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Março de 2017 / Ano XXIV / #249
Diretor Alfredo Oliveira
Preço €1,00 PUBLICIDADE
Padre João Felgueiras inaugura em Timor-Leste “o sonho de uma vida inteira”
reflexo
p. 4
Câmara Municipal avança para a construção de nova escola nas Taipas p. 6
Folia de Carnaval foi retemperada pela chuva p. 10
Primeiros candidatos da coligação Juntos por Guimarães já são conhecidos
CC Taipas volta a entrar na corrida pela subida de divisão
p. 17
p. 22 ENTREVISTA
“A Banda está com vontade de trabalhar e de querer desenvolver novos caminhos” PUBLICIDADE
MAESTRO CHARLES PIAIRO
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CAMPANHA 12º ANIVERSÁRIO
12%
descontro em todas as reparações
válido durante o mês de março
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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira
Caldas das Taipas no concelho e pelo mundo Apesar de estar do outro lado do mundo, Timor Leste mexe muito com os portugueses. Devido à ação do Pe João Felgueiras nesse território há quase meio século, mexe em particular com os taipenses. Alertados por um familiar da inauguração de uma escola que sempre foi o “sonho da vida” do padre que nasceu na Casa da Seara, entramos em contacto com João Felgueiras que, apesar do estado débil também muito próprio de uma pessoa com 95 anos, nos deu conta da sua felicidade por ver inaugurado um espaço escolar com as devidas condições, que se dedicará à educação desde o 1.º ciclo até ao 3.º ciclo em língua portuguesa. No final da conversa mantida via email, o Pe João Felgueiras pediu para que fosse entregue um “grande abraço” ao povo das Taipas. Está entregue. A Câmara Municipal de Guimarães adjudicou a construção da nova EB 2,3 de Caldas das Taipas, na reunião do executivo de 16 de fevereiro. Sem dúvida uma grande notícia para todo o território da área de influência desta escola e mais concretamente para os taipenses. Este meio passará a ter escolas desde o 1.º ciclo até ao secundário, com excelentes condições. Se pensarmos que num raio de uma dezena de quilómetros temos uma das melhores universidades do país, podemos dizer que vivemos num local privilegiado ao nível da educação. Como também já escrevi, não sei se não seria uma boa altura de se proceder a um estudo de reordenação de toda a oferta educativa nesta região. Deu-se mais um passo no caminho da requalificação do centro da vila de Caldas das Taipas. A implementação do projeto apresentado a 3 de fevereiro irá exigir, certamente, alterações na forma como vemos e vivemos o espaço público. Apesar de se compreenderem os receios dos comerciantes, principalmente ao nível do estacionamento, somos daqueles que acreditam que a concretizar-se o que foi projetado, a vila ganhará um centro cívico diferenciador, de qualidade, que lhe vai permitir afirmar-se no contexto concelhio. Sabemos que se trata de uma obra que vai claramente ultrapassar o atual mandato dos detentores do poder político. Esperemos que o resultado das próximas eleições autárquicas, independentemente dos vencedores, não provoque um retrocesso nesta questão.
reflexo O Norte de Guimarães
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SOBE Solidariedade nacional
Carnaval com chuva
10 mil milhões de euros Não há volta a dar, o passaram para offshores, S. Pedro pouco quer ter a entre 2011 e 2014, não ver com o Carnaval. Frio tendo sido alvo de quale chuva têm marcado uma quer tratamento por parte presença assídua nos últida Autoridade Tributária mos anos. e Aduaneira (AT), embora Talvez haja uma extenham sido comunicados plicação divina. Estamos pelos bancos à administranuma terra que tem como ção fiscal, como a lei obriga. padroeiro S. Tomé, que já Uma das coisas boas teve uma capela de Sto. desta notícia avançada pelo António no centro da vila, Público é que afinal o difesteja as Festas da Vila e S. nheiro existe em Portugal, Pedro e tem como segunda os governantes estavam festividade religiosa o Sto. demasiado ocupados com Ovídio e, em outros lugares, quem tinha pouco dinheiro! o S. João. Acredito piamente que Para além deste imo país não terá sido prejubróglio religioso, vivemos dicado com esta história. numa terra que se chama Os responsáveis políticos Caldelas (freguesia) e vivepodem ter tido uma pemos também em Caldas das quena distração neste caso, Taipas (vila), que também é mas a história do fisco em conhecida por Taipas. Portugal tem mostrado que Tudo isto só pode dar ninguém foge aos impostos, borrasca! Ainda por cima, principalmente os grandes se colocarmos “Caldelas” capitalistas! no Google Maps vamos ter a Amares!
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 249 / Março de 2017 / Ano XXIV Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR Alfredo Oliveira REDACÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal; Vítor Neves Fernandes REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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Pe. João Felgueiras inaugura sonho de uma vida em Timor Leste DR
Padre João Felgueiras junto com Isabel da Costa Ferreira, primeira dama de Timor Leste e o Bispo de Dili, Virgílio do Carmo da Silva
No dia 4 de fevereiro, foi inaugurada a ampliação da escola “Amigos de Jesus”, pelo presidente da república timorense, Taur Matan Ruak, pelo primeiro-ministro, Rui Maria de Araújo e pelo ministro da Educação, António da Conceição. Texto Alfredo Oliveira
“É um sonho que se concretiza”, disse à Lusa o padre português PUBLICIDADE
João Felgueiras, condecorado em 2002 como Grande Oficial da Or-
dem da Liberdade, pelo então presidente português, Jorge Sampaio,
em reconhecimento da sua luta pela preservação da língua portuguesa em Timor-Leste. Na notícia publicada, dá-se conta que se trata de uma escola com ensino totalmente em português e gerida pela “Comunidade Amigos de Jesus” - organização civil liderada por João Felgueiras e pelo outro padre jesuíta português há décadas em Timor, José Martins. A escola terá 60 professores e alunos do 1.º ao 3.º ciclo, distribuídas por 18 salas de aulas e diversas salas especializadas, entre laboratórios, biblioteca, sala de música e arquivos e ainda uma capela. Em conversa mantida com a agência noticiosa, o Pe João Felgueiras, que está há 46 anos em Timor, recordou que a escola “nasceu da atividade pastoral dos padres jesuítas” durante a ocupação indonésia. Referiu que nos primeiros tempos muitos foram perseguidos por terem livros em português. Em 1999, a escola não passava de uma casa onde algumas centenas de timorenses aprendiam português, meio às escondidas. Com o tempo, os indonésios mudaram um pouco e como era “algo da igreja, deixavam que trabalhássemos. Nós, claro, aproveitávamos para ensinar o que era ser nação e ser povo”, referiu o jesuíta da Casa da Seara. De acordo com as informações recolhidas pela Lusa, depois da independência em 2002, a escola procurou novos apoios para o seu alargamento e, em 2008, passou a funcionar com seis salas de aula, em resultado do apoio do Instituto Camões.
As instalações agora inauguradas, surgiram de um projeto de 2012 que teve o apoio do então primeiro-ministro Xanana Gusmão que aprovou um orçamento de 1,7 milhões de dólares. Para a concretização de um “dos melhores equipamentos educativos do país”, juntou-se ainda o apoio de várias empresas de Portugal e de Timor-Leste e alguns particulares. Intervindo na inauguração, o chefe do Governo, Rui Araújo, recordou o papel de quem foi um “grande ‘capelão’ ao serviço da afirmação da identidade do povo e nação timorenses” e que na nova escola “se formem e preparem os futuros homens e mulheres timorenses dedicados ao serviço do Povo e da Nação, seguindo o exemplo do Padre Felgueiras”. Contactado pelo jornal “Reflexo”, o Pe João Felgueiras, apesar de se sentir “bastante incomodado de saúde”, fez questão de mostrar o apreço pelo facto de a sua terra natal não se olvidar da sua pessoa e de apreciar muito “receber notícias do povo das Taipas”. Será de referir que João felgueiras, uma das “Figuras do Século XX”, jornal “Reflexo” em 2000, tem nesta altura 95 anos de idade (nasceu na Casa da Seara, em 9 de Junho de 1921). Nestas condições, não lhe foi possível responder a todas as nossas questões. Fez questão de salientar o papel de Xanana Gusmão na concretização da escola, foi a ele que apresentaram o projeto e a quem dirige “um agradecimento perpétuo” e que ficará “nos corações das crianças”, que de outra forma não poderiam estudar.
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Maestro Charles Piairo procura novos desafios para a Banda Musical das Taipas ALFREDO OLIVEIRA
OPINIÃO Cândido Capela Dias
O patinho feio
Charles Adrien Piairo Gomes, 29 anos, trompetista, é o novo maestro da Banda Musical de Caldas das Taipas. Passou pelo conservatório de música até ao 12º ano, pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) do Porto, onde tirou a licenciatura, e pretende fazer um mestrado em direção musical. Entrevista Alfredo Oliveira Como surgiu o convite para dirigir a Banda? Curiosamente, a anterior direção já me tinha endereçado um convite para ser o maestro da banda. Nestas últimas eleições, a lista vencedora, também me fez idêntico convite. Aceitei, por entre outras razões, pelos anos de casa (estou na banda há mais de 18 anos), pelo facto de conseguir conciliar os diferentes músicos, por já ter dirigido o primeiro estágio de sopros, promovido pela Banda em 2013 e de estar à frente do coro em S. Lourenço de Sande, onde vou dirigindo alguns músicos das Taipas. Acaba por ser uma escolha consensual? Sim, ao ter sido escolhido pelas duas direções, fico mais tranquilo com esta confluência de intenções. Aquando das eleições, Paulo Matos foi um dos primeiros a mandar uma mensagem de parabéns pela minha designação como maestro. Como encontrou a Banda nestes PUBLICIDADE
primeiros ensaios? A Banda está com uma motivação enorme, com vontade de trabalhar e de querer desenvolver novos caminhos. É de assinalar que ex-músicos, já com uma certa idade, apareceram e querem dar o seu contributo. Espero que todos juntos possamos ter uma banda que encha de orgulho todos os taipenses. Nos ensaios temos tido entre 50 a 55 músicos. A Banda tinha vindo a perder qualidade? Não é uma crítica aos meus antecessores, pois todos deram o seu melhor, mas quando se muda é porque se pretende traçar novos rumos. Os músicos estavam a ficar mergulhados numa certa rotina que tinha de ser quebrada. As Taipas sempre foi conhecida por ser um viveiro de músicos de alta qualidade e começou a ser fácil serem cativados por outras propostas musicais. A banda foi perdendo alguns músicos o que acaba por se refletir na
sua qualidade. No meu caso, nunca desisti da Banda das Taipas; mesmo achando que não estaríamos no melhor caminho. Quais os principais objetivos a curto prazo? Colocar a Banda a funcionar a cem por cento e elevar a sua fasquia qualitativa, afirmando-a no mercado musical. Queremos ter uma maior presença nas festas e fazer algo que as outras bandas não façam. Nos próximos anos a Banda ficará pelos concertos tradicionais ou pensa trazer algo de novo neste domínio? As festas são fundamentais para a vida de uma banda, mas penso apresentar algumas novidades. A primeira poderá ser o concerto do aniversário da passagem de Caldas das Taipas a vila, juntando a Banda a um grupo coral, por exemplo. Pretendo também estabelecer pontes com as outras associações taipenses.
Muitos de nós lemos a historieta do patinho feio na infância e alguns comoveram-se com as suas desventuras. O complexo de Kalimero, o patinho a quem todos queriam mal, surge a cada passo na literatura para ilustrar as pessoas ou as instituições que gastam boa parte do seu tempo a desculparem-se com a adversidade que lhes cai em cima porque todo o mundo lhes quer mal, mas nunca admitem a hipótese de eles próprios se colocarem em confronto com o que os rodeia. Há muito que a Junta de Freguesia de Caldelas assumiu o papel de patinho feio. Da Câmara Municipal de Guimarães só espera manobras no sentido de adiar as obras necessárias e que são da responsabilidade do município. Não há assembleia de freguesia em que o presidente da Junta não atire as culpas do que não se faz para as costas do município. Sejamos claros. O município tem grandes e graves responsabilidades no que se passa nas Taipas. Desde o tempo da criação do concelho de Vizela que a câmara de Guimarães, então como agora governada pelo PS, foi avara nos investimentos e pior do que ser avara foi a justificação que foi deixando cair aqui e ali e que só podiam acicatar os ânimos dos que nas Taipas erguiam a bandeira do concelho como único meio de ter o que enquanto parte do município de Guimarães não teriam. Não serve como argumento democrático dizer que Taipas reivindicava tudo e se Guimarães lhe desse tudo estava a dar-lhe os argumentos substantivos indispensáveis para a elevação a concelho. Taipas, como outras freguesias, não é uma freguesia qualquer e as suas especificidades, o seu papel central e aglutinador, não pode ser ignorado ou sequer subestimado no quadro de uma correta e harmoniosa gestão do território e, além disso, as reivindicações autonomistas, com fraca e desestruturada implantação no terreno, medra na proporção direta do sentimento de injustiça que uma política municipal sectária e irracional potencia. Portanto, houve erros da Câmara, erros da governação do PS. Mas a Junta de Freguesia ao portar-se e comportar-se como se fosse uma câmara clandestina, propondo fazer o que não está nas suas competências num claro desafio à autoridade concelhia e à lei, coloca a freguesia debaixo de fogo. Essa estratégia, concebida e executada pelo PSD das Taipas com o silêncio cúmplice do PSD de Guimarães foi colocar as Taipas ao serviço da estratégia de desgaste da câmara, com obvio sacrifício dos interesses da vila. A reação do PSD de Guimarães às veleidades separatistas do PSD das Taipas não passou de ameaças inconsequentes que ninguém leva a sério. As farroncas do presidente da Junta, não incomodam a câmara e prejudicam a freguesia. O facto de ao fim de três mandatos os investimentos e obras não saírem do papel, mais palmada nas costas menos palmada, demonstra que as Taipas pesa pouco para a câmara e a Junta não incomoda. Taipas não tem que fugir da frigideira para cair no lume. Há mais possibilidades.
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EB 2,3 adjudicada por 8 milhões de euros e obras arrancam em julho DR
Na reunião de Câmara de 16 de fevereiro, foram aprovadas por unanimidade as propostas de repartição de encargos e de adjudicação da escola EB 2,3 de Caldas das Taipas Texto Catarina Castro Abreu com Alfredo Oliveira
A adjudicação da obra de construção da nova escola EB 2,3 foi entregue ao consórcio da empresa de construção M. Couto Alves e Alberto Couto Alves. As obras arrancam em julho e está por definir onde os alunos vão ter as aulas em 2017/18 O empreendimento vai custar PUBLICIDADE
oito milhões e 300 mil euros, um montante que deverá ser repartido por três: “Eu quero que esta escola seja financiada em três partes, um terço pela Câmara, outro terço pelo governo e outro terço pelos fundos comunitários. É para isso que tenho trabalhado e tem havido abertura
nesse sentido”. As declarações são de Domingos Bragança, que voltou a realçar que esta escola vai ser construída “por decisão do presidente da Câmara”, já que o edil nunca concordou que se fizesse um “remendo” à infraestrutura existente “para voltar a ter problemas daqui a quatro ou
cinco anos”. Os trabalhos de demolição deverão começar logo após o fim das aulas deste ano letivo. As obras decorrerão entre julho deste ano e abril de 2018, o que obrigará a que os alunos sejam distribuídos pelas escolas do agrupamento, no ano letivo 2017/2018. Sobre esta distribuição dos alunos, o edil esclareceu que “a vereadora da Educação já está a
trabalhar com a associação de pais e a comunidade escolar para que no período das férias”, quando começam as demolições, se faça “o plano para que os alunos sejam instalados na área geográfica do agrupamento”. Mário Rodrigues, diretor da EB 2,3, defende que o ideal seria colocar os alunos em dois espaços, no sentido de evitar uma pulverização desses alunos pelas diversas escolas do ensino primário do agrupamento. Assim, caso seja possível, gostaria de ver colocado todo o terceiro ciclo numa escola (cerca de 20 turmas) e o segundo ciclo (cerca de 12 turmas) noutra. Em cima da mesa, está a possibilidade de a Escola Secundária acolher um desses ciclos e a escola de Sande S. Martinho acolher o outro. Caso esta solução não se venha a implementar, os alunos da EB 2,3 poderão vir a ser distribuídos pelas diversas escolas do agrupamento, havendo ainda possibilidade de instalar algumas turmas em contentores. Nesse sentido já teve uma reunião com José Augusto Araújo, diretor da secundária da vila, onde esteve presente a vereadora Adelina Paula, responsável pela área da educação, onde o problema foi colocado. Nessa reunião, uma primeira troca de impressões, nada ficou decidido. Mário Rodrigues entende que terá pela frente um ano muito especial, que vai exigir medidas especiais e que vai provocar muitos transtornos aos docentes, funcionários e naturalmente aos alunos e por arrasto aos pais e encarregados de educação, mas tudo isto por uma excelente causa.
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Partido Socialista defende criação de laboratório de monitorização do Ave DR
O grupo do PS de Caldelas reuniu domingo, 19 de fevereiro, cerca de uma centena de pessoas, para uma caminhada ao longo das margens do Rio Ave, nas Caldas
das Taipas. De acordo com os seus promotores, a iniciativa teve como objetivo sensibilizar a comunidade para o problema da poluição dos cursos de água.
Na mesma ocasião, foi sugerida a constituição de um Laboratório do Rio Ave, um equipamento de monitorização e gestão de toda a bacia hidrográfica. Os socialistas defendem que esse equipamento deve ficar instalado em Caldas das Taipas: “pelo trabalho e experiência que temos é justo reivindicar a instalação de um equipamento destes na nossa vila”, sustenta Luís Soares, líder local do Partido Socialista. A caminhada serviu também para sinalizar focos poluidores e outros problemas associados a uma reabilitação do rio. Neste aspeto foram identificados alguns problemas como o mau estado de conservação das margens do rio, devido à falta de limpeza e acumulação de lixo.
Moto Clube das Taipas elegeu órgãos sociais para os próximos três anos DR
Manuel Machado será o presidente da Direção da associação taipense, que organiza anualmente a sua concentração motard na vila de Caldas das Taipas e representa PUBLICIDADE
a localidade em vários eventos do género, por todo o país. O Moto Clube das Taipas elegeu no início do mês os novos órgãos diretivos, que liderarão os destinos da
coletividade até ao ano de 2020. Os sócios elegeram Manuel Machado na Direção do Moto Clube, tendo a tomada de posse ocorrido a 11 de Fevereiro. O Moto Clube das Taipas foi fundado em agosto de 2008, contando atualmente com 76 associados. Os órgãos agora eleitos, faziam parte de uma única lista concorrente ao ato eleitoral e que terão um mandato de três anos. Além de Manuel Machado, Miguel Matos será o presidente do Conselho Fiscal e Rui Gomes será o presidente da mesa da Assembleia Geral. É este elenco que deverá levar a associação taipense à comemoração do seu décimo aniversário, que se deverá assinalar em 2018.
OPINIÃO Manuel Ribeiro
Via não dedicada às Taipas Anunciada como a salvação do Ave Park, a Via Dedicada, inicialmente pensada para ligar a rotunda de Fermentões ao Ave Park, depois de atravessar montes e vales e inúmeras freguesias, mereceu oposição de associações ambientalistas e de grupos de cidadãos das freguesias onde a pensada mas não projectada “Via do Ave Park” passaria, dividia, poluia, agredia e descaraterizava. Sempre ouvi falar em gasto de cerca € 18.000.000,00 de euros. Mas isto de orçamentos é uma caixinha de surpresas – desagradável para o erário público mas agradável para os empreiteiros, arquitectos e engenheiros que vai lá saber-se porquê, participam nos esquecimentos de obras não contempladas nos projectos. Mas essa entidade abstrata chamada Erário Público, divindade que se senta ao lado de Deus e aspira a ser uma pessoa da santissima trindade, exercitando os poderes divinos, através da ATA, de multiplicar dinheiro de impostos, taxas, coimas e custas, não sente, não reclama, não barafusta, não “berra”. Paga e propagandeia a obra feita. A obra é o Verbo e o Verbo é a palavra feita obra, o principio e o fim. O verbo é a palavra dada; palavra “des”honrada e não mais retirada. E depois do verbo há o verbo traduzido em panfletos, cartazes de dimensão máxima, jornais do regime a propagandear e não a informar, entrevistas, inaugurações, placas egocêntricas assinaladas com pseudónimos, para legitimar o que se quer impor. Mas a obra do Deus “Erário Público” pode ser obra do diabo, de belzebu que, diz a tradição, se esconde nos lugares mais recônditos dos montes e vales a atravessar pela “Via do Ave Park”. Enquanto a Câmara de Guimarães, PS tout court, se envaidece com tamanha proeza, a Nacional 101 continua uma rua desordenada e caótica; As Taipas continuam a usar as estradas municipais e nacionais; a ligação à Auto Estrada é uma aspiração adiada e continua tudo na mesma. É um isolamento que não pode ser aprofundado. A Via dedicada ou não dedicada mas alternativa para o Ave Park, nas conjecturas da Câmara, vai acentuar o isolamento das Taipas; e por isso a oposição de quem se interessa pelas Taipas. Esta Terra ainda não atingiu um grau de atratividade que lhe permita disputar com Guimarães, Braga ou Porto uma posição de fixação de pessoas. E se é certo que o dinheiro destinado a esta Via não vem de Bruxelas, porque não emendar o erro histórico e fazer-se, finalmente, a ligação à Auto Estrada, aqui bem perto, em Brito; e com a mesma verba requalificar a 101: o mesmo dinheiro resolvia muitos problemas e não criava nenhum. Dessa forma conseguia-se: a ligação do Ave Park à Auto Estrada muito mais perto do que a anunciada Via; continuava a região das Taipas a manter-se o centro de ligação ao Ave Park; ligávamos as Taipas ao mundo – Auto Estrada; e aproximávamos as Taipas da cidade de Guimarães, com a requalificação da EN 101. “Elementar meu caro Watson” – Diria Sherlock Holmes.
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Proposta reúne consenso mas preocupa comerciantes ALFREDO OLIVEIRA
A aprovação foi generalizada, mas com algumas reservas. Os promotores do projecto apresentaram a intervenção que transformará o centro cívico de Caldas das Taipas. Texto Paulo Dumas O Projecto de Requalificação para o Centro Cívico de Caldas das Taipas foi apresentado, numa sessão pública, que decorreu no passado dia 3 de fevereiro, no Centro Pastoral das Taipas. Marta Labastida, arquitecta da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho apresentou alguns desenvolvimentos relativamente ao que tinha sido apresentado numa sessão ocorrida há cerca de um ano - uma primeira descrição dos trabalhos de projecto que decorreu no mesmo espaço, a 16 de Março de 2016. A intervenção, na fase de projecto, foi organizada em quatro áreas, que vão desde a Praça Dr. João An-
tunes Guimarães à zona das termas, compreendendo o espaço entre o edifício termal e os Banhos Velhos e atravessando todo o eixo definido pela Avenida da República . Marta Labastida explicou alguns dos aspectos que serviram de partida para o desenvolvimento da proposta, como sendo os elementos marcantes que, historicamente, fizeram parte do local, como a Capela de Santo António ou o chafariz que marcava igualmente aquela praça. Também a reutilização de materiais deverá ser uma opção com vista à sustentabilidade e de continuidade da proposta. No final da exposição, o público tomou a palavra e levantou algu-
mas preocupações, grande parte delas centradas nas questões do estacionamento e da organização do trânsito automóvel. O impacto da intervenção no comércio local foi outra questão aflorada, assim como a reposição de alguns elementos históricos nos seus locais originais, como o chafariz da praça Dr. João Antunes Guimarães. Após a sessão consultamos Constantino Veiga, que esteve na mesa juntamente com Marta Labastida e o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança. O presidente da autarquia taipense confirma que a equipa técnica esteve presente e solícita à questões
colocadas pela junta das Taipas. Para o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, que é também arquiteto a solução apresentada contribuirá para transformar o centro da vila “mais funcional, atrativa e esteticamente mais agradável”. Constantino Veiga realça o facto de ter havido a preocupação de não só “realçar o passado desta terra como criar uma alavanca para o futuro”. O autarca confessa que dentro da equipa do executivo esta opinião não é unânime, havendo preocupações relativamente à “pouca oferta de estacionamento”. Em conclusão, o presidente da Junta de Freguesia entende que esta será uma excelente opção para “renovar rotinas, hábitos e a qualidade de vida dos frequentadores”, mas é da opinião de que esta intervenção não resolverá todos os problemas dos taipenses, defendendo uma prática consistente de planeamento urbano, uma prática abandonada desde que o plano geral de urbanização, de 1985 foi esquecido. Como nota final, o presidente da junta dá conta entende que deveria haver uma marca à indústria das cutelarias e que propôs à Câmara Municipal a instalação de um centro interpretativo das cutelarias. Também o núcleo taipense do Partido Socialista sinalizou um conjunto de preocupações, que fizeram parte de um documento detalhado, que foi entregue à Câmara Municipal, como forma de contributo para a melhoria das opções projetuais. Parte destas preocupações foram ouvidas pelo líder socialista nas Caldas das Taipas, Luís Soares, que fez saber a “a necessidade de aumentar
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o estacionamento nas artérias imediatamente contíguas” à área de intervenção, aumento justificado pelo “tipo de comércio que existe e que se deve preservar”. Luís Soares apontou ainda algumas insuficiências do projecto, no que respeita à postura de trânsito, particularmente as relações da área de intervenção com a variante urbana que, no seu entender, não deve ser considerada suficiente. O líder socialista sustenta que a proposta deverá reafirmar “uma ideia de Taipas vila turística, de lazer, onde o comércio e os serviços assumem um papel fundamental”. E lembra ainda que esta requalificação foi proposta pelo PS nas última eleições autárquicas. Cândido Capela Dias, em representação da CDU percebe o processo que levou à apresentação de uma proposta inicial, que não deve ser mais do que “um ponto de partida”. Para o político “o centro da vila pode e deve ser uma airoso espaço comercial que as pessoas transformam em zona de lazer e de convívio”, defendendo, por isso, a saída do centro do trânsito de atravessamento e a “a trasladação dos estacionamentos para a periferia”. No final da exposição, o público tomou a palavra e levantou algumas preocupações, grande parte delas centradas nas questões do estacionamento e da organização do trânsito automóvel. O impacto da intervenção no comércio local foi outra questão aflorada, assim como a reposição de alguns elementos históricos nos seus locais originais, como o chafariz da praça Dr. João Antunes Guimarães.
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Grupo de Fados “Cidade Berço” no auditório dos Bombeiros das Taipas DR
A noite deste sábado, dia 4 de março, está reservada para o silêncio, pois vai cantar-se o fado. Rosa Veloso é a voz do grupo “Cidade Berço” e estará acompanhada na voz e guitarra, por Manuel Silva e na viola, por Artur Mota. O espetáculo está marcado para as 21.30 horas. Capitulando a tradição secular do fado de Coimbra e Lisboa, o Grupo de Fados “Cidade Berço” apresenta-se como o reflexo de uma
paixão madura, pautada pela interação entre os fervorosos acordes da guitarra portuguesa e o registo humorístico das composições interpretadas. As quatro décadas de existência evidenciam nitidamente a enorme cumplicidade entre os seus membros, consolidada pelas centenas de espetáculos nos mais diversos palcos e certames. Num espetáculo programado
para uma hora, no auditório dos Bombeiros de Caldas das Taipas, poderá ouvir o que de mais representativo temos no fado. Assim, “Nem às Paredes Confesso”, “Povo que Lavas no Rio”, “Cheira Bem, Cheira a Lisboa”, “A Casa Portuguesa” e “Foi Deus” serão alguns dos temas que marcaram a nossa história no fado e que serão interpretados por este trio liderado por Rosa Veloso.
ExcentriCidade e Teatro Oficina apresentam “Oficina Excêntrica”
É o novo projeto do “ExcentriCidade” que terá arranque em março e pretende implantar estrategicamente em cinco freguesias do concelho de Guimarães, “espaços permanentes para formação, pesquisa, produção e desenvolvimento das artes criativas integradas”. Briteiros, Selho S. Jorge, Ponte, São Torcato e Caldas das Taipas são as freguesias onde o projeto pretende desenvolver novas criações artísticas que contribuam para o desenvolvimento cultural da população, para o seu lazer e entretenimento, investindo na formação de novos públicos, PUBLICIDADE
partindo sempre de estruturas existentes nestas localidades. À frente desta nova iniciativa estará Cristina Cunha que terá como formador Nuno Preto, tendo ainda a colaboração de Tiago Sarmento. A aposta na criatividade dominará as oficinas que decorrerão desde o início da Primavera (equinócio de março) até ao início do Inverno (solstício de dezembro). Marcando o calendário pagão, entre o equinócio de Primavera e o solstício de Inverno, estamos perante uma oficina regular de teatro aberta a toda a população das freguesias, que co-
meça na construção de marionetas e máscaras, maquilhagem e figurinos, para se tornar corpo e performance. Tendo como tema base “Da plasticidade dos materiais ao corpo plástico”, estão previstas duas oficinas: “Plástica dos materiais” (Figurinos, adereços, máscaras e marionetas) e “Plasticidade do Corpo”, que decorrerão nas cinco freguesias envolvidas. A 22 de setembro, equinócio de Outono, será apresentado o primeiro balanço do trabalho realizado e as apresentações finais decorrerão a 22 de dezembro.
Tômbola Pró Comunidade do Interact Club de Caldas das Taipas A Campanha “Pró Comunidade” do Interact Club é a primeira grande atividade do clube de jovens dos 12 aos 18 anos, criado em setembro de 2016), pertencente ao clube rotário taipense. Vendem rifas e, felizmente, o espírito solidário que caracteriza a maior parte da população fez com que os patrocinadores aderissem em peso. A tômbola está a pedir vales/vouchers pelas empresas e casas comerciais (caso da Taipas Termal, farmácias, restaurantes, laboratórios de análises, cutelarias, cafés, cabeleireiras, salões de estética, lojas de informática e de telemóveis, hipermercados, etc) que têm correspondido em grande número para que, desta forma, a maior parte das rifas sejam premiadas. Esta é uma atividade inicial do Interact que vai cumprir os objetivos de divulgar o comércio e indústria locais e divulgar os valores de Rotary. O resultado desta iniciativa terá como destino a aquisição de mais uma cadeira
para o Banco de Cadeiras de Rodas (disponíveis nos BVT com os quais o Rotary tem um protocolo), a compra de um nebulizador para o Banco de Nebulizadores que o Rotaract inicia este ano (protocolo a estabelecer com o Centro de Saúde de Caldas das Taipas), promover visitas aos mais idosos, levar ofertas aos mais pequenos, que estão sob a proteção da Casa da Criança em Guimarães e ainda fazendo cabazes de Páscoa. O sorteio dos vales/vouchers far-se-á na Junta de Freguesia, na segunda quinzena de março, para o qual toda a população está convidada. Os vales/ vouchers terão de ser usados até 30 de junho, data em que acaba o ano rotário 2016-2017. Este é um exemplo da forma como estes jovens interactistas abraçaram o voluntariado, “dando de si antes de pensar em si”, pondo-se ao serviço da comunidade taipense cumprindo o lema rotário do ano “Rotary ao serviço da comunidade”.
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ATUALIDADE
Chuva não impediu animação no Carnaval de Caldas das Taipas A Organização Carnavalesca das Taipas tem tudo para estar satisfeita com o trabalho realizado. Com muita chuva à mistura, as diferentes iniciativas, principalmente no dia de Carnaval, acabaram por ter sempre muita gente a assistir. Não tanta como seria esperada pela organização mas, atendendo às condições climatéricos, acabou por não ser mau. Fotos Manuel Silva e Paulo Dumas
A primeira iniciativa do programa deste ano, uma corrida de carrinho de rolamento e trikes, realizada numa tarde agradável de sol, trouxe muita gente à vila das Taipas. O mesmo aconteceu com o desfile das crianças realizado na sexta-feira e domingo. Ambos realizados sem chuva que
apareceu em força na segunda-feira, tendo condicionado a realização do espetáculos agendados. No dia de Carnaval, apesar de algumas abertas, o tempo esteve praticamente sempre chuvoso. Contudo, não foi por isso que as pessoas deixaram de comparecer às iniciativas realizadas,
Defile Carnavalesco, com carros alegóricos, grupos de bombos e muitos mascarados, na terça-feira, 28 de Fevereiro.
Defile de crianças no Domingo, 26 de Fevereiro.
A 19 de Fevereiro realizou-se a primeia corrida de carrinhos de rolamentos e trikes. Um dia de sol que juntou muitos populares na primeira iniciativa do Carnaval 2017.
sobretudo, para assistir ao Desfile Carnavalesco. Um prémio que todos os envolvidos na organização mereceram, pelo esforço e dedicação que têm demonstrado na realização desta iniciativa. Na noite de terça-feira, depois de lido o testamento, cumpriu-se o ritual do “Enterro do Arturinho”
Carlos Ribeiro e a sua banda foi um dos muitos artistas que passaram pelo palco montado no Jardim Público e que foram animando as noites das festividades carnavalesca das Taipas.
Defile Carnavalesco, com carros alegóricos, grupos de bombos e muitos mascarados, na terça-feira, 28 de Fevereiro.
Na manha do dia 24 de Fevereiro, foras as crianças das escolas locais a animar as ruas das Taipas.
Excertos do Testamento do Arturinho, lido na noite de Carnaval, 28 de Fevereiro. TAIPAS
BARCO
Boa noite Povo das Taipas Cá vamos mais um aninho Para vos ler o que deixou O nosso saudoso Arturinho
O defunto deixa escrito Decretos de proibição : Carne e vinho é interdito Mesmo para os que sofram do coração.
Era um homem de atributos E era muito requisitado Por isso deu muitos frutos É filhos por todo o lado.
Decreta também o luto, Por 40 dias apenas. O que não cumprir é bruto E não terá direito às pequenas.
Muitas preocupações Dão a quem quer trabalhar Mas esta Organização Não tem gente para ajudar.
Às viúvas deixa ele Uma limpas cuecas, Os amigos têm permissão De beber umas canecas.
O Carnaval das Taipas Tem que ter seguimento Precisamos de muitos taipenses Para lhe dar andamento.
À Rosa e à Maria, Suas últimas amantes, Deixa ele uma pia Pra comeram lavagantes.
Ao Clube Caçadores das Taipas Ping.Pongue e ao Ténis Deixo-vos aquelas bolas Que tenho junto ao pénis.
Nesta noite de tristeza Aqui estamos a chorar, Pois podes ter certeza Que daqui a pouco vais rebentar.
Para a Junta de Freguesia O que me dava prazer Era aumentar-lhe a fantasia dando-lhe mais poder.
No Carnaval foste rei, E nós teus queridos súbitos, Tua palavra era lei, Nós cumprimos como estúpidos.
Para a Taipas Termal Quebrar-lhe as ilusões Não ficava nada mal acabar as perfurações.
Tua sepultura é o rio, Tuas mulheres as trutas, Mas para não teres mais frio Tens que te pôr nas …
O Arturinho morreu Foi uma vez por engano Mas ele sempre cá volta Ao menos uma vez por ano.
Barco, ó grande terra Nestes dias de Carnaval, Onde toda a gente berra E ninguém leva a mal.
Deixou tudo bem escrito Para que eu possa ler Diz que aqui nas Taipas Ainda há muito para fazer.
Dia de copos, dia de folia, Bailou o Manel e a Maria. Vamos gozar e berrar, Pois, amanhã, toca a trabalhar.
Ao chegar ao Rio Ave Aquilo vai ser de alarmar Vamos-lhe pôr umas bombas Para o fazer rebentar
Mais um vez adeus ao defunto Para o ano tornamo-nos a ver, Amanhã, nem vinho nem carnes, Com esta dieta ainda vamos morrer..
E eu vou ali ao Pessevelho, Quando cá voltar para o ano Espero que Taipas já seja Concelho
Março de 2017
reflexo
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Governo viabiliza acessibilidade ao Avepark ARQUIVO
Texto Paulo Dumas
O Governo de Portugal apresentou, terça-feira, 7 de fevereiro, um conjunto de intervenções que farão parte do designado Programa de Valorização das Áreas Empresariais. Foram igualmente conhecidos os investimentos que serão efectuados ao abrigo do programa, assim como a sua distribuição. Entre o conjunto de investimentos estão incluídos 18,4 milhões de euros, para a construção do acesso ao parque de ciência e tecnologia. O Ministro Planeamento e das
Infra-estruturas, Pedro Marques, anunciou em que consiste o Programa de Valorização das Áreas Empresariais, que já tinha sido avançado pelo Primeiro-Ministro António Costa, durante o debate quinzenal no Parlamento, no dia 27 de Janeiro. Entre o plano de investimentos previsto no programa do Governo, que ascende a um total de 180 milhões de euros, está incluída a melhoria das acessibilidades ao Avepark, estando previstos investimentos de apoio a onze outros parques empresariais em todo o país. A via de acesso ao Avepark terá
uma extensão de 6,6 quilómetros e implicará um investimento na ordem dos 18,4 milhões de euros. No distrito de Braga, além do Avepark, estão previstas intervenções na zona empresarial a sul de Famalicão. Para a região Norte, na rubrica de construção de novas vias, o programa tem previstos 82 milhões de euros. A Câmara Municipal tem defendido, desde o início de 2015 a construção de uma via dedicada de acesso ao Avepark – Parque de Ciência e Tecnologia, uma solução que divide opiniões e que gerou uma acesa discussão, envolvendo várias alternativas à proposta avançada pela Câmara Municipal. A própria autarquia considerou rever a solução inicialmente apresentada. Independentemente da solução, a construção desta via, tida como fundamental para a viabilidade do parque de ciência e tecnologia, estava pendente de uma solução de financiamento. Os 180 milhões de euros anunciados pelo Governo estão divididos em dois pacotes, que contemplam o alargamento de parques empresariais (78ME vindos da União Europeia) e para a melhoria das acessibilidades a alguns polos já existentes (102ME provenientes directamente do Orçamento de Estado).
A robótica é coisa de crianças DR
Texto Catarina Castro Abreu
São mais de 500 jovens que se juntam durante quatro dias para construir robôs e testá-los em competições. Trata-se da 11.ª edição da RoboParty, uma iniciativa da Universidade do Minho e a spin-
-off SAR - Soluções de Automação e Robótica, que decorre entre esta quinta-feira e sábado, 04. O evento pedagógico ensina a criar robôs móveis autónomos de forma simples e animada. Esta décima primeira edição decorre no pavilhão desportivo do campus de
Azurém, em Guimarães. A entrada é livre ao público. A maioria dos participantes é da faixa etária dos 15 aos 18 anos, sendo que o mais novo tem oito e o veterano conta com 61 anos. No início do evento, as mais de 120 equipas recebem um kit em peças do novo robô “Bot’n Roll One A”. Segue-se a formação básica em eletrónica, programação e mecânica para permitir a construção do protótipo, num ambiente de entreajuda e com apoio permanente de 90 estudantes de Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores. Na sexta-feira e no sábado há desafios robóticos, onde os participantes põem os seus robôs à prova, para demonstrar as suas capacidades. Estas provas não têm qualquer intervenção humana, e consistem em três desafios: obstáculos, perseguição e dança, sendo que este último decorre no sábado, pelas 14h00.
Propostas para a V Edição do Orçamento Participativo até 28 de abril Texto Alfredo Oliveira
Já está em marcha a V edição do Orçamento Participativo de Guimarães (OP2017). Como áreas admissíveis, para além das que marcaram a edição anterior, caso das relacionadas com o “Ambiente e sustentabilidade” e “Voluntariado e Solidariedade”, acrescenta-se uma terceira ligada à “Cultura”. As propostas podem ser apresentadas até ao dia 28 de abril. Nos termos do Orçamento aprovado para 2017, a verba global a atribuir ao OP2017 é de 500 mil euros, para financiar os projetos mais votados pelos cidadãos. Dessa verba global, 200 mil euros serão destinados a financiar propostas de iniciativa e âmbito escolar, abrangendo os 14 agrupamentos escolares e as 2 escolas secundárias do concelho de Guimarães, designado de OP_ESCOLAS 2017. Só serão consideradas propostas que, após validadas, sejam orçamentadas num valor igual ou inferior a 50 mil euros ou que, após a análise das Direções Escolares, sejam orçamentadas num valor igual ou inferior a 12 mil e 500 euros, para cada um dos 14 agrupamentos escolares e as 2 escolas secundárias do concelho
de Guimarães, sendo considerado nesse valor o IVA à taxa legal em vigor. As propostas podem ser apresentadas por via eletrónica, mediante registo a efetuar no portal criado pela Câmara Municipal de Guimarães para o efeito (http:// op.cm-guimaraes.pt) ou, presencialmente, em Assembleias Participativas. No OP_ESCOLAS 2017, as propostas devem ser apresentadas nas Direções Escolares, em formulário próprio a disponibilizar para o efeito. A Câmara Municipal de Guimarães pretende com o Orçamento Participativo o “reforço do envolvimento dos cidadãos nas dinâmicas de governação do concelho. Através dos contributos, traduzidos nos projetos apresentados pelos munícipes via OP2017, pretende-se uma participação coletiva na promoção de um concelho mais sustentável ao nível ambiental e energético e torná-lo uma referência na área do voluntariado e da solidariedade”, sem esquecer a experiência adquirida na área da Cultura. Referências que têm em conta as candidaturas assumidas com a Capital Verde Europeia e a Capital Europeia do Voluntariado, sem esquecer o facto de ter sido Capital Europeia da Cultura em 2012.
Fases do OP2017 1. Apresentação de propostas online: 1 de março a 28 de abril 2. Análise técnica das propostas: 2 de maio a 30 de junho 3. Período de reclamações: 3 a 7 de julho 4. Decisão sobre as reclamações: 11 de julho 5. Divulgação da lista final de propostas a votação: 6. Votação online e SMS: 17 de julho a 7 de setembro 7. Assembleia de Voto Presencial: 17 de julho a 7 de setembro 8. Anúncio público dos projetos vencedores: 12 de setembro
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reflexo
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ATUALIDADE
O que se comunicou e o que se cumpriu no primeiro mandato de Domingos Bragança ALFREDO OLIVEIRA
O Reflexo analisou os comunicados de imprensa que a Câmara Municipal de Guimarães foi emitindo ao longo do mandato. O que ficou por concretizar, as reações às iniciativas da oposição e as promessas cumpridas contam o trabalho dos três anos e meio de Domingos Bragança e do seu executivo em Santa Clara. Texto Catarina Castro Abreu
Guimarães ainda quis ser Capital Europeia do Voluntariado, mas desistiu da candidatura logo em 2014 e concentrou-se apenas na Capital Verde Europeia 2020 (CVE). Em abril de 2015, foi anunciada a elaboração de um Plano Municipal de Redução de Ruído, que, entretanto, não teve mais eco na comunicação da Câmara, não tendo sido divulgadas mais ações neste sentido. Registam-se algumas ocasiões em que a Câmara foi excessiva PUBLICIDADE
nos anúncios que fez. Após uma reunião em Pontevedra, o vereador do Urbanismo, Amadeu Portilha, disse, em novembro de 2015, que queria o centro histórico completamente sem carros. Comerciantes e moradores não gostaram e a medida teve que ser adiada, pelo menos, diz o presidente Domingos Bragança, até que o parque de Camões esteja pronto. Também em novembro de 2015, após a morte de um Velho Nicolino, numa situação, que, na
altura, gerou alarme social por se suspeitar de crime (mais tarde veio a revelar-se ter sido um acidente), o presidente de Câmara anunciou que iria reunir com “os responsáveis das forças de autoridade, das instituições e dos empresários do Centro Histórico” para “definir em conjunto soluções que mereçam um amplo consenso da comunidade vimaranense”. Disse ainda que, “até ao final do ano”, daria “nota pública das conclusões resultantes destes encontros”. Tal nunca che-
gou a acontecer. Foi após a assembleia municipal de 26 de fevereiro de 2016, em que a deputada social-democrata Ana Paula Damião acusou a Câmara de “mexicanização” das estruturas da autarquia, que o presidente Domingos Bragança veio anunciar a disponibilização do quadro de pessoal de instituições onde tem participação pública. Esta informação poderia ser consultada na internet. Só que essa página nunca foi para o ar e, interpelado
várias vezes pela oposição sobre o assunto, Domingos Bragança responde que a medida esbarra nos pareceres da Comissão Nacional de Proteção de Dados. Um mês depois, o vereador da CDU, Torcato Ribeiro, denunciou que a Câmara não exerceu o direito de preferência na compra dos edifícios onde está a Torre da Alfândega. Uns dias mais tarde, a autarquia, em comunicado, informou que estes edifícios terão que ter “servidão pública” nem que para isso tenha que recorrer a “processo expropriativo”. Seis meses depois a Câmara apresentou o plano de recuperação daquele local, anunciando um elevador panorâmico para a Torre. A aguardar fundos comunitários, as obras ainda não avançaram. Ainda no âmbito do património, o anúncio da recuperação dos Fornos da Cruz de Pedra foi feito em maio de 2016 mas ainda não foi concretizado. A 14 de outubro de 2016 a Câmara informou que iria rampear os acessos a duas centenas de passagens de passadeiras para peões no centro da cidade e que iria intervir no Parque da Mumadona para o tornar acessível a pessoas com mobilidade reduzida. O anúncio surgiu quatro dias depois da coligação Juntos por Guimarães (PSD, CDS e MPT), na oposição, realizar uma conferência de imprensa no local. “Centros Históricos classificados pela UNESCO isentos da taxa de IMI” foi título de uma comunicação do município em 31 de março de 2016, depois de o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, ter dado esta informação à Câmara Municipal. O mesmo governo desdisse-se, em julho, com uma comunicação assinada por Mário Centeno. A “novela” só terminou
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reflexo
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Mário Dias homenageado pelo Rotary de Caldas das Taipas ALFREDO OLIVEIRA
em novembro do ano passado com o Ministério das Finanças a dar autonomia às autarquias para isentar edifícios localizados em zona classificada. Outro dos processos complexos que estão dependentes do governo é o financiamento à Plataforma das Artes. Apesar dos vários anúncios de apoio - nomeadamente num comunicado de julho de 2016 e outro por ocasião da elaboração do Orçamento de Estado, três meses depois -, de que a PAC seria apoiada pelo Fundo de Fomento Cultural, hoje ainda não se sabe que montante é que aquela infra-estrutura vai receber em 2017. Ambiente pautou o mandato
A candidatura a Capital Verde Europeia foi um dos grandes desígnios que pautou o primeiro mandato de Domingos Bragança. Várias foram as ações para solidificar este objetivo, desde logo: a realização de iniciativas para os jovens como o Ecoparlamento, a “adoção” de rios e ribeiras do concelho, a integração das escolas secundárias do concelho à Associação Laboratório da Paisagem e o projeto “EduBicla”. A promoção de eventos como “LandArt – Bienal de Arte em Paisagem”, que terá lugar em 2017, a subscrição de documentos como o “Compromisso pela Bicicleta” e a “Declaração Basca”, o novo roteiro de sustentabilidade ambiental para cidades europeias; a criação de brigadas verdes nas freguesias; o projeto “Guimarães Mais Floresta” com a plantação de 15 mil árvores até este mês de de 2017 foram outras das iniciativas concretizadas. Nos últimos quatro anos, foram ainda levados a cabo eventos como o “Green Weekend” e a Semana Europeia da Mobilidade. A nível institucional, Guimarães é fundadora da Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas. Os vários partidos políticos com assento na Assembleia Municipal vimaranense assinaram esta quinta-feira, 2 de Março, uma declaração de consenso político para a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020. No próximo mês deverá começar a construção da 1.º fase da
ecovia de Guimarães.
“Palavra dada é palavra honrada”
A aprovação do PDM, com a publicação em Diário da República a 22 de junho de 2015, foi uma das metas alcançadas na primeira metade do mandato. Depois, a Câmara de Guimarães investiu na melhoria da infra-estrutura viária, nomeadamente no centro da cidade, com um montante de dois milhões de euros, e para as freguesias encaminhou outros dois milhões. A criação da rede de 18 Espaços do Cidadão foi também um apoio às freguesias longe da sede de concelho. Destaque ainda para o investimento em Couros de forma a duplicar a área classificada Património Mundial da UNESCO. Em outubro de 2015, a Câmara chegou mesmo anunciar que queria ter uma área de proteção desde a Igreja da Penha à Veiga de Creixomil. Contam-se ainda: a nova sede da Vitrus, a adaptação da casa de Donães para sede do ACT e a requalificação do novo largo de Donães (cuja infra-estrutura de apoio social foi transferida para um edifício requalificado junto ao mercado municipal), a instalação da Academia de Música de Pevidém na antiga escola EB1 do Bairro, a reabilitação da entrada nascente de Guimarães, a ligação da rotunda de Mouril à variante de Silvares, o início da obra da Academia de Ginástica de Guimarães, a reabilitação de um prédio social com recurso a fontes de energia sustentável, a criação de um Welcome Centre, as inaugurações do polo de governação eletrónica para o mundo da Universidade das Nações Unidas, do Centro Ciência Viva de Guimarães Curtir Ciência e, finalmente, da Casa da Memória. Estarão aqui a faltar outras obras concluídas pelo concelho, nomeadamente as anunciadas em reuniões de Câmara descentralizadas. De fora desta análise ficam casos como o da Ecoibéria, que marcou o atual mandato. Mas o caso não foi tema de comunicados de imprensa do município pelo que, por isso, ficou de fora deste artigo.
O médico taipense, passados 18 anos da homenagem prestada a Augusto Dias, seu pai, viu ser reconhecida pelo mesmo clube rotário o seu trabalho de “excelência” na área da saúde e a sua participação cívica em Caldas das Taipas Texto Alfredo Oliveira
No ano de arranque do Rotary Club de Caldas das Taipas, em 1999, o primeiro profissional homenageado foi Augusto Dias de Castro. Passados 18 anos, como referiu o atual presidente, António José, ao “Doutor dos Banhos” seguiu-se “no ano da maioridade do clube, o seu filho, Mário Dias de Castro, que desde janeiro de 1977, no hospital de Guimarães, iniciou uma carreira dedicada ao serviço médico”. Domingos Bragança salientou a “referência municipal na área da medicina” que Mário Dias representou ao longo do seu percurso como médico e fez questão de referir que tinha de estar presente nesta homenagem, pois tinha de reconhecer
pessoalmente a “missão solidária e generosa que Mário Dias sempre teve ao longo da sua vida”. Mário Dias de Castro teve uma curta intervenção. Como o próprio reconheceu, não é um “homem de grandes palavras, mas sim de ação”. Sobre a sua atividade profissional e os princípios seguidos, fez questão de salientar que sempre se pautou “pelo espírito de servir o próximo e minorar ou resolver dentro dos possíveis o seu sofrimento”. Mário Dias de Castro foi o primeiro presidente de Junta de Freguesia de Caldelas democraticamente eleito, nas eleições de dezembro de 1976 e passou pelos órgãos sociais de diversas instituições da vila. Sobre
esta sua participação cívica, Mário Dias referiu que sempre entendeu que “um profissional deve colaborar com as instituições da sua terra”. No final, não esqueceu o apoio e a força sempre dada pelas mulheres da sua vida (esposa e filhas) nos bons e maus momentos, pois, como concluiu, “conviver com um médico de família não é uma tarefa fácil para os familiares mais próximos”. Esta homenagem contou ainda com a presença dos rotários de Guimarães e Vizela, do diretor da Escola Secundária, José Augusto Araújo, do presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Constantino Veiga e do deputado à Assembleia da República, Luís Soares.
O percurso de Mário Manuel Remísio Dias de Castro
● Desde 1980 até 1982 exerceu as funções de subdelegado de saúde de Guimarães e Médico dos extintos Serviços Médico Sociais (vulgo caixa) nas Taipas. ● Em outubro de 1982 inicia a carreira de Médico de Família no Centro de Saúde das Taipas. ● Com a entrada em funcionamento das unidades de saúde familiar integra o corpo clínico da Unidade de Saúde Familiar Ara de Trajano até 31/08/2016, data em que se aposenta da função pública, com a categoria de Assistente Graduado Sénior. ● Perito Médico Legal do Tribunal Judicial de Guimarães desde 1980 até novembro de 1998. ● Com a entrada em funcionamento dos Gabinetes Médico Legais assume a Coordenação do Gabinete Médico Legal de Guimarães desde essa data até 2013. ● Perito com competência em Avaliação do Dano corporal pós-traumático pela Ordem dos Médicos
● Possui competência em hidrologia e climatologia Médicas.
● Filho de Augusto Monteiro Dias de Castro e de Maria Adelaide Remísio de Castro Pereira Lopes, nasceu no dia 19/01/1950 no edifício das Termas das Taipas. ● Casado com Maria Eduarda Gomes de Faria Dias de Castro de que tem três filhas e dois netos. ● Frequentou a escola primária do Pinheiral o Liceu Nacional de Guimarães (o primeiro trimestre no mosteiro de Santa Clara - onde funciona atualmente a Câmara Municipal). ● Licenciou-se em Medicina no ano de 1976 na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. ● Iniciou a sua atividade profissional no Hospital de Guimarães em Janeiro de 1977. ● Durante o ano de 1979 foi deslocado para o Concelho de Vila Flor onde efetuou o serviço Médico à periferia.
Atividade extra carreira
● Primeiro presidente da Junta de Freguesia de Caldeias eleito democraticamente em dezembro de 1976. ● Presidente da Assembleia de Freguesia de CaldeIas. ● Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas. ● Presidente da Assembleia Geral do Clube Caçadores das Taipas. ● Sócio fundador e Presidente da Direção do Clube de Pesca Desportiva de Caldas das Taipas. ● Médico (pro bono) da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas, durante 31 anos. ● Médico (pro bono) do Clube Caçadores das Taipas, durante 25 anos. ● Presidente da Associação de Pais da EB 2,3 de Caldas das Taipas. ● Presidente da Associação de Pais da Secundária de Caldas das Taipas.
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ATUALIDADE
Festival de Música Religiosa marca época pascal em Guimarães DR
de S. Francisco recebe a Orquestra Divino Sospiro, às 17h00, e pelas 22h00, o espetáculo da Orquestra de Guimarães segue para o Centro Cultural de Vila Flor. No dia 15, às 17h00, na Sociedade Martins Sarmento, realiza-se um recital de piano por José Eduardo Martins. O encerramento acontecerá no dia de Páscoa, a partir das 17h00, com o Orfeão de Guimarães, que está a comemorar 100 anos, na Igreja de S. Francisco. Paralelamente, no dia 10 de Abril, na Sociedade Martins Sarmento, às 18h30, acontece a conferência “Tra-
dição e Modernidade - o Concílio de Trento e a Iconografia Pós-Tridentina”, por Nuno Saldanha. No dia seguinte, no mesmo local e à mesa hora, acontece a conferência “O som que preenche a Igreja: facetas do antigo canto litúrgico”, por Manuel Pedro Ferreira. Destaque ainda para o Curso de Iniciação ao Canto Gregoriano, que vai decorrer de 11 a 13 de abril, nas instalações da Associação Comercial e Industrial de Guimarães. As inscrições devem ser feitas no site do Conservatório de Guimarães.
Março, mês de livros e Raul Brandão
Novo festival surge para colmatar uma lacuna existente e para dar resposta a uma procura do turismo religioso por altura da época pascal, em Guimarães. Program terá início a dia 2 e decorrerá até dia 8 de abril, passando por vários locais da cidade. Texto Catarina Castro Abreu Disponibilizar oferta à procura: o vasto programa do Festival de Música Religiosa de Guimarães, que decorre entre 2 e 16 de abril, serve para responder à enchente de turismo, sobretudo religioso, que marca o tempo pascal. Sob a direção de José M. Pedrosa Cardoso, a segunda edição do evento vai receber mais investimento do que o ano passado para atrair mais público. É tempo de mostrar “o tesouro da grande música religiosa” num “ambiente de inegável espiritualidade”, sublinhou o diretor do evento, durante a apresentação do festival, na passada segunda-feira, 27. Sem deixar de notar “a singularidade do evento a nível nacional”, José M. Pedrosa Cardoso destacou ainda a participação de cinco grupos provenientes de Guimarães. Câmara Municipal, Santa
Casa da Misericórdia, Sociedade Musical de Guimarães e Arquidiocese de Braga unem-se para levar a cabo o Festival de Música Religiosa de Guimarães. José Bastos, vereador da Cultura, sem revelar o montante investido no Festival, disse que cerca de 30% da verba será direcionada para a comunicação do evento, nomeadamente com a distribuição de brochuras em espanhol – a maioria dos turistas que visita Guimarães nesta época são provenientes do mercado vizinho – nos restaurantes e unidades hoteleiras do concelho. Programação já está pronta
A 2 de abril, pelas 16h00, começa o Festival com uma missa campal no largo República do Brasil, presidida pelo Arcebispo D. Jorge Ortiga. A celebração conta com participação da Orquestra de Sopros do Conservatório de
Guimarães, Grupo Coral de Azurém, Orfeão de Guimarães, Grupo Coral de Ponte e Grupo Capella Jubilemus, numa organização que conta com a Real Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e os Santos Passos. O programa prossegue no dia 8 de abril, às 11h00, com a abertura oficial do festival, na Basílica de S. Pedro. É tempo de inaugurar a exposição a “Paixão em Guimarães”, que estará patente até ao final do evento, a 16 de abril. À semelhança do que aconteceu no ano passado, será disponibilizado um passaporte que o visitante poderá carimbar consoante os locais da exposição por onde passe. O percurso passa pelas Igrejas, Passos da Paixão e museus vimaranenses. Para 08 de abril, está agendado um recital de órgão, com Daniel Ribeiro, pelas 19h00, na Igreja de Santo
António dos Capuchos. No dia 09 de abril, a Igreja da Oliveira, pelas 17h00, recebe o Ensemble Voz Stellae (Santiago de Compostela). À noite, pelas 21h30, na Igreja de S. Francisco, atuam o Coro e Orquestra da Universidade do Minho. No dia 10, pelas 21h30, na Igreja da Oliveira, é a vez do espectáculo do Coral Ensaio (Póvoa de Varzim). À mesma hora do dia seguinte, 11, na Igreja de S. Francisco, é o tempo da Orquestra Barroca da Casa de Música. No dia 12, às 21h30, na Igreja da Misericórdia, o espectáculo estará a cargo de Coro Vilacico. No dia 13, às 18h30, na Igreja da Oliveira, haverá um momento musical gregoriano pelo Coro Solemis e, às 19h00, a Missa In coena Domini, incluída na liturgia da Quinta-feira Santa. Na Sexta-feira Santa, a Igreja
De 8 a 12 de março, o Festival Literário Húmus vai dinamizar Guimarães com tertúlias, conferências, debates, leituras encenadas em vários pontos do centro histórico, passeios literários e pintura de frases do escritor nas passadeiras da cidade. A semente está lançada para solidificar um novo festival em Guimarães, desta feita dedicado à literatura. É o coroar de uma ano “em que já muito se falou e trabalhou à volta de Raul Brandão, numa vertente escolar, numa vertente académica e numa vertente mais da sociedade civil, que é a de levarmos à rua Raul Brandão”, disse a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Guimarães, Adelina Paula Pinto, na apresentação do evento, no passado dia 20. O festival começa simbolicamente no dia em que a Biblioteca Raul Brandão celebra 25 anos com visitas de vários autores a várias escolas, onde decorrerá a semana da leitura. O objetivo é que em todas elas se leia Raul Brandão. Aliás, o público infanto-juvenil é o alvo de duas obras: “O Senhor da Casa do Alto”, escrito pelo vimaranense Carlos Poças Falcão, com ilustrações de
Mafalda Neves, será lançado a 09 de março. Durante o ano de 2017, numa parceria entre a Câmara Municipal e a editora Opera Omnia, vai ser editada uma biografia de Raul Brandão, da autoria de João Pedro Ribeiro, direcionada aos alunos do 2.º ciclo. Serão ainda relançadas as obras Húmus e Memórias. A obra dramática de Raul Brandão irá ser mostrada, na íntegra, por grupos amadores e escolas de teatro de Guimarães. O renovado Largo de Donães vai acolher o Jardim Rauliano, anunciou Adelina Paula Pinto, vereadora da Educação, na apresentação do evento aos jornalistas na passada segunda-feira, 20. A agenda do “Brandinho” vai ser distribuída pelas crianças. A freguesia de Nespereira, onde fica a Casa do Alto, que foi lar do escritor e da mulher Maria Angelina, também terá uma programação própria. Foi ainda criado um site inteiramente dedicado ao escritor: “raulbrandao.pt”. “Guimarães é um exemplo para muitas outras Câmaras que não têm feito esse trabalho de divulgação e prestígio de autores locais”, notou Francisco José Viegas, comissário do evento.
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Jovens Cantores: A música aberta à comunidade
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Das Taipas para o Mundo PAULO DUMAS
“É apaixonante viver numa cidade em que o baile sevilhano ou o flamenco fazem parte do quotidiano” E M Í D I O S I LV É R I O Está em Códoba, Espanha
Novo festival surge para colmatar uma lacuna existente e para dar resposta a uma procura do turismo religioso por altura da época pascal, em Guimarães. Program terá início a dia 2 e decorrerá até dia 8 de abril, passando por vários locais da cidade. Texto Catarina Castro Abreu
O fim de tarde é agitado na sede da Sociedade Musical de Guimarães. Miúdos acabam de se vestir para o espetáculo de Carnaval enquanto outros aproveitam as salas vagas para aquecerem a voz. É o caso de Ana Almeida, 18 anos, e Ana Malheiro, 16. Entraram no coro quando o projeto arrancou, em 2011, e desde cedo entenderam que o Jovens Cantores as podias “levar mais longe”. “Aprendemos a postura em palco, técnica vocal, tivemos oportunidades, fizemos amigos que vamos levar para a vida”, pontua a mais jovem. Ana Almeida estudou canto no secundário e é nesta área que vai investir no ensino secundário. O sonho é ir para a Alemanha, o mesmo da sua colega. É neste clima de amor pela música que se desenvolve o Jovens Cantores de Guimarães. Já cresceu para dois coros: o coro principal inclui jovens dos 10/11 anos até aos 18/19 anos e que conta com 32 PUBLICIDADE
elementos. O coro infantil abrange meninos sete/nove/dez anos e tem oito coralistas. A divisão surgiu porque há o objetivo de fazer um trabalho distinto nos dois grupos: o grupo infantil é uma espécie de preparação que introduz os meninos ao canto, ao movimento e ao repertório e permite que depois transitem para o coro principal. A maestrina, pofessora e investigadora Janete Ruiz é a responsável pelo projeto e explica ao Reflexo que “nem todos os elementos que compõem o Jovens Cantores são alunos da Sociedade Musical”. “Uma das premissas do coro é que seja um projeto aberto à comunidade. Temos alunos do Conservatório de Guimarães mas temos uma percentagem significativa de meninos que não são estudantes de música. Já temos tido ex-alunos que saem do Conservatório e mantém-se ativos musicalmente através do coro.
Há meninos que não têm formação de base e fazem a sua formação, informalmente, no grupo”, esclarece. Atualmente, o projeto desenvolve-se em dois ensaios semanais, quatro horas de trabalho por semana, sendo que quando há apresentações e nas vésperas de concertos, regista-se um reforço de trabalho que pode ir até às oito horas. Há pelo menos dois estágios e duas fases de audições por ano. O resultado é um coro performativo que se “dedica a fazer repertório contemporâneo”, fazendo estreias de obras escritas dedicadas ao grupo e de obras de compositores estrangeiros. Janete Ruiz avança que “o objetivo é que o coro cresça em número e, obrigatoriamente, de qualidade”. Pretende responder a “uma grande lacuna de coros com qualidade” e que “possibilitasse fazer repertório com nível de dificuldade razoável ou alto”.
Nascido em 1991, Emídio Silvério diz-se “taipense de gema”, tendo passado por praticamente todas as coletividades desportivas da vila, tendo permanecido pelo hóquei em patins durante mais tempo. “Comecei a representar o CART aos 4 anos de idade e aos 5 anos já era desportista federado pelo mesmo clube. Representei o CART por mais de 15 anos e, fui na sua maioria, capitão de uma equipa que me enchia de orgulho” - recorda, acrescentando que foi com pena que teve de abandonar o clube por não conseguir conciliar com os estudos fora de Guimarães. Passados uns anos, depois de ter conseguido obter o título de treinador federado, voltou ao clube, onde foi treinador adjunto de juniores e, por fim, treinador principal. As suas raízes deixam Emídio Silvério orgulhoso. O seu bisavô foi Francisco Pereira Silvério, que esteve envolvido no aparecimento tanto da Farmácia Silvério, como da Farmácia Monteiro. Além disso foi uma figura muito ativa, tendo sido uma das figuras que esteve na altura da criação do Clube de Caçadores das Taipas. Emídio licenciou-se na UTAD em Ecologia, tendo posteriormente continuado os estudos da UMinho onde fez mestrado em Gestão Ambiental. Atualmente está em Córdoba como investigador da universidade daquela cidade, no Departamento de Engenharia Florestal. O seu trabalho, dentro da gestão florestal procura estudar formas de captação de dióxido de carbono no solo minimizando desta forma as alterações climáticas do presente e futuro. Sobre a cidade que o acolheu, diz-se bem enquadrado: “fui espetacularmente bem-recebido por Córdoba e pelas gentes desta cidade” - diz-nos. Gosta da componente monumental da cidade quem tem o seu centro histórico, assim como a sua catedral classificadas como Património da Humanidade. Encantamno os bailes sevilhanos e o flamenco. Ainda assim não esconde que não outro sítio como Caldas das Taipas e está sempre ansioso na altura de por aqui passar alguns dias: “nada é mais reconfortante e motivo de alegria que voltar à terra onde a lua fala, estar com a família e com os amigos e aproveitar a gastronomia minhota”.
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ATUALIDADE
43 anos de uma Universidade que deveria estar localizada em Caldas das Taipas ALFREDO OLIVEIRA
A Universidade do Minho, criada em 1973, a 11 de agosto (Decreto-Lei nº 402/73), pelo então ministro da educação Veiga Simão, comemorou a 17 de fevereiro, o seu 43º aniversário, com uma cerimónia solene presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Texto Alfredo Oliveira A propósito deste aniversário, recuámos a 10 de outubro de 2014, quando foi apresentado o livro “História da Universidade do Minho 1973/1974-2014”, numa organização conjunta da Assembleia de Guimarães e da Fundação Carlos Lloyd Braga. Nessa altura, Fernando Alberto Ribeiro da Silva, ex-governador civil de Braga e António Magalhães, ex-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, foram convidados a darem conta das suas vivências registadas nos anos “quentes” da instalação da universidade. Caldas das Taipas foi desde o início do processo apontada como a localização ideal para a instalação da Universidade do Minho, localização defendida pela Comissão Instaladora da Universidade do Minho (CIUM), investida a 14 de fevereiro de 1974, que defendeu um polo único e a sua instalação em Caldas das Taipas. Esta mesma tese
foi apresentada pela empresa Profabril, entidade especializada neste tipo de serviços, como sendo o local ideal enquadrado “em grande parte pelo rio Ave e pela estrada nacional que liga as duas cidades” [Guimarães/Braga], como se pode ler também no livro em causa. Este livro foi alvo de algumas críticas por parte de alguns vimaranenses, destacando-se Barroso da Fonte, que assumiu uma posição muito forte num artigo publicado no Correio do Minho [a 11, 18 e 25 de novembro de 2016], acusando os autores de só falarem “das conveniências”. De casos mais simples, como facto de o livro dar o dobro das páginas e fotografias a Braga em detrimento de Guimarães “16, contra 8 de Guimarães”, aos mais graves que foi o de se “omitir as inconveniências” e de ter branqueado a “injustiça cometida contra Guimarães”
e, acrescentaremos nós, mais concretamente contra as Taipas. O ex-vereador da Câmara de Guimarães (1986/90) relembra que o estudo da Profabril ao apontar a vila termal como local ideal, era no sentido de “agregar o Minho e não para o desagregar”. No entanto, mais uma vez, os políticos bracarenses conseguiram contrariar tal proposta e levaram a sede da Universidade para o Largo do Paço em Braga. É este um dos períodos que ainda hoje Barroso da Fonte gostaria de ver aclarado e a que o livro nada acrescenta e que “continua a ser tabu”. Para Barroso da Fonte, Braga tem na instalação da Universidade o principal fator para ter ultrapassado Guimarães em “todos os níveis”, começando pela questão populacional, pois nos anos setenta do século XX, Braga tinha menos habitantes do que Guimarães [Bra-
ga em 1970 tinha 101,877 habitantes, contra 120.755 habitantes de Guimarães]. Nesta evolução temporal e geográfica, em termos de localização da Universidade, Guimarães esteve mesmo em risco de não ter qualquer polo universitário. Fernando Alberto e AntóPUBLICIDADE
nio Magalhães, na sessão da apresentação do livro, deram conta disso mesmo. O ex-presidente da Câmara de Guimarães recordou a “complexidade de trazer um polo da universidade para Guimarães”, acrescentando que “muita gente teve de dar o litro por esta causa”, concluindo que o polo de Guimarães se ficou a dever ao “bairrismo dos vimaranenses”. Fernando Alberto alinhou pelo mesmo diapasão, relembrando que, mal se iniciou o processo da criação da UM, começaram de imediato “as guerras entre Guimarães e Braga”, destacou ainda a prestação de Diogo Freitas do Amaral em toda esta problemática. Por sua vez, Barroso da Fonte esperava que o livro desse conta disto tudo. Gostaria de ter lido o reconhecimento do papel da Unidade Vimaranense, nesta luta pelo polo de Guimarães e na sua liderança nas “contestações de rua, sempre ordeiras e democráticas, com os seus líderes carismáticos à frente”, situações que foram repercutidas na imprensa diária, regional e nacional, quando ainda os bracarenses defendiam mesmo que a universidade fosse reconhecida como “Universidade de Braga”. José da Silva Mendes, natural de S. Clemente de Sande [pessoa que provocou este
texto], foi um dos que esteve na frente da contestação popular vimaranense. Toda esta movimentação viria a traduzir-se numa decisão legislativa salomónica por parte do major Vítor Alves, ministro da Educação na altura, criando três polos para a UM: Braga, Guimarães e Viana do Castelo. Em Viana ficaria a extensão náutica, em Guimarães as ciências tecnológicas e em Braga as Letras. Viana acabou por desistir e Guimarães teve no Vila Flor o seu polo universitário, edifício comprado para o efeito. Mesquita Machado conseguiu desviar para Braga o poder de decisão e Guimarães não teve aquilo que lhe era devido. É a história das duas primeiras décadas que Barroso da Fonte defende que deveriam estar devidamente retratadas no livro comemorativo dos 40 anos da UM. No já referido artigo publicado no Diário do Minho, o ex-diretor do Paço dos Duques lamenta “a ausência das entrevistas, dos artigos de opinião, das reportagens e de outros à partes que se passaram nesses decisivos primeiros anos, principalmente entre 1974 e 1982”, profusamente relatados no Expresso ou no JN, quer por Ademar Ferreira dos Santos, quer por Manuel Dias e Américo Diegues.
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Vimaranense vê premiada carreira de combate à malária DR
Foi-lhe dada a possibilidade de realizar um projeto no Instituto que atribui o prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, o Instituto Karolinska na Suécia. Ali começou os trabalhos na luta contra a malária estudando fatores de resistência que o parasita adquire para escapar à ação dos fármacos. Desde então não parou.
Natália Fernandes e Joaquim Castro avançam para novo mandato
Contornar os “estratagemas” da malária
A investigadora de 35 anos tem dedicado a sua carreira à investigação de formas de cura da malária uma doença que continua a ser a causa de morte de meio milhão pessoas por ano. Texto Catarina Castro Abreu Há 13 anos que Isabel Veiga, vencedora da Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, dedica a carreira científica à luta contra a doença da malária ou o paludismo. A vimaranense, de 35 anos, desenvolve a investigação no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho. O prémio é atribuído pela L’Oréal Portugal, Comissão Nacional da UNESCO e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), incentivando investigadoras em Portugal, já doutoradas e com idade até 35 anos, a prosseguirem PUBLICIDADE
estudos originais e relevantes para a saúde e o ambiente. O júri presidido por Alexandre Quintanilha avaliou 80 candidatas e elegeu quatro. Uma delas é Isabel Veiga. Foi “com uma satisfação imensa não só no âmbito profissional mas também no pessoal” que recebeu a notícia. Para a investigadora, “este reconhecimento profissional é um marco na carreira de cientista” e servirá para ser a “força para continuar motivada e proactiva na busca infindável do conhecimento e de fontes de financiamento para o poder estudar”. Sempre olhou para a investigação como algo extre-
mamente necessário. Tudo começou quando tinha 10 anos e prometia inventar uma cura para as aftas: “Experimentei tudo o que existe na farmácia para aliviar a dor e ajudar a curar mas nunca senti que nenhum realmente funcionasse”. “Hoje não trabalho na cura para as aftas mas para a cura de uma doença infecciosa que ainda mata quase meio milhão de pessoas por ano”, diz, referindo que a escolha desta área chegou quando foi desafiada a agarrar uma oportunidade quando ainda estava a acabar o curso de Engenharia Biotecnológica no Instituto Politécnico de Bragança.
Isabel Veiga explica ao Reflexo que “esta doença é provocada por um parasita que se propaga de pessoa para pessoa através da picada de um mosquito infectado”. “Uma das razões de esta doença ainda provocar a morte a quase meio milhão de pessoas por ano passa pelo facto de o parasita conseguir desenvolver estratagemas para escapar à ação dos fármacos usados, ou seja adquirir resistência pondo em causa a eficácia do tratamento”, começa por esclarecer. A investigação que a vimaranense desenvolve visa estudar os mecanismos moleculares de defesa que o parasita desenvolve para resistir aos fármacos usados no tratamento da malária. Com a criação de parasitas geneticamente modificados em laboratório, esta investigação fornecerá também uma ferramenta que permitirá estudar o impacto destas alterações genéticas em novos fármacos em desenvolvimento, prevendo a sua eficácia, longevidade e viabilidade económica antes de ser recomendado para tratamento.
A coligação Juntos por Guimarães, que concorre às próxima eleições autárquicas deste ano, juntando PSD, CDS, MPT e PPM, iniciou em fevereiro o anúncio dos seus candidatos pata as juntas de freguesia. Natália Fernandes recandidata-se pela Junta de Freguesia de Prazins (Santa Eufémia), sendo sua ambição, antes de concluir o seu primeiro mandato, finalizar o principal objetivo a que se propôs, a construção de uma casa mortuária. Em nota distribuída à imprensa dá conta que “o projeto da casa mortuária está pronto sob o ponto de vista da arquitetura, estamos agora a aguardar a confirmação do Sr. Presidente de Câmara para saber qual vai ser o subsídio atribuído para fazer essa obra”. Para o próximo mandato, a Construção de um Parque de Lazer, será um dos seus objetivos ao mesmo tempo que pretende “continuar a responder às necessidades ou falhas que existiam até agora na fre-
guesia, em prol do bem-estar da população”. Já na freguesia de Sande (S. Martinho), Joaquim Castro habilita-se a liderar aquela autarquia por mais quatro anos. No seu programa eleitoral, Joaquim Castro aponta como “um sonho para a freguesia” a construção de um Museu Municipal das Cutelarias: “Em Sande S. Martinho existe um edifício que foi construído de raiz há mais de 100 anos, onde funcionou uma cutelaria que pretendo recuperar. Apresentei à Câmara Municipal um projeto que passaria pela compra desse edifício e aí construirmos o Museu Municipal das Cutelarias”. Joaquim Castro confessa que “um presidente de junta em oito anos consegue mostrar o que vale e o que sabe” e que este avanço para um terceiro mandato teve muito a ver com a “consideração, o respeito e a amizade que tenho por André Coelho Lima”, a quem reconhece “transparência e competência”.
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ATUALIDADE Oposição critica contratos a termo e auto-seguro dos trabalhadores municipais ARQUIVO
Festa de S. Pedro é a terceira que mais recebe da autarquia ARQUIVO
Texto Catarina Castro Abreu
Rui Barreira, do CDS, criticou a Câmara Municipal por ter contratados a termo e voltou a pegar no assunto que o colega de Coligação, André Coelho Lima, levou a reunião de Câmara: o facto de os trabalhadores municipais estarem em regime de auto-seguro. Domingos Bragança disse que é sua vontade que todos os trabalhadores da Câmara tenham um contrato sem termo e que o auto-seguro está previsto na lei. “Dizer que esta Câmara não tem contratos a termo, naturalmente, ou é um lapso ou é um descuido”, disse o deputado Rui Barreira, do CDS, referindo-se ao facto de a autarquia ter dez assistentes operacionais contratados a termo para a área da limpeza e 125 técnicos superiores contratados a termo para as Atividades de Enriquecimento PUBLICIDADE
Curricular (AEC). Na resposta, o presidente Domingos Bragança disse que a questão dos contratos a tempo resolutivo “foi levantado na reunião de Câmara” de que “eventualmente poderia suceder, numa transição de um mandato para o outro, por outra força política, que houvesse despedimentos massivos”. Dos 1700 trabalhadores municipais, “125 são contratados a prazo porque é obrigatório por lei”, esclareceu o edil, e somente “dez trabalhadores da câmara municipal é que estão com contrato a tempo resolutivo”. Domingos Bragança realçou a vontade na vinculação dos trabalhadores porque quer que “todos tenham contrato com tempo indefinido”. “A Câmara não tem seguro de trabalho”, denunciou André Coelho Lima em reunião de Câmara do dia 16. “Imaginem a instabilidade em que estão os trabalhadores da
Câmara e percebemos que não têm seguro porque não quiseram gastar o dinheiro que é necessário para com os seguros de acidentes de trabalho. Os concursos públicos ficaram desertos porque a Câmara ofereceu valores abaixo do que está a ser praticado no mercado. Isto é chocante”, denunciou o vereador social-democrata. Intervenção revalidada pelo colega de Coligação na Assembleia Municipal do passado dia 24. Respondendo ainda à interpelação de Rui Barreira, o presidente esclareceu que os “seguros de acidentes de trabalho podem ser opção da Câmara”, mostrando que a lei diz que “os serviços e organismos não devem, em princípio, transferir a responsabilidade pela reparação dos acidentes em serviço prevista neste diploma para entidades seguradoras”. Terminou dizendo que não é “caso para alarme”.
Serão cerca de 146 mil euros que a autarquia irá distribuir para a realização de festas populares. Festas de S.Pedro terão financiamento de 6.800 euros. Oposição critica aumentos de alguns destes apoios em ano de eleições. Foram aprovados em reunião de Câmara, no passado dia 16, os apoios financeiros para as festas de interesse concelhio de Guimarães. A Festa de S. Pedro, nas Taipas, é a terceira que mais recebe, com 6.800 euros, bem abaixo dos 110.000 euros para a Associação Recreativa da Marcha Gualteriana, responsável pela realização da Marcha Gualteriana (83.500 euros) e da Batalha das Flores (26.500 euros). A Coligação Juntos por Guimarães criticou a dotação financeira para as festas do concelho dizendo que na base do aumento do montante atribuído estão fins eleitoralistas. Ainda na zona norte do concelho, a Junta de Barco recebe 1000 euros para a Romaria da Senhora dos Remédios e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário tem direito a 600 euros para as festas da vila de Ponte. No total,
a Câmara Municipal vai investir 145.900 euros nas festas de interesse concelhio, um aumento face à dotação de anos anteriores. Em 2016, o montante global investido foi de 111.200 euros. A Coligação Juntos por Guimarães, pela voz de Ricardo Araújo, criticou a postura dizendo que não pode deixar de criticar que “este aumento aconteça no último ano de mandato de Domingos Bragança, em ano de eleições”. Para José Bastos, “o movimento associativo faz parte do tecido cultural do território” e o município pretende “valorizá-lo sobremaneira”. “Há outras medidas e outros instrumentos que passam por candidaturas ao regulamento municipal de apoio às unidades culturais que, nos últimos anos, financiou um conjunto de atividades em cerca meio milhão de euros”, destacou o vereador. Refutou as acusações do vereador da oposição e sublinhou que “os apoios não surgem em ano eleitoral: quando falamos do meio milhão de euros em três anos não estamos a falar só de um ano eleitoral”.
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12 ANOS A REPARAR
A Sintanet, localizada nas Caldas das Taipas, é uma empresa que está, desde sempre, dedicada à prestação de um serviço de excelência na área das Telcomunicações e Serviço de Assistência Técnica em Smatphones, Tablets, GPS’s e Computadores. Foi fundada em 2005 por Bruno Rodrigues, com apoio do seu irmão Carlos, hoje o seu “braço direito” e, foi-se destacando ao longo dos anos, pelo trabalho de qualidade e com produtos certificados, que permitem a total satisfação dos seus clientes. É hoje composta por uma equipa jovem e dinâmica com capacidade de intervenção na resolução de todos os problemas a nível de Software e Hardware de equipamentos de Telecomunicações e Informática. Ao longo dos seus 12 anos de existência, a Sintanet tem realizado uma forte aposta no mercado online, dedicando-se também à revenda de peças e acessórios para empresas do mesmo ramo. O seu sucesso deve-se a toda a fantástica equipa e, claro, a todos os clientes que confiam nos seus serviços. Bruno Rodrigues, o seu fundador, sempre foi um apaixonado por tecnologia, afirmando ser algo que o fascina, pela evolução rápida e pelas constantes novidades. Diz mesmo que, “aquele “bichinho” de reparar e explorar os equipamentos” o motivou a arriscar e iniciar este projeto. Foi essa paixão que o levou, aos 18 anos, a abrir uma empresa dedicada à informática, juntamente com dois colegas. Entretanto, deu início, sozinho, a um novo projeto, mais dedicado à área das telecomunicações mas que também descontro oferece aos seus clientes um serviço de venda, apoio e em todas as reparação de equipamentos informáticos. As expectativas reparações sempre foram as melhores. Sempre teve a noção que se tratava de uma área pouco explorada e que teria grandes válido durante o mês de março potencialidades para evoluir. E assim foi. Deu início à empresa sozinho e pouco tempo depois, já o seu irmão Carlos era o seu principal colaborador. “Hoje, posso dizer de coração cheio, que tenho uma equipa fantástica de cinco colaboradores e que, sem eles, nada disto seria possível. Sou-lhes muito grato por isso”, revela o fundador da empresa. A Sintanet está especialmente focada na assistência técnica, reparação de Smartphones, Tablets, GPS’s e Computadores. Como complemento ao negócio, disponibiliza também aos seus
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clientes a venda de equipamentos, telecomunicação e informática. Nos seus primeiros tempos de vida, a Sintanet dedicava-se, quase exclusivamente, à área da reparação de equipamentos e internet – áreas que estão na origem do nome da empresa. A evolução do negócio foi exigindo o crescimento da equipa de colaboradores e, há cerca de um ano, uma parceria com a Chip7®, fez com que a Sintanet passasse também a oferecer serviços na área da informática. As telecomunicações, nomeadamente com a comercialização dos serviços de TV+NET+VOZ das operadoras MEO®, NOS® e Vodafone® (Particulares e Empresas) é outra das áreas exploradas por esta jovem empresa taipense. Uma das formas encontradas para cativar clientes está nas facilidades de pagamento. A Sintanet disponibiliza uma linha de crédito para os seus clientes. Uma mais-valia que nos dias de hoje possibilita a todos os clientes a compra de um telemóvel ou de um computador, em suaves prestações. A Sintanet comercializa as principais marcas do mercado, nomeadamente: APPLE®, SAMSUNG®, LG®, HUAWEI®, NOKIA®, XIAOMI®, OVERMUD®, WIKO®, BQ®, ZTE®, MEO®, NOS®, VODAFONE®, ASUS®, HP®, LENOVO®, ACER® e TOSHIBA®. A Sintanet é ainda parceira, a nível nacional, com várias empresas congéneres e representante oficial da OVERMUD® (smartphones resistentes). “Sentimos que é importante ajudar”, afirma Bruno Rodrigues para justificar a preocupação constante da Sintanet com as questões sociais locais e que já a levaram a realizar um sem número de campanhas de solidariedade a favor de várias crianças e dos Bombeiros Voluntários das Taipas. Sobre o futuro, Bruno Rodrigues não tem dúvidas de que a sua empresa continuará a trilhar o caminho do sucesso e que os próximos anos serão ainda melhores que os doze que já passaram. Nesse sentido, a Sintanet vai, muito brevemente, reforçar a sua equipa com novos membros para poder dar resposta ao volume de trabalho que continua a crescer. Para Bruno Rodrigues, a principal prioridade é continuar a satisfazer os seus clientes, resolvendo os problemas com a máxima rapidez e com as melhores soluções, num atendimento altamente profissionalizado e de acordo com a necessidade individual de cada cliente.
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coisas de antanho
Caldas das Taipas: a (des)propósito do chafariz do largo
OUVIR
Nick Cave & The Bad Seeds Skeleton Tree Carlos Marques
10-02-1904: A Câmara deliberou oficiar ao Senhor Administrador do Concelho, pedindo-lhe para que insista junto das instâncias superiores, para que seja devolvido, devidamente aprovado, o projecto de reforma da canalização d’águas que abastece o Chafariz da povoação de Caldas das Taipas, por ser inadiável e urgente a reforma da alludida canalização, visto a actual não supportar pequenos reparos, dando lugar à falta d’água para o uso doméstico dos habitantes d’esta povoação. 13-07-1904: Requerimento de José António Machado, proprietário, morador na povoação de Caldas das Taipas, pedindo licença para conduzir águas, subterraneamente, em encanamento de ferro zincado, desde o Largo denominado de Chafariz, d’esta povoação, até a estrada real que da cidade de Guimarães dirige a Braga. 07-12-1904: Cumpridas e observadas todas as formalidades legais, procedeu-se à arrematação do arrendamento pelo tempo de 2 anos, dos escorros da água do Chafariz, sito na povoação de Caldas das Taipas, sob a base de licitação de 1$000 réis. Foram adjudicadas ao Dr. Luiz de Barros de Faria e Castro, pela quantia de 1$050 réis. 30-10-1907: A Câmara deliberou annunciar o arrendamento, pelo tempo de 2 anos, dos escorros da água do Chafariz, na povoação de Caldas das Taipas, sob a base de licitação de 1$000 réis. A 27 de Novembro, por conveniência Municipal, a Câmara mandou retirar da praça, o arrendamento dos ditos escorros da água. 30-08-1911: A Câmara deliberou mandar proceder à obra, por administração própria, da parte que carece a antiga mina que abastece de água, a povoação de Caldas das Taipas. Requerimento do Sr. Engenheiro Municipal, informando que o Chafariz existente, na povoação de Caldas das Taipas, junto da Alameda, que tem servido até agora para a água da mesma povoação, hoje distribuída por 5 fontanários, já não é necessário, sendo de utilidade para o Município proceder-se à sua venda. Que o seu valor, atendendo ao estado da pedra, e ao seu feitio, dificilmente lhe permitirá outra aplicação, pode ser vendido na quantia de 20$000 réis. 14-06-1936: O «Notícias de Guimarães», dedicando o “presente” número à laboriosa povoação de Caldas das Taipas, saúda o seu bom povo e faz os melhores votos pelo progresso das lindas Termas – lugar de Cura e de Repouso. A Empresa Termal das Taipas, composta pelos Ex.mos Srs. José Jacinto Júnior, Belarmino Ferreira da Cruz e Alfredo Marinho Magalhães, coadjuvada pelo Ilustre Director-Clínico, Dr. Alfredo Fernandes, merece que honra lhe seja prestada pelo grande incremento que vem dando àquelas benéficas Termas, e comprovado zelo que tem de-
É já de setembro o disco que traz de regresso a voz incólume e cada vez mais soturna e trágica de Nick Cave. “Skeleton Tree” funciona como um prolongamento do anterior “Push The Ske Away”, de 2013. É fácil colocar os dois discos a
monstrado na sua acção administrativa, em verdade digna dos maiores encómios – zelo que não poupa sacrifícios e que denota isenção e amor-bairrista. Tornada pública esta modesta homenagem, ela traduz a expressão agradecida de todos os habitantes de Caldas das Taipas. Naquele tempo, das diligências, as Caldas eram a primeira estação de folga: 5 minutos a um quarto de hora. Ao desdobrar da curva, na pequena elevação do morro, sobranceiro à estrada, via-se a Capelinha alpendrada de Santo António, com seu adro em gradeamento ao correr do muro. Depois, era o Rossio da povoação – as lojas principais, uma de fazendas, duas mercearias, o talho, algumas oficinas remendeiras – e ao centro, elegante e garboso, o Chafariz de taça.
Texto Paulo Dumas
01-01-1988: A Agência de Seguros e de Contabilidade Carlos Marques, edita para o ano de 1988 numa colecção de calendários de bolso, intitulada “CALDAS DAS TAIPAS-Colecção Monumentos Desaparecidos”, o calendário com a fotografia do Chafariz do Largo.
Quando doze misteriosos objectos se aproximam da superficie terreste, a Humanidade é posta em confronto com os seus medos e as suas inquietações, que tanto podem catapultar um reencontro interior, como uma pacificação universal. Louise Banks é uma linguista,
31-05-1993: O Tesoureiro da Junta de Freguesia de Caldelas reúne com o dono do Chafariz, Snr. Abel Pinheiro Ribeiro da Silva, solicitando-lhe a cedência do mesmo para a recolocação no seu sítio original e enquadrar na Requalificação do Largo que estava em curso naquele ano, o da retirada das Bombas de Combustíveis, e da deslocalização da Praça de Táxis, devolvendo toda a praça às pessoas, como se apresenta vai já para 24 anos, numa obra desenhada pela arquitecta Graça Nieto Guimarães e levada a cabo pela Junta de Freguesia de então. À recusa de cedência que se pretendia gratuita, porquanto o parco orçamento da junta não contemplava o pagamento, decidiu-se pela colocação dum tanque, que, considerado inadequado, volvidos menos de 20 anos acabou por ser retirado. 03-02-2017: O deputado Gildásio Ferreira, representante em 2015 da CDU na Assembleia de Freguesia de Caldelas, na sua longa e profunda intervenção pública acerca da apresentação do Projecto Base de Requalificação do Centro Cívico de Caldas das Taipas, pediu ao Senhor Presidente da Câmara Municipal que gere um orçamento anual de 105 Milhões de Euros, a recuperação e instalação do Chafariz, ao qual o Snr. Presidente, presente na sessão que decorreu no Centro Pastoral das Taipas, e perante muitas dezenas de taipenses, afirmou: “…irei fazer a diligência de contactar essa família, e convencer essa família a ceder esse Chafariz para ser instalado, aqui no Centro Cívico das Taipas, exactamente onde estava antes…”
par, falando de ambos em simultâneo, onde Nick Cave adota um registo declamativo, que por vezes nos remete para a ideia de um fim presente em tudo no Universo. Não se trata tanto de utilidade, mas sim do fim intrínseco de todas as coisas.
VER
O Primeiro Encontro (Arrival) de Denis Villeneuve com Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker
cuja especialidade é desvendar enigmas envoltos na comunicação ancestral. Ao decifrar a mensagem trazida pelos visitantes, acaba por decobrir o sentido da sua missão na Terra. Um brilhante exercício de abstracção que induz à reflexão sobre alguns temas da atualidade.
Texto Paulo Dumas
LER
Admirável Mundo Novo Aldous Huxley Ed. Antígona, 2013 trad. Mário-Henrique Leiria 320 páginas
Imperfeito, de fluidez narrativa amiúde desconjuntada e represada, este é todavia um romance que, à medida que os anos passam, parece ganhar em relevância, particularmente agora que questões como a engenharia genética, o consumo de psicofármacos ou a gratificação
instantânea fazem parte do nosso dia-a-dia. Para problematizar estas e outras questões, Huxley gizou uma sociedade altamente estratificada, onde a democracia, a igualdade e a liberdade não só foram abolidas como são vistas como uma excentricidade.
Texto Vítor Neves Fernandes
Fontes: Actas da Câmara Município de Guimarães Jornal Notícias de Guimarães
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DESPORTO
Marcelo Pereira é campeão nacional dos 800 e 1.500 metros, em pista coberta ARQUIVO
O treinador Manuel Pacheco está por trás deste sucesso com Marcelo Pereira e os outros jovens atletas
Marcelo Pereira, atleta do Núcleo de Atletismo das Taipas, sagrou-se, a 4 de fevereiro, campeão nacional dos 1.500 metros, em pista coberta, na categoria de juvenis. No dia seguinte, conquistou o título nacional nos 800 metros. Tem 16 anos, apresenta 1,91 metros de altura e sonha frequentemente em conquistar uma medalha olímpica. Texto Alfredo Oliveira Como foi o despertar para o atletismo? Foi através do Desporto Escolar, na EB 2,3 de Ponte, quando frequentava o 8.º ano. Na altura, praticava o salto em altura. Num dia, estava com os meus amigos a ver quem fazia melhor tempo nos 1.000 metros, experimentei e gostei. O Manuel Pacheco estava lá e perguntou-me se eu queria aparecer pelo NAT para fazer uns treininhos. Ao completar os 15 anos começou a minha aventura nas corridas e terminou a aposta no salto em altura. Nessa altura, o teu irmão gémeo Antunes Pereira ainda não fazia parte do NAT? Não, entrou depois. Ele também é mais “velho” do que eu cinco minutos, por isso, se algumas vezes ficar para trás, não faz mal (risos). Temos agora um bom grupo, ao qual se juntaram o Alex, o Tiago, o Paulinho, o Luís e o Zé. Treinamos muitas vezes juntos, os horários das escolas onde estamos é que complicam. Como é a tua semana de treinos?
Tenho um dia de descanso, que é à sexta-feira. Os treinos são sempre depois das 18h, quando saio da escola secundária e duram entre 40 a 50 minutos. Só ao fim de semana é que vamos dar a volta ao Mafra. Às quartas-feiras e, por vezes, às sextas-feiras, temos as “séries”. Estes treinos são sempre ou quase sempre pelos parques de Taipas e de Ponte. Como concilias os treinos com os estudos? Estou na Secundária de Caldas das Taipas, no 10.º ano, a frequentar o curso profissional de Técnico de Eletrónica e Automação de Computadores (foi a minha segunda opção). Vou conseguindo, apesar de ter as tardes sempre muito ocupadas. O horário é muito sobrecarregado. O parque das Taipas e os de Ponte precisam de algo mais para teres uns melhores treinos? Ainda bem que temos estes parques. No entanto, podia-se melhorar facilmente as condições. O piso é muito irregular, quando chove ficam
muitos charcos de água e a iluminação também não está muito bem distribuída.
100 metros é que consegui ultrapassar o que estava na frente.
Os teus momentos mais altos no atletismo foram as vitórias nos 800 metros e 1500 metros em pista coberta. Estavas à espera de vencer essas provas? Tenho de reconhecer que estava, mas não era só eu, os outros meus colegas também treinaram para vencer. Estava confiante, a dedicação que tenho nos treinos e os tempos realizados fazia com que estivesse otimista.
Tiveste uma lesão que te impediu de correr quase durante um ano. Tive de fazer uma intervenção ao menisco, mas ficou tudo bem
Como se desenrolaram essas duas provas? Os 1500m começaram muitos rápido e dei duas voltas com os outros atletas; depois nas outras cinco passei para a frente e foi mesmo, quem teve pernas acompanhou, quem não teve ficou para trás. Acabei com o tempo de 4:08 minutos. Acho que é mesmo o meu ponto mais forte, mesmo quando a prova vai rápida eu consigo ainda acelerar mais e isso faz a diferença. Nos 800 metros foi mais difícil, só mesmo nos últimos
Pensas ter uma carreira profissional no atletismo? Espero bem que sim. Qual o teu ídolo no atletismo? O nosso treinador, o Manuel Pacheco. A nível estrangeiro, gosto muito do Mo Farah [britânico de origem somali que revalidou no Rio de Janeiro o título olímpico dos 10.000 metros, após ter sofrido uma queda durante essa prova]. Ganhar uma medalha olímpica está nos teus horizontes? Imagino muitas vezes ganhar uma medalha olímpica e sonho muitas vezes com essa conquista. Gostaria muito de ganhar uma medalha nos 5000 metros, mas também pode ser noutra distância qualquer.
Como atleta, começou no Grupo Desportivo de Selho, Madre de Deus, passou pelo Fafe, Vizela, Guimarães, Núcleo Desportivo da Silva, Joane (onde esteve mais tempo) e terminou no NAT. Chegou a ter convites para ir para o Sporting e o Benfica, na altura que se dedicava à pista, mas por uma outra razão nunca se concretizou essa transferência. Desses tempos, curiosamente, tem melhores recordações de alguns tempos obtidos do que das provas que foi vencendo. Como refere, “não me esqueço dos 13:43minutos aos 5000 metros, tempo que, ainda hoje, poucos fazem em Portugal. Nunca me esqueço do meu 6.º lugar no Campeonato Nacional de Corta Mato em Bragança (2001), onde estive isolado mesmo até aos 10 km, e onde consegui o apuramento para o Campeonato do Mundo”. Esta aventura pelo treino junto dos mais jovens começou, como recorda, “com a vinda do Paulinho de Braga, depois veio o Alexandre e uns acabaram por puxar pelos outros, e foram-se juntando o Luís, o Tiago, o Marcelo, o Mateus, o Bruno e o Marco”. Assim, as coisas foram acontecendo, sem ter sido uma decisão do próprio NAT. “Havendo vontade de quem treina e de quem orienta, tudo é possível, ainda por cima com este grupo impecável, muito empenhado nos treinos e onde os resultados foram aparecendo”, tudo ajudou para que os jovens se afirmassem nas competições em
que vão participando, referiu Manuel Pacheco. Questionado sobre o potencial destes jovens, Manuel Pacheco não tem dúvidas quanto às suas possibilidades no atletismo: “Vou transmitindo a estes jovens que podem não ser campeões, mas têm condições para serem atletas de nível elevado, competitivos e vencer provas. Naturalmente, existem sempre atletas que juntando as suas características próprias acabam por se distinguir mais fácil e rapidamente, como é o caso do Marcelo. É um atleta com muito potencial, mas isso não significa que automaticamente vá vencer todas as provas ou que seja um campeão. Tem qualidades, é rápido, tem resistência e tem cabeça, característica muito importante num atleta, com ele não há stress”. A maior preocupação de Manuel Pacheco é quando chegar o tempo de passagem destes atletas para o escalão sénior. Não tem dúvidas que vão sofrer o assédio por parte de outros clubes e mostra alguma preocupação quanto ao posicionamento do NAT sobre esta questão: “É possível mantê-los no NAT, não sei ainda de que forma, mas poderia passar por uma estrutura paralela, com uma vertente mais competitiva. Tanto o NAT como Guimarães sairiam a ganhar se tivéssemos um grupo de atletas que pudessem competir com qualquer outro a nível nacional, seria uma pena desperdiçar este capital que se está a formar a muito custo”. Quanto às vitórias destes jovens e mais concretamente os últimos títulos de Marcelo Pereira, Manuel Pacheco viveu intensamente esses resultados, como diz, “uma vitória de cada um deles, festejo como se fosse eu a vencer”.
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reflexo
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DESPORTO Doze partidas sem perder colocam CC Taipas na corrida pela subida
Classificação Campeonato Distritital Divisão Pró-Nacional da AF Braga 2016/2017 #
Sem perder há doze jornadas, o CC Taipas encurtou para seis pontos a distância para o líder da prova, o Maria da Fonte. A equipa de Vítor Pacheco continua com a moral em alta e, a onze jornadas do final do campeonato, está relançada na luta por um lugar no topo da tabela classificativa. A subida de divisão não estará, nesta altura, fora dos horizontes dos taipenses Texto Miguel Ribeiro
3-0
1-0 CC TAIPAS
SANTA EULÁLIA
CC TAIPAS
0-2 JOANE
FORJÃES
CC TAIPAS
Jornada 21 - 5 de fevereiro de 2017
Jornada 22 - 12 de fevereiro de 2017
Jornada 23 - 19 de fevereiro de 2017
No primeiro de dois jogos em casa, o Taipas recebeu no Montinho o Santa Eulália. Num confronto entre duas equipas que já não perdiam para o campeonato desde o mês de outubro de 2016, o Taipas acabou por ver a sua audácia ofensiva dos últimos minutos ser compensada com o golo da vitória. Foi uma partida sempre muito disputada a meio campo e onde os guarda-redes tiveram pouco trabalho. Aos 84 minutos, Diego assistiu Figueiras que rematou para defesa de guarda-redes do Santa Eulália. Na recarga, Ricardo Cruz, empurrou para o fundo da baliza, assegurando, assim, três importantes pontos para a equipa de Vítor Pacheco.
Na 22.ª jornada, o Taipas recebeu o GD Joane que ainda não tinha somado nenhuma derrota na competição. Com um início de segunda parte de grande nível, Taipas goleou o líder da competição, por 3-0. Aos 46 minutos, Maka, de cabeça, fez o 1-0. Aos 54, de livre direto, o mesmo Maka, bisava na partida com um golo de fazer levantar o muito publico que se deslocou ao Montinho. Aos 60 minutos, Ricardo Cruz foi expulso por palavras dirigidas ao árbitro da partida mas o Taipas estava muito bem no jogo e, no minuto seguinte, á expulsão fez o 3-0, por Figueiras. Até final, o Taipas, mesmo com um jogador a menos, geriu bem a vantagem. Um triunfo importante que coloca os taipenses na luta pelos primeiros lugares.
A atravessar a melhor fase da época, não perdendo há onze jornadas, o Taipas foi até Forjães e, frente a um adversário a lutar pela manutenção, cumpriu a sua obrigação e somou os três pontos. O central António, aos 19 minutos, abriu o marcador com um remate forte e de primeira sem dar hipóteses ao guarda-redes da casa. Com a equipa do Forjães em busca do golo do empate, o Taipas acabou por fazer o 2-0 já muito perto do final, ao minuto 97. Macedo finalizou e colocou um ponto final na partida. A onze jornadas do final da prova, o Taipas está na luta pelos lugares da frente da tabela classificativa.
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
CLUBE Maria Fonte Arões Joane Brito Ninense Taipas Porto D’Ave Santa Eulália Vieira Serzedelo S. Paio D’Arcos Esposende Marinhas Amares Terras Bouro Santa Maria Forjães Vila Chã
Prémio
Craque ... 2016-2017
Rui Pereira não cede terreno Apoio:
P
J
V
E
D
GM
GS
45 44 44 42 40 39 39 38 37 26 26 25 20 20 19 18 18 17
23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
12 13 11 11 12 10 10 10 10 7 7 6 4 5 3 3 5 4
9 5 11 9 4 9 9 8 7 5 5 7 8 5 10 9 3 5
2 5 1 3 7 4 4 5 6 11 11 10 11 13 10 11 15 14
36 32 28 34 39 38 23 30 29 27 27 31 24 17 21 18 23 19
17 16 16 21 31 20 18 16 21 36 34 33 42 33 31 30 45 36
Clube de Caçadores das Taipas #
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º
Nome Rui Pereira Sau Diogo Ricardo Cruz Machado Maka António André Hugo Veiga Figueiras Sílvio Júnior Dúnio Tiago Marques Peter Rui Macedo João Ferreira Saviola Flávio Dias Diego Diogo Pinto Joaquim Pedro Coelho Jorge
Pts
67 59 57 56 56 52 51 51 49 39 37 33 32 29 21 20 16 13 10 9 4 3 3 1
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CC Taipas vai homenagear o Dr. Mário Dias ARQUIVO
O Clube Caçadores das Taipas vai homenagear, no próximo dia 22 de abril, o Dr. Mário Dias, pelos relevantes serviços e dedicação que prestou, como médico do Clube, ao longo de quase 30 anos. A Comissão organizadora convida, desde já, todos os sócios, amigos e simpatizantes a participarem nesta iniciativa cujo programa detalhado será divulgado oportunamente. Foi ainda constituída uma Comissão de Honra, integrada pelos representantes das instituições políticas desportivas e religiosas locais e ainda por todos aqueles que, durante as épocas em que Mário Dias foi médico do Clube, foram presidentes da Direção do CC Taipas.
Comissão de Honra Manuel Machado Presidente da Associação Futebol Braga Domingos Bragança Presidente da Câmara Municipal de Guimarães António Joaquim Oliveira Presidente da Assembleia Geral do CC Taipas João Pedro Ribeiro Presidente da Direção do CC Taipas Mário Ribeiro Presidente da Assembleia de Freguesia de Caldelas Constantino Veiga PUBLICIDADE
Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas José Agostinho Ribeiro Pároco de S. Tomé de Caldelas Serafim Batista Ribeiro Presidente da Direção do CC Taipas (1979-1980 e 1980-1981) José Rebelo Presidente da Direção do CC Taipas (1981-1982) José Salgado Leite Presidente da Direção do CC Taipas (1982-1983, 1984-1985) João de Macedo Presidente da Direção do CC Taipas (1983-1984)
José Ribeiro de Freitas Presidente da Direção do CC Taipas (1985-1986, 1986-1987 e 1987-1988) João Batista Ribeiro Presidente da Direção do CC Taipas (1988-1989, 1989-1990, 1990-1992, 1992-1994 e 19941996) Avelino Marques Presidente da Direção do CC Taipas (1996-1998 e 1998-2000) Francisco Mendes Ribeiro Presidente da Direção do CC Taipas (2000-2002 e 20022004)
Campeonato Distrital Divisão Pró-Nacional Da AF Braga 2016-17 Data 21-08-16 28-08-16 05-10-16 11-09-16 18-09-16 25-09-16 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 06-11-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES. 2-1 1-2 1-1 0-0 2-1 0-1 2-2 1-1 1-0 1-1 1-0 4-1 1-1 4-0 2-2 5-1 0-1
Clubes Taipas Terras Bouro Vila Chã Taipas Taipas Maria Fonte Santa Eulália Taipas Joane Taipas Taipas Forjães Santa Maria Taipas Taipas Brito Arões Taipas Taipas Ninense Porto D’Ave Taipas Taipas Esposende Vieira Taipas Taipas Marinhas S. Paio D’Arcos Taipas Taipas Serzedelo Amares Taipas
Res. 2-2 0-2 1-1 1-0 3-0 0-2
J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Data 08-01-17 15-01-17 29-01-17 05-02-17 12-02-17 19-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 02-04-17 09-04-17 15-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
Campeonato Distrital Juniores - Divisão de Honra AF Braga 2016-17 Data 10-09-16 17-09-16 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Res. 2-1 2-3 2-1 3-2 3-1 2-1 1-1 0-3 6-0 1-3 4-1 3-3 2-0 2-0 1-4
Clubes Taipas Urgeses Maria Fonte Taipas Taipas Vilaverdense Esposende Taipas Taipas Palmeiras Joane Taipas Taipas Santa Maria Marinhas Taipas Taipas Ferreirense Moreirense B Taipas Taipas Prado Maximinense Taipas Fão Taipas Taipas Martim Brito Taipas
Res. 7-3 1-3 1-0 1-6
J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Data 05-02-17 12-02-17 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
Campeonato Distrital Juvenis - 1.ª Divisão - Série “B” - 2016-17 Data 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Res. 0-1 3-1 0-1 1-1 0-5 3-0 0-3 1-2 2-3 0-2 1-0 1-3 0-1
Clubes Fafe Taipas Taipas Vizela Famalicão Taipas Taipas Bairro Oliveirense Taipas Taipas Santa Eulália Celoricense Taipas Taipas Sandinenses Lousado Taipas Taipas Joane Taipas Urgeses Brito Taipas Taipas Louro
Res. 2-1
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Data 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
Campeonato Distrital Iniciados - 1ª Divisão - Série “B” - 2016-17 Data 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Res 1-3 0-1 4-2 0-5 2-0 1-2 2-0 1-1 1-0 3-1 2-1 1-1
Clubes Folga Taipas Arões Lousado Taipas Taipas Torcatense Antime Taipas Taipas Evolution S. A. Fafe Taipas Taipas Ruivanense Vizela Taipas Taipas Sandinenses Taipas Joane Moreirense Taipas Taipas Santa Eulália
Res 0-2
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Data 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
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Março de 2017
reflexo
#249
DESPORTO
Voleibol do CART entra nas fases nacionais DR
Vida difícil no hóquei em patins
Terminaram as primeiras fases das competições de voleibol onde participam as cinco equipas do CART. Todas elas ficaram apuradas para a 2.ª fase (fase nacional). Em Seniores Masculinos, no Nacional da 3.ª divisão, o CART terminou a primeira fase em 1.º lugar e segue para a segunda fase (série dos primeiros) que se inicia a 4 de Março. Como adversários, os taipenses vão ter o Amares Volei e o Peso da Régua, equipas que pertenciam ao mesmo grupo na 1.ª fase. A estas três equipas junta-se o Frei Gil. Ficam apurados para a 3.ª fase (fase continental - onde os dois primeiros classificados vão lutar pelo titulo nacional e consequente PUBLICIDADE
subida de divisão), os dois primeiros classificados, sendo que os taipenses partem como favoritos a ocupar um desses lugares. Também em Seniores mas nos femininos, o CART terminou a 1.ª fase no segundo lugar. Na segunda fase (série dos primeiros) que também se inicia a 4 de Março, as taipenses vão defrontar o CD Aves, Instituto Politécnico do Porto, VC Viana, AD Penafiel e CA Madalena. Numa competição a uma volta, o primeiro classificado desta série defronta o 1.º classificado da série “B” para encontrar a formação que disputará a final four. Nos escalões de formação, a equipa de Cadetes já iniciou a segun-
da fase (fase nacional), e soma até ao momento duas vitórias, pela margem máxima, nas deslocações ao Latino Coelho e GDC Gueifães. A equipa está bem lançada para as importantes partidas que se seguem, frente ao GC Vilacondense e Ala Gondomar. As infantis e Iniciadas terminaram o campeonato regional no terceiro e quarto lugares, respectivamente. A 4 de Março dão início à 2.ª fase do nacional. Durante o mês de fevereiro, estas duas formações participaram na Taça Associação de Voleibol de Braga de onde saíram derrotadas, nas meias-finais. As Infantis, pelo Vitória SC e as Iniciadas pela Escola de Lamaçães.
A dez jornadas para terminar o campeonato nacional da 2.ª divisão de hóquei em patins, o CART ocupa o último posto da tabela classificativa, com 5 pontos somados. A distância para a primeira equipa acima da linha de água, o Gulpilhares, é já de 12 pontos o que torna a tarefa dos taipenses, no que toca à possibilidade de manutenção
DR
neste campeonato, muito difícil. O cenário mais provável será mesmo o regresso à 3.ª divisão nacional. Na próxima jornada, os taipenses deslocam-se precisamente ao pavilhão do Gulpilhares. Uma vitória, poderá reacender a esperança. A derrota atirará, quase que irremediavelmente, a formação taipense para a 3.ª divisão nacional.
Campeonato Nacional Hóquei Em Patins - Ii Divisão - Zona Norte - 16-17 Data 15-10-16 22-10-16 29-10-16 05-11-16 12-11-16 19-11-16 26-11-16 03-12-16 10-12-16 17-12-16 07-01-17 21-01-17 28-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Res. 5-2 2-2 12-1 3-5 2-3 4-8 5-5 2-7 10-5 5-7 9-4 6-9 5-2
Clubes HC Marco CART/Superinertes CART/Superinertes
Famalicense Ac
HC Braga CART/Superinertes CART/Superinertes
Acd Gulpilhares
Esc. Livre Azeméis CART/Superinertes CART/Superinertes
HA Cambra
Adj Vila Praia CART/Superinertes CART/Superinertes
CH Carvalhos
AA Espinho CART/Superinertes CART/Superinertes
CDC JUV. PACENSE
CI SAGRES CART/Superinertes CART/Superinertes
ACR PESS. VOUGA
CD PÓVOA CART/Superinertes
Res. 5-2 2-5 5-4
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Data 04-02-17 18-02-17 25-02-17 04-03-17 11-03-17 25-03-17 08-04-17 22-04-17 29-04-17 13-05-17 20-05-17 27-05-17 03-06-17
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#249
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Estafeta da Amizade liga Guimarães a Braga a 9 de abril ARQUIVO
Em 2017, os atletas vão começar a prova na Alameda Dr. Alfredo Pimenta, em Guimarães, e terminam no Parque de Exposições de Braga. As equipas têm de ser constituídas por dois elementos femininos e dois masculinos e cada atleta tem de percorrer cerca de cinco quilómetros. As passagens e testemunho acontecem em Ponte, Balazar e Trandeiras. Esta segunda edição da Estafeta da Amizade, que inverte o traçado de 2016, aceita inscrições através da sua página www.estafetadaamizade.pt ou diretamente junto das Cercis de Braga e Guimarães, até
ao dia 2 de abril, com o valor de 10 euros até ao dia 9 de março e de 15 euros após essa data. A prova de atletismo não só tem um cariz solidário, com as receitas a reverterem a 100% para a CerciGui e CerciBraga, mas também visa promover a coesão territorial e a igualdade de género. Tal como sucedeu o ano passado, os municípios de Guimarães e de Braga vão facultar transporte aos atletas desde o ponto de partida até cada ponto intermédio e desde a zona de meta até ao ponto de partida. O horário de partida dos autocarros de Guimarães para os
pontos intermédios inicia-se às 9h30 e termina às 9h45. O transporte de Braga, no Estádio 1.º de Maio, para o início da prova está marcado pelas 8h30min. Dada a especificidade da prova em que as equipas têm de ser formadas por dois elementos masculinos e dois femininos, foi criada uma bolsa de atletas onde os participantes poderão também formar novas equipas e criar novos laços. Existem troféus para as 3 primeiras equipas classificadas na meta e medalhas para todos os participantes a serem entregues ao atleta que chega à meta.
Campeonatos distritais de Ténis Mesa
Terminaram no final do mês de fevereiro os Campeonatos Distritais de Seniores e Cadetes da Associação de Ténis de Mesa de Braga. O Clube de Ténis de Mesa das Taipas, no escalão sénior, terminou a prova na quinta posição, num total de nove participantes. Os atletas Fábio Taipas, Francisco Macedo, Pedro Perpétua e João Gomes, ainda juniores, foram os representantes do Clube taipense e preparam-se para atacar a conquista do título distrital de juniores, no campeonato da categoria, que avança no dia 3 de Março. No escalão de Cadetes, a formação taipense classificou-se no terceiro posto num campeonato que contou com a participação de seis
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ABERTO TODO O DIA
DR
equipas. Nuno Wilson participou pela primeira vez nestas andanças e deixou boas indicações para a sua evolução futura na modalidade. José Dias e Tiago Macedo confirmaram a mais-valia que representam para o Clube. Na 2.ª divisão nacional, não estando ainda confirmada a descida de divisão da formação sénior taipense, a tarefa da manutenção parece ser muito complicada. Faltam realizar quatro partidas contra quatro dos mais fortes adversários desta competição: Ala Nun’Álvares (4.º), CTM Mirandela (7.º), Ginásio C Valbom (1.º) e GDCR Realidade (3.º). O CTM Taipas ocupa a 8.ª posição da tabela classificativa, com 20 pontos somados.
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Obituário Sara Lopes de Jesus No dia 1 de Fevereiro, na sua residência, faleceu a Sr.ª D. Sara Lopes de Jesus, com 101 anos, e residente que foi na Rua da Faísca, Caldelas, Guimarães. Era viúva de Serafim Rodrigues da Silva Amaral. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São Tomé – Caldelas e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
Laurinda de Jesus Sousa Guerra No dia 6 de Fevereiro, em França, faleceu a Sr.ª D. Laurinda de Jesus Sousa Guerra, com 54 anos, e residente que foi na Rua Reitor Joaquim Augusto Maciel Ribeiro Torres, Ponte, Guimarães. Era casada com António Ribeiro Teixeira. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de São João de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
João Alves Fernandes Lavandeira No dia 11 de Fevereiro, no Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, faleceu o Sr. João Alves Fernandes Lavandeira, com 84 anos, e residente que foi na Rua Bento Ribeiro Salgado Barreto, Caldelas, Guimarães. Era casado com Maria de Lá Salett Pereira Silvério Lavandeira. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São Tomé – Caldelas e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
Luís Gonzaga da Silva Carneiro No dia 21 de Fevereiro, no Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, faleceu o Sr. Luís Gonzaga da Silva Carneiro, com 87 anos, e residente que foi na Rua Reitor Joaquim Augusto Maciel Ribeiro Torres, Ponte, Guimarães. Era casado com Rosa Moura Pereira Caldas. O seu funeral teve missa de corpo presente na Capela de São José de Campelos e foi a inumar, em jazigo de família no Cemitério de Ponte - Guimarães.
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