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Setembro de 2017 / Ano XXIV / #255
Diretor Alfredo Oliveira
Preço €1,00 PUBLICIDADE
Lima Pereira demissionário no CART p. 29
CC Taipas deixa boas indicações para o futuro p. 26
Lançam-se os dados para eleger o próximo presidente de Caldelas p. 5 PUBLICIDADE
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Setembro de 2017
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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira
Autárquicas 2017 A um de outubro, os eleitores portugueses são chamados a exercer o seu direito de voto e escolher quem vai passar a dirigir os destinos das suas freguesias, da câmara e seus representantes na assembleia municipal, para os próximos quatro anos. Desde o 25 de Abril de 1974 que o povo já foi chamado a pronunciar-se por 11 vezes. Em 1976, foram as primeiras eleições, por períodos de três anos e, a partir de 1985, por 4 anos. Um dos discursos mais usados nas campanhas eleitorais é o da “mudança”, principalmente para quem está na oposição. Para quem está no poder, caso não tenha cumprido o prometido, é o aligeirar de responsabilidades afirmando que “não nos deixaram fazer” ou, tendo feito, afirmar que “querem mais e melhor”. O estar no poder durante vários mandatos é usado conforme as conveniências. Se está na oposição, toda a gente sabe que está na hora de mudar; caso esteja no poder, “o povo sabe reconhecer o trabalho feito e nós humildemente vamos continuar a trabalhar em prol da população”. No nosso concelho, tirando umas poucas freguesias, esse poder tem sido repartido, basicamente, entre o PS e o PSD. Por conseguinte, podemos afirmar, como já dissemos noutras alturas, para o bem e para o mal, que as freguesias estão como estão, em resultado da gestão desses dois partidos e, na Câmara de Guimarães, mais do PS do que do PSD, naturalmente pela permanência no poder. A maioria dos eleitores assim o tem querido. Sabemos que existem muitas formas de condicionar os eleitores e isso afasta muitas pessoas da mesa de voto (60,53% foram os votantes no concelho e 58,14% em Caldelas). Em 2013, em Caldelas, a coligação Juntos por Guimarães venceu por 100 votos e a CDU teve um representante na Assembleia de Freguesia com 221 votos. Em Guimarães, por sua vez, o PS venceu com mais 10.469 votos do que a coligação JpG, enquanto a CDU elegeu um vereador com 7.285 votos. Se recuarmos para 2009, será de referir que o PSD em Caldelas ganhou por uma diferença bem mais substancial (875 votos) e em Guimarães idêntica realidade, o PS alcançou mais 24.417 votos do que o PSD. Em 2017, temos de ser realistas, no concelho e em quase todas as freguesias, a vitória eleitoral passará por estes dois partidos/coligações. No entanto, faltará saber até que ponto a CDU e o BE poderão interferir nessas vitórias eleitorais e, em alguns casos, como se costuma dizer, passarem a ser o fiel da balança. Apresentamos, nesta edição, o último trabalho com os candidatos à Câmara Municipal de Guimarães, desta vez, com a temática ambiental de fundo. Também apresentamos as propostas dos candidatos à freguesia de Caldelas em resultado de diversas questões colocadas num encontro/debate promovido pelo jornal a 5 de setembro. Por questões de espaço, trata-se de uma versão condensada. O conteúdo integral das intervenções de Manuel Ribeiro (CJpG), Luís Soares (PS), Cândido Capela Dias (CDU) e Rui Antunes (BE), será disponibilizado na nossa página da internet www.reflexodigital.com. Por último, o Reflexo Digital está a preparar uma cobertura especial da noite eleitoral. Já está online https://reflexodigital.com/eleicoes/autarquicas-2017/ uma aplicação com todos os candidatos às eleições de outubro. Nessa noite, vamos atualizar ao minuto os resultados finais por freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal.
reflexo O Norte de Guimarães
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SOBE SPA Termal
Confusões eleitoralistas
Num dos dias das férias resolvi “oferecer-me” um Quando se avizinha um dos circuitos ou programas período eleitoral, toda a do SPA Termal da Turigente sabe que qualquer termas. facto adquire contornos de Não sendo um frequenmaiores dimensões. Por tador deste tipo de serviços, isso é que, no espaço ao não posso estabelecer granlado, fomos sempre muito des comparações, no entancríticos com marcações de to, ficam aqui as impressões eleições para as associações que tive. durante esse período. Não Em diversas salas pude sendo propriamente este o usufruir de todo o programa caso, o que se está a passar previamente adquirido, com no CART não se pode disuma ligeira alteração. Muito sociar do momento político baseado no uso da água, que atravessamos. sugeriram a substituição de Existem diversas leis um deles, por outro à base que se referem às incomde calor que aceitei. Na patibilidades. Brincando parte final, o programa inum pouco com a questão: cluía ainda a possibilidade não sei se não deveria haver de usar a piscina aquecida, mais uma que impedisse os a sauna e banho turco, tudo políticos eleitos de estarem num ambiente tranquilo, nos órgão sociais das asao som de uma música amsociações. Sei que muitas biente a condizer e um chá fechariam as portas, mas as para retemperar as forças. que sobrevivessem seriam, Balanço desta visita: sem dúvida, muito mais serviço de qualidade ao pé fortes. da porta.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 255 / Setembro de 2017 / Ano XXIV Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR Alfredo Oliveira REDACÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal; Vítor Neves Fernandes REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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DOSSIÊ: AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
Água, mobilidade e ordenamento do território são as prioridades ARQUIVO
Neste enquadramento da situação ambiental do concelho, deixamos as ideias-chave da associação Ave e publicamos uma entrevista de Isabel Loureiro, coordenadora da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia. Texto Catarina Castro Abreu
que recolhe. O exemplo da recente polémica com a aprovação da construção de mais um parque de estacionamento no centro da cidade de Guimarães (Caldeiroa), é prova da febre que campeia em alguns quadrantes políticos e do poder de lobby de algumas estruturas, nomeadamente dos comerciantes da cidade. Em 2015, salvo erro, a Câmara de Guimarães anunciava um plano de mobilidade urbana sustentável onde se diz, como conclusão, que “projeta-se uma mobilidade urbana sustentável que, mais do que projeto autónomo e independente da cidade, será passo incontornável na construção de um ambiente urbano de excelência para Guimarães”. A AVE revê-se nesta conclusão, pelo que reivindicamos então que se cumpra essa excelência. Mas, por outro lado, temos de perguntar: Onde está o incremento da quota de utilização dos modos suaves? Onde estão os percursos cicláveis interurbanos e de ligação às vilas, e destas às freguesias? Onde está a promoção dos modos suaves através da concretização de acções de sensibilização e de educação da população? Na verdade, para nós, enquanto associação, é uma evidência que importa planear bem, mas igualmente importante é a boa execução prática desses planos. Importa a tradução dessas ideias na vida concreta, na vida quotidiana, de todos nós. Ordenamento do Território
Para a Associação Vimaranense de Ecologia (AVE) as prioridades de intervenção ambiental em Guimarães são sinónimo de problemas a serem resolvidos. Ao Reflexo, apontam três áreas fundamentais de intervenção no concelho: água, mobilidade e ordenamento do território. Água
No tema da água, a prioridade está no facto de que continuarmos, infelizmente e depois de décadas a tratar, a investir milhões de euros na despoluição do rio Ave e a criar empresas públicas para o efeito - caso das sucessivas “Águas” do AVE, do Noroeste e agora do Norte -, a ter graves problemas em matéria de despoluição das linhas de água, ribeiros e rios que
passam pelo concelho de Guimarães. Convém não esquecer que as empresas públicas têm, ou tiveram, as câmaras municipais, directa ou indirectamente, envolvidas na sua criação e ou actuação. Não é mais suportável que, em pleno séc. XXI, tenhamos, por exemplo, a ribeira ou rio de Couros, que atravessa o centro urbano da cidade de Guimarães, poluído, com um cheiro nauseabundo, a dar-nos as “boas-vindas”. E tudo isto numa das principais artérias da cidade - a Alameda Dr. Mariano Felgueiras, defronte do Hospital da Senhora da Oliveira. A população não deve render-se a este tipo de factos como sendo algo de normal ou inevitável. É tempo de estes problemas serem cabalmente resolvidos e pugnar
pela vigilância das linhas de água, ribeiras e rios, proporcionando a fruição desses espaços às pessoas. Não é apenas possível, é um dever que assim seja. No entanto, estamos conscientes que pela sua dimensão e complexidade, a despoluição levará o seu tempo e o seu sucesso estará dependente da persistência dos agentes envolvidos. Mas, ainda assim, como dissemos atrás, depois de tantos anos e milhões investidos na despoluição dos rios do vale do Ave, já era tempo de termos praias fluviais com bandeira azul no concelho. E se as tivermos também não serão necessárias mais piscinas (tanques de cloro) para nos refrescar no Verão. Não teremos de gastar dinheiro na sua construção e manutenção, e a despesa pública e o
ambiente agradecem. Mobilidade
No tema da Mobilidade, a prioridade passa, por exemplo, pela retirada de Guimarães dos últimos lugares nacionais na infra-estrutura clicável per capita, dando prioridade a percursos de uso quotidiano, e não apenas percursos de lazer. Aumentar substancialmente as condições pedonais e de acesso a espaços verdes fora do centro urbano. Implementar uma real e efectiva abrangência e acessibilidade nos passes de autocarro. Por outro lado, a Câmara Municipal deve dar o exemplo, dando provas de uma melhoria na sua eficiência quanto ao uso de transportes, nomeadamente dos seus trabalhadores e dos resíduos
No tema do Ordenamento do Território, a questão é ainda mais complexa e envolve diversos aspectos e interesses de difícil conciliação. Um dos problemas está bem à vista de todos aqueles que nos visitam e chama-se “Penha”. Não se compreende que, ano após ano, a construção de vivendas e condomínios fechados se vá propagando encosta acima. Quando olharmos atentamente, vamos ver que o emblemático monte da Penha se transformou numa autêntica parede de betão, com um penacho de floresta no topo. Há necessidade preservar a pouca floresta que temos, e o exemplo da Penha é o mais infeliz, com excepção do trabalho que tem sido feito pela Irmandade da Penha, na sua quota-parte. O poder local tem de apostar
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DOSSIÊ: AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
Isabel Loureiro: “Aliar o conhecimento à gestão do território parece-me uma estratégia eficaz” PAULO DUMAS
seriamente no estudo da floresta do concelho e nos seus problemas. Tem de haver uma séria aposta no trabalho de sensibilização da população para as questões ambientais, e da floresta em particular. Julgamos que as escolas são um factor determinante neste processo, tanto mais que a sua localização e inserção na comunidade, no território, também é uma forma de assegurar uma maior proximidade com as realidades de cada povoado e factor do seu sucesso. Também estamos convencidos que o problema da dispersão urbanística não tem sido abordado pelo poder local como deveria, basta sair do centro da cidade para compreender do que estamos a falar. Há pouca estrutura no tecido que vai sendo construído, e isso retira coesão ao território, retira-nos força e vitalidade em termos ambientais. Capital Verde Europeia
O galardão da CVE é atribuído a cidades europeias pelo reconhecimento do seu percurso no desempenho ambiental com impacte na qualidade de vida dos seus cidadãos. Entendemos que Guimarães ainda tem um longo caminho pela frente para atingir esse patamar de qualidade e excelência, ao ponto de poder “disputar o título” com cidades que levam décadas de avanço, consistente e reiterado. Neste sentido a candidatura a CVE é um mero ponto de partida, mas, sem dúvida, um ponto de partida para um percurso exigente e longo. Apesar de todas as polémicas e dissensos em torno da Capital Verde Europeia, consideramos a candidatura globalmente positiva, até porque possibilitou fazer um balanço ambiental do concelho, e mobilizar a comunidade para as questões ambientais. O ambiente tornou-se um dos focos essenciais da vida no concelho. PUBLICIDADE
Isabel Loureiro e coordenadora executiva da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia. A este comité executivo cabe acompanhar, a tempo integral, a implementação do plano global e ainda terá a missão de apoiar o Comité Externo de Aconselhamento e o Conselho Consultivo nas suas reuniões e assumir o papel de oficial de ligação com a Unidade Operacional. É professora assistente na Universidade do Minho, membro do IEM R&D Line, Algoritmi Research Centre e tem um PhD em Engenharia Industrial e Sistemas. Quais as prioridades de intervenção ambiental, em Guimarães, que definiria para os próximos anos? A Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável do Território, constituída em 2015 pela Câmara Municipal de Guimarães, em parceria com a Universi-
dade do Minho, delineou o plano de ação para o período 2015-2017 que compreendia um conjunto de propostas e ações a implementar nas 12 áreas de indicadores referentes à candidatura a Capital Verde Europeia. Apostou-se numa visão holística, encarando o território como um todo, sendo que esse plano de ação compreende um conjunto de propostas multidisciplinares, inclusivas e integradoras, onde as áreas foram tratadas de forma abrangente, potenciando as mais-valias que o território oferece. Tendo por base a premissa de que “não se pode gerir o que não se mede”, eu diria que a continuidade da integração e replicação dos modelos concebidos para todo o território, aliada a uma monitorização constante dos resultados obtidos ao longo do tempo, deverão ser as prioridades para os próximos anos. Quais são os principais problemas que apontam
atualmente no concelho? Gostaria de realçar que a Estrutura de Missão referida guiou-se pelos mais altos padrões de desenvolvimento sustentável ao nível europeu, e que constam do próprio formulário de candidatura a CVE2020, e ao nível mundial, pelo rigor na análise e revisão feita pelo Comité de Aconselhamento Externo a todo este processo. Tendo por base a situação presente e diagnosticada, todas as áreas de indicador têm margem de progressão, com a vantagem de que o conhecimento especializado vindo da Universidade, e que pode ser incorporado na decisão política, ajuda na definição do caminho. Mas a questão em si tem duas vertentes distintas: parte desse caminho depende da governação da cidade, mas outra parte, não menos substancial e importante, exige capacidade de mudança de cada um de nós, essencialmente ao nível dos comportamentos, rotinas
e atitudes. Se no que concerne à governação, e definido que está o plano de ação futuro, aliar o conhecimento à gestão do território parece-me uma estratégia eficaz, o compromisso “Guimarães mais Verde” contribuirá decisivamente para melhorar os indicadores dependentes dos comportamentos individuais. Dou um pequeno exemplo, na área da mobilidade: os dados recolhidos evidenciam que a performance ambiental do município melhorava significativamente se as viagens inferiores a 5Km fossem transferidas do transporte individual para o transporte público ou os “modos suaves”; estando a ser criadas infraestruturas que potenciem essa alteração, depende depois de cada um de nós optar e escolher, o que significa que a aposta na sensibilização e educação da população são fundamentais. Que avaliação fazem do processo de candidatura a CVE de Guimarães? Uma avaliação muito, muito positiva. O modelo definido e assumido foi sempre muito participado e contou com a presença de figuras ilustres e reconhecidas internacionalmente nas diferentes áreas da sustentabilidade, que validaram cientificamente o trabalho que foi sendo executado no seio da Estrutura de Missão. A palavra-chave que guiou este processo foi a discussão, franca e aberta, em torno das dificuldades e problemas, de forma a procurar a melhor solução ou resposta. A candidatura que será apresentada na próxima semana em Bruxelas constituiu um documento essencial não só para compreender o “estado da arte” do ambiente em Guimarães, como se assume como uma incontornável ferramenta de apoio à decisão política, que pode marcar o futuro de Guimarães nos próximos dez a vinte anos.
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DOSSIÊ: AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
André Coelho Lima
Domingos Bragança
Querer o rio Ave despoluído por causa da Capital Verde é sobrepor a aparência à substância
Guimarães tem um programa ambicioso de investimento em energias renováveis
Será possível Guimarães ter sucesso como Capital Verde Europeia quando o seu principal curso de água - o Rio Ave - corre ainda poluído e sem praias fluviais? O que falta fazer na gestão dos recursos hídricos do concelho? O rio Ave deveria ser a nossa maior prioridade na intervenção, ao nível das políticas ambientais, independentemente da Capital Verde Europeia. Querer ter o rio Ave despoluído por causa da Capital Verde, é sobrepor a aparência à substância. Bem revelador desta incoerência entre as palavras e os atos da atual Câmara são as declarações de Domingos Bragança aquando de uma descarga na zona de Donim, após a identificação da empresa responsável pela descarga poluente, que cito: “temos que passar das palavras aos atos, tem que haver consequências, nem que seja o encerramento da empresa”. Passados três meses, a mesma Câmara Municipal cujo Presidente teve declarações desta natureza, contratou por ajuste direto a empresa em causa. É esta é a diferença entre substância e aparência. Quanto à gestão dos recursos hídricos do concelho está ainda muito por fazer. Temos, por exemplo, de diminuir o volume de perdas ocorridas na rede de distribuição de água, que serão superiores a 30 % e de apostar nas bacias de retenção, regularizando os caudais, evitando assim inundações em determinadas áreas urbanas.
Será possível Guimarães ter sucesso como Capital Verde Europeia quando o seu principal curso de água - o Rio Ave - corre ainda poluído e sem praias fluviais? O que falta fazer na gestão dos recursos hídricos do concelho? O sucesso da candidatura a Capital Verde Europeia depende de muitos fatores e não se resume à análise de um problema ou uma fragilidade. A capacidade que temos de resolver ou superar as fragilidades faz parte de um caminho que obriga à alteração de hábitos e comportamentos de todos. No caso do Rio Ave, e porque a solução não está apenas nas nossas mãos, criamos um Plano de Despoluição, com dimensão supramunicipal, envolvendo parceiros, municípios e instituições, para que cada um assuma as suas responsabilidades e garanta que os poluidores não ficam impunes. Foi o PS de Guimarães que trouxe as questões do Ambiente para o debate público e para a agenda política, estabelecendo o objetivo de ser Capital Verde Europeia e definindo como prioridade tornar o nosso território ambientalmente mais sustentável. O trabalho feito na monitorização da qualidade das linhas de água, de combate às ligações indevidas de águas residuais e pluviais, de reabilitação das margens ribeirinhas ou mesmo de investigação científica na área dos recursos hídricos, refletem muito daquilo que ambicionamos.
A gestão das áreas verdes (urbanas, rurais ou florestais) é hoje essencial numa política de gestão ambiental. Que intervenções planeia para a reorganização das zonas florestais e que política defende para os parques urbanos na cidade, nas vilas e freguesias? A gestão de espaços florestais deve ter por base um ordenamento com base cadastral a médio prazo, proactivo/associativo, envolvendo a comunidade e os proprietários, com participação técnica profissionalizada, organizada no domínio territorial englobando freguesias com capacidade para uma gestão integrada de meios próprios, de defesa, de proteção, de manutenção e vigilância. Os parques urbanos devem ser claramente uma aposta no futuro, como forma de diluição da pressão do ambiente urbano, constituindo espaço de lazer alargado a todos. A eficácia da recolha de lixo nas vilas e freguesias tem sido motivo de críticas por parte da população. Por outro lado, no centro histórico há um sistema de recolha - o PAYT - que tem merecido comentários positivos. Quais as medidas que deverão ser tomadas em matéria de recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho? São conhecidas frequentes irregularidades na calendarização e horários de recolha dos lixos
domésticos, falta de contentores em locais reivindicados pelas freguesias assim como queixas de escorrências provenientes dos camiões da recolha dos lixos prejudicando manifestamente os objectivos da candidatura a Capital Verde Europeia. Existe uma evolução na instalação de mais moloks e a aposta nos ecocentros para recolha selectiva de resíduos sólidos urbanos. O sistema PAYT, estando ainda numa fase experimental recomenda que se aguarde mais informação acerca do seu desempenho. A diminuição dos consumos energéticos é um critério fundamental para a redução da pegada ecológica dos territórios. Quais as medidas que defende para uma maior eficiência energética em Guimarães? E de que maneira isso pode ser refletido na fatura dos consumidores? Defendi já em 2013, e mantenho, o objetivo da diminuição dos custos da fatura energética em 20% até 2025. Esta ambição será acompanhada da criação do Observatório Energético que faça um levantamento de todos os meios locais de produção/captação de energia e sobretudo, a medição do gasto energético concelhio, por freguesia bairro. Ao nível municipal, poderão ser apresentadas as seguintes: remodelação de toda a iluminação pública do concelho para lâmpadas LED; aposta na passagem da frota automóvel do Município para carros elétricos; análise e monitorização dos consumos energéticos de todos os edifícios municipais e sua requalificação energética e Imposição da utilização de autocarros elétricos no concurso da rede de transportes públicos para o concelho. O sucesso e a sustentabilidade de uma política de gestão do ambiente passa muito pela Educação Ambiental. Que investimentos pensa concretizar na promoção da formação ambiental da população? Para além de ações de sensibilização e de mobilização junto da comunidade, vamos lançar uma competição no seio da comunidade, sendo atribuído um prémio financeiro anual às famílias e associações que comprovadamente mais reduzam os seus índices de consumo e adotem práticas de produção e venda de energia. Caso essa candidatura se concretize, qual deverá ser o critério fundamental para avaliar o sucesso ou o insucesso de Guimarães, como Capital Verde Europeia? O sucesso ou insucesso deve aferir-se por indicadores monitorizáveis do grau de receptividade e satisfação da comunidade acerca do efeito das medidas implementadas em ações concretas como o impacto no uso da água, na reacção do utilizador aos mecanismos de deposição ou entrega de resíduos e nos efeitos sentidos na melhoria do meio ambiente natural. ●
A gestão das áreas verdes (urbanas, rurais ou florestais) é hoje essencial numa política de gestão ambiental. Que intervenções planeia para a reorganização das zonas florestais e que política defende para os parques urbanos na cidade, nas vilas e freguesias? Guimarães possui uma extensa área florestal, com cerca de 78 km2 (32,4% da área total do concelho), o que implica uma gestão cuidada e responsável desse património, estabelecendo prioridades para a reorganização das zonas florestais, processo que Guimarães já iniciou com o cadastro de todos os terrenos na Encosta da Penha, do mapeamento de zonas particularmente afetadas por espécies invasoras e da reflorestação com vegetação autóctone. Nos parques urbanos, é reconhecido o trabalho notável que temos feito, quer criando novos espaços em várias freguesias ou reabilitando os já existentes, com mais de 60% da população servida por cerca de 400ha de espaços verdes e azuis em todo o concelho. A eficácia da recolha de lixo nas vilas e freguesias tem sido motivo de críticas por parte da população. Por outro lado, no centro histórico há um sistema de recolha - o PAYT. Quais as medidas que deverão ser tomadas em matéria de recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho? Nos últimos anos, com o reforço da renovação
da nossa frota de veículos de recolha em colaboração com a empresa municipal Vitrus, o serviço de resíduos mantém a sua universalidade e qualidade, mesmo que isso implique um défice financeiro na sua gestão na ordem dos 2,5 milhões de euros anuais, apesar das recomendações nacionais e europeias parar que seja um serviço pago na íntegra pelos contribuintes. Tivemos ainda a ousadia de criar um novo sistema – o PAYT – que face ao sucesso alcançado no Centro Histórico, está agora a ser trabalhado no sentido de ser alargado a outras zonas da cidade e do concelho. A diminuição dos consumos energéticos é um critério fundamental para a redução da pegada ecológica dos territórios. Quais as medidas que defende para uma maior eficiência energética em Guimarães? E de que maneira isso pode ser refletido na fatura dos consumidores? Guimarães foi um dos seis municípios portugueses que assinou recentemente, com a associação ambientalista ZERO, um protocolo para o cálculo da sua Pegada Ecológica e da Biocapacidade ao nível municipal, nunca antes feito em Portugal, e mesmo muito raro a nível mundial. Guimarães foi também dos primeiros municípios que avançou com alteração de iluminação pública para sistema LED e que tem um programa ambicioso de investimento nas energias renováveis em edifícios públicos. O sucesso e a sustentabilidade de uma política de gestão do ambiente passa muito pela Educação Ambiental. Que investimentos pensa concretizar na promoção da formação ambiental da população? Mesmo antes do atual governo ter definido uma nova Estratégia de Educação Ambiental, já Guimarães tinha sido pioneira na ligação entre o ambiente e a educação, criando em 2015 o PEGADAS, um programa educacional que chegou a 20 mil alunos, com mais de 500 ações anuais. Vamos reforçar este projeto de Educação para a Sustentabilidade, na certeza que, através dele, garantiremos gerações futuras mais conscientes. Caso essa candidatura se concretize, qual deverá ser o critério fundamental para avaliar o sucesso ou o insucesso de Guimarães, como Capital Verde Europeia? Mais do que a avaliação do sucesso da candidatura a Capital Verde Europeia, creio que hoje ninguém duvida que o caminho escolhido sensibilizou toda a comunidade para o imperativo de construção de um território sustentável e amigo do ambiente. E este é um compromisso de todos. Porque todos estamos convocados para transformar Guimarães numa referência ao nível do seu património natural e ambiental, como já o somos ao nível do património cultural e histórico. ●
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DOSSIÊ: AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
Torcato Ribeiro
Wladimir Brito
A CDU propõe-se fazer aprovar em sede orçamental um investimento em energia solar
Defendemos a elaboração de um cadastro da propriedade florestal do concelho
Será possível Guimarães ter sucesso como Capital Verde Europeia quando o seu principal curso de água - o Rio Ave - corre ainda poluído e sem praias fluviais? O que falta fazer na gestão dos recursos hídricos do concelho? O Rio Ave e os seus afluentes são peças incontornáveis que nenhum programa sério e consistente pode sequer menosprezar. Isso implica uma postura activa por parte da Junta de Freguesia de Caldelas e Câmara Municipal de Guimarães. Basta de manobras de ilusionismo e de reuniões a fazer de conta que estão a despoluir o rio sem o despoluir. A Junta do PSD, e a Câmara do PS fazem cenas como se mandassem no rio, quando não mandam. Mas enquanto fazem essas cenas ridículas para enganar eleitor, demitem-se de fazer o que podem e devem fazer: reivindicarem ao Ministério do Ambiente, a quem compete por lei a gestão da bacia hidrográfica.
Será possível Guimarães ter sucesso como Capital Verde Europeia quando o seu principal curso de água - o Rio Ave - corre ainda poluído e sem praias fluviais? O que falta fazer na gestão dos recursos hídricos do concelho? Obviamente que não. A despoluição dos cursos de água e a protecção das zonas húmidas por eles criados bem como da biodiversidade aí existente é tarefa fundamental de quem tem o dever de promover a defesa um meio-ambiente de qualidade e sustentável. É claro que a gestão dos recursos hídricos não é tarefa exclusiva dos Municípios, mas estes têm o dever de colaborar com as entidades estatais com competência para tal, nomeadamente participando no combate à poluição e da defesa das zonas húmidas.
A gestão das áreas verdes (urbanas, rurais ou florestais) é hoje essencial numa política de gestão ambiental. Que intervenções planeia para a reorganização das zonas florestais e que política defende para os parques urbanos na cidade, nas vilas e freguesias? Está a decorrer uma intervenção no Rio Ave em território das Taipas. A margem foi limpa, desflorestada e está a ser tratada. Na outra margem, do lado de Ponte, nada se fez nem vai fazer! Até parece um outro rio, sendo o mesmo! É uma política irracional, executada ao sabor de interesses partidários, uma prática contrária a uma gestão racional, lógica e consistente do território municipal. Os parques urbanos merecem uma gestão nova, diferente, tratando-os a todos, da cidade ou das vilas e demais áreas urbanas como âncoras, emblemas, onde a Câmara faz questão de mostrar caminhos concretos de defesa da Natureza. Por isso, a CDU defende um serviço municipal dos parques, na dependência directa da Câmara. A eficácia da recolha de lixo nas vilas e freguesias tem sido motivo de críticas por parte da população. Por outro lado, no centro histórico há um sistema de recolha - o PAYT - que tem merecido comentários positivos. Quais as medidas que deverão ser tomadas em matéria de recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho? Seja-me permitido uma pequena correcção: mesmo na cidade, fora do casco histórico, há queixas. Basta ouvir rádios locais ou ler comentários nas redes sociais. É facto que no Centro Histórico a Câmara criou um serviço dedicado, com meios humanos e recursos bastantes. Sem afectar negativamente a limpeza e asseio do
Centro Histórico impõe-se uma revisão profunda da Limpeza Urbana, da cidade e das Vilas, extensível a todo o concelho.
A diminuição dos consumos energéticos é um critério fundamental para a redução da pegada ecológica dos territórios. Quais as medidas que defende para uma maior eficiência energética em Guimarães? E de que maneira isso pode ser refletido na fatura dos consumidores? A CDU propõe-se fazer aprovar em sede orçamental a começar em 2018 e de modo faseado um investimento em energia solar, equipando todos os edifícios usados pelas autarquias. De igual modo, a CDU propõe-se fazer substituir o uso de combustíveis fósseis por energias limpas, promovendo a renovação da frota automóvel. Sendo a substituição das energias poluentes por energias limpas um objectivo que contribui para a melhoria da qualidade do ar e redução de importações, espera-se que os ganhos obtidos se repercutam numa gestão global mais eficiente e em menos despesa, o que reverterá a favor de diminuição de impostos e taxas. O sucesso e a sustentabilidade de uma política de gestão do ambiente passa muito pela Educação Ambiental. Que investimentos pensa concretizar na promoção da formação ambiental da população? Há hoje na sociedade um largo consenso em relação ao desenvolvimento sustentável que importa consolidar. Para isso a CDU privilegiará a comunidade escolar, do primeiro e do segundo ciclo, nunca esquecendo o público em geral. Em articulação com as escolas, desenvolveremos iniciativas visando despertar a atenção para os rios, ribeiras, sítios e parques de lazer que têm no presente e os que gostariam de ter. Pensamos destinar até 1% do orçamento da câmara para este projecto. Caso essa candidatura se concretize, qual deverá ser o critério fundamental para avaliar o sucesso ou o insucesso de Guimarães, como Capital Verde Europeia? A Capital Verde Europeia, para a CDU, não é uma meta, é um objectivo inseparável de uma política consistente de melhoraria da qualidade de vida. Se uma vez concretizadas as medidas previstas na CVE, os indicadores usados para avaliar a qualidade de vida apresentarem valores favoráveis, se o ar estiver mais puro e respirável, o ruido for menor, o transito e a mobilidade fluírem, se os rios estiverem limpos, as praias e margens em condições, então poderemos dizer que a CVE valeu a pena e foi o projecto mobilizador que a CDU esperava. ●
A gestão das áreas verdes (urbanas, rurais ou florestais) é hoje essencial numa política de gestão ambiental. Que intervenções planeia para a reorganização das zonas florestais e que política defende para os parques urbanos na cidade, nas vilas e freguesias? Relativamente aos parques urbanos, mais do que uma política de reabilitação, deverá ser adoptada uma política de conservação e reparação permanentes, pela importância que estes parques representam, quer para o lazer dos cidadãos, quer para o meio ambiente urbano. Progressivamente deveriam ser criados novos parques que pudessem servir um conjunto de freguesias, devendo as juntas participar activamente na sua co-gestão. Tudo isto sem prejuízo da reabilitação daqueles que necessitam dessa intervenção. No que se refere às zonas florestais, defendemos que a criação de um programa de educação para a protecção da floresta, matas e baldios, colaboração na luta contra os incêndios, programa que deve envolver obrigatoriamente a protecção civil municipal, os Bombeiros de Guimarães, as Juntas de Freguesia, a PSP e a GNR locais e as Comissões dos baldios e a elaboração de cadastro da propriedade florestal do município. A eficácia da recolha de lixo nas vilas e freguesias tem sido motivo de críticas por parte da população. Por outro lado, no centro histórico há um sistema de recolha - o PAYT - que tem merecido comentários positivos. Quais as medidas que deverão ser tomadas em matéria de
recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho? Extensão progressiva das boas práticas da cidade para as freguesias, com respeito pela privacidade das pessoas. Colocação, no concelho de um maior número de contentores para a recolha separada de lixo, programa radiofónico local para educação sobre do tratamento, separação e depósito do lixo. Nas freguesias, maior frequência na recolha e facilidade no pedido de recolha de electrodomésticos e móveis que se pretende deitar para o lixo. Maior fiscalização do processo de tratamento e despejo do lixo em locais públicos, em especial o lixo industrial. A diminuição dos consumos energéticos é um critério fundamental para a redução da pegada ecológica dos territórios. Quais as medidas que defende para uma maior eficiência energética em Guimarães? E de que maneira isso pode ser refletido na fatura dos consumidores? Entre outras, medidas relacionadas com a construção de edifícios para habitação e indústria, recurso à energia solar e eólica, recursos a veículos a gás ou eléctrico. Essas medidas contribuiriam para a baixa da factura, quer para o pagamento da energia, quer para as despesas com a saúde. O sucesso e a sustentabilidade de uma política de gestão do ambiente passa muito pela Educação Ambiental. Que investimentos pensa concretizar na promoção da formação ambiental da população? Para além do que se disse acima na resposta à 2.ª questão sobre o programa de educação, defendemos que essa educação deve ser promovida desde o ensino pré-escolar até ao secundário. Caso essa candidatura se concretize, qual deverá ser o critério fundamental para avaliar o sucesso ou o insucesso de Guimarães, como Capital Verde Europeia? O critério deverá ser o da avaliação do conteúdo do programa e do grau do seu cumprimento, em especial dos objectivos alcançados, da natureza e adequação dos instrumentos utilizados, da manutenção das realizações efectuadas, do nível de sustentabilidade das medidas adoptadas e dos efeitos multiplicadores desse programa no futuro. ●
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Candidatos apresentam propostas para o futuro de Caldas das Taipas de uma forma muito profunda as pretensões da ADIT. Cândido Capela Dias Este debate já valeu a pena só para ouvir o representante do PSD reconhecer que todo o processo de aquisição da Pensão Vilas foi uma aventura, em que compraram, começaram a pagar e a meio do caminho, concluiram que não tinham dinheiro para nada. Isto é puro aventureirismo, mas é bom reconhecer aqui. Depois, a Assembleia de Freguesia tem uma posição que é de fazer um concurso limitado entre três entidades idóneas e da freguesia, para cedência do direito de exploração por determinado número de anos, com pagamento de uma renda à Junta de Freguesia e manutenção do edifício, do património. É uma proposta que mantemos. Na sequência dessa Assembleia de Freguesia, o PSD absteve-se e inviabilizou posteriormente. A nossa proposta mantém-se e tem pernas para andar, ao contrário da proposta do PSD.
Os quatro candidatos à autarquia taipense reuniram-se à volta da mesa e apresentaram as suas ideias para os respetivos mandatos autárquicos, caso sejam eleitos para cumprir algum. Rui Antunes (BE), Cândido Capela Dias (CDU), Manuel Ribeiro (JpG) e Luís Soares (PS) aceitaram o convite do Reflexo para uma conversa conjunto a propósito da próxima eleição que determinará quem será o sucessor de Constantino Veiga, à frente dos destinos da Junta de Freguesia de Caldelas. O jornal Reflexo retoma, a propósito das eleições autárquicas de 1 de outubro de 2017, as entrevistas conjuntas, com todos os candidatos à Junta de Freguesia de Caldelas. O quatro candidatos que se apresentam a sufrágio expuseram as suas ideias relativamente a um conjunto de áreas como o urbanismo e ambiente; educação e cultura; desenvolvimento económico e acessibilidades; e as opções de gestão autárquica. A reunião decorreu na passada terça-feira, 5 de setembro, na sede do Reflexo, a pouco menos de um mês do ato eleitoral. A estrutura do debate esteve dividida em três partes. Numa primeira os candidatos responderam a um conjunto de questões colocadas pelo Reflexo. A seguir houve oportunidade para cada um dos candidatos confrontar um candidato à sua escolha com uma pergunta por eles formulada. Por último, os quatro tiveram oportunidade, nas alocuções finais, para abordar livremente o
que entendessem. Todos os candidatos optaram por evitar o confronto direto e decidiram não colocar questões aos seus adversários. O debate demorou pouco mais de duas horas. Para economia de espaço, neste texto Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Guimarães será lida, respectivamente, pelos acrónimos JF e CMG. A questão da Pensão Vilas/ residencial sénior foi um forte argumento de debate nas duas eleições anteriores. Nesta précampanha mal se ouviu falar do tema. Como vão gerir este projeto no próximo mandato? Rui Antunes É um projeto que entristece os taipenses. Sempre foi um processo muito pouco transparente e ainda não se percebe por que é que efetivamente a residência sénior ainda não foi construída. A ADIT, a quem foi atribuído o direito de exploração de superfície,
não cumpre o contrato e a JF decide não fazer nada. Ou seja, atribui a competência para a prestação de um serviço público a uma associação que não presta esse serviço público. A JF assiste passivamente a toda esta situação, é lamentável. Nós propomos que seja reequacionada a convenção ou protocolo que foi estabelecido com a ADIT. Se esta associação não tem condições para cumprir o programa a que se vinculou, este deve ser revogado. Naturalmente, se a JF não tem condições para desenvolver o projeto por si só, deve, em conjunto com a CMG e a Segurança Social, encontrar uma solução. Manuel Ribeiro O problema da Pensão Vilas está resolvido por si só, com as deliberações das assembleias de freguesia. Em primeiro lugar, não existe falta de transparência. A um dado momento, a JF decidiu que não tinha competência nem meios para levar uma empreitada daquela enver-
gadura para a frente. Então vendeu o direito de superfície à ADIT, reservando para si a propriedade do solo. A ADIT tem tido grandes dificuldades de financiamento para concluir a obra. Nesta situação propôs à JF a compra da propriedade do solo permitindo-lhe hipotecar junto de um investidor (instituição ou particular) e, com isso, obter investimento para concluir a obra. A freguesia sairia deste processo sem um “tostão” de prejuízo porque vendendo a propriedade do solo, iria receber todos os montantes que tinha pago ao vendedor da propriedade e ficava exonerada do pagamento dos 3 mil euros por mês. Neste momento a freguesia é proprietária do solo e a ADIT é titular do direito de superfície. O que está garantido pela ADIT é que vão concluir o edifício e que será destinado a um lar de idosos ou residencial sénior. A negação da venda da propriedade do solo por parte da Assembleia de Freguesia constrangeu
Luís Soares O que se passou foi absolutamente ruinoso. Estas eleições também jogam muito com aquilo que é o escrutínio e aquilo que foi feito nos últimos anos. Temos que aqui assumir que esta proposta foi uma aventura, mas que tinha um objetivo. Esse objetivo era transmitir às pessoas que a JF tinha um propósito social, preocupando-se com os idosos. Esse objetivo falhou pela não concretização do lar de idosos e, numa segunda fase, porque a Junta abdicou desse objetivo, pois quando propôs à Assembleia de Freguesia a venda daquele edifício significa que desistiu de construir um lar de idosos. O PS sempre teve uma postura construtiva de tentar resolver este problema que foi criado pelo PSD e JF. Pedimos duas vezes reuniões com a ADIT, que foram negadas. Pedimos diversas vezes ao executivo mais informações que nos pudessem ajudar a dar um contributo para resolver o problema, mas muitas vezes essas informações foram sonegadas. Existe uma proposta clara em cima da mesa e que mereceu o voto favorável do PS, que é a de abrir este negócio a outras entidades, e que tem um requisito particular que é de dar garantias de que naquele edifício temos um equipamento social, importante na ação social que a JF deve ter e não teve nestes últimos doze anos. ●
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#255
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Participação da Junta de Freguesia na gestão da Taipas Turitermas Qual o papel que defende para a Junta de Freguesia na gestão da Taipas Turitermas? Cândido Capela Dias A CMG tem toda a legitimidade para criar as entidades, instituições, sociedades, cooperativas que quiser, sobre isso não há discussão possível. Para nós, a questão não está na existência da Turitermas. A questão está no papel da Turitermas nas Taipas e o seu papel no contexto da gestão daquilo que lhe está confiado. É importante dizer que a CMG tem várias entidades e cooperativas, mas nenhuma dessas cooperativas, beneficia dos privilégios atribuídos à Turitermas. Isto levanta a questão de por que é que a Turitermas é exceção. É assim porque a CMG entendeu que tinha de ter uma espécie de entidade submissa, obediente, para contornar o problema de ter uma JF que não lhe era favorável e que até tinha um comportamento rebelde e aventureiro. Ninguém está esquecido de que a JF, no primeiro mandato do atual presidente, assumiu uma postura de hostilidade aberta e declarada em relação à CMG, que respondeu desta maneira. Em primeiro lugar, devemos ter um clima político que permita uma relação sadia entre Câmara e freguesia de Caldelas. Neste quadro, a Turitermas nunca poderá assumir o papel de “Cavalo de Troia” da Câmara nas Taipas. O papel da JF é o de reivindicar aquilo que todas as freguesias devem ter. Por exemplo, delegações de competências dos espaços públicos, que não têm que estar na Turitermas. Dou um exemplo: estão a acontecer obras no parque das Taipas, mas do lado de Ponte não. Por que é que isto acontece? Porque do lado das Taipas, o parque está entregue à Turitermas e esta não tem competências para a outra margem do rio, em Ponte. Manuel Ribeiro Nós defendemos, ao lado do nosso candidato à CMG, que o capital social da Taipas Turitermas seja distribuído pela freguesia de Caldelas na proporção de 50%. Isto permitiria que a freguesia participasse equitativamente com o município no capital social da cooperativa e passasse a ter uma palavra a dizer na designação do presidente da direção. Tenho as minhas dúvidas quanto à posição do Capela Dias e restante
oposição no que diz respeito às más relações terem sido iniciadas com o Constantino Veiga, em relação à CMG. Toda a gente sabe que do outro lado tínhamos o Dr. António Magalhães, que não é uma pessoa fácil, não é uma pessoa que ficasse por um mero comentário, era uma pessoa de vinganças. Neste mandato, dizer que existem más relações entre a JF e a CMG, é absolutamente falso. Se há relações de amizade, de proximidade entre o presidente da Câmara e o das Taipas.Parece-me que nem com o engenheiro Remísio existia tanta, até chamaria “intimidade”, em termos institucionais. Se for eleito vou estabelecer pontes, caminhos que sejam convergentes na satisfação do interesse público da freguesia, independentemente de quem esteja a gerir a Taipas Turitermas. Não faz sentido a Taipas Turitermas trabalhar no espaço público de uma forma sem que a JF tenha sido ouvida. Quanto às obras que estão a ser feitas no parque de lazer, ninguém deu uma satisfação à JF, mas existem outros exemplos. Luís Soares Numa entidade, seja ela pública ou privada, a mim preocupa-me se está a gerir bem ou mal. Lembro-me que há doze anos, o PSD colocou um cartaz onde acusava a CMG de degradação do património turístico da vila, com imagens de espaços do património turístico da responsabilidade da Taipas Termal. Sou o primeiro a dar razão a quem, na altura, evidenciava sinais claros de degradação. Não consigo compreender que, doze anos depois, estando o património turístico da vila todo recuperado, aqueles que atacavam há doze anos a Turitermas não sejam hoje capazes de admitir que as intervenções que foram feitas são boas para a vila das Taipas. É com muita estranheza que ouço o Dr. Manuel Ribeiro propor ter uma relação institucional de construção de pontes e caminhos com a Turitermas, quando nós sabemos que nos últimos quatro anos, foi o Dr. Manuel Ribeiro representante nos órgão sociais da cooperativa, que entrava mudo e saía calado e depois escrevia, no Reflexo, um conjunto de críticas, muitas delas injustas. Parece que há uma pequena con-
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Delegação de competências da Câmara Municipal de Guimarães fusão quanto ao parque das Taipas. Existe uma placa que identifica quem está intervir no parque e diz que a entidade é a CMG e acredito que nas relações de “intimidade” que o doutor Manuel Ribeiro referiu, naturalmente esse e outros projetos intervencionados por parte da Câmara, tiveram a audição do senhor presidente da Junta. O que é fundamental nos próximos quatro anos é recuperar o tempo perdido nos últimos doze. As pessoas estão fartas de guerras, estão fartas de discordância, onde os interesses partidários estão à frente dos interesses da vila. Aquilo que eu quero é reatar de facto as relações institucionais com toda a gente. Caso vença as próximas eleições, não serei o presidente da cooperativa, tenho é disponibilidade para assumir o papel de representante da Junta, nos órgãos sociais ou na assembleia geral da cooperativa, onde defenderei de uma forma intransigente os interesses das Taipas. Rui Antunes Tenho que ser dissonante com o que foi dito, de facto o BE põe em causa a própria existência da Turitermas. No nosso entender, a criação de empresas municipais e outras entidades públicas municipais só serve um fim, que é fugir ao escrutínio democrático da Assembleia Municipal. Na nossa opinião, a Turitermas, assim como outras empresas municipais, deveriam ser extintas. Os bens públicos devem ser geridos pela CMG e esta deve abrir concursos públicos para os cargos de direção. Assim saberíamos com clareza os currículos e as competências de quem estaria a ser nomeado para os cargos. A Turitermas não tem a obrigação de ser uma empresa municipal e essas competências podem ser prestadas pela Câmara Municipal e pelos seus funcionários. Assumindo a existência da Turitermas, temos um conflito entre a empresa e a própria freguesia, em que temos algumas competências que são sonegadas à Junta de Freguesia, como é o caso já levantado do parque das Taipas, que é flagrante. Estamos a falar de um bem que é essencial para a definição da estratégia a longo prazo da freguesia. A Junta deve ter um papel mais importante na definição das estratégias dos bens públicos das Taipas.●
Como se posiciona quanto à aplicação da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que prevê uma delegação de competências da CMG nas Juntas de Freguesia? Manuel Ribeiro Nessa lei, o legislador representou que havia municípios que haveriam de fazer contratos de delegações de competências e com outros não. Em Guimarães muito poucas freguesias, só aquelas com uma especial relação com a Câmara conseguiram algumas delegações de poderes. De especial relação, estou a referir-me ao presidente de Junta de Ponte que conseguiu uma delegação de poderes para o parque de Ponte. Nas Taipas, isso era praticamente impossível acontecer. A Turitermas e muita gente dizem que têm a gestão do parque de lazer, eu não. Em termos jurídicos não existe essa delegação de poderes. A Turitermas realmente não manda no parque de lazer, é a Câmara. Basta ver os funcionários que lá estão. Chegamos a reunir com o vereador Amadeu Portilha sobre este assunto da delegação de poderes. Nessa altura, a Câmara estava a fazer um estudo sobre o custo dos equipamentos urbanos e da manutenção e gestão dos espaços verdes para a Câmara. O que se quer no futuro? A gestão de proximidade tem muito mais eficácia e, acima de tudo, podemos responsabilizar os órgãos de uma freguesia. O que é que acontece nas Taipas? Temos uma gestão do parque florestal completamente descontrolada, com árvores a cair, no centro da vila e no parque, e ninguém é responsável. Esta delegação de poderes é fundamental para que as Taipas possa ter uma
gestão de espaços verdes próxima, de rápida intervenção e amiga dos seus residentes e não inimiga, como acontece atualmente com as queixas dos habitantes a dizer que os ramos das árvores lhes entram pelas casas dentro. Luís Soares A Lei 75 é a chamada Lei Relvas, do anterior governo, que é a que está em vigor, mas que tem um partido responsável, como agora há um partido responsável para alterar essa lei. Aquilo que estamos a trabalhar na Assembleia da República, juntamente com o governo, é justamente uma reforma que permita aprofundar as competências, juntando um envelope financeiro que permita levar a cabo essas competências. Este processo que o Dr. Manuel Ribeiro nos trouxe da Câmara é o que António Costa fez em Lisboa. Hoje, em Lisboa, temos juntas que têm as mais diversas competências, cabendo à Câmara as despesas mais largas. Uma JF como Caldelas pode e deve fazer mais. Vamos avaliar os três protocolos especiais que a Câmara delega na JF: a feira, os protocolos de investimento e a limpeza das bermas e sarjetas. A feira tem uma gestão caótica, sabemos que as bermas e sarjetas não são limpas, sabemos que o protocolo de investimento na rua do Tojal é algo que não foi sequer pensado e que impossibilitou até a recolha do lixo. Para uma JF reivindicar mais competências tem de mostrar estar à altura das competências que já tem e isso é o que não acontece. Rui Antunes É fundamental que haja uma delegação de competências por parte da CMG para as freguesias,
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Rui Antunes: "É fundamental que haja uma delegação de competências por parte da CMG para as freguesias" nas mais diversas áreas: na gestão do património, dos espaços públicos, parque de lazer, mas também noutras áreas, como é o caso do apoio social e apoio aos idosos e às pessoas com necessidades especiais. Na sequência da questão anterior, nas empresas municipais e de outras cooperativas, nós achamos que estas podem ser substituídas pelas JF. No caso particular das Taipas, em resultado da sua área de influência, defendemos a desconcentração de determinados serviços camarários nas Taipas, para que a vila possa prestar mais serviços a toda esta população e contribuir para o seu desenvolvi-
mento. Cândido Capela Dias Temos um bom problema político e sem deixar de concordar que de facto esta lei é contra o poder local e da responsabilidade do PSD. Sendo um ataque ao poder local também o foi à JF de Caldelas. Como o representante do PS aqui disse, está-se a trabalhar no sentido daquilo que parece o correto. O Dr. Manuel Ribeiro disse que o legislador, aquele que “tira cursos acelerado”, deu à luz uma lei que partiu do pressuposto que havia câmaras que sim e câmaras que não, juntas que sim e
juntas que não. Não sei como se fazem leis destas, é uma lei ziguezague, conforme os olhos do presidente da junta ou da câmara. É uma discricionariedade. A Câmara tem um poder discricionário, só há uma delegação de competências se as câmaras quiserem. Isto é incorreto e ninguém pode aceitar, ninguém que defenda um poder local autónomo, com respeito por cada patamar, mas em que as freguesias tenham determinadas competências e recebam o correspondente financeiro e que não tenham de andar de chapéu na mão ou de mão beijada andar a pedir ao senhor presidente da Câmara. ●
A Capital Verde Europeia como momento catalizador para a despoluição do Ave Qual o papel das zonas verdes e principalmente do Rio Ave para o desenvolvimento da vila e para o sucesso da candidatura a Capital Verde Europeia? Luís Soares Na elaboração do nosso programa eleitoral, um dos objetivos que coloquei juntamente com Domingos Bragança foi o de devolver o rio às populações. Recordo que, há quatro anos, quando Domingos Bragança apresentou o objetivo de candidatar Guimarães a Capital Verde Europeia, houve um conjunto de partidos políticos que se riram desse desafio. Não é possível ter qualidade na água para a prática balnear e para a reabilitação das praias fluviais, para a preservação das zonas ribeirinhas, se não tivermos connosco os industriais, o cidadão comum, as instituições re-
presentativas da sociedade, sejam elas da sociedade civil, sejam do Estado. Em outubro do ano passado, trouxemos à vila o professor Pedro Teiga, que é um especialista na área de reabilitação de rios e, em bom tempo, a JF acabou por contratar o professor Pedro Teiga para fazer um trabalho de recuperação da ribeira da Agrela. O rio, mais do que uma bandeira eleitoral, tem que ser uma prioridade de todos os políticos. Cândido Capela Dias Fala-se na despoluição do rio, mas a JF e a CMG não têm competências na sua gestão. Ou seja, anda-se a iludir o eleitor. Sem o Ministério do Ambiente querer, nada do que se diz é para se fazer. Sobre a Capital Verde Europeia, que nós definimos como um projeto
mobilizador, assinámos o documento em conjunto com a Câmara e que foi visto como um bom ponto de partida para a questão ambiental. Sobre o rio Ave, há uma certa tendência para culpabilizar as indústrias pela poluição. Mas há os loteamentos, os saneamentos a céu aberto (o saneamento nas Taipas ainda não está a 100%), há coisas aqui nas Taipas bem perto de nós que escorrem a céu aberto… A Câmara tem grandes responsabilidades naquilo que está a acontecer e antes de julgar os tais poluidores deve fazer primeiro o trabalho de casa. A título de exemplo, conheço casos da fiscalização da Vimágua a ir para o terreno para notificar um particular para fazer ligação do seu ramal ao sistema, quando mais adiante o sistema tinha
interrupção e drenava diretamente para o rio. A Câmara tem que passar tudo a pente fino – ou a Vimágua – tem que fazer isto para depois, sim, exigir. Não vai há muito tempo que toda a gente sabia que o Passerelle e a rua dos Bombeiros não tinham saneamento. Não sei se já tem tudo. Não exijamos o impossível quando o possível está ao nosso alcance e não o fazemos. Rui Antunes O rio é um recurso muito importante para o desenvolvimento do concelho e da freguesia. No entanto, a degradação do rio já se verifica há muitos anos. E a pergunta que se impõe aqui é o que fez o PS que governa a Câmara há 30 anos para despoluir o rio Ave e nós dizemos, pouco ou nada. Começou agora com a Capital Verde Europeia a desenvolver alguns projetos pequenos para a despoluição do rio Ave. Mas ao analisarmos o trabalho que é feito pela CMG verificamos que o seu representante na estrutura de missão da Capital Verde Europeia, Amadeu Portilha, quando questionado sobre a existência ou não de praias de bandeira azul, não soube responder. O concelho sempre esteve de costas voltadas para os rios. A questão que se coloca é até que ponto o empenho que vemos agora na Câmara será suficiente para resolver estes problemas. É obrigatório que a Vimágua assegure que todas as casas estejam ligadas à rede pública de saneamento. A Câmara deve assegurar as questões da sua competência e a JF deve dar o seu contributo que permita ao rio Ave desemprenhar o papel fundamental para o desenvolvimento das Taipas. Manuel Ribeiro Eu começaria por
dizer que o último banho que tomei no rio Ave, na zona do parque de lazer, tinha cerca de 19 anos. Ou seja, já passaram mais de 30 anos – coincidência ou não - esses 30 anos coincidiram com a governação PS em Guimarães. Mas não foi coincidência, foi uma altura em que se construiu a torto e a direito, em que havia a necessidade de drenar os esgotos das habitações e o rio foi um aliado importantíssimo da Câmara Municipal de Guimarães, para onde se vertiam os esgotos, na sua maior parte. Temos que dizer que a CMG tem uma responsabilidade extrema no estado em que o rio se encontra, pelo menos na zona das Taipas. Houve falta de fiscalização quanto às habitações e ao destino do saneamento. O atual presidente de JF esteve sempre a chamar a atenção para o rio, que devia ser uma prioridade das Taipas e no concelho. É tão fundamental que, já em 2007, Constantino Veiga apresentou publicamente um projeto de alargamento do parque de lazer e de requalificação das margens do rio Ave. Mas isto só tem sentido se, entretanto, o rio estiver despoluído. Temos um projeto autorizado pela autoridade pela administração central do Estado que manda no rio, para a requalificação da margem direita do rio Ave. Nós entendemos que isto não é suficiente. Devo acrescentar que um projeto mobilizador não se dá bem com tentativas de calar denúncias de esgotos que escorrem para o rio Ave. O presidente da Junta ser censurado publicamente porque denunciou uma irregularidade parece de mau gosto. Para a coligação JpG, o rio Ave sempre foi, é e sempre será uma prioridade e uma vocação das Taipas. ●
A gestão das Festas da Vila e de S. Pedro Como caracteriza o modelo das festas da vila e de S. Pedro, nomeadamente no que toca à sua gestão e ao seu formato de programação? Luís Soares É necessário esclarecer o modelo de parceria entre a JF e a comissão de festas, porque clarificar o modelo da parceria significa, desde logo, respeitar o trabalho que é difícil e meritório das comissões de festas, sem que haja uma certa instrumentalização das pessoas. As comissões de festas não podem estar dependentes de a Junta querer investir num ano muito e tornar as festas grandiosas, porque é ano eleitoral e depois de-
sinvestir nos outros três. É importante que se fixe uma estratégia de médio prazo para as festas. Há uma dimensão clara que tem sido negligenciada, que é a dos jovens, estes queixam-se que nas festas da vila não há iniciativas claras e específicas para eles. Depois, há um conjunto de aspetos que têm de ser mantidos, que são iniciativas que estão consolidadas no cartaz das festas, caso da feira da francesinha e do fogo. Depois, temos de dar o salto em termos de organização. Neste ano, e o exemplo que vou dar não é só deste ano, o “Ferreira de Castro” esteve e
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Cândido Capela Dias: "A CDU faz falta e isto tem de mudar, mas só mudará se a CDU tiver força" Mais transportes públicos como alternativa para chegar à cidade
está habitualmente enlatado em cada uma das festas da vila. Este ano, o monumento ao bombeiro esteve com veículos de exposição em cima do jardim. Parece-me que há margem para, do ponto de vista do pormenor, dar um salto qualitativo na organização do espaço público e dar condições para que quem nos visita possa fruir de todos os espaços públicos, por exemplo, alargar as festas para a praça central da vila das Taipas, que está completamente arredada das festas de S. Pedro. Há ainda um elemento que me parece fundamental, nós queremos devolver a festa da vila ao movimento associativo. Manuel Ribeiro O modelo inicial implicou a colaboração das associações, mas revelou-se completamente furado e, portanto, vir outra vez com as associações a terreiro… Foi um chão que deu uvas. É muito bonito em teoria falar das associações e implicá-las na organização das festas da vila, mas, na prática, não se arranja ninguém a não ser que a associação lucre efetivamente com as festas, como foi no passado. Temos que saber recordar com honestidade como é que eram as festas da vila antes do Constantino Veiga e como são as festas agora. As Taipas era uma terra menor, muito menor do que muitas aqui à sua volta na altura das festas. Havia a reclamação que, pela sua importância, pela sua centralidade e pela sua tradição, as festas da vila fossem grandio-
sas. Nesse aspeto, Constantino Veiga teve o mérito que não se pode negar. Relativamente à parceria com a comissão de festas? Tem que ser, pois as pessoas não têm noção do trabalho que a organização de umas festas da vila implica. Também não percebi a intervenção do Dr. Luís Soares ao dizer que é preciso respeitar as comissões de festas, não identificou nenhum facto que indiciasse que não são respeitadas as vontades, a atividade e até honrado o seu papel na organização das festas. Até posso relembrar que na última Assembleia de Freguesia foi aprovado, por unanimidade, um voto de louvor para o esforço da comissão de festas da vila de 2017. Reconheço que relativamente aos jovens há uma lacuna que tem que ser preenchida. No passado, tínhamos a organização do Rock in Taipas. Depois, por diversas razões, começou a haver o Barco Rock Fest que ocupou um espaço na organização dos festivais de verão. Também entendo que, no futuro, interligado com as festas da vila, haja a feira do artesanato, a feira do vinho ou de outro tipo, integrar a feira das velharias num dos fins de semana, para acudir a muitos públicos de modo a trazer gente às Taipas. Cândido Capela Dias Se nós falarmos só das festas de S. Pedro, estamos a falar de um só momento. Se se mete nas festas da vila e S. Pedro a feira da francesinha, a festa de artesanato, já não tem a ver com as Festas da Vila e do S. Pedro, em si.
Tudo aqui se esgota em quinze dias. Em quinze dias concentra-se toda a animação da vila e depois não há nada para ninguém. Estou de acordo quando se diz que há que encontrar um modelo de animação, mantendo-se o caráter popular das festas, mas apresentar outras soluções que vão ao encontro de outros públicos. Há um segmento da população das Taipas e das freguesias à volta a ser potencializado, pois a vila consegue centralizar e até podia articular com Barco, por exemplo, esse festival de rock. Tínhamos um programa preenchido que resolveria aquilo que a Junta deve querer, trazer público, consolidar a liderança das Taipas como centro estratégico, que tem que o assumir, não porque a Junta diz que é, mas que as pessoas o sintam como tal. Já agora, por falar em artesanato, onde estão aquelas barraquinhas que a Junta mandou fazer? Rui Antunes Concordo quase na totalidade com a opinião do Capela Dias e acrescento que, de facto, se devem envolver as associações e contribuir com a sua programação para as festas da vila. É necessário também uma programação musical mais diversificada e que a JF crie condições para que os artistas taipenses sejam capazes de mostrar os trabalhos que produzem. É essencial que a JF promova mostras de arte aqui nas Taipas, ligando a questão da arte contemporânea e moderna com a questão popular das festas. ●
Parece consensual que a ligação do norte do concelho em transporte público é insuficiente. O que defende a curto e médio prazo para ultrapassar este problema? Cândido Capelas Dias É sabido que, em todos os lugares - Câmara, Assembleia Municipal, Assembleia de Freguesia, nas Taipas e fora das Taipas, a CDU tem lutado pela questão dos transportes e da mobilidade. Em termos de transportes urbanos de passageiros, Guimarães fecha a cidade, isola-se, a partir das oito da noite. Não há transportes urbanos em geral (estou a falar dos TUG) para nenhum ponto do concelho. Nós, o que defendemos, é o alargamento dos percursos dos TUG e que cheguem naturalmente às Taipas. Só isto permite a sustentabilidade de muitos equipamentos que estão localizados na sede do concelho. Se um morador das Taipas quiser ir a um espetáculo à noite na cidade ou tem transporte próprio ou vai de táxi. Do ponto de vista político, é um ato puramente discriminatório que a Câmara de Guimarães está a fazer à sua população. As populações nas três freguesias da cidade têm tudo e a Câmara faz uma discriminação negativa em relação à restante população. Se há coisa notável nesta gestão do PS nos últimos 40 anos, com maiorias absolutas e sem maiorias absolutas, é a questão dos transportes. Nunca o PS agarrou nisto. E esta atitude negativa tem reflexos no fluir da cultura, do desporto, do lazer. A Câmara tem que dar condições de igualdade a qualquer cidadão, seja ele da Rua de Santo António, em Guimarães, seja da Rua de Santo António, nas Taipas. Rui Antunes Os Transportes Urbanos de Guimarães têm que voltar para a gestão pública, pois são fundamentais para a coesão social e territorial do concelho. É o transporte que permite a ligação à cidade e permite também usufruir dos serviços que são oferecidos no centro da cidade. Defendemos o alargamento das carreiras e horários que sirvam as pessoas que trabalham e estudam; e defendemos também alguns serviços especiais para noites ou para dias em que acontecem eventos específicos, por exemplo, no caso das Gualterianas e do Pinheiro. Nas Taipas, aquilo que nós vamos defender é uma central rodoviária,
para se proceder às ligações à Póvoa de Lanhoso, Braga, Guimarães e Famalicão. Achamos fundamental que haja um sítio onde toda a gente possa encontrar um transporte para os vários pontos do concelho. A questão dos TUG é fundamental para as Taipas, é essencial que sejam vistos como promotores da coesão social e territorial de todo o concelho. Luís Soares Relativamente aos transportes urbanos, quero dizer que foi um dos fatores que, desde que comecei a fazer intervenção política, mais me mobilizou, porque eu sentia a dificuldade que era fazer intervenção política em Guimarães. Ou tinha transporte próprio, ou o meu pai me ia levar, ou então ficava em casa. O que cabe a uma entidade pública é definir aquilo que é essencial, definir o serviço que pretende. A entidade pública tem que dizer a que hora se quer chegar às Taipas; qual é o tipo de autocarro que tem de chegar; qual é o tipo de serviço que tem de fazer. Depois, quem faz o serviço, se é o Estado ou se é um privado é outra situação. Se, uma vez definidas as linhas e os circuitos, não existir nenhum privado que aceite as condições definidas pela entidade pública, então o Estado tem de garantir que esse serviço é prestado. Como presidente de Junta exigirei, nos sítios certos, caso da Assembleia Municipal, mas também dentro do meu partido, que governa a Câmara e que tem a responsabilidade de aumentar a frequência dos transportes públicos, garantindo a coesão territorial e a equidade social. Manuel Ribeiro Esta questão das acessibilidades das Taipas à sede do concelho é uma questão que eu apelidaria de inadmissível. É inadmissível porque as Taipas é Guimarães e Guimarães pretende que as Taipas seja um ativo importante do concelho. Não compreendo que o PS em 40 anos de poder nunca tivesse pegado nesta questão e que, em 2017, ainda temos de estar a discutir este problema nas Taipas. Sem transportes públicos regulares, que assegurem uma certa fluidez do trânsito entre as Taipas e a sede do concelho, não se reforça a coesão territorial. E depois admiram-se que as pessoas das Taipas digam “vou a Guimarães”, como se Guimarães fosse uma entidade completamente alheia à
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Manuel Ribeiro: "Em Guimarães muito poucas freguesias, só aquelas com uma especial relação com a Câmara conseguiram algumas delegações de poderes" sua própria realidade. Admiram-se que haja um sentir taipense por oposição a Guimarães. Ora, isto é hora de ser quebrado. É hora de quem governa a Câmara de Guimarães dizer que as Taipas e estas freguesias daqui são Guimarães e tenham os TUG com regularidade. A viabilização económica de muitos negócios em Guimarães também agradecia que o concelho estivesse interligado com estes transportes regulares e baratos à sede do concelho. Também acredito que a falta de pessoas nos transportes públicos se deve aos preços praticados. Não se admite que daqui a Guimarães sejam €2,40 (ida e volta €4,80). Por outro lado, tem de se garantir às pessoas autocarros com maior frequência, como antigamente. Já que somos candidatos a Capital Verde Europeia, era de todo necessário que todo o concelho fosse ligado por transportes públicos, de preferência já com veículos elétricos ou a gás natural. Relativamente à central de ca-
mionagem, eu relembro que há uma deliberação da Assembleia de Freguesia, que tem 20 anos, onde o PS votou contra a construção de uma central de camionagem nas Taipas. Com argumentos completamente infundamentados, há uma ata que diz que poderiam ser frequentados por toxicodependentes. Por isso, votaram contra e não foi construída a central de camionagem.
da N101 é essencial para ligar as Taipas à cidade e o nó da autoestrada para diminuir o tempo de distância ao Avepark. A questão da via dedicada que é proposta pelo PS não se percebe. Na altura tinha que ser uma via dedicada porque o financiamento europeu apenas permitia que fosse para uma via dedicada. O financiamento europeu pôs-se de lado e é o Governo que vai arcar com os custos da construção e então esse argumento que justificava a escolha deixa de fazer sentido. Não faz sentido estarmos a atravessar Corvite, Santo Emilião e outras terras, quando nós devemos pensar é na urbanização das Taipas e no crescimento das Taipas como centralidade nesta zona do norte do concelho.
rece que a solução do alargamento, que nalguns casos, em alguns trechos, poderá ser possível, resolva o problema de fundo. Deve ser equacionada a necessidade de uma via alternativa com características diferentes. Mesmo dentro do contexto de valorizar os parques ou o Rio Ave, para Guimarães tirar partido do Rio Ave e fazer com que as gentes de Guimarães venham até aqui ou à Citânia de Briteiros ou de Sabroso. Há muito concelho por descobrir. Guimarães não é só a cidade, não é só o Toural. Portanto, essa nova via deverá ter características diferentes, que funcione como alternativa, mas sobretudo seja uma espécie de alameda, mais pensada não para as velocidades, não no modelo de Braga, que a direita tanto gosta de citar e de trazer para aqui, mas alguma coisa que salvaguarde a identidade das Taipas e aproxime as Taipas da sede do concelho. Quanto àquele cartaz que está ali na rotunda a dizer que vai nascer ali… Como? Se aquilo é concessionado. Aquilo é da Ascendi, nem da Câmara Municipal é! As ligações à autoestrada não pertencem sequer a Guimarães. Vai negociar o quê e com quem? ●
Luís Soares Nós não defendemos uma central de camionetas, nós defendemos uma paragem central de autocarros. Um sítio onde os transportes escolares, os transportes universitários, os transportes interurbanos e internacionais possam parar, fazer a carga, a descarga. Defendo também que a Câmara Municipal reforce o serviço público que é prestado. Não tem que ser necessariamente através dos transportes urbanos, pode ser um privado a operar. Mesmo que seja em regime de subsidiação para ter um preço mais atrativo para o utente. ●
As soluções de acessibilidade automóvel e o lugar de Caldas das Taipas no mapa Via dedicada ao Avepark, requalificação da N101 ou nó de acesso à AE em Brito? Manuel Ribeiro Estive na apresentação pública da via do Avepark, assisti e ouvi responsáveis em contradição manifesta com o presidente da Câmara em termos de impacto ambiental da construção dessa via. Com o novo modelo da via do Avepark, as freguesias que nos circundam vão ter acesso a essa via. A via do Avepark vai desaguar à vila de Ponte e da vila de Ponte seguirá uma via para a autoestrada e para a cidade de Guimarães. Com esta construção, está-se, mais uma vez, a isolar as Taipas. Se ela for construída e se ao mesmo tempo for levada para a frente aquela tontice de transformar a N101 numa centralidade de Ponte e uma via de trânsito lento, então é que estão a dificultar grandemente o acesso à sede do concelho, portanto, a isolar as Taipas. O que defendemos é uma ligação das Taipas à autoestrada, porque estamos muito perto. Resolvemos o problema do Avepark e temos as Taipas no mundo. Relativamente à N101, defendo a sua requalificação ao máximo,
de modo a torná-la uma via mais próxima de Guimarães, em termos de tempo. Luís Soares Nós não devemos ter receio da construção de uma via que de alguma maneira nos ligue rapidamente a Guimarães. Nós somos uma centralidade pelo tipo de serviços que temos. Temos creches, escolas…, tudo aquilo que é mais necessário, supermercados, serviços, espetáculos… Tudo o que eu preciso e que é fundamental nós temos nas Taipas. O único sítio onde as Taipas pode crescer e expandir-se é precisamente para a zona do Avepark. Portanto, para além de garantir uma via que permitirá a acessibilidade rápida à autoestrada e à cidade de Guimarães, dá margem para o crescimento da nossa terra. A via do Avepark servirá a vila das Taipas e será executada porque tem financiamento garantido. A proposta que a coligação apresenta para as Taipas tem tanto de demagógico, como de desespero. Não é preciso ir tirar um curso para se perceber que a proposta da quadruplicação das faixas na EN101 é impossível - com o número de atravessamentos, com o número
de cruzamentos, com a distância do eixo… Colocar um cartaz, na rotunda de Brito, a dizer assim: - É aqui que vai nascer o próximo nó de ligação… Mas, por onde? Na vila das Taipas, no concelho de Guimarães, sempre que o PSD falou do Avepark foi para criticar, foi para desmerecer, foi para denegrir a imagem do Avepark. O Avepark é um ativo fundamental para o desenvolvimento da nossa vila. Rui Antunes O Bloco de Esquerda, quando esta questão se colocou há uns anos, defendeu efetivamente o nó da autoestrada, na zona de Brito. Mas também defendemos a requalificação da N101 porque não se justifica o tempo de viagem das Taipas a Guimarães. Há uma situação muito curiosa que é a Universidade do Minho ter um transporte próprio para os estudantes. E os horários são os mesmos, a saída do autocarro de Gualtar e de Azurém. É engraçado que eles costumam cruzar-se nas Taipas. E a distância das Taipas a Gualtar é o dobro da distância das Taipas a Azurém. Por aí já se nota a dificuldade que as pessoas têm em chegar à cidade. Defendemos que a requalificação
Cândido Capela Dias Primeiro, já não há via dedicada do Avepark. Isso morreu! Já foi apresentado publicamente que a via vai ter entradas e saídas e, portanto, deixou de ser uma via dedicada. Só quero dizer que defenderemos os investimentos no Avepark, mais uma vez como um projeto que pode ser indutor de desenvolvimento. Em relação à N101, não nos pa-
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Luís Soares: "A hora é de mudar e apostar numa equipa que já deu provas que está preparada para levar as Taipas a bom porto" Alocuções finais
Rui Antunes Bloco de Esquerda A candidatura do BE apela à participação dos cidadãos, quer nas Taipas quer no município. Queremos centrar a nossa atividade nas pessoas, trazer para o debate público a importância de chamar as pessoas para as decisões. Apresentamos um projeto que assenta em premissas fundamentais. A primeira é de despertar a necessidade de realçar o envolvimento individual nas decisões, na defesa dos interesses coletivos. Por outro lado, democratizar, promover decisões mais transparentes, uma cidadania participativa e que envolva os taipenses. Isso é feito como? Através de referendos, consultas públicas, consignar parte do orçamento nunca inferior a 10%, para os projetos da freguesia através do orçamento participativo, combater a exclusão e a discriminação e promover a melhoria das condições de vida das pessoas. Como é que vamos fazer isto? Com algumas propostas muito simples. Já falamos aqui da importância da preservação do ambiente da questão do turismo. Vamos criar um guião local, para promover a visita de pessoas à freguesia e equacionar um ponto de turismo, um museu da cutelaria em conjunto com as empresas locais que possam fornecer equipamentos PUBLICIDADE
para serem expostos. Defendemos uma programação e agenda integrada com as associações locais, o espaço da Junta de Freguesia com uma amostra de arte, um espaço para a formação de adultos e universidade sénior, um gabinete social que possa responder às situações de emergência social, a disponibilização gratuita do polidesportivo, pois é preocupante, nas Taipas, hoje, as crianças não terem um espaço para a prática desportiva de lazer gratuita, têm de pagar o uso de um bem que já foi pago pelo orçamento municipal, numas boas centenas de milhares de euros. Propomos, para atrair o investimento, um guia do investidor em conjunto com a Câmara Municipal, que ajude na revitalização do comércio local.
Cândido Capela Dias Coligação Democrática Unitária A minha intervenção final é um apelo à reflexão aos eleitores das Taipas. Em 2009, a CDU ficou sem representação na Assembleia de Freguesia. Foi exatamente nesse mandato que se consumaram as aventuras da pensão Vilas, quando o PSD tinhas as mãos livres, tinha a maioria absoluta e fez o que fez. Digo isto, para evitar o risco que há de eventualmente, haver recaída e
haver nova maioria absoluta, tenha ela a cor que tiver. Podemos ter, de facto, situações que, passados quatro anos, como agora aconteceu, estamos todos a lamentar. O meu apelo é à participação das pessoas. Aquilo que muitas vezes dizem na rua ou nos cafés, que a CDU faz falta e que isto tem de mudar, só mudará se a CDU tiver força.
de terreno, dá para fazer muitos polidesportivos de acesso livre e atividade física para os taipenses. A maior parte desses terrenos foram negociados a preços baixos. Quando Constantino Veiga disse ao presidente da Câmara que comprava 10 hectares por 200 mil euros ele ficou admirado, pois achava muito barato. Pode haver investimento público e barato e conseguir-se objetivos que projetem as Taipas para o futuro. Relativamente ao Avepark, e viro-me para os de fora, só encontrarão nas Taipas um local de habitação e de lazer, se nos voltarmos para o rio e requalificarmos as Taipas como uma terra de lazer e de aprazer.
Manuel Ribeiro Coligação Juntos por Guimarães A Junta de Freguesia traçou e compreendeu quais eram os desígnios das Taipas. Esses desígnios passam pela parte termal, pelo rio e pelo Avepark. Relativamente à parte termal, chamamos à atenção, muitas vezes, que a Taipas Turitermas deveria ter uma zona verde de apoio ao edifício termal. Por isso é que, no passado, não compreendemos o porquê de terem direcionado o investimento para a recuperação dos Banhos Velhos e não da compra de todos aqueles campos e fazer um parque de apoio à zona termal. Também o dissemos há muito tempo e temos feito um trabalho exaustivo sobre isso, as Taipas tem que se voltar para o rio. Temos em execução um projeto de requalificação das margens e de alargamento do parque de lazer. Desde o parque de campismo à praia Seca são mais de 10 hectares
Luís Soares Partido Socialista Creio que no dia um de outubro os eleitores são chamados a fazer uma de duas escolhas muito simples, escolher a continuidade daquilo que foram os últimos doze anos que conduziram a vila das Taipas ao estado degradante daquilo que é o seu espaço público e onde um conjunto de promessas acabaram por não serem cumpridas, ou então, uma segunda proposta que é uma proposta de mudança. O voto útil, é o apelo que deixo aos cidadãos, é um voto no partido que garante uma mudança séria. As “Taipas merece”, como diz o nosso slogan, e merece
bem usar os recursos que temos. Temos 25 medidas para os 100 primeiros dias de mandato. Cuidar do nosso espaço público, embelezar os nossos jardins, recuperar e desnivelar os nossos passeios, limpar as nossas ruas e sarjetas e bermas, cuidar das pessoas na área social, dos nossos idosos, investir nos passeios, investir naquilo que diz ao cidadão, naqueles que mais precisam, não deixar ficar ninguém para trás. Depois, há um conjunto de investimentos que podem ser feitos com o orçamento da Junta de Freguesia e apresentamos duas propostas: a construção de uma casa mortuária e também a reabilitação do antigo mercado. Há um conjunto de investimentos que dependem da Câmara Municipal de Guimarães. Por isso é que a mudança também se vai sentir ao nível daquilo que é institucional com os nossos parceiros, com a Câmara à cabeça. O compromisso que tenho com o candidato à Câmara Municipal do PS é de fazer aquilo que os taipenses efetivamente desejam. O alargamento do parque de lazer para as levadas, a construção de uma paragem central de autocarros, a construção de um parque de proximidade urbano numa zona altamente residencial e também um passadiço que ligará o parque de lazer à praia Seca. Isto são tudo propostas possíveis, umas com o orçamento da Junta de Freguesia, que dependem apenas de uma Junta de Freguesia atenta, cuidada, interventiva e com brio, outras que dependem da boa relação institucional. A hora é de mudar e apostar numa equipa que já deu provas que está preparada e que tem as melhores competências para levar a vila das Taipas a bom porto.
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Autárquicas 2017: 22 candidatos às 12 juntas do norte concelho CALDELAS
PONTE
Luís Soares
BARCO
Daniel Salazar
PRAZINS (SE)
Sérgio Silva
Natália Fernandes RECANDIDATURA
RECANDIDATURA
Cândido Capela Dias
Sérgio Castro Rocha
Sameiro Rodrigues
João Pereira
Marisa Freitas
Avelino Rodrigues
RECANDIDATURA
Manuel Ribeiro
Diana Fernandes
Rui Antunes
BRITEIROS SE + DONIM Vítor Pais
BRITEIROS SS + BRITEIROS SL Joaquina Antunes
LONGOS
SANDE SL + BALAZAR
Isilda Silva
RECANDIDATURA
Francisco Gonçalves RECANDIDATURA
RECANDIDATURA
Deolinda Matos
Abílio Lima Freitas
Miguel Vieira
Bruna Costa
Maia Gomes
Dionísio Rodrigues
João Ribeiro
Francisco Antunes
SANDE SM
SANDE VN + SANDE SL
Joaquim Castro
Bruno Falcão
RECANDIDATURA
PRAZINS ST + CORVITE
SOUTO SM+SOUTO SS+GONDOMAR
Joaquim Pereira Fernandes
José Vaz
RECANDIDATURA
Armando Silva
Tiago Rodrigues
Manuel Rodrigues
Fernando Cardoso
Marina Cristiana
José Mendes
Teresa Sousa
José Manuel Martins
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE GUIMARÃES Pedro Aguiar-Branco
José João Torrinha
Mariana Silva
Sónia Ribeiro
Torcato Ribeiro
Wladimir Brito
CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES André Coelho Lima
Domingos Bragança
CANDIDATOS CONHECIDOS À DATA DE FECHO DESTA EDIÇÃO. INFOGRAFIA PAULO DUMAS PUBLICIDADE
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1,75%
6,45%
40,16%
45,86%
Quem será o sexto presidente da Junta de Freguesia de Caldelas? 29-09-2013
Constantino Veiga
2,38%
4,14%
57,20%
33,36%
Coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS/PPM/PPT)
11-10-2009
PSD
2,38%
10,97%
45,51%
29,30%
1,90%
Constantino Veiga BE - Bloco de Esquerda
09-10-2005
Constantino Veiga
19,64%
29,46%
46,70%
PSD
MTAC - Movimento Taipas a Crescer
16-12-2001
Carlos Remísio
CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP/ PEV) substitui APU
8,44%
35,22%
15,98%
PS
12-12-1997
Carlos Remísio
5,54%
28,35%
59,80%
35,87%
PS
12-12-1993
Carlos Remísio
PS - Partido Socialista
4,18%
10,07%
34,07%
49,57%
5,54%
PS
17-12-1989
Carlos Remísio
7,12%
21,03%
35,05%
PS
15-12-1985
Francisco Costa e Silva
12-12-1982
14,10%
61,60%
22,45%
APU - Aliança Povo Unido (PCP/ MDP/ PEV) depois de 1987 CDU
Domingos Marques de Sousa UD - União Democrática (PSD/CDS)
PSD - Partido Social Democrata
16-12-1979
Francisco Costa e Silva LIMC - Lista Independente de Moradores de Caldelas
12-12-1976
AD - Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM)
9,96%
21,83%
28,10%
36,70%
Mário Dias de Castro
LIMC - Lista Independente de Moradores de Caldelas
INFOGRAFIA: PAULO DUMAS
CDS - Centro Democrático Social
FONTES: ARQUIVO REFLEXO, ARQUIVO PESSOAL DE CARLOS MARQUES
9,02%
40,47%
48,13%
34,39%
PSD
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Candidatura de Luís Soares apresentou medidas a concretizar nos primeiros 100 dias de mandato
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Manuel Ribeiro apresentou programa eleitoral
MAS
MAS
Na noite do primeiro dia de setembro, o candidato do PS à Junta das Taipas, Luís Soares, apresentou o seu programa eleitoral à população. A cerimónia decorreu na Praça da Astronomia da Escola Secundária das Taipas. Texto Manuel António Silva
No passado dia 12 de setembro, Manuel Ribeiro, candidato à Assembleia de Freguesia de Caldelas, apresentou as propostas do seu programa eleitoral. Numa iniciativa realizada na sua sede de campanha. Texto Manuel António Silva
Na presença de perto de duas centenas de pessoas, Luís Soares começou por explicar que o Programa Eleitoral “é o resultado dos últimos 12 anos de trabalho e de conhecimento que fomos adquirindo sobre o nosso território, sobre aquilo que falta a esta vila. O que mais me orgulha é saber que é uma proposta que parte da base, do contributo dos cidadãos”, disse o candidato no início da sua intervenção. Ainda sem a presença de Ricardo Costa e Domingos Bragança, que viriam a juntar-se a esta iniciativa, Luís Soares explicou que o seu programa integra propostas exequíveis e que “sabemos que podemos cumprir” dividindo-o em três áreas: a primeira é composta por medidas de curto prazo, “com aspetos que identificamos como negativos mas que tem uma resolução fácil e que dependem de uma atuação próxima
Com sala cheia e na presença de André Coelho Lima, Manuel Ribeiro começou por referir que as intervenções a que a sua equipa se propõe realizar dependerão de recursos próprios da freguesia, de recursos provenientes de competências delegadas e através de “uma atuação profunda da Câmara Municipal de Guimarães no seu território mais querido, como muito se tem ouvido em Guimarães”. Esses compromissos, segundo Manuel Ribeiro, “assentam numa visão estratégica, que não é de hoje, defendendo que as Taipas tem de se virar para o rio, para a termas e para as cutelarias. Há décadas que Constantino Veiga tem vindo a tentar sensibilizar a Câmara que esta via seria o desígnio da vila das Taipas. Naquilo a que chamou de medidas estruturais, Manuel Ribeiro propõe promover intervenções no espaço público como é o caso do projeto
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e capaz”. Um segundo bloco de propostas mais vastas e que “podem ser executadas com o orçamento da Junta de Freguesia e um terceiro bloco com um conjunto de propostas que, para serem executadas, carecem do apoio da CMG. No primeiro bloco de propostas, apresentou 25 medidas a levar a cabo nos primeiros 100 dias da sua governação onde, entre outras, indicou melhorias no espaço público. Por exemplo, através do desnivelamento dos passeios para melhoria da mobilidade das pessoas. A renovação das entradas da vila, a criação de um horto próprio, a reabilitação das casas de banho públicas, a promoção de passeios de inverno para idosos, foram alguns das propostas apresentadas. No capítulo dos investimentos dependentes do próprio orçamento da Junta, Luís Soares enquadrou a rea-
bilitação do antigo mercado, convertendo-o para uma zona de esplanadas e cafés, um espaço expositivo e a criação de um posto de turismo. Deu ainda conta de que tentará encontrar uma localização adequada que permita a construção de uma casa mortuária, medida a articular com a Igreja. Por último, referiu os investimentos de mais longo prazo e para os quais garantiu ter articulado custos e prioridades com Domingos Bragança, candidato à Camara Municipal de Guimarães. A construção de uma rotunda no Loteamento Bouçós/ Rabata, no limite da freguesia de Taipas e Barco, a construção de um passadiço do parque de lazer à praia seca, a construção de um parque urbano em pleno centro da vila, com a construção de um jardim contemporâneo e área de lazer no interior do edifício Trajano.
de requalificação do centro da vila, “com otimização relativamente ao número de estacionamentos”. Ainda diretamente relacionado com esta situação, Manuel Ribeiro avançou com a ideia de deslocalizar a atual bomba da BP para outro local, promovendo naquele espaço a criação de estacionamento. Segundo o candidato, “já foram realizados contactos e as pessoas mostraram-se disponíveis”. Referiu-se depois àquilo a que chamou “a menina dos olhos da Junta de Freguesia” e que também consta noutros programas eleitorais: a revitalização e requalificação das margens do rio e das suas praias fluviais bem como a abertura de caminhos da praia seca até às levadas do Arquinho. Na área da mobilidade e transportes, relançou a questão do nó de acesso à autoestrada, em Brito, e a requalificação da N101 e defendeu
a cobertura dos Transportes Urbanos de Guimarães às Taipas, "a preço social e com elevada frequência de viagens". Para o antigo marcado, o candidato propõe a construção de um Centro Interpretativo das Cutelarias. Reclama ainda a cobertura do saneamento básico da vila a 100%, “situação que não se verifica, numa altura em que queremos ser capital Verde Europeia”, diz. A recuperação da Capela Central e casas de banho do cemitério das Taipas, assim como a construção da Casa das Associações, num espaço da Feira semanal das Taipas, junto às casa de banho, onde todas as associações possam ter o seu espaço, dividindo entre elas alguns serviços e despesas com pessoal, por exemplo, foram outras das ideias apresentadas pelo candidato pela Coligação Juntos por Guimarães à freguesia de Caldelas.
Setembro de 2017
#255
reflexo
Domingos Bragança apresenta programa eleitoral de obras com financiamento garantido Texto Catarina Castro Abreu
O programa eleitoral do PS faz jus ao slogan da recandidatura de Domingos Bragança: “Continuar Guimarães”. Na sexta-feira, 8 de setembro, o largo de Donães foi o local onde se apresentaram os “30 compromissos para Guimarães”, com propostas a repisar a ligação ao Avepark, a reconstrução do edifício Jordão e Garagem Avenida, a construção do parque Camões e a instalação da Escola-Hotel na Quinta do Costeado. Da lista desses 30 compromissos, Domingos Bragança destacou uma das
medidas prioritárias e uma das novidades deste programa: a incubadora social, descrita como “espaço de experimentação de iniciativas de empreendedorismo social e inclusivo”. Nova é também a intenção de criar o Orçamento Participativo da Juventude. A atribuição de bolsas a estudantes do Ensino Superior em situação de carência económica é outra proposta vertida para o programa. No domínio económico, Domingos Bragança reforçou a ideia de ampliar o parque industrial de Ponte e do Avepark, requalificar os parques de Selho São
Lourenço/Pencelo, Fafião e S. Torcato e a criação de uma nova zona industrial em Moreira de Cónegos. A incubadora de empresas de base industrial será instalada, se o PS vencer as eleições, nas antigas instalações da Fábrica do Alto em Pevidém. Domingos Bragança diz que a obra deste mandato é resultado de “trabalho de formiga” e que que depois de Guimarães ser “uma referência industrial e cultural” quer fazer do concelho “uma referência ambiental”. “É este o futuro que nós estamos a construir. É esta a razão da minha recandidatura".
Coligação Juntos por Guimarães apresenta propostas para jovens e seniores Texto Catarina Castro Abreu
Dois milhões de euros por ano. É a estimativa de André Coelho Lima para investir em três medidas direcionadas à juventude: criação de cheques ensino para todos os alunos, instituição de bolsas de mérito e sociais e pagamento da inscrição de todos os atletas nas respetivas federações, do seguro e do exame médico desportivo. Para a população mais idosa, promete um milhão de euros para a compra de medicamentos. A estratégia de apresentação das propostas da Coligação Juntos por Gui-
marães tem-se pautado por diferentes momentos. Na semana passada, chamou os jornalistas para duas conferências de imprensa: na primeira, apresentou três medidas para a juventude que assentam na criação de cheques ensino para todos os alunos, desde o primeiro ano até ao 12.º; criar bolsas de estudo sociais para apoiar alunos vimaranenses que querem seguir estudos superiores mas que por força das suas condições económicas não conseguem fazê-lo; pagamento da inscrição de todos os atletas nas respetivas federações, cobrindo todas as modalidades. Para André
Coelho Lima, deve ser a Câmara a pagar também o seguro e o exame médico desportivo. Caso seja eleito, o candidato pretende ainda criar bolsas de mérito. Direcionada à população mais idosa, André Coelho Lima pretende que seja a Câmara a ajudar no pagamento dos medicamentos com receita médica a todos os idosos do concelho com mais de 65 anos, que tenham rendimentos inferiores a 421,21 euros, ou seja, abaixo do indexante dos apoios sociais. Nesta medida, prevê gastar cerca de um milhão de euros e que deverá abranger cerca de 2400 idosos.
Wladimir Brito: “A Coligação e o PS parecem empresas de construção e de recursos humanos”
Torcato Ribeiro apela ao “fim do ciclo das maiorias absolutas do PS”
O Bloco de Esquerda de Guimarães apresentou no dia 12 de setembro o seu programa eleitoral. O candidato Wladimir Brito lançou críticas aos adversários políticos: “A Coligação Juntos por Guimarães e o PS parecem empresas de construção e agora parecem empresas de recursos humanos”, criticando aquilo que considera ser “a instrumentalização das pessoas para ganhar votos”. O jurista destacou que se trata de um programa eleitoral
Para Torcato Ribeiro, “o fim do ciclo das maiorias absolutas do PS tem que corresponder a uma nova esperança para os vimaranenses”. O candidato à Câmara pela CDU discursou durante o primeiro comício de pré-campanha das eleições autárquicas, que se realizou em agosto, em Guimarães. A ação política contou com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Torcato Ribeiro repisou a
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“das freguesias para a cidade e da cidade para as freguesias”, dizendo ainda que “todos os munícipes devem ser tratados sem discriminação”. A mobilidade – com a municipalização dos TUG e a criação de transporte escolar dedicado, a desconcentração dos serviços municipais são as bandeiras deste partido, que propõe ainda a elaboração de um guia de investimento local. A desmunicipalização da cultura, a educação para o
ambiente e no vas regras no Orçamento Participativo são outras das ideias no programa. Sónia Ribeiro, candidata à liderança da Assembleia Municipal, disse querer combater “a ideia de que está tudo ganho, tudo feito e bem feito”. O Bloco de Esquerda a nível nacional defende a realização de referendos como forma de democracia participada e, nesse sentido, também a nível local quer a realização destes plesbicitos para decidir obras estruturantes. ●CCA
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ideia de que “uma maioria absoluta que persista em ostracizar as forças políticas que a não integram não é a melhor solução para o governo do concelho de Guimarães”, realçando que “a fasquia de exigência e expectativas dos vimaranenses colocavam-se em níveis muito elevados, a que a maioria eleita em 2013 não soube corresponder”. Antes de Torcato Ribeiro foi a candidata à Assembleia Municipal, Mariana Silva,
que voltou a falar da mobilidade e da necessidade que “todos os vimaranenses terem a possibilidade de se deslocarem em transportes públicos confortáveis, com horários aceitáveis, a preços acessíveis e com rotas que sirvam todas as freguesias. Para Mariana Silva, “a CDU é a única força política que esteve atenta a todo o processo da Capital Verde Europeia que parece não querer sair do papel”. ●CCA
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ATUALIDADE Luís Soares: “É para levar até ao fim. O tribunal dirá que tenho razão” ARQUIVO REFLEXO
Texto Catarina Castro Abreu
O candidato à junta de freguesia das Taipas, deputado na Assembleia Municipal (AM) e na Assembleia da República, Luís Soares, foi acusado pelo Ministério Público de crime de candidatura de cidadão inelegível, por, em 2013, data em que se candidatou à AM de Guimarães ainda constar como diretor-executivo da cooperativa municipal Taipas Turitermas. O MP ainda lhe propôs duas injunções para suspender o processo mas Luís Soares decidiu não aceitar por querer levar o assunto a tribunal, que, acredita, “lhe dará razão”. A acusação redigida pelo Ministério Público (MP) de 06 de março deste ano explica que “quando o Partido Socialista apresentou a sua lista de candidatos [a 05 de agosto de 2013, na qual seguia uma declaração do então candidato atestando a elegibilidade para o cargo de deputado municipal], na qual figuPUBLICIDADE
rava o arguido, este desempenhava o cargo de diretor-executivo da Cooperativa Taipas Turitermas”, acrescentando que o agora arguido “atuou de forma livre, voluntária e consciente, bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei”. Segundo a Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, “não são elegíveis para os órgãos das autarquias locais dos círculos eleitorais onde exercem funções ou jurisdição: d) Os funcionários dos órgãos das autarquias locais ou dos entes por estas constituídos ou em que detenham posição maioritária, que exerçam funções de direcção, salvo no caso de suspensão obrigatória de funções desde a data de entrega da lista de candidatura em que se integrem”. No interrogatório realizado quase dois anos antes, a 01 de junho de 2015, Luís Soares defendeu-se dizendo que “em 2013 era um mero assalariado, que se dedicava à reali-
zação de todos os atos relacionados com candidaturas de apoios comunitários”, que respondia “apenas perante a direcção” e que, na hierarquia das Taipas Turitermas, estava “no mesmo plano do responsável pela área clinica e fisioterapia”. Questionado pelo Reflexo, Luís Soares não respondeu se, mesmo depois de, como alegou no interrogatório, deixar de ter as funções de diretor-executivo, em que auferia um vencimento base de 1559.42 euros, manteve o mesmo salário. Ao MP disse que não emitia ordens a ninguém e não organizava serviços de qualquer forma. Afirmou ainda que desde 2009 e 2010 deixou de ter funções associadas a diretor executivo, “tendo esta designação ficado por inércia”. No inquérito disse ainda que desconhecia que poderia sofrer de alguma incompatibilidade e que o “seu caso foi estudado em conjunto com o partido, ocasião em que todos chegaram à conclusão de que não existia incompatibilidade, precisamente por já não fazer parte dos órgãos sociais”. O MP propôs a Luís Soares duas injunções: o pagamento de um montante entre 350 e 550 euros a uma IPSS e a demissão do cargo de deputado municipal, injunções que o deputado recusou. O processo avançou, a acusação foi deduzida pelo MP e o julgamento do deputado deverá começar em breve. Numa resposta enviada à nossa redação, o PS lamenta “a judicialização da política, feita de forma anónima”, repudiando “aqueles que procuram vitórias eleitorais na secretaria”.
3º Road Trip de Vespas de Caldas das Taipas DR
Está marcado o 3.º Road Trip de Vespas de Caldas das Taipas. O dia 30 de setembro, dia de reflexão antes das eleições autárquicas, foi a data escolhida pelos amantes da marca italiana de duas rodas, desenhada e construída pela companhia italiana Piaggio, em 1946. Depois do sucesso das duas primeiras edições, onde marcaram presença algumas dezenas de vespistas,
esta nova edição tem o seu ponto de encontro, tal como nas edições anteriores, no Avô João, pelas 9 horas. A organização apela aos interessados que estejam atentos ao espaço criado no facebook para este evento “Vespistas Taipas”. O passeio decorrerá pelas estradas mais desconhecidas do Minho, com um total de 130km de prazer e convívio, com almoço incluído.
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Gritou-se "Viv'às Taipas" em Paredes de Coura PAULO DUMAS
IPCA preenche quase 100 por cento das vagas na 1ª fase de candidaturas
Os This Penguin Can Fly tocaram no Palco Relva do Vodafone Paredes de Coura no último dia do festival.
Texto Paulo Dumas
Foi um ano especial no Vodafone Paredes de Coura. Pela primeira vez quatro bandas de Guimarães pisaram os palcos do festival. Para os músicos era manifesto um inatacável regozijo ver "os nossos" num dos maiores festivais portugueses. Captain Boy, o projeto de Pedro Ribeiro foi o primeiro a subir ao Palco Jazz na Relva, ainda numa candidez fresca do festival. O músico esteve na Praia Fluvial do Tabuão para tocar músicas do seu disco mais recente chamado "1". No segundo dia de Paredes de Coura, a 18 de agosto, foram os El Rupe a ocupar o mesmo palco. Samuel Coelho, o guitarrista do trio, confessa que esta é "uma ambição de qualquer músico", deixando PUBLICIDADE
ficar no ar a ambição de chegar a outros palcos. Esta foi a segunda vez que os El Rupe tocaram neste palco. A primeira não é de grande memória, por ter sido um ano em que a chuva marcou o decorrer do festival. Samuel Coelho teve a particularidade de ter estado no palco maior do festival com mais 70 jovens músicos no projeto Escola do Rock. Este concerto teve a particularidade de ter em palco o percussionista taipense Pedro Gonçalves de Oliveira na bateria. O último dia do festival teve This Penguin Can Fly (TPCF) e Toulouse em dois palcos diferentes. Para os TPCF, Paredes de Coura é tão importante que foi lá que os elementos da banda se resolveram juntar como músicos. Além disso, o baterista José Gomes recorda que
as propostas do festival foram uma importante formação para os gostos de cada um deles. Este concerto era, declaradamente, um dos principais objetivos da banda que tem dois elementos taipenses. Foi nesta altura que se ouviu no PA do palco um sonoro "Viv'às Taipas!". No mesmo dia, um par de horas depois, os Toulouse estariam no segundo palco do Vodafone Paredes de Coura. Também para eles estes concerto foi uma ambição acalentada nos sonhos de cada um dos quatro. Francisco Novais, o baterista, diz que este concerto foi preparado com um maior rigor. Para todos este é um sinal de afirmação da cidade, um "crescimento sustentado da Cultura em Guimarães", como conclui Francisco Novais.
Na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) apenas não preencheu 27 das 635 vagas que tinha disponíveis nos 23 cursos que oferece nos diferentes regimes. A instituição revela que este é o seu melhor resultado de sempre, o que coloca o IPCA na segunda posição, entre as instituições de ensino superior politécnico do país, com o preenchimento de 96% das vagas disponíveis, atrás do politécnico do Porto e a par do de Lisboa. Para Maria José Fernandes, presidente do IPCA, “estes excelentes resultados demonstram que o Politécnico do Cávado e do Ave responde de forma clara às necessi-
dades da região e que, se o governo autorizasse o IPCA a aumentar as vagas para os cursos de licenciatura, elas seriam preenchidas na totalidade”. Com os resultados alcançados na 1.ª fase do CNA e a exemplo do sucedido nos últimos anos, está praticamente assegurada a ocupação da totalidade das vagas em todos os cursos de licenciatura do IPCA no ano letivo 2017/2018. O IPCA mantém-se assim como uma das três instituições de ensino superior politécnico do país com maior procura e a única fora das grandes cidades (Lisboa e Porto) a superar, destacadamente, os 90 por cento de taxa de ocupação de vagas.
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Os eventos que marcam a rentrée cultural DR
Guimarães Jazz já tem cartaz
Samuel Úria toca apresenta em concerto o último disco "Carga de Ombro", nos Banhos Velhos
Guimarães noc noc, Mostra de Teatro de Amadores (MAT’17) e Mucho Flow são os eventos que marcam a rentrée cultural no concelho. Nos Banhos Velhos, segue a programação trimestral fecha com a atuação de Samuel Úria a 23 de setembro. Texto Catarina Castro Abreu O Guimarães noc noc marca a agenda cultural vimaranense e a sétima edição já tem data marcada para 7 e 8 de outubro. A mostra alternativa de arte em espaços não institucionais inclui performances, música, multimédia, artesanato, teatro e artes plásticas que vão percorrer todo o centro da cidade, pelas diversas casas, ateliers, ruas e espaços associativos e comerciais. Espera-se o mesmo sucesso do ano passado em que o evento contou com cerca de 400 artistas locais, nacionais e estrangeiros que apresentaram mais de 180 projetos, distribuídos por cerca de 70 espaços. Mas antes disso, é tempo de Mostra de Teatro de Amadores (MAT’17), esta edição com forPUBLICIDADE
mato alargado e com programação do Teatro Oficina. Depois de uma convocatória aberta aos grupos de Teatro de Amadores do concelho, foram escolhidas seis novas criações que serão apresentadas por todo o concelho. O evento culmina numa grande final com os três melhores espectáculos da mostra: Greve de Sexo pela ARCAP Ponte (dia 22 de setembro, 21.30h, no Auditório da Taipas Termal); Loja de Trabalho para Profissionais do Espetáculo: Teatro pela ATRAMA (dia 23 de Setembro, 21.30h, na Casa do Povo de Briteiros); Antígona de Sófocles pelo TERB – Teatro de Ensaio Raul Brandão (dia 24 de Setembro, 21.30h no Salão Paroquial de Ponte); Guernica ou a Iconografia do Fim da
Esperança pela Astronauta Associação Cultural (dia 29 de Setembro, no Centro Pastoral de Moreira de Cónegos); Para Quase Sempre pelo CETE – Convívio e Teatro Experimental (dia 30, 21.30h, nos Espaços Criativos – Brito); Panóplia (Título Tentativo) pelo Grupo de Teatro da Citânia (dia 01, 21.30h, na Associação Convívio). A apresentação final acontece de 5 a 7 de outubro, no Centro Cultural Vila Flor. O Mucho Flow acontece a 7 de outubro, no Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitetura. Confirmados pela editora vimaranense Revolve estão os nomes de Horse Lords, Nadia Tehran, God Colony, Scúru Fitchádu e Chinaskee & Os Camponeses.
O 100.º aniversário da gravação do primeiro registo discográfico de jazz é o mote do conceito programático da 26ª edição do Guimarães Jazz, que decorre de 08 a 18 de novembro. O concerto inaugural do evento será protagonizado pelo guitarrista Nels Cline (08 novembro), que apresentará o seu projeto “Lovers” acompanhado da Orquestra de Guimarães. Destque ainda para o espetáculo “Jazz – The Story” (09 novembro), desenvolvido pela All Star Orchestra. Seguem-se dois momentos fortes desta edição: o vanguardista e histórico baterista do free jazz Andrew Cyrille (10 novembro) e a banda Mostly Other People Do The Killing (11 novembro) . A segunda semana será preenchida pelo regresso a Guimarães de Jan Garbarek a 16 de novembro,
pela atuação da baterista norte-americana Allison Miller a 17 de novembro e, finalmente, pela apresentação do espetáculo “Real Enemies”, liderado pelo idiossincrático Darcy James Argue (18 novembro). A edição de 2017 do Guimarães Jazz incluirá também duas atuações no Pequeno Auditório do CCVF: a banda VEIN, que contará com a colaboração do saxofonista Rick Margitza (11 novembro), e o quarteto de Jeff Lederer e Joe Fiedler, acompanhado pela vocalista Mary LaRose (18 novembro), grupo que será responsável pelas tradicionais jam sessions e oficinas de jazz, bem como pela direção da Big Band e do Ensemble de Cordas da ESMAE. Por fim, o projeto de parceria entre o Guimarães Jazz e a Porta-Jazz (12 novembro) volta a conhecer um novo capítulo.
Bienal de Ilustração de Guimarães já em outubro A mostra pública das obras da Bienal de Ilustração de Guimarães acontece a 14 de outubro e o certame de abertura está marcado para as 15h00, no Centro Cultural Vila Flor. É lá que estarão expostos os trabalhos seleccionados e será feita a entrega de prémios BIG e BIG Revelação, cujos valores atingem os seis mil euros. O evento conta ainda com palestras de vários ilustradores de premiados a nível internacional, como Leonor Riscado, Mattia Denise e Paul Hardman. A BIG - Bienal de Ilustração
de Guimarães é uma iniciativa da Câmara Municipal de Guimarães, lê-se na página do Facebook do evento, com o objetivo de dignificar o papel dos ilustradores no desenvolvimento cultural, no campo da edição, livros, revistas, jornais, cartazes, suportes clássicos de comunicação de massas e no domínio das novas tecnologias, aliado à referência de Guimarães, como território de reconhecido interesse nacional e internacional, no movimento de fomento de massa crítica e na criação na área da ilustração.
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notícias que fizeram a agenda noticiosa durante o mês de agosto siga-nos em www.reflexodigital.com
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Ligações ilegais de águas pluviais aos intercetores residuais, na origem da descarga na Ribeira da Agrela MAS
Texto Manuel António Silva
No passado dia 29 de agosto, um coletor de saneamento, localizado junto ao moinho existente no Beco das Fontaínhas, nas Taipas, transbordou diretamente para a Ribeira da Agrela. A situação motivou uma denúncia, por parte de Constantino Veiga, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas ao Serviço de Proteção da Natureza (SEPNA) da GNR, que na manhã do dia seguinte, estive no local para se inteirar da situação e proceder ao levantamento do respetivo auto de notícia que foi encaminhado para a Agência Portuguesa do Ambiente. No momento, Constantino Veiga não teve dúvidas em responsabilizar a Vimágua pela situação, dando conta
que aquele organismo já é conhecedor da situação “há muito tempo”. No dia seguinte, a administração da Vimágua tomou posição sobre o assunto referindo não ser proprietária do referido receptor de águas residuais (que pertence à Águas do Norte SA) e considerando, de seguida, a atuação de Constantino Veiga de “inqualificável”. Os dias seguintes foram de nova troca de argumentos e acusações mútuas, por via de emissão de comunicados de imprensa, entre a Junta de Freguesia de Caldelas e a Vimágua, por esta ordem, para, por fim, ser a Águas do Norte a, aparentemente, encerrar o assunto. Para a entidade gestora do sistema multimunicipal de abastecimento de água e saneamento, em “alta”, que con-
firmou já ter a situação devidamente identificada e estar já a planear uma ação de limpeza da área afetada, as “ligações ilegais de águas pluviais” ao coletor que recebe as águas residuais, fazendo com que este perca a sua capacidade de transporte, são as principais responsáveis pela ocorrência deste tipo de episódios. Referiram ao Reflexo que a forte pluviosidade que se verificou no norte do país, entre os dias 28 e 29 de agosto, levou a que se verificasse um conjunto de descargas de águas residuais com elevada componente de águas pluviais. “Confirma-se que este episódio resulta da ligação indevida de águas pluviais à rede de saneamento, situação infelizmente muito habitual e que conduz à descarga de águas residuais diluídas nos meios recetores, por falta de capacidade de transporte dos sistemas intercetores. A responsabilidade pela gestão das redes pluviais e pelas redes de saneamento municipais é dos municípios, ou das entidades subcontratadas por estes, pelo que caberá a essas entidades a fiscalização da admissão de águas pluviais aos sistemas geridos pela Águas do Norte. A Águas do Norte, conhecedora do efeito negativo destas afluências indevidas, tem alertado as entidades gestoras e fiscalizadoras, incluindo a Agência Portuguesa do Ambiente, para este facto”, disseram a este propósito.
Hotel das Taipas está à venda PAULO DUMAS
Texto Paulo Dumas
O Hotel das Taipas, localizado no gaveto da Rua Dr. Alfredo Fernandes com a Avenida Trajano Augusto foi colocado à venda pela atual Administração. A unidade com 28 quartos e cinco suites
tem uma base de venda de 2,1 milhões de euros. O anúncio foi publicado numa agência imobiliária internacional – a Keller Williams (KW). O Hotel das Taipas foi inaugurado a 3 de dezembro de 2000, tendo sido durante vários anos a única
unidade hoteleira a operar na vila termal. Questionada sobre as razões da venda, a Administração do hotel preferiu não prestar declarações ao Reflexo. A Keller Williams (KW) é uma empresa do ramo imobiliário com base no EUA, fundada em 1983, que está presente em 25 países, através de 700 agências. A empresa é hoje líder no mercado norte americano e a KW Portugal teve em 2015 o melhor desempenho em termos de número de transações e faturação, fora dos EUA. A construção do hotel iniciou-se em meados nos anos 1980, num edifício localizado nas imediações do balneário termal, na altura em fase de reativação. Os apartamentos para habitação ficaram concluídos, mas a conclusão do hotel esperaria ainda uma década até ficar concluída. Entretanto, reabriu o Hotel das Termas, a 1 de junho de 2004, após uma obra de reabilitação, disponibilizando mais 61 quartos e sete suites.
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Quarta edição do “Dar Vida à Vila” a 15 e 16 de setembro DR
Os dias 15 e 16 de setembro foram os escolhidos para a realização do “Dar Vida à Vila”, um evento que pretende dinamizar o comércio local e mostrar a atividade das associações da vila das Taipas.
A iniciativa tem início no final da tarde de sexta-feira, 15 de setembro, com a “Sexta-feira Louca”, onde os descontos em compras nos estabelecimentos aderentes chegam, em alguns casos, aos 80%. Animação
de rua e um concerto na Praça Dr. João Antunes Guimarães, encerram o primeiro dia desta atividade. No dia seguinte, sábado, a manhã será preenchida pela mostra de atividades de associações locais. Ainda durante o dia de sábado há lugar a um desfile de charretes e de minis que percorrerão as principais artérias da vila. À noite, a partir das 21 horas, tem lugar um defile de moda, em pleno centro da vila. As iniciativas a realizar no sábado vão levar à interrupção do trânsito na Avenida da República (a partir das 6 horas e até às 2 horas da madrugada de domingo) sendo que estará salvaguardado o acesso a moradores, veículos de emergência e cargas e descargas. Esta iniciativa foi organizada nos últimos 3 anos pelo Partido Socialista das Taipas sendo que, a edição de 2017, é da responsabilidade da Comissão de Festas “Dar Vida à Vila”.
Desfolhada Minhota à moda antiga, nas Taipas A Comissão das Festas da Vila e S. Pedro promove a realização de uma desfolhada minhota, à moda antiga. A iniciativa realizase sábado, 16 de setembro, na vila das Taipas. Durante a tarde, as principais ruas da vila serão percorridas por casais trajados a rigor, encenando
alguns costumes da época. À noite, a partir das 21 horas, junto à Igreja Matriz, terá lugar a desfolhada minhota, à moda antiga. Pelo meio, haverá lugar a uma série de recriações como o improviso, os mascarados e as zaragatas, o feitor e o caseiro. A maior motivação da noite
estará pela disputa da procura do “milho rei”, a espiga vermelha que dará direito, a quem a encontrar a abraçar todas as moças(os) e senhoras (es) que se encontrarem a participar na desfolhada. Em caso de chuva, a iniciativa será transferida para o recinto da Feira Semanal das Taipas.
Hélder Pereira integrou comissão científica do congresso de Traumatologia Desportiva na América Latina DR
O médico ortopedista e investigador Hélder Pereira foi convidado para integrar a comissão científica do maior congresso dedicado à traumatologia desportiva, da Amé-
rica Latina. O natural de Caldas das Taipas foi o único representante português neste congresso, que juntos duas das mais representativas socie-
dades da especialidade naquele continente. Hélder Pereira, que no passado mês de junho foi agraciado com o Prémio Jan Gillquist Scientific Award, pela Sociedade Mundial ISAKOS, manifestou-se honrado por representar Portugal e por testemunhar o reconhecimento do trabalho da sua equipa. O congresso conjunto da SBRATE (Sociedade Brasileira) e da SLARD (Sociedade Latino-Americana de Artroscopia e Traumatologia Desportiva) decorreu nos passados dias 18 e 19 de agosto na cidade brasileira de Curitiba, no estado do Paraná. Inscreveram-se centenas de participantes provenientes de todo o mundo.
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Das Taipas para o Mundo “A paixão por África herdei do meu pai que por aqui passou por outros motivos e ainda conta histórias com sentimento de saudade” R E N AT O G O M E S Está Luanda, Angola
Nasci e estudei nas Taipas e vim para Angola em fevereiro de 2012, quando a empresa onde trabalhava em Guimarães me fez a proposta de vir para cá. Aceitei e adaptei-me muito bem, o que não é muito fácil em Angola, e por aqui fiquei. Uma das coisas que nunca esqueci foi aquele calor – eram 4h30m da manhã e sensação de ar pesado ao respirar que senti ao sair do avião em Luanda, quando cá cheguei pela primeira vez em fevereiro de 2012. Terra de calor durante todo o ano, praias de água quente e cultura e religião muito diferentes do que estamos habituados. Os cultos religiosos são às centenas e das coisas que mais confusão fizeram na minha cabeça. Sim, confusão, porque em termos de religião somos muito limitados, não estamos habituados a tanta interpretação diferente de Deus. Por aqui o trânsito é caótico, acontecem coisas impossíveis nas estradas de Angola, sentimos uma insegurança que vai passando ou nos vamos habituando com o tempo. É uma terra de contrastes económicos – de um lado casas e condomínios milionários, do outro musseques desorganizados e sem nada, sem água potável e energia elétrica, que na maior parte do tempo não existe, sem saneamento básico. Clínicas e hospitais privados há às dezenas mas só para quem tem dinheiro, quem não tem está limitado aos hospitais públicos onde falta tudo. Aqui morre-se à toa, como muitas vezes ouço dizer. Uma simples doença é o suficiente para levar mais uma vida de quem não tem como pagar pela saúde. O que mais choca é a mortalidade infantil muito elevada. Povo muito sofrido e castigado pelos anos de guerra, mas mesmo assim são alegres, principalmente as crianças que mesmo sem nada brincam pelas ruas como se nada lhes faltasse. São simpáticos, bondosos e muito respeitadores das pessoas mais velhas. Para eles a família é o seu maior tesouro, ser mais velho é estar no topo da hierarquia e qualquer problema ou questão familiar ou do dia-a-dia é sempre resolvido com os concelhos dos avós, pais ou irmãos mais velhos. As festas nunca faltam, são como uma regra. Devido à grande crise financeira que se abateu sobre Angola a vida que já era difícil tornou-se ainda mais complicada. Falta um pouco de tudo mas é visto como mais um desafio para os angolanos que lá vão conseguindo, como até agora, seguir em frente e ultrapassar este momento menos bom. Esta paixão por África herdei do meu pai que por aqui já passou por outros motivos e muitos anos depois ainda conta histórias com sentimento de saudade do tempo que cá esteve. Estou dividido entre dois mundos muito diferentes, gosto dos dois e sinto saudades de Portugal. Talvez um dia retorne mas por enquanto a minha vida é aqui. Texto António Joaquim Oliveira
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Candidato autárquico de Longos contesta limites administrativos da freguesia
O candidato por Longos da coligação Juntos por Guimarães, acusa Câmara Municipal e Junta de Freguesia local de uma gestão de “fachada” no que respeita à Igreja de Santa Maria Madalena, na Falperra. João Ribeiro, candidato por Longos da coligação Juntos por Guimarães (JpG), foi durante 12 anos (20012013) presidente da Junta de Freguesia de Longos. Em nota distribuída à imprensa diz ter encetado, durante os referidos três mandatos “uma luta na defesa dos interesses da freguesia relativamente à Igreja Santa Maria Madalena e dos limites da freguesia com o concelho de Braga, numa altura que perpassava a ideia para muita gente que PUBLICIDADE
a Falperra estava situada em Braga”. Tendo-se constatado que os terrenos pertencentes à Irmandade daquela Igreja estavam todos registados na conservatória, no concelho de Guimarães, refere João Ribeiro que “restava corrigir os limites nos mapas existentes, pois continham muitos erros e que prejudicavam muito a nossa freguesia e concelho”. O documento dá conta que foi realizado um levantamento dos marcos existentes para
posterior georreferenciação pelos serviços camarários para se proceder às devidas correções nos mapas existentes que indicavam metade da Igreja de Santa Maria Madalena localizada no concelho de Braga, “o que não é verdade”, diz João Ribeiro. O candidato a Longos pela CJpG diz-se agora “espantado” por, após ter sido aprovado o PDM, ter-se procedido à classificação de Santa Maria Madalena da Falperra como Monu-
mento Nacional e, mais recentemente, realizado um protocolo entre a Câmara Municipal de Guimarães, Câmara Municipal de Braga e Irmandade daquele local, no sentido de cooperar no âmbito de uma assistência técnica ao procedimento de candidatura e execução do projeto de Requalificação, Reconstrução, Conservação e Reabilitação da Estância de turismo religioso, cultural e natural da Falperra, ter verificado que a Câmara Municipal de Guimarães “não fez rigorosamente nada”. O candidato considera ainda “pior” o atual executivo da Junta de Freguesia “nada dizer ou fazer para que a freguesia não fique prejudicada. Tanto a gestão Camarária como a gestão desta Junta de Freguesia, relativamente à Falperra tem sido só fachada pois, naquilo que é importante, estão em falta. Inclusive num recente investimento no melhoramento da estrada municipal 585, foi esquecido este importante acesso a este local de culto e ao concelho de Braga. Relativamente á promoção em termos turísticos e de culto, até este momento nada foi feito. Lamentamos profundamente esta postura de duas entidades que tudo deveriam fazer na defesa dos interesses da nossa freguesia”, diz João Ribeiro a este propósito.
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Prazo de votação no Orçamento Participativo 2017 alargado até 13 de Outubro
O prazo de votação nas ideias do Orçamento Participativo de Guimarães 2017 foi alargado até ao próximo dia 13 de outubro. As quinze propostas em votação, poderão receber votos online, por SMS e na Assembleia de Voto Presencial a funcionar no município de Guimarães. As quinze propostas finalistas da edição de 2017 do Orçamento Participativo de Guimarães estão em votação desde o passado dia 17 de julho e o prazo inicial para final da referida votação era a 7 de setembro. Essa data foi, entretanto, alargada até 13 de outubro ficando, pois, todos os interessados, naturais ou residentes no
concelho de Guimarães, com mais de um mês para ainda poderem escolher umas das propostas apresentadas nas áreas da cultura, ambiente e sustentabilidade, voluntariado e solidariedade, cuja implementação, implicará a aplicação de 300 mil euros do orçamento municipal. Recorde-se que a norte do concelho de Guimarães há duas propostas em concurso, que se encontram em fase de votação até ao dia 13 de outubro. Na freguesia de Sande (S. Lourenço) está a ser defendida a proposta de Reabilitação do Castro Sabroso (Proposta 16). Para Prazins (St.ª Eufémia) é proposto um Circuito de Manutenção (Proposta 15).
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Caldas das Taipas a (des)propósito: A sua dimensão V
A nossa ligação ao mundo, à autoestrada
Carlos Marques
Aproveitando uma notícia acerca do desprezo e, não sem exagero, da afronta que a Câmara de Guimarães já no ano de 1922 votava às Caldas das Taipas, por se opor a uma obra que os taipenses estavam a construir. Da coragem do republicano, director clínico das Termas, o médico hidrologista, Drº Alfredo Fernandes, na qualidade de Presidente da Comissão de Iniciativa do Turismo de Caldas das Taipas, que tantos e tão grande desenvolvimento acabaria de trazer à nossa terra, pela sua autonomia e dinamismo, que marcou a primeira metade do século XX, sendo eleito justamente a personalidade da última centúria. Dizia em texto jornalístico que, não havia nas Taipas quem acreditasse que fosse de boa fé, que Guimarães ultrapassando os limites da expectativa, patenteava desprezo e ódio às Taipas por não conceder licença para represar a água do rio Ave, as levadas de Além, que permitiriam a navegabilidade dos barcos de recreio, de tão saudosa memória. Perguntava de quais seriam os entraves, os obstáculos que estavam a criar, quando nada despenderiam e até iriam fruir de lucros bem positivos. Não reconhecia à Câmara o direito de intervir, de maneira alguma num plano, para o qual, nenhuma colaboração, lhe fora pedida. Explicava que a Câmara deveria era interessar-se pelo desenvolvimento das Taipas, como rigorosamente lhe competia, mas, como não o fez, considerava assim, eivada de espírito de mesquinhez, o embaraço de impedir melhoramentos de grande vantagem para os taipenses, não se coibia de considerar um crime, um verdadeiro crime, que se estava a cometer contra as Taipas. E, desta forma, contra tão audaciosa violência protestava com toda a energia e decisão. Foi ao ponto de pedir para que o povo das Taipas acordasse e se defende-se dos seus inimigos. A propósito da luta que ingloriamente empreendi, por ora, a favor da criação do nó na Auto Estrada do Baixo Minho, a A 11, aqui ao lado, que o Governo tinha contemplado e em nada despenderia o município de Guimarães, e contra a qual o Presidente da Câmara de então, o plenipotenciário Drº António Magalhães da Silva energicamente se oporia, PUBLICIDADE
conseguindo os seus intentos de secar as Caldas das Taipas, tendo levado arrasto e com ameaças de não consideração com as consequências que daí adviriam, e assim calando os presidentes da junta da área de influência de Caldas das Taipas, que a quase todos eu abordara, e que a mim se manifestavam a favor da criação do nó da Auto-Estrada. Contra mesmo, e com a mesma convicção do administrador do município que assim muito prejudicou as Taipas, apenas o presidente da junta de Caldelas, Eng. Carlos Manuel Remísio Dias de Castro, que, despois de, à semelhança do que tinha feito ao Presidente da Câmara, ter-lhe escrito a pedir manifesto e interesse, de nenhum deles obteria resposta escrita, ou contrário do Governo que me oficiou no ano de 2000, deferindo o pedido. Numa sessão de Assembleia de Freguesia em que estava presente, o senhor citado presidente da junta respondeu soezmente, que, para ele, esquecendo-se do lugar que investia, NÓS, apenas os de gravata e que, ainda assim muito raramente, acabaria por ser o premiado para presidir à Mesa da Assembleia Municipal De referir que o projecto e protocolo estabelecia além da criação do nó em Brito, a cargo do governo, a construção duma nova via rápida de ligação de Brito até às Taipas a cargo do município de Guimarães, que a câmara de então tudo logrou, enganando-nos. Está de parabéns, e em bora hora, o Drº André Guimarães Coelho Lima, a candidatura à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Guimarães da coligação denominada Juntos por Guimarães, por ser, o única, dos programas autárquicos conhecidos, e a referendar no próximo dia 1 de Outubro a construir o nó da Auto Estrada das Taipas em Brito com ligação rápida à vila termal e turística que é capital da cutelaria, ressurgido a ideia pela qual tanto lutei, dando-nos a esperança de recolocar-se novamente Caldas das Taipas no mapa, abrindo-nos as portas do mundo, repondo a justiça. Colocando-nos no patamar de outrora quando as acessibilidades às principais localidades eram feitas pelas estradas reais, depois estradas nacionais, com que os políticos de então nos souberam servir, fazendo-nos atravessar as
N 101, N 310 e N309, esta última mandada construir pelo bom taipense, Dr. João Antunes Guimarães, ministro das Comunicações e Comércio no ano de 1930 teve a sensibilidade até de, na citânia de Briteiros, a desviar uns metros, quando se descobre que por debaixo dela aparecera um edifício soterrado, o 2º balneário pré-romano, mantendo-o por isso visitável nos dias de hoje e uma das suas jóias. Redescobrindose uma segunda pedra formosa, que acabara por desmistificar o uso da mesma, para ao fim de mais de dois mil anos se perceber que afinal não era de culto religioso nem funerário, mas sim de higiene pública. Esta revelação foi recreada ontem e hoje pelas associações de que sou sócio, a Casa do Povo de Briteiros com a colaboração da Sociedade Martins Sarmento, e o apoio da junta de freguesia local, em dois espectáculos teatrais de excelente nível, à luz do luar, levados à cena pela mão do produtor e encenador Bruno Laborinho e actores da Associação Cultural Citânia e da Associação Sócio Cultural de Sobreposta, que tive o privilégio de assistir, integrados na programação da 12ª edição da Citânia Viva. De destacar, o facto dos 44 efectivos, 11 de cada uma das 4 forças políticas que agora se candidatam a cargos do executivo municipal, apenas o Drº Domingos Bragança Salgado, ter sido parte, como vereador com poderes executivos, naquela decisão redutora que tanto prejudicou Caldas das Taipas, e a quem já na condição de Presidente da Câmara eu voltei a interceder pela construção do nó em requerimento que lçhe formulei em 08/04/2015, do qual não obtive resposta. Do valor do título Guimarães Marca, que a câmara considera de estratégia fundamental para o desenvolvimento económico do concelho, quando do seu lançamento do ano passado, constituído por 24 empresas de renome, metade delas, precisamente 12, sedeadas no âmbito de Caldas das Taipas e onde laboram muitos milhares de operários. Será que, ainda assim, e, por muito mais que tem sido plasmado nesta coluna, nós não mereceremos figurar no mapa, recuperando o estatuto que perdemos? Caldas das Taipas, 9 de Setembro de 2017
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DESPORTO
Entrada forte no campeonato deixa boas indicações para o futuro MAS
Classificação Campeonato Distritital Pró-Nacional da AF Braga 2016/17 #
4-1 NINENSE
CC TAIPAS
Jornada 4 - 10 de setembro de 2017
O Clube Caçadores das Taipas entrou no campeonato com três vitórias consecutivas. Na quarta partida cedeu uma derrota e comprometeu a liderança, de forma isolada, na classificação. Contudo, este desaire, não tira brilho a um início de campeonato que deixa forte motivos para que todos estejam otimistas em relação ao futuro. Texto Miguel Ribeiro
1-2
2-1 CC TAIPAS
VIEIRA
ESPOSENDE
CC TAIPAS
2-0 CC TAIPAS
SERZEDELO
Jornada 1 - 20 de agosto de 2017
Jornada 2 - 27 de agosto de 2017
Jornada 3 - 3 de setembro de 2017
Com uma equipa renovada e com aspirações a lutar pelos lugares de topo, o Taipas esteve melhor na primeira parte. Na segunda parte, o Vieira foi a primeira equipa a levar perigo à baliza de André mas, na resposta, o Taipas fez o 1-0, aos 51 minutos, por Rui Pereira. O Vieira reagiu e chegou à igualdade, por Luca, passados 10 minutos. No minuto noventa, num lance de contra ataque, Ricardo Sousa isolado fez o golo do triunfo. Vitória difícil mas justa dos taipenses.
Na deslocação a Esposende o Taipas somou a sua segunda vitória. A primeira parte foi dominada pelos taipenses que chegaram ao golo ao 30 minutos por Tiago Carneiro. A segunda parte começou com o golo da equipa da casa logo aos 4 minutos mas, o Taipas estava muito bem no jogo e voltou para a frente do marcador, aos 67 minutos, com Abreu a marcar de cabeça. Vitória justa, por números que não refletem a superioridade taipense.
Na liderança do campeonato, o Taipas recebeu o Serzedelo na 3ª jornada. Um jogo difícil com uma vitória justa dos taipense. Na primeira parte, o perigo esteve, quase sempre, longe das duas balizas. O Taipas entrou muito bem na segunda parte, e chegou ao golo aos 52 minutos por Moreira. Pouco depois o Serzedelo passou a jogar com 10 jogadores. Desvantagem numérica que apenas se sentiu já perto do final quando Maka fez o 2-0 aos 85 minutos.
Na 4º Jornada o Taipas viajou até Nine, para defrontar uma equipa recheada de excelentes jogadores mas que ainda não tinha vencido. Foi um jogo pouco inspirado da equipa de Vítor Pacheco que durante os 90 minutos nunca se encontrou. Ao intervalo os da casa venciam por 1-0, golo de Rui Gomes. Na segunda parte, o Taipas sofreu mais 3 golos. O 2-0 surgiu aos 57 minutos por Maicon, golo obtido em fora de jogo, não assinalado. A equipa taipense não se entendia e o 3-0 chegou por Sócrates aos 69 minutos. O 4-0 foi alcançado aos 80 muitos, por Tiago Silva. O Taipas reduziu por Abreu a um minuto do final e ainda no tempo regulamentar podia ter chegado aos 4-2 não fosse Ricardo Cruz ter desperdiçado uma grande penalidade. Com esta derrota o Taipas desperdiçou a possibilidade de assumir a liderança isolada do campeonato.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
CLUBE Porto d’Ave S. Paio d’Arcos Forjães Tapas Pevidém Águias Graça Prado Brito Ninense Vieira Maria Fonte Cabreiros Marinhas Urgeses Santa Eulália Joane Esposende Serzedelo
Prémio
Craque ... 2017-2018
Liderança dividida por seis
P
J
V
E
D
GM
GS
10 10 9 9 9 9 6 6 5 4 4 4 3 3 3 2 1 0
4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3 4 4 4 4 3 4
3 3 3 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0
1 1 0 0 0 0 0 0 2 1 1 1 0 0 0 2 1 0
0 0 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 3 3 3 2 2 4
10 9 9 7 8 5 7 6 7 4 5 2 3 7 2 2 5 2
5 5 4 6 3 3 10 5 5 3 5 3 6 10 5 5 7 10
Clube de Caçadores das Taipas #
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º
Nome Sau André Ricardo Soares Hugo Veiga Figueiras Tiago Carneiro Ricardo Cruz Jorge Ferreira Moreira Ricardo Sousa Abreu Rui Pereira Maka Pedro Costa Nélson Joaquim Benjamin
Pts
11 11 11 11 11 11 10 9 9 9 9 8 8 2 1 1 1
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Diogo Leite reforça ataque do Taipas O avançado Diogo Leite, que iniciou a sua carreira desportiva, como sénior, precisamente no Clube Caçadores das Taipas, assumiu compromisso com o clube taipense e já está à disposição de Vítor Pacheco. Com 35 anos, Diogo Leite, está de regresso, treze épocas depois, ao ataque do Clube Caçadores das Taipas. Tendo terminado a sua formação no clube
taipense e aí iniciando a sua caminhada no escalão sénior, Diogo Leite representou até à data o Maria da Fonte, o Famalicão, o Vilverdense , o Serzedelo e o Amares. O avançado mostrou-se “contente” por regressar a uma casa que conhece bem e que o ajudou a formar-se como homem e atleta e mostrou-se empenhado e ajudar o clube a conseguir os seus objetivos.
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Juniores 100% vitoriosos no nacional da 2ª divisão DR
Campeonato Distrital Divisão Pró-Nacional Da AF Braga 2017-18
Os juniores do Clube Caçadoares das Taipas já iniciaram a competição oficial no campeonato nacional da 2ª divisão. Os taipenses não facilitaram e venceram as duas partidas realizadas.
De regresso à 2ª divisão nacional, os juniores do Clube Caçadores das Taipas não podiam esperar melhor início de temporada. Nas duas partidas realizadas, os jovens taipenses arrecadaram duas importantes vitórias. Na primeira jornada, realizada no passado dia 28 de agosto, os co-
mandados de Vítor Dias, receberam e bateram, no Montinho, a formação do Merelinense, por 3-1. Quinze dias depois, numa deslocação até ao terreno do Santa Eulália, um golo do avançado José Pedro foi suficiente para bater a formação do Vizela. Com duas jornadas cumpridas,
os juniores do Taipas lideram a classificação a par do Famalicão, ambos com seis pontos somados. Nas próximas três partidas, todas a realizar no mês de setembro, a formação taipense desloca-se ao Vianense (16), recebe o Fafe (23) e desloca-se ao terreno do Varzim (30).
Juvenis entram a ganhar De volta à divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga, os juvenis do Taipas tiveram uma estreia absolutamente animadora. Os taipenses deslocaram-se, na primeira jornada da prova – a única disputada até ao momento até ao terreno do Maria da Fonte PUBLICIDADE
e conquistaram uma confortável vitória, por 5-2. Os golos da formação do CC Taipas foram apontados por Nuno Almeida (2), Lucas, Bruno Rafael e Zé Miguel. Na próxima jornada, a realizar a 17 de setembro (9.30 horas), os
taipenses recebem o Bairro da Misericórdia. No fim-de-semana seguinte (23 setembro), há interrupção do campeonato para realização da 1ª eliminatória da Taça AF Braga e, a 8 de outubro, a formação taipenses desloca-se ao terreno do Fafe.
Data 20-08-17 27-08-17 03-09-17 10-09-17 17-09-17 24-09-17 30-09-17 08-10-17 15-10-17 22-10-17 29-10-17 05-11-17 12-11-17 19-11-17 26-11-17 03-12-17 17-12-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES. 2-1 1-2 2-0 4-1
Clubes Taipas Vieira Esposende Taipas Taipas Serzedelo Ninense Taipas Taipas Urgeses Maria Fonte Taipas Taipas Brito Pevidém Taipas Taipas Águias Graça Santa Eulália Taipas Taipas Marinhas Forjães Taipas Taipas Prado Cabreiros Taipas Taipas Porto d’Ave S. Paio D’Arcos Taipas Taipas Joane
Res.
J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Data 07-01-18 14-01-18 21-01-18 04-02-18 11-02-18 18-02-18 04-03-18 11-03-18 18-03-18 25-03-18 08-04-18 15-04-18 22-04-18 29-04-18 06-05-18 13-05-18 20-05-18
Juniores - Campeonato Nacional 2ª Divisão - Série A - 2017-18 Data 26-08-17 09-09-17 16-09-17 23-09-17 30-09-17 14-10-17 21-10-17 28-10-17 04-11-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9
RES. 2-0 0-1
Clubes Res. Taipas Merelinense Vizela Taipas Vianense Taipas Taipas Fafe Varzim Taipas Taipas Famalicão Freamunde Taipas Taipas Macedo Cavalei Mindinense Taipas
J 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Data 18-11-17 25-11-17 02-12-17 09-12-17 16-12-17 29-12-17 07-01-18 13-01-18 20-01-18
Juvenis - Campeonato Distrital Divisão Honra AF Braga - 2017-18 Data 10-09-17 17-09-17 08-10-17 15-10-17 22-10-17 05-11-17 12-11-17 19-11-17 26-11-17 03-12-17 10-12-17 07-01-18 14-01-18 21-01-18 04-02-18
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
RES. 2-5
Clubes Maria Fonte Taipas Taipas Bairro Miseric. Fafe Taipas Taipas Famalicão Marinhas Taipas Taipas Gil Vicente Moreirense Taipas Taipas Urgeses Prado Taipas Taipas Ronfe Vilaverdense Taipas Taipas Vitória Taipas Bairro Santa Maria Taipas Taipas Merelinense
Res.
J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Data 11-02-18 18-02-18 25-02-18 04-03-18 11-03-18 18-03-18 25-03-18 08-04-18 15-04-18 22-04-18 29-04-18 06-05-18 13-05-18 20-05-18 27-05-18
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reflexo
#255
DESPORTO
Voleibol do CART muito perto de encontrar local para treinar ARQUIVO
CART sem pavilhão para o voleibol
O mês de setembro assinalou o regresso aos treinos de todos os atletas dos CART, nas diferentes modalidades. Se no hóquei em patins e patinagem artística, dada a utilização exclusiva do seu pavilhão, não houve problemas, o mesmo não se poderá dizer no voleibol. As obras de construção da nova Escola EB 2,3 das Taipas “tirou” ao CART a possibilidade de continuar a usar o pavilhão para os seus escalões de formação. Os contactos realizados, no sentido de encontrar uma solução, apesar de ainda não estarem totalmente concluídos, o que pode acontecer até meados do mês de setembro, fazem com que as atletas estejam a treinar em condições consideradas “provisórias” dado que exigem, de atletas e técnicos, uma disponibilidade e esforço que, por PUBLICIDADE
exemplo, em tempo de aulas, será praticamente impossível de conseguir. Para o efeito, os diferentes escalões têm-se revezado entre o pavilhão da escola EB 2,3 de Ponte e o próprio pavilhão do CART, onde atletas e treinadores têm conseguido conciliar esforços para treinar, ora de manhã, ora de tarde. Como se sabe, uma das hipótese a considerar pela Direção do CART, para albergar os seus escalões femininos de voleibol, é a utilização do pavilhão da Escola Secundária das Taipas. Numa primeira fase, o valor de aluguer mensal solicitado pela Direção da Escola (500 euros) foi considerado pelo CART como “incomportável “, o que desencadeou um pedido de apoio extraordinário à Câmara Municipal de Guimarães. Esse pedido foi acolhido pelo município vimaranense que, através
de Amadeu Portilha, vereador do Desporto da edilidade vimaranense, deu a conhecer a disponibilidade para a atribuição um subsídio de 5 mil euros, para fazer face a essas despesas, situação de que o CART já é conhecedor. Ainda durante o mês de setembro, os contactos estabelecidos pelo CART para solucionar esta questão de falta de pavilhão para treinar, deverão ficar encerrados sendo que, os diferentes escalões femininos, entrarão na “rotina”, muito provavelmente ainda antes do mês de outubro. A propósito deste assunto, e do que dele fomos dando conta no nosso site, em www.reflexodigital. com, o nosso leitor José Avelino Ribeiro, ex-dirigente da coletividade, fez-nos chegar o texto que ao lado se publica.
Fiz parte dos cargos dirigentes do CAR Taipense, e entre 1998 e 2001. 1. Quando decidimos construir o pavilhão para o CART, mandamos elaborar o projecto de arquitectura e de engenharia, e entregamo-lo nos serviços camarários para o respectivo licenciamento. 2. Candidatamo-nos ao apoio financeiro do Governo, Medida do Sub-Programa 1 (criação de infra-estruturas) - O mesmo contemplava além dos do edifício para os serviços administrativos, 2 naves para a prática desportiva. Uma Nave, dedicada especialmente para o Hóquei em Patins. E, outra Nave para a prática do Voleibol. 3. A Câmara depois de analisado o projecto global e sua implantação no terreno, emite a respectiva Licença de Construção em Outubro 1999. 4. A nossa direcção depois de efectuar o desaterro e o desbaste de rocha, inicia a construção em Janeiro 2000. 5. Em Julho 2000 recebemos o Despacho do Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território aprovando o nosso projecto de candidatura, a consignar uma verba de 500 Mil Euros, que foi assegurada por Protocolo em Outubro 2000, em cerimónia pública entre o CART e o Governo, para o projecto aprovado contemplando Área Administrativa e Social, Nave para o Hóquei e Nave para o Voleibol. 6. Já com a construção avançada, e, com financiamento a fundo perdido
garantido, recebemos uma carta de expropriação de parte do nosso terreno, eram e foram mais de 500 m2. 7. Como esta expropriação inviabilizava a construção da Nave do Voleibol, pois era nela que seria edificado, imediatamente demos conta disto à presidência da Câmara Municipal de Guimarães. 8. A Câmara nunca recuou na sua decisão da expropriação, não quis corrigir o erro cometido (tínhamos licenciamento, obra em fase avançada de construção e financiamento garantido) muito antes do conhecimento da intenção de expropriação. 9. A prepotência da Câmara Municipal de Guimarães, inviabilizou o meu percurso associativo bem como de todos os meus demais colegas de direcção. 10. O CAR Taipense continuou a andar com as redes, as bolas e os atletas às costas, de maço para cabaço, ao longo destes 17 anos, e assim continuará pela incúria da Câmara 11. Com posturas municipais assim, acabarão mesmo por municipalizar tudo quanto à sociedade civil ainda devia caber, o dever de participar nos assuntos de interesse colectivo. 12. Assim vai a política desportiva, cultural, recreativa e associativa no concelho de Guimarães. O sócio do CAR Taipense, José Avelino Coelho Ribeiro Caldas das Taipas, 31 de agosto de 2017
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Lima Pereira demite-se e acusa presidente da Assembleia Geral de “ingerência” no seu trabalho ARQUIVO
Clube de Ténis de Mesa das Taipas volta a competir na 2ª divisão ARQUIVO
António Lima Pereira, reeleito para o cumprimento do seu quinto mandato à frente dos destinos do CART no passado mês de maio, apresentou o seu pedido de demissão ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, António Joaquim Oliveira. Apesar de inicialmente não se ter mostrado disponível para avançar com as razões que o levaram a tomar tal atitude, Lima Pereira, acabaria por, depois de dar conhecimento aos seus pares de Direção, apontar o dedo ao Presidente da Assembleia Geral do CART, António Joaquim Oliveira, acusando-o de “ingerência” no seu trabalho, referindo, a este propósito, “não aceitar qualquer tipo de tentativa de interferência e condicionamento” na sua forma de gerir o Clube. Instado a pronunciar-se sobre esta acusação, António Joaquim Oliveira deu conta de que não conhecia oficialmente os motivos apresentados pelo Presidente do
CART para a sua demissão, dado que no documento que lhe foi entregue nada foi dito sobre o assunto e que iria continuar a manter a sua forma de agir sobre estas questões “tratando os problemas do CART dentro da própria associação”. Foi o que fez, convocando e realizando uma reunião com todos os membros dos órgãos sociais do CART, para a noite do dia 4 de setembro, no sentido de dar conhecimento do referido pedido de demissão e, ao mesmo tempo, “tomar conhecimento oficial” das razões que levaram Lima Pereira a pedir a sua demissão. Uns dias depois, António Joaquim Oliveira dava conta ao Reflexo que a referida reunião se revelou “inconclusiva” tendo ficado o compromisso dos elementos da Direção em continuar o seu trabalho, garantindo o bom funcionamento e atividade do CART, até que se realize nova reunião dos órgãos sociais, que ainda não tem data marcada. Em suma, Lima Pereira apresen-
tou o seu pedido de demissão que ainda não foi aceite pela Assembleia Geral dado que, para o efeito, terá de convocar uma reunião de sócios que deverão votar a aceitação, ou não, desse pedido de demissão. Tal reunião não foi ainda convocada. Se em resultado dessa Assembleia Geral, que deverá ser marcada para data posterior à realização (e em função do seu desfecho) da nova reunião dos elementos dos órgãos sociais, a demissão de Limpa Pereira for aceite, António Joaquim Oliveira, deverá convocar nava reunião de sócios para eleição apenas de uma nova Direção. Recorde-se que, em resultado do previsto no Regulamento Geral Interno do CART, a demissão do presidente de qualquer órgão de gestão do CART leva a que todos os elementos que integrem esse órgão fiquem também demissionários. Nestes casos, a eleição a realizar será sempre, e só, para eleição do órgão que se demitiu.
Na época desportiva 20172018, o Clube de Ténis de Mesa das Taipas, voltará a participar na Zona Norte do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. A primeira jornada vai realizar-se a 7 de outubro, com os seniores taipenses a receber a formação da Associação Re-
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ABERTO TODO O DIA
creativa e Cultural de Sobrão. Na mesma série do CTM Taipas estarão inseridas as equipas do GC Santo Tirso, Bairro da Misericórdia, CP Alvito “B”, CTM Mirandela, CTM Lousada, CRC Neves, GAAA Guilhabreu “B”, Vitória SC “B” e CP Vizela.
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DESPORTO Rita Lopes na primeira edição do “Ironman” em Portugal apura-se para o Campeonato do Mundo DR
Na primeira edição do Ironman em Portugal, Rita Lopes foi a melhor classificada no grupo dos 18 a 24 anos, resultado que lhe permitiu ser apurada para o campeonato do mundo do Ironman 70.3, a realizar em 2018 na África PUBLICIDADE
do Sul. A baía de Cascais acolheu a 3 de setembro a primeira edição do Ironman 70.3 realizada em P ortugal (70.3 milhas, o mesmo que 113km, traduzidos em 1,9km natação + 90km ciclismo + 21,1 km
corrida). Depois de ouvido o hino nacional foram dadas as partidas com tiros de canhão, pelas 7h20min, e iniciou-se a prova com os 1.900m de natação a serem feitos em mar, saindo-se para a transição,
na marina de Cascais, para o ciclismo, com o total de 90,1 km, sempre com o mar à vista, passando por Oeiras, Algés, Belém e retornando em Alcântara. O percurso também abrange o cenário natural de Sintra, retornando a Cascais ao longo da estrada da Praia do Guincho. O último segmento, 21,1 km de corrida, foi percorrido entre Cascais, Estoril e S. Pedro, em 2 voltas. Rita Lopes partiu de consciência tranquila, pois, como referiu no final, “todo o trabalho desenvolvido até agora, dava-me confiança para saber que estava bem fisicamente, só teria de confiar em mim mesma e o resultado iria aparecer”. Na natação, apesar de as sensações não serem as me-
lhores, saiu com um tempo razoável e dentro do expectável, “O circuito de ciclismo era excelente, permitia andar sempre com grandes andamentos e passar no autódromo do Estoril foi um dos pontos altos, senti-me muito bem ao longo de todo o segmento sempre muito constante”, acrescentou a atleta taipense. Nos 21,1km de corrida finais, Rita Lopes deu tudo o que lhe restava, mesmo sem saber exatamente em que posição seguia. Essa energia foi buscar à vontade de superar as suas marcas, como afirmou, “Esse foco de tentar bater os meus recordes pessoais à distância final de prova e dos 21,1km (meia maratona) fizeram com que ultrapassasse a adversária do meu escalão
e conseguisse ainda ganhar a vantagem de mais de 10 minutos, terminando assim, na 15ª posição feminina, 2ª portuguesa e 1ª do escalão 18-24 anos, com o tempo de 05:00:43h”. Com este resultado, vencedora do seu escalão, Rita Lopes teve a oportunidade de concorrer à vaga para o Campeonato do Mundo desta distância a realizar na Baía de Nelson Mandela, na África do Sul a 1 e 2 de setembro de 2018. Naturalmente, Rita Lopes “não podia estar mais feliz com o resultado final”. Recorde-se que Vanessa Fernandes foi a vencedora, em femininos, desta primeira edição do Ironman em Portugal, ao terminar a prova em 4:33:12 horas.
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Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 255 de setembro de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 255 de setembro de 2017
Obituário
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 255 de setembro de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 255 de setembro de 2017
Alberto Ferreira de Freitas Porto No dia 27 de Julho, em Tourcoing - França, faleceu o Sr. Alberto Ferreira de Freitas Porto, com 48 anos, foi residente Tourcoing - França. Era casado com Carmezinda Esmeralda Porto. A missa de corpo presente foi celebrada na Capela de São José de Campelos indo depois a inumar no Cemitério de Ponte - Guimarães.
José Martins No dia 2 de Agosto, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. José Martins, com 72 anos, residente que foi na Rua Engenheiro Duarte do Amaral, Souto (São Salvador), Guimarães. Era casado com Conceição de Sousa Ribeiro. A missa de corpo presente foi celebrada no Mosteiro de São Salvador de Souto indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
Fernando da Silva
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No dia 14 de Agosto, em Gonesse - França, faleceu o Sr. Fernando da Silva, com 82 anos, foi residente Goussainville - França. Era casado com Rosa da Silva. A missa de corpo presente foi celebrada na Igreja de São João de Ponte indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
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