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Informativo do curso de Comunicação Social da UFMG - ano 0 - número 0

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Well - photographs transferred to the canvas by means of the silkscreen process. Previously used only in commercial applications, silkscreen allowed Rauschenberg to address the multiple reproducibility of images, and the consequent flattening of experience that that implies. In this respect, his work is contemporaneous with that of Andy Warhol, and both Rauschenberg and Johns are frequently cited as important forerunners of American Pop Art.In 1966, Billy Klüver and Rauschenberg officially launched Experiments in Art and Technology (E.A.T.) a non-profit organization established to promote collaborations between artists and engineers. In addition to painting and sculpture, Rauschenberg’s long career has also included significant contributions to printmaking and Performance Art. He also won a Grammy Award for his album design of the Talking Heads album Speaking in Tongues. As of 2003 he continues to work from his home and studio in Captiva, Florida.Robert Rauschenberg studied at the Kansas City Art Institute and the Académie Julian in Paris France, before enrolling in 1948 at the legendary Black Mountain College in North Carolina.[4][5] There his painting instructor was the renowned Bauhaus figure Josef Albers, whose rigid discipline and sense of method inspired Rauschenberg, as he once said, to do “exactly the reverse” of what Albers taught him.[3] Composer John Cage, whose music of chance occurrences and found sounds perfectly suited Rauschenberg’s personality, was also a member of the Black Mountain faculty. The “white paintings” produced by Rauschenberg at Black Mountain in 1951, while they contain no images at all, are said to be so exceptionally blank and reflective that their surfaces respond and change in sympathy with the ambient conditions in which they are shown,[6] “so you could almost tell how many people are in the room,” as Rauschenberg once commented. The White Paintings are said to have directly influenced Cage in the composition of his completely “silent” piece titled.

Produção: ComuniCA (Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFMG) Projeto Editorial: ComuniCA (Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFMG) Projeto Gráfico e Diagramação: Renata Gibson Editoras: Luisa Sales e Fernanda Santos Textos: Bruno Vieira, Gabriela Abreu, Fernanda Abreu, João de Albuquerque, Guilherme Salomão Apoio: FAFICH (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG) Impressão: Segrac 500 exemplares

in an exhibition at the Galerie Iris Clert, where artists were to create and display a portrait of the owner, Iris Clert. Rauschenberg’s submission consisted of a telegram sent to the gallery declaring “This is a portrait of Iris Clert if I say so.” By 1962, Rauschenberg’s paintings were beginning to incorporate not only found objects but found images as well - photographs transferred to the canvas by means of the silkscreen process. Previously used only in commercial applications, silkscreen allowed Rauschenberg to address the multiple reproducibility of images, and the consequent flattening of experience that that implies. In this respect, his work is contemporaneous with that of Andy Warhol, and both Rauschenberg and Johns are frequently cited as important forerunners of American Pop Art. In 1966, Billy Klüver and Rauschenberg officially launched Experiments in Art and Technology (E.A.T.) a nonprofit organization established

to promote collaborations between artists and engineers. In addition to painting and sculpture, Rauschenberg’s long career has also included significant contributions to printmaking and Performance Art. He also won a Grammy Award for his album design of the Talking Heads album Speaking in Tongues. As of 2003 he continues to work from his home and studio in Captiva, Florida. Robert Rauschenberg studied at the Kansas City Art Institunality, was also a member of the Black Mountain faculty. The “white paintings” produced by Rauschenberg at Black Mountain in 1951, while they contain no images at all, are said to be so exceptionally goat and the artist’s own nally goat and the artist’s own bed quilt, breaking down traditional boundaries between painting and sculpture, reportedly prompting one Abstract Expressionist painter to remark, “If this is Modern Art, then I quit!” Rauschenberg’s Combines provided inspiration for a generation of


Elton Antunes, para quem ainda não sabe, é o novo coordenador do curso. Ele foi eleito no dia 10 de setembro em reunião realizada no colegiado. Ele se formou pela UFMG em Jornalismo em 1988 e já em 1995 começou a dar aulas. Já foi professor de várias disciplinas diferentes, entre elas, Teorias da Comunicação, hoje ministrada por Vera França. Elton tem mestrado em Sociologia da Cultura na UFMG e concluiu seu doutorado em Comunicação e Cultura Contemporânea nesse ano na UFBA. Apesar do novo cargo, o professor continua dando aulas para a comunicação, como a de Leitura crítica do jornalismo contemporâneo, que compartilha com os professores Bruno Leal e Paulo. O atual coordenador me cedeu uma entrevista de 25 minutos que resumi aqui (ela foi bem reduzida, afinal, o homem fala pelos cotovelos!) 3O Andar - Há quanto tempo pensa em se candidatar para o cargo de coordenador e o que levou você a querer ser coordenador? Elton - Na verdade, com 3 meses lecionando na faculdade eu já virei chefe do Departamento de Comunicação e antes de concluir meu Doutorado, conversei com pessoas com as quais tenho mais afinidade no departamento sobre a importância do colegiado e havia me comprometido com o Bruno que depois que acabasse o Doutorado, me candidataria para o cargo. Não só para ele poder se ocupar de outras coisas, mas por que acho importante passar por esses cargos e lugares. Já havia sido sub-coordenador e desde a implantação do currículo em 99, tenho tido participação ativa no colegiado, acompanhando a vida do curso há algum tempo. 3o Andar- O que você pretende realizar nesses seus dois anos de mandato? Elton - Na verdade, eu quero dar andamento a muitas coisas que o Bruno (Leal) começou, produzindo informações que sejam relevantes para os professores e alunos entenderem como funciona o curso. Fazer com que o colegiado assuma de fato um papel de articulador das atividades didáticopedagógicas além de cuidar da parte administrativa, ou seja, transformar o colegiado em uma instância preocupada com a qualidade de ensino na comunicação. 3O Andar - Depois de entrar e conhecer as possibilidades e as limitações do coordenador, você ainda acha que conseguirá cumprir seus objetivos pretendidos? Elton - Bom, eu acho que sim. Existe uma dificuldade no colegiado de comunicação que não é só dele, mas de todos: a universidade está desaparelhada para que os colegiados de cursos cumpram a gestão acadêmica. Além disso, existe uma rotina administrativa nos colegiados que acaba também dificultando as atividades, não só para a comunicação, mas para todos os colegiados na universidade. Ainda existe uma particularidade no colegiado da comunicação: é um tipo de curso no qual o colegiado acaba gerindo muito mais do que um curso apenas. Para se fazer um simples horário das matérias ofertadas, você tem que pensar nos horários dos professores, nos alunos que podem fazer matérias de várias habilitações e por isso os horários Fernando Sabino - 8o J

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ELTON ANTUNES

não podem ser concorrentes, nos equipamentos disponíveis, ou seja, é demandada uma logística que dificulta bastante a vida do colegiado. 3O Andar -Dentro da proposta de reestruturação dos cursos de graduação da UFMG está a flexibilização do currículo. O curso de comunicação foi pioneiro nessa mudança. Você acha que a flexibilização é importante para o aluno? Elton - Eu acho que ela é crucial para um novo modelo de universidade, mas a própria universidade não ofereceu as

condições para a flexibilização. Exemplo? Não há uma matriz horária unificada na universidade. Bom, qual é a importância dessa flexibilização para essa trajetória do aluno? Exatamente por possibilitar que o aluno faça disciplinas em outras unidades, tendo contato com outras áreas de conhecimento que adensam a sua formação e permitem ver outras lógicas de pensar a sociedade, de pensar a realidade, de produzir conhecimento e que favorecem que você olhe pra aquela sua área específica de uma outra

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VILÃO OU MOCINHO? o papel do estágio na formação do estudante Um bom número de alunos, ao ingressar na universidade, pensa: “preciso fazer estágio!” E à medida que o tempo passa, eles vão se deslumbrando com as inúmeras possibilidades: rádio, tv, Manuelzão, Mídia em Pauta, sem contar os estágios em outras unidades e até fora da UFMG. Mas nem tudo é um mar de flores: há o lado bom e o lado ruim de estagiar, e o estudante pode acabar se dando mal. Então, resolvemos escutar alunos e professores para sabermos até aonde ele pode levar o aluno e entendermos melhor a realidade do estágio para os estudantes do curso de Comunicação Social da UFMG. Qual seria o papel do estágio na formação do estudante? Segundo o professor e coordenador do curso, Elton Antunes, “ele cumpre algumas funções que possibilitam ao aluno ter experiências do fazer profissional vinculado já a uma dinâmica do fazer na empresa, ou na instituição, porque o fazer, na universidade, sempre vai ser, em certa medida, uma simulação do que acontece no mercado de trabalho. Então o estágio permite ao estudante se aproximar da lógica, das hierarquias, do ritmo que existe no mundo profissional”. Para a aluna Lívia Aguiar, do sexto período, o estágio é “uma parte muito importante na formação do estudante, principalmente dos de comunicação, por que está voltado para a prática, pois o curso sozinho não dá conta de passar tudo que você precisa. O curso só consegue ir com você até um ponto, porque numa turma, mesmo quando esta é pequena, a proposta das disciplinas não é a vivência prática. Eles vão te ajudar a pensar o que você faz, pensar a prática, vão te dar formas, caminhos para você seguir, vão te dar muita coisa, mas é no estágio que você terá uma prática

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nisso e esquecer de uma outra parte, da universidade?” Muitas vezes, os alunos acabam colocando o estágio em primeiro plano e renegando o curso. Segundo os professores Bruno Leal e Elton Antunes, uma das principais justificativas de trancamento de matrícula no colegiado é o estágio: para eles isto é um absurdo. E o professor Elton acrescenta que “a última coisa que o estágio poderia fazer é prejudicar o aluno no seu processo de formação. Então, se o aluno tem naquele horário

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do que irá fazer depois.” No entanto, o estágio pode perder a sua função principal, que é a de complementar a formação do aluno, e passar a prejudicá-lo. Segundo o professor Bruno Leal, “é preciso tomar cuidado com o estágio, pois esta atividade possui peculiaridades nem sempre benéficas para os estudantes. Primeiramente, pelo fato de o estágio não oferecer vínculos trabalhistas. Há empresas que contratam aprendizes, pagam por aprendizes, mas cobram o serviço de profissionais, requerendo um volume de trabalho de 5, 6 e até 7 horas,

o que é perverso”. Além disso, o estudante pode deslumbrarse e começar a “usar o curso como complemento do estágio e não o contrário”, o que “faz com que o graduando pare de aprender e de estudar”, ressalta Bruno Leal. O professor Victor Braga compartilha desta opinião. Para ele, “as empresas pegam o estudante como mão-de-obra barata, põem pra trabalhar, geralmente fazendo trabalhos chatos, com uma carga horária grande de trabalho.” Ele ainda questiona: “será que vai ser enriquecedor também ficar só

uma atividade, ele não pode estar no estágio. O estágio tem que ser compatível com o seu processo de formação, e não o contrário. Então, o estágio é que tem que se adaptar aos horários de ensino e não o ensino que se adaptar aos horários de estágio.” A melhor coisa a se fazer seria dosar a carga horária de estágio com as disciplinas. É o que recomenda a aluna Pabline Félix, do terceiro período: “você têm que ter consciência da quantidade de créditos. Se você pegar muita matéria teórica, então é muita coisa para ler em casa, e você provavelmente não vai conseguir e vai ficar mal no estágio e mal no curso.” “Se de um modo geral o estágio é muito bom, ele tem que ser visto com cuidado”, afirma Bruno Leal. O estudante tem que aprender a ter jogo-de-cintura e organização para conseguir lidar com as várias tarefas, mas nunca esquecendo-se da vida acadêmica. Nas palavras do professor e coordenador da Rádio UFMG Educativa, Elias Santos, “o principal objetivo na vida do estudante não é o estágio, mas estudar.” Fernando Sabino


POR DENTRO DO JORNALISMO INDEPENDENTE NO BRASIL

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Com o objetivo de gerar subsídios para que o cidadão se informasse e através da análise dessas informações criasse sua própria opinião, surgiu o jornalismo. Porém, desde o início seu exercício foi marcado por interesses privados e delimitados por eles. Esse contexto de manipulação é mantido até hoje e cada vez mais intensamente. O jornalismo se sustenta da verba vinda de seus anunciantes, que hoje já têm poder sobre o espaço da produção da notícia. Trocas de favores e informações marcam a relação entre a grande mídia e o poder hegemônico. É para resistir a esse contexto atual que o Jornalismo Independente surge. Trata-se de uma tentativa de se fazer um jornalismo que veicule diversas formas de cultura, política e organização da sociedade e que elas gerem reflexão no seu leitor. O tratamento dado à matéria é diferente do jornalismo tradicional. Há uma relação de proximidade, quase que de intimidade com o leitor. Busca-se a afinidade com o leitor e não com o poder, fato recorrente nos grandes veículos de comunicação. Além disso, as fontes não são as mesmas usadas, homogeneamente, por todos os meios de grande mídia. O jornalista independente procura sempre fontes que não representem o lado do poder e assim determinem um novo tipo de abordagem. Embora o público de uma revista independente como, por exemplo, a Caros Amigos, tenha o mesmo poder aquisitivo daqueles que lêem Istoé ou Carta Capital, os veículos independentes não conseguem atrair anunciantes. Seja pelo público baixo, seja pelo temor dos anunciantes de se tornarem alvo de críticas nesses meios, como costuma acontecer. A falta de verba torna-se então um dos maiores obstáculos para a consolidação desse modelo de jornalismo. Uma das maiores referências de jornalismo independente no Brasil hoje é a revista, já citada, Caros Amigos. Os principais temas abordados pela revista atualmente são neoliberalismo e globalização. Ela é de cunho político e possui pouquíssimos anunciantes. É caracterizada pela liberdade que dá aos seus colaboradores para que escrevam sem temer nenhum tipo de influência do poder. Além disso, inova ao abordar temas como os movimentos sociais, já que adota uma postura diferente da contrariedade pertinente típica dos grandes meios. O jornalismo independente vem tentando se consolidar também na web. Os blogs saíram do formato de diário teen e caíram no gosto dos jornalistas. Desvinculados de qualquer tipo de poder, seja ele dos anunciantes ou dos veículos utilizados, o jornalismo praticado nos blogs torna-se livre e é capaz de reproduzir todas aquelas mudanças que o jornalismo independente propõe. Com uma tentativa inovadora de consolidá-lo e organizá-lo surgem agora as coberturas jornalísticas compartilhadas. O modelo foi testado recentemente no encontro de diversidade cultural TEIA. Nele foram selecionadas aproximadamente 100 pessoas que ficaram responsáveis por escrever sobre tudo que ocorria no evento. Elas podiam escrever livremente sem o compromisso com pautas já determinadas ou modelos de textos já firmados no jornalismo. Os textos deveriam ser postados num blog e eram reunidos em um site de agência de notícias. Da mesma forma, para o pânico dos idealizadores do jornalismo independente da Caros Amigos, a revista adolescente Capricho utilizou-se desse mesmo modelo em seu ultimo evento, o Nocapricho. Nele, as adolescentes selecionadas tinham que fazer a cobertura de shows, desfiles de moda e oficinas que aconteciam e depois divulgarem no blog criado para o evento. Assim, as coberturas compartilhadas hoje estão sendo responsáveis por tornar esse modelo popular. Contraditoriamente então, o jornalismo independente começa a conseguir hoje maior espaço para ser divulgado nos meios de comunicação ainda que através de veículos da grande mídia. Fernando Sabino - 8o J

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“E ESSE JAPONÊS?” “É o Ban Ki-Moon, vó. Secretário geral da ONU. Ele é coreano”. Depois dessa declaração seguiram-se as impressões da minha avó sobre a ONU e como ela não serve para nada. Antes de pensar sobre a real eficácia das Nações Unidas, percebi que, de fato, o noticiário internacional produz pouco interesse no público das grandes mídias. A pergunta é: por que eu deveria estar atento ao que acontece lá fora? Conhecer a conjuntura internacional é, antes de tudo, perceber a imensidão e a complexidade do mundo como um todo. Ficou definitivamente para trás o tempo no qual acompanhar as novidades interna€cionais era quase uma questão de sobrevivência. Durante os tensos anos da Guerra Fria, qualquer movimento em falso naqueles países distantes poderia significar o fim de toda a civilização que conhecemos. Hoje, os turbilhões sociais na Ásia distante ou as questões debatidas na velha Europa não têm influência direta no microcosmo do belorizontino comum. Mesmo as convulsões da sociedade norte-americana pouco alteram efetivamente nosso equilíbrio cotidiano. No entanto, muito além de homens-bomba explodindo a todo tempo, há governantes sentindo falta do tempo dos reis (e até trocando fagulhas com os monarcas), monges saindo da clausura para clamar por direitos, mísseis sendo trocados às escondidas aqui e acolá. Aquele “japonês” está atento a tudo, por que eu não deveria? A resposta é simples: este é o seu dever profissional. No entanto, sua postura representativa, a personificação de uma comunidade preocupada com os acontecimentos do planeta, produz em nós um dever moral de acompanhá-lo e legitimá-lo na medida do possível. Sob outros pontos de vista, a distância das efervescências estrangeiras é um mito. Consideremos, portanto, os grandes bancos internacionais já reunidos em Belo Horizonte. Além disso, em um estrato maior, Celso quer uma cadeira perene no atual Conselho dos Quinze. É possível? Devemos legitimá-lo também? Há um mundo infinito lá fora, então só poderei responder a estas questões quando, ao invés de restringir-me a varrer a casa, for capaz de abrir por completo minha janela para o mundo. Fernando Sabino - 8o J

ROBERT RAUSCHENBERG Rauschenberg Robert Desde que tomei a decisão de que seria jornalista, diversas pessoas sempre me fazem as mesmas perguntas: Você quer ser jornalista? Por que, você quer mudar o mundo é? Você acredita nisso? Você quer trabalhar na Globo, aquela empresa podre que apoiou a ditadura militar? Confesso que no início do curso eu não sabia responder essa pergunta, porque para mim realmente não estava claro o porque que eu queria ser jornalista e qual é realmente a função de um repórter. Com o tempo de curso e experiência na prática de jornalismo (um ano na UFMG Educativa), as respostas para essas perguntas foram surgindo e de uma forma espontânea que nem eu sei ao certo quando entendi quais são as minhas motivações na prática de produção das notícias. O que eu sei hoje é que, não, eu não quero mudar o mundo, tão pouco a Globo, mas nem por isso para ser um jornalista eu preciso repetir o que vem sendo feito ano após ano e me tornar um jornalista totalmente burocrático. Para cumprir a função de um jornalista, que para mim é fazer a mediação entre a informação e o público com o discernimento para distinguir o que é informação essencial para população, não é preciso lutar para mudar a linha editorial de seja lá qual for o meio em que trabalhe, mas é preciso saber da responsabilidade de fazer um jornalismo que se preocupe com que é de interesse público de forma que aquela informação acrescente algo que realmente vai ser útil na vida das pessoas. E dentro do papel que desempenhe no meio em que trabalhe eu acredito que isso realmente é possível de se fazer. Tudo bem, você pode receber uma pauta que não é das melhores, mas se não tiver preguiça pra pensar no que realmente pode ser abordado para cumprir o interesse público, com certeza o seu trabalho de jornalista vai alcançar sua função social de maneira íntegra e idônea independente da pauta que receba. Portanto uma dica pra quem, como eu, quer ser jornalista sem ter que preocupar mais com interesses institucionais do que o interesse público. Preocupe com o que está a seu alcance para ser transformado.

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Festival Estudantil de Teatro Um dos principais festivais de incentivo a produção teatral, o Feto (Festival Estudantil de Teatro) realiza sua 7ª edição este mês. Diversos espetáculos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco serão apresentados durante o evento. A programação é composta por montagens de palco, rua e espaço alternativo, além de oficinas, encontros e premiações. A abertura do festival ficou por conta do espetáculo “Nossa Pequena Mahagonny”, 18/11, na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza (Zona Leste de BH). O Feto acontece de 18 de novembro até 02 de dezembro. Para mais informações sobre locais e preços, acesse www.fetobh.art.br ou pelo tel (31) 3324-2436.

Festival Estudantil de Teatro

Um dos principais festivais de incentivo a produção teatral, o Feto (Festival Estudantil de Teatro) realiza sua 7ª edição este mês. Diversos espetáculos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco serão apresentados durante o evento. A programação é composta por montagens de palco, rua e espaço alternativo, além de oficinas, encontros e premiações. A abertura do festival ficou por conta do espetáculo “Nossa Pequena Mahagonny”, 18/11, na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza (Zona Leste de BH). O Feto acontece de 18 de novembro até 02 de dezembro. Para mais informações sobre locais e preços, acesse o site www. fetobh.art.br ou pelo tel (31) 3324-2436.

Festival Estudantil de Teatro

Um dos principais festivais de incentivo a produção teatral, o Feto (Festival Estudantil de Teatro) realiza sua 7ª edição este mês. Diversos espetáculos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco serão apresentados durante o evento. A programação é composta por montagens de palco, rua e espaço alternativo, além de oficinas, encontros e premiações. A abertura do festival ficou por conta do espetáculo “Nossa Pequena Mahagonny”, 18/11, na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza (Zona Leste de BH). O Feto acontece de 18 de novembro até 02 de dezembro. Para mais informações sobre locais e preços, acesse www.fetobh.art.br ou pelo tel (31) 33242436.

Um dos principais festivais de incentivo a produção teatral, o Feto (Festival Estudantil de Teatro) realiza sua 7ª edição este mês. Diversos espetáculos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco serão apresentados durante o evento. A programação é composta por montagens de palco, rua e espaço alternativo, além de oficinas, encontros e premiações. A abertura do festival ficou por conta do espetáculo “Nossa Pequena Mahagonny”, 18/11, na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza (Zona Leste de BH). O Feto acontece de 18 de novembro até 02 de dezembro. Para mais informações sobre locais e preços, acesse www. fetobh.art.br ou pelo tel (31) 3324-2436.

Festival Estudantil de Teatro Um dos principais festivais de incentivo a produção teatral, o Feto (Festival Estudantil de Teatro) realiza sua 7ª edição este mês. Diversos espetáculos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco serão apresentados durante o evento. A programação é composta por montagens de palco, rua e espaço alternativo, além de oficinas, encontros e premiações. A abertura do festival ficou por conta do espetáculo “Nossa Pequena Mahagonny”, 18/11, na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza (Zona Leste de BH). O Feto acontece de 18 de novembro até 02 de dezembro. Para mais informações sobre locais e preços, acesse www.fetobh.art.br ou pelo tel (31) 3324-2436.

Festival Estudantil de Teatro 7


“A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental,

A ÚLTIMA CRÔNICA Fernando Sabino - 8o J

quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentarse, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixase acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as

perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho

Fernando Sabino - 8o J

POR QUE MENTIAS?

Fernando Sabino - 8o J

Por que mentias, leviana e bela, Se minha face pálida sentias Queimada pela febre?... e minha vida Tu vias desmaiar... por que mentias? Acordei da ilusão! a sós morrendo Sinto na mocidade as agonias. Por tua causa desespero e morro... Leviana sem dó, por que mentias?

Vê minha palidez: a febre lenta... Este fogo das pálpebras sombrias... Pousa a mão no meu peito... Eu morro! eu morro! Leviana sem dó, por que mentias?

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Sabe Deus se te amei! sabem as noites Essa dor que alentei, que tu nutrias! Sabe este pobre coração que treme Que a esperança perdeu porque mentias!


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