www.revistaoutdoor.pt
nº6 JULHO/AGOSTO 2012
outdoor Revista
Torna-te fã
carlos sá, o ultra maratonista por Aurélio Faria
A SURFAR COM
com a Maria Abecasis
descobrir o algarve A Rota da Cortiça!
DESAFIO
Uma aventura no Ártico
aventura
Travessia Pedestre à Ilha da Madeira
entrevista
Novo projeto de Nuno Ferreira
SANTA CRUZ OCEAN SPIRIT o grande regresso!
atividades
Outdoor em Família
Diretrizes EDITORIAL
06
nº6 Julho_Agosto
GRANDE REPORTAGEM CARLOS SÁ, O ULTRA MARATONISTA por Aurélio Faria
2012
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EM FAMÍLIA ATIVIDADE- Aventura em Família
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VIAGEM - Oásis do Sul
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08
aventura EVENTO — MUS
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DESAFIO — Uma aventura no Ártico
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DESAFIO — Trekking na Ilha da Madeira
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entrevista Maria Abecasis - a Surfar com a Maria
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POR TERRA CRÓNICA — Via Algarviana
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DESCOBRIR — A Rota da Cortiça
48
Bikotel
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POR ÁGUA EVENTO — Nelo Summer Challenge
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ATIVIDADE — Surf
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INDOOR — Preparação para Surf
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evento — Santa Cruz Ocean Spirit
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Nesta reportagem vamos desvendar algumas histórias e segredos de Carlos Sá. A sua paixão, força e dedicação levaram-no até grandes conquistas. sabia que Carlos Sá pesava 96kg e tinha uma vida sedentária?
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FOTOGRAFIA PORTFOLIO DO MÊS — Luís Ferreira
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FOTO DO MÊS - Travessia Lisboa Madrid
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SOS Sobreviver a Catástrofes
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DESCOBRIR região do algarve
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projeto - Caminhos de Árvores e Pedras
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entrevista - O novo projeto de Nuno Ferreira
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RECEITA OUTDOOR - Bolinhas de Energia
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LIVRO AVENTURA - Kid Carcaça
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Pousada de Juventude de Portimão
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Maria Abecasis é uma das atletas que está a dar cartas no surf feminino em Portugal. A sua garra trouxe-a até aqui e permitiu-lhe conquistar o título de Campeã Nacional.
kids atividades ATIVIDADES OUTDOOR
98 102
DESPORTO ADAPTADO dive for all
88
108
ESPAÇO APECATE Técnico de Turismo de Ar Livre
112
vouchers
116
a fechar
120
Depois de descobrir o continente a pé, o Jornalista Nuno Ferreira rumou à ilha dos Açores! Uma agradável conversa com este aventureiro que nos encantou com todas as suas histórias e descobertas. Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
Editorial Ficha técnica
chegou o número 6!
P
arece que foi ontem mas… a Revista Outdoor acaba de fazer um ano! Há 12 meses lançámos a edição 0 e hoje já estamos a lançar o número 6.
www.portalaventuras.clix.pt Edição nº6 WPG – Web Portals Lda NPC: 509630472 Capital Social: 10.000,00
Foram 12 meses em que descobrimos e demos a conhecer grandes aventureiros, desafios, histórias… um sem fim de sugestões para que os nossos leitores possam sair da rotina do dia a dia e aproveitar o que temos, tantas vezes perto de nós! Neste número, como forma de comemoração, trazemos uma novidade: Vouchers de desconto para atividades outdoor. Para além da nova categoria, ao aventurar-se pelas nossas páginas irá descobrir alguns segredos do ultramaratonista Carlos Sá, uma entrevista a Maria Abecassis, um percurso pedestre único pela Ilha da Madeira, eventos fantásticos que esperam pela sua presença, o novo projeto de Nuno Ferreira pelos Açores, inúmeras sugestões de atividades para os miúdos, graúdos, em família e muito mais. Sendo este um mês de férias para muitos portugueses, esperamos que aceite as nossas sugestões e se divirta, relaxe e sinta o prazer de praticar atividades ao ar livre. Agradecemos a todos os que nos continuam a seguir, a enviar sugestões, a participar ativamente no nosso projeto, um bem hajam! Estamos cientes que só com a vossa colaboração conseguimos melhorar e ir de encontro às expectativas de todos. Até Setembro e, se for o caso, boas férias! Continue a acompanhar as nossas sugestões diárias no Portal Aventuras. Nuno Neves
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: info@revistaoutdoor.pt Registo ERC n.º 126085 Editor e Diretor Nuno Neves | nuno.neves@portalaventuras.pt Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | isa.helena@portalaventuras.pt Sofia Carvalho | sofia.carvalho@portalaventuras.pt BEBIANA CRUZ | bebiana.cruz@portalaventuras.pt Revisão Cláudia Caetano Colaboraram neste número: ana barbosa, antónio gavinho, artur pegas, Aurélio Faria, bruno brito, carlos sá, gonçalo benttencourt, isa sebastião, jorge pereira, luís ferreira, luís varela, maria abecassis, miguel lacerda, miguel sousa, nuno ferreira, nuno pereira, pedro alves, pedro pedrosa, ricardo mendes, sílvia romão, susana muchacho. som bebiana cruz Design Editorial Inês Rosado Fotografia de capa Agustin Munoz - Red Bull Content Pool Desenvolvimento Ângelo Santos
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Onde eficiência e cOntrOlO se juntam.
OCCAM Advanced Dynamics é a tecnologia com que criámos a bicicleta de trail mais eficiente do mercado. Uma máquina que te fará subir mais ágil do que nunca e te dará o máximo controlo para fazeres faísca em qualquer descida. Nova Orbea Occam, onde eficiência e controlo se juntam.
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Grande Reportagem
CARLOS SÁ, DO SOFÁ ÀS ULTRAMARATONAS
Desidratado, com o estômago pesado que nem uma pedra, em perda crescente de ritmo e ultrapassado constantemente por outros corredores, Carlos Sá competia já apenas contra os seus limites físicos e mentais. E nesse dia, de mochila de 8kg às costas e sob o calor do deserto do Sahara, atravessara dunas de areia fina, calcara pistas poeirentas e trepara terrenos rochosos. Ao quilómetro 50 da etapa de 80 km ,uma visão inesperada acabou por proporcionar ao português de Barcelos o alento necessário para terminar a mais longa e dura etapa da Marathon des Sables (Maratona das Areias) “Eis a chave para abrir as portas do Inferno!” - pensou,exausto, quando viu uma chave grande e enferrujada perdida na areia: “Fiquei com a imagem na cabeça e a cismar como foi lá parar a chave... No meio do nada, devia estar esquecida há muitos anos pelo dono de uma casa que teria certamente um enorme portão de madeira!”. A 11 de Abril de 2012, Carlos terminou noite dentro a etapa entre el Maharch e Jebel el Mraïer com o tempo de 8h13m. Na classificação final, o ultra-maratonista obteve o 4º lugar entre cerca de 800 atletas de 30 nacionalidades. Foi o melhor classificado não africano da mais famosa prova aventura do mundo. Falhou por pouco o pódio onde estiveram um jordano e dois marroquinos que treinaram exclusivamente para esta prova com patrocínios chorudos e apoio governamental.
O SEGREDO
Foto: Cristina Gimenez Pleite
“Ao quilómetro 50 da etapa de 80 km ,uma visão inesperada acabou por proporcionar ao português de Barcelos o alento necessário para terminar a mais longa e dura etapa da Marathon des Sables“
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
No regresso a Portugal, Carlos foi notícia de telejornais, rádios e diários desportivos.
“Sei que vou buscar forças onde não as tenho, e sofrer para mim não é problema desde que esteja consciente, portanto lúcido e com pleno controlo do meu corpo” Na segunda participação na Maratona das Areias, este pai de 2 filhos encontrou novos limites nos 245km da prova na qual participou pela 1ª vez, o ano passado. Em entrevista ao Expresso recordou
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Reportagem Carlos Sá
A CHAVE DO INFERNO
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Grande Reportagem
como “bateu no fundo” em 2011, e conseguiu recuperar o ânimo: “Ia muito focado na competição, não me hidratei convenientemente e, a dada altura, já não via nada, estava tudo desfocado. Parei, sentei-me e, naquela altura, completamente desorientado, pensei em desistir.
Foto: Carlos Sá
Mas, lá dentro, outra voz se fazia ouvir mais alto. “Continua! Con“Em 1999, tinua! Continua!”. No relato, ree longe dos corda como demorou mais de meia hora para se reerguer atuais 67 kg, Carlos e começar primeiro a andar, pesava 96 kg , e com depois a correr muito devauma vida sedentária, gar, mas terminou na oitava posição, de braço dado com esquecera já o sonho um marroquino, e com a certede adolescênza que, além dos outros atletas, cia(..)” se ultrapassara, mais uma vez, a si próprio. “O segredo é a persistir, mesmo no treino. Já várias vezes saí para correr à uma da manhã” - resume, descontraído, quem corre habitualmente 30km por dia e 200 km numa semana, quase sempre sozinho e pelo monte de S.Mamede, perto de casa, ou em treinos específicos em praias e em altitude acima dos 1000 metros. 10
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Reportagem Carlos Sá A SAÍDA DO SOFÁ
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Mas nem sempre foi assim. Em 1999, e longe dos atuais 67 kg, Carlos pesava 96 kg , e com uma vida sedentária, esquecera já o sonho de adolescência de um dia ser como o seu ídolo Carlos Lopes.
Foto: Carlos Sá
O clique que o fez saltar do sofá foi a palestra dada em Barcelos pelo alpinis“E ta João Garcia sobre a conquista do Everest A partir daí, recomefoi, aliás, çou regularmente as atividades numa ida ao de montanhismo, fez ascenMonte Branco, que sões nos Andes e nos Alpes. E foi, aliás, numa ida ao Monte teve um 2º clique Branco, que teve um 2º clique quando testemunhou quando testemunhou a particia participação de pação de um veterano de quaum veterano se 60 anos no Ultratrail du Mont Blanc, a mais conceituada e com(...)” petitiva prova de ultramaratona do mundo. Apostado a sério nas corridas de montanha, Carlos triunfou logo na primeira ultramaratona realizada em França: ganhou o Grande Raide dos Pirinéus após 26 horas de prova para vencer o percurso de mais de 160 quilómetros. Em 2010, e entre 2300 corredores, metade dos quais não terminou a prova, obteve o 5º lugar OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Grande Reportagem no Ulta Trail do Monte Branco. Em 22 horas e 48 minutos, quase um dia a correr, correu 168km e 9500m de desnível positivo e condições climatéricas adversas: vento, nevoeiro, neve e temperaturas que oscilaram entre os 26º C e os -10ºC. Uma proeza reforçada pelo facto de ser o único amador entre as dezenas de profissionais que alcançaram os primeiros lugares da prova.
SERRA DA ARGA
vitórias internacionais 1º Lugar no Grand Raid des Pyrénées 2º Lugar no Maratón Alpino Madrileño 4º Lugar na Marathon des Sables 5º Lugar no Ultratrail du Mount Blanc
Aurélio Faria
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Maio_Junho 2012 OUTDOOR
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
“Ando em busca dos meus limites e felizmente ainda não os encontrei” referiu recentemente numa cerimónia de homenagem. Aos 38 anos, a segunda participação na Maratona das Areias deu finalmente a Carlos Sá o reconhecimento público tardio, mas não o fez perder a postura humilde . “Era bom termos mais apoio” destacou apenas numa das entrevistas no regresso de Marrocos. Tivesse outra nacionalidade ou jogasse futebol, o superatleta teria há muito a fama merecida dos desportistas de elite. ø
Foto: Carlos Sá
Em Portugal, e num projeto pessoal e que coloca o Minho no circuito do desporto aventura, Carlos Sá associou o seu nome ao Ultratrail da Serra da Arga. No Outono de 2012, a 2ª edição da prova terá a internacionalização que garante a mediatização e algum apoio.
OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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Em Família Atividade
aventura em família
N
a região onde o castanho da terra, o verde da vinha e o azul do mar se conjugam de forma perfeita, juntamente com o património histórico e a gastronomia, situa-se Peniche. Cidade piscatória que cativa quem a visita de imediato, com as suas arribas, a vista para a Berlenga, o Cabo Carvoeiro, a Nau dos Corvos. Com uma tradição intimamente ligada à faina, à 14
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
cultura marítima e mais recentemente ao surf, Peniche é uma cidade que se deve conhecer. A nossa escolha recai sobre a prática de uma atividade desportiva, mas efetuada no âmbito familiar, na costa marítima de Peniche, em que o cliente tem o prazer de observar as arribas talhadas em diferentes materiais rochosos, uma obra inagualável da natureza. Assim, a PortugalWestZone sugere uma aula de
Em Família Atividade Fotos: Portugal WestZone
pesca em alto mar, atividade desportiva, mas praticada em grupo, fomentando o espirito e a união em seio familiar.
O objetivo é simples: ensinar a pescar, com o auxilio de uma tripulação profissional e devidamente certificada.
Feita em colaboração com o Barco Dinor, a aula de pesca em alto mar tem a duração de meio dia. O transporte para a atividade poderá ser efetuado pela PortugalWestZone, ou o cliente poderá optar por ir na sua viatura. A escolha será deste.
Nesta atividade com a duração de meio dia, os profissionais do Barco Dinor ensinam a arte e as técnicas da pesca, ajudam a fomentar o espírito e a união de grupo no seio familiar, aconselham, ensinam, elucidam sobre a pesca em alto mar. OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Em Família Todo o material necessário para a realização da marco importante da nossa história e da Revoluaula é fornecido pela empresa. ção de Abril, onde todos os seus corredores, ceSabendo de que o cuidado e o acompanhamen- las e paredes têm uma história para nos contar, to dos mais pequenos é necessário e tendo serão também de se ter em conta. em conta as necessidades dos pais, o Barco Dinor tem ao dispôr um resSugerimos ainda um dia à mediponsável para cuidar das crianda do cliente, onde este queira “(...) uma ças que não participem na aula conjugar um passeio elaborado visita à Berlende pesca em alto mar.Com a pela PortugalWestZone juntaga, reserva natural, duração de meio dia, a pesca mente com a pesca em alto ilha povoada de mitos em alto mar pode ainda ser mar, um dia inteiro conceconciliada com outras ativibido de acordo com os seus e lendas, um passeio em dades que a PortugalWestzodesejos e pretensões, onde busca dos golfinhos ne tem ao dispôr dos clientes. a cultura, o turismo ativo e feito por profissionais, a prática de uma atividade ou uma aula de Destacamos uma visita à Berdesportiva,se podem conjugar lenga, reserva natural, ilha pode forma perfeita, seja através surf. voada de mitos e lendas, um pasda nossa sugestão ou do leque de seio em busca dos golfinhos feito por atividades que temos ao dispôr. ø profissionais, ou uma aula de surf. Um Inês Espadaneira e Ivo Batista passeio pela cidade de Peniche, ou uma visita Portugal WestZone à Fortaleza, antiga e famosa prisão política, um
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Em Família Atividade
ficha técnica Dificuldade do Percurso: Baixo Duração: Meio-dia Horários: 8h-12h ou 15h-19h Número de Pessoas: P5 pescadores 4 pescadores e 4 observadores 6 pescadores e 2 observadores O número máximo de participantes é de 8 pessoas. Advertências: Aconselhamos o uso de calçado prático impermeável, chapéu, roupa prática e que proteja contra o vento, protetor solar. A realização da atividade está sujeita às condições climatéricas. Promotor: Portugal WestZone
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Em Família
Oásis do Sul
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
“Viajar para Marrocos é embarcar numa grande aventura aqui mesmo ao virar da esquina.”
Fotos: Papa-Léguas
Esta viagem começa em Marraqueche, a cidade vermelha do grande sul. A cidade começou como ponto de paragem das grandes caravanas comerciais que uniam a África Negra com o Mar Mediterrâneo. Desde então tem crescido e cada vez mais se afirma como a capital do grande Sul e porta do deserto. Sugerimos um percurso que se faz bem em meio-dia pela cidade vermelha. Poderemos visitar os jardins deMehara; o minarete da La Koutoubia; os túmulos dos reis Sádidas, a dinastia que fundou esta grande cidade, e por último, a praça Djemaa el-Fna(assembleia dos mortos), edificada como "Património da Humanidade" e considerada a praça mais movimentada do mundo: onde se juntam vendedores, dentistas, curandeiros, escritores, músicos, malabaristas… Os dias seguintes serão orientados para sul, começando com a travessia da cordilheira do Atlas. A paisagem, de belos tons, oscila entre o verde carregado dos vales, e os rasgos avermelhados do colo de Tizin Tichka´ (2280m). Em rota teremos oportunidade para visitar o Kasbah de Ait Ben Haddou, património da humanidade e palco de gravação de vários filmes que Hollywood celebrizou. A viagem continua pela famosa "Rota dos kasbahs" (via Kelaat M´gouna), nome do Alto Atlas na região sul. Durante a rota, percorreremos uma série de fortalezas (kasbahs), construídas em adobe e com adornos em ladrilho cru. Estas fortalezas do deserto tinham funções defensivas e em tempos idos, albergaram autênticas aldeias e "cidades" no seu interior. Os Kasbahs, desta rota, estão situados e espalhados através de uma paisagem espectacular: "... no lugar que a montanha encontra o deserto...", segundo os locais, conjugam todos os tons de ocre e vermelho. Entre desfiladeiros, teremos oportunidade de ficar deslumbrados com as espetaculares Gargantas do Todra. Um desfiladeiro de 300 metros de altura escavado pelo rio Todra. A nossa bússola aponta agora Erfoud. O caminho torna-se menos confortável e mais duro, porém, as aldeias e as suas populações são cada vez mais autênticas e remotas. Erfoud é entreposto a caminho das dunas que já adivinham ao longe. É aqui que ficaremos por duas noites entre caravanas de camelos e tendas berberes com todo o conforto que se OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Em Família Viajar —Oásis do Sul
E
ste país tão perto de nós conserva ainda muito dos valores tradicionais que se enraizaram ao longo de seculos neste país no extremo norte do continente africano.
Em Família consegue ter em pleno deserto. O deserto encanta. As dunas, as pistas e toda a vida que se consegue observar espantam. É por uma dessas pistas que seguiremos, para conhecer Tazzarine e Alnif que representam uma verdadeira meca para os amantes dos fósseis. Daqui a viagem segue para o ponto de partida para das grandes expedições Saharianas – Zagora, a porta do deserto.
“O deserto encanta. As dunas, as pistas e toda a vida que se consegue observar espantam.“
Em Zagora a placa mais fotografada do mundo indica-nos que estamos a 52 dias a pé de Tombuctou, no entanto, a nossa direção não é essa. Seguindo o curso do rio Draa, chegaremos a Ouarzazate, a chamada Porta do Deserto. Teremos tempo para repousar um pouco e “fechar o ciclo” com o regresso a Marraqueche. Teremos tempo para usufruir da noite nesta cidade e na manhã seguinte regressaremos a Portugal. ø Artur Pegas
Próxima Partida: 04/08/2012 www.papa-leguas.com
Programa: D1: Voo cidade de origem - Marraqueche D2: Marraqueche D3: Marraqueche - Ait Bem Haddou - Ouarzazate
- Kelaat M`Gouna
Todra - Erfoud - Dunas de Merzouga
Merzouga
D4: kella m`Gouna - Gargantas do Dadés e do D5: Dunas de Merzouga - Rissani - Dunas de D6: Dunas de Merzouga - Zagora D7: Zagora - Ouarzazzate - Marraqueche D8: Marraqueche - cidade de origem.
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Em Família Viajar —Oásis do Sul
Testemunho: No geral a viagem correu muito bem. Foi uma experiência marcante. Não posso dizer que adorei porque ver tanta pobreza nos constrange e todas aquelas horas de jipe são cansativas (por vezes desejei estar paradinha ao sol numa ilha das caraíbas!), mas em termos de balanço, foi enriquecedora, muito diferente de todas as viagens que tenho feito, mais um roteiro cultural, entre o povo e os costumes locais. Penso que não é uma viagem para qualquer um. É necessário ter alguma ginástica mental para relativizar alguns dos constrangimentos que a viagem tem. O meu marido adorou, pois é todo virado para a aventura, os meus filhos, apesar de se queixarem do cansaço nas deslocações de 4x4, penso que também gostaram, sobretudo o mais novo que estava perfeitamente “enturmado” com todos os empregados dos hotéis e restaurantes onde íamos, brincando com eles, e às vezes dava por mim, já ele estava às cavalitas de algum deles ou nas cozinhas confraternizando. O nosso guia já dizia que ele era um verdadeiro “berbere” e já o chamava de “Ali”. Falando do guia, tivemos sorte, era muito simpático e paciente com as crianças e conhecia os percursos muito bem. Foi um bocadinho aventureiro, mas penso que também porque viu recetividade nosso nesse sentido, sobretudo do meu marido. Alexandra V
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Aventura Evento
MUS PORTUGAL 2012 A MAIS DIVERTIDA CORRIDA DE AVENTURA ESTÁ DE VOLTA
A
Merrell volta assim a trazer a Portugal a maior e mais divertida corrida de aventura mas com algumas novidades que demonstram o empenho da organização em continuar a surpreender os participantes. Uma das grandes novidades é que as inscrições nas provas, este ano, são gratuitas. Por outro lado, além das provas de cidade, existem duas provas – Lisboa (15 de setembro) e Braga (13 de outubro) – que vão decorrer em parques, num ambiente de campo, o que faz adivinhar um desafio maior para todos os participantes. A organização leva assim o MUS Portugal para fora 22
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de portas urbanas e instala-se em plena natureza. Évora, Coimbra, Lisboa, Guimarães, Leiria, Porto e Braga recebem Provas de Cidade e de Campo na mais divertida Corrida de AventurA
As provas do MUS têm por base a corrida, mas outras modalidades podem surpreender as equipas ao longo das diferentes provas, como por exemplo desafios de bicicleta, trotineta, carrinho de compras, patins, skate, orientação, entre outros elementos surpresa. “Uma das principais atrações do MUS é precisamente a componente imprevisível da prova. São os detalhes desconhecidos que proporcionam aos participantes uma experiência marcante”,
À semelhança das edições anteriores, o MUS Portugal irá apoiar uma causa, cumprindo desta forma a sua vertente de responsabilidade social. Este ano, a associação eleita é a ASBIHP - Associação Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal. Desta forma, o MUS abre aos participantes e não participantes a possibilidade de contribuírem para a compra de handbikes que serão entregues à associação. “Estes equipamentos vão permitir dotar a associação de soluções de mobilidade e exercício físico ao nível do desenvolvimento motor para os associados que possuem dificuldades ao nível dos membros inferiores” acrescenta Filipe Pereira, Responsável das Relações Institucionais e Internacionais da ASBIHP. Diversão, ecologia, cultura e agilidade física aliam-se à solidariedade pela ASBIHP - Associação Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal.
O MUS PORTUGAL está de volta às cidades nacionais e traz novidades! Depois da edição de 2011 ter sido um sucesso, com mais de 700 participantes, a mais divertida corrida de aventura volta a percorrer o país. Évora, Coimbra, Lisboa, Guimarães, Leiria, Porto e Braga foram as cidades eleitas para realizar este desafio de equipa aberto a todos os que gostam de estar em movimento e ao ar livre.
afirma Tiago Veloso, Brand Manager da Merrel. Para participar, basta ter mais de 14 anos de idade e gostar de desafios. Sim, porque o MUS Portugal 2012 mantém o caráter inesperado e imprevisível das provas. Às cerca de 20 equipas inscritas, compostas por três pessoas, será entregue um passaporte momentos antes do início do desafio, o qual irá determinar o trajeto a seguir. O grande objetivo será chegar a cada Check Point o mais rapidamente possível, usando os modos de deslocação designados, e à chegada, as equipas terão de cumprir uma tarefa que revelará o próximo destino e assim sucessivamente.
A ASBIHP é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que presta apoio a pessoas com Spina Bífida ou Hidrocefalia e suas famílias. É formada por familiares, técnicos, amigos e pelas próprias pessoas afetadas por esta malformação congénita do tubo neural. A Associação conta atualmente com cerca de 1740 associados e possui já duas delegações, uma sediada em Coimbra e outra no Porto e um núcleo em Aveiro. Conta com uma comissão científica que dá suporte consultivo a todas as dúvidas oriundas dos associados e a todos os cidadãos que requeiram informações ou suporte. Para mais informações consulte www.asbihp.pt.
A prova de arranque do MUS Portugal 2012 foi em Évora, seguiu até Coimbra (2 Junho), rumou a Lisboa (23 Junho) e passará por Guimarães (1 Setembro), Leiria (8 Setembro), Porto (29 Setembro), sendo que as duas últimas provas – o regresso a Lisboa a 15 de Setembro no Parque de Monsanto, e Braga a 13 de Outubro – estreiam a modalidade Provas Campo. ø
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Aventura Mus
“O MUS Portugal é a prova ideal para quem gosta de estar em movimento, de ser desafiado, de testar os seus conhecimentos e para quem tem humor suficiente para lidar com imprevisibilidade e muito secretismo.”
Aventura
CALENDÁRIO
1ª E 2ª eDIÇÃO
CALENDÁRIO DE PROVAS CIDADE Provas já realizadas: Évora – 21 de abril Coimbra – 2 de junho Lisboa – 23 de junho Próximas provas: Guimarães – 1 de setembro Leiria – 8 de setembro Porto – 29 de setembro
Cidades: 1ª Edição: Lisboa
CALENDÁRIO DE PROVAS CAMPO Lisboa – Parque Monsanto – 15 setembro Braga – Parque Ponte – 13 de outubro
Solidariedade: 704 refeições completas para a Associação CAIS e verbas para o Projeto Capacitar Hoje, da mesma associação
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
2ª Edição: Faro, Beja, Évora, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Aveiro, Porto, Braga, Bragança e Lisboa (10 cidades) Participantes: um total de 1600 participantes nas duas edições
Aventura Mus
Equipa vencedora do MUS Portugal 2011 na Oyster Racing Series A equipa PRIM, que venceu a edição de 2011 do MUS Portugal, vai competir na prova de Denver da Oyster Racing Series, nos Estados Unidos da América. A Oyster Racing Series realizou-se pela primeira vez, em 2003, em Denver, seguiu até Seatle e São Francisco, entre outras. Durante a prova, que acontece nos meios urbanos, os participantes têm de percorrer as ruas, numa aventura desconhecida, enfrentando desafios secretos, que podem englobar atividades de corrida, cliclismo, canoagem e escalada. Siga o MUS PORTUGAL 2012 em Facebook A inscrição no MUS PORTUGAL 2012 é gratuita e pode ser feita em www.musportugal.org/ form Mais informações na página oficial do MUS Portugal em www.musportugal.org
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Aventura
aventura no ártico Uma experiência que marcou Pedro para sempre! Pedro Alves foi convidado a participar numa aventura em pleno Ártico. O Aventureiro já nosso conhecido aceitou o desafio e neste artigo conta-nos na primeira pessoa a sua experiência. A não perder!
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Julho_Agosto 2012 2011 OUTDOOR
Aventura Aventura no Ártico Fotos: Fjällräven
E
sta Páscoa fui escolhido pela Fjällräven, uma marca de roupa de outdoor, para participar numa aventura no ártico, junto com um grupo de 20 pessoas sem nenhuma experiência de neve: o Fjallraven Polar 2012.
Pelo caminho o tempo lá melhora, deixando ver os enormes vales gelados, em que a equipa da frente é apenas um pontinho lá ao fundo no meio do branco, que nos transmitem aquela sensação de sermos realmente umas criaturas pequenas e biodegradáveis.
Cheguei à Suécia no domingo de Páscoa à noite, e na segunda-feira bem cedo pela manhã começámos uma formação de choque de termorregulação e equipamento, assim como de sobrevivência no ártico, dada por Johan Skullman, um expert de sobrevivência. Com algum tempo para travar conhecimento com os colegas de aventura, grande parte do dia foi passado a aprender a usar a tonelada de equipamento que nos foi dado. Dia 2 Uma alvorada bem cedo e voamos com todo o equipamento para Signaldalen, perto de Trömso, na Noruega, de onde iremos partir. No hotel há tempo para aprender a lidar com mais equipamento -fogões e tendas- e ter a primeira formação de trenós. Aqui já neva fortemente e damos o primeiro teste à roupa, pois todo o trabalho é feito no exte-
rior para que nos vamos aclimatizando. Dia 3, primeiro da corrida – Montanha acima A meio de algum nervosismo somos transportados para o início da corrida, onde cerca de 300 cães impacientes nos aguardam numa barulheira infernal. Colocamos sem grandes cerimónias o equipamento dentro dos trenós individuais e em breve é dada a partida. Viajamos montanha acima, pela floresta e no meio de um nevão, atrás de um trenó e 6 cães, o que dá azo às primeiras quedas épicas da aventura. Com apenas uma paragem para almoço, os cães correm 80km até chegarmos ao topo da montanha. Pelo caminho o tempo lá melhora, deixando ver os enormes vales gelados, em que a equipa da frente é apenas um pontinho lá ao fundo no meio do branco, que nos transmitem aquela sensação de sermos realmente umas criaturas pequenas e biodegradáveis. Quando finalmente chegamos ao primeiro checkpoint espera-nos uma formação sobre como tratar dos cães. Afinal eles é que fizeram o trabalho todo, só depois tratamos de nós. Ir buscar água a um buraco lá longe na neve, acender o fogão, cortar umas
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Aventura salsichas enormes à machadada, deixar que tudo isto descongele na água fervente, alimentar os cães, lavar os pratos e depois repetir todo o processo, porque o pequeno-almoço tem que ficar pronto de véspera. Só depois deles podemos finalmente montar a tenda, retirar todo o equipamento dos trenós, vestir qualquer coisa quente e começar a ferver a primeira de muitas águas que irão servir para tudo, das refeições à base de rações militares do ártico, ao café, da água que bebemos à que usamos para lavar os dentes. Quando nos deitamos, estamos tão exaustos que nem parece que estamos a dormir numa tenda a -25ºC enquanto lá fora neva abundantemente. Dia 4, segundo da corrida – Começa a ficar duro O dia começa às 6 da manhã, que os cães já fazem uma barulheira tramada. Se não começam a correr depressa adormecem, e depois ninguém os faz correr, mas primeiro é preciso dar-lhes o pequeno-almoço. Tudo arrumado e voltamos ao grande branco, a pérola do norte. A manhã inteira é passada nos vales montanhosos, seguindo as autoestradas da neve, uns prumos com umas marcas em X espetados na neve a espaços regulares, mas a pouco e pouco começam a avistar-se alguns sinais de civilização, como uma casa abrigo de montanha meio enterrada na neve. O caminho começa a descer suavemente, já se vêm algumas árvores e ao final do dia já entramos nos grandes lagos, onde o terreno é plano e permite uma viagem tranquila. É em cima de um desses lagos onde iremos pernoitar, tão tranquilamente como se estivessemos a dormir na margem. É-nos dada mais uma formação sobre reforço térmico e rotinas de dormida, para que as noites sejam o mais confortáveis possível. Depois da rotina dos cães, das tendas e do jantar, surge 28
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Aventura Aventura no Ă rtico OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Aventura
Entre simples paredes corta-vento e abrigos com telhado para afastar a neve, a criatividade do grupo fez-se notar e há tempo para mais um pouco de cavaqueira, para contrastar com a solidão do trenó em que os cães são a única companhia.
finalmente a auróra boreal. A visão é tão avassaladora, tão mais que o que se costuma ver em filmes e tão difícil de descrever por palavras, que muitos de nós não conseguem voltar ás tendas e acabam a dormir ao relento - os que conseguem dormir - com este espetáculo da mãe natureza.
Dia 5, terceiro da corrida – sol bom e uma surpresa O caminho é mais curto do que esperavamos. Nem damos por começar a andar e já estamos a parar para almoço. O sol que está a uma altura completamente diferente do que estamos habituados não ajuda a ter noção do tempo que passa. Depois do almoço informam-nos que esta noite vamos dormir em abrigos de neve, e temos a tarde toda por nossa conta para o fazer, assim como a possíbilidade de acender um fogo individual para poupar o combustível dos primus, secar alguma roupa húmida e proporcionar algum conforto. Entre simples paredes corta-vento e abrigos com 30
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telhado para afastar a neve, a criatividade do grupo fez-se notar e há tempo para mais um pouco de cavaqueira, para contrastar com a solidão do trenó em que os cães são a única companhia. À noite acendem um fogo comum, e somos acolhidos por um grupo de jornalistas Noruegueses que vieram acompanhar o resto da corrida, trazendo-nos café e bolinhos e um agradável serão à volta do fogo. Dia 6, quarto e último dia da corrida – festa e um mergulho no lago gelado Todos acordam bem dispostos depois de uma noite bem dormida. Recomeça a rotina do dia, que é passado entre plácidos lagos gelados e um ocasional corta-mato entre floresta e quedas de água para acrescentar alguma adrenalina, ao fazer curvas e contra-curvas apertadas no meio de árvores, riachos e pequenas escarpas íngremes. Terminamos em Väkkäräjärvi, onde somos acolhidos pelo staff da Fjällräven junto a um Laavu,
Aventura Aventura no Ártico
uma tenda típica Saami. Depois de arrumar os trenós vamos guardar os fiéis companheiros de caminho, com algumas despedidas mais sentimentais, mas ainda nos espera um desafio: para ganharmos o direito ao jantar temos que acender um fogo apenas com o firesteel. “a aventura não acaba até estarmos em casa, e preparamo-nos sempre para o pior”- repete-nos Johan. Depois do fogo espera-nos uma sauna típica e um mergulho num buraco cortado no meio do gelo do lago, o que é uma experiência no mínimo intensa, mas que recomendo vivamente e que pretendo repetir. Depois de todos limpos e restabelecidos, juntamo-nos para jantar numa festa que dura pela noite dentro. Há um misto de alegria por termos terminado e pena por não podermos continuar mais tempo, mas a festa é rija e os participantes vão tombando de exaustão mais uma vez. Dia 7 – o adeus e o regresso De manhã arrumamos todo o equipamento e juntamo-nos para a entrega dos diplomas e uma última foto. É com muita emoção que nos despedimos todos até uma próxima vez, e cada um começa a longa viagem de regresso a casa, carregando montes de coisas novas mas mais coisas ainda cá dentro. Obrigado Fjällräven. ø Uma descrição mais detalhada, com fotos e vídeos, pode ser vista em escoladomato.wordpress.com Pedro Alves Instrutor de Bushcraft e técnicas de sobrevivência
www.escoladomato.com
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Aventura
aventura na madeira Aventura Trekking na Madeira
Aventura
A
travessia integral e genuína da ilha, pelas mais belas levadas e trilhos de montanha, incluindo a passagem pelo cume, o Pico Ruivo!
montanhoso central, as levadas e os trilhos antigos, as falésias sobre o mar, as flores e plantas endémicas e a avifauna local.
São cerca de 100 km com misto de veredas, triEsta é uma aventura única de travessia pedestre lhos e levadas com o início no extremo Oeste da ilha terminando no extremo Este. Depois da Ilha da Madeira. Um percurso original e da sua chegada ao aeroporto Internagenuíno, desenhado por profundos cional da Madeira será conduzido conhecedores dos melhores per“Um até ao Porto Moniz, terra das cursos da ilha, com pernoita em percurso oriimpressivas piscinas naturais abrigos e casas tradicionais ginal e genuíno, esculpidas na rocha, onde perpara desfrutar ao máximo de noitará bem perto do início todo o esplendor da natureza desenhado por prodo percurso marcado para o num dos mais belos locais fundos conhecedores primeiro dia. Durante os seis do mundo para caminhar! dos melhores percursos dias de caminhada, será eviEsta aventura estará dispoda ilha, com pernoita tado o recurso ao automóvel nível, de 22 a 30 de setembro utilizando para o efeito trilhos e na travessia vai descobrir em abrigos e casas e veredas que comecem e teros vales verdejantes, o maciço
tradicionais (...)”
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Aventura Trekking na Madeira
(1100m.) e Encumeada (1000m.), onde poderão admirar escarpas e vales coroados de nuvens e ganhar forças para a subida mais intensa de todo o passeio. A chegada ao Pico Ruivo, que a 1860 metros de altitude constitui o pico mais alto da Madeira e o terceiro mais alto de Portugal, brindará O percurso a pé terá início no “ A cheos participantes com uma essítio dos Lamaceiros, a 500 gada ao Pico tonteante vista de montanhas metros de altitude. Este é o Ruivo, que a 1860 que despontam por entre o ponto de partida para uma mar de nuvens ou, em dias metros de altitude consrápida subida pela Ribeira de boa visibilidade, uma da Janela, passando pela titui o pico mais alto da panorâmica perfeita da diFonte do Bispo (1200 m.) Madeira e o terceiro mais versidade paisagística da até a chegada ao Paul da alto de Portugal, brindará nossa ilha. Serra (1400m.), o maior e os participantes com mais extenso planalto da Deixando para trás o Pico Madeira, de onde se podem uma estonteante vista Ruivo, o passeio tomará nova apreciar montanhas e vales e, de montanhas rota, descendo pela Achada em dias claros, se consegue ob(..)” do Teixeira (1590m.) até Queiservar tanto o mar da costa norte madas (890m.), um parque verde como o da costa sul. Depois de uma luxuriante em plena Floresta Laurisnoite bem dormida no Paúl da Serra, o percurso insinua-se numa leve descida que con- silva onde os participantes farão uma das leduzirá os participantes pelo Lombo do Mouro vadas mais famosas da ilha, que os levará até minem junto de hotéis e casa rurais ao longo do percurso traçado. Cada participante irá pernoitar nos locais recomendados, que providenciarão o pequeno almoço, jantar e piquenique para o dia seguinte.
Aventura ao Caldeirão Verde (900m.). Ao longo da levada poderão observar fauna e flora endémica da Madeira, antes de atingir uma imponente cascata que cai sobre uma lagoa verde esmeralda, num cenário mágico perturbado apenas pelos sons da natureza no seu estado mais puro. O nosso percurso conduzirá depois os participantes até à Fajã da Nogueira (630m.) e a S. Roque do Faial (500m) passando depois pelo Faial (100 m.) até ao Porto da Cruz (200m.). No último dia de caminhada, os participantes seguirão pela Boca do Risco (400m.) até chegar finalmente ao Caniçal (100m.) e à Ponta de São Lourenço (50m.), o extremo leste da ilha da Madeira. Aqui a paisagem mais seca contrasta com todo o verde luxuriante do interior da floresta Laurissilva, que acompanhou os participantes nos primeiros dias do passeio, numa dicotomia de cores e aromas que demonstra bem a diversidade de paisagens que a Madeira oferece. Aqui poderemos descarregar todo o cansaço de vários dias de caminhada, com um mergulho nas águas cristalinas do oceano Atlântico no seu inteiro esplendor. No dia seguinte mais uma surpresa nesta viagem de aventura! Vai viajar numa pequena embarcação pelo mar até ao Funchal, onde ainda terá tempo para percorrer os jardins, monumentos, mercado e Zona Velha da cidade. Para terminar está prevista uma visita a adega Madeira Wine, culminando a noite com um jantar num restaurante típico. ø António Gavinho
Caminhos da Natureza
Para mais informações consultar o programa detalhado em www.caminhosdanatureza.pt
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Entrevista Maria Abecasis
a surfar com a maria! Maria Abecasis é uma das atletas que está a dar cartas no surf feminino em Portugal. A sua garra trouxe-a até aqui e permitiu-lhe conquistar o título de Campeã Nacional. A Outdoor esteve à conversa com Maria Abecasis e ficou com vontade de ir apanhar umas ondas. Fique a conhecer o percurso desta jovem promissora!
pumas no Algarve e eu achei imensa piada. Na altura montava a Cavalo mas este é um desporto muito caro para quem quer competir, por isso decidi mudar de desporto. Quando fiz 13 anos pedi ao meu pai para ter aulas de surf e a partir dai nunca mais parei!
Outdoor: Como surgiu a paixão pelo surf? maria abecasis: Tudo começou quando tinha 12 anos! Um tio meu empurrou-me numas es-
Como é a rotina diária de uma surfista profissional? Normalmente acordo por volta das 6h50 e tenho
por Bebiana Cruz
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Como concilias os estudos com os treinos e as provas? Essa tem sido uma das minhas grandes batalhas, principalmente desde que entrei na faculdade. Não é nada fácil conseguir conciliar, especialmente quando estou fora muito tempo! O segredo é uma boa organização e muita força de vontade!!
Foto: Pedro Mestre
Entrevista Maria Abecasis treino de mar ou de ginásio. Depois vou para as aulas e, sempre que possível, treino outra vez ao final da tarde.
Consagraste-te campeã nacional aos 19 anos. Como te preparaste para alcançar esta vitória? Com 14 anos entrei no projeto Surf“NormalO que falta ao surf feminitechnique, um grupo de treino que mente acordo no em Portugal? tem como objetivo preparar-nos Muito apoio, apesar de estarpara o alto rendimento. Desde por volta das 6h50 e mos a melhorar, tanto a níentão que os meus treinadores tenho treino de mar ou vel de patrocinadores como me ajudam a preparar a época de ginásio. Depois vou de visibilidade! Os próprios e evoluir! O resultado do ano sites e revistas de surf fazem passado foi a consequência de para as aulas e, sempre muita discriminação o que é, todo este esforço, no entanto que possível, treino na minha opinião, inaceitáainda tenho muito que trabaoutra vez ao final vel. Felizmente para nós, não lhar! são todos! Como bons exemplos da tarde. ” temos a Fuel TV, a Zona Radical, a A preparação para as provas Surftotal e até a revista Surf Portugal exige um elevado esforço físico. que frequentemente perdem algum tempo a Como te preparas? contribuir para o “nosso” futuro! Como já referi anteriormente, em alturas es-
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Foto: Pedro Mestre
Entrevista pecíficas do ano tenho treinos mais centrados na parte física. Treino frequentemente no Health&Racket Club da quinta da Marinha, um dos patrocinadores do grupo Surftechnique. Qual foi o ponto alto da tua carreira até ao momento? Penso que foi o ano passado em que consegui vencer bastantes etapas e sagrar-me campeã Nacional! Já viajaste bastante em competições. Onde mora a tua onda preferida? Algures em Sumatra! Uma onda (esquerda) que eu nem sei se tem nome! Quais são os teus spots de eleição para surfar em Portugal? Portugal tem ondas boas por toda a costa mas as minhas ondas preferidas são a Azarujinha, Ribeira D’Ilhas e Lagide. Como descreves a manobra perfeita? Qualquer aéreo alto ou manobra a soltar o tail! Adoro manobras progressivas! foi
“Penso que o ano passado em que consegui vencer bastantes etapas e sagrar-me campeã Nacional!”
Quais são os teus objetivos a curto prazo? Queria tentar renovar o título de Campeã Nacional e ficar no top 4 do Pró-Júnior Europeu (sub-20).
E o World Tour feminino? Pode ser encarado como uma realidade pouco distante? Infelizmente não! Apesar de ser um sonho, ainda está longe. O nível lá fora está muito elevado e eu ainda tenho muito que trabalhar para lá chegar.
Foto: Pedro Mestre
Que conselho gostarias de deixar às jovens surfistas que estão agora a iniciar-se na modalidade? Aproveitem as belas ondas que o nosso país tem para nos dar e acreditem que com trabalho e dedicação podem chegar longe!
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Gostaria de agradecer aos meus patrocinadores que me permitem ser surfista profissional: O’Neill, X-Cult Surfboards, Ocean&Earth, Future Fins e Health&Racket Club Quinta da Marinha. ø Sabe mais sobre a Maria Abecasis em
Foto: Pedro Mestre
Foto: Pedro Mestre
Começou a surfar com 13 anos, em agosto de 2005. Inscreveu-se na escola de Carcavelos, Carcavelos Surf School, sozinha, e foi tendo umas aulas, apesar de ir apenas quando havia ondas em Carcavelos. Só surfava nalguns fins de semana. Em julho de 2006 entrou para o Surftechnique, um grupo de treinos de alta competição, com quem está a treinar até agora. Só a partir daqui e que começou a treinar mais a sério e a surfar regularmente. Ainda fez duas etapas do Esperanças em 2006 mas apenas para experimentar. Em 2007 começou a competir no Esperanças e a meio do ano entrou também no Pró-Júnior da Praia Grande. No verão de 2007 foi para as Maldivas onde evoluiu bastante. Foi uma viagem muito importante para a sua evolução. Em 2008 começou a entrar no Open, para além dos restantes circuitos. Foi selecionada para o ISA world júnior surfing games, em França. Em 2009 correu todo o circuito Open, bem como o Circuito Nacional de surf Esperanças (sub-18). Foi também selecionada para os mundiais de Juniores no Equador (2009) e na Nova Zelândia (2010), onde teve sempre boas prestações. Em 2010 começou também a correr algumas etapas do circuito Europeu. Foi ainda campeã nacional sub-18 e vice-campeã da Europa sub-18 no Europeu de Seleções em 2010. Em 2011 sagrou-se campeã Nacional e fez parte da Selecção que se sagrou campeã da Europa Sénior na Irlanda.
Entrevista Maria Abecasis
Perfil MARIA ABECASIS
MELHORES RESULTADOS
Liga MeoProSurf (campeonato Nacional) - Campeã Nacional 2011 - 4º lugar em 2010 Circuito Nacional Pró Júnior Europeu - 7º Lugar 2011 Europeu de Júniors sub-18 - Vice-campeã 2010 Euro-surf (europeu séniors) - 5º lugar 2010 e 2011 Isa World Júnior Surfing Games (mundial juniores) - França 2008 25º Lugar / - Equador 2009 25º Lugar / - Nova Zelândia 2010 19º Lugar Circuito Nacional Surf Esperanças (sub-18) - Campeã Nacional 2010 OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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