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Julho de 2017 / Ano XXIV / #253
Diretor Alfredo Oliveira
Preço €1,00 PUBLICIDADE
CTT abre novo posto nas Taipas e fecha em Barco p. 11
JpG, BE e CDU apresentam candidatos a Caldelas p. 4
Polidesportivo do parque de lazer inaugurado em dia de feriado municipal
Câmara garante intervenção na margem direita do Rio Ave
Marcelo Pereira recebeu o prémio revelação da Gala do Desporto
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Transportes Urbanos de Guimarães falham na coesão do território p. 7
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Julho de 2017
#253
reflexo
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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira
Inauguração do polidesportivo e os transportes em Guimarães A inauguração do polidesportivo de Caldas das Taipas foi uma das cinco inaugurações que marcaram o “Dia Um de Portugal”, que assinalou o 889.º aniversário da comemoração da Batalha de São Mamede de 1128. Num ambiente que suscitou a curiosidade de muitos populares, a sessão na vila ficou marcada por algumas intervenções com forte sentido político e também por algumas quebras do chamado protocolo. O presidente da Junta de Freguesia acabaria por ser o último interveniente, por “repescagem” de Domingos Bragança, e alguns vereadores não ficaram satisfeitos pela forma como foram acolhidos no espaço, quase os levando ao abandono da sessão. Quanto ao resto, o essencial, o espaço inaugurado mereceu elogios de todos os intervenientes. A recetividade foi muito positiva, apesar de um ou outro reparo. Esses reparos foram dirigidos mais para a questão das prioridades quanto ao investimento e para opções de materiais e algumas soluções encontradas. Aqui, pelas conversas mantidas, a grade que delimita o ringue desportivo, o próprio piso e o paralelo no passeio colocado na avenida Rosas Guimarães no acesso ao polidesportivo não acolheram a unanimidade. Falta agora potenciar, como referiu o presidente da Câmara, o uso desta nova valência na vila termal. A partir desta edição, até setembro, em três edições, vamos abordar três grandes temas que consideramos fundamentais para os cidadãos do concelho de Guimarães. Queremos conhecer o que os quatro candidatos à Câmara Municipal de Guimarães pensam sobre esses assuntos e que projetos pretendem implementar nos próximos quatro anos, caso vençam as eleições de 1 de outubro. Nesta edição, é a questão dos transportes e o seu papel promotor da coesão territorial concelhia que está em destaque. Recordamos que este foi um dos temas mais suscitados pelos cidadãos aquando das reuniões descentralizadas realizadas nas vilas e algumas freguesias, que foram promovidas pelo executivo durante este mandato. Assim, deste modo, damos eco a essas preocupações. A anteceder essa apresentação de propostas dos quatro candidatos, mostramos a realidade concelhia dos TUG através de um mapa (que pela sua complexidade poderá sofrer algumas alterações) e o enquadramento legal do contrato de concessão que está em vigor.
reflexo O Norte de Guimarães
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SOBE Festas de S. Pedro
A tragédia de Pedrógão Grande
O calor que se fez sentir no final de junho e o facto O fogo que deflagrou a de estarmos em ano de 17 de junho em Pedrógão eleições, ajudou de sobreGrande marcou tristemente maneira ao sucesso das o mês de junho. O país festas da vila deste ano. assistiu incrédulo ao deMilhares de pessoas passenvolvimento trágico dos saram pela vila termal e acontecimentos que culpuderam desfrutar de um minaram com 64 mortos e tempo de Verão com música 250 feridos. para diferentes gostos muCom os dias a passar, sicais, dos divertimentos, a política apoderou-se da das barracas com todo o tragédia e assistimos a uma tipo de material, da feira da vergonhosa tentativa de francesinha, da procissão “passar as culpas” pelo que e o acontecimento mais aconteceu. É mesmo triste aglutinador e abrangente, o vermos os políticos dos fogo de artifício no rio Ave, partidos que nos têm governa noite de segunda-feira. nado desde o 25 de Abril e Sem dúvida, o S. Pedro que se vão intercalando no de 2017 deixou um sorriso poder, não assumirem as expressivo nos seus mais suas responsabilidades pelo diretos promotores. estado em que se encontra o país e, neste caso em particular, a nossa floresta.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 253 / Julho de 2017 / Ano XXIV Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR Alfredo Oliveira REDACÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal; Vítor Neves Fernandes REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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ATUALIDADE
Transportes Urbanos de Guimarães (pouco) coesos
Amadeu Portilha
Vereador municipal dos Serviços Urbanos e Ambiente
CALDAS DAS TAIPAS SÃO TORCATO
PENSELO PARQUE INDUSTRIAL MADREDEUS FERMENTÕES
BRITO
AZURÉM
BELOS ARES
CIDADE RONFE COSTA
PEVIDÉM
SANTO AMARO
GONDAR
POLVOREIRA NESPEREIRA
MOREIRA DE CÓNEGOS
15 KM
Rede de linhas dos Transportes Urbanos de Guimarães (TUG) Alcance máximo e mínimo da rede INFOGRAFIA PAULO DUMAS
É um dos pilares da coesão territorial: os transportes públicos que unem as 48 freguesias vimaranenses. Para os cidadãos que vivem nas localidades mais afastadas da sede do concelho é difícil empreender uma viagem de autocarro. A malha para perceber os transportes em Guimarães é intrincada. Para além dos Transportes Urbanos de Guimarães, há pelo menos seis operadoras a garantir as viagens interurbanas: Arriva, Transdev, Esteves Braga e Andreia (EBA), Mondinense, Landim e Transcovizela. Por exemplo, em Arosa a camioneta para a sede de concelho está agendada para a quinta-feira e, em reunião de Câmara descentralizada realizada neste mandato, a população dava conta de que, mesmo essa ligação é pouco usada. Um cidadão de São Martinho de Candoso demora cerca de uma hora a fazer dez quilómetros, que é a distância entre esta freguesia limítrofe da cidade e a sede do concelho. O exemplo foi por várias vezes usado por Joaquim Teixeira, deputado do Bloco de Esquerda, em assembleia municipal. Do executivo, nomeadamente de Amadeu Portilha, vereador com a pasta dos transportes, recebemos a resposta do desinteresse das pessoas pelo transporte público, que os números apresentados comprovam: 4.732.696 viagens (2010), 4.452.892 (2012), 4.376.387 (2014), 3.494.069 em 2016. Atualmente os TUG disponibilizam 19 carreiras no período “diurno”, às quais acresce a rede noturna, com um total de nove carreiras. Não há défice de exploração pago pela autarquia porque a concessão de exploração do serviço público de transportes coletivos urbanos de Guimarães não prevê qualquer subvenção, pelo que não foi paga
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qualquer compensação financeira. “O município apenas comparticipa o passe do idoso, com cobertura em todo o Concelho, numa articulação com o operador urbano e os interurbanos, pelo que a mesma se processa ao utente com mais de 65 anos (se o mesmo não adquirir o respetivo passe, não há lugar a qualquer contribuição do Município)”, explica o vereador. Vale a pena ler a explicação de Amadeu Portilha: “Aquando da realização do concurso público de concessão de exploração do serviço público de transportes coletivos urbanos de Guimarães, não foi prevista qualquer compensação ou subvenção da mesma, pelo que não foram determinados índices associados à exploração das linhas individualmente ou como um todo. Como tal, o risco associado à exploração das linhas concessionadas cabe ao adjudicatário, sem prejuízo do cumprimento das diversas condicionantes associadas à sua exploração, entre as quais salientamos a frequência das linhas e material circulante, designadamente idade máxima admissível e idade média da frota”. Não há, portanto, como saber quais são as linhas deficitárias. Quanto às tarifas, o município comparticipa o passe do idoso (em 40%), cujo valor é muito inferior ao passe da rede, €13,70 e €48,40, respetivamente, acrescendo à rede dos TUG a cobertura integral do concelho, em articulação com os operadores interurbanos. Do referido valor - € 13,70 - cabe ao idoso um valor de € 8,22 e ao Município € 5,48, apenas ocorrendo caso o idoso adquira o respetivo passe. Existem ainda outros benefícios na estrutura tarifária da concessão, sem qualquer subvenção do Município, garantidos no âmbito da exploração da concessão, designadamente o passe para pessoas com reforma antecipada e a atribuição gratuita de passe aos acompanhantes de pessoas com mobilidade condicionada. Há dois anos a Lei n.º 52/2015 aprovou o Regime Jurídico do Serviço Público de Transportes de Passageiros (RJSPTP) e, no decorrer dessa lei, a CMG assumiu, em 2016, as competências previstas nessa lei como Autoridade de Transportes (AT). “No âmbito do antigo RTA, a Câmara apenas possuía competências para o transporte urbano, no âmbito da respetiva zona urbana, limitação que impedia a gestão
territorial em todo o concelho, vincada pelo então IMTT – Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres”, começa por explicar Amadeu Portilha. Apesar do novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transportes de Passageiros ter permitido aos Municípios a assunção de competências na qualidade de Autoridade de Transportes (AT), verifica-se que o seu desenvolvimento tem privilegiado as Áreas Metropolitanas e as Comunidades Intermunicipais, enquanto AT. “Contudo, é objetivo do município o desenvolvimento das competências facultadas, designadamente na organização, exploração, atribuição, investimento, financiamento e fiscalização do serviço público de transportes de passageiros, em toda a área territorial do Concelho, sem prejuízo da persecução da co-modalidade com o(s) operador(es) interurbano(s), cuja tutela poderá caber a outras AT, designadamente à CIM do AVE, expandindo as articulações vigentes, na persecução da sustentabilidade ambiental e financeira do transporte público rodoviário”, determina o vereador. Considerando que a constituição do Município de Guimarães como Autoridade de Transporte é acompanhada por um nível de exigência técnica e financeira para o qual o município de Guimarães não está estruturado, encontra-se a decorrer um procedimento para a contratação de um técnico superior visando a sua capacitação, sem prejuízo da contratação externa de serviços, quer da perspetiva do planeamento e definição de procedimentos concursais, como do financiamento das obrigações de serviço público. Este responsável termina dizendo que “numa eventual hierarquia na futura concessão de linhas de transporte público entre as Áreas Metropolitanas, Comunidades Intermunicipais e Municípios, serão desenvolvidos os estudos que permitam a concessão de linhas infra municipais, à semelhança dos TUG, até à data limite de 31 de dezembro de 2019”. Na data em que, em reunião de Câmara, foi aprovada a AT, Amadeu Portilha sublinhou que “primeiro trataremos das linhas existentes, validadas pelo IMT, para saber se corresponde ao que é preciso no território. Depois, através das juntas de freguesia, vamos auscultar a população”, num processo a que chamou de “pequena revolução”.
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A trabalhar juntos desde 2001
DIREITOS RESERVADOS
Em março de 2001, a Câmara Municipal de Guimarães e a sociedade Transurbanos de Guimarães Transportes Públicos, Lda., assinaram o contrato de concessão de exploração dos transportes urbanos do concelho. O prazo desse contrato foi de 10 anos, tendo terminado em 2011, ano em que o documento foi renovado por mais cinco anos. Em 2016, nova renegociação com uma série de premissas, sendo que uma delas é a “ausência de qualquer custo ou subvenção do Município ao concessionário. “A conservação das atuais tarifas e mecanismo de actualização, sem prejuízo da criação de novas modalidades na estrutura tarifária”, assim como a “a alteração do modelo de comparticipação do município no passe do idoso, sem prejuízo da manutenção da sua cobertura em todo o concelho em articulação com os operadores interurbanos. “A reestruturação dos níveis de serviço decorrente da variação negativa da procura nos transportes públicos de passageiros, realidade nacional, que apesar de
atenuada também se verifica ao nível da concessão urbana”, lê-se nos objetivos, reconhecendo que a missão continua a ser “o incremento da eficiência na utilização dos recursos disponíveis, contribuindo desta forma para a sustentabilidade financeira do concessionário e ambiental da concessão, pela redução do consumo de combustíveis fósseis”. O contrato de 2011 visava 21 linhas, que neste novo contrato foram restruturadas para 19 linhas. A concessão garante a cobertura de 27 freguesias, 20 através do serviço prestado diretamente pelos transportes urbanos e 10 através das articulações com os operadores interurbanos, designadamente nas extensões às vilas. No contrato diz ainda que “a prorrogação da concessão dos TUG, o concessionário ficou obrigado a reduzir a idade limite individual dos autocarros de 20 para 16 anos e a média da frota dos 10 para os oito anos. Refere ainda que o concessionário tem um ano para introduzir esta mudança – tendo sido o contrato assinado no ano passado, esse prazo deverá estar a terminar por estes
dias. Atualmente os TUG dispõem de 33 veículos com uma média de idade de 9,7 anos. Os dados disponíveis na informação técnica que acompanha a renovação de contrato da concessão assinado no ano passado dão conta de que os custos de exploração diminuíram entre 2011 e 2014 quase meio milhão de euros (452.485 euros), devido à descida dos custos operacionais – nomeadamente combustíveis e pessoal. Já a exploração da concessão, essa, ficou quase dois milhões de euros (1.854.094 euros) mais cara entre 2010 e 2014, graças ao investimento em novas viaturas. Ainda sob esta premissa, o concessionário poderá submeter a supressão, mediante comunicação prévia e fundamentada, dos horários que não superem a média diária de três utentes, quer no período da semana, quer do fim de semana. Para efetivar, esta medida, o município poderá consultar as juntas de freguesia afetadas pelas alterações, ainda que sem caráter vinculativo. O actual contrato de concessão termina em março de 2021.
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#253
ATUALIDADE TRANSPORTES
André Coelho Lima
Domingos Bragança
“Existem áreas onde os gastos públicos não são prejuízo mas investimento”
“O futuro terá de passar pela intermodalidade”
Há uma ideia de que nos transportes em Guimarães existe uma certa irracionalidade nos preços/serviços prestados/rotas. A recém-criada Autoridade Municipal para os serviços públicos de transporte de passageiros municipais (Lei n.º 52/2015, de 9 de junho) será a resposta para esta questão? A referida “Autoridade Municipal” não é, a nosso ver, a solução completa para o problema. Ela cria as condições administrativas para que os municípios possam assumir e melhor promover políticas de transportes públicos de passageiros ficando no entanto tal tarefa dependente da visão e da opção política de cada um dos diferentes executivos municipais. Tem por isso essa potencialidade mas a mudança de paradigma depende de opção política, uma opção política diferente da que, nesta área, tem sido tomada em Guimarães sob governação socialista.
Há uma ideia de que nos transportes em Guimarães existe uma certa irracionalidade nos preços/serviços prestados/rotas. A recém-criada Autoridade Municipal para os serviços públicos de transporte de passageiros municipais (Lei n.º 52/2015, de 9 de junho) será a resposta para esta questão? Esta nova Lei, ao atribuir a responsabilidade dos transportes públicos à Câmara Municipal, que até agora não tinha, veio dar-nos a possibilidade de resolvermos para futuro este problema, tão importante para a coesão territorial do nosso concelho e da vida do quotidiano das pessoas.
De que forma pensam aplicar as competências previstas nessa lei no sentido de promover uma maior coesão territorial concelhia? Rever o contrato de concessão, por exemplo? Definir itinerários com os concelhos vizinhos? A resposta é clara: revendo o contrato de concessão por forma a privilegiar a mobilidade concelhia em detrimento da saúde financeira do setor. Existem áreas onde os gastos públicos não são prejuízo mas investimento. Esta é uma dessas áreas. A Câmara tem muito orgulho em afirmar que não tem qualquer custo com os transportes urbanos em Guimarães. Uma Câmara por mim liderada terá muito orgulho em assegurar que os vimaranenses se possam deslocar de uma ponta à outra do concelho. Uma questão comum às reuniões descentralizadas do executivo municipal foi a da falta de transportes públicos entre diversas freguesias e das ligações entre as freguesias e a cidade. O que pensam apresentar neste domínio? Como dizia antes. Como se compreende que um moreirense não possa aceitar um emprego no Espaço Guimarães por não ter transporte público? A solução que pretendemos implementar é a de uns transportes públicos modernos, amigos do ambiente, desenvolvida com forte apoio orçamental. Ao serviço das pessoas e da sua mobilidade. Em coerência com que temos afirmado sobre esta temática em sucessivas reuniões de Câmara.
Podem comprometer-se com uma nova definição do preço das tarifas? O valor das tarifas a adotar há de resultar de um estudo económico inerente ao projecto de transportes públicos e irá contar com um esforço orçamental assinalável que se pretende alocar este importante sector social. Porque temos consciência de que a política adotada ao longo dos anos e pelo atual executivo camarário, de pretender ter um serviço auto sustentado, conduziu ao péssimo serviço que atualmente temos; Há a possibilidade de introduzir um novo tipo de veículos com o objetivo de otimizar as rotas no concelho? É nossa intenção pôr à disposição do autor do “projeto de transportes públicos” novos meios de transporte, nomeadamente assentes em motorização elétrica. Para além disso e como é público, nas vias que propusmos para interligar o concelho, estão previstas vias exclusivas para transportes públicos. Trata-se de um novo paradigma da mobilidade no nosso concelho. Faz sentido combinar os horários do comboio com os dos autocarros e criar passes combinados? Entendemos fundamental a sincronia entre os novos transportes urbanos e os diferentes transportes interurbanos já existentes, nomeadamente o comboio, assim como entendemos muito importante também a promoção de passes dirigidos para estudantes e reformados; Que outras propostas têm relativamente à questão dos transportes/mobilidade em Guimarães e nas ligações interconcelhias? A especificação das propostas para a questão dos transportes/mobilidade em Guimarães e ligações inter-concelhias será desenvolvida com base no estudo de transportes públicos já antes referido. Mas há uma linha que é clara: os transportes públicos estarão ao serviço dos Vimaranenses e não ao serviço do orçamento municipal. Esta é uma área fundamental na coesão territorial com profundo alcance social. ●
De que forma pensam aplicar as competências previstas nessa lei no sentido de promover uma maior coesão territorial concelhia? Rever o contrato de concessão, por exemplo? Definir itinerários com os concelhos vizinhos? O novo Contrato de Concessão terá em conta a mobilidade elétrica, isto é, por fases, mas calendarizadas, de todos os autocarros serem elétricos, tendo em atenção o nosso desígnio da Capital Verde Europeia. A coesão territorial é um objetivo maior da atuação municipal. A criação das Autoridades Municipais implicará a redefinição das concessões e “linhas e carreiras” em 2019 e obrigará a um esforço de concertação intermunicipal. A ligação com os concelhos vizinhos está já a ser tratada no âmbito da CIM e do Quadrilátero Urbano. Os projetos de futuro são o Tramway e/ou o Metrobus, de ligação a todas as Vilas do Concelho. Uma questão comum às reuniões descentralizadas do executivo municipal foi a da falta de transportes públicos entre diversas freguesias e das ligações entre as freguesias e a cidade. O que pensam apresentar neste domínio? Sim, temos de melhorar em muito o transporte coletivo de passageiros das freguesias para a cidade e para as vilas. Nenhuma freguesia do concelho pode estar sem transportes públicos. Pode ser por miniautocarros, pode ser com o apoio do serviço público apoiado de táxi, pode também ser com o apoio das Juntas de Freguesia e das IPSS – Centros Sociais. Podem comprometer-se com uma nova definição do preço das tarifas? O transporte público de passageiros, onde o número de passageiros não for sustentável para o serviço de transporte, a Câmara assegurará a manutenção do transporte através da tarifa social.
Há a possibilidade de introduzir um novo tipo de veículos com o objetivo de otimizar as rotas no concelho? A introdução do veículo elétrico no transporte público, já assumida, será premissa estruturante de atuação municipal futura: aquisição de veículos elétricos para o Município, recurso a autocarros elétricos, disponibilização de postos elétricos de carregamento rápidos, entre outros. Foi já apresentado um plano de atribuição de uma carrinha elétrica a cada Comissão Social Interfreguesias e esta pode ser uma das soluções para algumas comunidades. Faz sentido combinar os horários do comboio com os dos autocarros e criar passes combinados? O futuro terá de passar pela intermodalidade. As pessoas precisam ter um mesmo passe que lhe permita usar os variados meios de transporte e está a ser pensado um passe escolar válido em todas as empresas que operam no nosso concelho. Que outras propostas têm relativamente à questão dos transportes/mobilidade em Guimarães e nas ligações interconcelhias? É incontornável referir a rede de percursos cicláveis para o concelho, que desenhará uma estrutura de caminhos pedonais e cicláveis entre as vilas e a cidade. Realço, também, a racionalização e ajustamento do estacionamento automóvel urbano, a requalificação urbanística dos principais corredores viários de ligação das vilas e cidade, uma atenção profunda à urbanidade dos lugares (dotando os arruamentos de passeios e melhorando o conforto e segurança pedonais), a criação e fomento do espaço público urbano como espaço de encontro comunitário (em que a pessoa ganha protagonismo relativamente ao automóvel), entre outras propostas eventualmente mais específicas, como a via do AvePark que é, fundamentalmente, uma variante de ligação do Parque Industrial de Ponte à parte norte da Vila das Taipas (zona da feira e do CART), com trajeto pedonal e ciclável, a qual permitirá transformar a Estrada Nacional 101 em Ponte numa avenida urbana; do desnivelamento da rotunda da autoestrada de Silvares e requalificação de toda a estrada deste nó até à rotunda de Ponte - via do AvePark/Taipas que, de um modo decisivo, contribuirão para uma melhor mobilidade no concelho. A mobilidade é um processo que se ajusta e melhora na procura da eficaz resposta às necessidades das pessoas. É caminho que se faz caminhando, com todos e para benefício de todos! ●
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#253
Torcato Ribeiro
Wladimir Brito
“O preço das tarifas é instrumental, é uma opção política”
“O município deve definir o planeamento global dos transportes e da mobilidade”
Há uma ideia de que nos transportes em Guimarães existe uma certa irracionalidade nos preços/serviços prestados/rotas. A recém-criada Autoridade Municipal para os serviços públicos de transporte de passageiros municipais (Lei n.º 52/2015, de 9 de junho) será a resposta para esta questão? É a constatação da realidade, não uma ideia estereotipada. Os utentes dos transportes públicos de passageiros sentem o que o Reflexo chama de irracionalidade dos preços praticados tendo em conta a qualidade e até quantidade do serviço prestado, em número de linhas, horários e percursos, em conforto e até segurança. A autoridade municipal criada pelo governo anterior PSD/CDS tem competências muito limitadas e constrangimentos impostos por lei que lhe deixam quase nenhum campo de manobra para pôr em prática uma política de transportes de passageiros que sirva os interesses das vimaranenses, tal é o garrote. Porque assim é, a CDU não espera dela o que ela não tem competências para dar.
Há uma ideia de que nos transportes em Guimarães existe uma certa irracionalidade nos preços/serviços prestados/rotas. A recém-criada Autoridade Municipal para os serviços públicos de transporte de passageiros municipais (Lei n.º 52/2015, de 9 de junho) será a resposta para esta questão? A Autoridade Municipal para os serviços de transporte e passageiros não é a única resposta para a resolução da irracionalidade dos preços/ serviços prestados/rotas, pese embora possa vir a ser um dos instrumentos jurídicos indispensáveis para a organização e desenvolvimento racional e sustentável do transporte de passagei-ros no nosso Concelho. É preciso não esquecer que o próprio Município, nos termos dessa lei, é uma autoridade de transporte, o que significa que a resolução do problema em Guimarães cabe às autoridades Municipais, maxime Câmara Municipal, logo implica decisões políticas sobre a mobilidade no concelho e intermunicipal.
De que forma pensam aplicar as competências previstas nessa lei no sentido de promover uma maior coesão territorial concelhia? Rever o contrato de concessão, por exemplo? Definir itinerários com os concelhos vizinhos? Com as reservas que acima referimos quanto à lei, que na perspectiva da CDU tem de ser revogada em muitos dos seus aspectos, entendemos que a melhor solução para a existência de transportes públicos de passageiros que fomentem a coesão do território e aproximem as populações, permitindo-lhes usufruírem de bens, serviços e equipamentos sem discriminações em função do lugar de residência, é a Câmara retomar a gestão em mãos, começando desde já a dialogar com o concessionário para recuperar a concessão. Só a gestão pela Câmara permite transportes públicos orientados para a satisfação das necessidades das populações em vez de orientados para o lucro máximo em tempo mínimo. Uma questão comum às reuniões descentralizadas do executivo municipal foi a da falta de transportes públicos entre diversas freguesias e das ligações entre as freguesias e a cidade. O que pensam apresentar neste domínio? Há anos que vimos dizendo isso mesmo e só quem silencia as posições da CDU pode ficar “surpreendido” com o que é dito pelas populações. A nós não surpreende porque estamos no meio das populações e o concelho que conhecemos vai muito para além do Tou-
ral. O grande alargamento verificado na rede dos TUG vem do tempo em que a CDU geriu o pelouro dos transportes, já passaram muitos anos. Os TUG têm de ir a todas as freguesias, porque não pode haver vimaranenses de primeira e vimaranenses de segunda, conforme a freguesia onde moram, embora paguem impostos sem discriminação positiva. Podem comprometer-se com uma nova definição do preço das tarifas? O preço das tarifas, numa perspectiva que é a nossa de incentivo à coesão social e do território, é instrumental, é uma opção política. Logo, podemos comprometer-nos com a revisão em baixa dos preços. Há a possibilidade de introduzir um novo tipo de veículos com o objetivo de otimizar as rotas no concelho? Quando subscrevemos a declaração conjunta relativa à Capital Verde Europeia não o fizemos por moda ou por vaidade. Assinamos de livre vontade aquilo que para a CDU é um projecto mobilizador, uma política transversal a todos os sectores de defesa e promoção da Natureza e do Ambiente. Donde, de modo faseado mas irreversível e sempre que a ocasião o aconselhe, substituiremos viaturas que usem combustíveis fósseis (gasolina, gás ou gasóleo) por outras que usem energias não fósseis, limpas, menos poluentes e viaturas mais silenciosas e mais confortáveis. Faz sentido combinar os horários do comboio com os dos autocarros e criar passes combinados? Claro que sim e nem pode ser de outra maneira. Que outras propostas têm relativamente à questão dos transportes/mobilidade em Guimarães e nas ligações interconcelhias? A tal Autoridade Municipal acima referida pode e deve articular com as competentes autoridades dos municípios vizinhos, se as houver, para em conjunto de forma articulada definirem os transportes entre concelhos. Portanto, com ou sem autoridade de transportes, propomos diálogo com as câmaras vizinhas para definição de um serviço de transportes públicos moderno, a preços acessíveis, que não se resumem apenas ao transporte rodoviário mas também ao transporte ferroviário. ●
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De que forma pensam aplicar as competências previstas nessa lei no sentido de promover uma maior coesão territorial concelhia? Rever o contrato de concessão, por exemplo? Definir itinerários com os concelhos vizinhos? O Município, antes do termo dos actuais contratos de concessão de transporte, deve definir o planeamento global dos transportes e da mobilidade no Concelho com base nos critérios racionais e funcionais de coesão social. Para tanto, devem ser ouvidas as Juntas de Freguesias, as Associações Comerciais e Industriais e os Agrupamentos de Escolas e a Universidade. Esse Plano deve expressar claramente a intermodalidade entre os transportes urbanos e os destinados às freguesias e entre os transportes dentro da circunscrição territorial municipal e os Concelhos vizinhos e a articulação dos horários dos diversos meios de transporte. Definido o Plano, o Município, no que se refere ao serviço de tansporte intraconcelhio, ou assume a oferta desse serviço, criando estruturas municipais para o efeito, ou celebra novos contratos adequados ao Plano ou assume parte desses serviços e concessiona outra parte. Tudo depende do custo/benefíco de cada uma dessas soluções. A Lei aqui referida oferece soluções adequadas para qualquer uma dessas modalidades. Mas, a decisão sobre todos estas determinantes é sempre e necessariamente política. Podem comprometer-se com uma nova definição do preço das tarifas? O preço das tarifas terá de ser fixado de acordo com o Plano de transportes acima referido, com a qualidade do transporte e com os demais factores de determinação do preço do serviço prestado.
Contudo, há sectores sociais – por exemplo, idosos, portadores de deficiência e crianças – que terão de beneficiar de preços reduzidos ou até gratuitos, que poderão ter de ser subsidiados. Poderá ser estabelecido preços especiais para certas ocasiões especiais. Numa palavra, não se pode assumir o compromisso de fixação de tarifas sem que seja determinado o modelo de mobilidade, incluindo nele a qualidade dos meios de tansportes, que se pretende, por dele depender o custo desse modelo e a sua repercussão o preço das tarifas. Há a possibilidade de introduzir um novo tipo de veículos com o objetivo de otimizar as rotas no concelho? Sem dúvida. Desde logo, veículo eléctricos ou a gás; de seguida, veiculos dimensionados ao serviço que têm de prestar. Os itinerários e horários devem ser todos revistos por forma a optimizar a oferta de transporte a custos mais baixos e com melhor qualidade. Faz sentido combinar os horários do comboio com os dos autocarros e criar passes combinados? Faz todo o sentido no quadro da intermodalidade e do número de passageiros- Km/ano. Nos termos da Lei aqui referida e com Regulamento (CE) n.º 1370/2007, terão o Município e a entidade que gere os serviços de caminho de ferro analisar essa questão e de celebrar protocolos ou contratos adequados. Que outras propostas têm relativamente à questão dos transportes/mobilidade em Guimarães e nas ligações interconcelhias? Rede de Transportes para as freguesias articulados com a rede de transportes na cidade e para os concelhos limítrofes. Melhoria dos horários para os compatibilizar com os horários de trabalho, escolares e de actividades culturais e desportivas. Adaptação dos veículos (autocarros) – tipo e dimensão – às necessidades de transporte em cada horário. Criação de transportes escolares autónomos. Melhoria das vias de acesso e de saída da cidade e de certos pontos estratégicos do Concelho. Alteração do trânsito na cidade, em especial na zona central com vista a diminuir o número de veículos privados em circulação, a priorizar os transportes colectivos (BUS) com redes de vias dedicadas, a criar ciclovias (que podem ser partilhadas com as vias dedicadas ao BUS). Redução da velocidade dentro da cidade para limites entre 30 e 40Km/h., excepto do BUS e Táxis, veículos de emergência médica e bombeiros em serviço de socorros e de combate a incêndios. Transportes colectivos exclusivamente a gás ou eléctricos. Pensar a possibilidade da criação de um quadrilátero no domínio do transporte interconcelhio. ●
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ATUALIDADE Polidesportivo das Taipas inaugurado no dia Um de Portugal PAULO DUMAS
Ricardo Costa: “Este espaço é para servir a população”
A inauguração do polidesportivo de Caldas das Taipas foi uma das cinco inaugurações que marcaram o “Dia Um de Portugal”, que assinalou o 889º aniversário da comemoração da Batalha de São Mamede de 1128. Texto Alfredo Oliveira
Os discursos foram unânimes no reconhecimento à obra em si. Ricardo Costa, presidente da Taipas Termal, foi o primeiro orador desta sessão. Quando, em novembro de 2009, assumiu a direção da cooperativa, uma das suas primeiras medidas foi encerrar o ringue por falta de condições de segurança. Pediu desculpa por estes oito anos de interregno, mas, como referiu, “valeu a pena esperar este tempo, para agora estarmos a inaugurar este magnífico espaço”, acrescentando que “Taipas e Guimarães merecem uma obra desta envergadura”. Destacou o grupo criado à volta do projeto da Taipas Termal que lidera, bem como o papel fundamental de Domingos Bragança na concretização dos projetos da Taipas Termal. Domingos Bragança destacou o trabalho de Ricardo Costa e de toda a sua equipa “que se tem traduzido nos bons resultados alcançados”. Sobre o polidesportivo, o presidente da Câmara teceu fortes PUBLICIDADE
elogios, “está bem enquadrado, é diferenciador e está muito bem construído”. Deixou ainda uma mensagem clara sobre o novo espaço, “caberá aos taipenses potenciar este equipamento”, concluindo que tem “confiança no futuro de Caldas das Taipas e de Guimarães”. Quando o grupo de trompetes da banda de Caldas das Taipas já tocava o tema de encerramento desta sessão, Domingos Bragança, furando o protocolo, convidou Constantino Veiga para dizer “umas palavrinhas”. Este, em dia de aniversário, referindo-se à sua despedida como presidente da Junta, fez questão de referir que os seus mandatos viveram “momentos marcantes para a vila, quer gostem quer não”. Sobre a obra inaugurada, referiu que se trata de uma obra que a vila merece, bem como a requalificação das margens do Ave e da Praia Seca. A Taipas Termal assume um papel importante no desenvolvimento da vila, mas, como acrescentou, defen-
de a abertura de concursos públicos para as ofertas de emprego que a Taipas Termal promove. Já no final da sessão, Torcato Ribeiro, vereador da CDU, referiu que se tratava de um espaço “muito importante para a região e reivindicado há alguns anos. Num espaço muito bonito, que é o parque das Taipas, ficou uma infraestrura moderna, bem enquadrada e bem conseguida. Espero ainda que se concretize o espaço para os escuteiros”. André Coelho Lima, vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães, afirmou que se estava perante “uma obra muito bonita e uma requalificação importante para a atividade desportiva”. Considerou ainda que “haveria outras prioridades de investimento, mas que, em todo o caso, se estava perante “um investimento que Taipas merece” e desejou que o polidesportivo “beneficie toda esta região e que possa ser utilizado durante todo o ano”.
O novo polidesportivo do parque de lazer de Caldas das Taipas “marca este espaço e marca as inaugurações do primeiro dia de Portugal no concelho de Guimarães. Trata-se uma obra de referência e potenciadora de um aumento de qualidade nas áreas do desporto e do lazer deste território”, nas palavras de Ricardo Costa, presidente da Taipas Termal. Na apresentação do projeto do polidesportivo afirmou que este poderia ser um motor do desenvolvimento do desporto e do lazer deste território. Isso irá acontecer? Este tipo de construções vai obrigar as pessoas a terem mais cuidado com o parque. Este embelezamento, que esta construção veio trazer para esta zona, vai alavancar outro tipo de construções mais cuidadas e outro tipo de atenção para esta área, dando mais dignidade a quem pratica desporto e a quem se desloca para o parque numa situação de lazer. É uma construção singular que veio dar dignidade à zona que estava degradada há coisa de oito anos atrás. Recordo que foi uma das primeiras decisões que tomei, que envolveu alguma polémica quando disse que ia fechar aquele espaço, por falta de condições para se pra-
ticar desporto e com riscos para os próprios praticantes. Fui fustigado, mas quem toma decisões tem que avançar e hoje o resultado está à vista. Uma coisa é o projeto, outra é o resultado final. Está satisfeito com o que está no terreno? Naturalmente que sim. Diria mesmo que o próprio concelho já merecia uma construção deste tipo. O elemento mais marcante desta obra é a sua cobertura? Um dos elementos mais marcantes desta obra é a utilização do aço corten, que se vê por todo o lado, mas, sem dúvida, é a cobertura que a distingue, que marca e marcará esta obra que gostaria de ver a candidatar-se a um prémio de arquitetura. Demorou uma semana e meia a chegar da Bélgica a Portugal. Veio em transporte específico e viu-se toda essa complexidade
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PAULO DUMAS
OPINIÃO Cândido Capela Dias
Relações em estado deplorável
quando esses camiões chegaram ao parque. E o piso escolhido para o polidesportivo? O que foi escolhido, betão poroso com um tratamento específico, foi no sentido de se poder praticar neste espaço diversos desportos, como futebol, ténis, andebol, voleibol, basquetebol, rope skipping e mesmo o hóquei em patins. Para esta modalidade vamos ainda adquirir tabelas que possam ser colocados quando necessário. A questão das inundações foi tida em conta nesta construção? O primeiro projeto já tinha prevista uma subida da cota. No entanto, nessa altura, registou-se uma das maiores cheias dos últimos 50 anos e percebemos que seria necessário levantar ainda mais um pouco essa cota e, por isso é que a obra coPUBLICIDADE
meçou mais tarde um mês e meio. Estamos mais tranquilos quanto a este problema. Ao nível do funcionamento, está tudo regulamentado? Devo dizer que para a elaboração desse regulamento foram convidadas todas as associações desportivas e culturais, bem como as direções das escolas e bombeiros para darem o seu contributo. Umas mais do que outras contribuíram e temos um documento final. Existirá um preço por utilização que prevê a utilização dos balneários, mas estamos a falar de um custo digamos “social” que não cobre o custo de funcionamento. Este espaço é para servir a população. Quanto ao parque de campismo e sede dos escuteiros? A intervenção mais profunda no parque de campismo, bem
como a sede dos escuteiros (obras que arrancarão em conjunto), será mais para o final do ano, pois ainda não termos uma decisão final da CCDRN. Vamos dividir devidamente o espaço do campismo e vamos construir três bungalows, pois o nosso objetivo é manter o parque aberto todo o ano e com essa oferta esse objetivo poderá ser mais facilmente conseguido. Devo acrescentar que o campismo tem, neste momento, novos balneários à sua disposição, com uma sala de convívio e com lavandaria, para além de uma nova receção. Houve alguma derrapagem nos custos das obras? A única coisa que se alterou foi durante a elaboração do projeto com a tal subida de cota. A obra ficou à volta de um milhão e trezentos mil euros, tal como estava previsto.
As relações institucionais entre a Câmara Municipal de Guimarães e a Junta de Freguesia de Caldelas atingiram um ponto inaceitável sob o ponto de vista do interesse das populações das Taipas e de Guimarães. Depois de os órgãos autárquicos da freguesia terem cometido erro imperdoável ao convidarem o presidente da Câmara para estar presente na sessão solene da vila para entrega de medalhas, esquecendo-o perdido na mesa de honra, sem direito a usar da palavra, facto protocolarmente insólito que nem o gesto extemporâneo do presidente da mesa da Assembleia de Freguesia reparou, a Câmara, dias mais tarde, através da direcção da Turitermas, comete um erro equiparável ao fazer de conta que o presidente da Junta, convidado e presente na cerimónia de inauguração do polidesportivo, era um presente invisível e sem direito a falar. Também neste caso, valeu o rasgo de alguém. No caso o presidente da Câmara, que mandando parar os músicos chamou o presidente da Junta para que dissesse duas palavras. Haverá certamente quem tente relativizar os dois casos, procurando retira-lhes a carga política que efectivamente têm. E haverá também quem recuse ver o facto de nada do que aconteceu foi por acaso. Na verdade, Câmara e Junta andam de candeias às avessas desde o primeiro dos três mandatos de Constantino Veiga (PSD), presidia à Câmara António Magalhães, do PS. O presidente da Junta, fazendo tábua rasa das competências definidas na lei, assumiu uma postura de confronto aberto que só podia levar ao seu isolamento com efeitos perniciosos para a Vila. Pelas atitudes do presidente da Junta, Taipas foi remetida para um lugar pouco digno e fora dos pergaminhos da sua história, perdendo se comparadas com outras freguesias igualmente do PSD, por exemplo Ponte. Este posicionamento da Junta de Freguesia não pode continuar, como continuar também não pode a resposta da Câmara. Ambos os órgãos autárquicos têm de se respeitar mutuamente, cada qual no seu papel e com as suas atribuições e competências. Se a Junta não pode subir além do que a lei lhe atribui, também a Câmara não pode castigar as populações por fazerem uma opção política democrática, um acto que me traz à memória o castigo do salazarismo ao povo do Couço por votar Humberto Delgado. À postura arrogante do PSD correspondeu a vingança do PS. Taipas não merecem ser usadas para jogos de influência partidária. A sua história reclama relações institucionais mais elevadas e mais profícuas que tanto PSD como PS já provaram não cultivarem.
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ATUALIDADE Autarcas anunciam plano para reabilitação da margem direita do Rio Ave PAULO DUMAS
Reabilitação do parque com orçamento de 200 mil euros
ALFREDO OLIVEIRA
Constantino Veiga e Domingos Bragança estiveram lado a lado a apresentar o projeto de valorização da margem direita do Rio Ave, do parque de lazer das Taipas até à Praia Seca. O projeto deverá ser motivo para uma candidatura a fundos comunitários. Texto Alfredo Oliveira Foi apresentado na quarta-feira, 14 de junho, o projeto de reabilitação e valorização do Rio Ave. O projeto visa a consolidação da margem direita do Rio Ave, na sua confrontação com a freguesia de Caldelas. O projeto desenvolvido por Pedro Teiga, engenheiro especialista da reabilitação de rios e ribeiras, prevê o restauro de uma galeria ao longo do rio, através da plantação de espécies ripícolas. A obra foi apresentada em conjunto pela Junta de Freguesia de Caldelas e pela Câmara Municipal de Guimarães. O início da obra não tem ainda data definida. Pedro Teiga apresentou um projeto de recuperação que designa de “rios 3.0 – rios para todos”. Como diz, “são os rios de futuro, onde todos os seres vivos podem usufruir das suas águas e das suas margens, com a criação de trilhos, implicando sempre as populações que vivem nas proximidades”. Defende que se trata de um projeto exemplar que ultrapassará Caldas das Taipas e o município de Guimarães. No entanto, pediu paciência às pessoas, pois o resultado final só estará totalmente visível daqui a uns dez anos: “Será criada
uma galeria ribeirinha de árvores que darão mais frescura às margens é às águas fluviais. A aposta recairá nas árvores autóctones, como salgueiro, o amieiro, o freixo, sem esquecer o carvalho para ajudar à fixação de todas as terras e vegetação”. Para se chegar a este ponto, será feita, inicialmente, uma limpeza dos resíduos domésticos e entulhos e reabilitação das margens da linha de água e dos espaços envolventes. Na estabilização das margens será seguido um conjunto de processos naturais, privilegiando-se a aplicação de estacaria viva de espécies autóctones da região. Serão ainda construídos alguns micro e mini-açudes em madeira e em pedra do meio. Os pescadores não serão esquecidos, pois o projeto contempla a existência de alguns pesqueiros através da construção de pequenas plataformas. O especialista em Engenharia do Ambiente defende que o ideal seria avançar com o projeto para o final do verão, “para evitar que as árvores a colocar possam secar durante julho e agosto”. Assim, defende o início para os fins de setembro ou início de outubro. O que poderá avançar, desde já, é a criação de um corredor
de 10 metros que a lei permite ser criado nas margens do rio. Domingos Bragança reconheceu o trabalho “excecional” que o engenheiro ambiental Pedro Teiga tem vindo a imprimir nos projetos que vem desenvolvendo, de que o exemplo apresentado é mais uma prova. Tratando-se, como afirmou, “de um projeto que se enquadra perfeitamente no desígnio de Guimarães em apostar na sustentabilidade ambiental, traduzido na Capital Verde Europeia”. Afirmou que se tratava de um projeto que tinha de ser realizado e que a Câmara está disponível para colaborar na aquisição dos terrenos que sejam necessários para o projeto, que iriam ser disponibilizados meios ao seu dispor nesta área e defendeu uma “colaboração direta das Brigadas Verdes existentes nas freguesias próximas na envolvência desta reabilitação ribeirinha”. O orçamento da intervenção rondará os 350 mil euros, que deverão ser suportados pela Junta de Freguesia de Caldelas, pela Câmara Municipal e pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) Norte e será objeto de candidatura a fundos comunitários.
Começaram segunda-feira, dia 26, as obras de intervenção no parque de lazer de Caldas das Taipas. A sobrelevação e corte do trânsito na parte final da avenida, ficará para uma fase posterior. Ricardo Costa, presidente da Taipas Termal, refere que o principal objetivo desta intervenção passa pela sua total reorganização: “vamos corrigir diversos aspetos e dar dignidade ao parque que este merece”. A intervenção, que terá uma duração de 60 dias, está orçada em cerca de 200 mil euros vai implicar uma intervenção nos trilhos pedonais existentes, uma atuação nos canteiros, definir o tipo de plantas e árvores a privilegiar, reorganizar as águas pluviais, tratar da iluminação e rever o imobiliário existente. Tudo isto para dar “uma maior homogeneidade ao parque”, como acrescenta Ricardo Costa. Desta intervenção resultará ainda a mudança da pétanca para junto do polidesportivo, no sentido de “dar outra vida aos campos de ténis”, como afirmou o presidente da Taipas Termal.
Será de acrescentar que, para já, não irá avançar, uma intervenção de fundo no final da avenida Rosas Guimarães. Estando prevista uma sobrelevação do piso a partir do cruzamento que liga ao Príncipe Parque e a consequente criação de uma nova praça, bem como a proibição da circulação automóvel a partir desse lugar, para já, tudo isto não irá acontecer. Somente será intervencionado o muro onde termina o último canteiro, que será arredondado. O muro final irá desaparecer e passará a ter uma linguagem idêntica aos outros canteiros, passará a ser redondo. Este projeto foi pensado para o Mapa 2012, o qual prevê ainda que o material dos passeios ao longo da avenida do parque seja o cubo em granito. Finalmente, Ricardo Costa referiu ainda a vontade da Câmara Municipal intervir no caminho para os Banhos Velhos e ligar o parque até à praia. Tal não será de imediato, pois pretende-se, principalmente o primeiro (Banhos Velhos), que esteja integrado com a intervenção no centro da vila.
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“As pessoas das Taipas podem ficar descansadas que a loja dos CTT vai continuar” MAS
OPINIÃO Manuel Ribeiro
As festas que nem todos querem
A afirmação é de Francisco Castelo Branco, Diretor da Área Comercial Parceiros, dos CTT, que a 21 de junho último esteve na Junta de Freguesia de Caldelas onde, a par disso, referiu ainda não ter “lógica nenhuma os rumores que para aí correm sobre o encerramento da loja” dos CTT das Taipas. Texto Manuel António Silva
Estas declarações surgem na sequência de uma visita deste responsável às instalações da Junta de Freguesia de Caldelas onde, desde o passado dia 30 de junho, funciona um Posto de Atendimento dos CTT. Confrontado com a preocupação dos mais de 400 cidadãos que sobrescreveram uma Petição, em Defesa da Estação dos CTT das Taipas, cujo primeiro subscritor é Luís Soares, atual membro da Assembleia de Freguesia de Caldelas e candidato, pelo Partido Socialista, nas próximas eleições autárquicas e que, entre outras, defende que a Junta de Freguesia está a criar uma “via verde” para que a Administração dos CTT retire serviços da atual Estação e promova o seu encerramento”, Francisco Castelo Branco referiu ser “completamente falso. Não está nos nossos planos. A loja das Taipas é uma loja que absorveu o
banco em novembro de 2016 e, por isso, investimos lá e muito. É uma loja que atende centenas de clientes ao dia e, por isso, não era a abertura de um Posto que iria permitir que se fechasse a Loja”, afirmando mesmo que “não estamos a abrir o Posto na Junta de Freguesia, para encerrar a Loja. Isso é garantido”. Entretanto, a 27 de junho, a Junta de Freguesia de Caldelas fez chegar às caixas de correio dos taipenses um Esclarecimento sobre a referida Petição, começando por dar nota de que Luís Soares “assinou ou fez constar, por 27 vezes, o seu nome”, naquele documento referindo ainda que “como sempre, o candidato evidenciou a sua especialidade, inventar falsidades e denegrir quem com muita seriedade e honestidade gere os destinos” da vila taipense e que a Petição “assenta em factos falsos inventados com fins puramente Populistas/eleitoralistas”.
Mais à frente é dada nota da insistência da Junta de Freguesia, de há 12 anos a esta parte, no sentido de melhorar os serviços prestados pela Loja dos CCT das Taipas e que a “solução encontrada” foi a abertura de um Posto de Atendimento na Junta de Freguesia. Este assunto já havia sido motivo de discussão na Assembleia de Freguesia Extraordinária de 12 de junho, com a Junta de Freguesia a levar o assunto à discussão e validação dos deputados presentes. Contudo, colocada a votação, a ratificação do contrato a celebrar com o CTT não mereceu a aprovação dos deputados e foi chumbada com os votos contra do PS e da CDU. Dado tratar-se de uma decisão que não carecia de aprovação da Assembleia de Freguesia para avançar, a Junta das Taipas, mesmo não tendo o assunto validado pela maioria dos deputados, decidiu manter a sua decisão.
As festas da vila das Taipas, em honra de S. Pedro, são consideradas pela Câmara Municipal de Guimarães, festas de interesse concelhio. E para “honrar” esse estatuto, a Câmara Municipal de Guimarães concede um subsidio anual de € 6.800,00. É dinheiro que só paga os arruados e nem chega para os palcos. Adiante… A questão, muito discutida e sempre presente, é o de saber qual o melhor formato das Festas da Vila de Caldas das Taipas. A Junta de Freguesia adotou um modelo que quis consolidar que passa por ter festas para todos os públicos e gostos: Bandas de Música; Ranchos Folclóricos; artistas taipenses com expressão apreciável e artistas com dimensão nacional. Foi assim com a presença de José Cid, Marco Paulo, Quim Barreiros, Paulo Gonzo, Maria Lisboa e João Pedro Pais. Recentemente e com a notável contribuição da Comissão de Festas foram introduzidas as rusgas. Na parte religiosa, existe e existiu a preocupação de a procissão de S. Pedro ser o reflexo da grandiosidade das festas e da vila. Falar em crescimento da vila e desenvolvimento é potenciar condições para que os residentes e os de fora, quer sejam de freguesias limítrofes ou mais afastadas, afluam à vila. Não há dúvida de que as Festas da Vila são um motivo forte, e assim tem sido, para que as Taipas seja uma referência no concelho em termos de atração e que as ruas das Taipas se encham de milhares e milhares de pessoas durante vários dias. Existe melhor publicidade do que essa de os visitantes percorrerem a pé a vila; instalarem-se nas dezenas de esplanadas; fruírem o verde; olharem para as lojas e, as mais das vezes, de uma forma inconsciente aperceberem-se dos produtos e serviços à venda? O espanto, para quem vem de fora depois de percorrer todos os cantos do país, é explicarem-lhe que somos mais uma vila do concelho de Guimarães; mais uma de muitas…. E depois, para encerrar, o fogo! Com música ou sem música! Com luzes ou sem luzes! O fogo é uma marca distintiva dos arraiais minhotos. A Junta percebeu isso e deu-lhe corpo contra o PS e CDU que querem eliminálo. O fogo de artificio das Festas de S. Pedro é uma teimosia brilhante, espectacular, arrebatadora, desenhando no céu uma estrela que não se apagará tão cedo na memoria dos Taipenses. Mas sempre grandioso como a birra saudável do Presidente da Junta em mantê-lo. O fogo é uma marca distintiva dos arraiais minhotos.
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ATUALIDADE Caldelas condecora entidades locais em sessão solene PAULO DUMAS
Medalha de Mérito de Caldelas
Clube de Caçadores das Taipas Centro de Actividades Recreativas Taipense “É inequívoco o contributo dado por estas associações taipenses à promoção e desenvolvimento do desporto na freguesia. A formação, abrangendo várias faixas etárias, contribui sobremaneira na construção da cidadania dos nossos jovens, criando desde muito cedo laços afectivos ao clu-
be e por inerência à vila de Caldas das Taipas. A formação desportiva é um importante factor no desenvolvimento pessoal, os valores incutidos, como o espírito de equipa, o trabalho, a solidariedade são cruciais na construção de melhores cidadãos.”
Medalha de Honra de Caldelas
Depois de aprovadas as propostas de condecorações em assembleia de 12 de Junho, os órgãos autárquicos reuniram-se numa sessão solene que efetivou as distinções a algumas das entidades taipenses. Texto Paulo Dumas Foram apostas a 22 de junho, as condecorações da vila de Caldas das Taipas. Este ano, foram entregues as Medalhas de Honra ao escritor José Ferreira de Castro, a título póstumo, e à família Agrellos. Esta última imposição não foi possível por ausência dos representantes da família. De acordo com a fundamentação das propostas (ver textos nesta página), a família Agrellos teve um importante papel na atual configuração da vila de Caldas das Taipas, tendo sido fundamental no seu processo de desenvolvimento. Foi altura também para lembrar e homenagear o escritor José Maria Ferreira de Castro pela consideração vertida na sua literatura que, como foi por várias vezes lembrado, está infinitamente espalhada pelo munPUBLICIDADE
do, dadas as inúmeras traduções existentes. Ferreira de Castro é o autor português traduzido em mais idiomas. É dele a famosa frase descritiva da vila – “a terra onde a lua fala”. Além destas duas condecorações, foram ainda entregues Medalhas de Mérito a duas das mais representativas insituições taipenses – o Centro de Actividades Recreativas Taipense (CART) e o Clube de Caçadores das Taipas, fundamentais na promoção, divulgação e desenvolvimento do desporto na freguesia de Caldelas. Esta homenagem foi uma “manifestação de gratidão e uma chamada de atenção para que a sociedade conheça e apoie estas instituições” – lê-se na fundamentação. Intervieram na sessão os três representantes das bancadas dos
partidos politícos com assento na assembleia – Cândido Capela Dias (CDU), Luís Soares (PS) e Franclim Freitas (JpG); Mário Ribeiro e Constantino Veiga, na sua última intervenção numa sessão solene comemorativa do 19 de junho, como presidente da junta; e Domingos Bragança, presidente da autarquia municipal. Os feitos e a relevância dos condecorados foram sublinhados por todos. Mas o momento foi igualmente aproveitado para algumas trocas de argumentos políticos. As mensagens subliminares relativas aos papéis de cada um não faltaram, não estivessem as eleições autárquicas a poucas semanas de ocorrerem. veja a galeria de fotos em www.reflexodigital.com
Ferreira de Castro “Foi a serenidade e a beleza natural das Caldas das Taipas aliada às suas gentes únicas que o seduziram a assentar arraiais em tempo de estio na Vila. Nas Caldas das Taipas o escritor desenvolveu um verdadeiro sentimento telúrico,
brindando a vila com palavras generosas que ecoam ainda nos dias de hoje na voz das pessoas: “A terra onde a Lua fala”, só a amplitude desta simples frase confere logo a Vila dons místicos para além da compreensão humana.”
Medalha de Honra de Caldelas
Família Agrellos “O desenvolvimento de Caldas das Taipas é intrínseco à generosidade da família Agrellos. A família Agrellos teve a sensibilidade de aceitar e permitir o crescimento da nossa vila e o seu desenvolvimento em prejuízo do
próprio património. A construção da Alameda Rosas Guimarães rasgou a enorme Quinta do Canto, passando a mesma a estar dividida em três: Quinta do Canto de Cima, Quinta do Canto de Baixo e Quinta do Canto do Meio.”
Excertos das propostas aprovadas por unanimidade da Assembleia de Freguesia de 12 de Junho de 2017.
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Caldas das Taipas oficializou geminação com Saint-Michel-sur-Orge PAULO DUMAS
OPINIÃO Nelson Felgueiras
Crime quase perfeito
A freguesia de Caldelas oficializou, na tarde do passado dia 1 de julho, o acordo de geminação com a localidade francesa de Saint-Michel-sur-Orge, localizada na região de Île-de-France, a sul de Paris, com vista ao intercâmbio cultural, social e da ação social. Texto Manuel António Silva A primeira versão do documento foi assinada em França, no passado sábado, 13 de Maio, por Constantino Veiga – presidente da Junta de Freguesia de Caldelas; e por Sophie Rigault, maire de Saint-Michel-sur-Orge. O documento prevê uma operação de intercâmbio que será programada pela associação “Amizade Taipas- Saint Michel”, que foi entretanto criada. No âmbito desta geminação, que começou a dar os primeiros passos em 2012, já se realizaram algumas iniciativas, como a semana de férias em Portugal com idosos de Saint-Michel-sur-Orge e da participação do grupo Tradições do Alto Minho, formação de folclore franco-português, nas festas de S. Pedro de 2016. A cerimónia de assinatura do protocolo de amizade entre as duas localidades realizou-se no Centro Pastoral e contou com a presença do deputado europeu, José Manuel Fernandes, do presidente do município vimaranense, Domingos Bragança, assim como dos líderes dos executivos das duas vilas, Constantino Veiga e Shophie Rigault. Presidente e deputados da Assembleia de Freguesia também não faltaram à chamada. Quem também se fez representar foram algumas das associações culturais e desportivas da vila taipense. À Banda Musical das Taipas coube a abertura da sessão protocolar com a execução de duas peças musicais.
O eurodeputado José Manuel Fernandes usou da palavra para enaltecer a iniciativa. “Esta posição da Junta de Freguesia, a presença do Sr. presidente da Câmara Municipal de Guimarães, a força destas associações, demonstram que reconhecemos a importância das obras, a importância das infraestruturas mas, não esquecemos, também a importância da amizade, da solidariedade e da paz”, referiu. Domingos Bragança deixou rasgados elogios a esta parceria. Deu os parabéns à vila das Taipas, na pessoa do seu presidente, “pelo desenvolvimento desta geminação. Dar os parabéns não só pelo ato espontâneo em si mas, por ter cultivado esta amizade, esta parceria de cooperação, durante alguns anos”. O edil vimaranense garantiu ainda a disponibilidade do município para apoiar o conjunto de ações que se poderão vir a desenvolver para aproximar estas duas comunidades. “A vila de Caldas das Taipas forte, aproveitando todos os seus recursos, todas as suas potencialidades, com a envolvência de todas as pessoas, em estreita cooperação com todos, faz com que a vila das Taipas seja uma vila fortíssima e, através da vila das Taipas, Guimarães ainda seja mais forte. É esse o meu desejo”, disse Domingos Bragança. Na cerimónia protocolar, seguiu-se a intervenção de Shophie Rigault, a maire de Saint-Michel-Sur-Orge, que se dirigiu aos presentes com
palavras elogiosos à forma como as relações entre as duas comunidades se têm desenvolvido. “Estamos convencidos que o conhecimento reciproco de uns e de outros, os intercâmbios entre as nossas comunidades são muralhas contra a ignorância e a desconfiança entre os povos que trazem a incompreensão e o ódio”, disse a este propósito. Por seu turno, Constantino Veiga, mostrou-se “completamente entusiasmado” com aquele momento e disse que a geminação entre as duas vilas representa “o concluir de um tempo alargado de namoro” que já se arrasta desde 2012. Num momento em que não conseguiu conter a emoção, Constantino Veiga descreveu o percurso de emigração dos seus pais, quando ainda contava apenas 3 anos de idade e teve de ficar à guarda dos avós, para sustentar o quão “difícil é ficar longe dos seus” e, ao mesmo tempo, a sua convicção na assinatura desta geminação. “Este projeto é o resultado das vontades dos executivos destas duas vilas. Vi como os nossos emigrantes são acarinhados e protegidos nas suas ações, nas comunidades onde residem, essencialmente em Saint Michele Sur Orge”, referiu a terminar a sua intervenção. A cerimónia protocolar terminava com a assinatura formal do acordo de geminação a que se seguiu a execução dos hinos nacionais de França e Portugal, pela Banda Musical das Taipas.
Na passada Assembleia de Freguesia levou como proposta a Junta de Freguesia um contrato de prestação de serviços entre a Junta e os CTT para a instalação na Junta de um balcão CTT. A proposta foi reprovada com os votos contra do PS e CDU. Em minha opinião andou bem a Assembleia ao chumbar esta proposta. Vejamos. Os CTT são uma empresa privada desde 2014 que, como qualquer outra empresa privada, visa primordialmente a obtenção do lucro. Os serviços prestados pelos CTT são de primeira necessidade, absolutamente fundamentais para as populações. Parece-me também ser consensual que o serviço prestado em Caldas das Taipas precisa de ser melhorado. À primeira vista podíamos pensar que esta intenção dos CTT de instalar um balcão na Junta de Freguesia solucionaria este problema, mas não, temos que dar um passo atrás e perceber que esta proposta é na realidade uma armadilha para as Taipas. Impõem-se algumas questões. Porque querem os CTT instalar um balcão a 50 metros do local onde prestam os seus serviços? Porque querem os CTT celebrar um contrato de prestação de serviços com a Junta quando poderiam simplesmente colocar mais um funcionário num dos balcões que têm vazios no seu edifício? A resposta parece-me óbvia, e contida na premissa que assinalei acima: Os CTT são uma empresa privada que visa a obtenção de lucro. A estratégia dos CTT apesar passar por aqui: ao abrir um balcão na Junta poupam dinheiro, porque lhes fica mais barato este contrato de serviços (300€) do que contratar um funcionário; simultaneamente vão criar uma perda “artificial” de clientes nos balcões originais que agora se vão dividir entre os balcões originais e o balcão da Junta; estabelecida esta realidade vão ter o argumento perfeito para “delegarem” na Junta todos os serviços que atualmente prestam (e que não dão o lucro que pretendem); criando assim espaço para implementarem o modelo de negócios de atividade bancária que realmente querem (porque dá lucro) e que já assumiram publicamente ser a sua prioridade. Assim, aprovar a proposta da Junta seria efetivamente abrir a porta para, no futuro, os CTT encerrarem os serviços, tal como os conhecemos, em Caldas das Taipas. Esta estratégia não é nova e tem corrido o país de norte a sul. Têm dúvidas de que esta é realmente a intenção dos CTT para a nossa região? Olhem o que se está a passar em S. Cláudio de Barco e percebem que não existem coincidências. Posto isto parece-me evidente que a Junta de Freguesia deveria estar ao lado dos Taipenses lutando pelo reforço e melhoria dos serviços prestados pelos CTT, e não promovendo soluções que em última instância vão encerrar um serviço essencial para a população. Mas a postura da Junta consegue ser mais grave que isso. Motivada por esta preocupação correu uma Petição Pública assinada por cerca de 400 Taipenses alertando para o perigo que este contrato representaria. Qual foi a atitude da Junta? Fazer distribuir por todas as caixas de correio da Vila um comunicado de ataque aos 400 subscritores da petição, cometendo deste modo dois erros gravíssimos: demonstração de falta de cultura democrática e desrespeito pelos 400 pelos taipenses que, preocupados com a sua Vila, assinaram a Petição. Mas não ficou por aqui, não se bastando pelo desrespeito pelos 400 assinantes a Junta de Freguesia aproveitou ainda para fazer campanha política baixa usando o timbre e os dinheiros da Junta para interesses partidários: Imperdoável! Uma breve mas intensa nota de congratulação ao Comandante dos Bombeiros das Taipas, Rafael Silva, agraciado com a Medalha Municipal de Serviços Distintos no 24 de junho; às obras da nova E,B 2 e 3 de Caldas das Taipas que agora se iniciam e à inauguração do magnífico Polidesportivo das Taipas.
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ATUALIDADE Samuel Úria e YCWCB marcam agenda do próximo trimestre nos Banhos Velhos RITA CARMO
Milhares de pessoas abrilhantam Festas da Vila e S. Pedro
PAULO DUMAS
Para os próximos três meses, os Banhos Velhos apresentam uma proposta que inclui vários géneros artísticos, tais como a música, o cinema e o teatro. Já esta sextafeira, 07, o mês inicia com uma noite de astronomia, uma atividade co-organizada com o Ciência Viva, onde o público é convidado a observar os astros numa noite de verão. No dia seguinte, dia 08 é a vez do teatro voltar ao palco dos Banhos Velhos, numa peça realizada pelo Grupo de Teatro Amador de Campelos, de tributo a Raúl Solnado. Seguindo para o final do mês, a dia 29, há cinema
com exibição de curtas a cargo do Shortcutz-Guimarães. Em agosto e setembro a música toma conta com dois concertos em cada mês. Dia 19 de agosto, volta a já conhecida Noite de Fados, uma noite de excelência, com o Grupo de Fados da Vila, onde serão tocados e interpretados temas do cancioneiro fadista; de Coimbra e de Lisboa. No dia 26 há duplo concerto com You Can’t Win Charlie Brown que vêm apresentar o trabalho de originais mais recente, editado em 2016, chamado “Marrow” e, na abertura da noite, estará a vimaranense Ana Sofia Ribeiro com o seu mais
recente trabalho a solo, intitulado LINCE. Serão dois concertos em estreia absoluta. No último mês da temporada cultural de 2017, Setembro, haverá concerto com a Banda Musical de Caldas das Taipas, no dia 08 de setembro, numa apresentação com banda completa e, para encerrar o ano, no dia 23 de setembro sobe ao palco dos Banhos Velhos o cantor e compositor Samuel Úria, que apresentará, ao vivo, o último disco de originais ‘Carga de Ombro’, editado em 2016. Todos os eventos são de entrada livre.
Creiximir anima centro das Taipas Na próxima sexta-feira, 7 de julho, a Praça Dr. João Antunes Guimarães, em pleno centro da vila das Taipas, vai ser palco de um espetáculo de música tradicional, inserido no Projeto Excentricidade – Outros Palcos Mais Cultura, promovido pelo Município de Guimarães, em parceria com algumas entidades locais. PUBLICIDADE
A iniciativa está agendada para as 21.30 horas e os protagonistas serão os Creiximir. Um grupo de música tradicional, com origem em Creixomil e que nasceu com intuito de recuperar e apreservar temas da música popular com uma nova abordagem e uma nova mistura instrumental e vocal.
Composto por 10 a 13 elementos, com idades entre os 16 e os 58 anos, os Creiximir proporcionarão um espetáculo musical, com uma duração aproximada de uma hora. Em caso de condições atmosféricas adversas, a iniciativa será deslocada para o auditório dos bombeiros voluntários das Taipas.
À data em que se escrevem estas linhas, falta ainda um evento para fechar o cartaz de 2017 das Festas da Vila e S. Pedro, nas Taipas. Trata-se da 5ª Concentração de Autocaravanas que se realiza a 8 e 9 de julho, no Recinto da Feira Semanal. Em todo o caso, não será por isso que se deixará de poder afirmar, em jeito de balanço, que se trataram das festas mais concorridas e participadas de que há memória. Milhares de pessoas visitaram a vila taipense, principalmente, entre os dias 29 de junho e 3 de julho. O ponto mais alto das festas aconteceu no sábado, dia 1 de julho, aquando a realização de um empolgante concerto protagonizado por João Pedro Pais, junto à Igreja Matriz. João Pedro Pais conseguiu “agarrar” ao palco milhares de pessoas, num concerto que começou com um ligeiro atraso mas que, mesmo assim, não impediu que tivesse uma duração de mais de duas horas. Memorável, parece-nos a palavra mais adequada para classificar a prestação de João Pedro Pais e do público que não arredou pé do
recinto, até final do concerto. Nos dias anteriores, já Zé Amaro e o Trio Boémios tinham proporcionado dois excelentes espetáculos, também com muita gente a assistir. Duas noites com algum frio (e chuva) à mistura mas que, mesmo assim, não impediu que muita gente se descocasse à vila taipense. Na segunda feira de S. Pedro, 3 de julho, nova invasão de gente. Maria Lisboa conseguiu segurar à sua frente uma enorme moldura humana que no final do concerto rumou até à ponte sobre o rio Ave para assistir ao espetáculo piromusical. Milhares de pessoas assistiram a um brilhante espetáculo de luz e cor, sobre o rio Ave. Estes foram e são, por natureza, os dias mais concorridos destas festas que tiveram o seu início a 4 de junho com a realização da 12ª edição da Corrida das Taipas e que desde então foram recebendo outras iniciativas como a Feira das Associações, 8ª Concentração Motard, Feira da Cerveja e da Francesinha, 10º Torneio de Ténis de Mesa, Cortejo Etnográfico, atuação de artistas taipenses, bandas musicais e ranchos folclóricos.
Julho de 2017
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Comandante dos Bombeiros das Taipas homenageado CATARINA CASTRO ABREU
Academia de Ginástica é uma das obras do mandato O edifício da Academia de Ginástica foi inaugurado no dia 24 de Junho, num evento que contou com a presença do presidente da Federação de Ginástica de Portugal, João Paulo Rocha, e do secretário de estado do Ambiente, José Mendes. Decorreu ainda uma demonstração pelo clube de ginástica de Guimarães, Guimagym. É a cooperativa municipal Tempo Livre que vai gerir a Academia de Ginástica, depois de ser aprovada por maioria, com os votos do PS e da CDU e abstenção da coligação Juntos por Guimarães, uma proposta da celebração do contrato-programa. Amadeu Portilha, vereador com a pasta do Desporto, esclareceu que se trata de “um processo natural”: “A Tempo Livre é que faz a gestão
Texto Catarina Castro Abreu
O comandante dos Bombeiros Voluntários das Taipas foi um dos homenageados com a aposição das medalhas do dia do município, 24 de junho. Rafael Silva recebeu das mãos da juiz desembargadora Raquel Rego, presidente do Tribunal da Relação de Guimarães, a Medalha Municipal de Serviços Distintos. Além do comandante dos Bombeiros Voluntários das Taipas, foram ainda homenageados António Gama Brandão (Medalha Municipal de Mérito Social), Tony Miranda (Medalha Municipal de Mérito Artístico), Bento Marques (Medalha Municipal de Serviços Distintos), Alex (Medalha Municipal de Mérito Desportivo), José Guimarães (Medalha Municipal de Mérito Social), José Alves Pinto (Medalha Municipal de Mérito PUBLICIDADE
Social), Pedro Mendes (Medalha Municipal de Mérito Desportivo) e Salvador Silva (Medalha Municipal de Mérito Artístico). No prospeto distribuído por ocasião da Sessão Solene de 24 de junho, pode ler-se que Rafael Silva nasceu em 1971 e ingressou no corpo de Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas em 1989, com apenas dezoito anos de idade. Frequentou com aprovação e elevado mérito todas as formações em socorrismo, adaptação a ambulâncias, tripulante, salvamento em grande ângulo, desencarceramento, combate a incêndios, condutor de embarcações de socorro, organização jurídica, administrativa e operacional, organização no teatro das operações, incêndios urbanos e industriais, organização de postos de comando, liderança e motivação urbana, formação pedagógica para formadores, treino em operações
aéreas, socorro e emergência em parques eólicos e operador de telecomunicações. “É, portanto, reconhecidamente, um dos operacionais mais competentes e capazes da região”, lê-se, fundamentando que “foi classificado como bombeiro de 3ª logo no ano de ingresso em 1989 e como bombeiro de 1ª em 2004”. Recebeu várias condecorações e louvores e foi nomeado adjunto do comando em 2010, Subcomando em 2012, e Comandante no corrente ano de 2017. A sua ação tem sido notável na liderança de um corpo de bombeiros que tem a seu cargo toda a área noroeste do concelho. “A comunidade vimaranense, que tanto deve aos Bombeiros Voluntários das Taipas e ao seu Comandante, reconhece assim o serviço e a dedicação que têm prestado a todos nós”, termina o texto de homenagem a Rafael Silva.
de todo o parque desportivo em Guimarães e terá custos de manutenção muito reduzidos devido às inovações tecnológicas introduzidas”. O equipamento começará a funcionar em pleno em setembro, no início da época desportiva. Mas em julho estará a ser usado pelo Clube de Ginástica de Guimarães, com 400 atletas, para já o único clube da modalidade no concelho. Ambientalmente de excelência, com recuperações de calor e consumos energéticos compatíveis com o uso, próximos da autossustentabilidade, a Academia de Ginástica beneficia da orientação solar livre e relaciona-se com o Parque da Cidade e encosta da Penha, interligando-se igualmente com a Ecovia de Guimarães, que está a ser construída.
Domingos Bragança pede campus de Justiça no último discurso do 24 de junho Foi durante a sessão evocativa dos 889 anos da Batalha de São Mamede, realizada no dia 24 de junho, que Domingos Bragança fez o seu último discurso do dia do município. Aproveitou a presença da secretária adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, para reiterar a necessidade de dignificar as infraestruturas da Justiça, deixando claro, a intenção de ter um campus da Justiça em Guimarães. O presidente da Câmara defende a criação de “melhores condições para quem trabalha na Justiça e para quem a ela recorre”. Na cerimónia, em representação do governo, Helena Mesquita Ribeiro garantiu o empenho do
seu ministério para levar a cabo a intenção de Guimarães de ter um campus de Justiça. Foi o presidente da Câmara quem lançou o repto, ouvindo da responsável governamental que “o espaço já foi encontrado, tendo neste momento um processo de avaliação na Direcção-Geral do Tesouro”. Para além do tema da Justiça, Domingos Bragança mencionou o “trabalho feito” ao longo do mandato: “Criação de novos eventos culturais, reforços das condições de trabalho das nossas comunidades escolares, envolvida na educação ambiental, reabilitação de importantes parcelas do nosso edificado, acrescentando cidade à cidade”.
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ATUALIDADE “As notas de culpa devem ser feitas nas instâncias normais e não no Facebook” ARQUIVO
Elogios a António Magalhães no fim da vida autárquica A sessão da Assembleia Municipal (AM) da última sexta-feira foi a última deste mandato e a derradeira do seu presidente, António Magalhães. José João Torrinha, do PS, fez o agradecimento à mesa e ao presidente da AM , ao qual se associaram Ângela Oliveira (CDS) e César Teixeira (líder da concelhia do PSD), que falou de “um mandato irrepreensível”. António Magalhães foi presidente da Câmara de Guimarães durante 24 anos e nas eleições de 2013 foi eleito presidente da AM. Luís Cirilo, do PSD, disse recear que o estilo combativo de António Magalhães enquanto autarca contaminasse o seu mandato Texto Catarina Castro Abreu
Sobre o caso que envolve um técnico da autarquia e a empresa Ecoibéria, e face à exigência de uma assunção de responsabilidades por parte do vereador responsável pela pasta, Ricardo Costa, Domingos Bragança disse que “as notas de culpa devem ser feitas nas instâncias normais e não no Facebook”. Filipe Vilas Boas, chefe da Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães, é também sócio da empresa Outrasformas, que emitiu uma fatura referente ao “acompanhamento técnico em obra” à empresa Ecoibéria-Reciclados Ibéricos, Lda. entre abril e junho de 2015. A empresa, que estava a preparar a sua instalação em Pencelo [entretanto revogada pela auPUBLICIDADE
tarquia], obteve benefícios fiscais de 50% em impostos municipais por proposta deste técnico municipal, noticiou o semanário Mais Guimarães. No mesmo dia da publicação da notícia, informou Domingos Bragança, o técnico em causa apresentou uma carta para suspensão de funções que foi aceite pelo presidente da Câmara. Entretanto foi instaurado um processo disciplinar. “Depois da averiguação, tomarei uma decisão”, reiterou o autarca, face às sucessivas interpelações por parte dos deputados do PSD e Bloco de Esquerda. Foi o deputado social-democrata, Tiago Laranjeiro, que mencionou um comentário feito pelo administrador da Ecoibéria, Jorge Lemos, a uma notícia publicada no Reflexo Digital. O visado deu a entender que o vereador sabia do
caso e que o mesmo “já se devia ter demitido”. Face a esta intervenção, Domingos Bragança retorquiu que “as notas de culpa devem ser feitas nas instâncias normais e não no Facebook”. O administrador da Ecoibéria esteve na última sessão da Assembleia Municipal, pela segunda vez consecutiva, e até se inscreveu para falar no período destinado às intervenções do público. Mas quando foi chamado para intervir, Jorge Lemos já não se encontrava na sala. Entretanto, ao Jornal de Notícias, o vereador Ricardo Costa nega ter tido conhecimento desta ligação. “É feita uma monitorização, mas não passam por mim esses documentos”, disse relativamente à fatura que a empresa Outrasformas passou à Ecoibéria. O responsável avisou ainda que processará quem o acusa.
como presidente da AM, mas tal não aconteceu, enaltecendo a paciência e a parcimónia com que sempre dirigiu os trabalhos. Em noite de despedidas, destaque ainda para António Mota-Prego, ex-presidente da Assembleia Municipal de Guimarães e deputado da Constituinte. Este “senador” socialista não integra as listas para as próximas eleições pelo que também mereceu uma nota do atual ocupante do cargo, António Magalhães, que disse “muito obrigado e que a vida lhe continue a sorrir”. Mereceu por isso o aplauso de todas as bancadas, a socialista em particular que se pôs em pé para saudar o ex-presidente da AM.
Obra em Silvares deve ser lançada já este ano A guerra de outdoors do desnivelamento do nó de Silvares foi tema que não faltou na última sessão da Assembleia Municipal com o deputado Nelson Felgueiras a trazer o assunto à colação, com resposta do deputado do PSD, Daniel Rodrigues, que acusou o PS de “esconder a verdade” de um processo que vem desde 2008. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, durante a sessão da Assembleia Municipal, garantiu que o concurso para a obra de desnivelamento da rotunda de Silvares será lançado ainda este ano. Recorde-se que a diferença
das propostas da Coligação Juntos por Guimarães e do PS vimaranense passa pela obra a ser feita: se a oposição propõe um viaduto para descongestionar a rotunda de saída da auto-estrada, o PS quer construir um túnel e garante, no outdoor, que o projeto está “em execução”. Assinalando que a obra é da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal, Domingos Bragança disse que este ano seria lançado o concurso para a execução do desnivelamento da rotunda de Silvares, mas não esclareceu se será um túnel ou um viaduto.
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Citânia Viva também vai celebrar Arqueologia do início do século XX
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Das Taipas para o Mundo “Viver na Cidade do México é uma experiência incrível, capaz do melhor e do pior.” A N T Ó N I O J OAQ U I M O L I V E I R A Está na Cidade do México, México
Julho é sinónimo de Citânia Viva. A 12.ª edição realiza-se nos dias 14 e 15 de julho e promete uma nova abordagem: celebra não só a Cultura Castreja mas também a Arqueologia do início do século XX. O evento tem início pelas 20.30h com uma Caminhada Castreja, que termina com uma Celebração no Balneário da Citânia
de Briteiros. Já no dia 15 julho, as festividades arrancam pelas 18h00 no Museu da Cultura Castreja com Animação, Comes e Bebes, uma Festada Popular. A ocasião serve para os visitantes poderem saborear um conjunto de petiscos especialmente preparados para a ocasião, lado a lado com os “habitantes” da Citânia. O repasto termina pelas 21.30h
com um espetáculo de Teatro sobre os Arqueólogos Mário Cardozo e Ricardo Freitas Ribeiro. O evento é organizado pela Casa de Povo de Briteiros e pela Sociedade Martins Sarmento. A 12.ª edição da Citânia Viva conta com os apoios da Câmara Municipal de Guimarães e da Junta da União das Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia. A entrada é livre.
Vaudeville Rendez-vous apresenta programa reforçado para Guimarães ANA OLIVEIRA
É no final do mês de julho que chega o Vaudeville Rendez-vous um evento de novo circo, organizado pelo Teatro Didascália, que se realiza em simultâneo em Guimarães, Braga e Famalicão. A aposta vimaranense está mais forte com 18 espetáculos um pouco por todo o centro histórico de Guimarães.
Entre os dias 27 e 29 de julho, as ruas de Guimarães vão ser palco de espectáculos de novo circo, uma das apostas já assumidas pela programação da cooperativa Oficina. A região estará no centro do desenvolvimento e pensamento do circo contemporâneo. Segundo a comunicação do
evento, a edição deste ano apresenta propostas artísticas que apontam para a descoberta de novas formas, reinventando os padrões estéticos normalmente associados ao circo, através de espetáculos híbridos que, de forma inovadora, subvertem os aparelhos e as técnicas tradicionais. Algumas destas obras provocadoras chegam pela mão de quatro projetos laureados por uma das mais importantes plataformas internacionais de apoio e acompanhamento a artistas emergentes na área do circo contemporâneo, a CircusNext. O Teatro da Didascália é parceiro associado desta plataforma internacional que tem como coorganizador A Oficina. Paralelamente às apresentações, o festival promove uma série de oficinas de formação, com o objetivo de sensibilizar a comunidade envolvente sobre a complexidade destas linguagens.
Toda a minha vida vivi nas Caldas das Taipas, “terra onde a lua fala”, com apenas dois interregnos – primeiro na Dinamarca, onde estive a estudar por um semestre, e depois na Bósnia, onde estive um mês e meio num projeto de voluntariado. O destino, ou melhor, o programa Inov Contacto, deu-me recentemente a oportunidade de me deslocar até um enorme e díspar país da América Central, o México. Encontro-me então na Cidade do México desde fevereiro a trabalhar numa agência de marketing digital, na qual crio e faço a gestão de campanhas no Google AdWords para as Américas. Por muito que goste do que faço não vou maçar o caro leitor com questões relacionadas com keywords, extensões de anúncios, taxa de cliques ou conversões. O México é um país culturalmente riquíssimo, de uma beleza extraordinária, com um povo muito acolhedor, mas é também uma nação de contrates, de sociais a climáticos, e de problemas políticos e de segurança graves. Apenas tive a oportunidade de estar em 6 dos 31 estados mexicanos – à hora que lhes escrevo preparo-me para ir conhecer o sétimo, Quintana Roo – e apesar de todas as diferenças há um elemento em comum em todos eles – a amabilidade e abertura por parte das pessoas. Viver na Cidade do México é uma experiência incrível, capaz do melhor e do pior. Vivem cá cerca de 20 milhões de pessoas, coisa pouca, e o crescimento da cidade claramente não foi planeado. Há um desrespeito estúpido pelas regras de trânsito, pois cá não há aulas de código ou condução, e atravessar uma passadeira é um desafio enorme! A cidade não descansa e o seu ritmo, aliado com a altitude, poluição e desordenamento, deixam qualquer um de rastos. Em condições normais é impossível circular de carro em horas de ponta – utilizo bicicleta ou metro (alguém falou em caos?) – mas quando chove a situação atinge o impensável. Já me aconteceu mais que uma vez ter de esperar uma a duas horas para sair do escritório porque as estradas se transformaram em autênticos rios. No entanto, a cidade compensa largamente com outras questões, nomeadamente a nível cultural e social. Rezam as crónicas que é a cidade do mundo com mais museus e desde que cá estou tenho a sensação (bem real) de que estou constantemente a perder eventos super interessantes – 24h por dia são claramente insuficientes. A facilidade com que se conhece pessoas novas e se trava amizades facilita imenso a estadia cá. Há uma grande comunidade estrangeira, principalmente na jovem e bonita zona onde vivo, La Condesa. O país é lindo e a nível social é muito interessante de analisar. Qualquer pequena coisa do quotidiano, como uma ida para o trabalho de metro, dava uma rica curta-metragem. Apesar das saudades, naturais, de família e amigos, estou “muy a gusto” e verdadeiramente encantado com o México.
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Petição em Barco para evitar encerramento do Posto de CTT local PAULO DUMAS
A funcionar há mais de 20 anos num estabelecimento comercial da freguesia, o Posto de CTT de Barco tem indicação para encerrou a 25 de junho. Texto Manuel António Silva
Tendo como primeiro subscritor, Sérgio Freitas Silva, cidadão de Barco e, simultaneamente, presidente da Junta local, circulou pela freguesia de Barco, uma Petição dirigida ao Presidente do Conselho de Administração dos CTT, em defesa do Posto dos CTT daquela freguesia, onde é requerida a suspensão do referido encerramento. Conforme teor do documento, esta decisão dos CTT de encerrar o Posto de atendimento de Barco, é considerada como “prejudicial para a população” de Barco e freguesia limítrofes dado que “serve uma considerável população idosa, de fracos recursos económicos e com dificuldades de deslocação,
que ao longo de décadas se habituou a recorrer a este espaço”. Pode ainda ler-se que tal decisão “significa votar ao ostracismo milhares de pessoas e representa um grave revés para a população destas freguesias, que se verá privada de um serviço de proximidade e obrigada a efetuar deslocações ao posto mais próximo na vila das Taipas”. Sérgio Freitas Silva, primeiro subscritor desta Petição, espera conseguir um número significativo de assinaturas que possa sensibilizar a Administração dos CTT a voltar atrás na sua decisão. Na mesma expectativa
está Isabel Correia, responsável pelo estabelecimento comercial onde funciona o Posto dos CTT de Barco, que não compreende esta decisão: “a única informação que nos deram, pelo Gestor de Parceiros local, é que este encerramento se deve a uma Reformulação de Postos. Assim, sem mais. As pessoas, principalmente as mais idosas, têm reagido muito mal a esta situação”. Sobre a possibilidade desta decisão estar relacionada com os encargos financeiros mensais por parte dos CTT, Isabel Correia diz não acreditar: “Trabalhamos nisto há mais de 20 anos e a única compensação que temos são as comissões pelas
vendas que efetuamos. Mais nada. Os CTT não nos pagam qualquer montante a título de renda mensal. Há meses que essas comissões não chegam aos 50 euros. Nem chega para o combustível. Há dias em que tenho de ir às Taipas, por causa do serviço, duas e três vezes. O que fazemos é pela população, pelas pessoas idosas que têm dificuldade em se deslocar às Taipas”. Apesar de estranharem a coincidência temporal, quer Isabel Correia, quer Sérgio Freitas Silva, não acreditam, nem veem qualquer relação entre o encerramento deste posto, em Barco, e a abertura do das Taipas, nas instalações da Junta de Freguesia.
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Hélder Pereira distinguido pela Sociedade Internacional de Ortopedia DR
O médico ortopedista oriundo da vila de Caldas das Taipas recebeu o Prémio Jan Gillquist Scientific Award, em Xangai, onde decorreu o congresso mundial da Sociedade Mundial de Ortopedia, considerada a maior associação
de médicos ortopedistas a nível mundial. O trabalho The role of calcaneofibular ligament (CFL) injury in ankle instability: Implications for surgical management, coordenado por Hélder Pereira, recebeu o se-
gundo prémio de entre milhares de submissões recebidas provenientes de todo o mundo. O Prémio Jan Gillquist Scientific Award tem o nome de um dos cirurgiões pioneiros na área da artroscopia do joelho. O trabalho coordenado por Hélder Pereira aborda os avanços técnicos conseguidos ao nível do tratamento de lesões ligamentares como consequência da prática desportiva. Hélder Pereira, na altura em que recebe um dos mais distintivos prémios a nível mundial na área da ortopedia, agradeceu à equipa que coordena, particularmente os investigadores do Grupo 3B’s, da Universidade do Minho; e ao Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar de Póvoa de Varzim/ Vila do Conde.
Alunos da secundária das Taipas apresentaram o “Memorial do Convento” DR
O projeto Ao Sabor dos Livros da Escola Secundária de Caldas das Taipas levou à cena o “Memorial do Convento, no polidesportivo do parque de lazer de Caldas das Taipas, no dia 29 de junho. A encenação resultou de uma PUBLICIDADE
adaptação da referida obra do escritor José Saramago, onde se pretendeu dar uma visão global dos seus momentos mais marcantes. Os alunos envolvidos no projeto frequentam o 11.º e 12.º anos e trabalharam o texto ao longo do ano
letivo em oficinas que lhes deram a possibilidade de desenvolver competências no âmbito da leitura, declamação, colocação de voz e postura corporal. O texto saramaguiano evoca o passado absolutista do reinado de D. João V, para provocar a reflexão sobre a condição humana, o papel da Igreja na sociedade, a promoção dos valores morais e éticos, a valorização do conhecimento e a importância do sonho no Homem contemporâneo. Como escreve o prémio Nobel, “Era uma vez um Rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez.“
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Arrancaram as obras na EB 2,3 de Caldas das Taipas ARQUIVO
A Câmara Municipal de Guimarães deu início esta terça-feira, 4 de julho, à construção da nova EB 2,3 das Taipas. A obra ficará concluída na primavera de 2018. A nova EB 2,3 está orçada em sete milhões, oitocentos e oitenta e nove mil, vinte euros e dezassete cêntimos, montante ao qual acresce a taxa de IVA em vigor. A atual escola será demolida e o novo edifício vai ser construído de raiz dentro de um prazo de 270 dias. Com uma área total de 11.200 metros quadrados, a nova escola, composta por três edifícios, terá 16 salas de aulas, salas de música, salas de informática, um pavilhão gimnodesportivo com bancadas, 2 ginásios, balneários, um auditório, laboratórios e núcleo de atividades artísticas e oficinais, biblioteca,
refeitório, sala polivalente, além de espaços destinados ao corpo docente e não docente, como sala de professores, administração e uma secretaria. Tal como já demos conta, durante o período de realização de obras, os alunos da EB 2,3 das Taipas vão frequentar aulas nas diversas escolas da zona geográfica do Agrupamento das Taipas. Assim, os alunos do 2º ciclo terão como destino a escola secundária da vila, os alunos dos 7º e 8º anos vão para a escola básica de S. Lourenço e os alunos do 9º ano passam para a escola básica de S. Martinho de Sande. Durante o ano letivo 2017/18 a direção da escola e os seus serviços administrativos, estarão centralizados na escola de Sande S. Martinho.
José Augusto Araújo continua à frente da Escola Secundária Apesar de não ter concorrido a um novo mandato ao cargo de diretor da Escola Secundária de Caldas das Taipas, tal como avançámos na última edição do Reflexo, José Augusto Araújo foi designado presidente de uma Comissão Administrativa Provisória durante o próximo ano letivo. De acordo com a legislação em vigor, face ao facto de não ter aparecido qualquer candidatura ao cargo de diretor, os serviços do Ministério da Educação convidaram José Augusto
Araújo a presidir a essa comissão. Este, após um período de reflexão, acabaria por aceitar o convite. Em maio/junho de 2018, serão marcadas novas eleições para o cargo de diretor. O presidente da Comissão Administrativa Provisória exerce as competências atribuídas pela legislação ao Diretor de uma escola, cabendo-lhe indicar os membros que exercem as funções equivalentes a subdiretor e respetivos adjuntos.
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Luís Soares defende para Caldelas a recuperação do estatuto de vila-jardim DR
O candidato do Partido Socialista à liderança da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, anunciou a primeira medida a levar a efeito, caso seja eleito no próximo dia 1 de outubro. Luís Soares pretende candidatar os espaços verdes da vila ao Prémio Europeu de Jardins - um prémio anual que premeia a qualidade e o cuidado no tratamento dos jardins e espaços
verdes de uma forma geral. Para isso, Luís Soares conta recuperar para Caldas das Taipas o estatuto de vila-jardim através de um projeto que deverá abranger a reabilitação dos espaços ajardinados da vila e elaborar uma plano de arborização para a vila e a freguesia. Estas medidas juntar-se-ão ao alargamento do parque de lazer, cuja defesa já foi anteriormente feita pelo candidato
socialista. A riqueza da paisagem ribeirinha, da margem direita do Rio Ave, assim como todas as áreas de campos agrícolas, são para Luís Soares um ativo importante - “temos todas as condições para recuperar o nosso estatuto de joia do Minho, de Vila Jardim”, refere o candidato socialista. O tratamento e valorização dos espaços naturais na freguesia de Caldelas serão igualmente um argumento e um contributo que Caldelas poderá dar no processo de candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia. Portugal faz parte da rede Europeia do Património dos Jardins, juntamente com catorze outros países europeus. A European Garden Heritage Network, organismo fundado em 2003, tem-se pautado pela importância que os jardins urbanos poderão representar para a economia regional, através do turismo, da sustentabilidade ambiental e do ambiente urbano.
Cândido Capela Dias avança para concorrer à renovação do mandato da CDU ARQUIVO
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Cândido Capela Dias irá apresentar-se à eleições autárquicas de 1 de Outubro, para tentar renovar o seu mandato pela CDU, na Assembleia de Freguesia de Caldelas. Desde as eleições de Dezembro de 2001 que Cândido Capela Dias tem sido o representante da coligação entre PCP e PEV. Tirando o mandato de 20092013, em que Constantino Veiga governou a autarquia em maioria,
e em que a CDU não conseguiu eleger nenhum representante, tem cabido ao representante da CDU exercer o mandato pela a coligação na Assembleia de Freguesia. No entanto, no presente ciclo autárquico de 2013-2017, Cândido Capelas Dias esteve ausente durante parte significativa do seu mandato, tendo sido substituído por Gildásio Ferreira – número dois da lista apresentada em 2013.
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CDU pede esclarecimentos sobre intervenção prometida no posto da GNR das Taipas DR
Uma delegação de representantes da CDU esteve recentemente na vila das Caldas das Taipas, onde ficou a conhecer as condições em que operam os militares da GNR no Posto Territorial local. Carla Cruz quer saber para quando uma intervenção de fundo no quartel. Fruto da visita feita pela CDU ao Posto Territorial da GNR de Caldas das Taipas a deputada Carla Cruz dirigiu um conjunto de questões ao Governo acerca das condições atualmente existentes no posto da GNR. Numa pergunta endereçada ao Ministério da Administração Interna, deputada do PCP faz referência às “insuficienências estruturais” do edifício, que permanecem mesmo após várias intervenções efetuadas, defendendo uma intervenção mais profunda. Algo que preocupa a deputada comunista é a impreparação do
quartel para receber profissionais da Guarda do sexo feminino. Para suprir essa necessidade tem sido utilizada a casa destinada à habitação do comandante posto, que também está atualmente a ser usada para esse fim. A missiva lembra que a intervenção no posto é aguardada há muito, integrando inclusivamente a lei da programação das infra estruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança. Além do edifício, alguns meios de suporte, como a frota automóvel, precisam com urgência de substituição e o número de efetivos necessita ser reforçado. Desta forma, Carla Cruz, deputada eleita pelo distrito de Braga, quer saber de que forma o Governo encara a necessidade de intervenção no posto da GNR das Taipas e quer saber para quando está prevista a intervenção há muito anunciada.
Julho de 2017
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Manuel Ribeiro é o candidato da coligação JpG em Caldelas DR
A coligação Juntos por Guimarães (JpG) anunciou que Manuel Ribeiro será cabeça de lista da candidatura desta coligação, nas próximas eleições autárquicas de outubro próximo. Manuel Ribeiro é atualmente tesoureiro da Junta de Freguesia das Taipas, justificando a sua can-
didatura com a necessidade de dar continuidade aos trabalhos que têm sido desenvolvidos nos últimos mandatos. Com 51 anos de idade, esta é a primeira candidatura à liderança do executivo taipense por parte de Manuel Ribeiro, depois de ter presidido à Assembleia de Freguesia
de Caldelas durante no período de transição para a série de mandatos liderados pelo PSD. Ainda foi presidente da assembleia no último mandato de Carlos Remísio Dias de Castro. O advogado taipense parte para esta candidatura ao lado de André Coelho Lima com a firme convicção de que “se a coligação vencer vai trazer maior imparcialidade e menos partidarismo, caraterísticas que devem ser valorizadas”. Em nota de imprensa o agora candidato autárquico salienta o rigor da gestão da junta nos últimos anos. O alargamento do parque de lazer, o aproveitamento do rio – “um ativo que não existe em mais parte nenhuma do concelho”; e a continuidade de uma gestão pública que considera exemplar, são algumas das linhas em que se baseará o seu programa autárquico.
Bloco de Esquerda apresenta Rui Antunes para a corrida à junta de Caldelas DR
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O Bloco de Esquerda (BE) apresentou a sua candidatura à Junta de Freguesia de Caldelas, nas eleições autárquicas do próximo 1 de outubro. Rui Antunes, 27 anos, já tinha sido o candidato apontado pelo Bloco de Esquerda no sufrágio anterior em 2013. A candidatura encabeçada por Rui Antunes define o ambiente e a mobilidade, a cultura, o turismo e o lazer, a transparência e cidadania como
eixos estratégicos a defender no seu programa. O Bloco de Esquerda entende poder ser a alternativa com “o objetivo de trazer desenvolvimento à vila”. Ainda entre os temas centrais que serão defendidos por Rui Antunes estarão a defesa dos recursos naturais, como a necessidade de despoluição do Rio ave, assim como a definição de uma estratégia que defina um conjunto de soluções no domínio dos transportes públicos.
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Taipas Turitermas deve dividir o seu capital social entre a Câmara e a Junta de Freguesia ALFREDO OLIVEIRA
O candidato da coligação Juntos por Guimarães, André Coelho Lima afirmou categoricamente que, caso vença as eleições de 1 de outubro, o capital social da Taipas Turitermas será dividido em partes iguais entre a Câmara Municipal de Guimarães e a Junta de Freguesia de Caldelas. André Coelho Lima justifica esta proposta pelo facto de a Taipas Turitermas ser a “herdeira da Junta de Turismo das Taipas” e para combater o uso da Turitermas, por parte da Câmara, “como uma afirmação do seu poder centralizador”. Uma outra medida avançada pelo líder social democrata está relacionada com a diminuição do estacionamento que o projeto de requalificação do centro da vila apresentado pela Câmara prevê para a zona central da vila. Reconhecendo que se trata de um projeto que reúne um “consenso alargado”, apresenta um problema que será ultrapassado com o estacionamento subterrâneo: “Vencendo as eleições, não vamos
mexer no projeto em si, mas terá que passar a apresentar alternativas de estacionamento, designadamente subterrâneo. Temos de tornar esta zona pedonal, mas também comercial”. Para além esta duas novas propostas, André Coelho Lima reforçou outras duas já públicas. Voltou a salientar a centralidade de Caldas das Taipas e voltou a defender a criação de um nó da autoestrada em Brito e a complementar esta medida, defendeu novamente a requalificação da nacional 101. Estes dois projetos juntos, nas palavras de André Coelho Lima, fazem com que seja prescindível a chamada via do Avepark: “A nossa opção é clara, connosco a via do Avepark não se constrói. Requalificando a 101 e uma entrada na autoestrada em Brito, não faz sentido gastar 18 milhões de euros nessa via”, acrescentando ainda que as medidas propostas ficam aquém dos 18 milhões de euros previstos para a via do Avepark .
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reflexo
Julho de 2017
Conselho Geral do IPCA elege a segunda presidência da história da instituição
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Domingos Bragança recebeu Medalha de Honra da freguesia de Ponte DR
Maria José Fernandes é nova diretora eleita do IPCA deverá tomar posse após a homologação da sua eleição por parte do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor. Texto Paulo Dumas A votação pelo Conselho Geral do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) elegeu Maria José Fernandes como presidente daquela instituição de ensino. O ato confirmou através do voto a condução de Maria José Fernandes, que se apresentou em lista única à presidência do IPCA. O mandato que agora inicia vigorará até 2021. A eleição que decorreu durante a reunião Conselho PUBLICIDADE
Geral, na passada segunda-feira, 12 de Junho. Maria José Fernandes sucede assim a João Carvalho, após renúncia deste ao cargo, anunciada em fevereiro último. A efetivação de Maria José Fernandes fica assim dependente apenas da homologação por parte do Ministro da Ciência e do Ensino Superior. Maria José Fernandes é professora na Escola Superior de Gestão, da qual foi diretora entre junho de
2000 e outubro de 2003. Atualmente, é presidente e coordenadora do Conselho Técnico-Científico da Escola de Gestão. Dirige ainda do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade, também no IPCA. De entre os objetivos do programa do seu mandato, Maria José Fernandes pretende dar continuidade ao trabalho de consolidação da instituição. Esse trabalho deverá assentar em pilares
como o fortalecimento da organização e da sua estrutura do IPCA, através da conclusão do campus e uma aposta na investigação com centros autónomos ou em consórcio. O IPCA está organizado em três escolas especializadas em Design, Gestão e Tecnologia, distribuídas pelos concelhos de Barcelos, Braga e Guimarães onde desde está instalado desde outubro de 2015, no Avepark.
A sessão solene decorreu a 21 de junho, dia em que a freguesia comemorava os 22 anos de elevação a vila. Sérgio Castro Rocha, presidente da Junta de Freguesia, na sua intervenção, relembrou os tempos em que iniciou o seu mandato, as primeiras reuniões com o presidente de Câmara e os resultados obtidos: “Ao longo destes quatro anos, as conversas e negociações com Domingos Bragança traduziram-se, efetivamente, num conjunto de obras fundamentais para Ponte”. A opção por “um Ronaldo” ou por “um Éder”
Na parte final da intervenção, o presidente da Junta este pretendeu clarificar a sua mudança quanto ao partido pelo qual vai concorrer nas autárquicas
de 1 de outubro. Sérgio Castro Rocha Para afirmou que esta mudança política, mantendo a condição de independente, se deveu fundamentalmente à pessoa de Domingos Bragança. No mínimo peculiar foi a forma como se referiu, ainda que de uma forma implícita, aos líderes do PS e da coligação JpG: “De um lado, temos um Cristiano Ronaldo e, do outro lado, temos um Éder, que de vez em quando, lá marca um golito. Tive de optar. Domingos Bragança é como um pai para mim. Algumas pessoas mudam de partido em defesa dos seus princípios, outras mudam de princípios em defesa dos seus partidos, pois bem, mudo e mudei por Domingos Bragança, por Ponte e por Guimarães”.
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reflexo
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coisas de antanho
Caldas das Taipas, a (des)propósito: A sua dimensão IV Carlos Marques
Nesta edição, os mapas e os gráficos com a evolução populacional e de alojamentos de Caldas das Taipas, e a sua comparação com o resto do concelho de Guimarães:
LER
VER Em 1906, o inglês Percy Fawcett (1867-1925) inicia uma série de expedições à América do Sul. A princípio, as missões destinavam-se a cartografar as fronteiras entre a Bolívia e outros países, seguindo o curso dos afluentes do Amazonas para a Royal Geographic Society; mais tarde, como entusiasta da antropologia – ciência que dava os primeiros passos–, queria compreender a fundo as culturas indígenas. este filme será exibido pelo Cineclube de Guimarães, no dia 23 de julho, no Centro Cultural Vila Flor
A Cidade Perdida de Z de James Gray com Charlie Hunnam, Tom Holland
Manual para Mulheres de Limpeza Lucia Berlin Ed. Alfaguara, 2016 528 páginas
Numa formulação que ficou famosa, o crítico inglês E.M.W. Tillyard disse que Shakespeare ia buscar o seu material a todo o lado. Ele queria com isto dizer que «O Bardo» ia muito além das realidades textuais, inspirando-se em tudo para criar, isto é, na vida, em todas as suas dimensões. É esta uma das impressões mais fortes com que ficamos ao ler esta colectânea de contos de Lucia Berlin. Sentimos que estamos a ler alguém que criou a partir de tudo, um facto que se torna particularmente saliente quando se trata de alguém que aos 32 anos tinha quatro filhos de três casamentos e estava a tentar sobreviver ao alcoolismo. Um tema interessante que é retomado ao longo de vários contos é o da limpeza como forma de descodificar o mundo. A partir dos trilhos de pó, dos restos de comida ou das garrafas vazias, a mulher de limpeza reconstitui os acontecimentos e as vidas que ocuparam o espaço agora vazio que é o da limpeza, mas que pode também ser o da página. “As mulheres de limpeza sabem tudo.” Texto Vítor Neves Fernandes
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DESPORTO
CC Taipas arranca para nova temporada a 24 de julho DR
O Clube Caçadores das Taipas está prestes a dar início à temporada 20172018. A apresentação do plantel está agendada para o dia 22 de julho e o arranque dos trabalhos, acontecem dois dias depois, a 24 de julho. Texto Miguel Ribeiro
Os taipenses vão competir na divisão pró-nacional da Associação de Futebol de Braga e à semelhança das épocas anteriores, integrarão o lote de equipas que habitualmente lutam pelos primeiros lugares da classificação. A equipa técnica continuará a ser liderada por Vítor Pacheco que terá como colaboradores o treinador adjunto, André Balinha, e o treinador de guarda-redes, PUBLICIDADE
Filipe Eusébio. Quanto ao plantel que terá à sua disposição, será constituído por cerca de 50% de atletas que transitam da época passada, com os guarda-redes André e João Ferreira, os defesas Bruno Machado e Sau, os médios Diogo Alves, Figueiras, Rui Pereira e Hugo Veiga e os avançados Ricardo Cruz e Maka. A estes, vão juntar-se cinco ex-juniores que na última época integraram
a equipa taipenses que se sagrou campeã distrital. São eles o guarda-redes Flávio, os defesas Hélder e Benjamim, o médio Rui e o avançado Joaquim. Em termos de aquisições para a nova temporada, desde cedo que os taipenses asseguraram a contratação de três atletas do Serzedelo, bem conhecidos de Vítor Pacheco, treinador que iniciou a temporada 2016-2017 naquele clube vimaranense. Trata-se
dos médios Pedro Costa e João Abreu e do avançado Ricardo Sousa. Do Torcatense, clube que representou durante as últimas quatro temporadas, para o centro da defesa, chega Ricardo Soares. Aos 26 anos, o atleta formado nos escalões de formação do Fafe, assumiu compromisso com os taipenses para a próxima época desportiva. O reforço mais sonante para a formação taipense é Tiago Carneiro (na foto). Aos 33 anos, o avançado, que já passou por clube como o SC Braga e Gil Vicente (formação), Joane, Rio Ave, Marco, Maia, FK Sevojno (Sérvia), Olympiakos Nicosia (Chipre), Merelinense, APOP (Chipre), Ermis Aradippou (Chipre), Louletano, Amares, Varzim, Moreirense, Tondela, Felguerias, Vilaverdense e Maria da Fonte, será, certamente, o jogador com mais experiência acumulada a inetgrar o plantel 20172108 do Clube Caçadores das Taipas. Nesta altura, a equipa do Taipas conta com 20 jogadores e os seus responsáveis estarão ainda no terreno a tentar reforçar a sua zona defensiva. Quanto a jogos de pré-temporada, à data de fecho desta edição, ainda não eram conhecidos.
Infantis conquistam Esposende Cup 2017
A equipa de infantis do C C Taipas venceu a 3ª edição da Esposende Cup, uma competição internacional que se realizou entre 22 e 25 de junho e que contou com a presença de mais de uma centena de equipas distribuídas por diferentes
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escalões. No escalão de infantis, o CC Taipas foi o grande vencedor, tendo batido na final do torneio, os jovens ingleses do Brighton HAFC, por 1-2, nas grandes penalidades (1-1 no final do tempo regulamentar).
CC Taipas e Fintas venceram o Taipas Termal Cup 2017 No passado sábado, 17 de junho, os Campos do Montinho receberam mais de seiscentas crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos, para a realização da edição 2017 da Taipas Termal Cup. Os jogos, divididos pelos escalões de Petizes (2010/2011), Traquinas
B (2009) e Traquinas A (2008), foram realizados entre os relvados principal e secundário do Montinho e os grandes vencedores foram as formações do Clube Caçadores das Taipas, no escalão de Petizes e do Fintas (Póvoa de Lanhoso), nos escalões de Traquinas A e B.
Tiago Marques deixa o Taipas rumo ao Amarante DR
O defesa central Tiago Marques, um dos atletas do plantel da época anterior que já se havia comprometido com os taipenses para a nova temporada, vai, afinal, deixar o Taipas para integrar a equipa do Amarante FC. Apesar da renovação do vínculo com os taipenses, o jovem atleta tinha um compromisso com a Direção do Taipas no sentido desta o libertar caso surgisse uma proposta mais vantajosa e de divisão superior. Aos 22 anos, depois de um percurso de formação pelo Vitória de Guimarães e, já como sénior, no Tirsense, Tiago Marques ruma agora até ao Amarante FC, para o Campeonato de Portugal (zona Norte) que dá acesso à II Liga.
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reflexo
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Centro de Ciclismo do Minho acolhe prova do Campeonato do Mundo de Ciclismo Universitário DR
Bike e criar condições para acolhimento de estágios. Como é que os ciclistas/ betetistas podem utilizar o circuito existente? A pista é de utilização gratuita e possui quatro níveis de dificuldade.
José Luís Ribeiro é o presidente da direção da Associação de Ciclismo do Minho (ACM) desde 2009 e, nessa altura, apresentou o projeto de criação do Centro de Ciclismo do Minho, em Souto. Assistiu à sua inauguração a 25 de junho. Esse centro, como afirma, “será decisivo no desenvolvimento do ciclismo na região do Minho”. Texto Alfredo Oliveira
Quando e como surgiu a ideia da criação do Centro de Ciclismo do Minho (CCM)? Surgiu em 2009 quando, após uma reflexão sobre o desenvolvimento da modalidade, apresentei à direção o projeto de criação do CCM. A intenção era criar um espaço que integrasse um circuito permanente de BTT Cross Country Olímpico (XCO), reunisse condições para acolhimento de estágios e fosse o ponto de partida e de chegada de competições de várias PUBLICIDADE
vertentes do ciclismo. Em 2016, foi decidido avançar com o projeto no Parque Desportivo e de Lazer de Souto Santa Maria. As características do parque e as boas condições previamente criadas pela União das Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar tornaram-se mais-valias na escolha do local. Qual a importância que esse centro poderá vir a ter na região?
Acreditamos que contribuirá para a criação de uma nova centralidade e que será decisiva no desenvolvimento do ciclismo na região do Minho. A capacidade para atrair grandes eventos auxiliará a dinamização local e regional. O que mais poderá oferecer o CCM? Em termos de ciclismo, desejamos, no imediato, o aumento de zonas de obstáculos na pista de XCO, a criação de um circuito de Trial
Já existe alguma prova prevista a curto prazo? Após a inspeção técnica de elementos da União Ciclista Internacional (UCI) e da Federação Internacional de Desporto Universitário (FISU), o Centro de Ciclismo do Minho - Guimarães viu confirmada a sua escolha para a realização, em 2018, da prova de Cross Country Olímpico do Campeonato do Mundo de Ciclismo Universitário (25 a 29 de julho). No dia 15 de outubro deste ano, o primeiro circuito permanente de BTT XCO do norte do país acolherá a última e decisiva prova do Campeonato do Minho de BTT XCO - MAPFRE | Seguros. Como se encontra a ACM? A ACM está consolidada e com um futuro promissor. Começámos com 46 clubes e 896 atletas e terminámos 2016 com 128 clubes e 2873 atletas. Temos atividades, praticantes e clubes em todos os 24 concelhos da região do Minho e somos reconhecidos como das mais dinâmicas,
interventivas e empreendedoras associações regionais de ciclismo. Quais os principais objetivos do atual mandato? Passa por dinamizar o CCM, pela organização do Grande Prémio do Minho de Juniores já em 2017 e os Campeonatos do Mundo de Ciclismo Universitário em 2018. Manter a ACM como a maior associação regional do país, melhorar as condições de realização dos Campeonatos do Minho e consolidar as ações de promoção e regulamentação do ciclismo. Em que estados e encontra a questão da duplicação dos custos de policiamento nas provas de ciclismo? Infelizmente, o atual Governo publicou uma Portaria que traduz um claro retrocesso em relação às atividades desportivas amadoras realizadas na via pública. Além disso, as “guerras” territoriais entre a GNR e a PSP têm conduzido à absurda duplicação de meios policiais. Perante esta situação a ACM formalizou uma queixa junto do Provedor de Justiça. O ciclismo já teve uma forte presença na região, com algumas equipas reconhecidas a nível nacional. Será difícil o retorno a esses tempos?
O Minho é das regiões do país com mais e melhores resultados ao nível da formação e essa é, no essencial, uma das principais missões da ACM. Somos, de facto, muito fortes na formação de jovens atletas, a começar logo nos escalões de pupilos/benjamins. Se olharmos para o pelotão nacional e internacional, temos um conjunto de atletas de topo que começaram e se formaram enquanto ciclistas no Minho: Tiago Machado, José Mendes e José Gonçalves fazem parte da elite do ciclismo mundial, além de outros como Rui Sousa, Domingos Gonçalves e César Fonte, também eles exemplos de atletas que integram a “Força Minho”, um “conceito” que criámos com o propósito de assumir um duplo significado de “força” (enquanto “incentivo/ estimulo” e “vigor/pujança”) e de contribuir em simultâneo para o rejuvenescimento do orgulho e unidade regional. Noutras vertentes do ciclismo como o BTT e o Ciclismo de Pista, os atletas do Minho dão cartas nos campeonatos nacionais, em provas internacionais e integram regularmente as seleções. Mesmo assim, pessoalmente, gostava que o Minho tivesse uma equipa de sub23 que continuasse o trabalho realizado na formação, mas esse é um desejo que exige muitos meios e uma estrutura compatível com as exigências.
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DESPORTO
Gala do Desporto distinguiu mérito desportivo DR
O Multiusos de Guimarães recebeu no passado dia 1 de julho a 8ª edição da Gala do Desporto, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Guimarães e pela Tempo Livre e que, para além da
entrega de troféus a todos os clubes e atletas de Guimarães que conquistaram títulos de campeonatos regionais, nacionais e internacionais, atribuiu os prémios Homenagem, Carreira, Grande Prémio do Júri,
Desporto Adaptado, Revelação e Atleta do Ano. Ulisses Dias (Jiu Jitsu - Vitória Sport Clube) e Flávia Ribeiro (Karaté - CS Brito) foram eleitos atletas do ano recebendo cada um deles uma bolsa de formação desportiva no valor de 2.500 euros, atribuída pela Câmara Municipal de Guimarães. Marcelo Pereira (Atletismo - NAT - Núcleo Atletismo das Taipas) e Maria Andrade (Atletismo JUNI) foram eleitos pela Comissão de Avaliação os Jovens Revelação, beneficiando de um apoio de 2 mil euros. Carlos Diogo (Judo) teve o reconhecimento na categoria de Desporto Adaptado, além de uma bolsa de formação desportiva no valor de 2 mil euros, igualmente da responsabilidade do Município de Guimarães. A Gala do Desporto é um evento anual que pretende reconhecer e valorizar os jovens talentos desportivos do concelho de Guimarães.
Francisco Gouveia na Escola de Guarda-redes de hóquei patins da FPP
Após ter participado nos trabalhos de Observação, Identificação e Seleção de Talentos da Federação de Patinagem de Portugal, iniciativa realizada no passado mês de Março, em Barcelos, o jovem guarda-redes do CART, Francisco Gouveia (2º da esquerda, na foto), foi chamado a participar num estágio de observação de âmbito nacional. O sub-13 taipense, a par de mais cinco jovens atletas, participou nos trabalhos da Escola de Guarda-redes que se realizaram a 22 de maio último, no Pavilhão Municipal do Luso.
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Marcelo Pereira campeão nacional dos 800 e 1500 metros de atletismo, em pista ao ar livre DR
Depois de em fevereiro se ter sagrado campeão nacional em 800m e 1500m em pista coberta, se dúvidas houvesse quanto ao potencial deste jovem, ficaram dissipadas por completo. Marcelo Pereira é o melhor atleta português da atualidade, na sua faixa etária. Em Abrantes, durante o último fim de semana, o atleta do Núcleo de Atletismo das Taipas sagrou-se campeão nacional juvenil (atletas nascidos em 2000 e 2001), em pista ao ar livre, nos 800 metros e 1500 metros. É a quinta medalha em campeonatos nacionais que o atle-
ta natural de Sta Eufémia de Prazins arrecada esta época. É campeão nacional de 800m em pista coberta e pista ao ar livre, campeão nacional de 1500m em pista coberta e pista ao ar livre e vice-campeão nacional em juniores (sub 20) de 1500m em pista coberta. Fruto da época brilhante que está a realizar, Marcelo Pereira terá no próximo sábado a sua primeira presença ao serviço da seleção nacional, representando Portugal no torneio ibérico em juvenis, competindo na prova de 800m, que se irá realizar na cidade espanhola de Ávila.
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Hugo Santos e Justina Wojcik venceram a 12ª Corrida das Taipas PAULO DUMAS
O atleta da Associação Desportiva São João da Serra, de Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, terminou os 10 quilómetros de prova com o tempo de 31 minutos e 25 segundos. Na corrida feminina, Justina Wojcik, do Sport Comércio e Salgueiros, fez o tempo de 36
minutos e 56 segundos. Nas provas masculina e feminina, completaram o pódio, respetivamente, Jorge Santa Cruz do SC Braga (0:31:32) e Bruno Silva Águias de Alvelos (0:31:57) e Joana Costa, atleta que participou a título individual (0:37:26) e Tânia
Silva do Liberdade FC (0:38:21). Na prova principal, participada por mais de 400 atletas, do total de 670 inscritos em todos os escalões, o Núcleo de Atletismos das Taipas (NAT) dominou, coletivamente, as provas masculina e feminina. Também as provas individuais de Veteranos Femininos (+ 40 anos) e masculinos (40 – 44 anos), foram dominadas por atletas do Clube taipense. Elisabete Lopes (0:37:39) e Abílio Pereira (0:33:28) deixaram para trás toda a concorrência. Nos escalões jovens as provas foram muito participadas e disputadas. Nota ainda para a Caminhada Solidária a favor da Liga Portuguesa contra o Cancro que contou com mais de uma centena de participantes.
Classificações SENIORES MASCULINOS 1º - Hugo Santos - A.D. São João Serra - 0:31:25 2º - Jorge Santa Cruz - S.C. Braga - 0:31:32 3º - Bruno Silva - Águias Alvelos - 0:31:57 SENIORES FEMININOS 1º - Justina Wojcik - S.C. Salgueiros - 0:36:56 2º - Joana Costa – Individual - 0:37:26 3º - Tânia Silva - Liberdade F.C. - 0:38:21 VETERANOS MASCULINOS (40-44 ANOS) 1º - Abílio Pereira - N.A. Taipas - 0:33:28 VETERANOS MASCULINOS (45-49 ANOS) 1º - David Figueiredo - Figueiredo’s runner’s &F - 0:33:34 VETERANOS MASCULINOS (50-54 ANOS) 1º - Joaquim Figueiredo - Figueiredo’s Runner’s & F - 0:34:04 VETERANOS MASCULINOS (+55 ANOS) 1º - Joaquim Silva - Bairro Carcavelos/ Synergie - 0:36:26 VETERANOS FEMININOS (+40 ANOS) 1º - Elisabete Lopes - N.A. Taipas - 0:37:39
JUNIORES MASCULINOS 1º - Bruno Silva - N.A. Taipas - 0:34:53 JUNIORES FEMININOS 1º - Ana Nunes - A.D. Lustosa - 0:42:18 JUVENIS MASCULINOS 1º - Diogo Cunha - Núcleo Barrosas Amador -0:13:10 JUVENIS FEMININOS 1º - Bruna Ortiga - Escola Atletismo Rosa Oliveira - 0:14:58 INICIADOS MASCULINOS 1º - Paulo Alves - U.D. Várzea - 0:06:42 INICIADOS FEMININOS 1º - Ana Marinho - Escola Atletismo Rosa Oliveira - 0:07:18
Classificações Coletivas - Séniores MASCULINOS 1ª Equipa - N.A. Taipas - (6+16+18+21) = 61 FEMININOS 1ª Equipa - N.A. Taipas - (3+13+18) = 34
Ricardo Ribas renova o título na Meia Maratona de Guimarães DR
O atleta olímpico Ricardo Ribas foi o grande vencedor da edição 2017 da EDP Meia Maratona de Guimarães, batendo o recorde da prova com 1h7min12seg. O pódio masculino foi também constituído por Tiago Costa e José Moreira. No setor feminino, Marisa Barros conquista a sua terceira vitória em Guimarães, sendo a primeira atleta feminina a cortar a meta com 1h19min33seg, seguida de Cláudia Pereia e Lídia Pereira a fechar o pódio dos 21km. Na prova dos 10km, os vencedores masculinos foram André Silva com 31m54, José Pires e João Pereira. A vencedora feminina foi Jéssica Pontes com 37m56, seguida de Cátia Costa e de Lurdes Pereira, do NAT. Outro recorde igualmente ultrapassado foi o número de
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participantes que se juntou à Corrida dos Conquistadores, mais de 7.400 pintaram Guimarães de verde. Com a Feira Afonsina como pano de fundo, que decorreu no centro histórico de Guimarães, e com o tiro de partida dado, este ano, junto ao Castelo de Guimarães, esta prova tornou-se menos dura do que em edições anteriores. Do Núcleo de Atletismo das Taipas será de referir que participaram 18 atletas nos 21 km, tendo Abílio Pereira alcançado o 8º lugar da geral com o tempo de 1h14min10seg e o 2º lugar no escalão Vet40. Nos 10km participaram 17 atletas do NAT. Nesta distância, o destaque vai, como já referimos, para o 3º lugar de Lurdes Pereira, com o tempo de 42min47seg.
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DESPORTO Rita Lopes em 2º lugar no V Triatlo Longo de Caminha
O Triatlo Longo de Caminha é uma das provas mais duras e difíceis do calendário nacional em termos de Triatlo Longo. 1,9km a nadar no rio Minho, 90km ciclismo, a passar duas vezes na Serra PUBLICIDADE
D'Arga e 21km de corrida ao longo da margem do Minho até à praia de Moledo a terminar no centro de Caminha Rita Lopes terminou em segundo lugar da classificação geral feminina e primeira
na categoria sub23, com o tempo de 5h30min. O V Triatlo Longo de Caminha teve como vencedora a atleta Vanessa Pereira, do CNATRIL Triatlo (5h20min) e o último lugar do pódio foi
conquistado por Joana Fortuna, do Teleperformance - Os Belenenses (5h57min). A atleta taipense teve como maior dificuldade os cerca de 2km de natação no rio Minho, onde não conseguiu ganhar tempo às principais adversárias. No ciclismo desde cedo que Rita Lopes não se sentiu estar a 100%, não conseguindo acompanhar a atleta que seguia na frente. Na corrida, foi onde esteve melhor e tentou recuperar algum tempo perdido para a frente da corrida. A 5km da meta, no entanto, já era impossível chegar à frente e acabaria por defender tranquilamente o 2.º lugar, garantindo mais um lugar no pódio em provas de triatlo longo.
Joaquim Lopes em 2º lugar em veteranos II O pai da atleta Rita Lopes, no mesmo dia, 24 de junho, participou, por sua vez, na Prova Aberta na distância Olímpica (1,5km de natação, 48km de ciclismo e 10km de corrida). Num dia marcado por algum calor e um vento muito forte, Joaquim Lopes viria a alcançar o 9º lugar na classificação geral e o 2º lugar entre os veteranos
II que realizaram a prova aberta. De referir que foi o primeiro triatlo do ano em que participou Joaquim Lopes. No final da prova, o sentimento de dever cumprido estava estampado no rosto. Esta participação teve em vista a preparação para os Campeonatos Regionais e Triatlos Cross que se avizinham.
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Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 253 de julho de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 253 de julho de 2017
Obituário CONVOCATÓRIA
Maria da Silva No dia 1 de Junho, no Hospital da Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr.ª D. Maria da Silva, com 95 anos, residente que foi na Rua da Sobreira, Corvite, Guimarães. Era viúva de José da Silva. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Corvite e foi a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.
Maria de Belém da Costa Ribeiro No dia 8 de Junho, num domicílio na Avenida de Ranhó, Pedralva, Braga, faleceu a Sr.ª D. Maria de Belém da Costa Ribeiro, com 78 anos, residente que foi na Rua de Ramos, Souto (Santa Maria), Guimarães. Era casada com Cândido da Silva Barbosa. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Santa Maria de Souto e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
Por solicitação da Direcção, e nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 9.º, n.º 1, 12.º alínea b), 13.º, n.º 1 e 14.º, todos dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, bem como nos artigos 41.º alínea c), 43.º alínea b), n.º 1, 44.º, n.ºs 1 e 3 e 46.º, alínea a), todos do Regulamento Geral Interno, convoca-se a ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, para reunir no Salão Nobre da Associação, no dia 17 de JULHO de 2017, pelas 20h30, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1. Leitura e aprovação da Acta da Sessão de 31 de Março de 2017; 2. Ratificação da decisão da Direcção de atribuição da distinção “Placa de Honra” ao Presidente da Direcção Padre José das Neves Machado e ao Comandante do Quadro de Honra Dr. Hermenegildo Abreu; 3. Discussão e votação de proposta de alteração do artigo 1.º dos Estatutos e do artigo 1.º do Regulamento Geral Interno (Denominação, natureza e fins); e 4. Apreciação e discussão de outros assuntos da competência da Assembleia e do interesse geral da Associação.
A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á à hora indicada com a presença da maioria dos Associados; não estando presente a maioria dos Associados a mesma realizar-se-á, em segunda convocatória, meia hora depois, com a presença de qualquer número, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 15.º dos Estatutos e no n.º 4 do artigo 44.º do Regulamento Geral Interno. Caldas das Taipas, 30 de Junho de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 253 de julho de 2017
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
José Luís da Silva Azevedo Oliveira
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 253 de julho de 2017
Elisabete Augusta Fernandes Monteiro No dia 9 de Junho, no IPO Porto, faleceu a Sr.ª D. Elisabete Augusta Fernandes Monteiro, com 41 anos, residente que foi na Rua São João Batista, Ponte, Guimarães. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Nossa Senhora da Conceição e foi a sepultar no Cemitério Municipal da Atouguia - Guimarães.
Emília Nazaré Neves da Silva No dia 18 de Junho, no IPO Porto, faleceu a Sr.ª D. Emília Nazaré Neves da Silva, com 52 anos, residente que foi na Rua Souto de Ribas, Corvite, Guimarães. Era casada com José de Castro Cunha. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Corvite e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 253 de julho de 2017
Isidro Cerca da Cunha
No dia 29 de Junho, no Hospital da Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu a Sr. Isidro Cerca da Cunha, com 79 anos, residente que foi na Rua Reitor Joaquim Augusto Maciel Ribeiro Torres, Ponte, Guimarães. Era casado com Rosa Fernandes Sampaio. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Ponte e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
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