www.revistaoutdoor.pt
nº7 setembro/outubro 2012
outdoor Revista
Torna-te fã
porto santo, a primavera eterna por Aurélio Faria
Entrevista
com João Rodrigues
aventura
Kilimanjaro por Luísa Tomé
desporto adaptado Vela sem Limites
evento
Grande Trail Serra D´Arga
pedais de xisto
Rota em BTT nas Aldeias Históricas
sobrevivência
Como sobreviver a Catástrofes
descobrir sintra
Diretrizes EDITORIAL
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GRANDE REPORTAGEM PORTO SANTO, Primavera Eterna por Aurélio Faria
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EM FAMÍLIA ATIVIDADE — Costa do Sol By Kayak
nº7 Setembro_Outubro
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VIAGEM — Auroras Boreais
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EVENTO — Grande Trail Serra D´Agra
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aventura EVENTO — Festival Bike Portugal
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DESAFIO — Kilimanjaro por Luísa Tomé
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entrevista João Rodrigues — Um sucesso de um velejador!
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POR TERRA AVENTURA — Pedais de Xisto
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EVENTO — Ultra Trail Aldeias do Xisto
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POR ÁGUA ATIVIDADE — Vela
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evento — Foi assim o The Tall Ships
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CRÓNICA — Heróis do Mar
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FOTOGRAFIA PORTFOLIO DO MÊS — José Carlos Sousa
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FOTO-REPORTAGEM — Vindimas no Dão
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FOTO DO MÊS - A Praia de Porto Santo
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SOS Sobreviver a Catástrofes - A vida em Campo
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Percorrer descalço, de preferência na maré baixa, ao nascer ou ao pôr do sol, os 9km de areia fina e dourada é a mais conhecida atividade outdoor do Porto Santo. Aurélio Faria dá-nos a conhecer os encantos desta ilha.
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DESCOBRIR região de sintra
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projeto — Rumo a Santiago
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LIVRO AVENTURA — Interrail
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DESAFIO — Rescaldo Ironmena
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kids quintas pedagógicas
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ATIVIDADES OUTDOOR
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DESPORTO ADAPTADO VELA SEM LIMITES
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ESPAÇO APECATE O novo Plano de Formação de Activos da APECATE
Uma história de sucesso... Estivemos à conversa com João Rodrigues. Com um currículo fantástico, o velejador contou-nos alguns segredos e deixou-nos com imensa vontade de velejar... Uma entrevista a não perder!
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equipamento
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vouchers
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a fechar
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Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
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Na Região de Sintra existem inúmeros caminhos e mistérios por descobrir. Neste número damos a conhecer a principais pequenas rotas que nos levarão a conhecer esta região de uma forma diferente.
Editorial Ficha técnica
chegou o número 7!
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amos desfrutar dos últimos dias de Verão?
www.portalaventuras.clix.pt Edição nº6 WPG – Web Portals Lda NPC: 509630472 Capital Social: 10.000,00
Este é o mote para mais um número da Revista Outdoor!
Nesta edição iniciamos a nossa fantástica viagem pelo Mundo Outdoor na ilha do Porto Santo, terra de boas gentes e de uma beleza inconfundível! A pé, de BTT, ou a nado, não o deixaremos ficar indiferente a este, nosso, paraíso natural.
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: info@revistaoutdoor.pt Registo ERC n.º 126085
Das ilhas, passamos para o continente onde não faltam sugestões de eventos e atividades para realizar sozinho, em família ou com amigos! Paramos em Sintra onde vamos descobrir 5 pequenas rotas.. os famosos PR’s! Mas, se as atividades por Terra não são o seu forte, aceite o nosso convite, venha velejar connosco e descubra alguns segredos de João Rodrigues, um dos atletas portugueses que marcou presença nos Jogos Olímpicos. Na categoria de fotografia, os amantes da natureza podem deliciar-se com as vindimas na região do Douro e com mais um fantástico portfólio de um fotógrafo Português. Quanto à foto do mês, voltamos ao Porto Santo e à sua magnífica praia galardoada como uma das 7 maravilhas. Lá por fora, convidamo-lo a descobrir o Kilimanjaro e apresentamos-lhe o Livro Interrail… desfrute, leia e aventure-se! Continue a seguir-nos no Portal Aventuras e os seus fins de semana já não serão os mesmos! Até Novembro e não se esqueça, desafie a rotina! ø Nuno Neves
Editor e Diretor Nuno Neves | nuno.neves@portalaventuras.pt Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | isa.helena@portalaventuras.pt Sofia Carvalho | sofia.carvalho@portalaventuras.pt BEBIANA CRUZ | bebiana.cruz@portalaventuras.pt Revisão Cláudia Caetano Colaboraram neste número: ana barbosa, ana lima, ana quinta, antónio pedro nobre, artur pegas, Aurélio Faria, carlos sá, charles lindley, filomena gomes, joão rodrigues, josé carlos sousa, luísa tomé, luís varela, pedro pedrosa, susana muchacho. som bebiana cruz Design Editorial Inês Rosado Fotografia de capa aurélio faria Desenvolvimento Ângelo Santos
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Setembro_Outubro 2012 OUTDOOR
Grande Reportagem
PORTO SANTO,
PRIMAVERA ETERNA
Reportagem Porto Santo Já ouviu falar do Piano de Mugearite? Sabe onde descansa o mero Beiçolas? Qual é a localização do primeiro farol para os navios vindos da Europa? É fácil encontrar o Facho e as matamorras ligadas aos ataques dos piratas? Em que ilhéu há galerias subterrâneas e fornos da cal? A que é que os porto santenses chamam Olho de polvo, Boca de leão e Cabeço do caranguejo? Ainda há moinhos em laboração? E muros emparelhados de proteção às videiras de jacquet? Indicará o GC374YK as piscinas naturais das Salemas? O que resta do tesouro do Galeão holandês? Onde voam o garajau e as cagarras? O que é que fascinou Charles Darwin no Porto Santo? Qual é a mais recente área marinha protegida nacional?
Grande Reportagem
P
ercorrer descalço, de preferência na maré baixa, ao nascer ou ao pôr do sol, os 9km de areia fina e dourada é a mais conhecida atividade outdoor do Porto Santo.
Mas para os menos sedentários e mais curiosos, pisar a areia fina do recife de coral desmantelado há 40 mil anos, deverá ser apenas o primeiro passo num paraíso atlântico do turismo proativo e sem limite de idade. “O clima seco e estável, sem grandes amplitudes na temperatura do ar e da água do mar, - nunca mais de dez graus, um recorde no Atlântico... -, permite durante todo o ano passeios a pé, mergulho e caça submarina, observação de aves, de cetáceos e baleias, à prática de BTT e de desportos aquáticos...” - resume Nuno Silva, sócio da Bonus Journey, uma das empresas que organiza atividades outdoor.
windsurf, com garrafa de mergulho, com GPS na mão ou binóculos ao pescoço... - e quem tiver tempo deve experimentar todas as hipóteses-, é possível observar inúmeras preciosidades biológicas, geológicas e culturais nesta ilha de 42 km2 formada há 19 milhões de anos e povoada desde o século XV. Os limites são a vontade pessoal e a duração da estadia. As rotas propostas são uma singela escolha pessoal, e podem ser feitas por conta própria, ou profissionalmente com empresas locais. (vide caixa)
TREKKING: AS ROTAS DOS PICOS
Os 517m do cume do Facho, o pico mais alto da ilha, valem pela vista, soberba, que revela a dimensão da ilha e as diferenças entre as altas, escarpadas e recortadas costas oriental e norte e a praia de areia que ocupa quase todo o litoral sul. Do cume onde outrora se acendiam fogueiras com feixes (fachos) para alertar de ataques de piratas ou da passagem de baleias, ILHA OUTDOOR observa-se, a olho nú, os 6 ilhéus As múltiplas atividades outdoor do Porto Santo e a silhueta mon“As múltipossíveis respondem a estas e a tanhosa da Madeira. plas atividades centenas de outras curiosidaSubir ao pico do Facho, imoutdoor possíveis des que revelam a rica e sofriplica um pequeno desvio da da história da Ilha Dourada. PR2, uma das pequenas rorespondem a estas e De janeiro a dezembro...a tas já sinalizadas na ilha. a centenas de outras pé, de bicicleta, de cavalo ou Com variantes norte e sul, curiosidades que revede barco, numa prancha de a PR2 ou Vereda do Pico do
Foto: Bonus Journey
lam a rica e sofrida história da Ilha Dourada.“
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Setembro_Outubro 2012 OUTDOOR
Reportagem Porto Santo Foto: Bonus Journey
Foto: Bonus Journey
“Os mais Castelo, permite a ascensão do da como o cabeço do Caranguejo atentos e silenmais arborizado e conhecido marcam as primeiras observapico porto santense. Refúgio e ções, antes da pisar caminho ciosos na marcha defesa contra piratas argelidominado pelos Ciprestes poderão ter a sorte de nos e franceses, o pico Caste(Cupressus macrocarpa). avistar perdizes e poulo guarda ainda vestígios das Integrada na Rede Natura antigas fortificações e da cis2000, na Diretiva Habitats, a pas, ou rapinas como terna. Área do Pico Branco e da Terra a Manta e o FranNo cimo, a estátua de Schiappa Chã regista a maior concentracelho.” de Azevedo homenageia o orgação de flora endémica bem connizador da reflorestação do Porservada. to Santo, e permite observar a árdua Em escarpas praticamente inacesconstrução dos muros emparelhados que síveis, e aqui a ajuda de um guia é fundatravaram a erosão com exemplares de espécies mental -, é possível observar Urtiga (Urtica exóticas e mais resistentes à adversidade cli- portosanctana), Erisimum arbuscula, Molarimatérica, como o Pinheiro de Alepo, o Pinheiro nha (Fumaria muralis subsp. Muralis var. laeta) bravo e o Cipreste. Os mais atentos e silenciosos e a Vicia costae. Nas arribas desta área, poisam na marcha poderão ter a sorte de avistar per- duas espécies de aves marinhas, a Cagarra e o dizes e poupas, ou rapinas como a Manta e o Garajau. Francelho. VEREDA DO PICO BRANCO E TERRA CHÃ
Outro desvio, noutra Pequena Rota, - a PR1 da Vereda do Pico Branco e Terra Chã-, permite conhecer uma das lendas locais. Conta a lenda que foragidos da lei ou dos piratas argelinos foram surpreendidos por uma derrocada, e ficaram sepultados na Furna dos Homiziados ou dos Amaziados. A gruta está situada nas imediações da vereda traçada para os burros que transportavam cereais que eram malhados no terreiro que ficou conhecido como Terra Chã. Esta é uma vereda panorâmica que permite vistas fantásticas, e o acesso ao topo do Pico Branco, assim designado por causa de uma coluna de pedra branca, e de líquenes brancos da espécie com nome comum de urzela (Rocella sp.), durante muito tempo usada na tinturaria. Na subida para o cume, a formação prismática da Rocha Quebrada e a falha rochosa conheci-
O MUGEARITO DE ANA FERREIRA
Mais baixo que os picos do nordeste, o rochoso Ana Ferreira (283m) assemelha-se ao dorso de um dinossauro, e é a maior saliência topográfica da parte ocidental do Porto Santo. No flanco leste, esconde aquele que é considerado por alguns especialistas, um dos tesouros geológicos mais bonitos do mundo: o Piano, ou Pedreira, os diques de mugearito com uma idade calculada em 12 milhões de anos. Na disjunção prismática remanescente de dezenas de anos de exploração de pedra, explicam os geólogos, pode ainda observar-se como decorreu o lento arrefecimento do magma. Os traquiandesitos, como são designadas estas rochas vulcânicas, foram naturalmente classificadas como Geossítio 1 (33° 02’ 36.31’’ N 16° 22’ 12.18’’ W) no recém-criado Geoparque do Porto Santo. (vide ROTA DARWINIANA). Curiosidade histórica contemporânea: a Pedrei-
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Grande Reportagem ra foi palco nos anos 80 de um concerto que juntou a madeirense Road String Band com a continental Banda do Casaco.
BTT E GEOCACHING: A ROTA DAS BAÍAS
Foto: Carlos Freitas
Com apenas metade da ilha asfaltada, e o resto em terra batida e gravilha, o Porto Santo é um paraíso praticamente inexplorado para os praticantes de BTT e que permite, aos mais afoitos praticantes, uma série de percursos downhill e crosscountry, ou rolar simplesmente até locais tranquilos. E para começar a pedalar nada como perguntar onde fica o parque fotovoltaico e o sítio de Linhares. Nas imediações, e dependendo altura do ano, é possível assistir à laboração do último moinho da ilha. Reconstruído por Manuel Eduardo Rodrigues, o proprietário compra, às vezes, alqueires de cevada e centeio só para ter o prazer de acionar as velas do moinho. Uma segunda sugestão: efetuar o percurso Ponta da Canaveira – Morenos, pedalar até ao cimo do Zimbralinho, e descer a pé, até à baía onde fundearam os navegadores portugueses “Quem fizer em 1418. O acesso, pela lia dúzia de cagação ao pico das Flores e ches referenciadas, por uma estrada de terra batida, é difícil, mas vale fora da Vila Baleira, e pelo mergulho na praia que coincidem com algude calhau de uma angra mas das rotas referidas, de rara beleza e águas ficará certamente a límpidas. Praticar BTT no Porto Sanconhecer bem a to permite aceder a baías e ilha.“ locais de possíveis mergulhos na pouco referenciada costa norte, e as descobertas poderão ser facilmente combinadas com a prática de Geocaching. Quem fizer a dúzia de caches referenciadas, fora da Vila Baleira, e que coincidem com algumas das rotas referidas, ficará certamente a conhecer bem a ilha. O Porto das Salemas (GC374JH), em baixa-mar (consultar tabela de marés) permite chapinhar numas piscinas naturais fantásticas. O Porto dos Frades (GC374YK) - a cache encontra-se perto do antigo forno da cal -, é outro oásis de tranquilidade. Para quem não tem vertigens nem medo de uma cache de nível 5 de terreno devido à fragilidade do solo, a Falésia das Cores (GC374Z3) impõe o maior desafio porto santense aos geocachers. O cabeço do Guilherme (GC3VRFB), geocache em manutenção, vale pela vista sobre o local onde se afundou em 1724 o galeão holandês 10
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MERGULHO E MAR: A ROTA DOS ILHÉUS
Foto: Carlos Freitas
Foto: Carlos Freitas
Foto: Carlos Freitas
O Beiçolas é encontro obrigatório para quem mergulha no Madeirense. Naquele que é considerado já o melhor mergulho do arquipélago da Madeirense, o manso mero deixa-se tocar pelos mergulhadores que visitam o casco do cargueiro afundado. Além do Beiçolas, badejos, barracudas, enxaréus e raias são outros peixes que se podem facilmente observar no cargueiro transformado em recife artificial. À profundidade, posição e à distância perfeitas,
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Reportagem Porto Santo
repleto de peixe, e permitindo ainda imersões noturnas, o mergulho do Madeirense é um de muitos mergulhos possíveis em águas sempre claras, com visibilidade de dezenas de metros, e nunca frias (19/20o no inverno, e 24/25o no verão). Os 2 centros locais de mergulho organizam idas à dúzia de spots mais conhecidos: os Canhões (18m), um mergulho fácil, onde é possível encontrar munições de um galeão espanhol; a Baixinha e as Escadinhas; o Chinês, mergulho profundo...; as Bicudas, onde existe uma curiosa formação vulcânica, com bacias e canyons recortados como dedos; o Cabeço das Laranjas e o Jardim dos Leques... A maioria dos mergulhos é efetuada em profundidades inferiores a 35 metros, e nas imediações de 3 dos seis ilhéus do Porto Santo que integram a Rede Natura 2000 e desde 2008, a Rede de Áreas Marinhas e o Projeto Life. O desembarque nalguns ilhéus, só possível com agentes turísticos autorizados, vale pela observação da flora costeira da Macaronésia e da avifauna marinha que nidifica nos grandes rochedos-guardiões da ilha. Uma lagartixa e duas tarântulas endémicas valem ainda a visita, mas é a fauna malacológica, e as mais de cem espécies de caracóis,
Foto: Carlos Freitas
Slot ter Hooge (O castelo de Hooge). Com mar calmo, será difícil imaginar como terá sido o naufrágio em que morreram 221 pessoas. Mais fácil é perceber a cobiça do caçador de tesouros Robert Sténuit, que segundo arqueólogos portugueses, poderá ter retirado em 1975, 2 toneladas de prata em lingotes e moedas dos fundos do porto do Guilherme. Na Casa Colombo, alguns artefactos testemunham a história mal contada da descoberta do Slot ter Hooge. O calhau da serra de Fora ou Prainha, a praia do Contrim (costa norte, vereda à esquerda do Porto dos Frades), e a praia do Penedo do Sono (atrás do Porto de Abrigo), são outras sugestões para desmontar da bicicleta e dar um mergulho.
Grande Reportagem alguns endémicos, que merecem o estatuto de proteção aos ilhéus. O ilhéu da Cal, ou ilhéu de Baixo, destaca-se pelas ricas minas de calcário. As encostas, perfuradas por cavernas, dão entrada a antigas galerias de exploração. O ilhéu de Cima foi nos primeiros tempos do povoamento conhecido também como ilhéu dos Dragoeiros, a árvore que produzia o tão procurado sangue de drago usado na tinturaria.
anualmente à ilha praticantes de caça submarina. Diogo acompanhou durante o verão, os grupos privilegiados com outra hipótese outdoor: um mergulho na baía do Ingrato Grande, na base das galerias do ilhéu da Cal. Com botes motorizados, é possível ainda percorrer outras galerias naturais, junto ao mar, e conhecer formações como o Olho de Polvo e a Boca do Leão...
BALEIAS E GOLFINHOS
GEOSÍTIOS E A ROTA DARWINIANA
«Estava sossegado no barco, à espera da saída Nos ilhéus ou na ilha, se encontrar um caracol, dos mergulhadores, e quando ouvi o esguicho pare porque poderá ser uma espécie única no mundo como a Serraturotula juliformis. Nas de água e o arfar, apanhei um susto...» Diogo Vasconcelos lembra o encontro imediato imediações da Fonte da Areia, é possível enconcom a pacífica mas gigantesca baleia piloto que trar facilmente fósseis de caracóis. Depois da viagem de circum-navegação, e de se acercou da embarcação. O neto do último vigia de baleias, caçadas até escrever “A origem das espécies”, o naturalis1982, lamenta que a atividade do avô não seja ta fascinou-se com a diversidade de moluscos agora desenvolvida para uma atividade que dá existentes no Porto Santo, quando não era ainda já emprego a muita gente nos Açores: a observa- conhecido o património geológico de excepção. ção de golfinhos, baleias e outros cetáceos, facil- A grande variedade de formas, rochas e estruturas geológicas, a maioria de origem vulcâmente avistados, a pouca distância das nica, permite uma interessante e pecostas porto santenses, sobretudo no dagógica rota outdoor com a visita inverno. “Em aos catorze geosítios do Geopark. Os mares da região são também qualquer parAlém da famosa disjunção prisrota para cardumes de cavalas te da ilha, e mesmo mática do pico de Ana Ferreira, da Índia, o tunídeo de carne sem grandes conhecia paisagem do ilhéu de Cima quase branca, e que atrai já
mentos de geologia, é possível compreender a riqueza geomorfológica da ilha.”
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Reportagem Porto Santo revela o Cabeço das Laranjas e os Tubos de Lava, a baía do Zimbralinho tem uma disjunção esferoidal, o porto das Salemas, os conjuntos de filões... Em qualquer parte da ilha, e mesmo sem grandes conhecimentos científicos, é possível compreender a riqueza geomorfológica da ilha.
despertam a atenção. A construção do campo de golfe com a criação de uma zona húmida de 60 hectares dinamizou também nos últimos anos um novo ecossistema, que permite já a observação permanente de espécies como garças e patos-reais.
VOO LIVRE E AVES: ROTAS AÉREAS
A TROTE…
Com ventos predominantes de norte e dominantes de sul e oeste, e devido à sua posição geográfica, o Porto Santo não será o local ideal para a prática de voo livre. Mas os pilotos experientes de parapente e asa delta encontram aqui, algumas semanas por ano, condições para voos curtos, mas inesquecíveis que terminam quase sempre em aterragens na praia. O sítio preferido de descolagem é o pico de Ana Ferreira. Com os pés assentes na terra, e binóculos bem assestados existem, no entanto, mas nos céus e arribas, condições únicas para a observação de aves, em particular das aves marinhas. Há duas IBA – Áreas Importantes para as Aves – identificadas, uma na parte ocidental, outra nos ilhéus, onde nidificam Cagarras, Pintainhos, Roques-de-Castro, Gaivotas de pata amarela, Almas Negras e Garajaus, e são avistadas anualmente migratórias como a Rola-do-mar e a Garça-branca. Entre as aves terrestres nidificantes, são as rapinas de maior porte como o Francelho e a Manta, ou pequenas aves como o Corre-Caminhos ou Canário da Terra, que mais
Infelizmente, perdeu-se há muito a tradição das burricadas entre os veraneantes, e o burro do Porto Santo está agora praticamente extinto. Em alternativa, e a cavalo, na única empresa que comercializa esta hipótese, é possível ainda percorrer a trote ou a passo, interessantes percursos off road pelos caminhos florestais ou de terra batida.
NADAR NO PARAÍSO
Sem dúvida, a melhor maneira de terminar umas férias Outdoor será sempre, e num dia de mar calmo, dar umas braçadas nas águas da ponta da Calheta, onde, quais animais míticos, quase se tocam ilhéu da Cal e o pico de Ana Ferreira. Depois de uns dias no Porto Santo, é fácil crer no mito da Antiguidade e partir com a convicção de que o paraíso fica onde a Esfinge olha para o Dragão. ø Aurélio Faria Saiba Mais sobre o Porto Santo em PNMadeira.pt
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Em FamĂlia
costa do sol by kayak
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Por automóvel, mota, comboio, bicicleta, a pé, patins, etc... são muitos os meios pelos quais desfrutamos a nossa maravilhosa costa. Agora, imagine-se diferente, imagine-se audaz e razoavelmente feliz ao disfrutar de tudo o que a Costa do Sol lhe pode oferecer, de uma só vez... por mar. O estuário do Tejo passou a ser um meio privilegiado por forma a que possa aliar desporto e turismo de uma forma segura, económica e fantástica. Com embarque no Porto de Recreio de Oeiras a BORK You dispõem de um variado leque de canoas, kayaks e surf skis permitindo adequar material e nível técnico de cada praticante. A “vontade” é o quanto baste para que desfrute do estuário do Tejo, não precisa de saber remar, muito menos de ser um super atleta, a BORK You enquadra os seus clientes de uma forma correta e escolhe a melhor rota, maré e embarcação. ø
FICHA TÉCNICA As rotas da BORK: • A rota dos Fortes • Costa do Sol • Oeiras by Kayak • Cascais by Kayak • Lisbon by Kayak O que trazer: • Chinelos, ténis, botas neoprene • Calção de praia, de neoprene ou licra • Camisola ou t-shirt • Garrafa de água • Pode trazer máquina fotográfica (water proof), não se vai arrepender. Quem pode fazer: • Jovens a partir dos 8 anos de idade Material disponível: • Kayaks de mar • Surf Skis • Sit on tops • Pagaias • Coletes Preços: 20, 25 e 40€ O passeio inclui seguro por praticante, guia, palamenta (embarcação, colete e pagaia). Duração do passeio: Mínimo de 1 hora máximo de 4 horas, se as condições o permitirem a BORK You pode promover desembarque em uma das praias da costa e tirar proveito de uns bons mergulhos. Um Programa: Bork You
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Em Família Atividade
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traídos por locais como o Guincho, Cabo da Roca, Cascais, Estoril ou Belém, muitos turistas, desportistas e famílias passam grande parte do seu tempo a descobrir locais fantásticos ao longo de toda a Costa do Sol formando a nossa Riviera.
Em FamĂlia
Em busca das Auroras Boreais
ano novo de exceção em busca das auroras boreais.
Quando era criança, nas frias noites que antecediam o natal, passava bastante tempo a perscrutar o céu. Procurava em vão encontrar a azáfama das renas que puxavam o trenó do simpático velho de barbas. Mais tarde, percebi que o Pai Natal se fazia deslocar de formas mais terrenas, mas nem por isso deixei de olhar para o céu na esperança de ver nestas latitudes uma Aurora.
A nossa viagem inicia-se em Reykjavik, e levar-nos-á a visitar o Geyser – o original! e a cascata Gulfoss, uma das mais impressionantes da Islândia. O dia terminará no sopé do vulcão Hekla onde iniciaremos uma “caça” às luzes do norte.
Ao contrário do que se pensa, a Islândia não é demasiado fria no inverno. É fria, sem dúvida, mas se vos disser que a temperatura média na capital em janeiro é um grau negativo conseguimos perceber que não falamos de extremos. A corrente (quente) do Golfo banha a Islândia amenizando as agruras do inverno.
Depois de uma retemperadora noite de sono, partiremos para Este para a região do maciço do vulcão Eyjafjallajökull, que ficou célebre por ser o responsável pela nuA magia de ver estas luzes dançantes que ora são verdes ora alaranjadas vem de fumo que inundou os ares Com esda Europa em 2010. torna-se real na Islândia. Entre perança, já Visita às quedas de água de Selnovembro e inícios de março as teremos visto aujalandsfoss - que podemos atranoites árticas por vezes dão-nos roras, mas a nossa vessar por detrás - e a Skógarespetáculos que ficam gravafoss onde segundo a lenda um dos para sempre na nossa mebusca continuará antigo viking escondeu um cinmória. Por isso, propomos que até encontrarmos to em ouro e onde por vezes se traga toda a sua família para um
as mais belas e coloridas.
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Em Família Viagem - Islândia
O
inverno a norte não tem só neve, gelo e frio. O inverno a norte não são só noites longas, sol tímido e uma lareira que não cessa de crepitar. O Grande Norte tem luz. Uma luz sem igual que raramente se encontra abaixo do paralelo 50 – São as Auroras Boreais, um espetáculo que todos os anos invade os céus da Islândia sem que para isso tenha que pedir licença.
Em Família vê o seu reflexo. Com cinto ou não, esta queda de água é lindíssima e imponente (cerca de 60 metros). Visitaremos o centro de interpretação do vulcão Eyjafjallajökull e a quinta Þorvaldseyri, onde iremos aprender um pouco sobre a erupção de 2010 e os seus efeitos na vida quotidiana das populações. Aqui, os mais jovens podem ver ao vivo o que aprendem nas suas aulas de geografia. Mais tarde, visitaremos as praias negras da região de Vík e um dos maiores campos de lava da Islândia. Quando a noite finalmente cair e as temperaturas baixarem iniciaremos uma nova caça às auroras.
regressaremos a Reykjavik, mas em rota teremos tempo para conhecer a povoação de Vík onde faremos um passeio nas suas praias de areia negra para observar os fantásticos pináculos de Reynisdrangar que se encontram junto ao mar. Segundo a lenda, os dois pináculos são dois trolls petrificados pelos deuses após terem tentado arrastar um navio para terra, sendo apanhados, foram transformados em rocha aos primeiros raios de sol da manhã. A norte da aldeia de Hveragerði, famosa pelas suas casas verdes, faremos um último passeio na região geotermal ou iremos a Grændalur onde poderemos usufruir de um banho termal e relaxar antes de regressarmos à capital.
O hotel que nos aloja serve-nos de base para os próximos dois dias. Exploraremos um dos mais belos parques da Islândia considerado igualmente como dos maiores parques nacionais da Europa, o Parque Nacional de Vatnajökull. Iniciaremos a nossa visita na região sudeste do parque, uma zona com paisagens lindíssimas onde florestas crescem nas imediações de línguas glaciares que quase alcançam o mar. Sem dúvida, um local obrigatório para se visitar. Faremos uma caminhada entre bétulas até à queda de água de Svartifoss, famosa pelas suas colunas de basalto. No caminho, teremos fantásticas vistas sobre os dois maiores glaciares da Europa, os Vatnajökull e Hvannadalshnúkur cuja altitude é de 2110 metros. Com esperança, já teremos visto auroras, mas a nossa busca continuará até encontrarmos as mais belas e coloridas.
Assim, passaremos a última semana do ano em busca das mais mágicas luzes dos céus e visitando um dos mais fantásticos locais do planeta, a Islândia. ø
A noite de 31 de dezembro aproxima-se a passos largos e não tarda estará na hora de formular desejos para o novo ano e celebrar as belezas naturais que a Islândia nos mostrou. Por isso,
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Artur Pegas Próxima viagem: Várias datas de outubro a abril. Especial fim de ano com saída a 25 de dezembro.
www.papa-leguas.com
Programa: D1: Voos cidade de origem - Reykjavik D2: Reykjávik D3: Reykjavík– Geysir – Gullfoss - Vulcão Hekla D4: Hekla – quedas de água de Seljalandsfoss e Skógarfoss – quinta Þorvaldseyri – Museu Skógasafn – Kirkjubæjarklaustur Parque Nacional de Vatnajökull - Skaftafell Jökulsárlón – Sheep farm Vík – Hot springs of Ölkelduháls – Reykjavik Voo de regresso
D5: D6: D7: D8:
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O Grande Trail Serra D’Arga é um evento para toda a família. Estão inscritos mais de 900 atletas e apresenta-se como uma grande festa do desporto da corrida em Natureza.
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o dia 6 de outubro por volta das 10h da manhã será dado o arranque deste grande evento com um Trail Jovem na belíssima Mata do Camarido em Caminha. Podem participar crianças dos 0 aos 16 anos com distâncias a percorrer entre os 500m e os 2000m. Desta forma, queremos dar às crianças a oportunidade de se divertirem num espaço de excelência para a prática de desporto. De seguida é a vez dos adultos fazerem um Free Trail com 9km. É um treino que percorre a mesma Mata do Camarido e a zona história de Caminha. Desta forma, os atletas ficam a conhecer o melhor desta Vila fazendo o que mais gostam que é correr. Da parte da tarde teremos as Jornadas Técnicas no auditório do Hotel Portas do Sol em Caminha, aqui será apresentado muito desporto relacionado com a modalidade assim como saúde e auto superação. No dia 7 de outubro deslocamo-nos até à aldeia de Dem em plena Serra D’Arga, e aí às 8 badaladas da torre da igreja local será dada a partida para uma maratona de 43km extremamente dura. Estão inscritos perto de 500 atletas para este desafio que, procuram ultra-
Em Família Evento
Grande Trail Serra D’Arga
Em Família passar os seus limites físicos e psicológicos. Às 10 badaladas da torre da igreja de Dem será dada a partida para mais 500 atletas que vão percorrer 21 ou 12 km. Os atletas dos 21km vão terminar a sua prova na mítica aldeia de S. Lourenço da Montaria, passando pelo Mosteiro de S. João D’Arga e o fantástico rio âncora, já os dos 12km passam na aldeia de S. João D’Arga e no Mosteiro com o mesmo nome voltando a Dem. A festa termina com a entrega de prémios e com vários agrupamentos musicais locais que vão mostrar a sua arte. Todos os atletas na chegada são presenteados com muita festa e carinho popular. Todo este evento só é possível com a ajuda de mais de 150 pessoas que fazem parte do Staff. De referir que algumas delas fazem mais de 500 quilómetros com o único intuito de apoiar e ajudar os atletas. As gentes locais também se mobilizam perante este dia de festa em plena serra. Também nada disto seria possível caso não tivéssemos o apoio de muitas empresas e marcas assim como as autarquias locais.
De referir que a RTP se associou a este evento como media partner, algo inédito no nosso país. Temos a participação de toda a elite Nacional e alguns dos melhores atletas do Mundo. Contamos também com a presença de atletas de várias Nacionalidades como: Itália, Alemanha, Suíça, Espanha, Irlanda e de referir a presença de 19 atletas de França. Todos estes fatores aumentam a nossa responsabilidade e confiança que este evento nos propõe. Esperemos que todos fiquem satisfeitos e queiram voltar no ano seguinte. ø Carlos Sá www.grandetrailserradearga.blogspot.pt
Todo este evento só é possível com a ajuda de mais de 150 pessoas que fazem parte do Staff. De referir que algumas delas fazem mais de 500 quilómetros com o único intuito de apoiar e ajudar os atletas (...)
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OCCAM Advanced Dynamics é a tecnologia com que criámos a bicicleta de trail mais eficiente do mercado. Uma máquina que te fará subir mais ágil do que nunca e te dará o máximo controlo para fazeres faísca em qualquer descida. Nova Orbea Occam, onde eficiência e controlo se juntam.
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Aventura  Evento
festival bike portugal
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Aventura FestivalBike Portugal
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e 19 a 21 de outubro, o Festival Bike Portugal - Festival Internacional da Bicicleta, Equipamentos e Acessórios e Salão de Ciclismo Profissional, evento que se realiza no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, volta a ser o centro das atenções do mundo da bicicleta. A qualidade e a diversidade de produtos em exposição, a apresentação de novos modelos de bicicletas, equipamentos e acessórios, o envolvimento de empresas e instituições que promovem a bicicleta como um meio saudável para a prática desportiva ou para momentos de lazer, têm sido motivos de atração e fortes contributos para o crescimento continuado do número de visitantes, tendo a última edição registado uma afluência de cerca de 27 mil visitantes. O recinto exterior será palco
para a exibição de várias modalidades. Para esta edição do Festival Bike, o programa foi desenvolvido em função dos milhares de visitantes e de acordo com as várias modalidades que se praticam com bicicleta. A realização do 1º Dowtown Festival Bike Portugal, o 1º Troféu da Juventude, o 1º Passeio Familiar “Miradouros de Santarém”, o 1º Festival de Monociclos, o 1º Troféu Sprint Bike e Utilização Livre, Run & Bike, a decorrer paralelamente ao duatlo, e ainda uma Pista para Utilização Permanente do Público são as novidades desta edição, mas é possível encontrar atividades para todos os gostos. Realce para a 8ª Maratona de BTT, o 9º Encontro Nacional de Ciclismo, o 1º Troféu da Juventude, o 8º Encontro Nacional de Cicloturismo, o 5º Duatlo Festival Bike, o 2º Ciclo Cross, as finais dos Campeonatos Nacio-
nais de BMX e de Dirt Jumping. Exibições de Trial Bike, as entregas de prémios da Associação de Ciclistas Profissionais, Sessões de Autógrafos, Test – Drive’s, Workshops complementam o programa. Com um vasto programa de atividades competitivas, o envolvimento de prestigiadas empresas e a presença de atletas de renome, o Festival Bike Portugal é já uma referência incontornável deste mercado. ø Horários: Sexta-feira, 19/10: 10h às 17h (só profissionais) Sexta-feira, 19/10: 17h às 21h (público em geral) Sábado, 20/10: 10h às 22h (público em geral) Domingo, 21/10: 10h às 20h (público em geral)
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Festival Bike Portugal www.cnema.com
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Aventura
Kilimanjaro
Aventura Kilimanjaro
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uinze mais sete mais dez mais…, contava ansiosa os minutos que teria de percorrer no aeroporto de Schiphol até chegar à porta de entrada do voo da KLM que me levaria a Nairobi.
O avião tinha saído com mais de uma hora de atraso de Lisboa e eu já me tinha mentalizado que teria que dar uma corrida se não quisesse perder a ligação, mas quando a hospedeira me entregou o mapa do aeroporto de Amesterdão as minhas esperanças começaram a diminuir. É um aeroporto bastante luminoso e confortável, mas quanto tempo demoraria para fazer a distância que me separava do terminal de partida? Comecei a lembrar-me da última vez que lá tinha aterrado e veio-me à memória os seus longos corredores envidraçados. Tinha o estômago do tamanho de uma amêndoa. Fervilhava por dentro mas tentava não transparecer o nervosismo. Só mesmo quando o avião aterrou e apagaram as luzes de cinto de segurança é que me lancei furiosamente à minha mochila e me coloquei em posição de lançamento no corredor do avião. - Excuse me, I´m late! - corria o mais rapidamente possível pelos tapetes rolantes, tentando desviar-me. Respiração ofegante, mãos a tremer, será que o meu estômago já chegou ao tamanho de um pinhão?!?! Porta de embarque vazia, olho em redor perdida, alguém sentado perto me diz – They just left, go ahead! – não penso duas vezes e lanço-me pela manga em direção ao avião. Tive sorte, são holandeses, a hospedeira ri do meu ar esbaforido. Pega no meu cartão de embarque e manda-me sentar. Consegui. Embarquei para Nairobi! Começo a descomprimir. Vou passar uma noite na capital do Quénia e fazer o restante percurso até Moshi, cidade que se encontra na base da montanha, de camioneta local. O voo é tranquilo, converso pontualmente com os meus companheiros de assento. Acontece com quem viaja tantas horas sozinho. Somos brindados mesmo antes de aterrar por um momento musical muito especial. Um coro queniano que regressava a casa, já com saudades de cantar, levantou-se e surpreendeu todo o avião com as suas vozes alegres e fortes. À chegada a Nairobi espera-me uma surpresa menos boa. A minha bagagem não conseguiu correr tanto quanto eu e ficou em Amesterdão. O autocarro para a Tanzânia é de manhã bem cedo, o que quer dizer que tenho que me ir embora e deixá-la para trás. Não te preocupes, dizem-me no aeroporto, nós enviamos a tua bagagem para onde estiveres. Tenho as botas de caminhada calçadas, a minha mochila, cantil, um polar e pouco OUTDOOR Setembro_Outubro 2012
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Aventura “Vou passar uma noite na capital do Quénia e fazer o restante percurso até Moshi, cidade que se encontra na base da montanha, de camioneta local.”
mais. Por hoje não me vou preocupar mais, penso.
subiram, onde treinam no seu país. Tema de conversa não faltou.
Procuro o grupo de espanhóis ao qual me vou juntar. Parece que um deles também está sem bagagem. Na realidade não se apresentam como espanhóis, Juan, Catalunha, José, Miguel e Iñaki, País Basco e finalmente Rafael, Madrid.
- Maria Luísa por favor, puede ser nuestra intérprete? – Não tive rapidez para responder prontamente, a minha mente continuava a deambular na bagagem que não aparecia. Sabia que o sucesso de chegar ou não ao cimo dos 5895 m, para além da boa condição física, era o equipamento. Não conseguiria certamente aguentar temperaturas de 25° negativos com o polar e o impermeável que trazia na mochila. José António, amigo que me aconselhou a rota que tinha elegido para subir ao Kilimanjaro, tinha-me dito - Faz a Machame, é uma rota mais alpina, paisagens mais bonitas e tens mais um dia para aclimatar. – E sem equipamento, pensava, será que consigo? Maria Luísa – chama-me o Rafa mais alto – Me oyes?
O rebuliço na estação de camionagem entretém-me do atraso da partida. As mochilas já estão no tejadilho da velha camioneta que nos levará através das planícies africanas por pouco mais de 200 km. Ouço falar em 4 a 5 horas de viagem, penso para comigo que pelo aspeto da camioneta e com burocracias de postos fronteiriços, é melhor nem sequer querer saber. Vou aproveitando o meu lugar à janela para me deslumbrar com as aldeias masai e responder aos acenos dos pastores, tão vibrantes nas suas vestes vermelhas. Pouco depois da passagem da fronteira avistamo-lo. - Uau, look over there! – os passageiros levantam-se nervosos. Algo vem animar a lentidão dos 30km/h de velocidade cruzeiro a que viajamos. À nossa esquerda, magnífico, coroado de branco, Kili, a montanha sagrada! Passaram 8 horas desde que saímos de Nairobi e sinto-me contente por não ter tido voo para o aeroporto do Kilimanjaro. Feitas as contas, gostei desta viagem lenta e já me sinto parte do grupo, tento falar o meu melhor castelhano, aprendo palavras novas e ouço com agrado as histórias que os meus novos amigos têm para me contar. Os locais que já visitaram, as montanhas que 28
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Estava uma manhã amena e encontrávamo-nos no jardim do hotel, na nossa primeira reunião com o guia, Benjamin. Iríamos partir dentro de alguns minutos para a porta de entrada do parque nacional. No nosso grupo havia três pessoas na casa dos 30 anos e os outros três elementos acima dos cinquenta. O seu inglês não era famoso e custava-lhes bastante entender o inglês com sotaque africano do nosso guia. Fui nomeada intérprete e porta-voz oficial do grupo. Depois de algumas explicações, Benjamin leva-me a mim e ao Miguel a um grande armazém nas traseiras do hotel para que possamos alugar material. Não consigo evitar sorrir ao entrar. – Este material foi esquecido na montanha, não?
Depois de um pequeno percalço com o autocarro onde seguíamos que avariou e foi chamado outro para o substituir, chegamos a Machame gate, uma das portas de entrada do Parque Nacional do Kilimanjaro, que se encontra a cerca de 3km da aldeia com o mesmo nome. É no meio de uma fértil e luxuriante floresta tropical que começamos o nosso primeiro dia de caminhada. Fico impressionada com o número de carregadores que vão fazer parte do nosso grupo, mas se pensarmos na logística que é necessária para construir um acampamento confortável, percebemos que carregamos mesmo a casa às costas. Benjamin necessita de mais algum tempo para se organizar e propõe-nos começarmos a caminhar devagar com Amani, o guia auxiliar. Frisa
mais do que uma vez, “têm que ir lentamente, não se esqueçam”. Encontramo-nos em meia hora. Debaixo de uma chuva miudinha e persistente embrenhamo-nos na floresta desejosos de começar a andar depois de dois dias comprimidos em cadeiras de aviões e camionetas. Seguia à frente conversando animadamente com o Rafa, capitão da marinha reformado que descobriu o fascínio das montanhas depois de passar tanto tempo no mar, quando ouço Amani chamar – Maria, slower, you are going too fast. – Parámos com algum espanto à espera. Aguardamos perto de um feto enorme, e entretemo-nos a observar as suas folhas que se desenrolam em formas tão harmoniosas. Em pouco tempo estamos todos reunidos. Benjamin explica-nos, vamos ter que nos habituar a caminhar a um ritmo lento, o ritmo que vamos ter hoje e daqui para a frente, será o mesmo que teremos no dia de cume, quando subirmos para os quase 6000m. Além disso estamos a aclimatar, a dar tempo ao nosso corpo para se adaptar à altitude, quanto mais devagar andarmos, melhor será a nossa adaptação. – Eu sei que apetece andar mais rápido, ainda estamos abaixo dos 3000m, mas a partir de amanhã vamos ter altitudes superiores e os nossos movimentos devem ser sempre calmos e lentos e, mesmo nas tarefas mais básicas, como entrar e sair da tenda, caminhar no acampamento e afastarmo-nos para tirar fotografias, é sempre este ritmo que devem seguir. – Compreendo que com a alegria do início, nos entusiasmamos e ainda não conectamos com ritmo da montanha. Pouco depois a floresta densa diminui. Já nos encontramos a 3100m no nosso primeiro acampamento.
“É no meio de uma fértil e luxuriante floresta tropical que começamos o nosso primeiro dia de caminhada.”
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Aventura Kilimanjaro
Procuro entre o amontoado de roupa usada algo que não me fique exageradamente grande. Ao fim de um tempo esqueço os tamanhos, fico feliz apenas por encontrar o que necessito. Saco-cama, luvas, gorro, impermeável, outro forro polar e calças impermeáveis. Benjamin continua positivo, - a tua bagagem vai ser entregue amanhã no primeiro acampamento, este material é só para prevenir. O Miguel aluga também um saco para colocar o material e eu aproveito para colocar lá dentro o que não vou precisar nos primeiros dias. Há um fator muito positivo nesta minha falta de bagagem, sou a primeira a estar pronta quando é necessário partir. E assim foi, passados pouco minutos estou à porta do hotel com a minha pequena mochila prontíssima.
Aventura
Hoje vamos passar por uma das paisagens mais espetaculares desta rota, o Shira plateau.
- Uma das várias belezas desta montanha é a diversidade de ecossistemas. Todos os dias vais ter um diferente, Maria. – dizia-me Benjamin enquanto caminhamos em fila atrás dele, seguindo o seu ritmo tranquilo. – Hoje vamos passar por uma das paisagens mais espetaculares desta rota, o Shira plateau. - Atravessamos uma área em que as Ericas arboreas estão 30
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a recuperar de um incêndio de há uns anos. A neblina matinal torna a paisagem mais misteriosa. Perto do acampamento espera-nos outra maravilhosa surpresa, avistamos o espetacular monte Meru com os seus 4565 m e Kibo, o nosso objetivo. O monte Kilimanjaro tem 3 cones vulcânicos, Shiva, formado na primeira erupção; Mawenzi na segunda e Kibo onde se encontra o
calças de trekking e uma lifa e fui para a tenda beber o meu chá matinal. – Pareces otra persona Maria Luísa – diz José com um sorriso. Acho que já se tinham habituado a ver-me sempre com a mesma indumentária. – Não sei o que fazer com tudo aquilo José, já me tinha habituado ao essencial. – Agora sobrava-me roupa, barras energéticas, frutos secos, enfim, coisas que só precisamos quando as temos. José é o elemento mais velho do grupo, com a calma que os seus 60 anos lhe permitiam, este basco extremamente amável e bem preparado é um montanheiro por excelência.
O nosso terceiro dia de caminhada foi sem dúvida um dos mais apreciados por todo o grupo. Começamos com uma forte subida, deixando para trás Shira plateau. À nossa frente, Kibo! Caminhamos em direção ao nosso objetivo, o que nos trás energia para continuar a subir esta enorme parede de rocha. Fizemos uma variante no trilho, escapando às dezenas de trekkers que se encontram na montanha, e subimos aos 4700m da Lava tower. Esta lindíssima formação rochosa, com aproximadamente 100m de altura, vai permitir-nos ter vistas - We are a 100% group! We’ll Dirigimodeslumbrantes e seguir a máximake it to the top. Pole, pole! – -nos para o cénico ma dos alpinistas “climb high Encontramo-nos na tenda messleep low”, o que nos vai ajuse depois de um lanche ajanacampamento de Bardar na aclimatação. Optámos tarado reunidos com os guias ranco, passando por linpor ficar a meio caminho num para uma última conversa díssimos dendrosenécios, acampamento menos popuantes da subida final. Benjalar, que nos permite um fim min encoraja-nos, dizendoessas plantas gigantes de dia com conversa animada -nos que temos o mesmo ritque povoam o nosso sobre as características próprias mo de caminhada, estamos em imaginário. de bascos, catalães e madrilenos. sintonia e vamos todos conseguir Houve alturas em que me parecia chegar ao cume. Pole, pole significa que cada um dos espanhóis pertendevagar. ciam a países diferentes. A esperança de voltar a ter o meu saco diminuía à medida que No último acampamento, Barafu que fica a 4600 subia em altitude e me afastava da civilização. m, subimos sem o guia até aos 5000 m para ver Benjamin no entanto continuava a afirmar que como nos sentíamos. Só Iñaki o mais novo do ele iria aparecer. - Hakuna matata. – Dizia-me grupo sentia fortes dores de cabeça e estava com o seu sorriso aberto e franco. De qualquer preocupado. Todos o encorajávamos mas o seu modo já estava a usar meias número 40 de um semblante continuava carregado. Iñaki é profesdos meus companheiros espanhóis. sor de educação física e está em óptima forma, Como usufruímos de mais um dia na montanha, a aclimatação decorreu muito bem. O espírito de grupo é muito bom e foi sendo reforçado pela caminhada lenta, pelos longos piqueniques e pelas agradáveis conversas na tenda messe ao chegar aos acampamentos. Dirigimo-nos para o cénico acampamento de Barranco, passando por lindíssimos dendrosenécios, essas plantas gigantes que povoam o nosso imaginário. E foi neste maravilhoso cenário num nascer de sol vibrante e luminoso que comecei a ouvir chamar pelo menú nome. Cabeça fora da tenda, ensonada, não queria acreditar no que os meus olhos viam! Às costas de um carregador o meu saco com todo o equipamento! Não sei se pelo sono ou simplesmente porque já estava mentalizada que não o iria ver a minha alegria não foi muita. De repente, senti-me como as crianças na noite de Natal, que, com tantos brinquedos novos acabam por não brincar com nenhum. Vesti as
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ponto mais alto, Uhuru Peak, formou-se aquando da terceira erupção deste enorme vulcão.
Aventura
Fico fascinada com tanta beleza, a sombra do monte Meru está magnífica, a luz do nascer do sol é mágica, respira-se tranquilidade.
não tem nada a temer. Caminhamos juntos há vários dias, a montanha une-nos, ninguém quer deixar ninguém para trás. Construímos uma sólida amizade e espírito de entre ajuda, a subida nunca seria a mesma se um de nós desistisse. Descansamos um pouco e às 11h30 da noite somos acordados pelo Peter, o nosso excelente cozinheiro que conseguiu fazer refeições deliciosas com tão poucas condições. Percebemos que o cozinheiro é também um dos fatores de sucesso nas ascensões. Precisamos comer para ter forças, com a altitude é normal perder o apetite, logo, se as refeições não forem apetitosas muito dificilmente recuperamos. Neste caso, apenas um chá e uns biscoitos. - Não vale a pena encher muito o estômago, vão ver muita gente a vomitar por aí acima - Benjamin ri-se. Somos dos primeiros grupos a partir, mas já se vêm algumas luzes dos frontais seguindo o trilho. Vai ser um longo dia, entretenho-me a observar as estrelas. O céu estrelado na montanha é fascinante. Fazemos paragens muito curtas de hora a hora para beber um pouco de água e comer algo, e como está muito frio paramos apenas 3 ou 4 minutos. Quando se começa a aperceber uma pequena luminosidade chegamos a Stella point. Sabemos que a partir daqui a inclinação é um pouco menor e já só falta um último esforço. Amani dá-nos chá quente que trouxe num termos e algumas bolachas. Benjamin empresta-me um segundo par de luvas, tinha as mãos geladas. O chá, o descanso e as mãos mais quentes dão-me ânimo para continuar e é às 6h20 da manhã 32
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com o sol a romper que chegamos ao Uhuru peak, passando pelos maravilhosos glaciares e cascatas de gelo que ocupam grande parte do cume. É sempre um momento de grande emoção chegar ao nosso objetivo depois de tantas horas a caminhar. Fico fascinada com tanta beleza, a sombra do monte Meru está magnífica, a luz do nascer do sol é mágica, respira-se tranquilidade. Como o tempo está bom, permanecemos uma boa meia hora a deambular e a fotografar. Benjamin tem que nos chamar para iniciarmos a descida de regresso a Barafu, onde toda a equipa nos aguarda para nos felicitar. Descansamos um pouco, comemos uma boa sopa e seguimos pela rota Mweka até ao acampamento com o mesmo nome. Esta é a noite de despedida de toda a equipa que nos ajudou nesta nossa aventura. Depois de ter estado sem a bagagem durante alguns dias, os meus sacos a partir daí foram sempre muito mais reduzidos, mantinha-me com o essencial. Vários foram os conselhos, dicas e histórias que ouvi acerca desta ascensão, inclusivamente de atletas muito bem preparados que não chegavam ao topo. O sucesso da nossa ascensão foi sem dúvida a união do nosso grupo. A montanha uniu-nos, manteve-nos em sintonia e habituou-nos ao seu ritmo pole, pole. ø Luisa Tomé Papa-Léguas
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Entrevista João Rodrigues
por Bebiana Cruz
Outdoor: Iniciou-se na modalidade bastante jovem. Sente-se privilegiado de ter descoberto esta modalidade com apenas 9 anos? João rodrigues: Claramente! Foi primeiro que tudo um privilégio nascer na Madeira, no seio de uma família com fortes ligações ao mar. Depois foi um golpe de sorte o meu pai ter decidido investir numa prancha à vela, no final dos anos 70. O resto é uma história de amor à primeira vista e de toda uma vida em torno de um projeto desportivo.
Seria preciso mais caracteres do que aqueles que certamente me disponibilizaram, se quisesse cabalmente responder a esta pergunta. Posso apenas dizer que, hoje em dia, essa preparação resulta de anos e anos de experiência acumulada, sendo que a mesma foi personalizada de acordo com aquilo que pensava ser melhor para mim. Não tenho a presunção de afirmar que é a melhor preparação possível, nem de que tenha conseguido chegar sequer perto do que seria um modelo perfeito. Mas é algo pessoal, inteiramente criado por mim e adaptado à minha forma de ser, pensar e estar.
Em Portugal, quais são os melhores spots para a prática do windsurf? Mesmo sendo suspeito e mesmo correndo o risco de parecer tendencioso, continuo a considerar que o melhor spot do país para a prática da prancha à vela, na vertente até agora Olímpica, Como é a rotina diária de um atleta de é de facto a Madeira. Como um todo. Não é só alta competição? pelo maravilhoso facto de termos o ano inteiA mesma de qualquer pessoa que tenha ro temperaturas amenas, quer de ar quer descoberto a sua vocação e que queide água. É também pelas condições ra explorar todo o seu potencial de mar e vento que é possível en“Não tenho enquanto ser humano: total decontrar à volta da ilha, haja vona presunção dicação! tade de as procurar, fruto dos microclimas induzidos pela de afirmar que é a A mudança de hábitos acentuada orografia da ilha. E melhor preparação alimentares e de vida é também pelo facto de num possível, nem de que tesão sacrifícios que vacurto espaço, encontrarmos lem a pena? condições ímpares para a pránha conseguido chegar A palavra sacrifício esvaziatica de outras modalidades sequer perto do que -se de sentido quando associaque servem de complemento seria um modelo da a uma vida com significado. à preparação de qualquer atleta perfeito.“ Assim sendo, não posso falar de de prancha à vela, nomeadamente sacrifícios, mas sim de compromissurf - com as melhores ondas da Eusos ou mesmo de comprometimentos. ropa - BTT - com alguns dos melhores Não fiz nenhuma mudança de hábitos alimentrilhos que se pode imaginar - SUP - nas mesmas tares ou de estilos de vida para ser um atleta de águas de temperaturas tão agradáveis - e trail alta competição. Esta era a vida que queria ter e percorrendo das mais belas montanhas que se era assim que gostaria de viver. Por um conjun- pode imaginar! Tudo isto junto, numa ilha tão to de circunstâncias absolutamente milagrosas, pequena, com acessibilidades fantásticas, faz da isso foi possível acontecer e prolongar-se por Madeira e do Porto Santo a materialização do muito mais tempo do que à partida seria de su- paraíso na terra! Pelo menos para mim... por. Respondendo diretamente à sua pergunta, recorro às sábias palavras de Fernando Pessoa: Sente que esta é uma modalidade valorizada no nosso país? “Valeu a pena? Tudo vale a pena Infelizmente, de forma alguma! Jamais perceSe a alma não é pequena. berei porque é que nunca se investiu verdadeiQuem quere passar além do Bojador ramente na classe mais acessível do programa Tem que passar além da dor. Olímpico, que é também a mais rápida e sem Deus ao mar o perigo e o abismo deu, sombra de dúvida das mais espetaculares. ApeMas nele é que espelhou o céu.” nas na Madeira, e porque dois clubes investiram recursos financeiros e humanos nesta classe, a Como é feita a preparação para as com- prancha à vela continua a ter forte representatipetições? vidade, como o atestam as sucessivas represen-
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Entrevista João Rodrigues
Neste número da Outdoor estivemos à conversa com João Rodrigues. Com um currículo fantástico, o velejador contou-nos alguns segredos e deixou-nos com imensa vontade de velejar... Uma entrevista a não perder!
Entrevista alto da sua carreira? Corrijo: o recorde nunca foi homolgado pelo Guiness Book of records. Aparentemente, não cabia em nenhuma categoria. Não foi o ponto mais alto. Não tenho por norma classificar iniciativas deste género de pontos altos, da mesma forma que os insucessos que fui somando não foram adjetivados de pontos baixos. São faces da mesma moeda, que não é mais, repito, uma forma de vida com significado. Reconheço que foi um marco interessante da minha carreira desportiva, e que era inevitável que um dia viesse a ocorrer. A prancha à vela desde cedo fascinou-me também pela autonomia que concedia a quem se aventurasse a explorá-la. Se aos 10 anos, fazer a travessia desde o Clube Naval do Funchal até ao ilhéu do Lido, numa distância de meia milha talvez, foi uma aventura inesquecível, o certo é que abriu caminho a outras odisseias. Depois de percorrer toda a costa das ilhas da Madeira e do Porto Santo, olhei para o horizonte e o que vi: as Desertas. Depois, naturalmente surgiu a travessia Porto Santo Madeira. E finalmente, faltava ligar a Madeira às Selvagens. Essa oportunidade surgiu por ocasião da celebração dos 40 anos de elevação destas ilhas a reserva natural, a primeira em Portugal. Por coincidência, também nesse ano, celebrei a passagem aos “entas”, pelo que se uniu o útil ao agradável! Numa organização do Parque Natural da Madeira, a mesma realizou-se num bonito “De cada tempo de dez horas, o que me vez que penso permitiu chegar ao meu destino, a Selvagem Grande, a nisso, não posso tempo do chá das cinco!
deixar de sorrir ao lembrar-me da expe- Alcançou também um tações Olímpicas, as recentes presenças em campeonatos do mundo feito inédito ao garanriência que foi pare da Europa, quer em juniores, quer tir a sexta presença nos ticipar nos JO em séniores, com destaque para o reJogos Olímpicos de Verão (...)” cente título de vice-campeão do mundo em Londres2012. Qual é a masters de um velejador madeirense.
Conta com 22 Medalhas de Ouro, 16 Medalhas de Prata e 13 Medalhas de Bronze. Qual é o segredo do sucesso? Não há absolutamente nenhum segredo. Há, isso sim, 31 anos de dedicação a uma modalidade... e sensivelmente umas 15000 horas em cima de uma prancha... Entrou para o guiness ao ser o primeiro velejador a fazer a travessia em prancha à vela entre a ilha da Madeira e as ilhas Selvagens. Este foi o ponto mais 36
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sensação de reforçar mais um lugar na história do desporto português? De cada vez que penso nisso, não posso deixar de sorrir ao lembrar-me da experiência que foi participar nos JO de Barcelona 92, de como isso mudou a minha vida e de como pensei que dificilmente poderia repeti-la. Depois disso, vieram mais 5 ciclos Olímpicos, todos eles distintos, todos eles profundamente marcantes. Mas em nenhum momento fiz da marca “seis JO” uma referência ou um objetivo. Simplesmente aconteceu. Na verdade, não penso muito nisso.
Com um percurso recheado de sucessos, o que lhe falta alcançar a nível profissional? “O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos” Eleanor Roosevelt. Quais são as maiores dificuldades para os iniciantes na modalidade? Hoje em dia, nenhumas! Qualquer que seja o nível, fisionomia, equilíbrio, idade, é possível aprender a velejar numa prancha à vela num espaço de horas, desde que estejam reunidas três condições essenciais: vento e mar calmos, material adequado à pessoa em questão, um bom instrutor. ø Sabe mais sobre o João Rodrigues em
Perfil João rodrigues O velejador João Rodrigues, atleta português com mais presenças em edições dos Jogos Olímpicos, é um dos embaixadores do evento. O atleta, natural da Madeira, fez história no dia 16 de Junho de 2011 ao tornar-se no primeiro velejador de prancha à vela a fazer a travessia entre a ilha da Madeira e as Ilhas Selvagens - 160 milhas durante 12 horas - jamais conseguida em prancha à vela (windsurf) numa só etapa. A iniciativa integrou o programa das comemorações do 40.º aniversário da criação da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, a primeira reserva natural de Portugal. Por coincidência, João Rodrigues também completou 40 anos a 2 de Novembro de 2011. João Rodrigues, Campeão e Vice-Campeão do Mundo de Windsurf (Prancha à Vela), em 1995 e 2008, tetra-campeão Europeu, conta com mais de 120 internacionalizações e 51 medalhas conquistadas em competições internacionais – 22 de Ouro, 16 de Prata e 13 de Bronze.
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Entrevista João Rodrigues
Escreveu o livro “Crónicas de um velejador”. Como surgiu este projeto? Surgiu da necessidade de partilhar com familiares e amigos aquilo que estava a viver e que saia, de certa forma, do padrão normal. Não era para ser um livro. Começou aliás por um parágrafo a dar conta de que tinha chegado a Qingdao, no sul da China, no verão de 2007. Mas depois embalei e quando dei por mim, tinha material para um livro, que foi o derradeiro lançamento literário inserido nas comemorações dos 500 anos de elevação da cidade do Funchal, a 30 de Dezembro de 2008. É possível que venha a publicar um segundo volume destas crónicas... afinal, passaram-se mais quatro anos.
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se de repente tudo parasse no tempo? de traçar uma Grande Rota pedestre e de BTT A BTT é a máquina do tempo ao per- unindo todas as Aldeias do Xisto (GRAX) é ancorrer a Grande Rota das Aldeias do tigo mas só agora dá os primeiros passos com os primeiros grupos a “arriscarem” Xisto, uma nova travessia em um travessia especialmente em BTT possível de realizar BTT. A ADXTUR- Agência para em diferentes formatos e nível de “(...) o Desenvolvimento Turístico dificuldade consoante o número uma nova das Aldeias do Xisto é quem de dias escolhido para duração travessia em BTT promove o projeto, dinamida aventura. Percorre aldeias zando uma parceira entre preservadas, praias fluviais, possível de realizar todos os Municípios envolcumeadas e vales de serras em diferentes formatos e vidos e agentes privados dominadas pelo Xisto, com nível de dificuldade con(alojamentos, restaurantes, paisagens de cortar a respisoante o número de dias empresas de animação) de ração e encontros imediatos modo a tornar a GRAX uma com veados selvagens, que de escolhido para durealidade. nos transportam para outros ração da aventempos e paragens. tura.” O desafio Atualmente, é possível fazer já GRAX parte desta travessia com recurso a A rede de Aldeias do Xisto conta presentemente com 27 Aldeias situadas no Pinhal In- GPS, unindo 18 Aldeias do Xisto, num total de terior, uma zona que se pode delimitar grosso 239km, subindo um total de 10.500m de desmodo entre a Serra da Estrela e o Rio Tejo e nível acumulado (!) e descendo outro tanto, e entre a Serra da Gardunha e a Serra do Sicó, voltando à mesma aldeia onde começamos. Não atravessada pelo Rio Zêzere e onde as Serras é para qualquer um/a mas como é possível esda Lousã e do Açor são as rainhas. O projeto colher o número de dias que se leva para fazer a
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Por Terra Pedais de Xisto
travessia, dadas as várias opções de alojamento (bem típico por sinal) existente, acaba por conseguir adequar-se o percurso à nossa capacidade ou nível de preparação. A recompensa Em, julho passado um grupo de 5 ciclistas aceitou o desafio de fazer esta versão da travessia em 4 etapas, uma versão Ultra claro está, com dias duros e um calor que contribuiu para aumentar o desafio e para uns mergulhos saborosos nas praias fluviais por onde se passa. No primeiro dia (64 km; +3267 m; -3059 m; 5-6h) deparamo-nos com “a parede”. Para quem tem ganas de subir, a saída é mesmo da vila da Lousã, onde se pode dormir de véspera, mas para os mais poupados (de pernas, claro) um início numa das Aldeias do Xisto Talasnal ou Casal Novo ajuda a que a subida virtualmente impossível de pedalar, um pouco mais à frente, da Cerdeira até quase ao Trevim (ponto mais alto da Serra da Lousã), se faça com mais fôlego. Fazendo a travessia no sentido dos ponteiros do relógio segue-se até ao Concelho de vizinho de Góis e às Aldeias de Aigra Velha e Nova e Pena, com desvio opcional a Comareira. Um pic-nic à beira da Ribeira de Pena (Rede Natura 2000) deixa-nos com forças para atacar a cumeada que leva a Fajão, já na Pampilhosa da Serra. Aqui o restaurante Pascoal nunca deixa mal ninguém, onde após uma bela chanfana, acabamos a pernoitar na Cadeia (calma, é só uma residencial). O segundo dia (54 km;+1962 m ;-2373 m;4-5h) reserva-nos um descida alucinante até ao
“Atualmente é possível fazer já parte desta travessia com recurso a GPS, unindo 18 Aldeias do Xisto, num total de 239km (...)”
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Por Terra Zêzere, não sem antes passar pelo paredão da Barragem de Santa Luzia onde chegamos por um single track parte do Centro de BTT aqui recentemente inaugurado. Seguindo na margem direita do Zêzere após os Janeiro de Cima (Fundão) e de Baixo (Pampilhosa), cruzamos o rio em Cambas e surge um belo empeno por aí a cima recompensado com vistas magníficas sobre os meandros do Zêzere e alguns dos Geo-Sítios do GeoParque Naturtejo, reconhecido pela UNESCO. A passagem pela Aldeia do Xisto de Alvaro (Oleiros) é assinalada com mais um mergulho na piscina flutuante e para os realmente duros o dia ainda não acabou já que Vilar dos Condes é o destino de eleição para uma pernoita memorável nas casas de Turismo em Espaço Rural aí existentes e pelos cozinhados e mimos da Teresa (a dona). O terceiro dia é longo e variado (78 km | +3264m | -3275 m | 6-7h). Os profundos meandros do Zêzere só nos deixam em paz em Pedrogão Pequeno (recomenda-se provar a sopa de peixe local), onde do monte da Senhora da Confiança quase que nos podíamos lançar de parapente em direcção à ponte Filipina lá nos confins do Zêzere onde chegamos a voar, mas mais baixinho, com a BTT por cima da calçada medieval. Deste local de rara beleza e paz não temos alternativa a não ser, subir por outra calçada (será para o céu?) e após uma sucessão de aldeias chegamos
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à Praia Fluvial da Aldeia do Xisto de MosteiroPedrogão Grande, uma das mais recentemente classificadas. Uma bela tosta na esplanada do restaurante típico e antigo lagar, mergulho para refrescar e prontos para “tirar a pele ao rabo” até às Fragas de São Simão, um dos ex-libris da travessia. Um desfiladeiro em forma de praia (ou será vice-versa?), cenário natural para uma cena bucólica ou talvez não, já que os caracóis, tremoços e imperiais do barzinho ao lado das piscinas naturais poderão ser responsáveis por acabar a etapa logo ali. Até porque mesmo ao lado (que é como quem diz, a uma rampa de distância) está o Casal de S.Simão (Figueiró dos Vinhos), Aldeia de Xisto com restaurante onde é possível pernoitar. Para os que rapam o osso até ao fim, a Ultra etapa acaba na Ferraria de São João, 10 quilómetrozinhos mais à frente, sempre a subir é claro. A quarta e última etapa (44km, +1999m ; -1729; 3-4h) desta versão Ultra da GRAX é, à boa maneira ciclo-turistica, de “consagração”. Mais suave que as anteriores, permite chegar um pouco mais cedo ao final (ótimo para quem viaja para longe) ou... levantar mais tarde da cama. Uma noite extra na Aldeia do Xisto da Ferraria de S.João (Penela) também pode não ser mal pensado pois aí existe o primeiro Centro de BTT criado em Portugal, com 5 percursos circulares que permitem descobrir ainda melhor a zona (e
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um recentemente criado Fun Trail para miúdos e graúdos se divertirem sem ir muito longe). Mas voltando ao quarto percurso leva à passagem pelo São João do Deserto, praia fluvial da Louçainha e a Aldeia do Xisto de Gondramaz, já depois de sair de Penela e entrar em Miranda do Corvo. Gondramaz, marca pela beleza da aldeia, onde não faltam curiosidades como formas fálicas aninhadas nas paredes e muros de xisto das casas (onde está o wally?) que deixam intrigados quem não resiste em as tocar ou observar. Esta é uma etapa fresca, com sombras, e com muitas probabilidades de encontros imediatos com uma das espécies de Veado ou Corço que vagueiam pela Serra da Lousã, mas atenção, pois a distração pode ser a queda ou colisão frontal do artista com consequências nem sempre agradáveis (ainda há pouco tempo aconteceu...). Bem mais agradável é a descida final até à Lousã para quem lá iniciou a volta à 4 dias (ou mais), já que essa encosta final é onde se encontram alguns dos melhores trilhos de free-ride e downhill do País. Qual usar? É só perguntar a um dos loucos voadores que por ali descem quase todos os dias, fazendo da Lousã uma das mecas do BTT de Portugal. ø Em resumo GRAX- Grande Rota das Aldeias do Xisto em BTTversão Ultra em 4 etapas Aldeias do Xisto visitadas: Casal Novo, Talasnal, Chiqueiro, Vaqueirinho, Cerdeira, Aigra Velha, Aigra Nova, Comareira, Pena, Fajão, Janeiro de Cima, Janeiro de Baixo, Alvaro, Pedrogão Pequeno, Mosteiro, Casal de S.Simão, Ferraria de São João, Gondramaz. Praias Fluviais visitadas: Janeiro de Cima, Janeiro de Baixo, Cambas, Alvaro, Mosteiro, Ana de Aviz, Fragas de São Simão, Louçainha. Tracks de GPS, viatura de apoio e marcação de alojamentos: A2Z-Adventures.com (desde 390€) Dormidas para as 4 etapas: Fajão, Vilar dos Condes, Ferraria de São João. Outras dormidas possíveis: Lousã, Talasnal, Candal, Comareira, Pena, Janeiro de Cima, Alvaro, Pedrogão Pequeno, Mosteiro, Casal de S.Simão, Gondramaz. Rede de alojamentos especializados em receber ciclistas - www.bikotels.com Mais informações sobre alojamentos e restaurantes e informação turística- www.aldeiasdoxisto.pt Pedro Pedrosa
www.A2Z-Adventures.com
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Por Terra Evento
ultra trail aldeias do xisto
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AXtrail®series 2012 traz pela primeira vez um Ultra Trail às Aldeias do Xisto (UTAX). A prova que encerrará o circuito promete 82 km de puro trail, com desníveis generosos, single tracks espetaculares, e aquelas paisagens a que a Serra da Lousã e as Aldeias do Xisto já nos habituaram. Já realizadas as duas primeiras séries do circuito AXtrail series® 2012, a #03 e última série terá lugar a 10 de novembro na Lousã e será composta por duas provas distintas: o UTAX com 82km de 44
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distância, e o Trail da Lousã com apenas 30km mas igualmente interessante e desafiador. Ambos os percursos garantem a passagem por várias Aldeias do Xisto e por trilhos de grande tecnicidade e beleza! O UTAX será a prova rainha do circuito deste ano e, para além de um percurso notável com 5000 m de desnível e um tempo limite de 20 horas, terá a mais valia de ser uma das provas qualificativas para o UTMB 2013 com 3 pontos atribuídos (dos 7 necessários para ir a sorteio). Para além da grande dureza física, esta prova
Por Terra Axtrail 2012 Fotos: Sérgio Azenha
promete marcar a diferença pelo território pontuado pelas Aldeias do Xisto, repletas de escadarias e recantos, ribeiras, pontes e aromas que fazem lembrar os tempos dos nossos avós. A menos de dois meses da data da prova, a organização já conta com cerca de 100 inscritos para o Trail da Lousã e mais de 130 para o UTAX, e as inscrições continuam abertas!
sã, e com treinos um pouco por toda esta serra. Trata-se de dois dias exclusivamente dedicados à modalidade, com a presença garantida de alguns dos melhores atletas nacionais e internacionais e cujo objetivo é proporcionar aos presentes workshops técnicos de trail running, promover a troca de experiências e o convívio entre atletas. ø
Trail Running Camp Outra novidade do circuito deste ano é a realização de um Trail Running Camp no fim d semana de 27 e 28 de outubro, também na Vila da Lou-
O programa será divulgado brevemente em www.axtrail.com. Axtrail 2012
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A fechar
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