Revista INFOTO Nº 11

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R E V I S T A B I M E N S A L D E F O T O G R A F I A E V Í D E O J u l h o / A g o s t o J u l h o / A g o s t o 2 0 2 3 | N º 1 1 | A N O 3 | R $ 2 0 , 0 0 2 0 2 3 | N º 1 1 | A N O 3 | R $ 2 0 , 0 0
INFOTO
Precisamos “desmodernizar” a fotografia atual para sobreviver.
Fotógrafo Fernando Talask
Este espaço está reservado para o seu anúncio Contato: contato.revistainfoto@gmail.com Celular (21) 98392-6661

ANTONIO ALBERTO MELLO SIMÃO

DIRETOR E EDITOR

Amigo leitor, o que nos faz amar a fotografia ao ponto de ocupar boa parte da nossa vida para nos dedicarmos a ela? O que faz nos agruparmos para editar uma revista de fotografia, em um momento que, praticamente, acabaram com revistas maravilhosas que tratavam do assunto? Acreditamos que seja o desejo que temos de contribuir, humildemente, mas, com muita garra, para a divulgação dessa arte linda, com sua forma imediata de gravar um momento, de maneira tão especial, e para sempre

A fotografia foi responsável por uma grande revolução na pintura, já que possibilitava uma representação “perfeita” do objeto fotografado, uma aspiração dos pintores desde o renascimento, quando se iniciou uma intensa pesquisa de técnicas para melhor mostrar a realidade, de uma forma mais fiel.

Depois da fotografia, a pintura começou a se modificar e surgiram novos estilos e movimentos

E, se depender do grupo de fotógrafos colunistas, e demais abnegados membros que formam a equipe da INFOTO, pela sua importância, para o mundo, para a arte, para a história, vamos continuar a divulgar, com muito amor, a Arte da Fotografia

Neste número contamos com a participação dos Fotógrafos Especialistas Dalva Couto, Davy Alexandrisky, Fabiano Cantarino, Fernando Talask, Herminio Lopes, Leo Mano, Luiz Ferreira, Margarida Moutinho e Ináh Garrantino, Marcia Juliane Monteiro e Renato Nabuco Fontes.

Espero que goste!!!

Revista Bimensal de Fotografia e Vídeo

Julho/Agosto

2023-Nº11 -ANO 3

CNPJ : 21 030 750/0001-86

Colaboraram nesta edição:

Equipe de Redação

Julle Rayane Lopes Campos

Michelle Silveira Simão Fontes

A REVISTA INFOTO NÃO SE RESPOSABILIZA PELO CONTEÚDO DOS ANÚNCIOS E CLASSIFICADOS DE TERCEIROS, E NEM POR FOTOGRAFIAS INSERIDAS NOS ARTIGOS DE NOSSOS COLUNISTAS

Designer

Marcela de Oliveira Baptista

Secretaria

Aucilandia Azevedo Salviano

Marcia Elizabeth Silveira Simão

Departamento Comercial

Rodolfo Silveira Simão

Departamento de Relações Publicas

Antônio Alberto Mello Simão

Nosso E-mail contato revistainfoto@gmail com

Contato: Celular: (21) 98392-6661

FOTO DA CAPA
A T E N Ç Ã O 03 INFOTO
Fotografia de Fernando Talask

Sumário

09 - Exposição Individual

Fotógrafo Leo Mano

13 - Quem vive mais?

Cães, Gatos ou Câmeras?

Fotógrafo Leo Mano

21 - Trilhando o Caminho das Estrelas Fotógrafa Dalva Couto

28... no meu tempo ... Fotógrafo Davy Alexandrisky

12 - Desgraças Fotógrafo Luiz Ferreira

MATERIA DA CAPA

18 - Precisamos “desmodernizar” a fotografia atual para sobreviver. Fotógrafo Fernando Talask

24 - A arte da composição de Elliott Erwitt Fotógrafo Fabiano Cantarino

31 - ONDE FOTOGRAFAR? O QUE FOTOGRAFAR? Fotógrafo Herminio Lopes

35 - HISTÓRIA DA MINHA FOTOGRAFIA

Fotógrafa Marcia Juliane Monteiro

37 - Viajar é preciso!

Margarida Moutinho e Ináh Garritano

36 - Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes

40 - Acontecendo Fotógrafo Antonio Alberto

Mello Simão

43 - O Leitor Escreve

fim do dia
Editorial e Expediente
Galeria dos Leitores
Fotógrafa Ana Fonseca Ao
03 -
05 -
04 INFOTO

Galeria dos Leitores

Mosteiro Benedicto

Fotógrafo Michel Jegu

Bretanha - França

Lara

Fotógrafa Michelle Silveira Simão Fontes

Araruama - RJ - Brasil

Nuvem

Fotógrafo Ronaldo Muylart

Niterói - RJ - Brasil

Praia de Camboinhas

Fotógrafo Marcelo Simão

Niterói - RJ - Brasil

05 INFOTO

Serra das Frecheiras -

Fotógrafa Jaqueline Miguel

S. A. de Pádua - RJ - Brasil

Parada em Araçariguama

Fotógrafo Helder Palermo

São Paulo - SP - Brasil

Igreja

Fotógrafo Paulo Borges Arteiro

Espiríto Santo - Brasil

Rebocador na Baía de Guanabara.

Fotógrafo Maurício Christovão

Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Céu de Salvador

Fotógrafo Bebeto Vieira Vieira

Salvador - Brasil

06 INFOTO

Fotógrafa

Fotógrafo

07 INFOTO
Por do Sol Antonio Alberto Mello Simão São Lourenço - MG - Brasil Cascata do Gresso Ana Fonseca Portugal Fotógrafa Marcia Juliane Monteiro Niterói - RJ - Brasil Praia de Itacoatiara Fotógrafo Bartolomeu d'El-rei Pinto Niterói - RJ - Brasil

Calheiros

Fotógrafo Everaldo Provalero

Bom Jesus do Itabapoana - RJ - Brasil

Meu Vô

Fotógrafo Lucas Santos

São Paulo - SP - Brasil

Sonhos

Fotógrafo A. Lucio Silva

Niterói - RJ -Brasil

Lua Cheia

Fotógrafo Herminio Lopes

Maricá - RJ - Brasil

Porta histórica na Ilha de Paquetá

Fotógrafo Antonio C. Veras Paes

Rio de Janeiro - RJ - Brasil

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Exposição Individual Fotógrafo Leo

Mano

Fotógrafo profissional desde 2011, certificado pelo SENAC-RJ e pela Sociedade Fluminense de Fotografia. Especializou-se em fotografia de eventos. Participou também em diversas exposições coletivas e concursos fotográficos tendo conquistado premiações que incluem a Medalha de Ouro no Brasília Photo Show (2019). Como administrador do Grupo de Fotografia Desafio10+, recebeu a distinção "Power Admin" oferecida por iniciativa do Facebook em reconhecimento ao trabalho inovador.

Expo Maria

Leo Mano
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Desgraças FotógrafoLuizFerreira

Nossos pais nos ensinaram que rir da desgraça alheia é muito feio, mas o tempo, de certo modo, nos alivia do peso deste pecado quando rimos de “desgraças” alheias já passadas e resolvidas. Então me permiti risadas isentas de culpa, enquanto rememorava um dos casos inusitados que presenciei ao longo desses meus anos como fotógrafo. Lembro-me de um debate em um auditório lotado, na qual me revezava com um colega na tarefa de fotografar a mesa, o púlpito e o público formado por “notáveis” da área de interesse do assunto abordado. O palco ficava a mais ou menos um metro e meio do chão, e era um tanto quanto pequeno para a mesa em que se situavam os debatedores e o púlpito do qual o apresentador se dirigia à plateia e mediava o debate. Não satisfeitos com o pouco espaço para o essencial, os organizadores acharam por bem colocar nos cantos vasos com plantas ornamentais, equilibrados em suportes de metal perigosamente instáveis. Claro que nem precisaria dizer que no meio do evento o meu colega caminhando no estreito espaço entre a mesa e o público, a um metro e meio do chão, esbarrou em um dos arranjos de plantas ornamentais que caiu se partindo em pedaços e espalhando plantas, cacos e terra nos pés de parte dos ocupantes da primeira fila... situação extremamente constrangedora em que todos ficaram sem saber o que fazer. Quem estava falando não sabia se ignorava o ocorrido e continuava, ou aguardava que a situação tivesse alguma solução. O que àquela altura parecia difícil, já que o pessoal da primeira fila havia se levantado com o susto, enquanto grande parte da plateia não tinha visto nada e, naquele momento, se desligara completamente do debate procurando entender o que havia acontecido.

A situação do fotógrafo era a pior, mais constrangedora, já que estava sendo o centro das atenções, sem saber se descia para tentar remediar a situação (como se isso fosse possível), ou se simplesmente sumia dali para nunca mais voltar.

Bom, terminou que todos o olharam com cara de reprovação para logo depois fingirem que nada havia acontecido, enquanto o pessoal da limpeza, na maior descrição possível numa situação como aquela, limpava a “desgraça”.

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Quem vive mais?

Cães, Gatos ou Câmeras?

Fotógrafo Leo Mano

Dedicar toda nossa atenção e carinho aos nossos “filhotes” é inegociável. Fazemos tudo por eles, dando todos os cuidados que eles precisam. Nestas condições, um cão de pequeno porte pode viver bem até aos 18 anos. Cães maiores podem chegar aos 13 anos numa boa. Não é raro um gato alcançar os incríveis 20 anos de idade! Mas... e aquela companheira de todas as horas, nossa câmera?

A durabilidade do equipamento fotográfico é uma grande preocupação para o fotógrafo e, arrisco dizer, mais ainda para quem está começando como profissional. As câmeras mais robustas não são baratas e, por isso mesmo, precisam durar bastante para compensar o investimento. O fotógrafo iniciante é especialmente vulnerável. Normalmente ele terá de começar como autônomo utilizando uma única câmera, um flash e, por vezes, uma única objetiva com zoom. Equipamento reserva, nem pensar. Esta é a realidade de quem está começando e pensa na fotografia como fonte de renda e profissão. Esta situação gera muita insegurança, pois a ansiedade gerada pelo medo do equipamento pifar, pode prejudicar até sua concentração e performance durante o trabalho.

A boa notícia é que os grandes fabricantes de câmeras produzem equipamentos realmente duráveis (salvo algum grande azar ou conspiração do universo). Investir um pouco mais de dinheiro na primeira câmera vai valer a pena. Além disso, você pode contribuir para que a vida útil de sua câmera vá muito além da média. Para isso, bastam alguns cuidados simples e, por vezes, óbvios.

Na foto ao lado, “Dr. Leo” durante uma cirurgia em uma DSLR! A dona da câmera, a fotógrafa Sonia Parrot, teve muito sangue frio e conseguiu fotografar o momento sem tremer aimagem!!

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A u l a c o m L e o M a n o

Calcanhar de Aquiles

Primeiramente, é importante saber que o ponto fraco de qualquer câmera está em suas partes que sofrem qualquer ação mecânica: botões, roletes, conexões, contatos, obturador e articulações (display móvel, espelho nas DSLR's, etc).

As partes mecânicas são as principais causas de manutenção nas câmeras fotográficas. Os problemas puramente eletrônicos também podem acontecer mas são mais raros. Agora vamos observar cada uma dessas partes que mais geram reclamações e como podemos agir preventivamente em relação a elas.

Cartão de Memória O campeão de reclamações é o cartão de memória. Contudo, quase todos os problemas com perda de fotos não são devidos a um mau funcionamento ou defeito do cartão em si, mas sim por causa de firmware desatualizado (vide artigo anterior sobre firmware) ou um mau contato no soquete do cartão. O problema é ainda mais frequente quando é usado um micro-cartão com adaptador para o soquete SD (ver imagem). Esta situação aumenta a quantidade de contatos mecânicos. Acontece que, quando você usa um adaptador de cartão micro-SD, você está abrindo mão da reconhecida qualidade de construção do fabricante da câmera (pela qual você pagou caro) para apostar na qualidade de construção do fabricante do adaptador que, por vezes, é de origem duvidosa.

O termo "mau contato" pode sugerir, falsamente, que ele causa apenas problemas intermitentes ou temporários. Um mau contato, de maneira geral, pode causar problemas graves cuja solução irá requerer uma assistência técnica e, por vezes, poderá causar danos irreparáveis ao equipamento. Muitas falhas eletrônicas são originadas por mau contato em pontos que sofrem alguma ação mecânica. Como exemplos posso listar: cabo “flat” com fadiga, pontos de solda com fissuras e superfícies de contato sem a necessária pressão.

Voltando aos cartões, cabem aqui algumas sugestões: 1) Não utilize cartões fora da especificação do fabricante da câmera; 2) Não use adaptadores de cartão SD; 3) Utilize apenas cartões com procedência garantida; 4) Mantenha o firmware da câmera atualizado; 5) Prefira formatar o cartão sempre pela câmera; 6) Prefira usar o cabo USB para transferir as fotos ao invés de remover o cartão de memória da câmera. Tirar e botar o cartão da câmera gera ação mecânica sobre os contatos. Toda ação mecânica repetitiva (ao longo de anos) gerará desgaste e os contatos tenderão a se deformar e perder eficiência. Sob este ponto de vista, se sua câmera tiver wi-fi, será a melhor opção para transferir suas fotos.

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"Mas, Leo, conectar e desconectar o cabo USB também gera desgaste"!

Verdade! Contudo, enquanto um mau contato no soquete do cartão de memória quase sempre é catastrófico (com perda de fotos), um mau contato no cabo USB quase nunca é catastrófico. Essa afirmação é válida unicamente na transferência de fotos da câmera para o computador pois, neste caso, a transferência se limita a ler (e não gravar) o cartão de memória. Nesta condição específica, um mau contato na conexão USB não será capaz de corromper os dados no cartão. Já um mau contato no soquete de cartão, pelo contrário, pode interromper uma gravação de dados num momento crítico enquanto você fotografa. Isso pode causar a perda de uma foto (arquivo corrompido) ou até a perda de todas as fotos (index de arquivos corrompido). Mesmo que o cartão esteja eletronicamente funcional, os dados lógicos estarão inconsistentes e inacessíveis.

Programas de recuperação podem reverter alguns casos... mas não todos.

[[[ Obturador ]]] Com relação ao obturador e espelho (partes fundamentais da câmera), mesmo sendo projetados para resistir ao trabalho mecânico, com o tempo eles tendem a sofrer desgaste e falhar. O fabricante, sabendo disso, informa a quantidade de disparos que se espera antes que qualquer falha aconteça. O número fornecido pelo fabricante sempre é bastante conservador (por ser aferido em testes com condições mais severas do que o normal) e, por isso, é comum a câmera funcionar muito além deste número sem qualquer sinal de problema (se usada em condições normais).

O único cuidado que podemos tomar aqui é evitar o uso desnecessário do modo sequenciado de disparo. Quando você usa a câmera de uma agência (ou alugada), tudo bem fazer 20 disparos sequenciados de uma cena estática (a famosa “metralhadora”). A agência não espera que suas câmeras durem muitos anos. Mas se a câmera é sua, não abuse desse recurso.

[[[ Botões ]]] Com relação aos botões, roletes, conexões e contatos, cabem os cuidados básicos com relação à limpeza. O acúmulo de poeira, gordura, maresia ou areia, pode abreviar a vida útil dessas partes.

[[[ Bateria ]]] Apesar das baterias também possuírem um histórico de reclamações, os casos mais comuns são eletrônicos (e não por mau contato nas conexões), seja por um defeito no carregador, seja na bateria (ou nos já costumeiros sinais típicos do inevitável final do ciclo de vida da bateria). Felizmente, o soquete da bateria parece ser mais resistente ao desgaste e, por isso, falhas devido a mau contato não são freqüentes. Mesmo assim, seria ótimo se tivéssemos a opção de recarregar sem a necessidade de remover a bateria. De qualquer modo, vou aproveitar este “gancho” para dar um alerta importante.

Não é raro, durante um trabalho fotográfico, a câmera avisar que a bateria entrou nos minutos finais de funcionamento. Pra variar, você não levou o carregador (ou não há tempo para usa-lo) e aquela é a única bateria que você tem (mas ainda restam fotos por fazer). Você continua trabalhando até a câmera desligar automaticamente.

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Depois que a câmera desliga, você entra em desespero (pois ainda precisa fazer mais algumas fotos). Você acaba descobrindo que, após deixar a câmera descansar por um ou dois minutos, é possível ligar a câmera novamente e fazer mais duas ou três fotos... e assim você continua “ressuscitando” a câmera várias vezes até sua “morte” definitiva. Essa estratégia é uma verdadeira “roleta russa” (e eu explico porque)! Quando a sua câmera se desliga automaticamente pela primeira vez, ela faz isso de forma controlada, ou seja, ainda há energia suficiente para terminar qualquer processo crítico interno em andamento (uma gravação de foto, um movimento de espelho, etc). Esta precaução decorre da inteligência do “japa” dentro de sua câmera (o firmware). Ele desliga automaticamente num nível minimamente seguro (nunca no zero absoluto) mas não sem antes finalizar todos os processos críticos internos. Quando você repousa a câmera, alguns capacitores terão tempo de se descarregar completamente e, quando você ligar a câmera novamente, o circuito que mede a carga da bateria receberá uma informação diferente daquela recebida da última vez. Após alguns segundos, os capacitores se carregam e o circuito percebe novamente o verdadeiro nível crítico e desliga a câmera novamente. Neste meio tempo você conseguiu mais uma ou duas fotos mas, a cada repetição deste “truque”, a câmera acorda com menos energia que antes e, assim, cada novo disparo se torna ainda mais arriscado. Acho que você já imaginou o que poderá acontecer. Chegará o momento em que a câmera ligará e você fará o disparo fatídico. Infelizmente, a esta altura, não haverá mais energia suficiente para manter a câmera acordada durante os processos críticos! O “apagão” poderá acontecer num momento especialmente catastrófico, danificando o cartão de memória durante uma gravação ou até mesmo travando o obturador ou espelho que não completou seu movimento. Pelo mesmo motivo, trabalhar com baterias sabidamente defeituosas, também é perigoso (pois elas podem “dizer” ao “japa” que ainda possuem um nível de energia que, de fato, não têm).

[[[ Flash ]]] Uma dica para aumentar a vida útil do flash no modo TTL é, quando possível, fotografar com ISO alto (800 ou mais). Desta forma, dificilmente o flash será demandado em sua potência máxima. Além de aliviar o trabalho do flash, poupa bastante as pilhas (ou bateria, dependendo do modelo do flash). Obviamente, esta escolha prioriza a proteção do equipamento (e não a melhor configuração para fotografar). O mesmo pode ser dito em relação ao modo manual, ou seja, evite usar a potência máxima (quando possível).

Contudo, ainda em relação ao flash, o maior vilão é a sapata que conecta o flash diretamente na câmera (ver imagem). Tive problemas de mau contato em quase todos os meus conjuntos depois de algum tempo de uso. Como atenuante, estes casos raramente são catastróficos (você acaba conseguindo fazer o conjunto funcionar, mesmo que de forma instável), mas uma intervenção técnica será necessária no primeiro momento possível. Felizmente não é das mais caras intervenções. Não tenho

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sugestões para este ponto específico. Pelo contrário, se souberem de alguma dica, me avisem!

[[[ Objetivas ]]] Por incrível que pareça, as quedas e esbarrões são o motivo mais comum para manutenção de objetivas e podem causar desde leves desalinhamentos até a quebra de lentes e partes mecânicas. Sendo assim, vale a pena ter uma atenção especial com elas.

Neste sentido, a grande dica que posso dar é, sempre que montar a objetiva na câmera, preste atenção para ouvir o "click" do engate. Se você não ouvir este "click", retire e monte a objetiva novamente. O botão de destravamento da objetiva (ver imagem) só deve ser pressionado para RETIRAR a objetiva da câmera, NUNCA PARA COLOCAR!!!

Se você apertar este botão durante a colocação da objetiva, você jamais ouvirá o "click" que é a garantia de que o acoplamento foi realizado com sucesso. No mais, tome os cuidados básicos no manuseio de sorte a não deixar nada cair no chão. Com relação aos fungos, não sou a pessoa mais indicada para dar dicas pois nunca tive esse problema (acredito que devido ao uso intenso) mas, felizmente, não é difícil encontrar boas orientações sobre isso na internet. Seus colegas ou seu professor também podem ajudar com dicas sobre o assunto mas, neste ponto, prefiro me abster por total falta de experiência. Adotando estes cuidados simples, não deixando sua câmera cair na piscina, não esquecendo ela sob Sol forte (ou sob chuva), não deixando sob alcance das crianças (incluindo nossas "crianças" de 4 patas), sua câmera viverá por décadas sem dar qualquer sinal de problema e superará nossos cães e gatos em termos de longevidade. Tempo mais que suficiente para você se estabelecer na profissão e comprar seu equipamento reserva e todos os demais acessórios que você cobiçar.

Você tem dicas de cuidados com seus equipamentos? Mande pra gente! Vamos adorar conhecer suas experiências!

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Precisamos “desmodernizar” a fotografia atual para sobreviver. Fotógrafo Fernando

Acompanho o movimento fotográfico há muitos anos, posso afirmar que poucos ramos das artes ou mesmo do comércio souberam seguir em frente apesar de tantas mudanças. Porém, há algum tempo, eu tenho percebido um contra movimento quando pensamos no avanço tecnológico da foto. Parece que um grupo cada vez mais numeroso começou a não achar tanta graça nos incríveis avanços que alcançamos no digital nos últimos anos. Os analógicos ou as pessoas que estão redescobrindo no filme fotográfico o consideram uma maneira mais autêntica de ver o mundo. Lembrei dos meus tempos de estudante de história, com a globalização aconteceu algo parecido, movimentos de cunho regionalista cresceram face a ideia de uma cultura globalizada. Enfim, um movimento de resistência frente ao impressionante avanço da fotografia digital, cada vez mais na palma das nossas mãos, com um espírito da fantasia, não retratando mais a realidade, mas sim um sonho. Talvez o analógico seja o caminho para não perdermos o contato com o real. Sem filtros ou efeitos. No início do mês de maio, tive a oportunidade de participar do Festival de Arte Analógica em São Paulo, no UNIBES Cultural. Durante três dias exibi

minhas câmeras analógicas e tive o privilégio de conviver com milhares de pessoas que atenderam à convocação e participaram das palestras workshops e exposições. Fiquei muito feliz em perceber que a maioria dos participantes era muito jovem e profundos conhecedores de fotografia. Sabiam sobre processos de câmeras, filmes e sobretudo alternativas para o cada vez mais escasso mercado de fotossensíveis. O evento me fez voltar no tempo quando há 10 anos, na época do projeto Kombinação, um museu itinerante da fotografia, recebi um convite para participar de um festival bastante parecido com o que ocorreu em São Paulo. Naquela época ainda havia um fornecimento quase normal de material, porém o público não era nem um terço do que encontrei em maio. Como entender que apesar das maiores dificuldades como falta de produtos e preços muito mais altos o analógico continua e atrai ainda mais gente?

A venda de câmeras e filmes foi pelo menos cinco vezes maior que há dez anos, o que isso quer dizer? Para mim, um empresário do ramo, é um verdadeiro contrassenso, porém é o que está acontecendo. Durante o festival fui fotografado por uma câmera lambe lambe do incrível professor Edison Angeloni. Ele fez um sucesso enorme mostrando o processo do início ao fim.

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Cada participante admirava o resultado da mesma maneira que eu me impressionava quando as imagens começavam a aparecer na banheira do revelador dentro da câmara escura.

Percebi que a mágica não perdeu seu encanto e que as dificuldades têm servido para uma maior valorização da imagem final. Muitas pessoas vivem se perguntando qual é o caminho da fotografia: os cursos vão persistir no modelo antigo de aprender a fotografar? Claro que não , o módulo remoto veio para ficar mas, olha que legal podemos ensinar fotografia para praticamente todo o mundo , a distancia deixou de ser um problema.

Pelo que observei, o movimento fotográfico tem tudo para continuar por muito mais tempo, porém com um modelo muito próprio criado por essa nova geração. Ela admira tudo que pode ser prazeroso e sobretudo divertido. Uma tribo tão variada procura basicamente romper as barreiras dos espaços dedicados a exposições, e mergulhar de cabeça nas experimentações, nas exibições em praças, passeios, tudo isso com um motivo básico que é a interação e a troca de experiências. A felicidade do encontro com cada amigo virtual que a pandemia nos negou a encontrar pessoalmente, era emocionante. O isolamento, obviamente, colaborou para a força do movimento, diferente da minha geração que considerava cada nova técnica um segredo profissional, essa galera acha a maior graça na troca de informações e acreditam que só assim a fotografia vai ser mais democrática e atraente, para um número cada vez maior de participantes. Desmodernizar, será o caminho? Eu acredito que sim. Acompanhei os avanços digitais desde as primeiras câmeras e máquinas de revelação, vibrei a cada nova edição do photoshop.

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Fotografia extraída da internet

Hoje percebo que fomos longe demais e muito rapidamente, muitos dos meus amigos e amigas que publicam suas fotos nas redes sociais, quando os vejo pessoalmente não consigo identificar a mesma pessoa da foto, ainda mais os da minha faixa etária. Visitar uma exposição de fotografias coloridas em qualquer galeria chega a doer os olhos de tanta saturação. No começo até achava bonito, mas acredito que estamos exagerando na maquiagem e esquecendo o fundamental - fotografia é feita de luz e nada mais bonito que ter o controle sob essa luz, para isso vamos ter que aprender a desmodernizar. Para completar, eu tenho percebido outro fenômeno que diferencia muito o mundo fotográfico que eu nasci, para o que vivemos hoje. A nossa incapacidade de parar por mais de 15 segundos para admirar uma imagem. Os olhos correm nas telas dos celulares, e em poucos instantes o observador já está cansado. A falta de reflexão do digital é um mal que precisamos resistir para criar uma relevância nas nossas produções. O analógico possibilita isso quando impresso. Percebi esse fato na exposição da galera do rolê analógico, na galeria da UFF. A turma conseguiu fazer algo incrível: levar a arte da película para a galeria, trazendo junto a reflexão. Foi muito bom ver jovens artistas expondo trabalhos monocromáticos, de grande qualidade e fazendo com que o visitante parasse para admirar por vários minutos cada canto da exposição. Acredito que uma previsão do futuro tem muito a ver com o que vivemos no presente.

Visto tudo isso, posso afirmar que vamos queimar muito filmes juntos, por bastante tempo e nos divertirmos muito com isso. Afinal, a alegria e a satisfação são as únicas forças que fazem com que qualquer atividade prossiga, e a fotografia tem conseguido isso por quase dois séculos.

Vamos em frente! Porque atrás vem gente trazendo cada vez mais desafios e oportunidades.

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Trilhando o Caminho das Estrelas

Fotógrafa Dalva Couto

Continuando a trilhar o Caminho das Estrelas, no Mês de Junho de 2023 conquistei a minha primeira Estrela da Divisão de Viagens Fotográficas (Photo Travel Division) da PHOTOGRAPHIC SOCIETY OF AMERICA (PSA) – USA, totalizando 6 Estrelas (3 Nature, 1 Color, 1 Monochrome e 1 Travel).

O mundo dos Salões de Fotografia é uma área onde os Fotógrafos amadores e profissionais, participam para mostrar o seu trabalho e dar destaque ao seu talento.

Nos meses de Maio e Junho de 2023, participei de 2 Salões, em Chipre e no Sri Lanka, de 2 Circuitos em Bangladesh e da "IAAP WORLD CUP" (Norte da Macedônia), conquistei 40 aceitações, uma MENÇÃO HONROSA e uma FITA. Nesta edição, quero apresentar a “AGILE PHOTOGRAPHIC SOCIETY” (APS), de BANGLADESH, da qual participo desde 2020, possuo a Distinção “Master” (M.APS) e estou a dois passos da Distinção “Grand Master” (GM.APS).

As Distinções da Agile são estabelecidas para honrar as conquistas individuais no Campo da Fotografia. Elas são gratuitas e concedidas automaticamente aos participantes.

As Distinções concedidas pela Agile são: Genius (G.APS) – 25 aceitações; Artisan (A.APS) – 50 aceitações; Master (M.APS) –100 aceitações; Grand Master (GM.APS) – 200 aceitações; Legendary (L.APS) – 400 aceitações; Icon (I.APS) - 700 aceitações.

A Agile realiza em média um Salão e um Circuito por mês e tenho participado da maioria, com exceção daqueles nos quais atuei como Jurada: “RISE OF THE EARTH CIRCUIT", em Maio de 2022 e “DHAKA PHOTO AWARDS CIRCUIT", em Janeiro de 2023.

Até o mês de dezembro de 2022, a Agile organizou com sucesso 34 Exposições, entregou 7179 prêmios em tempo hábil, concedeu 803 Distinções aos participantes e incluiu nos Salões 2 novos Países da FIAP (Chile e Tailândia).

Ela conta com mais de 60 jurados de 25 Países e me sinto muito honrada em fazer parte dessa equipe, representando o Brasil.

Os Concursos da Agile são reconhecidos por algumas das mais relevantes associações de fotógrafos do Mundo, como Photographic Society of America (PSA), Global Photographic Union (GPU), Image Sans Frontiere (ISF), Phoenix Photographic Society (PPS) e "FEDERATION INTERNATIONALE DE L'ART PHOTOGRAPHIQUE" (FIAP).

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A “AGILE PHOTOGRAPHIC SOCIETY” (APS), merece todo o reconhecimento da comunidade fotográfica mundial, pela sua organização e comprometimento em promover a Fotografia Artística e pela brilhante atuação, dedicação e seriedade do seu Presidente, Mr. Sohel Parvez Haque.

Recomendo aos colegas que pretendem participar dos Salões Internacionais de Fotografia e conquistar Distinções Fotográficas, que procurem conhecer e participar dos Salões da “AGILE PHOTOGRAPHIC SOCIETY” (APS).

Endereço da Agile: https://agilefoto.com / SUGESTÕES DE SALÕES e CIRCUITOS PARA O BIMESTRE DE JULHO E AGOSTO DE 2023:

ACRUVIUM CIRCUIT

MONTENEGRO

Encerramento: 20 de julho de 2023

https://photoclubcattaro.com

ART IMAGINATION NORTH MACEDONIA

Encerramento: 23 de julho de 2023

https://photoskopje.com/artimagination/

BANGLADESH PHOTO AWARDS CIRCUIT

BANGLADESH

Encerramento: 24 de julho de 2023

https://agilefoto.com/

TAMBAPANNI PHOTO AWARDS

SRI LANKA

Encerramento: 28 de julho de 2023

https://lankiphotoawards.com

CYPRUS PHOTO AWARDS

CYPRUS

Encerramento: 28 de julho de 2023

http://www.nicosiafoto.com/salamis/

DICAS DE OURO:

LUMINUS INDIA

Ecerramento: 31 de julho de 2023

https://photographic-exhibition com/

METROPOLITAN USA

Encerramento: 7 de agosto de 2023

https://psa-met com

FLAMINGO AWARDS COLOMBIA

Encerramento: 14 de agosto de 2023

https://agilefoto com/flamingo

OCULAR SERBIA

Encerramento: 20 de agosto de 2023

https://www photoocular com/

CIRCUITO WORLD PHOTO STORIES

BANGLADESH

Encerramento: 21 de agosto de 2023

https://agilefoto com /

1 – Envie para os Concursos sempre o seu melhor trabalho.

2 - Se o seu trabalho não foi aceito em um Salão, não desanime e não desista, talvez você esteja apenas no lugar errado. Leve seu trabalho para onde ele é valorizado. Todos os meses são lançados uma infinidade de Salões de Fotografia em vários Países.

Nesses 3 anos participei de 87 Salões de Fotografia, em 27 Países diferentes, tive 353 aceitações e meu trabalho só não foi aceito em 5 Salões de 3 Países. Imaginem o que teria acontecido, se eu tivesse desistido da primeira vez que recebi um resultado negativo?

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BOA SORTE A TODOS!

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- Aceita no “CAMPINA – 2022” –ROMANIA e em mais 10 Salões, em 07 Países

Aceita no "NEW YORK PHOTO FAIR 2021“–USA e em mais 06 Salões, em 04 Países.

Aceita no “RISE OF THE EARTH CIRCUIT – 2023” BANGLADESH e em mais 06 Salões, em 04 Países

Aceita no – “COUNTRY OF HEAVEN PHOTO CIRCUIT 2022” - CHINA e em mais 08

Salões em 05 Países

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5

- Aceita no “CHILE PHOTO STORIES CIRCUIT 2022” –CHILE e em mais 03 Salões, em 03 Países

Aceita no “GOOD LIGHT 2022” - SERBIA e em mais 06 Salões, em 05 Países

1 - NUNCA É TARDE PARA BRILHAR 2 - PEQUENO COLIBRI 3 – MINHA PRAIA PREFERIDA 4- ST JOSEPH CHURCH – MAGIC APRENTICE 6 – SLEEPING BALLERINA

Aartedacomposição deElliottErwitt

FotógrafoFabianoCantarino

Elliott Erwitt, cujo nome original é Elio Romano Erwitz, nasceu em 26 de julho de 1928 em Paris, filho de pais russos. Depois de Milão, a família se estabeleceu nos Estados Unidos pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Ele começou como autodidata no ramo de casamento e depois frequentou cursos de fotografia em Los Angeles e Nova York. Em Nova York, Erwitt conheceu os fotógrafos Edward Steichen, Roy Stryker e Robert Capa. Após um período de poucos anos (1951 a 1953) na Europa a serviço dos governo dos EUA, ele voltou para Nova York e ingressou na recém-criada agência Magnum Photos. Daí, iniciou uma carreira de sucesso que abarcaria fotografia comercial, jornalística, editorial e pessoal.

Além do fotojornalismo, Erwitt ficou conhecido por suas fotografias de cachorros e em 1974 publicou seu primeiro livro de cachorros, intitulado Son of Bitch. Nas décadas de 1990 e 2000, publicou mais três livros sobre o mesmo assunto - Elliott Erwitt: To the Dogs (1992), Dog Dogs (1998) e Elliot Erwitt's Dogs (2008).

Para a marca italiana de café Lavazza, Erwitt produziu o calendário de 2000 com uma narrativa no seu estilo atemporal sobre as famílias europeias e sua relação com o café.

Este estudo explora as diversas opções de composição presentes nesse pequenino recorte da obra do fotógrafo. Não é crível que um artista de tal talento e habilidade se prenda a soluções padronizadas para construir sua arte. O que temos aqui são indícios de sua “engenharia visual” e como isso impacta no significado da imagem.

A fotografia 1 destaca um grupo de mulheres de quatro gerações distribuídas de forma equilibrada na composição. A perspectiva renascentista com ponto de fuga centralizado dialoga com o afresco “Última Ceia”, também construído sobre a “armadura no retângulo”. A exclusiva presença de mulheres retratadas em 2000 marca uma virada na questão do equilíbrio de gênero na nova sociedade. Destaque também para a centralidade da posição da pessoa mais idosa ao lado da mais nova, no mesmo plano, trazendo uma nova noção de “hierarquia familiar” além da noção de um cordão de proteção em torno das pessoas mais “frágeis”. A imagem 1 mostra como as linhas simétricas conferem equilíbrio e solidez à fotografia. Curiosamente, há linhas que apontam para o cachorro, que nesse período do ano 2000, passa a ser listado como membro da família.

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A fotografia 2 apresenta uma jovem família com papéis sociais não tradicionais. A mãe executiva à esquerda, no primeiro plano (cujo peso visual é acentuado pelo uso de uma lente grande angular), é observada pelos demais membros com alegria e admiração. A lente grande angular força que as verticais estejam inclinadas trazendo um dinamismo à imagem, conforme a imagem 2. As pessoas estão voltadas para o centro conferindo um equilíbrio dinâmico a cena.

A fotografia 3 traz uma jovem família em um momento descontraído. As diversas diagonais da armadura do retângulo apontam para um ponto de fuga no fim da estação de trem. Mas há outras linhas que guiam o olhar para a criança e sua mão espalmada. A posição central, a direção do olhar e as linhas indicam quem é o personagem principal, conforma e imagem 3.

Fotografia 1 Imagem1 Fotografia 2
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Imagem 2 Fotografia 3 Imagem 3

A fotografia 4 retoma a simetria e o equilíbrio estático da armadura do retângulo. As diagonais da imagem 4 reforçam a estabilidade da cena e induzem a concluir pela solidez do vínculo entre as pessoas. A intimidade é reforçada pelas poses simétricas, pelos olhares e pelo detalhe dos pés em contato. Normalmente, os pés não são elementos relevantes em fotografia.

Na fotografia 5, temos um jovem casal de características físicas diferentes e duas crianças também de aparências distintas. O dinamismo da cena é conferido pela diversidade de características e reforçado pelas diagonais (figura 5). Cada adulto está emoldurado em um triângulo conferindo estabilidade.

Na fotografia 6, temos três adultos em um momento de relativa intimidade. A cena é estabilizada pelo equilíbrio entre os pesos visuais apoiados em um triângulo (imagem 6). As paredes ao fundo limpas e claras facilitam a visualização da imagem no espelho. O contraste entre a forma elíptica da banheira e o retângulo do espelho traz um dinamismo à cena, acentuado pela presença divertida do “pet”, um efetivo membro da família na virada do século.

Fotografia 4 Imagem 4
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Fotografia 5 Imagem 5

Na fotografia 7 temos um elemento comum para Erwitt no primeiro plano: um cão. Ambos os modelos olham para a lente do fotógrafo e estão com pesos visuais distribuídos simetricamente na cena. Algumas diagonais (imagem 7) emolduram e suportam os modelos, trazendo um dinamismo à foto.

A fotografia 8 mostra uma cena de uma mãe trabalhando enquanto que cuida de duas crianças, sendo uma delas ainda bebê e a outra com independência suficiente para chamar a atenção do fotógrafo. O material de trabalho está espalhado no chão. Na imagem 8, vemos que a família se conecta por meio de um triângulo “bem achatado” em um espaço bem comprimido e a presença das diagonais reforça o dinamismo da imagem. O mesmo dinamismo que se espera da mãe para dar conta das suas atividades.

Fotografia 6 Imagem 6 Fotografia 7 Imagem 7 Fotografia 8 Imagem 8 27
INFOTO

Sem querer fazer da INFOTO meu divã, trago a essas páginas mais uma inquietação que me assalta, sempre que os jovens se dirigem a mim, com curiosidade, perguntando como era alguma “coisa” “no meu tempo”. Como assim? Eu me pergunto.

Afinal o meu tempo hoje é o mesmo tempo desses jovens: o tempo atual. Ninguém vive no passado. A vida se passa no tempo presente. As pessoas podem até ser saudosistas, se sentirem atordoadas e acuadas com os avanços tecnológicos, serem conservadoras e refratárias às mudanças de costumes dos tempos atuais. Podem ter dificuldades para solucionar eventuais conflitos geracionais. São consequências razoavelmente esperadas no processo de envelhecimento.

E isso só acontece, exatamente, por estarem no tempo atual! Porque no tempo passado as “coisas” eram diferentes.

Esses descompassos justificam até a expressão adverbial que as rotulam de: pessoas que vivem em outro tempo/fora do [seu] tempo, ou que vivem em outro planeta. Mas não deixam de ser rótulos que estigmatizam pessoas do tempo atual que não se adequam às mudanças que a sobrevivência na vida nos condena a experimentar. Assim, mesmo que qualquer click que eu fotografe, não demore nunca menos do que 55 anos para ser feito, desde uma foto de objeto estático no table top até um instantâneo, num lapso de tempo de uma atividade esportiva qualquer, a foto será sempre desse tempo.

Com certeza há 45, 35, 25 anos atrás as minhas fotos eram muito mais rápidas: demoravam só 45, 35 ou 25 anos para serem feitas. E eram daquele tempo em que foram fotografadas.

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... no meu tempo ... Fotógrafo Davy Alexandrisky

Essa introdução enfática e até um tanto repetitiva, se justifica como construção de autoridade para que eu possa comentar sobre um tema controverso, que, se depender desse meu artigo, vai ficar ainda mais controverso, porque não tenho a menor intenção de dirimi-lo.

Ao contrário, se alguma intenção eu fosse obrigado a confessar, no máximo, diria que é um convite a reflexão, para não dizer que gostaria de polemizar.

Pois, afinal, um fotógrafo pode até ter um estilo único e consagrado que se mantém com o passar do tempo, mas nunca fotografará, no tempo atual, da mesma maneira que fotografava há 30, 40 ou 50 anos.

E não entendam essa mudança no jeito de fotografar ao logo dos anos às mudanças tecnológicas, experiência profissional ou algo do gênero. Ainda que isso possa ter alguma relação com um aprimoramento técnico do fotógrafo.

Mas, considerando que etimologicamente a palavra fotografia é formada por: foto/luz + grafia/escrita, portanto, uma forma de expressão/escrita, que usa a luz e a sombra para narrar/contar uma história, seu discurso, inexoravelmente, vai acompanhar as mudanças naturais de linguagem.

Ora, se a língua é viva, como garantem os linguistas, e vai mudando ao longo do tempo, não importa se a sua forma de expressão é o verbo ou a luz. Ambas mudarão igualmente: simples assim!

Porque é muito importante ter em mente que, assim como um texto literário está subordinado a um conjunto de regras gramaticais, que a critério e estilo do seu autor podem ser intencionalmente desrespeitadas, uma fotografia também está submetida às regras da gramática visual/imagética, também passivas de transgressões.

Sem subestimar a sua inteligência, me permito fazer um paralelo bem boboca, quase infantil, para ser mais do que pedagógico, sem deixar qualquer margem de interpretações equivocadas sobre o que vou defender mais a frente:

Se você tem menos de 40 anos talvez não saiba o que significava há alguns anos chamar um rapaz de “pão” ou uma moça de “broto”; ou o que era ter “uca na cuca”; ou ir para o “xilindró”, estar na “pindaíba”; ou participar de um “bafafá”; ou saber “bulhufas”; “bem transado”...

Simplesmente porque novas formas de se expressar foram sendo incorporadas à forma de nos comunicarmos com o verbo/texto.

Enfim, a escrita imagética também foi assimilando “novas gírias” no seu discurso.

Mas a academia, vez por outra, despudoradamente, toma emprestada a si algumas expressões, para ampliar seu significado e/ou ressignifica-las, como fez com a expressão “contemporâneo”, para rotular uma tendência artística a partir do pós

Segunda Guerra Mundial.

No caso mais específico da fotografia, a chamada fotografia contemporânea, na prática, liberta, de certa forma, fotógrafos e fotógrafas do compromisso da fotografia com a verdade factual retratada, e, sobretudo, dos rigores do que o Manual Completo de Arte e Técnica da Time Life, a “bíblia” dos fotógrafos, considerava uma “fotografia tecnicamente perfeita”, à época (para algumas pessoas aquele conceito da “fotografia tecnicamente perfeita” ainda prevalece – aqui não quero entrar no mérito dessa discussão).

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A contradição que se estabelece é que a fotografia, historicamente, é considerada “arte final”. Sendo assim, nunca importou se as condições (processo) para se fazer uma fotografia eram favoráveis ou não, para justificar uma foto que não estivesse “tecnicamente perfeita”.

Enquanto na chamada arte contemporânea o processo importa mais do que o resultado. O conceito e seu desenvolvimento importam mais do que a fotografia propriamente dita. Obviamente, a academia desdobra em muitas páginas esse meu comentário singelo e esquemático. Mesmo porque, escrever muito é bem mais fácil do que ser sintético. Mas, basicamente, a fotografia contemporânea está intrinsicamente vinculada a um conceito bem definido, que precisa ser “escrito” imageticamente (o conceito), de uma forma inteligível. A isso se somam outros atributos, como por exemplo, não dar a informação pronta e acabada, exigindo do expectador um olhar mais atento e contemplativo; quando possível e pertinente com a proposta, com algum grau de impermanência, até mesmo seu apagamento, em casos extremos, por uma intencional precariedade no processo de fixação da prata; além de outros atributos que, em princípio, exigem do fotógrafo/a, um longo percurso no trato do tema da proposta definida.

Contato: +55 21 98392-6661

contato.revistainfoto@gmail.com

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FotógrafoHerminioLopes

Olá amigos leitores tudo bem? Estamos aqui mais uma vez para levantar uma questão muito comum entre os fotógrafos: Onde fotografar? O que fotografar?

Afinal, nem sempre você está com disponibilidade de poder ir a algum lugar, viajar para uma região ou mesmo ir até ali pertinho, na esquina.

Parei para pensar, e, ao me fazer essas perguntas, olhei em volta, e olhei em volta, e ao olhar novamente, comecei a formular as respostas. Eu estava no meu quintal e estava ali com várias opções para escolher, ao meu alcance! É meus amigos, é só olhar em volta com aquele olhar perscrutador e pronto!

Você olha uma flor e na flor uma abelha. Duas composições ali ao seu alcance! Um close da flor com a abelha e uma da abelha, uma macro quem sabe?

Aí, do outro lado um beija flor se aproxima procurando onde sugar seu alimento e, click!

Mais uma bela foto saiu. Foi assim que vi que em meu quintal eu tenho milhares composições, e oportunidades de fotografar sem sair de casa. É só olhar em volta!

P A S S E I O F O T O G R Á F I C O
ONDE FOTOGRAFAR? O QUE FOTOGRAFAR?
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Até mesmo em um apartamento há possibilidades mil, principalmente, se tiver uma varanda. Só precisa de algumas flores e verde que eles aparecem, até o quinto andar pelo menos, cerca de 20 metros. Ou uma mesa, um pedaço de "EVA" ou outros materiais e pronto! Temos um pequeno estúdio para dar asas à imaginação.

Aproveitando as luzes e sombras dos ambientes conseguimos ter boas ideias e belas composições. É só exercitar o olhar e você vai ter muita edição para fazer e se deliciar com seu trabalho.

Veja a montagem abaixo em minha varanda, escurecida com cortinas para chegar a condição de luz ideal porque era uma manhã de domingo e depois o resultado, na foto 4. E abaixo

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o resultado pós edição

Em um outro momento, na mesma varanda num final de tarde aproveitando as luzes do cair do sol sem nenhuma montagem nem preparação. Olhei a peça sobre a mesa, vi a luz e click. Nem percebi o bebedouro ao fundo. Só depois na edição eu vi e deixei. Acho que ficou legal.

E a nossa rua? Ela também é um cesto de variedades e possibilidades de conseguir ótimas fotos. Desde um poste de energia elétrica com um canário cantando até uma criança brincando.

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Crie, invente, dê asas a sua imaginação, de um pregador na corda à chama de uma vela.

E, para terminar, se você tiver como subir no telhado, talvez se surpreenda com o que vai ver, como eu quando vi esse por do sol.

Um abraço a todos e “Vamos fotografar!!!”

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HISTÓRIA DA MINHA FOTOGRAFIA Fotógrafa Marcia

Juliane Monteiro

Geralmente quando passo pela Ponte Rio Niterói, costumo observar e clicar em algo que me chame a atenção, como por exemplo, os aviões que vem do sentido Rio. Mas, esse estava no sentido oposto e parelhou com meu carro. Fui acompanhando e captei esse momento. Sempre que vou ao Rio de Janeiro, levo minha câmera, faço fotos com o carro em velocidade para não atrapalhar o trânsito, é claro. Certa vez, fiz uma postagem e fui chamada de irresponsável. Calma! Eu sou o carona, é assim que tive a oportunidade de fazer essa foto do avião. São sequencias que me dão um resultado final.

Dicas: ter mão firme, foco, e aguardar as surpresas.

Essas fotografias foram realizadas com o meu IPHONE 13.

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Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes

Disciplina é sobre “pagar o preço agora para ter a recompensa posteriormente e não sobre ter a recompensa agora e depois pagar. É sobre não ser refém das armadilhas da mente e seguir firme.

Falar sobre disciplina pode parecer clichê e repetitivo atualmente, entretanto o fato é que este aspecto que faz com que as pessoas de sucesso alcancem seus objetivos, pois elas continuam lutando contra adversidades, quebrando barreiras, paradigmas e superando a principal batalha que é contra si mesmo.

A disciplina é fundamental para qualquer tipo de objetivo claro e concreto definido por você, desde os mais simples até os mais complexos, como por exemplo: aprender um novo idioma, aprender uma nova habilidade, fazer uma graduação, praticar exercícios físicos e seguir uma rotina pré definida.

Na maioria das vezes, ter disciplina é tão simples quanto “continuar seguindo em frente”, ou seja, continuar exercitando prática aquilo que é necessário para atingir o objetivo.

Todavia, por mais simples que isso pareça, muitas pessoas ainda lutam com falta de disciplina até mesmo para manter uma dieta saudável, por exemplo.

Isso é completamente normal e natural, entretanto, é necessário reconhecer tais desafios, ter clareza de onde quer chegar e desenvolver a disciplina junto à sua mentalidade para que consiga se concentrar, manter o foco e, de fato, atingir seus objetivos!

Vem comigo, vamos em frente, vamos juntos!

"Disciplina é a ponte que liga nossos sonhos às realizações" Pat Tillman
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Viajar é preciso!

Fotógrafas Margarida Moutinho

e Ináh Garritano (Nossas correspondentes em Portugal)

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar..."

(Pablo Neruda)

Do nosso ponto de vista, viajar é das melhores experiências.

Desde criança nutria o sonho de sair em viagem em uma autocaravana (motorhome). E ainda nutro!

Há poucos dias tivemos a oportunidade de fazer um "estágio" realizando uma pequena viagem em uma autocaravana: Nós (Margarida e Ináh), nossa filha e duas amigas (Natália e Natália ou pra facilitar, as Natálias).

A ideia surgiu com o convite para uma palestra sobre astronomia e observação do céu na Albufeira da Barragem de Pego do Altar, na aldeia de Santa Susana na região do Alentejo, aqui em Portugal.

Há nas redes sociais um sem-número de influenciadores midiáticos romantizando as viagens de autocaravana. Nossa proposta não foi essa, pelo contrário, foi trazer o dia a dia (e foram só 3 dias) o mais próximo da realidade que vivemos: Calor (muito calor, não havia ar condicionado), falta de espaço para a quantidade (desnecessária) de coisas que levamos, geladeira que, além de pequena para cinco pessoas, só refrescava o que estivesse no micro congelador, depósito pequeno para água potável e outro para resíduos do banheiro (cassete). Mas, muito mais do que o mencionado anteriormente, houve bom humor, solidariedade, relaxamento, conversas olho-no-olho, fotos, brincadeiras, observação do céu, felicidade, contato com a natureza, realização de sonhos, criatividade e a certeza de que queremos repetir.

Hoje, nossos corações ainda batem com as lembranças tão próximas. Hoje nossos corações ainda transbordam da certeza que a vida é feita de todos os momentos e que muitos desses momentos, mesmo os menos agradáveis, nos ajudam a contar nossas histórias, quem somos. Há que ter, sempre que possível, bom humor.

As histórias são muitas para contar aqui, por isso deixaremos algumas das imagens da primeira parte desta aventura. Na segunda parte, na próxima edição, traremos um pouco do local.

Desejamos que gostem e, se tiverem histórias de autocaravanas, compartilhem conosco.

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Primeira parada - ao Sol Cozinhar em pouco espaço Micro banheiro Hora de arrumar a cama Quando os amigos se juntam Enfim, uma boa sombra

Preparando o almoço

Comidinha delícia

Pimentos assados - tradição portuguesa

Contemplação

Após a brincadeira na água Pausa para o descanço

Janela ou pintura Volta das
Muito calor 39 INFOTO
férias.

ACONTECENDO Fotógrafo

Antonio Alberto Mello Simão

Aconteceu na Sociedade Fluminense de Fotografia, Niterói, RJ - BR, lançamento do livro "E por falar em fotografia..." numa noite de autografo muito concorrida que mostrou o prestigio do nosso colonista e escritor Luiz Ferreira. Para aqueles que não puderam comparecer na ocasião e que estejam interessados na aquisição do livro, podem entrar em contato através do e-mail: contato.espacoeditora@gmail.com

"Levei um exemplar do meu livro lindamente prefaciado pelo meu querido Walter Firmo, para ele, e ainda consegui uma dedicatória poética no seu livro “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”, cujas fotos são pura poesia. Uma manhã muito feliz!"

Muito Bacana!!!

Quando dois grandes fotógrafos se encontram só pode sair coisa boa. Parabéns ao Walter Firmo e Luiz Ferreira, dois grandes escritores!!!

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Belíssima iniciativa do Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense, em

Niterói - RJ - Brasil

Que outros eventos como este, ocorram mais vezes!! 41

Coletiva Fotográfica Instantes Ubanos SFF

A Sociedade Fluminense de Fotografia, vem mantendo a todo vapor suas atividades, há quase oitenta anos, administrada pelo seu Presidente Antonio Machado. Além dos diversos Cursos de Fotografia oferecidos, e Palestras, tem movimentado seus salões com belíssimas exposições. A última, "Coletiva Fotográfica Instantes Urbanos", com a curadoria dos fotógrafos Amador Perez, Evandro Teixeira e Roberto Soares-Gomes, foi inaugurada no dia 03/06/2023. O sucesso foi extraordinário com as fotografias de vários fotógrafos excelentes.

INFOTO

A Câmera Municipal de Niterói - RJ - BR, aprovou o Projeto de autoria do Vereador Leonardo Giordano, que reconhece a SOCIEDADE FLUMINENSE DE FOTOGRAFIA como Patrimônio Imaterial do Município de Niterói. As nossas homenagens e aplausos para esta Instituição que completa 80 anos de existência, e para o seu Presidente Antonio Machado, pela sua profícua administração.

Foi inaugurada na Sociedade Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro - RJBR, a Exposição Fotográfica - "ALGUNS FOTÓGRAFOS, MUITOS OLHARES", com maravilhosas fotografias. O coquetel de abertura aconteceu no dia 16 de Junho de 2023. Os nossos parabéns a todos os Fotógrafos participantes

Recebemos do Niterói FotoClube, através do fotógrafo e amigo Rolf Vianna, o convite do Varal Fotográfico, que ocorreu na Mureta de Jurujuba, no dia 27/05/2023 e que foi um sucesso total.

Parabéns a todos os membros do grandioso Niterói FotoClube

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O Leitor Escreve

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Envie a sua fotografia para ser publicada no próximo número da nossa revista(Galeria dos Leitores).

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