arquitetura | arte | design

Poltrona Siri, Claudia Moreira Salles para Etel | Foto: Ruy Teixeira
Nesta edição comemorativa de 4 anos da revista Habitat, refletimos sobre como desacelerar o frenesi coletivo, imerso na catarse tecnológica e nas transformações urbanas e ambientais que parecem não ter fim. Talvez a resposta resida nas origens essencialmente humanas, que flexionam tempo, espaço e matéria como antídoto à desmesura.
Celebramos a maestria artesanal e a precisão construtiva do design de Claudia Moreira Salles. A exatidão das proporções e expressividade da madeira - material primordial em suas criações - vertem traços de simplicidade refinada. Esculpidas no primor, suas peças alçam o sublime pela ausência de excessos.
Às vésperas do Salone del Mobile e da Bienal de Arquitetura de Veneza, o pensamento global converge sobre resoluções propositivas para adaptar a vida nes-
te planeta. Todas as formas de inteligência - artificiais, naturais e humanas - devem ancorar novas soluções no design e arquitetura. Nossas páginas atravessam olhares disruptivos, como o de Thiago Gomide, fundador da galeria Gomide&Co, que recontextualiza a arte ao revelar novas leituras do que sempre esteve à vista, mas não era percebido. Sua reputação global se reafirma com a representação do espólio de Mira Schendel. Ao antecipar novos rumos da arquitetura, o escritório Baggio Schiavon expande a atuação dentro e fora do Brasil. Mais do que nunca, tecer todas as formas de saberes - da ciência à esfera cultural -, exige redescobrir novos nortes. Questionar torna-se, assim, uma direção vital.
Boa leitura!
Débora Mateus, Editora e diretora de conteúdo
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Colunistas: Paula Campos (Coluna Sobre Morar), Rodolfo Guttierrez (Coluna É Design), Cesar Franco (Coluna Conexão), Jorge Elmor (Coluna Ponto de Vista)
Créditos: Ruy Teixeira | Agradecimentos: Claudia Moreira Salles e ETEL
Redes sociais: Trentini Comunicação | Impressão: Maxi Gráfica e Editora LTDA. | maxigrafica@maxigrafica.com.br
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Revista
Número 25 | Abril e Maio
12 CAPA.
Claudia Moreira Salles revela, em entrevista exclusiva, os marcos de seu legado de cinco décadas na história do design brasileiro
34 ARTE EXPANDIDA.
A trajetória de Thiago Gomide, sócio-fundador da Gomide&Co, e seu olhar apurado que eleva a arte ao entrelaçar design e arquitetura
44 SALONE DEL MOBILE & BIENAL DE ARQUITETURA.
Os movimentos de transformação que conectam dois dos maiores eventos globais de design e arquitetura do globo
48 EXPO REVESTIR 2025.
Descobertas e inovações da maior feira de revestimentos da América Latina
54 DW! 2025.
Na nova edição, a DW! Semana de Design de São Paulo amplia seus distritos e celebra a força criativa brasileira
58 DE CURITIBA PARA O MUNDO.
A visão inovadora dos sócios do escritório Baggio
Schiavon Arquitetura (BSA) sobre os novos rumos da arquitetura
64 NOTAS DE MERCADO.
Um giro pelas principais notícias nacionais e globais
68 COLUNA SOBRE MORAR.
O lar de Marcos Soares
76 COLUNA É DESIGN.
A atuação polivalente do designer Bruno Faucz
83 COLUNA CONEXÃO.
Cobertura social dos eventos de Curitiba
Em entrevista à Habitat, Claudia Moreira Salles discorre sobre o legado que a consagrou na história do design brasileiro
Por Débora Mateus
O mancebo Stand by é uma alternativa assimétrica à forma convencional em tripé e exalta as peculiaridades da madeira maciça e concreto
Foto: Andrés Otero
Há quase cinco décadas, as criações de design de Claudia Moreira Salles fascinam pela poesia geométrica dos traços que, no âmago, carregam a simplicidade artesanal. Serenas, suas peças emergem do equilíbrio, precisão construtiva e de proporções. Os detalhes têm relevância preciosa. A madeira, onipresente em suas obras, é exaltada pelo apelo tátil e visual. Nos mobiliários, as pesquisas se estendem ao uso de pedra, concreto e aço, além do nióbio, nas luminárias em série limitada. A harmonia de todos esses atributos faz com que, desprovidos de ruídos, seus desenhos reverenciem a beleza refinada que nasce do essencial, ponto de encontro entre forma e função.
Claudia não busca a vanguarda, mas foca na criação de peças artesanais de excelência, duráveis e que respeitem o meio ambiente e a cadeia produtiva. Influenciada por mestres modernistas como Joaquim Tenreiro e Sérgio Rodrigues, além de figuras centrais da Bauhaus como Mies Van der Rohe, incorpora sua própria abordagem contemporânea. “O modernismo é muito importante nas minhas influências e materiais com os quais trabalho. Existe um valor sustentável em perpetuar a excelência dos mestres marceneiros. Ao mesmo tempo que projeto pensando na execução artesanal, não descarto novas tecnologias, quando elas contribuem para um resultado melhor na produção”, afirma em entrevista exclusiva à Habitat.
A metodologia adquirida no início de sua formação em design industrial embasa sua empreitada autoral. Exibições marcantes no Brasil e no exterior integram a atuação, que também inclui, desde 1988, a sociedade em interiores com Liliana Saporiti. Entre as colaborações com marcas de renome, destaca-se a parceria de 30 anos com a Etel. Para celebrar essa trajetória, a marca
realiza sua individual inédita em Milão, durante a Semana de Design. Com a Lumini, acaba de lançar a nova série de luminárias, Tempo. Colabora com a Dpot e já criou peças em parceria com a Firma Casa, Bertolucci e Saint James. Nos Estados Unidos, é representada pela Galeria Espasso.
PERCURSO AMBIVALENTE
Nascida no Rio de Janeiro, cresceu imersa sob influência de ícones da arquitetura moderna como o Ministério da Educação e Saúde, projetado por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Seu olhar também foi moldado pelos interiores das residências de amigas, filhas de Sergio Rodrigues e Henrique Mindlin, onde o mobiliário moderno brasileiro convivia com outras peças e trabalhos artísticos, de forma despojada. O ingresso na
Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), primeiro curso de design da América Latina, é crucial em sua história. Mentores como Aloísio Magalhães e Karl Heinz Bergmiller, que trouxe o funcionalismo da escola de Ulm ao Brasil, formaram a base metodológica. “O estágio no departamento de design do MAM-RJ ampliou meus saberes. Pude intensificar na prática como abordar e solucionar problemas de design”.
“O modernismo é muito importante nas minhas influências e materiais com os quais trabalho. Existe um valor sustentável em perpetuar a excelência dos mestres marceneiros”
Logo após se formar em 1978, Claudia projetou mobiliários simples e resistentes (em uso até hoje), para uma escola-creche em Minas Gerais junto com Pedro Luiz Pereira de Souza. Ao mudar-se para São Paulo, integrou a equipe de design da Escriba, trabalho que revelou a realidade de um setor industrial distante da visão dos designers independentes da época. Com
o amigo Fulvio Nanni, criou as primeiras peças em pequenas tiragens para a Nanni Movelaria. A transição para o artesanal começaria ali, sem nunca se afastar dos preceitos aprendidos na prática industrial. Foi Nanni quem a apresentou a Etel Carmona, com quem, desde os anos 1990, colabora e aprofunda os saberes na maestria da marcenaria.
Cadeiras Quase Mínima, 2004. O nome alude ao desenho esquemático das peças que se destacam pelo conforto do encosto e assento Foto: Andrés Otero
Os desenhos de móveis, objetos e luminárias nascem de um processo artesanal que explora materiais em sua máxima potência, evitando desperdícios. A madeira, oriunda de demolição ou certificada, revela sua singularidade nos veios e imperfeições. Parte da pesquisa incessante por novos materiais, o nióbio foi incorporado à criação de luminárias em séries especiais para a Lumini desde 2015. Sua coloração, alterada por anodização sem adição de pigmentos, confere aos itens aspectos que justificam a exclusividade da tiragem. A primeira série limitada, Sintonia Fina, deu origem a itens de iluminação preciosos que unem cores, texturas e proporções. O contraste entre a madeira e o nióbio contrapõe quente e
frio, leve e pesado, fruto de um processo magistral. “As novas arandelas Tempo, nascem do desejo de interagir com a luz, dimerizar. Parti da forma de calota, recorrente em minhas concepções”.
Ao relembrar a trajetória, Claudia destaca que a indústria mudou desde a sua época. “É mais capaz e atenta hoje. A inovação tecnológica, inclusive na área luminotécnica evolui de maneira expressiva”. Apesar disso, para ela, o grande desafio ainda é equalizar produção, custo e escala. “Mesmo hoje, designers independentes não dispõem dos mesmos recursos e da estrutura das lojas para viabilizar a produção em maior escala”.
O repertório cultural, nutrido desde a infância e parte do cotidiano familiar, edificou seu olhar para a arte. Em 2010, foi instigada por Waldick Jatobá a explorar os limites desse universo com o design. Em Paralelogramos, na extinta galeria Baró, inspirou-se em Carl André, entre suas referências do minimalismo americano, para apresentar mesas de centro dispostas como esculturas. Tinham pouca madeira, em contraste com pedra, metal e Corian.
Os móveis, em tiragem limitada, se fundamentam na complexidade do processo e raridade dos materiais. “A influência da arte no meu trabalho acontece pelo vocabulário estético e formal adquirido. Você poderia me ver junto aos concretistas brasileiros, minimalistas americanos. Mas obras de Caravaggio e Morandi me emocionam”.
Projetos expográficos desenvolvidos em conjunto com Gabriel Bueno, com quem Claudia trabalha há dez anos, refletem sua expansão recente no meio da arte, em mostras no Museu Oscar Niemeyer (2021) e na Casa Zalszupin (2022). Nas edições da Aberto, ela ampliou sua atuação da expografia para a curadoria de obras, ao lado de Felipe de Assis e Kiki Mazzucchelli. “Esse trabalho de curadoria e expografia é algo que eu gostaria de explorar mais”. Neste ano, a Aberto 04 acontecerá em Paris, na Maison La Roche, casa projetada por Le Corbusier e Pierre Jeanneret - Patrimônio Mundial da
UNESCO. Obras do próprio arquiteto serão exibidas em diálogo com trabalhos de Lygia Clark, Lygia Pape, Beatriz Milhazes e artistas comissionados como Maria Klabin, Luísa Matsushita, entre outros. Com Lauro Cavalcanti no time curatorial, a mostra também aprofundará a relação histórica entre Le Corbusier e Lucio Costa. Estarão presentes os Cavaletes Abertos, criados para a Etel, e as luminárias Cavaled, para a Lumini. No design de Claudia Moreira Salles a dimensão artística é inegável. Pausas poéticas em meio ao turbilhão cotidiano, suas peças dizem muito - para além da estética.
Na seara entre design e arte, a mesa Texturas, apresentada em 2010 na extinta Galeria Baró, teve apenas três exemplares produzidos Foto: Romulo Fialdini
Em concreto, os traços escultóricos do banco Dominó remetem a detalhes do divã de Mies van der Rohe | Foto: Andrés Otero
Guardião do espólio de Mira Schendel, Thiago Gomide se consolida ao integrar arquitetura e design à esfera da arte
Por Débora Mateus
Mira Schendel, Sem título [Untitled] 1954 | Foto: Ding Musa/Cortesia Mira Schendel Estate e Gomide&Co
Não gosto de fazer nada do que já foi feito, isso me incomoda”. A fala de Thiago Gomide espelha a visão aguerrida lapidada na busca pelo inédito. Sua trajetória, que cruza arquitetura e design, alicerça a identidade da Gomide&Co. Criada há 11 anos, a galeria detém distinção nacional e internacional empunhada no olhar esteta de seu fundador. Ao lado do sócio Fábio Frayha, ex-diretor do Masp, ele conduz a equipe a identificar nuances que escapam aos olhares habituais. “Conquistamos algo quase unânime no meio. Recontextualizamos e apresentamos de forma inovadora o que estava à vista de todos, mas não era notado. Hoje, quando apontamos para algo, as pessoas começam a olhar”, revela à Habitat.
Cada exposição - seja no espaço próprio, feiras e bienais mundo afora - é tratada com o rigor de quem olha para o triunvirato arquitetura, design e arte. Da pesquisa histórica à expografia, assinada por arquitetos convidados como Ana Ferrari, Jaqueline Lessa (entre terras), os sócios Gustavo Cedroni e Martin Corullon (Metro Arquitetos), Marieta Ferber e Lucas Jimeno Dualde ao design de peças de Claudia Moreira Salles e Lucas Recchia. A primazia também permeia a produção de materiais gráficos sob coordenação editorial de Livia Debbané, além da comunicação e diferenciada programação.
Tamanho esmero levou a família de Mira Schendel (1919-1988), uma das maiores artistas do século 20, a confiar à Gomide&Co a representação de seu espólio, antes gerido pela Hauser & Wirth. A consagração da galeria paulista também se reflete no cuidado em conectar diferentes gerações e perspectivas. Entre os 19 artistas
representados - tanto consagrados quanto emergentes, nos mercados primário e secundário -, figuram nomes como Antonio Ballester Moreno, Lenora de Barros, Marcelo Cipis, Maria Lira Marques, Joseph Beuys, Antoni Tàpies, Amadeo Luciano Lorenzato, Marcel Broodthaers.
Thiago Gomide | Foto: Bob Wolfenson
Da mãe, Meire Gomide, arquiteta autodidata consolidada, o galerista herdou a vertente apurada. Adolescente ainda, estudou arte em Londres com Jenny Saville - antes do apogeu da artista. As incursões aos museus europeus forjaram seu repertório precoce. Aos 20 anos, ele deixou o curso de arquitetura para lançar a própria galeria de design em Minas Gerais. Vendia móveis de Za-
nine Caldas e Sérgio Rodrigues, numa época em que as peças de design eram pouco reconhecidas, indício de sua verve visionária.
O trabalho com Bernardo Paz, fundador do Inhotim, foi uma virada. “Ali, o mundo da arte contemporânea se abriu para mim. Eu era diretor de exposições, mas também trabalhava com arquitetos, galeristas e artistas.
Ajudei na montagem de instalações de figuras como Dan Graham”. Sete anos depois, ao se estabelecer em São Paulo, Thiago Gomide inovou o mercado de leilões ao incluir design, arte contemporânea e fotografia ao lado de obras modernas na Bolsa de Arte. A jornada criativa se conjuga à vida pessoal: na residência adquirida e restaurada junto à esposa, Livia Debbané. Joia
arquitetônica projetada por David Libeskind, em 1958, reúne uma coleção de preciosidades: móveis de Lina Bo Bardi, Joaquim Tenreiro, Claudia Moreira Salles, Lucas Recchia e Knoll dialogam com trabalhos artísticos de Dan Graham, Mira Schendel, Amadeo Lorenzato, Francisco Brennand, Jannis Kounellis, Jimmie Durham e Cildo Meireles.
O programa de resgate de artistas liderado pela Gomide&Co, é outro marco. Graças a ele, Megumi Yuasa voltou a fulgir. Após a primeira individual organizada em 2024, suas obras foram adquiridas instituições como Carnegie Museum of Art. Colaborações com outras galerias influentes como David Zwiner, Gladstone, Ortuzar e a própria Hauser & Wirth, são vistas pelo galerista como meio de expansão global.
Entre as mostras antológicas, Nosso Norte é o Sul (2021), listada entre as 10 melhores do mundo pelo site Hyperallergic, conectou 2 mil anos de arte, com têxteis das culturas Inca, Huari e Nazca e obras de 30 artistas latinoamericanos. Revelou as raízes históricas da geometria moderna e a relação com as vanguardas do século 20. “A ideia surgiu numa conversa com Paul Hughes, um dos maiores dealers de arte pré-colombiana, na Art Basel.
Passei a refletir sobre a geometria como linguagem milenar, desafiando a percepção de que começou com a Bauhaus ou Max Bill”.
Este ano, a participação na SP-Arte terá uma nova contribuição de Hughes, desta vez com cerâmicas. “Quanto mais a tecnologia nos cerca, mais o feito à mão se torna essencial. Daqui a 30 anos, o trabalho manual será raro
e precioso”. Em maio, a previsão é apresentar a solo de Mira Schendel na feira nova-iorquina TEFAF. A exposição inaugural da artista no Brasil promete ser lendária, segundo Gomide. “Conheço bem o corpo de trabalho da Mira e, ao explorar tudo o que a família tem, vi obras que ninguém conhece. Fiquei curioso em ver essa Mira nova e acredito que as pessoas vão se surpreender”.
Novas propostas para redesenhar o futuro da arquitetura e do design marcam os maiores eventos do setor em 2025
Por Débora Mateus
Inteligências conectadas. Cultura, ciência, tecnologia, emoção, coletividade, saberes ancestrais e inovação sustentável são o cerne das novas perspectivas arquitetônicas e de design. O ser humano está no epicentro, não apenas como espectador, mas como o ponto de partida para projetos que antecipam um futuro melhor. Aprimorar a qualidade de vida, os espaços habitados, bem como a interação entre eles, torna-se primordial. A sustentabilidade passa a ser mais radical, uma vez que a intensidade das crises climáticas demonstra que mitigar impactos não basta.
Em 2025, tanto o Salone del Mobile, em Milão, quanto a Bienal de Arquitetura de Veneza, propõem novas visões
que antecipam o futuro da relação entre ser humano, matéria, espaço e inovações tecnológicas. Ambos os eventos expandem seus papéis e se consolidam como plataformas voltadas à transformação. Suas propostas oferecem soluções que integram inteligências humanas, naturais e artificiais. A construção do porvir deve partir do esforço coletivo, enraizado nos conhecimentos ancestrais, capaz de redesenhar a coexistência entre natureza, espaços urbanos e recursos do planeta. O foco deve estar na melhoria das condições de vida terrestre, não na fuga para outros planetas. A exploração espacial pode servir como ferramenta para compreender e resolver os desafios ambientais e sociais por aqui.
Sob o tema “Thoughts for Humans”, a 63ª do Salone del Mobile enfatiza o design ético e humanizado, centrado na experiência sensorial e emocional. As fotografias da campanha, assinadas por Bill Durgin, evocam como esse campo conecta humanos e espaços, melhorando a vida cotidiana. Em instalações como a Villa Héritage, projetada pelo designer francês Pierre-Yves Rochon, o luxo atemporal une diferentes épocas e culturas. Já “La Dolce Attesa”, do cineasta italiano Paolo Sorrentino, convida à reflexão sobre a espera como metáfora da existência humana, entrelaçando tempo, emoção e design.
A Euroluce 2025, coloca a luz como elemento central, abre espaço para discussões sobre qualidade de vida, saúde e sustentabilidade. Na Arena “The Forest of Space”, Sou Fujimoto reinterpreta a floresta como um
ambiente interativo, convidando o público a pensar sobre como construir o futuro. No Fórum Internacional de Iluminação, profissionais como o astrofísico Piero Benvenuti, a designer solar Marjan van Aubel e o neurobiólogo vegetal Stefano Mancuso debatem o uso da luz não apenas como fonte de energia sustentável, mas também como uma janela para o cosmos.
Em colaboração com a Prefeitura de Milão | Cultura, o Salone convidou o diretor de teatro e artista visual americano Robert Wilson para apresentar “Mother”. A obra, que une iluminação e música de Arvo Pärt, revela as dimensões emocionais das esculturas de Michelangelo, em diálogo com a Pietà Rondanini, exposta no Castello Sforzesco.
“Construction Futures: Co-Poiesis”, Philip Yuan | Foto: Divulgação
“A adaptação exige uma mudança fundamental em nossa prática. A exposição deste ano, Intelligens. Natural. Artificial. Coletiva., convida diferentes tipos de inteligência a trabalharem juntas para repensar o ambiente construído”. Essa frase, parte do manifesto escrito por Carlo Ratti, curador da 19ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, sintetiza o conceito do evento. O arquiteto e diretor do MIT Senseable City Lab, sugere uma nova visão de pensar a arquitetura diante das mudanças climáticas cada vez mais intensas e frequentes. Para ele, a mitigação já não é suficiente: é preciso recorrer a todas as formas de inteligência - natural, artificial, coletiva - para criar soluções sustentáveis que possibilitem adaptação a um mundo transformado.
Entre os dias 10 de maio e 23 de novembro deste ano, o evento reunirá mais de 750 participantes de diversas áreas, como cientistas, engenheiros, filósofos e artistas - todos em esforço coletivo para repensar o ambiente construído. Veneza, cidade particularmente vulnerável às mudanças climáticas, será transformada em um laboratório vivo, com instalações e protótipos espalhados pelos históricos Giardini e Arsenale, além de outros espaços. A curadoria aberta e inclusiva instaura um novo modelo de autoria colaborativa, refletindo a necessidade urgente de uma resposta interdisciplinar.
“(RE)INVENÇÃO” é o nome da exposição do Pavilhão do Brasil na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza, com curadoria de Luciana Saboia, Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo. A mostra investiga a diversidade da arquitetura brasileira e as respostas aos desafios climáticos. O percurso expositivo abrange desde saberes ancestrais da Amazônia até soluções urbanas contemporâneas. Elo entre tradição e inovação, o projeto expográfico utiliza elementos que dialogam com o meio ambiente e promovem um ciclo sustentável de construção e reúso. Um dos destaques é a Plataforma-Jardim, inspirada no projeto de Oscar Niemeyer e João Filgueiras Lima nos anos 1960, que utiliza espécies nativas do Cerrado, adaptadas à sazonalidade do bioma.
Por dentro das descobertas da maior feira de revestimentos, louças e metais da América Latina
Por Débora Mateus
Design que dialoga com arte, natureza, bem-estar, tecnologia e sustentabilidade. A 23ª edição da Expo Revestir reuniu mais de 300 marcas expositoras, apresentando inovações que abrangem cerâmicas, louças, metais, rochas ornamentais, madeiras e outros acabamentos. As novidades refletem a transformação do lar em um espaço que prioriza a qualidade
de vida sem abrir mão da estética, alinhando-se às tendências globais de design e decoração. Cores, formas e texturas ampliam o apelo sensorial dos produtos e ambientes de exibição. Entre os destaques, as pedras naturais aparecem em propostas que combinam inovação e atemporalidade.
Espaço do PR Grupo Paraná premiado com o Best in Show na categoria Rocha Natural | Foto: Divulgação
O PR Grupo Paraná foi premiado com o Best in Show na categoria Melhor Rocha Natural nesta edição da feira. Assinado pelo arquiteto Junior Andrade, o estande destacou-se pela imponência e sofisticação, inspirado pela grandiosidade do mar e nuances das rochas naturais. Destaque do projeto, o granito Sea Foam Green, cujas tonalidades únicas de verde remetem ao fundo do oceano, cria uma conexão visual com a natureza. A composição foi enriquecida pelo uso de mármores como o Monte Cristo PR, de textura suave, e o Calacatta PR, com veios marcantes, que receberam acabamentos escovados
e polidos, para elevar ainda mais o refinamento. A expografia do estande incorporou o movimento das ondas que, aplicado no teto, trouxe dinamismo e fluidez. Além disso, a escultura criada por Dodó Andrade, em forma de cauda de baleia, reforçou o conceito conectando arte e natureza. Com mais de 60 anos de tradição, o PR Grupo Paraná inova com tecnologias como a Pietrafina, que reduz a espessura das rochas de 20 mm para 5 mm, tornando-as até 70% mais leves sem perder resistência e beleza natural. Essa combinação de tradição e inovação consolida o Grupo como referência no mercado.
Entre as apostas da Deca, a cozinha assume o protagonismo. A linha Funstation revoluciona o conceito da área gourmet: oferece três opções de instalação (composta, sobreposta, embutida e à face), tornando-se uma solução multifuncional e sofisticada. O acabamento Inox Nano conta com acessórios como balde de gelo e tábuas de madeira, que otimizam a bancada e ocultam a área molhada. Outra novidade é a coleção Enjoy. Com monocomandos que aliam design e funcionalidade, atende às novas rotinas e necessidades dos consumidores, incluindo filtro classe A e opções de água gelada, fervente e gaseificada.
Primeira linha transversal da Dexco, Nexus homenageia a arquitetura modernista brasileira e o Conjunto Nacional, reinterpretando materiais, formas e texturas de maneira contemporânea. Entre os destaques estão a torneira Nex Float da Deca, a lastra Nex Concreto da Portinari, o Nex Ladrilho Urbano da Ceusa e o cobogó Nex Bloc da Castelatto. Outra grande novidade da Portinari, a coleção Petra apresenta lâminas de pedra sinterizada, com edições exclusivas assinadas por Alex Hanazaki e Marina Linhares. Em Curitiba, a Impermix se firma como boutique de acabamentos, revendedora exclusiva das marcas Dexco.
Nova linha Funstation Deca traz acessórios que otimizam a área útil da bancada. Disponíveis em Curitiba com exclusividade na Impermix Foto: Divulgação
A Michelangelo Mármores do Brasil celebra 35 anos e 10 edições na Expo Revestir com o espaço assinado por Marcos Bertoldi. O estande reinterpreta elementos históricos do estilo gótico e românico italiano, incorporando referências à obra de Mário Botta (que já foi capa da Habitat), em uma leitura contemporânea. O mármore Napoleon Bordeaux, de tom vermelho raro com veios brancos e marrons - presente em lojas da Gucci e estações de trem de Berlim -, protagoniza a atmosfera sensorial e artística. Em contraste com os tons Grigio Michelangelo e o Branco Michelangelo, revela um interior vibrante que contracena com a estrutura minimalista externa.
Revestimentos Aquarelle, Portobello | Foto: Divulgação
Criada em parceria entre o artista Vik Muniz e a Portobello, a linha de porcelanato Haptic conecta arte e arquitetura ao transformar superfícies cerâmicas com texturas e cores inspiradas no papel e na pintura em aquarela. A coleção é composta por três elementos principais: Canvas, grandes formatos que destacam a suavidade e gramatura do papel; Aquarelle, que explora paletas aquareladas; e Cobogó Aquarelle, que proporciona uma experiência cromática interativa, variando conforme a luz e a perspectiva.
Para celebrar os 20 anos no Brasil, a Roca apresentou uma nova peça da coleção Ohtake, assinada por Rodrigo Ohtake e inspirada no formato da flor copo-de-leite, em continuidade ao trabalho de seu pai, Ruy Ohtake. A banheira compacta, idealizada para proporcionar uma experiência de imersão semelhante à dos ofurôs japoneses, expande a linha, que inclui cubas de apoio e foi premiada pelo IF Design 2025. O modelo conta com assento interno e acessórios como degrau e prateleira.
O DocolChu-á, chuveiro para áreas externas criado pelo arquiteto e urbanista Alan Chu, remete aos banhos e brincadeiras com mangueira de jardim. Sua estrutura tubular em aço inox polido adquire caráter escultural e tom lúdico. O item integrou a última edição da mostra Aberto, realizada na casa de sua mãe, a designer Chu Ming Silveira, e rendeu à Docol o prêmio Best in Show na categoria Melhor Metal nesta edição da feira.
A Arauco apresenta Ritmos, com nove padrões e a inovadora textura Dueto, inspirados na música e na cultura brasileira. Os novos revestimentos exibem nuances amadeiradas como Bossa Nova e Samba, além de cores como Jazz, Blues e Frevo. Dueto combina acabamentos com diferentes sensações táteis e visuais, ressaltando a versatilidade da madeira.
Cobertura especial da Habitat apresentada por PR Grupo Paraná
Instalações, reflexões e criações marcantes do festival urbano de design que agitou a capital paulista
Sob o tema Mãos e Máquinas, a 14ª edição da DW! Semana de Design de São Paulo inaugurou o calendário criativo do ano com mais de 300 atrações espalhadas pela cidade. O evento reuniu exposições, instalações, palestras e estreias que provocaram reflexões sobre a relação entre o fazer manual e a tecnologia. Além
dos circuitos tradicionais nos edifícios icônicos do centro, como a Galeria Metrópole e o Conjunto Zarvos, sede da Feira Rosenbaum, a DW! expandiu para um novo distrito. Ao incluir Santa Cecília, Higienópolis e Barra Funda - um polo vibrante de criatividade -, o festival intensificou seu impacto experimental e cultural neste ano.
Focada na produção contemporânea das últimas duas décadas, a exposição Um Lugar apresentou 55 cadeiras de 29 designers brasileiros na Galeria Metrópole. Organizada por Gabriel De la Cruz e Pedro Luna, com curadoria de Carolina Gurgel e consultoria de Adélia Borges, contemplou criações assinadas por nomes como Humberto Campana, Paulo Mendes da Rocha, Carlos Motta, Claudia Moreira Salles e Leandro Garcia. A seleção destacou a diversidade e a experimentação no design nacional, com um olhar renovado sobre a tipologia do móvel, incluindo peças para ambientes externos, escritório e infantis.
A estreia do distrito da Barra Funda, Santa Cecília e Higienópolis no festival homenageou o legado do poeta modernista Mário de Andrade, que viveu na região. Promovida pelo Museu Casa Mário de Andrade em parceria com a Barra Funda Autoral (BaFu) - iniciativa de Claudio Magalhães -, a programação reuniu mais de 30 designers cujas criações dialogam com móveis assinados pelo próprio escritor. Estúdios e ateliês, como Studio Reyes, Galeria Verniz e Mau, de Maurício Arruda, também participaram da segunda edição do circuito da BaFu.
Instalação criada a partir dos escombros do antigo muro das residências com criações de designers convidados | Foto: Augusto Ribeiro
Em sua loja conceito na Alameda Gabriel Monteiro, a Itens apresentou novas coleções de luminárias assinadas por mulheres designers. Casquinha, de Natália Scarpati, destaca a leveza das cúpulas sobrepostas; Vida, de Mariana Prestes, celebra o equilíbrio entre homem e natureza; e Hibisco, de Fernanda Peçanha, explora formas florais criadas por impressão 3D e revestidas com couro. As peças traduzem inovação, cuidado artesanal e a valorização da essência do design brasileiro.
Em Impermanência: A Essência da Mudança, um grupo de amigos transformou três casas interligadas em um circuito experimental no bairro de Pinheiros. Sob a curadoria de Paulo Goldstein, Francio de Holanda, F.Studio e 80e8 Design, o espaço recebeu instalações e produções de designers e criativos como Gustavo Bittencourt, Guilherme Sass, Carol Gay, André Ferri, Cultivado em Casa, Estúdio Dentro, Bruna Octaviano e Marcelo Stefanovicz. As obras exploraram a passagem do tempo e a transformação, com uso de materiais reaproveitados.
Pendente Casquinha, Natália Scarpati para Itens | Foto: Divulgação
De volta ao Complexo Zarvos, a Feira na Rosenbaum reuniu 50 estúdios de design de todo o país, com foco na temática Matéria do Futuro. O evento enfatizou o uso consciente de materiais e a produção circular, além de enaltecer as técnicas artesanais sob uma perspectiva contemporânea. Entre os destaques, obras inéditas da artista pernambucana Beth Cyrne desafiam os limites da arte, ao utilizar papelão como matéria-prima.
A coleção Arcanum, assinada por Patricia Anastassiadis para a Artefacto, é inspirada em Roma, com foco na atemporalidade e na atenção aos detalhes. Traços precisos e formas depuradas combinam materiais nobres, como madeira, couro e pedra, refletindo o rigor estético dos objetos romanos. A poltrona Solis, com curvatura em couro e sustentada por um tripé, e a mesa Arcos, exemplificam o conceito de estética que atravessa o tempo.
Outro marco do circuito na Alameda Gabriel, Tributo: A Arquitetura como Forma de Diálogo, realizada na Etel, apresentou projetos emblemáticos de Archea Associati, em complemento à masterclass conduzida por Lissa Carmona, CEO da marca, e Marco Casamonti, sócio fundador do escritório italiano. O evento explorou a interdisciplinaridade entre o design brasileiro e a arquitetura italiana, evidenciando as influências mútuas entre as áreas.
Com uma visão atenta aos novos rumos da arquitetura, a Baggio Schiavon Arquitetura amplia sua presença global
Por Débora Mateus
Antecipar o que está por vir é um exercício constante de inovação e adaptação aos movimentos cambiantes. Para Flavio Schiavon e Manuel Baggio, sócios da Baggio Schiavon Arquitetura (BSA), a habilidade de captar as mudanças socioculturais, ambientais e tecnológicas é crucial para as soluções arquitetônicas do futuro. Com mais de 40 anos de trajetória e 1.115 projetos realizados, o escritório é reconhecido pela expertise - especialmente em grandes empreendimentos imobiliários -, além de soluções urbanísticas e projetos corporativos no Brasil e no exterior. Com sede em Curitiba, a BSA expande suas operações para Nova Iorque, abrindo espaço para concepções em Mumbai e nos Emirados Árabes.
O ofício, segundo a dupla, deve antecipar as necessidades humanas. "Gosto de lembrar a origem grega da palavra projetar: junção de 'pro' (antes) e 'jetar' (jogar). Não é possível adotar apenas as melhores soluções disponíveis no momento da criação de um edifício; é essencial pesquisar novos costumes, tecnologias, materiais e até tendências estéticas, para que, quando o projeto for entregue, esteja em sintonia com seu tempo", revela Flavio Schiavon. Os fundamentos do modernismo são valiosos, mas não devem ser restritivos. Na era da pluralidade, estilos como o maximalismo também têm seu espaço. Ao integrar primor técnico a uma abordagem humanizada, o escritório acompanha as macrotendências, realiza pes-
quisas de mercado e desenvolve estudos profundos para criar novas formas de habitar. “A arquitetura contemporânea busca acompanhar e atender às expectativas e necessidades das pessoas no mundo moderno. Conforto e praticidade nos projetos são essenciais. Cabe ao profissional encontrar soluções com qualidade, harmonia e beleza”, diz Manuel Baggio. Os sócios apontam para espaços que conectam áreas internas e externas, residências suspensas integradas ao verde e ambientes acolhedores que atraem equipes de volta ao trabalho presencial.
Cascata, em Marília (SP): interliga edificações, vias de acesso e infraestrutura, promovendo fluidez e conectividade no tecido urbano Foto: Divulgação/BSA
Com uma equipe formada por profissionais experientes e novos talentos - altamente capacitados, atuando em diversos núcleos -, o ambiente estimula a troca de saberes. Instigado a compartilhar suas visões, o time busca soluções inventivas e eficientes. Para Manuel, formar uma boa equipe exige o desenvolvimento da competência de cada arquiteto. “A troca de conhecimento, unindo experiência e ideias inovadoras, resulta em bons projetos, sempre com liberdade para propor, questionar e argumentar em busca da excelência”. Jovens como seu filho Luca integram a nova geração que contribui com a dinâmica colaborativa. Em um mundo cada vez mais influenciado pela tecnologia, ferramentas digitais como a inteligência artificial tornam-se aliadas na otimização de criações.
O repertório global dos sócios, por sua vez, é enriquecido por influências culturais e arquitetônicas adquiridas em suas viagens. Flávio menciona países como Japão, China, Emirados Árabes e Tailândia como referências que inspiram os projetos. “Entre as soluções que equilibram eficiência, estética e impacto urbano, destaco as escolas Beijing No. 4 e Huizhen High
School, na China, o Mapletree Business City, em Xangai, e a arquitetura bioclimática de Ken Yeang na Malásia e Singapura”. Referências residenciais como Atlantis The Royal Residences, em Dubai, St. Regis Residences e Cipriani Residences, em Miami, e edifícios como o T-Mobile Headquarters, em Washington, e o Whole Foods Headquarters, no Texas, também são exemplos.
Situado em Curitiba, o Forma 196 amplia as vistas para a Serra do Mar por meio de sua fachada envidraçada, que alia sofisticação e sustentabilidade | Foto: Marcelo Araújo
O know-how da BSA em empreendimentos imobiliários tem sido essencial para transformar a percepção do segmento nos últimos anos, ao mostrar como a boa arquitetura integra design, arte, conceito atemporal e performance. Paralelamente, novos projetos urbanísticos estão em desenvolvimento. Segundo Flávio, o objetivo é integrar funções para atender às vocações intrínsecas dos terrenos, aproximando espaços habitados dos locais de trabalho ou serviços essenciais. "Na escala do urbanismo, buscamos promover a circulação de pessoas e criar pontos de encontro e lazer". Entre os exemplos multifuncionais que integram infraestrutura e sistemas viários, estão Marina Park, em Itapema (SC), o Júlio Campos, em Rondonópolis (MT), e o Cascata, em Marília (SP).
Reconhecido por sua abordagem sustentável - muito antes do tema ganhar a repercussão atual -, o escritório acumula 16 edifícios certificados em seu portfólio, entre os quais está o LLUM Batel, em Curitiba, eleito o Edifício Mais Sustentável do Mundo em 2021, pelo LEED Homes Awards. O uso de materiais renováveis, como madeira e fachadas têxteis, além de tecnologias para captação e reutilização de água e autogeração de energia em fachadas são prioridades. Elementos como coberturas verdes, brises e paineis móveis reforçam, segundo a dupla, a eficiência energética, alinhada aos novos pilares de desenvolvimento urbano.
A expansão para mercados internacionais está ligada à presença em Nova Iorque - vibrante tanto pela arquitetura e conectividade viária quanto por sua pujança criativa. A decisão de abrir um escritório foi impulsionada pela atuação de Isabella, filha de Flávio, em renomados musicais na cidade. A efervescência cultural - da cena artística do Chelsea à musical, além de construções icônicas como o Guilder Center for Sciences e o Waterline Square -, também nutrem o arcabouço repertorial da BSA.
Em Mumbai, desenvolve o Oasis Andheri, empreendimento de uso misto que atende à crescente demanda urbana. A iniciativa surgiu após o empresário Vipul Mehta identificar no escritório os atributos necessários para transformar a arquitetura local. Nos Emirados Árabes, estão sendo conduzidos estudos para concepções residenciais em Sharjah e um mixed-use em Jeddah, sempre alinhados à sustentabilidade e eficiência energética.
Oasis Andheri, está sendo desenvolvido em Mumbai para responder ao crescimento urbano com uma arquitetura de uso misto | Foto: Divulgação/BSA
O Red Sol Resort, projetado pelo escritório espanhol Ricardo Bofill Taller de Arquitectura, está sendo desenvolvido em Dhërmi, na Albânia, ao longo da costa jônica. O complexo de 12.750 metros quadrados apresenta volumes vermelhos que se integram ao terreno rochoso da região. Inspirado em vilarejos mediterrâneos históricos, o projeto inclui pavilhões, vilas e apartamentos distribuídos em níveis variados, conectados por escadas, pontes e passarelas, criando uma atmosfera labiríntica. O design proporciona espaços dinâmicos e privados, com terraços, piscinas e jardins.
O arquiteto chinês Liu Jiakun, fundador do Jiakun Architects, acaba de ser laureado com o 54º Prêmio Pritzker de Arquitetura. Reconhecido por sua abordagem humanística, ele afirma: “A arquitetura deve revelar algo, abstrair, destilar e tornar visíveis as qualidades inerentes das pessoas locais. Ela tem o poder de influenciar o comportamento humano e criar atmosferas, oferecer um senso de serenidade e poesia, evocar compaixão e cultivar um sentimento de comunidade compartilhada”.
Em Ininteligibilidade, mostra de Isay Weinfeld, exibida até o final de março na Galatea, em São Paulo, o arquiteto apresentou 20 obras inéditas, compostas por objetos garimpados em diversos mercados e feiras ao redor do mundo. Flores, molduras e bonecos de porcelana foram rearranjados com humor e ironia, refletindo sobre as contradições da contemporaneidade, em alusão à carga simbólica dos elementos cotidianos, transformados em narrativas visuais.
Lucas Arruda, Sem Título (da série Deserto-Modelo), 2024
Foto: Everton Ballardin
Lucas Jimeno Dualde lança uma nova linha de mesas que desafia a ideia convencional de estrutura. Feitas de pedra e madeira, as peças dispensam o uso de cola ou parafusos, resultado da precisão da montagem.
A interação entre o peso dos materiais e o equilíbrio visual transmite uma sensação de permanência. Com referências a Angelo Mangiarotti e Isamu Noguchi, o trabalho de Dualde reflete sua visão de leveza e silêncio. As mesas, exibidas no 20º Design Miami, estão disponíveis para encomenda no Brasil.
O artista Lucas Arruda será o primeiro brasileiro a ter uma exposição individual no Musée d'Orsay, em Paris. A abertura acontece no dia 8 de abril, em comemoração ao Ano Brasil-França 2025. Representado pelas galerias Mendes Wood DM e David Zwirner, ele apresentará suas paisagens, que exploram a interseção entre o natural e o imaginário, trabalhando a tensão entre abstração e figuração. No final do mês, o artista também inaugurará uma retrospectiva no Carré d'Art, em Nîmes.
Ana Pigosso
O AGE 360 é finalista do Prêmio MIPIM 2025, uma das mais prestigiadas premiações globais do setor imobiliário. Projetado pelo Architects Office, de Greg Bousquet, o edifício de 124 metros de altura transforma a paisagem do bairro Ecoville, em Curitiba. Harmonizando inovação técnica e estrutura, o projeto supera desafios volumétricos, além de integrar materiais naturais e vegetação. Entre outras premiações, foi reconhecido com o iF Design Award 2021, o selo Rethinking the Future e o certificado Fitwel.
Para os amantes de cinema e arquitetura, “O Brutalista”, vencedor de três estatuetas do Oscar, se destaca ao integrar o estilo brutalista como elemento central da narrativa. Dirigido por Brady Corbet, o filme segue László Tóth (Adrien Brody, vencedor do Oscar de Melhor Ator) - arquiteto húngaro que recomeça sua vida nos Estados Unidos após o Holocausto. A obra explora o contraste entre o brutalismo e os traumas do protagonista, refletidos nos espaços que ele cria, enquanto também critica as hipocrisias do “sonho americano”.
A Galeria Paulo Kuczynski inaugura sua nova sede com a exposição inédita da artista de origem alemã Eleonore Koch, “Não são coisas do cotidiano, só parecem”, em cartaz até 17 de maio. Tributo à artista, a mostra reúne um panorama de sua trajetória, incluindo sua amizade com Alfredo Volpi e os anos vividos em Londres. O novo espaço, projetado por Reinach Mendonça Arquitetos - RMAA, ocupa o local onde Paulo Kuczynski atuou por cinco décadas.
Inaugurada durante a Expo Revestir no Conjunto Nacional, a Casa Dexco ocupa 4 mil m² em dois andares, com projeto do escritório Architects Office. Reúne produtos das marcas Deca, Portinari, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, integrando tendências globais e códigos culturais. O espaço conta com mostras de arte, áreas para eventos, café, cozinha funcional e sala interativa de experimentação. No térreo, o lounge assinado por Sig Bergamin e Murilo Lomas exibe peças de design brasileiro, garimpadas e contemporâneas, em diálogo com o painel Tape, para a Duratex. No andar superior, 20 designers criaram diversas áreas para a mostra Viver Ambientes.
A 21ª edição da SP-Arte, realizada entre 2 e 6 de abril, reuniu cerca de 200 expositores entre galerias, estúdios de design, instituições culturais, espaços independentes e editoras. Com 16 galerias estreantes na área de design e a consolidação de 102 expositores no setor de arte, a feira reafirmou seu papel como plataforma essencial do mercado brasileiro de arte e design. Acompanhe a cobertura completa da SP-Arte 2025 na próxima edição da Habitat.
Uma versão brasileira do Blue Box Café, pop-up da Tiffany & Co., acaba de chegar a São Paulo. Localizado em frente à nova flagship da marca no Shopping Iguatemi, o espaço temporário, assinado pelo Estúdio Campana, ficará aberto até 30 de abril. O café reinterpreta a clássica gloriette francesa, com espelhos que evocam bolhas de champanhe e tramas de vime. No cardápio, pratos novaiorquinos se mesclam a quitutes franceses e brasileiros, com opções de café da manhã, pratos e chá da tarde.
O Festival de Curitiba chega à sua 33ª edição com uma vasta programação. São mais de 350 atrações espalhadas em 70 espaços da capital paranaense e região metropolitana. Com expectativa de público de 200 mil visitantes, o evento contempla teatro, dança, circo, humor, música, oficinas, performances e gastronomia. A abertura ocorreu no dia 24 de março com o espetáculo Os Mambembes, dirigido por Emílio de Mello e Gustavo Guenzburger, estrelado por Cláudia Abreu, Deborah Evelyn, Julia Lemmertz, Leandro Santanna, Paulo Betti, Orã Figueiredo e o músico Caio Padilha. As diversas exibições seguem até 6 de abril.
Conheça a casa do renomado party designer Marcos Soares
Discreto, bem relacionado e com um olhar refinado para o mais alto padrão estético, Marcos Soares é presença constante nos círculos sociais mais influentes e responsável por algumas das festas mais elegantes da cidade. Com mais de 26 anos de experiência, seu nome tornou-se sinônimo de sofisticação, criatividade e excelência. Sua paixão pelo belo foi cultivada desde cedo e, ao longo da carreira, esteve profundamente envolvido com arte e produção de moda. No entanto, foi na produção de interiores que encontrou a verdadeira oportunidade de expressar todo o seu talento e sensibilidade artística.
Com um perfil marcante e ao mesmo tempo discreto, Marcos é grato pelas oportunidades que teve e acredita
que sua maior conquista são os laços de amizade e os relacionamentos sólidos que cultivou ao longo de sua carreira. Esses vínculos não apenas alavancaram sua reputação profissional, mas também se tornaram a base de seu sucesso, que alcançou com mente equilibrada e alma jovem.
Sempre aberto a novos conhecimentos, nunca se considera completamente pronto, pois entende que a vida não oferece posições definitivas: é preciso estar disposto a aprender de forma contínua, agregando mais detalhes ao seu vasto repertório. Ele acredita no poder de um design emocional e o respeito à arquitetura dos espaços, capaz de conectar pessoas e histórias, o que em sua casa, não poderia ser diferente.
Nascido e criado em apartamento, sempre foi fascinado pela ideia de ter uma casa. O terreno em condomínio onde mora hoje surgiu inicialmente como uma oportunidade de negócio, mas a localização - próxima à região central e rodeada de verde - logo o encantou. Durante um jantar com seu amigo, Jayme Bernardo, a ideia de construir uma casa naquele espaço começou a ganhar forma. Ele desejava algo simples: uma "casca branca", sem excessos. Contudo, ao iniciar a limpeza do terreno, veio a surpresa: o lote estava situado dentro
de uma antiga pedreira. Esse detalhe inesperado exigiu uma readequação do projeto. Mas assim como em suas festas, adotou a postura de fazer acontecer e encontrar soluções. O projeto da casa passou a integrar-se de forma harmoniosa às pedras e à natureza ao redor. Com ambientes projetados para aproveitar as aberturas voltadas à pedreira, a vista singular das rochas naturais tornou-se o elemento focal do projeto, criando uma conexão envolvente com o entorno.
Vidro, aço, pedra e madeira formam a base ideal para a riqueza de informações presente no mobiliário e objetos. Com layout livre e grandes vãos, essa composição permite transformar os espaços e renovar a casa sempre que novas inspirações surgem. Explora, assim, um estilo de decoração versátil e rico em detalhes: abusa de mobiliário solto e cria espaços cheios de personalidade, sempre ancorados em uma base contemporânea. Com uma rotina intensa de eventos e viagens, a trabalho ou lazer, é em casa que encontra seu refúgio definitivo. Para ele, nenhum hotel cinco estrelas pode superar o conforto, a paz e o acolhimento de seu lar, onde vive ao lado de Luciano e de seu cachorro Romeu. Para Marcos Soares, "Morar é se encontrar emocionalmente, é ter equilíbrio, paz e segurança desde o momento em que você acorda até a hora de dormir. É o lugar mais seguro que você pode ter. A verdadeira essência de uma casa está em pertencer à sua emoção".
Projetada pelo escritório FGMF, a construção de mais de 1500 m² inicia um novo capítulo na sólida trajetória de 46 anos da marca dedicada à movelaria de alto padrão
Neste primeiro trimestre de 2025, a Bontempo iniciou um novo capítulo em sua trajetória de 46 anos como uma das mais importantes marcas de móveis planejados de alto padrão do país, com a inauguração da Casa Bontempo, no último dia 20/03. A construção com cerca de 1.500 m², localizada no número 1669 da Avenida Rebouças, em São Paulo, promete materializar e potencializar a autoexpressão, a brasilidade e a inovação que a marca já expressa em suas criações personalizadas.
Como o próprio nome revela, a Casa Bontempo é um espaço da marca destinado a receber e proporcionar experiências. No endereço, arquitetos, decoradores, designers, franqueados, clientes e o público em geral serão convidados a participar de eventos, workshops e ativações ligadas ao universo das artes, design e gastronomia, além de poder experimentar a sensação singular de estar em uma casa com ambientes assinados pelas mentes da Bontempo.
“Buscamos estabelecer um conceito diferenciado de relacionamento com todos os nossos clientes, próximo e genuíno, entendendo suas necessidades e desejos para criar soluções exclusivas e experiências personalizadas. E a Casa nasce como uma evolução natural do nosso propósito”, conta Rudimar Stedile, um dos fundadores da Bontempo, ao lado dos irmãos Rosmar e Rudinei. Mais do que concretizar a missão da marca, o espaço também é resultado do grande projeto liderado por Rafaela Stedile ao assumir a gerência executiva da empresa em 2022. Parte da sexta geração da família, cujo DNA moveleiro remonta ao casal de imigrantes italianos Angela e Thomaso Stedile, Rafaela tem mais de 18 anos de experiência dentro da Bontempo, durante os quais ocupou diferentes cargos e participou de diversos processos dentro da fábrica, de forma a se aprofundar nos desafios e oportunidades do mercado.
Para dar forma a essa ideia tão especial, a marca convidou o escritório FGMF Arquitetos para desenvolver o projeto. Com projetos na Europa, Ásia e América, o escritório já recebeu prêmios de mais de 6 países e em 2024, conquistou 5 premiações internacionais, totalizando mais de 90 ao longo de sua trajetória. No Brasil, o número é ainda maior, com 146 prêmios no total. Atualmente, estão envolvidos em projetos arquitetônicos na Europa, sendo 4 na Grécia e 2 em Portugal - e um dos maiores nomes do paisagismo nacional, Luiz Carlos Orsini, responsável pela projeção do Instituto Inhotim, que traz uma proposta baseada na vegetação tropical para emoldurar o espaço conceito. “Diferente de nossas 55 lojas, a Casa Bontempo não é um ponto de venda ou showroom tradicional, mas sim um ambiente de experiências. Por isso, nós pedimos conexão e uma construção fora do comum”, completa Rafaela.
“Projetamos a Casa Bontempo a partir de planos não coincidentes de diferentes alturas e passarelas inclinadas de madeira, criando um circuito. Ao contrário do método convencional, esse partido e organização promovem grande integração entre andares, conexões com áreas externas e muita iluminação natural”, comenta o arquiteto do FGMF, Fernando Forte.
O térreo é a área mais aberta e mutável, que pode ser configurada para diferentes tipos de eventos e experiências, com móveis soltos, painéis volantes e duas cozinhas. Já o primeiro pavimento traz ambientes completos, como quarto, banheiro, spa, adega, closet, entre outros espaços para exposição de produtos. O segundo piso tem salas para atendimento disponíveis para o uso de arquitetos, franqueados e parceiros, uma terceira cozinha gourmet e uma sala dedicada ao Espaço Esperienza (ambiente exclusivo para a cocriação dos
No interior, peças de mobiliário assinado e obras de arte dialogam com
projetos), além de acesso a um rooftop para contemplação da cidade na parte superior.
Rafaela completa que cada detalhe da Casa reflete as inúmeras possibilidades de combinações de materiais, acabamentos, cores e ideias que podem surgir em um projeto moveleiro. “Isso só é possível porque nossa fábrica é referência em modernidade no setor, com mais de 40 mil metros quadrados equipados com maquinário de última geração, que nos possibilitam criar qualquer móvel do zero”, afirma. Sob o investimento de cerca de R$30 milhões, a construção singular aposta em um espaço amplo em conceito aberto e altamente adaptável, idealizado para promover experiências, trocas e conexões.
Avenida Rebouças, 1669 - São Paulo, Brasil www.casabontempo.com.br/ @casabontempo
Ávidos por novos desafios, escritório gaúcho firma parceria com GT Building para transformar o skyline de Curitiba com sua estética arrojada, essencialista e sensível
Equipe de sócios do escritório Arquitetura Nacional. Da esquerda para direita: Élen Balvedi Maurmann; Paula Otto; Yuri Kokubun; Eduardo Maurmann; Yuri Mori e Lucas Pessatto.
Desenvolvimento conceitual, qualidade técnica, gestão eficiente e processos bem definidos são os principais pilares destacados por Yuri Mori, sócia e arquiteta do Arquitetura Nacional. Reconhecido por projetos icônicos em diversas regiões do país, o escritório tem se consolidado como um dos nomes mais respeitados da arquitetura contemporânea brasileira. Premiado internacionalmente, destaca-se por obras que equilibram ousadia e responsabilidade, conectando a tradição do modernismo brasileiro a uma visão inovadora do futuro.
A Arquitetura Nacional tem como diferencial a busca por um conceito único, que nasce da individualidade de cada projeto. O escritório é composto por seis sócios que compartilham uma visão comum sobre a arquitetura no Brasil, a convergência dessas vozes resulta em uma prática que busca a essência dos projetos.
Com mais de 250 projetos no portfólio, o escritório cria experiências integradas ao contexto, às pessoas e aos materiais. A prova disso são os diversos prêmios acumulados ao longo de sua trajetória. Entre os destaques estão dois edifícios, incluindo o Edifício Kiev, premiado pela Asbea como um dos melhores residenciais do país. Em 2023, a Casa Lua foi eleita House of The Year no Archello Awards, por voto popular, e recebeu Menção Honrosa na 10ª edição do Prêmio Saint-Gobain Asbea de Arquitetura, na categoria Residências. Recentemente, o projeto Sede Unicred foi selecionado para o MCHAP (Mies Crown Hall Americas Prize), do Illinois Institute of Technology, em Chicago — um dos prêmios mais prestigiados da arquitetura mundial. Ao todo, são 18 prêmios acumulados.
"Designs autorais e reconhecimentos nacionais e internacionais consagram o escritório Arquitetura Nacional como um dos mais relevantes do país."
A união entre modernismo e contemporaneidade é uma das marcas da Arquitetura Nacional, especialmente atenta às influências do modernismo brasileiro. A parceria com a GT Building, uma das incorporadoras mais relevantes e inovadoras de Curitiba, alinha-se perfeitamente aos princípios do escritório, ampliando as possibilidades de transformação da cidade por meio de projetos de alta qualidade arquitetônica “O novo projeto da Arquitetura Nacional para a GT Building promete uma manifestação visual da abundância por meio da exuberância tão presente na natureza, com um conceito de imersão em uma floresta majestosa, traduzida em impressões sensoriais que acompanham essa experiência”, comenta Yuri Mori. A GT Building tem se destacado pela qualidade e ousadia de seus empreendimentos. A empresa tornou-se referência em inovação no mercado imobiliário, firmando parcerias com escritórios renomados – nacionais e
internacionais – e mantendo forte compromisso com a sustentabilidade, por meio do programa Climability®, que propõe soluções para minimizar impactos ambientais “Juntos, vamos criar um espaço que atenda às expectativas dos nossos clientes e reafirme Curitiba como um polo de originalidade e boa arquitetura no Brasil. Um projeto visualmente impactante, funcional, sustentável e alinhado às demandas da sociedade contemporânea, deixando um legado de qualidade, inovação e responsabilidade para a capital”, afirma o Coordenador de Projetos da GT Building, Fabio Lima.
Mais informações:
O designer catarinense revela como se consolidou com uma identidade genuinamente brasileira mundo afora
Fotos: Neemias Gabriel
Na interseção entre estética e funcionalidade, o design de mobiliário brasileiro tem conquistado crescente destaque no cenário internacional. Entre os nomes que se sobressaem, está Bruno Faucz, designer catarinense cuja abordagem alia inovação, sofisticação e forte senso de identidade. Desde jovem, ele já demonstrava fascínio pelo universo criativo. “Comecei a desenhar muito cedo. Minhas primeiras memórias têm cadernos e lápis. Quando precisei escolher uma profissão, tinha uma certeza: queria viver de criatividade. O design foi uma escolha natural, pois unia desenho, criação e sustento”.
Nascido em São Bento do Sul, um dos polos moveleiros mais importantes do país, Faucz acredita que o ambiente influenciou seu caminho profissional. “Ter estudado em uma cidade com forte tradição na indústria moveleira me direcionou ao design de mobiliário. Mas, independentemente de onde estivesse, teria seguido uma profissão criativa”. Formado em Design de Produto, destaca a relevância de ter sido orientado por professores atuantes no mercado. “Boa parte do corpo docente praticava diariamente o que ensinava. Isso despertou meu interesse em atuar no setor industrial, onde trabalhei por sete anos até decidir empreender em 2013”.
Na criação, é guiado pela observação e por aquilo que chama de “gatilho criativo”. “Criatividade não é uma entidade mágica. Para mim, não existe essa coisa de ‘me sentir criativo’ em certos momentos. Criatividade precisa ser um estado constante, principalmente para quem vive de design”. Seu olhar está treinado para perceber formas no cotidiano. “Um corrimão é apenas um corrimão - até que você olhe para ele além da função. Quando nos concentramos em sua forma, encontramos inspiração. A poltrona Cora, por exemplo, surgiu assim, e se tornou um bestseller.” Segundo ele, os fundamentos do design envolvem forma, solução técnica e resolução de problemas. “Tudo isso anda junto. Gosto da frase de Thomas Watson Jr., da IBM: ‘Bom design é bom negócio’. Isso porque o design de qualidade sustenta a indústria, gera empregos e entrega valor ao consumidor”.
A decisão de abrir seu próprio estúdio foi resultado de inquietação e amadurecimento. Durante muito tempo, o trabalho na indústria era satisfatório, mas o mundo começou a parecer pequeno. “Lembro de pedir a Deus uma nova oportunidade. Foram dois anos refletindo até sentir que era hora de empreender”. Os desafios do início incluíram estruturar ideias, estratégias e conquistar espaço no mercado. Além de abordar empresas que admirava, também buscou visibilidade por meio da imprensa especializada. “Essa estratégia foi essencial. Um ano depois, já tinha dezenas de publicações e convites para eventos importantes. Em 2014, fui convidado a expor na Semana de Design de Paris”. Com o olhar voltado para o futuro, o designer segue explorando novos mercados. “Quero continuar fazendo o melhor que puder. Mobiliário é minha paixão, mas tenho vontade de desenhar tudo o que compõe uma casa”. Atento às tendências e guiado por uma linguagem autoral, Bruno Faucz se consolida como um dos grandes nomes do design brasileiro contemporâneo, reafirmando a força criativa do país no cenário global.
Para a sócia e diretora da Swell Construções, Vanessa Pissetti, o conceito e o consumo do luxo mudaram, inclusive no mercado imobiliário.
Oque define o luxo no mercado imobiliário hoje? A sociedade mudou muito nos últimos anos, assim como o comportamento do consumidor.
A nossa relação com a casa também se modificou, especialmente depois da pandemia. Em um mundo onde a qualidade de vida é prioridade, como os espaços podem redefinir nossa relação com o luxo?
Nessa entrevista exclusiva, a sócia e diretora da Swell Construções, Vanessa Pissetti, defende o conceito de pós-luxo e conta como o mercado imobiliário está respondendo a essa nova demanda.
Muito se fala do mercado de luxo, inclusive no setor imobiliário. Para a Swell, o que é luxo?
Vanessa Pissetti - Para nós, luxo é ser dono do próprio tempo, acumular vivências e ter a liberdade de escolher a sua forma de viver no mundo. É sobre identidade e repertório. Um luxo menos ostensivo e tradicional e mais afeito às experiências, à valorização do tempo e, sobretudo, à busca por autenticidade. A um estilo de vida de vida baseado mais em propósito do que ao status e à vaidade. Luxo é viver com significado.
Você acredita que esse conceito de luxo está passando por uma transformação?
Vanessa Pissetti - A sociedade está mudando sua percepção do luxo. Existe um movimento de conscientização de que o verdadeiro luxo está em locais, momentos e vivências, o que chamamos de pós-luxo. No silêncio, no tempo que se comanda, nos momentos em família. Assim como em produtos e serviços que passam por alguns filtros. Que sejam atemporais e tenham uma proposta de valor clara, fugindo aos modismos. Que sejam feitos dentro de um raciocínio que leve em conta o entorno e o contexto. Acima de tudo, que sejam realmente únicos, profundamente pensados e cheios de personalidade.
Qual a importância da experiência para quem consome o luxo?
Vanessa Pissetti - No topo da pirâmide de desejo do nosso tempo estão as experiências e a realização com base em um propósito. E as marcas já perceberam isso, que o status não se constrói apenas pelo preço. O luxo hoje tem muito mais a ver com sensações, com a nossa ligação com as emoções. Não com grandes somas de dinheiro ou com propriedade e posse. Além de produtos exclusivos, os consumidores buscam sensações, personalização e atendimento impecável. Cada detalhe deve transmitir valor, algo que vai além do material. No luxo, a experiência não é um complemento, mas a essência da marca.
Quais os impactos dessa nova forma de pensar o luxo nas residências?
Vanessa Pissetti - O novo conceito de luxo transforma a moradia em um verdadeiro refúgio, indo além da estética para criar uma atmosfera de bem-estar. A proximidade com a natureza, espaços integrados e áreas abertas, como varandas amplas e ambientes de lazer inspirados em SPAs, trazem aconchego e promovem a saúde. Cada detalhe tem significado, despertando memórias e emoções. Objetos, materiais e formas não são apenas decorativos, mas contam histórias e enriquecem a experiência do lar. Mais do que uma vitrine, a casa se torna um espaço de conexão, equilíbrio e rituais de autocuidado.
Como a Swell oferece essa experiência de luxo para seus clientes?
Vanessa Pissetti - Essa experiência é construída em cada detalhe. Escolhemos as melhores localizações para facilitar a rotina da família, os melhores materiais e acabamentos para compor espaços belos e funcionais. Pensamos em cada item da planta para garantir o máximo de conforto em todos os ambientes e em soluções sustentáveis para tornar o edifício eficiente, durável. Permitimos que o cliente deixe a sua marca, que imprima suas características e seu estilo de vida em cada metro quadrado, por meio da personalização do seu imóvel. Queremos que ele viva bem e tenha orgulho do lugar em que mora.
Como o Jardins Artefacto by Swell materializa essa nova proposta de morar?
Vanessa Pissetti - O Jardins Artefacto by Swell está num exclusivo terreno de 8 mil metros quadros, no alto das Mercês, em Curitiba. Ou seja, a 10 minutos de qualquer lugar na cidade. Esse endereço carrega um importante legado. Ele foi sede de um importante movimento artístico e cultural do estado, que resultou na criação da Orquestra Sinfônica do Paraná. Essa memória fará parte da arquitetura do empreendimento.
Esse terreno tem uma conexão muito forte com a natureza e nós mantivemos isso no projeto. Todas as unidades terão vista para o exuberante bosque de 4 mil metros quadrados. Ele também incorpora as últimas tendências em design e terá 100% do seu mobiliário das áreas comuns assinado pela Artefacto, que é internacionalmente reconhecida pela brasilidade, sofisticação e qualidade dos móveis feitos a mão. Ainda, será altamente eficiente e responsável, reunindo as mais modernas soluções e sistemas sustentáveis.
Além disso, tem a chancela de escritórios e profissionais que são referência no mercado, como FN Arquitetura, Baggio Schiavon, Felipe Reichmann, Juliana Meda e Lisiê Tavares Pissetti.
Para você, o que torna um lugar sofisticado?
Vanessa Pissetti – A sofisticação está na conexão autêntica com a cultura do lugar e na capacidade dos ambientes de contar histórias. Materiais naturais e
convidativos, texturas que abraçam e uma iluminação acolhedora criam espaços que vão além da estética, proporcionando bem-estar. O verdadeiro luxo está na experiência sensorial e no conforto que cada detalhe transmite.
swellconstrucoes.com.br (41) 3339-8818
Sidney Gonçalves da Silva é destacado na BedTimes Magazine, onde sua trajetória na Maxflex é celebrada. A publicação enaltece não apenas a excelência dos produtos da empresa, mas também a integridade e transparência de Sidney que, ao longo dos anos, construiu uma sólida relação de confiança com seus clientes, consolidando sua posição de destaque no setor.
Foto: Divulgação
Karine Staben (Piemonte Incorporadora), Milena Nesi (Swell Construções), Marcela Mattos (Midialand), Thaís da Silva (Rottas Construtora), Marcos Tozzi (Vanguard) e Manoela Kuchnir (Equilíbrio) participaram de um happy hour na sede da Midialand. O encontro reuniu gerentes e diretores de grandes construtoras e incorporadoras de Curitiba para discutir inovação, crescimento e os desafios do setor. | Foto: Divulgação
As arquitetas Sumara Bottazzari e Silmara Pimpão na cadeira Benjamin, criação do designer paranaense Lucas Bond, vencedora do prestigiado iF DESIGN AWARD 2025. Reconhecida na categoria Móveis/Decoração, a peça se destacou entre quase 11 mil inscritos de 66 países, reafirmando a excelência do design brasileiro no cenário internacional. | Foto: Divulgação
A Galeria Zilda Fraletti apresentou duas exposições simultâneas, uma com obras dos artistas representados pela galeria na SP-Arte 2025, a principal feira de arte e design do Brasil, e outra, Reflexões sobre o Visível, individual de Annette Skarbek com curadoria de Jhon Voese. Na foto de Gerson Lima, a galerista Zilda Fraletti e o sócio Carlos Cavet.
A convite da Impermix, a arquiteta Walkiria Nossol esteve em São Paulo para acompanhar as tendências da Expo Revestir 2025. Durante a visita conheceu as novidades do PR Grupo Paraná, fornecedor de pedras naturais para seu ambiente na CasaCor PR 2025. | Foto: Divulgação
As sócias da Ornare Curitiba, Cláudia Magalhães e Luciana Bazan, receberam os arquitetos premiados com uma viagem para a Feira de Milão 2025 em um almoço especial no restaurante La Varenne. Luciana Bazan, Glei Tomasi, Jayme Bernardo e Cláudia Magalhães. | Foto: Divulgação
A CGL inaugurou o Espaço Casa CGL, ambiente imersivo projetado para apresentar seu portfólio a clientes e parceiros. O evento reuniu nomes importantes do mercado imobiliário, reforçando os valores e a qualidade dos empreendimentos da incorporadora. Ignacio Herrera, diretor de engenharia, Carlos Herrera, sócio-fundador, Tomás Herrera, diretor de incorporação e José Rodrigues, gerente comercial da CGL. Foto: Gerson Lima
Projetado pelo arquiteto Marcos Bertoldi, o estande da Michelangelo Mármores do Brasil encantou os visitantes da Expo Revestir. O mármore Napoleon Bordeaux, uma exclusividade da marca com seu tom vermelho intenso e raro, foi o grande destaque. Marcos Bertoldi e Priscila Fleischfresser | Foto: André Mortatti
Flávia e Waldir Simões de Assis prestigiaram, em Paris, o lançamento do livro Rio de Janeiro, de Bruno Astuto, publicado pela Assouline, renomada editora fundada em 1994 e referência em publicações de luxo sobre arte, design, moda e lifestyle. | Foto: Divulgação
O Museu Oscar Niemeyer inaugurou a exposição Miguel Bakun: O Olhar de uma Coleção, com curadoria de Eliane Prolik. A mostra reúne 60 obras do artista, incluindo peças inéditas da coleção de Walter Gonçalves. Luciana Casagrande Pereira, Juliana Vosnika, Eliane Prolik e Walter Gonçalves. | Foto: Antônio More
Na Artefacto Curitiba, Jocymara Nicolau apresenta uma vitrine que harmoniza formas, texturas autênticas e materiais em seu estado puro. Elementos naturais, como as mesas Paloh em pedra mineral, reforçam a conexão com a natureza, enquanto o design refinado evidencia sua identidade criativa. | Foto: Divulgação
A nova vitrine da Artefacto Curitiba, assinada por Caroline Bollmann, une sofisticação e atemporalidade. Com 100 m², o espaço conta com a curadoria precisa do mobiliário e a harmonia entre texturas e materiais naturais que traduzem sua visão de equilíbrio, personalidade e elegância no design. | Foto: Divulgação
O Grupo Plaenge, formado pelas construtoras Plaenge e Vanguard, realizou a cerimônia do Prêmio Colibri 2025, que reconheceu os destaques do mercado imobiliário paranaense em 2024. O evento reuniu mais de 200 convidados no Ópera Concept Hall. O superintendente do Grupo Plaenge, Luiz Gustavo Salvático, e a gerente regional da Vanguard Curitiba, Louise Lamb. | Foto: Divulgação
Os arquitetos Guilherme Belotto, Camille Scopel e Thiago Tanaka, da BST Arquitetura, revelaram os detalhes do apartamento decorado do Noar, da Neolar Incorporadora. O projeto combina formas orgânicas, iluminação indireta e uma curadoria sofisticada de texturas e mobiliário assinado, criando uma atmosfera acolhedora.
Foto: Divulgação
A SCA Curitiba, referência em móveis planejados de alto padrão, está em contagem regressiva para a inauguração de seu showroom no Hórus Business, empreendimento da JHF Incorporadora, no Batel. O espaço promete ser o mais moderno entre as franquias da marca. Leandro Lorca e André Coutinho, sócios da SCA e Felipe Fração, diretor da JHF Incorporadora.
Foto: Rodrigo Félix Leal
Os sócios-fundadores da Construtora Piemonte, Lucas Biscaia Demeterco e Filipe Biscaia Demeterco, ao lado de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, técnico do pentacampeonato da seleção brasileira. A Piemonte lançou uma campanha que premiará até 20 profissionais da equipe de vendas com uma viagem para a Copa do Mundo 2026, reforçando seu compromisso com excelência e alto desempenho. | Foto: Divulgação
Os sócios-diretores da Swell Construções, Leonardo e Vanessa Pissetti, prestigiaram o CEO da Artefacto, Paulo Bacchi, na abertura da Mostra Viver com Arte, na flagship da marca em São Paulo. A edição de 2025 apresenta a coleção ARCANUM, com curadoria de Patricia Anastassiadis, e ambientes assinados por grandes nomes da arquitetura.
Foto: Divulgação
O escritório de Luciana Baggio desenvolve projetos completos, que vão da arquitetura ao enxoval, além de consultorias personalizadas. Esses serviços, cada vez mais frequentes, auxiliam na seleção de mobiliário, acessórios e detalhes decorativos, proporcionando mudanças sofisticadas sem necessidade de obra, sempre com curadoria cuidadosa e alinhada ao estilo de cada cliente.
Foto: Divulgação
A Botteh Curitiba inaugurou sua primeira vitrine de 2025, assinada por Matheus Reimão, que traduziu a essência do verão por meio de elementos naturais e do trabalho artesanal, no estilo beach country. O imponente tapete Kashi 150k, feito à mão no Nepal com lã premium, recria o fundo de uma piscina, enquanto os kilims indianos evocam as nuances do mar. | Foto: Patrícia Amancio
A Villa Batel apresentou a nova coleção 2025 da Century que estará presente no Salone del Mobile, em Milão. O evento foi enriquecido por um bate-papo sobre insights da feira de design com Cintia Peixoto, publisher da Habitat e os arquitetos Mário Siqueira Campos e Karolinna Venturi. | Foto: Divulgação
Para celebrar o Mês da Mulher, a Ton Sur Ton promoveu uma ação especial na loja, com um grupo de arquitetas e designers. As convidadas participaram de um bate-papo sobre autocuidado com as biomédicas Tammy Zagonel e Keyttymarry Schinemann. Na foto, Melissa Dallegrave, Sumara Bottazzari, Cláudia Horta, Sonia Elias e Silmara Pimpão. Foto: Divulgação
A Medartis, multinacional suíça, adquiriu 51% da NeoOrtho, consolidando sua presença na América Latina. O processo, que será finalizado até abril, reforça a trajetória de sucesso da empresa brasileira no setor ortopédico. Geninho Thomé, fundador da NeoOrtho, celebra a parceria, que amplia o acesso às soluções inovadoras desenvolvidas pela marca. Foto: Divulgação
Ana Maria Madalozzo é uma das profissionais mais prestigiadas no cenário da arquitetura e construção em Ponta Grossa. Designer de interiores e especialista em iluminação, comanda o AM Designer de Interiores e Arquitetura, onde assina projetos que aliam sofisticação, integração de espaços e a valorização da luz como elemento essencial na ambientação. | Foto: Divulgação
A Lavoutique Lavanderia & Costura inaugurou sua terceira unidade com um coquetel exclusivo para convidados. Localizada no Quadrata Cabral Mall, a nova loja chega para atender o público da região, oferecendo serviços de alta qualidade em lavanderia e costura. O casal Birgit e Driano Marsili, proprietários da Lavoutique.
Foto: Gerson Lima
Em uma nova fase da carreira, Camilla Mota segue em trajetória solo com seu escritório de arquitetura, Ēvie, imprimindo sua visão em projetos de grande impacto. Na imagem, ela posa ao lado do paisagista Wolf Schloguel, que mantém seu próprio escritório no mesmo edifício, na prestigiada Rua Guttemberg. | Foto: Divulgação
Empresa amplia seu leque de atuação, com serviços inéditos no setor imobiliário
Atradicional imobiliária curitibana Gonzaga está inovando ao criar novas operações, as chamadas spin-offs, com o objetivo de transformar a forma como o setor imobiliário se relaciona com clientes, investidores e parceiros. Através do conceito "As a Service", a Gonzaga estende sua marca, oferecendo novos serviços imobiliários para resolver problemas recorrentes e gerar valor aos seus clientes.
Com mais de 70 anos de história, a Gonzaga foca na eficiência empresarial e na importância de sua presença na vida de seus clientes. "Nosso objetivo não é apenas intermediar compra, venda ou locação. Somos facilitadores e agregamos valor em cada etapa da jornada imobiliária de nossos clientes", afirma o sóciodiretor, Guilherme Gonzaga.
A transformação também se reflete na forma como a Gonzaga se tornou referência em locações tradicionais, em Curitiba e fora do Estado. A imobiliária obteve um aumento de 32% em sua rentabilidade e a redução de 30% em custos operacionais. "Seguimos os princípios estabelecidos pelo meu pai, Roberto Gonzaga, e queremos nos tornar uma referência nacional em serviços imobiliários", destaca o sócio, Eduardo Gonzaga.
A Gonzaga criou novas marcas para atender às demandas do mercado. A Gonzaga Locações foca em locações de longa permanência, atendendo mais de 10 mil clientes. A Gonzaga Stays, com 200 unidades sob gestão, oferece moradia flexível, com locações de um a 30 dias, atendendo turistas e viajantes a trabalho. Já a Gonzaga Home e Invest atuam na compra e venda de imóveis, sendo a primeira voltada para moradia e a segunda para orientar investimentos com dados.
A sustentabilidade é um pilar importante, com a criação da Gonzaga Energy, empresa de geração de energia renovável, oferecendo economia no consumo mensal dos clientes. A Gonzaga Garantias atua como fiador, oferecendo uma garantia locatícia eficiente.
No setor de desenvolvimento, a Gonzaga Realizações apoia incorporadores no desenvolvimento de empreendimentos, enquanto a Gonzaga Design oferece projetos de arquitetura e interiores. A Gonzaga Mudanças cuida da logística de transporte das mudanças.
Esse movimento estratégico é uma resposta às transformações do mercado e às necessidades dos clientes. "Queremos que a Gonzaga seja uma marca relevante e indispensável para seus clientes, não apenas uma intermediadora", afirma Guilherme.
A Gonzaga visa dobrar seu valuation nos próximos cinco anos e consolidar sua presença no mercado. Com 200 colaboradores, a empresa segue como um dos grandes nomes do setor imobiliário em Curitiba, com foco na inovação. Além disso, a empresa comemora sua recente certificação Great Place to Work, reforçando sua sólida cultura e a importância de seus colaboradores.
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Amoradia digna é um direito constitucional fundamental, mas ainda distante para muitas famílias em situação de vulnerabilidade. Um lar seguro vai além de um teto; é um espaço que permite o pleno desenvolvimento da vida. O lar é a base para a segurança emocional e física das famílias, especialmente das mães solteiras com filhos. Somente um ambiente seguro possibilita que as crianças estudem, se desenvolvam e quebrem o ciclo da pobreza.
Segundo a Pirâmide de Maslow, as necessidades básicas, como segurança e abrigo, são cruciais para que outras demandas humanas, como educação e realização pessoal, possam ser atendidas. Isso não é assistencialismo; é garantir um direito básico, fundamental para a construção de uma sociedade mais equitativa e próspera.
De acordo com o Institute for Housing Studies, famílias que saem de condições habitacionais precárias observam melhorias em saúde, educação e estabilidade financeira, com impacto sentido por até cinco gerações. O arquiteto chileno Alejandro Aravena, vencedor do Prêmio Pritzker, exemplifica como a arquitetura pode transformar comunidades. Seu trabalho com moradias sociais mostrou que é possível criar habitação acessível e de qualidade, respeitando a identidade e as necessidades de seus moradores. Ele provou que a moradia deve ser um direito tratado com respeito e seriedade, não um luxo. Nesse contexto, a Obra Nossa surge como uma iniciativa transformadora. Após nossa atuação na Vila Harmonia, em Curitiba, onde construímos casas e urbanizamos as ruas com pavimentação sustentável, iluminação pública e mobiliário urbano, podemos afirmar que a moradia digna gera impacto imediato e duradouro. Além disso, implementamos hortas urbanas, criando um ambiente de integração e de fortalecimento comunitário. Nosso trabalho vai além de fornecer um lar – buscamos, por meio de infraestrutura e segurança, garantir que as famílias tenham condições para prosperar.
Agora, com o projeto de requalificação urbana na Comunidade Portelinha, em Curitiba, damos um novo passo em nossa missão de oferecer um modelo de moradia social sustentável. Acreditamos que, ao integrar soluções arquitetônicas inovadoras e sustentáveis, podemos mitigar os efeitos crônicos da pobreza extrema e proporcionar às futuras gerações oportunidades reais de desenvolvimento.