Mergulhar no universo “lerneriano”, a fim de entender como pensava, criava e produzia o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, é se deparar com um mar de referências, uma mente inquieta, uma capacidade única de olhar para tudo com um otimismo inabalável e com a sede de fazer. Além dos feitos conhecidos, que o tornaram - junto de Curitiba - famoso no mundo todo, há uma porção de ideias que ficaram registradas nos moleskines colecionáveis, todos ricamente ilustrados com o traço urgente. Porque Jaime tinha urgência em transformar, em tornar realidade seus projetos, em melhorar a vida das pessoas e a vida no planeta. Foi assim com o Museu Oscar Niemeyer, com a Ópera de Arame e com o calçadão da Rua XV. Não se importava com narizes torcidos nem com as dificuldades. Confiava em tudo, em todos e no seu instinto. Ter uma equipe brilhante, cheia de amigos igualmente geniais, ajudava muito.
Lerner, que colecionou feitos como ser considerado um dos “25 pensadores mais influentes do mundo” pela revista Time, o segundo urbanista mais influente do mundo, além de ser incluído no comitê de honra da União Internacional de Arquitetos (UIA), seguiu sonhador sempre. Queria uma mala que transportasse os viajantes, carros sustentáveis, buquinistas em Curitiba, mais formas, mais soluções, mais tudo.
Para contar tudo isso, ouvimos amigos, família, assistimos ao documentário inspirador, reviramos lembranças, como se olhássemos o álbum da nossa vida curitibana. O resultado? Inspiração para continuar e para não desistir de sonho nenhum.
Boa leitura!
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Direção de arte: Igor F. Dranka
Edição: Larissa Jedyn
Redação: Larissa Jedyn e Débora Mateus
Colunistas: Débora Mateus (Coluna Spectrum, Arte & Design), Paula Campos (Coluna Sobre Morar), Rodolfo Guttierrez (Coluna É design) Isabela França (Coluna Caleidoscópio), Flavio A. Schiavon (Coluna Ponto de Vista).
Redes sociais: Cristina Fontoura Consultoria, consultoriacristinafontoura@gmail.com - acristinafontouraconsultoria
Créditos: Daniel Katz, João Urban, Dico Kraemer, Ilana Lerner, Instituto Jaime Lerner, Jaime Lerner Design, Andrea Rosseti. Impressão: Maxi Gráfica e Editora LTDA. | maxigrafica@maxigrafica.com.br
Marca registrada: Capelatto Marcas e Patentes
habitat RM
Abril e Maio de 2023
10 CAPA. A mente inquieta e criativa de Jaime Lerner
18 MOBILIÁRIO. Jaime Lerner Design e seus móveisescultura
24 MERCADO. O retorno da boa arquitetura
34 ARTE & DESIGN. Um recorte modernista da SP-Arte
50 COLUNA SPECTRUM. Os destaques da DW! e SP-Arte
54 EVENTO. A DW subiu o Copan
60 EXPOREVESTIR. Lançamentos em revestimentos e metais para decoração
62 COLUNA É DESIGN. Maquiagem também pode ser arte
66 COLUNA SOBRE MORAR. O paraíso particular de Andrea Campos
70 SALÃO DE MILÃO. Brasileiros, moda e luz na maior semana de design do mundo
78 COLUNA CALEIDOSCÓPIO. Qoya inaugura em São Paulo
92 COLUNA CONEXÃO. A cobertura dos eventos na cidade
108 PONTO DE VISTA. Como a arquitetura transforma cidades
O arquiteto e sua cidade são até hoje sinônimos de inovação em qualquer lugar do mundo. Mas Lerner não parou por aqui: exportou seus projetos, compartilhou conceitos e experimentou voos além dos limites da arquitetura e do urbanismo
Jaime Lerner é a cara de Curitiba. Se bem que, como quem fez Curitiba foi o Jaime, então, por consequência, é nele que se tropeça quando se anda pela cidade. A lógica brincalhona e perspicaz do jornalista, desenhista e humorista Millôr Fernandes, amigo do arquiteto, dá o tom da relevância de Lerner para a construção de Curitiba como ela é hoje.
E o começo dessa história não é novidade. Depois de uma temporada parisiense, o jovem arquiteto volta para a terra dos pinheirais, em plenos anos 1970, com ideias revolucionárias. Vira prefeito, passa a organizar o sistema de transporte e os eixos urbanos, cria parques e represa rios para ajudar a drenar áreas encharcadas, fecha para os carros uma rua de comércio, faz um calçadão, desagrada meio mundo e deixa a outra metade estupefata com tanta ousadia e inventividade. Foi neste período, que o New York Times publicou uma reportagem sobre o arqui teto brasileiro que queria revolucionar uma cidade ao sul do mundo. Depois de um salto de tempo e de obras como o seu “metrô de superfície”, que foi replicado em mais de 150 cidades pelo mundo, ou de comprar lixo para evitar que as pessoas jogassem lixo nos vales, de ensinar às crianças a lógica da separação de lixo e criar um sistema de coleta seletiva ou ainda de criar uma Ópera de Arame em um lugar que era uma ferida urbana, Jaime Lerner foi considerado um dos “25 pensadores mais influentes do mundo” pela revista Time, em 2010.
Ensaiar um mergulho nesse universo “lerneriano”, para desvendar seu jeito de pensar, de criar e de produzir tanta coisa ao mesmo tempo, é se deparar com uma mistura de técnica, curiosidade, gosto pelas artes e pela vida. Alguns sinais vieram rápido e de todos os lados. Segundo a filha Ilana Lerner Hoffman, duas eram as tônicas do jeito Lerner de ser e de trabalhar. “A primeira é que ele sempre colocava o ser humano no centro dos seus projetos. Se fosse bom para as pessoas, valia fazer. A segunda é que ele e sua equipe sempre buscavam as soluções mais simples para as coisas.” No documentário “Uma História de Sonhos”, de Carlos Deiró, que por mais de 30 anos acompanhou a agenda de Jaime, uma sucessão de depoimentos de famosos de todas as áreas reforça essas duas diretrizes: pensar no que pode melhorar a vida das pessoas e simplificar as coisas. Mas, para isso, Lerner contava com uma ajuda e tanto. “Ele se cercava dos melhores e sabia como extrair a excelência de cada um. Sempre muito bem-humorado, vinha com as ideias mais loucas e com os prazos mais absurdos, estimulando todo mundo a fazer da melhor forma possível o que tinha de ser feito. Reconhecia o mérito das pessoas”, ressalta Deiró.
Jaime Lechinski, que acompanhou Lerner a vida toda, tenta traduzir o modus operandi do amigo. “Lerner gostava de dizer que nada é tão complexo quanto querem os vendedores de complexidade. Longe de qualquer simplismo, a máxima é a exata tradução da vontade de fazer, de resolver, de abrir caminhos em vez de tapar buracos. A política veio por gravidade e ele a exerceu com a leveza da alma nobre e gentil que era, movido pela força das ideias, que sempre faziam brilhar seus olhos azuis”, destaca ele, lembrando de outra frase repetida sempre aos risos pelo amigo: “Não sou um carismático, sou apenas um cara asmático”, brincava, em referência à asma que o castigou a vida toda e ao modo pouco convencional de exercer a política. Jaime Lerner foi prefeito de Curitiba por três vezes e governador do Paraná por dois mandatos.
Adepto das frases curtas, Lerner repetia algumas boas, como “a cidade é o cenário do encontro” – ao pregar a convivência das funções urbanas e das diversas classes sociais –, e “pensar o ideal, fazer o possível já”, para enfatizar a urgência do encaminhamento das soluções urbanas. Que, aliás, sempre era urgente. O Museu Oscar Niemeyer levou seis meses para ficar pronto, a Ópera de Arame outros poucos meses e, assim, ele seguia com suas transformações.
Seu “quarto melhor amigo”, o arquiteto e urbanista Abrãao Assad nem pensa em rivalizar com os três amigos que vinham antes dele e comemora os bons tempos em que trabalhava com Lerner. “Jaime dizia que formávamos um dueto. Ele prefeito, eu arquiteto; ele papel, eu lápis”, explica, enquanto enumera as obras assinadas em conjunto, como o Teatro do Paiol (1971), a Rua das Flores (1972), o restauro do Paço Municipal, na época Museu Paranaense (1973), a Estação Tubo (1989), a Rua 24 Horas (1990) e o Jardim Botânico (1991). Todas feitas a toque de caixa, afinal, como dizia Lerner, “é preciso fazer acontecer”. Essas e outras obras integravam a série de intervenções em pequena escala, que tinham por objetivo melhorar a cidade, a que Jaime batizou de “acupuntura urbana”, e que virou também nome de um de seus livros, referência para quem quer entender urbanismo, publicado em 2013.
Era o início do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT), com vias exclusivas para ônibus em eixos importantes da capital e embarque antecipado
Lerner passeou em Berlim com o Dock Dock, uma proposta de transporte público individual para espaços urbanos limitados
Quando assumiu a prefeitura, o arquiteto colocou em prática o Plano Diretor da cidade, aprovado em 1966, que ajudou a detalhar enquanto trabalhou no IPPUC
Palestra no TED –Ideas Worth Spreading em Monterrey, na California
Em 2018, Lerner foi eleito o segundo urbanista mais influente do mundo e, em 2020, foi incluído no comitê de honra da União Internacional de Arquitetos (UIA). Afinal, Jaime Lerner e Curitiba ainda os brasileiros mais famosos no mundo quando o assunto é inovação.
Amigos dos bons não deixavam de render elogios a Lerner, companheiro da esposa Fani, pai, avô, viajante, cinéfilo. Foi amigo do cineasta Francis Ford Coppola, de Oscar Niemeyer e de Paulo Mendes da Rocha – os dois arquitetos modernistas mais importantes do Brasil -, de Caetano Veloso, de Gilberto Gil, de Fernanda Montenegro, de Paulo
Leminski, de Ziraldo, que, juntos, se retroalimentavam de criatividade e seguiram inventando o país. Cada qual na sua área, juntos, misturados e experimentando, claro, enveredar por novos caminhos. Ou vocês ainda não conhecem o Lerner designer? Confira nas próximas páginas. O cantor e dançarino pode ser visto no documentário de Deiró!
O calçadão da Rua XV foi uma das primeiras obras de Jaime Lerner na prefeitura de Curitiba
Foi inaugurada a Ópera de Arame, complexo cultural criado para curar uma “ferida urbana”
Começaram a ser implantadas as primeiras estações-tubo, modelo replicado em mais de 150 cidades pelo mundo
Projeto de revitalização da orla de Balneário Camboriú
Mobiliário descomplicado, feito com chapa metálica dobrada e o mínimo possível de soldas. Quase que imitando o gestual lúdico das dobraduras não muito elaboradas, mas essenciais. Este é o conceito da Jaime Lerner Design, uma marca de móveis escultóricos, minimalistas, divertidos e criativos. Bem à imagem e à semelhança do criador, o arquiteto Jaime Lerner.
Quem toca a marca hoje é a sócia-proprietária Samira Barakat, que trabalhou com Jaime Lerner desde 2006 e recebeu dele os desenhos de peças de mobiliário para transformar em miniatura. “Assim que o Jaime me mostrou os desenhos, foi paixão à primeira vista. Eu jamais tinha visto algo assim em qualquer lugar”, comenta.
De miniaturas a móveis de verdade, a JLD administra, desde 2019, um acervo de desenhos exclusivos e uma linha de mobiliário inventivo. O primeiro projeto autoral em design de mobiliário de Lerner, em 2016, foi a poltrona Duo, lançada para o projeto Viés, um coletivo criado para valorizar o design autoral brasileiro, e leiloada após a exposição. Agora, a marca estuda relançar o projeto. Além dela, Urca, Lua turca, Toinoinoin, M e W compõem o portfólio da de poltronas, cadeiras e bancos da marca, todos feitos à base de aço carbono e devidamente assinados e numerados.
Em março, a JLD celebrou sua chegada ao mercado paulistano, com peças icônicas. Estão sendo apresentadas, ainda, as futuras linhas internas, externas e para áreas urbanas, que formam o plano de expansão do selo.
Para Kátia d’Avillez, assessora de arte e design e representante do selo Jaime Lerner Design no eixo Rio-São Paulo, além de responsável pela nova parceria com a Herança Cultural, o plano agora é compartilhar a .
Quase cinco anos após sua criação, a marca está presente na Firma Casa, loja de design high-end em São Paulo, com o banco Toinoinoin, em edição limitada de 25 peças exclusivas nas cores amarelo e roxo. No Rio de Janeiro, o selo é representado pela galeria Gozto com um acervo de cinco peças: a chaise Urca, o banco W, o banco Toinoinoin, a cadeira Lua Turca e a poltrona M. Em Curitiba, os móveis são vendidos diretamente na representação nacional da Jaime Lerner Design.
Kátia d´Avillez é a responsável por essa meteórica expansão nos endereços mais estratégicos do segmento. A articuladora é um dos nomes que atua na reverberação tanto de novas apostas como de nomes consagrados, como o de Lerner.
A cada ano, a Jaime Lerner Design deve lançar entre uma e duas peças inéditas com design original do arquiteto. “Ainda temos muitos desenhos no acervo que precisamos desenvolver os protótipos. E pretendemos ter, ainda neste ano, móveis com materiais diferentes”, conta Samira.
Cadeira W em aço carbono com pintura automotiva na cor preta.
ODenmark marca a chegada da GT Building no Cabral, um dos bairros mais tradicionais e completos de Curitiba. Também chamado de Casa Que Abraça, o empreendimento foi concebido com objetivo de que as pessoas possam aproveitar os prazeres simples da vida, desde saborear uma taça de vinho no conforto do lar até a criação de momentos especiais, como jantares com a família e os amigos.
O empreendimento, que alia conforto, tecnologia e sofisticação, foi entregue recentemente e traz para Curitiba o conceito de estilo de vida nórdico, chamado de Hygge, datado do século XVII. O Denmark foi Inspirado em um dos países mais felizes do mundo, a Dinamarca, e foi projetado para proporcionar o máximo de bem-estar, beleza e qualidade aos seus moradores.
O diretor de operações da GT Building, Mauricio Fassina, afirma que o prédio foi desenvolvido para oferecer aos moradores uma experiência única e especial. “O prédio é incrível e oferece uma qualidade de vida excepcional. Todas as unidades foram projetadas para serem aconchegantes como um abraço e cada detalhe foi pensado para proporcionar conforto e bem-estar”, afirma.
O Denmark está em uma localização privilegiada, no coração do Cabral, um dos bairros mais bem estruturados de Curitiba. Os moradores do Denmark estão em uma rua tranquila, entre duas vias rápidas, que oferecem uma ótima mobilidade. Além disso, os moradores têm acesso fácil aos melhores serviços, como alta gastronomia, clubes, shoppings, entre outros.
Conforto, tecnologia e sofisticação se unem em um dos empreendimentos mais exclusivos da cidade.
Outro destaque do Denmark é sua arquitetura inovadora, que foi pensada para lembrar porta-retratos, e o paisagismo do empreendimento, pois é simplesmente deslumbrante. As áreas verdes são muito bem cuidadas e trazem uma sensação de tranquilidade e paz.
O empreendimento também é extremamente tecnológico, pensado para facilitar o dia a dia dos moradores.
“Com um sistema de automação residencial, é possível controlar a iluminação, o som e a temperatura por meio de um aplicativo no smartphone. Isso traz muita praticidade e conforto para o dia a dia”, afirma Fassina.
Pensado para ser um porto seguro, o Denmark foi construído com acabamentos de alta qualidade. Os apartamentos foram planejados tendo a cozinha como o coração da casa, pois é ali que as pessoas vivem os melhores momentos. Cada unidade tem amplas janelas que permitem a entrada de luz natural, além disso é um empreendimento sustentável, classificado com o Selo GBC Brasil Condomínio.
O Denmark é um empreendimento único, que combina conforto, sofisticação e tecnologia de ponta em um espaço acolhedor e elegante. É o lugar perfeito para quem busca um estilo de vida diferenciado e exclusivo.
De um lado, 64,5 m² de área verde por habitante. De outro, asfalto, concreto, pilares, brises e calçadas feitas de petit pavê. Curitiba, capital ecológica do Brasil, é dona de clima temperamental e personalidade múltipla. Nasceu clássica, virou reduto modernista, ganhou contornos de outras escolas arquitetônicas e, agora, vive o retorno da arquitetura autoral, puxado pela nova geração dos chamados empreendimentos inteligentes, contemporâneos, tecnológicos e sustentáveis. Esteticamente, ora vejam, eles figuram um modelo moder-
nista-contemporâneo, mais limpo, mais permanente.
A nova arquitetura já não é mais tão convencional. Não basta uma cara boa, bons projetos precisam ser eficientes, funcionais, devem reduzir os impactos ao meio ambiente, gerenciar seus resíduos, conversar com o entorno e testemunhar a vida feliz de seus moradores. Os conceitos do bem viver mudaram muito com o tempo e as incorporadoras e os arquitetos estão se especializando nessas propostas de empreendimentos contemporâneos – de fato.
O arquiteto Greg Bousquet, um dos fundadores do escritório internacional Triptyque e, atualmente, à Architects Office, é quem dita a criação de cada traço do PACE, novo lançamento da AG7. Com aproximadamente 35.400m², o empreendimento faz parte de um projeto maior de transformação do Ecoville em uma ilha de bem-estar, arquitetura autoral e sustentável, cercado de muita natureza.
A nova geração de empreendimentos inteligentes, contemporâneos, tecnológicos e sustentáveis vem apostando em autoria, qualidade e vivência da cidade
O argentino Pablo Slemenson, fundador do grupo Pablo Slemenson Arquitetura (SP), está assinando o novo empreendimento da MDGP. Para ele, a sustentabilidade é um dos principais conceitos contemporâneos, extrapolando a ideia de economia de insumos não renováveis e uma estética verde. A nova ordem mundial é permitir e facilitar o relacionamento das pessoas com a cidade, ter novas experiências e divertir-se no caminho. Com inspiração na arquitetura modernista paulista e um acento neoclássico portenho, Slemenson defende que a boa arquitetura está relacionada ao alto nível técnico de profissionais, processos, mercado e materiais.
Para André Nacli, sócio da IDEE Incorporadora, que está construindo o Jardim, que conta com projeto do escritório Arquea, a arquitetura precisa dialogar com a cidade e proporcionar uma vida mais feliz. Por isso, o compromisso de levar a arte, o design e a beleza para o centro da vida das pessoas – como forma de promover o bem-estar –, valorizando o entorno e ocupando os espaços, fortalecendo assim o ecossistema urbano.
Entre as premissas da IDEE para o desenvolvimento dos projetos estão a arquitetura para a vida, que busca melhorar a realidade das pessoas, da comunidade e da cidade; a valorização de talentos locais nos projetos, apurando o senso estético, cultural e de comunidade. Integração e valorização do entorno, permitindo diálogos gentis entre os espaços público e privado, o externo e o interno, a comunidade e a privacidade, a cidade e as pessoas; plantas atemporais, com metragens e proporções confortáveis, muita iluminação e ventilação natural e uma estética que foge dos modismos, nossas plantas acolhem os diferentes momentos e estilos de vida; e, por fim, a excelência construtiva, que cuida de cada detalhe da construção, da estrutura ao paisagismo, da estética à função, do conforto à conservação.
A Bernardes Arquitetura, que assina o KAÁ, novo empreendimento da Construtora Laguna, por exemplo, aposta em brasilidade como conjunto identitário, formado a partir da memória e preservação do conhecimento, da natureza diversa, cordial, alegre, ensolarada. Cercado de parques naturais e com partido arquitetônico fundamentado em uma volumetria escalonada, o projeto trabalha com o conceito de casas suspensas, que dialogam com o entorno, espaços-terraços, insolação e ventilação cruzada, além da vista para a natureza. A ideia é dar a sensação de se estar cercado de natureza – por meio dos jardins exuberantes, da vista e dos materiais usados.
O aterro sanitário do Caximba, em Curitiba, foi desativado em 2010 e virou uma usina solar, com potência instalada de 4,55 megawatts (MW). O projeto integra o Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da cidade para combater e mitigar as mudanças climáticas por meio da produção de energia renovável. O município conseguirá reduzir a emissão de duas mil toneladas de CO2 na atmosfera, colaborando assim para o cumprimento das metas da cidade de redução dos gases do efeito estufa. A solução também resulta em economia, uma vez que a energia gerada pelos módulos fotovoltaicos da usina solar é injetada na rede de distribuição da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) e o valor é abatido da conta de energia do município. Com quase 8,6 mil painéis, a Pirâmide Solar do Caximba é a primeira usina solar em aterro sanitário da América Latina.
Um levantamento da ONU, revelou que em 2018 cerca de 55% da população mundial vivia em cidades. Este número deve crescer e chegar a 60% até 2030. Como os centros urbanos vão receber mais gente, é importante avaliar se eles têm condições de oferecer qualidade de vida a todos. Para ajudar a definir se uma cidade segue estes princípios e
pode ser definida considerada uma cidade verde de verdade, o site especializado em Sustentabilidade Tree Hugger listou 10 critérios importantes: áreas verdes; transporte público eficiente; espaço público para a população; ciclovias; construções ecológicas; reciclagem e compostagem; ocupação inteligente; liderança verde; energia verde e diversão.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 abre nos próximos dias. A mostra, com curadoria de Lesley Lokko, terá como o tema “O Laboratório do Futuro” e vai apresentar o continente africano como força motriz na formação do mundo que está por vir e desafia as noções convencionais do que o futuro pode trazer e do que um laboratório pode ser. Apresentando 63 pavilhões nacionais, 89 participantes e 9 eventos paralelos na cidade,
a Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023 convida profissionais de uma ampla gama de disciplinas e origens a explorar novas possibilidades. Fundadora e diretora do African Futures Institute (AFI) com sede em Accra, Gana, Lesley Lokko é arquiteta, educadora e romancista ganesa-escocesa. Ela comenta que espera que o evento provoque o público a pensar com mais empatia.
A Itaipu Binacional, empresa pertencente ao Brasil e ao Paraguai que administra a Usina Hidrelétrica de Itaipu, lançou um concurso nacional de arquitetura para o desenho do EcoParque Itaipu, em Foz do Iguaçu. O edital, publicado em dezembro de 2022, previa a criação de um parque urbano que “contribuirá para a conservação de uma das áreas verdes mais relevantes de Foz do Iguaçu, associada a utilização pública e sustentável”. As propostas arquitetônicas apresen-
tadas deveriam estar preparadas para receber as mais distintas tecnologias, sejam elas digitais ou soluções baseadas na natureza, para transformar o parque em um laboratório de soluções para enfrentar os problemas cotidianos de uma forma mais feliz e eficaz. O primeiro lugar ficou com André Augusto Prevedello, que criou ilhas em meio à á gua e vegetação, para vivenciar experiências f ísicas e digitais criando hotspots interconectados por trilhas e passeios.
Heatherwick Studio e Barcode Architects foram escolhidos para projetar um novo centro de cultura, trabalho e lazer na praça central Jaarbeursplein em Utrecht, Países Baixos. O projeto tem como objetivo acolher a diversidade da população da cidade e trazer uma sensação de calor e diversão para a praça, de acordo com os arquitetos. Apelidado de Oopen, o edifício vai integrar uma colorida série de cilindros que se destacam na paisagem do bairro. A construção está prevista para começar em 2025 e o edifício será entregue em 2028. O novo centro cultural espera se tornar um local cheio de vida, reunindo pessoas de diferentes culturas, gerações e comunidades, refletindo a diversidade de Utrecht. Projetado como um sistema de partes e programas, o edifício oferece um espaço flexível para várias interações e trocas entre as pessoas. Vários terraços paisagísticos, alguns dos quais serão reservados para a vida selvagem, aprimoram ainda mais o projeto.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) vai expandir o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS), que inclui o segmento de fotovoltaicos, voltado para a produção de energia solar. Com a intenção de criar um impacto na chamada “Economia Verde”, o programa é um dos esforços do governo para descarbonizar a economia e estimular a produção de energias renováveis, fundamental para cumprir metas de acordos climáticos internacionais. A isenção tem validade até 31 de dezembro de 2026. Durante o período, não serão cobrados Imposto de Importação, IPI e Pis/Cofins.
Movimento que marcou a arte, o design e a arquitetura se renova e repercute em criações contemporâneas
Casa SP–Arte é a única entre as 17 residências projetadas pelo arquiteto modernista Flávio de Carvalho, que foi inteiramente restaurada em sua versão original | Foto: Divulgação
Por Débora Mateus
No âmago do fluxo que conecta arte, arquitetura e design, o modernismo se renova e repercute nas criações contemporâneas até hoje, após 100 anos de seu nascimento. O movimento que durou quatro décadas, defendia a ruptura dos paradigmas conservadores. Elevou a valorização da identidade brasileira, não somente nas expressões artísticas, mas também nas manifestações políticas e sociais. E perpetua sua proeminência pela influência que ainda gera nas novas gerações.
Na SP-Arte, maior feira de arte da América Latina, fundada em 2005, a conexão com essa influência pode ser percebida desde a escolha do local que sedia o evento - o Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera, ícone da arquitetura moderna, projetado por Oscar Niemeyer. E se desdobra na recém-inaugurada Casa SP–Arte, espaço fixo para realização de eventos e exposições, criada pelo arquiteto e multiartista Flávio de Carvalho (1899-1973) para a Vila Modernista. A casa abriu suas portas com a mostra “Hélio Oiticica: mundo-labirinto”, organizada pela Gomide&Co e Luisa Duarte.
Em cartaz até julho, a exposição reúne 20 obras do neoconcretista Hélio Oiticica (1937-1980) que revelam as investigações sobre o plano bidimensional e como a cor ganha corpo em suas experimentações. “A SP-Arte preza pela preservação do patrimônio cultural brasileiro e o modernismo está inserido nesse contexto. Ao ocu-
par a casa projetada por Flávio de Carvalho e trazer as obras de Hélio Oiticica, evidenciamos esse importante movimento em tempos contemporâneos. O caráter visionário destes artistas multifacetados e transgressores em diferentes gerações é fonte de inspiração.”, conta à Habitat, Fernanda Feitosa, diretora e idealizadora do evento.
B10 Bólide caixa 08, Hélio Oiticica 1964, é parte da exposição “Mundo-Labirinto” em cartaz na Casa SP-Arte | Foto: Divulgação
A influência modernista também ficou perceptível na 19ª edição da SP-Arte, que aconteceu entre os dias 29 de março e 2 de abril. Transbordou em grande parte dos 168 espaços distribuídos pelos três andares da Bienal. Ecoa na dimensão do evento, que este ano inovou ao abordar questões de diversidade e sustentabilidade. Resplandece nos trabalhos contemporâneos de artistas de diversas regiões do país que defendem suas origens e a pluralidade brasileira, e se estende ao novo setor showcase, curado por Carollina Lauriano.
A partir do tema “Recuperar paraísos: não precisar do fim para chegar”, o projeto selecionou obras de 13 artistas e propôs uma discussão sobre a luta antirrascista, questões ecológicas e ambientais.
A geometria à brasileira, verde n. 1 2022, Rosana Paulino, Mendes Wood, uma das obras selecionadas que integraram o showcase da SP-Arte 2023 | Foto: Divulgação
A Galeria Gomide & Co, além da parceria com a mostra de Oiticica, participou do evento com a exposição de artistas latino-americanos de diferentes gerações, que exploram elementos provenientes da terra. De acordo com o galerista Thiago Gomide, as obras expostas enfatizam a arte em cerâmica e são resultado de uma ampla pesquisa sobre sua produção. “Minha paixão pela arte em argila nasceu há três anos, quando comecei a apresentar os trabalhos do recifense Francisco Brennand. Algumas das obras que trouxemos para a feira dialogam com o modernismo, como as de Brennand e se misturam com outras representativas dessa corrente, como as da mineira Lygia Clark e do ítalo-argentino Lucio Fontana”, comenta.
Sem título [Untitled], 1984, Francisco Brennand, Gomide&Co Foto: Divulgaçãoa
Joaquim Tenreiro, designer que revolucionou o mobiliário nacional, costumava dizer que a paixão pela arte inspirava suas criações. A fala é de quem, assim como muitos visionários, defendia a potência sinergética entre as duas esferas criativas. Nesta edição da SP-Arte, o segmento de design borbulhou ainda mais sua magnitude cultural. Cresceu 30% em relação ao ano passado, marcando presença com exposições robustas, assim como acontece nas galerias de arte.
A expansão reflete a importância que área vem ganhando na feira, desde que o setor foi introduzido no cronograma do evento, há 7 anos, de acordo com Fernanda Feitosa. “Colecionadores de arte também são compradores de peças de design, e vice-versa. Eu sou uma defensora do design autoral. Hoje, os expositores deste segmento abrem seus
calendários para lançamentos importantes e exclusivos na SP-Arte”, afirma.
O perfume modernista se fez presente na exibição de peças que eternizaram a história do mobiliário nacional. Mas também reverberou de maneira intensa, com a brasilidade da produção contemporânea. Uma série de lançamentos marcou a mostra “Histórias Entrelaçadas – 30 anos da Coleção ETEL”. O projeto expositivo foi assinado pelo estúdio italiano SUPERLUNA que, em sua ambientação, reforçou a carga histórica da marca. Reedições da poltrona Baixíssima de Oscar Niemeyer da década de 1970, e duas peças criadas por Gregori Warchavchik da década de 1930, o pai do modernismo brasileiro, foram os highlights. A grande novidade ficou por conta do anúncio de Percival Lafer como novo membro da coleção ETEL.
A Deezign exibiu novas versões da icônica poltrona Paulistano, criada pelo arquiteto capixaba vencedor do prêmio Pritzker, Paulo Mendes da Rocha, em 1957. Um dos modelos de destaque foi assinado pelo artista de street art Ozi Stencil, que aplicou a figura de Mona Tupy diretamente em lona.
Em sua versão original, a poltrona Paulistano é composta de aço e assento em couro
Nova versão da poltrona Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, ganhou assento pintado pelo artista Ozi Stencil | Foto Deezign
No espaço expositivo da Deezign também estiveram presentes duas peças assinadas pelo arquiteto Jorge Elmor. A premiada poltrona Pelicano, concebida com sofisticadas técnicas da carpintaria manual, e o tapete New York, parte da coleção Tramas Urbanas.
Na Galeria Passado Composto Século XX, o ponto alto foi a reedição da poltrona Bertioga, desenhada por Jean Gillon entre 1965 e 1969. Com estrutura em freijó certificado, o modelo ganhou estofamento em couro natural sobre percintas em soleta.
Poltrona Pelicano idealizada por Jorge Elmor foi apresentada em parceria com a Deezign | Foto: Divulgação
A recente coleção de buffets lançada pela Firma Casa em colaboração com o Estúdio Campana chamou atenção pela expressividade geométrica e liberdade das formas. Os móveis, que ganham efeito simbiótico entre o mundo animal e vegetal com o mix de materiais foram exibidos no ambiente da Firma Casa.
Buffet coleção Ripas, Campana X Firma Casa
Foto: Romulo Fialdini
42 Abr. Mai. 2023
Com curadoria assinada por Guilherme Wisnik, a Galeria Teo expôs 20 peças das décadas de 1930 a 1980, criadas por alunos do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Inaugurada na SP-Arte com o propósito de valorizar o mobiliário moderno brasileiro, a exposição comemora os 150 anos da instituição de ensino.
O talento dos povos originários do Brasil foi exaltado no projeto da +55 Design. A marca lançou bancos esculpidos em formato de animais, desenvolvidos pelo designer Rodrigo Silveira e Yuta, Kawakanamu e Ontxa, indígenas da etnia Mehinako.
Banquetas com pés de palito foram concebidas por Hugo França especialmente para a feira. Reconhecido pela poesia das formas escultóricas de suas criações, o designer revelou uma nova faceta de seu trabalho, priorizando peças mais compactas.
O contraponto entre leveza e peso ganhou amplitude nas duas séries inéditas lançadas pelo estúdio Ovo. A coleção Arranjos privilegia o acrílico em mesas e biombos, enquanto a série Rio combina estruturas em metal e peças multifuncionais de pedra.
Itens lançados pela Ovo privilegiam a contraposição de diferentes materiais | Foto: Ruy Teixeira
Uma seleção de trabalhos da trajetória da designer Jacqueline Terpins, sob a perspectiva de geometria pura, deu a tônica da mostra “Formas e Escalas”. De acordo com Terpins, o exercício de olhar para o próprio acervo com um recorte específico teve um sabor especial. “Foi muito prazeroso observar o meu trabalho sob o viés das construções simples e das formas puras. Esse movimento tornou clara a percepção de que no design autoral das peças criadas existe uma lógica de expressão, que também se baseia na razão”, explica.
A peça Fértil 1990, de Jacqueline Terpins, resgata momentos de experimentação da designer e artista plástica com o vidro soprado.
Foto Andrés Otero
A linha Aro, idealizada pelo arquiteto Leandro Garcia, ganhou novas variações nesta edição da SP-Arte. Com um sistema modular, que permite a customização por parte dos usuários, a coleção inclui bandejas e espelhos em diversos diâmetros.
Alex Rocca buscou inspiração na sua ancestralidade para criar a série Manto. A coleção cápsula inclui nove tapeçarias, concebidas pelo designer têxtil a partir de um ensaio experimental que incorpora a técnica do tear manual e cria um elo com as raízes africanas. Os tapetes lançados no evento são compostos por materiais como algodão, cobre e resíduos de seda destinados à reciclagem do acervo da Safira Tecidos.
Espelho de parede de Leandro Garcia está entre os destaques dos novos objetos da coleção Aro | Foto: Ricardo Perini
ão Paulo foi palco de ebulição criativa em março. Dois dos maiores eventos de design e arte do país invadiram locais importantes da capital para reverberar talentos e lançamentos, privilegiando a força da criatividade autoral. Confira os destaques da DW! e SP-Arte, sob o recorte “Spectrum”.
A 12ª edição da DW! Semana de Design de São Paulo renovou seus ares. Levou o roteiro de mostras que conectam design autoral a arte, arquitetura e decoração para o centro histórico da capital. Prédios icônicos dividiram os holofotes com a Alameda Gabriel
Monteiro. Na Galeria Metrópole, ícone da arquitetura moderna, destaque para peças de mobiliário geométricas e minimalistas: a chaise Pássaro, assinada por Bia Rezende e o banco Tokyo, do escritório Metro Objetos.
O edifício Virgínia foi um dos endereços mais visitados. Sediou exposições e instalações em três andares, realizadas pela incorporadora Somauma, responsável pela revitalização do prédio. No 8⁰ andar, a mostra “Quanto tempo temos?”, com curadoria de Claudio Magalhães, propôs aos visitantes refletir sobre como construir um futuro sustentável.
O fazer manual se fez presente em diversas estreias da DW!. A coleção de luminárias Fluxo, do coletivo Ateliê de Fiação, dirigido pelos designers Nicole Tomazi e Sergio Cabral, com participação de Cris Bertolucci, reflete a beleza do crochê.
Alex Rocca também levou a arte têxtil para objetos de iluminação. A convite da Itens, o artista visual criou cúpulas repletas de cores e costuradas fio a fio, que segundo ele, traduzem suas memórias afetivas.
Alex Rocca assina uma série de objetos de iluminação, em edição limitada, para Itens Foto: André Klotz
Confira a seleção de 5 trabalhos de artistas e designers que demonstram a pujança do talento nacional, expostos em espaços expositivos da 19ª edição da SP-Arte, maior feira de arte da América Latina.
O artista indígena Aislam Pankararu explora a questão de sua ancestralidade a partir de pontos, linhas e curvas pintadas. Ele é um dos 13 selecionados que integraram o setor showcase da feira, com curadoria de Carollina Lauriano.
O feminino percorre a obra Senhora de Pequenos Espaços, de Dee Lazerine. As lembranças vivenciadas pelo artista com a avó são protegidas de forma simbólica, por uma camada criada com alfinetes sobre um “corpo artificial”.
Assinada por Zanini de Zanine, a Cadeira Cabideiro Ponto foi produzida por processos industriais em chapa de aço e tubo. Compacta e ideal para
espaços reduzidos, a peça carrega as características marcantes do design de seu criador, que transita entre o industrial e o autoral.
Criada com tiras de madeira maciça pelo arquiteto e designer mineiro Porfírio Valladares, a chaise Álvaro tem uma estética moderna e curvilínea. A soma da forma e função começa no traço do móvel, que privilegia a ergonomia.
Chaise Álvaro, exposta no estande de Porfírio Valladares na SP-Arte | Foto: Divulgação
De acordo com o designer Guilherme Wentz, a coleção Funghi reflete o objetivo da marca – conectar pessoas e a natureza. “Nossa inspiração ganhou amplitude quando observamos a textura da parte inferior dos cogumelos”, explica.
As luminárias Funghi, da Wentz foram inspiradas na tipologia dos cogumelos e são feitas com a técnica de Glass Fusing Foto: Débora Mateus
BoomSpDesign levou a Semana de Design de São Paulo ao ícone arquitetônico e fez dele um espaço de intercâmbio cultural
Por Débora Mateus
Omaior insight da 12ª edição da DW! Semana de Design de São Paulo foi levar parte dos mais de 200 eventos que integraram o circuito de instalações e exposições de lançamentos autorais aos edifícios icônicos do centro histórico da capital paulista. O BoomSpDesign, evento âncora do calendário do festival, transformou o topo do Copan, ícone arquitetônico criado em 1950 por Oscar Niemeyer, em um pólo de intercâmbio cultural.
Com curadoria de seu idealizador, Beto Cocenza, a mostra apresentou trabalhos de jovens designers e marcas consagradas que materializam em formas, funções e sensações suas maneiras de compreender e atuar no mundo. De acordo com Cocenza, a edição de 2023 agrega mudanças à história do evento, que promove conexão entre o design, arte e arquitetura. “Esta é a primeira vez, em 16 anos de BoomSpDesign, que alteramos e adiantamos nosso calendário, para março. Outro ponto inédito é estar em um espaço tão emblemático como o Copan. Fazer parte do movimento que traz a indústria criativa para essa importante região, é um marco significativo”, relata à Habitat.
O italiano Francesco Maccapani Missoni, escolhido como o designer do ano da 16ª edição do BoomSpDesign, foi um dos destaques da programação. O neto dos fundadores da famosa marca de roupas Missoni exibiu uma insta-
lação exclusiva que enfatiza o uso das cores, característica que tem influência do histórico familiar. Com um olhar peculiar, o designer multifacetado cria obras coloridas e geométricas, feitas com um processo manual que combina diferentes materiais como papéis e fitas.
Em entrevista à Habitat, Francesco Missoni explicou que sua inspiração está associada à vivência pessoal: “Meu trabalho começou de forma orgânica em 2014, mas somente na pandemia ganhou minha total dedicação. Eu utilizo as cores para expressar minhas emoções e percepções. Pode ser uma viagem, um cheiro ou uma comida. É uma honra poder apresentar minha arte no Brasil, um país especial para mim”, comenta.
Francesco Maccapani Missoni, designer do ano do BoomSpDesign, exibiu instalação exclusiva no evento | Foto: DivulgaçãoEntre as novidades apresentadas por novos nomes do design, estão itens de mobiliário cheios de significados como a poltrona Boa Noite, criada por Augusto Tulio em colaboração com o designer Fabio Melo, para reverenciar as mulheres ribeirinhas do Rio São Francisco.
O designer Filipe Lima apresentou a coleção Saibro, linha de peças de mobiliário que celebram o resgate da essência de suas origens. Concebidas em madeira maciça, as peças privilegiam as técnicas da marcenaria artesanal mineira.
A união da tecnologia com a sustentabilidade ganhou um protagonismo especial nesta edição do evento. A Mush, multipremiada empresa brasileira de soluções biotecnológicas, surpreendeu os visitantes ao exibir itens de décor e obras de arte assinados, à base de micélio (parte vegetativa dos cogumelos). O biomaterial que dá forma aos lançamentos é resistente, biodegradável e totalmente circular.
Primeiro móvel do Brasil feito com cogumelos, a mesa
Sertão é produzida pela Mush e leva assinatura do Anima Studio Design. Com conceito inspirado na região brasileira que costuma ser castigada pela seca e pela terra árida, a peça evoca o poder das conexões e da vida que brota do solo. Carrega o significado da origem da matéria-prima, que também vem da terra, em alusão à propriedade regenerativa do biomaterial, que nasce dos resíduos da agroindústria e promove o crescimento das plantas, quando descartado.
Mesa Sertão, primeiro móvel em micélio do país, produzida pela Mush e assinada pelo Anima Studio Design Foto Divulgação
Esculturas
Três esculturas de divindades compõem a coleção artística Fé, desenvolvida pela Mush e assinada pela Furf Design Studio. Criadas em edição limitada, as obras evocam a pluralidade do sincretismo da religião brasileira e a conexão entre arte, ciência e fé. Além de serem apresentadas no BoomSpDesign, as esculturas foram exibidas durante a Semana de Design de Milão, provando a força da inovação no design autoral made in Brazil.
Confira os lançamentos em revestimentos e metais para decoração
Por Débora Mateus
AExpo Revestir, a maior feira de revestimentos da América Latina, aconteceu em paralelo aos eventos da DW! e contribuiu para agitar ainda mais a capital paulista com lançamentos carregados na pluralidade de referências - design, inovação e tecnologia. Novas cores, formas, e possibilidades de aplicações, marcam as tendências do segmento. Acabamentos e metais se transformam em itens de desejo para o morar. Confira os principais destaques desta edição.
A preciosidade das rochas italianas inspirou a coleção de revestimentos Pietra Kode, da Consentino. Criada pela marca, em colaboração com o arquiteto e designer argentino Daniel Germani, a série possui três declinações – Vicenza Kode, que remete à pedra de Vincenza; Travertino Kode, que remete ao mármore Travertino; e Ceppo Kode, em alusão ao Ceppo di Gré.
A linha Deca You, uma das séries de metais da Deca, conta com torneiras e bicas em diversos tamanhos, cores e formas. A bica Memphis incorporou o conceito estético do importante movimento homônimo que surgiu nos anos 1980, em Milão, no qual foi inspirada. Feita em latão com acabamento tecnológico D.Coat, possui uma ampla paleta de cores como lilás, azul, cobre e dourado.
A Michelangelo Mármores do Brasil marcou presença com um ambiente cheio de poesia e jogos de contraste. No espaço assinado pela designer Ana Penso, o encanto das combinações dos mármores naturais Griggio e Branco Michelangelo se fundiu à leveza da palha de milho.
A expressividade das cores dá o tom da coleção de pastilhas Easy, da Ceusa. Concebidas para estimular a criatividade, as pastilhas estão disponíveis em oito nuances e possibilitam várias combinações. O tom bem-humorado fica por conta da dimensão menor dos ladrilhos (10X10), que fazem referência a pixels e propiciam composições geométricas divertidas.
Lançamento da Ceusa, linha Easy permite composições criativas e bem-humoradas Foto: Divulgação
Com conceito contemporâneo, a Fani lançou, pela primeira vez, uma coleção de metais e acessórios assinados pela arquiteta Barbara Dundes. Com formas leves e arestas arredondadas, as peças podem ser personalizadas em diversos acabamentos.
A Fani apresentou a primeira coleção com design assinado, criada pela arquiteta Barbara Dundes | Foto: Divulgação
Funcionalidade e inovação para a bancada da cozinha definem a linha A²to, idealizada pelo chef Alex Atala para a Portobello. Elementos embutidos em sua superfície como cooktop, pia e acessórios foram criados para oferecer versatilidade e estimular o convívio social no espaço dedicado à arte de cozinhar.
A bancada inovadora da linha A²to assinada por Alex Atala, é uma das novidades da Portobello | Foto: Divulgação
A coleção Maracangalha, assinada pelo arquiteto Nildo José para a Portinari, resgata as memórias afetivas da cidade da Bahia, lugar que abriga a casa de sua avó. Inspirados na riqueza cultural local, nas cores das calçadas e casas, os porcelanatos evocam calma e aconchego. Destaque para o acabamento ripado em linhas finas, que faz alusão à produção regional de cana-de-açúcar.
Desenhada pelo arquiteto Nildo José para a Portinari, a coleção Maracangalha destaca a brasilidade e identidade regional
Livien Ullmann descobriu no universo da maquiagem artística o seu propósito, trocando as telas pelas peles, literalmente colorindo a vida
Lugar de design é onde você quiser aplicá-lo. Vale até no rosto. O que importa é o trabalho criativo e a oportunidade de desenvolver suas capacidades. A superfície é detalhe. A designer Livien Ullmann, por exemplo, estudou Desenho Industrial/Programação Visual, onde teve uma visão mais técnica de desenho projetivo, desenho de observação, teoria das cores, composição. Conhecimentos que ela aplica na maquiagem artística.
Na faculdade de design estudou e praticou raciocínio rápido e criativo, improvisação, além do estudo da história da arte e história do design, que sempre inspiram e abrem novas possibilidades, com base em artes já criadas por outros artistas e designers e de uso de materiais alternativos na composição em adereços e figurinos para minhas criações.
Tá na cara que é design
Foi no curso de Artes Cênicas, porém, o primeiro contato com o mundo da maquiagem. Ela se destacou nas maquiagens teatrais e, com a premiação de revelação em maquiagem teatral para a peça A Fábula do vento do Sul, Livien ganhou seu primeiro troféu na área, e já começou grande, com o maior prêmio paranaense da categoria – o Gralha Azul.
O universo parece sempre conspirar a favor dos criativos e ela foi estudar o assunto na Califórnia e, quando voltou, montou a Lillart, onde passou a ministrar workshops, aulas e treinamentos para maquiadores. Trabalhos para publicidade e marketing, eventos e festas fantasias. Livien está organizando este ano a 4ª Convenção Lillart de maquiagem – o maior e único evento nacional na categoria, que conta com os melhores instrutores do mundo para dividir conhecimento e multiplicar artistas cada vez mais talentosos, ¨Inspirar pessoas para uma
imersão no mundo da maquiagem artística é uma sensação inexplicável, é lindo ver o brilho nos olhos das pessoas, de maneira figurativa e de maneira literal!¨ conta a artista.
Arte, design e maquiagem andam juntos. Não necessariamente nesta ordem. É que a moça vem colecionado títulos e troféus na sua área – ela é a Miss Zombie, eleita pela Zombie Walk de Curitiba.
’A casa não é só acolhedora, não é só moderna, tampouco só rústico chic, é a casa da Andrea
Escrever sobre a conexão entre pessoas e suas casas é sempre um desafio. Desta vez, ainda maior, já que falarei sobre minha mãe e sua casa, que de certa forma é também um pouco minha e vocês já irão entender um pouco desta história.
Andrea Campos é admiradora de tudo que é leve, natural e puro. O vento, o canto dos pássaros, o barulho da água, os detalhes sutis que passam despercebidos por muitos estão sempre no seu radar, atento e sensível.
Sua alma criativa a leva a buscar atividades e trabalhos manuais que a conectem com o que mais gosta: as plantas!
E foi por causa delas que a busca de um novo lar se iniciou. O sonho de morar em meio à natureza sempre esteve presente, e havia chegado a hora de trocar a vista urbana de seu antigo apartamento no Bigorrilho por um pedacinho de natureza para chamar de seu.
Em meio a muitas visitas, foi ao atravessar a maravilhosa porta de entrada, entalhada em madeira e trazida da Índia, que nós duas soubemos que havíamos encontrado seu novo paraíso particular. Uma casa deslumbrante e única.
Localizada em uma região de natureza exuberante, e que para nós sempre foi familiar, a casa fica em um condomínio praticamente dentro do Parque Tingui. Com fachada discreta, é o reflexo de minha mãe, uma pessoa que tem a simplicidade em sua essência.
Logo após a compra, a casa passou por uma reforma feita por mim, com muito carinho. Busquei incorporar aos detalhes rústicos que já estavam presentes, um toque de elegância, utilizando materiais nobres, mas com suas características originais, complementando os ambientes com móveis de marcas renomadas, em um equilibrado estilo ‘’rústico-chique’’.
A reforma demorou cerca de um ano e meio. Nossos papéis ora “cliente e arquiteta” ora ‘’mãe e filha’’ nos permitiram sentir o que faria sentido em cada ambiente sem pressa.
Detalhes originais aparecem de forma sutil. Um exemplo interessante foi a ideia de criar um detalhe no piso para delimitar o hall de entrada. Para isso, fui até Campina Grande do Sul, pois soube que seria feita a demolição de uma casa toda em madeira peroba rosa, madeira nobre e que já estava presente em outros elementos da casa.
Mesmo morando sozinha, Andrea adora a companhia, não só de suas duas cachorrinhas, mas também de outros visitantes curiosos. Tucanos, jacus, tejus, serelepe, porco espinho, saruê e vários bichinhos que adoram passear em seu jardim.
E é no estar externo, um dos ambientes mais usados da casa, que ela usufrui destas companhias agradáveis. Um espaço coberto, porém aberto, que integra sala de estar e churrasqueira ao delicioso e florido jardim. É neste espaço que construímos boa parte das memórias vividas na casa, desde festas de aniversário da minha pequena Maitê, até almoços triviais de domingo, e onde Andrea pode estar perto de tudo que ela mais valoriza: a riqueza e simplicidade da natureza.
Outra característica marcante de minha mãe é a forte afinidade à história da nossa família. Peças e objetos que pertenceram aos nossos antepassados são sutilmente inseridos no contexto atual da sua vida e retratam com harmonia o passado e presente da moradora.
Uma destas peças é uma Escalfeta. Uma peça em cobre que se parece com uma enorme panela utilizada por volta do século 19 para aquecer o leito antes de dormir.
Por falar em memórias, elas aparecem não somente nos objetos preservados por Andrea. Por serem histórias vívidas em sua mente, costumam ser compartilhadas com quem tem o privilégio de ser recebido por ela com muito capricho, naturalidade e hospitalidade em uma casa que é puro aconchego e acolhimento.
Este capítulo de sua história está em fase de despedida. Para Andrea, é hora de encerrar um ciclo neste espaço, que abrigou momentos importantes de nossas vidas, guardar as lindas memórias construídas e abrir o coração para um lugar menor que reflita sua nova fase, mas ainda assim com muito verde e aconchego.
A casa está à venda e de portas abertas para que uma nova família possa construir suas próprias memórias e serem protagonistas deste lindo paraíso particular.
Para finalizar este capítulo do morar sob o olhar de Andrea, trago sua sensível visão sobre morar: “é pertencer e sentir-se completa no lugar que escolheu para escrever sua história”.
Euroluce volta ao calendário do Salão do Móvel, lança luz sobre lançamentos criativos e novas demandas e completa o evento, mais focado em sustentabilidade, representatividade e design
Milão é a casa do design. O mundo se volta para lá para saber dos lançamentos e das tendências.
Só que nesta edição, o Salão do Móvel de Milão passou por uma reforma. Com curadoria do arquiteto Beppe Finessi, em colaboração com a Formafantasma e o estúdio Lombardini22, a nova versão do evento melhorou sua acessibilidade, a experiência
do usuário, a sustentabilidade – reuso, reaproveitamento e reciclagem foram absorvidos com mais veemência – , revolucionou seu layout, ganhou mais conteúdo cultural interdisciplinar e experiencial, indo da arquitetura à arte. Se a cidade já fervilhava antes, agora ela pulsa mais. E brilha! Afinala edição incluiu novamente a Euroluce, a icônica Exposição Internacional de Iluminação em Milão.
DESIGN NACIONAL Brasilidade no design é sucesso certo. O mundo sempre se volta aos nossos contornos, ao gestual, ao lifestyle nacional e à materialidade inusitada e marcada pela criatividade de cores, texturas e tramas. Com organização da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), empresas associadas ao Projeto Brazilian Furniture participaram como expositoras do iSaloni 2023. Marcas como by Kamy, Century, Uultis, Tramontina Belém S/A, Ornare, Cristais São Marcos, Green House, Modalle e St. James estiveram por lá.
Poltrona Olga, de Aciole Félix para a Uultis
Chaise Hinge, de Fernando Motta para Tora Brasil, e mesa lateral Rio, de Luciano Mandelli para a Tidelli
Cadeiras Mellow, da linha Life de Roberta Banqueri para a Green House
Chaises Aor, assinadas pelo Choque Design, retomam referências de clássicos do design brasileiro da década de 60 e 70 para a Breton
E pelo Design Brasil + Indústria, programa de design integrado à indústria que faz parte do escopo do Projeto Brazilian Furniture, dezenas de fabricantes e designers brasileiros também expõem em Milão suas peças desenvolvidas de forma colaborativa. Entre elas estão Tidelli, Breton, Essenza, Saccaro, St. James e Tora Brasil.
As grandes maisons encontram em Milão um jeito de trazer a inspiração para dentro das casas, reproduzindo conceitos e apelos da marca, sem contar as colabs estreladas. Na Semana de Design de Milão, as grifes aproveitam o espaço para apresentar seus lançamentos de decoração, que andam lado a lado com a identidade impressa por elas em suas roupas. Moda e decoração aqui andam juntas.
O sofá Bomboca, do Studio Campana, da coleção Objets Nomades, da Louis Vuitton
Luminárias da Hermès para a Semana de Design de Milão 2023
Karl Lagerfeld Maison faz sua estreia imprimindo a identidade do estilista nos móveis. O evento imersivo ocupa toda a loja da Bottega em Milão, enquanto passeia pelas novas bolsas com um percurso feito de resina e tecido.
O Salão de Milão ficou no escuro depois de três anos de pandemia e desencontros no calendário. Mas valeu a espera. A Euroluce trouxe propostas e conceitos inovadores, capazes de iluminar e subverter os espaços, com luz, forma e ação. Estética, função, tecnologia e muita inovação foram os destaques da edição.
Recém-inaugurado na região da Avenida Paulista, o hotel valoriza a cultura brasileira em seu projeto arquitetônico, decoração e experiências aos hóspedes
Acaba de inaugurar o Qoya Hotel São Paulo –Curio Collection by Hilton e o endereço se destaca pela valorização da identidade brasileira. Do projeto de arquitetura e design de interiores aos produtos e experiências oferecidos para hóspedes, a cultura do Brasil aparece em diversos detalhes. A proposta do hotel é dar ao visitante a sensação de aconchego e sofisticação por meio de elementos tais como ilustrações, obras de arte, livros e apresentações musicais.
Localizado a um quarteirão da Avenida Paulista – região de instituições centrais para cultura nacional como o Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o Instituto Moreira Sales, a Japan House, o Itaú Cultural e o Sesc Paulista – o hotel incorpora a sensibilidade artística ao seu conceito de hospedagem, que une sofisticação e contemporaneidade a acolhimento e bem-estar.
Já no lobby, onde fica o bar e restaurante Primo Piano, é possível constatar o conceito. O balcão central possui um painel repleto de cores e formas orgânicas criado pela artista visual paulista Belca. O trabalho da artista combina a técnica de colagem com tons terrosos e formas orgânicas inspiradas na natureza, em linha com a brasilidade do hotel e com presença de elementos naturais como o seu enorme jardim vertical. As intervenções de Belca também podem ser vistas em cada suíte do Qoya. O projeto de arquitetura e design de interiores é das arquitetas Paula Weberman e Kika Sartori, da PK Arquitetura. “Me inspiro e me conecto com o Qoya na experiência, na localidade e principalmente no conceito. O hotel que chega na minha amada cidade com tanto a oferecer e nos convida a desfrutar de São Paulo com essência”, disse Belca sobre o projeto, em suas redes sociais.
Concebido na melhor tradição de bares de hotel icônicos de São Paulo, o Primo Piano também conta com um raro piano da década de 1920. Especialmente restaurado para servir à programação musical, o piano está no centro de apresentações ao vivo de bossa nova, jazz e música brasileira – uma espécie de tributo a gênios como Tom Jobim, João Donato, Sérgio Mendes e outros grandes pianistas brasileiros que elevaram a bossa nova a estilo mundial.
Se, no Primo Piano, o foco da cozinha será gastronomia italiana, a nova unidade do restaurante Dinho’s reforça a identidade brasileira com especialidades como carnes grelhadas e a tradicional feijoada. No Qoya, o restaurante volta à Alameda Santos, onde funcionou por 60 anos.
Também no primeiro andar, a proposta de formação da biblioteca do Qoya São Paulo aprofunda o conceito de celebração e disseminação da cultura nacional por meio de uma seleção cuidadosa de obras literárias adultas e infantis de autores brasileiros – de romance a poesia, passando pelo conto e a crônica. “Enxergamos a biblioteca como um espaço vivo e inauguramos com o embrião dela nesta área mais reservada do hotel como forma de propor ao hóspede um momento de descompressão como se ele estivesse em sua própria casa”, explica a gerente geral do Qoya São Paulo, Giuliana Laganá. “Estamos orgulhosos em oferecer aos nossos clientes uma experiência autenticamente brasileira, ao mesmo tempo em que celebramos esta grande riqueza do nosso país”, completa Giuliana.
Localizado na Alameda Santos, nas proximidades da Avenida Paulista, o Qoya Hotel São Paulo foi inaugurado em março de 2023. Com investimento de R$78 milhões, o novo hotel expande o conceito de união entre contemporaneidade e refúgio espiritual introduzido com o lançamento do Qoya Curitiba em 2022, incorporando a forte atividade cultural e gastronômica de seu entorno na capital paulista.
O Qoya São Paulo é o primeiro empreendimento na capital paulista da HCC Hotels. Referência em hotelaria e realização de eventos corporativos em Curitiba, a empresa estreou no mercado no ano 2000, quando um grupo de investidores assumiu o então Four Points by Sheraton — empreendimento inteiramente reformulado em 2022 com a marca própria Qoya. Nos anos seguintes, adquiriu os empreendimentos Quality (2004), Radisson (2006) e Go Inn (2015). A marca também passou a operar empreendimentos de terceiros em outros destinos do País a partir de 2020, como o Wyndham Casa di Sirena em Ilhabela (SP) e o Makaira Beach Resort, em Canavieiras (BA). Em 2022, a rede inaugurou o Suryaa Lifestyle Hotel, integrado ao portfólio Curio Collection by Hilton juntamente com o Qoya Hotel Curitiba.
Em 40 anos, o Chalet Suisse se tornou um ícone entre os restaurantes curitibanos, mantendo a tradição cultural de seu menu
Ocenário é perfeito e transporta para um típico chalé nos alpes suíços, com jardim impecavelmente bem cuidado. A lareira é sempre acessa quando o termômetro marca 15°C. O clima aconchegante do salão, com contornos suaves, cores quentes e luz de velas, é um convite irrecusável para apreciar a incomparável culinária franco-suíça. Esse é Chalet Suisse, que faz parte da história da gastronomia curitibana há 40 anos, mantendo a tradição em receitas caprichosamente executadas com qualidade de insumos e riqueza de sabores.
O restaurante, localizado em uma rua calma de Santa Felicidade, tem serviço reconhecidamente impecável e o menu apresenta opções de pratos quentes e acolhedores, ricos em queijos, carnes, batatas e outros ingredientes marcantes.
“A gastronomia da Suíça é fortemente influenciada pelos países vizinhos, como França, Alemanha e Itália. Naquela região, os pratos têm sabores encorpados, cremosidade e untuosidade pronunciada. Há 40 anos, honramos no Chalet Suisse a história dos nossos antepassados, mantendo as características originais de suas receitas”, conta Alexandre Saredi, proprietário do restaurante.
Apesar da Fondue ser uma das atrações mais aclamadas do restaurante, segundo Alexandre, um dos pratos mais típicos do seu menu é a Emincé de Vitela. O prato, tradicional da cidade de Zurique, é servido com batata Rösti, também preparada da forma clássica. As fatias de vitela são grelhadas com vinho branco e depois é acrescentado creme de leite fresco e cogumelos. Uma iguaria para ser degustada lentamente, acompanhado de um bom vinho.
O menu do restaurante tem outros clássicos extremamente celebrados, como o Steak Tartare, Escargots à la
Bourguignonne, Camarões ao Champagne e o Mignon Roquefort, além de sobremesas, como Crêpe Suzette e Vermicelles. Para celebrar as quatro décadas do Chalet Suisse, no entanto, Alexandre destacou uma receita afetiva, que foi introduzida no Brasil por seu pai, que também esteve no comando do restaurante por longas décadas. É o Mignon Café de Paris, feito com um molho especial, à base de manteiga e ervas, que virou o prato da Boa Lembrança, este ano. Quando o cliente escolhe esta opção do menu, leva para casa, ao final da refeição, a louça com um desenho original e exclusivo.
É impossível falar do Chalet Suisse sem citar uma das suas mais fortes tradições: as fondues. Muito procuradas durante o inverno, época em que as mesas são disputadíssimas no local, o prato é elaborado dentro dos rituais clássicos suíços. A mais tradicional é feita com queijos e servido com pães e batatinhas cozidas. A mistura dos queijos suíços Gruyère, Appenzeller e Raclette com vinho branco e Kirsch é um verdadeiro deleite e aquece o paladar.
Para aqueles que preferem a opção com carne, o estilo Oriental-Chinoise é com mignon em finas fatias, cozido à mesa, num fervente consommé de caldo de carne. Já a versão Bourguignonne, tem o mignon em cubos fritos no óleo, também preparados no momento da degustação. Este é servido apenas nas terças, quartas e quintas-feiras.
Existe ainda a oportunidade para aqueles que querem experimentar todas as opções e finalizar com a mistura de chocolate ou doce de leite. É só escolher pela sequência de fondues e aproveitar ao máximo essa deliciosa experiência.
O legado que o empresário Alexandre Saredi faz questão de manter, por meio da culinária do Chalet Suisse, tem a ver com o encontro e os fortes laços de amizade cultivados em torno de uma mesa farta. Aqui, em Curitiba, imigrantes suíços se encontraram circunstancialmente e começaram a empreender no ramo de restaurantes quando a cidade não tinha ainda uma cultura gastronômica. Em comum, a paixão pelas comidas da terra natal e um grande tino no comando das panelas.
A trajetória dos pioneiros neste nicho, como Julia Trutmann, Markus Sigrist e Arthur Saredi, pai de Alexandre, convergiram desde a década de 1970 em vários momentos. O resultado foi vários estabelecimentos que fizeram história até chegar hoje no restaurante franco-suíço que é referência não apenas em Curitiba, mais se tornou um dos mais reconhecidos do Brasil, o Chalet Suisse.
“Somos um restaurante aonde as pessoas vão para construir memórias. Muitos casais se formaram aqui e depois voltam com suas famílias. Criamos o ambiente perfeito e adicionamos muito sabor para que esses momentos sejam sempre lembrados com alegria”, finaliza Alexandre.
Após a chegada de Marcela Pfeiffer Miranda para o cargo de diretora de operações, a AG7, incorporadora de alto luxo com foco em wellness building no Brasil, dá mais um grande salto em busca da expansão de seus negócios e anuncia sua chegada no estado catarinense, com a compra de um terreno localizado na Praia do Estaleirinho, em Balneário Camboriú. Ao todo, são mais de 12 mil metros quadrados adquiri-
dos, com um valor total investido de aproximadamente de R$ 282 milhões, com previsão de R$ 500 milhões em vendas gerais (VGV) e expectativa de um aumento de 30% no faturamento da empresa. Como na maioria dos seus empreendimentos, este novo projeto também conta com um grande nome da arquitetura brasileira em seu desenvolvimento: Isay Weinfeld.
Olha só os empreendimentos comerciais oferecendo aos clientes e à cidade um tipo de vivência diferente. O restaurante Duq, do empresário Alexandre Abage, do premiado chef Felipe Miyake e do sommelier José Vinicius Chupil, acaba de inaugurar um mural gigante, na sua fachada, assinado pelo artista André Mendes. O mural, que fica na esquina das ruas Carlos de Carvalho e Visconde de Nácar, tem 38 metros de comprimento por 10 metros de altura. No local, a arte está não só na fachada, mas também na arquitetura e, claro, na cozinha do chef que já foi reconhecido por diversos prêmios de culinária nos últimos anos. O projeto arquitetônico é assinado por Camila Accioly e Marcela Nicz.
A Portobello reafirma sua linguagem colaborativa com a nova coleção Authentic. Ela reúne linhas co-criadas de móveis e revestimentos desenvolvidas em parceria com designers, artistas, chefs e arquitetos. Uma das novidades é a matéria_prima: composta de placas 100% porcelanato e assinada pelo artista e designer Oskar Metsavaht. A linha é inspirada na argila, na conexão com o solo e os tons que a natureza espontaneamente adiciona na terra. Solar, por sua vez, é assinada por Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, em uma reverência à arquitetura brutalista. Ela se volta à sustentabilidade, aproveitando a concha de sururu como material fundamental, recolhido de forma sustentável junto à comunidade da Lagoa de Mundaú, no Alagoas.
A Portobello ainda estendeu seus lançamentos aos móveis em porcelanataria da Officina Portobello, desenhados pelo chef Alex Atala e pela arquiteta Patricia Pomerantzeff, da Doma Arquitetura.
O Centro Cívico vai ganhar o novo empreendimento da Víncere Incoporadora, o Hall Design. Com projeto arquitetônico da Baggio Schiavon, um dos principais diferenciais do empreendimento são as áreas comuns, sobretudo o rooftop, que contará com uma piscina de borda infinita com uma bela vista para a cidade. Além de toda a funcionalidade disponível na região, o Hall Design também se destaca pelas áreas comuns, que tem a assinatura da Arquea no projeto de design de interiores, que levará móveis arrojados e espaços que dão prioridade na integração dos moradores. O empreendimento terá 114 unidades, sendo studios de 15m² a 33 m² e apartamentos de 34 m² a 64 m².
por Cristina Fontoura Coluna INSTAGRAM
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Gaetano Pesce e Bottega Veneta, realizaram na semana do Design em Milão uma intervenção imersiva utilizando resina e tecido para criar uma experiência pela qual o visitante viaja. Tudo isso, emoldurada por uma edição de bolsas realizada pela Bottega Veneta. “Vieni a Vedere”.
Philippe Starck nos deu as boas vindas na abertura do Salone Del Mobili 2023, em Milão. Fomos com ele na Kartell, na Driade e Geebo. A cadeira da foto é da Driade.
Alguns dos designers mais famosos do mundo criaram Objets Nomades para a Louis Vuitton. Onze novos Objets Nomades, foram apresentados ao público durante a Fuorisalone em Milão. Entre eles, há criações do Estúdio Campana, Atelier Oï, Raw Edges e Marcel Wanders. A clássica cadeira suspensa Cocoon, do Estúdio Campana, numa edição chamada Disco Ball, com interior e exterior revestidos em mosaico espelhado prateado. O sofá Bomboca, também da dupla de designers brasileiros, ganhou versão escultural de efeito metálico. “São criações leves no material e no conceito” Show!
Maurício Melara, Arquiteto curitibano, nos trouxe um pouco do seu olhar da semana de Design em Milão. Alcova com a decoração autoral, sustentabilidade, upcycling, experimentos com materiais orgânicos. No Salone Del Mobile, marcas do design como EDRA, ABSTRACTA , as cadeiras e sofás da francesa OBJEKTO. Grazie!
O MON trouxe a exposição “Pintura Vingada”, de Delson Uchôa. Incrível com escalas elevadas e variados suportes, como tecido, couro, resina, borracha e lona. Sensacional! @museuoscarniemeyer
A GT Building realizou festa de entrega do edifício Denmark Hygge para os moradores. O empreendimento marca a chegada da incorporadora no Cabral. Na foto de Newton Russo, o diretor de operações da GT Building, Mauricio Fassina; o casal José Fernando e Isabel de Paula, proprietários de apartamento no Denmark, acompanhados das filhas Andressa e Vanessa; e o diretor executivo da GT Building, Arsenio de Almeida Neto.
OBRA NOSSA
A associação sem fins lucrativos Obra Nossa, aliança formada por arquitetos e outros profissionais da área que atua em ações solidárias em todo o país, lotou a Ópera de Arame para a palestra de Marcos Piangers sobre felicidade, protagonismo e filhos. O lucro do evento permitirá à Obra Nossa prosseguir com a urbanização da Vila Harmonia, na Cidade Industrial de Curitiba. Foto: Raphael Adib.
Luanna Toniolo, fundadora da Troc, participou de um bate-papo sobre consumo consciente na Galeria Laguna, com ação de apoio ao Projeto Luz. A Troc é considerada a maior plataforma de moda circular do Brasil. Na foto de New Russo, Luanna (de saia colorida) posa ao lado da co-anfitriã, Dani Terasawa, CEO da Imobiliária Invictta.
A Construtora Laguna promoveu um talk com Thiago Bernardes, da Bernardes Arquitetura. Responsável pela assinatura do KAÁ, último lançamento da construtora, este é, também, o primeiro projeto da Bernardes no Paraná. Na foto de Patrícia Kleimtz, Michele Serradura, Thiago Bernardes, Gabriel Raad e Rafael Serradura
Com quase 40 anos de experiência, o escritório da arquiteta Ester Kloss e do engenheiro Francisco Carlos Kloss, juntamente com os arquitetos associados Gabriela Venetikides e Jairo Halluch, realiza com muito sucesso trabalhos de arquitetura civil, arquitetura de interiores e arquitetura paisagística, além do gerenciamento e execução de obras.
Foto: Gerson Lima
A arquiteta Viviane Busch montou uma mesa em tons naturais, elegante e rústica, com foco nas cerâmicas verdes artesanais da Arquitetura da Mesa. Sobre a mesa Cona da Sierra, a composição da louça com o sousplat e arranjo de flores brancas com as cenouras baby. A ambientação da arquiteta foi feita especialmente para um evento da Sierra Curitiba.
Foto: Kátia Fugazza
Mentora e conselheira, Carla Virmond Mello tem uma carreira voltada para o talento, não apenas o seu pessoal, com uma carreira de sucesso como empresária, executiva, empreendedora, mas para descobrir talentos e fazê-los prosperar. Sua missão também tem sido ajudar as pessoas para que o mundo do trabalho seja mais leve e feliz. Atualmente, seu trabalho é dirigido para governança em empresas familiares, preparando os atuais líderes e seus sucessores para os desafios que famílias empresárias enfrentam. Foto: Divulgação
O multiartista Luiz Rettamozo se despediu este mês da residência artística no Museu Casa Alfredo Andersen, no Centro de Curitiba, iniciada em outubro de 2022. O resultado dos cinco meses de convivência e as trocas entre o artista, o público e a equipe do museu resultarão em uma exposição que será anunciada em breve. Foto: Kraw Penas/SEEC
O Núcleo Paranaense de Decoração promoveu a festa de celebração do Programa de Relacionamento NúcleoGO 2022. O evento, ocorreu na Galeria Laguna e reuniu os principais nomes da arquitetura e design de interiores de Curitiba. Na foto de Patrícia Amancio, Eviete Dacol, Mariana Stockler, Samara Barbosa, Glei Tomazi (Jayme Bernardo Arquitetos), Leandro Lorca, Jorge Elmor, Elaine Zanon e Claudia Machado (Arquitetare) e Carol Alves.
Os diretores da Gramarcal, Filipe e Anderson Ravera, na Expo Revestir 2023, em São Paulo. A Gramarcal marcou presença na feira com um estande assinado pelo escritório Jayme Bernardo Arquitetura e apresentou o lançamento Quartzito Navaho. Foto: Romero Cruz
Silvia Omairy, gerente de marketing do ParkShoppingBarigüi, recebeu o escritor e palestrante Marcelo Ortega durante o Retail PkB, no Cinemark. O evento apresentou a campanha de Dia das Mães aos lojistas do shopping e as novidades sobre a expansão. O PkB comemora 20 anos de atuação em Curitiba em 2023 e as obras da 3ª expansão do empreendimento trazem o verde como protagonista do novo projeto arquitetônico.
Thereza Cristina Grein Valente, Giovanni Muffone, o artista plástico Adoaldo Lenzi e Sílvia Camargo, durante a inauguração do Espaço Lenzi, um local dedicado às artes plásticas, que homenageia o pintor e muralista, grande parceiro de Poty Lazzarotto. A sala funciona dentro da loja Coisas de Família, de propriedade de Thereza Cristina, e conta com um acervo de cerca de 60 obras, dentre painéis, vitrais, mosaicos e gravuras. Foto: Cassiano Rosário.
Paiol Digital do Vale do Pinhão reabre o Teatro Paiol com o Especial Mulheres, tendo como participantes a executiva Anna Vidal; Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba; Adriana Karam, reitora do UniOpet; a jornalista da RPC, Dulcineia Novaes; e Josefina Gonzalez, presidente da Assespro-PR. Foto: José Fernando Ogura/SMCS
A empresária e globetrotter Norma Camargo escolheu o Passeio Público de Curitiba, primeiro parque da capital e que em maio comemora 137 anos, para fazer os belos cliques assinados pelas fotógrafas Tânia Buchmann e Charly Techio, do @duas.foto.
A arquiteta Ana Flavia Ribas usou legumes da estação como centros de mesa em sua composição de mesa de Páscoa para a Sierra Curitiba. Também formam uma bela composição sobre a mesa Petrus, em madeira maciça, mini arranjos de flores brancas em jarras de cerâmica, pratos com detalhes em azul e dourado e xícaras descombinadas entre si, de acervo da arquiteta.
Foto: Kátia Fugazza
O luxuoso edifício MAI Terraces, da Construtora Laguna, foi entregue para os moradores em um evento que reuniu clientes e convidados. Localizado no Ecoville, o residencial possui duas torres de 24 pavimentos cada, totalizando 38 unidades, uma por andar. Na foto de André Gruby, o diretor geral da Laguna, Gabriel Raad; o arquiteto, Flavio Schiavon, responsável pelo projeto arquitetônico; e o diretor de Incorporação da Laguna, André Marin.
A Holy, tradicional loja de presentes no Juvevê e revendedora exclusiva de marcas como Christofle, Lalique, Philippe Deshoulieres e uma linha de altíssima qualidade para cama, mesa e banho, abre mais uma unidade na Rua Gonçalves Dias, no Batel. O projeto da nova loja é dos arquitetos Rafael Valente e Juliana Cesar.
Exposição “Levo meu Tempo”, de Marta Berger, na Galeria Artestil. A maior parte das obras expostas foi produzida durante o período de isolamento da artista plástica e aborda temas como a infância de Marta, a relação com a mãe, irmãs, a religião e o próprio isolamento. O feminino tem forte presença nos traços orgânicos e símbolos afetivos. Na foto, Marta Berger, Lara Baruzzo, Liliana Cabral e Isabela França.
Foto: Divulgação
A arquiteta Flávia Bonet assinará o espaço Estar Gourmet da Casacor Paraná 2023. Ela que tem se dedicado a grandes projetos de incorporação não deixou de lado a arquitetura residencial que sempre foi prioridade no seu escritório.
O escritório Ruaen Garbers assinou vitrine para o lançamento da coleção Habbitat da Saccaro, em Curitiba. Na foto de Lígia Lagos, Dreyke Zotto, Larissa Garbers, Fernando Kersting, Carolina Rauen e Shirlene Guimarães.
A apresentação do Coro Infantil Gato na Tuba, nas comemorações dos dois anos do Instituto Unimed Curitiba, foi prestigiada pelos médicos cooperados Rosane Frecceiro, conselheira vogal da Unimed Curitiba; Yugo William Sakamoto, diretor tesoureiro do Instituto Unimed Curitiba; e Mario Massatomo Namba, diretor secretário do Instituto Unimed Curitiba. Também na foto, Kátia Lessa, coordenadora do Instituto, e a maestrina Ana Cristina Lago.
A NPK Mármores marcou presença na DW! São Paulo Design Weekend 2023 com o lançamento da primeira vitrine no showroom de São Paulo. Com projeto e mobiliário em pedras assinado pelo escritório Suíte Arquitetos, o espaço foi palco de um talk entre a jornalista Lucila Turqueto, da Casa de Valentina, e os arquitetos responsáveis. Na foto, Daniela Frugiuele, Leandro Rosa, Filipe Troncon, Lucila Turqueto, Debora Merhy e Eduar Merhy.
A equipe da incorporadora Altma, liderada pelo engenheiro Gabriel Falavina, na sede de Curitiba. O time, formado por Guilherme do Nascimento, Stephany Melo, Vinicius Tumelero, Raísa Dored, Maria Luiza Monteiro, Natália Baggio, Ayslan Marinho e Adilson Zanotto, prepara o lançamento do Mytá, empreendimento da marca no Bigorrilho, em parceria com a HIEX Empreendimentos.
Foto: Kauana Bechtloff
O escritório Carla Kiss Arquitetura está de sede nova e comemora 23 anos este ano. Com clientes por todo o Brasil e em países como Estados Unidos e Costa Rica, o escritório curitibano é referência em projetos de arquitetura, interiores e paisagismo. Foto: Divulgação
As arquitetas Sumara Bottazzari, Karen Camilotti e Cláudia Pereira conhecendo o espaço da Brisa Casa em Curitiba. A nova loja, no Água Verde, é especializada em móveis artesanais contemporâneos.
Diego Miranda e Zeh Pantarolli, que comandam o Estúdio Pantarolli Miranda, receberam um grupo de convidados na Casa Guararapes, no Batel, para falar sobre o uso das cores nos projetos, característica marcante de sua assinatura.
Foto: Divulgação
A superintendente do Shopping Mueller, Daniela Baruch, e a gerente de marketing do shopping, Cynthia Maia Batista, com o presidente do conselho do Grupo OM, José Dionísio Rodrigues; o presidente da OpusMúltipla, Rodrigo Rodrigues; e o diretor de atendimento da OpusMúltipla, Dino Camargo, no lançamento das comemorações dos 40 anos do Shopping Mueller.
Foto: Kelly Knevels
Leandro Oshiro, sócio da Mush, marcou presença no Gramado Summit, maior evento de inovação do Brasil a convite da Ventiur. Reconhecida pelo pioneirismo do material biotecnológico a base de cogumelos, a empresa paranaense Mush se destaca no cenário nacional.
Foto: Divulgação
As arquitetas Claudia Pimentel Bueno e Raisa Bueno Ribeiro, que comandam a Interarquit Arquitetos Associados, assinam a vitrine da Botteh Tapetes e estão finalizando os preparos para o living/bar da Mostra Artefacto Curitiba 2023.
A secretária da Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Pereira, o curador Marc Pottier e a presidente do Museu Oscar Niemeyer (MON), Juliana Vosnika, na Livraria da Vila, do Pátio Batel, durante o lançamento do livro histórico com recortes da coleção permanente do MON.
O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (IBEF PR) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) realizaram o 6º Seminário de Finanças e Governança Corporativa.
O evento contou com mais de 300 pessoas e debateu assuntos importantes do mercado. Na foto de Andressa Miretzki, Emerson Melo, João Laudo Camargo, José Écio Pereira e Richard Blanchet.
O restaurante Duq, dos sócios Alexandre Abage, Felipe Miyake e José Vinícius Chupil, promete ser um dos melhores da alta gastronomia de Curitiba. Além do cardápio assinado pelo premiado chef Felipe Miyake e da adega com 485 rótulos de 40 países, o espaço na esquina das ruas Visconde de Nácar e Carlos de Carvalho impressiona pelo projeto arquitetônico assinado por Marcela Nicz e Camila Aciolly. Na fachada, um belo mural gigante do artista André Mendes.
Foto Mariana Lima
Pietro, Paulo e Bruno Bacchi receberam convidados para a inauguração da Mostra Artefacto São Paulo 2023, na flagship da capital paulista, que aborda este ano o tema “Felicidade”.
Foto: Divulgação
na memória dos curitibanos – ponto para o Grupo Noster - assim como o DOC Batel, empreendimento comercial da Cyrela, que funciona como moldura de um dos principais imóveis tombados pelo Estado do Paraná, o Castelo do Batel, cenário de grandes comemorações.
Abusca incansável pela criação de conceitos inovadores representa apenas uma parte do trabalho realizado pela Baggio Schiavon Arquitetura (BSA), escritório curitibano que soma mais de 1.100 projetos, para cerca de 400 clientes, em 30 cidades, 5 estados brasileiros e 3 países. Além de perseguir uma arquitetura acolhedora, que aproxima o ser humano da natureza e que valoriza suas vizinhanças, a BSA está comprometida com a segurança jurídica e a conformidade normativa em seus projetos, um tema que permeia todos os empreendimentos de sucesso.
Saíram das pranchetas da BSA projetos premiados como Llum, o edifício mais sustentável do mundo, em 2021, segundo o GBC - LEED Home Awards, ou o AR3000, da Andrade Ribeiro, na Praça do Cabral. Outros projetos alcançaram o patamar de ícones da cidade. O World Business, no Centro Cívico, há quase 20 anos permanece atual
Outros interagem diretamente com a cidade e transformam o seu entorno. O NEO Superquadra, por exemplo, interliga a Rua da Glória ao Centro Cívico através de sua praça; O Evolution Tower, além de preservar a memória de Davi Carneiro, integra as Ruas Brigadeiro Franco e Comendador Araújo; já o Seventh Avenue, gigante multiuso, modificou o cenário da antiga Estação Ferroviária. Estes projetos entregam muito mais que estética e respeito ao meio ambiente. Eles traduzem conformidade jurídica e normativa, além de serem exemplos de racionalidade e eficiência.
Dos charmosos empreendimentos residenciais de menor altura, como o ICON Experience Living (Adriática) ou o ROC Batel, às torres EOS, MAI Home e MAI Terraces (os quatro da Laguna), além do Legend, da A.Yoshii, não abrimos mão de leituras contemporâneas, repletas de inovação. Exploramos o conceito open view e lançamos tendências que caíram no gosto do público, como as mansões suspensas.
O empreendimento mais sofisticado do Brasil, o Palazzo Lumini, também foi gestado por quatro anos aqui, assim como a distinção e percepção de valor atribuídas ao Queen Victoria, ambos da San Remo, contaram com nossa obsessão pela técnica e pela funcionalidade. Neste sentido, podemos afirmar que trabalhamos sempre para maximizar a personalidade empresarial de cada cliente e entregar o melhor produto para os compradores.
Fato é que toda plástica assinada pela BSA exala conceito e o estúdio de design italiano Tonino Lamborghini pode comprovar. Desenhamos para a EMBRAED, nossa parceira de longa data, o Tonino Lamborghini Residences Balneário Camboriú, uma experiência fantástica de design onde buscamos inspiração na indústria automobilística. Além dos projetos no Brasil, um cliente de Mumbai, na Índia, que nos encontrou pelas redes sociais e não desejava trabalhar com arquitetos indianos, americanos ou europeus, identificou no nosso trabalho o traço que buscava. O projeto multi-uso segue de vento em popa e já em fase de aprovação.
Sim, somos implacáveis na busca pela perfeição e o futuro do nosso trabalho está pautado pela atualização constante de conhecimentos entre os mais de 30 talentos que compõem a plataforma BSA+.
