Revista Anchieta - Julho 2016

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DESTAQUE

TEDxYouth@PortoAlegre traz inspiração para comunidade educativa

PROJETOS

Conheça a nova Educação Infantil do Colégio Anchieta

PERFIL ANCHIETANO

Gustavo Reis relembra seus tempos de Anchieta

TECNOLOGIA

Plataforma de aprendizagem dá autonomia aos alunos



SUMÁRIO EDITORIAL

EXPEDIENTE DIRETOR GERAL:

Pe. João Claudio Rhoden, SJ DIRETOR ACADÊMICO:

Dário Schneider DIRETOR ADMINISTRATIVO:

Inácio Reinehr

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APM

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PERFIL ANCHIETANO

Gustavo Reis 06 SUSTENTABILIDADE

Olhares sustentáveis: cuidando da casa comum

CONSELHO EDITORIAL:

Pe. João Claudio Rhoden, Dário Schneider, Inácio Reinehr e Pe. João Roque Röhr.

08 JESUÍTAS

Pe. Pio Buck, SJ (1883 – 1972) 10

COORDENAÇÃO EDITORIAL:

Setor de Comunicação e Marketing

AÇÃO SOCIAL

do Colégio Anchieta

Voluntariado: a arte de levar alegria e esperança a quem precisa

REDAÇÃO/JORNALISTA RESPONSÁVEL:

Valéria Machado (MTB-RS 14.876) REVISÃO:

Fátima Áli FOTOGRAFIAS:

Magis Produções, arquivos do Colégio e arquivos pessoais PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:

Anderson Muniz - Clemente Design PRODUÇÃO GRÁFICA:

11 PROJETOS

Nova Educação Infantil do Colégio Anchieta 12 POR DENTRO DA SALA DE AULA ARTIGOS

Cristina Guzinski

ACONTECE

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO:

REDE JESUÍTA DE EDUCAÇÃO

Gráfica Ideograf TIRAGEM:

4.000 exemplares

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Projeto Educativo Comum 22 ARTIGO

A sustentabilidade das relações humanas, uma reflexão 24 RELIGIOSIDADE

Jubileu extraordinário da misericórdia 25 TECNOLOGIA A REVISTA ANCHIETA é um órgão oficial de divulgação do Colégio Anchieta.

MOODLE: a aprendizagem que vem com a tecnologia

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CONTATOS www.colegioanchieta.g12.br

@ anchieta_comunicacao@colegioanchieta.g12.br facebook.com/colegioanchietapoa Twitter: @AnchietaPoaRS instagram.com/colegioanchietapoa (51) 3382.6000

DESTAQUE

Colégio Anchieta apresenta o TEDxYouth@PortoAlegre 28


EDITORIAL

Pe. João Claudio Rhoden DIRETOR GERAL

A Revista Anchieta, com perfil de informar e formar, é o resultado do esforço de várias mãos e mentes, seja na busca de informações relevantes, seja no exercício de refletir e escrever sobre determinados temas. A edição de número 29, que você agora recebe, além dos aspectos do cotidiano da vida escolar do Colégio Anchieta, das entrevistas e destaques e dos artigos sobre o Projeto Educativo Comum (PEC) da Rede Jesuíta de Educação do Brasil e sobre o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, tem como tema central a questão da Sustentabilidade Ambiental, tema intimamente ligado ao nosso tempo, ao mundo e às pessoas.

As informações, homenagens, eventos e projetos do cotidiano escolar mostram um pouco mais das práticas docentes e ações formativas desenvolvidas pelos educadores. A entrevista com um antigo aluno revela como, no seu tempo, valorizou muito o espaço escolar e a relação com os A temática central professores, bem como alguns aspectos de da revista trata de sua vida profissional. Os alunos, por sua vez, alguns aspectos da manifestam seu interesse, seu proveito e importante questão sua alegria pelas oportunidades de particida Sustentabilidade par de diversos projetos e atividades. A série Ambiental, que Jesuítas que fizeram história, neste número, faz parte da apresenta um pouco da vida, do trabalho e reflexão e das da obra do Pe. Pio Buck, fundador do Museu práticas docentes Anchieta de Ciências Naturais, com ênfase do Colégio. para a coleção de coleópteros, com mais de 120 mil espécies. O texto sobre a Nova Educação Infantil quer antecipar um pouco daquilo que será este projeto, com previsão de funcionamento em 2017. O artigo sobre o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, pode despertar nos leitores o interesse e a disposição de vivenciar e experimentar intensamente este Ano Santo. A temática central da revista trata de alguns aspectos da importante questão da Sustentabilidade Ambiental, que faz parte da reflexão e das práticas docentes do Colégio.

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Aborda as seguintes dimensões: sustentabilidade ambiental; sustentabilidade e espiritualidade; sustentabilidade e valorização da vida; atividades práticas em sala de aula. Pela atualidade e relevância do tema, o Colégio, em continuidade aos trabalhos já desenvolvidos em anos anteriores e em resposta ao apelo da Igreja e da Companhia de Jesus, em especial do Papa Francisco, estabeleceu-o como tema prioritário para 2016. Tudo isso tem sentido enquanto visa à qualidade acadêmica e humana do processo de aprendizagem e formação dos alunos, para prepará-los, quando inseridos no mundo adulto, a fim de serem homens e mulheres conscientes, competentes, comprometidos e compassivos, capazes de colaborar na construção de uma sociedade mais justa e solidária, em que prevaleça a vida plena. Numa expressão muito grata à Companhia de Jesus e aos colégios jesuítas, “formar homens e mulheres para e com os outros”. Este processo encontra sustentação no Projeto Educativo Comum (PEC), construído nos anos de 2014 e 2015, em vista da atualização e renovação da educação dos colégios jesuítas do Brasil. É o documento chave da Rede Jesuíta de Educação para os próximos anos, visando à formação integral com foco na aprendizagem dos alunos. O autor do artigo mostra os caminhos da sua implantação que garantem a renovação sustentável de todas as unidades jesuítas, sem deixar de apontar os desafios que esse processo representa para os colégios e para os professores e alunos em sala da aula. O autor assim o sintetiza: “À luz do PEC, os colégios que compõem a Rede Jesuíta de Educação (RJE) assumem a ousadia e renovam a esperança em sua missão educativa, pois, na perspectiva inaciana, educar é acreditar no ser humano e na possibilidade de humanizar as relações, conferindo sentido e significado ao que somos e ao que fazemos”. Você – professor, colaborador, pai, mãe, aluno e antigo aluno – é nosso convidado para um mergulho construtivo na Revista Anchieta.


APM

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES do Colégio Anchieta A Associação de Pais e Mestres do Colégio Anchieta tem como objetivo integrar as famílias anchietanas por meio de ações e projetos junto à escola. Tais atividades visam a possibilitar a participação das f­amílias no ambiente escolar, solidificar e fortalecer o elo entre alunos, pais e instituição.

C

om as atividades da Associação, as crianças e jovens vão vendo seus pais como parte integrante e atuante dos valores tão importantes para a vida que a Congregação Jesuíta nos ensina, como a Solidariedade, o Respeito às diferenças, a Responsabilidade, o Comprometimento, a Cooperação, o Discernimento, e a Autonomia pessoal e coletiva. Com esse intuito, até agora desenvolvemos vários projetos. Todas as quintas-feiras, das 18h às 20h, nos reunimos na Sede da APM para receber as famílias, conversar, trocar ideias e debater sobre os projetos e ações que realizamos durante todo o ano. As ações do primeiro semestre começaram já na Semana Literária, quando a APM teve um espaço especial montado na Feira do Livro. Ali foram arrecadados livros que puderam ser aproveitados pelos alunos do Colégio. O que sobrou foi destinado a projetos em presídios em Porto Alegre e Canoas. Também na Semana Literária, a APM promoveu o Sarau Literário, um momento especial para as

famílias, com muita música e poesia. Também nesse semestre tivemos o Brechó Infantil Solidário, cujo valor arrecado foi doado para a Creche Negrinho do Pastoreio, que pôde investir em melhorias estruturais em suas intalações. O Bazar de Mães é outra ação que acontece anualmente e que disponibiliza espaço para que pais e mães possam ter a oportunidade de divulgar seus produtos e talentos. A última atividade desse semestre, em parceria com o Colégio Anchieta, foi a Festa Junina. Na ocasião, arrecadou-se uma grande quantidade de alimentos que serão doados por meio do Projeto Família Anchietana Solidária, no dia 27 de agosto. Aproveitamos para convidar todos vocês a participar desse projeto que é um grande gesto de solidariedade! Venha conhecer e participar! Sejam todos muito bem-vindos! Um abraço fraterno, Casal Presidente da APM: Christiane Marocco e Fabrício Camargo

Com esse intuito, até agora desenvolvemos vários projetos. Todas as quintas-feiras, das 18h às 20h, nos reunimos na Sede da APM para receber as famílias, conversar, trocar ideias e debater sobre os projetos e ações que realizamos durante todo o ano.

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PERFIL ANCHIETANO

GUSTAVO REIS Aluno do Anchieta entre 1982 e 1990

G

ustavo Reis tornou-se professor aos 18 anos de ­idade. O anchietano que sempre valorizou muito o espaço escolar e a relação professor-aluno, hoje mantém um ­cursinho focado no ensino da matemática. ­Segundo ele, que também é Mestre em Design, foram os bons exemplos de professores anchietanos que influenciaram na sua escolha profissional. REVISTA ANCHIETA | Em que período

­estudaste no Anchieta? GUSTAVO REIS | Fui aluno do Anchieta entre 1982 e 1990, ano do Centenário. Guardo com carinho e orgulho o livro comemorativo que exibe a foto de nossa eterna turma, a 306! RA | Quais são tuas principais lembranças do Colégio? GR | Eu sempre valorizei muito o componente de afetividade na relação entre professor e aluno. Era realmente impressionante a facilidade com que os professores decoravam os nomes de praticamente todo mundo em tempo recorde. Não era raro alguém resolver bagunçar no início do ano, presumindo o próprio anonimato, e ser advertido pelo nome! Além disso, sempre fiz questão de desfrutar ao máximo da infraestrutura invejável do Colégio: Biblioteca, Museu, Auditório, Cinema e os diferentes complexos poliesportivos. RA | De que locais mais gostavas? GR | Pratiquei Ginástica Artística no colégio entre 1982 e 1988 e, a partir daí, desenvolvi uma afeição especial pelo Ginásio de Esportes. Nos divertíamos descobrindo diferentes “passagens secretas” que davam acesso aos muitos ambientes! A apresentação anual para os pais, durante a Semana Anchietana, era sempre um momento que despertava grande ansiedade em todos nós. E é claro que, como bom anchietano, 6

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não posso deixar de fazer uma referência especial às muitas temporadas de férias que passei em Vila Oliva! RA | E as tuas disciplinas favoritas? GR | Curiosamente, minha facilidade com Matemática só se revelou definitivamente enquanto eu me preparava para o vestibular. Eu sempre gostei muito de Língua Portuguesa. Hoje em dia, se me sinto confortável ao escrever, sei que devo isso ao trabalho fantástico dos professores do Colégio na parte de redação. Além disso, eu sentia enorme prazer em estudar Química por ter sido aluno de um mestre, que acabou se convertendo em um de meus ídolos na profissão, o professor Fiore Marrone. E eu era bom em orgânica e inorgânica! Podem perguntar a ele, que me chamava de “seu Reis”! RA | Ainda manténs contato com ­ex-colegas? Quais? GR | Felizmente, e não são poucos! Graças ao Facebook, estou permanentemente em contato com as lendas vivas Tarcísio Carneiro, Luciano Souza, Alberto San Martin, Luiz Felipe de Alencastro, Rodrigo Marchiori, Márcio Casado, Christian Anton e Rafael Damin, entre muitos outros. Sou o caçula de duas irmãs, também anchietanas, e minha mãe costumava dizer que “os colegas da Adriana eram pessoas sérias; já os da Magda, mais irreverentes; mas os do Gustavo... são umas crianças!”. A melhor parte é que, até hoje, sempre que nos encontramos, constatamos na prática que essa parte não mudou! RA | Quando descobriste a vocação para dar aulas? GR | Sei até a data: 31 de dezembro de 1990!

Gustavo descobriu a vocação para dar aulas quando ainda frequentava o cursinho pré-vestibular.

Junto com os colegas, Gustavo comemora os títulos conquistados nos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (JERGS)


PERFIL ANCHIETANO

“...faço muita questão de valorizar os componentes de afetividade na relação entre professor e aluno. Tenho plena convicção de que isso se deve às amizades que cultivei com meus professores do Anchieta...” Gustavo Reis Nesse dia, eu estava assistindo a uma aula especial no curso pré-vestibular que ­frequentava no turno da tarde. Na ocasião, o saudoso professor Túlio Santos aplicou uma prova surpresa em que, felizmente, tive um desempenho muito bom. Ao verificar meus acertos, o professor resolveu pedir que eu resolvesse uma questão no quadro para que os colegas pudessem conferir suas respostas. À medida que eu escrevia, ele me dava sugestões: “explica o que você fez aí!”, “conta para os colegas como resolveu!”, “segura o microfone para eles te ouvirem melhor!”, e por aí vai. Quando me dei conta, ele pediu licença para ir até a sala dos professores tomar um café e me deixou sozinho resolvendo questões. Naquele momento, nascia o professor Gustavo. RA | Como o Colégio influenciou na tua escolha profissional? GR | A influência do Colégio se manifestou decisivamente a partir de bons exemplos. Conforme já citei, no dia a dia de minha atividade profissional, faço muita questão de valorizar os componentes de afetividade na relação entre professor e aluno. Tenho plena convicção de que isso se deve às amizades que cultivei com meus professores do Anchieta: Fiore, Regina, Rejane, Clarice, Mix, Zeca, Ronna, Hector, Nicotti, Beth, Sérgio, Demétrio, Esteves, Carlos Augusto, Feijó, Zaira, Tatiana, Zailka, Lessa... Será que é normal, depois de mais de 20 anos, alguém lembrar com facilidade de tantos nomes da época de colégio?

RA | Há histórias peculiares?

GR | Muitas! Já que falei no Fiore, não posso

deixar de contar uma história clássica que o envolveu. Em 1990, ano de nossa despedida, passamos uma semana inteira tentando surpreender os professores girando todas as classes e cadeiras para que eles, quando entrassem em aula, encontrassem seus queridos aprendizes voltados para o fundo da sala. Quando foi a vez do Fiore, ele, com a maior naturalidade do mundo, se dirigiu calmamente até a parede do fundo da sala, tirou uma barra de giz branco de dentro da caixa e começou a escrever na parede – também branca, é claro! Diante da reação de espanto dos alunos, o mestre exclamou “Ué? Mas eu pensei que vocês só estivessem querendo uma aula diferente!”. Juro que levei uns quinze minutos para parar de rir! RA | Deixa uma mensagem para nossos alunos: GR | Reclamar do próprio colégio sempre esteve na moda, tanto hoje quanto há mais de 20 anos. Espero sinceramente que, assim como eu, os alunos do Anchieta procurem valorizar o ambiente formidável de que participam e desfrutem ao máximo de todas as possibilidades que o Colégio oferece. Trabalho com educação e posso garantir que um colégio com uma gama tão ampla de opções está longe de ser regra.

“A apresentação anual para os pais, durante a Semana Anchietana, era sempre um momento que despertava grande ansiedade em todos nós”

Assista à palestra do Gustavo Reis sobre educação no TEDx Unisinos: https://www.youtube.com/watch?v=ziQIxBjnYDQ

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SUSTENTABILIDADE

OLHARES SUSTENTÁVEIS:

cuidando da casa comum Desde o início do ano letivo, fala-se na nova linha prioritária do Colégio Anchieta para 2016: A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL. O objetivo de trabalhar esse tema durante o ano é chamar atenção da comunidade educativa para um assunto tão importante e tão urgente como o cuidado com o meio em que vivemos. A prioridade para esse assunto partiu dos apelos da Companhia de Jesus, por meio da 35ª Congregação Geral; do Papa Francisco, com a Encíclica “Laudato Si”; e 8

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da Campanha da Fraternidade 2016, cujo tema é “Nossa casa comum, nossa responsabilidade”. A partir disso, o Colégio Anchieta quer proporcionar a todos os ­professores, colaboradores administrativos, alunos e pais as oportunidades para ­conhecer mais de perto esse tema e vivenciá-lo no dia a dia por meio de atitudes positivas e sustentáveis.


SUSTENTABILIDADE

OLHARES SUSTENTÁVEIS

DOAÇÃO DE MUDAS DE PLANTAS E TEMPEROS A Acolhida às Famílias é uma atividade que já acontece há dois anos no início do ano letivo e busca aproximar a comunidade anchietana do espaço escolar, além de auxiliar os pais em relação às orientações iniciais, como localização das salas de aula e turmas. Neste ano, além do lanchinho servido nas recepções e da decoração especial, os pais e alunos ganharam mudinhas de plantas e temperos para plantarem em casa. Foi um sucesso!

FAÇA A SUA PARTE! Uma volta pelo campus já mostra que os alunos são convidados a fazer a sua parte, seja cuidando dos locais onde depositam o lixo ou deixando o copinho plástico de lado para adotar a garrafinha (squeeze). Na sala dos professores, o alerta é para a utilização das canecas presenteadas pela instituição, para que substituam os copos plásticos.

Para motivar a comunidade educativa a observar atitudes em prol do meio ambiente e colocá-las em prática, criou-se a Campanha Olhares Sustentáveis. O objetivo é estreitar o compromisso de todos – alunos, pais, professores e colaboradores administrativos – com a preservação do meio ambiente por meio de atitudes simples, mas capazes de mudar o mundo. “Toda comunidade educativa será desafiada a ensinar às crianças e aos jovens que o mais importante é a promoção das pessoas, sua qualidade de vida e sua participação na construção de um mundo mais humano, justo e solidário, em oposição ao individualismo, ao ter, ao consumo excessivo, ao desperdício, à exclusão, à doença, à insalubridade, à morte, à pobreza, à violência e ao descuido com o meio ambiente”. Esse texto faz parte do documento Prioridades e Ações Educativas 2016, uma programação das atividades didático-pedagógicas realizadas pelo Anchieta.

HORTAS COMUNITÁRIAS Já pensou em apanhar aquele temperinho verde ou um chazinho fresco nas nossas hortas para levar para casa? Você pode ir até a Horta Comunitária localizada no prédio do Ensino Fundamental I, próximo ao quiosque e ao estacionamento do Portão 7 e pegar seus temperos e chás. Esses espaços foram revitalizados e receberam plaquinhas indicativas do que foi plantado ali.

SOLAR LOUNGE No início do ano letivo, o Anchieta contou com um ponto temporário de recarga de dispositivos móveis para aquela galera que vive sem bateria no celular. O Solar Lounge é abastecido com energia solar, um equipamento muito útil e super sustentável. JULHO DE 2016 |

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JESUÍTAS

JESUÍTAS QUE FIZERAM HISTÓRIA Pe. Pio Buck, SJ (1883 – 1972) Ele dedicou sua vida aos estudos e a levar um pouco mais de conforto aos necessitados. Assim viveu Padre Pio Buck, o fundador do Museu Anchieta de Ciências Naturais: sempre à frente do seu tempo, sempre em busca do conhecimento.

P

e. Pio nasceu na Suíça, no dia 22 de julho de 1883, fruto de uma família profundamente religiosa: um dos irmãos era missionário na China, e a outra irmã, na África. Seguindo o legado familiar, ele entrou para a Companhia de Jesus, em 1902, na Áustria. Após o noviciado, continuou os estudos humanísticos na Holanda, estudando Filosofia de 1906 até 1908, ano em que veio para o Brasil como estudante jesuíta. Aqui, exerceu o magistério no Colégio Anchieta e no Colégio Conceição, em São Leopoldo. Suas aulas abrangiam o ensino de Língua Alemã, ­Desenho, Língua Inglesa, Religião e História. Quando retornou à Holanda a fim de cursar Teologia, a Primeira Guerra Mundial eclodia e ele acabou oferecendo-se como enfermeiro de Guerra para ocupar o lugar de um colega que estava doente. Diz-se que a experiência marcante na Guerra teria amadurecido nele a dedicação aos necessitados. Após esse período, terminou seus estudos na área da Teologia, sendo ordenado sacerdote em julho de 1917. Em setembro de 1919, Pe. Pio retornou ao Brasil e estabeleceu-se no Colégio Anchieta até o fim da sua vida, em 1972. Exímio educador e sacerdote exemplar, Pe. Pio iniciou um empreendimento a fim de difundir o estudo sobre as mais diversas espécies e formar um grande acervo. Nascia ali, a partir do seu trabalho incansável, o Museu Anchieta de Ciências Naturais. Foi a partir da iniciativa e do trabalho do Pe. Pio que hoje o Museu possui um acervo entomológico regional de alto valor científico, com cerca de 120 mil espécies de

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Confira a página do Museu Anchieta de Ciências Naturais

insetos cientificamente classificados. Com o objetivo de aprimorar os estudos, Pe. Pio mantinha correspondência com cientistas de várias partes do mundo e ainda aproveitava os acampamentos de férias realizados pelos alunos – geralmente os escoteiros – para enriquecer suas coleções de plantas, de coleópteros e outros insetos. Por sua dedicação à entomologia, foi reconhecido internacionalmente. A partir de 1920, Pe. Pio passou a ser o capelão do Presídio Central de Porto Alegre, conhecido como o “presídio da volta do Gasômetro”, onde também ficava anexa a colônia penal de Charqueadas. Todos os sábados à tarde e domingos pela manhã, durante 43 anos, ele visitava todas as alas dos apenados, levando consigo chás caseiros, fumo e rapé para oferecer aos presidiários e ganhar sua confiança. Por muitos anos, ele organizou o Natal dos Presidiários junto com um grupo de senhoras. Os apenados recebiam presentes, além do conforto da religião que Pe. Pio lhes proporcionava. No dia 20 de Agosto de 1972, aos 89 anos de idade, Pe. Pio faleceu no Hospital São Francisco, deixando seu legado na área do conhecimento científico, mas também sua marca como alguém dedicado a fazer o bem pelo outro. FONTE: SPOHR, Inácio. Memórias de 665 jesuítas da Província do Brasil Meridional. Porto Alegre: Pe. Reus, 2011.

Confira alguns trechos da matéria que saiu na Folha da Tarde, no dia 22 de agosto de 1972 sobre a morte do Pe. Pio Buck:

PERSONALIDADE MARCANTE O professor Fernando Meyer, companheiro de trabalho do padre Pio no Museu Anchieta desde 1954, caracterizou o religioso falecido de “personalidade marcante, que fixou pela sua passagem a história da Companhia de Jesus no Rio Grande do Sul”. “Seu sorriso, sua bondade para com todos, ricos e pobres, e seu permanente bom humor marcavam profundamente as pessoas que tiveram a oportunidade de conhecê-lo”, disse o professor Fernando.


AÇÃO SOCIAL

VOLUNTARIADO:

a arte de levar alegria e esperança a quem precisa Todas as sextas-feiras à tarde um grupo de alunos da 2ª Série do Ensino Médio sai das dependências do Colégio com um propósito: levar alegria e esperança para crianças que lutam pela vida dia após dia.

A

menizar a realidade desses pequenos que enfrentam as dificuldades de uma doença agressiva é o objetivo dessa turma de adolescentes, os quais poderiam estar no conforto de suas casas, mas preferem fazer a diferença no mundo. E é sobre essas visitas ao Centro Integrado de Apoio do Instituto do Câncer Infantil (ICI-RS) que você vai saber um pouco mais a partir de agora. O voluntariado faz parte da vida do anchietano, que aprende desde cedo a importância de cultivar atitudes e valores que tornam o mundo bem melhor. Segundo o Orientador Religioso, Espiritual e de Pastoral da 2ª Série do Ensino Médio, professor Clândio Cerezer, a atividade é importante para a formação humana dos alunos e também benéfica para as instituições assistidas. “O objetivo é despertar a solidariedade e o Magis em nossos alunos, favorecendo o crescimento integral e, ao mesmo tempo, tornando-os pessoas mais sensíveis à realidade dos outros e colaborando com as instituições na realização de seus propósitos”, afirma. O comprometimento e o conhecimento sobre o trabalho do Instituto do Câncer Infantil são itens fundamentais para que o voluntário possa atuar junto às crianças. Nesse caso, os alunos que participam da atividade passam por uma capacitação e conhecem todo o contexto da instituição. “Após todo esse contexto Institucional, foca-se na parte do voluntariado, conhecendo-se melhor as atribuições do voluntário, além de uma ampla explicação

sobre a área de atuação aqui no núcleo da recreação”, explica a Coordenadora do Núcleo de Pacientes, Mônica Gotardi. O perfil dos pacientes, as atividades adequadas e a visita aos espaços também são requisitos que fazem parte da preparação dos voluntários. As visitas dos alunos ao Instituto do Câncer Infantil acontecem a cada 15 dias. Nesse meio tempo, os alunos alternam as visitas entre o ICI e a Creche Planeta Mágico, no bairro Agronomia. As formas de atuação são muitas: desde um bom bate-papo até atividades lúdicas, como música, teatro, oficinas de arte, brincadeiras diversas e jogos. “Com criatividade, os voluntários trazem alegria e qualidade de vida aos pacientes em todos os estágios da doença”, pondera Mônica. O Instituto necessita de voluntários e de parceiros, já que não tem mantenedores e quem ajuda é a comunidade. Mônica explica que há várias formas de ajudar, desde a atuação diária no voluntariado ou como colaborador. “Para o voluntariado, a idade mínima é de 14 anos. Mas o ICI tem vários núcleos de atividades, desde áreas em que se atua diretamente com o paciente, até áreas administrativas e de captação de recursos. Cada pessoa é encaixada conforme seu perfil e disponibilidade de tempo”, explica. O professor Clândio orgulha-se de seus alunos, que participam das atividades por adesão, após um momento de sensibilização em sala de aula. E as expectativas sobre essa galera do bem são altas: “Desejo que eles sejam solidários no seu dia a dia; comprometidos em transformar a realidade de quem precisa. Espero que desperte neles ainda mais o desejo de ajudar e buscar alternativas às realidades sociais do nosso país e, ainda, que sejam cidadãos melhores em todos os espaços em que participarem”, completa Clândio.

Confira os depoimentos dessa galera do bem. Com vocês, os nossos voluntários: Brincamos com as crianças, atuamos na área pedagógica com os pais e ajudamos na arrecadação de recursos nos eventos, vendendo as camisetas, por exemplo. Uma experiência impactante para mim foi quando passamos a tarde com uma das crianças, e sua mãe nos contou sua história. Essas e outras coisas que vivenciamos no voluntariado me impactam de um jeito único e indescritível. Saímos de lá vendo a nossa realidade de um jeito muito diferente e valorizamos muito mais o que temos hoje.

Priscila Janssen TURMA 205

Todas as sextas-feiras, vamos ao Instituto do Câncer Infantil ou na Creche Planeta Mágico. Lá, brincamos com as crianças e damos apoio às mais diversas famílias. Além de vivenciar uma realidade muito diferente da qual estamos acostumados, nós também acabamos tendo a oportunidade de fazer o bem e receber algo muito maior em troca: ver a alegria daqueles que tanto valorizam a nossa atenção!

Natalia Lengler TURMA 204

É uma experiência incrível, com muito amor envolvido. Abrange uma constante troca de aprendizados que, ao final de cada dia de voluntariado, purifica a alma. Trabalhar com outras pessoas, em espaços tão lindos (como o Instituto do Câncer Infantil, a Creche Planeta Mágico e o Amparo Santa Cruz) e ainda ser beneficiada com um sorriso em retribuição, não tem preço.

Isabella Bomfiglio TURMA 203

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PROJETOS

NOVA EDUCAÇÃO INFANTIL DO COLÉGIO ANCHIETA alia modernidade e bem-estar É da Educação Infantil que algumas das nossas melhores lembranças escolares brotam, pois é a porta de entrada para um longo período escolar. É nesse espaço de tempo que acontecem as primeiras descobertas, que, por meio de experiências lúdicas, prazerosas e desafiadoras, possibilitam a construção do conhecimento. E para propiciar o desenvolvimento global e harmonioso da criança, o Colégio Anchieta decidiu investir em um espaço moderno, adequado às exigências e necessidades do mundo contemporâneo: a Nova Educação Infantil. Esse novo espaço, com área total de 8.804 m², ficará localizado próximo ao prédio da Associação Antônio Vieira (ASAV), mantenedora do Colégio Anchieta. Os arquitetos Julio Ramos Collares e Dalton Bernardes, com a colaboração dos arquitetos Diogo Sant’Anna e Bruno Carneiro, assinam o projeto. As obras, que estão sendo gerenciadas pelo Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum, iniciaram em novembro de 2015, e a previsão de entrega do prédio pronto é em 2017. De acordo com o Diretor Acadêmico, Dário Schneider, o novo ambiente possibilitará o protagonismo da criança em seu processo de aprendizagem. “Investir nesse novo projeto é criar um espaço de vida e de futuro, valorizando as aprendizagens a partir da prática, documentando toda experiência, transformando sensações, observações e

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curiosidades em repertório lúdico, criativo, para suscitar novas habilidades”, pontua. De acordo com o Diretor Geral, Pe. João Claudio, a Educação Infantil, pela sua natureza, requer cuidados especiais, e esse foi um dos critérios ao projetar o novo prédio. “O ambiente deve ser bonito, agradável e afetivo, de amor, de convivência, de recreação, de socialização, de aprendizagem, de profundo bem-estar, seja do modo de proceder dos educadores, dos conteúdos adequados a serem desenvolvidos, e dos recursos disponíveis, e ainda, da presença dos pais, etc. É o nível de educação que, com certeza, exige dos educadores atenção especial”, considera. Para o Diretor Administrativo, Inácio Reinehr, o espaço deverá estar à altura do que as famílias esperam.

A previsão de entrega do prédio é 2017

“O novo projeto está dentro dos conceitos da educação inovadora e exigências do mundo contemporâneo em trabalhar com a fantasia das crianças e responder às expectativas das famílias de uma educação de qualidade.” Inácio Reinehr

DIRETOR ADMINISTRATIVO


PROJETOS

CARACTERÍSTICAS DA NOVA EDUCAÇÃO INFANTIL: do bem-estar à multissensorialidade BEM-ESTAR GLOBAL

É muito importante que o local seja sereno, agradável, sociável, acolhedor e, ao mesmo tempo, estimulante e diversificado, com possibilidades de microclimas. Um ambiente que priorize a pedagogia das relações, os diálogos, as trocas, as pesquisas, a receptibilidade e a atenção ao outro, a convivência. Enfim, o prazer de estar no ambiente escolar. MULTISSENSORIALIDADE

As crianças têm uma capacidade genética enorme que lhes permite explorar, discernir e interpretar a realidade através de seus sentidos. Portanto, o ambiente deve ser rico em estímulos e valores sensoriais diversos, capazes de fomentar as percepções sensoriais das crianças, a fim de desenvolvê-las e refiná-las. TRANSFORMABILIDADE E FLEXIBILIDADE

Explorar a realidade é uma condição constante na infância, assim, o ambiente escolar deve ser flexível e manipulável ao longo do tempo, sendo passível de modificação pelos processos de autoaprendizagem das crianças. Um espaço transformável, personalizável e aberto, acessível para infinitas experiências, que registra os processos de aprendizagem, narra as trajetórias de construção do conhecimento e relata os valores de referência vivenciados no cotidiano da instituição. ILUMINAÇÃO

A iluminação, especialmente para a Educação Infantil, é responsável por três dimensões perceptivas diferentes: COLABORAÇÃO

visibilidade, estética e sensação de passagem do tempo. A luz do dia pode ser modulada, filtrada ou texturizada facilmente, utilizando-se meios simples que as próprias crianças podem controlar, tornando a iluminação natural um material vivo que pode ser manipulado e usado por elas na produção de suas próprias configurações estéticas. A quantidade de luz natural é uma das características mais importantes da iluminação de interiores. É importante que as crianças sintam-se em harmonia com o ambiente do lado de fora do Colégio e que estejam cientes das mudanças que ocorrem. HARMONIA DAS CORES

Uma concepção complexa da criança, situada em nosso contexto atual, implica um cenário cromático mais rico e diversificado, ampliando as possibilidades de uso da cor, com uma ampla variedade de tons, em equilíbrio e harmonia, gerando serenidade, atratividade, luminosidade e animação. O uso de cores primárias de uma forma pura, volumétrica e agressiva deve ser evitado, dando preferência a uma modulação de matizes, meios-tons, cores híbridas e mutáveis ou compostas. As cores devem ser usadas para criar atmosferas e cenários em harmonia com a estética e sensações contemporâneas e com os valores a serem incorporados aos espaços. O efeito cromático global deve ser harmonioso. A harmonia das cores traduz também a dimensão espiritual, a paz interior, a meditação e contemplação, a conexão com o transcendente, um convite para estar em sintonia com a vida além da vida humana.

Christiane Sisson | Orientadora de Convivência Escolar da Educação Infantil Lisiane Tebaldi | Orientadora Pedagógica da Educação Infantil

§ Estacionamento privativo § Quadras poliesportivas ­adaptadas à idade das crianças § Praça com brinquedos § Espaço para recepção dos alunos § Capela para celebrações diversas § 12 Salas de Educação Infantil § Salas especiais para as crianças do Infantil A § Cozinha e Refeitório § Laboratório de Informática § Sala de Artes § Sala Multiuso § Sala de Música e Inglês § Sala de Ed. Física § Biblioteca § Sala de Apoio § Espaço coberto para recreação § Sala dos professores e gabinetes dos serviços (SOCE, SOE, SOP e SOREP) § Sala de descanso dos professores § Enfermaria § Depósitos § Sanitários

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POR DENTRO DA SALA DE AULA

ALUNOS CRIAM POEMAS ALERTANDO PARA O CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE Para trabalhar com a Sustentabilidade em sala de aula, as professoras de Língua Portuguesa do 5º Ano, Bruna Correia de Souza e Simone Ártico, desafiaram os alunos a exercitarem sua veia poética. A partir do estudo do tema da Campanha da Fraternidade 2016 – Casa comum: nossa responsabilidade – e do gênero poesia, com a obra Poesia Visual (de Sérgio Capparelli e Ana Gruszynski), os alunos tiveram de organizar ideias partindo do seguinte questionamento: como todos nós podemos ter melhor qualidade de vida e, ao mesmo

tempo, cuidar para que a Terra, nossa casa comum e maior, seja preservada? Os poemas deveriam ter um sentido completo a partir da escrita e do desenho, assim como no livro estudado pelos alunos. Segundo a professora Bruna, o resultado foi surpreendente pela riqueza de ideias, cuja prática também foi incentivada por elas. “Nós acreditamos e procuramos reforçar que essas ideias não devem ficar só no papel, pelo contrário, elas devem ganhar vida no dia a dia dos alunos, começando na sala de aula, que seria a “casa comum” de cada turma”, explica.

ALUNOS PROJETAM CASAS COM DETALHES SUSTENTÁVEIS

Durante o trimestre, nas aulas de Pensamento Lógico, os alunos do 5º Ano desenvolveram algumas habilidades de pensamento por meio de jogos de raciocínio. As aulas permitem pensar de forma reflexiva em estratégias de jogo, desenvolvem o raciocínio e habilidades de pensamento. As atividades propõem que se reflita antes de agir, uma habilidade presente e constante durante as jogadas. Desta forma, foi proposto aos alunos que pensassem 14

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e refletissem sobre um projeto da casa ideal com detalhes sustentáveis. Após, junto com a família, que construíssem uma maquete da “Casa Ideal”. “A Casa Ideal é o início de um processo que irá culminar nas aulas de Geografia do Ensino Médio, com a construção de maquetes sobre a Cidade Ideal. Continuando, assim, a reflexão sobre ideais sustentáveis e necessidades básicas”, esclarece a professora Mara Antunes.

PROGRAMANDO AÇÕES SUSTENTÁVEIS Nas aulas do Currículo Optativo do 5º Ano, no módulo Tecnologia e Criação, os alunos exploram vários softwares. Um deles é o PIVOT, um software que permite criar animações com Stick Figures. No primeiro momento, os alunos pesquisaram sobre o tema Sustentabilidade. Em seguida, eles criaram animações visando o cuidado com o Planeta, bem como ações cotidianas que podem ajudar na preservação da natureza. “Foi muito interessante, pois além de interagir com o software, os alunos puderam refletir sobre esse tema tão relevante nos dias em que vivemos”, considerou a professora Vanessa Líbio.


POR DENTRO DA SALA DE AULA

GO GREEN: ALUNOS CRIAM ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS A PARTIR DA SUSTENTABILIDADE As professoras de Língua Inglesa Aline Alves, Juliana Castiglia Brundo e Sylvia Formoso aproveitaram a temática da Sustentabilidade para trabalhar a criatividade dos alunos. A partir do estudo de uma das unidades do livro trabalhado em aula, as professoras propuseram aos alunos do 9º Ano a criação de anúncios publicitários que chamasse a atenção para a causa sustentável. “Pudemos observar que eles se envolveram de verdade e esforçaram-se para fazer cartazes criativos, tentando vender uma ideia. Foi uma atividade bem interessante, já que pudemos dar um fechamento diferenciado para um assunto trabalhado em aula”, avaliam. “Pudemos observar que eles se envolveram de verdade e esforçaram-se para fazer cartazes criativos, tentando vender uma ideia. Foi uma atividade bem interessante, já que pudemos dar um fechamento diferenciado para um assunto trabalhado em aula”

AÇÃO SUSTENTÁVEL AJUDA ANIMAIS ABANDONADOS As aulas de Ciências tiveram um propósito a mais para os alunos do 5º Ano. No primeiro trimestre, o estudo sobre os impactos da urbanização no meio ambiente possibilitou que eles refletissem sobre alternativas para diminuir alguns dos problemas. As ideias foram variadas, desde usar ecobags no lugar de sacolas plásticas até reutilizar água para limpeza. Mas foi depois que a professora Aline Trentin contou sobre uma ação de separação de tampinhas que os alunos interessaram-se ainda mais sobre o assunto. As turmas assistiram a uma reportagem feita no Sítio da Eneida, um local que abriga cerca de 400 cachorros abandonados e que

necessita de ajuda para manter os animais saudáveis. Dona Eneida custeia o tratamento dos cachorros a partir da venda de tampinhas recicláveis para uma usina de reciclagem. As crianças ficaram sensibilizadas com a situação dos animas e resolveram ajudar. Cada aluno recolhe tampinhas em casa e no Colégio e deposita na caixa Tampinha-mania, que está localizada na sala do Serviço de Orientação de Convivência Escolar do 5º Ano. Depois da coleta, uma turma fica responsável por separar as tampinhas por tipo, e a professora leva até um ponto de coleta do bairro Passo D’Areia. Os alunos se engajaram tanto e a ação ficou tão famosa, que alunos do 3º e 4º Ano

também quiseram ajudar trazendo tampinhas de suas casas. A professora Aline orgulha-se do engajamento dos alunos e acredita no potencial deles para fazer algo pelo mundo. “A pequena ação dos alunos se transforma num gesto muito maior quando vemos que as crianças carregam a alegria e a esperança em fazer algo pelo planeta. Isso é tocante, ver acontecer a consciência ambiental, o pensar no hoje e no futuro, enfim, a construção da sustentabilidade”, comemora. JULHO DE 2016 |

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ARTIGO

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Flávio José Medina Martins | Professor de Biologia do Ensino Médio

Entre as linhas prioritárias de 2016 no Colégio Anchieta, está a Sustentabilidade Ambiental, desafio que permite maior aproximação de nossa instituição com os grandes temas da atualidade. A agressão ao meio ambiente está relacionada a diversas causas, entre elas o desequilíbrio na distribuição populacional e o consequente consumo excessivo. Aliada a isso, a poluição ambiental, produzida por resíduos domésticos, comerciais e industriais, tem deteriorado a nossa casa comum.

O

aumento da quantidade de lixo produzido vincula-se intimamente à cultura do descarte e da redução da vida útil programada. É necessário desenvolvermos um modelo de produção que assegure recursos para as próximas gerações e que limite o uso de recursos não renováveis. A inalação de substâncias eliminadas pelos veículos e pelas indústrias vem causando muitos efeitos nocivos à saúde humana principalmente àqueles de menor poder aquisitivo. A influência humana nos sistemas climáticos é clara e inequívoca, e as emissões de gases estufa são as mais altas da história. A atmosfera e os oceanos têm se aquecido, a quantidade de neve e gelo tem diminuído e o nível do mar tem aumentado. Entre as ações em andamento, relacionadas com a Sustentabilidade Ambiental, o Colégio promoveu a realização do Curso de Direito Ambiental e Segurança Alimentar: formação de gestores ambientais do futuro, curso da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS, sob a coordenação do Prof. Júpiter

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Palagi de Souza, com a colaboração dos advogados Gilson Francisco Lessa e Alexandre Burmann. O Direito Ambiental é um dos direitos fundamentais de terceira geração, destinado não aos indivíduos, mas a grupos de indivíduos, agrupamentos humanos, como a família, o povo, a nação e a própria humanidade. Sua finalidade é proteger a dignidade humana e assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado para todas as pessoas. No Brasil, a lei que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente considera o ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o seu uso coletivo. Igualmente importante é a lei que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, das áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal. Mediante essa lei, busca-se garantir a preservação dos recursos hídricos, da paisagem natural, da estabilidade geológica e da biodiversidade, bem como facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. No Colégio Anchieta, a importância da preservação do ambiente natural é trabalhada em várias séries e anos escolares, seja como conteúdo específico do plano de estudos da instituição, seja como tema transversal, tendo em vista a formação de cidadãos conscientes de seu papel na preservação do ambiente. A Política Nacional de Resíduos Sólidos busca a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental. Para isso, legisla sobre geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos. Traz como

benefício à sociedade brasileira o incentivo à indústria da reciclagem e, como desafio à educação, conscientizar os alunos para a importância da separação do lixo seco, da coleta seletiva, da redução do consumo de produtos com muita embalagem. Entre as ações feitas em nossa comunidade escolar para reduzir a produção de resíduos, temos o incentivo – a todos os colaboradores – para usarem canecas de porcelana em vez de copos plásticos descartáveis, o que provocou considerável redução do uso destes. Acreditamos, nesse sentido, que é papel fundamental da escola conscientizar as pessoas sobre nossa responsabilidade pela qualidade do ambiente. Quando optamos por consumir produtos industrializados, quando optamos por usar carro, ônibus ou bicicleta para nos locomover, podemos estar contribuindo ou não para a degradação ambiental. Ao estudarmos os princípios da segurança alimentar e as várias leis que asseguram o direito humano à alimentação adequada, vimos a importância da higiene e dos cuidados que se deve ter para reduzir o risco de contaminação dos alimentos. Durante o curso, tivemos a oportunidade de refletir sobre nossa responsabilidade para com o meio ambiente, reconhecendo que cada pessoa tem um papel fundamental nesse processo, e que o Colégio precisa continuar estimulando crianças, jovens e adultos a desenvolverem uma atitude sustentável. E isso tem sido feito por meio de uma série de ações concretas. O fundamental é que revisemos nosso padrão e nossos níveis de consumo, comprometendo-nos firmemente a reduzi-los.


ARTIGO

ESPIRITUALIDADE E ECOLOGIA Prof. Clóvis Lasta Waszkiewicz | Orientador Religioso, Espiritual e de Pastoral do 8º Ano

No mundo em que vivemos, em que o ritmo acelerado das demandas profissionais e sociais é muito presente, gostaríamos de parar uns instantes e refletir sobre a espiritualidade e sua relação com a ecologia. São, sem sombra de dúvida, assuntos de extrema importância, mas que não têm recebido a atenção devida tanto da esfera privada quanto da pública.

S

egundo o dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, espiritualidade é “característica ou qualidade daquilo que é espiritual”. Tudo o que possa demonstrar algum tipo de fundamento religioso ou espiritual, que contém ou revela alguma maneira de elevação ou transcendência. Além disso, espiritualidade pode ser um exercício prático de devoção que tenha como objeto um conteúdo de ordem espiritual, por exemplo, leitura de livros de espiritualidade, entre outros. Em termos gerais, podemos afirmar que as espiritualidades manifestam o anseio do ser humano por significado para as realidades da vida que transcenda, vá além da experiência prática imediata. Esta busca é por algum sentido que vá além da experiência tangível do homem e da mulher. Não necessariamente ela está amparada ou ancorada em uma tradição religiosa e pode ser vivenciada por qualquer pessoa, professando alguma religião ou não. No nosso caso específico, como educadores que tomam parte de um projeto comum na educação jesuíta e adotam a espiritualidade inaciana, ela se traduz em compromissos e disposições bem específicas. Um dos compromissos que nasce da experiência dos Exercícios Espirituais, nos moldes inacianos, é com

a ecologia, com a sustentabilidade do ambiente que é nossa casa comum, o Planeta Terra. A ecologia objetiva o equilíbrio na relação dos seres vivos, do ser humano em especial, com o ambiente natural que nos serve de casa. Obviamente, como todos temos visto nos meios de comunicação e na observação da realidade, a harmonia desta relação foi rompida na medida em que o ser humano coisificou tudo o que existe ao seu redor em nome da exploração econômica e comercial em forma de globalização excludente e concentradora. A experiência espiritual de Santo Inácio de Loyola (1491-1556) e o caminho percorrido ao longo de sua vida foram relatados por ele próprio, meio a contragosto, ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara. Ao longo de dois anos, agosto de 1553 até outubro de 1555, Inácio de Loyola expressou suas peripécias e buscas existenciais por Deus. Esses escritos receberam o nome de “Autobiografia” ou “Relato do Peregrino”. Esse texto e as anotações que Inácio foi fazendo ao longo de sua vida, prática sistemática que tinha, constituíram-se no que chamamos de Exercícios Espirituais. Não se trata de um roteiro para ser lido e entendido intelectualmente, mas de um caminho a ser percorrido, de um método a ser seguido, de uma jornada a ser experimentada e vivida durante trinta dias, sete dias (versão reduzida) ou ao longo da vida (exercícios na vida quotidiana). Durante os exercícios espirituais, propostos por Santo Inácio, a pessoa que vive esse caminho confronta a sua vida e seus desejos com o projeto de vida revelado através de Jesus de Nazaré. O objetivo é, à medida que o

exercitante vai acompanhando vivencialmente a vida de Jesus, identificar-se com seu projeto e construção, e vai discernindo os caminhos concretos do seguimento do próprio Cristo. Dessa maneira, como consequência da vivência dos Exercícios Espirituais e da identificação com o projeto de Jesus, vemos nascer, como proposta educativa, o compromisso em formar pessoas conscientes, competentes, compassivas e comprometidas. Nesta missão, podemos perceber um claro compromisso da espiritualidade e educação jesuítas pelo ambiente e sua sustentabilidade. Assim como Santo Inácio, as pessoas conscientes entendem a vida como um dom advindo da gratuidade de Deus. Os seres humanos somos, como consequência, responsáveis e co-criadores do mundo, garantindo a sustentabilidade e preservação da casa comum. Assim como Deus nos cria a sua imagem e semelhança, somos convidados a ser transformadores responsáveis do mundo. A nossa atuação no mundo precisa pautar-se pela competência, entendida como conhecimento acompanhado de capacidade de ação exitosa, que saiba avaliar os impactos ambientais e decidir responsavelmente pelo melhor. Em continuidade, pessoas compassivas, assim como Santo Inácio, capazes de condoer-se com a dor dos outros e tomar atitudes contrárias ao individualismo utilitarista da sociedade atual. Este humano não utiliza tão somente a compaixão, mas, sim, é capaz de comprometer integralmente, afetos, paixões, desejos e vontades, com a construção da fé verdadeira, da justiça que liberta e com a sustentabilidade que garantirá a casa comum às futuras gerações. JULHO DE 2016 |

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ACONTECE

ANCHIETA É MARCA LÍDER no segmento Ensino Médio do Marcas de Quem Decide Na 18ª edição do Prêmio Marcas de Quem Decide, promovido pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata, o Colégio Anchieta alcançou a posição de marca líder na lembrança e na preferência em Porto Alegre, na categoria Ensino Médio. Se considerado o Rio Grande do Sul, a instituição ficou em primeiro lugar na preferência, na mesma categoria, concorrendo, inclusive, com redes de escolas, que possuem unidades em diversos municípios gaúchos. A cerimônia de apresentação dos resultados da pesquisa aconteceu em março, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael e contou com a participação de representantes de diversos setores. A Coordenadora do Serviço de Orientação Educacional do Colégio, Isabel Tremarim, subiu ao palco para receber o certificado e representar a instituição, que apresentou resultados importantes também em Porto Alegre. De acordo com dados da Qualidata, na Capital, o Anchieta alcançou a liderança nos dois segmentos: 45,1% na preferência e 24,8% na lembrança, resultado que reafirma o compromisso da instituição com a sociedade porto-alegrense. Em 18 anos de realização da pesquisa, o Marcas de Quem Decide apresenta 80

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categorias para apurar as marcas mais lembradas e as preferidas. O público entrevistado pela Qualidata inclui gestores de negócios e executivos de organizações, profissionais liberais e formadores de opinião de mais de 40 municípios do Rio Grande do Sul.

A entrega da premiação aconteceu no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em março.

Há 5 anos, o Colégio Anchieta ocupa o 1º lugar na preferência e na lembrança em Porto Alegre e na Região Metropolitana, na categoria Ensino Médio


ACONTECE

SEMANA LITERÁRIA E CULTURAL 2016 promoveu programação especial para os alunos Foi uma semana intensa de literatura, música e cultura. A 18ª Semana Literária e 3ª Semana Cultural do Colégio Anchieta movimentou todas as séries e envolveu os alunos em uma programação especial, divertida e emocionante. A abertura oficial do evento, que ocorreu no dia 4 de abril, contou com dois convidados especiais: o escritor Dilan Camargo, patrono da Feira do Livro de Porto Alegre de 2015, e Edson Erdmann, anchietano e Diretor Artístico na empresa Histórias Incríveis, e também organizador de grandes espetáculos da Rede Globo e RBS TV. Edson fez parte do Show Musical Anchieta por 13 anos e deixou um recado para os integrantes atuais: “Vocês têm a chance de mudar a história de muita gente!”, uma referência à possibilidade de o grupo levar a cultura aos lugares mais remotos. Para fechar a noite, então, o Show Musical subiu ao palco.

Os alunos menores divertiram-se com as atividades de contação de histórias realizadas com escritores e contadores durante a semana. A programação também possibilitou experiências enriquecedoras como o Painel Compromisso Moral e Lições de Cidadania, com sobreviventes do Holocausto. O encontro faz parte de um projeto maior trabalhado em sala de aula e oportuniza aos alunos conhecerem a trajetória daqueles que sofreram com a guerra.

Há 18 anos a Semana Literária acontece no Anchieta, sempre com novidades na programação.

MEU PRIMEIRO LIVRO E MEMÓRIAS ANCHIETANAS:

ALUNOS TORNAM-SE AUTORES DE SUAS PRÓPRIAS HISTÓRIAS Neste ano, o livro de poesias do 4º Ano abordou uma série de ações possíveis para tornar o mundo melhor a partir da consciência ambiental, da convivência em sociedade e das relações humanas. As sessões de autógrafos do livro É só abrir os olhos e ver: o mundo sonhado pelo 4º Ano reuniram familiares e amigos dos pequenos escritores, ansiosos para autografar sua publicação. O lançamento da obra integra o Projeto Meu Primeiro Livro, que já está em sua 15ª edição. Já os alunos da 3ª Série do Ensino Médio expressaram nas páginas digitais do e-book Memórias Anchietanas a saudade do Colégio e as memórias de tempos felizes vivenciados na instituição. O lançamento da obra, que está na segunda edição, contou com a

presença de muitos antigos alunos e com as homenagens dos professores, que leram alguns trechos dos textos. “Foi emocionante o lançamento! Não teve como não chorar. Que bom que nossos filhos tiveram a sorte de estudar num colégio como o Anchieta!”, emocionou-se Josilene Roda Schettini, mãe da ex-aluna Luiza Schettini Baranhuk.

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ACONTECE

ALUNOS PARTICIPAM DA PÁSCOA SOLIDÁRIA DO ANCHIETA A Páscoa já passou, mas as experiências vividas nesse período ainda continuam presentes para os alunos que se empenharam em levar um pouco mais de alegria e doces às entidades assistidas pelo Colégio Anchieta.

O

s alunos da 3ª Série do Ensino Médio, junto com as Comissões Solidárias, organizaram cestas de doces com muito carinho, além de outras doações, para entregar às crianças da Associação Mário Quintana e às mulheres do Lar Emanuel. O 3º e o 4º Ano do Ensino Fundamental I entregaram doações ao Abrigo João Paulo II. Já os alunos do 8º Ano arrecadaram doces para a Creche Santa Luiza, e os da 2ª Série do Ensino Médio para a Creche Planeta Mágico. O 9º Ano e a 1ª Série do Ensino Médio também participaram, confeccionando cestinhas e ninhos para entidades. Os pequenos da Ed. Infantil também fizeram a sua parte com doações para o Educandário São João Batista e Creche Negrinho do Pastoreio. A experiência, importante para a formação humana dos alunos, um dos objetivos do Colégio, é retratada em

depoimento da aluna Raquel Zaffari Losekann, da turma 302: “No dia 22 de março, nós, da comissão solidária, junto com os alunos do Colégio despertamos muitos sorrisos. As cestas decoradas e cheias de doces, feitas pelos alunos da 3ª Série do EM para a Páscoa Solidária, foram distribuídas para as senhoras do Lar Emanuel e às crianças da Associação Mário Quintana. Levamos doações de roupas, calçados e agasalhos, além dos diversos chocolates. Assim que ultrapassamos os muros do Colégio e

chegamos aos locais de entrega, saímos de nossos ‘mundinhos’ e nos deparamos com outras dificuldades, bem diferentes das nossas. Alguns se emocionaram e se impressionaram com as condições dos lugares, com as pessoas para as quais entregamos as lembranças e com os relatos de algumas mulheres do lar. Havia uma delas que pediu para o professor Cleiton ler um salmo, a fim de demonstrar sua fé. Outra, que vivia em uma cadeira de rodas, disse que, apesar de tudo, era muito agradecida pela vida”.

SHOW MUSICAL COMPLETA 50 ANOS COM UMA PROGRAMAÇÃO ESPECIAL No dia 18 de novembro de 2016, o Show Musical Anchieta completa 50 anos de uma trajetória marcada pelo talento de seus integrantes e pelo desafio de levar alegria, cultura e encantamento aos lugares por onde passa. E para comemorar esse meio século de existência, a programação será intensa. Conforme o Coordenador do Show Musical, maestro Evandro Matté, serão três as principais 20

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atividades. “Teremos um espetáculo, um jantar comemorativo e uma exposição”, conta. A direção artística do espetáculo de 50 anos ficará a cargo de Edson Erdmann, anchietano e Diretor Artístico na empresa Histórias Incríveis, e também organizador de grandes espetáculos da Rede Globo e RBS TV. A novidade é que alguns ex-integrantes do grupo deverão apresentar-se também!


ACONTECE

DIAS DAS MÃES

FESTA JUNINA

CAMPANHA PUBLICITÁRIA DO COLÉGIO ANCHIETA CHEGA À FINAL DO PRÊMIO PROFISSIONAIS DO ANO A Agência Escala, que atende o Colégio Anchieta, é finalista do Prêmio Profissionais do Ano, o mais importante do mercado publicitário brasileiro. A campanha indicada para a final, Equações, foi tema da Campanha de Matrículas 2015/2016 do Colégio e trazia problemas da contemporaneidade como o consumo consciente, as relações sustentáveis e a mobilidade urbana. Participaram da seleção mais de mil peças publicitárias de todo o Brasil, sendo avaliados os quesitos valorização do produto e ideias criativas. O prêmio é dividido entre as

categorias Mercado, Campanha, Institucional e Campanha Integrada. No RS, foram seis finalistas dos 55 escolhidos no país. A final acontece em outubro e a Escala concorre na categoria Campanha, que reúne um conjunto de comerciais de produtos ou serviço, assinado por um mesmo anunciante, e que tenha tema e/ou outros elementos em comum.

Quer relembrar a campanha Equações?

Relações sustentáveis

Consumo consciente

Mobilidade urbana JULHO DE 2016 |

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REDE JESUÍTA DE EDUCAÇÃO

PROJETO EDUCATIVO COMUM

Dário Schneider | Diretor Acadêmico do Colégio Anchieta

Para entender o Projeto Educativo Comum (PEC), é importante destacar a estratégia colaborativa em sua construção, desde os pressupostos que sustentam as opções feitas, as dimensões específicas da identidade dos Colégios e a constituição da Rede Jesuíta de Educação (RJE).

O

s Colégios da Rede, diante do que propõe o PEC, são chamados a ler os sinais dos tempos e reconhecer os novos desafios para a Educação, assumindo, na prática, o espírito de evangelização e comunhão com a Igreja, colocando-se a serviço da missão da Companhia de Jesus e participando do modo efetivo e afetivo dos movimentos de uma educação com foco na aprendizagem. Essa configuração expressa a identidade da marca da Rede Jesuíta de Educação. O que isso significa e quais possibilidades? Estrategicamente, os Jesuítas constituíram uma única Província em nível de Brasil (BRA), o que levou a um repensar e a um reposicionar sua atuação apostólica na Educação. Entre outras decisões, uma opção concreta foi a constituição da Rede, nomeando um Delegado para a Educação Básica, responsável junto ao Provincial do Brasil, para ser referência e conduzir o processo de constituição da Rede e da construção do PEC, documento que passaria a balizar o Projeto Educativo Comum a todos os Colégios do Brasil. A partir desta compreensão, Jesuítas e leigos foram motivados a participar de seminários e grupos de trabalho para refletir sobre os sonhos e articular as concepções e ações possíveis em vista desta construção coletiva e a renovação do fazer pedagógico. A Rede Jesuíta de Educação deseja marcar esta nova concepção educativa em termos de atuação, pela diversidade de experiências, de Jesuítas e leigos à frente dos processos, colaborando na elaboração

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RR

Colégio Diocesano, Escola Santo Afonso Rodriguez e Escola Materno-Infantil Pe. Pedro Arrupe (EMIPA) Teresina, PI

AP

Colégio Santo Inácio Fortaleza, CE

PA

AM

MA

CE

RN PB PE AL SE

PI AM

RO

TO

Escola Técnica de Eletrônica FMC Santa Rita do Sapucaí, MG

GO Creche Caiçaras Belo Horizonte, MG Colégio Loyola Belo Horizonte, MG

Colégio Antônio Vieira Salvador, BA

BA

MT

Colégio dos Jesuítas Juiz de Fora, MG

MG

MS SP

RJ

PR

Colégio Medianeira Curitiba, PR

SC RS

Colégio Santo Inácio ES e Colégio Anchieta Rio de Janeiro, RJ Centro Educacional Pe. Agostinho Castejón (CEPAC) Rio de Janeiro, RJ

Colégio São Luís e Colégio São Francisco Xavier São Paulo, SP Colégio Catarinense Florianópolis, SC

COLÉGIO ANCHIETA PORTO ALEGRE, RS

PLATAFORMAS APOSTÓLICAS Plataforma Apostólica Amazônia Plataforma Apostólica Centro-Oeste Plataforma Apostólica Nordeste 1 Plataforma Apostólica Nordeste 2 Plataforma Apostólica Leste Plataforma Apostólica Sul 1 Plataforma Apostólica Sul 2

do documento que pretende ser uma bússola e um fio condutor a unir os Colégios da Rede, aumentando a partilha e a capacidade de leitura dos novos tempos. Esse movimento e essa dinâmica de trabalho em Rede se apoia na constante busca por “um caminho de renovação”, em espírito de discernimento, profissionalismo e reconhecimento da Educação como “ethos” no qual realizamos a finalidade que declaramos.

Os Jesuítas constituíram uma única Província em nível de Brasil (BRA), o que levou a um repensar e a um reposicionar sua atuação apostólica na Educação


REDE JESUÍTA DE EDUCAÇÃO

CONTEXTO NACIONAL E LOCAL O contexto nacional e local da Rede Jesuíta de Educação, das 17 unidades do Brasil, está em articular propósitos do “mínimo comum” e em apresentar a identidade e clareza dos objetivos de ser um Colégio da Companhia de Jesus com o desejo da caminhar rumo à renovação, reafirmando a “qualidade da educação e a equidade social” (PEC, Nº 25), desenvolvendo a identidade da Rede, compreendida como “lugar de transformação evangélica da sociedade e da cultura por meio da formação de homens e mulheres conscientes, competentes, compassivos e comprometidos” (Art. 5º do Estatuto da RJE). O documento do PEC provoca alguns deslocamentos e não tem a pretensão de definir, mas exortar, porque anima, motiva, impulsiona e prescreve, em fidelidade criativa a partir da experiência de Inácio de Loyola nos Exercícios Espirituais e da Tradição Educativa da Companhia de Jesus, respeitando tempos, circunstâncias e pessoas. Desta maneira, o parágrafo 29 aponta as diretrizes para aperfeiçoar os processos educativos, todo profissionalismo e a mística que configuram a identidade, o clima institucional, a percepção do ideal educativo e a prática do nosso fazer pedagógico em um constante processo de renovação. Assim, nesse parágrafo está a transversalidade dos princípios e valores que perpassam a dimensão curricular com um olhar sobre a gestão e experiência prática da sala de aula. Assim, o documento leva a uma maior compreensão da intencionalidade da aprendizagem integral, para aplicar os meios aos fins de modo criativo, em vista da missão. “O desafio de articular fé e justiça nos leva a

considerar, no espaço escolar, os temas referentes a gênero, diversidade sexual e religiosa; a novos modelos de família, a questões étnico-raciais, a elementos referentes à cultura africana no Brasil e a todos os temas similares relacionados a categorias ou grupos sociais que sofrem discriminação, violência e injustiça. São realidades que, iluminadas pela fé e na comunhão com a Igreja, precisam fazer parte, de forma transversal, de um “currículo evangelizador” (VE 30) voltado para uma aprendizagem integral” (PEC, nº 22). Na missão e visão de ser um Colégio Jesuíta, neste contexto contemporâneo, estamos refletindo não apenas sobre o documento em si, mas, principalmente, sobre o significado que adquirem as dimensões do PEC: pressupostos, currículo, estrutura e clima organizacional, e a relação com a família e com a comunidade como direcionadores de nossa prática pedagógica e de gestão. As convicções, as crenças e a adesão ao documento certamente serão resultantes desses momentos de estudo e de reflexão. O conhecimento e a experiência, individual e coletiva, compõem a visão sistêmica do processo, que, para ser eficiente, deve ser contínuo e permanente.

Um Colégio da Rede Jesuíta de Educação, consequentemente, tem como características situar-se em seu tempo e ser capaz de uma leitura crítica e criativa. O PEC veio para inspirar, iluminar e orientar, confirmando a dimensão apostólica da educação jesuíta. Sobretudo, mostrar “nosso modo de ser e proceder”, que é essencialmente inaciano pela visão de mundo, de educação e de pessoa que apresenta e aponta como horizonte comum. O PEC, que estará disponível para toda comunidade educativa a partir de agosto, é fruto do trabalho colaborativo da Rede. O documento segue o movimento de renovação da missão do apostolado educacional da Companhia de Jesus. A corresponsabilidade e o desafio de dar vida ao documento, transformando os centros de ensino em centros de aprendizagem, é de todos. O Colégio é um organismo vivo que exige de nós, gestores e educadores, um olhar atento capaz de dar respostas e criar perguntas e desafios próprios para as novas especificidades do tempo e do espaço em que vivemos. Este sempre foi um princípio da Pedagogia Inaciana, cada vez mais atual. Desta forma, à luz do PEC, os Colégios que compõem a Rede Jesuíta de Educação do Brasil assumem a ousadia e renovam a esperança em sua missão educativa, pois, na perspectiva inaciana, educar é acreditar no ser humano e na possibilidade de humanizar as relações, conferindo sentido e significado ao que somos como pessoas e ao que fazemos como profissionais em prol da sociedade. JULHO DE 2016 |

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ARTIGO

A SUSTENTABILIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS, UMA REFLEXÃO Isabel Tremarin | Coordenadora do Serviço de Orientação Educacional do Colégio Anchieta

“Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?”

A

Papa Francisco: Carta Encíclica Laudato Si’, nº 160

pergunta formulada pelo Papa Francisco, na recente encíclica Laudato Sí, a respeito do cuidado à nossa casa comum, inquieta-nos e nos convoca a uma reflexão. As previsões sobre um futuro muito próximo alertam que o homem vai conhecer – graças à supremacia da tecnologia – novos meios de comunicação e novas formas de produzir, distribuir e consumir produtos e informação. O homem vai habitar um mundo físico virtual, em que volumes estratosféricos de informação, facilmente disponíveis, modificarão radicalmente os hábitos mais simples do cidadão comum, além de contribuir decisivamente para a criação de novos valores e para o resgate de outros atualmente esquecidos e desprezados. Diante desse e de outros tantos cenários de futuro que nos são anunciados, precisamos refletir sobre o significado e o sentido de educar crianças e jovens para viverem nesse novo mundo de forma responsável e sustentável. Com muitos exemplos concretos, o Papa Francisco reafirma na Laudato Sí seu pensamento: há uma ligação entre questões ambientais e questões sociais e humanas que nunca pode ser rompida. Assim, “a análise dos problemas ambientais é inseparável da análise dos contextos humanos, familiares, laborais, urbanos, e da relação de cada pessoa 24

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consigo mesma”, enquanto “não há duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise socioambiental”. Dessa forma o Papa compartilha a sua visão sistêmica de mundo, reforçando a tese de que a sustentabilidade tem início nas relações humanas, que devem priorizar o respeito e o apreço mútuo, ultrapassando fronteiras geográficas, para que o bem comum seja o princípio que oriente nossas relações e contemple o cuidado com toda forma de vida e com a nossa Casa Comum, a Mãe Terra. O Colégio Anchieta integra a Rede Jesuíta de Educação e vem, ao longo dos seus 126 anos, dedicando-se a uma educação que visa à formação de seus alunos para excelência humana e acadêmica. Nesse escopo, aparece com nitidez a necessidade de valorizar uma formação integral e sustentável. Nessa perspectiva, o Colégio promove e desenvolve inúmeros programas, projetos, experiências sociais e espirituais, que pretendem contribuir para uma educação humana integral. Entre eles, vamos destacar o Programa de Valorização da Vida, iniciado em 1989 que, ao longo dos anos, vem sendo aprimorado, sem perder seu objetivo inicial de contribuir para a valorização da vida e o desenvolvimento saudável de crianças e jovens, nas dimensões física, psicológica, espiritual e social, tendo em vista a formação de homens e mulheres para e com os demais. O Programa de Valorização da Vida é composto, hoje, por vários projetos – afetividade e sexualidade, bullying, prevenção ao uso de drogas, educando para as emoções e o projeto

rede de pais. Os projetos são articulados de forma sistêmica e abordam um amplo espectro de questões relacionadas às tarefas do desenvolvimento, sob a perspectiva da valorização da vida de cada um e de todos, em vista da construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário. Desejamos que nossos alunos sejam pessoas empreendedoras de suas próprias vidas e capazes de humanizar os ambientes em que vivem, priorizando a vida em toda sua plenitude. Almejamos educar pessoas que façam a diferença, porque serão capazes de criar melhores condições para a vida humana, para superar um mundo de injustiças e de grandes dilemas éticos. É assim que, de fato, poderá ser realizada a nossa missão, inspirando crianças, jovens e adultos a construírem práticas solidárias e transformadoras da realidade. Desta forma, o Programa de Valorização da Vida tem como princípio a compreensão de que o verdadeiramente humano encontra-se na relação com o próximo e se baseia em atitudes de respeito, amor e serviço. A educação jesuíta enfatiza e auxilia a desenvolver o papel de cada um no contexto em que vive, oferecendo uma educação na qual todos são incentivados a colaborar para a valorização da vida em todas as suas dimensões, de forma solidária, transcendendo etnias, culturas e religiões. Assim, queremos também colaborar para responder à pergunta do Papa Francisco, que nos instiga a rever de forma permanente nosso legado para as futuras gerações, como também para nossa casa comum, a Mãe Terra.


RELIGIOSIDADE

JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA Pe. João Roque Rohr, S.J. | Ex-diretor e Conselheiro Espiritual

Breve apresentação do documento do Papa Francisco, publicado sob o título “O ROSTO DA MISERICÓRDIA”

E

ste número da Revista Anchieta oferece aos seus leitores bom e oportuno artigo sobre o Projeto Educativo Comum (PEC), adotado pela Rede Jesuíta de Educação do Brasil (RJE), bem como textos elucidativos referentes à Sustentabilidade Ambiental, como eixo temático prioritário, em 2016, norteando nossa educação com foco na aprendizagem. Por mais urgentes e importantes que sejam esses temas, necessitando ser expostos, explicados, assimilados e postos em prática por toda a comunidade educativa, como Colégio Jesuíta de espiritualidade inaciana, não deveríamos omitir-nos sem oferecer aos colaboradores acadêmicos e administrativos, aos alunos e seus familiares a boa notícia da celebração do Ano Santo da Misericórdia, que está transcorrendo sob a orientação e liderança do Papa Francisco com o documento “O Rosto da Misericórdia”. Embora recomende a leitura de todo o texto contido em apenas 29 páginas, apresento aqui alguns tópicos no intuito de despertar o interesse e a disposição de vivenciar e experimentar intensamente o que o Ano Santo significa para a Igreja e a humanidade. Quero crer que interessa ao leitor saber em que consiste a Misericórdia e o que se entende quando se diz que Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. Inspirados neste rosto de Jesus, também nós, criados à imagem e semelhança de Deus, somos convidados a desfrutar da incansável misericórdia de Deus e a sermos

portadores e missionários da misericórdia para o mundo em que vivemos e que tanto necessita dela. O Papa Francisco afirma: “Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”. O Ano Santo da Misericórdia teve início no dia 8 de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição e 50° aniversário de encerramento do Concílio Vaticano II. No domingo seguinte, abriu-se a Porta Santa da Misericórdia nas Basílicas de Roma e nas Catedrais de todas as Dioceses do mundo. Assim, diz o texto, cada Igreja particular está diretamente envolvida na vivência deste Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual. O Ano Santo Jubilar terminará na solenidade litúrgica de Jesus Cristo, Rei do Universo, em 20 de novembro de 2016. Desde o primeiro até o último dia, seremos animados por dois sentimentos e motivos de festa: gratidão e alegria. Isso se explica porque, tendo vivenciado a celebração do Ano Santo, teremos compreendido e experimentado o Amor e a Misericórdia do Coração de Jesus e do Pai, fornalhas ardentes de caridade, de compaixão

e de perdão. Assim como experimentamos fisicamente o calor de uma lareira acesa, quando nos aproximamos dela, e sentimos frio quando nos afastamos dela, também sentiremos o calor e a luz da Misericórdia de Deus quando nos aproximarmos dele, ou, então, o frio e o vazio quando nos separarmos dele e o abandonarmos. Os números 14 a 19 do texto do Papa Francisco apresentam uma proposta de “espiritualidade da misericórdia” com algumas indicações práticas para se vivenciar o jubileu: a) peregrinações como caminho e sinal de conversão; b) o recurso ao sacramento da confissão como sinal visível de reconciliação e experiência espiritual da bondade do Senhor; c) a prática das obras de misericórdia, tanto corporais como espirituais, como indicadas no capítulo 25 do Evangelho de Mateus; d) a vivência cotidiana do perdão: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos ofendeu”; e) obtenção das indulgências oferecidas por ocasião dos anos jubilares; f) inspirar-se em Maria Santíssima como mãe de Jesus, Rosto da Misericórdia e, por isso, também ela é chamada Mãe da Misericórdia. Como Colégio Católico de inspiração e espiritualidade inaciana, esperamos, como fruto desta celebração, a nossa transformação em portadores e testemunhas da misericórdia que experimentamos em nós mesmos e levaremos a todos aqueles que encontrarmos em nossa caminhada terrestre. Ao associar-nos a todas as pessoas de boa vontade, neste mutirão jubilar de misericórdia, estaremos contribuindo e somando esforços para a construção de um mundo mais fraterno, justo, solidário e feliz. JULHO DE 2016 |

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TECNOLOGIA

MOODLE:

a aprendizagem que vem com a tecnologia Os ambientes virtuais de aprendizagem constituem hoje uma realidade já consolidada na educação brasileira, servindo como suporte de ensino em diversas instituições. No Colégio Anchieta, seguindo essa tendência natural de adotar uma plataforma de apoio, optou-se pelo Moodle, uma ferramenta de gestão didático-pedagógico, utilizada pela Província do Brasil (BRA) e gerenciada pela Rede Jesuíta de Educação. Nesse ambiente, os alunos, em seus diferentes níveis de escolaridade, acessam materiais utilizados em sala de aula, exercícios e conteúdos adicionais que complementam o estudo, o que lhes permite desenvolver sua autonomia, além de possibilitar interação e o acompanhamento das atividades do Colégio via Internet. A aluna Martina Stumvoll Pereira, da turma 54, é uma frequentadora assídua do ambiente virtual. É com a ajuda da ferramenta que ela consegue preparar-se ainda mais para as provas. “O Moodle é muito legal porque ajuda quem está com dificuldade, além de que podemos acessar matérias de Laboratório quando faltamos. Gosto bastante de fazer as atividades extras do Laboratório para poder estudar para as provas”, conta. Tela do sistema

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| REVISTA ANCHIETA

O acesso à plataforma dá autonomia aos alunos, que podem organizar os estudos como preferirem.

OS CURSOS + ACESSADOS 1

Literatura | 2ª Série

2481

2

História | 9º Ano

1708

3

História | 6º Ano

1366

4

Ensino Religioso | 9º Ano

1022

5

Ensino Religioso | 8º Ano

1003

6

Geografia | 2ª Série

912

7

Matemática | 7º Ano

880

8

Língua Inglesa | 8º Ano

860

9

Matemática | 5º Ano

846

“O Moodle é muito legal porque ajuda quem está com dificuldade, além de que podemos acessar matérias de Laboratório quando faltamos. Gosto bastante de fazer as atividades extras do Laboratório para poder estudar para as provas.”

10

Ciências da Natureza | 6º Ano 762

Martina Stumvoll Pereira ALUNA DA TURMA 54


TECNOLOGIA

SUPORTE PARA A APRENDIZAGEM Para o professor, a utilização do Moodle pelo aluno serve como um suporte para a aprendizagem. A professora de Língua Inglesa do 5º Ano, Danielle Contessa, acredita que a implantação da plataforma cria um vínculo entre a disciplina do professor e a realidade do aluno. “Eles navegam na Internet em casa e já podem aproveitar para fazer exercícios e jogos extra, ler materiais mais detalhados e até conferir se há algo novo após uma aula em que faltaram. Tudo leva à aprendizagem!”, comemora. Segundo o Diretor Acadêmico, Dário Schneider, o acesso à plataforma já faz parte da rotina escolar, fortalecendo ainda mais o processo educativo.“ É fundamental considerar o espaço educativo em sua mediação, possibilidades e impactos da tecnologia educacional aplicada à gestão e ao fazer pedagógico. Hoje, acessar a Plataforma Moodle faz parte da rotina escolar, especialmente, para promover, acompanhar e fortalecer os elementos que compõe os princípios e estratégias do processo educativo mediado”, considera. A plataforma Moodle tornou-se pública em 2001 e hoje constitui um dos ambientes de educação à distância mais utilizados no Brasil e no mundo. Segundo consta no seu site oficial – www.moodle.org –, são mais de 79 milhões de usuários tanto para uso acadêmico, quanto empresarial, o que a torna a plataforma de aprendizagem mais utilizada no mundo.

UM SUPORTE PARA A FORMAÇÃO CONTÍNUA DE EDUCADORES A formação contínua dos ­ ducadores é uma preocupação e constante do Colégio Anchieta. Nessa perspectiva, a plataforma Moodle surge como uma grande aliada em função das possibilidades que oferece. Nesse ambiente, professores e colaboradores administrativos desenvolvem diferentes atividades como cursos de Formação, Capacitação e Liderança. Por meio dos cursos é possível acessar fóruns de discussão, além de conteúdos referentes ao tópico estudado, que podem contemplar os mais diversos formatos: texto, áudio, vídeo. Um exemplo dessa aplicação é o curso Liderança Inaciana, que reúne representantes dos serviços e da área administrativa do Colégio. Ali, os participantes podem encontrar textos com a motivação do trabalho, as apresentações utilizadas nos encontros, os temas de

cada grupo e orientações para os próximos passos. Como diz a professora Danielle: “A escola precisa acompanhar o desenvolvimento da nossa sociedade em relação à tecnologia”. Portanto, estamos no caminho certo.

Acesse o nosso Manual do Moodle: http://goo.gl/yEF09d

JULHO DE 2016 |

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DESTAQUE

COLÉGIO ANCHIETA APRESENTA

o TEDxYouth@Porto Alegre

Não é preciso muito para espalhar boas ideias, certo? Basta um local, um público com boa vontade de ouvir e alguém com uma boa história para contar. E, claro, também precisa-se de uma boa equipe para dar ‘aquele’ suporte. Foi pensando nisso que os alunos da 2ª Série do Ensino Médio, junto com um grupo de professores, uniram esforços para promover o TEDxYouth@PortoAlegre, evento que aconteceu no Auditório 1 do Colégio Anchieta, no mês de junho. O TEDxYouth é um evento local, auto-organizado, cujo 28

| REVISTA ANCHIETA

intuito é oferecer a alunos do Ensino Fundamental e Médio palestras curtas sobre o que fazem de melhor, servindo como fonte de conhecimento e inspiração para jovens do mundo todo. O evento faz parte do TED, uma organização sem fins lucrativos, criada em 1984 com o objetivo de espalhar boas ideias por meio de conferências disponibilizadas no site www.ted.com.

T Dx x = independently organized TED event

23 de Junho, 2016 10h - 13h COLÉGIO ANCHIETA Av. Nilo Peçanha, 1521 Porto Alegre, RS Brasil

www.ted.com


DESTAQUE

MAS, E COMO SURGIU A IDEIA DE O ANCHIETA PROMOVER ESSE EVENTO?

“Os alunos tiveram a oportunidade de planejar, trabalhar com restrições, colaborar, tomar decisões, etc., questões fundamentais para a formação de qualquer profissional” GUSTAVO BORBA Diretor de Unidade Acadêmica de Graduação da Unisinos e embaixador do TED

A edição do TEDxYouth do Colégio Anchieta contou ainda com alunos e representantes de outras três escolas de Porto Alegre: Santa Inês, Monteiro Lobato e Marista Rosário. “O Anchieta ser protagonista de um dos primeiros eventos para o público jovem em Porto Alegre, sob licença do TED, é algo significativo e deve reverberar, abrindo porta para outras licenças no futuro”, espera o professor Gustavo.

Speaker do TEDxYouth@PortoAlegre: Foto: Arquivo pessoal

O Diretor de Unidade Acadêmica de Graduação da Unisinos e embaixador do TED no Brasil, professor Gustavo Borba, conta: “Os professores Isabel Tremarin, Sílvio Almeida e Cleiton Gretzler participaram de um TEDxUnissinosSalon e tiveram a ideia de mobilizar os alunos para desenvolver o evento”. Segundo o professor Sílvio, os exemplos de escolas pelo mundo que realizaram o TEDxYouth motivaram a equipe a trazer essa ideia para do Colégio Anchieta. “Foi o suficiente para iniciar um processo de construção que desenvolve inovação, lideranças e muitas outras competências junto aos adolescentes e educadores anchietanos, com uma linguagem que parte da juventude e se identifica com ela”, explica. A partir daí, montou-se uma equipe de trabalho composta por alunos com a supervisão dos professores. O engajamento dos alunos foi fundamental para que o evento desse certo, além disso, de acordo com o professor Gustavo, a experiência que adquiriram nesse processo trouxe pontos positivos, como a identificação de temas que têm relevância para os jovens e a prática em gestão e organização de projetos. “Os alunos tiveram a oportunidade de planejar, trabalhar com restrições, colaborar, tomar decisões, etc., questões fundamentais para a formação de qualquer profissional”, garante. Para o aluno da turma 203, João Pedro Eboli, que participou da organização de todo o evento, o objetivo é reforçar ainda mais o sentido de “ser anchietano”. “Esta imensa inovação promovida por nossa escola teve como meta estimular os alunos da 2ª Série do Ensino Médio a desbravar novos conhecimentos, realizar ações transformadoras, ser verdadeiramente anchietanos”, explica.

BÁRBARA AMORIM 17 anos | Estudante Mossoró – Rio Grande do Norte

Assunto da palestra: Projeto ecológico que consiste na reutilização do saco de papel que envolve o cimento para produção de blocos ecológicos a serem utilizados na construção civil. Qual a mensagem deixada para as pessoas: A partir de ideias simples, é possível, sim, fazermos a nossa parte para a preservação do planeta e assim poder também incentivar outras pessoas a rever suas ações visando ao bem comum.

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DESTAQUE Foto: Arquivo pessoal

Conheça os speakers do TEDxYouth@PortoAlegre:

MARIA DA CONCEIÇÃO BRAGA

PAULO DE TARSO FONSECA 33 anos | Professor do Colégio Anchieta

Assunto da palestra: A palestra propõe a incorporação das diferentes habilidades individuais encontradas em uma turma no processo avaliativo, para que cada aluno possa se apropriar do conteúdo de uma maneira mais agradável. Qual a mensagem deixada para as pessoas: Somos diferentes uns dos outros e são nossas particularidades que nos tornam interessantes, portanto devemos assumi-las e valorizá-las.

LAURA THOMÉ E CAMILA PIRES 16 anos e 17 anos | Estudantes Turma 303 do Colégio Anchieta

Assunto da palestra: A trajetória das estudantes tendo um canal no YouTube e a expansão dessa plataforma Qual a mensagem deixada para as pessoas: Aprendemos que, diante de qualquer coisa que façamos, surgirão críticas negativas. O importante é sempre seguir os nossos sonhos, sem nos importarmos com o que os outros vão achar disso.

MARIANA NELZ PISTOIA 17 anos | Estudante Turma 301 do Colégio Anchieta

Assunto da palestra: A prática da esgrima Qual a mensagem deixada para as pessoas: Gostaria de, com a minha palestra, motivar as pessoas a praticarem esportes.

um olhar mais humano para os detentos, acreditando na 17 anos | Estudante Turma 304 do Colégio Anchieta sua reinserção na sociedade, Assunto da palestra: Crise na família e no mercado de no sistema prisional e novas trabalho como uma solução alternativas para o futuro viável para combater a Qual a mensagem deixada criminalidade. para as pessoas: É possível NINA RECKZIEGEL

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| REVISTA ANCHIETA

Assunto da palestra: Como o voluntariado transforma a vida não só do voluntário, mas de quem o cerca e o impacto disso na sociedade. Qual a mensagem deixada para as pessoas: “O que fazemos para nós mesmos morre conosco. O que fazemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal.” - Albert Pine ISABELA WELTER 16 anos | Estudante

Foto: Arquivo pessoal

Assunto da palestra: Compartilhar experiências de vida. Qual a mensagem deixada para as pessoas: Gostaria de ajudar, por meio da minha influência, muitas Marias que venham por aí.

SOFIA CALDERANO 17 anos | Estudante 3ª Série Ensino Médio Colégio Santo Inácio – RJ

Turma 304 do Colégio Anchieta

Assunto da palestra: Escrita: uma forma de arte Qual a mensagem deixada para as pessoas: Escrever é uma experiência muito intensa. Aquele que escreve transcende a si mesmo nas palavras, em um reflexo da sua própria realidade. Escrever é uma arte; é uma maneira de se expressar extremamente profunda. E, como toda forma de arte, deve ser estimulada e trabalhada.

FOTOS DOS SPEAKERS: RODRIGO BLUM/UNISINOS

63 anos | Auxiliar de Serviços Gerais, Limpeza do Colégio Anchieta




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