Revista Outdoor 8

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Diretrizes EDITORIAL

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GRANDE REPORTAGEM Aventura Extrema em Português por Aurélio Faria

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EM FAMÍLIA EVENTO — Porto City Race

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ATIVIDADE — Rota da Água

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VIAGEM — Propostas Fim de Ano

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aventura PROJETO — Iceland Luso Expedition

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DESAFIO — Monte Branco por Luísa Tomé

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nº8 Novembro_Dezembro

2012

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entrevista Diogo Miguel — Orientação

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POR TERRA ATIVIDADE — Orientação

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DESAFIO — Brasil Ride 2012

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POR ÁGUA CRÓNICA — Lost na Fronteira

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AVENTURA — 10 Perguntas a Miguel Lacerda

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FOTOGRAFIA PORTFOLIO DO MÊS — Jorge Brás

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FOTO-REPORTAGEM — Madeira

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SOS Fogo à chuva

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DESCOBRIR LIVRO AVENTURA — Homem Solas de Vento

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região do gerês

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CORPORATE — Team-Building

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projeto — De Cabo a Cabo

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onde estivemos — Madeira

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Descubra a aventura de dois aventureiros portugueses que em diferentes palcos de aventura, marcaram a história com os seus feitos. Do submarino á vila de escalada grau 6, esta reportagem de Aurélio Faria vai surpreender.

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kids CAMPOS FÉRIAS NATAL

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ATIVIDADES OUTDOOR

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DESPORTO ADAPTADO SARA DUARTE — Uma Cavaleira por paixão!

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ESPAÇO APECATE Carta aberta aos operadores marítimo turísticos

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equipamento

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equipa-te para a neve

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vouchers

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a fechar

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A aventura é uma constante na vida de Miguel Lacerda. O mergulhador português, aceitou conversar com a Outdoor sobre algumas das suas experiências e nós contamos-lhe tudo!

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Venha descobrir oito pequenas rotas para explorar a pé num dos locais mais belos de Portugal, a Serra do Gerês. Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é permitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.


Onde eficiência e cOntrOlO se juntam.

OCCAM Advanced Dynamics é a tecnologia com que criámos a bicicleta de trail mais eficiente do mercado. Uma máquina que te fará subir mais ágil do que nunca e te dará o máximo controlo para fazeres faísca em qualquer descida. Nova Orbea Occam, onde eficiência e controlo se juntam.

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Editorial Ficha técnica

chegou o número 8!

A

pesar do frio já se fazer sentir e as manhãs estarem geladas nós continuamos cheios de vontade de partir à descoberta de novos desafios e aventuras… na sua companhia!

www.portalaventuras.clix.pt Edição nº8

De número para número, a certeza de que somos realmente um país de aventureiros e exploradores, aumenta. É fascinante o que conseguimos fazer… e somos realmente incríveis nos feitos que conseguimos atingir. Começamos a edição de novembro com desafios inusitados... Já ouviu falar de aventura extrema? Temos duas para vos apresentar nos palcos do Mediterrâneo e Gredos. Continuando com grandes projetos de portugueses, não podem perder o relato de quem participou no Brasil Raide, a breve entrevista a Miguel Lacerda a propósito da sua aventura gelada na Antártida e o resumo por etapas do projeto Iceland Luso Expedition! O desporto em destaque é a Orientação e na entrevista ficamos a conhecer Diogo Miguel, uma referência na modalidade com apenas 23 anos. Na fotografia mais um nome português: Jorge Brás. Traz-nos um conjunto de imagens fantásticas de atividades outdoor. Em território nacional, convidamo-lo a explorar a região do Gerês e contamos-lhe como foi a nossa experiência na Madeira… não perca a foto reportagem sobre a Madeira World Games, um evento fantástico para os amantes de desporto, aventura e natureza.

WPG – Web Portals Lda NPC: 509630472 Capital Social: 10.000,00 Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: info@revistaoutdoor.pt Registo ERC n.º 126085 Editor e Diretor Nuno Neves | nuno.neves@portalaventuras.pt Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | isa.helena@portalaventuras.pt Sofia Carvalho | sofia.carvalho@portalaventuras.pt BEBIANA CRUZ | bebiana.cruz@portalaventuras.pt Revisão Cláudia Caetano

Descubra nas nossas páginas as melhores sugestões de atividades para miúdos e graúdos, um especial team building, a entrevista à atleta paraolímpica Sara Duarte, sugestões de equipamentos para o Natal e técnicas de sobrevivência.

Colaboraram neste número: ana barbosa, Aurélio Faria, diogo miguel, fernando costa, filomena gomes, joaquim margarido, jorge brás, luísa tomé, mateus brandão, miguel lacerda, paulo quintans, pedro alves, ricardo mendes, sara duarte, sérgio brota, susana muchacho.

Boas leituras e continue a acompanhar todas as novidades do mundo outdoor no Portal Aventuras.

som bebiana cruz

Até janeiro e Feliz Natal :)

Design Editorial Inês Rosado

Nuno Neves

Fotografia de capa jorge brás Desenvolvimento Ângelo Santos

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Foto: António Coelho e Raúl Lora

Grande Reportagem

GREDOS E MEDITERRÂNEO,

Foto: DRAZEN GORICKI

PALCOS DE AVENTURA EXTREMA!

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ARMANDO NO U-455...

Foto: DRAZEN GORICKI

Reportagem

A 120 metros de profundidade, os olhos esbugalhados do peixe de-São-Pedro, talvez surpreendido pela inesperada presença humana, fizeram Armando Ribeiro esboçar um sorriso sob a máscara, e pensar como valera já a pena ter apostado na descida ao U-455. « Fui o primeiro português a mergulhar neste submarino-mistério, desaparecido no Mediterrâneo em finais da Segunda Guerra Mundial, e até há 6 anos um dos destroços de guerra nazis mais procurados do mundo.» recorda um dos mais ativos mergulhadores nacionais de expedição da atualidade e que integra a elite mundial do mergulho técnico com rebreathers. Para ser o primeiro português a visitar o submarino, Armando integrou uma expedição multinacional com partida da costa da Ligúria, em Itália. É, aliás, ao largo de Portofino, um dos locais de férias mais exclusivos da Europa que se encontra o submarino desaparecido a 6 de abril de 1944 com 51 homens a bordo, e só localizado por um mergulhador italiano, em 2005. «Está em bom estado, a torre tem ainda todos os aparelhos: o periscópio de ataque e o periscópio de observação aérea ao lado dos canhões..», mas não é um mergulho fácil, explica Armando «...a visibilidade, as correntes e as redes e fios de nylon presos que envolvem parte do submarino, sobretudo na parte mais funda em que a visibilidade é mais reduzida tornam a aproximação extremamente perigosa. Para Um colega nosso ficou preso na rede, tivemos de desembaser o primeiro raçá-lo com as facas. Àquela português a visitar profundidade, a tarefa não o submarino, Armando foi nada fácil...»

integrou uma expedição

Foto: DRAZEN GORICKI

Para ultrapassar a cota dos multinacional com par100 metros e alcançar protida da costa da Lifundidades atingidas por poucos mergulhadores, Argúria, em Itália. mando utiliza um rebreather, e realiza um tipo de mergulho técnico com equipamento de circuito fechado. Por oposição ao mergulho com garrafas de ar, e tal como num ventilador ou num avião, reaproveita o gás respirado «Respiremos devagar ou depressa, o volume de consumo é sempre constante, podemos fazer um mergulho de 10 horas. Traz grandes vantagens para mergulhos mais profundos e mais longos; e tem ainda outra vantagem: faz otimização de gases que respiramos, permite-nos fazer patamares de descompressão mais curtos e eficientes porque estamos a respirar mistura mais apropriada para as profundidades a que estamos.»

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Grande Reportagem Na ida ao U-455, Armando voltou a repetir os procedimentos de anteriores expedições ao reino do silêncio e da escuridão. O regresso à superfície vindo dos 100 metros de profundidade demorou mais de 2 horas. O gráfico do mergulho, registado no computador, mostra uma descida rápida, e pouco mais de 15 minutos no fundo, para uma subida muita lenta que permitiu a descompressão adequada.

O mergulho a norte do Círculo Polar Ártico ainda hoje traz vívidas recordações aos 2 portugueses. Em Portugal, ficaram conhecidos pela descoberta do cargueiro grego Agios Nikolaos ao largo de Peniche, e pela localização recente do avião suíço que se despenhou há 34 anos, na costa sul da Madeira. Do Mediterrâneo, e do mergulho mais recente, Armando recorda a primeira visão do U-455, um dos 2 submarinos atualmente fundados na vertical nos mares do planeta, e que se terá afundado depois de embater numa mina: «O vulto do destroço, com os flaps ainda intactos..., parecia uma baleia adormecida no fundo...»

Fotos: DRAZEN GORICKI

Habitualmente, Armando mergulha com José Marques, com quem formou a equipa In-silence, para explorar naufrágios profundos na costa portuguesa e participar em expedições internacionais de mergulho. Entre as experiências contadas no site da dupla, e em reportagens anteriores, está a exploração do mítico paquete italiano Andrea Doria, naufragado no Atlântico Norte, nos anos 60... Ou a descida aos 115 metros de profundidade, aos destroços do Viminale, torpedeado no estreito de Messina, na Segunda Guerra Mundial... De outros naufrágios do mesmo período histórico, ambos arriscaram tudo o que sabiam num mergulho às águas frias da Noruega (5 graus) e aos destroços da bata-

lha de Narvik, uma das maiores batalhas navais do século XX. «Além da profundidade, recordo a escuridão. A visibilidade máxima é de 10 a 15 metros, há sempre suspensão, e a água é leitosa e nunca totalmente clara, parece que anda sempre uma poeira no ar, é como se estivéssemos no nevoeiro...»

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TOZÉ, VIA MAMMUT 150...

Na Península Ibérica, e infelizmente Portugal ficou fora da iniciativa que animou as cordilheiras e serras do planeta, incluindo Himalaias e Andes, o líder foi Raul Lora, escalador de renome e que coordena atualmente a Escola Alpina de Gredos. «O Raul é meu amigo e companheiro de outras escaladas... Logo que a Mammut aprovou o projeto, reunimos a equipa e iniciámos a escalada.» No parque natural de Gredos, conhecido de muitos montanhistas e escaladores portugueses, a escolha da equipa espanhola onde se integrou Tozé, foi o Torréon. Sem ser o cume alto dos Galayos que atinge 2100m, o prisma gigante de granito permite efetuar uma série de passagens técnicas e passos difíceis que são

Fotos: António Coelho e Raúl Lora

Para quem vive fora do mundo da escalada ibérica, passaram praticamente despercebidas as ascensões realizadas no último fim de semana de junho. Muitos menos terão ainda conhecimento que o feito tornou também António Coelho,- Tozé para os amigos-, o único português a participar num projeto inédito da Mamut. Na iniciativa destinada a celebrar 150 anos de existência, a marca suíça outdoor lançou o Peak Project, e selecionou 150 projetos de 150 equipas em todo o mundo, unidas em mostrar o melhor que há na aventura "ao alto".

Reportagem

Do Torréon dos Galayos, ex-líbris da escalada em rocha da Serra de Gredos e da Península Ibérica, a vista, sempre panorâmica, parece desta vez ainda mais espetacular para Tozé. O escalador português acaba de abrir com os amigos espanhóis uma nova via de grau 6, - na escala alpina, significa ascensão extremamente severa e com passagens difíceis.

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Grande Reportagem sempre um desafio para qualquer escalador. «Primeiro, abrimos uma via Além da numa zona pouco frequentada do nova via, Tozé Torréon que se chama de Cerro Peluca, e batizamo-la natue os companheiros ralmente de 150º Aniversário espanhóis escolheram a Mammut» É com modéstia Via Lucas ao Torréon «É que Tozé descreve a abertura da nova via. a que tem melhor visibi-

lidade desde o cume

Além da nova via, Tozé e os sobre os outros escompanheiros espanhóis escolheram a Via Lucas ao Torréon «É caladores» a que tem melhor visibilidade desde o cume sobre os outros escaladores» resume o escalador de Barcelos que, no projeto Mammut, enriqueceu o currículo longo de montanhista que incluiu a participação nas primeiras expedições portuguesas a cumes de 7 mil metros nos Himalaias – Pumori (2003) e Ama Dablam (2004) e a tentativa de ascensão de um pico de 8000m, o Kangchenjunga (2005)... Em Gredos, no reino da rocha onde muito há por explorar, e se sente como "peixe na água", o português tem já outro projeto inédito com os amigos espanhóis. «Saberão na altura certa...» ø Aurélio Faria, Jornalista

peakproject.mammut.ch/en/peaks3/tour/95890 www.in-silence.com

Fotos: António Coelho e Raúl Lora

sicnoticias.sapo.pt/incoming/2012/11/01/portugues-mergulha-em-submarino-misterio-desaparecido-em-1944-no-mediterraneo

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Reportagem OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Em FamĂ­lia

porto city race 12

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Família Porto City Race

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segunda edição do Porto City Race é um evento de Orientação pedestre urbano, organizado pelo Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos em parceria com a Câmara Municipal do Porto, através da Porto Lazer. O evento faz parte do Circuito Nacional urbano da Federação Portuguesa de Orientação (CiNU) e é aberto a pessoas de qualquer idade, podendo participar individualmente, ou em grupo.

Mesmo que nunca tenha visto um mapa ou uma bússola tem possibilidade de se juntar à festa porque a organização fará acompanhamento e ensino com monitores. Traga a família e venha conhecer os locais mais emblemáticos do Porto e aprenda Orientação. Os participantes do evento terão a possibilidade de competir no dia anterior no Justlog Park Race no Monte da Srª da Assunção nos arredores do Porto.

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Em Família programa 11 de Maio de 2013: Justlog Park Race - Monte da Srª da Assunção. 12 de Maio de 2013: Porto City Race - Centro Histórico do Porto (Património Mundial). Domingo, 12 de Maio 2013:- Porto City Race 08h30 - Abertura do secretariado no local da prova (A confirmar) 10h00 - Partida dos primeiros atletas 13h00 - Encerramento Mais informações em: www.gd4caminhos.com/portocityrace2013/

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Orientação, o desporto da família! Pelas suas características a Orientação tem a possibilidade de ser realizada em família. No início são os pais que ensinam os filhos a desmistificar o slogan de que a floresta é o “território do lobo mau”, depois ter um mapa e um percurso, são momentos de partilha, de busca, de superação, de transmissão de conhecimentos e de preparação para a vida. O facto de existirem percursos adaptados a todas as idades e níveis técnicos permite que no mesmo espaço todos possam executar o seu percurso mesmo que não seja em conjunto. Na próxima edição do Porto City Race a organização vai criar um percurso turístico vocacionado para a família em que os pontos de controlo serão monumentos e em que a entrada nos mesmos seja facilitada. Assim, além de cumprirem um percurso de Orientação poderão também conhecer melhor a cidade e a sua história. ø Fernando Costa


OUTDOOR Setembro_Outubro 2011

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Em Família  Atividade

A ROTA DA ÁGUA POR LISBOA... 16

Janeiro_Fevereiro 2012 OUTDOOR


O programa começa com uma visita guiada ao Palácio Marquês da Fronteira ás 10h. O passeio pedestre terá início por volta das 11h30m. Não percam este passeio de grande interesse natural, histórico-cultural e fotográfico. ø

Quem já olhou e passou por debaixo do aqueduto das Águas Livres em Lisboa e pensou…quem me dera poder subir e saber todos os seus recantos, histórias e lendas! Neste passeio vai ter acesso a um percurso de 8 km com direito a perguntas e respostas sobre este monumento que nos envolve com a sua grandiosidade e beleza. Porque é cedo que começa o dia, a hora de encontro é pelas 9h30 no estacionamento em frente ao Palácio Marquês e Fronteira, no largo São Domingos de Benfica em Lisboa. O palácio foi construído em 1640, para o primeiro Marquês de Fronteira, D. João de Mascarenhas, herói da Guerra da Restauração. Este bonito Palácio situa-se à beira do Parque Florestal de Monsanto, no Largo de São Domingos de Benfica. O Palácio foi ampliado no século XVIII, em estilo «rocaille», e continua a ser atualmente residência dos 12º Marquês de Fronteira, sendo contudo possível visitar algumas das salas, a biblioteca e o jardim. O interior é igualmente rico, destacando-se a Sala das Batalhas, que contem belos painéis e azulejos com cenas da Guerra da Restauração, três grandes janelas que se abrem sobre o Jardim de Vénus, e a Sala da Jantar, adornada com frescos de retratos da nobreza portuguesa. A Capela, de finais do século XVI, conta no seu interior com um presépio cuja autoria é atribuída a Machado de Castro. As visitas aos sumptuosos Jardins “à italiana” começam no terraço da capela, com destaque para o Jardim de Vénus e o Jardim Formal do século XVII, onde pontifica a Galeria dos Reis. Para completar o passeio, iremos conhecer a Rota da Água… A Rota da Água tem 8 km e atravessa uma série de espaços recreativos e de lazer, entre eles o Parque Recreativo do Alto da Serafina, o Espaço Monsanto, Parque da Pedra, Parque do Calhau e Mata S. Domingos de Benfica. O traçado do Aqueduto das Águas Livres acompanha uma parte da rota.

ficha técnica Local de encontro: No estacionamento em frente ao Palácio Marquês e Fronteira. Hora de encontro: 9h30m Hora de início do programa: 10h Percurso: Circular. Distância: 8 km. Grau de dificuldade: Fácil Hora prevista do final do programa: 14h30m (inclui paragem para descanso e comer). Ponto de encontro: Morada: Largo de S. Domingos de Benfica, 1 - 1500554 Lisboa GPS: N 38º 44' 25,03'' ,W 9º 10' 49,6'' Em alternativa o local de encontro pode ser no Lumiar em frente ao supermercado Europa às 9h. GPS: 38.773763,-9.160421 Ou em Sete Rios às 9h15m em frente ao ZOO. Há possibilidade de boleia para quem necessitar. Quem tiver boleia para oferecer agradeço que me avise e indique local de partida. Preço do programa: 10 € A atividade está coberta por seguro.

Recomendações: - Uso de calçado confortável e com boa aderência aos solos, próprio para caminhadas; - Uso de vestuário adequado ao tempo; - Alimentação: trazer farnel e água; - Trazer chapéu e protetor solar; - Não se afastar do grupo; - Deixar o lixo nos locais apropriados; - Respeitar a vida selvagem e não perturbar a tranquilidade local; - Respeitar a propriedade privada e os campos cultivados.

Um programa: Caminhos com Carisma lda. Contactos E-mail: caminhoscomcarisma@gmail.com Telefone: 914 907 446 / 967 055 233

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Em Família Atividade

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omo proposta para um passeio em família e adequado desde os mais novos até aos mais graúdos, sugerimos uma visita guiada ao Palácio Marquês da Fronteira e o passeio pedestre "Rota da Água" no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa.


Em Família  Viagem

Fotos: Papa-Léguas

viagens especial fim de ano

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Trekking no deserto

Tipo: Expedição no Deserto Grau de dificuldade: Moderado, 10/12km diários, aproximadamente 4 horas de caminhada Características: 8 dias, 7 noites 6 dias de expedição Público-alvo: Adequado a crianças > 8 anos (transporte em dromedário) Próximas datas: 26 de dezembro de 2012 a 2 janeiro de 2013 Programa previsto Dia 1: Viagem para Marrakech e transfer para riad no centro. Noite em Riad Dia 2: Viagem de Marrakech para Zagora em viatura exclusiva para o grupo Dia 3: Dunas Bougayoirn -> Dunas Tridi Dia 4: Tridi -> erg (duna) Essahel Dia 5: Erg Essahel -> Dunas de Lanithie Dia 6: Dunas de Lanithie -> Ouled Driss Dia 7: Dunas de Lanithie -> Ouled Driss Dia 8: Marrakech e regresso

Tipo de percurso: Natureza/Trekking. Grau de dificuldade: Médio/Alto Características: 8 dias, 7 noites Próximas datas: 26 de dezembro de 2012 a 2 janeiro de 2013 Marrocos é um país lindíssimo que por estar tão perto e ser tão exótico merece uma visita. Nesta viagem propomos mais que uma visita, sugerimos uma aventura de vários dias a pé a acompanhar uma caravana de camelos. Irá atravessar planaltos e desertos, descansar à sombra de oásis e dormir sobre as estrelas, beber chá na companhia de Berberes e ouvir as suas histórias. Percorreremos caminhos antigos de caravanserais que acompanham rios e dunas. Para no fim saborearmos um merecido descanso na magia do deserto. Aproveite este fim de ano para comemorar em boa companhia e num cenário exótico e inesquecível a entrada do novo ano e para conhecer ou regressar a este maravilhoso país.

Equipamento obrigatório: Mochila pequena, cantil (ou similar) Saco de viagem (máx. 60Lt e 10kg) para transportar no dromedário Saco cama Frontal ou lanterna Óculos escuros, chapéu e protetor solar Roupas confortáveis para caminhada Impermeável Agasalho noturno; Básicos de higiene (incluir toalha pequena e ligeira e produtos biodegradáveis, papel higiénico e saco, chinelos) 1ºs socorros pessoais que devem incluir anti mosquito e anti diarreico. Para as Senhoras – calças compridas para atravessar algumas aldeias.

Programa previsto Dia 1: Voo cidade de origem - Marrakech Dia 2: Marrakech - Zagora Dia 3: Beni Ali - Oásis de Foum Taqquat Dia 4: Oásis de Foum Taggat – Dunas de Nesrate – Ksar Ait Isfoul Dia 5: Oásis e dunas de Nesrate – Zaouiat Sidi Saleh – Duna de Tidiri Dia 6: Dunas de Tidiri – Oásis e dunas de Ragabi – Dunas Erg Lihoudi Dia 7: Viagem para Marrakech Dia 8: Voo Marrakech - cidade de origem Preço: 580€ (Preço Terra) | Desde 350€ (Preço voo) + Suplemento ind. Marrakech: 50 €

Número mínimo: 6 pessoas (preço sob consulta para grupos de número inferior) Preço: Desde 799€ | + 50€* (suplemento single em Marrakech) Mais informações aqui Um Programa: Caminhos da Natureza ø

Foto: Papa-Léguas

Equipamento Recomendado: Máquina Fotográfica, Sticks de Caminhada, Calçado confortável e desportivo (uso recomendado);

Mais informações aqui Um Programa: Papa-Léguas ø OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Em Família Viagens Fim Ano

Deserto Dunas e Oásis


Aventura

iceland luso expedition Pedalar por um sonho às portas do Círculo Polar Ártico Para os sonhos serem realizados, é preciso alguém que acredite. A nossa viagem à Islândia foi alimentada pela vontade de ajudar 2 crianças a concretizar 2 sonhos em conjunto com a Instituição Terra dos Sonhos porque Um Sorriso Vale Tudo. Durante 3 semanas pedalámos no nosso mundo de Sonhos, e a cada pedalada recebemos sorrisos em troca.

DIA 1 - 28ago12 Keflavik- Selfoss – 112 km Nós movemo-nos como este vento que corre livremente por este país gelado. Tão a sul quanto é possível nesta latitude, percorremos a estrada da costa expostos a um inquietante e impressionante vento, que nos derrubou por diversas vezes. Ele não deixa saudades, apenas ficam marcas e recordações. Por momentos, sentimo-nos transportados para o outro extremo do mundo na Patagónia onde os 8 meses que separam estas 2 aventuras, não chegam para tirar do corpo o desconforto que nos provocou. Por todo o lado, nota-se a natureza intocada com pouca vegetação, os tons escuros dos solos vulcânicos e muitas rochas de lava cobertas de musgo. O momento do dia foi junto da Blue Lagoonl, um dos pontos mais turísticos da Islândia. 20

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Aventura Iceland Luso Expedition OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Aventura Para muita gente, viajar significa ir ao encontro daquilo que procuram. Nós que viajamos com a bicicleta e em autonomia, sabemos que o destino está traçado mas é incerto.

DIA 2 - 29ago12 Selfoss-Selfoss Atrás das montanhas em busca do Circulo de Ouro 95 km. Hoje o dia foi programado para viajarmos sem bagagem. Era uma volta circular que nos levava para lá das montanhas até à fenda onde a Islândia se equilibra. No parque nacional de Thingvellir vivemos alguns dos mais conhecidos fenómenos naturais desta ilha. Aqui é o local onde se separam as placas tectónicas americana e euroasiática, criando uma fenda que se afasta 2cm por ano. DIA 3 - 30ago12 Selfoss-Laugarvatn-Geysir-Gullfoss-Fludir-Árnes 140 km Percebemos agora porque chamam círculo de Ouro ao Geysir e à cascata Gullfoss. O turismo mais valioso chega em inúmeros autocarros e viaturas 4X4 equipadas com rodas “extra size”. Não é preciso chegar a este local para sentir os cheiros que os vapores emanam do subsolo. Em povoações com pouco mais de 4 casas, é possível ver-se a terra em plena atividade diante dos nossos olhos e sentir-mo-nos convidados a ocupar todo o espaço aquecido. Laugarvatn, Fludir ou Árnes, todas estão num território mágico onde o tamanho não conta e os limites que existem são impostos pela nossa imaginação. Estas aldeias não brilham mas valem ouro. Ainda estamos a 20 quilómetros do destino mas já passaram mais de 10h desde que saímos. É tarde e não vamos ter tempo para recuperar e enfrentar 4 dias de total isolamento por uma estrada de montanha que atravessa 2 glaciares. A ementa para tantos dias corre velozmente na minha mente. Compramos tudo o que julgamos vir a precisar, mas antes percorro corredores, vasculho prateleiras, tenho hesitações… Calamos o medo e pegamos na bicicleta. DIA 4 - 01 set12 Árnes – Highland center 70km Damos hoje a primeira pedalada de aproximadamente 300 quilómetros em direção ao centro da Terra, as highlands. Para muita gente, viajar significa ir ao encontro daquilo que procuram. Nós que viajamos com a bicicleta e em autonomia, sabemos que o destino está traçado mas é incerto. O encontro com o inesperado é muitas vezes algo que acontece com frequência. Foi uma noite mal dormida devido à ansiedade e ao risco do que nos propunhamos fazer. Sabemos que a cada quilómetro que andamos, começa uma nova aventura.

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Aventura Iceland Luso Expedition Não podíamos esperar mais. Saímos do Youth hostel debaixo de chuva, tendo como esperança alguma falha nas previsões meteorógicas para as horas seguintes. Insípidos e molhados desde cedo, buscamos abrigo no highland center. DIA 4 - 02set12 Highland center – Nyidalur hut 110km Toda a ilha é uma zona livre de stress. Quando percorremos a fantasmagórica Sprengisadur route (F26), percebemos que estamos livres de tudo, até do nosso juízo. A nossa ambição quando tracámos esta rota era atravessármos o país de sul para norte e passarmos entre os glaciares Holsjokul e Vatnajokull. A natureza pode ser simultaneamente dura, delicada e cruel como foi ontem, mas foi generosa connosco hoje ao permitir-nos ver a paisagem de cascalho solto, nua, sempre do mesmo tom castanho escuro. O silêncio ganhou espaço até ao momento em que conseguimos chegar ao abrigo de montanha (hut).

DIA 5 - 03set12 - Nyidalur hut – rest day Nem pensar em cruzar a preciosa porta do abrigo. Lá fora está tudo muito branco e diferente daquilo a que estamos habituados, e por isso mantivemo-nos no hut de Nyidalur (na base do vulcão Tungnfell) durante 2 noites, por segurança. O fogão está sempre aceso e tem uma enorme panela com água pronta a aquecer quem chegue. Para que possamos variar do esparguete e noodles (já não há muito), vamos tentar fazer pão. O resultado da nossa experiência a juntar ingredientes com nomes impronunciáveis, em que íamos provando para perceber o que era, deu num cruzamento entre o pão e o rissol. O duo de motards que dividiam o hut connosco repetiram. Significa que inventámos mais um pastel, falta só dar um nome… O Ranger do Parque Nacional acaba de chegar ao hut e veio confirmar que somos mesmo malucos por estarmos nas highlands nesta época. Além disso, avisou que vai haver tempestade para esta noite e amanhã.

DIA 6 - 04set12 - Nyidalur hut- rest day Lá fora estão 0ºC e as bicicletas encostadas, imóveis, sujeitas a mais um teste de resistência. O nosso passatempo é assar batatas, ver quem passa e a forma como transpõem o rio. A nossa vez de partir vai chegar, ainda não sabemos é quando. Para já, passa a 3ª noite… DIA 7 - 05set12 - Nyidalur hut – Laugar 129km O som do vento acorda-nos muito cedo e era semelhante ao do dia anterior. Se a direção se mantivesse de norte, significava mais um dia perdido. Inquieto, dirijo-me até à janela para observar o único ponto de referência no exterior, uma bandeira chicoteada pelo vento vindo de sul. Estava dado o sinal de partida para mais do que uma maratona nas highlands. Ao longo do caminho, a neve mantinha-se por vastas áreas, e o vento empurrava-nos ao mesmo tempo que nos congelava as extremidades e queimava a pele. Foi uma benção a ajuda do Ranger para transpormos 2 rios em

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Aventura

segurança sem nunca nos molharmos. A água que nós e os islandeses bebem vem de rios como estes, sem qualquer tipo de tratamento. DIA 8 - 06set12 Laugar – Lago Myvatn- Laugar 85 km Foi tanta a privação nos dias anteriores, que hoje sonhámos com o pequeno almoço que teríamos pela manhã antes de nos deslocarmos para o Lago Myvatn. Este lago imenso e a área envolvente são um dos grandes tesouros europeus. Durante a nossa volta circular, toda a paisagem é surreal. Lava, fumo a sair da terra, crateras, água e montanhas vulcânicas.

mentos de contemplação parados. Em dias assim, eu sou a ponta da flecha que abre uma fissura no vento e permite que a Filomena possa andar na roda. Acabar é uma vitória, mas não existe glória quando se chega ao fim. Akureyri é a capital do norte e a 2ª cidade maior do país com 18000 habitantes, civilização situada num fiorde rodeado de cumes nevados, uma escolha acertada para ficar um dia a descansar.

Há muitos dias que transportamos os fatos de banho na pequena mochila que vai às costas, na esperança de um banho quente em qualquer charco inesperado. Hoje tivemos o nosso primeiro hot pot. Eles são um must nesta região (é como estar num jacuzzi no meio da rua com um cenário deslumbrante).

DIA 10 - 09set12 Akureyri- Varmahlío 95 km Mesmo a pedalar sobre a Route 1, os grandes horizontes continuam a fazer parte desta viagem. Andamos pelos vales e seguimos os cursos dos rios alimentados pelas águas que escorrem incessantemente das arribas que nos flanqueiam. Podia afirmar que estou eufórico diante das infinitas possibilidades que tenho pela frente, mas não estou. Novo aviso de tempestade acompanhada de ventos fortes (23 m/s), não convida a grandes aventuras.

DIA 9 - 07set12 Laugar – Akureyri 67km Isto de pedalar com vento não tem graça nenhuma, especialmente porque não se consegue ter mo-

Por hoje não precisamos de nos preocupar, estamos bem abrigados numa quinta na aldeia de Varmahlíð, com 130 pessoas.

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DIA 12- 1set12 Varmahlío – Saeberg (hostel) 15km Esta aventura já foi longe demais. Temos metade da quilometragem que planeámos, centenas de peripécias e riscos incalculados e só nos apetece chegar à capital. Lá fora, tudo continua branco e a abanar, no entanto existe a necessidade de arrancar. Estamos confiantes nas previsões para o dia de hoje, mesmo quando aquilo que vemos não inspira confiança. Começa a nevar, começa a montanha…Vários carros estão soterrados nas bermas, os flocos voam, magoam as faces e a subida ainda vai no início. Metro a metro vamos quebrando o gelo. Quem passa, tira fotografias e fica incrédulo. Nós também. Não sabemos como equilibrar as 2 rodas perante esta manifestação da natureza. As equipas de emergência patrulham a área e nós fazemos “like” sem nos apercebermos que as descidas se tornariam autênticos escorregas. Pedimos ajuda e somos resgatados até ao nosso destino. Está um sol maravilhoso e as vistas são lindas. A vida é tão bela: porque será que ando de bicicleta em sítios tão difíceis? Pronto!!! Depois de 1h dentro do hot pot, percebemos porque não ficamos em casa. Casa é onde está o nosso coração. DIA 13 - 12 e 13 set12 Saeberg – Borgarnes – Reykjavik 226kms Estamos a oeste, mas o nosso sentido é cada vez seguir para mais perto do nosso ponto inicial. O isolamento e a ausência da mão humana continuam a ser uma das grandes referências deste país. Os horizontes até Borgarnes perdem a cor e parecem-se com tantos outros que já vimos noutros lugares. Reykjavik não está isolada, não está no topo de uma

montanha e nem sequer há nada de extremo nesta cidade. DIA 14 - 14 set12 Reykjavik – Rest day A capital não nos cativa, é exageradamente cara e parece viver só de noite. DIA 15 - 15 set12 Reykjavik – Keflavik 49km Felizmente que as imagens que estamos a ver e que são iguais ao primeiro dia, representam apenas uma pequena amostra deste país. Não há árvores, não há rios, não há vales, apenas uma rugosa paisagem lunar, fruto da forte atividade vulcânica nesta península. Até ao aeroporto, já não contamos observar nada daquilo que enche as brochuras e panfletos que se podem encontrar e consultar, espalhados por qualquer parte desta linda ilha. Resta-nos pedalar. EPÍLOGO: Não são os números que fazem uma viagem de SONHO. Os quilómetros ambicionados, os desníveis previstos, os dias programados, ficaram aquém do planeado. Mas as expectativas planeadas foram largamente ultrapassadas, pois tivemos experiências únicas, em cenários de Sonho, com amizades imprevistas. Nesta ilha, todos os sentidos experimentaram a natureza em estado puro. A esta latitude tudo se torna imprevísivel, os 6 dias que ficámos retidos e os 1400 quilómetros percorridos, hoje parecem pouco vistos à distância num lugar seguro. AGRADECIMENTO: Aos nossos apoiantes – Terra dos Sonhos, Cofides Competição; Movefree Bike performance Center; D-Maker; Ortik; Bike Magazine; Bivaque, Extramedia, Portal Aventuras. Um agradecimento muito especial à missão da Força Aérea Portuguesa – Iceland Air Policing, que nos recebeu e transportou as nossas bagagens no regresso a Portugal. Bem hajam! ø Ricardo Mendes e Filomena Gomes

mais pormenores e fotos icelandlusoexpedition.yolasite.com/galeria.php www.facebook.com/IcelandLusoExpedition

OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Aventura Iceland Luso Expedition

DIA 11 -10set12 Varmahlío – Rest day Parece que o inverno veio todo num só dia e pintou tudo de branco. O supermercado está a 300 metros mas é como se fosse uma miragem. Temos mais um dia de paragem forçada. O nevão ganha cada vez mais terreno à medida que as horas avançam. A estrada está interdita à maioria dos veículos e por precaução as pessoas são aconselhadas a procurar alojamento. Em pouco tempo, a senhora Inda, de 81 anos, que há poucas horas parecia ter uma vida pacata a cochilar no seu sofá, mostrou-nos como é uma verdadeira mulher do norte. Enquanto nos convidava para um lanche com bolos caseiros, mostrava orgulhosamente os álbuns de família; recebia os turistas que iam chegando e quando a lotação esgotou, pegou no seu jeep e conduzia estrada fora para os ir alojar.


Aventura  Luísa Tomé

monte branco


Aventura Momte Branco OUTDOOR Setembro_Outubro 2012

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Aventura - Tsiiii, tsiiii – o meu olhar desviou-se do horizonte que observava, tentando encontrar por perto de onde vinha o som daquele assobio. - São as marmotas! Estão a avisar as outras que nós estamos por perto, é assim que comunicam, principalmente se sentem algum perigo - o Hélder ria do meu ar confuso. Ia jurar que o assobio vinha de um ser humano! Foi a primeira vez que avistei este simpático mamífero. Imagino esta marmota no meio dos peluches do quarto das minhas filhas. São sem dúvida um animal simpático, estes excelentes escavadores que vivem em altitudes desde os 900m aos 3200m. Nove meses do ano passam-no a hibernar. Estamos em pleno verão nos Alpes e as marmotas estão em grande atividade armazenando energias para o inverno. Conseguimos avistar os outros elementos da colónia, “de pé”, alerta. Foi um bom motivo para uma merecida pausa, tirar a mochila, hidratar, comer uma barra energética.

700m, que os separa do Col de Balme. - Estamos a aclimatar e também a treinar, nem pensar em usar meios mecânicos. – Helder sorria a dizer esta frase. Foi quanto bastou para perceber que a manhã ia ser longa. Depois de vencermos grande parte do desnível chegamos a um local de onde se pode avistar a cordilheira do monte Branco, la Verte, os Drus, as Aiguilles de Chamonix e o Monte Branco com os seus 4810m! Mas que local magnífico para aclimatar, pensei. Para subir em altitude, temos que permitir ao nosso organismo que se habitue gradualmente à falta de oxigénio a que vai ser exposto. Para isso vamos fazendo caminhadas, subindo gradualmente, para que ao fim de alguns dias já estejamos mais aptos a entrar numa zona em que a pressão atmosférica é menor e o oxigénio do ar mais rarefeito.

Ao chegar à moreia do glaciar do Tour resta-nos uns 200 m para o nosso objetivo. A 30 de agosto de 1930, o rei Alberto I da Bélgica inaugurou o Já havíamos percorrido grande parte do trilho primeiro refúgio que tem o seu nome. Em 1935, que nos levaria ao Refúgio Albert I. É aqui que o refúgio foi ampliado, no entanto não foi sufipernoitaremos para iniciar a nossa aclimatação. ciente e o atual, precariamente empoleirado Saímos da pequena vila de Le Tour, de num penhasco a uma altitude de 2706, onde partem os teleféricos usados no inaugurado a 12 de julho de 1959, Estainverno para aceder às pistas de foi construído perto do primeiro esqui. No verão continuam em edifício. Não posso deixar de mos em pleno atividade facilitando o percurso me impressionar ao avistá-lo verão nos Alpes e aos trekkers que não queiram e quando chego sento-me na as marmotas estão palmilhar o desnível de cerca de varanda feliz por poder apre-

em grande atividade armazenando energias para o inverno.

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Aventura Momte Branco ciar vistas tão magníficas e… por poder tirar as botas! Não tinha botas de alta montanha, mas um amigo comprou umas plásticas em segunda mão em Chamonix e sorte das sortes, eram o meu número. Fiz este trekking com elas para me habituar, resultou. Mas os meus pés suplicavam por ar fresco. Só conseguimos dar o devido valor ao momento de descanso, conversa, contemplação numa varanda dum refúgio se já tivermos percorrido umas boas horas por trilhos de montanha. Saboreei ao máximo este tempinho, sabia que a tarde era guardada para treino no glaciar, como andar em cordada e escalada no gelo. É sempre bom relembrar as bases, um acidente pode acontecer quando descuramos as regras mais simples e esta tarde foi fundamental para isso. Um sol magnífico, vistas deslumbrantes, ambiente descontraído. Não deixar a corda a tocar o chão, nunca a pisar, nem a ter demasiado em tensão. Esta sintonia entre elementos de cordada trabalha-se, e só com o treino a conseguimos obter. Amanhã vamos sair ao nascer do dia em direção à Aiguille du Tour. Esta formação com 3540m é muito popular entre as pessoas que tentam a ascensão ao Monte Branco. É relativamente fácil a sua subida pela face leste. A meteorologia na manhã da nossa subida estava perfeita. Adoro toda a logística de preparação de saída do refúgio. O acordar ainda de noite, os ruídos leves e abafados dos mais madrugadores na camarata, o som dos passos ainda lentos no chão de madeira. Tento concentrar-me para não me escapar nada, ter todo o material colocado e sentir-me confortável. Saio do refúgio e o ar

fresco da montanha acorda os meus sentidos. Começamos a subir o glaciar, frontais ligados, músculos a aquecer. A inclinação é moderada e rapidamente chegamos ao colo superior do Tour que marca a fronteira da França com a Suíça. – Trouxeram o passaporte? Vamos passar no posto fronteiriço! – pergunta o Hélder a sorrir. Atravessamos agora o glaciar de Trient, o sol aquece-nos e as vistas são surpreendentes. Ao chegar à base da aguille do Tour, fazemos o nosso merecido descanso, comer, beber água, apreciar a beleza que nos circunda. Vem agora a parte divertida para quem gosta de escalar em rocha. Iniciamos calmamente a nossa subida, vamos ouvindo algumas orientações, progredindo e fazendo manobras para passar nas zonas mais expostas, até chegarmos ao topo. Emociono-me com a beleza à minha volta. O meu pensamento liga-se a alguém muito querido que há bem pouco tempo deixou a vida terrena, sinto a sua proximidade. Um abraço forte da minha amiga de escalada traz-me novamente à terra. E ali à nossa frente, majestoso, quase como que a chamar-nos, o Monte Branco. Foi nesse mesmo dia que regressamos a Chamonix. Uma longa descida animada pela conversa descontraída sobre os Alpes. - Há sempre tanto que contar desta cordilheira, travessias espetaculares que se podem fazer. – ouvia atenta as histórias que me contavam, era a minha primeira vez nos Alpes e já estava cativada! Cativada até pela própria cidade de Chamonix! É um local onde se respira ar livre. Da varanda do nosso apartamento, para onde quer que olhe vejo OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Aventura atividades outdoor. Ouço os risos alegres dum grupo que desce o rio fazendo rafting, observo o céu colorido pelos parapentes, as pessoas passam na rua equipadas com roupa de montanha. Cheguei a Chamonix há dois dias de comboio. Quando deambulava pelas suas ruelas, choquei com uma curiosa estátua onde um homem aponta a outro o cume do Monte Branco. - É Jacques Balmat que está a apontar para o cume, ele foi o primeiro homem a subir esta montanha, a 8 de agosto de 1786 acompanhado do médico Michel Paccard. Saíram de Chamonix, acamparam no cume da Montagne de la cote a 2630m, às 4 da manhã partiram e chegaram ao cume por volta das 6h da tarde. Balmat nasceu neste vale, era um caçador de cristais, tinha uma vontade de ferro e um instinto para as montanhas. Paccard, era médico em Chamonix e um excelente alpinista, adorava botânica e minerais. Também lhe erigiram aqui uma estátua. Foi ele que conheceu Horace-Bénédict de Saussure , que iniciou a corrida do primeiro Foi em 1760 homem a subir ao Monte que veio aqui Branco. – disse-me João.

pela primeira vez e ofereceu uma recompensa a quem escalasse o Monte Branco. Ele tentou fazê-lo sem sucesso.

- E esse Saussure também era alpinista? – perguntei curiosa.

- O seu interesse pela botânica trouxe-o até aos Alpes e percorreu grande parte desta cordilheira, começando a trabalhar no sentido de esclarecer a topografia da parte nevada dos Alpes, nessa época praticamente desconhecida. Foi em 1760 que veio aqui pela primeira vez e ofereceu uma recompensa a quem escalasse o Monte Branco. Ele tentou fazê-lo sem sucesso. - Então nunca chegou a subir. - Sim, conseguiu, mas só em 1787, já tinha 47 anos e levou 18 guias com ele. Relembro as palavras que li do fotógrafo de montanha C. Douglas Milner, “A subida em si foi magnífica, uma incrível façanha de coragem, grande resistência, realizada por estes dois homens apenas, sem corda e sem piolets, muito sobrecarregados com equipamentos científicos e com longos bastões com pontas de ferro. O bom tempo e uma lua luminosa garantiram o seu regresso com vida.” O dia seguinte foi passado a descansar, visitar o Museu da Montanha e espreitar a meteoro-

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Aventura Momte Branco

- Estás nos Alpes? Não vão poder subir amanhã, aproxima-se uma tempestade. Mas tenho boas notícias, Um dos pontos altens uma janela de bom tos é ir à roulotte tempo no dia seguinte dos waffles deleitarmo-nos com este se quiserem aprodelicioso doce! No fiveitar. nal do dia ainda pude-

mos assistir a um espetáculo de música e dança celta na praça central. O ambiente é descontraído, a praça está cheia de gente e a música faz sempre bem à alma. João recebe um telefonema. - Estás nos Alpes? Não vão poder subir amanhã, aproxima-se uma tempestade. Mas tenho boas notícias, tens uma janela de bom tempo no dia seguinte se quiserem aproveitar. - Disse Vítor Baía sempre bem informado sobre os fenómenos meteorológicos. O dia em que vai haver “uma aberta” para subir é o mesmo dia em que temos voo para Lisboa

desde Genebra. Ficamos um pouco a pensar no que decidir e claro, temos que arriscar. Na montanha é assim, tem que haver flexibilidade, estamos dependentes das condições climatéricas e aproveitar quando nos é proporcionado bom tempo. A rota que vamos seguir não é a mais utilizada, é chamada rota dos três cumes. Esta rota é mais exigente física e tecnicamente do que a rota do Goûter. No entanto, com fácil acesso a partir do teleférico da Aiguille du Midi, este percurso tornou-se a segunda rota mais popular para escalar o Monte Branco. O percurso inicia-se na Aiguille du Midi, seguindo pelo Col du Midi antes de subir o Monte Branco através do Mont-Blanc du Tacul (4248m) e Maudit Mont (4465m). Esta rota requer condições estáveis na neve do Mont Blanc du Tacul e Mont Maudit e tem uma elevação acumulada de 1425m. O refúgio Cosmiques estava lotado, a nossa úniOUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Aventura

No entanto, o mau tempo previsto estava certo, e a visibilidade não era mais de 20m à nossa frente. Estava desanimadíssima.

estação do teleférico da Aiguille du Midi. Este teleférico foi construído em 1955 e manteve o título de ser o mais alto do mundo durante duas décadas. Ele ainda detém o recorde como o teleférico com a ascensão vertical mais alta no mundo, de 1.035 m para 3.842 m. Há duas seções: de Chamonix para o Plano de l'Aiguille a 2317 m, e, depois diretamente, sem qualquer pilar de apoio, para a estação superior a 3777 m. Apanhamos o último teleférico do dia, cerca de 20 minutos depois estávamos no terraço a tentar admirar as lindíssimas vistas que se tem deste local. No entanto, o mau tempo previsto estava certo, e a visibilidade não era mais de 20 m à nossa frente. Estava desanimadíssima. - Como é possível daqui a poucas horas termos bom tempo para subir? – Perguntei incrédula. - Estamos na montanha Luísa, a meteorologia muda rapidamente. Temos que aguardar. – Afirmou João calmo e confiante. 32

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Fomos procurar um local onde pudéssemos descansar até à meia-noite, hora marcada para a nossa partida. O percurso é longo, com bastante desnível e na realidade o voo para Lisboa é amanhã! Quando acordei, o som dos ventos fortes que se faziam ouvir misteriosamente desapareceram. Depois de comer e fazer a confirmação do equipamento dirigimo-nos para a aresta que nos levará ao Vallé Blanche. Foi com extrema curiosidade que me dirigi à saída. Como estará o tempo? A calma e tranquilidade que senti ao sair para o exterior foi-me trazida pela maravilhosa paisagem que tinha à minha frente. Afinal, depois da tempestade vem a bonança, e a visão deste vale imaculado sob um céu estrelado, sem ninguém, sem pegadas, sem luzes de frontais, foi brutal. Ao começar a descer a aresta conseguimos ver o refúgio Cosmiques ainda adormecido. Fomos mesmo os primeiros a sair, o que representa um privilégio por um lado e


Quando chegamos à “parede” do Mont Blanc du Tacul já temos algumas pessoas à espera para subir. O sol ainda não subiu para nos aquecer, esperamos junto às cordas a nossa vez, os pés começam a dar sinal de frio. Iniciamos a subida, os piolets e os crampons cravam-se certeiros no gelo, a corda ajuda na subida. Começo a ficar cansada e a hesitar, paro por uns momentos, sinto a boca seca, o coração a bater forte, olho para cima, já não falta muito. - Piolet numa mão, corda na outra, sobe Luísa! – a voz do Hélder trouxe-me lucidez. A energia que me faltava regressou. Concentro-me e continuo a subida, pedaços de gelo passam por nós arrancados aquela parede cheia de gente, desejosa de ultrapassar possivelmente o obstáculo mais duro desta rota. O trilho continua pelo belíssimo Mont-Maudit, apesar do seu nome. O sol já vai alto, começa a aquecer, há que começar a tirar camadas. Não podemos desidratar. Col de la Brenva, um chá quente e uma bolacha. Apetece ficar já aqui, as vistas são surpreendentes. Mas não é este o nosso objetivo, vamos continuar a subir.

Ainda foi longa a nossa caminhada, sempre a encontrar forças e energia onde quer que elas estivessem escondidas. Parávamos de vez em quando à espera da outra cordada de amigos, e por fim, cerca das 10h da manhã atingimos o cume. Tento tirar fotos mas a máquina fotográfica não ajudou, fiquei sem bateria. Não faltam máquinas para o fazer e depois de um breve descanso temos que iniciar a descida pela mesma rota. É uma descida que acaba por ter algumas subidas, sendo por isso mais demorada. Mas a alegria de ter cumprido o objetivo, o dia tão calmo e luminoso, a companhia dos amigos, supera qualquer tipo de cansaço. Tive um sentimento de saudade ao chegar novamente ao Vallé Blanche e olhar para trás, para o trilho percorrido, olhar aquele vale agora à luz do dia, atravessado por tantas pegadas. Olho de relance para a última subida que nos falta fazer, a aresta que nos levará ao teleférico na Aguille du Midi. Faço esta subida confiante, como se tivesse deixado para trás todo o esforço e cansaço extremo desta maravilhosa aventura! Com grande pena não pude comemorar em Chamonix nessa noite, mas comemorei com imensa alegria ao reencontrar-me com a minha família, orgulhosa de mim; afinal, estive no mesmo dia no cume do Monte Branco de manhã e à noite na minha cama, quente e confortável, em Lisboa. ø Luísa Tomé

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OUTDOOR Julho_Agosto 2011

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Aventura

um esforço acrescido por outro. Relembro a travessia do glaciar do Tacul a “fazer trilho”, o som dos campons na neve ecoava num ritmo próprio, pousava a minha bota no local exato onde o João tinha feito a pegada, como que num jogo em que quando falhava acrescia o esforço que teria que fazer. O som de passos intensifica-se, temos mais madrugadores connosco. Deixamo-los passar, já vimos a fazer trilho há bastante tempo, é a vez de outros agora.


Entrevista  Diogo Miguel - (Oti-Estarreja)

“O DESPORTO EM PORTUGAL É UM ESPELHO DA SOCIEDADE”


Entrevista Diogo Miguel OUTDOOR Setembro_Outubro 2012

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Entrevista Chama-se Diogo Miguel e é, aos 23 anos, uma das referências da Orientação Pedestre nacional. Campeão Europeu de Jovens em 2007 e Campeão Nacional de Distância Longa em 2009 e 2011, Diogo Miguel reparte o tempo entre a modalidade do seu coração e as exigências do curso de Medicina que abraçou há seis anos. E foi precisamente por aí que a nossa conversa começou, uma conversa onde passado, presente e futuro se misturam e confundem numa teia de opções, direções, desafios e decisões. Na Orientação como na Vida! Por Joaquim Margarido Outdoor: Como é possível alguém compatibilizar a preparação enquanto atleta de Orientação de Elite, com as exigências dum 6º ano do Curso de Medicina? Diogo Miguel: O segredo reside, sobretudo, na motivação. Toda a gente consegue tirar um curso e fazer desporto e, inclusivamente, se gostar, consegue treinar todos os dias. Mas se estiver motivado o suficiente, consegue levantar-se cedo para correr às seis da manhã, estar na Faculdade às oito e meia, sair às quatro da tarde e ir treinar outra vez, estudar até às dez da noite e dormir, porque amanhã é outro dia. É preciso estar-se motivado para abraçar esta vida durante o ano inteiro.

de Sprint, em Eger, na Hungria. Que memórias guarda dessa jornada, há cinco anos atrás? Guardo sobretudo as memórias e os amigos. Na altura pensámos que a visibilidade que este resultado poderia dar à Orientação catapultasse a modalidade e possibilitasse a obtenção de mais apoios, mas isso não se veio a verificar, pelo menos na medida daquilo que seria de esperar. Esteve este ano nos Mundiais de Lausanne, conseguindo o 33º lugar na Final A de Distância Longa. Que valor atribui a este seu resultado? Atribuo-lhe um valor elevado, até porque foi a primeira vez em dez anos que um português foi a uma final A de Distância Longa. Cheguei ao fim com a certeza de ter feito o meu melhor e, se não tivesse quebrado fisicamente, teria feito melhor ainda. Ou seja, com outras condições de treino teria facilmente ficado entre os vinte e cinco primeiros. Mas falta bastante cultura desportiva à sociedade portuguesa em geral e, se disser a alguém que não está familiarizado com a Orientação que terminei em 33º num Campeonato do Mundo, essa pessoa irá pensar “esquece, és mau, não prestas!” Mas quem sabe como estas coisas funcionam, sabe os sacrifícios que temos que fazer. Sabe acima de tudo as condições que temos e consegue olhar para o resultado como sendo bastante meritório. Temos em Portugal o apoio que

devíamos ou que merecíamos? Sabe acima Há quanto tempo é que as Não! É bastante revoltante olhar de tudo as concoisas são levadas assim? para outros desportos, como é dições que temos e Quando comecei a fazer Orieno caso do Futebol e termos um tação, não tinha grandes preo- consegue olhar para o Presidente que termina o mancupações com o treino. Durante dato à frente da Federação e que resultado como senos anos de faculdade já treinava se sente orgulhoso por ter deixado bastante meribastante a sério, mas foi há dois do um balanço positivo nas contas tório. ou três anos, quando comecei a de muitos milhões de euros. Mas ser treinado pelo Professor Bruno Nazário, que aumentei a carga de treino para o bi-diário. A partir daí, passei a ter o meu tempo totalmente ocupado. São os estágios do Curso, o tempo de deslocação para Hospitais da periferia, uma tese para defender... Este ano será bastante mais exigente que os anteriores, se calhar não vou poder fazer treino bi-diário todos os dias como gostaria, mas ainda assim vou procurar treinar duma forma o mais séria possível e, se não puder fazê-lo na quantidade desejável, pelo menos na qualidade espero consegui-lo. Em 2007 conquistou a primeira grande medalha da Orientação portuguesa ao sagrar-se Campeão da Europa de Jovens 36

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são estes, precisamente, que ainda assim continuam a receber milhões e milhões do Instituto Português do Desporto e Juventude, enquanto outras modalidades lutam pela sobrevivência. Acho que somos, claramente, sub-apoiados. O desporto em Portugal é um espelho da Sociedade. Há os muito ricos e há os muito pobres. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres são cada vez mais pobres. É a mesma coisa com o desporto. Quando olha para os nossos jovens, que potencialidades vê neles para conseguirem chegar aos lugares cimeiros da Orientação Europeia e Mundial? Temos alguns jovens com bastante valor, prin-


Entrevista Diogo Miguel

cipalmente o Luís Silva. Trata-se dum atleta que tem um futuro brutal e acho que vai ser sem sombra de dúvidas o melhor atleta português dentro de muito pouco tempo. Olhando de forma mais aprofundada para estes atletas, é uma realidade que eles têm hoje melhores condições em relação àquilo que nós tínhamos na altura. Basta ver que os atletas já se deslocam com alguma frequência ao terreno antes das grandes competições, coisa que não havia até há muito pouco tempo atrás. E depois há os estágios de Seleção. Mas deve reconhecer-se que lhes falta o treino fora da competição. Acho que falta algum espírito de sacrifício no treino em casa, que é o mais importante. O Clube de Orientação de Estarreja é, desde sempre, o seu clube. Que significado tem para si este emblema e esta camisola que enverga? Comecei na Orientação aos 8 anos e a minha primeira experiência foi no Desporto Escolar, na minha terra, Canelas, uma pequena aldeia do Concelho de Estarreja. A essa primeira prova seguiu-se uma “Quinzena da Orientação”, no verão, e nunca mais parei. Há quinze anos que estou ligado a este clube e ele faz parte de mim. Poderia dividir a minha vida em dois, por um lado a parte profissional, da Faculdade, e por outro a Orientação. Por estranho que possa parecer, a parte desportiva não se encontra num plano inferior relativamente à parte profissional. Ambas as partes se complementam uma à outra. Portanto, a minha ligação a este clube é muito grande, são muitos anos, são muitas pessoas e ajudou-me a crescer. Aos miúdos que agora dão os primeiros passos, que conselhos daria? O conselho não o daria aos miúdos, se calhar dava-o antes aos pais. Tanto a escola como o desporto andam muito ligados. Se temos disciplina num, acabamos por ter disciplina no outro. Não é por acaso, se olharmos para os atletas de topo a nível nacional, todos eles são excelentes estudantes e têm um futuro profissional bastante promissor. Tudo parte de quem educa. Eu tenho a sorte de ter uns pais que sempre me educaram bem e que sempre me deram o apoio necessário para conseguir fazer as duas coisas. E deixaria ainda um conselho mais aos pais, o de virem fazer uma prova de Orientação com os seus filhos. Uma das grandes vantagens da Orientação é ser, para além do “desporto da floresta”, o “desporto da família”.

OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Entrevista Considera que esta época correu de acordo com as suas expectativas? Na verdade, digamos que a época está quase à beira de começar. Depois do Campeonato do Mundo, tirei mais tempo do que era habitual para descansar e tenho estado a fazer praticamente só manutenção. A época teve alguns percalços, comecei a treinar na República Checa e, apesar de ter feito muito treino com mapa, devido às questões climatéricas e às poucas horas de luz acabei por ter uma carga de treino aquém do desejável. Depois de regressar a Portugal estava a treinar bem mas tive um percalço e lesionei-me num pé, o que me obrigou a uma paragem de um mês. Isso fez-me perder muito da minha boa forma e acredito que, se não fosse isso, po-

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Novembro_Dezembro 2012 2011 OUTDOOR OUTDOOR

deria ter chegado muito melhor ao Campeonato do Mundo e aí o resultado poderia ter sido outro. Apesar de tudo, os resultados acabaram por ser bem melhores do que estaria à espera. O objetivo a curto prazo passa pelo título nacional absoluto? Por acaso esse é um título que nunca alcancei. Vou começar a treinar a sério para chegar nas melhores condições ao Campeonato Nacional Absoluto e esse vai ser um bom teste. O objetivo é estar lá para ganhar. Quanto à próxima época, espero apresentar-me às provas em melhor forma do que este ano e que os bons resultados possam aparecer. ø


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Por Terra

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 Atividade

orientação…

Parque Nacional Torres del Paine, Chile

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Foto: Luzir

desporto na natureza


Por Terra Orientação Foto: Luzir

Cinco são os sentidos, está nos manuais! Neles reside a possibilidade de um maior ou menor contacto da pessoa com aquilo que a rodeia. Há ainda o sexto sentido, aquela perceção extra-sensorial que parece ser mais propriedade das mulheres do que dos homens e que nas conceções ocultistas estará também sedeado num órgão do nosso corpo. Figurada ou objetivamente, é bom que todos eles – sem exceção! - estejam suficientemente desenvolvidos. Sem isso, não há sentido de orientação que aguente.

A

Orientação é um Desporto recente em Portugal, mas tem já mais de 100 anos de existência enquanto desporto organizado. Com efeito, terá sido em Bergen - Noruega, no ano de 1897, que se organizou a primeira atividade desportiva de Orientação. Os países nórdicos, são ainda hoje, aqueles onde a modalidade tem maior implantação, mobilizando um número de praticantes que coloca a

Orientação entre os cinco desportos com mais adeptos na Escandinávia. A maior prova do mundo realiza-se anualmente na Suécia, os "5 dias da Suécia", com um número de participantes que já atingiu os 25.000. Durante o séc. XX a modalidade foi evoluindo até à criação da Federação Internacional de Orientação (IOF), que festejou em 2012 o 51º aniversário e veio normalizar mundialmente as regras competitivas, as normas para elaboração dos mapas e as sinaléticas a usar. A Orientação é praticada em quatro disciplinas diferentes: Orientação Pedestre, Orientação em BTT, Orientação em Ski e Orientação de Precisão (Orientação prioritariamente para deficientes motores). Portugal tem marcado pontos na Orientação para o desporto adaptado, lançando em 2012 a Taça de Portugal de Orientação de Precisão e criando um circuito de Orientação adaptada vocacionado prioritariamente para a deficiência intelectual e

crianças em idade pré-escolar que é único no Mundo e que está a ser já implementado pela Espanha. O que é? Podemos dizer que a Orientação é um desporto completo. Há o aspeto físico, o treino no campo que se aproxima do treino dum atleta de fundo. E há, o aspeto mental, que desempenha um papel fundamental, a leitura dos mapas, o contra-relógio… É também o desporto de natureza por excelência. Os orientistas saem dos trilhos balizados para penetrarem no coração da floresta. Cada dia é uma nova aventura. Daquele que se inicia na Orientação ao mais consagrado dos praticantes há todo um mesmo espírito de liberdade, de fazer a sua própria escolha do melhor itinerário. No Atletismo, por exemplo, a volta à pista terá sempre 400 metros, quer seja aqui ou no Japão. Na Orientação, esta noção de distância tem muito pouco significado. Tanto se pode fazer 10 quilómetros numa hora e meia como em quarenta minutos. E

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Por Terra depois, nunca existem duas florestas iguais. É o eterno recomeço. Na Austrália ou na Suíça, no Japão ou na Escandinávia, é necessário uma adaptação a cada local, não há lugar a repetições… Cada corredor possui uma bússola e um mapa que, contrariamente a um mapa normal, contém uma enorme diversidade de detalhes acerca dos seus elementos característicos (relevo do terreno, vegetação, caminhos, elementos rochosos, construções e muito mais...). Os mapas são realizados segundo as normas específicas da Federação Internacional de Orientação que tem sede na Finlândia. Além da legenda sobre os símbolos nele representados, existe ainda uma sinalética própria que tem a ver com o percurso que o praticante vai realizar nesse evento e que é uma linguagem universal. A partir do momento em que se põe em marcha o cronómetro, o orientista deve efetuar o seu percurso que é marcado no mapa e que é constituído por uma partida (representada por um triângulo) uma série de pontos de passagem obrigatórios (representados por círculos) e a chegada (representada no mapa por dois círculos concêntricos). Estes pontos são materializados no terreno sob a forma de um prisma triangular, denominado por baliza, e a passagem deve ser validada por um sistema de “picotagem” manual ou eletrónica. O objetivo consiste em fazer o percurso na sequência indicada o mais rapidamente possível. Mas entre cada ponto de passagem, a escolha do itinerário fica ao critério de cada um. O percurso em linha reta, evidentemente, nem sempre é o mais rápido. É necessário jogar com as inflexões do terreno, os lagos, os muros e outros acidentes… O tempo gasto a percorrer o traçado da corrida depende, sobretudo, do meio sobre o qual a mesma se desenrola. Em terrenos como na Escandinávia, onde o relevo é mais duro, numa mesma distância, poderemos gastar quase o dobro do tempo que gastaríamos num terreno plano e sem o mesmo tipo de obstáculos.

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Por Terra Orientação Foto: Joaquim Margarido

É um desporto ainda preservado de certas O conhecimento do relevo é são as seguintes: polémicas, “doping” e a parte mais difícil. É necessário aprender a imaginar - Campeonato do Mundo outros malabarismos, um terreno a três dimensões de Júniores – República daí que muitos orientistas sobre o mapa. Claro que não Checa (29jun-06 de julho) digam que não seja mau é apenas isto. Para quem tem www.jwoc2013.cz de todo que ele permamais dificuldade em possuir a - Campeonato do Mundo visão a três dimensões, esta inElite – Finlândia (07-14 jul) neça “confidensuficiência pode ser compensada www.woc2013.fi cial”. com outras qualidades, nomeada- Campeonato do Mundo vemente a atenção. Mas nem todos possuem igualmente esta capacidade mental. Como na generalidade dos desportos, é necessária uma longa aprendizagem onde o treino técnico, a vivência de situações mais variadas e o número de florestas “visitadas” desempenham um papel fundamental. É à medida que o tempo passa que o orientista aprende a adaptar o seu comportamento, a reagir cada vez mais rapidamente e a encontrar as melhores opções. O desporto não é muito mediatizado e o espírito da Orientação é o de permanecer livre. É um desporto ainda preservado de certas polémicas, “doping” e outros malabarismos, daí que muitos orientistas digam que não seja mau de todo que ele permaneça “confidencial”. Grandes Competições em 2013 Em 2013, as grandes competições internacionais onde Portugal vai querer estar presente

teranos – Itália (02-10 ago) www. wmoc2013.it - Campeonato da Europa de Jovens – Israel (03 de novembro) www.eyoc2013.org

Portugal na alta roda Mas Portugal vai ter brevemente grandes desafios pela frente: - Em 2013 organiza uma etapa da Taça do Mundo de séniores e o Campeonato do Mundo de Veteranos de Orientação em BTT - Costa Alentejana, entre 09 e 13 de outubro. - Em 2014 organiza em Palmela, de 9-14 de abril e em paralelo, o Campeonato da Europa de Orientação Pedestre e o Campeonato da Europa de Orientação de Precisão: www.eoc2014. fpo.pt Carnaval, o ponto alto Desde 1996 que Portugal realiza a sua prova rainha que atrai os melhores especialistas a PorOUTDOOR Novembro_Dezembro 2012

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Por Terra tugal. É O Portugal O’ Meeting que desde 2000 se realiza no Carnaval com a duração de 4 dias e pontuável para a liga Mundial de orientação pedestre nos percursos de Elite. Em 2013 Portugal vai receber pela primeira vez três eventos pontuáveis para a Liga Mundial: 02 e 03 de fevereiro – Norte Alentejano O’ Meeting – Nisa (www.naom.pt) 09–12 de fevereiro – Portugal O’ Meeting – Idanha-a-nova (www.pom.pt) 16 e 17 de fevereiro – XIV Meeting de Orientação do Centro – Pombal (www.coc.pt/ eventos/16fev2013) Orientação muito mais do que um desporto Olhando para a modalidade de uma forma mais transversal podemos enquadrá-la além de modalidade desportiva com áreas como o Ambiente, a Educação e as Novas Tecnologias. As quatro vertentes atrás enunciadas, reunidas numa só, tem a ver, também, com solidariedade. Ambiente, porque a Orientação é o “Desporto da Floresta”, fazendo de cada praticante um guardião e um amigo de tão valioso património. Educação, porque é uma modalidade onde se aglutinam matérias tão nucleares como a Matemática ou a Geografia e se desenvolvem competências como a capacidade de interpretação ou o poder de decisão, por isso ser considerada prioritária para o Desporto Escolar. Novas Tecnologias, porque é das modalidades que mais depende dos Meios Informáticos a todos os níveis, do controlo de tempos à cartografia mais desenvolvida que existe. Desporto, porque promove a atividade física e a Saúde, dirigindo-se de igual forma àqueles que, individualmente, a praticam ao nível da alta competição, como às crianças ou às famílias que vêm nela uma forma de promover o seu bem estar físico e reforçar os laços de amizade e convivialidade. Olhando E solidariedade porque vive da força que projeta nos seus praticantes, para a modalitrabalhando desinteressadamente dade de uma forma em prol da modalidade, em prol mais transversal podo país.

demos enquadrá-la além Porque a Orientação é Ambiente, de modalidade desportiva é Educação, são Novas Tecnolocom áreas como o Amgias, é Desporto. Porque a Orienbiente, a Educação e tação gera Riqueza e gera Saúde. Porque a Orientação é de todos e as Novas Tecnolopara todos. Interessa a todos. Integias. ressa ao País! Daí que é urgente que

todos venham experimentar e que descubram as belezas deste País de mapa na mão. ø Fernando Costa e Joaquim Margarido

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