Revista Acontece 57

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Expediente Diretor | Editor Renato Bueno renato@acontece.tv Diretora | Editora Dani Bueno dani@acontece.tv (12) 97404-5707 ID 35*19*13858 (12) 98121-9929 Diagramadora Hannie Bueno Designer Rennan Bueno Jornalista Responsável Renato Bueno MTB 65404 Impressão 57 Gráfica e Editora Foto da capa Carla Diovana Uma publicação:

CNPJ 23.119.475/0001-05 www.editorared.com.br R. Prudente de Moraes, 95 Sl 01 Cachoeira Paulista-SP

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Revista Mensal

Destaques desta edição:

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06- O desafio de Gestão 08 - Enfim, findou! 10 - Metade dos homens esconde da parceira que usa medicamento para disfunção erétil, revela pesquisa 12 - Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono 14 - Você é o que você Pensa e não o que você Come 16 - Vitamina D (um pró-hormonio vital) 20 - Repaginado seu espaço para 2017 22 - Estudo revela que mais de 60% das escovas de dentessão contaminadas no banheiro 24 - Suplementos alimentares e alimentação equilibrada: um pastel em cada mão? 28 - A mudança tem que começar por você 38 - Suplementos alimentares para mulheres – será que têm diferença?

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40 - O uso racional de fitoterápicos na área de estética 44 - Torta de Nozes da Gabriela 46 - É constitucional protestar tributos - ipva, iptu, ipi, iss pis/cofins, decide stf

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48 - Não deixe ninguém para trás: dicas para viajar com os pets


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Diagnóstico de ELA no Brasil demora, em média, quase um ano

Doença afeta aproximadamente cinco em cada 100 mil pessoas em todo o mundo, segundo o Ministério da Saúde. Associação ajuda pacientes e familiares a lidarem com prognóstico. A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença neurodegenerativa, considerada incurável e fatal, que, progressivamente, causa a morte dos neurônios motores responsáveis pelos movimentos do corpo, ocasionando a paralisia progressiva. O diagnóstico é demorado. Do primeiro sintoma à confirmação, levam-se, normalmente, 11 meses. “Isso porque a falta de conhecimento faz com que o paciente procure primeiro um ortopedista e, até chegar a um neurologista especialista, já passou por mais 2 ou 3 médicos neste período”, alerta o Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira, neurologista e um dos fundadores da Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA). Além disso, não há nenhum exame de laboratório que indique alguma substância no sangue ou marcador de precisão para detectar a doença. Por isso, é importante que, aos primeiros sintomas, como fraqueza, rigidez de movimento, tremores da musculatura, o paciente procure também por um neurologista especialista. “Quando os primeiros sinais aparecem, normalmente 50% dos neurônios motores já foram perdidos. Uma análise clínica correta desde o início é fundamental para que estratégias terapêuticas e de orientação sejam introduzidas. Segundo o Ministério da Saúde, cinco em cada 100 mil pessoas em todo o mundo são afetadas pela doença. No Brasil, a estimativa é que 15 mil pessoas tenham esclerose lateral amiotrófica.

Tão difícil quanto receber o diagnóstico de ELA é compreender e aceitar o prognóstico da doença. “A média de sobrevida após o início dos sintomas é de 3 a 5 anos. Por outro lado, há pessoas que vivem mais do que dez anos com a doença. No Brasil, os pacientes, ainda não são assistidos adequadamente. Devido às limitações físicas inerentes à doença, secundárias ao comprometimento da musculatura estriada, incluindo-se a dos membros, da deglutição e da respiração, os pacientes necessitam de cuidados diários e constantes. “A missão da ABrELA é acolher pessoas com ELA/DNM, seus familiares e cuidadores, por meio de orientação, informação, capacitação e assistência social, promovendo a melhoria da qualidade de vida, a garantia e defesa dos direitos do paciente”, afirma Dr Abrahão Juviniano Quadros, Presidente da ABrELA. – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica. Algumas pessoas afetadas pela ELA mantém uma vida ativa e produtiva no princípio da doença. No entanto, ao longo dos anos, param de andar, perdem a fala e os movimentos, têm dificuldade para comer e respirar e, em estágios mais avançados, podem chegar à paralisia completa. Na maioria dos casos, necessitam ainda de traqueostomia e gastrostomia. Devido ao difícil diagnóstico e com tratamento quase que exclusivamente sintomático, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) tem desafiado cada vez mais pesquisadores do mundo inteiro, no sentido de desenvolverem pesquisas que possam trazer avanços significativos, tanto para diagnóstico, quanto para tratamento. Entre os destaques, estão descobertas genéticas que podem ajudar a identificar os mecanismos do desenvolvimento da doença, propiciando a evolução de testes para tratamentos, incluindo-se célula-tronco e terapia gênica. NOVOS GENES IDENTIFICADOS Existem duas formas básicas de ELA. A familiar, responsável por cerca de 10% dos casos, nos quais

a enfermidade é hereditária, e a esporádica, sem motivo conhecido para a ocorrência, que responde pelos demais 90%. Hoje se sabe que, pelo menos, 30 genes são responsáveis pela doença familiar. O mais recente identificado, C9orf72, tem uma importante característica. Estima-se que alterações em C9orf72 representem 20 % a 45 % das ELAs familiares e 5 % das ELAs esporádicas, constituindo a principal causa genética já identificada associada a ambas condições, conta Prof. Dr Miguel Mitne-Neto, Diretor Científico da ABrELA e do Instituto Paulo Gontijo (IPG), Assessor Científico Grupo Fleury e Pesquisador Associado Centro de Estudos Genoma Humano da USP, um dos palestrantes do XIV Simpósio Brasileiro de ELA / DNM. Para o Dr. Hiroshi Mitsumoto, neurologista atuando na Columbia University, Nova York, Estados Unidos da América, considerado um dos maiores especialistas mundiais na enfermidade, a descoberta do C9orf72 pode ser um divisor de águas no estudo das origens e de um possível tratamento da ELA. TRATAMENTO COM CÉLULAS-TRONCO Ensaios clínicos realizados em Israel e nos Estados Unidos, células-tronco têm-se mostrado seguras em testes em humanos. A próxima etapa é a de caracterização de eficácia. Acredita-se que a célula-tronco seja um fator de neuro proteção que pode evitar a progressão da doença”, comenta Profa. Melinda Beccari, Pós Graduanda do programa de mestrado do Centro de Estudos do Genoma Humano, Pesquisadora na linha de Esclerose Lateral Amiotrófica em parceria com o Grupo Fleury e apoio do Instituto Paulo Gontijo (IPG). Hoje, o único medicamento aprovado pela Food and Drugs Administration (FDA) para tratar ELA é o Riluzol que, em média, aumenta a expectativa de vida do paciente em quatro meses. Nas últimas duas décadas, as pesquisas com ensaios clínicos em modelos animais, quando transportados para humanos, não mostraram os resultados de eficácia esperados, sugerindo-se que esta não seja a melhor forma de desenvolvimento de tratamentos. A ideia atual de utilizar célulatronco para reconstituir uma amostra in vitro do neurônio motor, talvez, seja a forma mais segura e rápida para melhor entendermos as múltiplas faces, os mecanismos etiopatogênicos, a prevenção e o tratamento da ELA.


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O desafio de Gestão

Chegamos a mais um final de ano, e que ano! No qual encontramos um cenário de incertezas políticas, economia instável, desemprego em alta, eleições e olimpíadas. E nós gestores, o que podemos trazer de 2016 para refletirmos e corrigirmos no próximo ano? Já que nos baseamos em tomar decisões. Quais pilares podemos nos apoiar para possuirmos otimismo e acreditarmos que os erros e acertos não foram apenas prejuízos? Na verdade, não existem prejuízos se entendermos que com os erros, tivemos a oportunidade de aprender e, com os acertos, um rápido momento para comemorar, mas, não para nos acomodarmos. Estar no volante dirigindo um veículo não é suficiente, é preciso saber as regras, informações e técnicas para conduzir a direção e acertar o caminho. E traçar novas estratégias, analisar os ambientes internos e externos são responsabilidades que o gestor não pode dispensar para alcançar resultados almejados pela sua organização.

Gestão é quando administramos ou gerenciamos, e o objetivo é o resultado. Mas, pensar somente em metas e resultados é um erro que muitos cometem, pois, com toda essa oscilação que vivemos no mundo atual, não podemos nos esquecer que priorizar o desempenho da equipe e manter o espírito motivador dentro da empresa aliado de um bom planejamento são ferramentas indispensáveis. Uma vez que as diretrizes estão alinhadas com a missão, visão e valores da organização, a evolução da equipe fluirá naturalmente. Esses métodos devem estar claros e objetivo, para que cada gestor de área possa acertar com seus colaboradores. Ter bom senso também é um ingrediente imprescindível na hora de decidir, e só será obtido através do conhecimento e envolvimento com todo o processo de sua instituição. Para se alcançar um bom desempenho, os exemplos nas ações diárias podem resultar em um efeito multiplicador. Gerirse excepcionalmente é o primeiro passo

para o sucesso, entretanto, não basta oferecer um modelo, visto que não consiga administrar a si próprio. Logo, começar a gerenciar nossas emoções, tempo, pensamentos, palavras e humor na vida pessoal são os primeiros exercícios a ser aplicado em nosso modelo gerencial. Em suma, não existe certo ou errado, e sim modelos de gestão. Pontos de vistas e formas diferentes para cada decisão, que se não observada, com base nos cenários e experiências vividas, as chances de acertos serão sempre menores. Desse modo o primeiro passo é administrar-se e assim liderar a si mesmo influenciando sua organização profissional.

Rodrigo Alk Administrador Hoteleiro Facebook: Rodrigo Alk


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Enfim, findou! O ano acabou, estamos à beira das festas e no aguardo do grande reinicio após o carnaval. O que mudará? O que traremos de novo em novos tempos? A sensibilidade está bastante aguçada pelo movimento da mídia em prol da bondade... sonhamos nestas datas com o mundo ideal, queremos a família por perto, fazemos promessas muitas vezes insensatas e, o outro passa a nos importar. Os fogos atravessam a ponte entre os anos, vem o brinde majestoso e repleto de felicidade, os votos são cercados de carga positiva e a nossa alegria, incomparável. Tiramos o branco e na maioria das vezes, esquecemos já no dia 02 de janeiro o que prometemos para um ano inteiro. A tal bondade parece desencarnar de nós e traz-nos para o mundo real, competitivo, sem tempo livre e com o velho egoísmo. Voltamos a esquecer de cumprimentar que nos atende, paramos de fazer benemerência, não nos importa muito o que acontece com as crianças menos pro-

vidas de qualidade de vida; fecha-se o bazar, a rifa e o coração. Acho incrível quem no final de ano manda mensagens e mais mensagens pedindo presentes para asilos, dinheiro para festas comunitárias, adote alguém em algum lugar, contribua com o Natal de Fulano, dê alegria à Sicrano. Isso é lindo, mas para muitos, é o único momento do ano em que arregaçou a manga para ajudar alguém. Como um autoflagelo, vive duas situações: sofrerá com quem não contribuiu (muitas vezes porque já faz isso o ano inteiro) por entender na verdade que não quer ajudar, e depois, passará o restante do ano sem fazer mais nada pelo próximo. Todo voluntariado que produz muito o ano inteiro já deve ter vivenciado esta triste situação - a de trabalhar pelo outro e nas festas ser criticado pela impotência de incluir mais um na sua conta pessoal. O que importa, é que sabedoria não se compra em farmácia. Se envolver a favor de alguém de

vez em quando, serve apenas para os que buscam por recompensas. É uma forma clássica de tirar o peso das costas daqueles que passam muito tempo envolvidos com o ego. Se queremos um mundo melhor, um país mais moral, preconceito reduzido, respeito a diversidade, natureza protegida, temos que caminhar anos luz à frente. A grande massa social está doente dentro de si, presa aos vícios comunitários, preocupada com cascas e não com recheios. Hoje somos mais belos, com experiências mais variadas, menos dificuldades monetárias, sem tempos de guerra, mas longe dos tempos de paz. Caminhar juntos reduz o trecho; amar-se sim – idolatrar-se, não. Se queremos fazer o bem, devemos começar pelo nosso país. Ele está do avesso e coronelismo devia estar presente apenas nos livros de história. Que venha um novo e grandioso ano mais consciente, eficiente e decente!

Roberto Nogueira - Executivo da Hotelaria - Profissional da Hospitalidade Facebook: Roberto Nogueira


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Metade dos homens esconde da parceira que usa medicamento para disfunção erétil, revela pesquisa Estudo inédito traz o perfil do comportamento sexual do brasileiro

Um levantamento inédito com 800 homens brasileiros, entre 22 e 65 anos, mostrou o perfil desse público quando o assunto é disfunção erétil. A principal constatação é que metade do universo masculino não diz à parceira que faz uso de um medicamento para ter um desempenho sexual satisfatório. A pesquisa Medley Saúde Sexual Masculina, da Medley Genéricos com o Instituto Gfk, revelou ainda que, entre os que têm relacionamento estável e os solteiros, 66% usam o medicamento em mais da metade das vezes que têm uma relação sexual. Outro dado interessante também identificou o comportamento masculino, entre 22 e 40 anos, sobre a disfunção erétil. Segundo o estudo, um em cada três indivíduos com essa faixa etária afirma ter dificuldade em conseguir e manter a ereção. Ainda entre esses adultos jovens, 40% optam por esse tipo de medicamento com o objetivo de manter diversas ereções

num curto espaço de tempo para prolongar o prazer sexual e satisfazer a parceira. De acordo com a pesquisa, os homens de meia idade (41 a 50 anos) são os que têm a maior frequência de relações sexuais no mês, ou seja, de cada dez respondentes, quatro afirmaram ter mantido nove relações sexuais no mês. O levantamento também mostrou que os homens (casados ou em relacionamento estável) e divorciados ou fora de um relacionamento sério, independentemente da idade, são igualmente insatisfeitos com a frequência de relações sexuais mensais. Perfil da amostra A Pesquisa Medley Saúde Sexual Masculina ouviu homens de três faixas etárias: 22 a 40 anos; 41 a 50 anos e homens com mais de 50 anos. Em relação ao estado civil, 64% dos entrevistados afirmaram estar em um relacionamento estável (casado ou namorando) e outros 36% disseram estar fora de uma relação estável.

Foram entrevistados indivíduos das classes A, B e C, de acordo com os parâmetros específicos da população masculina brasileira. Principais constatações Faixa etária: 22 a 65 anos - Metade dos homens não diz à parceira que faz uso de medicamento para disfunção erétil; - Dois terços dos homens que usam medicamentos fazem isso mais da metade das vezes em que têm a relação; Faixa etária: 22 a 40 anos - 40% dos homens usam o medicamento para prolongar o prazer; - Um em cada cinco homens faz uso do medicamento em todas as relações; - 34% usam o medicamento pelo fato de agir mais rapidamente; - 38% costumam comprar o medicamento sempre ou mantêm em estoque; - 43% compram o medicamento quando acham que vão precisar.


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Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

A apneia obstrutiva do sono é uma doença caracterizada pela obstrução recorrente da via aérea durante o sono, a repetição destes episódios tem como conseqüência a queda da saturação de oxigênio sanguíneo e despertares freqüentes, o que pode resultar em danos ao organismo. É um distúrbio potencialmente grave do sono, em que a respiração é repetidamente interrompida e retomada. Entre os principais sintomas desta alteração (respiração inadequada durante o sono) além de provocar noites mal dormidas devido sono agitado, ronco, cefaléia, pode-se destacar a possibilidade de deformar o céu da boca, contribuir para obesidade, resultar em baixo rendimento escolar e profissional; cansaço diurno, alterações cardiorrespiratória comprometendo de maneira importante a qualidade de vida do indivíduo. Alguns fatores que contribuem para o ronco e a apneia: Amígdalas e adenóides grandes; obstrução nasal devido pólipos, hipertrofia e desvio de septo; obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, alterações de desenvolvimento da mandíbula (queixo pequeno). Como tratamento são opções a utilização de aparelhos intra orais, utilização de máscara acoplada a aparelhos que promovem pressão positiva de ar (CPAP) e cirurgia. Em casos onde há necessidade de

realizar tratamento cirúrgico para adequar a arquitetura da via aérea (passagem de ar) a cirurgia de avanço maxilo mandibular, procedimento cirúrgico que visa promover a correta relação entre a maxila e a mandíbula e suas bases ósseas, é o procedimento que apresenta destaque no tratamento pois promove melhora em diferentes níveis do complexo da via aérea, resultando em melhoras significativas na redução e controle da pressão arterial. DÚVIDAS FREQUENTES – Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono Como eu sei se tenho apneia? Se você já tentou melhorar a qualidade do seu sono, mas ainda ronca e se sente cansado ao acordar, pode ter o distúrbio do sono. Qual a relação do ronco e a apneia? O ronco é um sinal de que o paciente pode apresentar apneia, sendo na maioria das vezes a principal queixa de pessoas que convivem com esse paciente devido o grande incomodo gerado pelo ronco. Apneia é diagnosticada após avaliação do paciente e resultado de exames para mapear o comportamento durante o sono. Toda pessoa que ronca tem apneia? Não, nem todos que roncam tem

apneia do sono, o ronco é apenas um dos sintomas da doença. O diagnóstico depende de avaliação profissional e de exames subsidiários. Quais os sintomas diurnos? Cefaléia (dor de cabeça), cansaço, irritabilidade, depressão, baixa concentração, baixo rendimento escolar e profissional. Quais os sintomas Noturnos? Ronco, pausas na respiração, sono agitado, asfixia durante o sono. As crianças apresentam os mesmo sintomas que os adultos? Não, em crianças observamos agitação diurna ao invés de sonolência, irritabilidade, dificuldade de concentração e baixo rendimento escolar. Quais as possíveis conseqüências de uma apneia obstrutiva do sono não tratada? Aumento da pressão arterial, alteração do ritmo cardíaco, enfarto do miocárdio, derrame cerebral, alterações metabólicas, entre outras complicações.

Luiz Marcelo A. Galvão Nunes Cirurgião Buco Maxilo Facial CRO 94182 www.drluizmarcelo.com.br


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Você é o que você Pensa e não o que você Come Neurociência em razão do Emagrecimento

Já cansamos de ouvir a frase, você é o que você come…SERÁ?? Eu não acredito nisso já que antes de chegarmos ao ato de comer pensamos antes de concretizar o ato. Simplesmente, hoje se pressupõe que as pessoas são culpadas por serem gordinhas ou obesas e isso as tornam pessoas “sem vergonhas” que não param de comer de forma compulsiva. Vamos aos fatos, o aprendizado de se alimentar vem da idade de 2 à 4 anos e isso então nos remete ao fato de que não fazemos escolhas nessa idade o que nos faz concluir que nossos hábitos tem sido transmitidos de forma equivocada durante gerações. Aprendemos que devemos tomar leite para não termos osteoporose, aprendemos que gelatina é uma excelente sobremesa e também aprendemos que suco natural faz bem a saúde. Esse é o problema, as pessoas sabem demais mas estudam de menos.

Nosso cérebro é 95% inconsciente e somente 5% consciente, e o que isso tem haver com a alimentação? Simples, vivemos a era do Inconsciente Incompetente, ou seja, comemos muito errado e não sabemos disso. A maioria acha que está fazendo certo quando na verdade está pecando cada dia mais. Até que chega o dia de nos tornarmos Conscientes Competentes onde já sabemos que estamos fazendo errado mas mesmo assim continuamos com hábitos ruins, como não nos importássemos das consequências futuras. Aí quando decidimos mudar, nos tornamos Conscientes Competentes, ou seja, sabemos determinar nossas escolhas conscientemente para o bem, mesmo querendo as guloseimas escolhemos a maçã. Até que enfim nos tornamos Inconscientes Competentes, ou seja, não precisamos mais raciocinar para fazermos boas escolhas, elas entram no automático e aí fica muito mais fácil mantermos algo saudável e que

trará benefícios a saúde além de um breve sabor prazeroso. Mas até esse dia chegar o caminho é longo e talvez vc ache penoso... Mas na verdade é uma maneira de nos trazer a consciência de que a mudança deve começar dentro de nós. Comemos quando estamos felizes, comemos quando estamos tristes, comemos quando estamos com raiva. Comemos errado por qualquer desculpa. Na verdade precisamos colocar a consciência para trabalhar e raciocinar. O que é mais importante, um prazer momentâneo ou ter saúde e disposição e por que não o corpo que sempre desejamos. Pense, respire e Pense novamente antes de comer qualquer bobagem. A sua vida depende de você!! Faça as escolhas certas.... Você pode...é só querer!!

Dra. Louise Azevedo Soares Carvalho Emagrecimento - Estética Avançada Terapia Ortomolecular e Quântica - Microfisioterapia Coach de Emagrecimento Consciente CREFITO - 3/146496-F Facebook: /Phisiobelle


Mudando sua Saúde,15 Sua Esté�ca e Sua Mente

Phisiobelle

Saúde Integral e Estética Avançada

Emagrecimento Esté�ca Avançada Terapia Ortomolecular e Quân�ca Microfisioterapia Coach de Emagrecimento Consciente

A equipe Phisiobelle deseja um fim de ano incrível e um 2017 especial! Rua Sete de Abril 102, Alto da Igreja Phisiobelle @phisiobelledra.louise


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Vitamina d (um pró-hormonio vital)

Embora denominada como vitamina, trata-se de um pró-hormonio solúvel em gordura que o organismo pode produzir sob circunstâncias ideais, sendo que a exposição ao sol sem filtro solar durante tempo adequado é o principal mecanismo para sua produção. Descobertas recentes e reveladoras demonstram que todas as células possuem receptores para a vitamina D. Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram 2.776 pontos de ligação com receptores de vitamina D ao longo do genoma. Isso seria como uma chave bioquímica que abre diferentes portas com ampla influência sobre a saúde humana. LOCAIS DE AÇÃO E PRINCIPAIS FUNÇÕES: • Sistema Ósseo: Sua deficiência ou insuficiência está relacionada à doenças ósseas em adultos (osteoporose e osteomalácia) e crianças (raquitismo). Seu principal mecanismo nesse sistema se relaciona com o metabolismo do cálcio. Com níveis baixos de vitamina D, ocorre uma absorção intestinal deficiente de cálcio, levando ainda à produção exacerbada do paratormônio (hormônio produzido pelas glândula paratireóides) e, consequentemente, à retirada do cálcio dos ossos. Entretanto, a vitamina D não atua sozinha no que diz respeito à produção do tecido ósseo. Quando ingerimos o cálcio, com o auxílio da vitamina D, este é absorvido no intestino, caindo na circulação sanguínea e chegando até o osso. E este cálcio deve se ligar à osteocalcina no resíduo carboxilado pela vitamina K para depositar-se no osso. • Sistema imunológico: Se você perguntar à pessoas que tomam 5000 UI de vitamina D por dia, elas te dirão que não adoecem mais, não pegam mais gripes e resfriados. Isso acontece porque o corpo gera antibióticos naturais, chamados peptídeos antimicrobianos. Nos últimos anos, foi descoberto que a vitamina D melhora a regulação dos peptídeos antimicrobianos. E contra o que estes peptídeos antimicrobianos são eficazes? Estes peptídeos existem em grande número em nosso organismo e parecem

se especializar em coisas diferentes, mas um grupo maior tem sua ação em vírus e bactérias. Da mesma forma, infecções fúngicas e praticamente qualquer doença infecciosa, estão no alvo da vitamina D, inclusive infecções mais prolongadas com a tuberculose. Era um conhecimento comum, a cerca de 100 anos, que a luz solar ajudava contra a tuberculose. Ao que parece, o motivo da luz do sol ajudar na tuberculose seria devido à vitamina D. Além disso, a vitamina D não somente melhora a regulação dos peptídeos antimicrobianos relacionados às infecções, como também aprofunda a ramificação do sistema imunológico que é responsável pela inflamação. A inflamação é o que faz com que o corpo responda ao estímulo infeccioso, o que é chamado de tempestade de citocinas (quando o organismo reage excessivamente), como por exemplo no caso das milhares de mortes que ocorreram em 1918. É uma explosão do sistema imune, o que desnuda o epitélio do trato respiratório e as pessoas morrem porque não conseguem respirar. Da mesma forma, muitas doenças na medicina, onde há excesso de inflamação, e a vitamina D transforma seu sistema imunológico em mais inteligente. Não mais forte, porém mais inteligente. Sua deficiência tem sido implicada na etiologia de doenças auto imunes , tais como a esclerose múltipla, artrite reumatóide, doença de crohn, diabetes mellitus tipo 1, tireoidite de Hashimoto, entre outras. • Gestação: É comum nos consultórios a preocupação com os níveis de glicose da gestante, mas esta preocupação deveria se estender aos níveis séricos de vitamina D. Um estudo na universidade da Carolina do Sul, mostrou que a vitamina D reduz em 50% a possibilidade de complicações na gravidez. Na gestação, sua deficiência está relacionada à pré-eclampsia, diabetes gestacional, raquitismo, nascimento prematuro por cesárea, baixo peso ao nascer, gordura corporal na infância tardia, autismo e outras desordens psiquiátricas. Atualmente sabe-se, ainda, que além dos distúrbios já relatados acima, a

deficiência de vitamina D tem sido associada com o aumento de neoplasias fatais, doenças cardiovasculares e depressão. Dessa forma, seria prudente que todos nós soubéssemos como estão os níveis de vitamina D em nosso organismo e, com o auxílio de profissionais capacitados, mantivéssemos os mesmos em valores ideais. Sugiro, ainda, que todos que tiverem interesse sobre os benefícios da vitamina D e suas atuações sobre patologias cujo tratamento pela medicina tradicional não apresenta bons resultados, que assistam os vídeos do Dr. Cícero Galli Coimbra, disponíveis na internet.

Dr. Antonio Augusto Azevedo Vital Brasil Medicina voltada para o diagnóstico, envelhecimento saudável, performance e equilíbrio metabólico. Diretor técnico do Laboratório Médico Vital Brasil Instagram: @drantoniovitalbrasil


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Repaginado para 2017

Decorar ou redecorar o sua casa não significa gastar horrores. A beleza das coisas está nos pequenos toques: uma nova tinta aqui, uma almofada nova ali ou um quadro novo na parede já são capazes de deixar o ambiente com uma cara nova e muito mais charmosa. Para isso, basta usar a criatividade, buscar inspirações e colocar a mão na massa. Quando pintamos uma parede com uma cor diferente, colocamos papel de parede, penduramos quadros bacanas ou até mesmo um adesivo, o ambiente já ganha vida nova. As peças principais de um ambiente, quando de cores de destaque, mu-

seu

espaço

dam todo o visual sem que você precise fazer grandes modificações, mas muito cuidado com as cores de impacto, deixe elas para os elementos decorativos, como almofadas e vasos, pois devemos usá-las somente como detalhe para não ficar desconfortável ao olhar. Veja nesta sala como as almofadas em amarelo ganham destaque na decoração. Quando o assunto é a fachada um simples paisagismo, um lindo vaso ou investida na iluminação faz toda diferença. Pedras decorativas também são ótimas para valorizar o espaço. Cuidado para não exagerar no tamanho do jardim pois quanto maior ele for mais manutenção ele ira precisar.

Ricardo Rabello - Arquiteto Facebook: Ricardo Rabello Arquiteto


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Estudo revela que mais de 60% das escovas de dentes são contaminadas no banheiro O banheiro é um dos ambientes da casa que gera mais discussão entre os moradores. Toalhas molhadas e jogadas no chão, assento do vaso sanitário levantado e com respingos ao redor, pasta de dentes aberta, falta de reposição do papel higiênico... O fato é que pessoas compartilham muito mais do que toalhas nos banheiros de casas e apartamentos. Estudo apresentado recentemente no encontro anual da Sociedade Americana de Microbiologia, em Nova Orleans (Estados Unidos), revelou que mais de 60% das escovas de dentes analisadas em moradias estudantis deram positivo para contaminação por material fecal. Pior ainda, há 80% de chance de que essa contaminação se deu enquanto outras pessoas usavam o banheiro. “O problema mais grave é quando o material fecal encontrado na escova não pertence ao usuário, já que contém bactérias, vírus e parasitas que não fazem parte da sua flora normal”, diz a pesquisadora Lauren Aber. O estudo também mostrou que não importa o método com que o usuário lim-

pa sua escova logo após seu uso. Nem água quente ou produtos de enxágue bucal são suficientes contra essa contaminação posterior. Para quem pensa que isso acontece só porque as pessoas têm o hábito de deixar as escovas expostas, a pesquisadora corrige: “O uso de porta-escova de dentes com tampa não impede o crescimento de bactérias. Ao contrário, acaba fornecendo um ambiente mais propício ainda para que elas se desenvolvam, já que vão ter calor e umidade. O ideal é lavar bem a escova depois de usar e deixar ela secar sem tampas”, diz Lauren. De acordo com Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), muita gente nem percebe quando a escova ficou com pasta de dente ou resto de alimento entre suas cerdas, mas é fundamental garantir que isso não aconteça. “É preciso prestar atenção ao sangramento que ocorre durante a escovação, porque é comum ficar depositado na escova, sendo uma

fonte de proliferação. Além disso, também é importante evitar que as escovas da família entrem em contato umas com as outras, já que pode haver uma contaminação cruzada. Esse tipo de vacilo é especialmente prejudicial em casos de gripe, infecções bucais ou mesmo dor de garganta”. Cerri chama atenção, ainda, que o recipiente aberto – que pode ser um copo ou pote descoberto – deve ser posicionado a pelo menos um metro do vaso sanitário, para evitar o ‘efeito aerossol’ a cada descarga. Também deve ficar longe o suficiente da pia para evitar respingos enquanto outros membros da família lavam as mãos. “Por fim, é importante perceber quando está na hora de substituir a escova de dentes. Geralmente isso acontece depois de três meses de uso, mas pode ocorrer antes disso, especialmente se as cerdas estiverem desgastadas, abertas ou desalinhadas, ou se a pessoa acabou de se curar de uma infecção ou gripe forte. Nesse caso, a troca deve acontecer antes”.


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Suplementos alimentares e alimentação equilibrada: um pastel em cada mão?

Já comentamos nesta coluna o fato de existir um estigma em relação aos suplementos nutricionais. A origem das restrições e do receio do consumo de suplementos está na confusão de conceitos e na herança perniciosa da ideia de que suplemento é a mesma coisa que anabolizante. Nunca é demais lembrar que para um produto ser classificado como suplemento ele tem que ser em essência um alimento. A diferença é que os suplementos são nutrientes isolados, porém as moléculas dos componentes de um suplemento são as mesmas que encontramos nos alimentos. Hoje em dia, sabemos ser cada vez mais difícil alguém praticar aquilo que se costuma chamar de “alimentação equilibrada”. Aliás, este conceito é absolutamente indefinido para a grande maioria das pessoas. O que quer dizer “alimentação equilibrada”? Outro dia pareceu nas redes sociais um post de alguém muito criativo que disse que para ele, alimentação equilibrada é um pastel em cada mão! A mania de dizer que o praticante de exercícios que tem uma alimentação equilibrada

não precisa de suplementos esbarra exatamente na falta do entendimento deste conceito. O que constatamos é que a qualidade dos alimentos é cada vez menos confiável por problemas de conservação, contaminação, sem falar nos apelos midiáticos das redes de fast-food que induzem à prática de vícios alimentares totalmente dissociados do conceito de saúde. Em relação aos suplementos alimentares precisamos conscientizar o consumidor de alguns aspectos fundamentais: – Em primeiro lugar, nenhum suplemento faz mal à saúde, desde que consumido na dose correta. – Suplemento, como o próprio nome caracteriza, é um recurso para ser coadjuvante da dieta e atender a determinadas necessidades. – Os suplementos podem ser muito úteis principalmente para quem não tem a menor idéia de que deveria utilizá-los, como é o caso de idosos, pacientes em convalescência de alguma doença, indivíduos em tratamento fisioterápico de reabilitação, jovens em fase de crescimento e desenvolvimento etc.

– Sua indicação deve partir de profissionais com formação específica desta área de conhecimento. Esta área é recente e exige uma atualização contínua. Muitos profissionais de saúde são contrários ao uso de suplementos, simplesmente porque não têm o conhecimento do assunto para poder indicar e preferem se eximir da responsabilidade de orientar. – O exagero do uso de suplementos também é uma preocupação. Se algum produto tem benefício, nunca se deve considerar que “quanto mais melhor”. Orientação de uso e indicação adequada são as palavras-chave. Na realidade, os suplementos nutricionais são recursos que no futuro próximo certamente terão um lugar muito mais importante e os dados que apontam para um crescimento de 30% ao ano deste mercado já indicam esta tendência.

Dr. Turibio Leite de Barros -Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício www.drturibio.com


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A mudança tem que começar por você

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Essa frase foi dita por Mahatma Gandhi e tem um significado muito importante para aquelas pessoas que buscam o sucesso em suas vidas, seja na questão pessoal, seja na atuação profissional. Muitos acham que as mudanças devem vir dos outros e nós apenas temos que nos adaptar à elas. Esse pensamento é medíocre, pois demonstra uma personalidade fraca, de quem se esconde do mundo, de quem não tem coragem para ser protagonista e assim viverá toda sua vida nas sombras daqueles que realmente tem a coragem e tomam a iniciativa de promover as mudanças que entendem necessárias para melhorar o meio onde vivem, a organização onde trabalham, enfim...o mundo que os acolhem. As mudanças são necessárias e tem o poder de renovar forças, redefinir rumos, corrigir equívocos e criar uma nova possibilidade para aqueles que têm coragem, para aqueles que estão preparados para absorver uma nova rotina. A vida é feita de escolhas, desde que nascemos, começamos a fazer nossas opções. As primeiras são inconscientes e são tomadas pelos nossos instintos. Na medida em que vamos crescendo e tomando mais consciência daquilo que nos cerca, as decisões se tornam cada vez mais importantes e decisivas, definindo personalidade, criando nossos gostos, aflorando o nosso paladar, viabilizando relacionamentos, enfim, nossas escolhas formam nossa concepção de vida e dirigem nosso destino. O ser humano forma sua consciência através das suas experiências, da sua formação familiar, da educação e dos seus relacionamentos. Se sua base foi bem construída, você certamente tomará decisões mais conscientes e terá mais chances de acertar em suas escolhas pessoais e profissionais. A

vida corporativa exige de nós a tomada constante de decisões. Ser gestor implica em decidir e ser bom gestor é saber decidir. As decisões que tomamos em nosso meio profissional têm o poder de afetar, não só as nossas vidas, mas em especial, as vidas dos demais membros das nossas equipes. Sendo assim, precisamos nos preparar para as decisões. Não podemos nos omitir e nos esconder dos problemas, jogando para outros as decisões que devem ser nossas, mas também não podemos tomar decisões inconscientes e sem a devida preparação, para que haja mais chances de sermos assertivos. Existem decisões que não podem ser canceladas, nem poderemos voltar atrás quando temos uma única chance. Precisamos estar preparados para as decisões importantes que se apresentarão à nossa frente. Decida ser o melhor possível e faça a mudança que você quer ver no mundo. Mudar é um ato de renovar, recomeçar...refazer o que antes não funcionava mais. Lembre-se desta outra frase: “Se você quer um final diferente, faça algo diferente.” Toda mudança tem uma tendência em gerar um incômodo inicial, pois tira a pessoa da sua rotina, da sua zona de conforto, obrigando a gente a alterar nosso movimento. A primeira reação quando não estamos preparados para o novo, é a rejeição. Neste momento é onde se encontra a grande dificuldade do processo de mudança, pois se não soubermos lidar com este sentimento ruim de que não adianta mudar, pois tudo vai continuar como antes, tenderemos a nos perder e a desperdiçar a oportunidade de fazer algo melhor. Como a maior parte das pessoas acredita que a mudança deve partir do outro, elas tendem a esperar que as coisas aconteçam e tragam as soluções para seus problemas. Isso não acontecerá, pois a responsabilidade de mudar a sua vida é sua e é indelegável. A mudança que você quer na sua vida deve partir de você e para que suas decisões possam mudar sua vida para melhor, você precisa ter uma boa base de formação ética, educacional, com conhecimentos bem definidos e habilidades desenvolvidas. Sua consciência dará luz às suas decisões e suas atitudes

trarão a credibilidade necessária para que haja aceitação por seus pares. Ser autoconfiante, determinado e acima de tudo, estar preparado para planejar e decidir as mudanças que são necessárias, nos ajuda a construir um mundo melhor, a criar uma nova possibilidade, a viabilizar um objetivo que parecia distante de ser alcançado. Portanto, não se esqueça: Mantenha-se sempre a frente do seu tempo, busque constante capacitação, desenvolva diariamente suas habilidades, haja com entusiasmo e contamine seus colegas. Inspirar aqueles que estão ao seu lado só lhe trará mais prazer em ser agente de mudança e mais vontade de ser parte integrante da mudança que é necessária no seu ambiente de trabalho, na sua família...enfim, no seu mundo. Passe adiante a transformação que você vem construindo dentro de você e ajude aos outros a também fazerem as mudanças que precisam. Transformar à si mesmo te faz melhor. Quanto mais vidas conseguirmos transformar, mais chances nós teremos de construir um mundo melhor. Certa vez li essa frase e acredito nela: “Inspirar aqueles que estão ao seu redor, talvez seja uma das únicas maneiras de você mudar, verdadeiramente, alguém.”

João Batista Vaz de Souza Gerente Geral da Caixa Econômica Federal Facebook: João Vaz


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NASCI PARA SER MÃE RELATOS SOBRE PARTO HUMANIZADO POR NATÁLIA SOUZA

RECOMENDADO PELA OMS

15%

O BRASIL É O PAÍS ONDE MAIS SE REALIZAM CESÁREAS NO MUNDO

40% SUS

84% SISTEMA PRIVADO

Arte: Henrique Baltazar

A Agência Nacional de Saúde divulgou as novas regras para a realização de partos no Brasil. O objetivo da ANS e do Ministério da Saúde é estimular a realização dos partos normais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país onde mais se realizam cesáreas no mundo. As taxas chegam a 84% no sistema privado e a 40% no SUS — o recomendado pela OMS é 15%.

te técnico necessário para que o procedimento seja satisfatório. Nessa cena as atrizes e a coadjuvante respeitam as vontades, crenças e culturas da protagonista. E para que o filme seja feliz do início ao fim, todas as atenções são voltadas para as decisões da mãe. O parto humanizado pode ser normal ou natural. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mulher deve fazer o parto onde ela se sentir mais segura, podendo ser em um hospital, em seu domicílio ou em uma casa de partos. Essa decisão é tomada pelo casal. A obstetra Dra. Rosana Fontes afirma que o parto realizado em casa, se acompanhado por uma equipe treinada e tiver um planejamento adequado, tem o mesmo risco de complicações que um parto feito no hospital, porém deve-se lembrar que o hospital é ainda a preferência da maioria das pessoas, por passar segurança. O parto em casa Em 1990, 141 mães morriam para cada 100 mil bebês nascidos no Brasil. Em 2000, o país se comprometeu a reduzir esse número em 75%. E em 2015, mostrou que não cumpriu a meta. Mesmo com um avanço notável, houve uma redução de 55%, o que significa, hoje, 64 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Não há uma explicação única para o fracasso, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) aponta o excesso de cesáreas como o principal vilão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, no máximo, 15% dos nascimentos sejam realizados por cesárea. No Brasil, o porcentual cresce ano após ano e hoje fica perto de 55%, a maior taxa do planeta. Mulheres submetidas à cesárea, segundo a ONU, têm 3,5 vezes mais chances de morrer do que aquelas que realizam o parto natural.

é indicado para gestações de baixo risco. As gestantes de alto risco devem sempre optar pelo hospital. Para a Dra. Rosana Fontes são inúmeros os benefícios de um parto humanizado, como a satisfação da mulher e do casal, que acaba tendo uma experiência, na maioria das vezes, prazerosa; o índice menor de riscos para a mãe e o bebê, porque ocorrem poucas intervenções, o que faz com que o parto tenha menos complicações. Hoje muitas pessoas ainda têm o conceito errôneo de que o parto normal é perigoso para o bebê. No parto normal ocorre menos risco para a mãe e menos chances de infecções e hemorragias. As complicações respiratórias para o bebê são menores e há um baixo índice de ele adquirir doenças alérgicas e outras doenças quando adulto, tais como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças reumatológicas.

PARTO CESÁRIA TEM 3,5 VEZES MAIS CHANCES DE A MULHER MORRER 1990

2015

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mortes

LIMITE DE CESARIANAS RECOMENDADO PELA ONU

15% Arte: Henrique Baltazar

O parto humanizado é um modelo de parto no qual a mulher é a protagonista do nascimento do seu filho. Nesse parto, a mãe tem o direito de recusar procedimentos e ter suas preferências e culturas respeitadas. Nesse processo, que podemos chamar de “filme”, também atuam outros profissionais, como a enfermeira obstetra e a doula, porém o foco de toda a atenção é na atriz principal: a mãe. Ela e o bebê ditam o ritmo do parto. A doula é a coadjuvante, uma ponte entre os desejos do casal e a equipe que está prestando o atendimento no momento. Ela é uma profissional treinada e capacitada para dar apoio físico e emocional à parturiente, para que ela passe da melhor maneira possível pelo trabalho de parto, sentindo-se segura e tranquila. Ela está presente no pós-parto, auxiliando a nova família que se formou a se ajustar da melhor maneira com o novo integrante, e ajudando com o início da amamentação. A enfermeira obstetra dá o supor-

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b s nascidoil no Bras

mortes

CESARIANAS NO BRASIL HOJE

55%


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THAIANNA SALES

Foto: Elisabeth Cathermol

ROTONDARO 23 ANOS Uma casa organizada e aconchegante, onde parecia morar somente adultos. Uma sala grande, com um sofá marrom bem macio encostado na parede, com a lateral da frente maior próximo à porta que dá acesso à sacada. Sobre os dois aparadores luxuosos e nas paredes estavam as diversas fotos da família. Nesse cenário começa a história da jovem mãe Thaianna Sales Rotondaro, de 23 anos, a Thay. Ela me contou sobre a sua entrada na fase adulta. E para completar a recepção, o filho dela, Esthevam, veio me receber quando entrei na casa, todo meigo e entusiasmado, e logo me convidou para ir até o seu quarto, para ver a sua coleção de brinquedos. -Tia Natália, vem ver meu quarto. Claro que fui! Vi seus brinquedos, suas massinhas e os bonequinhos de super-herói. Mas logo em seguida, a Thay me convidou para irmos até a sala, e iniciamos a nossa conversa. Tomamos um copo com água e logo ela começou a me contar um pouco sobre o seu casamento com Walter Rotondaro. Eles se conheceram através da irmã dele e estão juntos desde a adolescência. Com três meses de namoro, veio a gravidez. Na época foi um susto para o casal e também para a família dos dois, pois os pais de ambos são católicos. A futura mamãe sempre quis um parto normal, mas a sua médica nunca havia conversado com ela sobre esse assunto, não respondia às suas dúvidas e sempre evidenciava a cesárea. Como a médica era de confiança de sua família, ela nunca questionou e aceitou as decisões da obstetra. No fim da gravidez, alertada sobre uma possível pré-eclâmpsia, a cesárea estava prevista. Ela teve a sensação de que o mundo estava desabando. Sabia que era algo grave, ficou desesperada e, com o passar das semanas, foi diagnosticada também com uma infecção, o que descartou a possibilidade de um parto normal. –As malas estavam prontas para irmos para o hospital. Eu estava feliz, mas não estava satisfeita com aquele tipo de parto, pois onde o mesmo ocorre é um ambiente muito frio. Eu não vi nada, tinha sempre um pano em minha frente. Os médicos estavam sempre conversando e havia um entra e sai na

sala. Quando meu filho nasceu, colocaram-no perto de mim uns cinco minutinhos. Thaianna conta também que precisou muito da ajuda de sua mãe para cuidar de Esthevam e chegou a ter depressão pós-parto. Ela comenta que foi um período bem difícil e que sentia muitas dores, tonturas, não conseguia tomar banho sozinha e muito menos fazer algo. Por ter passado por toda essa situação na primeira gravidez, Thaianna começou a programar a chegada de um outro bebê, porém com todos os procedimentos diferentes. -No fundo eu sabia que meu corpo tinha sido feito para parir. Através da postagem de uma amiga feita na Internet, na qual ela relatava que não estava encontrando nenhum médico que realizasse o parto humanizado na região, Thay conheceu o parto humanizado. Então ela começou a pesquisar sobre o assunto e assistiu ao filme “O renascimento do parto”. Isso foi crucial para a decisão de fazer um parto natural e em casa. E assim ela começou a plantar a sementinha desse parto para o seu marido e toda a sua família, sempre mostrando que isso seria o melhor para ela e para o seu bebê.

A partir das 37 semanas de gestação, começaram os acompanhamentos em casa com a equipe humanizada, composta pela doula Maria Auxiliadora e duas enfermeiras obstetras, Patrícia Borges e Margot Villefe. Para receber o seu filho, Thay arrumou seu quarto de forma bem aconchegante, de modo que fosse transmitido amor, paz e carinho para todos que participariam do procedimento, principalmente para ela e o bebê. A ideia desse ambiente era para que seu filho, mesmo ao nascer, tivesse a sensação de que ainda estivesse dentro da sua barriga. Havia também uma piscina com água quente, para amenizar as dores e para que seu marido pudesse estar ali dentro junto dela, fazendo massagens para aliviar as suas contrações e a apoiando. O intuito era ser um parto inesquecível. E foi! – E o que eu gostei foi a parte de ser a protagonista do meu parto o tempo todo. Foi tudo do meu jeito –, conta Thay, sorridente e confiante em suas palavras. A doula Lidiane Ribeiro, casada há dez anos e mãe de três meninos, afirma que participar de um parto é presenciar o milagre da vida acontecendo.


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Quanto custa ter uma doula?1 Catarina pardal Lidiane conta que chegou até aqui por causa dos seus filhos. Os dois primeiros nasceram de cesariana não por vontade dela, que lutou dentro das suas limitações para que eles fossem respeitados, porém na época ela não tinha o conhecimento que tem hoje. Pedro Antônio, de oito anos, nasceu de uma cesárea parcialmente agendada. Parcialmente porque, desde as 38 semanas, o obstetra queria agendar a cirurgia, mas ela se negava. Às vésperas de completar 40 semanas, ele a internou, com a desculpa de que Lidiane não poderia passar das 40 semanas por ser “perigoso para ela e para o bebê”. Renato, de cinco anos, nasceu de uma cesárea também parcialmente eletiva. Mesmo se consultando com outra médica e dizendo durante toda a gestação que gostaria de ter um parto normal, com 38 semanas a obstetra lhe avisou que precisaria

agendar a cirurgia, pois viajaria na DPP (data provável de parto). Com receio de passar por um médico plantonista, ela acatou a decisão da médica. A cirurgia foi agendada para uma segunda-feira, mas Renato começou a dar sinais de que a sua chegada estava próxima, e com os sinais, Lidiane foi internada e Renato nasceu. Quando ele já estava com aproximadamente um ano, ela foi descobrindo um novo mundo: o da maternagem – técnica empregada na psicoterapia que busca estabelecer entre terapeuta e paciente uma relação semelhante a que existiria entre uma “boa mãe” e seu filho. Envolvida com escolhas novas, deparou-se com grupos de apoio ao parto normal e foi descobrindo ali que havia sido enganada nas duas vezes. Quando Lidiane estava esperando Olavo, hoje com um ano e onze meses, jurou que seria diferente. Buscou todas as informações possíveis, em fontes confiáveis, e procurou profissionais especializados. Nessa época ela já estava envolvida com o “Do ventre ao peito”, um grupo de apoio à gestação, parto e maternidade, situado na cidade de Taubaté/SP, onde ela reside, e já conhecia a mulher que tinha escolhido para ser sua doula, Sara Cosenza. O parto do Olavo foi redentor. Com ele, Lidiane conseguiu perdoar aos médicos que haviam “roubado” o

Arte: Henrique Baltazar

nascimento dos seus dois primeiros filhos e se sentiu livre. – Meses depois, numa brincadeira com uma moça conhecida apenas pelo facebook – que viria a se tornar uma grande amiga –, eu disse a ela que adoraria doulá-la. Semanas depois, ela me mandou uma mensagem: “Aquele papo de ser minha doula está de pé?”. Acho que foi ali que eu realmente me despertei como doula. Apesar de dizer que ela era louca, pois eu não tinha nenhum curso, ela disse que não se importava, pois a nossa ligação já era mais forte. Uma grande amiga costuma dizer que qualquer mulher que se sinta tocada e queira verdadeiramente se doar para outra já está preparada para ser doula. E eu concordo com ela.” Para Lidiane, um curso de formação de doula vai muito mais a fundo, pois ele oferece o suporte técnico sobre o trabalho de parto, as maneiras de auxiliar a mulher a passar pelo trabalho de parto com mais serenidade e se sentindo acolhida. E foi por isso que ela resolveu procurar o curso para se oficializar como doula. No dia 13 de outubro de 2016, ela completará um ano como doula. “Falava eu com a minha amiga, que me dizia que ter uma doula é caro. Antes de lhes dizer quanto custa ter uma doula, pergunto-lhes se sabem quanto custa não ter uma doula. Pode custar o desespero nas últimas semanas da gestação, o sentimento da falta de apoio. Pode faltar alguém que, didaticamente, ajuda o casal com os medos específicos do parto. Pode faltar alguém que lembre que o corpo de uma mulher está feito para parir. Pode custar uma ida precipitada à maternidade, que invariavelmente recairá numa série de intervenções – dolorosas, humilhantes e desnecessárias. Pode faltar no trabalho de parto alguém experiente e que possibilite ao pai estar no momento sem se preocupar tanto. Pode faltar alguém para dar confiança. Pode faltar alguém para ajudar na amamentação. E podia continuar... A doula ajuda a vencer os medos da gravidez, serve de ombro amigo, ajuda a compreender os processos próprios do parto. Ela diminui estatisticamente as necessidades de analgesia, fórceps e cesariana. Há preço para isso?”. 1PARDAL, Catarina. Quanto custa ter uma doula? Blog: Parir em paz. Disponível em: <http://parirempaz. blogs.sapo.pt/quanto-custa-ter-uma-doula-212308.>. Acesso em: 30 de agosto 2016.


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JORNALISTA SILVIA AMBRÓSIO 30 ANOS A jornalista Silvia Ambrósio, de 30 anos e casada há 16 anos com André, conta que quando engravidou de sua primogênita, Anita, ainda estava morando no Sul. Depois de um tempo morando longe da família, eles resolveram voltar para o Vale do Paraíba. Com o olhar triste, Silvia relata que a gestação de sua filha foi linda, mas infelizmente o parto não foi como planejado, pois ela havia sonhado em ter um parto normal e seu médico a apoiava nessa decisão. Ela já estava preparando o seu psicológico para a dor e tudo o que poderia acontecer. Porém, no momento do parto, ela disse que foi tudo diferente do que tinha imaginado. No pré-natal o médico a tratava de uma forma, mas no dia do parto foi outra realidade. Quando entrou no hospital com algumas contrações, Silvia sentiu que estava sem controle da sua autonomia, sentiu que estava nas mãos do médico. – É muito estranho, pois você não se conhece mais, não tem controle sobre o seu corpo, seu bebê. Silvia relata que não estava preparada para os procedimentos do hospital e que não teve explicações do médico sobre o parto normal. Depois de muito sofrimento, contrações desritmadas e de permanecer sozinha em um quarto, ela então gritou o médico. Logo em seguida, ele veio até ela e disse na maior estupidez: – O que você quer? Ela então respondeu: – Não estou aguentando a dor. O médico disse-lhe: -Mas o que você pensou? Achou que estava indo para um spa? Ela relata que nesse momento se sentiu “a louca” da história e desanimou de tudo que pensava sobre um parto normal. Sentia-se assustada com tudo o que estava acontecendo. Então foram para o Centro Cirúrgico para que ela tomasse analgesia. Assim a sua filha nasceu de uma cesárea, pois, segundo o médico, o bebê estava em so-

Foto: Carla Diovana

frimento fetal. Silvia diz que se sentiu desrespeitada, pois suas vontades foram deixadas de lado sem necessidade. Já no nascimento da Manuela, sua segunda filha, em 2014, ela estava traumatizada com a cesárea e dizia que não queria passar por esse procedimento novamente. A partir daí, foi atrás de informações na internet sobre apoio ao parto normal e gestação e fez terapia de apoio gestacional. Nesse momento ela conheceu a psicóloga Anna Patrícia, que a ajudou muito nessa fase e deu todo o suporte para um parto humanizado. Então seu desejo de ter um parto normal e humanizado foi concretizado. A Manuela nasceu em um hospital em São José dos Campos com o apoio de uma doula e de uma enfermeira obstetra. No momento do parto, a sua médica, seu marido estavam presentes para que esse momento fosse concretizado da melhor forma para ela e para a sua filha. -Foi uma experiência muito boa, eu fiquei muito feliz e radiante. Me senti respeitada, me senti mulher. No nascimento da sua terceira filha, Lis, em 2016 , Silvia relata que já estava segura e sabia que seu corpo havia sido feito para parir. Ela já estava ciente de que queria ter o parto natural e em casa. Mesmo a

sua família tendo medo do procedimento, ela queria e o fez. Conseguiu uma equipe de confiança e sabia que seu parto seria como ela sempre sonhou. As contrações começaram leves, porém ela já tinha sido instruída a relaxar e ir para o chuveiro com água quente quando as sentisse, para que o trabalho de parto prosseguisse e as dores fossem aliviadas. Tudo que ela sentia comunicava à enfermeira obstetra e à doula pelo celular. – Quando a equipe chegou, eu e o André estávamos dando risadas e dizendo que a Lis não nasceria naquele dia. Nesse momento a enfermeira obstetra, com a ajuda da doula, montou a piscina inflável no quarto e organizou tudo para o nascimento da Lis. O parto foi lindo, e a Lis nasceu da melhor forma possível. A família ficou surpresa com a rapidez do parto e a tranquilidade com que tudo aconteceu. O marido de Silvia esteve com ela a todo o momento, dando apoio e suporte. Após o nascimento, suas filhas chegaram da escola e conheceram a sua irmãzinha. – É diferente as dores de um parto em casa das de um parto no hospital. Em casa é mais tranquilo, pelo fato de ser um ambiente familiar –, finaliza Silvia Ambrósio.


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Enfermeira Obstetra Katia Zeny Foto: Carla Diovana

A enfermeira obstetra Katia Zeny conta que o seu primeiro contato com o parto humanizado foi na década de 90, quando ela se formou. Quando, na sua especialização, ouviu que não seria mais preciso a lavagem intestinal e a tricotomia, ficou muito assustada, pois tudo o que havia aprendido na faculdade era o contrário disso. Com aquele ponto de interrogação na cabeça, ela questionou a professora, que apresentou artigos e referências atuais. A partir daí, a humanização estava cada vez mais presente. Antenada em congressos, descobriu, por exemplo, que a posição ginecológica é inadequada para o nascimento do bebê. Para ela mudar a sua prática foi muito fácil. Quando ouviu também que a episiotomia não precisava ser feita, logo disse: – Nossa, mãe! Que legal, eu nunca gostei mesmo de fazer esse negócio. A partir daí, uniu o útil ao agradável. Sentindo-se realizada ainda na faculdade na área de pré-natal, ela já sabia que tudo isso era o que ela queria seguir na profissão. E quando foi para a prática, entendeu que era exatamente isso que queria para a sua vida. Katia trabalhou muitos anos em grandes enfermarias de São Paulo, era reconhecida e valorizada pelo seu profissionalismo e tinha estabilidade profissional. Mas ressalta que, além do conhecimento técnico em enfermagem, é preciso ter sensibilidade: aquela de olhar nos olhos e se colocar no lugar da gestante. Ela afirma que existem poucos profissionais com esse olhar. Quando eu lhe perguntei sobre a sensação de participar de um parto, seus olhos brilharam e o sorriso estampou em seu rosto. Com muito amor e carinho, ela disse que o parto é um momento único, que não se repete nunca mais, mesmo que seja o 15° filho de uma mesma mulher. – Quando estou no cenário do parto e presencio o bebê nascer, principalmente quando é em um ambiente doméstico, percebo que aquela casa está com uma atmosfera cheia de amor. Eu fico emocionada e, em mui-

tos casos, choro de alegria. – Eu nunca entro em uma casa e saio igual. Em cada nascimento, é como se eu recebesse uma mensagem de “olha a vida se renovando”. É como se a cada nascimento eu me sentisse parindo junto com aquela mulher. E, quando o bebê nasce, não é só a mãe e o pai que ficam emocionados, a parteira e a equipe se emocionam também. – Outra sensação que eu sinto é como se um vidro de perfume muito precioso fosse derramado e colasse em tudo, deixando todos impregnados com aquele perfume. Carregamos esse aroma quando vamos para nossa casa, é um êxtase de alegria que fica em nós durante muitos dias. Quando ela ouve alguém dizendo que acha um horror essa história de parto normal, parto em casa, ela pensa: “Meu Deus, coitadinhos. Não sabem o que estão perdendo. Não sabem a maravilha que é participar de um parto”. Quem não conhece o parto humanizado e participa de um, nunca mais será a mesma pessoa, porque o sentimento de amor contagia a todos. – Quando eu descobri a obstetrícia, já me sensibilizava muito, mesmo achando algumas coisas estranhas, como empurrar a barriga da gestante para o bebê nascer, por exemplo. Mas quando descobri a humanização e depois que eu me deparei com o primeiro parto natural domiciliar, percebi como é lindo esse momento e que o bebê sabe o que fazer. A partir desse primeiro parto, ela descobriu que não podia mais sair desse cenário maravilhoso e que precisava se preparar para os próximos partos que estariam por vir. Faz dez anos que ela não consegue mais voltar a trabalhar em hospitais. O amor pelo parto humanizado domiciliar falou mais alto em sua vida, porque em hospitais não se consegue a mesma tranquilidade que se tem em casa. A lei do exercício profissional de enfermagem dá autonomia para a enfermeira obstetra ter total controle para fazer um pré-natal da gestante de baixo risco ou, como é chamado, risco habitual, pois o risco sempre

existe e pode acontecer, porém, quando ocorre alguma complicação, o médico é chamado, já que ele trata da parte patológica do parto. O papel da enfermeira é a vigilância do bem-estar materno e fetal durante o trabalho de parto. Esse profissional precisa saber identificar se a mulher realmente está em trabalho de parto, se a contração que ela está tendo é fisiológica ou está em ritmo alterado. É necessário saber sempre o que fazer em todas as situações. É fundamental que uma mulher entre em trabalho de parto, mesmo que ela já tenha passado por uma cesárea. Quando a mulher engravida, um coquetel de hormônios é preparado para ser despejado no corpo dela, e quando ela entra em trabalho de parto, esses hormônios, que são chamados de hormônios do amor, principalmente a ocitocina e a prolactina, são despejados pelo cérebro, fazendo com que a mulher acione todo lado instintivo, o que é muito importante para a interação mãe e bebê. A mulher precisa ter a sensibilidade de perceber as necessidades do bebê, mesmo que ela nunca tenha sido mãe. Isso só acontece quando ela recebe a ocitocina endógena, através do parto. Por isso não adianta o hospital colocar a ocitocina sintética, pois o cérebro só atende à ocitocina natural. A mulher é beneficiada por receber esse coquetel de hormônios, pois eles a protegem, por exemplo, de uma depressão pós-parto. Hoje os estudos já comprovam que é dez vezes maior o número de depressão pós-parto em mulheres que fazem cesária do que em mulheres que tiveram um parto normal ou natural. Durante o processo do parto, as contrações que a mulher sente treinam o pulmão do bebê para respirar depois do útero. O que faz a mulher entrar em trabalho de parto é a maturidade do pulmão do bebê. Então, quando o pulmão do bebê amadurece, são eliminadas no líquido amniótico algumas substâncias que, quando são elevadas, propiciam algumas implicações na parede do útero, causando, assim, as contrações. Quando a gestante entra em trabalho de parto, o bebê


está dizendo: “Mamãe, meu pulmão está preparado. Chegou a hora. Estou preparado para nascer”. Cerca de 20% dos bebês que nascem de cesarianas evoluem quadros de desconfortos respiratórios e, às vezes, precisam ir para a UTI. Isso acontece porque não foi respeitado o tempo de amadurecimento do pulmão do bebê. Dessa forma, ao logo da vida dessa criança, ela pode ter asma, bronquite ou doenças relacionadas à imaturidade do seu pulmão, porque foi “arrancando antes do tempo”. A natureza é perfeita, e quando a gente interfere no curso natural, pagamos um preço. Não que eu seja contra a cesariana, ela está aí para salvar vidas e é muito bem-vinda, quando é feita na hora certa. O que não justifica é sermos o país número um do mundo em partos cesáreos. Não é justificável também ter tanta morte neonatal e várias mortes maternas por causa desse procedimento. Todas as intervenções têm um alto custo. Quando um bebê nasce de parto humanizado, seja natural, seja normal, seja domiciliar, seja hospitalar, o bebê está recebendo a marca da mãe e não está sendo “violentado”. Os benefícios disso são um bebê que tem mais interação com a mãe, uma criança mais calma e que tem uma melhor comunicação. No entanto, o bebê que recebe a marca da separação da mãe pelas intervenções é marcado para sempre, como se fosse uma tatuagem na sua mente: “O que recebi?”, “Que mundo é esse?”. Isso fica no subconsciente da criança, ao ponto de projetar isso para a sua vida adulta.

Médica Obstetra Dra. Rosana Fontes A médica obstetra Dra. Rosana Fontes, Formada pela USP/SP há 13 anos. Mora em são José dos Campos/SP há seis anos, mas é natural de São Paulo. Possui formação em Gestação de Alto Risco, Acupuntura e Gestão de Empresas. O parto humanizado entrou na sua vida há dois anos e meio, quando estava bem descontente com o modo de atendimento e trabalho que tinha aprendido na faculdade, na época em que estava quase desistindo da Medicina. Então, quando ela conheceu

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Foto: Cristiane Pereira

esse novo modo de atendimento e viu os partos desse modo, conseguiu estruturar uma nova rotina de trabalho e ser mais feliz. Hoje ela atende somente a partos hospitalares, no Hospital São Francisco de Assis, em Jacareí/SP, onde também faz plantões atendendo pelo SUS. A sua equipe é formada por duas obstetrizes e uma pediatra, mas recomenda que a gestante tenha uma doula para ajudar a aliviar as dores do parto e dar suporte na amamentação. Ela afirma que os procedimentos que são realizados no parto normal podem também ser realizados no parto humanizado, como o rompimento da bolsa, analgesia de parto, parto fórcipe, cesárea, ocitocina, mas eles só são realizados com o consentimento da gestante, após explicadas as indicações para a sua realização. Toda decisão sobre os procedimentos deve ser partilhada entre todos, inclusive nos casos de urgência, no qual, embora haja pressa para a conduta, sempre há tempo para esclarecimentos. O parto humanizado permite que a gestante tenha livre movimentação, procurando posições melhores para o alívio da dor e para o parto. No parto, as posições verticais são mais favoráveis para o nascimento do bebê. A mãe não é impedida de se alimentar, pois se alimentando a sua energia irá aumentar para o parto. São utilizados bola, banheira, massagens e outros métodos não medicamentosos como primeiras opções para o alívio da dor, antes de oferecer uma analgesia. Para Rosana, uma cesárea sem indicação feita fora do trabalho de parto pode aumentar a chance de hemorragias para a mãe, infecções da cirurgia, internações em UTI e complicações para a gestação futura, como rompimento do útero e placenta baixa. Para o bebê, como não há indícios de que ele está pronto para nascer, ele pode ter complicações respiratórias e mais internações em UTI. Além disso, os estudos afirmam que a cesárea está mais relacionada na ocorrência

de doenças na vida adulta, como hipertensão, alergias, diabetes, obesidade, asma, doenças reumatológicas, entre outras. Isso precisa ser informado para a mulher quando ela opta pela cesárea eletiva, pois a maioria não faz ideia de que isso pode acontecer com seus filhos. A cesárea é indicada somente nos casos de placenta prévia; quando o bebê está de lado; quando, no momento do parto, ocorrer descolamento da placenta, prolapso de cordão e sofrimento fetal. As outras indicações, como bebê pélvico, hipertensão, diabetes, alteração de líquido, por exemplo, são relativas e não absolutas. No atendimento humanizado, respeitamos muito as evidências científicas, mas também procuramos focar o pré-natal na troca de informações. Saber como está sendo a gravidez, os sintomas, como está sendo o preparo para o parto, para o pós-parto e para a amamentação. Procuramos ajudar no que for necessário. Para concluir, ela diz que um parto vaginal tem uma recuperação mais fácil, ainda mais se não houver nenhuma laceração no períneo. Não havendo cortes, em dois dias a mulher já está com menos sangramento e pode voltar a fazer as atividades do dia a dia, facilitando os cuidados com o bebê. Além disso, na mulher que tem um parto vaginal, o colostro – que é o leite inicial – desce com mais facilidade. A cesárea tem uma recuperação mais lenta, de uma semana a um mês, dependendo da mulher. Ela só pode fazer esforços mais intensos após um mês da cirurgia. Tem que cuidar da cicatriz com lavagem e observar sinais de infecção. Na cesárea, o sangramento é maior e ela pode ficar mais cansada e com anemia. Para os dois tipos de parto, a amamentação pode ser bem difícil, pois depende da pega do bebê e do tipo de mama da mulher, e todas precisarão de apoio para se adaptar à nova rotina com o recém-nascido.


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JÚLIA DE OLIVEIRA 25 ANOS A história de Júlia de Oliveira, 25 anos, formada em Rádio Tv, casada com Luis Henrique e mãe da primogênita Maria Luisa, de dois anos, é semelhante as duas histórias contadas anteriormente: o amor incondicional pelos filhos e o desejo de um parto respeitoso. Júlia sempre dizia que, quando tivesse um bebê, ele nasceria em casa. E não é que seu sonho de ser mãe se tornou realidade mais rápido do que ela imaginava! A partir daí, ela conversou muito com uma amiga enfermeira sobre o parto natural e em casa. Depois disso, juntamente com seu marido, começaram a pesquisar também sobre o parto natural domiciliar e assistiram ao filme “O renascimento do parto”. Júlia tinha a sua ginecologista de confiança e estava fazendo exames de rotina antes de engravidar. Mas quando ela voltou na médica para fazer o preventivo, contou que estava grávida. Em seguida, a Dra perguntou sobre a sua última menstruação, fez algumas contas e agendou a cesárea, sem perguntar ao casal se eles pretendiam fazer um parto cesário. Depois desse ocorrido, Júlia conta que nunca mais voltou nessa médica. A partir daí, eles passaram a procurar outro profissional, que fosse a favor do parto vaginal. Depois de muita procura, encontraram um médico que respeitava a vontade deles, porém o mesmo saiu do hospital em que trabalhava, sendo substituído por outra médica. Como Júlia já estava com um atendimento agendado, ela e seu marido foram para a consulta, com o intuito de conhecê-la. E acabaram iniciando o pré-natal com ela. Nesse período foram conversando também com uma equipe humanizada de São José dos Campos, formada por uma doula e uma enfermeira obstetra. Por fim, as ideias da médica obstetra já não estavam condizendo com o que a equipe humanizada falava. Júlia começou, então, a fazer tudo o que a equipe a orientava. Ela sabia que era o certo. Logo depois, ela conheceu outra médica obstetra que também era a favor do parto humanizado e passou a fazer suas consultas com ela. Os acompanhamentos com a doula e a enfermeira obstetra foram contínuos nas 37 semanas de gestação. A equipe fazia uma ponte entre a médica obstetra e passava todas as informações sobre a gestação. Ela conta que nos acompanhamentos

Foto: Elisabeth Cathermol

eram feitas massagens relaxantes, colocavam músicas de fundo, mediam a barriga, ouviam os batimentos do bebê e até tomavam café da tarde juntas. Júlia conta que teve muitos pródromos, tendo também uma contração atrás da outra. Um belo dia, ela achou que estava em trabalho de parto e informou à equipe. A enfermeira obstetra e a doula foram o mais rápido para a casa dela. Mas assim que chegaram, viram que não era o momento do nascimento. Elas disseram: -Vamos esperar mais um pouco, é só sua ansiedade.” E então ficaram um bom tempo no quarto com ela, fazendo massagens relaxantes. A cada mudança de lua, ela sentia muitas contrações, mas o trabalho de parto não evoluía. Um dia antes do nascimento da sua filha, seu marido viajou a trabalho. No dia 28 de setembro de 2014, Júlia acordou com muita dor. Vieram uma, duas, três... E começou o trabalho de parto. Nesse momento, sua sogra ligou para o marido de Júlia para saber se ele já estava voltando de viagem e deu a notícia de que Júlia estava entrando em trabalho de parto. Após a ligação, a sua amiga obstetriz, a doula, a enfermeira obstetra, a fotógrafa e a mãe de Júlia foram o mais rápido para sua casa, para acompanhar o parto. Júlia estava muito preocupada com a chegada do seu marido. Nesse momento ela começou a rezar e a conversar com Maria, e falou: -Filha, vamos esperar o papai chegar. O papai quer muito ver você nascer. Quando eu recebi a notícia de que ele estava entrando em Cachoeira Paulista, chorava muito e pensava: “Deu tempo.” Até que, às 14h, o seu marido conse-

guiu chegar em casa. Assim que chegou, logo entrou na piscina com ela. Então o trabalho de parto engrenou e Maria Luisa nasceu às 19h45, ou seja, Júlia havia ficado doze horas e meia em trabalho de parto. Ela conta também que, quando a cabecinha da sua filha apontou, veio uma contração e ela falou: “Vem, filha, essa é a última”, e ela nasceu. Em seguida, seu marido a colocou nos seus braços. – Ele chorava muito. Júlia fala que o parto é o nascimento da mãe e do pai também, porque ambos amadurecem nesse momento. Ela diz que todos os medos e inseguranças que possam vir na gestação, no momento do parto, se acabam. Além disso, ela afirma que o parto é algo transformador e que toda mulher deveria passar pelo parto natural. Ela conta também que depois de meia hora o cordão umbilical da sua filha parou de pulsar e seu marido o cortou: -Eu acho um momento simbólico tão importante o pai cortar o cordão. Logo depois, a placenta saiu. – Eu vi a placenta, só não peguei nela porque eu não queria desgrudar da minha filha. Após esse momento, Júlia foi andando da piscina até o seu quarto, tomou banho e jantou. – Ser mãe é abrir mão do que você é e de tudo que você quer. É abrir mão do egoísmo natural que todo ser humano tem, por causa da sua filha, reflete. Júlia finaliza a nossa conversa relembrando: -O trabalho de parto é algo tão “louco” que você vai para a chamada “Partolândia”, porque você se desliga totalmente do mundo real. É como se fosse um mundo paralelo.”


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FELIZ NATAL!

PRÓSPERO ANO NOVO!


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Suplementos alimentares para mulheres – será que têm diferença?

O perfil das mulheres há muito tempo vem mudando, não sendo mais aquele estereótipo de dona de casa ou de não ter uma profissão considerada masculina. Cada vez mais conquistam o seu espaço e o mesmo acontece com o padrão de beleza, podendo ser comprovado pelo número de mulheres em academias, que também pegam pesado nos treinos. Algumas mais pesado que muitos homens, inclusive. Na busca pelo corpo sarado o consumo de suplementos alimentares pelo público feminino também aumentou, com as empresas tratando de lançar linhas exclusivas para elas. Mas será que tem diferença? Os homens também podem usar ou será que vão virar “mocinhas” se consumirem?

Em tese, os suplementos alimentares em geral podem ser usados por ambos os sexos, diferenciando apenas com relação a quantidade ingerida, de acordo com o perfil e objetivos da pessoa. O que é possível encontrar no mercado são produtos enriquecidos com nutrientes que vão agir nas principais deficiências das mulheres, atuando nas peculiaridades do corpo feminino. Além disso também existe o trabalho de marketing dos fabricantes, com embalagens diferentes e voltadas para as mulheres, o que dificilmente faz um homem procurar por um produto tido como feminino. A diferença entre eles existe, mas não é nada tão grandioso como pode parecer e no caso de um homem consumir não vai se tornar mais feminino por esse

motivo. Caso esse seja o seu objetivo, não use suplementos femininos porque não vai adiantar nada, ok? Na prática, embora a diferenças entre os suplementos tradicionais e os considerados femininos sejam pequenas, pode-se perceber uma boa aceitação das mulheres em consumir os produtos destinados a elas. Se as coisas mudam, nada mais comum e normal do que adequar-se as mudanças. No caso dos suplementos alimentares aconteceu a mesma coisa, com produtos desenvolvidos exclusivamente para o público feminino. Não se esqueça de consumir suplementos alimentares sempre sob orientação de um profissional de saúde, adequando de acordo com o seu perfil e objetivo.

Nilo Silva - Fitness Coach www.nilosilva.com.br


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O uso racional de fitoterápicos na área de estética

Atualmente a obesidade é um problema de saúde pública além de estar fora dos padrões de beleza impostos pela mídia e sociedade. A procura por alternativas naturais é crescente visto que no conhecimento popular estas substâncias não apresentam efeitos colaterais além de que para muitas pessoas esta alternativa pode solucionar um qu adro de obesidade como um passe de mágica. Um fator que incentiva o uso de fitoterápicos são as propagandas atrativas que os laboratórios utilizam como fonte de marketing, sempre associando fotos de pessoas com corpos esculturais e a descrição apenas de efeito benéficos dos produtos.Na nutrição esportiva é comum a associação de fitoterápicos a dieta com a finalidade da melhoria da composição corporal (perda de gorduras e ganho da massa muscular). O baixo custo e a fácil aquisição são outros atrativos que levam a população a utilizar estes recursos. As ações terapêuticas esperadas relacionadas à obesidade podem estar re-

lacionadas ao controle do apetite, aceleradores metabólicos, diminuição dos níveis séricos do colesterol entre outras. Apesar de muitos fitoterápicos ainda não terem comprovação científica na área de estéti ca vejo o uso destas substancias como um forte aliado para o controle da obesidade, desde que utilizadas racionalmente e prescrita por um profissional da área de saúde que conheça muito bem sobre estas substâncias. No Brasil são vários fatores que dificultam a implementação da fitoterapia e entre eles podemos destacar a falta de disciplinas relacionadas a estes nos cursos de medicina e também pela falta de avaliação da segurança e eficácia das plantas nativas. A prescrição racional dos fitoterápicos deve ser promovida, pois a utilização inadequada, sem conhecimento sobre a posologia, interações medicamentosas e toxicidade podem acarretar sérios prejuízos à saúde pela alteração da função orgâ-

nica e interferência nos fármacos quando utilizados simultaneamente. Outro fator determinante no sucesso da fitoterapia é o incentivo a pesquisas na área para que mais conhecimentos comprovados pela ciência nos embasem a fazer uma prescrição mais consciente e responsável. É necessário alertar a população de que existem efeitos colaterais advindos do uso irracional e que para mudar a composição corporal deve se primeiramente melhorar os hábitos alimentares e associa-los à prática de atividade física.

Francisco Zaltsman Nutricionista Especialista em Fisiologia do Exercício Especialista em Fitoterapia Aplicada Facebook: /chico.zaltsman


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Torta de Nozes da Gabriela INGREDIENTES: Massa 6 ovos 6 colheres (sopa) de açúcar 6 colheres (sopa) de farinha de rosca 6 colheres (sopa) de nozes trituradas Bater bem os ovos, claras e gemas juntas, na batedeira em velocidade alta, até virar um espuma consistente. Diminuir a velocidade da batedeira e acrescentar o açúcar aos poucos, batendo até conseguir um creme fofo e esbranquiçado. Desligar a batedeira e colocar a farinha de rosca alternado com as nozes trituradas, aos poucos, mexendo levemente até incorporar à massa. Despejar em uma assadeira retangular N.02 untada com manteiga e polvilhada com farinha de rosca. Assar em forno médio, 200°C, durante mais ou menos 30 minutos.

Deixar amornar para desenformar, senão quebra. Fazer duas receitas dessa massa.

Recheio 1 lata de leite condensado 2 latas de leite de vaca 3 colheres (sopa) de chocolate em 2 gemas 2 colheres (sopa) de maisena 150g de nozes trituradas 1 cálice de licor de cacau (opcional)

Bater tudo no liquidificador, menos as nozes, e levar ao fogo baixo em uma panela média, mexendo sem parar até engrossar. Desligar o fogo e despejar as nozes trituradas. Se quiser, acrescentar um cálice de licor de cacau ou similar. Deixar amornar para rechear. Calda

1 xícara (chá) de leite morno 1 colher (sopa) de leite em pó 1 colher (sopa) de açúcar ½ cálice de licor de cacau (opcional) Misturar tudo muito bem e umedecer os dois bolos com essa calda. Cobertura 500ml de creme de leite fresco 4 colheres (sopa) de açúcar 1 colher (sopa) de baunilha Misturar tudo na batedeira (o creme de leite fresco deve estar bem gelado) e bater até conseguir o ponto de chantilly (mais ou menos 4 minutos). Montagem Colocar um bolo já umedecido sobre uma bandeja. Despejar todo o creme de nozes sobre ele. Enfeitar toda s torta com o chantilly e com nozes inteiras e trituradas.

Beth Sampaio Cozinheira Facebook: /bethnossam


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É constitucional protestar tributos - ipva, iptu, ipi, iss pis/cofins, decide stf

No dia 09/11/16 o Supremo Tribunal Federal - STF, decidindo a ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade promovida pela Confederação Nacional das Indústrias, decretou ser Constitucional os governos Federal, Estadual, Municipal e suas Autarquias protestarem Certidões de Dívida Ativa – CDA. O que não era esperado, tendo em vista não haver Lei específica para este ato, se tornou definitivo e deve ser respeitado. Em defesa nesta ação, a Procuradoria disse haver por ano no Brasil, 4,5 milhões de ações de execução fiscal, cobrando tributos em atraso e com o protesto os governos e autarquias recebem de forma mais rápida pela dívida, desafogando o Judiciário. Porém, se o Protesto de Títulos é um meio legal para registrar o não pagamento, deixando comprovada uma inadimplência de pessoa física ou jurídica, não significa que

os governos irão receber pela dívida. Somente pela via judicial, no caso com ação de execução fiscal é que se pode pedir penhora de bens móveis e imóveis, de aplicação financeira e conta bancária e etc. Assim, se por um lado há 4,5 milhões de devedores em ações judiciais, é sinal que há estes devedores, e o “mercado” sabe disto, fato que não impedirá a continuidade de fornecimento e compras de mercadorias pelos consumidores (pessoa física) e com os fornecedores (pessoa jurídica), pois milhares devem tributos no País. Bancos não se negarão a ofertar créditos, abrir contas bancárias, pois o dinheiro precisa girar, o comércio e fornecedores necessitam vender, e protestos de CDA’s não surtirão efeito no mercado, pois do contrário não haverá vendas. Se o intuito desta decisão da Suprema Corte foi de inibir os devedores de tributos,

a situação econômica do Brasil leva ao mercado o entendimento de que esta restrição (protesto de CDA) é fato comum na atual conjuntura, o que não impede a continuidade dos negócios. Não podendo pagar o protesto, os governos terão de acionar o judiciário para receber, onde o leitor deve ficar atento para observar a “prescrição” da dívida e não necessitar pagar por ela. Ressalto que esta observação também cabe nos protestos já realizados e nos que vierem, pois a gana dos governos de receber está levando a protestos, CDA’s com tributos já prescritos. O que domina o mercado é a situação atual, não uma restrição legal, no caso o protesto. O chamado “fio do bigode” volta à tona e garantirá a livre comercialização. Título prescrito não pode ser protestado nem cobrado, e em ambas situações cabe defesa judicial.


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Não deixe ninguém para trás: dicas para viajar com os pets

O final de ano está chegando e muita gente já começou a planejar suas viagens. Seja para passar a virada em algum lugar bacana ou aproveitar o período de férias, essa época é considerada a alta temporada para viajar e movimenta o mercado do turismo. E se você tem um animal de estimação, pode surgir a dúvida: levar ou não o bichinho com você? Não há problema algum em levar seu cachorro ou gato com você em viagens, tanto de carro quanto de avião. Mas são necessários alguns cuidados. Veja algumas dicas para você não deixar ninguém para trás. Viajando de carro • Em primeiro lugar, pense na segurança do seu melhor amigo. O Código Brasileiro de Trânsito proíbe levar os animais na parte externa do veículo ou dirigir com os animais entre os braços e pernas. O mais adequado é transportá-los em uma caixa de transporte, gaiola, presos por um cinto especial ou em uma cadeira adequada para o tamanho do animal. Nada de viajar com eles soltos dentro do carro. • Um dica é andar com o animal de carro antes do dia da viagem, para ele ir se acostumando com o veículo. Após esses passeios, dê biscoitinhos e faça carinho para ele associar o passeio de carro a uma coisa muito legal. • Na viagem, faça uma parada de hora em hora e desça com o bichinho. É importante ele se movimentar, beber água e fazer suas necessidades.

• Nada de alimentar seu amigo durante a viagem: isso pode causar enjoos. Além disso, você pode procurar calmantes naturais em lojas de cuidados para pets. • Leve a carteira de vacinação e um atestado de trânsito emitido por um médico veterinário. Ele deve ser feito e assinado pelo veterinário permitindo que seu bichinho passeie por aí de carro. Esses documentos são obrigatórios. Viajando de avião • Se a viagem for nacional é preciso levar um atestado de saúde comprovando a imunização contra a raiva. A vacina deve ser tomada com pelo menos 30 dias de antecedência da viagem e o atestado deve ser assinado por um veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária. • Seu amigo não humano poderá ser transportado tanto no compartimento de carga quanto na cabine de passageiros junto com você. Depende da companhia aérea. Pode ser necessário ainda fazer uma reserva para o animal e pagar uma taxa.

• No aeroporto, os bichinhos devem usar focinheira. Dentro do avião, eles devem permanecer na caixa de transporte. • Em viagens internacionais, além das recomendações acima, é necessário também apresentar o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) que precisa seguir as exigências sanitárias do país de destino: cada país exige diferentes normas. Pesquise isso com antecedência para não correr risco de deixar seu amigo para trás no dia da viagem. Viajar com animais dá trabalho, mas é uma boa opção para quem não consegue ficar longe do melhor amigo. Porém, se você perceber que o seu cachorro fica irritado e impaciente ao andar de carro ou não reage bem a mudanças em geral, a melhor opção é não viajar com ele. Deixe ele na casa de algum familiar, amigo ou até vizinhos. Também existem hotéis e opções de hospedagem para o seu animal que são boas opções para quem não quer ou não pode viajar com eles. Também é importante contratar um seguro pet, que funciona como um plano de saúde para o seu animal. Caso ele sofra algum acidente ou pegue alguma doença, você terá cobertura para levá-lo a veterinários e exames. Além disso, ele pode ser útil, já que oferece a aplicação de vacinas obrigatórias em caso de viagens com o pet.


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Preenchimento de rugas

• O que são preenchimentos dérmicos? Se você deseja restabelecer a plenitude da juventude em seu rosto, aumentar os lábios, melhorar contornos superficiais ou suavizar os vincos e rugas faciais, os preenchimentos dérmicos podem ser a resposta. Os preenchimentos dérmicos são chamados de “facelifts líquidos”, pois oferecem muitos dos benefícios de um lifting cirúrgico, sem o período de inatividade. Embora possam ajudar com a flacidez da pele em excesso, estes preenchimentos faciais adicionam volume e apresentam resultados imediatos, a um custo menor que a cirurgia. Estes tratamentos não são permanentes, no entanto, podem ser repetidos. Alguns preenchimentos dérmicos são usados juntamente com demais tratamentos de rejuvenescimento tal como injeção de toxina botulínica. Seu cirurgião plástico irá avaliar suas necessidades e recomendar o tratamento adequado às suas necessidades e expectativas. • O que acontece durante as injeções de preenchimento dérmico? Primeiramente, o cirurgião irá ouvilo considerando os resultados que almeja e, em seguida, avaliará a sua aparência facial e o tom de pele, observando as áreas de seu rosto a ser aumentada com preenchimento dérmico. • Mapear uma estratégia Em seguida, o cirurgião irá marcar pontos estratégicos no seu rosto que servirão como guia para localizar os pontos

apropriados para aplicar a injeção de preenchimento. • Limpar a área Os locais de injeção serão limpos com um agente antibacteriano. Em seguida, um anestésico tópico será usado para anestesiar a área, especialmente se você é sensível a injeções. Em alguns casos, o material de preenchimento inclui anestésico na mistura. • Injeção A aplicação das injeções levará, apenas, alguns minutos no total, e apenas alguns segundos por local. • Limpar e aplicar gelo As marcas serão lavadas e lhe será dada uma bolsa de gelo para reduzir qualquer desconforto temporário. Neste momento, você poderá usar maquiagem, no entanto, tome cuidado para não pressionar as áreas tratadas, pois pode resultar na movimentação do preenchimento dérmico. • Informação importante sobre cicatrizes e linhas profundas Estas áreas, muitas vezes, requerem injeções múltiplas para se obter o resultado desejado. Se necessária aplicação mais profunda de injeção, será utilizado anestésico local. Os locais mais comuns que requerem preenchimento mais profundo do tecido são as pregas nasolabiais e as linhas de marionete, bem como para melhorar o volume das bochechas. • Preenchimento dérmico é recomendado para mim?

Preenchimentos dérmicos são excelentes para rejuvenescer a aparência da face, mas não param o processo de envelhecimento. Se você quiser uma solução permanente, converse com seu médico sobre facelift e lift de sobrancelhas. Algumas pessoas optam pelo facelift líquido, até que um lifting cirúrgico seja mais apropriado. É uma ótima maneira de ver algumas mudanças e melhorias em sua aparência tal como a redução de rugas da testa, até que esteja pronto para uma opção cirúrgica permanente. Lembre-se, é preciso se submeter a retratamento com preenchimento dérmico, tal como tratamento antirrugas, para manter a aparência rejuvenescida. • A longo prazo É importante saber que preenchimentos dérmicos não são permanentes. Mesmo a categoria semi-permanente, eventualmente, exigi retratamento. A forma como o rosto envelhece e absorve o preenchimento determinará o tempo de se submeter a um novo procedimento. Se você decidir por não se submeter a um novo tratamento, sua aparência retornará à condição original. Rugas e cicatrizes voltarão e os lábios perderão volume.

Dr. Mario Russano Médico Cirurgião CRM-MG 59194 Facebook: /drmariorussano


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