição do local onde viviam, decidiram sair da Síria e foram a pé para a Turquia onde ficaram duas semanas. Depois foram para a Grécia de barco junto com outros refugiados. Neste país, ficaram seis meses, num campo de refugiados, onde as condições eram péssimas. Da Grécia viajaram para a Itália de avião, onde fizeram escala, e tomaram o destino do nosso país. Passados estes tempos, à memória vêm os momentos felizes com toda a família junta. Rasha Sheikh deixou para trás duas filhas, que ainda vivem na Síria, uma com 12 anos, que tem o 6º ano e outra com 11, com o 3º ano de escolaridade. Estas duas filhas são de outro casamento que ficou desfeito depois da morte do marido durante a guerra. Bourak Kaka tem mais duas mulheres e três filhos que ficaram na Síria. Este casal veio apenas com a filha que têm em comum. Apesar das contrariedades e dificuldades, vão mantendo o contacto com os restantes elementos da família através do Facebook. Regressar à Síria não está ainda fora de questão, mas nos tempos próximos só pensam ficar na Europa e tentar reunir o resto da família “incluindo as mulheres e os filhos de Bourak e de Rasha”. A adaptação a Portugal “está a ser excelente” como afirmam, acrescentando que “as pessoas acolheram-nos de forma positiva e em Portugal são mais simpáticas e carinhosas”. Salientam o papel do Centro Sócio-Cultural e Desportivo de San-

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de S. Clemente e a pessoa destacada para os apoiar, no caso a “Dra. Céu Cosme que está responsável por nós e que nos leva a todo o lado sempre que necessário”. Ao nível alimentar, para além de não comerem carne de porco, sentem a falta de alguns temperos mais fortes, mas é um problema que não os preocupa muito. Rasha tem vários despertadores a tocarem em casa durante o dia para a lembrar que tem de rezar. Por sua vez, Bourak, que trabalhou durante toda a vida, anseia por voltar a ter um emprego. O grande entrave é que não fala português e isso condiciona decisivamente a sua entrada no mercado de trabalho. Para colmatar esta situação, ainda se inscreveram num curso de Português na escola Francisco de Holanda, mas por vários fatores (gravidez, transportes e não sabendo falar inglês) foi impossível a conclusão do curso. Mais recentemente, algumas professoras voluntariaram-se para ministrar algumas aulas que serão realizadas na creche, em S. Clemente, de segunda a sábado, duas horas por dia. Para Bourak e Rasha a vida é agora vista com mais alegria, como dizem e como acrescentam “com mais esperança e com outros objetivos”. A preocupação maior, como já referiram, são os filhos que deixaram na Síria. Outro momento de alegria para o casal é o nascimento do segundo filho. A data do nascimento está prevista para o dia 17 de fevereiro e o menino chamar-se-á Jadi.


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Colocação de novo piso só após trabalhos de captação de águas pluviais MAS

OPINIÃO Manuel Ribeiro

A dança intolerável dos presidentes de junta

A intervenção que a Câmara Municipal de Guimarães está a levar a cabo na Rua de Santa Marta e Rua Padre Silva Gonçalves poderá sofrer ligeiro atraso. Em causa estão obras que não estavam inicialmente previstas, de captação de águas pluviais, num pequeno troço da obra. A Junta de Freguesia de Caldelas, após se ter apercebido que a obra de pavimentação da Rua de Santa Marta e Rua Padre Silva Gonçalves não previa a realização de necessárias obras de captação de águas pluviais, entre o cruzamento da Cutipol e o de acesso ao Cemitério das Taipas, alertou a CâPUBLICIDADE

mara Municipal de Guimarães que, na pessoa do seu presidente, logo se disponibilizou a analisar a situação e a concluir que “a colocação de um novo piso, nesta fase, seria um desperdício de dinheiro público, uma vez que a posterior construção da captação de águas pluviais iria danificar o piso”, como refere a Junta de Freguesia de Caldas das Taipas. No sentido de encontrar uma solução para a resolução do problema, a Câmara Municipal de Guimarães juntou no local Constantino Veiga, presidente da Junta de Caldelas, o Engenheiro responsável pela obra

em curso e técnicos da Câmara Municipal de Guimarães que acabaram por decidir proceder primeiro às necessárias obras de captação de águas pluviais na Rua de Santa Marta (desde o cruzamento da Cutipol até ao cruzamento do cemitério), com construção de sarjetas dos dois lados da rua e de um novo ramal, que atravessará a estrada, com recepção na rua de S. Tomé e consequente ligação a uma ribeira que passa nas proximidades. Só após esta intervenção se procederá à colocação do novo piso naquela artéria.

De 4 em 4 anos é uma constante: presidentes de junta em funções eleitos por um partido a anunciarem que vão concorrer por outro. A constante é que os presidentes de junta mudam-se, não para qualquer partido, mas para o partido que domina a Câmara Municipal. No concelho de Guimarães, o PCP tem sido a maior vitima na “dança” de presidentes. Agora, acontece com presidentes de junta eleitos pelo PSD. Deverá colocar-se a questão: porquê? Sabe-se que a mudança de partido pelo candidato não é gratuita. Se a compensação for institucional, menos mal; se for pessoal, é muito mau. Sabe-se que a componente de benefício institucional arrasta benefícios pessoais: veja-se, a título de exemplo, o presidente da junta de Moreira de Cónegos, que se mudou para o PS, e foi-lhe dado emprego pago pelos dinheiros públicos. Por um lado, essa “dança” é a prova pública de que as obras a realizar nas freguesias são competência e responsabilidade das Câmaras Municipais. Serve ainda para demonstrar que, se a “dança” de candidatos for por causa das “obras”, as mesmas não estão feitas ou não se pensam fazer em função de critérios puramente partidários; A “dança” de presidentes tem essa base. Agora que o presidente é da nossa cor partidária, vai-se fazer. Diz o povo, os acríticos, que se o presidente da junta for da mesma cor política da câmara, as obras necessárias – e só essas é que têm lugar no espaço público – fazem-se; de outra forma não se fazem. E o povo afirma isto com uma inocência salazarenta cujo bafio tresanda. E o pior é que esta falsa ideia, anti democrática na génese e nas consequências, violadora da autonomia das duas entidades – freguesia e município – é alimentada, com bolos, circo e empregos pelo PS e pela prática do município. O povo não pode assistir a este espetáculo violador dos direitos das populações, das freguesias, dos lugares, das ruas, às vezes, dos mais básicos direitos – limpeza, saneamento, circulação viária – de uma forma impávida e conformada. Uma câmara que não faz, e pode; não porque as obras, as intervenções não sejam necessárias, mas para “castigar” o presidente de junta que foi eleito por outro partido, comete um crime contra o estado de direito, contra as necessidades das populações, deve ser penalizada, na denúncia, na pressão e, principalmente nas urnas. O povo deve saber disso e estar atento. Essa pessoa, esse partido, essas candidaturas devem ser punidas porque são desonestas politicamente e não esperem que o sejam a outro nível. Com a desonestidade não existe tolerância. Assim, adia-se o presente e o futuro por causa de motivações inconfessáveis de autênticas seitas partidárias que pululam a pretexto de serviço público.


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Fevereiro de 2017

#248

ATUALIDADE

Capela de Santa Maria Madalena classificada como Monumento Nacional PAULO DUMAS

O primeiro decreto do ano veio atribuir mais um monumento nacional ao concelho de Guimarães. Texto Paulo Dumas

A notícia veio oficialmente publicada no primeiro Diário da República do ano - o primeiro Decreto de 2017 classifica o Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra como Monumento Nacional. O processo já corria na Direção Geral do Património Cultural e na Direcção Regional de Cultura do Norte pelo menos desde Outubro de 2013. A Capela de Santa Maria Madalena encontra-se situada num eixo montanhoso pontilhado por outros santuários de grande importância. Ali perto situa-se está a Santa Marta do Leão e numa cota superior a Santa Marta das Cortiças. O Santuário e a sua área envolvente ficam localizados no concelho de Guimarães, embora sejam evidentes as sua relações com Braga, desde logo pelo magnífico escadório que se abre para a cidade. O Santuário foi erigido no século XVI, tendo depois sido reconfigurado. Na

sua origem esteve um nicho erigido ainda no século XV a Santa Maria Madalena, a Penitente, sensivelmente onde passa ainda o Caminho de Santiago. A localização é, há muito procurada, desde que o local era procurado por pessoas a quem eram recomendados os ares sadios da montanha. Por ali terão passado Franciscanos, Carmelitas e Beneditinos. Com referências desde altura da viragem de era, a origem do topónimo da cidade de Braga terá ali a sua origem, segundo Egídio Guimarães. A Capela foi inaugurada em Junho de 1755, havendo registo de várias intervenções antes e depois dessa data. A reconstrução da Capela é atribuído ao arquitecto André Soares, embora não haja evidências claras da sua autoria na planta do edifício. Já quanto à fachada e ao escadório, com construção posterior à da capela, os historiadores não têm

dúvidas de que se trata de uma obra de André Soares, que, curiosamente, foi aceite como confrade da Irmandade de Santa Maria Madalena da Falperra em 1755. Francisco Oliveira, 60 anos, é cuidador do Santuário de Santa Maria Madalena há 27. Enquanto nos mostra os recantos menos visíveis da capela, aponta para a imagem de Cristo crucificado e conta-nos que foi nela que o escritor Antero de Figueiredo se inspirou para escrever “O Último Olhar de Jesus”, publicado em 1928. “Normalmente, a imagens de Cristo mostram-nos com o rosto caído, depois de morto. Esta é uma imagem de Cristo ainda vivo, quando Jesus lança o olhar em direcção ao céu e lança um último desabafo a Deus, seu Pai - explica-nos Francisco Oliveira, enquanto nos mostra a sacristia e o andor que servia de base à imagem de Maria Madalena nas procissões. Aquele sítio é visitado por muita gente, que vai em direcção ao Sameiro e ao Bom Jesus. Com a

classificação, é provavel que a exposição e a afluência ao santuário venha a aumentar. Isilda Silva, presidente da Junta de Freguesia de Longos recebeu com surpresa a notícia da classificação do santuário. A autarca diz não ter acompanhada o processo de classificação - “recebemos a notícia através de uma informação escrita do vereador José Bastos. A Junta de Freguesia não teve participação no processo de classificação”, disse Isislda Silva, à margem da sessão de apresentação do Plano Intermunicipal de Salvaguarda dos Sacro Montes (ver página seguinte). Contudo, Isilda Silva garante que, em Longos, a notícia foi recebida com grande satisfação, pelo reconhecimento do património da freguesia. A presidente da junta espera que, com a classificação do sítio, que pertence à freguesia de Longos, o monumento receba maiores atenções. Na mesma altura, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães anunciou que irá preparar uma inter-

venção no edifício da capela, assim como em todo o espaço envolvente. Por parte da Irmandade de Santa Maria Madalena a notícia foi recebida com redobrada satisfação. A esta entidade, fundada em 1635, cabe toda a gestão da estância. A classificação engloba, além do templo da Capela de Santa Maria Madalena, o escadório que lhe dá acesso e ainda a pequena capela que existe no sopé da alameda, onde está a imagem de Santa Maria Madalena, a Penitente. Também um cruzeiro ali existente está classificado ao abrigo do decreto do Ministério da Cultura, de 2 Janeiro. Para Miguel Santos, que lidera a Irmandade, tanto a classificação como o plano intermunicipal irão agilizar a necessária intervenção que já estava a ser preparada para o local. Por altura da romaria, milhares de pessoas passam pelo local, sendo necessário melhorar as condições para as receber. Com o compromisso dos presidentes de câmara o projecto deverá definitivamente sair do papel.


Fevereiro de 2017

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#248

Braga e Guimarães pioneiros no lançamento de programa intermunicipal PAULO DUMAS

Texto Paulo Dumas

Os municípios de Braga e de Guimarães anunciaram que vão trabalhar em conjunto toda a paisagem comum, de que faz parte a linha administrativa que distingue os dois concelhos. A ideia passa por aproveitar preocupações comuns existentes em ambos os concelhos e, de forma integrada, tratar a paisagem e valorizar todos os templos existentes no eixo entre o Bom Jesus do Monte e a Santa Marta das Cortiças, incluindo as citânias de Briteiros e Sabroso. O Plano Intermunicipal de Salvaguarda dos Sacro Montes surge enquadrado no nova lei de bases do ordenamento do território e do urbanismo com a justificação de que “a boa gestão do território não se compadece com limites administrativos sem expressão física” - lê-se do documento de apresentação do programa. Ao todo, serão seis marcos que surgem numa paisagem que é comum aos dois municípios, abrangendo uma área total de cerca PUBLICIDADE

de 2500 hectares. Surgindo com o enquadramento da Lei de Bases do Território, publicada em 2015, o programa intermunicipal surge como forma de articular um conjunto de desideratos que cada um dos municípios tem desenvolvido - por exemplo a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia ou a classificação do Bom Jesus do Monte como património cultural da humanidade, por parte de Braga. Miguel Bandeira, vereador com os pelouros do património e do ordenamento do território da Câmara Municipal de Braga, esclareceu os presentes que se deslocaram até à Capela de Santa Maria Madalena, onde decorreu o anúncio do programa, que o trabalho, pela sua dimensão e relevância regional, está a ser desenvolvido com o acompanhamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). O responsável político congratulou-se com o lançamento do programa classificando o dia como histórico. O edil bracarense, Ricardo Rio, lembrou o trabalho que tem sido

feito para contrariar a ideia de que Braga e Guimarães, concelhos vizinhos, vivem de costas voltadas um para o outro. Os dois concelhos têm muito a ganhar com o desenvolvimento de projectos comuns, defende o autarca. No que respeita ao eixo dos sacro montes, este representa um “recurso único do ponto de vista patrimonial e histórico, ambiental e paisagístico e também do ponto de vista económico”. Ricardo Rio garante que o plano intermunicipal quer ser um exemplo para ser replicado noutros pontos do país. Por seu turno, Domingos Bragança salientou também que o programa intermunicipal representa “o reforço da união de dois municípios que querem trabalhar conjuntamente” e desdobra o programa num conjunto de “projectos ambiciosos”, aproveitamento conjunto das potencialidades existentes nos dois concelhos. Bragança anunciou que deverão ser lançadas candidaturas a fundos europeus, para que se avance com um intervenção na Capela de Santa Maria Madalena e área adjacente. Anunciou ainda o traçado de uma rede de caminhos pedonais que ligarão toda a área do projecto, além de um plano de reflorestação que deverá ser desenvolvido, em parceria com os técnicos de ambos os municípios. O Plano Intermunicipal de Salvaguarda dos Sacro Montes, tido como uma experiência pioneira no país, pretende articular várias dimensões, além da paisagem e do património, a valorização da floresta e o turismo. O alinhamento montanhoso que define a fronteira administrativa entre Guimarães e Braga, ao longo do qual foram sendo erigidos vários santuários, adquiriu uma elevada importância a vários níveis, recentemente sublinhado e publicamente relembrado, com a classificação da Capela de Santa Maria Madalena.

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Das Taipas para o Mundo “Londres deve ser numa das cidades a visitar para qualquer pessoa”

JOSÉ GUIMARAES E s t á e m L o n d r e s , Re i n o U n i d o

Para esta edição não saímos das ilhas britânicas, onde já anteriormente tínhamos passado. Não se trata aqui de uma preferência nossa pelo Reino Unido, mas do constatar que este é atualmente um dos principais destinos para jovens portugueses que se aventuram pelo estrangeiro. Depois de na edição de janeiro termos parado em Oxford, local onde Manuel Marques vive, andamos cerca de uma hora de comboio com destino a Londres, onde encontramos o José Carlos Guimarães. “O meu nome é José Carlos Fernandes Ribeiro Guimarães, tenho 26 anos e moro nas Caldas das Taipas há 22 anos. Estudei na Escola Básica 2,3 e na escola Secundária das Caldas das Taipas. De seguida formei-me na Universidade do Minho, em Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Até vir para fora era atleta do Club de Ténis de Mesa das Caldas das Taipas e membro da Direção. Pertenci também ao Grupo de Jovens das Taipas”. “Neste momento encontro-me a viver em Inglaterra, mais propriamente em Londres onde faço direção de obra para a empresa para a qual trabalho, a Diviminho S.A. Estou a trabalhar numa torre de 42 andares em Stratford onde sou responsável pela segurança e por gerir uma equipa de 20 pessoas a trabalhar em gesso cartonado. Faço a requisição de materiais, lido com os fornecedores e tenho também que tomar decisões quando acontece algum problema em obra e tudo o que as obras englobam”. “Relativamente ao que mais gosto no trabalho, além da direção de obra, que sem dúvida me fascina, é a forma como eles aqui preservam a segurança dos trabalhadores. Em obra a segurança está em primeiro lugar, coisa que não acontece em Portugal”. “Quanto ao país o que mais gosto é a facilidade com que podemos chegar a qualquer lado através dos transportes públicos, a cultura e tudo o que este país tem para oferecer para se visitar. Sem dúvida que Londres deve ser numa das cidades a visitar para qualquer pessoa”. “Como é natural para quem está fora as saudades da família e dos amigos é o que mais me custa. Mas também sinto falta da comida, da calma e do sossego que é morar nas Caldas das Taipas. Sinto falta de quando ando na rua cumprimentar e conhecer alguém onde se fica sempre 5 a 10 minutos de conversa, dos jantares e das borgas com os amigos e dos domingos em família”.


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Fevereiro de 2017

#248

ATUALIDADE GCR de Barco inaugura auditório e passa a integrar rede do programa ExcentriCidade PAULO DUMAS

O Grupo Cultural e Recreativo de Barco assinalou durante o último ano os seus 40 anos de existência. O encerramento da celebração culminou com a inauguração do renovado auditório. Texto Paulo Dumas PUBLICIDADE

A altura do encerramento do programa dos 40 anos do GCR de Barco, foi a escolhida para a inauguração do renovado auditório da instituição, no seu edifício sede. José Miranda, 56 anos, é o rosto da frente da colectividade de Barco, que lidera já há 31 anos, estando agora a iniciar um novo mandato. O novo equipamento, com capacidade para 230 lugares, servirá para receber com mais dignidade as propostas culturais programadas com regularidade pela colectividade, permitindo que o público assista aos espectáculos de forma mais confortável do que antigamente. Este melhoramento permitirá que a aldeia de Barco passe a receber os espec-

táculos incluídos no ExcentriCidades - um programa de divulgação cultural desenvolvido pela Câmara Municipal no último ano e que tem levado espectáculos a vários pontos do concelho, num esforço da autarquia em descentralizar a oferta cultural no município e torná-la acessível a um maior número de pessoas. Esta aspiração esteve bem presente na intervenção de José Miranda, que aproveitou a presença do vereador responsável pela Cultura. A resposta veio logo a seguir pelo vice-presidente da Câmara Amadeu Portilha. Na cerimónia de inuaguração foi lembrado o percurso da instituição nos últimos 40 anos desde o início da

construção do edifício em 1992. A intervenção, cujo orçamento se estima em 70 mil euros, contou com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. José Miranda realçou ainda os muitos apoios beneméritos que foram chegando, para que a obra se tornasse realidade. O anúncio de que o ExcentriCidade chegará a Barco ainda este ano foi anunciado pelo vice-presidente Amadeu Portilha, que salientou a preseverança da direcção do GCR de Barco em querer fazer acontecer. A notícia foi recebida com surpresa e mereceu um forte aplauso da assistência que enchia por completo o recém-inaugurado auditório.


Fevereiro de 2017

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#248

Órgãos Sociais do Centro Sócio Cultural de Sande S. Clemente tomaram posse

Freguesia de Longos já tem Brigada Verde MAS

MAS

Texto Manuel Silva

Conceição Marques foi reconduzida na presidência da Direção do Centro Sócio Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente. No passado dia 14 de Janeiro, os elementos que constituem os órgãos sociais da instituição, tomaram posse. Texto Manuel Silva Em resultado do ato eleitoral que se realizou a 18 de Dezembro e em que se apresentaram duas listas a votação, Conceição Marques foi reconduzida no cargo que tem vindo a desempenhar desde a fundação da associação. A sua lista (B) recolheu 71 votos dos 127 votantes sendo que, a lista derrotada (A), obteve um resultado de 56 votos. Nestas eleições, muito disputadas, apenas não votaram 3 associados dos 130 que estavam habilitados para o fazer. A cerimónia de Tomada de Posse realizou-se no passado dia 14 de Janeiro e, para além dos eleitos, contou com a presença de Rui Barreira, à data, Diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Braga e de André Coelho Lima. PUBLICIDADE

Dirigindo-se aos associados, Conceição Marques, teceu algumas críticas à forma como o trabalho da sua Direção foi “atacado” no período que antecedeu o ato eleitoral e garantiu que a sua Direção continuará a trabalhar e a dar o seu melhor pela instituição. “Fomos em plena campanha eleitoral criticados por pouco ou nada fazer na área cultural e Desportiva. Têm razão. Mas o que foi feito, foi que um pequeno grupo de sócios, liderado por um membro da Direção, quiseram fazer. Tiveram plena liberdade durante vários anos de fazer o seu melhor. Geriram este edifício (sede social) sem nunca apresentarem planos de atividades e mapa de contas”, disse Conceição Marques, a este propósito, na sua

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intervenção. Na área cultural, Conceição Marques propõe-se a “rentabilizar (…) o esforço que a Câmara Municipal de Guimarães está a fazer com o Programa Excentricidade, que tem lugar no Auditório dos Bombeiros, nos 1ºs sábados de cada mês e que se destinam a toda a população das freguesias da área envolvente das Taipas”. Na vertente desportiva, a Direção agora reconduzida para mais quatro anos de mandato, pretende dar continuidade ao aluguer das suas instalações desportivas – “uma forma de angariarmos receita para investir na prática do futebol infantil” – e implementar outras atividades como a Yoga, Pilates, Aeróbica, Zumba e Danças Sociais.

Com “Guimarães Mais Verde” no horizonte, a Comunidade Escolar de Longos constituiu a Brigada Verde local que, a par das que se têm vindo a criar por todo o concelho de Guimarães, terá por missão a defesa do ambiente. Isilda Silva, presidente da Junta de Longos, promoveu a realização de uma cerimónia, nas instalações da Escola Básica do 1º Ciclo daquela freguesia, que foi presidida por Domingos Bragança, presidente da edilidade vimaranense. A sessão, que serviu para assinalar a criação da referida Brigada Verde, contou também com a presença de Adelina Paula Pinto, Vereadora da Educação, Mário Rodrigues, Diretor do Agrupamento de Escolas das Taipas, e Felicidade Gomes, em representação dos Bombeiros Voluntários das Taipas. O hino da Brigada Verde de Longos, da autoria do professor José Maria Gomes, do Agrupamento de Escolas das Taipas, foi o mote para a abordagem aos quatro elementos da natureza que norteiam este projeto local: a Água, pela leitura de um poema, a Terra, através de um teatro de fantoche, o Fogo, com uma

intervenção de índole pedagógica de Felicidade Gomes, em representação dos Bombeiros das Taipas, e o Ar, com uma demonstração de aves de rapina, proporcionada por Hélder Fernandes, da Clínica Veterinária das Taipas, onde, para além das respostas às questões colocadas, houve direito a assistir a uma exibição de voo livre de uma águia. Sem dúvida, o momento alto desta iniciativa, a deixar entusiasmadíssimas as dezenas de crianças (e não só) que assistiram a este momento. “O futuro começa na escola e defender a natureza é proteger o bem comum, porque quem gosta, cuida”, referiu Domingos Bragança, numa curta intervenção dirigida a todos os presentes. A constituição de Brigadas Verdes no concelho de Guimarães, proposta lançada pelo Presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, no âmbito do programa “Guimarães Mais Verde”, desenvolvido ao abrigo da candidatura a Capital Verde Europeia 2020, tem por objetivo desafiar os vimaranenses e as suas instituições a comprometerem-se com o projeto de construir um Município mais sustentável, protegendo a natureza e respeitando o ambiente.


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Fevereiro de 2017

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ATUALIDADE Conhecidos os vencedores do concurso de fotografia de Natal lançado pelo Reflexo ANA MOTA

ARADCAS apresenta programa de actividades anual No final de Janeiro, no almoço convívio do Dia de Reis, a ARADCAS - Associação dos Amigos de Sande São Martinho apresentou o plano de actividades para 2017. A programação terá inicío já no próximo dia 18 de Fevereiro com a realização de um

No mês de Dezembro lançamos um desafio aos nossos leitores, para que fotografassem os seus presépios, os pinheiros ou os seus enfeites de Natal. Depois, apenas teriam que as partilhar na nossa página do Facebook, para que outros leitores pudessem apreciar e votar nas imagens que mais gostassem. Nessa altura, estabelecemos que a melhor foto, escolhida pela redação do Reflexo, mereceria uma reprodução nas páginas do jornal. Já a foto mais popular, ou seja, a que conseguisse somar mais “gostos”, partilhas e comentários, valeria ao seu autor uma assinatura anual do jornal Reflexo. Assim, a fotografia que mais se destacou no nosso mural de Facebook foi a publicada pela Ana Mota, no dia 21 de Dezembro. Gostamos muito das cores,

da disposição dos objetos e da composição que resultou de tudo isto. Por isso, os nossos parabéns à nossa querida leitora Ana Mota. Aqui fica a reprodução da fotografia. Vamos ainda dar um bónus - se pretender um reprodução em papel para encaixilhar, só tem que nos contactar e termos todo o gosto em oferecê-la. Quanto à categoria da fotografia mais popular, contas feitas chegamos à fotografia vencedora, da autoria do nosso caro António Lima Pereira, publicada no dia 26 de Dezembro, que juntou um total de 42 interações (ou seja, somatório de “gostos”, partilhas e comentários). Assim, o António Lima Pereira ganhou uma assinatura do jornal para um ano. Parabéns aos vencedores! Além destes houve outros participantes, não conseguiram atingir os requi-

sitos necessários, mas de quem as fotografias eram também muito natalícias. Como não foram muitos, podemos agradecer individualmente - obrigado António Joaquim Oliveira, e obrigado também ao Adão Machado, que nos deu a ideia de lançar este passatempo de Natal. Por certo que para o ano voltaremos com um concurso mais animado, com excelentes fotos, que ilustrarão não só o Natal da casa de um e de cada família, mas também alegria contagiante daquela quadra. Ainda durante o ano lançaremos outros concursos do género, com recurso a uma conta de Instagram que criamos. Fiquem atentos, o primeiro desafio será por altura do Carnaval e outro que estamos a preparar será para as Festas da Vila e de S. Pedro. Boas fotos.

jantar de Dia dos Namorados, que incluirá uma Noite de Fados. Ainda em Fevereiro está previsto um almoço convívio de Carnaval. O programa de actividades estende-se até Setembro e inclui vários passeios como ao Alto Barroso, à Serra da

Estrela, à região do Douro e a Fátima. O programa de actividades anual será marcado com uma festa de aniversário da ARADCAS. O programa detalhado e as actividades detalhadas poderão ser seguidas no site ou na página de Facebook da associação.

Saneamento básico para a Rua da Quintã e Rua da Quintã de Cima O próximo mês de Março pode assinalar o início das obras de instalação da rede de saneamento de águas residuais nas ruas da Quintã e da Quintã de Cima, numa extensão de perto de 800 metros. PUBLICIDADE

A Junta de Freguesia de Caldelas foi informada, pela Vimágua, nos primeiros dias de Janeiro do corrente ano, de que o assunto se encontrava em fase de contratação do concurso público, cujo valor

do preço base do procedimento foi estabelecido em 70.550 euros. As obras estão previstas iniciar em Março e o prazo de execução deverá rondar os noventa dias.


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GUIdance, onde os nomes consagrados e emergentes se juntam DANNY WILLEMS

Serão quase uma dezena de espetáculos distribuídos por sete dias, em duas semanas. Meia dúzia serão estreias. Estão são os números do GUIdance de 2017. Texto Catarina Castro Abreu É já esta quinta-feira, 02, que começa o GUIdance, Festival de Dança Contemporânea de Guimarães. Este ano, a 7.ª edição do evento apresenta nove espetáculos, entre os quais duas estreias absolutas e quatro estreias nacionais. À semelhança dos anos anteriores, os espetáculos desdobram-se entre o Centro Cultural Vila Flor e a Plataforma das Artes e da Criatividade. A edição deste ano do GUIdance apresenta no seu programa dois momentos de formação únicos: as masterclasses ministradas por Russell Maliphant e por Nuhacet Guerra, da Companhia Ultima Vez de Wim Vandekeybus. Rui Torrinha, diretor artístico do Festival de Dança Contemporânea GUIdance, descreve a programação deste ano dizendo que se trata de uma “construção para o próprio público fazer o percurso dentro do festival”. “Obviamente que se falarmos dos

nomes mais consagrados, o festival abre e fecha com dois coreógrafos absolutamente incontornáveis na cena da dança contemporânea a nível internacional e com uma longevidade de carreira enorme”. Russell Maliphant, com 20 anos, abre com “Conceal | Reveal”, esta quinta-feira, 02. O espetáculo foi especialmente concebido para celebrar a colaboração de duas décadas entre o conceituado coreógrafo Russell Maliphant e o pioneiro designer de luz Michael Hulls, que juntos têm criado uma linguagem única entre luz e movimento. O GUIdance fecha a 11 de fereiro com a estreia nacional de “Speak low if you speak love”, de Wim Vandekeybus, que lidera uma companhia com 30 anos. Trata-se de uma peça que reafirma a relação de grande cumplicidade entre o coreógrafo belga e o músico Mauro Pawlowski, com quem criou

“nieuwZwart” em 2009. Desta vez, histórias clássicas servem de inspiração para as músicas escritas por Pawlowski e interpretadas pela carismática cantora sul-africana Tuto Puoane. Destaque ainda para Tânia Carvalho, “uma coreógrafa que tem estado em permanente contacto com Guimarães”, que traz uma estreia (o solo “Captado pela Intuição”, no sábado, 04, pelas 21h30) e a remontagem de uma das suas peças icónicas em quinteto (“De Mim Não Posso Fugir, Paciência!”, a 08 de fevereiro, pelas 21h30). O GUIdance, que percorre a Black Box da Plataforma das Artes e o Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, tem uma série de “subcamadas que importa descobrir”, sublinha Rui Torrinha. “O festival este ano assenta na ideia da autoria. Quisemos mostrar os vários processos de criação entre

aqueles que estão assentes numa só mente, mais solitários, ou assentes coletivo, em co-autoria”, diz. “Autointitulado”, a nova criação de João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux, estará em palco no Pequeno Auditório do CCVF esta sexta-feira, 03. A Black Box da Plataforma das Artes recebe “Adorabilis”, uma estreia nacional de Jonas & Lander, no sábado, 04, às 18h30. “A Tundra”, de Luís Guerra, é o destaque do dia 09, no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor. Jefta van Dinther e Thiago Granato fazem a estreia nacional de “This is Concrete” no Pequeno Auditório do CCVF, no dia 10, pelas 21h30. “A Importância de Ser (Des) necessário” é uma estreia absoluta, de Ana Jezabel e António Torres, que sobe ao palco da Black Box da Plataforma das Artes, no sábado, 11, pelas 18h30. Além dos nomes consagrados da cena contemporânea nacional e internacional, o festival “continua a ter importância de propor nomes emergentes”. Interessante é também

o crescimento do evento em termos de público. O responsável assinala que “tem havido o cuidado de ir descobrindo uma configuração para formar o público do GUIdance”. “Temos uma série de iniciativas paralelas em que público e artistas são colocados em contacto, com conversas e um meeting point”, revela. A aposta do GUIdance vai também para a formação, com masterclasses e sessões para as escolas, através do serviço educativo. “Trata-se de investir no conhecimento que fica no território, por isso, vemos que a dança vem ocupando um espaço cada vez maior no interesse do público”, pontua, reconhecendo que o festival é “um acontecimento que marca o calendário de inverno”. Enfatizando o facto de o festival ser pensado “como um palco para estreias, o que é extremamente atractivo para público, programadores e jornalistas”, Rui Torrinha termina dizendo que o GUIdance é “um evento cada vez mais marcante a nível internacional”.


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Alunos a ler Raul Brandão: eis o maior ganho do Festival Húmus Pinto anuncia a intenção de mudar o nome da Escola da Arrau, naquela freguesia, para Escola Raul Brandão. Este ano ainda não será possível lançar um Concurso Literário, mas a ideia será concretizada nas futuras edições do Húmus. “Queremos fazer do Húmus um evento âncora que alcance o mesmo estatuto que tem o GUIdance ou o Guimarães Jazz”, termina a responsável. “Não são só vitórias”

O Festival Literário Húmus, que decorre desde março do ano passado sob a égide de Raul Brandão, conhece daqui a pouco mais de um mês (entre 08 e 12 de março) o seu ponto alto. Texto Catarina Castro Abreu

Com a realização da mostra integral da obra dramatúrgica de Raul Brandão, uma feira do livro, a estreia de um filme sobre o escritor, da autoria de Rodrigo Areias, e uma série de conferências envolvendo académicos e escritores será feito o culminar de um ano de programação do Húmus - Festival Literário. O evento será coroado com uma conversa entre Francisco José Viegas, curador do festival, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Para Adelina Paula Pinto, vereadora municipal responsável pelo evento, “a iniciativa tem corrido muito bem junto da comunidade escolar e das bibliotecas” e, por isso, tem “a certeza de que todos os alunos das escolas hoje sabem quem PUBLICIDADE

é o Raul Brandão, o que é um ganho absolutamente significativo”. Ao Reflexo dá alguns exemplos desta adesão da comunidade ao escritor: está a decorrer uma ação de formação com professores bibliotecários de textos à volta de Raul Brandão e a Câmara Municipal comprou livros do autor para as escolas. “Há uma escola nas Taipas que lançou um desafio aos pais no sentido de colocarem uma frase de Raul Brandão nos seus murais do Facebook uma vez por dia”, exemplifica. No início do ano, foi distribuída aos alunos dos 3.º, 4.º, 5.º e 6.º anos a agenda do “Brandinho” e “tem sido um sucesso”, garante, sublinhando que “os estudantes a usam bastante, incentivando o planeamento do estudo, a leitura e a escrita

criativa”. Na calha, estão também várias publicações: “O Senhor da Casa do Alto”, um livro infantil escrito pelo vimaranense Carlos Poças Falcão, com ilustrações de Mafalda Neves, será lançado a 09 de março. Durante o ano de 2017, numa parceria entre a Câmara Municipal e a editora Opera Omnia, vai ser editada uma biografia de Raul Brandão, direcionada aos alunos do 2.º ciclo. Entretanto, professor Amaro das Neves está a fazer um trabalho sobre Raul Brandão em Guimarães, que também vai ser vertido em livro. “Republicar o ‘Húmus’, em parceria com a Quetzal, e talvez o ‘Memórias’”, são outros dos planos do Festival, que tem tido uma consequência positiva: “na Biblioteca

Raul Brandão, os livros têm sido muito requisitados depois de terem estado esquecidos”. Teatro e Escola Raul Brandão

Toda a obra dramatúrgica de Raul Brandão será apresentado por grupos de teatro de amadores do concelho, pelos alunos do curso de teatro da Universidade do Minho e os frequentadores das oficinas de teatro da Oficina (OTO’s). São 13 grupos ao todo, sendo que metade deles vêm de fora da sede de concelho, como é o caso da ATRAMA, das Taipas. Reconhecendo o problema de não existir uma Casa Raul Brandão – a Casa do Alto, em Nespereira, é habitada por um sobrinho-neto do autor e num local ermo –, Adelina Paula

Adelina Paula Pinto diz que “a parte menos conseguida é o público”. “Temos tido escritores, através dos quais queríamos espalhar a semente da promoção da leitura e da reflexão. Nisso tivemos menos sorte”, diz a vereadora, para quem “não há uma tradição na cidade para este tipo de eventos”. Aponta ainda a baixa escolarização da população adulta – “42% da população entre os 19 e 24 anos, em 2011, não tinham o ensino secundário”, o que faz de “Guimarães o concelho do norte do país com a maior população adulta sem o ensino secundário” – como factor para a fraca adesão a iniciativas como o Escritor no Concelho, que uma vez por mês trouxe autores a Guimarães para falar sobre literatura. Sobre a parceria com a Booktailors, promotora de eventos literários à qual foi feita um ajuste direto de 74 mil euros, no ano passado, para dinamizar o Húmus, a vereadora informa que “estas empresas têm um papel muito importante pela proximidade e pelo facto de apresentarem ideias, na medida em que a Câmara tem mais dificuldade em cruzar escritores”. “Tudo é discutido, não é um pacote fechado. Tudo é discutido connosco e há várias propostas que desmontamos. O que a Booktailors nos traz é trabalho já previamente montado, as articulações com escritores e outros festivais, como o Correntes d’Escrita”, esclarece.


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ATRAMA participa na integral de Raul Brandão DR

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OUVIR

Captain Boy 1

Captain Boy lançou em janeiro o seu primeiro longa duração, depois de, em 2015, se ter estreado com um EP digital. O músico vimaranense Pedro Ribeiro faz parte da cena de novos projetos vimaranenses que estão a projetar a cidade, também através da arte

e em particular da música. A voz de Captain Boy serve na perfeição as narrativas de personagens errantes, sempre com figurantes que nos recordamos de apanhar na litaretura. Meia hora é suficiente para que nada fique por contar.

Texto Paulo Dumas

LER

1984 George Orwell Ed. Antígona, 2007 324 páginas

Texto Catarina Castro Abreu

ATRAMA, grupo de teatro de amadores das Taipas, é um dos “convocados” para a mostra integral da obra dramatúrgica de Raul Brandão e vai interpretar a peça “O Maior Castigo”, a 10 de março. A iniciativa integra o Festival Literário Húmus, que decorre há cerca de um ano em Guimarães. Esta é uma das iniciativas âncora de um ano de teatro, apresentado na sexta-feira passada pelo novo director artístico do Teatro Oficina, João Pedro Vaz. O pretende assumir uma nova postura perante o teatro em Guimarães, ao unir todos os profissionais e amadores que gravitam à volta deste género literário. Exemplo disso, é a Festa de Teatro Raul Brandão, que vai assinalar os 150 anos do escritor, que tinha em Guimarães, mais concretamente em Nespereira, terra firme para se dedicar aos livros. Todo o teatro de Raul Brandão será apresentado por grupos de tea-

tro de amadores do concelho, pelos alunos do curso de teatro da Universidade do Minho e os frequentadores das oficinas de teatro da Oficina (OTO’s). São 13 grupos ao todo, sendo que metade deles vêm de fora da sede de concelho, como é o caso da ATRAMA. Doze peças de teatro, uma sessão de cinema e uma conversa entre Francisco José Viegas (que tem vindo a coordenar o Festival Literário Húmus) e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, compõem um cartaz de eventos que decorrem de 08 a 12 de março. Gangue de Guimarães, Festivais Gil Vicente e Máscaras

Outra iniciativa âncora incontornável são os Festivais Gil Vicente. Ocasião para unir o Gangue de Guimarães: uma espécie de base de dados que vai reunir todos os profissionais de teatro com ligação à cidade-berço. A convocatória termina a 31 de janeiro e estarão em residência artística, no Centro

de Criação de Candoso, entre 29 de maio e 10 junho, precisamente durante os festivais. Outra novidade deste ano será a nova criação “Álbum de Família”, inspirada na colecção de Fotografia d’A Muralha – Associação de Guimarães para a Defesa do Património, que será interpretada pelos alunos das OTO’s. A performance terá lugar na Casa da Memória (CdM). Adensa-se a malha que une as infra-estruturas culturais em Guimarães, neste caso entre o Teatro Oficina e a CdM. O mesmo acontecerá com o Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG). É daqui que parte o “Auto das Máscaras”, colecção exposta no CIAJG, que versará sobre os rituais passagem. Acontece nos dias 28 e 29 de outubro, na Plataforma das Artes, e conta com a participação do grupo Outra Voz. E porque é de “rituais de passagem” que se fala serão convocadas as Nicolinas para também inspirar a criação.

Em Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, originalmente publicado em 1949, George Orwell tentou, tal como o próprio referiu, parodiar as “implicações intelectuais do totalitarismo”. Para tal, o escritor britânico desenhou uma sociedade distópica, oferecendo-nos um retrato

brutal das relações entre um Estado totalitário e os cidadãos que estão sob o seu jugo. Em permanente estado de guerra e dominado por um só partido, o regime do Grande Irmão é um regime no qual a liberdade individual não existe e os factos são distorcidos.

Texto Vítor Neves Fernandes

saiba mais sobre estas sugestões em www.reflexodigital.com

Rally vale 50 milhões para municípios do Norte O estudo de impacto económico do WRC Vodafone Rally de Portugal, apresentado esta terça-feira, revela um retorno total de 129,3 milhões de euros no ano passado para o nosso país. O documento detalha que, a nível local, os 13 municípios envolvidos na organização garantiram no conjunto um impacto agregado na ordem dos 49,2 milhões de euros. Ou seja, cada um dos municípios, entre os quais se encontra Guimarães, terá assegurado um retorno económico direto que oscila entre os 413 mil e os 10,1 milhões de

euros. Esse valor varia com a inerente variabilidade pela dimensão relativa de cada município e grau de envolvimento com o Rally. Para este retorno económico contribuem os gastos das equipas e dos adeptos (cerca de 1 milhão de assistências), com destaque para os setores da alimentação e bebidas, transportes internos e alojamento. Recorde-se que na edição de 2017 do Rally de Portugal, que se vai disputar entre 19 e 21 de maio, o primeiro dia a prova mantém-se entre Guimarães e Lousada.


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ATUALIDADE Poiares Maduro e Francisco Assis refletiram sobre desafios da Europa

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Multinacional brasileira vai instalar-se no Avepark e criar 70 postos de trabalho Uma empresa brasileira, dedicada ao aproveitamento do coco, vai investir 15 milhões de euros e criar 70 postos de trabalho no Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães. A COPRA, que no continente europeu é representada pelo grupo ACR - Europa, pretende estar pronta a funcionar em finais do mês de julho. “Trata-se de uma empresa de produtos de cosmética, limpeza, agricultura, entre outras finalidades, esclareceu Ricardo Costa,

Miguel Poiares Maduro foi o primeiro dos dois palestrantes do ciclo de conferências organizado pela Assembleia de Guimarães

A Assembleia de Guimarães está a levar a cabo os Colóquios para a Cidade e as reflexões têm-se feito sobre os desafios que se colocam à Europa. Texto Catarina Castro Abreu No mês de janeiro, foi a vez de Miguel Poiares Maduro (dia 20) e de Francisco Assis (dia 27) mostrarem preocupação quanto ao projeto europeu enfrenta sérios problemas se não se mudar as políticas de coesão. Para o eurodeputado socialista Francisco Assis, “a Europa reage mal [às crises] e demora muito tempo a fazê-lo”, notando que “desde 2008 que o desconforto se tem vindo a agravar”. Apontou três grandes problemas à Europa: “o mau relacionamento com os principais vizinhos”, “dificuldades nas fronteiras, sobretudo no que diz respeito aos refugiados”, e a “eleição de Trump”, a quem apelidou de “louco perigoso”. Tendo a noção de que “a Europa como está, está a definhar”, o eurodeputado alerta para o facto de bastar “um pequeno abanão para que desapareça”. Projetou ainda que “quem manPUBLICIDADE

da na política de defesa é a França e, em contrapartida, a Alemanha lidera a política económica, o que quer dizer que as políticas europeias de rigor orçamental não vão mudar”. Prevê uma grande distinção entre aquilo que considera ser o “núcleo duro da Europa”, no qual, defende, “Portugal deve estar presente por uma questão politica, economia e cultural”. Foi com o mesmo tom pessimista que Miguel Poiares Maduro falou do futuro da Europa. Para o professor universitário e ex-ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, “a crise na Europa é uma crise da democracia” porque “ainda não há resposta para os movimentos antagónicos”. “Verificou-se durante 15 anos uma forte convergência entre Portugal e a União Europeia, que durou até 1998. A partir dos anos 2000,

devido à incapacidade de nos tornarmos mais competitivos, em que não se podia desvalorizar a moeda, o país voltou a divergir da Europa”, lembrou Poiares Maduro, para quem “a população tem perdido a ambição de que, com a adesão à Europa, nos aproximaríamos a um estilo de vida mais desenvolvido”. “Deprime-me muito esta postura”, resume. O ex-ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, que tutelou a pasta da comunicação social entre 2013 e 2015, referiu que o Tratado de Roma, que deu origem à União Europeia, faz 60 anos. “É o momento de reflectir sobre o projeto europeu”, dizendo que a sua ineficácia reside no facto de “a política da UE é determinada pelos interesses políticos internos de cada país, o que torna impossível conciliar as diferentes vontades democráticas”.

vereador do Desenvolvimento Económico, que adianta ainda que o projeto tem a aprovação e o apoio de fundos europeus no âmbito do programa Portugal 2020. O responsável político sublinhou ainda que o AvePark tem em funcionamento cerca de 40 empresas de base tecnológica e faz parte da rede de parques tecnológicos nacionais, estando neste momento sob gestão da Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães.

Guimarães regista menos 1.787 desempregados no espaço de um ano O IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional publicou, nos últimos dias de Janeiro, os dados referentes ao número de desempregados inscritos no final de 2016. Guimarães tinha, em Dezembro, 7.961 desempregados inscritos, menos 1.787 do que os 9.784 registados um ano antes. A diminuição em percentagem foi de 18%, mas comparada com uma descida mais acentuada em Famalicão (19%), Barcelos (20%) e Braga (21%). Em termos absolutos – e ainda comparando com os municípios do quadrilátero – Braga tem o maior número de desempregados inscritos (8.852), seguido de Guimarães (7.961), Famalicão (5.523) e Barcelos (3.563). Uma análise mais fina à situação

do concelho de Guimarães, permite verificar que estavam inscritas mais mulheres (4.271) do que homens (3.744) e que uma grande maioria estava à procura de um novo emprego (7.140), em contraponto com os que procuravam o primeiro emprego (821). Em relação aos escalões etários – e seguindo uma tendência nacional – o grupo com mais inscritos é dos 35 aos 54 anos. Já na análise aos níveis de escolaridade dos inscritos, constata-se que os desempregados têm sobretudo habilitações ao nível do primeiro ciclo do ensino básico. Este dado foge à regra nacional e dos restantes concelhos do quadrilátero que registam o maior número de desempregados com habilitações ao nível do ensino secundário.


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ATUALIDADE Autarquia tem um ano para mudar política de transportes

Ideias para o concelho vão a concurso

DR

Texto Catarina Castro Abreu

Texto Catarina Castro Abreu

O assunto surgiu na última reunião de Câmara, a 19 de janeiro, e num ponto CDU e Coligação Juntos por Guimarães concordam: é necessário atribuir uma parte do parte do orçamento municipal aos transportes públicos, se se quiser fazer chegar os autocarros às freguesias mais afastadas do centro da cidade. “É preciso investir e cobrir o défice de exploração”, apelou Monteiro de Castro, do CDS. Para Torcato Ribeiro, vereador da CDU, “a explicação do vereador responsável [de que a Câmara está vinculada a contratos de concessão e que a aprovação das linhas, até agora, estavam dependentes do Instituto da Mobilidade e dos Transportes] peca porque confina-se àquilo que existe, impedindo que se pense numa solução diferente”. PUBLICIDADE

Amadeu Portilha explicou que “a rede concessionada de transportes públicos em Guimarães tem uma geografia muito limitada, que praticamente se limita ao centro da cidade, sobre a qual a autarquia pode intervir”. O contrato com a empresa privada responsável pelos transportes públicos, a Arriva, começou há vinte anos e foi renovada em 2012, sendo que o vínculo só termina em 2021. “O resto é uma rede interurbana de transportes que é gerida de acordo com os interesses dos operadores e que é validada pelo IMT. A Câmara não tinha nenhuma interferência nesses processos a não ser sensibilizar, dialogar, fazendo chegar queixas e reclamações”. “Mas quadro mudou”, aponta: “Hoje temos uma autoridade dos transportes, desde o dia 01 de janeiro de 2017, que tem total

legitimidade para intervir em todo o território concelhio, respeitando os contratos existente, porque não podemos anular a concessão de transurbanos”. O vereador esclareceu que será possível “definir um conjunto de linhas e frequências no território, através da autoridade municipal”. Já está aprovada a proposta de abertura de um concurso para a contratação de um técnico especialista de transportes. É uma das valências que vai suportar o trabalho que será desenvolvido durante este ano: “Primeiro vamos as linhas existentes, validadas pelo IMT, para saber se corresponde ao que é preciso no território. Depois, através das juntas de freguesia, vamos auscultar a população”, vincou. Ao longo do ano, a autarquia é que assinará contratos com as operadoras e financiar as linhas não rentáveis.

Com a criação da Autoridade Municipal dos Transportes, o vereador responsável, Amadeu Portilha, anuncia o que considera ser “uma pequena revolução” num sector que se mantém inalterado há 20 anos. “Guimarães enfrenta uma oportunidade de desenvolvimento”, perspetiva a autarquia, e, por isso, chama os vimaranenses a divulgarem as suas ideias para o concelho. A iniciativa abrange todo o concelho – cidade, vilas e freguesias – e toda a população. Está anunciado um prémio para a melhor proposta mas ainda não se sabe o montante. O presidente da Câmara, na apresentação da iniciativa, que aconteceu no passado dia 23, salientou “o sentimento de pertença” da população de Guimarães, que “permitirá uma forte adesão por parte dos munícipes” ao Concurso de Ideias. Sobre a concretização das mesmas, Domingos Bragança informou que “se a proposta vencedora puder ser encaixada no orçamento municipal”, a Câmara vai incluir essa ideia no documento. Mas se a proposta vencedora estiver fora do alcance das receitas da autarquia, o edil revela que há mecanismos de a financiar, recorrendo a fundos comunitários. Na apresentação da iniciativa lê-se que “o novo contexto de fundos comunitários e outros apoios financeiros, quer ainda da entrada em vigor da revisão

do plano director municipal e do desígnio da Capital Verde Europeia, reconhece-se que Guimarães enfrenta um oportunidade de desenvolvimento de um novo ciclo de investimento e qualificação do território”. Filipe Fontes, arquiteto da autarquia, vincou que “o concurso de ideias é para todo o concelho – centro da cidade, vilas e freguesias – e podem ser propostas por toda a população”. Os interessados podem entregar as suas propostas em formato digital ou em papel e o concurso de ideias está alargado a toda a população, entidades, empresas naturais e/ou sedeadas em Guimarães. As propostas podem ter três níveis: uma reflecção crítica, uma ideia ou uma intervenção mais concreta. As propostas serão disponibilizadas no site do município para consulta (data limite de entrega de propostas é 12 de maio) a 15 de maio de 2017. Antes disso, no próximo dia 06 de fevereiro será disponibilizado o regulamento de participação. Um júri constituído por três elementos - um gestor político, um representante técnico municipal e um representante da Universidade do Minho – avaliará todo o material entregue até 30 de junho. A 07 de julho serão publicados os resultados. Nesse mesmo mês será realizado um seminário sobre as propostas, um evento que pretende reunir vários atores locais para pensar na dinamização do concelho, e será anunciado o vencedor.


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Convívio receberá 3.500 euros que sobraram da campanha de Sampaio da Nóvoa

Caldas das Taipas: a (des)propósito do pão

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Carlos Marques

No dia 12 de novembro de 1800, a Câmara providencia sobre novo requerimento do povo acerca da carestia e abusos dos vendeiros, obrigando-as a pesarem o pão, lançando pregão desta obrigação, quer dizer, que seja divulgada esta obrigação nos lugares de estilo e nos estabelecimentos respectivos. Na madrugada do dia 18 de setembro de 1842, chove bastante, o que não acontecido há já bastante tempo, sendo este verão muito seco. Os rios levam pouca água, que até no rio Ave pouco pão se pode moer, sendo preciso andar a traz dos moleiros muito tempo para aprontar as fornadas. A seca é tão grande que faz secar muitas árvores. No dia 13 de novembro de 1852, o rio Ave cresce muito, tanto que as padeiras de Sande e das Taypas não podem passar e trazer o pão à villa de Guimarães. N’esta villa está uma companhia de annimaes raros, e entre estes, uma vaca com 6 pernas; são mostrados ao público, por $40 réis de entrada. No dia 25 de junho de 1922, no início da presente época termal é lançada a iniciativa de se organizar a assistência na nossa linda estância termal através duma Comissão, que entre outras atribuições, dispôe de tudo o que necessário seja para que nada falte ao desgraçado, o bocadinho de pão para mitigar a fome, nem o farrapo para se agasalhar. No dia 20 de janeiro de 1923, As Caldas das Taipas constitui um dos locais que maior e melhor número de visitantes atrai a Guimarães. Desta crescente frequência resulta evidentemente um constante aumento de receita Municipal. Não tem porém a Câmara de Guimarães, ou queira reconhecer, nem aproveitar as suas vantagens, dando em resultado o completo abandono da povoação, que acarreta para as Vereações censuras justificadas de todos os visitantes. É necessário que o labéu de desleixados e desinteressados pelo progresso de Caldas das Taipas não caiba a esta Vereação. Urge dar às Caldas das Taipas alguma coisa daquilo a que tem direito e há tanto tempo vem reclamando. Para isso, Abílio propõese entre variadíssimos assuntos, que também se deva melhorar o aspecto exterior do prédio do padeiro Pachás. No dia 26 de junho de 1925, Eduardo Ribeiro Borges, casado, padeiro, morador na Rua da República, da povoação de Caldas das Taipas, coloca na frente do prédio

do seu estabelecimento para venda de pão, a tabuleta “Padaria Central”. Texto Paulo Dumas

No dia 30 de maio de 1932, a Junta de Freguesia resolve, que pela passagem de data do movimento nacional do “28 de Maio”, distribuir aos pobres, pão de milho. Na noite de 9 de outubro de 1935, nas Caldas das Taipas, há uma grande sublevação do povo, tocam-se os sinos a rebate, a propósito da reprovação do Padre António José da Silva Gonçalves, chama-se em alta voz, que vá o novo parocho embora, pois quer o Reitor Domingos José Antunes Machado que já aqui está e por quem já se fez um abaixo assinado. Há alguns sapatos e tiros disparados para o ar. São requisitadas algumas praças do Posto da Guarda Nacional de Guimarães, dada a insuficiência dos das Taipas, os manifestantes protestam que jamais pagarão os direitos ao novo reitor. Às 7:30 horas da tarde, 1 sapateiro, 1 tintoreiro, 1 garfeiro, 1 alfaiate e 1 vendedeira de pão trigo, todos da freguesia de São Thomé de Caldellas, alteraram a ordem e tranquilidade pública, tocando os sinos a rebate, arrombam a portada da Igreja, partem os vidros da porta e janelas da residência parochial, injuriam, arremessam com terra, lama e pedras o Padre António José da Silva Gonçalves, e invadem a Pensão Villas, logo apoz a entrada daquelle senhor. No dia 11 de maio de 1941, inaugurada a Casa dos Pobres das Taipas, onde após o breve acto inaugural, é servida, a mais de 20 pobres, a primeira refeição da Casa dos Pobres: sôpa, arroz com carne, massa, pão e vinho. No dia 1 de Abril de 1942, começa nas Caldas das Taipas, o racionamento do pão de milho, que vai decorre normalmente, ao preço de 1$20 o quilo, sendo as respectivas senhas passadas pela Junta de Freguesia. Há quem diga e quem percebe do riscado, que os senhores padeiros o podiam vender a 1$10, visto o preço porque o milho lhes foi fornecido pela junta. Será assim? Pode ser; mas não sabe, agora ninguém se contenta com pequenos lucros. Na noite de 16 de Junho de 1960, por autorização da Junta de Turismo de Caldas das Taipas o Corpo Nacional de Escutas de Guimarães exibir no recinto de festas da piscina, o filme “Marcelino, Pão e Vinho”.

António Sampaio da Nóvoa distribuiu ontem o que sobrou do orçamento da sua campanha presidencial. Ao todo 21 instituições receberam este donativo. Em Guimarães, foi a associação Convívio a contemplada. O candidato que ameaçou uma segunda volta nas eleições presidenciais de 2016, que acabaram por dar a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu um subvenção no valor de quase 900 mil euros. Este é o valor definido pelo Estado português, por ter atingido a fasquia do milhão de votos. Além disso, António Sampaio da Nóvoa foi recendo donativos, que foram suportando a sua campanha. O valor sobrante, não gasto na campanha, no valor de 61 mil euros, está agora a ser distribuído por instituições cujo âmbito de actuação se enquadram naquele que era o seu programa de campanha.

Os 61 mil euros serão distribuídos por vinte e uma instituições de norte a sul do país. A associação Convívio, de Guimarães, irá receber este donativo de Sampaio da Nóvoa. Segundo fonte do Convívio, o montante será gasto na realização de futuras iniciativas de âmbito cultural. A celebração dos protocolos com as instituições foi feita numa cerimónia realizada ontem, em Lisboa. Além da área cultural, estão também representadas na lista instituições que desenvolvem trabalhos na área da intervenção social. O Convívio foi a única instituição, no distrito de Braga, contemplada com o donativo de Sampaio da Nóvoa. Em entrevista ao Público o ex-candidato explica que a distribuição foi feita com base em candidaturas que foram chegando à candidatura, após as eleições. O valor remanescente foi apurado após o fecho das contas da candidatura.

Projeto “EcoPontas e PapaChicletes” distinguido no Green Project Awards Desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem, o projeto “EcoPontas e Papa-Chicletes – Redução e Valorização de Resíduos” conquistou o prémio “Inovação Social Green Project Awards – Sociedade Ponto Verde”. Este novo mobiliário urbano de carácter ambiental tem permitido a redução da acumulação dos resíduos de pontas de cigarro e

pastilhas elásticas pelas ruas da cidade. Finalmente, na categoria “Iniciativa de Mobilização”, o município viu reconhecido o trabalho realizado com a nomeação como projeto finalista do Programa Ambiental PEGADAS, que tem contribuído para a educação e sensibilização ambiental junto de todas as escolas do concelho.


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reflexo

#248

DESPORTO

Dúnio deixa o CC Taipas após quase duas décadas DR

Dúnio (último da direita, em baixo) na equipa do CC Taipas que venceu a Taça AF Braga, na época 2011-2012. Em Barcelos, os taipenses venceram o Celeirós, por 1-0.

Equipa de juvenis - 2000-2001

Dúnio levanta o Troféu de Campeão Distrital de Iniciados da AF Braga - época 1998-1999

O “açoreano” que aos doze anos de idade ingressava nos iniciados do Clube Caçadores das Taipas e que, desde muito cedo se começou a notabilizar entre os seus pares, deixou o Clube Caçadores das Taipas aos 32 anos, após quase vinte anos ao serviço do clube. Texto Manuel Silva

Dúnio nasceu nos Açores em 1984, onde seus pais se encontravam por motivos profissionais, tendo vindo para o continente, mais propriamente para a freguesia de Longos, aos 12 anos. Na altura, Francisco Ribeiro estava nos órgãos sociais do Clube e foi quem, pelas relações de amizade existentes entre as duas famílias, “facilitou” o ingresso do pequeno Dúnio no Clube Caçadores das Taipas. No seu percurso de formação, até aos juniores, integrou uma equipa que se viria a revelar coesa e que viria a conquistar dois títulos PUBLICIDADE

regionais. A par de jogadores como Silvestre e Mokas dois dos que mais se notabilizaram no patamar do futebol nacional, Dúnio teve outros companheiros, que ainda hoje se vão encontrando para matar saudades desses tempos. Amizades criadas e que ficaram para a vida. Recorde-se, por exemplo, os nomes de André, Berto, Lagoa, Zé Carlos, Filipe, Fernando Jorge, Luís, Vasco, Rui Malheiro, Mucheta, Veloso, Hélio e Pedro Pinheiro, entre muitos outros. O pequeno Dúnio, franzino e tímido, foi conquistando o seu espaço

e a simpatia de todos até se revelar num médio ofensivo de grande utilidade nas diferentes equipas taipenses que foi integrando. Nos escalões de formação, conquistou um título distrital de iniciados, na época 1998-1999, e de juniores, em 2002-2003. Nos dois casos, contribuiu para que o Clube taipense participasse, na época seguinte, nos respetivos campeonatos nacionais dos dois escalões. Ainda em 2002-2003, integrou a equipa de juniores que conquistou o Torneio Internacional de Vizela. A época de 2003-2004 foi a

sua primeira temporada no escalão sénior. Desde essa altura, o médio Dúnio fez uma breve incursão pelo Ronfe e Porto d’Ave (2ª época sénior) tendo regressado ao CC Taipas para, até aos dias de hoje, ajudar na conquista de duas Taças AF Braga (2007-2008 e 2011-2012) e um Campeonato Distrital (2009-2010). No seu percurso tem ainda duas subidas à terceira divisão nacional (2010 e 2012). Perto de completar o seu 33º aniversário, Dúnio chega ao fim do seu trajeto desportivo no Clube Caçadores das Taipas. De todos este percurso, numa curta conversa mantida com o Reflexo, o experiente jogador taipense destaca precisamente a sua última época de juniores como aquela que “mais prazer” lhe deu, com a subida ao campeonato nacional de juniores a conquista do Torneio de Vizela. “As subidas de divisão e a conquista das Taças AF Braga, já nos séniores, são também momentos importantes e marcantes na minha carreira”, destacou o jogador. Quanto a treinadores, Dúnio revela que “todos contribuíram e foram importantes das mais variadas formas para o meu crescimento desportivo. No entanto, de todos eles, destacaria o Adão Roque, meu treinador dos juniores. Um treinador importante pela maturidade que demonstrava na altura. Erámos miúdos e acho que foi importante termos encontrado um treinador como ele”. Todos estes feitos e conquistas levam Dúnio a concluir que a sua passagem pelo Taipas foi “muito positiva” considerando, no entanto, que “poderia ter sido ainda melhor, não fossem as muitas dificuldades e momentos difíceis que o Clube teve de atravessar nos últimos anos”. Relativamente à sua saída do CC Taipas, deveu-se, como nos transmitiu, essencialmente a motivos de ordem profissional. “Por questões relacionadas com a minha ativida-

de profissional, que se revelaram incompatíveis com as exigências das pessoas que estão à frente da equipa sénior, acabamos por chegar a um consenso que seria melhor afastar-me. Ia passar a ter algumas dificuldades, pontuais, em marcar presença em todos os treinos da equipa. Coloquei a questão aos responsáveis e chegamos à conclusão que seria melhor eu sair”, disse a este propósito. Contudo, poucos dias depois do Clube ter anunciado a sua saída, o telefone de Dúnio tocou. Do outro lado da linha estava o Fina, ex-companheiro de equipa no Taipas, bom conhecedor, por isso, das suas qualidades, e atual diretor desportivo do Joane. A proposta surgiu, então, para que Dúnio ingressasse no Clube famalicense, o que viria a acontecer já no final do mês de Janeiro. Sobre esta “inesperada” transferência Dúnio explica: “A minha ideia inicial sempre foi a de abandonar o futebol. Já não sou novo e temos de fazer opções na nossa vida. O ingresso no Joane é simples. As pessoas aceitaram as condições que coloquei, nomeadamente no que respeita aos condicionalismos que terei para treinar todos os dias e, perante esse cenário, não tive como dizer que não”. “Quando uma pessoa está habituada a uma casa durante tantos anos, sente sempre diferenças quando muda. Sendo a mesma divisão, a adaptação acaba por ficar facilitada” disse Dúnio sobre esta sua nova experiência. Ao Clube Caçadores das Taipas, massa associativa e aos seus ex-colegas de equipa, o agora atleta do Joane aproveita para agradecer todo o apoio que lhe foi conferido durante todos estes anos e que a época em curso lhes corra de feição relativamente aos objetivos a que se propuseram. Em tom de brincadeira foi dizendo: “e que não ganhem ao Joane”.


Fevereiro de 2017

#248

reflexo

CC Taipas sem perder em 2017

Classificação Campeonato Distritital Divisão Pró-Nacional da AF Braga 2016/2017 #

O CC Taipas não perde, para o campeonato, desde o início de Novembro de 2016. Pelo meio, a 18 de Dezembro, fica o registo de uma derrota para a Taça AF Braga, em casa do Vieira, nas grandes penalidades. A equipa de Vitor Pacheco mantem-se na 9ª posição da tabela classificativa e está já a 7 pontos do 10º classificado. Sem subir lugares na tabela, o Taipas tem diminuido a distância para os lugares mais acima. Texto Miguel Ribeiro

2-0

2-2 TERRAS DE BOURO

CC TAIPAS

CC TAIPAS

1-1 VILA CHÃ

MARIA DA FONTE

CC TAIPAS

Jornada 18 - 8 de janeiro de 2017

Jornada 19 - 15 de janeiro de 2017

Jornada 20 - 15 de janeiro de 2017

No primeiro jogo da 2ª volta, o Taipas deslocou-se a Terras de Bouro. Os taipenses iniciaram o jogo na frente, conseguiram chegar aos 0-2, mas cinco minutos de desorientação defensiva não permitiu somar os 3 pontos. Peter abriu ao marcador aos 21 minutos. Ricardo Cruz fez o 0-2 em cima da meia hora de jogo. Na segunda parte surgiu a reação dos da casa que com 2 golos, aos 70 e 75 minutos fizeram o resultado final de 2-2. Já nos minutos de compensação o guarda-redes do Taipas, João, viu o cartão vermelho. Com as 3 substituições já efetuadas, Diego terminou o jogo como guarda-redes.

Na receção ao Vila Chã oTaipas regressou as vitórias. Frente a um adversário que demostrou bem o porquê de ocupar a penúltima posição, o Taipas, mesmo não fazendo uma boa exibição, venceu com alguma facilidade. O jogo decidiu-se no último minuto da primeira parte. Pedro Coelho, de cabeça fez o 1-0, aos 44 minutos. Praticamente de seguida, Ricardo Cruz fez, de penalti, o 2-0. Foi o último lance da primeira parte. Os restantes 45 minutos da partida foram sempre controlados pelo Taipas, com o Vila Chã a demostrar muitos poucos argumentos para contrariar a superioridade taipense..

O sempre emocionante derby, Maria da Fonte -Taipas, registou uma igualdade a uma bola. Num jogo onde os da casa criaram mais oportunidades de golo, o Taipas, fruto de uma segunda parte onde teve mais bola, acabou por alcançar o empate a uma bola. O Maria da Fonte, aproveitou um erro defensivo dos taipenses para, aos 18 minutos, por Gil, fazer o 1-0. Peter, acabado de entrar, fez o golo da igualdade, aos 71 minutos. Com 20 jornadas disputadas, os taipenses começam a fixar-se a meio da tabela classificativa e a aproximar-se pontualmente da s equipas que ocupam lugares cimeiros.

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27

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

CLUBE Joane Brito Arões Santa Eulália Maria Fonte Vieira Porto D’Ave Ninense Taipas Serzedelo S. Paio D’Arcos Esposende Amares Terras Bouro Forjães Marinhas Santa Maria Vila Chã

Prémio

Craque ... 2016-2017

Rui Pereira firme na liderança Apoio:

P

J

V

E

D

GM

GS

40 38 38 37 36 35 33 33 30 23 22 21 20 17 17 16 14 13

20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

10 10 11 10 9 15 8 10 7 6 6 5 5 3 5 3 2 3

10 8 5 7 9 5 9 3 9 5 4 6 5 8 2 7 8 4

0 2 4 3 2 5 3 7 4 9 10 9 10 9 13 10 10 13

24 16 26 29 29 27 20 35 32 23 24 25 17 20 21 21 16 16

11 15 15 13 15 18 15 29 20 28 32 30 26 29 40 38 28 33

Clube de Caçadores das Taipas #

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º

Nome Rui Pereira Sau Ricardo Cruz Diogo Machado António Maka André Hugo Veiga Sílvio Dúnio Figueiras Júnior Tiago Marques Peter Rui Macedo João Ferreira Saviola Flávio Dias Diego Diogo Pinto Joaquim Pedro Coelho Jorge

Pts

58 50 49 48 47 44 43 42 40 34 32 31 27 20 18 16 16 13 10 6 3 3 3 1


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reflexo

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DESPORTO Quase um milhão de euros para as associações desportivas ARQUIVO

Campeonato Distrital Divisão Pró-Nacional Da AF Braga 2016-17

Texto Catarina Castro Abreu

O executivo vimaranense decidiu atribuir quase um milhão de euros para as associações desportivas (972.500 euros). Destaque para o ACD Prazins Santa Eufémia, que vai receber 50 mil euros para um novo relvado sintético. O Clube Caçadores das Taipas tem direito a 35 mil euros para a requalificação do campo de jogo em terra. O CSCDR de Vila Nova de Sande – com 20 mil euros para obras nos balneários – e o CART – que vai receber 12.500 euros para obras no pavilhão – estão entre os contemplados com o apoio municipal. No domínio do apoio à formação desportiva, a Câmara Municipal, numa decisão aprovada por unanimidade na última reunião do executivo, a 19 de janeiro, vai atribuir 15 mil euros ao CART e 10 mil euros PUBLICIDADE

ao Clube Caçadores das Taipas. O mesmo montante vai para Os Sandinenses. O Clube Desportivo de Ponte tem direito a cinco mil euros, o Ases Santa Eufémia vai receber 2.500 euros e o Vila Nova de Sande será apoiado com 1500 euros. O Núcleo de Atletismo das Taipas receberá este ano 1250 euros e o Clube Rope Skipping das Taipas tem direito a 1000 euros. No âmbito do Regulamento Municipal de Atribuição de Apoios às Associações Desportivas de Guimarães, para apoios aos clubes desportivos para a época desportiva 2016-2017, a 31 de outubro de 2016, estavam devidamente inscritos no Registo Municipal das Associações Desportivas um total de 89 clubes. Deram entrada no Serviço de Desporto da Câmara Municipal de Guimarães um total de 101 candidaturas, correspondendo a 33 pedidos de

apoio à construção e requalificação de instalações desportivas, 46 pedidos de apoio à formação desportiva, 22 pedidos de apoio à organização de atividades e eventos desportivos e 5 de apoio a deslocações para eventos internacionais. Os contratos-programa já firmados neste mandato para a construção de seis relvados sintéticos foram contemplados o Clube Desportivo de Ponte, Grupo Desportivo de Serzedelo, GCD Águias Negras de Tabuadelo, Grupo Recreativo e Cultural de Aldão, União Desportiva de Airão e CD Santiago / Mascotelos - que se consubstanciou na disponibilidade orçamental para 2017 de 300 mil euros anuais; Na formação destaque ainda para o Vitória Sport Clube, que recebe 100 mil euros, e o Moreirense Futebol Clube, com direito a 17.500 euros.

Data 21-08-16 28-08-16 05-10-16 11-09-16 18-09-16 25-09-16 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 06-11-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

RES. 2-1 1-2 1-1 0-0 2-1 0-1 2-2 1-1 1-0 1-1 1-0 4-1 1-1 4-0 2-2 5-1 0-1

Clubes Taipas Terras Bouro Vila Chã Taipas Taipas Maria Fonte Santa Eulália Taipas Joane Taipas Taipas Forjães Santa Maria Taipas Taipas Brito Arões Taipas Taipas Ninense Porto D’Ave Taipas Taipas Esposende Vieira Taipas Taipas Marinhas S. Paio D’Arcos Taipas Taipas Serzedelo Amares Taipas

Res. 2-2 0-2 1-1

J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Data 08-01-17 15-01-17 29-01-17 05-02-17 12-02-17 19-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 02-04-17 09-04-17 15-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17

Campeonato Distrital Juniores - Divisão de Honra AF Braga 2016-17 Data 10-09-16 17-09-16 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Res. 2-1 2-3 2-1 3-2 3-1 2-1 1-1 0-3 6-0 1-3 4-1 3-3 2-0 2-0 1-4

Clubes Taipas Urgeses Maria Fonte Taipas Taipas Vilaverdense Esposende Taipas Taipas Palmeiras Joane Taipas Taipas Santa Maria Marinhas Taipas Taipas Ferreirense Moreirense B Taipas Taipas Prado Maximinense Taipas Fão Taipas Taipas Martim Brito Taipas

Res.

J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Data 05-02-17 12-02-17 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17

Campeonato Distrital Juvenis - 1.ª Divisão - Série “B” - 2016-17 Data 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Res. 0-1 3-1 0-1 1-1 0-5 3-0 0-3 1-2 2-3 0-2 1-0 1-3 0-1

Clubes Fafe Taipas Taipas Vizela Famalicão Taipas Taipas Bairro Oliveirense Taipas Taipas Santa Eulália Celoricense Taipas Taipas Sandinenses Lousado Taipas Taipas Joane Taipas Urgeses Brito Taipas Taipas Louro

Res.

J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Data 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17

Campeonato Distrital Iniciados - 1ª Divisão - Série “B” - 2016-17 Data 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Res 1-3 0-1 4-2 0-5 2-0 1-2 2-0 1-1 1-0 3-1 2-1 1-1

Clubes Folga Taipas Arões Lousado Taipas Taipas Torcatense Antime Taipas Taipas Evolution S. A. Fafe Taipas Taipas Ruivanense Vizela Taipas Taipas Sandinenses Taipas Joane Moreirense Taipas Taipas Santa Eulália

Res

J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Data 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17


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Equipas de voleibol com nacionais à porta DR

Campeonato Nacional Hóquei Em Patins - Ii Divisão - Zona Norte - 16-17 Data 15-10-16 22-10-16 29-10-16 05-11-16 12-11-16 19-11-16 26-11-16 03-12-16 10-12-16 17-12-16 07-01-17 21-01-17 28-01-17

J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Res. 5-2 2-2 12-1 3-5 2-3 4-8 5-5 2-7 10-5 5-7 9-4 6-9 5-2

Clubes

Res.

HC Marco CART/Superinertes CART/Superinertes

Famalicense Ac

HC Braga CART/Superinertes CART/Superinertes

Acd Gulpilhares

Esc. Livre Azeméis CART/Superinertes CART/Superinertes

HA Cambra

Adj Vila Praia CART/Superinertes CART/Superinertes

CH Carvalhos

AA Espinho CART/Superinertes CART/Superinertes

CDC JUV. PACENSE

CI SAGRES CART/Superinertes CART/Superinertes

ACR PESS. VOUGA

CD PÓVOA CART/Superinertes

J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Data 04-02-17 18-02-17 25-02-17 04-03-17 11-03-17 25-03-17 08-04-17 22-04-17 29-04-17 13-05-17 20-05-17 27-05-17 03-06-17

Campeonato Regional Hóquei Em Patins - Sub17 - 2016/2017

As primeiras fases das competições onde as equipas de voleibol do CART estão inseridas estão perto do final. Com cinco equipas em competição o CART já garantiu, praticamente, a presença de todas elas na fase Nacional. As seniores femininas, lideram a classificação da 1ª fase da III Divisão. Com três jornadas para jogar precisam de uma vitória para garantir a presença no Nacional. Face ao valor dos adversários dos últimos três jogos, as taipenses têm tudo para garantir a presença na Fase Nacional. Os seniores masculinos, nesta 1ª fase da III Divisão, somam por vitórias os jogos realizados. Também com três partidas por realizar até final desta fase, já estão apurados

para a fase nacional onde, neste momento, são mesmo apontados como candidatos á final-four, de disputa do título nacional. Nos escalões de formação. As Cadetes, já apuradas para o nacional e que nas épocas anteriores somaram por vitórias todos os jogos do campeonato regional, no início de 2017 defrontaram, em casa, o Atlético VC e perderam o seu primeiro jogo, em três anos de campeonato regional. Um feito notável das taipenses que, apesar de tudo, com esta derrota, acabaram por comprometer as contas para a renovação do título regional. Nesta atura, para a revalidação do referido título, estão dependentes de resultados de equipas adversárias, nas duas jornadas que ainda faltam disputar.

As Iniciadas, depois de garantirem o apuramento para a 2ª fase do Regional, estão, a três jornadas do fim, bem lançadas (a uma vitória) para garantir um dos quatro lugares de acesso ao nacional. As Infantis, que se estreiam esta época em competições oficias, já garantiram o apuramento para o nacional estando mesmo a lutar pelo título regional. Este objetivo ficou mais difícil depois da derrota, na negra, deste fim-de-semana, frente a outro candidato ao título regional, a Escola de Lamaçães. O mês de Fevereiro no voleibol do CART vai ficar marcado pela disputa da Taça AVBraga pelos escalões de Infantis e Iniciadas e pelo início do Nacional para a equipa de Cadetes.

Data

J

Res.

20-11-16

1

9-3

OC Barcelos CART

Clubes

26-11-16

2

03-12-16

3

7-3

HC Braga CART

CART Adb Campo

08-12-16

4

5-2

Riba D’ave CART

10-12-16

5

0-3

CART ED Viana

Res.

2-3

J

Data

6

18-12-16

7

08-01-17

8

14-01-17

5-0

9

22-01-17

1-11

10

29-01-17

Campeonato Regional Hóquei Em Patins - Sub15 - 2016/2017 Data

J

Res.

18-09-16

1

0-9

24-09-16

2

0-8

01-10-16

3

4-0

08-10-16

4

0-7

16-10-16

5

22-10-16

6

30-10-16

7

06-11-16

8

3-1

12-11-16

9

1-3

Clubes Adj Vila Praia CART CART HC Braga

Res.

J

Data

1-6

10

19-11-16

0-10

Limianos CART CART OC Barcelos

0-10

Folga 8-0

Riba D’ave CART Folga ED Viana CART CART Famalicense

11

27-11-16

12

03-12-16

13

11-12-16

14

18-12-16

15

07-01-17

16

15-01-17

3-1

17

21-01-17

1-4

18

29-01-17

Sub13 - Apuramento 5º Ao 11º Class - Série A - 2016/2017 Data

J

Res.

11-12-16

1

2-4

CART Riba D’ave

0-3

CART ADB Campo

18-12-16

2

08-01-17

3

Clubes

Res.

J

Data

1-2

4

15-01-17

5

22-01-17

4-5

6

29-01-17

Folga

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ABERTO TODO O DIA


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reflexo

Fevereiro de 2017

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Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 248 de Fevereiro de 2017

Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 248 de Fevereiro de 2017

Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 248 de Fevereiro de 2017

Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 248 de Fevereiro de 2017

Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 248 de Fevereiro de 2017

Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 248 de Fevereiro de 2017

#248


Fevereiro de 2017

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Obituário Plácido Francisco de Castro

No dia 2 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. Plácido Francisco de Castro, com 77 anos, e residente que foi na Rua do Cantinho, Sande (São Clemente), Guimarães. Era casado com Maria Madalena Mendes da Mota. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de São Clemente de Sande e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.

Balbina De Freitas No dia 12 de Janeiro, na Unidade Residencial Senior – São Clemente de Sande, faleceu a Sr.ª D. Balbina de Freitas, com 90 anos, e residente que foi na Rua do Carvalho, Sande (São Clemente), Guimarães. Era viúva de João Rodrigues. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de São Clemente de Sande e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.

Avelino da Silva Ribeiro

No dia 15 de Janeiro, na sua residência, faleceu o Sr. Avelino da Silva Ribeiro, com 68 anos, e residente que foi na Rua Veiga de Castelães, Ponte, Guimarães. Era casado com Joaquina Silva Ferreira. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de São João de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.

Josefa da Silva

No dia 17 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Josefa da Silva, com 77 anos, e residente que foi na Rua do Romanço, Ponte, Guimarães. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São José de Campelos e foi a sepultar no Cemitério de Ponte.

Manuel de Oliveira

No dia 20 de Janeiro, no Hospital da Luz - Guimarães, faleceu o Sr. Manuel de Oliveira, com 92 anos, e residente que foi na Avenida da Igreja, Sande (Vila Nova), Guimarães. Era casado com Ilda Maria de Oliveira. O seu funeral teve missa de corpo presente no Salão Paroquial de Sande (Vila Nova) e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.

Caldas das Taipas

Joaquim da Silva Mendes Missa de 1.º Aniversário A família, lembrando-o com a maior saudade, participa que, pela passagem do 1º ano do seu falecimento, será celebrada missa no próximo dia 12 de Fevereiro, Domingo, pelas 12 horas, no Centro Pastoral de Caldas das Taipas, pelo que, desde já, reconhecidamente agradece a partcipação nesta cerimónia religiosa A Família, Caldas das Taipas, 01 de Fevereiro de 2017


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