Revista Condomínio. Edição 72

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Todo síndico lê!

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Economia é o pilar principal de 2017

Elevadores: manutenção rigorosa e dentro do prazo é imprescindível




Vamos aproveitar a pinguela para atravessar o rio

NEWTON MENDONÇA Presidente da CIPA

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Essa frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dá a imagem perfeita desse tempo em que o país vive. O novo governo Temer tem grandes desafios e problemas que tornam essa travessia muito perigosa, e a pinguela caracteriza uma passagem cheia de riscos, mas é do que dispomos para atravessá-lo. À maior crise econômica que já tivemos - que gera o desemprego de milhões de brasileiros e grandes desigualdades salariais, entre diversos outros fatores - foi acrescida a falência generalizada dos governos estaduais, o que nos leva quase a um risco de convulsão social. Após um período longo de processo de impeachment, Michel Temer assume a presidência com pouquíssima credibilidade e com a necessidade de tomar decisões estruturais e impopulares. Uma consciência geral é que as medidas a serem tomadas passam, primeiramente, pela contenção dos gastos governamentais. Para onde vai uma família que gasta mais do que ganha? Vai para o buraco... Isso é o que está acontecendo com o Brasil!!! Temer começa bem ao escolher, para sua equipe econômica, nomes competentes, com credibilidade moral e reconhecidos nacional e internacionalmente. Essa equipe toma conhecimento da gravidade da situação e aponta as medidas estruturais necessárias. Algumas dessas medidas, para serem implementadas, precisam da reforma da Constituição, o que significa votação em dois turnos, tanto na Câmara quanto no Senado, com a aprovação de três quintos, ou seja, 308 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores. Temer, então, com grande experiência política de articulador e conciliador, querendo obter a maioria no Congresso, indica velhos conhecidos do cenário político - muitos dos quais seus amigos de mais de 20 anos de convivência - para compor seu gabinete ministerial. Começam aí seus problemas, pois tais amigos estão envolvidos em fatos que os desabonam, o que obriga Temer a substituí-los, criando mais desgaste de sua imagem. Um governo que começa com Cunha na Presidência da Câmara e Renan na do Senado já inicia com uma grande carga nos ombros. Até que Cunha fosse preso e Renan se tornasse réu,

os acontecimentos só pioraram e atrapalharam o governo - ele andou na corda bamba e em cima do muro e até hoje não se posicionou em seu papel de presidente. Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que o Brasil tem dois tempos, dois períodos, ou seja, duas etapas, até que o povo acordasse, tomasse consciência e amadurecesse: antes e depois dos acontecimentos do Mensalão e da Lava Jato. Uma nova geração de pessoas honestas, que ocupam cargos de juiz, promotor e policial federal, começou a desvendar as roubalheiras que ocorriam há mais de 20 anos. Roubos existem em todos os países, porém, há punição. Aqui, pela impunidade, a corrupção tornou-se sistêmica e sofisticada, e isso atingiu os políticos de uma forma mais generalizada. O instrumento de delação premiada e leniência, que não existia, e a prisão na condenação em segundo turno respaldaram as investigações, e os culpados começaram a aparecer. Os políticos estão apavorados e procuram votar medidas absurdas para não serem presos, porém, temos certeza de que o povo brasileiro não permitirá essas manobras de anistia ou de descaracterização das novas leis contra corrupção. O Brasil necessita de várias reformas estruturais, como da Previdência, a trabalhista, política, social, de concessões, distorções salariais, o que não acontece rapidamente, sendo necessário que, de alguma forma, todos participem e colaborem. Ninguém quer abrir mão de nada... Todas essas reformas e medidas precisam ser levadas ao conhecimento dos brasileiros para serem discutidas exaustivamente. Com a aceitação da maioria da população, deverão ser aprovadas para que, dessa maneira, se construa um país melhor. Temer só precisa dar início a esse processo e aprovar o que for possível. Temos que apoiá-lo para que cheguemos a 2018 e possamos eleger um novo presidente, que encontre um caminho melhor do que foi deixado por Dilma... Isso significará que conseguimos passar por essa pinguela frágil e perigosa e atravessar esse rio caudaloso e desafiador em que nos encontramos.


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[capa] Ano novo com planejamento econômico renovado

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A festa de Momo é um desafio para os edifícios residenciais e comerciais. A movimentação nos prédios costuma ser maior e até mesmo diferente nesse período. Veja como se prevenir de problemas lendo esta matéria.

O ano novo chegou, mas a crise ainda não passou. Leia nossa matéria de capa e veja como o síndico pode economizar e realizar melhorias. As palavras de ordem são controle e criatividade.

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[Condomínio] Problemas no uso da garagem Neste texto, dicas de como o síndico pode evitar problemas nesse espaço que é um dos mais disputados do condomínio.

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[Condomínio] Verão x piscinas – cuidado dobrado na limpeza e manutenção

[ECODICAS] Hortas orgânicas Hortas orgânicas e comunitárias se espalham, como a montada pelo surfista Carlos Burle, que se transformou em área de convivência do condomínio e foi batizada de Good Karma. Veja nesta matéria como iniciar a sua.

[Saúde] Deu zika Mas também deu dengue e chikungunya. Como o síndico deve agir para prevenir essas doenças no condomínio? Leia a matéria e fique por dentro.

[Segurança] Carnaval: segurança redobrada nos condomínios

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[Manutenção] Modernização de elevadores Manutenção rigorosa com revisões no prazo estipulado pela equipe técnica é fundamental. Veja nesta matéria se seu condomínio está andando na linha.

O verão chegou e, junto com ele, a preocupação em manter as piscinas funcionando perfeitamente para evitar reclamações. A manutenção, as revisões de todos os equipamentos e a limpeza têm que estar em dia. Veja como fazer lendo esta matéria.

Uma publicação:

Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449 DIRETORIA Presidente NEWTON MENDONÇA Vice-presidente MÁRIO MENDONÇA Diretora da Unidade de Negócio e Condomínio DEBORAH O’DENA MENDONÇA Diretora de Locação, Seguros e Novos Negócios MARIA TERESA MENDONÇA DIAS

Redação e Edição VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicacao Ltda. AGO SET taodacomunicacao@gmail.com 2 010

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Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa.

Fotografia Ariel Subirá MARIZA LIMA Marketing e Publicidade SAMY GRUBMAN marketing@cipa.com.br Colaboraram neste número Cristina do Carmo Lia Rangel MARIZA LIMA STELLA MARIS C. MENDONÇA

16 mil exemplares

A Revista Condomínio etc. esclarece que: • Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens. • Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes. Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

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informe

Renda necessária para financiar um imóvel em 20 cidades Crivella confirma estudo para rever IPTU e corrigir distorções O prefeito Marcelo Crivella confirmou que pretende rever a planta genérica de valores (usada na base de cálculo do IPTU), a fim de corrigir distorções - os valores não são atualizados desde 1997. Ele citou como exemplo o imposto pago por contribuintes que moram na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, em comparação com a Barra da Tijuca, em pontos distantes da orla. Como a Secretaria Municipal de Fazenda avalia mudanças na legislação do IPTU, a previsão é que os estudos sejam concluídos em março. Qualquer alteração, no entanto, terá que ser aprovada pela Câmara dos Vereadores e entraria em vigor só em 2018.

Recreio pode ganhar vila olímpica Durante a transição da administração municipal, a equipe do prefeito Marcelo Crivella recebeu do vereador Carlo Caiado (DEM) uma carta aberta com a proposta de transformar o Centro Esportivo Waldir Pereira, no Recreio, em uma vila olímpica. O espaço está fechado desde o dia 15 de dezembro, por causa da suspensão do contrato com a organização social que o administrava. Treze das 22 vilas olímpicas da cidade vivem situação semelhante.

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Dono de casa em laje poderá ter escritura individual do imóvel A regularização fundiária - uma ação que o presidente Michel Temer pretende implementar em todo o país para dar aos moradores de áreas irregulares a escritura da casa - só sairá do papel com a participação das prefeituras. Uma das novidades do programa, instituído pela medida provisória (MP) 759, publicada no Diário Oficial da União, é o direito de laje. Essa é uma figura jurídica nova, que vai permitir a uma família construir uma casa em cima de outra, recebendo individualmente a matrícula de seu imóvel.

Para financiar um imóvel usado de 70 metros quadrados no Rio de Janeiro, é preciso ter uma renda familiar equivalente a R$ 19.203, em média. O valor é quase três vezes maior do que o necessário para adquirir uma unidade do mesmo tamanho em Contagem, no interior de Minas Gerais, onde é possível obter crédito para a compra do imóvel ao comprovar uma renda familiar de R$ 6.828, em média. É o que aponta levantamento feito pelo Canal do Crédito a pedido de EXAME.com.

O Banco do Brasil negocia crédito de R$ 6,5 bilhões para o Rio

Construção civil fecha 2016 com inflação de 6,64%, diz IBGE

O Banco do Brasil negocia empréstimo de R$ 6,5 bilhões ao Rio de Janeiro para ajudar o governo do Estado a sair da situação atual de caos financeiro. Uma ampla reestruturação da dívida do estado com bancos credores também faz parte das negociações do acordo de emergência, que precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O principal responsável pela alta do custo da construção foi a mão de obra, que ficou 10,89% mais cara no ano passado. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou 2016 com uma inflação de 6,64%, segundo dados divulgados em janeiro, no Rio de Janeiro. A taxa ficou acima dos 5,50% de 2015.


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capa por Lia Rangel

Ano novo com planejamento renovado Economia é o pilar principal de 2017 O ano novo chegou, mas a crise ainda não passou. Os preços dos serviços estão cada vez mais altos, e o síndico precisa de muita criatividade para passar por esse período mais conturbado da economia brasileira sem gastar mais e, consequentemente, sem aumentar as taxas condominiais. Manter o condomínio no azul e ainda com alguma sobra financeira para investir nas necessidades, no embelezamento ou em obras de emergência não é tarefa fácil, mas é possível. As palavras de ordem são controle e criatividade. Uma gestão que compreenda o significado desses termos e os aplique no dia a dia do condomínio só pode ser vitoriosa. Michel Brito Loureiro é preposto da CIPA Síndica no Residencial Jardim, localizado na zona oeste da cidade, há mais de três anos. O condomínio conta com oito blocos, 1.292 apartamentos e cerca de 6.600 moradores. Um lugar tão gran-

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de, que poderia apresentar inúmeros problemas, vem mostrando que uma gestão bem planejada é capaz de fazer melhorias significativas em todos os espaços, contemplando todos os condôminos. Eles fecharam 2016 com um balanço muito positivo, mesmo depois de fazer inúmeras reformas e benfeitorias, como restauração do piso no fox e nas churrasqueiras; reforma do armário com chave; sala de monitoramento climatizada e monitorada por 549 câmeras; criação de um bicicletário no bloco 1; reforma nas rampas de acesso a seis blocos; instalação de semáforos nas rampas de quatro blocos para não haver colisão; criação de vagas para pessoas com necessidades especiais e sinalização com placas; revitalização do Pipi Dog; restauração do subsolo; fortificação de duas colunas; troca das lâmpadas incandescentes pelas de LED; colocação de um chuveirão na quadra de areia; construção de rampa

nos parquinhos do condomínio para facilitar a mobilização de cadeirantes; redes de futebol e de basquete novas; reforma da pista de skate e do minigolfe; cinemas com Wi-Fi e TV a cabo; e restauração de todos os pergolados, com plantas. “Para manter as contas do condomínio em dia, sempre fazemos cotação com, pelo menos, três empresas no mercado, para termos o melhor preço dentro do possível, respeitando a previsão feita no ano de 2016. O segredo é este: respeitar a previsão orçamentária, reduzindo gastos desnecessários, e, caso haja despesas extraordinárias, levar sua aprovação para o colegiado (conselho consultivo) do condomínio”, diz Loureiro. E os planos para este ano já estão começando a tomar forma no Residencial Jardim. “A previsão orçamentária para este ano ainda está em análise. Estamos realizando reuniões com os subsíndicos dos blocos, para trabalharmos em cima das


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demandas de cada bloco (necessidade de obras e reparos não contemplados na previsão orçamentária de 2016). Mas a ideia é respeitar os índices de reajuste dos contratos, bem como o dissídio coletivo de empresas terceirizadas dentro do empreendimento. Os prédios já têm cinco anos, e temos que fazer um planejamento administrativo e financeiro para realizar a pintura da fachada. Temos que viabilizar um caixa inicial, provavelmente de uma cota extraordinária aprovada em assembleia geral. Estamos sempre procurando soluções inovadoras para manter o condomínio no azul. Nós já havíamos contratado uma empresa especializada em eficiência energética e fizemos a troca de lâmpadas comuns por lâmpadas de LED em toda a garagem. Hoje já temos uma economia de mais de R$ 226 mil, que já pagou o projeto. Agora, recentemente, finalizamos todos os andares dos oito blocos com as lâmpadas de LED”, reforça Loureiro. Independentemente do tamanho do condomínio, os síndicos têm buscado alternativas para reduzir o impacto das cotas nos orçamentos dos condôminos, inclusive com a adoção de medidas que

ajudem na geração de renda. É o que acontece no Sunshine Residence, também localizado na zona oeste do Rio, comandado pelo síndico Sérgio Pitanga há quase oito anos. A gestão do condomínio, que tem 120 apartamentos e cerca de 360 moradores, também tem se mostrado muito eficiente. “O balanço de 2016 foi positivo; fizemos reforma no parque infantil, na miniquadra de futebol, na telefonia, no sistema interno de câmeras de segurança e na pintura dos blocos, entre outras ações. Fazemos um acompanhamento diário do fluxo de caixa e, com essa informação, definimos as prioridades em relação às despesas. Estamos sempre atentos à inadimplência e pensamos em ações para manter o equilíbrio do recebimento das cotas. Para este ano, temos como metas a reforma da fachada, a instalação do gerador, a implantação de tags na portaria e a modernização da academia e do salão de festas. Os recursos serão viabilizados por meio do aperfeiçoamento dos custos operacionais. Já temos um reservatório para captação de água da chuva, com capacidade para 350 mil litros, e estamos substituindo

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A economia da lâmpada de LED

Sergio Pitanga, síndico do Condomínio Sunshine Residence: “O balanço de 2016 foi positivo; fizemos reforma no parque infantil, na miniquadra de futebol, na telefonia, no sistema interno de câmeras de segurança e na pintura dos blocos, entre outras ações”

as lâmpadas incandescentes pelas de LED, tudo isso de olho na economia do condomínio. Atualmente, desligamos o aquecimento da piscina durante o dia e o ligamos apenas à noite - somente com essa ação reduzimos a conta de energia. Nós temos dez elevadores divididos em dois blocos e, para reduzir gastos, vamos desligar alguns deles por determinados períodos, com respeito ao fluxo de moradores. Continuamos procurando soluções criativas no relacionamento com os condomínios vizinhos. É muito importante para o síndico verificar oportunidades de melhorias nas operações do condomínio, com isso, eliminamos o desperdício e reduzimos os custos operacionais”, indica Pitanga.

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A lâmpada de LED chegou para ficar. Comprovada sua eficiência na redução do consumo de energia elétrica, ela é a nova arma dos síndicos que querem e precisam diminuir os custos no condomínio. Segundo Fernando Freitas, diretor comercial da Ecobrasil Energia, empresa especializada em eficiência energética, instalações elétricas, manutenção residencial, comercial e industrial, com atendimento em todo o estado do Rio de Janeiro, a substituição de lâmpadas fluorescentes e incandescentes por lâmpadas de LED é vantajosa: “As lâmpadas de LED oferecem três grandes vantagens em relação às lâmpadas fluorescentes - gastam menos energia, demandam menos manutenção e duram muito mais. O apontado pelos especialistas é que o uso do LED pode diminuir em mais de 50% a conta de luz das áreas comuns do condomínio. As lâmpadas de LED são mais caras do que as fluorescentes e incandescentes, mas proporcionam outras vantagens e economia, e a principal delas diz respeito ao uso de sensores de presença. Enquanto as comuns apresentam perda na vida útil em quase 40%, o LED apresenta perda zero. Em média, as lâmpadas de LED de boa qualidade duram 30 mil horas. Outra dica é fazer uma vistoria preventiva da instalação elétrica com uma empresa especializada, pois, no período de verão, as instalações elétricas ficam muito sobrecarregadas em função do uso de diversos equipamentos. Por fim, o síndico que deseja economizar

na conta de energia elétrica deve pesquisar sobre retrofit de iluminação (somos representantes da Philips) e diagnóstico de consumo. Em média reduzimos até 40% do gasto elétrico de nossos clientes.”

Elevadores podem ajudar na economia Quanto mais antigos os elevadores, mais eles consomem energia, mas o diretor comercial da TBRio Elevadores, Marco Antônio Nogueira Nascif, dá algumas dicas para o síndico economizar quando o assunto forem os elevadores. A TBRio atua no mercado de manutenção, conservação e modernização de elevadores no município do Rio de Janeiro há 36 anos e, atualmente, é responsável por 2.600 elevadores. “Uma boa medida de economia de eletricidade relacionada com os elevadores está na troca do sistema de comando antigo eletromecânico para um moderno, computadorizado, que pode gerar uma economia de até 40%. Outra medida muito utilizada seria alternar o funcionamento dos elevadores fora do horário de pico, deixando sempre um deles desligado. Existe também a possibilidade de os elevadores assimétricos utilizarem o sistema inteligente duplex,


em que o mais próximo atende à chamada prioritariamente”, explica. Mas Nascif acredita na importância de uma campanha de conscientização. “Algumas recomendações devem ser passadas para os usuários: não acionar dois elevadores ao mesmo tempo, ou seja, chamar apenas um de cada vez; para subir ou descer um andar, procurar utilizar as escadas; respeitar o número máximo de passageiros indicado na cabina; apertar o botão de chamada uma única vez. Essas dicas, a nosso ver, são de grande valia, pois, além de reduzirem o consumo de energia, evitam o desgaste dos equipamentos, o que mais tarde pesará no bolso dos moradores. Também orientamos que o síndico execute as revisões anuais que forem necessárias e apontadas pela empresa responsável pela manutenção dos elevadores, além de escolher uma empresa especializada e habilitada na Gerência de Engenharia Mecânica (GEM) e no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) para fazer a conservação mensal dos

equipamentos. Uma dica que alguns condomínios já fazem hoje é, quando forem escolher a empresa de manutenção, em razão da grande concorrência que existe, que se tomem algumas precauções, como verificar sua estrutura e o tempo de mercado; pedir referências; se informar se ela oferece atendimento 24 horas e tem almoxarifado para reposição de peças com rapidez; se é associada ao Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado do Rio de Janeiro (SECMIERJ) e, principalmente, solicitar, no ato da contratação, que a empresa escolhida apresente a documentação em dia”, explica.

Michel Brito Loureiro está à frente do Residencial Jardim há mais de três anos e vem mostrando que uma gestão bem planejada é capaz de fazer melhorias significativas em todos os espaços

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Muita segurança com pouco custo A segurança dos condomínios é uma das áreas em que os síndicos não podem deixar de investir. Mas será que é possível fazer isso sem aumentar muito as despesas? Segundo Aline Sartório, sim, isso é possível. Sartório é diretora comercial da ABC Telecom, empresa especializada em fornecimento, instalação, locação e consultoria de sistemas, como circuito fechado de TV digital HD com ou sem monitoramento; controle de acesso com ou sem biometria; catracas eletrônicas; automação de portas, portões e cancelas; PABX; comunicação condominial; cerca eletrificada; alarmes e sonorização. Para Sartório, é possível que o síndico consiga aliar segurança e economia nos condomínios. “Uma boa alternativa é automatizar portas e portões, incluindo interfonia digital com abertura pelos apartamentos, em conjunto com o sistema de segurança eletrônica (CFTV) e visualização pela internet (celular ou tablet) ou pelos apartamentos, através de um canal de vídeo. Desse jeito, além de o morador confirmar quem está acionando

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seu apartamento pelo porteiro eletrônico, por meio da visualização da imagem na TV da câmera, ele poderá abrir ou não a porta, de modo que o síndico pode diminuir a quantidade de funcionários, como os porteiros do prédio. A diretora comercial da ABC Telecom conta que outros sistemas de segurança também possuem baixo custo e são eficientes, como a cerca eletrificada, que é barata e é um dos grandes inibidores de invasão, por causa da aparência de perigo que ela causa. “Mas não é em todo prédio que se pode instalar esse sistema, então, o mais recomendado ainda é o sistema de circuito fechado de TV digital, pois, mesmo que iniba menos, existe a vantagem da gravação e visualização remota do local, o que facilita as buscas pelo invasor ou até sua apreensão imediata e surpresa”, diz. Outro ponto importante diz respeito à contratação: “Contratar uma empresa especializada é ter a certeza de que estará adquirindo um serviço adequado, com a segurança de não ser enganado e, principalmente, a confiança de que essa empresa terá capacidade de avaliar o melhor e mais adequado sistema para aquele local. Hoje em dia, esse mercado de segurança, infelizmente, ‘se prostituiu’ de tal forma que qualquer pessoa faz um curso e se diz consultor ou instalador de sistema de segurança eletrônica e, com isso, a qualidade dos serviços caiu muito. Além do e-comerce, que dificulta muito a venda dos produtos junto com os serviços. Também é importante ressaltar que, para que o síndico assuma a responsabilidade de contratar uma empresa, sobretudo ligada à segurança de seu

prédio, é necessário que ele pesquise bem e não feche somente com a que apresentou o orçamento mais barato. Vale lembrar que é importante que a empresa seja registrada no CREA-RJ e nos órgãos reguladores desse ramo, pois, assim, o condomínio terá como denunciar caso a empresa falhe. O síndico deve buscar referências de instalação para que possa conferi-las; deve saber se a empresa tem uma sede no Rio de Janeiro, se tem equipes especializadas, frota de veículos e rádio ou comunicação via celular para que os serviços sejam mais ágeis; se certificar de que a empresa escolhida tem uma central de atendimento e departamentos separados para solução de cada caso, supervisores disponíveis para visitar os prédios e os serviços prestados por sua equipe, entre outras coisas. Além de tudo isso, é muito importante que a empresa especializada preserve a manutenção mensal corretiva e preventiva dos sistemas para que não deixem de funcionar na hora mais necessária.”


É possível economizar com água e sistema hidráulico no verão? Parece tarefa difícil, principalmente em condomínios que têm muitas piscinas ou outros espaços que utilizem água, mas, com as soluções certas, é possível reduzir os custos com o consumo de água. A Hidroluz, empresa fundada em 1963, atua em manutenção preventiva e corretiva de bombas d’água; sistemas hidráulicos e elétricos; pressurização inteligente e hidrômetros para medição individualizada de água, em condomínios residenciais e comerciais, indústrias e outros segmentos. “Somos especializados na manutenção preventiva e corretiva de bombas e motores elétricos, abrangendo equipamentos afins, como quadros de comandos elétricos, tubulações, barriletes e colunas de distribuição, atendendo aos sistemas de

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abastecimento, pressurização, combate a incêndio, tratamento de piscina, exaustores e esgotamento. Além disso, temos plantão 24 horas para clientes que possuem contrato de manutenção. A empresa é capacitada e certificada pelo Corpo de Bombeiros para manutenção preventiva e corretiva nos sistemas de combate a incêndios”, explica Cláudio Carvalho, sócio-diretor da empresa. Luiz Alberto Carvalho, que também é sócio-diretor da Hidroluz, conta quais são as soluções mais indicadas para o síndico que quer economizar com a conta de água do condomínio: “O conjunto dessas atividades, tanto de medição individual como de adequação e manutenção preventiva de bombas, sistema elétricos/pressurização, contribui para a economia de água e de energia nos condomínios. A solução que tem gerado grande redução na conta de água dos condomínios é a medição individual, que consiste na instalação de hidrômetros para medir o consumo de água de cada unidade, em prédios novos

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e antigos. O percentual médio que temos observado nos prédios em que instalamos o equipamento é de 35% na redução dos custos com a água. No entanto, a economia já atingiu 70% em alguns condomínios. Além da economia, visto que cada condômino passa a pagar efetivamente pelo que consome, há uma real justiça na cobrança da água e transparência na apresentação da conta. E ainda há a questão da conscientização e da preservação da água, além da valorização dos imóveis de aproximadamente 5% em seu preço final, segundo especialistas do mercado imobiliário.” Cláudio Carvalho conta que a conservação preventiva de sistemas hidráulicos

e elétricos reduz, comprovadamente, os custos de manutenção. “Além de evitar o desperdício de energia elétrica, a manutenção preventiva estende a vida útil dos equipamentos e previne danos maiores, por meio da inspeção mensal do técnico, que deve realizar revezamento dos equipamentos, limpeza, lubrificação e ajustes dos componentes. Além disso, deve aferir a corrente dos motores e identificar qualquer anormalidade no sistema, a fim de prevenir eventuais paradas. Assim, a manutenção preventiva pode, na verdade, reduzir os custos do condomínio com conservação, além de garantir o pleno funcionamento dos sistemas hidráulicos. Para economizar energia, uma medida que tem trazido grandes resultados é a substituição de bombas antigas por outras de melhor desempenho, que, ao consumirem menos energia, geram grande economia na conta de luz. Para isso é necessário dimensionamento preciso de qual marca e modelo gerará melhor resultado, o que deve ser realizado por empresa especializada. Dispomos


ainda de sistema de informação, que cruza dados da instalação hidráulica existente e fornece as curvas de funcionamento das bombas, auxiliando na seleção do equipamento. Outra medida de economia de energia se obtém com sistemas de pressurização inteligentes, em que se utiliza apenas a energia necessária para atender à demanda de água, que varia de acordo com a abertura e o fechamento de torneiras e chuveiros, por exemplo. A instalação de um sistema de pressurização inteligente, automatizado e perfeitamente adequado às características do condomínio, pode promover conforto, segurança e economia de energia”, afirma o especialista. Luiz Alberto Carvalho acredita que existem outras possibilidades que visem à economia de água, como campanhas internas de conscientização do consumo; verificação periódica de vazamentos; substituição de torneiras e descargas por modelos econômicos; instalação de redutores em torneiras e chuveiros etc. “No entanto, a administração do condomínio não tem como garantir que os condôminos colaborarão e mudarão seu comportamento de consumo e que farão o monitoramento adequado de vazamentos ou mesmo a substituição de torneiras ou outros componentes que resultem em economia de água. Esse trabalho de conscientização deve ser permanente e feito não apenas pelo condomínio, mas por toda a sociedade”, diz. Mas além de adotar medidas econômicas, é importante contratar uma empresa especializada para executar esses serviços. “Os condomínios devem optar por empresas de idoneidade e experiência compro-

“Os recursos serão viabilizados com a otimização dos custos operacionais”, diz Sérgio Pitanga

vadas, com observação da satisfação dos clientes, quantidade de reclamações no Procon etc. Os sistemas de medição individual de água mais confiáveis são os de leitura por telemetria, por causa da precisão e segurança nos dados, que permitem que cada condômino saiba, via relatórios e por um portal na internet, quanto consome no mês, se está dentro de sua média, se há ou houve vazamentos e até o consumo diário, com total segurança de inviolabilidade dos dados. A empresa contratada deve ainda realizar a gestão do consumo e enviar, mensalmente, um extrato digitalizado desse consumo por unidade, inclusive detectando e informando consumos fora do padrão, o que pode caracterizar possíveis vazamentos”, explica Luiz Alberto Carvalho. “A pressão por medidas que economizem água e energia tem crescido substancialmente nos últimos anos, tanto pela pressão governamental e pela consciência ecológica quanto pela real neces-

sidade de economizar todas as formas de energia”, diz Cláudio Carvalho. Nós fornecemos algumas dicas, mas existem muitas outras soluções que podem auxiliar os síndicos na árdua tarefa de economizar os recursos do condomínio. Com um pouco de criatividade e seguindo o planejamento econômico estipulado, os problemas tendem a diminuir, tornando as tarefas do síndico menos complicadas.

Serviço TBRio Elevadores www.tbrioelevadores.com.br ABC Telecom www.abctelecomrio.com.br Hidroluz www.hidroluz.com.br Ecobrasil Energia www.ecobrasilenergia.com.br

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Condomínio por Lia Rangel

Os protetores de pilastra são fundamentais para evitar danos aos veículos, no caso de pequenas colisões na hora de manobrar e estacionar

Problemas no uso da garagem Como o síndico pode evitar transtornos nesse espaço disputado do condomínio Se tem um espaço no condomínio que precisa de regras muito explícitas para não causar confusão é a garagem. Centro de diversas discussões, a garagem pode não ser mais uma dor de cabeça para o síndico, mas para isso é importante que seja estabelecido um regulamento justo para todos os moradores, que conceda os mesmos direitos e estipule os mesmos deveres para cada usuário. A verdade é que, nos últimos anos, o número de veículos nas ruas aumentou muito e a maioria das construções, especialmente as mais antigas, não está preparada para receber tamanha demanda. Faltam vagas, falta paciência e o síndico precisa de muito jogo de cintura para lidar com o imenso número de possíveis problemas que apenas esse pedacinho do condomínio pode causar. 16

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A proatividade é um comportamento de antecipação, responsabilização e realização ante às inúmeras situações que determinado meio pode apresentar. Quem é síndico há algum tempo já deve ter percebido que esta é uma característica fundamental para o exercício da profissão sem maiores dores de cabeça. Prever os possíveis problemas e determinar atitudes para resolvê-los ajuda, e muito, na administração de quaisquer dilemas, e nos condomínios não é diferente. Quando o síndico é proativo, além de ter recursos na manga para qualquer tipo de problema, ele está sempre em busca de soluções criativas para driblar as dificuldades. Uma boa dica é ouvir a opinião dos funcionários e dos condôminos, pois de uma simples conversa podem sair excelentes alternativas para a resolução das questões apresentadas.


Problemas frequentes nas garagens dos condomínios Entre os muitos possíveis problemas que a garagem de um condomínio pode causar, os mais comuns são a falta de vagas, a utilização desses espaços por visitantes, carros maiores do que as vagas, estacionamento em locais inapropriados, furtos, danos causados por outros motoristas, uso da vaga para guardar objetos e para guardar moto e carro na mesma vaga, entre outros. Apesar de serem problemas distintos, o síndico pode encontrar a maioria das soluções na convenção do condomínio, que determina todas as regras de utilização do espaço, assim como costuma prever advertências e punições em casos mais graves. No caso da falta de vagas para o número de carros que os condôminos possuem, não há fórmula mágica na convenção, mas o síndico pode buscar ajuda profissional. Contratar manobristas, consultar engenheiros ou especialistas que possam redimensionar os espaços das vagas ou buscar recursos inovadores são algumas das possíveis saídas para esse problema específico. Já no caso em que os condôminos reclamam da presença de carros de visitantes, é importante que o síndico tenha em mente o que dizem a convenção e o regimento interno do condomínio. Quando o carro é maior do que a vaga, é possível que outros carros não consigam estacionar e que seja mais difícil manobrar em garagens mais apertadas. Para evitar esses problemas, tentar redimensionar todas as vagas também pode ser uma boa opção.

E qual síndico nunca flagrou carro estacionado em um local que não era destinado à vaga? Esse caso acontece com mais frequência em condomínios que dispõem de muito espaço, mas não têm vaga fixa para cada condômino. Para solucionar esse incômodo e garantir que isso não se repita, o síndico deve investir em sinalização, como placas que proíbam o estacionamento em locais determinados. Tanto os furtos quanto os danos causados por outros motoristas podem ser resolvidos com a instalação de câmeras que, além de tornar o ambiente mais seguro, torna possível a identificação dos suspeitos pelo furto ou dano. O uso da vaga para guardar objetos, além de ser esteticamente feio, pode acarretar outros problemas, como causar acidentes, reduzir o campo de visão, abrigar insetos e outros animais indesejados ao condomínio. A maioria das convenções não prevê que objetos sejam deixados nos espaços destinados às vagas de estacionamento, então, caso esse problema aconteça, o síndico deve advertir e até multar o condômino que insistir em mantê-los na vaga de garagem. Há também os proprietários de carros e motocicletas que, ao não encontrarem vaga para suas motos, entendem que podem estacioná-la na mesma vaga em que estacionam seus carros. Ao fazer isso, ocupam mais espaço do que o normal e dificultam o acesso às vagas vizinhas, além de atrapalhar as manobras nos espaços mais próximos.

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Américo Mendonça Bezerra, síndico dos residenciais Dálias e Rosas: “Não é permitido, o uso da vaga para acomodação de objetos diferentes do previsto, logo, não é possível armazenar objetos nem colocar carro e moto, ao mesmo tempo, na vaga”

Boa administração para evitar problemas Há 12 anos à frente da administração da Chácara Itaguaí, composta pelos residenciais Dálias e Rosas, em Niterói, Américo Mendonça Bezerra conta que são dois prédios residenciais, com cerca de 280 moradores em cada um deles. No total, os prédios têm 210 vagas demarcadas. “Uma vez por ano, há um sorteio de vagas para que aconteça um rodízio de uso. O condômino pode até alugar sua vaga, desde que seja para outro morador. Aqui temos algumas regras e proibições básicas. Não é permitido, por exemplo, o uso da vaga para acomodação de objetos diferentes do previsto, logo, não é possível armazenar objetos nem colocar carro e moto, ao mesmo tempo, na vaga”, explica. O administrador ainda conta que existe um problema mais frequente quando o assunto é garagem. “O que mais acontece é o condômino estacionar fora da área demarcada, o que, em geral, dificulta que o vizinho de vaga estacione seu veículo. Geralmente essas situações são resolvidas com um simples telefonema e notificação por escrito, no caso de reincidência.” Outros problemas comuns envolvem a famosa barbeiragem, quando o motorista, por descuido, acaba causando dano em outro veículo. “Aqui já tivemos alguns danos, como quando o morador, ao estacionar, encostou e

amassou o carro vizinho. Também é comum, ao abrir a porta, arranhar o carro estacionado ao lado. Certa vez, aconteceu que um morador, ao descer a rampa de bicicleta, bateu num carro estacionado. Todos os casos foram bem resolvidos entre os condôminos envolvidos, com ajuda da administração”, conta Américo Mendonça Bezerra. Outra questão importante a ser avaliada coloca em questão a segurança do condomínio. Muitos condomínios, especialmente os mais antigos, ainda não investiram em portões automáticos, nem têm porteiros disponíveis para cuidar exclusivamente da garagem. Eles funcionam na base da antiga e famosa buzinada. O condômino buzina e o porteiro ou garagista abre o portão. Além de não ser muito segura, essa prática pode incomodar, e muito, vizinhos que morem nos andares mais baixos, especialmente os que moram próximos à garagem. Para solucionar esse problema, o condomínio precisa investir em sistemas mais seguros ou métodos menos incômodos e invasivos. No Condomínio Itaguaí não há esse problema. “Nossos portões são automatizados e acionados por meio de tags instaladas nos veículos dos condôminos, o que nos dá muito mais segurança”, explica Américo Mendonça Bezerra.

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A importância de uma garagem bem sinalizada Por ser um lugar com grande movimentação diária, é importante que o síndico se preocupe em manter a garagem bem sinalizada. Além das placas de quilometragem, localização de vagas e de acesso a outros espaços (quando há), é interessante utilizar acessórios que confiram mais segurança para os usuários, evitem danos aos veículos e que proporcionem um acabamento mais bonito ao local, como amortecedores de impacto, cantoneiras e protetores de colunas e paredes. Segundo Sidney Sipres, vendedor da empresa Clavia Materiais de Decoração e Acabamento, empresa que oferece protetores para paredes e cortinas divisórias e atende a todo o país, existem dois acessórios que não podem faltar nas garagens dos condomínios: “Os produtos indispensáveis às garagens são as cantoneiras para quinas vivas e chapas para a proteção de paredes e pilares curvos, fabricados em PVC flexível, pois, em caso de acidente, diminuem os custos nos reparos dos automóveis.” Américo Mendonça Bezerra conta que nas pilastras da garagem do Condomínio Itaguaí são utilizados protetores. “Eles são fundamentais para evitar arranhar os veículos, caso haja contato”, diz. O administrador ainda comenta que pretende promover melhorias na garagem. “Queremos fazer uma pintura geral e aplicar epóxi no piso. Estamos programando, mas ainda sem previsão, por causa do alto custo que

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américo Mendonça Bezerra pretende investir ainda mais na garagem do condomínio que administra

esses serviços implicam”, conta. A pintura é, realmente, um ponto muito importante para deixar o ambiente da garagem mais leve. A indicação é que as paredes estejam pintadas de branco, pelo menos da metade para cima. A aplicação de epóxi - material sintético especial - no piso também é uma boa pedida, pois, além de clarear o ambiente, facilita a limpeza. Colunas e tubulações bem pintadas e conservadas também ajudam na organização da garagem. Para completar, a iluminação é um ponto de extrema importância, pois, além de conferir segurança aos condôminos, ajuda a evitar acidentes. Sensores

de presença são fundamentais para gerar economia em energia elétrica e não levar um susto quando a conta chegar. Tornar a garagem um espaço mais seguro e agradável é possível e não é preciso investir tanto. Com um pouquinho de organização financeira, conhecimento e muito boa vontade, sua garagem vai ficar muito bem aparelhada, sinalizada e os condôminos vão adorar. Serviço Clavia Materiais de Decoração e Acabamento - www.sib.com.br


saúde

Deu zika Mas também deu dengue e chikungunya. Como o síndico deve agir para prevenir essas doenças no condomínio?

Não é fácil viver com a iminência de uma doença ou, melhor, de várias, em casa. Qualquer um pode ser a próxima vítima. Os últimos anos não têm sido fáceis para os brasileiros que enfrentam um verão após o outro com o descaso de tantas pessoas quando o assunto é água parada. Ano passado, a zika assumiu o posto de doença mais temida, especialmente por causa dos casos de microcefalia ocasionados nos bebês. A ciência ainda não explica muito bem como tudo acontece, mas o fato é que tivemos um baby boom de crianças afetadas e um sem número de pais e familiares que tentavam lidar com essa nova realidade. Talvez agora a população cuide mais de seus quintais e arredores com água parada, mas quem se preocupa desde sempre não pode parar de vigiar. Cabe aos síndicos a importante tarefa de zelar pelas condições das áreas comuns, sobretudo nos condomínios que têm piscina, parquinho e jardim. Especialmente agora no verão, que não é só sinônimo de altas temperaturas e praias caribenhas, mas pode também ser sinônimo de doenças graves trazidas pelo Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus da zika. É importante que os moradores colaborem com a manutenção e vigilância para eliminar possíveis focos dentro de suas casas. Aquele inocente vasinho de planta na janela pode ser a gota d’água que faltava para o mosquito garantir a sobrevida de vários ovos. Dados alertam que 80% dos infectados com a dengue contraíram a doença dentro de casa. Donos de imóveis fechados devem se lembrar de que até vasos sanitários sem uso devem estar tampados e, de preferência, com uma dose de água sanitária dentro para evitar que se forme um foco ali.

A limpeza regular é necessária, do contrário, novos criadouros de mosquitos estarão nascendo sob nossas vistas. É sempre bom lembrar também que os ovos do verão passado podem estar no mesmo lugar, só esperando uma aguinha para despertarem com muita energia – os ovos podem hibernar por anos! E o famoso mosquito vive até 35 dias e, ao longo de sua vida, normalmente não percorre mais de 600 metros.

Difícil diagnóstico Jeniffer Martins, jornalista, contraiu chikungunya em julho de 2016, mas só foi diagnosticada em novembro. “Caí de cama e sentia dores nas articulações, nos joelhos, ‘choques’ ao pisar no chão, febre alta, queda de cabelo, enjoo e dor de cabeça. Meu médico achou que podia ser dengue, fiz o exame e não era. Fiz mil outros exames também, pois ele achou que poderia ser alguma doença reumática, autoimune, como lúpus ou mesmo tuberculose.” A jornalista só conseguiu se levantar da cama após seis dias tomando corticoides. Até pneumonia ela teve. Tomou dipirona para dor e febre. Ela conta que não fez exame para chikungunya à época pois o exame, que não está disponível na rede pública, custava R$ 690.

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“Mas como o diagnóstico não fechava, já estávamos em novembro e eu ainda tinha alguns sintomas como queda excessiva de cabelo, fui investigar na internet sobre possíveis causas para isso. Li que essa queda excessiva de cabelo é sintoma da doença, então resolvi fazer o exame para chikungunya, que a essa altura estava R$ 230, e deu positivo. Mas meu médico ainda acha que pode haver outra doença concomitante. Ainda está investigando”, revela. Jeniffer conta ainda que, no trabalho dela, em Nova Iguaçu, mais de 20 pessoas tiveram os mesmos sintomas, mas que nenhuma fez o exame por seu alto custo. Ou seja: todos tiveram chikungunya, mas o Ministério da Saúde não foi notificado porque não houve diagnóstico. Sinal de que uma epidemia está por aí e a maioria dos casos não é diagnosticada. Triste retrato de nosso Brasil.

Infectologista pinta quadro nada favorável da chikungunya O diretor da Fiocruz do Mato Grosso do Sul, o médico infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, afirma que a chikungunya vem se propagando e será pior agora em 2017. Ele diz que a doença atinge, hoje, todo o país e vem se espalhando de forma vertiginosa.

Veja trechos do artigo publicado pelo médico no final de 2016 Do início do ano para cá, o cenário epidemiológico do país mostrou que estávamos, infelizmente, certos ao consideramos, naquele momento, que tínhamos um problema sério no que diz respeito à dengue, zika e chikungunya. É tão ou mais sério do que imaginávamos. Em relação à dengue, temos notificados, no Brasil, cerca de 1,5 milhão de casos. É bem verdade que muitos desses casos notificados como dengue sejam provavelmente zika, chikungunya ou alguma outra doença circulando Brasil afora. Além disso, temos a zika, que se mostrou um problema complexo e nos indicou que também estávamos na linha de raciocínio correta, ao considerarmos não apenas a microcefalia, mas a zika congênita no espectro de consequências da infecção pelo vírus nas gestantes.

Os estudos desenvolvidos ao longo desses meses têm reforçado essa observação ao nos mostrar uma quantidade grande de crianças que nascem com cérebro de tamanho normal, mas que apresentam outras alterações decorrentes da infecção durante a gestação. Quanto à chikungunya, no próximo verão deverá vir a ser um problema tão ou mais grave, em abordagens diferentes, do que foram a dengue e a zika no verão passado. Já foram notificados, em 2016, cerca de 215 mil casos de chikungunya no Brasil. Se considerarmos que existe pelo menos um caso não notificado para cada caso notificado, estaremos falando de praticamente 500 mil casos. Trata-se de uma doença debilitante que também pode provocar incapacidade temporária nas pessoas acometidas. Segundo o Ministério da Saúde, durante o ano de 2015, 650 municípios tiveram casos da doença notificados. Em 2016, foram 2.250 municípios, um crescimento gigantesco. Durante todo o ano de 2015, foram notificados cerca de 38 mil casos de chikungunya Brasil afora. Durante o ano de 2016, até setembro, o número passou a 215 mil, uma escalada vertiginosa da doença. Temos que nos preparar para enfrentar, neste próximo verão, um problema ainda maior do que imaginávamos. Os desafios estão, sobretudo, em aportar recursos e infraestrutura para as pesquisas em curso e para outras em formulação em instituições brasileiras e nas parcerias com instituições do exterior, que são essenciais para que possamos melhorar nosso conhecimento sobre diversos aspectos, em especial em relação à zika e chikungunya, que ainda são desconhecidos pelos profissionais de saúde, por exemplo, no que diz respeito aos mecanismos de transmissão do vírus. Estamos lidando com três doenças – quatro, com a febre amarela – transmitidas por um mesmo mosquito, que têm seus principais focos de procriação relacionados com um passivo ambiental acumulado ao longo de 500 anos, acrescido, nas últimas décadas, de um processo de desenvolvimento que resulta no uso intensivo de garrafas plásticas, PETs e outros apetrechos. Não tem milagre. Por Rivaldo Venâncio da Cunha.

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Condomínio por Lia Rangel

Verão x piscinas

cuidado dobrado na limpeza e manutenção O verão chegou e, junto com ele, a preocupação de todo síndico em manter as piscinas dos condomínios funcionando perfeitamente para evitar reclamações dos condôminos. Por ser a área mais utilizada por adultos e crianças nesse período, é importante que a manutenção e as revisões de todos os equipamentos, além da limpeza, estejam em dia. Nesta época do ano, tomar banho de piscina costuma ser um dos programas preferidos da criançada, principalmente por conta das férias escolares e do forte calor que geralmente é registrado no Rio de Janeiro durante o verão. Mas o que o síndico deve fazer para estar com tudo em perfeito funcionamento neste período? O tratamento da água da piscina, seja ela de qualquer tipo de material, deve estar no topo da lista de prioridades. Para que a água esteja sempre limpa e saudável, é importante verificar bombas e equipamentos frequentemente. Segundo Mário Jorge Veloso, diretor-presidente da empresa Mavel, especializada em conservação de piscinas e terceirização de mão de obra para 24

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condomínios, hotéis e clubes, a manutenção da piscina vai muito além da aplicação de produtos. “A manutenção das piscinas não se restringe à aplicação de produtos, pois o guardião/operador de piscinas tem que, diariamente, escovar suas paredes e fundos, aspirar o fundo da piscina e fazer toda manobra de bombas para que a água tenha a qualidade desejada e esteja dentro dos padrões do INEA”, explica. A escolha dos produtos químicos que serão utilizados na água da piscina também é parte importante do processo de limpeza. Normalmente, são utilizados produtos como cloro granulado, algicidas, hipoclorito de sódio, corretores de pH, clarificantes e decantadores, que devem ser dosados e usados de maneira segura, sempre de acordo com a tabela do fabricante e o tamanho da piscina. De acordo com Mário Jorge Veloso, o cloro pode ser substituído por outros produtos para a limpeza da água da piscina. “Existem alguns sistemas, como o ozônio e o tratamento com raios ultravioleta, contudo, são equipa-


mentos mais caros e de mais difícil manutenção. O uso de cloro de boa qualidade e específico para o tratamento das piscinas, hoje, ainda é o melhor sistema para a manutenção das piscinas. Não indicamos o uso de cloro líquido, pois é mais agressivo; o mais recomendável é utilizar o granulado”, explica. Um calendário que contemple todas as tarefas diárias, semanais e mensais necessárias para a conservação das piscinas é fundamental para o síndico se organizar e dividir afazeres e responsabilidades. O processo de filtragem, por exemplo, deve ser realizado diariamente; já o tratamento com cloro é recomendado dia sim, dia não. Outra verificação importante é a da quantidade de cloro na piscina, que deve ser feita de dois em dois dias, pois é comprovado que o excesso do produto danifica os cabelos e provoca irritação nos olhos, entre outros infortúnios. A medição do pH da água também é necessária e deve ser feita duas vezes por semana. Também é indicado que a limpeza das bordas, a aspiração do fundo, a aplicação de algicida, a retrolavagem do filtro e o controle da alcalinidade da água sejam feitos semanalmente.

Protetores e bronzeadores prejudicam a qualidade da água? Além de todo o cuidado que o síndico deve ter com a manutenção dos equipamentos e o tratamento da água da piscina, é interessante que ele invista em campanhas de conscientização sobre o uso adequado da piscina, já que é um espaço compartilhado entre os moradores e seus convidados, inclusive, é indicado que todos, sem exceção, que quiserem utilizar a piscina apresentem atestado médico. Além de alertar para que os condôminos tenham bom senso e não utilizem a piscina quando estiverem com doenças que podem ser transmitidas através da água, como a micose. As campanhas também devem reiterar que as pessoas não urinem na água nem consumam bebidas e comidas às margens da piscina, a fim de evitar

O síndico Eclaiton Venâncio, do Condomínio Perfetto: “Nós fazemos a manutenção dos equipamentos semestralmente e temos a rotina semanal com filtragem e cloro. Com relação às restrições, não permitimos que pessoas de fora utilizem as piscinas e também não autorizamos o uso de bronzeadores”

que sobras de alimentos caiam na água. Outro ponto importante é com relação ao uso de protetores e bronzeadores solares. Sabemos que utilizar esses itens é muito importante para pessoas de todas as idades, mas há quem exagere na hora de aplicar o produto, por isso, é recomendável que todos tomem uma ducha antes de entrar na piscina, para evitar o excesso do produto na água. Proibido, mesmo, deve ser o uso de óleos e bronzeadores, pois seu acúmulo deixa a água da piscina gordurosa, em alguns casos é possível ver manchas de gordura espalhadas pela água e incrustações nas bordas e nos equipamentos da piscina. “Apenas o uso de bronzeadores acarreta problemas para a piscina, pois o corpo com bronzeador em contato com a água da piscina deixa resíduos do produto na água, o que causa turbulência no espelho d`água, suja as bordas, pode produzir reações alérgicas e prejudica os equipamentos das piscinas por meio de corrosão e incrustações. Os protetores têm menos produtos químicos e afetam muito pouco a qualidade da água, contudo, sempre sugerimos que, antes de entrar na água, os usuários tomem uma ducha”, explica o diretor-presidente da Mavel. Há nove meses, o síndico Eclaiton Venâncio está à frente do Condomínio Perfetto, que tem apenas um bloco e cerca de 120 moradores. Por lá, os condôminos contam com duas piscinas, uma para crianças e outra para adultos. “Nós fazemos a manutenção dos equipamentos semestralmente; fora

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Sílvia Marques, síndica do Condomínio Green Park “Autorizamos até três convidados, mas não permitimos o uso de protetor e óleo de bronzear, além de qualquer tipo de vidro, garrafa etc. Nossa manutenção é feita por uma empresa especializada e a piscina pode ser frequentada na presença de um guardião”

isso temos a rotina semanal com filtragem e cloro. Recentemente, fizemos uma obra para reparo de vazamento e também envernizamos o deque. Com relação às restrições, não permitimos que pessoas de fora utilizem as piscinas e também não autorizamos o uso de bronzeadores”, diz. Com experiência de 19 anos, a síndica profissional Sílvia Marques da Silva conta que o Condomínio Green Park possui 64 unidades, cerca de 200 moradores e duas piscinas também, uma para adultos e outra para crianças. “Aqui os condôminos podem trazer até três convidados, mas não permitimos o uso de protetor e óleo de bronzear, além de qualquer tipo de vidro, garrafa etc. Nossa manutenção é feita por uma

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empresa especializada. Consideramos isso importante, e a principal vantagem é que há uma regularização própria para o funcionamento da piscina, por exemplo, ela só pode ser frequentada na presença de um guardião”, conta. Segundo Mário Jorge Veloso, contratar uma empresa especializada para a manutenção das piscinas reduz um pouco a enorme carga de responsabilidade que o síndico já carrega sobre si. “Ao escolher uma empresa especializada, o síndico não precisa se preocupar com a área mais usada em todo condomínio. Desse jeito, ele tem o suporte para lidar com casos de falta, licença e supervisão especializada, além de cumprir com as exigências do Grupa-

mento Marítimo do Corpo de Bombeiros, que obriga alguns condomínios a terem guardiões habilitados e credenciados. Em piscinas coletivas com tamanho igual ou maior que 6m x 6m, é obrigatória a presença de um guardião, e a piscina deve ser registrada no Grupamento Marítimo, o que compreende uma série de deveres, como ter equipamento de primeiros socorros, cadeira alta para o guardião e sistemas antissucção, entre outras exigências que visam proteger o usuário de piscinas. Assim, fica mais fácil cumprir a lei e ter um verão tranquilo e sem dor de cabeça”, diz. O diretor-presidente da Mavel ainda dá dicas para não ter problemas recorrentes com as piscinas do condomínio: “Façam


diariamente a manutenção de suas piscinas; utilizem produtos próprios para elas, pois, embora sejam mais caros, não trazem riscos para o usuário, e contratem profissionais qualificados para essa operação.”

De olho na lei Entre as muitas regras existentes para as piscinas de uso coletivo, algumas se destacam: a lei que exige salva-vidas e o decreto que obriga o registro da piscina no Grupamento Marítimo. Caso o síndico não tenha esse registro, a piscina do condomínio pode ser interditada até que a legalização seja concluída. A Lei nº 3728, de 13 de dezembro de 2001, em seus artigos 1º, 2º e 4º, diz que “é obrigatória a permanência de salva-vidas em piscinas localizadas em prédios residenciais, de dimensões superiores a 6m x 6m, hotéis, clubes sociais e esportivos e nas academias de esportes e ginástica, em território fluminense. Os condomínios dos prédios cujos administradores não observarem esta lei estarão sujeitos à pena, primeiramente de advertência e, na rein-

cidência, de multas de 1.000 (um mil) a 4.000 (quatro mil) UFIRs. O salva-vidas a que se refere o ‘caput’ desta lei deve ser habilitado profissionalmente para as tarefas de que trata e autorizado pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro”. Além de todos os cuidados com o funcionamento da piscina e com a segurança dos usuários, é fundamental que o síndico esteja atento ao que dizem as leis. Estar com tudo em ordem evita transtornos e problemas mais difíceis de serem resolvidos.

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informe

A decisão do Copom de diminuir taxa em 0,75 ponto porcentual surpreende o mercado financeiro. O Banco Central decidiu acelerar o ritmo de corte da taxa de juros, o que surpreendeu a maior parte do mercado. O banco anunciou redução de 0,75 ponto porcentual na Selic, a taxa básica de juros, que passou de 13,75% para 13% ao ano. A aposta majoritária era de que o corte seria de 0,5 ponto. Foi a primeira vez, desde abril de 2012, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC diminuiu a taxa em 0,75.

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UniSecovi Rio promove curso de alfabetização funcional para funcionários de condomínios Apenas 8% dos brasileiros que têm idade para trabalhar podem ser considerados plenamente capazes de se expressar de maneira adequada por letras e números. Os demais 92% não interpretam bem artigos de opinião, e-mails e outros textos, isto é, não são considerados “proficientes” na leitura de mensagens mais complexas. É o que aponta o Indicador de Analfabetismo Funcional, medido pelo Instituto Paulo Montenegro. Para promover uma transformação positiva nesse cenário, a Universidade Corporativa Secovi Rio (UniSecovi Rio) vai oferecer, a partir de 1º de fevereiro, o curso Ler, Escrever e Calcular Melhor. Realizado em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), o programa tem foco em funcionários de condomínios do

pt.freeimages.com/ valerio lo bello

BC acelera corte de juros e reduz Selic para 13% ao ano

Rio de Janeiro, como porteiros, zeladores e demais auxiliares. As aulas vão até novembro e acontecerão de segunda a quinta-feira, das 9h às 11h. Condomínios em dia com suas contribuições podem fazer sua inscrição gratuita pelo e-mail unisecovirio@secovirio.com.br ou pelo telefone (21) 2272-8000. As vagas são limitadas.


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Segurança Por Cristina Cristina do do Carmo Carmo Por

Carnaval: segurança redobrada nos condomínios

Moradores, funcionários e síndicos unidos podem contribuir com um reinado de Momo tranquilo Chegou o Carnaval 2017. A maior e mais famosa festa popular brasileira. Em 2016, a cidade do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria Especial de Turismo (Riotur), recebeu mais de 1 milhão de turistas, que movimentaram cerca de R$ 3 bilhões. Esse espetáculo, que encanta a todos, altera a rotina do país e a dos condomínios mais ainda. A festa de Momo é um desafio para os edifícios residenciais e comerciais. A movimentação nos prédios costuma ser maior e até mesmo diferente nesse período. Com a chegada do Carnaval, o número de aluguéis por temporada

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aumenta, principalmente na zona sul e no Centro do Rio; os amigos e familiares abrem as portas de suas residências para quem vem de fora; o entra e sai de pessoas fantasiadas nos horários dos blocos carnavalescos agitam os edifícios e as áreas de lazer dos prédios recebem maior quantidade de moradores, normalmente aqueles que optam por curtir a cidade durante os dias de folia. Mas os síndicos e administradores estão atentos à questão da segurança? A revista Condomínio etc., da CIPA, foi atrás dessa resposta com quem entende e participa ativamente do cotidiano dos prédios.


No coração da folia O Condomínio do Edifício Silva Ramos, administrado pela CIPA, fica num dos locais mais agitados do Rio: o Centro. Pela porta do prédio passam muitos blocos, que arrastam milhões de foliões. Logo, fica mais suscetível a aglomerações em sua entrada. Mesmo não funcionando nessa época, todo prédio comercial precisa de um cuidado extra. O síndico Antônio Wanis é prevenido e sempre está atento, mantendo tudo em perfeita ordem para evitar transtornos e até mesmo vandalismo. “Temos câmeras espalhadas pelo condomínio; monitoramento interno em todas as dependências e externo feito com dois equipamentos, que dão uma boa visão da rua. Por intermédio da internet, conseguimos vigiar todas as câmeras de qualquer lugar”, revelou o síndico. Segundo ele, o edifício tem uma portaria pequena, com uma porta de vidro temperado, e ainda existe o reforço com outra, de alumínio resistente. Com essa medida adotada, o funcionário do condomínio não é visto pelos transeuntes, o que facilita a segurança do prédio e do próprio vigia. O síndico informa que o prédio não abre no período de Carnaval e que a portaria é fechada. Mesmo assim as orientações são reforçadas para funcionários e condôminos. Caso alguém que trabalhe no condomínio precise acessar a sala comercial, é necessário combinar antecipadamente o dia e o horário que pretende entrar no local. “Uma maneira de ajustar a necessidade do condômino com as do edifício”, afirmou Antônio Wanis. Com os cuidados que foram tomados nos anos anteriores, não houve registro de atos de vandalismo nessa época. Normalmente em áreas de grande concentração de blocos existe um problema, que é o folião fazer suas necessidades nas portas dos prédios que estão fechados. Wanis informa que acontece esse tipo de atitude de uma ou outra pessoa. “Atualmente, é muito pequeno esse problema, onde o Silva Ramos está localizado, porque a Prefeitura colocou banheiros químicos ao longo da avenida”, esclareceu.

O síndico Antônio Wanis monitora todo o edifício comercial

Para o síndico, cada prédio tem sua particularidade, mas ele dá uma orientação importante para os administradores: “Instruir os funcionários do edifício a lidar com os foliões que, nessa época, ficam sem noção e, às vezes, sem limites. A ideia é nunca confrontar ou discutir, e sim dialogar, caso ocorra algum imprevisto.”

Toda hora é hora de brincar o Carnaval A folia tem hora para começar? E para acabar? Difícil responder. Depende do ânimo do folião. Tem uns que adoram acordar cedo para sair nos blocos que desfilam pela cidade às 7h, 8h da manhã. Outros já preferem pular Carnaval naqueles que saem durante o período da tarde e à noite. E ainda existem os que vão assistir aos desfiles das escolas de samba ou cair na folia nas festas carnavalescas que rompem as madrugadas. Alguns moradores iniciam os preparativos do reinado de Momo nos apartamentos, reunindo os amigos e familiares para um “esquenta”. O entra e sai constante requer atenção redobrada dos porteiros e dos síndicos dos condomínios, principalmente, nos edifícios centrais mais próximos aos desfiles de blocos. Diante desse cenário momesco, os prédios residenciais são afetados diretamente e alguns condôminos, que querem ficar longe da

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festa, acabam tendo algum incômodo. Para manter a tranquilidade do edifício e de seus moradores, a ordem é cair na folia com responsabilidade e respeito. Walneyde de Souza, síndica do Estrela do Leme, um grande condomínio localizado na zona sul do Rio e administrado pela CIPA, tem o maior cuidado para agradar a todos: moradores e visitantes. Sempre de olho na segurança. Os três blocos, com 216 apartamentos, são monitorados por câmeras na área externa do prédio, nas três portarias de serviço, na portaria social, nas garagens, no playground, nos três halls sociais, nos elevadores e na parte de fora que fica nos fundos do edifício, que abrange uma mata de encosta, com alarmes e sensores de presença. Além disso, o condomínio fica em uma rua sem saída, com vigilância desarmada durante 24 horas, o que contribui para garantir a segurança de todos. Mas as ações para evitar surpresas desagradáveis não param por aí. “Na época do Carnaval e de grandes festas, há aumento de funcionários para a vigilância e o controle da utilização dos elevadores”, ressaltou a síndica. De acordo com Walneyde de Souza, outras providências são tomadas: “O rigor na entrada de pessoas estranhas ao prédio é maior, só aquelas autorizadas podem entrar. Os hóspedes temporários são devidamente identificados perante o condomínio e instruídos sobre as normas do prédio pela agência que os encaminhou. Advindas quaisquer anormalidades, entramos em contato com a agência de imediato.” Como o condomínio tem vagas para visitantes, no Carnaval é intensificado o

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alerta e há aumento de fiscalização para estacionar o carro. “Há limites de vagas para o estacionamento de visitantes, e todos são previamente identificados, motoristas e veículos, com um cartão específico”, enfatizou. Com a adoção dessas medidas, os carnavais têm sido tranquilos para os moradores do condomínio.

A síndica Walneyde de Souza está sempre de olho na segurança

Manutenção em dia Câmeras, cercas, centrais de TV, sensores e tantos outros equipamentos devem estar em perfeito estado, ou seja, a manutenção tem que estar em dia. A segurança do condomínio e de seus moradores não pode falhar, principalmente ao longo do Carnaval. A revista Condomínio etc. e a Polícia Militar do Rio de Janeiro disponibilizam dicas importantes sobre a aquisição de equipamentos de segurança e que aju-

dam muito os administradores dos edifícios. Vale conferir. Sempre pesquisar, obter informações e visitar a empresa na qual for comprar o equipamento de segurança para saber se existe mesmo e se o produto a ser adquirido estará de acordo com a necessidade do condomínio. Lembre-se, o investimento é relativamente alto. Verificar se a empresa é saudável financeiramente e comercialmente, para evitar dor de cabeça e um possível calote. Procure fazer um projeto de segurança para o prédio com profissionais capacitados, e não somente com as empresas revendedoras dos equipamentos. Em alguns casos, os revendedores têm interesses que não condizem com as reais necessidades dos edifícios. O profissional capacitado poderá fazer um levantamento técnico que atenda ao condomínio sem gastos que estejam fora do orçamento. Uma dica que não pode ser deixada de lado é a “análise de risco detalhada sobre a infraestrutura e a característica dos moradores”. Atualização permanente dos procedimentos de segurança, tendo em vista que a ação dos criminosos também acompanha as novidades dos equipamentos disponíveis no mercado. Procurar buscar alternativas modernas com base nas novas tecnologias. No caso dos equipamentos, a novidade é aparelho que usa a biometria para a identificação de moradores e visitantes. Existem métodos por meio de impressão digital, íris, voz, palma da mão. No mercado, há preços acessíveis para projetos em condomínios residenciais.


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O transponder para veículos começa a ganhar força na rotina dos prédios. Usado geralmente em aviões, por meio de sinais, o equipamento auxilia os funcionários do edifício a verificar automaticamente os carros que vão entrar na garagem. Outra novidade para os moradores que têm carro é a antena receptora de sinal, que identifica o veículo e sua autorização e o proprietário e evita a clonagem, ação muito utilizada por assaltantes para entrar nos prédios. A biometria virou moda na entrada das garagens, uma maneira de garantir a identificação rápida do proprietário.

Cuidados essenciais Os funcionários devem ser treinados periodicamente para o uso dos equipamentos e sistemas. O passa-volumes, além de passar as encomendas, é um facilitador das entregas e contribui para que menos pessoas estranhas entrem no edifício. A iluminação das entradas social, de serviço e de garagem deve ser priorizada. O controle do portão da garagem deve ser feito pela portaria, e a guarita onde fica o funcionário precisa ser recuada, com grades altas ao redor, de modo a dificultar a proximidade do bandido. Uma boa opção é a instalação de um sistema de comunicação (um tipo de botão de pânico) entre edifícios da mesma rua capaz de acionar todos quando há algum risco. O sistema de comunicação contribui ainda para avisar rapidamente a empresa de segurança contratada sobre a ocorrência de algum problema. Nesse caso, a empresa entra em contato com o condomínio para saber se houve algum incidente e pede a senha do edifício. Caso não obtenha corretamente essa informação ou o telefone não atenda, encaminha uma viatura para o local e chama a polícia. O alarme é um aliado importante na segurança. A ronda é um meio bastante eficaz para evitar surpresas desagradáveis, inclusive quando é realizada por uma

empresa que usa carros para fiscalizar o local. Tende a inibir a ação de bandidos que ficam estudando o prédio para futuro assalto. Cerca elétrica com alarme, com baixa corrente, funciona como advertência de invasão, principalmente para as portarias que ficam longe da entrada do condomínio. Pessoas fantasiadas e mascarados devem ser barrados nas portarias até sua identificação.

Alerta para o folião brincar o Carnaval com segurança Celulares, carteiras e bolsas sempre à frente do corpo; preste atenção às pessoas a seu lado. Mas não esqueça um documento de identificação e a carteira do plano de saúde; e leve pouco dinheiro, o suficiente para os gastos carnavalescos. Evite retirar dinheiro em caixas eletrônicos, principalmente à noite. Crianças precisam estar com identificação, caso se percam. O ideal são pulseiras com o contato dos responsáveis. Marque pontos para reencontro caso haja separação no grupo. Bebida em excesso não faz bem. Não aceite nada de desconhecidos. Pode ser uma armadilha. Fique longe de brigas e confusões ou até mesmo brincadeiras que possam causar desordem. Ao chegar de carro em casa, dê uma olhada ao redor para saber se pode entrar com tranquilidade. Ao sair de casa, verifique se está tudo fechado, portas, janelas etc. Ao viajar, não faça alarde; deixe a chave somente com pessoas de inteira confiança, nunca na portaria, e tente mostrar que o apartamento não está totalmente vazio.

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cidade

O ex-prefeito Eduardo Paes inaugurou, no final do ano, mais uma área do Parque Madureira. Com a ampliação, o espaço de lazer passa a contar com 3,3 quilômetros de extensão. Entre as novidades da maior área de lazer da zona norte do Rio estão o teatro a céu aberto Zaquia Jorge – que homenageia a vedete e estrela do teatro de revista e tem capacidade para 391 pessoas sentadas e mil em pé – e um edifício multiúso. “Esse é um dos maiores legados de nossa administração”, afirmou o prefeito, lembrando que o parque é hoje a quarta maior área verde da cidade, menor apenas que o Aterro do Flamengo, a Quinta da Boa Vista e o Complexo Esportivo de Deodoro. O edifício multiúso reunirá, em seus 610 metros quadrados, dois salões clima-

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tizados e varanda e vai receber a exposição permanente “Parque Madureira: um Sonho Concretizado”, composta por 20 painéis e 10 acrílicos frente e verso com fotos e informações sobre o complexo de lazer desde a primeira fase de obras. O telhado contém 250 placas fotovoltaicas que vão gerar até 102.1 megawatts/hora/ ano de energia, o que possibilitará significativa redução na conta de abastecimento elétrico do espaço. Inaugurado em 2012, o parque reúne ciclovias, circuitos de skate, quadras de esportes, playgrounds, academias ao ar livre, academia para a terceira idade e ainda um espaço com palco, concha acústica e arquibancadas para a realização de shows e apresentações culturais.

pt.freeimagens.com/Marcus Österberg

Novas atrações do Parque Madureira


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BEM DITA! – a coluna de boas notícias POR Stella Maris Mendonça (smarismendonca@gmail.com)

Meus votos de ventura! Para você, meus votos de ventura. De vitória, de vigor, de vida plena. Viva o encontro verdadeiro – nossas aventuras. Às vezes, um pouco vorazes, nada virginais; mas valentes. Perdão se errei por falta de velocidade, por vacilos, por vaidades. Não quero me vangloriar nem varar o dia falando de minhas bravas intenções. Que Vênus nos inspire sempre! Que sejamos a Vontade Divina, que a vivamos, que a veneremos, que nos divinizemos. Que versejemos com viço. Para todos nós, um ano vibrante, violeiro, violeta. Viva a Chama! Com violinos, vocalises, violões, vitrolas, vitórias. E vinho para avermelhar a face. Um ano vitaminado, viajante. Beijos com vontade. Vossa, Stella Maris

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Grupo de Assistência e Proteção aos Animais e ao Meio Ambiente em ação O GAPA-MA nasceu em outubro 1999, quando o casal Rosemery Hissa e Carlos Eduardo Cunha Pereira, que jantava, numa noite fria, em um restaurante, reparou, pela janela, em um cãozinho preto, com cerca de 2 meses, que olhava para dentro e aparentava ter muita fome. Essa situação sensibilizou-os e acabaram resgatando o Biriba. Diante disso, eles passaram a enxergar a vida dura dos animais que vivem nas ruas, sua triste realidade de abandono e maus-tratos. Decidiram que fariam alguma coisa por eles e, após um tempo, formaram um grupo de proteção aos animais, juntando-se a outras pessoas que também reconhecem a gratidão e o amor que esses seres incríveis nos proporcionam. Tempos depois, com muita experiência e dedicação, o GAPA-MA se transformou em uma ONG que realiza feiras de adoção, no primeiro sábado do mês, no estacionamento do supermercado Extra e, no terceiro sábado, no Parque de Exposições, ambos em Itaipava, Petrópolis. Os animais são castrados, vacinados, vermifugados e encaminhados para um lar.

Esse trabalho é mantido por meio da doação mensal de contribuintes que recebem seus boletos em casa; da doação de ração, vermífugos, medicamentos, cobertores, coleiras, vasilhas e desinfetantes e do trabalho de voluntários que vão às feiras para as entrevistas com os adotantes de cães e gatos. Toda ajuda é bem-vinda! Para conseguir pagar as contas em dia, vendem rifas e montam, todo fim de semana, um bazar beneficente no Shopping Villarejo, loja 144, em frente ao Parque de Exposições de Itaipava. Você também pode ajudar doando roupas, sapatos, bolsas, objetos e pequenos móveis para serem vendidos ali. Vale subir a serra e participar! Conheça melhor o GAPA-MA através do site www.gapaitaipava.com.br ou no Facebook @gapaitaipavaong. Indique a página para seus amigos! Instagran: gapaitaipavaong. Curta nossa página! Contribuições para o GAPA-MA podem ser feitas no Banco Santander, ag.: 3957, C/C: 13000073-0.


Berta Ribeiro – aos índios, com amor

Uma biografia escrita por Ana Arruda Callado e editada pela Batel Antropóloga e etnóloga, Berta Ribeiro foi mais do que a apaixonada e dedicada esposa de Darcy Ribeiro. Mesmo depois de separados, ela continuou organizando seus trabalhos, fazendo, enfim, o que fazia quando estavam casados: ordenar o turbilhão de ideias de Darcy, sistematizar o que aquele vulcão de imaginação ia criando. Mas ela também criou a própria obra. Foi uma pesquisadora incansável que se tornou a maior especialista da cultura material dos índios brasileiros. Este livro de Ana Arruda Callado apresenta tanto a Berta judia romena de infância infeliz como a Berta mulher, Berta pessoa, Berta profissional comprometida. E sua incrível história. Ana Arruda Callado é jornalista. Le-

cionou na UFF, na UFRJ e na PUC-Rio; doutorou-se em comunicação e cultura pela UFRJ e presidiu o Conselho Estadual de Cultura em dois mandatos. É membro da Academia Carioca de Letras e publicou outras seis biografias de mulheres – Dona Maria José, sobre Maria José Barbosa Lima; Jenny, amazona, valquíria e vitória-régia, sobre a romancista e jornalista Jenny Pimentel Borba; Adalgisa Nery, sobre a poeta, jornalista e política; Maria, uma biografia, sobre a escultora Maria Martins; Lygia, a recordista, sobre a vereadora, deputada estadual e deputada federal Lygia Maria Lessa Bastos; Darcy, a outra face de Vargas, sobre a primeira-dama e esposa de Getúlio Vargas – e uma novela policial, Uma aula de matar. Trabalhei com Berta Ribeiro e Ana Arruda por períodos. Para Berta, traduzi textos; com Ana Arruda, redigi o boletim O Conse-

lho, do Conselho Estadual de Cultura. Ambas incansáveis, firmes, certeiras. Inesquecível a experiência de escutar um “Perfeito!” quando o texto chegava ao ponto exato. Palmas para as mestras!!! “Os caminhos percorridos por Berta Ribeiro sempre foram amplos porque vastos eram os seus interesses: antropologia, ecologia, museologia, arte e sua principal especialidade, a cultura material indígena. Entretanto, para si mesma, as concepções eram parcas, o sustento, sóbrio, pois a generosidade, o dar e dar-se aos outros pautavam o cotidiano. A identidade múltipla acompanhava seus interesses: romena de nascimento, mineira de coração, índia por vocação.” (Lucia Hussak van Velthem)

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A Associação de Moradores e Amigos da Selva de Pedra, a Associação de Proprietários de Pequenos Prédios do Leblon, o movimento Rio Cidade Legal, o Anima Leblon, o Projeto de Segurança de Ipanema (PSI), o Quadrilátero do Charme de Ipanema e o Viva Copacabana assinam a carta abaixo, endereçada ao sr. Marcelo Crivella, sobre a dramática desordem urbana em Copacabana, Ipanema e Leblon. Mobilização é sempre uma boa notícia! “Viemos pedir a intervenção desta administração para conseguir que os diversos órgãos públicos municipais cumpram com suas obrigações legais e que deem à população os serviços necessários e que são pagos pelos nossos impostos. Apontamos alguns destes problemas, já amplamente divulgados: segurança; volta de projeto público/privado (ex.: Projeto Ipabacana ou Lagoa Presente); manutenção da UOP; manutenção do Lixo Zero; população de rua; ocupação da orla (calçadão e areias); carnaval de rua; conservação dos bairros (Projetos Rio Cidade).” Esta coluna selecionou trechos do documento que especifica os problemas de cada bairro, sendo vários comuns a todos. Em Ipanema, o PSI pede: que só os blocos tradicionais - Banda de Ipanema e Simpatia É Quase Amor - continuem desfilando no bairro; que se estabeleça limite para término dos blocos para garantir o sossego dos moradores; que se intensifique a fiscalização da venda de bebidas alcóolicas, pelos ambulantes, para e por menores (esse assunto já é objeto de um inquérito no Ministério Público Estadual perante a Promotoria de Tutela Coletiva de Infância e Juventude); que se fiscalize a permanência dos ambulantes após a passagem dos blocos; que a Prefeitura volte a exigir o aval do Corpo de Bombeiros para dar a autorização aos blocos; que a orla de Ipanema, Leblon e Copacabana (Áreas de Pre-

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servação Ambiental) deixe de ser “balcão de negócios da Prefeitura” com academias provisórias de ginástica que promovem a marca do patrocinador; que as barracas de venda e bombas d’água na praia sejam fiscalizadas no setor higiene; que as areias, já tão poluídas, sejam cuidadas; que shows e festas na orla sejam suspensos; que se resolva a dramática invasão de usuários de crack na Praça General Osório, Parque Garota de Ipanema, Praça Nossa Senhora da Paz e Pedra do Arpoador; que se resolva o dramático problema dos moradores de rua, bem como a invasão dos camelôs; que se aumente o número e o tamanho das papeleiras de rua; que se gerencie o trabalho de catadores, barraqueiros e ambulantes; que se garanta a segurança para que a população pare de sofrer assaltos e arrastões. No Leblon, se pede a reorganização do fim de pontos de ônibus para evitar engarrafamentos e o “inferno sonoro de buzinas”; eficiência na iluminação pública e na poda das árvores, visando à segurança da população; fim da poluição sonora provocada por eventos nas cercanias da Lagoa e em clubes; que as calçadas voltem a ser espaço de circulação dos pedestres, e não locais para mais mesas e cadeiras de estabelecimentos comerciais; colocação de mais lixeiras da cor laranja (lixo comum) e de lixeiras para recicláveis, pilhas e baterias; continuação do bem-sucedido projeto Lixo Zero; que se resolva

o dramático problema dos moradores de rua e de alunos que matam aula na Praça Cláudio Coutinho; solução do problema de cachorros soltos nas praças e ruas, com a volta do Parcão da Praça Cláudio Coutinho (existe um abaixo-assinado com 2 mil assinaturas pedindo o retorno), assim como a instalação de um Parcão nas Praças Antero de Quental e Atahualpa; implantação de um projeto de segurança com o patrocínio da Fecomércio nos mesmos moldes do Lagoa Presente, Lapa Presente e Centro Presente; continuação da UOP Leblon-Ipanema e aumento de efetivo da GM; reparo das calçadas de pedras portuguesas; que TODAS as associações de moradores e movimentos de moradores do Leblon e comerciantes participem oficialmente da organização do carnaval de rua e dos grandes eventos; recuperação do paisagismo e da arquitetura da Praça Antero de Quental; e, finalmente, a consideração contrária à construção de arena multiúso pelo Clube de Regatas Flamengo. Copacabana sofre sempre os mesmos problemas do restante da zona sul, com destaque para o excesso de moradores de rua; para os consumidores de drogas; para o excesso de camelôs no calçadão da Avenida Atlântica e na Avenida Nossa Senhora de Copacabana; para o engarrafamento de mesas e cadeiras nas calçadas (seria redundante falar de engarrafamento de garrafas? Ou não?).


A Bibliothèque d’études portugaises, brésiliennes et d’Afrique Lusophone, da Universidade Sorbonne Nouvelle, em Paris, e o Ponto de Leitura Joana Marchiori, em Secretário, Petrópolis, receberam a doação da coleção Biblioteca Básica Brasileira/Collection Bibliothèque Basique Brésilienne (BBB) feita pela Fundação Darcy Ribeiro. Escolas, bibliotecas e instituições de pesquisa podem recebê-la gratuitamente. Paulo Ribeiro, sobrinho de Darcy e presidente da Fundação Darcy Ribeiro, apresenta a coleção: “A Biblioteca Básica Brasileira foi concebida com o objetivo de proporcionar ao povo brasileiro um conhecimento mais profundo acerca de sua história e cultura, um instrumento para apresentar o Brasil aos brasileiros. A coleção tem como base temas gerais definidos por Darcy Ribeiro: o Brasil e os brasileiros; os cronistas da edificação; cultura popular e cultura erudita; estudos brasileiros e criação literária.” A coleção BBB, composta, inicialmente, por 50 títulos, reúne peças literárias e científicas produzidas no Brasil e sobre o Brasil a partir do século XVI, como a de Hans Staden, autor da primeira obra publicada sobre o Brasil, em 1564. O projeto editorial teve início em 1962, quando o antropólogo Darcy Ribeiro, após coordenar o projeto de “uma universidade do futuro”, a Universidade de Brasília, tornou-se seu primeiro reitor. Em 1963, já nomeado minis-

tro da Educação, publicou os 10 primeiros volumes da coleção – 15 mil exemplares de cada título. A publicação dos demais títulos (que chegariam a cem) foi interrompida “devido à truculência política do regime militar”, segundo Paulo Ribeiro. Com a missão de manter vivos o pensamento e a obra de seu instituidor e, sobretudo, comprometida em viabilizar seus projetos, a Fundação Darcy Ribeiro retomou a proposta e a atualizou, configurando, assim, uma nova BBB. O projeto prevê uma coleção composta de 150 títulos. Os primeiros 50 volumes foram viabilizados por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com o patrocínio dos Correios e da Petrobras e a participação da Fundação Biblioteca Nacional e da Editora Universidade de Brasília. Autores já publicados: Alcântara Machado, Américo Vespúcio, André João Antonil, Araripe Júnior, Basílio da Gama, Berta

Ribeiro, Capistrano de Abreu, Carlos de Laet, Coelho Neto, Darcy Ribeiro, Euclides da Cunha, Fernão Cardim, Fernão Mendes Pinto, Frei V. do Salvador, Gabriel S. de Sousa, Hans Staden, João do Rio, João Ribeiro, Joaquim M. de Macedo, Joaquim Nabuco, José de Alencar, José de Santa Rita Durão, José Veríssimo, Lima Barreto, Machado de Assis, Manuel A. de Almeida, Manuel Bonfim, Olavo Bilac, Padre Antonio Vieira, Rui Barbosa, Sebastião da Rocha Pita, Sílvio Romero, Tobias Barreto, Tomás Antônio Gonzaga, Visconde de Taunay e Visconde do Rio Branco. Com tiragem de 2 mil coleções, a BBB está sendo doada a escolas, instituições de ensino e pesquisa e bibliotecas públicas. E as pessoas interessadas em fazer o download dos livros devem se cadastrar no site www.fundar.org.br

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ecodicas Por Stella Maris Mendonça (smarismendonca@gmail.com)

Hortas orgânicas em apartamento – recreativo para adultos, educativo para crianças, econômico para o bolso e saudável para todos Mexer a terra, apalpá-la, regá-la, observar as fases da Lua, escolher sementes, imaginar brotos, saborear frutos, colher condimentos perto da cozinha, cheirá-los, picá-los, comê-los, proteger o plantio de ventos fortes, de geadas, de tempestades, optar pelo orgânico, rejeitar o veneno, fazer compostagem, trocar muda com a vizinhança – tudo isso é possível viver também na cidade. Hortas orgânicas e comunitárias se espalham pelos bairros do Rio, como a montada pelo surfista Carlos Burle, que se transformou em área de convivência do condomínio e foi batizada de Good Karma. Leila Pentagna Pavetits (http://www. leilapavetits.org), professora e produtora rural, nos orienta para que a experiência dê certo. Fiz um curso com ela, no Spa Maria Bonita de Ipanema, em que trabalhamos plantas raras. Foram momentos de muito prazer ouvindo histórias do coentro selvagem e de pessoas comprometidas com uma vida melhor para si e para o coletivo. Por que é mesmo que se diz que falar abobrinha é algo fugaz? Após ler a entrevista, se quiser enviar perguntas, nossa coluna abre o diálogo.

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próprio é evitar consumir produtos com agrotóxicos e respeitar o ciclo do alimento. Depois que você se dedica a uma horta, enxerga a comida com mais respeito e menos desperdício.

Condomínio etc. – Por que plantar em apartamento ou num pequeno jardim? Quais as vantagens e necessidades? Leila Pavetits – São muitos os benefícios. É recreativo para adultos, educativo para crianças, econômico para o bolso e saudável para todos. Comer uma fruta, verdura ou legume do pé, colhido na hora, tem outro sabor. Gosto de mostrar isso para as pessoas nos cursos que promovo e de vê-las felizes depois que colocam a mão na terra. Além disso, plantar em casa pequenas quantidades para consumo

Cetc. – Que plantas são mais recomendáveis para hortas urbanas? LP – Couve, tomate, espinafre, rúcula, beldroega, pimenta, berinjela, capuchinha e babosa ficam bem em pequenos espaços. Temperos como salsa, cebolinha, manjericão, alecrim e hortelã também. O bok choy, da família do repolho, é uma hortaliça de ciclo curto, como a alface, e dizem que, após o corte, ele pode se reproduzir. Como sempre faço rodízio com as plantas de ciclo curto, não sei se funciona mesmo. Se houver canteiro no condomínio, a lista aumenta: alface, chicória e brócolis se desenvolvem com facilidade e são verduras que dão o ano inteiro. Gengibre também é interessante. Se houver cerca, podem ser plantados chuchu, maracujá e vagem. Devemos evitar os tubérculos porque precisam de profundidade de terra e replantes após a colheita. Para incentivar a horta ur-


bana, aposto em alface, chicória, rabanete, espinafre, couve, rúcula, tomate (o cereja é mais resistente e não requer nenhum adubo convencional), babosa, coentro selvagem (o coentro normal não tem a mesma durabilidade no vaso nem sabor tão marcante) e na capuchinha, que enfeita o canteiro e as saladas. Cetc. – E as curiosidades... LP – Muitas pessoas me pedem mudas de salsinha porque ela tem fama de difícil plantio porque demora para se enraizar e leva dois meses para brotar. É muito delicada e temos de plantá-la com a raizinha bem reta para que pegue. Na Grécia antiga, diziam que a raiz da salsinha ia sete vezes ao inferno e voltava antes de nascer. O nirá se assemelha à cebolinha e é uma planta muito saborosa que também tem uso medicinal. O tomate é um elemento de ligação entre culturas nipo-brasileiras – o tomate é umami, que significa delicioso. Trata-se de uma categoria, descoberta em 1908, pelo pesquisador japonês Kikunae Ikeda, que identifica um sabor que foge do reconhecimento imediato das papilas gustativas, além do doce, salgado, ácido e amargo. O umami possui um gosto residual suave, mas duradouro. Ele induz a produção de saliva e uma sensação aveludada na língua, podendo estimular a garganta, o palato e a parte de trás da boca. Cetc. – Quais as dicas de plantio, rega e poda? LP – Sementes de cenoura e beterraba podem ir direto para o canteiro, sem precisar de sementeira. O chuchu nasce direto do legume. Algumas hortaliças, como ceboli-

nha, hortelã e manjericão, se colocadas em água, criam raízes e podem ser plantadas novamente. Plantas da mesma família não devem ser colocadas no mesmo canteiro. Há pessoas que têm parreira em área urbana, vide os jardins da Casa de Ruy Barbosa, e abóbora, como o taxista que me contou que o pé de abóbora de sua tia está sobre o telhado e ela divide a colheita com a vizinhança. A rega deve ser feita diariamente nas primeiras semanas, no horário da manhã, até as 10 horas, e após as 3 horas da tarde, evitando-se o sol forte. No período do sol a pino (de 11 horas às 14 horas ou 15 horas), elas parecem precisar de água, mas é só esperar seu momento de repouso para se pouparem do calor em excesso. Isso é muito visível em bananeiras, que fecham as folhas largas por volta do meio-dia, diminuindo a superfície de recebimento de

luz. Quem trabalha o dia inteiro pode regar sua hortinha à noite, com menos quantidade de água para não criar bichinhos. De dois em dois meses, recomendo que se coloque, nas sementeiras, húmus produzido pela minhoca, que se pode comprar empacotado. Coloca-se por cima, ele vai entrando e regenera a terra. Cada planta tira um nutriente da terra. Cetc. – Como lidar com pragas e doenças? LP – Existem produtos para isso no mercado, mas prefiro um preparado caseiro. Fumo de rolo picado e dissolvido em um copo de álcool; após 15 dias em infusão, deve ser colocado em um pulverizador na medida de um volume desse preparado para dez de água com uma colher de detergente biodegradável. Deve-se aspergir nas plantas quando vir alguma praga e quando não es-

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desafio. Acho que a maior dificuldade na criação de horta em condomínio é chegar a um consenso entre os condôminos, porque uns querem e outros não. As vantagens, entretanto, são inúmeras. Mexer com a terra é terapêutico, acompanhar o crescimento das plantas, entender a sazonalidade delas e ter a felicidade da colheita é uma forma de sair do tempo frenético do dia a dia e esquecer a correria da cidade. Partilhar o alimento com seus vizinhos e funcionários estreita laços. Pensando de forma pragmática, é um jeito de economizar nas despesas, aproveitar espaços vazios e melhorar a saúde, evitando o consumo de agrotóxicos. Infelizmente, o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos.

tiver chovendo. Também não deve ser colocado nos horários de sol forte. Cetc. – Quanto tempo de dedicação diária para se cuidar de uma horta urbana? LP – O tempo que for possível. Não precisa muito, basta boa vontade dentro do tempo que se tiver. Se não der para regar sempre, existem métodos de rega por capilaridade, irrigação diferenciada etc. Cetc. – Já teve a experiência de desenvolver hortas em condomínios? Quais vantagens, compromissos, investimentos e obstáculos? LP – Já fiz hortas em casas e já fui chamada para promover cursos em condomínios. Estou estudando uma horta em um prédio da Avenida Vieira Souto, mas o espaço destinado recebe muito vento e isso é um

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Cetc. – Que cursos podem ser ministrados em condomínios de casas e apartamentos? LP – Além dos cursos básicos Horta Orgânica em Apartamento e Horta Orgânica Versão Plantas Raras, temos Plantas Alimentícias Não Convencionais – Pancs, Jardim Aéreo – Trepadeiras em Pequenos Espaços e Horta Medicinal – Farmácia em Casa. A pedidos, estou desenvolvendo o Árvores Frutíferas em Vasos.

CALENDÁRIO LUNAR (LUNAÇÃO) LUA MINGUANTE – PLANTAR RAÍZES E HORTALIÇAS A luminosidade começa a diminuir, há um refluxo da seiva em direção às raízes. Fase favorável a tudo que cresce sob a terra (aipim, batata, cenoura, rabanete,

beterraba etc.), ao plantio de verduras, ao corte de bambu, de madeira (com o intuito de que se conservem por mais tempo) e ao corte de grama. Propícia também para adubações e podas. LUA NOVA – NÃO SE DEVE PLANTAR NADA! A mínima luminosidade e o máximo refluxo da seiva favorecem as partes subterrâneas das plantas. É uma fase de baixa resistência às pragas, portanto, ruim para o plantio. LUA CRESCENTE – PLANTAR FLORES E FRUTOS A luminosidade atrai a seiva dos vegetais para cima da terra, favorecendo o crescimento das partes aéreas. Fase boa para o plantio de frutas e flores. É o período propício também para realizar transplantes e enxertos. Momento ideal para colher ervas medicinais, pois estão com todo seu potencial e vigor. LUA CHEIA – SEMEAR TUDO A luminosidade e a seiva alcançam sua força máxima. Fase favorável para semeadura de todo tipo de planta, para colheita de plantas perfumadas, frutas e flores. Fase especial para poda de flores, em especial roseiras, e de árvores frutíferas, e, para essas, os meses preferenciais são os que não têm a letra R no nome – maio, junho, julho, agosto.

Alzira, avó de Leila Pavetits, dizia: “Se você quer mudar o mundo comece por seu quintal.”


pt.freeimages.com/ Wanderlei Talib

ecodicas

Descarte de pilhas em condomínios Monte uma campanha de descarte de pilhas em seu condomínio! Você pode mobilizar seu condomínio para o descarte correto de pilhas e baterias. Dessa forma, seu condomínio será mais sustentável. Isso é simples e fácil de fazer. Certamente, os moradores apoiarão a iniciativa e muitos adultos ficarão surpresos com a mobilização infantil, afinal, esse tema é muito falado nas escolas. O descarte inadequado de pilhas e baterias representa um grave risco ao meio ambiente e à saúde pública pela contaminação do solo e do lençol freático. Mercúrio, níquel, chumbo e cádmio são alguns dos metais presentes nesses produtos que podem trazer consequências à saúde humana: problema nos rins, no fígado e no pulmão. Você pode fazer sua parte incentivando a comunidade de seu condomínio a fazer diferente. Para instalar o processo de coleta, basta um recipiente grande e vazio (gar-

rafa PET, balde ou galão) que seja impermeável, afinal, pilhas e baterias velhas sempre vazam líquidos tóxicos. Se preferir comprar um recipiente específico, algumas empresas o vendem também. Posto isso, elabore cartazes contendo a explicação do sistema, avise os funcionários do condomínio sobre a ação e escolha um ponto de entrega desse material. Os cartazes devem ser afixados nos elevadores e quadros de avisos e o recipiente deve ficar longe do alcance das crianças. Quando houver uma quantidade significativa de material a ser entregue, escolha um ecoponto. Atualmente, muitos estabelecimentos comerciais, bancos e até mesmo correios têm locais específicos para esse tipo de descarte. Faça sua parte por um planeta mais sustentável!

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informe

Estatísticas de Imóveis Ofertados Rio de Janeiro VENDA

8%

Casa

Casa de condomínio

6%

Casa de vila 1% Cobertura 11%

Apartamento

72%

Quitinete 1%

Venda Tipo de imóvel

1Q

2 Qts

3 Qts

4 Qts

Total

(%)

3.550

15.136

13.590

5.076

37.352

73.2

Casa

76

1.098

1.422

1.214

3.810

7,5

Casa de condomínio

11

369

1.035

1.861

3.276

6,4

Apartamento

Casa de vila

20

178

182

74

454

0,9

Cobertura

115

903

2.634

1.758

5.410

10,6

Quitinete

717

1,4

4.489

17.684

18.863

9.983

51.019

100

8,8

34,7

37

19,6

100

TOTAL %

Locação

Casa

4%

Casa de condomínio

3%

Casa de vila 1% Cobertura 6% Apartamento

82%

Quitinete 4%

Locação Tipo de imóvel

1 Qt

2 Qts

3 Qts

4 Qts

Total

(%)

Apartamento

1.312

3.598

2.834

1.069

8.813

81,7

57

154

120

144

475

4,4

Casa de condomínio

8

34

96

167

305

2,8

Casa de vila

45

52

18

5

120

1,1

Cobertura

27

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Quitinete

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Casa

TOTAL % fonte: SECOVI RJ.

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Segurança

Cheiro de gás nunca é normal O que fazer ao sentir cheiro de gás?

Sentir cheiro de gás é um sinal de que há algo errado no reino da Dinamarca. Ou, melhor, em seu condomínio. Pode ser na área comum ou mesmo em alguma unidade. O fato é que o síndico tem que se apropriar desse problema de imediato. Como o síndico é o responsável legal pela conservação e guarda das áreas comuns, é importante que ele zele pela segurança de todos. Diz o Código Civil: “Art. 1.348. Compete ao síndico: (...) II - representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns; (...) V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela

prestação dos serviços que interessem aos possuidores; (...)” Para que o síndico não seja acusado de negligente ou mesmo de omisso, a seguir, algumas dicas da revista Condomínio etc. para usar em casos de vazamento de gás: • • • •

feche o registro de gás; afaste as pessoas do local; não acione interruptores de eletricidade; desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência; • não fume nem acenda fósforos ou isqueiros; • se ocorrer em ambiente fechado, abra portas e janelas;

• entre em contato com a empresa distribuidora de gás e, em casos mais graves, com o Corpo de Bombeiros. Lembre-se: em casos nos quais o síndico tiver sido negligente e que haja algum acidente que gere danos à estrutura da edificação, ele poderá ser responsabilizado. Para evitar esse tipo de problema, é indicado que as instalações sejam inspecionadas periodicamente e que reparos imediatos sejam feitos, tanto nas instalações centrais como nas dos ramais. A central pode ser verificada a cada ano e os ramais, a cada três anos. Ou quando houver cheiro de gás, obviamente. A emissão de laudo e de ART é imprescindível.

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saúde por Stella Maris Mendonça (smarismendonca@gmail.com)

Homeopatia veterinária – cura integral para nossos amigões Vênus, minha amada cadela labrador de 13 anos e adotada aos 5, foi operada para a retirada de um tumor no fígado e vivemos dias muito sofridos. Queríamos fazer a melhor opção de tratamento, que acabou sendo cirúrgico, nas mãos da Dra. Hazel Hathaway e acompanhado pela Dra. Cristina Lamounier, veterinária homeopata, discípula de Sandra Brunelli, que conversará com a Condomínio etc. na próxima edição. Hoje Cris Lamounier fala sobre seu trabalho e defende uma conduta mais humana para quem é quase humano e até mais amoroso que muitos de nós. Há quem diga que os animais vivem menos tempo do que os homens porque já nascem sabendo amar. Cristina Lamounier formou-se em medicina veterinária pela Universidade Federal Fluminense; fez especialização em homeopatia veterinária no Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB) e os seguintes cursos de aperfeiçoamento: Anestesia e Reanimação em Veterinária; Dermatologia; Clínica e Terapêutica em Felinos; Oftalmologia Veterinária; Curso Internacional de Neurologia e Ortoneurocirurgia; Curso Teórico e Prático de Cirurgia do Abdome, entre outros. Com 22 anos de experiência profissional como clínica médica de pequenos animais e de animais silvestres, possui também amplo conhecimento de produtos

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médicos, biológicos e nutricionais veterinários e homeopáticos. Condomínio etc. – Por que a senhora fez a opção de trabalhar com a homeopatia na veterinária? Cristina Lamounier – Eu me voltei para a homeopatia a fim de tratar problemas que a alopatia não soluciona ou não resolve de modo satisfatório, como os problemas psicossomáticos e os distúrbios comportamentais. Cetc. – Quais os princípios básicos da homeopatia veterinária? Ela pode ser considerada um recurso holístico de tratamento dos animais? CL – A homeopatia tem o princípio de que semelhante cura semelhante, ou seja, quando tratamos um animal, por exemplo, com sintomas de trauma por acidente, escolhemos um medicamento com características desse exato sintoma. Trata-se o doente, e não a doença, dessa forma, se atingem níveis mais profundos dos sintomas no paciente, até um grau mental e psicológico afetado. A visão é, sim, holística, pois vemos o paciente como um todo, até em seu comportamento, e não a divisão do animal segundo a especialização veterinária. A cura ocorre de dentro para fora, do nível mais sutil, psicológico, passando pelo mental até o físico.

Cetc. – Quais as vantagens sobre a prática veterinária convencional? CL – As vantagens são muitas, já que, como mencionei, tratamos o doente, e não a doença, o que faz com que a gente atinja uma cura mais completa e duradoura, pois buscamos a causa para o desequilíbrio energético daquele animal, que é o que propicia que a doença se instale no organismo. Além do fato de reverter distúrbios mentais sem dopar o animal. Cetc. – De que maneira a homeopatia pode beneficiar a vida dos moradores de condomínios, incluindo os bichinhos? CL – A homeopatia é aplicada tanto na medicina veterinária como na humana, que foi onde tudo começou, por meio do Dr. Hahnemann, na Alemanha do século XIX. Por ser capaz de restabelecer o equilíbrio energético do organismo tratado, solucionando, inclusive, distúrbios comportamentais, propicia melhor convívio entre os animais, seus donos, vizinhos e outros animais, fazendo com que a vida em condomínio (que é de grande proximidade inevitável entre os moradores) seja mais harmônica. Cetc. – Quais as principais queixas e doenças dos animais domésticos e urbanos? CL – Hoje, na rotina clínica, há predomínio dos problemas crônicos de pele, sendo a


alergia sua grande causadora, e as alterações hormonais. Certamente há um caráter psicossomático (de fundo emocional) nessas alterações. Cetc. – Com que doenças a homeopatia tem bons resultados? Como atua em pacientes idosos e/ou com câncer? CL – A homeopatia tem excelente aplicação em quase todas as patologias, exceto em casos em que a indicação é cirúrgica (por exemplo, a necessidade de colocação de pinos em uma fratura) ou em casos terminais. Mas mesmo nesse último caso, embora a cura completa seja impossível de alcançar, pode-se melhorar muito o estado mental e emocional do animal, libertando-o de ansiedades e angústias que tanto causam sofrimento a ele e a seus donos. Em pacientes idosos e/ou com câncer, pode-se chegar a esse resultado de maior equilíbrio emocional também e, mesmo que não seja possível aumentar a sobrevida do animal, pode-se dar melhor qualidade de vida para o tempo que lhe restar. Por exemplo, trato de uma gatinha de 16

anos que tem o fígado todo comprometido por tumores. No caso dela, não foi possível tratamento cirúrgico e uma quimioterapia iria comprometer ainda mais sua saúde, já que sofre de deficiências em outros órgãos. Optou-se, então, pelo tratamento homeopático desde seu diagnóstico, há dois anos, e ela vem respondendo muito bem, com boa disposição, bom apetite, alerta, alegre, participativa, apesar do grande comprometimento físico. Cetc. – Pode falar também da relação custo-benefício desse tratamento? CL – Em relação aos tratamentos convencionais alopáticos, a homeopatia costuma ser mais barata e alcançar resultados mais duradouros. Cetc. – Que conselhos ou dicas pode dar para beneficiar a vida de animais e suas famílias humanas, moradores de apartamentos? A atitude deles é diferente em função da moradia? O que fazer quando há cães que latem muito ou choram alto em edifícios?

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CL – Os animais, assim como nós, gostam e precisam de amor, atenção, cuidado e respeito e têm direito a tudo isso, e nunca devemos nos esquecer de suas necessidades básicas de boa alimentação, descanso e, principalmente, atividade física. Devemos lembrar que são seres vivos com sentimentos e sofrem se forem abandonados ou maltratados. Gostam de companhia, e não de isolamento. Uma família feliz e equilibrada cria animais felizes e equilibrados, e o contrário também é verídico - pessoas desequilibradas

criam animais que, mais cedo ou mais tarde, apresentarão distúrbios comportamentais. E não é mesmo tão fácil nos perturbarmos com tudo ao nosso redor? Há que se buscar uma vida de maior equilíbrio e mais saudável, mesmo vivendo em grandes centros urbanos. Um cão, por exemplo, pode viver em condomínio, mas precisa sair para passear várias vezes ao dia, tanto para sua saúde física quanto mental. Esses cães, que ouvimos latindo e até uivando muito, refletem problemas como falta de companhia por períodos prolongados, isolamento, tédio, falta de atenção ou de atividade física. Às vezes, pequenas alterações no modo de tratá-los podem solucionar grandes problemas. Mas, às vezes, o problema já se tornou tão crônico que, se não houver intervenção medicamentosa, não será suficiente. Cetc. – A homeopatia funciona bem como medicina preventiva? CL – Preventivamente, a homeopatia é usada para equilibrar a energia vital do animal, trazendo de volta o estado de saúde e evitando que novos episódios de doença se manifestem. Mas é claro que os estímulos para o desequilíbrio energético e a doença são eternos e constantes (estímulos emocionais ou físicos), e por isso buscamos o reequilíbrio o tempo todo.

A homeopatia, vertente da medicina holística, foi desenvolvida no final do século XVII por Samuel Hahnemann. Sua metodologia não foca apenas na doença do paciente, mas observa o indivíduo como um todo, equilibrando sua energia vital. Os medicamentos estimulam o corpo a desenvolver uma resposta orgânica e natural para a recuperação. Em sua formulação são utilizadas, de maneira ultradiluída, substâncias vegetais, minerais e animais. A prescrição fornecida por um veterinário homeopata é baseada não apenas na queixa clínica, mas em todo o quadro do paciente. Por causa da necessidade de individualização, três pacientes diferentes, com a mesma doença, podem receber medicamentos homeopáticos distintos. Nos animais, sua aplicação tem amplo espectro e seu uso pode ser associado à medicação alopática. A homeopatia veterinária é utilizada no tratamento de alergias; insuficiências renais; doenças pulmonares e articulares; alterações endócrinas/metabólicas e distúrbios de comportamento, entre outros. É também muito indicada para pacientes idosos, pois não apresenta os efeitos colaterais das medicações convencionais. Possui papel coadjuvante nos tratamentos oncológicos, trazendo bem-estar e qualidade de vida aos animais.

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ecodicas

Projeto Coleta Seletiva Solidária Abadi participa do projeto e auxilia na expansão da reciclagem no estado Um dos grandes desafios ambientais da atualidade é o controle do lixo urbano. No Rio de Janeiro, como em outras capitais, a situação se agravou por causa do crescimento da população, dos padrões de consumo e do aumento de resíduos descartados, entre outras razões, o que gera potenciais impactos ambientais com reflexos nas mudanças do clima global. Impulsionada pela Lei da Política Nacional de Resíduos, que obriga a logística reversa dos produtos e a coleta do lixo reciclável pelo serviço municipal, a reciclagem ganhou escala no país, com efeito também nos negócios. Segundo o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), o Brasil recolhe e recicla 13% dos resíduos urbanos – um mercado que gira em torno de R$ 12 bilhões ao ano. Todavia, o potencial de crescimento é de 50%. Uma recente pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (IPEA) mostra que o país perde cerca de R$ 8 bilhões por ano ao aterrar o lixo que pode ser reaproveitado. No intuito de intensificar a coleta seletiva e a reciclagem no Rio de Janeiro, a Abadi integra o Pacto pela Reciclagem – Projeto Coleta Seletiva Solidária, compromisso firmado entre as Secretarias Estadual e Municipal do Ambiente do Rio, o Secovi Rio, a Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis do Rio de Janeiro (Febracom), a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR). A ideia é não só reduzir o volume de lixo a ser aterrado como também gerar trabalho e renda para os catadores de material reciclável. É a reciclagem abrindo uma nova janela de oportunidades. Invista nessa ideia em seu condomínio!

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mercado

Distratos de imóveis

em pauta no Congresso Nacional Uma proposta enviada ao Congresso Nacional para a regulamentação dos distratos - desistência da compra ou venda do imóvel na planta - é uma ação que deve integrar uma nova fase de medidas que teve início com o pacote econômico do fim de ano. O foco principal dessa segunda fase é o setor da construção civil, com o intuito de alavancar a geração de empregos. Pela proposta, será fixado, num dispositivo legal, um porcentual para o ressarcimento dos valores pagos pelo comprador nos casos de distrato. A regra visa dar maior clareza e previsibilidade aos compradores e construtoras de quanto será pago em caso de desistência. Essa proposta nasceu por conta do grande número de processos judiciais em todo o Brasil e que tem trazido insegurança jurídica para todos. Ela também fixará um prazo de carência de atraso da obra antes que a construtora 54

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tenha que ressarcir o cliente. Esse prazo deverá ficar em seis meses, que é o que tem sido aceito pela Justiça. A medida em discussão pela equipe econômica tem como base o acordo que foi costurado no ano passado pela equipe econômica e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com representantes de órgãos do consumidor e construtoras. Empresários do setor imobiliário e representantes do Governo Federal formaram um grupo de trabalho que se reunirá em Brasília para discutir uma proposta com regras para a rescisão dos negócios. O grupo tem representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão ligado ao Ministério da Justiça (Senacom), do Ministério do Planejamento e do Ministério Público.


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Manutenção por Lia Rangel

manutenção rigorosa e dentro do prazo é imprescindível

Com a modernização dos elevadores, o síndico Gabriel Collares Barboza conta que quase não tem problema com o equipamento

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Todo e qualquer equipamento de uso contínuo e diário precisa de manutenção regular para evitar transtornos, e com os elevadores a regra é a mesma. Manutenção rigorosa com revisões no prazo estipulado pela equipe técnica é fundamental para que esse equipamento, um dos mais importantes de qualquer condomínio, não deixe síndico, condôminos, visitantes e funcionários na mão. Fernando Peiter é diretor de vendas e marketing da Otis, empresa fundada há mais de 160 anos, que atende a todo o Brasil, além da América Latina, e é considerada a maior companhia do mundo em fabricação e prestação de serviços para produtos que movem pessoas, incluindo elevadores, escadas rolantes e esteiras rolantes. Segundo Peiter, a conservação dos elevadores deve ser realizada mensalmente por uma empresa especializada, com a supervisão de um engenheiro responsável, seguindo um plano previamente estruturado. “Na manutenção preventiva, as partes técnicas do elevador, normalmente não acessíveis ao usuário (como poço, passadiço, topo de cabina e casa de máquinas), são vistoriadas, limpas e têm seus componentes lubrificados. Além disso, é possível prever a necessidade de substituição de pe-


divulgação

ças que apresentam desgaste, bem como propor atualizações tecnológicas que melhorem a segurança e a performance do equipamento. A qualidade e frequência da manutenção são diretamente proporcionais à performance e ao funcionamento dos elevadores, por isso a manutenção mensal é imprescindível”, explica. Mas não é só de manutenção que esses equipamentos “vivem”. De tempos em tempos, é fundamental modernizar sua estrutura e realizar a troca de peças mais antigas por componentes mais modernos e eficientes. “Com o passar dos anos, muitos elevadores, mesmo que submetidos à conservação preventiva e corretiva frequente, precisam renovar sua estética e tecnologia. Os elevadores mais antigos estão mais suscetíveis às falhas do que os atuais. Um quadro de comando de elevador de 30 anos tinha algumas dezenas de relés – chaves eletromecânicas em constante atuação – com uma possibilidade de falhas bem maior do que uma placa eletrônica existente nos elevadores novos,

além de um consumo de energia maior e mais partes mecânicas do que hoje, em que a parte eletrônica é a base do controle. A modernização torna o equipamento seguro, eficiente e mais atrativo. Como resultado, o edifício ganha uma imagem mais moderna e valorizada, além da melhoria da performance e confiabilidade do equipamento”, explica Peiter. Ainda segundo o diretor da Otis, o pacote bási-

co da modernização prevê a substituição do quadro de comando e de fiações e de botoeiras/indicadores de posição, permanecendo os demais componentes originais. De acordo com a demanda e necessidade de cada cliente, outros componentes podem ser modernizados, como as portas e a parte estética da cabine. “É importante reforçar os benefícios que a modernização dos elevadores trará para o edifício, como

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a eliminação de trancos e degraus; portas com abertura e fechamento mais suaves; redução de ruídos na casa de máquinas; melhora na aparência do equipamento; precisão do nivelamento, independentemente da carga; aumento da disponibilidade do equipamento; redução significativa no consumo de energia elétrica dos elevadores e valorização de cada unidade do edifício”, diz. O síndico José Ferreira Gomes, que há quatro anos está à frente do Condomínio Imperatriz, conta que o edifício, de bloco único e cerca de 200 moradores, possui dois elevadores. “Nós temos uma empresa que faz a manutenção mensal deles. De vez em quando eles dão algum defeito, como a porta travar ou um fusível queimar, e ter uma empresa à nossa disposição nos dá a vantagem de ter atendimento a qualquer hora do dia ou da noite. Atualmente, nós alugamos o espaço do terraço para uma empresa de telefonia instalar uma antena, e com o dinheiro do aluguel, estamos modernizando nosso elevador social. A obra deve ser entregue ainda este

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“Atualmente, estamos modernizando a cabine do elevador social”, diz José Ferreira Gomes, síndico do Condomínio Imperatriz

mês, e os moradores estão satisfeitos com essa melhoria”, conta. Peiter diz que, além de buscar um funcionamento com menor número de chamados e qualidade de performance, como precisão de nivelamento e conforto

de viagem, uma das principais demandas nesse tipo de serviço é o atendimento à NM-313, que trata das questões relacionadas com a acessibilidade de equipamentos como corrimão; insertos em braile; sinais sonoros etc. Outro ponto im-


portante é a questão da economia de energia elétrica no edifício. Com a modernização, é possível realizar a instalação do drive regenerativo de energia elétrica, que permite redução no consumo de até 40% comparada com os sistemas convencionais. “Dependendo da necessidade do cliente, principalmente para prédios comerciais de alto tráfego, a Otis oferece o sistema Compass, que é um sistema de antecipação de destino, que atua na otimização do fluxo de passageiros em até 30%”, diz. Há oito anos, Gabriel Collares Barboza é síndico do Condomínio Ipê, localizado na zona sul do Rio. Para subir e descer com os moradores, o prédio, de único bloco, que tem 39 unidades e cerca de 120 moradores, conta com três elevadores. “Aqui, a conservação é feita periodicamente pela mesma empresa há, pelo menos, cinco anos. Uma vez por mês, eles vêm ao condomínio para ajustar as máquinas e checar qualquer anormalidade. Além disso, anualmente, há a expedição do RIA, que é um relatório que aponta a segurança dos elevadores e, ante as constantes mudanças na legislação ou até mesmo atualização de normas técnicas, o que precisa ser feito. Há cerca de um ano e meio fizemos a modernização da cabine do elevador social 1. Além disso,

foi realizada a troca completa de toda a eletrônica e elétrica desse elevador, permanecendo apenas o motor antigo, mas que funciona muito bem. No elevador social 2, há dois anos, trocamos apenas o painel de chamada da cabine, que tinha passado por modernização há 20 anos. Mas, de qualquer forma, pensamos que, no médio prazo, uma atualização elétrica e eletrônica também se fará necessária. Antes, tínhamos muitos problemas, mas, com a modernização, temos apenas problemas pontuais pelo desgaste dos materiais. O elevador social 1, que modernizamos recentemente, raramente fica parado. Já o elevador que foi reformado há 20 anos apresentou recentemente problemas na placa de comando e no inversor de frequência, o que nos obrigou a gastar cerca de R$ 15 mil para colocá-lo novamente em funcionamento. Se tivéssemos investido em sua modernização, o custo-benefício teria sido maior e o valor que investimos para fazê-lo voltar a funcionar poderia ter entrado até mesmo como um sinal”, conta. O síndico acredita que as principais vantagens de contratar uma empresa especializada em manutenção de elevadores são a segurança, a solidez financeira, a estrutura para atender ao condomínio e peças de reposição.

Gabriel Collares Barboza pretende fazer atualizações nas partes elétrica e eletrônica dos elevadores de seu condomínio

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Fernando Peiter é diretor de Vendas e Marketing da Otis afirma que A qualidade e frequência da manutenção são diretamente proporcionais à performance e ao funcionamento dos elevadores, por isso a manutenção mensal é imprescindível

Modernização e embelezamento Quem não quer chegar a seu prédio e encontrar o elevador, além de bem cuidado, com uma aparência mais moderna e elegante? A resposta é que todo mundo gosta de benefícios que deixem as áreas comuns mais bonitas e que valorizem o condomínio onde está seu imóvel, por isso, todas as obras de embelezamento são sempre bem-vindas e agradam aos moradores. Segundo o diretor comercial da Embelezart Elevadores, empresa especializada em reforma, embelezamento e modernização de elevadores, que atende a todo o Rio de Janeiro e ao Espírito Santo, na hora de modernizar os elevadores do condomínio, é preciso escolher a empresa certa para executar o serviço. “É preciso avaliar os componentes utilizados, as referências de serviços já executados, a regularização e homologação da empresa e, em dias atuais, o custo. Atualmente, 60

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com o momento econômico vivido pelo país, as empresas tiveram que ajustar seus preços, variando pouco entre cada uma delas. Na modernização estética, que é nossa especialidade, podem ser feitos redesign de aço inox escovado com aço polido; revestimento de MDF madeirado; iluminação de LED; pisos de granito e até ventiladores acionáveis com sensor de presença. Nós trabalhamos apenas com o embelezamento de elevadores e, assim, proporcionamos maior gama de opções no segmento e podemos propor um custo mais acessível. No caso das empresas de manutenção, elas precisam terceirizar nosso serviço, aumentando, assim, o custo final para o cliente”, diz. O diretor de vendas e marketing da Otis explicou que o custo da modernização é muito variável e depende da tecnologia do equipamento; do núme-


divulgação

ro de andares/paradas; da velocidade; do percurso etc. O condomínio pode optar por realizar a modernização em etapas, com a substituição parcial dos componentes, ou fazer a substituição total, dependendo da disponibilidade. Segundo Peiter, há muitas novidades para o síndico que pretende atualizar seus elevadores. “Uma das grandes novidades da Otis para a modernização de elevadores é a porta Inova, que substitui as antigas portas batentes por portas automáticas. Isso oferece maior segurança para os usuários, pois não precisarão mais puxar ou empurrar a porta para abri-la ou fechá-la, eliminando os riscos de acidentes, especialmente com crianças e pessoas idosas, além de proporcionar maior valor agregado ao edifício. A maior incidência de defeitos está concentrada no sistema de portas, chegando a ser 60% dos chamados realizados pelos clientes, por estarem mais vulneráveis à má utilização. Além desse aspecto, os elevadores que possuem portas batentes têm sistema de amortecimento hidráulico, que sofre com a oscilação da temperatura, fazendo com que as portas batam mais fortemente ou não fechem completamente. Com a porta Inova, esses problemas são solucionados. Outra grande vantagem da instalação da Inova é que ela não necessita da realização de obras civis pesadas nos andares. A instalação é rápida e eficiente, e os elevadores continuam funcionando no fim de cada dia de modernização das portas”, elucida. A manutenção dos elevadores é um ponto muito importante em qualquer condomínio, pois lida diretamente com a segurança dos passageiros. As empresas

especializadas seguem as normas técnicas para realizar os serviços necessários. Tais normas são pautadas nas regras de segurança e são seguidas à risca pelos times de execução. “Na Otis, por exemplo, fazemos auditorias constantes para a verificação de nossos processos e serviços em andamento, a fim de garantir a melhor prestação de serviço aos clientes. O condomínio tem responsabilidade sobre qualquer acidente que ocorra em suas dependências e, portanto, deve escolher com muita responsabilidade a empresa que fará a manutenção em seus equipamentos”, diz Peiter. A orientação é que se observe se a empresa tem registro e concessão para operar emitido pelo órgão fiscalizador do município; no caso do Rio de Janeiro é o GEM. A empresa deve ter um responsável técnico, um seguro de responsabilidade civil e um capital social capaz de responder por eventuais danos que possam ocorrer. “O elevador é um equipamento seguro, mas é fundamental que os usuários tenham uma conduta adequada de utilização para minimizar possíveis problemas ou acidentes e garantir o funcionamento

permanente do equipamento. Os acidentes mais comuns em elevadores estão relacionados com seu mau uso por parte dos usuários e o resgate indevido de passageiros presos. Quando observados comportamentos indevidos por parte dos usuários, os responsáveis dos edifícios devem sensibilizá-los, alertando-os de que a má utilização é perigosa, e essa, sim, pode colocar em risco a vida dos usuários”, finaliza. Serviço Elevadores Otis www.otis.com Embelezart Elevadores www.embelezartelevadores.com.br

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Segurança

Guardas municipais vão patrulhar praias e ruas de acesso para evitar arrastões no Rio A Prefeitura do Rio divulgou seu plano de prevenção contra pequenos delitos e arrastões nas praias da cidade durante o verão de 2017 no Diário Oficial do Município. Segundo o ato do secretário de Ordem Pública, Paulo César Amêndola, caberá à Guarda Municipal do Rio de Janeiro elaborar o plano de ação operacional. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou que a Guarda Municipal atuará na segurança das áreas turísticas e estabeleceu um prazo de 30 dias para que seja elaborado um plano de trabalho. Uma parceria com agentes de segurança deverá garantir o treinamento dos guardas municipais para as operações de policiamento. Segundo o plano, a GM-Rio não deverá apenas patrulhar as praias da cidade, mas também pontos de ônibus, saídas do metrô e principais ruas de acesso para garantir “a sensação de segurança”. Crivella disse que não sabia que arrastões estavam ocorrendo nas praias da cidade e afirmou que conversaria com o secretário de Ordem Pública: “Vamos aumentar (o efetivo da Guarda Municipal), sim. Inclusive, em nosso plano, há a determinação para que a Secretaria de Ordem Pública faça uma comissão para estudar exatamente essa questão dos arrastões”, disse o prefeito.

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De acordo com o ato do secretário, a Guarda Municipal, a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança deverão escolher um canal de comunicação único a ser utilizado pelas forças de segurança pública municipais e estaduais nas operações conjuntas. Os departamentos de inteligência da GM-Rio e da Secretaria de Ordem Pública deverão trabalhar em conjunto, buscando identificar ameaças e oportunidades de

ação no “teatro de operações”, coletando informações e obtendo sua divulgação adequada à área operacional e às outras agências de inteligência. O plano também prevê que os chefes de inteligência da GM-Rio e da secretaria apresentem relatórios consolidados semanalmente, com informações coletadas em campo que possam agregar melhorias nos planejamentos operacionais.


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ARTE por Ângelo Oswaldo de Araújo Santos*

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Mário Mendonça vai ao Calvário O vos omnes qui transitis pelo Largo das Forras, parai e vede a Via Sacra de Mário Mendonça. Artista plástico entregue em plenitude à iconografia cristã, ele compôs os passos da Paixão para as paredes da pequena capela do Senhor Bom Jesus da Pobreza, no coração de Tiradentes, a antiga São José del-Rei, pátria do herói maior. O pintor havia depositado ali uma Via Crucis, mas resolveu fazer uma nova versão, sete anos depois, com o mais vivo empenho e comovida atenção. Apaixonou-se pela Paixão e fez de cada imagem o vero ícone dessa entrega. Ele já realizou dez Vias Sacras, que estão expostas em igrejas, e cada qual nasceu de renovado entusiasmo, palavra que, etimologicamente, significa “ter Deus na alma”. A temática sempre atraiu a imaginação dos artistas. Desde a Idade Média, multiplica-se a reprodução da caminhada de Cristo rumo à montanha do Calvário em itinerários logo tomados por romarias. É o que se vê em vários pontos da Itália, onde nasceu a ideia do sacro monte, com as estações abrigadas em edículas. Na cidade de Braga, norte de Portugal, magnífico escadório devido ao artista Carlos Amarante ziguezagueia os passos na encosta monumental. De lá veio a inspiração para a acrópole de Congonhas do Campo, patrimônio da humanidade. “Degraus da arte do meu país onde ninguém mais subiu”, escreveu o poeta Oswald de Andrade, no alto do Morro do Maranhão, local em que o eremita Feliciano Mendes consagrou o seu voto ao Bom Jesus de Matosinhos. A Jerusalém do Aleijadinho é a obra máxima do escultor mineiro. O historiador da arte Germain Bazin incluiu Antônio Francisco Lisboa entre os gênios do mundo. Na pintura, há uma galeria incontável de obras espetaculares que iluminam especialmente o período medieval, com interpretações virtuosísticas e pungentes do drama do Redentor. O tema foi também tratado por alguns dos mais importantes

pintores do Modernismo brasileiro: Portinari fez a Via Sacra da Igrejinha da Pampulha, que guarda significativa presença do artista e é agora patrimônio mundial; Di Cavalcanti criou a série que se apresenta na Catedral de Brasília; Guignard pintou sua Via Crucis para uma capela do Rio de Janeiro, hoje em coleções privadas; nas cercanias de Tiradentes, logo encontraremos a Via Sacra do pintor e restaurador Edson Mota, em Barbacena, onde viveu e morreu Emeric Marcier, que se deixou fascinar pela iconografia cristã; uma Via Sacra que pintou com emocionado vigor acha-se na coleção Ângela Gutierrez. Mário Mendonça dá sequência à tradição e celebra o Cristo na pintura. Sua produção inscreve-se em ponto privilegiado da arte sacra brasileira. Pinta também o Quixote e autorretratos, como se ambos, ele e o cavaleiro da Mancha, se encontrassem num jogo de espelhos. Mas volta ao Cristo com a emoção de quem se transfigura. O leitmotiv conduz o pincel e enreda o clima trágico da história do homem inocente que é preso, julgado e condenado à morte de cruz para cumprir um desígnio divino traçado desde o surgi

mento do mundo. O pintor é partícipe da cena, que se estende dentro de sua alma para se lançar sobre o suporte da pintura por meio do gesto criador, também exercício espiritual em que se sublima o artista. Attendite et videte. Pare e veja o espectador si es dolor sic ut dolor meus, parece dizer ele, mostrando sua tela como uma verônica. A dor mística do pintor ilumina o processo criativo, como a dor do transe de Teresa de Ávila e Juan de la Cruz consubstanciou-se no júbilo da poesia. Os passos da Paixão foram elaborados com absoluta adesão do artista ao fazer. “Eu me senti magnetizado”, revelou. Cumpriu-se uma fase durante a qual nada lhe alterou a concentração, exatamente pelo arrebatamento que o dominou, a partir da decisão de recriar a Via Crucis do Bom Jesus da Pobreza, em telas com 80 centímetros de altura e 60 de largura. As imagens devocionais criadas por artistas e artesãos constituem-se, do ponto de vista religioso, em corpos vivos que representam uma ausência, mas há certos ícones caracterizados pela condição de akheikopoietas, ou seja, “feitos pela mão divina”, de que dão exemplo as imagens de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México e das Américas, e Nossa Senhora de Copacabana, venerada na Bolívia. Há um distanciamento transcendente entre a matéria da obra e seu criador, já que se trata do resultado de uma intervenção superior, um milagre, segundo a crença de seus devotos. Tais imagens se particularizam por emitir uma própria carga de sacralidade. Situado no campo da criação artística, o desempenho de Mário Mendonça parece querer tangenciar essa dimensão, porque a persegue, ao buscá-la na intensidade do sentimento que dirige seu ato pictórico. Tanto assim que a Via Sacra do Bom Jesus da Pobreza não se encerra na crucificação no topo do Gólgota, pois o caminho continua ad coelum, abrindo-se em JAN_FEV_MAR 2017

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ARTE

luz e esperança, conforme palavras do autor, no sentido de levar os espectadores a contemplarem a ressurreição e a ascensão do Senhor. Há o descendimento da cruz e a Pietà, mas logo vêm o sepulcro vazio e a subida aos céus, que representam a vitória de Cristo sobre a morte e a redenção da humanidade. Sem a ressurreição, argumenta, “estaremos pintando um episódio de terror”. Na cena do crucificado, não aparece no alto da cruz o letreiro “INRI” (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), ali mandado fixar pelos soldados romanos. Por sugestão de um amigo judeu, o pintor passou a escrever “Para Você”. Mário Mendonça confere à capela do Largo das Forras um significado novo no itinerário da visita a Tiradentes ao promover o diálogo de tempos distintos. Nas paredes laterais, tendo ao fundo o belo retábulo policromado do período colonial, o templo narra a paixão segundo o artista, que escolheu a cidade para sediar o seu “museu imaginário” e essa série tão amada. No Largo das Mercês, Mendonça transformou sua casa e os jardins em museu no qual reúne obras que busca ou encontra precisamente para o arranjo de uma coleção compartilhada com o público. A arte se confunde com a vida, e aqui o artista experimenta radicalmente essa fusão. Mergulhado nas tarefas do museu tiradentino, cujas demandas são sempre crescentes, e embalado pela consciência da imagem conquistada na Via Crucis, Mário Mendonça tem a felicidade de ver os frutos de seu talento e de sua generosidade distribuídos como alimento espiritual a todos os que têm fome de transcendência. *O autor é secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais.

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Cidade

União cuidará de arenas olímpicas na Barra da Tijuca No final de 2016 o ex-prefeito Eduardo Paes anunciou uma solução para o impasse sobre as instalações esportivas do Parque Olímpico da Barra. O Ministério do Esporte vai arcar com os custos de manutenção das arenas que integrarão o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), do Comitê Olímpico Brasileiro. O Governo Federal também vai pagar a desmontagem da arena de handebol, que será transformada em quatro novas escolas municipais. Originalmente, a ideia era que a transformação e a manutenção das arenas do legado olímpico fossem feitas por uma parceria público-privada (PPP). A licitação, no entanto, foi cancelada depois de o prefeito eleito Marcelo Crivella ter dito que anularia a concorrência se a atual gestão concluísse o processo.

Gasto suspenso O edital estabelecia um investimento de R$ 166,5 milhões do município nos três primeiros anos de concessão. A concorrência chegou a ser realizada, mas apenas a empresa Sanerio apresentou uma proposta. Além disso, a Prefeitura teria que gastar R$ 382,7 milhões ao longo de 25 anos.

“O Ministério do Esporte vai assumir esse gasto agora. Vale lembrar que (o Governo Federal) não teve despesa para implantar boa parte do Parque Olímpico da Barra, feita por outra PPP (comandada pela concessionária Rio Mais)”, destacou Eduardo Paes. No acordo entre a Prefeitura e o Ministério do Esporte, ficou de fora uma das arenas. O município mantém o plano de transformá-la numa escola municipal ex-

perimental, voltada para esportes olímpicos. O ex-prefeito não adiantou qual seria o destino de uma das arenas que, inicialmente, pela proposta de concessão, teria uma gestão privada. A parceria do município com o Ministério do Esporte em nada afetará a rotina do Parque Olímpico. A manutenção das instalações e a limpeza do espaço ficarão sob a responsabilidade da concessionária Rio Mais.

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CIDADE

IPTU chega a ter desconto de 40% para cota única Pelo menos sete municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro anunciaram descontos que variam de 5% a 40% para quem pagar o imposto em cota única. Os índices de abatimento superam os do Rio, de 7%. Itaboraí oferece a maior vantagem: para garantir o desconto de 40% é preciso quitar o imposto até 28 de fevereiro. Para pagamento até 10 de março, serão oferecidos 10%. O reajuste segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), de 8,4%. A taxa de 40% é a mesma dos anos anteriores e foi acordada com o próximo prefeito eleito, dr. Sadionel. Niterói é o município que tem o prazo para pagamento mais apertado. Os niteroienses têm até 6 de janeiro para pagar o IPTU à vista, com 10% de desconto. Há ainda a opção de abatimento de 7% para quitar até 7 de fevereiro. Haverá juros de 1% ao mês para parcelar em 12 vezes. Nos anos anteriores, não era cobrado acréscimo. A Prefeitura diz que a medida foi tomada para preservar a saúde fiscal em meio à crise do país. O reajuste será baseado no IPCA, de 8,48%. Belford Roxo concede desconto de 10% para o IPTU quitado até 31 de janeiro. Para pagamento em cota única, até 27 de fevereiro, a redução será de 5%. É possível parcelar em até 10 vezes, mas as

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parcelas não podem ser menores que R$ 20 por mês. O reajuste será de 8,01%, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-Especial (IPCA-E). Os donos de imóveis de Maricá terão desconto de 15% para pagar o imposto de uma só vez, até 31 de janeiro. O tributo teve correção monetária de 9,15%. Já Queimados dá mais tempo para seus contribuintes respirarem no início do ano. O vencimento da cota única, com desconto de 10%, será em março. A segunda parcela, se pagar no mês de abril, terá redução de 5%. A terceira, até 31 de dezembro, não

terá abatimento. Os valores foram corrigidos com alíquota de 8,7% da correção monetária. A cota única em São Gonçalo vence entre 25 e 31 de janeiro, seguindo o final de cada inscrição imobiliária, e dá direito a 12% de desconto. A unidade fiscal, que era de R$ 18,35, em 2016, passa a R$ 22, em 2017, aumento de 19,89%. Em São João de Meriti, o desconto é de 10% para quem pagar todo o imposto até 26 de fevereiro ou de 7%, até 25 de março. O IPTU também pode ser pago em dez vezes sem juros. Haverá correção de 6,73%.


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Jurisprudências

0006059-69.2014.8.19.0014 – Apelação – 1ª Ementa. Des. Gilberto Dutra Moreira – Julgamento: 6/9/2016 – Nona Câmara Cível. Apelação cível. Ação de cobrança. Rateio de despesas condominiais. Imóvel objeto de partilha cujo formal não foi transcrito junto ao RGI. Obrigação propter rem que se vincula ao imóvel que responde pela dívida. Eventual partilha do imóvel em ação de divórcio que, por si só, não libera o coproprietário anotado junto ao RGI de arcar com o débito condominial inadimplido. Jurisprudência pacífica no sentido de que tanto o proprietário quanto o possuidor, a qualquer título, são os responsáveis pelo pagamento das cotas condominiais. Condomínio credor que pode exigir de qualquer um deles o pagamento do débito condominial vencido cujo inadimplemento importa na hasta pública do próprio bem. Precedentes deste Tribunal e do STJ nesse sentido. Ilegitimidade ad causam no polo passivo corretamente afastada. Coproprietária, ora apelante, que deveria ser a primeira interessada na quitação do débito, de forma a proteger seu patrimônio. Desprovimento do recurso. 0391922-66.2008.8.19.0001 – Apelação 1ª Ementa. Des. Ferdinaldo do Nascimento – Julgamento: 6/9/2016 – Décima Nona Câmara Cível. Apelação cível. Cota condominial. Inadimplemento. Prescrição quinquenal. Mora ex re. A obrigação de concorrer com as despesas condominiais possui natureza de obrigação propter rem, que nasce da simples circunstância de alguém ser proprietário de um bem imóvel, no caso parte

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ideal de um condomínio vertical. Sendo assim, sua obrigação tem caráter legal, pois decorre da condição de proprietário do bem. É uma obrigação cuja fonte é a lei, e não um ato voluntário negocial, constante em instrumento público ou particular, como previsto no art. 206, §5º, I, do CC, cujo prazo prescricional é de 5 anos. Demora não imputada ao demandante. Manutenção da sentença.

ser mantida a condenação dos réus para realizarem os reparos necessários no prazo de 60 dias, sob pena de retirada da antena, sem prejuízo dos danos materiais a serem indenizados. Entendo que no presente caso a fixação de astreintes não surtiria tanto efeito, uma vez que, por mais pesada que fosse, iria preferir a Claro pagar a multa a cumprir a ordem judicial. Sentença mantida. Desprovimento dos recursos.

0000952-15.2012.8.19.0208 – Apelação. 1ª Ementa. Des. Teresa Andrade – Julgamento: 31/8/2016 – Sexta Câmara Cível. Apelação cível. Ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos materiais e morais. 1. Autora ajuizou ação indenizatória c/c obrigação de fazer em razão de infiltrações em sua unidade. Antena de telefonia celular instalada sobre a laje do imóvel na parte de uso comum do condomínio. 2. A sentença julgou procedente, em parte, o pedido para condenar o condomínio e a operadora de telefonia a consertar o apartamento da autora em 60 dias, sob pena de retirada da antena. Condenou, ainda, os réus a, solidariamente, pagarem a autora o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), a título de indenização por danos morais. Infiltração que atinge a unidade há vários anos. 3. Restou incontroverso que os réus foram responsáveis pelas infiltrações no imóvel da autora, o que a fez experimentar desgastes e incômodos, que extrapolam a esfera de meros aborrecimentos. Quantum indenizatório adequadamente fixado e atende aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, bem como aos parâmetros desta Corte. Precedentes do TJRJ. Deve

0263657-07.2012.8.19.0001 – Apelação 1ª Ementa. Des. Cláudia Telles de Menezes – Julgamento: 14/9/2015 – Segunda Câmara Cível. Apelação cível. Ação de consignação de chaves de imóvel locado, bem como de pagamento de multa. Reconvenção. Contrato de locação não residencial por prazo determinado. Previsão de multa na hipótese de rescisão antecipada. Recusa injustificada de recebimento das chaves pelo locador. Discordância no que pertine ao valor ofertado a título de multa rescisória. Questão que deve ser discutida em ação própria. Sentença de procedência parcial tanto na ação consignatória como na reconvenção. Multa rescisória proporcional. Exoneração dos encargos locatícios após a entrega das chaves. Precedentes deste E. Tribunal de Justiça. Multa moratória de 2% estabelecida pelo julgador a quo. Não observância à previsão contratual. Multa de 10% que não se revela abusiva. Súmula 61 do TJRJ. Reforma parcial do julgado. Apelo da autora reconvinda a que se nega seguimento, com fundamento no art. 557, caput do CPC. Apelo da ré reconvinte a que se dá parcial provimento, com fundamento no art. 557, parágrafo 1º-A do CPC.


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0238843-91.2013.8.19.0001 – Apelação. 1ª Ementa. Des. Cláudio Brandão – Julgamento: 2/9/2015 – Sétima Câmara Cível. Apelações cíveis. Direito do civil. Locação de imóvel residencial para uso de funcionário. Transferência do empregado para outro país. Devolução do imóvel antes do termo final do contrato. Ação de cobrança do valor da multa por rescisão contratual antecipada. Resíduo de aluguel e IPTU devidos até a entrega das chaves. Sentença de procedência dos pedidos. Recurso dos réus. Cláusula contratual com previsão de rescisão antecipada do contrato sem incidência de multa em caso de transferência do empregado. Afastamento da multa que se impõe. Pagamento do primeiro mês de aluguel apesar da carência concedida. Impossibilidade de compensação quanto ao mês de carência e os valores cobrados a título de resíduo de aluguel e IPTU. Provimento parcial dos recursos. 0057882-91.2014.8.19.0205 – Apelação 1ª Ementa. Des. Heleno Ribeiro P. Nunes – Julgamento: 3/10/2016 – Quinta Câmara Cível. Apelação cível. Cobrança de cotas condominiais. Responsabilidade. Promitente vendedor. Imissão na posse. Multa. Juros. Verba honorária. 1) Segundo o Superior Tribunal de Justiça a responsabilidade pelo pagamento das obrigações condominiais não é definida pelo registro do compromisso de compra e venda, mas pela relação jurídica material com o imóvel, no caso, ante a imissão na posse pelo promissário comprador. Aplicação do entendimento consolidado em sede de julgamento do REsp. 1.345.334/RS, o qual restou subme-

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tido à sistemática dos recursos repetitivos. Precedentes da Quinta Câmara Cível. 2) A multa no percentual de 2% e os juros moratórios em 1% ao mês foram fixados em observância ao disposto no artigo 1.336, parágrafo primeiro, e 397 do Código Civil, assim como ao que preconiza a cláusula 30.1 da Convenção de Condomínio. 3) Sucumbência recíproca não configurada. 4) Majoração da verba honorária sucumbencial em 5% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85, § 11, do NCPC. 5) Recurso ao qual se nega provimento.

do Código Civil, providência estéril, vez que proposta a ação contra o proprietário anterior seria o imóvel praceado em feito do qual o adquirente não figurou. 5) Inexistência de convenção condominial ou de prova inequívoca da ciência das devedoras quanto ao dia do pagamento, que impede a incidência da multa moratória e dos juros de mora a contar do alegado vencimento. Juros que têm por termo a quo a data da citação, quando foram as devedoras inequivocamente constituídas em mora. 6) Recurso provido em parte.

0021425-06.2013.8.19.0202 – Apelação 1ª Ementa. Des. Eduardo Gusmão Alves de Brito – Julgamento: 27/9/2016 – Décima Sexta Câmara Cível. Apelação cível. Ação de cobrança de cotas condominiais. Vila de casas. Débito anterior à imissão na posse da compradora. 1) Prescrição quinquenal. Artigo 206, § 5º, I, CC. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 2) Natureza condominial que deriva da própria construção. Existência de áreas privativas e áreas comuns entre as casas, não se tratando de um logradouro público. 3) Irregularidade na constituição do condomínio, que não impede a cobrança de cotas não pagas, mormente diante da realidade fática consubstanciada em despesas de água, luz, conservação, manutenção e melhorias que a todos aproveita, inclusive às apelantes, que não podem ser beneficiadas em detrimento dos demais condôminos. 4) Sendo inerente ao conceito de obrigação propter rem a vinculação do imóvel ao pagamento da dívida, negar a legitimidade do proprietário atual pelos débitos anteriores traduziria, além de afronta ao artigo 1.345

0027768-08.2014.8.19.0000 – Agravo de Instrumento. 1ª Ementa. Des. Mário Guimarães Neto – Julgamento: 3/2/2015 – Décima Segunda Câmara Cível. Ementa. Agravo de instrumento. Ação civil pública. Decisão de concessão da tutela antecipada em favor do Ministério Público. Acusação de instalação irregular de guarita, cancela e de quebra-molas em via pública por loteamento. Ausência de elementos, em sede de cognição sumária, aptos à demonstração da ofensa ao direito de ir e vir a ensejar a antecipação de tutela deferida. Regulação da utilização de logradouros públicos que compete ao Município. Art. 30, I, da CRFB. Acordo firmado entre o condomínio agravante e o município de Petrópolis para regular a matéria suscitada na presente ação civil pública. Dilação probatória inerente ao contraditório e à ampla defesa imprescindível. Possibilidade de apreciação e deferimento de medida antecipatória a qualquer momento processual. Provimento monocrático ao recurso na forma do art. 557, §1ºA, do CPC, para cassar a antecipação de tutela.


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