“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. (João 5.17)
Todos nós fomos feitos por Deus para uma missão no mundo. Jesus entendia perfeitamente isso. Ele tinha uma vida plena e dirigida por um propósito - apresentar Deus às pessoas. Da mesma maneira, quando Deus criou todas as coisas, Ele tinha propósitos para todas as áreas da vida do homem e para a Criação como um todo. Na narrativa de Gênesis, declarou sua intenção de ter comunhão com o homem, vê-lo se relacionando corretamente com a natureza e dar a ele o privilégio de cuidar da criação. Esse foi o primeiro emprego de Adão. O pensamento cristão no decorrer dos séculos, por influência da filosofia grega, passou a defender uma separação entre o sagrado e o profano. Os gregos tinham uma visão que as coisas materiais
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eram ruins e profanas e que a salvação só poderia ser alcançada quando o nosso espírito se libertava das coisas materiais. Santo Agostinho (354 d.C) foi um dos pais da igreja que assimilou esse pensamento grego e a partir dessa premissa do sagrado x secular, reforçada mais tarde por São Tomas de Aquino (1225 d.C), os cristãos passaram a se convencer de que ir à missa era um ato sagrado, enquanto trabalhar era profano. Mas será mesmo que trabalhar pode ser considerado um ato profano? Os preguiçosos de plantão talvez
2020