DESTAQUE
Sou anchietano, sou gentil: campanha para educação no trânsito mobiliza comunidade educativa
POR DENTRO DA SALA DE AULA
Uma Noite no Museu: um tour de conhecimento
PERFIL ANCHIETANO
A trajetória de Fábio Crespo no Colégio Anchieta
ESPECIAL
Programação de jogos possibilita aprendizagem de novas habilidades
EXPEDIENTE
EDITORIAL
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APM
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DIRETOR-GERAL:
Pe. João Claudio Rhoden, SJ DIRETOR ACADÊMICO:
Dário Schneider
DIRETOR ADMINISTRATIVO:
Inácio Reinehr
REDAÇÃO/JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Valéria Machado (MTB-RS 14.876)
PERFIL
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ESPECIAL
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Pensamento computacional
COORDENAÇÃO EDITORIAL:
Setor de Comunicação e Marketing do Colégio Anchieta Marcela Brandt Costabeber, Patrícia Dutra Martins e Valéria Machado CONSELHO EDITORIAL:
Pe. João Claudio Rhoden (Direção Geral), Marcia Schivitz (SOE), Dóris Trentini (SOP), Christiane Sisson (SOCE), Marcio Longhi (SOREP), Raquel Rocha (APM)
ARTIGO FÁBIO CRESPO
REVISÃO:
Renato Deitos FOTOGRAFIAS:
Magis Produções, arquivos do Colégio e arquivos pessoais
ARTIGO
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Terceiro Ano, um tempo de vivências e experiências para contar
POR DENTRO DA
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A caverna, o monge e a espiritualidade
SALA DE AULA
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REDE DE PAIS
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PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:
Anderson Muniz – Clemente Design
REDE JESUÍTA
PRODUÇÃO GRÁFICA:
Cristina Guzinski
DE EDUCAÇÃO
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ESPIRITUALIDADE
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PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO:
Ideograf TIRAGEM:
2.800 exemplares
Os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional
CAPA:
Campanha Educação Para o Trânsito: Sou anchietano, sou gentil Foto: Magis Produções O papel utilizado na REVISTA ANCHIETA possui certificação FSC, sistema internacionalmente reconhecido, que identifica, através de sua logomarca, produtos originados do bom manejo florestal.
A REVISTA ANCHIETA é um órgão oficial de divulgação do Colégio Anchieta.
CONTATOS www.colegioanchieta.g12.br
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DESTAQUE
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Anchieta mobiliza comunidade para educação no trânsito
ACONTECE
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ARTIGO Espaços que guiam a aprendizagem
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EDITORIAL
Colégio Anchieta – 130º Aniversário de Fundação
Pe. João Claudio Rhoden DIRETOR-GERAL
Ao apresentar este número da REVISTA ANCHIETA, o último do ano de 2018, aos seus leitores – pais, alunos, familiares, professores, colaboradores, antigos alunos e amigos – sinto grande alegria ao constatar que o Colégio Anchieta, ao concluir mais um ano letivo, permitiu muitos frutos aos seus alunos e à comunidade educativa em geral. Esses só foram possíveis pela colaboração, a dedicação e o comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo, como mostra este número da revista ao recordar grande número de aspectos, eventos e atividades formativas desenvolvidos no transcorrer do 2º semestre. Ela também nos convida a elevar nosso agradecimento a Deus pelas muitas graças e bênçãos recebidas, bem como agradecer a todos que contribuíram e se dedicaram, em cada momento, nessa importante missão de formar seus estudantes.
A REVISTA ANCHIETA, como os leitores podem observar, quer ser uma nova oportunidade para recordar e, talvez, até reviver a rica vida escolar do Colégio Anchieta, envolvendo toda a comunidade. Basta observar o elenco de atividades para sentir a riqueza do cotidiano da vida escolar. Atividades que fizeram parte do processo de ensino e aprendizagem com vistas à formação integral de qualidade dos alunos, desde pequeninos, na Educação Infantil, passando pelas crianças do Ensino Fundamental I e II e pelos alunos, já maiores, do Ensino Médio. Além da sala de aula, que já não é o único espaço privilegiado para a formação, Basta quantos eventos, fatos, estudos, celebrações, além de outras observar o artigos, oportunidades, de agrado dos elenco de estudantes, contribuíram para a atividades formação integral, como objetivo primeiro do Colégio Anchieta. para sentir Para ser fiel ao título deste Editorial, a riqueza do anuncio a todos os nossos queridos que, no dia 13 de janeiro cotidiano da leitores de 2019, abrem-se as cortinas vida escolar. do 130º aniversário de fundação do Colégio Anchieta. Era 13 de janeiro de 1890, e os jesuítas, as autoridades locais e a comunidade de Porto Alegre, então estimada em 52 mil pessoas, acompanhavam com expectativa e entusiasmo a fundação do “Colégio dos Padres”, como então era denominado. As aulas iniciaram com 45 alunos, e eram ministradas, por falta de instalações próprias, numa residência de família gentilmente cedida para esse fim. O Colégio iniciou pequeno e com as dificuldades próprias do tempo e de um
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| REVISTA ANCHIETA
novo empreendimento de educação, no entanto, não faltaram fé e ousadia dos padres e irmãos jesuítas, somados ao importante apoio da comunidade local, para vencer esses e outros desafios. Essa instituição de ensino, atualizada e renovada, ao celebrar seu 130º aniversário de fundação e funcionamento ininterrupto, deve, primeiramente, o agradecimento a Deus pelo bem que permitiu realizar aos milhares de crianças, adolescentes e jovens. Agradecer também aos professores e colaboradores e a todas as famílias anchietanas que, desde a fundação até hoje, não só acreditaram no projeto como colaboraram na sua realização, fazendo dele uma bonita história de Educação. No momento em que inicia a contagem para o dia 13 de janeiro de 2019, 130º aniversário de fundação, o Colégio Anchieta, como principal evento, reafirma seu compromisso com a formação integral de qualidade. Objetivo sintetizado, numa expressão muito querida à Companhia de Jesus e a seus colégios, como: “Formar homens e mulheres para e com os outros”. Em outras palavras, formar pessoas conscientes, competentes, compassivas e comprometidas, para que, quando adultas e inseridas no mundo social, familiar, econômico, político e religioso, sejam capazes de colaborar na construção de uma sociedade mais humana, justa e solidária. A vocês, professores, colaboradores, diretores, alunos, pais, mães, familiares, antigos alunos e amigos, renovo o convite para um mergulho construtivo na vida escolar do Colégio Anchieta e desejo a todos e todas FELIZ NATAL e um ANONOVO repleto de saúde, paz e realizações.
APM
As atividades da APM no segundo semestre!
Neste semestre, a APM deu seguimento a vários projetos. Iniciamos com o Família Anchietana Solidária, no dia 25 de agosto, quando novamente as famílias visitaram as instituições assistidas pelo Colégio! Dentro do Projeto de Ação Social, organizamos na nossa sede um minibrechó para venda de uniformes, e o valor arrecadado será destinado ao Projeto “Noite Feliz para Todos”. Falando nisso, já contabilizamos 200 famílias da Fundação Fé e Alegria e da Escola Infantil Pé de Pilão que serão beneficiadas com uma linda caixa com presentes e a ceia de Natal. Outra iniciativa que foi um sucesso foi a customização dos uniformes usados. Eram peças que não puderam ser vendidas nas últimas edições do Brechó Solidário e foram transformadas, retirando-se o logo do Colégio para serem doadas. Essa ação contou com a colaboração de mães e avós que se reuniram durante quatro tardes na APM, produzindo 340 peças. E não paramos por aqui! Em parceria com a UNISINOS, mais peças serão customizadas pelas alunas do curso de Design de Moda. Não poderíamos deixar de mencionar que a Festa “Embalos de Sábado à Noite”, que aconteceu em setembro, foi novamente sucesso de público e animação! Lá no mês de agosto, aconteceu no Teatro Unisinos o evento Magis, organizado pelo Colégio Anchieta em parceria
com a APM e pais colaboradores. Na ocasião, foram apresentadas histórias inspiradoras para um teatro lotado de espectadores. O evento também foi transmitido simultaneamente pelo canal da TV Unisinos e redes sociais. Com gratidão pela colaboração de muitos pais e professores e principalmente Referências de série e Representantes de turma, nos encaminhamos para a conclusão das atividades deste ano e desejamos um final de ano abençoado e renovador. Encerramos as nossas atividades juntamente com o término do ano letivo e desde já convidamos a todos para iniciar 2019 conosco!
“Eram peças que não puderam ser vendidas nas últimas edições do Brechó Solidário e foram transformadas, retirando-se o logo do Colégio para serem doadas.”
Gestão GEA 2018/2019
GEA
Este ano foi de grandes realizações para o GEA, concretizamos vários projetos desde o início da gestão, em maio. No mês de junho, organizamos um Dia dos Namorados muito especial e criamos um projeto para facilitar a vida das meninas, no qual colocamos caixas com absorventes nos banheiros femininos. Já em agosto, houve a inauguração do novo espaço do colégio, o Espaço do Estudante Padre Janjão, e na ocasião, em homenagem ao Dia do
Estudante e em reconhecimento ao esforço dos alunos, o GEA organizou um recreio de 1h10, cheio de apresentações e atividades. Além disso, durante os meses de agosto, setembro e outubro aconteceu a Taça GEA masculina, competição de futebol em que o time Bufa FC levou a taça, e a primeira Taça GEA feminina, que as gurias do time da turma 104 ganharam. Também, pensando na Semana Anchietana, tivemos a ideia de criar um Copo Eco para os alunos,
uma iniciativa sustentável para reduzir o uso de garrafinhas de plástico no planeta. Esses foram os melhores momentos que o GEA, junto com o Colégio e, é claro, com os alunos, pôde concretizar. No entanto, ainda temos alguns meses de gestão, e vários projetos muito legais estão por vir! Então, obrigado por todo o apoio até aqui, anchietanos, e contamos com vocês para continuarmos sendo capazes de realizar tudo isso!
DEZEMBRO DE 2018 |
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PERFIL ANCHIETANO
Fábio Crespo
Aluno do Anchieta entre 1967 e 1978 Já são mais de 30 anos de carreira como leiloeiro. Apaixonado por tudo que diz respeito ao campo, Fábio Crespo hoje se destaca em uma profissão que foi construída com muita dedicação. Tudo começou com a facilidade de se relacionar ainda no Colégio Anchieta.
REVISTA ANCHIETA | Em que período
estudaste no Anchieta? FÁBIO CRESPO | Fui aluno todo o período escolar do Anchieta, desde o primeiro ano até o terceiro do segundo grau. RA | Quais são tuas principais lembranças do Colégio? FC | São grandes e boas todas as lembranças. O ônibus do Irmão Renner é a primeira delas; as salas de aula do primário e o pátio, e depois a mudança para o “prédio grande”, as aulas profissionalizantes, o XERIFE, os campos de futebol, a Vila Oliva, o Morro do Sabiá, enfim, o Colégio era a nossa vida. Na época, éramos quatro irmãos estudando no Anchieta. O Colégio me ensinou muita coisa para a vida: disciplina, respeito, entre outras coisas. Trouxe-me principalmente uma grande relação com muitas pessoas especiais e importantes. A meu ver, relacionamento é tudo na vida e até hoje acabo encontrando pessoas que são ou foram do Anchieta em meu tempo ou de meus irmãos e até mesmo de meu pai, já que ele estudou no Velho Anchieta, no Centro. Foi com certeza o maior legado que nos deixaram nossos pais essa relação e essa educação que tivemos no Anchieta. RA | E as tuas disciplinas favoritas? FC | Eu não tinha uma disciplina favorita ao extremo, mas gostava, como gosto até hoje, de História. Gosto de coisas reais, de debater sobre coisas que aconteceram e que podem acontecer. RA | Ainda manténs contato com ex-colegas? Quais? FC | Logo após terminar o segundo grau, acabei mudando para Camaquã, cidade onde temos uma propriedade rural, para, junto com meu pai e um irmão, trabalhar
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| REVISTA ANCHIETA
nela. Paralelo a isso, ainda consegui cursar dois semestres de Administração, mas logo parei, pois o trabalho de leiloeiro rural, que estava começando, tomava todo o meu tempo. Trabalho esse que faço até hoje, já se vão 35 anos de profissão. Essa mudança para Camaquã acabou me afastando um pouco dos colegas de Anchieta por um bom tempo. No ano de 1995, voltei a morar em Porto Alegre, ainda por força de minha profissão, e a partir dos anos 2000 retomei algumas amizades de tempo de Colégio, como: Antonio Azmus, Flávio Freitas, Reinaldo Gabardo e recentemente com sócios de negócios André Zelmanovicz e Carlos Timmers. Desde as comemorações de 30 anos de formatura tenho ido nas confraternizações e nos encontros com parceiros de Anchieta.
Com a esposa Fabiana e a filha Ana, que deve ingressar no Anchieta em 2019
PERFIL ANCHIETANO
Com a turma do Anchieta em 1969.
REVISTA ANCHIETA | O Colégio influenciou na tua escolha profissional de alguma forma? FC | A escola com certeza me proporcionou diversos relacionamentos, que alavancaram minha profissão. Antes de mim, meu pai acabou trazendo para nossa família esse bom convívio com pessoas do Anchieta. Hoje sou casado com a arquiteta Fabiana Lança Fagundes, com quem tenho a Ana Fagundes Crespo, 6 anos, e que será minha primeira filha a estudar no Colégio. Estou muito feliz que a Ana vá estudar no Anchieta, porque sei que de lá vai tirar muito proveito em sua vida futura, tanto nas relações como profissionalmente. Neste ano de 2018, temos o encontro de 40 anos da escola e com certeza vai ser bastante emocionante, afinal, já somos avós, pais, e ainda reverenciamos nossas relações.
Fábio com as filhas Lívia, Manuela e Ana.
“Ao meu ver, relacionamento é tudo na vida e até hoje acabo encontrando pessoas que são ou foram do Anchieta em meu tempo ou de meus irmãos e até mesmo de meu pai...”
UMA MENSAGEM PARA NOSSOS ALUNOS
Ter uma filha anchietana só vai coroar tudo o que sonhei em termos de educação para minha família. Meu pai, meus irmãos, eu e agora uma filha. Espero que vocês, alunos de hoje, aproveitem cada momento, cada ensinamento e cada relacionamento que fizerem dentro deste grande Colégio. Estes momentos atuais serão em muito aproveitados no seu futuro.. Fábio Crespo
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Maria Clara Bingemer*
ARTIGO
A caverna, o monge e a espiritualidade
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Uma onda de solidariedade se fez presente de um ponto a outro do planeta.
ara quem anda descrente da humanidade, o recente episódio do resgate de doze adolescentes tailandeses de uma caverna inundada foi uma bela surpresa. Uma onda de solidariedade se fez presente de um ponto a outro do planeta. Uma corrente de desejos e sentimentos positivos apontava de todas as partes na direção da caverna onde os meninos e seu treinador estavam confinados. O heroísmo de tantos, que vieram de outros países para ajudar no salvamento, foi admirável. Em época tão conturbada como a que vivemos, trata-se de um autêntico reencontro da humanidade consigo mesma, como disse a acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira em recente artigo. Os doze meninos e seu treinador permaneceram na caverna onde as fortes inundações os surpreenderam isolados por longos dias com comida escassa e em condições muito precárias. Quando foram encontrados, o mundo inteiro ficou impressionado por estarem em boas condições físicas naquela situação limite que viviam. Mas, para além disso, chamaram mais ainda a atenção de todos pela calma e equilíbrio que demonstraram durante todo o processo de encontro, resgate e salvamento. De um grupo de adolescentes que formavam um time de futebol seria normal esperar medo, pânico e agitação ao se perceberem confinados em uma caverna escura por vários dias, sem saber como fazer para sair dali e salvar-se. A insegurança, aliada à escassez de recursos alimentícios e à exiguidade do espaço seco em meio à caverna alagada, tudo contribuía para que os meninos estivessem abalados e vulneráveis. No entanto, o que se viu foi um grupo de crianças calmas, vivendo a dificuldade pela qual passavam com um sorriso nos lábios e muita serenidade. Nenhum chorava ou tinha 10
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qualquer reação de angústia e aflição. E assim permaneceram ao longo de toda a operação de resgate com muita expectativas e adiamentos sem fim. Qual o segredo dessa paz, desse equilíbrio? Que espírito adejava por aquela caverna a ponto de conseguir tranquilizar desta maneira doze crianças em perigo? Cremos que a resposta se encontra em algo que acompanha o ser humano desde suas origens e que ao longo da história tomou formas e configurações diversas e fascinantes: a espiritualidade. Ou seja, a capacidade do ser humano de elevar-se além do sensorial e do racional, e experimentar a transcendência. No caso do time dos “Javalis Selvagens” que comoveu o mundo, parece que a fonte imediata daquele enfrentamento admirável de uma situação tão adversa encontra sua raiz na pessoa do treinador Ekapol Chanthawong. Foi ele quem os levou à excursão que acabaria isolando-os dentro da caverna. Mas foi igualmente ele que os liderou no processo de resistência que lhes permitiu conservar a vida e as energias, de modo que pudessem ser salvos e reconduzidos a suas famílias. O treinador, antes de ocupar-se de times de futebol, foi monge budista e viveu desde os doze anos em um mosteiro. Dali saiu para cuidar de sua avó doente. Ali também aprendeu as técnicas e o método da meditação budista durante uma década. E quando saiu, levou consigo a espiritualidade que havia vivido no mosteiro. O mosteiro ficou gravado em seu interior e o faz até hoje manter contato com a comunidade que ali reside. Segundo o abade do mosteiro, Chanthawong continua meditando regularmente. Parece que, ao constatar a situação de isolamento em que se encontrava junto com os meninos, passou a ensinar-lhes a meditar. O objetivo era mantê-los calmos e preservar suas energias enquanto ali estivessem. Assim se
passaram duas semanas. Cada um fazia uma hora de meditação ao dia, e isso os ajudou a resistir durante todo o tempo em que estiveram na caverna até serem encontrados e resgatados. Além de ajudar os meninos dando-lhes o que tem de melhor – sua espiritualidade – o treinador deu-lhes vida concreta retirada de sua própria vida. Jejuou e não se alimentou durante os dias de reclusão, a fim de que sobrasse mais dos poucos alimentos de que dispunha o grupo para os meninos. E foi o último a ser libertado e ver novamente a luz do sol. Certamente seus longos anos de ascese no mosteiro foram fundamentais nessa atitude e nessa prática. Neste momento, quando ainda vivemos, juntamente com a euforia da Copa do Mundo, o alívio e a alegria de ver a todos os personagens da caverna finalmente sãos e salvos, somos levados a refletir sobre a importância da espiritualidade para nossas vidas. A rica, admirável e milenar tradição budista pretende conduzir as pessoas em direção à iluminação e à paz de espírito. Poderia ter sido outra tradição. O importante neste caso é perceber a grandeza de nossa condição humana. Tão precária e frágil a ponto de contar com forças limitadas para sobreviver em situações difíceis. Mas tão incrivelmente bela e elevada de forma a enfrentar grandes dificuldades graças ao espírito que anima uma corporeidade finita e mortal. O time dos Javalis Selvagens e seu treinador nos sinalizam algo da maior importância. É preciso cultivar o espírito, investir na vida espiritual, seja em que tradição religiosa for, ou mesmo fora de qualquer uma. Certamente faz a vida mais digna desse nome. E pode ajudar-nos muito quando nos virmos isolados em alguma caverna escura e inundada sem vislumbrar saídas evidentes. * Teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio.
ACONTECE
FAMÍLIAS ANCHIETANAS DOAM SEU TEMPO PARA FAZER O BEM
ALUNOS DO 7º ANO CONHECEM A REDAÇÃO DO JORNAL ZERO HORA
Conhecer repórteres e seu dia a dia em uma redação de um jornal de grande circulação de Porto Alegre foi o objetivo da visita que um grupo de alunos do 7º Ano realizou no mês de outubro. Os estudants, que foram desafiados a elaborar um jornal nas aulas de Língua Portuguesa, conquistaram o primeiro lugar entre os colegas e ganharam um passeio até a redação do jornal Zero Hora. A visita também propiciou que o grupo conhecesse os estúdios das rádios do Grupo RBS e seus comunicadores.
Todos os anos, um grande grupo de famílias, professores e colaboradores se reúne em torno de uma causa maior: disponibilizar um pouco do seu tempo para conhecer outras realidades, compartilhar experiências e participar de uma manhã de atividades nas entidades assistidas pelo Colégio Anchieta. O projeto Família Anchietana Solidária acontece desde 2014 e neste ano possibilitou a visita a nove entidades: Educandário São João Batista, Abrigo João Paulo II, OSICOM, Amparo Santa Cruz (creche), Amparo Santa Cruz (idosos), Pé de Pilão, Lar São José, Fé e Alegria e Creche Planeta Mágico.
SEMANA FARROUPILHA 2018 INCENTIVA O CULTIVO DAS TRADIÇÕES GAÚCHAS
Os festejos farroupilhas foram animados na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I do Colégio Anchieta. Teve Recanto Anchietano no pátio do Prédio B, com muita música, dança e comidas típicas. Na Educação Infantil, destaque para o Piquete da Criançada Antchêtana, com adereços típicos, trazidos pelos alunos e uma programação intensa de atividades.
XV ENCONTRO DOS COLÉGIOS JESUÍTAS DO CONE SUL
Entre os dias 30 de agosto e 2 de setembro, o Colégio Anchieta sediou o XV Encontro dos Colégios Jesuítas do Cone Sul, o Interjesuíta 2018. Cerca de 300 alunos, junto com seus professores, vieram de instituições jesuítas de quatro países: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. A hospedagem dos jovens ficou sob a responsabilidade das famílias anchietanas, que gentilmente os acolheram em suas residências, uma experiência que fortaleceu o espírito de confraternização e as trocas sociais e culturais. DEZEMBRO DE 2018 |
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ACONTECE
ALUNOS DO 4º ANO PARTICIPAM DE OFICINA SOBRE A REALIDADE AMAZÔNICA
ALUNOS INTERCAMBISTAS COMPARTILHAM EXPERIÊNCIAS EM ENCONTRO
Desde o ano passado, o Colégio Anchieta participa do Intercâmbio Cultural nos Colégio Jesuítas, um projeto da Rede Jesuíta da Educação que visa à formação integral dos alunos, ao possibilitar a ampliação do conhecimento cultural, o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade ao oportunizar aos alunos morar um período em outros países. A experiência oportuniza que nossos alunos possam ir para o Chile e que os alunos daquele país possam vir para o Anchieta. E as diferenças culturais foram o assunto do bate-papo entre intercambistas chilenos e anchietanos, que compartilharam suas vivências, suas dificuldades e seus e aprendizados.
A atividade foi desenvolvida por representantes do Centro Alternativo de Cultura (CAC) de Belém do Pará, que estiveram em São Leopoldo participando do SEMEA (Semana de Estudos Amazônicos). O evento teve como um dos objetivos propiciar um espaço de reflexão e de sensibilização para os principais temas de debate do universo amazônico. Os alunos tiveram a oportunidade ímpar de participar de duas oficinas: de Sensibilização sobre a Cultura Amazônica e de Musicalidade, Corporalidade e Mística Amazônica, junto com educadores do CAC, entidade pertencente à Companhia de Jesus. A partir do tema “Brincar é urgente”, os alunos conheceram a realidade de comunidades indígenas e ribeirinhas e puderam refletir sobre a situação de crianças que não têm o direito de brincar, assumindo compromissos da vida adulta em função das necessidades socioeconômicas de seus pais.
ALUNOS PROMOVEM A II SINU DO COLÉGIO ANCHIETA
Em sua segunda edição, a Simulação das Nações Unidas (SINU), contou com o Comitê de Diretos Humanos (CDH), o Comitê Histórico (CH), Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ANUMA) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), este somente para antigos alunos, além do Comitê de Imprensa. Neste ano, os alunos do 9º Ano foram convidados a assistir à primeira sessão do Conselho de Segurança que ocorreu no Auditório 1.
ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL REALIZAM PLANTAÇÃO DE IPÊS-AMARELOS
O que esta geração deseja deixar como legado para o futuro? As crianças da Educação Infantil já sabem. Conscientes de seu papel na preservação do meio ambiente, os alunos plantaram mudas de ipê-amarelo nos pátios próximos ao seu prédio. A ação fez parte da programação da Semana da Pátria 2018 e envolveu alunos, professores e convidados, que foram escolhidos para apadrinhar as plantas. A Coordenadora de Unidade de Ensino da Educação Infantil ao 5º Ano, Tatiane Waldow, parabenizou as crianças pelo exemplo. “Vocês estão deixando uma marca na natureza, no nosso planeta Terra. Então, hoje estamos plantando duas coisas: ipês-amarelos e felicidade para todos nós. Parabéns!”, completou.
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ACONTECE
SHOW MUSICAL ANCHIETA COMPLETA 52 ANOS COM ESPETÁCULO
O aniversário foi no dia 18 de novembro, mas a comemoração ocorreu no dia 20 de novembro, com um belo espetáculo no Teatro UNISINOS. Há mais de cinco décadas, o Show Musical Anchieta leva cultura, arte e muita alegria pelos palcos nos quais se apresenta. Sobre essa história de 52 anos, o assessor do grupo, Ir. Celso Schneider, escreve: “Um aspecto muito saliente no grupo artístico e trabalhado de forma constante é a formação de cidadãos competentes, através da qualidade musical; conscientes e compassivos na relação com públicos diversos, sobretudo nas viagens ao interior e comprometidos nas suas atitudes de participação permanente no grupo que integram. A vivência desses valores justifica a existência desta atividade musical no Colégio Anchieta, pois isso se insere na proposta de educação inaciana”.
ANCHIETA REALIZA AÇÃO NO NATAL DO SHOPPING IGUATEMI Desde o dia 7 de novembro, as crianças que visitarem o espaço preparado pelo Shopping Iguatemi para o Natal poderão colorir um presépio e levar para casa, para enfeitar sua árvore, uma lembrança do Colégio Anchieta. A ação faz parte da programação especial do shopping para celebrar a data e já é um verdadeiro sucesso! Passaram por lá em torno de 100 mil crianças. A ação tem como objetivo a ativação de marca, já que em 2018 o Colégio Anchieta não teve Campanha de Matrículas, devido às ações institucionais no decorrer do ano.
PROJETO GLOBAL CADEIRA VERMELHA TEM SUA SEGUNDA EDIÇÃO NO ANCHIETA
No fim do mês de novembro, os alunos do 4º Ano participaram de mais uma edição do Projeto Cadeira Vermelha, um movimento global promovido desde 2012 pela plataforma Educate Magis, a ONG jesuíta Entreculturas, o Friends Of Fé y Alegria dos Estados Unidos e o Edujesuit para defender o direito de crianças e adolescentes de frequentarem a escola. A campanha ganhou o nome de La Silla Roja, ou A Cadeira Vermelha, um alerta para a importância de uma educação inclusiva e de qualidade que procure atender as necessidades de cada um e leve em consideração o direito de ser diferente. A ideia é espalhar cadeiras vermelhas a fim de chamar a atenção para a causa. Após trabalhar o tema em sala de aula, os alunos do 4º Ano, em grupos, criaram cartazes com imagens que remetessem à infância, destacando um direito fundamental de toda criança. Ao final da atividade, fizeram a pintura das cadeiras, que foram colocadas em suas salas de aula para marcar a participação na campanha e não esquecer de tantas crianças que ainda sofrem por não poderem estar usufruindo de seu direito de aprender.
COLÉGIO ANCHIETA LEVA OURO E HONRA AO MÉRITO NO PRÊMIOS SINEPE/RS 2018
Dois projetos do Colégio Anchieta foram premiados no dia 4 de dezembro durante a cerimônia do P rêmios SINEPE/RS, que ocorreu no Clube do Comércio: o Filme Art. 243 levou Ouro na categoria P articipação Comunitária do 13º Prêmio de Responsabilidade Social e o Projeto Holocausto, que recebeu Honra ao Mérito na Categoria Desenvolvimento Cultural. A Coordenadora do Serviço de Orientação E ducacional, Isabel Tremarin, recebeu o prêmio pelo filme junto com o cineasta Ricardo Fagundes, do Projeto Cinema na Escola. Pelo Projeto Holocausto, representaram a Instituição as professoras de L íngua Portuguesa Krishna Soares e Patricia Gomes. DEZEMBRO DE 2018 |
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ACONTECE
ESCOLA DE ARTES PARTICIPA DA MOSTRA DE DANÇA INFANTIL E APRESENTA ESPETÁCULO DE FINAL DE ANO
No mês de outubro, as alunas de Dança da Escola de Artes do Colégio Anchieta apresentaram-se na Mostra de Dança Infantil. Com o tema “A noite é uma criança”, o espetáculo teve sua primeira edição em Porto Alegre com o intuito de mostrar as produções artísticas das instituições participantes, sem caráter competitivo. As alunas da Escola de Artes, que já vêm desenvolvendo um trabalho há quatro anos na parte da Dança, apresentaram quatro números na Mostra: Estrelas, Rosas, Serpente e Mulheres de Negócios. Assista em youtube.com/anchietars. No mês de novembro, foi a vez de subir ao palco do Teatro Unisinos com o espetáculo O Pequeno Príncipe, uma releitura do clássico de Saint-Exupéry, com a participação das alunas de Ballet e Jazz.
TRABALHOS DO PROJETO EDUCANDO PARA AS EMOÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO APRESENTADOS EM UMA MOSTRA
PROJETO NOSSO JEITO DE APRENDER APRESENTA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Neste segundo semestre, dezenas de pais vieram ao Colégio Anchieta para conhecer as práticas pedagógicas da Educação Infantil e o processo de alfabetização do 1º Ano, experiência garantida pela participação no Projeto Nosso Jeito de Aprender. Neste semestre, foram duas edições: no dia 20 de agosto e no dia 10 de novembro, esta última também dedicada aos pais e alunos do Infantil C que irão passar para o 1º Ano em 2019. Há quase duas décadas, o Nosso Jeito de Aprender é uma oportunidade ímpar para que pais e filhos, juntos, conheçam o que o Colégio Anchieta tem a oferecer. As atividades pedagógicas são especialmente preparadas pelas equipes para garantir uma experiência significativa em família.
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No mês de novembro, quem passou pelo saguão do Prédio A pôde conferir os trabalhos expostos produzidos pelos alunos da Educação Infantil em atividades propostas pelo Projeto Educando para as Emoções. A iniciativa tem como objetivo a construção de um espaço de aprendizagem com os alunos na identificação e no reconhecimento das emoções. O trabalho é desenvolvido ao longo do ano letivo e está divido entre os três Infantis: Infantil A – “Exploração e sensações – significando o medo e a alegria”; Infantil B – “Identidade – externalizando e compreendendo as emoções (alegria, tristeza, medo e raiva)”; Infantil C – “Relações e Transformações: as emoções consigo, com o outro e com o mundo”.
ACONTECE ACONTECE
SEMANA ANCHIETANA 2018
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ESPECIAL
Pensamento computacional
Alunos do 4º e do 9º Anos desenvolvem pensamento computacional em sala de aula
O trabalho desenvolvido ao longo do ano resultou em uma mostra de jogos.
“O trabalho em equipe e a animação de fazer parte de um projeto mundial foram fatores motivadores para o bom desempenho dos estudantes.” Joelene Lima Professora responsável
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| REVISTA ANCHIETA
Entre os dias 19 e 21 de novembro, o Auditório 1 do C olégio Anchieta sediou uma verdadeira feira de tecnologia: os expositores explicavam as aplicabilidades de seus produtos e permitiam que os usuários testassem as inovações e conhecessem o processo pelo qual o material passou até chegar na sua versão final. A feira de tecnologia, na verdade, é a III Mostra de Jogos Digitais, a culminância de um trabalho realizado ao longo do ano em que alunos do 4º e do 9º Anos mergulham no mundo dos códigos e aprendem a programar jogos. Mais do que isso: desenvolvem novas habilidades para a vida como criatividade, raciocínio lógico e resolução de problemas. Os alunos do 4º e do 9º Anos explicam com propriedade o processo criativo pelo qual seus games passaram, mostrando aos colegas do 3º e do 8º Anos o que eles devem esperar dos desafios que os aguardam em 2019. Segundo a professora Joelene Lima, responsável pela área de Tecnologias Educacionais do Colégio Anchieta, a apresentação
dos jogos criados também é uma estratégia pedagógica, na medida em que o aluno se apropria ainda mais daquele conteúdo. “A Mostra é um fechamento de todo o trabalho realizado e uma forma de eles consolidarem a aprendizagem. Uma das melhores maneiras de se aprender algo é ter de ensiná-lo a alguém. A responsabilidade de ensinar nos leva a um estado de reflexão tal que começamos a nos perguntar a nós mesmos sobre dúvidas que nem imaginávamos ter”, explica. Para os alunos do 4º Ano, o desafio proposto pelo componente curricular Tecnologia e Arte Digital foi criar um jogo sobre as Missões Jesuíticas utilizando o Scratch para programar, ferramenta desenvolvida pelo
ESPECIAL
MIT (Massachussets Institute of Technology) e concebida especialmente para jovens entre 8 e 16 anos, usada em mais de 150 países e disponível em mais de 40 idiomas. Nós já contamos sobre esse trabalho lá na REVISTA ANCHIETA de nº 30, de novembro de 2016. Lembra? Se não, veja aqui (http://bit.ly/2PG5E8o). De lá para cá, tivemos algumas novidades, e entre elas a ampliação do ensino de programação para os alunos do 9º Ano, que passaram a contar com a disciplina de Introdução ao Pensamento Computacional em seu currículo neste ano, utilizando ferramentas como o Construct para programar e o Inkscape para criar as imagens. Ministradas pelo professor Leonardo De Boita, as aulas têm como propósito desenvolver competências e habilidades, como o raciocínio lógico, a criatividade, a autonomia e a resolução de problemas. “No início, a expectativa dos estudantes foi muito grande, uma vez que a maioria gosta de jogar jogos digitais. Logo se apropriaram do desafio e elogiaram o processo como um todo, uma vez que cada equipe poderia criar seu jogo. Um grande desafio foi não ensinar pela repetição, mas orientar para as necessidades que iam surgindo em cada equipe”, pondera De Boita. O despertar do interesse dos alunos para o assunto possibilitou que o Anchieta sediasse mundialmente o evento Global Game Jam Next (GGJ Next) no mês de
“Um grande desafio foi não ensinar pela repetição, mas orientar para as necessidades que iam surgindo em cada equipe.”
julho, quando a Gincana Virtual desafiou os alunos a, em um período curto de horas, passar por todas as etapas para criar um jogo. Estudantes do 6º ao Leonardo De Boita Professor 9º Anos formaram equipes e participaram do evento que aconteceu simultaneamente em vários países e tratou especificamente do fomento de um processo de criação que envolve prototipação, design interativo, programação, exploração da narrativa e habilidades de expressão artística. “O trabalho em equipe e a animação de fazer parte de um projeto mundial foram fatores motivadores para o bom desempenho dos estudantes. Uma semente foi lançada para aprendermos sobre a estrutura do evento, sabermos o nosso nível de adesão às tecnologias digitais no Colégio e prospectarmos duas ações: criar um desafio interno para os alunos e expandir, abrindo para a participação de equipes visitantes de outras escolas do RS”, comemora Joelene.
O objetivo das aulas de Introdução ao Pensamento Computacional é desenvolver competências e habilidades em diversas áreas.
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Como se cria um jogo? Não é tão rápido, pois requer a compreensão sobre diversos aspectos que envolvem as funcionalidades dos jogos digitais. O processo inicia com o entendimento dos alunos sobre o que é um jogo; depois, o que é um jogo digital, como pode ser construído e quais habilidades são necessárias para que eles possam desenvolvê-lo. As etapas do processo de produção de jogos digitais envolvem desde o planejamento – que inclui a temática (que no 4º Ano é Missões Jesuíticas, e no 9º Ano é livre), o roteiro do jogo, os desafios que serão feitos ao jogador e a mensagem que deseja ser dita –, a produção dos desenhos, cenários (backgrounds), personagens e objetos (sprites) e todos os comandos para que o jogo funcione conforme planejado. Para fazer tudo isso, os alunos trabalham em equipe, desempenhando um papel diferente cada um: roteirista, artista, designer e programador Nesse sentido, o diálogo com a universidade é fundamental para dar a real dimensão do desenvolvimento de games. Assim, surgiu uma parceria do projeto com o Curso de Jogos Digitais da UNISINOS. Professores e estudantes universitários realizam workshops para os alunos do Anchieta e disponibilizam visitas ao Atomic Rocket, laboratório de desenvolvimento de Jogos Digitais da universidade. Os alunos testam jogos e podem familiarizar-se com os tipos de recursos existentes. “É uma rica oportunidade para que os nossos alunos conheçam o que há de mais inovador em termos de tecnologia, ampliando sua visão e estimulando seus sentidos para o trabalho a ser desenvolvido”, explica Joelene.
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Quer conhecer os jogos? Acesse aqui.
Se para o Colégio a parceria rende muito conhecimento e contato com inovação, para a universidade é uma oportunidade de conexão com os alunos do ensino básico para mostrar suas possibilidades em termos de profissões e carreiras. “Participar de iniciativas dentro da escola é reaproximar a universidade do ensino básico, uma forma de refletir sobre sua importância quanto à motivação dos alunos, que podem ver uma universidade atuante, não distante, conhecer novas profissões, aumentar seu repertório de experiências”, defende o coordenador do curso de Jogos Digitais da UNISINOS, João Ricardo Bittencourt. Além disso, ele ainda destaca os benefícios para os universitários, que estão diretamente envolvidos nesse trabalho, e para o curso. “Para o universitário é uma possibilidade de interação, conhecer pessoas, falar com o público, apresentar sua área de atuação. Ele se apropria mais de sua carreira. Para o curso, no caso Jogos Digitais, é uma forma de mostrar a produção do curso, motivar os alunos no sentido de eles enxergarem possibilidades, quem sabe futuramente cursarem Jogos Digitais”, explica Bittencourt.
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Terceiro Ano, um tempo de vivências e experiências para contar
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s turmas do 3º Ano do Ensino Fundamental I, durante o ano de 2018, tiveram a oportunidade de vivenciar atividades significativas e que estiveram diretamente ligadas ao processo de aprendizagem desenvolvido pelo Ano. A partir de um trabalho interdisciplinar envolvendo as áreas do conhecimento, surgiu uma proposta que tinha como um de seus objetivos contemplar questões bem sustentáveis e saudáveis a serem apresentadas aos alunos. Começamos a partir da análise do tipo de lixo que produzimos, o descarte correto e a utilização de dejetos orgânicos que poderiam ser utilizados na composição de uma composteira. O estudo do solo e suas características produziu nos alunos o entendimento de que nem todo solo é próprio para o plantio. Esses conceitos pareciam fáceis de entender, mas não era tão simples assim. Precisava-se ter clareza e orientações corretas para seguir com a ideia. Assim, surgiu uma composteira por turma, que foi pensada, planejada e construída com os alunos, que, envolvidos, não mediram esforços para que nada faltasse. O clima, porém, não foi um fator que ajudou, e com dias muito frios, o processo do composto acabou sendo tardio. Paralelamente a essa espera, os conhecimentos seguiram com a importância da água, atitudes sustentáveis... surgiram personagens fictícios que nos permitiram e nos desafiaram a escrever narrativas e imaginar ações do bem, sempre com muito diálogo, trocas e desafios entre todos. E assim, seguiram nossos dias. Veio então o plantio. Momento único, saboreado a cada buraquinho feito na terra, mesmo que, para alguns, exigisse vencer barreiras. Mais uma vez, veio o tempo nos mostrar que era
necessário esperar, o tempo de cada muda plantada crescer, para só então pensarmos na colheita. Com tudo isso, surgiu a ideia de tentar alinhar mais uma oportunidade de vivência junto aos alunos. Foi pensada a visita de uma Feira Orgânica, dentro do espaço escolar, para que então se pudesse, mais uma vez, experenciar. E que linda experiência! Lista de compras na mão, valores nos bolsos, ou até mesmo em pequenas bolsinhas. Sacolas sustentáveis e muita, muita disposição, expectativa e curiosidade. Foi assim que nossos alunos viveram um dia especial de ir à feira fazer compras saudáveis! A Feira Orgânica foi um sucesso! Para nós, professoras, ver ideias tomando forma, surgindo, sendo colocadas em prática, é um retorno maravilhoso sobre o pensar e o fazer pedagógico acontecendo. Como referência para nosso trabalho, buscamos inspirações no PEC, que nos instiga, como docentes, a nos reinventar em nossas ações. Por fim, acreditamos que estas importantes vivências planejadas para os nossos alunos do 3º Ano estão nos apontando aquilo que é a nossa intenção
INSPIRAÇÕES NO PEC O professor organiza sua ação docente de tal forma que favorece aos estudantes o contato, a apropriação, a formulação e a reformulação em relação ao conhecimento, atuando sempre de modo a tornar efetiva a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias ao exercício da cidadania. (PEC, 2016, p. 49)
dentro de um colégio da Companhia de Jesus: a de favorecer a aquisição do conhecimento de modo vivencial, percebendo que estas experiências estão intrinsecamente comprometidas com as nossas ações humanas. Este é o fundamento da aprendizagem integral, um caminho que nos conduza a nos tornar pessoas conscientes, competentes, compassivas e comprometidas com a sociedade em que vivemos e que nos convida a participar dela de forma plena e responsável. Professoras do 3º Ano Ensino Fundamental I
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DESTAQUE CAMPANHA
Anchieta mobiliza comunidade para educação no trânsito Uma parada para observar como o trânsito se organiza nos horários de pico do Colégio Anchieta já possibilita uma série de reflexões e diversos pontos de atenção. Dada a sua estrutura ampla, o Anchieta tem um grande diferencial que é oferecer estacionamentos internos para que os pais possam desembarcar seus filhos em segurança, principalmente nos portões 2, 5, 7, 8 e 9. Entretanto, esse também constitui um grande desafio institucional em razão do volume de carros e da inobservância das regras de trânsito. Alta velocidade, estacionamento em locais proibidos e obstrução da passagem são algumas das ocorrências mais recorrentes no ambiente escolar. Fatos que põem em risco a segurança dos alunos, que devem ser preservados para vivenciar sua plena liberdade em um ambiente seguro, acolhedor e que estimule a aprendizagem. “Na perspectiva de um colégio que prima por uma Formação Integral, percebemos a necessidade de implantar um projeto educativo a fim de chamar atenção da comunidade sobre o comportamento dos motoristas na circulação interna, em nossos estacionamentos e acessos. As intercorrências diárias afetavam o clima escolar, causando transtornos nas nossas rotinas”, explica a Coordenadora de Unidade de Ensino da Educação Infantil ao 5º Ano, Tatiane Waldow. Os números dão a dimensão do grande desafio que representa o trânsito interno do Colégio Anchieta. Além disso, há ainda o trânsito de carros que prestam serviço de transporte por aplicativos, cujos motoristas muitas vezes não conhecem a rotina da Instituição e suas regras de trânsito interno.
O folder da Campanha está disponível no site do Anchieta.
Total de alunos
3.000
Veículos cadastrados no sistema
2.000
Pais com cartão de acesso
2.000
Alunos com cartão de acesso
2.598
Transporte Escolar Igreja da Ressurreição (celebrações) Grupo de Escoteiros Ensaios do Show Musical Anchieta
20 veículos 150 veículos 10 veículos
Restaurantes, cantinas e construtora (cadastradas)
80 pessoas
Atividades extracurriculares Intercolegiais
Acesso de terceiros
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250 veículos
Ensaio do Coral Anchieta
Projeto Apadrinhamento
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*Estatística Média Fonte: Relatório controle de acesso Setor de Segurança, 2018.
6 ônibus*
por semana
8 escolas*
diferentes por semana
3 ônibus* por mês
25 pessoas* por dia
DESTAQUE
Sou anchietano, sou gentil Como tornar o trânsito interno do Colégio Anchieta mais harmonioso? De que forma se poderia despertar na comunidade a importância da gentileza nas ações do dia a dia? Foi preciso um olhar crítico sobre a realidade e um trabalho engajado de diversos atores para formular estratégias eficazes de conscientização de motoristas e pedestres que circulam no espaço escolar. Assim, o Colégio, com o apoio da Associação de Pais e Mestres (APM) e da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), lançou a campanha Educação para o Trânsito: Sou anchietano, sou gentil. A Instituição escolheu o dia 25 de setembro, Dia Nacional do Trânsito, para marcar o início do movimento que pretende fortalecer uma cultura de respeito e responsabilidade no trânsito dentro do campus, levando também esse aprendizado para fora dele. A campanha Sou anchietano, sou gentil, além de conscientizar os motoristas sobre sua atuação no trânsito, pretende despertar neles a consciência sobre quais exemplos querem deixar para seus filhos, nossos alunos. Nesse sentido, o Colégio conta com a ajuda dos alunos na fiscalização do cumprimento das regras, principalmente dos menores. “As crianças são nossas principais apoiadoras, cobrando atitudes de respeito no espaço do Colégio, fazendo campanhas na família e contando quando os pais colaboram. Esse retorno para nós já está sendo
A PRIMEIRA INICIATIVA que buscou refletir sobre esse contexto na Instituição foi a linha prioritária Acessibilidade, Mobilidade e Segurança, desenvolvida no Colégio Anchieta desde 2014. Nesses quatro anos, diversas ações já foram implementadas, como o alinhamento do sistema viário interno e de mobilidade; a implantação do sistema de catracas e cancelas com cartão de acesso e selos de identificação; a qualificação e a ampliação dos estacionamentos internos; a ampliação das calçadas e coberturas internas; e a ligação da passarela UNISINOS ao Colégio.
muito positivo”, salientou Tatiane Waldow. Segundo a agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte da EPTC, Tatiane Fontoura, que atua na Coordenação de Educação para a Mobilidade da entidade, campanhas educativas de trânsito precisam chamar atenção das pessoas para suas atitudes e como elas influenciam no todo. “As campanhas de educação para o trânsito são eficientes na medida em que o direcionamento apresentado sensibilize o receptor, aproximando a teoria da prática e demonstrando a importância das ações individuais e seus reflexos no compartilhamento dos espaços coletivos”, explica. Para a mãe de alunos Cristina Bukhart, a iniciativa foi muito positiva em relação a um problema que a incomodava: o desrespeito no estacionamento. “Foi uma iniciativa muito bacana porque de uma forma muito educada o Colégio conseguiu se posicionar a respeito dessa conduta”, comemorou. Segundo ela, ficou tão feliz com a campanha por acreditar que o ambiente escolar é um espaço próprio para dar exemplo que entrou em contato com a Direção para elogiar. “Fiquei muito orgulhosa da escola, não só por essa iniciativa, mas por todas as outras que o Anchieta desenvolve e que demonstram sua preocupação com os alunos como um todo”, destacou.
As intervenções no campus incluem placas e cancelas com avisos e lembretes.
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Intervenções no Campus: AÇÕES CHAMAM ATENÇÃO DOS MOTORISTAS
GRUPO DE TRABALHO: Setor de Comunicação e Marketing, Setor Comunitário, SOCEs e EPTC.
Para colocar o projeto em prática, várias ações foram implementadas. A primeira delas foi a p rodução e a posterior distribuição a toda a comunidade anchietana de um fôlder educativo sobre comportamento no trânsito, informações sobre acessos ao Colégio e regras importantes. As crianças da Educação Infantil receberam a visita do Azulito, mascote da EPTC, que de forma lúdica ajudou a passar uma mensagem de conscientização sobre o assunto. Depois dessa visita, foram realizadas estratégias pedagógicas que desencadearam diversas reflexões pelos alunos. Segundo as orientadoras de Convivência Escolar da Educação Infantil, Adriana Jacques e Christiane Sisson, é nítida a preocupação dos alunos em relação à atenção no trânsito. Eles iniciaram um movimento dentro do próprio prédio, percebendo que deviam tomar alguns cuidados em relação à subida e à descida da rampa que dá acesso às salas de aula. “A partir das estratégias desenvolvidas em aula objetivando o tema da campanha e visando seus deslocamentos em nosso prédio, percebi crianças mudando suas atitudes ao subirem e descerem a rampa, respeitando o espaço
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do outro no ir e vir e apresentando comprometimento na construção de um mundo melhor”, observou Adriana. Para Christiane, os alunos passaram a se preocupar mais com a questão da segurança no trânsito. “Observo claramente a diferença na conduta dos pequenos. Esses dias, por exemplo, ao irem conhecer a nova praça, estavam na rodinha combinando como deveriam fazer o trajeto. E o que apareceu? Que só poderiam atravessar a rua na faixa de segurança ‘como disse o guarda’, referindo-se ao Azulito”, conta. Alertar os motoristas sobre limite de velocidade e espaços onde os alunos circulam são algumas das mensagens que estão espalhadas pelo campus. As intervenções no campus incluem inserções de placas nas cancelas, em pilares e em placas de velocidade. Também foram instalados “bate-rodas” no estacionamento
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do prédio da Educação Infantil, tornando a passagem dos pedestres no local mais segura. E as mudanças já começam a ocorrer, segundo Cristina. “Eu já notei diferença. Atualmente frequento o estacionamento da Educação Infantil e eu via muitos pais estacionando em local proibido, parando o carro em fila dupla, e depois que iniciou a campanha eu já percebi mudanças”, comemora. CHANCELA DA EPTC A chancela da EPTC à campanha mostra a preocupação da Instituição em alinhar-se a ações já consolidadas, mostrando que há uma grande responsabilidade ao trabalhar sobre o tema. “A EPTC, por meio da Coordenação de Educação para a Mobilidade, realiza ações em parceria com instituições públicas e privadas a fim de promover uma mudança de comportamento relacionado diretamente com a preservação de vidas. Portanto, a campanha desenvolvida pelo Colégio Anchieta vai ao encontro da proposta almejada, cumprindo com o objetivo de conscientizar os funcionários, pais e alunos sobre suas atitudes no espaço interno da escola, o que com certeza também será multiplicado nos demais locais”, destaca Tatiane Fontoura. O trabalho realizado pelo Colégio Anchieta rendeu o título de Escola Amiga da EPTC, certificação dada às instituições que trabalham a questão da educação para a mobilidade, uma prática realizada desde 1999. “Verificamos que a eficiência do tema estava relacionada com algumas premissas básicas: continuidade e multiplicação. Para termos êxito no trabalho, faz-se necessário inicialmente sensibilizar os profissionais que estão cotidianamente envolvidos na transferência de conhecimentos teóricos para os alunos, pois dessa forma estaremos multiplicando conhecimento para práticas de proteção à vida no trânsito. Ser uma escola amiga é ter a certeza de estar formando pessoas cidadãs”, completa Tatiane Fontoura. Além disso, a fim de reforçar a importância da campanha junto à comunidade anchietana, o diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, junto com o Azulito, participou da abertura oficial da Semana Anchietana 2018.
Confira a playlist Dirigindo numa boa no perfil do Colégio no Spotify. Mais uma ação da campanha Sou anchietano, sou gentil:
PRÊMIO EPTC A Campanha Educação para o Trânsito: Sou anchietano, sou gentil venceu na categoria Empresas do 11º Prêmio EPTC de Educação para o Trânsito. O anúncio foi feito no dia 5 de novembro, na solenidade de premiação ocorrida no Teatro Renascença. Foram inscritos 510 trabalhos em 12 categorias, avaliados por um júri de funcionários da EPTC e do Detran-RS. O objetivo do concurso era incentivar a prática de comportamentos e hábitos seguros no trânsito, premiando as iniciativas que se destacaram em suas categorias.
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Espaços que guiam a aprendizagem
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o dia 19 de novembro de 2018, aconteceu a 3ª Edição do Anchieta Narra, experiência que se propõe à escuta do nosso trabalho nos diferentes segmentos e que este ano vem com o tema “Espaços que guiam a aprendizagem”. Existem muitos espaços em uma escola, e é indispensável torná-los espaços que promovam e revelem aprendizagens, transformando-os em verdadeiros ambientes em que circulam conhecimentos. Estes ambientes retratam situações que nos despertam diferentes sentimentos, pois revelam a concepção de ensino e aprendizagem da escola, mostram o perfil de quem a frequenta, porque os espaços se tornam ambientes à medida que as interações e ações vão acontecendo. Como disse Lino de Macedo: “O espaço é a morada dos objetos, e o ambiente é a morada das ações”. O espaço escolar não é neutro: ele sempre educa. O locus de aprendizagem, a arquitetura dos prédios escolares e seus elementos simbólicos, a configuração da sala de aula e de todas as instalações escolares, tudo está marcado por um conjunto de significados sociais e culturais que as crianças e os adolescentes internalizam e que traduzem um sistema de valores e uma intencionalidade pedagógica. Analisando a trajetória da história da
educação, percebe-se que a concepção a respeito da organização dos espaços e ambientes escolares limitava-se, no passado, apenas ao olhar do adulto. Ao longo do tempo, esses espaços foram se transformando e aprimorando com o apoio das reflexões realizadas na formação continuada nas escolas. É preciso, hoje, que valorizemos a construção de novos espaços de aprendizagem que permitam aos estudantes a construção de relações cognitivas e socioafetivas menos estanques e mais abertas. Nesse sentido, vários outros espaços escolares assumem o seu papel educativo, e a própria sala de aula se modifica, transformando-se em
um ambiente de aprendizagem que propicia uma maior interação com os materiais disponíveis, o fortalecimento de inter-relações pessoais mais expressivas e a troca de experiências e vivências entre alunos e professores. Nesse novo contexto, o espaço e os ambientes são ressignificados, tornando-se elementos constitutivos essenciais à atividade educativa. Na verdade, o ambiente é considerado o “terceiro educador”. Nessa perspectiva, o ponto-chave de todo o processo reflexivo em relação à abordagem dos espaços e ambientes é considerar o aluno como centro de todo o processo, ou seja, os ambientes favorecendo as aprendizagens e o protagonismo dos alunos. Nesta 3ª edição do Anchieta Narra, fizemos um roteiro para conhecer mais de perto o trabalho em oito espaços significativos do Colégio: a Igreja; as Bibliotecas; os Laboratórios de Química, Física e Ciências; o Centro de Línguas; o Ginásio de Esportes; o Laboratório de Informática; o Espaço da Educação Infantil e o Museu. Cada professor percorreu três espaços, que chamamos de “estações”, conhecendo um pouco mais do trabalho desenvolvido. Por Equipe do SOP do Colégio Anchieta
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POR DENTRO DA SALA DE AULA
Como uma avaliação pode ser!
*Professora Leticia Azzarini Rostirola – Ciências 6º Ano Ano do Ensino Fundamental II Há quatro anos, o projeto “Uso Sustentável da Água” nasceu da necessidade de fazer nossos alunos pensarem e agirem com relação a formas alternativas de reutilização e economia de água. Somado a isso, queríamos criar uma forma mais lúdica de avaliar os alunos, em que eles pudessem criar e aprender com prazer (PEC 29) e que fosse um momento em que o aluno, por meio do uso de pesquisa e da elaboração de projeto científico, tivesse papel ativo na construção do seu conhecimento (PEC 32). Mais recentemente, sentimos também a necessidade de ajudar os alunos a aprenderem a trabalhar em grupo, fazendo uso das diversas áreas do conhecimento, defendendo suas opiniões e considerando as dos colegas. Isso os prepararia, assim, para um futuro mercado de trabalho em convivência harmoniosa, “[...] onde a excelência acadêmica seja fruto da construção coletiva do conhecimento, com um currículo integrado e integrador que resulte em vidas transformadas para o bem de uma nova sociedade.” (PEC, p. 14-15). Com esses objetivos, foi projetada uma avaliação diferenciada a ser realizada na forma de maquete física para o 6º Ano do Ensino Fundamental. A avaliação promoveu a elaboração coletiva (em grupos de alunos) de alternativas viáveis para o uso e o reuso da água que visassem ao bem social e ambiental. Buscando a construção de um conhecimento mais amplo e integrador, foram envolvidas, nesse trabalho, diversas áreas do conhecimento acadêmico (Ciências, Artes, Português, História e Inglês), cada qual avaliando seus objetivos específicos. A avaliação de Ciências deu-se em duas etapas: pesquisa e elaboração do projeto detalhado, que propunha ideias alternativas de uso sustentável da água; e construção e apresentação de modelo (maquete física) que demonstrasse as propostas de uso e reuso alternativos da água. A maquete proposta deveria apresentar formas alternativas de uso sustentável da água doce do planeta, em ambientes que contemplassem a zona urbana ou rural no entorno da cidade de Porto Alegre, como chácaras, praças, bairros, shoppings ou qualquer outro ambiente do cotidiano do aluno. Para a confecção da maquete física, foi permitido somente o uso de sucatas, sendo este mais um desafio para os alunos, no sentido de incentivar o reaproveitamento. Materiais descartados, como caixas de remédios e de fósforos, tampinhas diversas, palitos de picolé, plásticos de garrafa, papéis e esponjas já utilizados foram as “peças” básicas para as edificações e criações de itens naturais. Pessoas, plantas e animais, deveriam
ser incluídas, observando que esses elementos deveriam estar proporcionais ao tamanho dos edifícios e demais elementos da maquete. O resultado desse trabalho mostrou-nos uma grande satisfação dos alunos com relação à metodologia de avaliação e também a necessidade de ensinarmos a eles caminhos que os auxiliem a desenvolver mais sua proatividade. As pesquisas feitas pelos alunos foram de relevante importância na medida em que instigaram as crianças a usar meios eletrônicos para busca de conhecimento e não apenas para diversão e entretenimento. A inteligência emocional foi trabalhada nos momentos de conflito, quando o senso de coletividade e o respeito aos pontos de vista diferentes superaram as divergências de pensamento e relacionamento, desenvolvendo-se a discussão saudável do debate. A criatividade e o envolvimento das crianças geraram ideias com grandes ganhos socioambientais – houve muitos casos de propostas plausíveis e de fácil aplicabilidade. É fundamental que continuemos desenvolvendo atividades que reforcem, em nossos alunos, a iniciativa, a capacidade de análise, a busca de informações e a inteligência emocional para o trabalho coletivo de modo que se tornem as pessoas que desejamos para este mundo: COMPETENTES, COMPASSIVAS, CONSCIENTES e COMPROMETIDAS.
Alunos produziram as maquetes com sucata em sala de aula
Depois, o material foi exposto no hall do Prédio A.
“...Organizar espaços e tempos escolares com novas e criativas perspectivas de aprendizagem.” (PEC 29) DEZEMBRO DE 2018 |
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POR DENTRO DA SALA DE AULA
“Uma Noite no Museu” É uma experiência pedagógica transdisciplinar realizada a partir de uma linha do tempo organizada pelos professores do 5º Ano e profissionais do Museu Anchieta de Ciências Naturais. Neste projeto, que em 2018 está em sua segunda edição, os alunos se aventuram num tour de conhecimento pelo Museu do Colégio, em oficinas que envolvem especialmente os componentes curriculares de Ciências, História, Geografia, Arte. A noite no Museu é mesmo uma grande aula divertida; além de ser uma grande retomada dos conteúdos trabalhados até então, esses conhecimentos são testados através da gamificação, com o jogo Kahoot. As vivências pensadas pelos professores e a equipe do Museu são no sentido de impactar, a partir de sons, luzes e sensações diferentes, com a expectativa de não saber o que vem pela frente, causando uma nova surpresa em cada situação de aprendizagem. Nas palavras do professor Cleomar, de Geografia: “O impacto dessa noite, sem sombra de dúvidas, fica gravado na vida dos nossos alunos”. Dentre o proposto está o incentivo à preservação da vida no Planeta, em todas as suas expressões. Os alunos são convidados a realizar uma viagem no tempo, por meio de vídeos que mostram um dos modelos de formação do Planeta Terra, desde o Big Bang até os dias atuais. O grande objetivo é despertar a curiosidade e a reflexão crítica sobre evolução humana e terrestre.
“Quando nós entramos no cineminha, achamos que ia ser uma aula comum, mas na verdade aconteceu algo muito mágico.” Angeline Gomes, Lívia Antunes e Julia Zinn Turma 51
Uma das atividades com a professora de Ciências
“Como todos, também tive minha parte favorita. Ela foi quando estávamos fazendo um tour pela história do Planeta.” Carolina Costa Turma 54
“A noite no Museu foi bem legal, eu achei que foi e vai ser a melhor aula do ano.” Luigi Somacal Turma 57
A atividade é organizada no horário especial vespertino, e, fora os ambientes, um clima de mistério é colocado também na caracterização dos professores, além de algumas surpresas. Neste ano, uma delas foi a própria rainha Nefertiti aparecer. Durante o tour, os alunos aprenderam que um dos mais destacados faraós do Antigo Egito foi Aquenáton, de quem a rainha Nefertiti era esposa. A professora Marcela Rivas criou, então, uma representação da rainha, apresentando-se por meio da dança.
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POR DENTRO DA SALA DE AULA
“O projeto Uma Noite no Museu representa uma síntese de tudo aquilo que se espera de uma instituição de ensino como o Anchieta.” Professor Eduardo, História
Para a equipe do Museu, é dessa forma que as crianças são desafiadas a ampliar sua imaginação e buscar respostas para os diversos mistérios que perpassam a história da humanidade “Atuar como e suas relações com a natureza, suas construções Nefertiti foi uma sociais, religiosas, tecnológirica experiência cas etc. Através de algumas pedagógica conclusões a que os cientistas chegaram sobre a e, ao mesmo origem do Planeta e da vida na Terra, foi possível verificar tempo, científica. que ainda existem dúvidas Deparei-me com sobre como a vida de fato uma porção de surgiu e o que fez com que nosso planeta pudesse alunos com olhar ser esse ambiente atual. de encantamento e Nas aulas posteriores à ativicuriosidade frente dade, os alunos expandem ainda mais seus conhecimen- aos mistérios do tos utilizando um polígrafo Antigo Egito.” organizado por diversos componentes curriculares. Professora Marcela Rivas, Ciências Assim, os assuntos definidos pela linha do tempo continuam a ser trabalhados. Um jogo de xadrez, por exemplo, fazia parte do tour “Uma Noite no Museu é pelo Museu; a professora Mara Santos, de uma experiência completa, Pensamento Lógico, e o professor Luciano pois conseguimos juntar Eckert, de Educação física, posteriormente, junto às turmas, estabeleceram a teoria e a prática em relações sobre a evolução do raciocínio um momento mágico.” do homem a partir do jogo de tabuleiro e também do jogo virtual. “Senti no olhar Professora Carla, e na vontade de cada um a busca pelo Arte conhecimento”, relata a professora Mara.
Nefertiti representada pela professora Marcela Rivas
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Workshop Limites + Mudanças = Emoções: como lidar
A psicóloga Mara Lins abriu espaço para os pais se expressarem em relação às suas dúvidas e inseguranças.
O encontro, promovido pelo Serviço de Orientação Educacional, a partir do Projeto Rede de Pais, foi ministrado pela psicóloga Mara Lins, que é terapeuta de Casal e Família, mestre em Psicologia Social, doutoranda em Psicologia Clínica e diretora do CEFI (Centro de Estudos da Família e do Indivíduo).
Atividades entre pais e filhos ajudam a tornar a relação mais assertiva e amorosa.
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A especialista convidada abordou, em workshop, aspectos relacionados às emoções, as quais são inerentes ao ser humano, independente da faixa etária. Ela também destacou a necessidade da busca por uma Consciência Plena, convidando os presentes a aprenderem a observar. Ainda, abriu espaço de trocas, a fim de favorecer o pensar/fazer quanto a limites, mudanças e emoções numa perspectiva colaborativa. “O momento foi repleto de testemunhos e interação, pois os participantes tiveram a oportunidade de se expressar e ter acesso a dicas e proposições enquanto recursos para tornar as relações entre pais/cuidadores e filhos mais assertiva, repleta de amorosidade, compaixão e autocompaixão”, comenta a orientadora educacional da Educação Infantil Rosanita Moschini Vargas.
REDE DE PAIS
Redes de proteção: cuidados com a infância no mundo virtual! A temática proposta para os pais de alunos do 1º ao 4º Anos foi abordada pelo médico psiquiatra e psicanalista da infância e adolescência Ruggero Levy e também por representantes do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais – Crimes Cibernéticos (DEIC). Levy trouxe reflexões sobre a importância do olhar do outro, principalmente o olhar da mãe. No sentido do acolhimento, da afetividade, da troca que vai dando sentido e significado para a criança, que vai sendo atendida em suas necessidades, auxiliando na regulação das suas emoções, no estabelecimento de fronteiras, na modulação do seu comportamento. CYBERBULLYING Levy trouxe reflexões sobre o uso das tecnologias, que proporciona muito benefícios em diversos campos mas que precisa de muita atenção por parte dos pais. Segundo o especialista, a imersão excessiva de crianças nas mídias eletrônicas interfere na sua formação em função do excesso de estimulação sensorial, diminuindo o pensamento criativo e trazendo uma série de consequências como: afetar a qualidade do sono e a capacidade de regular emoções; banalização da violência, o cyberbullying; aparecimento de sintomas como ansiedades e transtornos obsessivos compulsivos, entre outros. O psicanalista também destacou a importância da presença física e emocional na construção das relações humanas, condição essencial para que o sujeito tenha uma imagem clara de si e desenvolva a empatia com as emoções do outro. Além disso, a criança precisa ter um espaço de tempo entre um desejo e sua realização, ou seja, deve tolerar a frustração. Já as representantes do DECA e do DEIC alertaram os pais sobre os riscos de não saber quem está jogando com seus filhos no ambiente on-line e a importância de procurar os órgãos competentes em casos de cyberbullying, entre outros que apresentem ameaças a seus filhos.
Após solicitação dos pais, os representantes da Polícia Civil do RS conversaram com os alunos.
Como vencer os desafios da mais abrangente e longa fase da existência humana, a adultez O momento que você vive hoje é um ciclo. Ao longo da vida, todos passam por ciclos, e neles estão os pais, os filhos, a família e todos os valores e experiências agregados a ela. Essa foi a temática da palestra da Rede de Pais do 5º ao 9º Anos. As psicólogas Martha Rosa e Débora Fava, junto com o psiquiatra Thiago Pianca, bateram um papo com os pais sobre os diversos papéis que se assume ao longo da vida, e como esses papéis também podem ser desempenhados de forma simultânea. Os especialistas trouxeram diversos depoimentos de alunos para avaliar junto com os pais, analisando as questões inerentes à adolescência como aceitação, pertencimento, autonomia e d ependência, entre outros assuntos. Dica de leitura
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REDE JESUÍTA DE EDUCAÇÃO
Anchietanos participam da ONU Intercolegial RJE no Colégio Santo Inácio no Rio de Janeiro A 1ª ONU Intercolegial da Rede Jesuíta de Educação Básica aconteceu de 11 a 14 de setembro, no Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro. Um grupo de anchietanos, acompanhados do professor Silvio Almeida Jr., participou do evento que reuniu cerca de 160 alunos do Ensino Médio de 13 colégios da RJE. Na abertura do evento, o diretor presidente da RJE, Ir. Raimundo Barros, falou em seu discurso sobre a importância da participação dos jovens em um evento repleto de simplicidade e de grandeza; de um grupo que tem como objetivo pensar e realizar um mundo melhor e propor alternativas vinculantes entre pessoas, grupos e
nações: “O mundo precisa de vocês de uma forma muito especial, pois precisa de gente capaz de cuidar, cuidar de si, dos outros e da casa comum. Precisa de homens e mulheres que se preocupem com o bem comum e com as possibilidades da globalização da solidariedade”. Além das discussões sobre temas atuais, como a perseguição do povo Rohingya em Mianmar, a crise na Venezuela, a guerra da Síria e o terrorismo e o controle de fronteiras, também foi analisada pelo Conselho de Segurança Histórico (CSH) a Guerra dos Seis Dias (1967). * Fonte: Assessoria de Comunicação do Colégio Santo Inácio
Rede de antigos alunos anchietanos funda associação Este é o trabalho que pretende canalizar e potencializar o espírito anchietano que acompanha cada um e cada uma que um dia teve sua história de vida perpassada e marcada pelo Colégio Anchieta. Para a Companhia de Jesus, o trabalho com os antigos alunos sempre foi uma obrigação e, portanto, um compromisso assumido. (Pe. Pedro Arrupe in: Nossos colégios hoje e amanhã, 1980). Em diferentes tempos e espaços, muitas foram as ações bem-sucedidas que nasceram desse desejo e comprometimento. Hoje, nos propomos à fundação de uma Associação dos Antigos Alunos do Anchieta. Rememorando a caminhada realizada até o momento, com auxílio de algumas pessoas que constituem referência para as diferentes turmas de antigos alunos, constituímos um grupo de trabalho, com representatividade de diferentes anos de formatura, a fim de refletirmos acerca das possibilidades e desafios do trabalho em rede. Fruto desta reflexão, nasce a proposta da fundação da Associação
e, por meio dela, a possibilidade de congregar todos aqueles antigos alunos que tenham o desejo de manter-se vinculados à nossa comunidade educativa anchietana. Por ser um trabalho desafiador e que dá seus primeiros passos, projeta-se uma Associação que possa viabilizar ações ou projetos destinados à comunidade dos antigos alunos, tendo como mote a proximidade dos festejos dos 130 anos do Colégio Anchieta. O grupo de trabalho constituído, e agora formalizado como grupo gestor, pretende a articulação de ações que perpassem os eixos da formação continuada e da espiritualidade, do voluntariado e do social. Como sentido, queremos que nossa Associação inspire cada um e cada uma a ser mais para e com os demais! Queremos te convidar para fazer parte dessa história, antigo aluno! Que os laços afetivos que unem cada anchietano, nos mova em direção de uma mesma causa. Venha fazer parte desta história, afinal, uma vez anchietano, sempre anchietano!
Ressignificação do Projeto Pedagógico * Dário Schneider - Coordenador
Realizamos uma reunião no dia 3 de dezembro com todo o corpo docente para entregar os textos sobre os Fundamentos Contextual, Doutrinal e Conceitual, seus fundamentos e pressupostos. A apresentação e a entrega destes temas são fundamentais para que todos estejam alinhados à concepção de Educação Jesuíta que somos chamados a desenvolver, buscando a Educação Integral como objetivo comum. Na Jornada de Formação, nos dias 26 e 27 de dezembro, trabalharemos o primeiro eixo de cada dimensão: dimensão cognitiva – pensamento metacognitivo; dimensão socioemocional – relação consigo mesmo; e dimensão espiritual-religiosa – vida interior.
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| REVISTA ANCHIETA
Estarão participando todos os representantes dos Serviços Acadêmicos e professores, além da equipe das Atividades de formação complementar. Para 2019, o desafio é começarmos a elaborar o Mapa de Aprendizagens. Portanto, estamos articulando estratégias, espaços de diálogo e formação, no cronograma de atividades e reuniões pedagógicas. Essa construção colaborativa só será possível com uma metodologia interativa, proporcionando, em cada nível de ensino, tempos e espaços para esta construção. Ou seja, contamos com a participação e a dedicação de todos!
REDE JESUÍTA DE EDUCAÇÃO
Projeto de Melhoria – Instrumento de avaliação dos níveis de satisfação da comunidade * Inácio Reinehr – Coordenador A partir deste segundo semestre passamos a contar com o trabalho do Instituto de Pesquisa de Mercado da UNISINOS (IPM-UNISINOS) para auxiliar na construção dos instrumentos de pesquisa a serem aplicados nos diferentes públicos do Colégio Anchieta a fim de avaliarem o clima, os graus de participação e satisfação de estudantes, colaboradores e famílias na proposta educativa da Instituição. A primeira etapa do trabalho foi identificar as dimensões e indicadores relacionados à satisfação e à percepção dos públicos, voltando à Guia de Autoavaliação do SQGE. Depois, o IPM partiu para a elaboração dos instrumentos, a partir de critérios como escopo, otimização e alinhamento
Acompanhamento Docente * Cleiton Gretzler – Coordenador A partir do conceito de acompanhamento docente expresso no documento-síntese construído pelo grupo de Melhoria e validado pela Direção e tendo como objetivo a qualificação dos processos de planejamento e orientação das atividades docentes, delinearam-se dois protótipos de acompanhamento que foram testados, durante os meses de outubro e novembro, com o grupo de Representantes de ano do Ensino Infantil ao 5º Ano e com os representantes de área do Ensino Fundamental II e Médio. Os dois protótipos, um de observação presencial da prática e outro de observação de uma aula gravada, foram pensados sob a perspectiva de construção de uma estrutura de apoio ao professor, visando à garantia da retroalimentação das atividades educativas e uma consequente melhora dos resultados da aprendizagem. Os dois modelos de protótipos tinham como ponto de partida um único instrumento comum de observação de tópicos considerados relevantes e construídos pelo grupo de acompanhamento a partir da contribuição do corpo docente em reunião sobre o projeto de acompanhamento docente realizado no dia 9 de abril. A seleção e a elaboração dos tópicos estruturaram-se a partir da observação das três dimensões presentes no documento-síntese: a dimensão da metodologia, a do clima de sala de aula e a de gestão do tempo. Cada um dos indicadores previstos foi analisado a partir de um escalonamento de quatro níveis: AD (a desenvolver); S (satisfatório); D (destacado) e NO (não observado). É importante ressaltar que o instrumento de acompanhamento foi pensado como um recurso de
entre diretrizes pedagógicas e institucionais e os âmbitos da etapa de autoavaliação. O grupo então avaliou os questionários, verificando todas as questões e sua pertinência na aplicação Para 2019, estão previstas a aplicação dos instrumentos de pesquisa de acordo com as especificidades de cada público e a análise dos dados, a partir de uma leitura crítica dos resultados para traduzi-los em informações que amparem o processo decisório. Em seguida, os resultados serão apresentados em um workshop e depois de socializados na comunidade irão auxiliar na composição de um plano de ação para qualificar o clima, a participação e o pertencimento da comunidade educativa ao processo educacional.
coavaliação. A ideia é de que o SOP e o professor possam olhar os mesmos indicadores de forma conjunta, com o objetivo de discutir as qualidades e limitações da sala de aula, no intuito de se buscar caminho de aprimoramento da prática. A partir da observação, o serviço de orientação pedagógica passa a dar duas devolutivas para os professores: Em primeiro lugar para o grupo de professores, ano série/representantes de área, apontando os níveis em cada indicador. Em segundo, SOP e professor conversam sobre as rubricas atribuídas pelo serviço de orientação em cotejo com as que o próprio professor se atribuiria. A ideia é que essa troca viabilizaria uma visão mais ampla dos processos pedagógicos, abrindo-se um caminho de qualificação centrado no aluno. A partir da tematização dos indicadores de melhora, professor e SOP fazem um plano de melhora que será implementado e acompanhado pelo serviço de orientação pedagógica. O próximo passo a ser dado envolve a qualificação do instrumento, bem como a definição do modelo de acompanhamento a ser implantado. Essa definição envolve a discussão, a partir dos dados coletados durante a aplicação dos protótipos, de qual modelo funcionaria melhor na prática efetiva ou se seria interessante que se pensasse em uma versão híbrida dos modelos propostos. O serviço de orientação e professores participantes da testagem dos protótipos, sob a coordenação do coordenador do projeto, farão uma reunião de alinhamento para discussão dessas possibilidades e de suas variáveis. A intenção é que, com base na avaliação do processo ocorrido, o GT executivo possa escrever a versão final do projeto de acompanhamento docente, que será implementado em toda a Instituição a partir de 2019.
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ESPIRITUALIDADE
Os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional Pe. João Roque Rohr, S.J – Conselheiro Espiritual
Este foi o tema da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada em Roma, na cidade do Vaticano, entre os dias 3 e 28 de outubro de 2018. Eu penso que prestarei um bom serviço aos leitores da REVISTA ANCHIETA, oferecendo-lhes algumas informações úteis sobre os assuntos que foram tratados. Creio que serão de interesse para os que estimam e amam os jovens e lhes querem bem tendo em vista um mundo melhor, fraterno, solidário, justo e feliz. A primeira matéria que redijo e publico foi contemporânea à realização do evento para que os leitores possam compreender, ainda que de longe, e pôr-se em sintonia com os nossos representantes que estiveram junto ao papa Francisco. Depois do encerramento deste XV Sínodo e da publicação da Exortação Apostólica Pós-Sinodal redigida e aprovada pelo papa, pretendo publicar outro texto recomendando a leitura e o estudo das conclusões a que se chegou. Assim, a Família Anchietana poderá associar-se a todos os participantes do Sínodo, especialmente aos seis bispos brasileiros, dentre os quais o cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Conferência dos Bispos do Brasil – CNBB, nomeado relator-geral do Sínodo; e Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre. Também participaram seis sacerdotes brasileiros, dois leigos e uma representação de jovens provenientes dos cinco continentes do mundo. Qual a diferença entre um Sínodo e um Concílio? Um Concílio se refere a uma reunião (assembleia) de todos os bispos católicos do mundo, em condições de comparecer. Um Sínodo, a partir de 1965, se refere a uma reunião (assembleia) representativa de bispos indicados pelas Conferências Nacionais. Mas, a diferença maior está no poder de decisão. Os Concílios decidem, os Sínodos aconselham, assessoram. Ambos são presididos pelo papa. Convocado em 2016, este Sínodo, focado nos jovens, na fé e no discernimento vocacional, foi preparado com esmero e muita participação dos bispos delegados, de peritos em diversas matérias pertinentes, dos mais de cem mil jovens que responderam a um questionário on-line dando respostas às perguntas sobre si mesmos, sobre a Igreja, sobre suas esperanças e dificuldades em vista do futuro. Uma Comissão Permanente de preparação e de implementação de suas conclusões reuniu um vasto material proveniente de todas as partes da Terra e produziu um documento chamado Instrumento de Trabalho, texto de convergência da escuta de todos os componentes da Igreja e, também, de vozes que não professam a fé cristã. Levou em conta o número de jovens existentes atualmente no mundo, em torno de um bilhão e oitocentos milhões, sendo um quarto da humanidade. O documento está estruturado em três partes: reconhecer, interpretar e escolher. São sete as palavras-chave que articulam o texto preparatório: 1. Escuta; 2. Acompanhamento; 3. Conversão; 4. Discernimento; 5. Desafios; 6. Vocação; 7. Santidade. Na próxima edição, falarei sobre as conclusões do Sínodo.
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| REVISTA ANCHIETA
ORAÇÃO PELO SÍNODO Senhor Jesus, a tua Igreja a caminho do Sínodo dirige o olhar a todos os jovens do mundo. Pedimos-te que, com coragem, assumam a própria vida, olhem para as realidades mais bonitas e mais profundas e conservem sempre um coração livre. Acompanhados por guias sábios e generosos, ajuda-os a responder à chamada que Tu diriges a cada um deles, para realizar o próprio projeto de vida e alcançar a felicidade. Mantém aberto o seu coração aos grandes sonhos, tornando-os atentos ao bem dos irmãos. Como o Discípulo amado, também eles permaneçam ao pé da Cruz para acolher a tua Mãe, recebendo-a como um dom de ti. Sejam testemunhas da tua Ressurreição e saibam reconhecer-te vivo ao lado deles anunciando com alegria que Tu és o Senhor. Amém. Papa Francisco
A Campanha Educação para o Trânsito: Sou anchietano, sou gentil venceu na categoria Empresas do 11º Prêmio EPTC de Educação para o Trânsito. Foram inscritos 510 trabalhos em 12 categorias, avaliados por um júri de funcionários da EPTC e do Detran-RS. Fortalecer uma cultura de respeito e responsabilidade no trânsito também faz parte da nossa missão.