Revista CF - Dezembro 2015

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Onde seu wod vira nossa história.

ENTREVISTA INÉDITA

Miranda Oldroyd BRAZILIAN GAMES FOR

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Quem fez a Revista CF Diretor

Diretor de Arte

Fotografia

A Revista CF é uma revista de estilo de vida e aptidão funcional. Cada edição oferece informações educacionais de especialistas nas áreas de fitness, nutrição e psicologia do esporte, bem como histórias de sucesso motivacionais.

Denis Diegas

Alexandre Santana

Alexandre Brotto André Lima Carol Bernardo Kleber Smith Rafael Leforte Raphael Monge Rodrigo Marques Thais Oliveira Ux-Maia Patricia Contti

A Revista CF está sediada em São Paulo - Brasil - é uma empresa de mídia dedicada a promoção de um estilo de vida ativo, através da atividade física e alimentação saudável. A Revista CF também poderá ser visualizada em nosso site: www.revistacf.com.br

Revisora Fernanda Surian Colaboradores: Fortify Trio Alimentos Progenex Rock Tape York Barbell Reebok Amrap.com.br

Box participante CrossFit SP CrossFit Brasil CrossFit ZN2 CrossFit Ribeirão CrossFit Tamboré

Colunistas: Tiago Heck Marcelo Abrusio - Mex Thais Clemente Tia Loris Luciano Rechia Paola Crespi

A Revista CF é uma revista independente, sem alguma filiação ou parceria com o CrossFit Inc. Não pertence a CrossFit Inc. ou qualquer de suas subsidiárias, incluindo CrossFit Journal, CrossFit Kids ou CrossFit Games. As opiniões expressas na Revista CF, podcasts, Instagram, Twitter, Facebook ou pelo site revistacf. com.br não são de autorias do CrossFit Inc. ou seus fundadores.



Olá, CrossFitters! A nova edição da Revista CF está no ar! Aproveitem para desfrutar um pouco de leitura sobre as novidades e acontecimentos que cercam a modalidade que mais cresce no Brasil. Nesta edição, trouxemos uma super e exclusiva entrevista com a Top atleta CrossFit Games, Miranda Oldroyd que passou pelo Brasil dando workshops e esbanjando simpatia, além de abrir uma das baterías em uma demonstração do WOD no Brazilian Games for Vision que aconteceu no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo. Esse mais novo torneio, que muitos ficaram duvidosos, surpreendeu a todos nos quesitos organização e cobertura de mídia. Nós, da Revista CF, mais uma vez marcando presença nos maiores eventos do Brasil. Também compartilhamos uma retrospectiva sobre o Torneio CrossFit Brasil e as novidades sobre a Moda CrossFitter com a belíssima Paola Crespi trazendo dicas para você arrazar no box. E quando o assunto é Kettlebell, surge o expert Luciano Rechia, trazendo dicas e ensinamentos que irão agregar ainda mais o seu conhecimento. Não perca também a matéria sobre a arte do Grafitte com Denys Evon, que nos conta como começou sua carreira nas ruas e como chegou dentro dos maiores ginásios de CrossFit de São Paulo, ilustrando e motivando alunos. E a linda matéria com a garotada do CrossFit Kids elaborada pela nossa nova colunista Tia Loris. Esta é a ultima edição de 2015 e além de desejar uma ótima leitura, nós da Equipe CF gostariamos de desejar um Feliz Ano Novo recheado de WODs e novidades. 2016 será um ano mágico e em breve traremos essa notícia. Denis Diegas Alexandre Santana --------------------------29/Dezembro 2015


VENHA NOS CONHECER! Os bairros de Alphaville e Tamboré ganharam o maior centro de treinamento de CrossFit da região. AGENDE SUA AULA EXPERIMENTAL GRÁTIS AGORA MESMO E FAÇA PARTE DESSA FAMÍLIA.

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Sumário BRAZILIAN GAMES FOR

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Brazilian Games For Vision. O torneio que fez o Ibirapuera sentir o que é CrossFit. Possibilidades de novas edições em breve! Fique ligado. Página 10

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Entrevista exclusiva com Miranda Oldroyd. Atleta Progenex que fez seminários em São Paulo e uma demonstração incrível de um workout, briefing de uma bateria no Brazilian Games. Página 32


edição 7 - ano 3 - 29 dezembro 2015

Conheçam o movimento - Turkish get up executado com o Kettlebell que o Professor Luciano Rechia explicará passo a passo. Página 74

Agora eles chegaram para valer! O CrossFit também é coisa de criança. Aprender a se divertir de forma saudável ainda é possível nos dias de hoje. O CrossFit Possui uma modalidade totalmente lúdica e divertida pra a molecada se exercitar, aumentar o condicionamento físico e fazer amizade. Página 70

Saiba como foi o Primeiro Debate CF do Brasil. Com a presença de Head coachs de boxes renomados, palestrando experiências e dividindo conhecimentos. Uma aula de Nutrição Esportiva com Andréia Naves entre outros. Go! Página 22 revistacf.com.br

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Olá amantes da intensidade, o que é ser scale hoje? No Brazilian Games tivemos um bom motivo para contestar onde realmente se enquadra, na atualidade, a categoria scale. Antes, devemos lembrar que neste ano de 2015 foi quando o Open lançou esta categoria com provas que tinham movimentos bem de iniciantes mesmo - “single under” em vez de “double under”, “joelho acima do quadril” em vez de “toes to bar”. Muitos atletas Rx participaram nessa categoria, o que fez parecer que foi só para ganhar algo no CrossFit. Na verdade, quem ganham são os scales, que competem com atletas superiores, que acabam puxando eles pra um ritmo mais forte de competição. No Brazilian Games for Vision, por ser uma competição presencial, foi nítido que tinham atletas de alto nível no scale, mas por outro lado, a comissão técnica não deixou barato e colocou movimentos de médio e alto grau de dificuldade como pull up, double under e o difícil e aflitivo ring dip - que caiu na final e fez muitos atletas chorarem de raiva quando travavam os braços. Sabemos também que o nível dos scales subiu, vimos lá atletas que já foram dessa categoria um dia, mas hoje evoluíram e são Rx, seguindo a proposta de ser scale, que é de virar RX um dia! Mas e o caso deste cara, deveria ir pro RX? Não está cedo ainda? Aí que surge a oportunidade de definirmos melhor as categorias. Podemos montar vários níveis de categorias se quisermos - menos de 6 meses de CrossFit, entre 6 meses e 1 ano, Rx, Rx plus, elite. O Monstar Games teve essa sacada e deu certo: Elite, Rx, Amador e Scale. 12

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Mesmo assim não vai solucionar, sempre vai ter um atleta de nível superior competindo em uma categoria abaixo, e isso vai da índole de cada um. Se for só pra ganhar medalha, não vejo muito valor em vencer, Não seria como jogar futebol com a criançada da rua e sair gritando “campeão?. Porém se for para ajudar os scales a evoluirem, daí considero nobre. A verdade é que enquanto não tivermos um ranking de atletas nacionais, não tem como controlar isso. O lado bom é que o esporte está evoluindo, que os atletas estão mais fortes e que estamos menos distantes dos “gringos”. Menos não quer dizer próximo deles, pelo contrário, ainda temos que evoluir muito em qualidade de treino, interação entre atletas e competições mais fortes. Já vimos muita carga sendo levantada no

OHS, varios atletas com 140kg acima da cabeça, além de muitos muscle up unbroken e handstand walk sem dificuldade. Isso é alto nível inclusive para o CrossFit mundial. Quem dera os atletas de ponta do CrossFit mundial viessem mais vezes pra cá, como veio a Miranda e o Brennan nessa 1ª edição do Brazilian, para falar de seus treinos e suas experiências. Como já citei acima, no CrossFit se evolui muito mais quando algum atleta mais forte te puxa. Isso se chama ter uma “referência”! Desde o scale até a elite, precisamos de referencias, de alguém que mostra algo que você nunca viu, que te tira da zona de conforto e te faz evoluir. E por isso, quem competiu no Brazilian e achou muito alto o nível do scale, para de reclamar e agradeça, pois o suposto Rx do seu lado te puxou e te fez evoluir. Já este RX deverá, se quiser evoluir, deve se propor


competir com atletas mais fortes na próxima. Mas só se quiser melhorar, caso contrário, pode ficar ajudando os scale a ficarem mais fortes. Tudo é questão de ponto de vista. Matéria por: Thiago Heck - Head Coach CrossFit Sampa e Colunista da Revista CF.

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Primeiro CF em Debate



Olá amantes da intensidade. Como vocês devem saber, tivemos o primeiro fórum de debates sobre periodização no CrossFit. Essa foi uma ideia do diretor da Revista CF - Denis Diegas - que me procurou e iniciamos o projeto porque sentimos a grande necessidade dos treinadores brasileiros trocarem mais conhecimentos entre si e desenvolver assim o esporte no nosso país. Eventos assim são extremamente necessários, tanto que o próprio CrossFit só cresceu no mundo devido a grande troca de conhecimento entre os praticantes - a chamada “open source”. Foi ela que possibilitou todo o crescimento que vimos nos últimos 10 anos e ainda possibilita enxergarmos erros e acertos, pois nosso esporte é muito novo. E se o esporte é algo recente imagine só

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falar sobre a periodização e planejamento de treinos dos atletas? Melhor ainda - imagine falar sobre periodização de atletas em um esporte que envolve desempenho físico de movimentos vindo de outros esportes?! E dá pra melhorar mais ainda esta questão - estamos falando de treinar atletas para competir durante o ano inteiro em alto nível, afinal o número de competições não para de crescer. Entenderam a importância de encontros como este? E falando sobre ele, foi muito produtivo. Os palestrantes presentes puderam abordar os temas de suas especialidades e logo após discutir com a plateia os pontos polêmicos. Entre os presentes, tivemos a super especialista em nutrição, Andreia Naves, que abriu o fórum explicando que não tem


© Patricia Contti

essa de treinar em alto nível sem consumir carboidratos, dentre outros assuntos. Quem faz a dieta paleo sabe do que estou falando. Na sequência do debate, eu falei sobre periodização tradicional e sua história. Busquei conscientizar os participantes que periodizar o treino de um atleta, não é a curto prazo, principalmente se ele for iniciante no CrossFit. E deixo aqui bem claro que a periodização que mais valorizo é a do ciclo olímpico (4 anos). Logo apos minha palestra, o super campeão brasileiro, Chiquinho, falou de seu sistema de treinamento e toda importância que ele

dá para os principais eventos do ano. Ou seja, focar em poucos campeonatos para se ter melhor performance, pois manter o alto nível o ano inteiro só mesmo aquele cara que todos conhecem, o tal do Rich. Mesmo assim, não acredito que ele consiga manter o pico de performance os 12 meses, ele apenas ganha tudo mesmo estando em seus 90%. Na 2ª parte do evento, tivemos o coach Luiz Martins falando da importância de se trabalhar a mente do atleta. Essa palestra foi particularmente a que mais gostei, pois no CrossFit mente forte é a base do revistacf.com.br

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bom desempenho. Tivemos também o excelente coach Rodrigo Rocha da CrossFit Moema, que falou sobre o trabalho com seus times, que como sabemos, sempre estão disputando títulos onde passam. Para dar um extra no fórum, tivemos os quiropraxista esportivo, Joubert, que enfatizou a prevenção com a massagem. Algo que muitos não dão importância, mas que é o mais inteligente a se fazer com seus atletas. O médico hormonal, dr. Saulo, também palestrou e explorou o tema “reposição hormonal”, o que gerou um grande debate e deu mais sentido a proposta deste

fórum - todos debaterem e colocarem suas opiniões para chegarmos em novas conclusões. Os três últimos palestrantes para citar aqui, tem uma linha de trabalho parecida, pois trabalham com planejamentos inspirados no que temos lá fora. O coach Luiz Mello, da CrossFit BH, falou dos diferentes modelos de periodização mais conhecidos. Juntamente com o experiente Tiago Lopes, que expôs seu trabalho na CrossFit SP, uma das primeiras box do Brasil. Pra fechar o fórum, o coach com mais atletas de alto nível sob seu comando, Bernardo Camargo, da BSB CrossFit, expôs seu trabalho e mostrou muita seriedade no seu sistema de treino, justificando o porquê hoje é o técnico de tantos atletas campeões. Resumindo o 1º Debate CF: uma grande troca de conhecimento onde o “esporte” que amamos da uma passo a frente no país! Que venham outros, que venham muitos, conhecimento é ilimitado, evolução diária no CrossFit também. Review: Tiago Heck - head coach do box CrossFit Sampa

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Miranda Oldroyd



1- Miranda, you’re well known for being tough and a badass athlete and as someone who can’t be prevented from achieving your goals. Which experiences in your life do you think that shaped and sharped your mind and mental toughness? 1- Miranda, você é bem conhecida por ser uma atleta durona e obstinada e como alguém que não se pode parar até que atinja seus objetivos. Quais experiências na sua vida você acredita que a fizeram assim e aguçaram sua mente e sua resistência mental? I would say that the reason I’m like stubborn is I have three older brothers and one little brother. I have a little sister, too, but I was in between all those boys and often times I think they didn’t think I could do stuff or they’d say I couldn’t do whether they thought I couldn’t do and I always wanted to prove them wrong. I just wanted to be able to do whatever they wanted to do. They were always playing sports and doing boy things that I always wanted to be able to do with them. Eu diria que a razão de eu ser teimosa é eu ter 3 irmãos mais velhos e um mais novo. Eu tenho uma irmãzinha também, mas eu estava no meio de todos esses meninos e muitas vezes eu achava que não conseguiria fazer algo ou eles diziam isto para mim, achando que eu não poderia fazer e eu sempre quis provar que eles estavam errados. Eu só queria ser capaz de fazer o que quer que eles quisessem fazer. Eles estavam sempre praticando esportes e fazendo coisas “de menino”, as quais eu sempre queria fazer com eles. 2- How do you prepare yourself mentally 34

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and physically for a competition? 2- Como você se prepara mentalmente e fisicamente para uma competição? The physical part is easy, you just train. I actually enjoy more training than competing, but I know that some other competitors won’t say that. I genuinely just love working out with my friends. For competing, you have to forget that you’re competing. At least I do, cause I get too nervous if I’m too worried about it being a big deal or a lot of people watching. I know some people thrive off of that, being the center of attention in a competition. I just try to think it as a regular training day with my friends. A parte física é fácil, você apenas treina. Na verdade, gosto mais de treinar do que de competir, mas sei que alguns competidores não pensam desta forma. Apenas amo treinar com meus amigos de forma genuína. Em competição é preciso esquecer que você está competindo. Pelo menos eu esqueço, porque fico muito nervosa se fico preocupada demais por ser uma coisa importante ou com um monte de pessoas olhando. Sei que algumas pessoas crescem com isso, por ser o centro das atenções em uma competição. Eu apenas tento pensar que é um dia normal de treino com meus amigos. 3- What about techniques, such as visualizations and so on? 3- E sobre técnicas, como visualização, entre outras? I have done visualizations and stuff. I’ve tried both ways where I try really hard




to be mentally focused and don’t talk to anyone, warm up by myself and stuff, but I feel like that makes me more nervous cause it’s so different from what I would normally do in a regular day. So, for me, the day leading up the event or even in the warm-up area I try to make it just as similar to a regular day as possible. Eu já fiz visualizações e essas coisas. Já tentei das duas formas: me esforçar para estar focada e não falar com ninguém, aquecer sozinha e coisas do tipo, mas sinto que fico mais nervosa porque é muito diferente do que eu faria normalmente em um dia comum. Então, para mim, um dia antes do evento ou até mesmo na área de aquecimento eu procuro fazer tudo o mais parecido possível com um dia comum de treino. 4- It’s said that recovery is part of the training. Considering CrossFit, a highly intense and demanding activity, how do you balance both things? What’s your hint for people who want to recover well and fast? 4- Diz-se que a recuperação faz parte do treino. Levando em consideração o CrossFit, uma atividade altamente intensa e exigente, como você faz para equilibrar as duas coisas? Qual é a sua dica para as pessoas que querem se recuperar bem e rapidamente? I come from NorCal CrossFit with Jason (Khalipa)… I think people can actually train more than they think. I think it adds up psicologically and emotionally more than it does physically. I think we’re physically capable of doing more volume

than most people really think they are, but mentally is where you need a break. You have to have stuff outside of the gym that has nothing to do with CrossFit, which is really hard for me cause it’s my job and my sport and my friends, everyone does it. If you can unplug mentally then you can physically go and do more. I actually enjoy the feeling of being super sore and tired, it makes me feel kinda accomplished. But psycologically is where it starts to get difficult to push. I think being surround by your friends in the gym is really important and make sure you have stuff outside de gym, nothing to do with CrossFit. And if you’re always so crazy about you’re eating, missing part of your workout or if you miss a day because you’re busy, it’s fine, you’re fine. I think you just have to forget about it and not let it get to you mentally. It’s more taxing than anything. But I don’t have a problem with volume, I just think that if you have the time to do it, then you can do a lot more than you think you can. Eu sou da CrossFit Norcal, com o Jason… As pessoas podem treinar muito mais do que elas acreditam. O que afeta se define mais psicologicamente e emocionalmente do que fisicamente. Acho que somos fisicamente capazes de fazer muito mais volumes (de treino) do que a maioria das pessoas pensa que é, mas é mentalmente que a pausa se faz mais necessária. Você precisa ter outras coisas fora do box que não tenham nada a ver com CrossFit, o que é realmente difícil para mim porque é meu trabalho, meu esporte e onde meus amigos estão, todo mundo faz CrossFit. Se você consegue se desconectar mentalmente, então você consegue ir e fazer mais fisicamente. Honestamente, eu curto a sensação de estar revistacf.com.br

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super dolorida e cansada, me faz sentir realizada, mas é psicologicamente que começa a ficar difícil de avançar. Penso que estar rodeado por seus amigos é realmente muito importante e ter coisas fora do box para fazer, sem nenhuma relação com CrossFit. E se você fica sempre muito ensandecido sobre o que está comendo ou por perder uma parte do seu treino ou não conseguir ir treinar um dia, tudo bem, está tudo certo. Eu acredito que você só precisa esquecer isto e não deixar isso te atingir mentalmente porque sobrecarrega mais do que qualquer outra coisa. Mas eu não vejo problema com volume, se você tem tempo para treinar então você pode fazer muito mais do que imagina que pode. 5- What about sleeping? 5- E sono? Sleeping affects me a lot. I know that some people can get away with just a few hours, but I try to get 8 hours. I haven’t been sleeping in the last six weeks. I’m traveling and I was moving too, I’m a little sleepy right now. But around competition it is very important. Sono é algo que me afeta muito. Eu conheço pessoas que ficam bem dormindo apenas algumas horas, mas eu procuro dormir 8. Não tenho dormido isso nas últimas seis semanas. Estou viajando e me mudando também, então estou meio sonolenta agora. Mas acho que perto de competições é muito importante. 6- What’s your training routine like? 6- Como é a sua rotina? 38

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Right now it’s been really busy. But typically, what I like to do is a session at about ninish in the morning, do some stuff, like I work for CrossFit headquarters, Progenex and I have some gyms I program for. Then I work out again at one o’ clock and do some more work in the afternoon. I break it up like that. Typically, I train 6 days a week and I only take Sunday off, sometimes I take a day off because I’m too busy. Agora está bem corrido. Mas basicamente o que eu gosto de fazer é uma sessão de treino por volta das nove da manhã, faço alguma coisa – eu trabalho para a sede da CrossFit, Progenex e faço a periodização para alguns boxes. Depois treino de novo, por volta da uma da tarde e trabalho à tarde, divido desta forma. De forma geral eu treino 6 dias na semana e tiro apenas o domingo para descanso. Às vezes eu tiro um dia de descanso porque estou muito ocupada. 7- How many hours a day do you train? 7-Quantas horas por dia você treina? Well, if I’m with my friends we can stay there for a lot longer than we intend to be, but typically one hour and a half, two hours in the morning and in the afternoon. Now with my knee rehab, I take 40 minutes to warm up, so my training sessions are longer. Bom, se eu estou com meus amigos nós chegamos a ficar lá muito mais do que o que tínhamos a intenção, mas normalmente é uma hora e meia a duas pela manhã e à tarde. Agora com a recuperação do meu


joelho, eu levo uns 40 minutos para aquecer, então meus treinos estão mais longos. 8- Which part of CrossFit do you enjoy most? Endurance, gymnastics or weightlifting? Is there any particular feature you feel you need improvements? 8- Qual parte do CrossFit você gosta mais? Endurance, ginásticos ou levantamento de peso? Há algum aspecto em particular que você precisa melhorar? I’m not a good runner or a good swimmer. I enjoyed the swimming workout and I enjoyed them, but I was never good at it. The track workouts I saw huge benefits, so I enjoyed them in that way. But I hated them while I was doing them. I’ve always liked CrossFit workouts. I never played any sports before CrossFit at all, so CrossFit is what I’m good at, like Fran, Diane… It’s funny… When I saw the Reginals workouts, there were the workouts I thought I was going to be really good at and the ones that were going to be really hard for me. And a lot of times the ones I thought I was going to be really good at were the ones I sucked up and the ones I thought would be terrible were the ones I did really well. Eu não sou uma boa corredora ou nadadora. Eu gostava dos treinos de natação, mas nunca fui boa nisso. Já nos treinos de corrida e tive muitos benefícios então eu gostava deles neste sentido, mas eu os odiava enquanto estava fazendo. Sempre gostei de workouts de CrossFit. Nunca fiz nenhum esporte antes de fazer CrossFit, então eu sou boa nisso, coisas como Fran, Diane... Mas

é engraçado... Quando eu vi os workouts dos Regionais, havia os que eu achava que iria muito bem e aqueles que seriam muito difíceis para mim. E muitas vezes aqueles que eu achei que iria bem eu fui super mal e os que achava que iria mal, fui muito bem. 9- What is your diet like? How do you know that your body is fully charged and prepared for the next training? 9- Como é sua dieta? Como você sabe que seu corpo está totalmente carregado e preparado para o próximo treino? I eat clean, basically. I do have some grains, like muffin in my breakfast or rice in my dinner, I cheat a couple of times a week. During the games we were training so much that I was just eating a lot of food and my team really didn’t care about what I was eating, because if I don’t, I lose weight really easy or get too lean. I always tell people you got to eat for performance, eat clean but what they’re supposed to eat. They think about what Rich Froning is eating, but try different things out and see what really works for you. Eu como ‘limpo’, basicamente. Eu como grãos, como muffin no meu café da manhã ou arroz no jantar e como besteira algumas vezes na semana. Durante os Games, nós estávamos treinando tanto que eu estava comendo muita comida e meu time não se importava com o que era, porque eu perco peso muito fácil ou fico magra demais. Eu costumo dizer às pessoas que elas devem comer para performance, comer bem, mas comer o que eles devem comer. As pessoas revistacf.com.br

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se preocupam com o que o Rich Froning está comendo, mas experimente coisas diferentes e perceba o que funciona para você. 10- In one of your posts this year, during the Games and after your injury, you mentioned that watching your team competing from the stands was one of the hardest things you have ever done. How did you cope with this? How was it to get back to training and gather motivation? How is your ACL recovery going? 10- Em um dos seus posts este ano, durante o Games e depois da sua lesão, você mencionou que assistir seu time da arquibancada foi uma das coisas mais difíceis que você já fez. Como você lidou com isso? Como foi voltar aos treinos e arranjar motivação? Como está indo a recuperação do seu LCA (Ligamento Cruzado Anterior)? When I got injured at the games and they wouldn’t allow me to continue to compete, if we wouldn’t have been winning, if we were in the 20th place or something, it would have sucked but it wouldn’t have been a big deal, certainly. If I’d been an individual and would’ve been winning, it would have been hard, obviously, but what was really hard was that I was helpless and my team was helpless. Even though it wasn’t my fault I felt like I caused so much pain in my team. We had trained really hard, and we had lots of expectations for ourselves and we were making it happen. So looking at them and seeing them so upset… It wasn’t my fault, but it kind of was at the same time, because it was me that it 42

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happened to. It was really hard and still is. I’m really close to Jen and Molly, and we still talk to the boys too, but I still feel bad up to this day. It’s been really tough on everybody on the team to try to think about competing again and so. Quando eu me machuquei no Games e eles não me deixaram voltar para a competição, se nós não estivéssemos ganhando, se estivéssemos em vigésimo ou algo assim, teria sido ruim mas não teria sido grande coisa, com certeza. Seu eu estivesse competindo individualmente e estivesse ganhando, teria sido difícil, óbvio, mas o que foi duro foi que eu estava desamparada e o meu time também. Mesmo não sendo minha culpa, senti que causei muita dor na equipe. Nós tínhamos treinado arduamente e tínhamos muitas expectativas e estávamos fazendo acontecer. Então olhá-los e vê-los chateados, não era culpa minha mas ao mesmo tempo era, foi muito difícil e ainda é. Eu sou muito próxima da Jen e da Molly, nós ainda conversamos. Eu falo com os meninos também, mais até hoje me sinto mal. É muito difícil para todos da equipe em pensar em competir novamente. 11- How did you get back to training? 11- Como você retornou aos treinos? Well, I had been injured before and last time it was worse. So I knew that it wasn’t going to be a big deal. After my surgery, Molly and Garret would pick me up and take me to the gym, because I couldn’t drive and I would watch them work out. I still wanted to be there. So as soon as I could walk and stuff I started





doing what I could do. Sometimes people don’t know how much you can do even if you are injured, you know? So I was motivated to try and help other people by showing what I was doing. It’s been frustrating for sure, because sometimes I just don’t want to warm up for so long or do a regular work out, but it’s been better now. My goal is to be able to do the Open, and still do it well. Right now I’m able to do almost everything I feel I need to do at least to be able to do the Open. I’m not going to be able to do the things I feel I should to be ready for the Regionals or the Games, necessarily, but for the Open, I’m excited. Bom, eu já tinha me machucado antes e da última vez foi pior. Então eu sabia que não ia ser nada demais. Depois da minha cirurgia, Molly e Garret me pegavam e me levavam até o box porque eu não podia dirigir e eu ficava assistindo a eles treinarem. Eu ainda queria estar lá. Então, assim que pude andar, comecei a fazer o que podia. Certas vezes as pessoas não sabem o quanto você pode fazer mesmo estando lesionado, sabe? Isso me motivou a tentar ajudar outras pessoas mostrando o que eu estava fazendo. Claro que tem sido frustrante, porque às vezes eu não quero aquecer por tanto tempo ou quero fazer um treino normal, mas está melhor agora. Meu objetivo é fazer o Open, e fazer bem. Agora eu sou capaz de fazer quase tudo que sinto que preciso fazer para o Open. Eu não serei capaz de fazer as coisas que seriam necessárias para os Regionais ou o Games, mas para o Open eu estou bem animada. 12- What was the best moment in 46

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CrossFit for you? Why? 12- Qual foi o melhor momento no CrossFit para você? Por quê? After I broke my neck, I had zero pressure on myself, zero expectation, I was so genuinely happy to still be competing and I won the first workout of the Regionals that year. Nobody expected, I didn’t expected it, so it was the best moment. Competing in the team, watching Molly and Jen doing those worm lunges was really hard but I also felt so proud and so much love from them for doing that without me. That was really cool. Depois que eu quebrei meu pescoço, eu não tinha nenhuma pressão, nehuma expectativa comigo mesma. Eu estava genuinamente feliz de ainda estar competindo e venci o primeiro workout dos Regionais aquele ano. Ninguém esperava, eu não esperava, então foi um grande momento. Competir em um time, assistir a Molly e a Jen fazendo aqueles worm lunges foi realmente difícil mas eu também fiquei muito orgulhosa e senti muito amor delas por estarem fazendo o workout mesmo sem mim. Foi bem legal. 13- For Brazilians who are starting to compete now. Do you keep a training diary? What information you believe that should be recorded? How do you note down your own training and which aspects do you pay more attention? 13- Para brasileiros que estão começando a competir agora: você tem um diário de treino? Que informações você acha que devem ser anotadas? Como você anota seus


treinos e em quais aspectos você presta mais atenção? Sometimes, if I do something I know I’m going to repeat or if I’m getting programming from a coach, I take notes. I think it’s important, though. Maybe not every single day, but definitely stuff you want to go back… And not just lifts, but your row times, max reps of pull ups or whatever is might be, that’s important. Às vezes, se eu faço algo que eu vou repetir, ou se estou fazendo a programação de um coach, eu anoto (risos). Mas acho importante. Talvez não todos os dias, mas definitivamente, anote as coisas que você quer rever. Não apenas seus levantamentos, mas seus tempos de remo, repetição máxima de barras ou qualquer coisa que seja, é importante. 14- You’ve been visiting some boxes in Brazil. How do you think is CrossFit here? Is it the same as in The USA? 14- Você está visitando alguns boxes no Brasil. Como é o CrossFit aqui? É o mesmo que nos EUA? Yeah. I started CF when there were only 200 gyms in the world and now there are about 3000. Whenever you get a group of CrossFitters it feels the same. Even here in Brazil, like in the level 1, I couldn’t understand any of you but I know you and you know me because of that common bond of CrossFit. Sim. Eu comecei CrossFit quando havia apenas 200 boxes no mundo e agora tem

3000. Onde quer que você vá, que tenha um grupo de CrossFiteiros, é a mesma coisa. Mesmo aqui no Brasil, no Level 1, eu não conseguia entender nenhum de vocês, mas eu conheço vocês e vocês me conhecem por causa do nosso vínculo com CrossFit. 15- You’ve been coaching CrossFit all around the world. What do you like teaching the most? What are the most commom mistakes people make? And which misconceptions you’ve been trying to break? 15- Você ensina sobre CrossFit no mundo todo. O que você mais gosta de ensinar? Quais os erros mais comuns que as pessoas cometem? Quais concepções errôneas você tem tentado desfazer? People miss out on continuing to practice the fundamentals or the basics after they’re doing it for a while. They don’t spend enough time on it when they start, either. And then, they get to a point where their technique is maybe not great and they don’t go back and practice it, just try to lift heavier and heavier faster and faster instead of practicing the technique. I think another thing people don’t understand is, if you specifically want to be good at CF and want to compete, you have to do the workouts you don’t want to do an what I’m talking about is 4x400 meters run, rowing… The workouts don’t look good on Instagram, they don’t look fun to do, but they have the best conditioning, they hurt really, really bad. People tend to do too many gymnastics movements because they look cool to make it seem hard, but in the revistacf.com.br

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end of the day you need conditioning all the time. As pessoas deixam de continuar praticando os exercícios fundamentais ou a base depois que os fazem por algum tempo. Eles também não fazem esses exercícios tempo suficiente logo que começam. E daí elas chegam a um ponto em que a técnica talvez não esteja muito boa e não voltam atrás e treinam estes movimentos. Apenas tentam levantar mais e mais peso, mais e mais rápido em vez de treinar a técnica. Outra coisa que as pessoas não entendem é, se você quer ser bom em CrossFit e quer competir, você tem que fazer os workouts que você não quer e eu estou falando de correr 4x 400, remar... Os workouts não ficam bons no Instagram, não parecem divertidos de fazer, mas são os que mais condicionam e doem muito. As pessoas tendem a fazer muitos ginásticos porque parecem legais e difíceis de fazer, mas no final do dia você precisa de condicionamento o tempo todo. 16- Is there anything you would like people to know about you or CrossFit that we haven’t covered? 16- Tem algo que você gostaria que as pessoas soubessem sobre CrossFit que ainda não falamos? As more and more people are doing it to compete, I think that the main important thing to be successful is to have a good group to train with. It doesn’t matter how good your programming is, or how good the equipment, even how good your coach is in a lot of senses, if you don’t have a good group to push you. The 50

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thing that goes along with that is that it’s got to be fun. I see it happen from time to time and again, with myself or with some pretty high level friends - the minute they stop having fun, they stop getting better. Como cada vez mais as pessoas estão treinando para competir, na minha opinião a coisas mais importante para ser bemsucedido é ter um grupo bom para treinar. Não importa quão boa sua periodização é ou os equipamentos são e até mesmo quão bom seu treinador é em muitos sentidos, se você não tiver um bom grupo para te impulsionar. O que está presente nisso é que tem que ser divertido. Eu vejo, de tempos em tempos, comigo mesma ou com amigos de alto nível, que no minuto que eles param de se divertir, eles param de melhorar. 17- What’s your favorite benchmark? 17- Qual o seu benchmark favorito? Jackie is probably one of my favorites because I’m good at it and it’s the workout I won in 2013 Regionals after I broke my neck. I like Amanda and I won that workout in 2011. I love classic CrossFit…Like Grace, Isabel. Jackie é um dos meus favoritos, provavelmente porque sou boa nele e é o workout que eu ganhei nos Regionais de 2013, depois de ter quebrado meu pescoço. Eu gosto do Amanda e ganhei este workout em 2011. Eu amo workouts clássicos de CrossFit, como Grace, Isabel. Entrevista por: Fernanda Surian - Colunista da Revista CF





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Torneio CrossFit Brasil


O primeiro Torneio CrossFit Brasil

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Joel Fridman, o pioneiro do CrossFit no Brasil, abriu o primeiro box de CrossFit em São Paulo, no ano de 2009. Um ano depois, em 2010, o número de boxes afiliados já era sete e todos surgiram a partir do CrossFit Brasil, que era localizado no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo. A comunidade brasileira de CrossFit estava nascendo. Todos faziam planos de se reencontrar, pois alguns estavam longe, em outras cidades, como o coach do CrossFit BH, Luiz Mello, e a coach do CrossFit Jundiaí, Vivian Sakamoto, mas o cotidiano não ajudava neste reencontro para treinarem juntos. Foi então que Joel teve a ideia de organizar um torneio, para que todos pudessem agendar a data e fazer um treino juntos. Nascia então o mais famoso e importante campeonato de 56

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CrossFit do Brasil. O campeonato aconteceu na própria CrossFit Brasil, pois eram poucos participantes e não houve necessidade de alugar um espaço maior. Grandes atletas que você com certeza conhece já estavam presentes, como o Tiago Lopes, coach do CrossFit SP, o Lupa, do CrossFit Sampa e Pinheiros, a Anita Pravatti do CrossFit Selva e a Vivian Sakamoto, coach do CrossFit Jundiaí. Foram apenas poucos atletas, não passavam de 20. “Foi mais um encontro de amigos” diz Joel, quando nos contou sobre a história do evento. Durante os dois primeiros anos, 2010 e 2011, o evento foi feito na CrossFit Brasil. Ao longo dos anos o número de participantes foi aumentando, acompanhando o crescimento da modalidade no Brasil, e o número de atletas foi limitado para em torno de 80 atletas, sendo este formato no qual o evento ainda é organizado. Em 2012, o número de espectadores exigiu um local maior e o Joel decidiu mudar para o ginásio José Corrêa, em Barueri (SP), onde o evento acontece até hoje. O número de espectadores que começou com umas cem pessoas no primeiro torneio, hoje já atinge um número que ultrapassa os dez mil nos dois dias do evento. No início Joel organizava quase tudo sozinho. Claro que tinha a ajuda dos seus coaches, como Tiago Heck entre outros, porém hoje com o volume de trabalho este número gira em torno de 70 a 80 pessoas para que o evento aconteça. Neste interim, o Thales Antoniolli foi convidado para ajudar na organização, iniciando em 2013.


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Todos os WODs são esboçados pelo Joel e depois uma equipe de árbitros e auxiliares discutem os WODs e fazem o teste, onde acontecem mais mudanças e ajustes. Joel admite receber algum tipo de influência do CrossFit Games para montar os WODs do Torneio – “Sempre tem alguma coisa que usamos e adaptamos para a nossa realidade. Tento não copiar, mas às vezes sigo uma linha parecida de alguma coisa que gosto do Games”. Até 2012, as seletivas não foram necessárias pois o número de atletas não ultrapassava o que o evento comportava, porém em 2013 foram feitas as primeiras provas seletivas para classificar os atletas que poderiam participar do evento. Thales nos conta que a maior dificuldade atualmente ainda é a questão financeira, pois o nome CrossFit é uma marca, assim como o nome UFC, e isto impede que as empresas que desejam patrocinar o torneio se beneficiem das leis de incentivo ao esporte, pois não é considerado um esporte.

Então as empresas que se interessam em patrocinar ficam limitadas ao escopo de empresas de suplementos e equipamentos para CrossFit, que ainda são muito poucas e pequenas. A própria Reebok está passando por algumas mudanças internas que enquanto não definidas limitam o torneio. Outro problema que o torneio passa todos os anos é em relação ao uso do nome CrossFit. O Joel conseguiu uma carta de anuência autorizando o uso do nome Torneio CrossFit Brasil em 2010. No entanto, todos os anos a equipe do CrossFit Inc. entra em contato com a organização do evento proibindo o nome e divulgação do torneio, mas isto acaba sempre esclarecido com esta carta de 2010. “Esta carta é um documento superimportante, que até algumas pessoas da própria CrossFit Inc. desconhecem e quando entram em contato conosco para falar do uso indevido da marca, apresentamos este documento e recebemos a autorização do uso. O próprio Dave Castro já entrou em contato conosco revistacf.com.br

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para falar sobre este assunto”. As seletivas foram ideia do próprio Thales, pois antes a classificação era feita pelo resultado do Open, mas os resultados não são transparentes. Para isto a organização estudou o mapa do CrossFit no Brasil e determinou por números geográficos de atletas e boxes onde seriam e como seriam feitas as 8 seletivas, de forma a serem proporcionais aos boxes por cada região. Isto é uma coisa que muda todos os anos, pois o número de boxes cresce diferentemente em regiões diversas. “É um formato dinâmico que acompanha o mapa e crescimento da modalidade no Brasil. Hoje em dia, por exemplo, Rio de Janeiro e Brasília representam o maior crescimento em número de boxes no Brasil, então temos que ficar de olho para acompanhar o número de bons atletas e começar a criar mais vagas para

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estas regiões”, explica Thales. Hoje são 456 inscritos no torneio e não existe nenhuma seletiva completamente esgotada. Isto mostra que a divisão que esta sendo feita é bem proporcional ao cenário de hoje. Quanto a arbitragem, Thales nos conta que o sucesso de um bom árbitro é o treino. Com varias competições surgindo ao longo dos anos, os árbitros vão melhorando cada vez mais. A organização do torneio se preocupa bastante com a qualidade dos árbitros. “São poucos os árbitros do torneio que não passaram pelas seletivas, e as seletivas também são para a arbitragem. Nós selecionamos os árbitros nas seletivas e escolhemos os melhores de cada uma das 8 regiões”, conta. Isto é muito importante pois assim os árbitros não são apenas de


um mesmo local, ou seja, o Torneio CrossFit Brasil não tem uma arbitragem paulistana, como já aconteceu em outros campeonatos e alguns atletas de outros estados foram prejudicados pelo bairrismo dos árbitros. A organização tem mais de um head judge durante o torneio. Eles estão lá para auxiliar os árbitros e minimizar os erros durante seu difícil trabalho, pois como seres humanos estão sujeitos ao erro de interpretação. Ao contrário do que a maioria das pessoas acham, os árbitros do torneio não são voluntários, são remunerados e incentivados a seguirem uma carreira para que o nível profissional seja o melhor possível. A premiação do torneio hoje é de R$ 18.000,00 (valor liquido) no total. São R$ 5.000,00 para os primeiros colocados masculino e feminino, R$ 3.000,00 para os segundos colocados e R$ 1.000,00 para os terceiros colocados. Há apenas duas categorias no torneio, masculina e feminina e muitas pessoas pedem e perguntam por categorias scaled, RX, equipes. Porém a organização do evento deixou bem claro que não vai mudar e acrescentar novas categorias. A ideia e objetivo é procurar aumentar ainda mais o nível técnico dos atletas. Existe o interesse em adicionar as categorias teens e masters, porém ainda é apenas uma ideia para o futuro, que depende de investimentos. As seletivas foram criadas procurando atender a estes pedidos. Qualquer um pode participar das seletivas, inclusive um atleta iniciante pode participar e competir com os ícones do esporte. “O atleta iniciante sabe que não vai ganhar. Mas imagine que experiência incrível competir junto com o Chiquinho ou fazer um snatch ao lado do Cassiano”. São 70 vagas por seletivas onde a inscrição

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é feita online. Este número foi calculado para que não ultrapasse 8 baterias por WOD, e calculou-se também o tempo de cada WOD e das baterias. As seletivas foram muito bem organizadas e o horário foi muito bem definido e cumprido, sem atrasos. Demonstrando que o evento tem uma organização invejável. Outra coisa importante que eleva ainda mais o respeito do torneio é a regra que não permite que o atleta que não participar das seletivas não poderá participar do torneio. Se algum atleta por motivos variados perderem a seletivas, a oportunidade de competir é nula. A situação econômica do país infelizmente também influencia o torneio, as empresas que patrocinam eventos esportivos estão passando por dificuldades, estamos na entressafra da copa do mundo e olimpíadas. “Este ano estamos trabalhando com um budget que é quase que a metade do ano passado, mas vamos fazer o evento” diz Joel. Este também foi o principal motivo da revistacf.com.br

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qual o evento Torneio Verão CrossFit Brasil não aconteceu este ano. A ideia deste torneio, que aconteceu em 2014, é trazer o CrossFit até as pessoas que não o conhecem e mostrar que a modalidade pode ser feita por qualquer um. Durante uma semana no Guarujá (SP), o torneio de verão forneceu clínicas e aulas experimentais e nos finais de semana, equipes inscritas dos boxes do Brasil todo competiram entre si. No entanto, a estrutura no litoral, impostos e custos operacionais tornam o evento muito mais caro que este realizado em Barueri. “É o nosso desejo voltar a fazer este evento, porém dependemos de vários fatores, principalmente de investidores para realizar o evento novamente em tempo hábil”, diz Thales. Para quem não acompanhou o torneio dos anos anteriores estes foram os pódios: 2010: Tiago Lopes do CrossFit SP e Amanda Wolf Mermelstein 2011: Luis Renato Oliveira que na época treinava na CrossFit Brasil e Anita Pravatti que na época treinava na CrossFit Jundiaí 2012: Francisco Javier, o Chiquinho e Vivian Sakamoto ambos do CrossFit Jundiaí 2013: Francisco Javier e Marina Ramos da BSB CrossFit 2014: Francisco Javier e Antonelli Nicole do CrossFit Brasil Matéria: Mex Abrusio – Colunista da Revista CF e diretor da AMRAP Brasil

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Amantes da intensidade Olá amantes da intensidade, a evolução das provas do Torneio CrossFit Brasil, desde seu aparecimento em 2010 até hoje, é algo que pode ser avaliado juntamente com o crescimento do CrossFit no país. Lá atrás, quando tinhamos menos de 10 boxes por aqui e poucos atletas, me lembro que o Joel buscou se inspirar no CrossFit Games de 2009, que foi realizado ainda no rancho em Arenas, Califórnia. Pode se dizer que a essência do CrossFit estava em cada prova e em cada atleta que competiu aquele Games de 2009. Estiveram presentes, naquele que seria o último ano no famoso rancho, corridas na montanha, escada de força com pausa de 30 segundos apenas e primeiro muscle-up da vida. Tudo era novo! Quando testamos as provas em 2010, nossos recursos eram um box de CrossFit, não muito grande por sinal, com um quarteirão cheio de descidas e subidas e os equipamentos básicos do nosso dia a dia - barras anilhas, medballs, etc. Nada de trenó ou air bike para pegar todos desprevenidos no quesito “nunca usei isso”. Apenas as composições das provas e a criatividade em encaixar cada uma de forma diferente. Até porque os atletas, ainda inexperientes, tinham meses de CrossFit somente, mal sabiam o básico, eles eram apenas “sedentos” por competição! Lembro que a primeira prova foi uma “Cindy piorada”, com peito na barra (novidade até 62

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então), onde lembro também que o atleta favorito, Felipe, que tinha os melhores tempos dos benchmarks, abriu a mão no chest to bar (nunca tinha feito) e se prejudicou logo no inicio do torneio! E essa é a essência de que falo, a de pegar todos de surpresa, do inesperado, do que realmente define qual é o homem e a mulher que estão mais prontos pra qualquer coisa! Já hoje, aja criatividade pra conseguir gerar o mesmo impacto nos atletas, principalmente no CrossFit Games. Todos devem ter visto em 2015, a prancha de surf (tipo stand up) na primeira prova e a parede de escalada na final - o que foi bem contestada nessa edição. Analisando quantos atletas realmente conseguiram escalar aquilo, que foram poucos, o fator inesperado pode ter sido irreal para a proposta de um CrossFit Games. Aqui no Torneio, parece que a natação finalmente entrou no cenário, e não vejo exagero e nem descompasso, pois sempre se falou de natação no CrossFit. É um grande esporte e faz parte da proposta de condicionamento fisico, não que a escalada não faça, na verdade, faz muito também, mas fugiu da realidade um pouco! Depende muito mais de detalhes técnicos para realizá-la do que uma capacidade física sendo testada, vocês me entendem? Voltando ao torneio, em 2011, já tinhamos mais box de CrossFit no Brasil e atletas mais experientes! Mas o ambiente foi o mesmo, um box, no caso a CrossFit Brasil! Isso limita


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um pouco claro, mas ainda eram poucos os participantes, poucos mas importantes hoje no cenário nacional, veja só os que estavam lá: Lupa (que venceu em 2011), Luiz Mello e Leo da CrossFit BH, a super Anita (que venceu também) e Vivi da CrossFit Jundiaí e muitos outros atletas que hoje estão em destaque! Sem esquecer do Tiago Lopes da CrossFit SP, que venceu em 2010 mas não foi pra essa etapa em 2011! Sem contar os que foram lá torcer e assistir e que hoje são head coachs e tem seu próprio box! Lembro que no intervalo da competição teve um campeonato de levantamento terra (deadlift) e eu participei, mesmo estando na organização, afinal era tudo uma festa, sem uma cobrança tão grande como é hoje! Até bati meu recorde lá e levei o título, olha só! Em 2012, a coisa ficou mais séria e foi parar no Ginásio poliesportivo de Barueri, onde é até hoje! Essa história parece exatamente com a do CrossFit Games, nas suas devidas proporções! E tudo foi maior este ano de 2012, a estrutura, o número de atletas e de organizadores! Sinceramente preferia ter competido do que organizado! Foi o torneio mais complicado que já teve, eramos todos amadores no quesito grandes eventos - fazendo um comparativo, seria igual no inicio da prática do CrossFit, quando estamos aprendendo a levantar peso e colocamos carga demais e o movimento sai todo errado, sabe? Pois foi o que aconteceu, de 2011 para 2012 o passo foi grande demais, e quase deu tudo errado, teve até prova cancelada por causa da falta de tempo hábil, mas no final acabou tudo bem e nesse ano conhecemos o principal campeão do TCFB até hoje, o grande Chiquinho! Em 2013 me classifiquei e resolvi competir! Bem melhor que organizar, mil vezes melhor 66

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na verdade! E foi incrível a experiência, estar lá dentro realizando as provas é outra história. Em 2013, deu tudo certo na organização do evento e a coisa ficou muito mais profissional e esse foi o ano que o Torneio CrossFit Brasil se tornou um grande evento! Provas com o fator surpresa como puxar trenó e uma escada de clean and jerk e snatch no mesmo minuto, pegaram a galera desprevenida, como deve ser uma competição deste nível! Foi em 2013 também que o Denis Diegas, fundador da recente Revista CF, me procurou e me chamou para ser colunista dele. Acreditei nele e aqui estamos! Finalmente em 2014, já não se tinham mais dúvidas que seria um grande evento. Antes de tudo, aconteceram pela primeira vez, as seletivas pelo Brasil inteiro. Já no dia, o público lotou o evento, as provas foram de alto nível de dificuldade e os melhores atletas do país estavam presentes! Tivemos a Assault Air Bike como a grande surpresa, algo que a maioria dos atletas nunca tinham nem ouvido falar. E o mais legal foi que em 2015, um ano depois, a air bike foi uma das surpresas na final do CrossFit Games! Ou seja, não estamos tão desatualizados assim, muito pelo contrário! E vamos torcer que o CrossFit no país continue evoluindo, que apareçam mais e mais atletas, que o Torneio continue sendo referência de um evento bem organizado e que os outros eventos tenham em sua organização profissionalismo e ética! Só assim evoluímos todos juntos! Matéria: Tiago Heck – Colunista da Revista CF e Head Coach do box CrossFit Sampa Pacaembú



Quiropraxia A importância do alinhamento da coluna Como muitos atletas e amadores, os CrossFitters estão mais do que dispostos a treinar os seus pontos fracos e dedicar inúmeras horas treinando-os, muitas vezes assumindo grandes volumes de treinamento em busca de uma melhor performance. Além disso, um dos aspectos mais incríveis da rotina de um CrossFitter é a sua incansável atenção à nutrição. No entanto, ainda existe um aspecto integral ausente nestas rotinas, o treinamento preventivo para evitar possíveis lesões por esforço repetitivo e a otimização da recuperação do estado geral do corpo. O CrossFit é uma abordagem de treinamento constituído por infinita variabilidade de exercícios, técnicas e métodos realizados em alta intensidade. A rotina dos treinos visam impulsionar o corpo para atingir um nível alto de aptidão física, o que significa que o sistema nervoso deve executar corretamente os movimentos para que os músculos respondam adequadamente. O corpo é um sistema integrado, um complexo que instintivamente adapta-se e repara-se. Em outras palavras, quando uma parte do corpo é “desligada” devido a uma lesão, o resto do corpo acaba criando compensações que certamente irão influenciar na biomecânica adequada dos movimentos. O cérebro, a unidade de controle principal, envia sinais para o corpo através do sistema nervoso central e periférico. As vértebras protegem a medula espinal e os nervos que saem dela e vão para todo corpo. No entanto, com o alto volume de treinamento, as posturas inadequadas, estresse e tensões do dia a dia, as vértebras podem tornar-se restritas ou ‘”subluxadas” 68

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resultando em aumento da pressão sobre os nervos. Essa pressão adicional pode custar o tempo de reação e eficiência do corpo durante a execução dos movimentos. Frações de segundo pode significar a diferença entre sucesso e fracasso no mundo de um atleta. Se um atleta quer se destacar em seu esporte é crucial que ele mantenha um trabalho de prevenção e cuidados com corpo. É importante uma atenção multidisciplinar com cuidados de nutrição, treinamento e fortalecimento, sono adequado, cuidados com a musculatura e também uma regularidade com ajustes na coluna. E​mbora o exercício seja vital para cuidar do corpo, o atleta também deve abordar as articulações, nervos e músculos que são utilizados durante os movimentos. Se os músculos não estão funcionando corretamente ou se o corpo não está equilibrado, o atleta pode estar predisposto ao mau desempenho e lesões. O quiropraxista através dos ajustes na coluna garantem que as vértebras se mantenham alinhadas, o corpo equilibrado e que os músculos sejam ativados corretamente para que os atletas atinjam sua melhor performance tanto dentro quanto fora de competições. Em outras palavras, o acompanhamento regular com a quiropraxia pode melhorar o desempenho do atleta, reduzir o número de lesões sofridas e melhorar o seu desempenho global e na sua saúde em geral. Matéria: Thaís Bonfim Clemente - Quiropraxista e colunista da Revista CF.





CrossFit Kids: Brincadeira de Criança é coisa SÉRIA! Jogar queimada, pular corda ou elástico, brincar de pique-esconde, subir em árvore... Se você nasceu até os anos 90 certamente se lembra disso. Posterior e infelizmente as brincadeiras se tornaram cada vez mais eletrônicas, individuais e sedentárias. Se por um lado bebês hoje sabem manipular tablets

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e celulares muito facilmente, por outro, segundo dados oficiais do ministério da saúde, a obesidade infantil cresceu 40% nos últimos dez anos. Desde que o CrossFit existe, existe mesmo para revolucionar, incomodar, quebrar tabus, mas o mais importante: O CrossFit


vem seriamente salvando vidas. E pequeninas vidas, aqui mesmo no Brasil. E é sobre o futuro do esporte no nosso país e a mudança nos trágicos dados citados inicialmente é que vamos cutucar a ferida! Vem aí o CrossFit Kids, porque a nossa brincadeira de criança é coisa séria! Para falar mais sobre o assunto entrevistamos o Coach Cristofer De Ranieri, especialista em CrossFit para crianças, da CrossFit ZN 2 da cidade de São Paulo. Loris: Cris, conta pra gente como é para você como profissional iniciar este esporte na vida de uma criança? Cristofer: Para mim é um grande orgulho trabalhar com duas coisas que gosto muito, criança e CrossFit. Fazer a iniciação da criança no esporte talvez seja o momento mais delicado dessa relação, pois o CrossFit não é um esporte simples e mesmo no kids existe uma certa exigência física. Esse primeiro encontro com a modalidade deve ser bem tranquilo, e eu procuro sempre tomar cuidado para que não seja de maneira nenhuma frustrante, afinal nós adultos sabemos o que sentimos no final do nosso primeiro WOD e as crianças tem maior dificuldade em lidar com esse “turbilhão de sentimentos”. Loris: Quais são os beneficios do CrossFit para uma criança? Cristofer: Um bom gesto motor de uma criança traduz uma melhor alfabetização corporal. Isto significa um aprendizado de maneira geral, buscando entender o indivíduo como um todo e jamais o separando entre corpo e mente. Uma criança que atinge suas capacidades motoras respectivas a sua idade, respeitando

os períodos maturacionais, consegue ter um melhor desempenho em todas as áreas de sua vida. CrossFit Kids é um método de ensino desenvolvido para ser divertido a qualquer criança, porém com objetivos bastante específicos, dentre eles a busca pelo prazer através do esporte, combate à obesidade infantil, melhora do sistema cognitivo, motor e sócioafetivo. Loris: Como você lida com as objeções e preconceitos das pessoas em relação ao esporte? Cristofer: Lido de forma muito simples: convido para vir assistir uma de nossas revistacf.com.br

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aulas e conversar com nossos alunos; Porque a grande parte que critica o esporte não o conhece. Loris: Cris, o que você como coach especialista em crianças espera para os próximos anos? Cristofer: Espero um futuro promissor para nosso país. Quando menos esperarmos teremos um Brasileiro competindo nos Games e se por acaso isso não acontecer em 2016/2017 pode acreditar que estamos trabalhando duro com os pequenos e logo logo um de nossos “monstrinhos” dará essa alegria para todos nós. Já temos um garoto de apenas 16 anos despontando no cenário nacional e essa é a tendência. Cada vez mais aparecerem jovens atletas que foram criados dentro do CrossFit e não que migraram de outras modalidades. Nesse caso a especificidade é muito importante. Loris: E para finalizar? Cristofer: O CrossFit é fantástico para todas as idades, basta ser entendido e aplicado da forma correta de acordo ao publico, nesse caso, as nossas crianças. *Para quem não ficou sabendo tivemos recentemente, no último dia 14 de Novembro o 1º Torneio CrossFit Kids do Brasil. Os Box participantes foram: CrossFit ZN 2 CrossFit 261 CrossFit Moema e CrossFit Sampa Nas categorias de 8/9 anos, 10/11 anos e teens. 74

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Matéria: Suélen Canin (Loris) www.blogdaloris.com/ Colunista da Revista CF -



Turkish get up

Você já ouviu falar em TGU? Aquele movimento que usa o Kettlebell onde o CrossFitter fica em decúbito dorsal com o braço e antebraço (MS) estendido seja ele usando o lado direito ou esquerdo com o coxa e a perna (MI) flexionado do mesmo lado, lado que o Kettlebell está inserido na mão do atleta – Turkish get up!! 76

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“Kettlebell - Turkish get up (TGU) um exercício muito familiar entre os CrossFitters” Nessa edição vamos rever um pouco da história e do seus benefício. O TGU é um exercício de extrema importância no desenvolvimento de força, flexibilidade e estabilidade em todo o corpo, revelando - se como um excelente exercício de pré-reabilitação e reabilitação para


os ombros. Histórico - O Turkish get up é um exercício de origem Turca para homens fortes e lutadores do mundo antigo A.C. Naquela época esse foi o primeiro e único exercício ensinado a muitos levantadores e simpatizantes da prática de levantar peso. No final do século 19 até ao início do século 20 existiram atletas ou artistas – como eram conhecidos na época em levantar peso, pessoas entre eles o Kettlebell.

Sandow nasceu em Königsberg , Prússia (hoje Kaliningrado , Rússia ) em 2 de abril de 1867, filho de pai alemão e mãe russa. Sua família eram luterana e queria que ele se tornasse ministro. Ele deixou a Prússia em 1885 para evitar o serviço militar e viajou por toda a Europa, tornando-se um atleta de circo e adotando Eugen Sandow como seu nome artístico.

Arthur Saxon – primeira referência. Arthur Saxon (28 de abril de 1878 - 06 de agosto de 1921), nascido Arthur Hennig e apelidado de “The Iron-Mestre”, foi um alemão forte e artista de circo do final do século 19 até o início do século 20. Estabelecendo um recorde mundial de 168 kg (370 libras) (embora haja alegações de que ele tem feito 175 kg (385 lb).). Abaixo Arthur está exercendo um levantamento com seu irmão usando 2 Kettlebell para acelerar um desequilíbrio, dificultando o TGU. Eugen Sandow – segunda referência

Lionel Strongfort – terceira referência. Lionel Strongfort, na verdade, Max Unger (nascido em 23 de Novembro de 1878 em Berlim , Alemanha , morreu em 1970 ) um dos pioneiros do bodybuilding, lutador, ginasta e autor do bestseller – Intelligence in Physical Culture. Naquela época não era só a força e os músculos aparentes que recebiam os aplausos e sim os belos movimentos demonstrando velocidade e segurança (M.F) feito pelos atletas da época. As imagens acima demonstram que precisamos de força para levantar um KB do solo por parte revistacf.com.br

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TGU para o ombro, para a cintura escapular e a articulação envolvida. Isso Mesmo para toda cintura escapular e sua articulação envolvida. Antes, vamos nos familiarizar com algumas imagens para facilitar o nosso andamento sobre os benefícios do TGU-KB!

segmentada usando uma afinada coordenação motora, flexibilidade e estabilidade do corpo! Sabendo desses valores, os treinadores têm usado nos Box os diversos movimentos TGU com KB, dumbell, barbell, entre outros exemplos de equipamentos até mesmo peso de um parceiro de treino (Partner) para fortalecimento do core. Não somento do core, mas de todo o corpo. Po ser usado no início do treino como elevação de Calor (aquecimento), no momento da técnica ou no WOD. Sabemos que os equipamentos citados acima geram uma grande instabilidade, ajudando no seu desempenho físico e mecânico. No início da matéria antes das primeiras imagens mencionei sobre os benefícios do 78

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Em primeiro lugar devemos evite usar TGU com peso (KB), dambell entre outros equipamentos para alunos iniciantes. O próprio peso do corpo é o suficiente para fortalecimento e entrada de calor. Observação: não deixe de fazer uma anamnese com seu aluno ou pergunte se ele (a) sofreu alguma lesão ou luxação nas articulações do ombro e joelho, evitando danos maiores como o deslocamento articular (ombro). O Turkish get up Kettlebell é um exercício seguro para o aluno iniciante ou avançado (Atleta). Temos em média de três a sete grandes exercícios usados para aperfeiçoar a saúde da articulação do ombro. O 1º utilizado pelos melhores coaches do mundo é o TGU. Particularmente, na minha lista não pode faltar o primeiro (TGU) e o terceiro (ArmBar)! Importante – não é a quantidade de repetições ou peso inserido na sua mão que faz a diferença,

e sim o movimento com técnica perfeita do início do movimento, (MF) ao sair deitado no solo até a posição ereta com o KB acima da sua cabeça. Com o passar do tempo e, dedicação aos treinos você vai usar um número maior de repetições, séries ou peso (KB). Lembre-se: qualidade (técnica do movimento) e depois quantidade. Técnica não se ganha do dia para a noite, somente colocando em pratica (treino) você chega ao domínio desse movimento! “Um estudo recente demonstrou os benefícios TGU Kettlebell. Investigação EMG de músculos do ombro na primeira fase da Turkish get up. TÍTULO: Descrição de EMG dos músculos Serrátil Anterior e Trapézio no “Turkish get up” OBJETIVO: O objetivo é quantificar a atividade EMG de superfície do serrátil anterior superior, médio, inferior e trapézio (SA, UT, MT, LT) durante o movimento.

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Abaixo, uma imagem do local monitorado com eletromiografia. (EMG) CONCLUSÃO: O TGU mostra a ativação clinicamente relevante da força no Serratil Anterior (SA) e Trapézio Superior (UT). Relevância Clinica: Este é o primeiro estudo a examinar a atividade muscular com EMG no exercício TGU KB. Os pesquisadores acreditam que o TGU é uma intervenção importante, ativando (SA) / (UT), movimento necessário para escápula e estabilidade articular. O TGU pode proporcionar resistência adequada para alunos iniciantes ao avançado (atletas), sendo utilizanda para o condicionamento físico e prevenção. Observação – Os estudos com Kettlebell são recentes com bases em laboratórios Americano iniciando-se em 2009. Pelas raízes do Kettlebell (Girya) temos estudos com mais de 40 anos. Atualmente, este é o estudo mais recente sobre o TGU e EMG este é o mais próximo da nossa realidade. Fonte - https://tguresearch.files.wordpress. com/2012/05/tgu-poster.pdf “. Há um grande número de músculos envolvidos para a função articular. Estes músculos do ombro são importantes para permitir estabilidade dinâmica e mobilidade articular do mesmo. A escápula tem um papel importante nesse movimento - a escápula também é fundamental na estabilidade e mobilidade da articulação do ombro. Se o gesto mecânico escapular for fraco, a base da estabilidade na articulação do ombro será ineficiente em sua função. Evite as lesões do ombro fortalecendo a musculatura com base nos três primeiros movimentos do TGU. Lesões ocorrentes no ombro são evitadas ​​por meio do fortalecimento da 80

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musculatura dos músculos do manguito rotador (RTC) e escapular, mantendo a mobilidade e a estabilidade articular do aluno iniciante ao atleta. O primeiro passo a ser dado é o fortalecimento das articulações. Reveja seus conceitos sobre essa região! O ombro é uma articulação relativamente frágil em comparação com seu primo inferior do corpo, o quadril. O ombro atribui ao seu esqueleto via óssea em um só lugar: a clavícula. Todas as outras ligações em seu braço e escápula estão flutuando em um mar de músculos, tendões e ligamentos.

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A próxima imagem faz parte do 6º movimento do TGU. Preste atenção nos detalhes em azul que envolvem as articulações. O alinhamento em verde segue as posições anatômicas (músculos), como falamos acima, em especial, o ombro.

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Observação - Em vermelho é para manter o foco no KB desde a saída do solo até a posição final de número 9, retornando a posição inicial de número 1.

Turkish get up Kettlebell Movimentos. Exercutando o TGU: 1. Em decúbito lateral (posição fetal) insira as duas mãos no KB e traga próximo ao tórax, retornando a posição de decúbito dorsal. 2. Flexione o cotovelo e o joelho do lado esquerdo que você inseriu o KB na sua mão. Mantendo o dorso no solo (costas), os MS e MI do lado oposto serão mantidos em formas de extensão braço, antebraço e mão direito. O mesmo ocorre com a coxa e a perna direita mantendo uma

abdução (leve abertura em forma X). 3. Em seguida mantenha o MS esquerdo que está inserido com o KB e fixe o olhar no equipamento do começo do movimento até o final do mesmo.

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mobilidade e a instabilidade do aluno (Imagem acima com marcação!). 7. Flexione a articulação do joelho direito levando para baixo do seu eixo central (região da cicatriz umbilical) firmando a base da mão e joelho na mesma linha. Observação evite sentar sobre a articulação do tornozelo e colocar a mão fora do alinhamento entre mão e joelho que está apoiado no solo direito. 8. Alinhe seu tronco sobre a base do joelho direito que está no solo, mantendo o pé esquerdo fixo a frente. Não se esqueça de manter o olhar (foco) no KB. 9. Finalize o movimento impulsando o corpo numa posição ereta com o KB acima da sua cabeça (over head).

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4. Leve o KB para o lado oposto da articulação do cotovelo (antebraço) direito, que está fixo no solo, lembre se de não tirar o olho (foco) do KB MS esquerdo como está na imagem. 5. Estenda o MS direito na posição de poio. Mantenha o MS esquerdo em posição de extensão com o KB acima da cabeça (over head). 6. Em seguida estenda o quadril mantendo o apoio sobre a mão e o pé direito – Observação este movimento é fundamental para rever a 82

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Atenção – o movimento é considerado completo quando você retornar ao solo e reiniciar o lado oposto como está acima nas imagens. Começando pela imagem 1(IMG) até a 9 (IMG), retornando da 9 (IMG) até a 1(IMG) Nada impede ou existe uma regra (registro) para iniciar o lado Direito ou Esquerdo no TGU – KB! O Levantamento Turco pode ser o único exercício, depende de como você ou seu treinador vai encarar o TGU KB. O Kettlebell é um dos melhores equipamentos a ser utilizado nesse movimento, pois traz seus benefícios de mobilidade, estabilidade e força. O Kettlebell gera um torque mecânico diferente dos outros equipamentos, a base fica fora do apoio das mãos, mantendo só a alça na palma da mão, colocando o praticante atendo aos movimentos. O fato de manter o peso sobre uma base instável coloca você sobre a necessidade de gerar uma coordenação fina sobre o equipamento. Seja o equipamento (KB) usado na parte de aquecimento, técnicas ou WOD. Atenção – Evite danos (articulares e musculares) desnecessários, preocupando-se com a técnica. No inicio não se preocupe com volume e intensidade do exercício. Preocupe se com Movimento Técnico... Passo a passo do 1º ao 9º mov. Bom treino CrossFiter e até a próxima. Matéria: Profº Luciano Rechia - Coach Kettlebell CrossFit Ribeirão e Colunista da Revista CF Abreviações: TGU - Turkish Get-up, Levantamento Turco. KB – Kettlebell, Equipamento de ferro Fundido (Sport Russo). MS – Os membros superiores na anatomia são formados pela cintura escapular ou ombro, braço, antebraço, punho e mão. MI – O membro inferior é formado por cintura pélvica, coxa, perna e pé. M.F – Movimento Funcional Partner – Parceiro. EMG – Eletromiografia É o estudo bioelétrico que acontecem nas membranas celulares de fibras musculares do esqueleto. Img – imagem. SA - Serratil Anterior (SA). UT – Trapézio Superior

Ref. Referências Histórico 1º Ref - https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Saxon 2º Ref - https://en.wikipedia.org/wiki/Eugen_Sandow 3º Ref - https://pl.wikipedia.org/wiki/Lionel_Strongfort Investigação EMG Turkish get up KB. Fonte - https://tguresearch.files.wordpress.com/2012/05/tgu-poster.pdf

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Arte e motivação Denys Evol Idealizador do “Olho da Rua”, tem um vasto conhecimento na área do graffiti tradicional e seu portfólio percorre entre os Head Coaches dos principais boxes de CrossFit de São Paulo. Como nasceu o projeto Olho da Rua? Foi criado no ano 2000, com o objetivo de trazer a linguagem da “arte da rua” pra dentro de ambientes corporativos, como é o caso dos boxes de CrossFit, que temos feito esse trabalho de decoração artística, utilizando as técnicas do graffiti. Fazemos todos os tipos de desenhos, letreiros, logotipos, artes abstratas e realistas. A quanto tempo você trabalha com graffiti? Nós temos há mais de dez anos um trabalho de graffiti tradicional. Fomos convidados como artistas a participar lado a lado de renomados artistas de exposições e dos principais eventos do Brasil, como: Bienal de graffiti no Ibirapuera, Mube - Museu Brasileiro da Escultura, o mural da Copa no Itaquerão e assinamos a curadoria do evento “Graffiti na 23”, e “Ocupação SESI”, entre outros. Como que funciona o processo de criação de uma arte em um box de CrossFit? Iniciamos nosso trabalho fazendo uma visita técnica pra fotografar as paredes que serão pintadas. Depois o cliente passa um briefing, uma ideia do que deseja fazer ou se deseja que a gente desenvolva a ideia. Em seguida, fazemos no photoshop uma simulação do 84

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resultado final por meio desse desenho podemos saber a complexidade e a quantidade de material pra passar o orçamento. Quantos boxes você já ilustrou? Estamos nos especializando em CrossFit. Já passamos de 10 boxes de CrossFit decorados por nós. Os boxes, CrossFit Sampa, Proteus, Jardins, Santana, Chácara, Flexus, Round1, CrossFit Perdizes e CrossFit Tamboré são


alguns deles. Sabemos que agora você é um CrossFitter? Como foi sua chegada na modalidade? A ligação foi tão forte com o CrossFit desde o primeiro Box já senti vontade de praticar, mas foi no segundo (o CrossFit Proteus - Guarulhos) que eu decidi começar, e a oito meses sou praticante. O que nos deixou ainda mais por dentro do mundo do CrossFit para expressar melhor a linguagem usada nos boxes, além de ficar melhor condicionado para fazer os trabalhos de graffiti.

https://www.instagram.com/graffitiartbox/ https://www.flickr.com/photos/evolwork denys@olhodarua.net evoldenys@gmail.com Aproveitamos a entrevista e perguntamos a alguns proprietários dos boxes de São Paulo, como os alunos reagem quando se deparam com essas artes que docoram o ambiente? E quando tem figuras de guerreiros e até mesmo o gigante e forte palhaço, Pukie, dentro do box, qual é a reação?

CrossFit Sampa

Depoimento - Andre Figer. Constantemente procuramos motivar nossos alunos a superarem desafios e vencerem seus medos. Além de falarmos constantemente que eles são capazes, contamos com estímulos visuais que diretamente ou através de mensagens subliminares, completam esse processo. Frases motivacionais, palavras de impacto e imagens de superação, mesmo que na hora do WOD não sejam notadas, em algum momento ajudaram a fixar a ideia de que todos são capazes. Mesmo que um simples grafitti com o nome do box esteja estampado na parede, já representa a casa do atleta, já é suficiente para motivá-lo. Além disso existe o aspecto visual artístico, um trabalho de qualidade enche os olhos de todos, alunos, visitantes e até pessoas que passam na rua admiram e tiram fotos das artes. Somos galerias de arte, nossas paredes contam o nosso dia a dia, desde o sofrimento do treino puxado e quase impossível, até a sensação de dever cumprido, de conquista e glória. Olho da Rua para o Sesi Santana de Parnaíba revistacf.com.br

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Pukie - CrossFit Sampa


CrossFit Proteus II

Depoimento - Marcelo Ligoto.

CrossFit Sampa

Pukie - CrossFit Proteus II

Os alunos que não conhecem essa “cultura” CrossFit, ficam maravilhados com a beleza dos desenhos. E ao mesmo tempo desperta o interesse em se aprofundar na modalidade e isso motiva o aluno a sempre buscar superar suas limitações dentro e fora do box.

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Jardins CrossFit

Depoimento - Denis Campos. O CrossFiter quer lhe dizer algo: ele quer simplesmente botar pra fora todo o seu orgulho. A sua energia. A sua alegria em pertencer a um bando que encontrou o seu lugar e a sua espécie. E como um guerreiro de seu tempo, ele quer registrar a sua história, os seus feitos, o seu legado. O seu Box é o seu templo, e tudo o que está ali tem uma razão de ser. Transparece os seus hábitos e valores como membro de uma comunidade, e também as batalhas que já enfrentou.

Jardins CrossFit Ali não há espelhos… e por uma razão muito simples: porque a frase escrita na parede “deixe o seu ego do lado de fora” é tão forte e real quanto a outra “o CrossFit é para todos”. Se não fosse de verdade, não faria sentido estar escrita na parede. A imagem do palhaço insano feita à perfeição, o pó de magnésio espalhado no chão, as marcas produzidas nas paredes e o piso forjado à base de pancadas… choros… glórias. Ele quer te contar a sua história, e quer que voce também faça parte dela.

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CrossFit Tamboré

Depoimento - Alexandre Santana. A arte expressa em paredes já existe a séculos, desde a época das cavernas. Essa é uma maneira que o ser humano encontrou para se expressar, marcar seu território, identificar um local sagrado, ou até mesmo para intimidar o inimigo. Hoje em dia essas formas de se expressar ainda é muito utilizada mas agora são cada vez mais realistas, gerando uma identidade únida e personalizada. Fizemos todo o trabalho de comunicação visual desde logotipo na fachada principal até a indentificação dos vestiários e a área de treinamento do LPO - levantamento de pelo olímpico. Os alunos curtem porque o ambiente fica organizado sem precisar se preocupar com espaço da 90

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área de treinamento, segmentando o box naturalmente, diferenciando-se as áreas, criando uma separação visual. Com isso aumenta o poder de concentração e foco de todos que treinam. Ganha-se inspiração de superioridade devido a proporção das ilustrações serem maiores que o normal. revistacf.com.br

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Moda CrossFitter Oi pessoal, aqui é a Paola Crespi, sou colunista da Revista CF e sempre trago nessa coluna de moda as tendências do mundo Fitness e produtos direcionados para o CrossFit. Minha formação de jornalista ajuda muito transformar a informação em notas para vocês. Aproveite!


A Reebok Inc. não para com as NOVIDADES!

Buscando sempre agradar o público feminino. A aposta foi em cores pastéis! Ou as chamadas Candy Colors! Este shorts tem um modelo que deixa as pernas livres para agachar sem problemas! Traduzindo a elegância e tecnologia as peças são elaboradas para as meninas! Essas peças são vendidas na http://www.reebok.com/us/CrossFit - Tenho certeza que nossas CrossFit GIRLS vão adorar! Acesórios incríveis como luvas específicas para a modalidade CrossFit. E o tênis Nano 4 cor off white é lindo! A melhor palmilha e acabamento! O tênis azul claro é CrossFit Sprint com uma palmilha que ajuda em treinamentos com corrida! Então, vocês gostaram? Aqui sempre tem novidades! Até a próxima!

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Qualidade de som de estúdio Fendi acaba de lançar novos headphones em colaboração com a empresa Beats BY Dr DRE, considerada a melhor no assunto. Beats Pro headphones permite você curtir um bom som! Isso significa que é quase igual a você estar ouvindo seu cantor predileto cantando só para você! Beats Pro São feitos de ferro, alumínio e couro. Praticamente indestrutíveis. Não são feitos de plástico barato. Tem as cores e o design da Fendi nessa edição especial! Beats Pro headphones são recheados de espuma acústica e couro nas orelhas para você vivenciar a verdadeira redução de ruídos. Assim você pode vivenciar a experiência de um verdadeiro fone de estúdio. Fendi inovando no mercado do luxo com música e cores! #beatsxfendi - http://www.fendi.com

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Adidas Adistar A linha Adidas Adistar é uma das mais legais para levantamento de peso olímpico. Feito para atletas e pessoas que praticam o esporte. Esse tênis vem com tiras ajustáveis. Um pequeno salto de madeira gera estabilidade no movimento. Além disso tem o TORSION SYSTEM que provem leveza com um arco central no meio do tênis que proporciona estabilização e movimentação dos pés na hora do exercício. Esse exemplar em couro branco é simplesmente um luxo! Beluck A marca Beluck surgiu com intenção de trazer inspiração e positividade para quem quer se manter motivado e com estilo! Identificam-se com as Belucks pessoas despojadas, antenadas na moda e esportistas como os CrossFitters. Sobre o produto: O fecho ajustável foi inspirado em um trevo de quatro folhas e as frases motivacionais gravadas em hot stamping. As Belucks são comercializadas através do site www.beluck.com.br. Hoje o Instagram divulga bastante o charme das pulseiras, @beluckbr, com fotos e estilo. Um detalhe sempre faz a nosso look ficar mas bacana!

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Nano Web Reebok Style Lançamento do site mundial da Reebok. Esse lindo Tenis Nano Web vem com um design arrojado e muita tecnologia. Modelo ideal para seu treino diário com uma modelagem que acompanha a palmilha, proporcionando mais agilidade e conforto. Com um projeto total de borracha Full Foot Rubber. Agora a Reebok garante que melhora a tração em qualquer atividade que você pratique! Também tem o ROPE PRO, que é uma proteção a mais no meio da sola para evitar desgaste na hora de subir na corda! O mercado de tênis é sensacional, as empresas buscam melhorar e quem ganha sempre somos nós consumidores! Reebok Kids Como mães sabemos a necessidade da criança estar saudável de garantir uma boa atividade física. Com o crescimento do CrossFit no Brasil chegou também para nossos pequenos o CrossFit Kids, que são treinos específicos para crianças e adolescente que ajudam no desenvolvimento dos fundamentos mais importantes para saúde como: resistência cardiovascular e respiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão. Então nada mais justo que colocar nossos pequenos bem equipados para o esporte. Segue a linha do nano da Reebok para crianças de 2 anos em diante! Olhem que lindo! Em breve chega no Brasil por enquanto somente no site www.reebok.com 98

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É novidade você encontra aqui! Coluna de Moda Paola Crespi Até a próxima.


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Onde seu WOD vira nossa hist贸ria.



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