Habitat 11

IRMÃOS CAMPANA

Design autoral fino e arte irreverente feita a partir de materiais ordinários; conheça os irmãos, que, hoje, moram um na terra e outro no céu

Tendências

Mais afeto para 2023

Mercado

Especialistas apostam em um ano novo quente no mercado imobiliário

Arte&Design

Um circuito pela Curitiba retratada por Poty Lazzarotto

Adupla de designers mais legal do planeta é nossa, só que agora com Humberto trabalhando aqui da terra e Fernando inspirando lá do céu. Os Irmãos Campana, esses dois abusados que há quase 40 anos brincam com as possibilidades, subvertem valores, se deleitam com rejeitos e materiais simplórios, são indissociáveis. Eles mostraram para o mundo que a beleza e as oportunidades estão em todo lugar, basta ter coração e mente prontos para perceber. E o humor, a imprevisibilidade e o espírito crítico deveriam ter lugar de honra na nossa história. Esse papo é sério, porque pode ser transformador para o indivíduo e para a comunidade que o cerca.

Essa é uma boa lição para este momento do ano, em que

EXPEDIENTE

as contas estão sendo feitas e os planos traçados. E para esse exercício é preciso abrir o coração. Mais amor, por favor. Por nós, pelo outro, pelo planeta. Este é o sentimento que vai nos levar pelos melhores caminhos e que a nossa cool hunter, Paula Abbas, identifica como a única e melhor certeza dessa vida. Sem isso, tudo fica sem sentido.

Analistas do mercado fazem as contas, as previsões e apostam em bons ventos. Traduzindo isso em atitudes, é hora de criar, olhar tudo com mais esperança e se dispor a enfrentar os desafios. Afinal, são eles que nos movimentam e nos permitem reinventar e fazer tudo novo e de um jeito diferente.Transformação ativada! Bom ano a todos!

Publisher: Cíntia Peixoto, cintia.vieira.peixoto@gmail.com e (41) 99225-7610

Comercialização: Saltori Mídia Estratégica, saltori@saltori.com.br e (41) 99996-9995

R SALTORI REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS LTDA | 05.552.266/0001-60

Contato: arevistahabitat@gmail.com

Direção de arte: Igor F. Dranka

Edição: Larissa Jedyn

Redação: Larissa Jedyn, Isabela França, Silvia Dias

Redes sociais: Cristina Fontoura Consultoria, consultoriacristinafontoura@gmail.com - /acristinafontouraconsultoria

Fotos: Estúdio Campana, Solar do Rosário, Celso Pilati, Ricardo Bassetti, Raquel Lima, Antonio More, Patrícia Amancio, Priscila Fiedler, Gerson Lima, Larissa Sene, Marcelo Elias, Valterci Santos.

Marca registrada: Capelatto Marcas e Patentes

Revista

Dezembro e janeiro de 2023 34

14 CAPA.

24 MERCADO.

Especialistas no mercado imobiliário analisam 2022 e fazem apostas para o ano que vem 38 RETROSPECTIVA.

32 ENTREVISTA.

Presidente da Ademi-PR, Luiz Gustavo Salvático, aposta em bons ventos para 2023

A viagem de um ano pelas edições da Habitat

Um Campana na terra e outro no céu: a arte irreverente e cheia de brasilidade 44 TENDÊNCIAS.

Subjetividade, afeto e gentileza. Conheça as palavras de 2023 nas apostas de Paula Abbas 54 É DESIGN.

O encontro entre o conhecimento técnico e a criatividade da BeauBureau

SOBRE MORAR.

Apê cheio de classe da jornalista Isabela França

ARTE & DESIGN.

Retratos de Curitiba na arte de Poty Lazzarotto

LUGAR INCOMUM.

Second hand está na moda da casa

GASTRONOMIA.

Pastry Lab, uma doceria ultramoderna

REFÚGIO.

Uma cave no fim do túnel 90 MUNDO.

Roteiro de hotéis independentes promove o turismo regenerativo 108 PONTO DE VISTA.

Raphaell Valença, do Architects Office, faz uma conexão entre marcas, pessoas e negócios

Equipe

CINTIA PEIXOTO

Publisher

Cintia Vieira Peixoto é a nossa publisher e conta com mais de 20 anos de experiência no mercado editorial local e nacional

Comercial RENATO SALTORI

Renato Saltori é o diretor comercial da Habitat, e atua há muitos anos no mercado editorial de publicações de clubes

IGOR DRANKA

Diretor

de Arte

Designer com mais de 10 anos de experiência no mercado editorial de impressos

Editora LARISSA JEDYN

Larissa Jedyn é jornalista, editora da Habitat e com experiência no mercado de revistas

ROGERIO SALTORI

Comercial

Atendimento comercial da Saltori Mídia Estratégica.

Comercial MARIO RIBEIRO

Atendimento comercial da Saltori Mídia Estratégica.

CESAR FRANCO

colunista PAULA CAMPOS

Paula Campos é arquiteta e home hunter. Ela assina a coluna Sobre Morar com Gabriela Riet

CRISTINA FONTOURA

colunista

Cristina Fontoura, trend hunter e especialista no mercado de luxo, é quem comanda o instagram da Habitat

RODOLPHO GUTTIERREZ

colunista

Rodolpho Guttierrez é designer, empresário, conselheiro do Centro Brasil Design e assina a coluna É Design na Habitat

ISABELA FRANÇA

colunista

Isabela França é jornalista, mas poderia ser arquiteta, marchand ou chef de cozinha. Sempre com um largo sorriso no rosto, sua marca registrada, assina textos sobre arte no time da Habitat.

colunista

Cesar Franco é relações públicas e é o colunista social da Habitat

Instagram

@revistahabitat

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por Cristina Fontoura Coluna INSTAGRAM

MASP reinaugurou em 1968 com casa nova na Avenida Paulista, no icônico projeto de Lina Bo Bardi, que se tornou um marco na arquitetura do século 20.

Cabral,assinado por grandes nomes como Triptyque Architecture, Escritório Burle Marx, BST Arquitetura e Studio Regina Bruni. MDGP incorporadora

| Museu Oscar Niemeyer há 20 anos abria o olho para tudo à sua volta e as portas do seu coração feito de arte de qualidade.

Lapinha SPA celebra 50 anos de pioneirismo em medicina integrativa no Brasil.

Art Basel Miami 2022 comemora seus 20 anos de realização. Neste ano, a feira reúne 283 galerias de 38 países. Dentre elas, 16 são brasileiras.

designer e arquiteto Fernando Campana, irmão de Humberto Campana, deixa um legado e reconhecimento internacional pelo seu design de mobiliário e peças intrigantes.

CAMPANAS EM AÇÃO CAMPANAS EM AÇÃO CAMPANAS EM AÇÃO

Um no céu e outro firme na terra, os Irmãos Campana fazem sucesso com sua obra irreverente, cheia de brasilidade e que cunha o conceito da irreverente “estética da gambiarra”

Adupla brasileira de designers mais conhecida do planeta, os irmãos Campana é feita, agora, de um homem só. Fernando Campana, o irmão mais novo, morreu em outubro, deixando Humberto na condução da criação, do trabalho e da história de mais de 35 anos de carreira dos dois. Eles foram os primeiros a verem arte onde não se via valor. Os Irmãos Campana, podemos assim dizer, foram precursores na utilização de matérias-primas descartáveis e ordinárias em peças de design fino, marcadas pela autoria, ousadia, espírito contemporâneo e apreço pelo desafio.

Fazer o mesmo nunca foi uma opção para eles. Nem no início. Foi o teatro que levou Fernando Campana, paulista de Brotas, de 1961, ao curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, movido pela vontade de trabalhar com cenografia. Quando se formou em 1984, começou a parceria com o irmão Humberto, nascido em 1953, advogado, vejam só. Juntos, fizeram uma primeira coleção de cadeiras de metal, batizada de Desconfortáveis. Humor, ironia, provocação e até uma aparente incoerência foi a escolha dos dois desde sempre. Não bastava beleza, funcionalidade e valor agregado para o design perfeito.

Era preciso personalidade, opinião forte e altas doses de desconforto. Coisa que agradou de cara a revista italiana Domus, que publicou uma matéria elogiando a originalidade e a irreverência dos dois. Foram chamados para fazer uma coleção para a também italiana Edra e emendaram uma exposição no MoMA, o Museu de Arte de Nova York. Daí para o mundo foi um pulo: ganharam mostras individuais na Europa e a arte dos Campana passou a integrar acervos permanentes importantes, como o do parisiense Centro Georges Pompidou, o do londrigo Design Museum, e do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio.

Tanta inventividade e criação eram movidas por inconformismo. Afinal, cada um carrega suas bandeiras - ou seriam cadeiras? Foi com elas, aliás, que ficaram famosos, mas passearam também pela escultura, joalheria, cenografia, design de interiores e paisagismo, tudo marcado, devidamente, pela intervenção criativa feita a partir de materiais simples, como papelão, borracha, plástico. O doido é pensar que os Irmãos Campana, abusados, misturavam luxo e lixo, fazendo cadeira de design autoral com restos de madeira e criando a impensável “estética da gambiarra”, termo cunhado pelo artista visual Vik Muniz.

Sobre o processo de criação conjunto, Humberto disse certa vez que os desentendimentos vinham e iam. “Aprendemos qual é o espaço de um e de outro. O que pode ser falado, o que deve ser guardado. Mas já brigamos muito, como crianças”, respondeu em uma entrevista ao jornal O Globo.

LEGADO

Fernando e Humberto criaram o Estúdio Campana, famoso que só e responsável por espalhar o design dos dois pelo mundo, e o Instituto Campana, que preserva a obra e promove a inclusão social. “Queremos criar pontes, com processos artesanais que estão fragilizados na sociedade. Tentamos valorizar e resgatar processos manuais e comunidades de artesãos que trabalham para nós”, comentaram os dois na época da fundação.,“Se a gente trabalha com quem está do nosso lado, com as pessoas menos favorecidas, não cria barreiras, e até cria uma produção sustentável.”

Estava nos planos também construir um centro cultural em Brotas, com direito a museu a céu aberto, jardim, escola e área de preservação ambiental.

CRIADORES E CRIATURAS

A lista de criações é enorme, as cadeiras e as poltronas são icônicas - tanto que, uma delas, a Banquete, criada em 2002 com pelúcias de leões, tigres, crocodilos e golfinhos, foi comprada por 50 mil euros num leilão no exterior. Agora, dê uma olhada nessas obras irreverentes, donas de uma brasilidade provocante inegável.

“Desconfortáveis” – 1989

“Jardim Suspenso”, 2019

1 Poltrona Vermelha (1995), 2 Cadeira Favela (1991), 3 Cadeira Multidão (2002)

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1 Balanço Cocoon (2015), 2 Mesa Estrela (2015), 3 Poltrona Corallo (2003), 4 Sofá Cipria (2009)

5 Escultura Lagosta (2017), 6 Poltrona Sushi (2003), 7 Poltrona Banquete (2002), 8 Sofá Kaiman Jacaré (2006)

EM MEIO A NÚMEROS E INSPIRAÇÕES

Três especialistas analisam passado, presente e futuro do mercado imobiliário

Oano de 2022 para o mercado imobiliário foi o segundo melhor ano da história, perdendo só para 2021. Isso se refere a acesso para financiamentos, volume de vendas, vários indicadores que mensuram o grau de atratividade do mercado. Mas, por trás dos números, há novos conceitos no ar, que falam mais de bem-estar, qualidade de vida, sensação de pertencimento, ganhar as cidades e sustentabilidade. Ouvimos três especialistas, que, entre números e inspirações, analisam passado, presente e futuro.

ONDE A VIDA ACONTECE

Para Guilherme Werner, sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica, a pandemia fez com que as pessoas buscassem realizar o sonho de lar acolhedor, de afetividade, afinal, é onde a vida gira, é onde a vida acontece. Essa revalorização do lar fez com que novas necessidades acabassem sendo percebidas e alguns aspectos acabam sendo mais valorizados, como a sustentabilidade, o bem-estar, o conceito de wellness embutido nos empreendimentos, a qualidade de vida, os aspectos paisagísticos e biofílicos, os refúgios

urbanos. “Isso não é capaz de frear ou acelerar o mercado como um todo, mas isso ajuda muito na percepção de valor que o consumidor dá para um determinado produto imobiliário e como esse produto se diferencia de outros produtos na região. Exemplo, eu tenho um produto que custa X e o vizinho custa X + alguma coisa, mas não tem aspectos de sustentabilidade, não tem conceitos arquitetônicos, não tem vida por trás do tijolo, naturalmente o conceito por trás do cimento e do tijolo fala mais alto no processo decisório de compra”, comenta.

Esses conceitos, impactam, sobretudo, em dois conceitos centrais: aumento de velocidade de vendas e aumento de percepção de preço e percepção espontânea de valor, ou seja, precificando melhor, é possível repassar o preço conforme o custo. “Se me custa X milhões de reais um melhor projeto, eu consigo lá na ponta repassar isso, porque o cliente tem uma percepção positiva disso. Então os grandes dois impactos desses novos anseios é aumento de velocidade de venda e aumento de preço percebido.”

Em 2023, os patamares novos de valores devem aumentar. “Nós estamos em momento de crescimento de preço, mas os valores aumentaram. Seja por insumo ou escassez de terreno. Então, aquele que precisa comprar, não deve esperar. Sobre as tendências de consumo, eu acho que haverá um equilíbrio melhor entre verticalização e condomínios horizontais, imóveis compactos e imóveis maiores”, aposta.

ACELERANDO

Segundo Jean Oliveira, Diretor da Brasal Incorporações em Brasília, o mercado se comportou em 2022 de uma forma firme e, mesmo com os índices de inflação subindo, os insumos subindo, as construtoras não tiraram o pé do acelerador e fizeram seus lançamentos para atender a demanda reprimida no cenário nacional. “Encerramos o ano com os indicadores cumpridos, assim como as metas atingidas, porque todo o planejamento ocorrido em 2021 para 2022 se concretizou. Para 2023, os construtores estão enxergando boas oportunidades, porque muitos investidores já sinalizaram que querem sair do mercado de capital para aplicar em imóveis, que são bens palpáveis, seguros, que valorizam sempre. Ali você pode morar, pode alugar, pode usufruir. Há uma rentabilidade de aluguel crescente, com retorno e garantias, bem seguro.” Para 2023, a expectativa é muito boa e a aposta é de crescimento ou de manutenção do que se conseguiu nos últimos três anos, quando o mercado imobiliário cresceu, em geral, em torno de 20%.

ESTABILIZAÇÃO

Robinson Silva, sócio e diretor do GRI Real Estate, por sua vez, faz uma retrospectiva de 2022 com ênfase no aquecimento do segmento imobiliário residencial. “Os lançamentos no primeiro semestre foram 6% abaixo do comparado com o primeiro semestre de 2021, mas o volume de vendas se manteve aquecido, apresentando resultado de 1,4% acima neste primeiro semestre de 2022 se comparado ao primeiro semestre de 2021. As grandes incorporadoras de capital aberto também apresentaram na média bons resultados para o período”, explica. Já o segmento residencial para renda (locação) continua com novos entrantes e investidores ainda validando as suas teses de investimento e desbravando um mercado que no Brasil há um grande poten-

cial, mas ainda é embrionário. Entre as últimas transações estão investimentos da Hines e Ivanhoé Cambridge. Vale lembrar que outros investidores institucionais como CPP Investments e Brookfield também já fizeram aporte neste tipo de projeto no Brasil.

Para ele, a aposta é que 2023 será um ano melhor do que 2022. “O custo de capital deve estabilizar, as expectativas para o próximo ano devem apresentar uma taxa selic próxima de 10% e as projeções de inflação também em queda, melhor cenário para novas captações em fundos imobiliários além das expectativas de crescimento do PIB embora pequena, é positiva”, comenta ele, enquanto aponta para boas oportunidades de investimento nos setores de shopping center e escritórios corporativos.

BONS VENTOS PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO

O pós-pandemia veio quente para o setor imobiliário, O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Luiz Gustavo Salvático, fez uma análise do ano e aposta em bons ventos no ano que vem

COMO FOI 2022 PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO?

QUAIS FORAM OS FATORES DETERMINANTES PARA ESTE CENÁRIO?

A visão do mercado imobiliário é po sitiva. Curitiba está vivendo um bom momento econômico, a cidade está caminhando para o pleno empre go, a geração de renda aconteceu e a cidade está compradora. Por isso, o setor ainda pretende fazer bons lançamentos.

O ANO CONTOU COM AS EXPECTATIVAS DO PÓSPANDEMIA, DA RETOMADA ECONÔMICA, DA ELEIÇÃO, E O MERCADO IMOBILIÁRIO SE MANTEVE AQUECIDO EM VENDAS E LANÇAMENTOS. A QUE SE DEVE ESSE COMPORTAMENTO?

Nós esperávamos uma continuida de desta onda positiva, talvez não na mesma intensidade. Fomos surpreen didos com uma mudança de expecta tiva do mercado e do consumidor. O consumidor continua comprador. Os números dos bancos mostram que os investimentos em poupança no Brasil são altíssimos. Isso também ajuda a explicar este movimento. As pessoas guardaram dinheiro, capitalizaram-se durante a pandemia e hoje têm aces so à compra do imóvel de uma forma muito mais saudável.

QUAIS OS NÚMEROS RELEVANTES DE VENDAS E LANÇAMENTOS?

Aumento de 9,4% no número de unidades residenciais vendidas nos últimos 12 meses, num total de 7.193 apartamentos. Próximo de 15 mil alvarás para construção residencial liberados em Curitiba, de janeiro a setembro. Os dados são da pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), em parceria com a BRAIN Inteligência Estratégica.

QUAIS OS PERFIS DE EMPREENDIMENTOS MAIS TRABALHADOS NO MERCADO? QUAIS AS TENDÊNCIAS DE CONSUMO E DE MERCADO PARA 2023?

Há uma tendência de equalização do número de lançamentos entre os diferentes padrões. Como os segmentos de luxo e superluxo se destacaram em lançamentos no último ano, a tendência é de uma oferta menor nesse nicho de mercado, em contraponto a um aumento no número de novos empreendimentos de médio e alto padrão, além, é claro, do lançamento econômico. Por todo o aumento de custo, o imóvel econômico tornou-se praticamente inviável na capital paranaense. Inclusive, esse é um trabalho forte que a Ademi-PR está fazendo junto da Prefeitura de Curitiba, buscando alternativas de viabilizar a habitação econômica na cidade.

QUAIS OS CONCEITOS TRABALHADOS PELOS NOVOS EMPREENDIMENTOS?

Os novos empreendimentos devem atender às novas necessidades e prefe rências dos consumidores que surgi ram durante a pandemia, como: espaço para home office, robusta infraestru tura de tecnologia (já preparada para o sinal 5G), áreas no condomínio que atendam a demanda por delivery (in clusive com espaços refrigerados) e que também atendam os pets, além de integração com a natureza e sustenta bilidade.

“Os novos empre endimentos devem atender às novas necessidades e preferências dos consumidores que surgiram durante a pandemia, como: espaço para home office, robusta in fraestrutura de tecnologia ”

A GENTE PERTENCE A QUE?

A viagem de um ano pelas edições da Habitat trouxe um senso urgente de transformação, pelo caminho da criação, da sustentabilidade e da tecnologia. É preciso estar atento, forte e ponto para viver as mudanças

Depois da tempestade, a bonança. Passados dois anos da pandemia, este foi o primeiro em que respiramos mais aliviados. Quisemos recuperar o tempo, as relações, as emoções. Nem tudo foi possível, mas as marcas são claras, como a necessidade urgente de pertencimento. Deixou de ser suficiente olhar, é preciso sentir, viver, respirar. A nossa primeira capa do ano falou disso, com a artista japonesa Yayoi Kusama, uma das primeiras a inaugurar o conceito de arte imersiva, quando colocou o observador dentro da sua obra. A artistas de biografia conturbada encontrou um caminho para aproximar as pessoas e a arte, provocando sensações diferentes, emoções, noção de pertencimento. É preciso integrar.

A arte imersiva ganhou novas dimensões com o desenvolvimento da arte digital. A Monalisa, de Leonardo da Vinci, nem saiu do Louvre, mas chegou a Curitiba, por meio da realidade virtual. Van Gogh esteve em São Paulo. Por lá também aconteceu a principal feira de arte do hemisfério sul e uma das maiores do mundo. Fernanda Feitosa, fundadora da Feira Internacional de Arte de São Paulo (SP-Arte) comemorou a transformação do evento em um festival, englobando galerias de arte e design, editoras, lançamentos de livros, museus, espaços autônomos, programa de residências artísticas, palestras e seminários, visitas a ateliês e galerias. Arte, enfim, é a vida.

Design também é. O bom design nos faz ascender, ver nossas necessidades consideradas, respeitadas e resolvidas. Afinal, que seria do design se não fôssemos nós, seus consumidores? Precisamos apurar nosso olhar crítico, escolher melhor, assumir nossa responsabilidade por fazer deste um planeta mais justo, mais sustentável, para tudo e para todos. Quem nos ajuda a realizar isso é Philippe Starck, um dos maiores designers do nosso tempo. Ele produz muito, para muita gente, é extremamente criativo e preocupado em mergulhar nas águas profundas até captar a essência

de forma, função e significado. É inspirador, subverte lógicas do mercado e agrada pela ousadia. A Habitat viu Starck no Salão de Milão, um condensado obrigatório para quem quer ficar por dentro dessa cena criativa e transformadora. Outro salve aqui Sergio Rodrigues, designer nosso, que fez do seu mobiliário a expressão pura de um abraço reconfortante, das curvas genuinamente brasileiras, da funcionalidade que convida a ficar um pouco mais.

PARA LEMBRAR

Já que o assunto é pertencimento, esses aqui viveram de copo no presente e alma no futuro e, assim, mudaram tudo à sua volta. Eles são 100. Rubens Meister, o arquiteto e engenheiro de alguns dos principais ícones modernistas de Curitiba, faria 100 anos em 2022. Ele, que viveu a vida toda na capital, deixou suas marcas na cidade, moldadas em concreto, geometria e volume. O mestre Lolo Cornelsen, que deu o pontapé inicial no modernismo em Curitiba, também faria 100 anos. Irreverente, curioso, cheio de graça e pirraça, Lolo manteve a vitalidade e a mente ágeis até o fim. Gostava de gente, tinha as melhores histórias, mas criava sozinho. Ele, a prancheta, o cachimbo e a mente inquieta. Mas o fazia para as pessoas.

E AS CIDADES?

Somos 7,7 bilhões de pessoas no mundo. Gerenciar cidades, com tanta gente, com tanta diferença social, estando à beira de um colapso climático é um desafio para todos. Afinal, precisamos sobreviver, conviver e coexistir. Para isso, arquitetos, engenheiros, pensadores e afins estão trabalhando a fim de nos garantir por aqui muito mais tempo. A sustentabilidade não é uma questão para o futuro. Ela é imperativa para o aqui e o agora, caso o objetivo seja garantir uma existência segura no planeta. E sustentar o projeto da viabilidade humana na terra, em harmonia com o clima, com os recursos naturais, respeitando o outro, sua natureza e suas escolhas, aprendendo a viver em comunidade, entendendo a cidade como um espaço comum. Repensar nossas escolhas, prioridades se faz necessário. Assim como é preciso rever a forma como são construídos os edifícios, as casas e as cidades.

A Habitat participou do evento e conversou com exclusividade com alguns dos participantes do fórum, que compartilharam de seus conhecimentos e experiências para ensaiar a transformação do morar, do viver as cidades, do consumir e do compartilhar. O evento foi organizado pela BSA e por Consuelo Cornelsen, responsável pela curadoria. Com vocês, Iza Dezon, Christian Ullman, Guto Requena e Gustavo Taniguchi.

O Estúdio 41, um grupo de jovens arquitetos de Curitiba, entende disso, mas prefere ampliar o conceito e falar em responsabilidade. Eles que fizeram o projeto de uma estação na Antártica e do prédio mais sustentável do mundo, em Curitiba, ensinam que a busca pela sustentabilidade/responsabilidade depende de processo. É preciso poupar os recursos naturais, industrializar a produção, olhar o contexto e entender que a arquiteta soma.

O escritório Baggio Schiavon Arquitetura, que há 40 anos acompanha e participa da evolução das cidades, promoveu o Fórum + 40 O FUTURO DAS CIDADES, que trouxe nomes consagrados para refletir como tecnologia, arquitetura, design e clima podem influenciar nosso futuro, transforma o morar, as cidades, o consumo.

O interessante é que a ideia é fazer tudo isso de um jeito criativo e alegre. A Habitat sempre busca pelo mundo referências de boas ideias e condutas. A Finlândia, por exemplo, ostenta o título de país mais feliz do planeta, e a percepção, sem supesas, está ligada a garantias de liberdades individuais, estabilidade, espírito de coletividade e de pertencimento.

O projeto da Galeria Laguna, que tem mais de 1 mil m², abriga espaços corporativos da construtora, café, áreas de estar e espaço para a instalação dos apartamentos decorados, começou com um briefing completo e a expectativa de uma obra inovadora, sustentável, impactante e confortável

A equipe do Estúdio: João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic, Eron Costin, Emerson Vidigal, Fabio Henrique Faria.

MAIS AMOR, POR FAVOR

A coolhunter Paula Abbas faz uma viagem para o futuro e aponta caminhos subjetivos, mais livres e inovadores

Recebi o desafio de escrever sobre as tendências de 2023. Está cada vez mais difícil realizar resumos prospectivos de curto prazo. Antes esse era o território mais previsível, mas, com tanta polarização política e instabilidade econômica, parece que o futuro de curto prazo está se tornando uma flecha que voa distante. Qual o melhor movimento estratégico, manter-se estático aguardando uma pista que indique um caminho seguro, ou se jogar no processo solitário de criar futuros desejáveis? Para mim, só existe uma coisa: crie seu próprio futuro, lidando com as intempéries. Não há vento a favor de barco que não sabe para onde vai.

Em uma boa conversa com o Beto Cesar, CEO da Oak Marketing e cônsul da Turquia, ele apontou que do ponto de vista político, apesar da polarização vista hoje, tudo indica que o governo adotará uma postura não extremista, mais ancorada no congresso e no centro. O Brasil enfrentará uma exposição de risco maior, uma passagem de bastão instável. O conselho é: não sejam extremamente otimistas nem extremamente pessimistas. Segundo Beto Cesar, haverá um tempo necessário para alcançarmos o reequilíbrio financeiro. Equilíbrio é um esporte dinâmico, então, na dúvida, faça movimentos. Não se encasule, acredite no processo e gere inovação.

Quando rodamos projetos de Foresight Estratégico para clientes, ou seja, projetos que criam marcas, produtos, serviços ou experiências inovadoras e focadas no futuro, nossa grande promessa é minimizar a imprevisibilidade, auxiliando nas tomadas de decisões estratégicas.

O que pavimenta nosso caminho de consultoria são os “sinais de futuro”. No cenário tecnológico, os sinais oscilam entre queda e ascensão do metaverso, que foi o grande tema dos últimos dois anos, com o lançamento da marca Meta por Mark Zuckerberg. Mas os avanços tecnológicos já sobrepassaram muito a capacidade humana de usar o que lhe é disponibilizado. O que precisaremos agora é incluir, principalmente os idosos, e ainda temos muita gente para letrar. Treine e empodere seu time. Para mim, a melhor tecnologia continua sendo o ser humano.

Os papéis de liderança nas organizações estão sendo redesenhados nesse momento. Crie políticas internas de diversidade e inclusão. Preste atenção às novas gerações. Olhe para um futuro de médio prazo.

ESG continua sendo um tema quente. Oskar Metsavaht, fundador e diretor da Osklen, frisou em sua fala no último South Summit Brasil 2002, que na prática, negócio e natureza já não são mais ideologias antagonistas, naquela pegada do ninguém paga mais por um produto verde, mas sim, uma chamada forte para que as lideranças busquem gerar resultados que sejam bons para os colaboradores, os consumidores, a sociedade e o planeta.

É preciso sustentar a importância da incerteza. O caos é necessário em processos de construção de novos paradigmas. Somos uma sociedade sem

E, por fim, trago o que mais me chama a atenção nos tempos em que estamos vivendo. A proibição dos afetos. Está silenciosamente vetado amar, sentir raiva, inveja. No mundo do Instagram e da pressão corporativa por produtividade, estamos transbordando. Mais do que nunca, narrativas que pedem mais amor, empatia, colaboração, cuidado com o entorno, com o ser humano, emergem com força trazendo luz a esse cenário de fronteiras borradas. Mais amor, por favor – como chama a campanha de Natal do Grupo Boticário –, marca um golaço neste cenário.

Existe uma célebre frase do Simon Sinek, em que ele fala que “ 100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios”.

Há valores que não podem ser corrompidos. Sejamos gentis uns com os outros. Para 2023, mais amor, por favor! Amar em tempos de ódio e de dificuldades é digno de reconhecimento e celebração.

Este é o fundo de uma palestra que apresento desde 2018 (pré-pandemia, e que nunca fez tanto sentido como agora) sobre os novos tempos. Foto de um lambe-lambe que ficou famoso na cidade de São Paulo. Campanha do designer Igor Marotta criticando o caos de São Paulo e pedindo uma atenção ao ser humano. O Igor acha que as pessoas estão procurando sinais. Eu também acho. Os sinais estão em toda parte, por aí, apontando os caminhos. Só precisamos aprender a ler e conectar os pontos.

LOUIS VUITTON LANÇA COLAB COM YAYOI KUSAMA

Dez anos depois de uma das parcerias mais emblemáticas da Louis Vuitton, a marca francesa volta a fazer uma colab com a artista Yayoi Kusama - desta vez em uma série de artigos de couro para a coleção Cruiseline 2023. Os primeiros produtos da linha, porém, só chegam às lojas em janeiro.

Esta é a segunda vez que a maison trabalha com a japonesa, uma das artistas contemporâneas mais importantes da atualidade, aclamada pela crítica e amada pela internet, conhecida por seu uso repetitivo de pontos, bolas e materiais reflexivos.

As esferas, aliás, estarão presentes na colab. Algumas peças da coleção, como as bolsas decoradas com bolinhas coloridas ou esferas metálicas, já haviam aparecido no desfile de resort 2023, em maio, no Salk Institute, em San Diego, na Califórnia. Em dezembro, uma amostra

mais completa do trabalho do diretor criativo Nicolas Ghesquière com a artista japonesa de 93 anos passou a ser exibida na Art Basel Miami.

Em 2012, quando a marca foi comandada pelo designer Marc Jacobs, os pontos – marca registrada de Kusama – adornavam lenços, vestidos, sapatos e foram sobrepostos ao icônico monograma da Louis Vuitton nas bolsas. O efeito resultante evocou o estilo dos anos 1960. Desta vez, a proposta é diferente. Pontos de amarelo, verde, branco, azul e vermelho estampam sacolas, como se estivessem presos desordenadamente, como se tivessem sido colocados por uma criança travessa. Uma das bolsas de couro preto da Louis Vuitton é pontilhada com bolas prateadas salientes, em uma referência direta a uma das obras mais populares de Kusama, Narcissus Garden (1966), em que esferas espelhadas são dispostas no chão ou mesmo em corpos d’água rasos.

PLENSA NO MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) está, no espaço do Olho, a exposição “Invisível e Indizível”, do artista espanhol Jaume Plensa, um dos principais nomes de sua geração. A mostra provoca com imagens uma profunda reflexão ao visitante. “São 17 obras que gritam, mesmo sem falar; que extrapolam a função de objeto e desenvolvem sensações e relações entre espectadores e obras”, afirma a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

Na comemoração de 20 anos, o Museu Oscar Niemeyer realiza esta que talvez seja uma das mais surpreendentes mostras feitas pelo MON naquele espaço. “Projetado pelo mestre Oscar Niemeyer, o Olho é uma sala expositiva única e deslumbrante, que ajudou a tornar o MON conhecido nacional e internacionalmente”, diz.

Com uma trajetória artística de mais de 40 anos, Plensa é um artista reconhecido mundialmente por suas obras de grande escala e instalações no espaço público que o consolidaram como o mais importante artista catalão de sua geração. “Sua busca pela sutileza da forma o destaca entre os grandes escultores do nosso tempo”, comenta o curador Marcello Dantas.

Em suas criações, Plensa faz o uso de diferentes materiais, do vidro ao aço e ao bronze, até elementos menos tangíveis, como água, luz e som. Essa contraposição entre a materialidade e imaterialidade é uma característica marcante em sua obra.

A exposição reúne, pela primeira vez, dois trabalhos de grande volumetria e construções distintas: “Silent Hortense” (com mais de sete metros de altura) e “Invisible Rui Rui”. A primeira dá corpo à impossibilidade de expressar o que não há como ser dito, enquanto a segunda retira o corpo de uma expressão sublime que pede silêncio. “O confronto simétrico entre as duas esculturas no espaço é uma composição inédita em suas exposições”, comenta Dantas.

www.museuoscarniemeyer.org.br

Serviço

“Invisível e Indizível”, do artista Jaume Plensa De 8 de dezembro de 2022 a 9 de abril de 2023 Espaço expositivo do Olho

Museu Oscar Niemeyer

Quando o conhecimento técnico e a criatividade se encontram

Yuri Bini criou a BeauBureau, com um conceito único, focado na experiência do cliente, um espaço descontraído, com uma equipe multicultural

Ocontato com a criação veio cedo para Yuri Bini e, quando ele se deu conta, estava trabalhando como professor de softwares de design aos 16 anos. Isso o incentivou a buscar mais sobre a área. E a arquitetura aparentava ser o desafio perfeito.

“A arquitetura, diferentemente de outras profissões, possibilita criação e conceber algo novo, unindo conhecimento técnico e criatividade. É preciso encontrar soluções para problemas de usos, espaços limitados, limites orçamentários e resolver tudo isso como ordem primária, sem deixar de usar e abusar da inspiração para ter ideias mais inovadoras”, comenta.

Bini construiu sua carreira sendo o arquiteto de grandes empresas de tecnologia, afinal, as necessidades do mundo corporativo são objetivas e mudam constantemente. É necessário estar sempre antenado às últimas tendências e ter respostas rápidas para as demandas urgentes. “É preciso se

adaptar rápido e ser apaixonado pelo problema e não pela solução”, diz Bini, ao explicar que, muitas vezes, o projeto precisa ser adaptado a uma nova realidade. Rapidez, equipe afiada e um ótimo relacionamento com fornecedores são chaves para o sucesso.

Segundo ele, o arquiteto precisa ser útil, não basta somente trazer luz a questões técnicas. Algumas vezes, o arquiteto é visto como um luxo desnecessário e ele precisa explicar a dimensão e o impacto que o seu trabalho podem causar, considerando, claro, organização, economia e um resultado final satisfatório. “Vou fazer o que você quer, do meu jeito. Essa frase sempre tem um impacto muito positivo com meus clientes. Preciso entender a necessidade e os gostos dos meus clientes para fazer tudo funcionar de uma forma harmônica.”

Bini está sempre em busca de novos desafios, pois ele sabe que sentir-se desconfortável às vezes é necessário para conseguir inovar e crescer. “Tudo começa no atendimento, uma vez que

a maioria das pessoas não está acostumada a ser surpreendida positivamente com um atendimento personalizado. É preciso ouvir o que o cliente está dizendo e não aquilo que você está esperando. Eu tenho um envolvimento muito grande com meus clientes, montamos áreas de trabalho em suas empresas, para respirar o mesmo ar que eles respiram e entender o que precisam. Meu trabalho vai além da arquitetura, engloba design de serviço, posicionamento de marca e até falar sobre atendimento ao cliente com os colaboradores das empresas para as quais prestamos serviço. Assim nasceu a BeauBureau, com um conceito único, focado na experiência do cliente, um espaço descontraído, com uma equipe multicultural nutrida de muita tecnologia para desenvolver os mais variados projetos. Buscamos a realização do cliente desde o primeiro contato oferecendo uma trajetória inovadora para acompanhamento de nossas atividades.”

por Rodolpho Guttierrez Coluna

Coluna SOBRE MORAR

por Paula Campos

Uma casa que abriga arte

As casas contam a histórias de seus moradores e nós contamos as histórias dessas casas. No “episódio” de hoje, o lar de Isabela França.

ISABELA FRANÇA

A casa costuma dizer muito sobre seus moradores. Por isso, o título deste texto cita a casa, pois ao visitá-la, pode-se conhecer Isabela.

Isabela é arte, na fala, na escrita (já que é jornalista especializada no assunto, editora e produtora cultural) e, como era de se esperar, sua casa é um verdadeiro alento artístico. Na mesma proporção que admira a profundidade da cultura, encontra beleza naquilo que é cotidiano, como cozinhar, um bom papo e uma música agradável.

A influência de seus gostos vem de uma atmosfera familiar rica em poesia. Seu pai, pintor e escritor, trabalhou com literatura e pesquisa. Sua mãe trabalhou por anos em uma tradicional galeria de arte da família. O lado lúdico de seu pai e os finais de semanas na galeria de arte com a mãe, trouxeram a ela a afeição à estética.

A sensibilidade ao belo, a literatura e a cultura são compartilhadas por ela com os outros moradores, seu marido e os dois filhos.

O APARTAMENTO

Tudo começou com uma chácara em Piraquara, que fez parte de um excelente negócio imobiliário. O resultado da transação trouxe à família um apartamento que, por coincidência do destino, fica em um edifício chamado Juarez Machado (artista com o qual Isabela já teve a oportunidade de trabalhar) e que passou a ser o novo lar da família.

A DECORAÇÃO

A arquiteta Silmara Pimpão, com sua sensibilidade, soube ler o estilo da família e criou uma base sofisticada para receber e agregar valor ao acervo de Isabela. Inclusive, sugeriu fechar uma janela, aumentando a área de parede para dispor a coleção de ilustrações do artista gráfico Osvalter. Esta obra foi inspirada em uma tradução editada por Isabela e feita pelo seu pai a partir de “Martín Fierro”, poema épico argentino.

O piano de cauda foi escolhido como ponto de partida da área social. Logo ao lado, fica um delicioso lounge, com poltronas em couro caramelo, que transformam o ambiente central do apartamento em um espaço de convívio onde moradores e convidados interagem de forma fluida e descontraída.

O living, o home theater, o gourmet e a sala de jantar se conectam ao lounge central e concretizam o desejo da família de unificar todos os ambientes, compartilhados com amigos, artistas e intelectuais com os quais a família se relaciona.

As paredes revestidas em ardósia negra foram escolhidas para trazer textura à decoração. Por ser um material escuro, requer um equilíbrio com elementos acolhedores como os painéis de madeira, detalhes em couro ou mesmos nos acabamentos em tons claros do living.

Em uma destas paredes de ardósia, disposta ao lado do piano, está em destaque uma icônica obra de arte, o “Kid Cavaquinho”, encomendada por Isabela e entregue pessoalmente pelo artista Washington Silveira - única obra que foi comprada especialmente para o apartamento.

A casa-galeria apresenta uma pluralidade de mais de 30 artistas, dentre eles, seu primo André Mendes, Fernando Velloso, Marcelo Conrado, Armando Merege, Domício Pedroso, Fukuda, Calderari, Juliane Fuganti, Eleutherio Neto, Janete Mehl, Pietrina, Alfi Vivern, Leila Pugnaloni e Poty Lazarotto.

COLEÇÕES

Atrás dos grandes painéis em madeira, que vestem o apartamento, ficam armários ‘’secretos’’, projetados com fundo em laca na cor vinho. São eles que acomodam e valorizam as coleções da família.

Seu marido, um grande entusiasta da música, coleciona discos e livros de compositores importantes de música clássica, ópera e rock. A disposição e organização da coleção mostra respeito à relevância que as obras e composições merecem.

Já Isabela, com seu olhar sensível, guarda uma linda coleção de xícaras herdada de sua avó materna. Peças que ela admirava desde a infância e que têm um enorme valor sentimental. Hoje são usadas no cotidiano, sendo admiradas pelas visitas e motivo de muita curiosidade pela sua história e delicadeza. Uma delas inclusive se destaca por ser datada e feita no Japão durante o período de Guerra.

BIBLIOTECA

A biblioteca é a alma da casa. É lá que os interesses de Isabela, seu marido e seus filhos se unem em um conjunto de obras literárias dos mais diversos gêneros, um verdadeiro patrimônio com mais de cinco mil livros. Os livros dividem espaço com objetos de valor sentimental para a família e que tornam o ambiente ainda mais pessoal e de conexão e convívio entre eles.

Neste espaço acolhedor e cheio de significado, Isabela passa boa parte do tempo lendo, trabalhando e escrevendo. A composição dos detalhes da biblioteca é terreno fértil para que ela produza seu trabalho com tanto requinte.

Uma peça de grande valor para Isabela é a placa do escritório de seu bisavô Seraphim França, poeta, jornalista, advogado e um dos fundadores da academia paranaense de letras, que complementam a coleção de livros de poesia escritos por ele.

Toda a riqueza e bagagem cultural da família transformaram o apartamento em um lar deslumbrante, muito rico em detalhes e com um enorme valor intelectual.

por Paula Campos Coluna SOBRE MORAR

Sobremorar em 2022

Ao longo deste ano, visitamos algumas casas que contam as histórias de seus moradores. Essas casas foram escolhidas justamente por serem fiéis aos seus moradores e eles a elas. São como livros, nos quais encontramos uma sequência de palavras organizadas, que, juntas, contam uma história. No caso das casas, a escolha dos objetos, da decoração e da disposição de móveis funcionam como um locutor que narra um texto com maestria. Vamos relembrá-las?

JÚLIA BARRA

A casa da Júlia Barra é um reflexo seu: intensa, dinâmica, versátil, colorida e cheia de energia positiva. Quadros, objetos autênticos e um layout livre se uniram para contar sua história.

MARI VIANNA

A casa da Mari Vianna representa o desabrochar de sua personalidade. Para Mari, “morar é ter a liberdade de ser quem sou refletida em minha casa”.

MANA GOLLO

A Casa da Mana Gollo, ou melhor, o “Apê Good Vibes” é uma tela em branco que através de suas fotos e objetos expõe energia, movimento, emoção e a personalidade da moradora. Para ela, a palavra “casa” representa união de experiências vividas em um lugar que traga conforto e pertencimento.

por Paula Campos

Coluna SOBRE MORAR

MARIA ALICE E SERGINHO

A casa do Bento, da Maria Alice e do Serginho é cheia de criatividade, dinamismo e intensidade. Morar, para Serginho, é saber que nenhum lugar do mundo, por mais especial que seja, vai ser melhor do que a sua casa, com sua cara, gostos e história. Já para Maria Alice, é estar em um lugar em que ela se sinta bem, que traga sensações boas e aflore sua criatividade representando as fases de sua vida.

MARQUINHOS

A casa do Marquinhos é um espelho do seu estilo de vida, prático, confortável, com muita qualidade e tecnologia. Para ele, sua casa deve ser o lugar mais confortável no mundo, onde ele se sinta abraçado, que transmita sua identidade, sem julgamentos e o permita ser feliz!

Paula Campos é arquiteta e atua no mercado imobiliário com o método de Home Hunting. @sobre.morar

A CURITIBA DE POTY

Conheça alguns recantos curitibanos retratados pelo nosso artista mais pop

Otraço é forte, característico, rápido. A percepção de cor é particular. Tudo parece invenção e realidade ao mesmo tempo. Só que viajar pela obra do artista Poty Lazzarotto é revisitar recantos de uma Curitiba retratada por ele com maestria – sorte a nossa – e rememorar ou descobrir – no caso dos mais jovens e dos forasteiros –personagens que fazem parte da cidade. Sem esforço dá para ver na ladeira do Largo da Ordem os pinheiros, as charretes com os cavalos bebendo água perto da Igreja da Ordem, mesmo que nas telas azulejos ou desenho em papel ela apareça de outra cor.

Liberdade poética de Poty, que fazia aniversário no mesmo dia de Curitiba, no dia 29 de março, e por ela era apaixonado. Nosso artista mais pop - sim, porque são dele os principais murais da cidade, as ilustrações mais conhecidas, os azulejos mais queridos - não só retratava a cidade do coração, como fez questão de que sua obra ficasse aqui. Coisa que o irmão João Lazzarotto contou, quando

Solar do Rosário, no Largo da Ordem

Em frente à Igreja da Ordem, a carroça da verdureira Hermínia Perussi, figura folclórica da cidade, que enfrentava o trânsito e o sono em companhia do cavalo Baiano, até meados dos anos 1990. Entre outros, ela estampa um painel no Mercado Municipal

Mural na Travessa Nestor de Castro. Há mais um do outro lado da rua, com mais clássicos curitibanos

conseguiu realizar o desejo do artista. “O Poty dizia que obra de arte é para o público olhar e queria que as suas ficassem aqui. Ele recusou pedidos de levar para Paris e para outros lugares. Curitiba era tudo para ele”, lembra. A família Lazzarotto doou 4,5 mil obras assinadas por Poty ao Museu Oscar Niemeyer. São mais de 3 mil desenhos e 366 gravuras, além de tapeçarias, entalhes, serigrafias e esculturas, entre outros. Segundo a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, esta coleção é a maior já doada ao museu e foi fundamental no incremento do acervo. “Nos últimos anos passamos de pouco mais de 3 mil chegando hoje a 14 mil obras, já incluída esta doação, o que consolida o papel e a importância do MON no cenário nacional e internacional”, acrescenta.

Do mural ali na Travessa Nestor de Castro, que mistura os icônicos tubos (das estações de ônibus) e os pinheiros do Paraná, ao painel do Mercado Municipal ou aos registros das noites enevoadas no Largo da Ordem. Curitiba está na obra de Poty de corpo e alma. E, enquanto você se programa para ir ao museu, ande pelas ruas atrás das artes de Poty ou ainda tente desvendar quais os pontos agraciados por ele.

HISTÓRIAS QUE FAZEM DA SUA CASA UM LAR

Você já pensou em decorar sua casa com objetos que têm história? E olha que não é pouca história, não! Lá no Casa de Família – Histórias que Decoram, uma loja-antiquário cheia de tesouros escondidos para quem quer criar os cenários da vida, tem mesa em laca chinesa e ornamentos em madrepérola, peças adornadas com marchetaria, uma seleção linda de muranos, passadeiras persas, uma coleção de biscuits e louças inglesas para o tradicional chá das cinco. Paraíso para os adeptos do garimpo de preciosidades vintage, gente descolada que quer peças únicas, exclusivas e com muita qualidade, ou ainda gente que adota uma postura mais sustentável diante do planeta e prefere consumir o que já existe.

Segundo Isa Grein, uma das comandantes do espaço ao lado da irmã Thereza, o Casa de Família começou depois de uma conversa entre amigas, “em que uma tinha muitas peças e móveis herdados dos avós e gostaria de vender e eu, a quem ela ofereceu para vender as peças, que aceitei na hora. Isso foi em 2017. A ideia era um espaço de valorização das Coisas de Família que as pessoas tivessem segurança em deixar suas peças, e quem comprasse pudesse preservar o carinho dos antigos donos por estes objetos. Imediatamente surgiram várias peças diferenciadas para vender e, acreditem, até hoje minha amiga não trouxe as peças dela, mas já adquiriu várias”, conta. Em 2021, elas foram convidadas para comandar a Loja da Casa da CASACOR PR e, neste ano, entrou no ar a loja virtual.

A quem ainda fica na dúvida sobre comprar ou não peças “de segunda-mão”, o pessoal do Casa de Família enumera as vantagens: os preços de peças boas são mais acessíveis que de peças novas, mesmo sendo artigos de luxo; há uma infinidade de peças exclusivas e únicas; valorizar o comércio local ajuda a economia a crescer; consumir objetos de segunda mão é atitude sustentável e responsável, com as pessoas e o meio ambiente; tudo tem história; e acaba com o costume das compras por impulso, pois, em antiquários, brechós e afins, você pensa mais, se diverte e embarca em uma viagem pelo túnel do tempo.

Serviço

Siga o @coisasdefamilia ou acesse www.coisasdefamilia.com.br e marque uma visita!

UMA DOCERIA ULTRAMODERNA

por Isabela França Coluna ARTE DESIGN

Pastry Lab é um laboratório de confeitaria contemporânea que se propõe a desenvolver releituras de receitas tradicionais por meio de novas combinações

Não é uma loja de design, nem de decoração, tampouco uma joalheria. É quase uma galeria de arte. Nas vitrines estão as criações de um artista contemporâneo. Com o perdão do clichê do momento: Gustavo Lorenzon cria experiências sensoriais ao interagir com o público. Como? Por meio do mais primitivo dos sentidos, o paladar. Inaugurado em plena pandemia, o Pastry Lab é um laboratório de confeitaria contemporânea que se propõe a desenvolver releituras de receitas tradicionais por meio de novas combinações. O resultado é uma doceria ultramoderna, com propostas inusitadas de combinações de sabores e formatos de apresentação.

É impossível passar incólume pela vitrine em mármore negro, no elegante piso térreo do Pátio Batel, em Curitiba. Os doces expostos sobre bases metálicas provocam o espectador, atiçam a curiosidade e a vontade de entender o que está ali. As mesas dispostas em frente à loja são um convite para uma conversa intimista. O mobiliário e o serviço já mostram que tudo ali é belo, sofisticado, lapidado. É como entrar na versão atualizada das tradicionais confeitarias francesas ou italianas.

Este é o clima. Mas à primeira mordida de qualquer um dos improváveis doces, o visitante já está arrebatado. Isso acontece com a nuvem, por exemplo, uma sobremesa futurista flocada em cinza plumbum que remete ao céu parcialmente nublado de Curitiba e com um delicado recheio aerado. Qualquer um dos jar pies causam o mesmo efeito surpresa.

As criações temporárias, como o Formigueiro Cake – que teve edição limitada de uma semana e deu o que falar com saúvas crocantes sobre uma folha de chocolate - ou os incríveis

chocolates para datas especiais como Páscoa e Natal, deixam uma legião de apaixonados esperando pelo próximo lançamento. “Criamos movimento, desconstruimos, reconfiguramos. Somos estetas. Amamos a beleza e a forma como ela se manifesta. Agregamos às receitas ingredientes que vão além da técnica”, explica Gustavo.

Detalhista ao extremo, o Pastry Lab é a realização de um sonho do chef e empresário. Ao lado de Beto Motter, de quem é sócio, Gustavo já comandava a cozinha do consagrado Indra Catering, espaço que há mais de 15 anos sedia eventos sociais e corporativos com uma pegada contemporânea. Quando a dupla decidiu abrir o Pastry, não tinha ideia do impacto que a nova empreitada causaria no mercado. “Como abrimos na rua, apenas com delivery, pois estávamos no auge da pandemia, não detectamos de cara o quanto era inovador o que estávamos apresentando. Só tivemos consciência disso quando inauguramos a loja aqui no Pátio, na Páscoa e todas as pessoas que passavam por aqui perguntávamos de onde éramos”, conta.

Os doces foram o ponto de partida e, aos poucos, o cardápio foi incorporando mini porções de salgados e drinks. Tudo impregnado pelo mais absoluto rigor e com um toque inusitado. A tarte de camarão tem uma massa incrível de castanhas, o ceviche é de jaca com acidez na medida exata e até mesmo o coloquial Mac’n’Cheese tem massa à base de cacau e molho trufado. Não adianta descrever, mostrar a foto, detalhar a receita. Tem que provar!

Serviço

Pátio Batel, L1 - Loja 126 / L4 - Loja 402 @pastrylab.br

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TEM VINHO NO FIM DO TÚNEL

Cave instalada em antiga estação ferroviária é opção de passeio bem pertinho de Cuitiba

Oterreno de uma antiga estação ferroviária em Piraquara, perto de Curitiba, com cerca de 45 hectares, foi arrematado em 1999 pelo empresário Ari Portugal, que queria construir ali uma pousada ecológica. Um ano depois, em um leilão público da extinta Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA), ele comprou também a estação Roça Nova, o túnel ferroviário desativado, localizado a 140 metros da estação e uma litorina sucateada.

Projetos feitos e aprovados, veio a ideia de adaptar o túnel para servir como cave de maturação de espumantes. O túnel foi fechado dos dois lados e recebeu por dois anos a fio uma equipe que realizava testes de temperatura e umidade. O resultado foi que lá dentro do túnel a temperatura variava só 1°C ao longo do ano, algo em torno de 16°C no inverno

e 17°C no verão - condições perfeitas para a maturação de vinhos espumantes. A notícia acabou atropelando os planos, a pousada ficou para trás, pelo menos por enquanto, e a locomotiva do negócio virou a Cave Colinas de Pedra.

O túnel tem 429 metros de extensão, 5 metros de altura e 3,5 metros de largura. As duas portas internas, tipo “cofre forte”, guardam até 50 mil garrafas armazenadas, mas, com a cave reserva, o número chega a 500 mil garrafas armazenadas. Na Cave Colinas de Pedra é feita a guarda, a maturação e os processos finais do vinho espumante, elaborado pelo método champenoise. A estação Roça Nova foi restaurada, seguindo as principais características da época, e abriga em dois pavimentos, restaurante e loja de venda das Espumantes da Cave Colinas de Pedra.

A paz da cave só é interrompida pelos apitos dos trens que passam a poucos metros da estação. Mas isso deixa

o passeio ainda mais interessante. Os visitantes podem conhecer o túnel ferroviário, construído em 1883, que abriga uma cave de envelhecimento de vinho espumante natural. O acesso até lá é feito por uma caminhada pelo túnel de 154 metros. Há também áreas de descanso, com gazebos, cadeiras e redários na áea da Mata Atlântica. A litorina - um carro-passageiro, fabricado na Philadelphia nos anos 1960, equipado com bancos para viagens, banheiro, cozinha e cabines de comando - também pode ser visitada.

Serviço

De quarta a domingo, das 10 às 17 horas. Sábados, domingos e feriados opção da Mesa Gourmet no almoço. Eventos – reservas de quarta a sexta-feira (mínimo 25 pessoas) e finais de semana (sob consulta) através do email contato@cavecolinasdepedra.com.br Contato (41) 99667-5000 e www.cavecolinasdepedra.com.br

PLAENGE CRESCE DENTRO E FORA DO PAÍS E COMEMORA OS RESULTADOS DE 2022

A construtora viu seus negócios expandirem e seus empreendimentos serem reconhecidos como sucesso de mercado.

Oano de 2022 foi marcado por grandes entregas, em especial no segmento de alto padrão em Curitiba, com o Dreams Ecoville em junho, o One Batel em agosto e o Art House, no Ahú, em setembro - empreendimento que teve 100% das unidades comercializadas antes da entrega. Além das entregas, a construtora lançou dois empreendimentos na capital neste ano, o Palm 235 e o Landhaus.

Oficializando a expansão no Sul do país, a Plaenge inaugurou sua boutique de empreendimentos em Porto Alegre com mais de 3,2 mil metros quadrados de área construída. Na inauguração, os clientes puderam conferir o mais recente lançamento da construtora, o Orbitale, localizado no desejado bairro Petrópolis.

Outra capital que também está nos preparativos de sua boutique de apartamentos decorados, no mesmo padrão de Porto Alegre, é Santiago, no Chile. O projeto, extremamente ousado, conta com mais de 2 mil metros quadrados de área construída.

Juntamente com a inauguração do showroom, a construtora lançará um grandioso empreendimento na capital chilena, consolidando sua atuação internacional: um projeto com 7 torres, em um terreno de 44 mil m² e VGV de R$ 1 bilhão. A movimentação do Grupo e seus negócios se deve a um projeto de expansão sólida, idealizado na década de 1980, quando a construtora chegou em Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS) - cidades nas quais hoje é líder de mercado.

Dreams Ecoville

E é na capital sul-mato-grossense que está localizado o Momentum, empreendimento premiado em 2022 com o International Property Awards, assim como o Artesano, em Londrina. Ambos os projetos, projetados pelo Studio Ronaldo Rezende, brilharam na categoria Multi Residence do Brasil, como ícones da arquitetura brasileira. “É um prazer e um orgulho para nós impactar significativamente o design e a arquitetura das cidades onde atuamos. Receber o reconhecimento internacional em projetos tão importantes para nós só reforça a qualidade dos nossos produtos e justifica o sucesso de vendas”, celebra Fernando Fabian – Diretor do Grupo Plaenge.

Outro sucesso de vendas, agora no mercado de condomínios fechados, foi o Lieu Unique, também em Campo Grande. Inspirado na arquitetura internacional e projetado pelo conceituado escritório Castro Arquitetos, com lotes de tamanhos entre 502 m² e 1.351 m², o empreendimento foi completamente comercializado em 5 dias.

O reconhecimento não está restrito apenas à atuação residencial da Plaenge. Suas obras industriais, que iniciaram o grupo na década de 70, também são certificadas e reconhecidas por entidades internacionais. É o caso do Sicredi Dexis, que está em construção em Maringá. A preocupação

Sede Sicredi, em Maringá

Momentum, em Campo Grande

Central de Vendas, em Santiago

Artesano, em Londrina

com os valores ambientais concederá ao empreendimento a certificação LEED Platinum (Leadership in Energy and Environmental Design), o selo máximo concedido pela U.S. Green Building Council – instituição responsável por reconhecer e certificar empreendimentos que apresentam soluções sustentáveis, pautadas na eficiência energética, na reutilização dos recursos naturais, entre outras iniciativas eco friendly.

Tudo isso fez da Plaenge a construtora líder do Sul do país pelo nono ano consecutivo, de acordo com o ranking Valor 1000, publicado anualmente pelo jornal Valor Econô-

mico. A empresa subiu 23 posições no ranking nacional em relação a 2021 e assegurou o título de Melhor Construtora do Sul, ficando entre as dez maiores do setor de Empreendimentos Imobiliários no país.

“Nossos valores, visão estratégica, investimento em tecnologia e o profundo interesse que temos em conhecer os mercados onde atuamos nos trouxeram sucesso nesses 52 anos. Nossos resultados indicam que este é um caminho que continuaremos buscando pelos próximos 52”, comemora Fabian.

Lieu Unique, em Campo Grande

Um novo Centro Nacional de Artesanato e Design nasceu de uma renovada visão sobre a arte e a cultura Cabo-verdiana na cidade de Mindelo. A proposta do escritório Ramos Castellano Arquitectos para revitalizar o espaço – uma antiga casa colonial com um pátio- foi fazer um novo edifício. O local de intervenção inclui, na parte da frente, uma casa antiga de importante relevo na História de Mindelo, que foi restaurada. Próximo a ele, há um pátio e na parte traseira o segundo edifício. Nele, muros caíram, o pátio se abriu para a cidade e tampas dos barris foram usadas para criar uma espécie de pele que cobrisse o inteiro museu, homenageando esse objeto simples, mas tão enraizado nas vidas do povo de Mindelo e do Cabo Verde. O objetivo foi de trabalhar com o menor número de recursos e com artesãos do Centro em uma oficina de autoconstrução usando materiais reciclados.

A dupla fachada ventilada do novo edifício garante um controle passivo da temperatura interna sem ar condicionado, as tampas podem rodar como persianas, permitindo a modulação da luz interna e do fluxo de ar. A energia será fornecida por painéis fotovoltaicos.

HERZOG & DE MEURON ASSINA PROJETO PARA A ESTAÇÃO LIVERPOOL STREET DE LONDRES

O escritório de arquitetura Herzog & de Meuron divulgou seu projeto de intervenção na estação Liverpool Street, em Londres. A proposta conta com atualizações para transformar a estação da era vitoriana em um centro de transporte acessível e adequado para acomodar as 135 milhões de pessoas que passam por lá todos os anos.

A proposta também inclui a construção de 84 mil m² de escritórios e um hotel de mais de 17 mil m² em duas novas estruturas, de 10 e 6 pavimentos. As intervenções visam aliviar problemas de capacidade e superlotação, além de abordarem questões de acessibilidade. O tamanho do saguão foi dobrado para 9.100 m² para aumentar o espaço de circulação. O número de elevadores públicos também aumentou.

CENTRO NACIONAL DE ARTESANATO E DESIGN TEM TAMPAS DE BARRIS NA FACHADA

TRADIÇÃO DOS VINHOS NO CHIPRE

O Chipre tem uma longa tradição de vinificação, são mais de 5.000 anos, desde os primeiros assentamentos na ilha. Sobre um pontal, acima da remota aldeia montanhosa de Kalopanayiotis, a vinícola Lampadistis mantém a cultura e surge como um objeto pesado que pousa no local. Projetada pelo escritório de Eraclis Papachristou Architects, é simples, cerimonial e pesada. É um exoesqueleto em concreto aparente. Em oposição, o interior é um muito mais aconchegante e intrincado. O teto maciço, definido por geometrias fortes que giram em torno dos três tambores centrais (onde estão alojadas as etapas da produção de vinho) em madeira recuperada. O peso do teto é reforçado por postes angulares e três cilindros de vidro, elementos leves que parecem incapazes de sustentar o peso acima. A extensão do piso principal, escura e reflexiva, é então perfurada pelos poços dos tambores, que abrigam a preparação, o amadurecimento e o consumo do vinho.

STUDIO LIBESKIND TRANSFORMA

ART DÉCO NA ANTUÉRPIA EM CENTRO CULTURAL

O arquiteto Daniel Libeskind quer transformar a torre Boerentoren, localizada no centro de Antuérpia, na Bélgica, em um novo centro cultural público. A torre Art Déco será ampliada para abrigar espaços de exposição, uma plataforma de observação panorâmica, um jardim de esculturas na cobertura e novos restaurantes e bares. De acordo com ele, as características originais do edifício histórico serão preservadas. O edifício vai abrigar principalmente a Phoebus Art Experience, um centro que exibirá obras de arte da Fundação Phoebus com uma galeria separada dedicada à exibição da coleção histórica do patrimônio portuário da fundação.

TORRE

A

ARQUITETOS

O projeto liderado pelo arquiteto Marcio Kogan, de São Paulo, foi o vencedor do concurso para o Pavilhão Brasil na próxima Exposição Universal, a Expo Osaka 2025, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil). O projeto é assinado pelos profissionais dos escritórios MK27 e Magnetoscópio, que além de Kogan, tem os arquitetos Renata Furlanetto e Marcello Dantas como autores.

De acordo com o parecer da comissão julgadora, apresentado pela arquiteta Gabriela Bilá, o projeto vencedor é uma proposta experimental, com temática de grande interesse e atualidade. “Sua estrutura suscita a agenda da sustentabilidade, com grande capacidade de atração de público”, comentou.

O tema central da Expo Osaka é “Designing Future Society for Our Lives”, com os subtemas: “Saving Lives”, “Empowering Lives” e “Connecting Lives”, que dividem geograficamente o parque de exposições. O Pavilhão do Brasil estará localizado no distrito “Empowering Lives”.

ARCHITECTURAL PHOTOGRAPHY AWARDS ANUNCIA LISTA DE FINALISTAS DE 2022

A décima edição do Architectural Photography Awards anunciou sua lista de finalistas selecionados a partir das inscrições de 64 países diferentes. As fotografias estão divididas em seis categorias: Exterior, Interior, Senso de Lugar, Edifício em Uso, fotos tiradas com Dispositivo Móvel, com “Pontes” sendo o tema deste ano, e Portfólio, sob o tema “Centros de Transporte”. As fotografias foram exibidas no World Architecture Festival (WAF) Lisboa, em Portugal. Confira alguns dos finalistas.

PAVILHÃO BRASIL NA EXPO OSAKA 2025 JÁ TEM

ROTEIROS PARA REGENERAR PESSOAS E LUGARES

Um ecossistema de hotéis independentes promove o turismo regenerativo nutrindo relações positivas entre quem coabita e visita destinos

Por Silvia Dias

Na contramão do turismo tradicional, hotéis ao redor do mundo estão propondo uma nova forma de viajar com o objetivo de causar impactos ambientais e sociais positivos.

São lugares que expandem os limites da arte, do design, da gastronomia, do bem-estar e da aventura, se transformando em centros de criatividade e inovação com experiências verdadeiramente incomparáveis.

As iniciativas vão além da sustentabilidade, já que aplicam o chamado turismo regenerativo, fundamentado em uma leitura sistêmica do lugar. O princípio seguido é o de

criar uma relação saudável entre quem coabita e visita um destino, fomentando condições em favor de todas as formas de vida locais.

A arquitetura desses hotéis também está focada em honrar o senso do lugar. São estruturas que respeitam as formas das habitações tradicionais ou mimetizam a natureza do seu entorno com materiais e processos construtivos inovadores.

Conheça alguns destinos certificados pela plataforma Regenerative Travel, que reúne hotéis independentes capazes de proporcionar experiências profundas e poderosas de autoconhecimento e conexão com a natureza.

FOGO ISLAND INN

Construído na costa rochosa do Atlântico Norte, o Fogo Island Inn oferece uma visão contemporânea da autêntica estética local. O cenário natural da ilha de Newfoundland, no Canadá, é impactante. De lá é possível avistar icebergs de 10 mil anos, participar de oficinas de construção de barco, conhecer a indústria pesqueira e explorar em detalhes o bioma do lugar.

FUTURE FOUND SANCTUARY

O Future Found Sanctuary é um refúgio luxuoso aos pés da Table Mountain, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Propõe experiências que exploram os benefícios curativos das plantas nativas e o potencial benéfico da biomimética. Oferece caminhadas guiadas em locais sagrados com o povo indígena Kho, além de aprendizados com artesãos locais.

ANDRONIS CONCEPT WELLNESS RESORT

No topo de uma falésia em Santorini, na Grécia, está o Andronis Concept Wellness Resort com sua construção deslumbrante, que respeita a paisagem e segue referências da estética arquitetônica do lugar. Além do fabuloso pôr do sol do Mar Egeu, oferece terapias regenerativas e experiências de preparo da gastronomia grega e de produção de vinhos.

O Playa Viva oferece acesso a uma natureza intocada na Costa do México. Foi construído dentro dos princípios regenerativos com materiais renováveis colhidos na região e sua ambientação é feita com objetos criados por artesãos nativos. Lá é possível conhecer a produção de café e chocolate, ter contato com a biodiversidade marinha e explorar a permacultura.

BASATA ECO-LODGE

Construído entre duas colinas desérticas no Sul de Sinai, no Egito, o Basata Eco-Lodge preserva e promove a cultura beduína. O local valoriza a simplicidade e o respeito pelo ambiente do seu entorno. É possível se hospedar em cabanas feitas em bambu ou em chalés tradicionais construídos em adobe.

PLAYA VIVA

Ilha do Mel Lodges é o nome da charmosa pousada recém-inaugurada próximo à vila Brasília, na Ilha do mel, no litoral do Paraná. Interiores, ambientação interna e externa assinados pelo escritório do arquiteto Marcelo Lopes.

EQUILIBRISTA

O prêmio Equilibrista 2022, do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF PR), teve como vencedor o diretor Administrativo e de Participações da Copel GeT, Adriano Fedalto. Na imagem, Fedalto (ao centro) com o presidente do IBEF PR, Ricardo Pereira; Adriano Rudek de Moura, diretor de Finanças da Copel; Daniel Pimentel Slaviero, presidente da Copel e Moacir Carlos Bertol, diretor geral da Copel. Foto: Antonio More.

No empreendimento Reserva Barigui, da Construtora Avantti, a engenheira civil Claudia Horta e o arquiteto Edison Vello projetaram o apartamento decorado de 255 metros quadrados, três suítes e amplo living com uma das vistas mais bonitas de Curitiba. Foto: Raquel Lima

HORTA E VELLO

MARCELO LOPES

RIOLAX

Os sócios proprietários da Riolax, Elcio Bassi e Keirrison de Souza, com o arquiteto Ivan Wodzinski e a designer de interiores Luciana Baggio em concorrido evento da marca de banheiras e spas em Curitiba. Foto Gerson Lima

Na festa de inauguração da REVEEV Curitiba, marca referência em camas e colchões de alto padrão, Letícia Pangracio, Kresthine D. Glatz Klaumann, Soraya Ribas e Klaus Diether Glatz. Foto: Patrícia Amancio.

REVEEV ILE

Referência no Sul do Brasil em alta gastronomia francesa, o Ile de France agora abre também para o almoço toda sexta, sábado e domingo em seu sofisticado novo endereço na Avenida do Batel. As reservas para o jantar são muito concorridas.

Foto: Priscila Fiedler

O restaurante Cas.Cais é a nova sensação do Pátio Batel, em Curitiba, tanto pela decoração contemporânea como pelo menu de frutos do mar. O cardápio luso-espanhol é assinado pelo chef Eliseu Fernandes e a adega conta com 300 rótulos de vinhos e espumantes. Na imagem, os sócios Eliseu Fernandes, David Soifer, Ronaldo Bohnenstengel e Roberto Bohnenstengel. Foto: Larissa Sene

O arquiteto Jorge Elmor, em parceria com a Asbea-PR e o LetsArch, ministrou o primeiro encontro “Construindo um Futuro Sustentável”. O evento buscou conscientizar e inspirar arquitetos a aplicarem técnicas e materiais sustentáveis para seus projetos. Na imagem, Frederico Carstens, André Marin, Jorge Elmor, Guido Petinelli, Flávio Schiavon e Euclides Ciruelos.

Sócio-fundador e presidente do Centro Europeu, Carlos Rodolfo Sandrini foi condecorado pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, como “Oficial da Ordem da Estrela”. A entrega da condecoração foi feita pelo Cônsul Geral da Itália, Salvatore di Venezia. Sandrini também foi por três mandatos presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Itália.

CAS.CAIS

CARLOS SANDRINI

JORGE ELMOR

MARCELO CALIXTO

O arquiteto Marcelo Calixto, responsável pelo paisagismo do Edifício Moriá (Soifer incorporações), buscou inspiração na natureza e viagens para realizar o projeto, criando um ambiente limpo sem deixar de lado a preocupação com a sustentabilidade.

DUPLA DE SUCESSO

Sócios há mais de 20 anos, Carla Mattioli e Mauricio Pinheiro Lima atuam na área de arquitetura e interiores, sendo referências em projetos contemporâneos em todo o Brasil. A dupla está de site novo, onde conta a trajetória de sucesso. Vale a pena a visita na página (mauriciopinheirolima.arq.br).

Manuela Rosenmann, diretora da Life Fitness Paraná, recebeu as arquitetas Priscila Feuers e Luciana Gibaile no Road Show da marca em Curitiba. Foto: Marcelo Elias

LIFE

CRIPPA

O escritório Crippa e Assis Arquitetura, dos arquitetos Maria Alice Crippa e Gustavo Assis, é responsável por todas as etapas de projeto corporativos, residenciais e comerciais contemporâneos. A marca registrada de Maria Alice e Gustavo é o apuro estético.

Reconhecido na capital por projetos de alto padrão, o arquiteto Rodolfo Fontana foi o responsável pela festa de casamento da sua irmã, Anna Julia Fontana com Edson Rocha Neto. A impecável ambientação e a elegância de toda a celebração estão recebendo muitos elogios.

Bandeirantes, no Norte do Paraná, vai entrar na rota do turismo nacional com o Morro dos Anjos Águas Quentes Hotel Resort, empreendimento do grupo SM, dos irmãos Patrick e Rodrigo Ferro. O moderno complexo hoteleiro com parque aquático está em construção e tem tudo para ser uma grande atração turística do estado.

RODOLFO FONTANA

MORRO DOS ANJOS

MONARCA

A Monarca recebeu convidados para apresentar o apartamento decorado Álamo, assinado pela arquiteta Ana Letícia Virmond. No evento “Spring Experience”, promovido em conjunto com a BYNOMADS, os participantes tiveram uma imersão sensorial que explorou os cinco sentidos, conceito que fundamenta o empreendimento residencial, localizado no Bigorrilho.

AGL ORNARE

A incorporadora AGL fecha o ano comemorando a entrega do seu prédio de alto padrão no Água Verde, o Tokaii, e o início das obras do New Urban, primeiro edifício com certificação GBC Condomínio de sua categoria. Na foto, os engenheiros, irmãos e sócios da AGL, Giancarlo e Luiz Antoniutti.

A Ornare Curitiba promoveu talk com a jornalista Mônica Barbosa sobre arquitetura e décor no novo apartamento decorado do Palazzo Lumini, da San Remo, projeto assinado pelo arquiteto Jayme Bernardo. Na foto de Antônio More, Luciana Bazan, Elaine Zanon e Cláudia Magalhães.

Na foto de Marcelo Elias: Analia Raad, Milena Kroeff, Flávia Bottarelli, Fabbi Cunha e Medhi Achek.

Julianna

presidente do Museu de Arte Indigena (MAI), inaugurou exposição do fotógrafo guarapuavano Valdir Cruz sobre os Yanomamis. Cruz reside em Nova York e fez as fotos quando era bolsista da Fundação Guggenheim. A exposição no belo museu do Água Verde vai até março.

Em

BOTTEH

COLLEZIONE CASA

A globetrotter Norma Camargo comandou elegante evento na Collezione Casa, loja na Avenida Manoel Ribas, em Santa Felicidade. Na imagem, Norma com Solange Trombini e a joalheira Renata Bernardo.

Enio Rodrigues da Rosa, diretor geral do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), recebeu doação da diretora da O3 empreendimentos, Gisele Ott, que comemora o sucesso de vendas do Oxygen, na rua Coronel Dulcidio, ao lado do IPC, no Batel.

Podolan Martins,

evento exclusivo, a Botteh Handmade Rugs recebeu profissionais, parceiros e imprensa do mercado de arquitetura e decoração de Curitiba. Assinada por Ilse Lambach, a festa da marca de tapetes artesanais reuniu impressionantes experiências para os presentes. Na foto de Patrícia Amancio, Bartira Brittes, Amir Shahrouzi e Barbara Sganzerla.

OXYGEN

MAI

O Grupo Baston Aerossóis foi o grande vencedor do TOP de Marketing 50, da ADVB/PR, com o case do desodorante Above. Na foto, o presidente da entidade, Claudio Stringari, Lucas Pacheco da agência GPAC, o coordenador da premiação, Marcelo Romaniewicz e o CEO do Grupo Baston, Gustavo Bacilla.

Foto: Valterci Santos

TACLA

O City Center Outlet Premium, do Grupo Tacla Shopping, foi inaugurado em dezembro e ocupa 74 mil metros quadrados de área construída, em Campo Largo, na Grande Curitiba. Na foto, Anibal Tacla; o prefeito de Campo Largo, Mauricio Rivabem; a gerente de Relacionamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Mônica Vianna; o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun; Ricardo Tacla e a jornalista e cerimonialista, Joana Treptow.

Na comemoração pelos 20 anos do Museu Oscar Niemeyer (MON), Beatriz Yunes, doadora da coleção africana ao museu; Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON e Fausto Godoy, doador da coleção asiática ao espaço.

Foto: Antonio More

ADVB

MON

NOVO EMPREENDIMENTO DE CURITIBA É 60% VENDIDO

EM 20 DIAS

Com 20 dias de lançamento do Oxygen, a construtora O3 já comemora as vendas de 60% do empreendimento. Composto por estúdios de 24 a 31 metros quadrados e aptos 1 ou 2 dormitórios de 54 a 76 m2, no coração do Batel, o Oxygen possui 64 unidades, com previsão de entrega no início de 2025

“Não imaginávamos esse sucesso de vendas, mas estamos muito satisfeitos em perceber a reação positiva do mercado em relação ao nosso produto. Seguimos em busca de novos desafios e na realização de projetos de alto nível. Acreditamos que nossos clientes ficarão mais do que satisfeitos com o resultado de seus investimentos.”, diz a engenheira civil e CEO da O3, Gisele Ott.

O empreendimento está localizado na Rua Coronel Dulcídio, 915, no Batel. “A localização é um grande diferencial. Além disso, o condomínio possui área de lazer completa, com academia, piscina, solário e sky gourmet, e uma área externa para contemplação, relaxamento ou bons momentos com amigos no rooftop. Possui, também, um SPA, lavanderia OMO, marketplace, bike rental, espaço kids e um café com opções rápidas de alimentação, tudo para a comodidade de quem for morar ou estiver de passagem”, explica.

O Oxygen será administrado pela Yogha – empresa de moradias por assinatura. Por meio dessa parceria, uma vez entregue o empreendimento,

a Yogha prestará serviços para auxiliar na administração do condomínio e oferecerá um hub de serviços sob demanda como limpeza, enxoval do apartamento, agendamentos de atividades por meio do aplicativo. Seus serviços também incluem todas as etapas da locação: anúncios, intermediação com o locador, check-in e check-out, manutenção, cobrança, despesas com concessionárias, entre outras.

PARCERIA COM INSTITUTO PARANAENSE DOS CEGOS

Localizado ao lado do empreendimento, o Instituto Paranaense dos Cegos é uma instituição sem fins lucrativos que há quase 80 anos trabalha para possibilitar o desenvolvimento integral e a inclusão social das pessoas com deficiência visual em Curitiba. A construtora O3 fez um estudo minucioso sobre as necessidades e possíveis impactos da construção no local.

Além de reformas e melhorias na sede do Instituto, a cada unidade do Oxygen que é vendida, a construtora faz uma doação em dinheiro e convida o comprador a fazer uma doação de qualquer valor também. Na próxima semana, um cheque no valor de R$16.000,00 será entregue à direção da entidade. A ideia é que a parceria seja permanente, com exposições no plantão de vendas e ações mesmo depois do fim da obra.

CONEXÃO ENTRE MARCAS, PESSOAS E NEGÓCIOS

Para quem planeja e desenha vivências nos espaços internos, o varejo é um dos segmentos mais dinâmicos e interessantes do momento. É a oportunidade de rever comportamentos sociais em constante mudança, principalmente após a pandemia, e materializá-los em design.

O hábito da compra vem sendo transformado, com tecnologia, visual merchandising, experiência do usuário, hipermixidade de usos, sustentabilidade e outras tendências que se tornaram parte deste novo varejo. Um conceito em que o cliente passa a ser protagonista da sua jornada de compra, online ou presencialmente.

A inserção da tecnologia na rotina dos consumidores é uma dessas condicionantes para uma experiência bem-sucedida, que vai desde o uso de aplicativos, deliveries, entregas expressas, compra online com retirada na loja e até mesmo o uso de equipamentos tecnológicos na experimentação de peças e produtos. Por exemplo, a prateleira de produtos tornou-se infinita: tudo pode ser comprado independentemente da localização do produto físico, se no estoque da própria loja ou em um centro de distribuição a alguns quilômetros de distância, ou em outra cidade. O celular se tornou uma ferramenta muito importante na vivência das lojas, uma vez que é com ele que o consumidor consulta, se informa, ganha pontos, vê sugestões e tantas outras ações. Os aplicativos se tornam espelhos das ofertas presentes nas lojas físicas e

vice versa. A lista de exemplos é extensa.

Vivemos a era do “figital”, em que a experiência física e digital não podem mais ser dissociadas. É a chamada omnicanalidade, ou seja, a conexão entre todos os canais e formas de comunicação buscando alcançar a onipresença das marcas no imaginário do consumidor. O objetivo é conseguir a máxima integração e fluidez do processo que se inicia em um ideal aspiracional e evolui até culminar numa transação financeira. E nesse percurso, o presencial apresenta-se novamente como um fator decisivo e a arquitetura dos espaços, um aliado.

Pela primeira vez desde os remotos lockdowns de 2020, as compras nas lojas físicas brasileiras registraram crescimento superior ao das compras on-line. De janeiro a junho, o faturamento das lojas de rua no país cresceu 28%, enquanto nos shoppings atingiu 40%, segundo dados da HiPartners publicados pelo Valor Econômico. No digital, a taxa ficou em apenas 4,3%. Essa movimentação já vinha se refletindo desde o ano passado, chegando a nós em forma de demandas de projetos de varejo para os mais variados públicos. Em comum, buscam proporcionar uma experiência memorável que transcenda o produto e consiga situar a marca entre as representações de bem-estar e identidade, acentuando a empatia. É nesse movimento de retomada ao mundo físico que temos visto o aquecimento no mercado de varejo quanto a procura das marcas para a criação de espaços físicos extremamente criativos e instigantes, na forma de pop

Material feito com restos de frascos de perfume na Flagship Boticário Lab by ARCHITECTS OFFICE / Triptyque Architecture. Foto: Ricardo Bassetti

ups ou lojas temporárias, flagships, lojas conceito, intervenções artísticas urbanas, dentre outros, nas principais metrópoles do mundo. Essas aparições geralmente contemplam algumas novidades tecnológicas na vivência desses espaços, com diversos gadgets eletrônicos e experimentos interativos, inclusive com o metaverso e realidade aumentada.

Para as companhias comprometidas com a agenda ESG, também é hora de apresentar resultados concretos. No nosso projeto para a flagship do O Boticário (ARCHITECTS OFFICE / Triptyque Architecture), o foco foi a reciclagem do vidro na criação de um novo material construtivo, sinalizando o quanto o insumo é sustentável. Já a nova Livraria da Vila na Alameda Lorena (ARCHITECTS OFFICE) buscou a otimização no uso dos materiais aplicados na arquitetura e mobiliário da loja, gerando redução de custos, diminuição de resíduos, além de sempre considerarmos iluminação 100% LED (também nos demais projetos). Mesmo caso no Teatro Vivo (Telefônica Brasil) (ARCHITECTS OFFICE / Triptyque Architecture), onde a iluminação LED traz o próprio conceito do projeto. A equipe AO participa de todas as etapas, desde entender como funciona a linha de produção e o processo de reciclagem até a concepção de protótipos e sua viabilização, sempre levando em consideração premissas sustentáveis para implementação dos projetos.

Até mesmo as empresas nativas digitais têm se rendido ao mundo real. Materializar identidades que até pouco

tempo atrás se restringiam às telas tem sido tão desafiador quanto instigante. Lojas conceitos e flagships surgem nessa mesma vertente, a de questionar os limites da marca e fortalecer sua relação com o público. Em muitos casos, a compra em si torna-se secundária, abrindo espaço para customizações, collabs, eventos, serviços análogos, agregando outros usos aos espaços de loja. As lojas passam de meros pontos de venda a pontos de experiência, de imersão nas marcas. Se transformam em verdadeiros hubs, como palcos de manifestação de uma identidade.

Comprar deixou de ser algo banal ou automático, mas uma imersão nos valores, tendências e mentalidades contemporâneas. O mercado do varejo se molda aos novos comportamentos de consumo e movimentos sociais, sendo um nicho de mercado que traduz esse zeitgeist ou espírito do tempo através da sua presença física (off-line) ou on-line. Nosso trabalho aqui na ARCHITECTS OFFICE é acompanhar essas mudanças e traduzi-las em espaços, relações e experiências memoráveis, para pessoas e marcas. É materializar o branding em espaço físico, em arquitetura, e sensações.

Raphael Valença é diretor de criação em Interior Design da AO-SP

Teatro Vivo by ARCHITECTS OFFICE / Triptyque Architecture. Foto: Ricardo Bassetti

O mercado imobiliário de Santa Catarina segue em destaque no cenário nacional e os números crescentes indicam perspectivas ainda mais positivas para os investidores do setor. O estado que tem o metro quadrado mais caro do país também apresenta valorização imobiliária acima da média brasileira. Enquanto a média dos estados ficou na casa dos 5%, cidades catarinenses atingiram valorização de 19% nos últimos 12 meses.

O litoral norte de Santa Catarina é onde se concentram as cidades com o metro quadrado mais valorizado no último ano: Itapema, valorizou 20,56%; São José, 19,73%; e Itajaí, 19%. Os números chegam a ser três vezes maiores que o restante do país, incluindo as capitais. Os dados são do índice FipeZap de julho de 2022.

Em Porto Belo, o Vivapark Porto Belo - primeiro bairroparque do país - já alcança valorização acima dos 160% em terrenos para residências unifamiliares em um período de 24 meses. No início do segundo semestre deste anoquando foi anunciada a primeira expansão do bairro - foram comercializados R$ 115 milhões em apenas um dia de vendas de terrenos. “A localização é parte fundamental da valorização do Vivapark Porto Belo, mas atributos como sustentabilidade, áreas verdes que abraçam todo o bairro, qualidade de vida e tecnologia são o futuro do setor imobiliário” comenta Roderjan Volaco, presidente da Vokkan.

GOLEIRO WEVERTON DECORA ÁREA EXTERNA DE CASA COM PEÇAS MODALLE

O goleiro Weverton Pereira da Silva, da Seleção Brasileira, remodelou recentemente a área outdoor de sua residência em Alphaville, na Grande São Paulo. Para o novo espaço externo, o atleta escolheu peças de design assinado da premiada marca de mobiliário outdoor Modalle, que apresenta suas coleções em Milão. A ideia foi fazer da residência um local espaçoso, acolhedor e aconchegante, para bons momentos com os filhos do casal, Valentina e o caçula Olavo. “Os móveis da Modalle têm design assinado e matéria-prima de qualidade que são exatamente para área externa, como a espuma importada e a madeira teca. O que me chamou atenção é que os produtos são feitos a mão e uma peça pode demorar dias para ficar pronta”, ressalta o goleiro.

TERRENOS DO VIVAPARK PORTO BELO VALORIZAM MAIS DE 160%