www.revistaoutdoor.pt
nº3 janeiro/fevereiro 2012
outdoor Revista
Torna-te fã
Pólo Sul 4 aventuras Lusas
em família
Passeio de Aventura
descobrir a serra da estrela
a mulher e a montanha
por Maria Luísa Tomé carlos mendes Uma vida de aventura!
A importância dos Guias Locais por Artur Pegas
sos
Segurança na neve
fotografias panorâmicas
com Joel Santos
Disponível também para iPad
Editorial Ficha técnica
ano novo número Novo!
N
ovo ano, novo número: a Revista Outdoor chega com novos temas e novas rubricas, que o fará repensar num 2012 mais activo, mais outdoor.
www.portalaventuras.clix.pt Edição nº3
Neste novo ano, queremos pô-lo fora de casa a aproveitar ao máximo os recursos naturais do nosso país lindíssimo! Vá, largue o sofá!
WPG – Web Portals Lda
Como destaque recordamos a grande reportagem que nos remete a um tema único e imperdível. “As Mulheres e a Montanha, por Luísa Tomé, que nos demonstra através das suas palavras os dilemas das mulheres com o seu primeiro contacto com o desporto das montanhas. Gerir trabalho e família é o primeiro dos seus desafios! Damos a conhecer igualmente os quatro aventureiros lusos do continente gelado, que relatado por Aurélio Faria ganham destaque na nossa memória pelos seus feitos e descobertas neste local misterioso. Na categoria Neve destacamos o que de melhor existe na região mais fria do nosso país: a Serra da Estrela! E já ouviu falar de Bushcraft? Nós contamos-lhe tudo! E, claro, muitas sugestões para quebrar o teu dia-a-dia. Por que espera? Parta já a descoberta desta zona com trilhos sinuosos e pontos de aventura fantásticos.
Capital Social: 10.000,00
Na categoria Fotografia não percam os truques e dicas para fotos panorâmicas e, também para os amantes das novas tecnologias, as novas sugestões de aplicações para iphones/ipod´s. Para que continue a acompanhar-nos, sugerimos a leitura deste novo número e contamos consigo para enriquecer os próximos número deste projecto com novas sugestões e ideias que considere relevantes.
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Fax: 214702973 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: info@revistaoutdoor.pt Registo ERC n.º 126085 Editor e Director Nuno Neves | nuno.neves@portalaventuras.pt Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | isa.helena@portalaventuras.pt Sofia Carvalho | sofia.carvalho@portalaventuras.pt Revisão Cláudia Caetano Colaboraram neste número: ana isabel mineiro, ana lima, artur pegas, Aurélio Faria, carlos mendes, catarina mexia, cláudio silva, daniela teixeira, joão pedro carmona, Joel Santos, jorge portela, Magali Tarouca, MAria luísa tomé, susana muchacho, tiago salazar
Agradecemos a todos os que nos têm ajudado a crescer e a mostrar o que de melhor se faz a nível do desporto aventura em Portugal. A comunidade de amantes de desporto aventura e outdoor é cada vez mais significativa… Continuação de boas aventuras e encontramo-nos em Março com mais temas imperdíveis e relevantes deste mundo outdoor. Convidamo-lo a ir acompanhando todas as novidades no Portal Aventuras. Equipa Portal Aventuras
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NPC: 509630472
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Design Editorial Inês Rosado Fotografia de capa artur pegas Desenvolvimento Ângelo Santos Segue-nos nAS REDES SOCIAIS!
Directrizes EDITORIAL
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GRANDE REPORTAGEM A mulher e a montanha por Maria Luísa Tomé
nº3 Janeiro_Fevereiro
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EM FAMÍLIA ACTIVIDADE- Passeio Aventura
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EVENTO - BTL
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aventura EVENTO — Nauticampo
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VIAGEM — Trekking, Travessia da Lapónia
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ACTIVIDADE — Workshop de Bushraft
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entrevista Uma vida de Aventura com Carlos Mendes
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POR TERRA ACTIVIDADE — Serra da Freita - Maçico da Gargalheira
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CRÓNICA — GR_ das Putêgas
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DESCOBRIR — A importância dos Guias Locais
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POR ÁGUA EVENTO — Transat 6,50
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INDOOR — Preparação para desportos de águas bravas
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ACTIVIDADE — Hidrospeed
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NEVE AVENTURA — Pólo Sul, 4 Aventuras Lusas
Assim como em muitos outros desportos, o alpinismo era um desporto de homens. Há cerca de 100 anos, mulheres de calças de montanha ou de ski eram consideradas indecentes. A mulhere e a Montanha mostra-nos a realidade dos dias de hoje...
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DESCOBRIR — Serra da Estrela
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DESAFIO — Escalada em Gelo e Mista
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FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA DO MÊS — Por Joel Santos
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ENTREVISTA — Catarina Mexia por Magali Tarouca
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PORTFOLIO DO MÊS — Pedro Carmona Santos
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Truques e Dicas de Joel Santos — Fotografar Panorâmicas
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Aplicação para iPhone e iPad — Autostich
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SOS Conselhos de Segurança na Neve
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DESCOBRIR Receitas Outdoor Tortilha de Húmus
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Pousada de Juventude de Almada
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PARQUE NATURAL Da madeira
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Livro Aventura - “Viagens Sentimentais”
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A melhor maneira de descrever Carlos Mendes, seria dizendo que é um apaixonado pela natureza, pelo mar, pela aventura, pela paz de espírito, pela adrenalina – em suma, um apaixonado pela vida!
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kid´s cursos & workshop´s aventura
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ACTIVIDADES OUTDOOR
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DESPORTO ADAPTADO orientação, desafio vezes dois
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ESPAÇO APECATE
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Congresso da EFAPCO A fechar
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Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
Aurélio Faria, dá-nos a conhecer quatro aventureiros portugueses que realizaram grandes conquistas com o nome português. Ângelo Felgueiras, Miguel Lacerda, Filipe Palma e João Garcia destacam-se assim pelas suas aventuras no continente gelado.
Grande Reportagem Por Maria Luísa Tomé
a mulher e a montanha... 6
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Assim como em muitos outros desportos, o alpinismo era um desporto de homens. Há cerca de 100 anos, mulheres de calças de montanha ou de ski eram consideradas indecentes. Mesmo depois da emancipação feminina, a igualdade da mulher ao homem na montanha deu-se bem mais tarde. …»
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ontinuo com frio, já vesti todos os forros polares que trouxe. Que é feito daquele de penas que comprei em Kathmandu? Agora dava jeito… Nem a atmosfera densa que se vive dentro do refúgio Elola me faz aquecer. Tento pensar noutra coisa, desviar a mente do desconforto. A minha companheira de aventuras na montanha chama-me a atenção: - Conseguimos encontrar mulheres espanholas neste mundo de homens, já portuguesas, somos as únicas… porque será? Começamos a especular sobre o assunto. O que afastará a mulher das actividades de montanha? Desconhecimento? Desconforto? Desconfiança? Já não era a nossa primeira vez naquele refugio, todos os anos percorremos o trilho que o liga à plataforma onde deixamos os carros. Local de beleza ímpar este parque natural da serra de Gredos! Aqui à porta de casa, tão perto do nosso país, permite-nos praticar técnicas de progressão em neve e gelo. Porquê a nossa deslocação todos o Invernos para terras espanholas? É o amor que temos pelas montanhas, pela natureza, pelo ar livre. É a vontade de ascender a alguns cumes. É pelo desafio, pela emoção, pela vastidão que encontramos, pela união e sensação de pertença àquele local. Antes de mim muitas mulheres sentiram este apelo pela montanha. Assim como em muitos outros desportos, o alpinismo era um desporto de homens. Há cerca de 100 anos, mulheres de calças de montanha ou de ski eram consideradas indecentes. Mesmo depois da emancipação feminina, a igualdade da mulher ao homem na montanha deu-se bem mais tarde. A primeira ascensão a uma montanha de mais de oito mil metros foi realizada em 1950 por dois franceses. Maurice Herzog e Louis Lachenal alcançaram o cume do Annapurna. Foram necessários mais 24 anos para que as mulheres igualassem o feito. Três japonesas pisaram o cume do Manaslu - Naoko Nagaseko, Mieko Mori e Masako Uchida no dia 4 de Maio de 1974. Segundo Reinhold Messer, o primeiro homem a subir às 14 montanhas com mais de 8000 metros sem oxigénio artificial, as mulheres não só tinham conseguido o seu objectivo, como o fizeram de uma forma exemplar e com uma logística impecável sob o ponto de vista estratégico. Começaram a planificar a sua ex-
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Grande Reportagem A Mulher e a Montanha
Fotos: Luísa Tomé, Artur Pegas e João Garcia
Alpes
Grande Reportagem pedição cinco anos antes. Naoko, a chefe da expedição, estava empregada numa companhia de seguros, tinha 36 anos e um filho com 8. Mieko com 33 anos era solteira e empregada numa fábrica. Masako igualmente com 33 anos, também empregada numa fábrica, casada e com uma filha de 4 anos. Os planos de treino que fizeram, correr 1 hora diária e ir pelo menos uma vez por mês a uma montanha no Japão, deu-lhes a oportunidade de se conhecerem e formarem uma equipa coesa. Fortes terão Fortes terão sido estas mulheres para conseguirem conciliar sido estas muo seu papel de donas lheres para consede casa, mães e traguirem conciliar o seu balhadoras com o seu papel de donas de casa, treino diário. Grande mães e trabalhadoras terá sido o seu esforço, com o seu treino mas a vontade de ir para diário. a montanha e a alegria de viver a expedição, conseguiu que o cansaço não prevalecesse. Um exemplo de como mulheres que levam uma vida como muitos milhares de mulheres por esse mundo fora, sem serem atletas de competição, com disciplina e força de vontade alcançaram o seu sonho. Apetece-me esticar um bocado. Subo até ao primeiro andar para o dormitório. Deixo o bulício de sala comum e recosto-me um pouco. Começo a lembrar-me de vários refúgios onde já pernoitei. Os refúgios dos Alpes, em madeira, bem cuidados e limpos. Os espanhóis, mais espartanos, os islandeses, funcionais, os russos, desmazelados. Relembro com saudades os muitos lodges do Nepal. Devido ao aumento do turismo para estes locais mais remotos, a população local começou a oferecer a sua habitação para que os caminhantes pudessem pernoitar. E muitas aldeias na montanha começaram a crescer com a construção do que habitualmente se chamam “lodges”, que não são mais do que casas muito simples, com pequenos quartos onde por vezes apenas cabem duas camas, ou mesmo camaratas para várias pessoas. Mas que bem que nos sabe ao final de um longo dia de caminhada chegarmos a 8
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Aconcágua
Aconcágua
Nepal
Grande Reportagem A Mulher e a Montanha
Alpes
estes locais tão acolhedores! É como se chegássemos a casa, um local abrigado e quente para pernoitar. Mais ainda, podemos ter uma refeição quente e saborosa.
teresse são comuns e as histórias de aventuras passadas são muitas para contar. A relação e o compromisso crescem quando as pessoas superam juntas situações perigosas. E esta amizade encontra-se muitas vezes entre companheiros de expedições.
- Souuuuuuup’s ready! – Esta chamada faz-me regressar à realidade. Rimgi? Não, não pode ser o cozinheiro da expedição ao Island Peak. Um amigo pergunta-me: Sorrio. Claro, é a Inês. Como brincadeira, - Como é que vocês chegam ao campo base das quando chamamos alguém para a mesa montanhas? imitamos o nosso amigo nepalês. - Bem, para ascender a qualquer Bem, Que reconfortante era ouvir o seu montanha, temos que nos apropara ascender chamamento e dirigirmo-nos ximar dela. E é a esta aproxia qualquer monpara a tenda messe onde sabomação que vulgarmente chareávamos a deliciosa sopa. mamos trekking. Caminhar tanha, temos que nos lentamente, durante vários dias, aproximar dela. E é a Quando não existem lodges na natureza. No trekking temos esta aproximação que e pernoitamos nos acampatempo para muito. Caminhamos vulgarmente chamentos, estes excelentes cozipor trilhos muitas vezes utilinheiros conseguem com meios zados pelos locais para se deslomamos trekking. tão espartanos fazer óptimas recarem de aldeia em aldeia, trilhos feições. Sempre me intrigou como é que ao longo dos anos se carregaram que fazem um bolo de comemoração de de histórias, de alegrias e de esforço de algum aniversário ou por termos alcançado o quem os percorreu. A realidade destes povos, cume, se não têm forno?!?!?! desprovidos muitas das vezes de outro meio de deslocação que não seja a pé, está muito longe É hora de descer para jantar. Junto-me ao grupo da nossa imaginação. Desde alimentos até aos com agrado. O momento das refeições é um mo- mais pesados materiais para construir as suas mento de pausa, relaxe e convívio. Planeamos habitações tudo é carregado às costas, ao longo o dia seguinte, confraternizamos com os outros de vários dias pelos habitantes locais. É neste elementos do grupo e com outros trekkers que cenário de montanha, com paisagens serenas, tal como nós também estão a usufruir de alguns percursos íngremes e vistas deslumbrantes que bons momentos passados na montanha. Aqui a vamos ter oportunidade de conviver, conhecer conversa flui livremente, já que os pontos de in- e aprender o modo de vida dos povos da monOUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2012
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Grande Reportagem tanha. Povos que devido à sua dura realidade se adaptaram ao que a natureza lhes oferece como nenhum outro. Povos que devido à sua ligação com a natureza, a conhecem, respeitam e adoram como nenhum outro. Povos que devido ao seu isolamento têm uma espiritualidade e veneração pela montanha como nenhum outro. É esta simplicidade que nos cativa desde logo no nosso primeiro contacto, esta realidade tão dura, mas tão digna de viver. O primeiro contacto que temos com este povo é devido à necessidade que temos da sua ajuda. Levamos connosco a nossa bagagem e ela vai ser transportada ou por carregadores locais ou por animais (como por exemplo burros ou yacks), animais estes que são conduzidos pelos aldeões. Em alguns países, como por exemplo o Nepal, as mulheres também transportam cargas pesadíssimas, são as sherpanis. E esta nossa marcha de aproximação à montanha vai-nos permitindo adaptar o nosso organismo à altitude que vai sendo cada vez maior, treinar o nosso corpo a algumas horas caminhada diária e treinar também a nossa mente a
habituar-se ao ritmo próprio da montanha. À medida que a altitude aumenta a pressão atmosférica vai sendo menor, o que se reflecte numa concentração de oxigénio do ar também menor. Para nós, que não vivemos habitualmente nestas condições o que vamos notar é um maior cansaço principalmente quando fazemos movimentos mais rápidos. Quando respiramos, o oxigénio que entra nos nossos pulmões é menor, ou seja, temos que respirar mais vezes para conseguir a mesma quantidade de oxigénio que conseguiríamos ao nível do mar. Claro que o nosso organismo que é excepcional e se adapta a muitas condições adversas da natureza, aqui também vai ter o seu papel, e vai lentamente aumentando a percentagem de hemoglobina no sangue para que o aporte de oxigénio aumente. Isso poderá levar alguns dias, e é ao longo do nosso trekking que vai acontecer. Quando chegarmos ao campo base da montanha, o nosso organismo já estará mais bem adaptado à rarefacção do oxigénio do ar. A esta adaptação chamamos aclimatação. Sem qualquer base cientifica, apenas por experiência própria, tenho notado uma mais rápida adaptação das mulheres neste processo do que Islândia
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Grande Reportagem
os homens. Nós aclimatamos mais rápido e com menos sintomas de mal de altitude, que poderão ser dores de cabeça, náuseas, cansaço e perda de apetite. É necessária uma boa dose de calma e perseverança para aclimatar em altitude. Numa sociedade que apela à rapidez nas mais simples atitudes do nosso dia-a-dia, temos que mudar de registo e adoptar o ritmo calmo da natureza. Temos que nos tornar humildes, a humildade é o segredo para muitas coisas nas montanhas. O jantar termina e todos ajudamos a limpar a mesa, queremos e devemos deixar tudo como encontramos. Dirijo-me ao meu cacifo para preparar o material para o dia seguinte. Já sei que amanhã de madrugada, na pequena sala dos cacifos estarão muitas pessoas a equipar-se. Tento colocar o material por ordem, deixar no fundo o que vou colocar por último. Saímos para o cume de madrugada, não quero atrasar os meus companheiros de cordada por isso é importante que me organize. O material que utilizamos na montanha é muito importante, faz parte da nossa segurança. Hoje em dia já existe material de montanha feito especialmente para mulheres, como por exemplo, mochilas que têm a altura das costas mais pequena e as alças dos ombros mais curtas desenhadas para ombros mais estreitos ou sacos de cama que têm a temperatura de conforto mais elevada pois a mulher é por natureza mais friorenta que o homem. Coloco o frontal na cabeça e dirijo-me para as casas de banho. Ora aqui está um tema muito delicado para as mulheres. As casas de banho nos refúgios são básicas, não existem duches e por vezes quando está muito frio a água gela nas canalizações sendo até impossível lavar as mãos. Partir para um local em que à partida sabemos que não vamos ter acesso a duche e água canalizada durante alguns dias requer uma mentalização e preparação prévia. Temos sempre a preciosa ajuda dos toalhetes húmidos para fazermos uma lavagem ao final do dia. Não nos esqueçamos que a sensação de sujidade quando andamos pelas montanhas, não é a mesma que temos no final de um dia numa cidade poluída. Relembro com algum humor os momentos de lavagens pouco convencionais. A ajuda duma amiga para lavar o cabelo com um balde de água, as rápidas lavagens de pés nas águas frias dos ribeiros, a alegria de receber um alguidar de água morna à saída da tenda. Mas o que mais
me alegra é depois de alguns dias poder dar o verdadeiro valor a ter água canalizada, saneamento e electricidade. É ao sentir a sua falta que conseguimos dar o verdadeiro valor às coisas. Saio da casa de banho, situada no exterior do refúgio, e fico um bom bocado a observar o céu. Detenho o meu olhar na silhueta das montanhas, belíssimas, imponentes. Sinto o ar frio da montanha na minha cara, está a dizer-me que é hora de recolher e dormir. Desperto com o movimento que se sente no dormitório. Pelo menos aqueceu, 20 pessoas no mesmo quarto conseguem mesmo aquecer a atmosfera. Espreguiço-me e desço do meu beliche. Encontramo-nos novamente na sala comum, tomamos um pequeno-almoço leve e equipamo-nos para sair em direcção ao nosso objectivo, o cume do Almansor. O dia de cume tem sempre um pouco de nervosismo associado. Afinal é o nosso objectivo. Foi por isso que treinamos tantas horas, recusamos convites para sair ou simplesmente ficar deitadas no sofá. O treino é a base para um estilo de vida saudável. Para quem precisa de um pequeno incentivo para não faltar aos treinos, ter sempre um objectivo é o ideal. E quando sentimos que realmente treinamos e demos o nosso melhor, apenas o silêncio e o brilhar das estrelas é importante e o nervosismo desvanecesse. Estamos com sorte, o clima está do nosso lado. Iniciámos a nossa marcha ainda antes de o sol nascer, frontais ligados, o som dos crampons a pisar a neve, a respiração a ecoar nos nossos pulmões. Este é OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2012
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A Mulher e a Montanha
Irão
Grande Reportagem um momento de introspecção, difícil de explicar a sua grandiosidade numa forma simples. O alpinismo não é um desporto de combate e a sua arte reside no ceder. Quando a luminosidade aumenta aproveitamos para fazer uma pausa; tirar os frontais, beber água, petiscar qualquer coisa. O sol anima qualquer um, e já com a mágica luz da madrugada continuamos a nossa subida com vistas cada vez mais deslumbrantes. A chegada ao ponto mais alto é um momento de grande emoção e alegria, mas faz parte de toda uma aventura e pode não ser o nosso melhor momento. Como disse Mahatma Gandhi, “a alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita”. Chegando ao ponto mais alto, o nosso objectivo foi alcançado, e a ascensão não será completa até se regressar. A descida forma parte inevitável da subida e exige a mesma concentração que esta, mas menos energia. E durante a descida, relembro o sentimento de frustração quando por situação meteorológica desfavorável não é possível sequer tentar subir. Um grande amigo costuma dizer que a montanha é “a escola da paciência”, a maior lição reside no saber esperar, saber ceder, saber ser flexível. Os planos podem ser alterados quando menos esperamos. Estamos dependentes do que a natureza nos reserva e por vezes mesmo estando tão perto do nosso objectivo temos que saber virar costas e desistir. É a nossa segurança que está em jogo, regressar são e salvo. Este é o
maior acto de coragem. Junko Tabei, a primeira mulher a ascender ao Evereste disse que para uma geração que vive as suas aventuras sobretudo através da televisão e da internet, o perigo converteu-se em algo estéril. O perigo ensina muitas coisas importantes como ter critério próprio e actuar com independência. Ao longe avisto o refúgio, é como voltar a casa. Sento-me um pouco, guardo material que já não preciso e olho para trás. Sinto a calma e o relaxamento que me envolvem pelo objectivo cumprido. Este é um local muito especial para mim, foi aqui que pela primeira vez coloquei uns crampons, utilizei um piolet e soube para que serve uma corda. Viro costas ao circo glaciar de Gredos e dirijo-me para a civilização. É no conforto do café da aldeia que comemoramos. Porque a vida é harmonia, e por vezes quando temos os momentos mais difíceis, também temos os momentos mais felizes. Podemos viver as duas coisas, é uma espécie de forma de arte, é o equilíbrio perfeito entre as duas coisas. Elizabeth Hawley diz-nos que “O alpinismo não deveria dividir-se em masculino e feminino. Subir montanhas significa ascender e regressar são e salvo, independentemente de se ser mulher ou homem. Isso é irrelevante.” ø Maria Luísa Tomé
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Grande Reportagem A Mulher e a Montanha
Islândia
Saídas de Montanha Papa-Léguas 2012 9 de Fevereiro - Espanha – Aneto (Pirinéus) 18 de Fevereiro - Marrocos - Monte Toubkal com Hélder Santos
3 de Julho; 2 de Agosto e 2 de Setembro Turquia - Monte Ararat
14 e 28 de Julho - Itália - Gran Paradiso - (NOVO) 18 de Julho e 15 de Agosto - Russia – Monte Elbrus
1 de Setembro - Irão - Monte Damanvand (em breve disponível) NOVO
29 de Setembro -Nepal - Island Peak e Kalapatar Saídas mensais - Tanzânia - Monte Kilimanjaro
pela Rota Machame
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Em Família Actividade PASSEIO AVENTURA
Passeio cheio de emoção e divertimento, com a possibilidade de passear pelos vales verdejantes das Termas do Vimeiro, sobre as arribas das Praias de St Rita e Porto Novo, onde podem descobrir como foi o desembarque das tropas Anglo Saxónicas durante as invasões francesas de 1808 e sem perder a oportunidade de escalar e fazer rapel sob o olhar do Oceano Atlântico e da Ilha das Berlengas. O passeio ideal para ser realizado em família ou com amigos!
aventura em família no vimeiro
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Janeiro_Fevereiro 2012 OUTDOOR
V
imeiro é conhecido pela sua água, pelas suas termas e pela famosa Batalha do Vimeiro, no entanto é ainda muito mais, pois é sinónimo de praia, golf, boa gastronomia e agora também passeios aventuras onde todas estas componentes podem ser experimentadas, de forma simples, controlada e de modo a garantir meio dia muito bem passado na companhia da família. A zona do Vimeiro é um local excepcional para um dia ou fim de semana longe da azáfama do dia a dia, pois as suas gentes, locais e paisagens, bem como os restaurantes e alojamentos de excelente qualidade e preço, são um motivo para passar aqui um momento único em família. Normalmente o passeio aventura tem partida junto às Termas do Vimeiro, na mais conhecida Fonte do Frades, que está situada entre a povoação da Maceira e a Praia do Porto Novo, e é um balneário integrado na estância termal do Vimeiro, numa envolvente paisagística rodeada de magníficos jardins, no vale do rio Alcabrichel.
Fotos: JExperience Sports
O passeio inicia pelo vale do rio Alcabrichel, com possibilidade de admirar a bela fauna e flora local e por caminhos de fácil acesso, numa fase inicial de subida ligeira para se ir podendo assistir ao desembocar do rio Alcabrichel no oceano Atlântico, numa perspectiva que permite imaginar os navios aliados a desembarcar as suas tropas, quando estavam a preparar a batalha do Vimeiro. Depois deste impacto paisagístico inicial, o participante tem o primeiro momento de maior adrenalina, com a subida em escalada duma parede rochosa natural, que irá permitir ter acesso a uma colina que dará uma visão global dos campos de golfe envolventes à foz do rio Alcabrichel e à baia de Porto Novo. Segue-se um passeio pela zona de planalto da colina onde o vislumbre da praia de Santa Rita, praia de extenso areal e onde se aconselha a fazer uma pequena paragem, para se admirar o areal, o oceano e toda a sua grandiosidade e no caso de fazer a actividade durante a tarde, aconselha-se levar um lanche e fazer um piquenique ao pôr do sol, que é uma experiência única e inesquecível. Com as energias repostas, a aventura prossegue, o passeio pedestre leva os participantes
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Em Família Actividade
Onde o mar se mistura com o rio e a praia se confunde com a paisagem natural do campo.
Em Família
Aventura e história num cenário deslumbrante.
Passeio ideal para famílias e grupos de amigos.
Passear,
Escalar,
fazer
RapPel, atirar uma flecha e conhecer uma zona magnifica, numa só manhã!
Em Família Actividade
até ao topo sul da colina, onde a paisagem será mais campestre, com uma visão alargada sobre os terrenos agricolas adjacentes e também sobre as ruínas do antigo convento de Penafirme… Preparem-se a adrenalina vai subir e emoção vai estar ao rubro, pois os participantes vão agora fazer uma descida em Rappel… colocar as seguranças e uiiiiiiii…. Aí vamos nós, até ao nível da praia, se lá em cima o nervosismo condicionava e fazia-nos encolher com o receio, depois da descida a sensação é… vamos repetir, vamos,vamos… mas agora é tempo de continuar o passeio, vamos colocar os pés na areia e os mais corajosos molhar os pés na água fresca do oceano Atlântico e o passeio está quase a terminar, foram cerca de três horas que passaram num instante. É um passeio que vale a pena experienciar, pois as alternâncias de paisagens não deixam a vista descansar. Existe sempre algo diferente para observar e depois a forma como as paisagens são vistas de diferentes ângulos, níveis e perspectivas, fazem ter uma noção do modo único como esta zona do Vimeiro é realmente um cantinho especial nesta zona Oeste. ø
ficha técnica Dificuldade do Percurso: Média / Baixa Duração: Cerca de 3 horas Distância: 5 km Tipo de percurso: Circular Actividades: Passeio guiado, com Escalada, Rapel e Tiro C/ Arco.
Promotor: Experience Sport
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Em FamĂlia
BTL - FEIRA INTERNACIONAL RevistaObistiundicim eos aut ipsapitias as doloribus verum erit ipsapici blatur, odita quaero berum eumquiam, nit, soluptur sequis cus, ideliquibus ped ute volorer itatia nonsedit e
DE TURISMO
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Evento BTL 2012 Fotos: Santos Almeida
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ntes de fazer uma viagem é importante recolher o máximo de informação sobre o destino que se deseja visitar. O palco ideal para o fazer é a BTL Feira Internacional de Turismo.
A BTL – Feira Internacional de Turismo vai celebrar entre os dias 29 de Fevereiro e 4 de Março de 2012 a sua 24ª edição e tem tido um crescimento assinalável. Na edição de 2011 apresentou um crescimento de 12% no número de profissionais estrangeiros e de 9% nos profissionais portugueses creditados face ao ano transacto. De destacar ainda a presença de 43 destinos internacionais, muitos deles presentes pela primeira vez na BTL. Por ser a feira nacional de excelência do sector turístico, a BTL perfila-se como a escolha ideal tanto para expositores como para visitantes.
A BTL – Feira Internacional de Turismo vai celebrar, entre os dias 29 de Fevereiro e 4 de Março a sua 24ª edição. O salão de turismo de excelência em Portugal vai ter como país convidado o Brasil e como destino nacional convidado o Alentejo.
Enquanto plataforma agregadora do sector turístico, a BTL também se assume como um palco aberto ao debate e discussão entre os diver-
sos agentes do mercado. Sendo a língua portuguesa a sexta mais falada do Mundo, com mais de duzentos milhões de falantes nativos (sobretudo no Brasil e África), a BTL orgulha-se de ser a maior mostra mundial de destino turístico a falar Português e serve de mostra para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Os visitantes poderão encontrar na BTL a melhor oferta para as suas férias num espaço que também será de grande animação e promoção turística. clube btl O Clube BTL destina-se a todos os profissionais do sector turístico, nacionais ou estrangeiros, expositores ou visitantes. Usufrua de um “espaço” privilegiado para os seus negócios e de uma oportunidade única para compartilhar experiências, potencializar novas ferramentas de trabalho, abrir a actividade a novos mercados e obter novos clientes. Com o registo no Clube BTL poderá ainda agendar reuniões com expositores nacionais e internacionais, beneficiar de descontos de transporte, alojamento, alimentação, entre outros. Vantagens de pertencer ao Clube BTL - Entrada gratuita na Feira - Descontos na deslocação (em Hotéis na cidade de Lisboa, Passagens áreas via TAP, Restaurantes, etc.) - Software pioneiro na Europa para agendamento de reuniões - Lounge BTL OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2012
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Em Família - Business Center - Apoio ao visitante Consulte o Clube BTL
Todas as empresas podem estar presentes na BTL Com o objectivo de estar acessível a todas as empresas do sector turístico, e como forma de abrir as portas a empresas que não costumam estar presentes neste tipo de certames, a BTL – Feira de Turismo Internacional criou um programa “chave na mão”. Por pouco mais de 700 euros poderá marcar (...) presença na BTL.
a BTL – Feira de Turismo Internacional criou um programa “chave na mão”. Por pouco mais de 700 euros poderá marcar presença na BTL.
são.
Estes pequenos expositores serão inseridos numa área de stands de pequena dimensão, que se pretende que seja dinâmica e, acima de tudo, rentável para as empresas.
A BTL é a feira de turismo de excelência em Portugal e todos os operadores são bem-vindos, independentemente da sua dimen-
Números BTL 2011
+ 74.000 visitantes + 990 expositores 27% novas empresas + 43 destinos internacionais + 38.000 visitantes internacionais + 2.800 visitantes profissionais estrangeiros Miguel Júdice, CEO&Globetrotter-Lágrimas Hotels & Emotions:
horários Profissional 29 Fev 10h00 01 Mar 10h00 02 Mar 10h00 03 Mar 12h00 04 Mar 12h00 -
20h00 20h00 23h00 23h00 20h00
Público 02 Mar 18h00 - 23h00 03 Mar 12h00 - 23h00 04 Mar 12h00 - 20h00 Bilhetes Público – 5€ Profissionais – 10€ Estudante;Jovem;Sénior – 2,50€
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“A BTL voltou a comprovar em 2011 a sua importância para o sector, afirmando-se mais uma vez como um evento incontornável para o sucesso do Turismo em Portugal. Destaco este ano a introdução do Clube BTL, que veio oferecer aos expositores um serviço de elevado interesse.” De referir também que na edição de 2011 a BTL foi visitada por cerca de 40 000 pessoas num fim-de-semana. A 24ª edição da BTL – Feira Internacional de Turismo, que vai contar com o Brasil enquanto país convidado, poderá ser a sua primeira viagem do ano. Aproveite e visite! ø
www.btl.fil.pt
Aventura
A porta de entrada dos jovens no mar... Vistar a Nauticampo faz parte do historial de qualquer amante da náutica, caravanismo e outdoor. No ano em que vai celebrar a sua 44ª edição, entre os dias 8 e 12 de Fevereiro, a Nauticampo assume-se como a porta de entrada dos jovens no mar. Para esse efeito, dia 4 de Fevereiro, o sábado anterior à realização da Feira, vai haver lugar à Regata Nauticampo 2012.
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á vai longe o mês de Fevereiro de 1967. Tão longe que poderá custar a acreditar que haja um salão náutico que tenha sido realizado todos os anos até ao presente. É o caso da Nauticampo. O salão de eleição dos nautas e auto-caravanistas portugueses é o mais antigo salão de lazer em Portugal e está entre os dez mais antigos da Europa, marco que só foi possível alcançar com 22
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grande dinâmica e respostas à altura das conjunturas difíceis por que a Nauticampo passou ao longo destes 44 anos. Para 2012 a Nauticampo pretende ser uma lufada de ar fresco no actual ambiente de retracção e a porta de entrada dos jovens no mar. No dia 4 de Fevereiro, sábado anterior à realização da Nauticampo, vai haver lugar à Rega-
Avemtura Nauticampo 2012 Fotos: Santos Almeida
ceito: Ar Livre e Família; Lisboa ta Nauticampo, que vai juntar na Boat Show e Aventura / Extrefrente ribeirinha do Parque das me. Nações velejadores das clasA procura deste ses Optimist, Laser e Hobie tipo de infra-estruturas Cat. A regata é organizada Ar Livre e Família por parte das famílias é em parceria com a AssoDentro da área do Ar Liciação Naval de Lisboa cada vez mais evidente, não vre e família, é variada e a entrega dos prémios a oferta da Nauticampo: só pela prática do desporto vai decorrer no dia 11 de caravanas, auto-caravamas também pelo gosto em Fevereiro na Nauticamnas, tendas, caravanas aproveitar os momentos de po. residenciais, casas de madeira, parques de camlazer ao ar livre, sendo Também os visitantes da pismo, turismo natureza, Portugal um país de Nauticampo vão poder expiscinas, mobiliário e equieleição para o fazer. perimentar velejar nos barpamento para jardins, Institucos instalados numa piscina tos, Associações e Federações e que estará no interior da feira. Imprensa. Para os amantes do remo, a Nauticampo está a preparar em colaboração com a Associação Naval de Lisboa e com a Federação Portuguesa de Remo (FPR) uma demonstração da modalidade no plano de água do Oceanário dia 8 de Fevereiro, o dia de abertura do certame. Dentro das instalações da feira, os visitantes vão poder experimentar remar indoor através dos vários ergómetros que a FDR terá ao dispor para os interessados. A Nauticampo 2012 divide-se em três áreas con-
Em Portugal existem de Norte a Sul, passando pelas ilhas, cerca de 221 parques de campismo com uma extensão de perto de 11.201.085m2. A procura deste tipo de infra-estruturas por parte das famílias é cada vez mais evidente, não só pela prática do desporto mas também pelo gosto em aproveitar os momentos de lazer ao ar livre, sendo Portugal um país de eleição para o fazer. A Nauticampo, ao longo de toda a sua história, tem sido um palco privilegiado para as famílias procurarem o melhor material para aproveitar OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2012
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Aventura as condições climatéricas de Portugal, que sejam auto-caravanas, piscinas, tendas ou qualquer outro produto de outdoor. Lisboa Boat Show É cada vez mais comum associar-se Portugal ao mar. “Portugal e o mar” tem sido assunto de diversas conferências e outras iniciativas no sentido de dar continuidade à ligação histórica entre o nosso país e o mar, que tantos motivos de orgulho nos trouxe e que é, ainda hoje, de extrema importância para a nossa economia. A náutica de recreio, nas suas variadas vertentes, constitui uma actividade dinâmica que contribui de forma significativa para o desenvolvimento das regiões banhadas tanto por mar como por rio ou mesmo barragens. Na realidade os locais fluviais são cada vez mais uma opção para a prática da náutica de recreio ao longo de todo o ano. A Nauticampo tem sabido adaptar-se às diferentes realidades vividas ao longo dos seus 44 anos de história
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e continua a ser o principal marco anual do sector náutico. Seja para comprar ou, simplesmente para sonhar, a feira continua a ser um espaço de família de enorme afluência: nos cinco dias da Nauticampo de 2011, foram perto de 50.000 as pessoas a visitar o certame. Aventura / Extreme A prática de desportos de aventura ao ar livre é cada vez mais comum em Portugal. A intensidade e adrenalina com que são praticados constituem um estímulo à adesão por parte dos mais jovens, que passam rapidamente de entusiastas a praticantes.
Sendo hoje objecto da procura directa por parte dos portugueses, as actividades de ar livre conotadas com o “espírito aventura”, encontram-se em franco desenvolvimento, quer na oferta inscrita nos programas da animação turística para todo o terA Nauticampo ritório nacional, quer através da oferta promovida por parques tem sabido adaptartemáticos e campos de férias, -se às diferentes realidaa que se lhes junta igualmendes vividas ao longo dos te a aposta das Regiões.
seus 44 anos de história e continua a ser o principal marco anual do sector náutico.
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Avemtura Nauticampo 2012
O surf e o kitesurf por via do mar, o skate e o parkour na vertente urbana e o rafting e canyoning como componente hard, que migra do desporto natureza são algumas das principais actividades em destaque na Nauticampo. Na próxima edição, o BTT terá também um grande destaque na Nauticampo, com diversas actividades para os praticantes e a presença de marcas de relevo de bicicletas numa área de grande destaque. A Nauticampo encara o futuro com o devido optimismo e com a responsabilidade de ser um certame histórico no panorama nacional e a grande referência enquanto salão de náutica, autocaravanismo e actividades de ar livre. Os cerca de 50.000 visitantes de 2011 demonstram que a Nauticampo continua a figurar na agenda das famílias e para 2012 espera-se uma afluência ainda maior. E porque é na infância e juventude que desenvolvemos as nossas paixões, a renovada Nauticampo será a porta de entrada de muitos jovens na náutica. ø
Consulte www.nauticampo.fil.pt
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Aventura Viagem
Trekking
Foto: Teresa Reis
travessia na Lapónia com trenós de cães
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Ao longo do trekking estamos ligados aos pulks, pois por vezes são os huskies que nos ajudam, outras vezes somos nós quem ajudamos os cães, sobretudo quando subirmos e em terrenos mais irregulares. Esta dinâmica de entreajuda num contexto natural belíssimo faz desta viagem uma experiência única para toda a vida. Se tem espírito de aventura e de cooperação. Venha pois estamos à sua espera. No final haverá uma sauna quente de lenha à sua espera e um dia para explorar Helsínquia.
Fotos: Luís Baía
Ao longo dos dias de trekking, só veremos natureza e terra selvagem, pois estaremos completamente isolados no mundo natural da Lapónia que é uma imensidão de florestas cobertas de neve! Percorremos paisagens de grande beleza com os nossos sapatos de neve e carregando so-
mente uma mochila de dia, pois seremos acompanhados por amigáveis cães de raça Huskie que arrastarão trenós com o nosso equipamento, chamados de pulks.
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Aventura Travessia Lapónia
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famoso "Bear trail" ou trilho dos ursos situa-se no Parque Nacional de Oulanka, na Láponia finlandesa. Este parque nacional tem um papel de destaque na colecção natural da Finlândia, devido à enorme biodiversidade de espécies e à beleza das suas paisagens. Iremos caminhar ao longo das margens do Rio Oulankajoki, através das suas altas escarpas de formações rochosas e de vales profundos.
Aventura Programa 04Mar: Voo cidade de origem – Kuusamo 05Mar: Caminhada de 12 Km no Trilho do Urso 06Mar: Encontro e treino com os cães husky 07Mar: Trekking Puikkosuo - Oulanka 7Km 08Mar: Trekking Kiutaköngäs - Ansakämppä 17 Km 09Mar: Trekking Rio Oulanka - Lago gelado de
Tipos de Alojamento - 4 noites em cabanas com electricidade, água corrente e sauna - 3 noites em refúgios sem electricidade, água corrente ou sauna Clima do País Frio, muito frio. Durante o trekking as temperaturas facilmente ultrapassam os 10 graus negativos; caso esteja mais calor os cães não andam...
Jussinkämppä 8Km
equipamento
Botas de trekking quentes e impermeáveis
Saco-cama com alta resistência ao frio;
Foto: Luís Baía
10Mar: Último dia da travessia 10 Km 11Mar: Voo Kuusamo- Helsínquia - Cidade de origem
Colchonete; Calças interiores térmicas e camisa interior térmica;
Meias de lã;
Calças quentes;
Forro polar 100 e 200;
Luvas e gorro de lã;
Impermeável (casaco e calças);
Óculos de Sol
Navalha multiusos;
Lanterna frontal e pilhas.
Máquina fotográfica e respectivo material acessório; Cantil. Beba sempre muita água, não espere por ficar sequioso para o fazer. Tenha sempre presente que necessita de estar bem hidratado, e que desta maneira terá uma melhor recuperação da fadiga muscular. Sacos de plástico.
Bolsa de higiene: incluir toalhetes de limpeza, creme de protecção solar e protector labial. O saco com o seu equipamento a ser transportado nas pulkas não deve ultrapassar os 8 Kg por pessoa.
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Foto: Teresa Reis
Aventura Travessia Lapónia Testemunho: Maria Teresa Robalo Pires dos Reis A viagem á Lapónia em trenó de cães foi uma viagem inesquecível. Ideal para quem gosta de aventura, actividade física, trabalhar em equipa e de animais. Durante os dias de caminhada os cães eram os nossos guias no meio de uma paisagem deslumbrante coberta de neve, em que muitas vezes andamos em cima de rios e lagos totalmente congelados abrindo trilhos com as nossas botas de neve. O céu à noite era deslumbrante em estrelas, nunca vi tantas estrelas. Apreendemos a tirar agua de lagos e rios totalmente congelados assim como a preparar lenha para aquecer a cabine onde íamos passar a noite.O trabalho em equipa foi excelente. Os cães à noite eram os nossos guardiões e de manhã os nossos despertadores. Um minuto de atraso e já estávamos a ser chamados pelos cães. Nesta viagem nota-se um grande respeito pelos outros, quer nas casas de banho de madeira espalhadas por toda a floresta, assim como encontrar e deixar lenha pronta nas cabines e as cabines arrumadas e estimadas. ø
Foto: Luís Baía
Foto: Teresa Reis
“Um minuto de atraso e já estávamos a ser chamados pelos cães. “
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Próxima Partida: 04-03-2012 www.papa-leguas.com OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2012
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
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Junho_Julho 2011 OUTDOOR