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Empresas oferecem tecnologia de ponta para uma gestão mais eficiente
Condomínio conectado A hora e a vez do alumínio Durabilidade, beleza e segurança
Home office Ar-condicionado ligado pode causar problemas na rede elétrica
Editorial
2021, um ano de transformações
NEWTON MENDONÇA Presidente da CIPA
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Iniciamos 2021 transformados por uma pandemia que nos mostrou muito mais do que jamais poderíamos imaginar. A Covid-19 deixou evidente nossa insignificância perante a natureza – a mesma natureza que tanto maltratamos nos mostra sua força com um vírus que já dizimou milhares de pessoas – e continua nos desafiando com mutações e mais mortes. Precisamos ser mais sustentáveis, pensar mais no lixo que produzimos e como o descartamos. Temos de assumir nossa responsabilidade ante a poluição que assola o planeta e fazer a nossa parte. Fomos obrigados a parar para pensar e observar. Vimos com outros olhos a natureza, a família à qual pertencemos e o próximo. Nunca estivemos tão próximos uns dos outros. As famílias estão convivendo de outra forma, se adaptando a um novo tipo de convivência, certamente melhor. Nunca estivemos tão empáticos e solidários. Certamente desenvolvemos um olhar diferente. Não está sendo fácil, mas acredito que estamos mudando para melhor. Perdemos pessoas queridas, mas que permanecerão em nosso coração. Contudo, precisamos continuar lutando por um mundo melhor para todos. Cientistas do mundo todo trabalham duro desde o início da pandemia tentando decifrar a doença e desenvolver vacinas eficientes. E graças a eles e à tecnologia conseguimos, em menos de 10 meses, vacinas que já estão sendo aplicadas em vários países.
Desejo que, neste início de ano, nós, no Brasil, também tenhamos acesso à vacina de forma organizada e eficaz. A tecnologia cresce exponencialmente em várias áreas e temos de confiar nas reais possibilidades de evolução. Em 1965, a Lei de Moore (então presidente da Intel) começou a ditar a rapidez tecnológica do mercado quando profetizou que a quantidade de transistores que poderiam ser colocados em uma mesma área dobraria a cada 18 meses mantendo-se o mesmo custo de fabricação. Novas metas de produção foram definidas pelas empresas da área, que passaram a investir pesado em pesquisa e desenvolvimento para manter o ritmo acelerado de inovação. E é o que vem acontecendo até hoje. Não há limite para a criação veloz de novos caminhos tecnológicos em todas as áreas. Você já ouviu falar em Blockchain, Bitcoin, 5G, Alexa, IOT (Internet das Coisas)? Muitas pessoas certamente não ouviram falar, mas quem, em 1960, por exemplo, poderia imaginar a tecnologia que estaria disponível em 2021?! O mundo está mudando a cada dia, e eu, como otimista que sou, tenho muita esperança em 2021. Penso que o mundo só melhora com problemas, nós só melhoramos com problemas – e com a superação deles. Acredito nas transformações para melhor – das pessoas e das nações. Desejo fortemente que essas transformações sobrevivam à cura da Covid-19 e nos deixe em um mundo melhor.
Sumário
Uma publicação:
Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449
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DIRETORIA Presidente: Newton Mendonça Vice-presidente: MARIA TERESA MENDONÇA DIAS PARA ANUNCIAR LIGUE
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| Capa Condomínio conectado A tecnologia está nos salvando durante a pandemia – no trabalho, na vida pessoal, no lazer. E nos condomínios a necessidade da adequação ao mundo tecnológico foi essencial na administração e no funcionamento geral dos prédios. Leia a matéria e sinta-se conectado.
| Condomínio Atenção: a chuva está chegando! Prevenção é a palavra-chave para evitar problemas causados pelas tempestades de verão. Veja algumas dicas nesta reportagem.
Renata Bastos www.condominioetc.com.br revista@condominioetc.com.br 14 mil exemplares
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Redação e Edição: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com Marketing: DANIEL QUAGLIANI marketing@cipa.com.br Revisão: Andrea Bivar andreabivar@gmail.com
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| Condomínio Cupim, uma praga silenciosa Olhos atentos podem evitar grandes estragos, e a eficácia de uma empresa especializada é o grande diferencial para resolver esse tipo de problema.
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| Condomínio Viabilizar obras pode ser simples Ouvir a palavra “obra” pode causar calafrios em qualquer síndico, mas quando se têm os parceiros certos a empreitada fica bem mais fácil.
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| Condomínio A hora e a vez do alumínio Material ganha do concreto e do ferro nos quesitos durabilidade, beleza e segurança em tampas e grelhas. Saiba por que lendo a matéria.
Design: CLEBER SOARES Fotografia: Ariel Subirá istockphoto FREEPIK Colaboraram neste número: Isabela Masi Leticia Rio Branco Lia Rangel Mateus AlcÂntara Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa. A Revista Condomínio etc. esclarece que: • Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens. • Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes. Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.
| Manutenção Impermeabilização malfeita Invista em impermeabilização profissional e evite problemas recorrentes como infiltrações e água contaminada.
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| Reforma Home office pode provocar sobrecarga na rede elétrica Ar-condicionado ligado o dia inteiro pode causar problemas para o condomínio. Entenda o porquê e saiba como agir lendo esta matéria.
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informe
Prefeitura do Rio permite que condomínios decidam sobre liberar uso das áreas de lazer O Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro publicou, em 13 de janeiro de 2021, o Decreto Municipal 48.423, de 2021, que revoga as normas estabelecidas no Decreto 48.279, do final de 2020, sobre a interdição das áreas comuns dos condomínios em virtude da pandemia de Covid-19. Com essa alteração, se restaura o estado anterior para combate ao novo coronavírus, cabendo aos condomínios a decisão de liberar ou não suas áreas comuns de lazer, incluindo sauna e piscina.
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Pandemia ainda inspira cuidados Por causa do aumento expressivo de casos da doença na cidade, a Cipa recomenda que os síndicos orientem moradores e funcionários a intensificarem os cuidados com a higienização das mãos e o uso obrigatório de máscaras e que evitem aglomerar-se. Outra indicação importante é que as áreas comuns, especialmente as portarias e os elevadores, sejam higienizadas mais frequentemente e com produtos comprovadamente sanitizantes.
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Conscientização é a palavra de ordem do momento. Sugerimos intensificar a comunicação interna nesse sentido, para que todos se envolvam na prevenção e no combate à doença. A sanitização profissional dos ambientes é uma excelente opção para manter o condomínio livre de focos de contaminação.
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Vendas residenciais crescem em 2020, mas transações de imóveis comerciais têm o pior desempenho dos últimos cinco anos O Secovi Rio fechou um novo levantamento com o total de negociações imobiliárias na cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 2016 e 2020. Os dados foram apurados com a Prefeitura do Rio, de acordo com as guias de ITBI pagas. Segundo a pesquisa, as transações residenciais foram positivas em 2020, mesmo com o cenário de pandemia e as incertezas causadas pelas medidas restritivas de combate ao novo coronavírus. Houve uma pequena queda no número de vendas nos meses de março e abril de 2020, mas o mercado imobiliário conseguiu se reerguer, fechando o ano com o total de 33.276 negociações e superando os resultados de 2016
(30.661 negociações), 2018 (30.560 negociações) e 2019 (31.676 negociações). Já para as transações que envolveram imóveis comerciais, o cenário não foi tão positivo, e os números registrados em 2020 foram os mais baixos dos últimos cinco anos. O relatório mostra que foram 5.252 negociações concluídas em 2020 contra 6.181 fechadas no ano de 2019. O total em 2016, por exemplo, chegou a 10.170. A expectativa do mercado e de especialistas do setor é que, com a chegada da vacina contra a Covid-19 nos próximos meses, o interesse por negociações não residenciais volte a dar sinais de recuperação.
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Capa | Tecnologia Por Isabela Masi
Condomínio conectado Empresas oferecem tecnologia de ponta para uma gestão mais eficiente A tecnologia está nos salvando durante a pandemia. No mundo do trabalho, na vida pessoal, no lazer. Quase todas as coisas passaram a ser feitas pelo computador, celular, tablet. Mesmo quem tinha algum tipo de resistência teve que aderir ao mundo virtual. Mas essa necessidade acabou nos mostrando que não podemos ficar de fora do que há de mais moderno e o quanto a tecnologia pode ser útil em nossa vida. Nos condomínios aconteceu algo
muito parecido. A necessidade da adequação ao mundo tecnológico foi essencial na administração e no funcionamento geral dos prédios. Quem se adaptara anteriormente se especializou, e quem ainda vivia de forma “analógica” teve que correr contra o tempo. Isso porque as novidades trouxeram mais conforto e segurança para a vida cotidiana. Em uma cidade tão desigual e, em consequência, tão violenta como o Rio de Janeiro, a segurança sempre foi um
ponto importante a ser pensado pelos síndicos e condôminos. Mas, atualmente, a entrada e saída de pessoas estranhas nos condomínios preocupam ainda mais. Sendo obrigadas a ficar tanto tempo em casa, recebendo compras e encomendas, o controle das pessoas ficou ainda maior, não só por medo da contaminação pelo novo coronavírus, mas também pelo receio de assaltos. E as empresas, conectadas a essa nova realidade, desenvolveram vários mecanismos de segurança.
APP E CIPA DIGITAL
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Aline Marino é diretora comercial da ABC Telecom. A empresa está há 25 anos no mercado e sempre busca as melhores e mais modernas inovações tecnológicas para atender seus clientes. Segundo ela, em 2020 “foram criados diversos dispositivos, câmeras e sensores com tecnologias avançadas, incluindo medição de temperatura, reconhecimento facial, aplicativos de gerenciamento e segurança remota, leitores de aproximação, QR Code, para controle de acesso, entre muitos outros”. A ABC Telecom tem mais de 130 mil clientes atendidos e usa como lema da empresa “não vendemos produtos, vendemos solução”. Para tanto, de acordo a diretora comercial da empresa, toda novidade é sempre bem-vinda. “Cada sistema tem sua particularidade e modo de funcionamento. Resumindo, por meio de aplicativos de gestão condominial com QR Code você tem a possibilidade de liberar a entrada de visitantes, entre outras funções. As fechaduras inteligentes vieram com tudo – há diversos tipos e modelos que facilitam e agilizam o acesso, como fechaduras por aproximação, senha, biometria e até reconhecimento facial. Com as portarias virtuais, você pode monitorar a
entrada e saída de pessoas e os sistemas de segurança do prédio remotamente, com redução da quantidade de funcionários, mas com o prédio monitorado 24 horas por dia por profissionais qualificados.”
Tecnologia e bem-estar O analista de sistemas Alexander Almeida é síndico do Condomínio Bora Bora Hills, que fica na zona oeste. O imóvel tem 160 apartamentos e uma estrutura muito grande, principalmente da área de lazer, com piscina, academia, quadra de esportes, spa etc. Por meio da tecnologia de ponta, Alexander modernizou toda a forma de segurança e comunicação no condomínio. “Todos os moradores têm acesso, pelo computador ou celular, a um site por onde conseguem autorização para obras, reservar horário na academia de ginástica, no spa, nas áreas de lazer, fazer registro de ocorrência, elogios etc., tudo sem burocracia.” Alexander morava no condomínio havia alguns anos, mas passou a ser o síndico em fevereiro de 2019. “A gente adotou biometria na entrada do condomínio e em algumas áreas comuns; temos agora também eletroJAN_FEV_MAR 2021
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Capa | Tecnologia
Alexander Almeida, síndico do Condomínio Bora Bora Hills, modernizou toda a forma de segurança e comunicação no condomínio com tecnologia de ponta
ímã (um cartão utilizado na porta de quartos de hotéis), que é usado pelos moradores na academia de ginástica, por exemplo. Tudo é registrado na nuvem e pode ser monitorado por mim de qualquer lugar. É a tecnologia usada para gerar bem-estar para todos os moradores e facilitar a administração do condomínio.” A cabine do porteiro também passou por reforma e agora tem três televisões com câmeras de acesso ao prédio e controle de vagas. O portão eletrônico por controle de tag também teve melhorias e agora abre de modo mais rápido, e a leitura do código acontece a até 15 metros de distância da portaria. Assim, ao chegar de carro, o morador já aciona o dispositivo e não fica parado do lado de fora aguardando a abertura do portão. Além disso, segundo Alexander, “o sistema também consegue controlar o número de vagas, as câmeras de segurança dentro do condomínio e na calçada do lado de fora. Esses sistemas são importantes para a segurança dos moradores que chegam e saem de casa”. Nesse momento, ninguém pode ficar de fora. O síndico do Condomínio Bora Bora Hills conta que tem máquinas sobressalentes para poder ensinar as pessoas mais idosas como usar esses sistemas on-line. Para ele, o principal objetivo é que todos estejam conectados às novas tecnologias. Além do mais, isso traz também muitos benefícios para uma gestão simpli10
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ficada e centralizada. Para ele sempre vale a pena o investimento, porque gera de retorno conforto, agilidade na administração e, no fim das contas, até diminuição de custos do condomínio. Assim como Alexander, outros síndicos também aproveitaram o momento para deixar o condomínio equipado com o que há de mais moderno. Marcelo Stenzel, diretor da Incotel, afirma que “a maior procura durante a pandemia foi por serviços de controle de acesso por tag e biometria”. E complementa: “A principal inovação que introduzimos foi o software de controle de acesso, que tem uma interface simples para registro de moradores e visitantes. Além de garantir que só moradores credenciados consigam entrar no condomínio, oferece a segurança extra de não necessitar do contato com o equipamento, o que é um atrativo extra em época de pandemia, além de ser uma comodidade por não precisar andar com cartão ou chaveiro extra de acesso.”. A Incotel foi fundada em 1962 e foi a primeira empresa a produzir, no Brasil, equipamentos de automação de garagens com tecnologia 100% nacional. “Na época, as importações eram proibidas ou muito caras e difíceis. A produção local permitiu a disseminação desses produtos de segurança no país, além de ter insumos locais que permitiam a manutenção mais fácil. Hoje já existem inúmeros fabricantes nacionais e a importação ficou mais acessível”, afirma Stenzel.
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Capa | Tecnologia
A Incotel também presta serviço de manutenção total em condomínios, que inclui sistemas de acesso (portões, portas e cancelas), interfonia e Circuito Fechado de Televisão (CFTV), e tem contrato com centenas de condomínios. Para o diretor da Incotel, “isso nos permite estar em contato constante com os condomínios e, portanto, identificar suas necessidades em curto espaço de tempo. A qualidade dos produtos é notória, temos portas com mais de 40 anos ainda em operação. O síndico tem de focar em ter seus problemas resolvidos e, por sermos fabricantes, podemos solucionar outros problemas que a maioria dos instaladores não consegue. Uma das maiores necessidades que os condomínios têm é efetuar manutenção corretiva rapidamente, para não deixar o prédio vulnerável se um portão não funcionar corretamente por algum problema mecânico. Essas demandas por atendimento na hora têm crescido muito nos últimos anos”.
Obras e reformas Quando o assunto são as reformas ou obras nos condomínios, o cenário não é diferente. Caio Cernigoi, sócio e gerente de Marketing da Construtora Cernigoi, afirma que a pandemia trouxe muitas transformações também para o setor da construção civil e manutenção predial. “Hoje tratamos com clien-
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O drone ajuda a identificar problemas na estrutura do prédio
tes muito mais por meio digital, com a utilização dos aplicativos para reuniões virtuais. Diversos síndicos fazem reuniões on-line para assembleias gerais e aprovação de obras. Utilizamos também uma ferramenta de assinatura digital de propostas e contratos, para evitar o contato durante a pandemia e até acelerar o processo de assinatura, o que durante muitos anos fizemos por meio físico.” Para a empresa, o ponto-chave é a parceria com o cliente. No mercado há quase 70 anos, a Cernigoi tem enorme know-how em construção e, em 2020, resolveu inovar utilizando um drone para fazer o diagnóstico e a captação de imagens aéreas. O equipamento ajuda no monitoramento e auxilia os engenheiros da empresa. “O drone é um facilitador para verificação, como se tivéssemos um olhar mais preciso em partes mais centrais do edifício, onde não conseguimos ver a olho nu. Mas isso não descarta que
o diagnóstico tenha de ser feito por um engenheiro civil devidamente credenciado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (CREA-RJ), sendo essa ainda a melhor forma de avaliar o problema e encontrar as melhores soluções.” Para o gerente de Marketing da Cernigoi, estar atento às novas tecnologias ajuda a conquistar mais clientes. “Muitas vezes, mostrar novas soluções faz com que o cliente veja a empresa com pioneirismo, o que é vantajoso numa troca. A inovação deve ser parte do critério de seleção; empresas que estão sempre se atualizando sabem sobre novas legislações, novos produtos, serviços. O cliente hoje pesquisa, consegue ter noções básicas, sabe questionar, exige os direitos e a atenção devida. Essa atualização do mercado não passa apenas por tecnologia em produtos, mas em como lidar com esse síndico mais exigente.”
Sanitização
Novas tecnologias facilitam a vida dos síndicos, moradores e aumentam significativamente a segurança
Outro hábito que ficou depois de quase um ano lidando com a pandemia do novo coronavírus foi a necessidade de intensificar a limpeza e os cuidados com a higienização não só em casa, mas nas áreas comuns dos condomínios. Para Felix De Leon, engenheiro agrônomo da Dedefone, houve um grande aumento da procura por sanitização tanto em empresas quanto em residências. Para ele, “tem sido gratificante poder contribuir com a saúde da população, principalmente neste momento difícil que todos nós estamos vivendo. Para controlar o contágio da doença, recomendamos que os condomínios realizem o controle microbiológico de prédios e apartamentos com a sanitização de forma contínua”. Para se adaptarem “ao novo normal”, as empresas também tiveram de
investir em novidades, mas sem perder o compromisso com os clientes. “Durante esse período, mantivemos a qualidade dos produtos e do material utilizado, mas, para atender à demanda dos serviços, tivemos de aumentar o estoque de máquinas e produtos. Na empresa trabalhamos com produtos ecológicos, de base vegetal, e com produtos químicos. Os orgânicos podem ser considerados uma inovação no mercado. A utilização do melhor produto é feita pelo técnico no momento da realização do serviço, mas nem um nem outro prejudica o meio ambiente nem a saúde das pessoas e dos animais. É importante frisar também que o produto utilizado na sanitização, o quaternário de amônio de 5ª geração, age não só contra o novo coronavírus, mas também contra outros vírus, bactérias, fungos, ácaros, entre outros microrganismos, ou seja, é só benefício para a saúde.”
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Durante a pandemia a procura por sanitização de ambientes cresceu muito. O ideal é que ela seja feita rotineiramente
Para o engenheiro agrônomo da Dedefone, na hora de escolher uma empresa para fazer o serviço, é importante observar “a garantia de qualidade do serviço e a responsabilidade com a saúde humana e com o meio ambiente. É importante se informar sobre o licenciamento da empresa escolhida e os tipos de produto utilizados na realização dos serviços solicitados. O contrato anual com a prestação de serviços periódicos também é uma garantia maior para o bem-estar de todos e no combate a pragas e outros vetores”. Por isso mesmo, sempre que for pensar em um novo serviço, não basta apenas olhar as novidades que a empresa apresenta, mas também a garantia de que ela fará um bom serviço e que funciona de forma legal e responsável. Afinal, ser mo-
derno significa estar conectado com as necessidades de cada cliente. “O síndico deve ficar atento e saber se a empresa está em dia com todos os documentos. No caso de obras, checar se a empresa tem engenheiros responsáveis com certificação, seguradoras renomadas, e escolher uma empresa com tradição de mercado, com portfólio e recomendação de outros condomínios e que trabalhe com os melhores materiais do mercado. O cliente e o mercado são dinâmicos, mesmo em um segmento tão tradicional”, afirma Caio, da Construtora Cernigoi. O síndico Alexander sabe disso e, na hora de fazer uma contratação, entende que é importante conhecer bem quem ele está deixando entrar no condomínio. “Sempre que vou contratar
uma empresa não penso só no preço. Faço uma pesquisa, converso com outros síndicos, confiro se está tudo ok. A internet está aí exatamente para nos ajudar a fazer boas opções de negócio, com responsabilidade e segurança.” Serviço ABC Telecom (21) 3312-4400 (21) 98214-4744 abctelecom@globo.com Construtora Cernigoi (21) 2502-9007 construtoracernigoi.com.br Dedefone (21) 2617-8661/99792-4539 dedefone.com.br Incotel (21) 2270-0203/2260-5235 (21) 97042-4910 incotel@incotel.com.br
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Capa | Tecnologia
A Cipa sempre esteve à frente do mercado com suas ações inovadoras e oferece as ferramentas mais modernas em termos de gestão tecnológica. Nossos síndicos podem ter certeza de que toda a estrutura tecnológica da Cipa oferece a segurança de dados que eles desejam e a robustez necessária para processar os milhões de informações que passam por nossos sistemas e banco de dados. Além de termos sido pioneiros na implantação de um app para clientes de administradoras, oferecemos nele funcionalidades que facilitam muito a vida dos síndicos e dos moradores. Por meio do app Cipa Condomínios e do Cipa Fácil (em nosso site), os clientes têm acesso a diversas funcionalidades que facilitam a gestão dos síndicos, como pasta de prestação de contas digital, extratos, segunda via de boletos, acesso à lista de devedores, cadastro
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A Cipa é digital de verdade
dos condôminos e muito mais. Outra funcionalidade oferecida pelo app é o serviço de cotações on-line, que mostra nossos principais parceiros fornecedores. Essa opção tem sido um grande facilitador das atividades dos síndicos que precisam contratar os mais diversos tipos de serviços. E uma ferramenta que tem sido cada vez mais usada tanto em nosso app quanto em nosso site é o envio de guias para pagamento de forma digital. Essa funcionalidade agiliza pagamentos, evita fraudes e extravios. E a emissão de docu-
mentos físicos não é mais necessária. No app há ainda a funcionalidade Gestor Condomínio, que permite que os síndicos façam o controle das demandas do dia a dia sem sair de casa ou do escritório. Quanto às assembleias digitais ou híbridas, a Cipa adquiriu uma eficiente plataforma para a sua realização, que entrega total segurança para os trâmites normais de toda reunião. Para uma gestão mais conectada, o síndico ainda pode utilizar os parceiros para levar comodidade, segurança e bem-estar para os condomínios com o Combo Bem-estar, consultorias gratuitas e outros benefícios para nossos clientes. Todos oferecem serviços inovadores. Para proprietários e condôminos, estamos oferecendo a possibilidade de pagamento pelos apps Ame e PicPay, além de descontos e vantagens em muitas lojas e apps de serviços.
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Condomínio | Chuvas de Verão Por Isabela Masi
Atenção: a chuva está chegando! Prevenir é a palavra-chave para evitar problemas causados pelas tempestades de verão O verão chegou e, com ele, além dos dias quentes de sol, as tempestades. Há décadas a tragédia das chuvas é uma marca triste no Rio de Janeiro. E em 2021 não deve ser diferente. De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são esperados, nos próximos meses, episódios de chuvas fortes e persistentes, com volumes acumulados elevados que podem gerar problemas de inundação e alagamentos.
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Para se precaver de transtornos nos condomínios, os síndicos não podem vacilar e precisam se antecipar aos problemas. A melhor maneira de evitar aborrecimentos é ter um plano de contingência, contratar empresas para fazer a manutenção preventiva e ainda contar com a cobertura de seguros para algum acontecimento inesperado. Entre os itens que merecem a atenção do síndico está o sistema de captação e escoamento de águas pluviais e a rede
de esgoto. Joel Costa é administrador da Desentupidora J. Costa. Para ele, os síndicos precisam “manter em dia a manutenção preventiva nos condomínios, com a remoção dos resíduos de caixas coletoras, calhas, ralos, tanto nos subsolos como no térreo e até no topo do prédio, para evitar inundações e alagamentos”. Silvana Pimenta é economista e síndica do Condomínio Residencial Araguaia Green, zona oeste do Rio. Ela concorda com Joel e acredita que a melhor maneira de se evitarem situações de risco é cuidando sempre do imóvel. “Eu nunca deixo surgir um problema para consertar depois, na emergência. O segredo do bom funcionamento do condomínio é estar em dia com sua conservação. Com tudo funcionando perfeitamente, toda a equipe e os moradores acabam ficando felizes. E eu também, porque o síndico é o responsável pelo bem-estar de muitas pessoas.” O imóvel que Silvana administra tem 42 apartamentos e uma garagem subterrânea, mesmo assim nunca houve alagamentos por causa da chuva. O condomínio está equipado com duas bombas, três caixas de recuo (essa água ainda é armazenada e aprovei-
tada para a limpeza do condomínio) e uma caixa de água servida. “Faço parte de um grupo no WhatsApp de mais de 60 síndicos e já soube de condomínios que ficaram ilhados. Por isso mesmo acredito ser necessário que, durante todo o ano, sejam feitos reparos e melhorias. Essa para mim é a melhor solução, cuidando do condomínio como se fosse a nossa casa.” O mesmo faz José Rodrigues da Costa, síndico do Condomínio Edifício Mon Real 1, na zona norte da cidade. O imóvel tem cinco andares e 32 apartamentos. José mora no local há 18 anos e afirma que nunca viu o condomínio alagar com as chuvas. O síndico também acredita que a melhor opção é a realização da preservação periódica. “Recentemente, fizemos o trabalho de sucção das caixas de gordura, hidrojateamento nos ramais de águas pluviais e limpeza das calhas e dos ralos. Assim, a chuva vem e a água escoa rápido. Se qualquer desses locais estiver entupido, pode reter a água e causar problemas. É muito melhor a prevenção do que ser pego de surpresa.” Mas o síndico que não fez a manutenção e está preocupado com o que pode acontecer ainda tem tempo. Joel, da J. Costa, afirma que é necesJAN_FEV_MAR 2021
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sário pelo menos “solicitar de imediato a limpeza das caixas de gordura e do esgoto e de águas pluviais, que acumulam resíduos, terra e areia, inclusive com o uso de hidrojateamento que, segundo a empresa, é muito mais rápido e eficiente que a desobstrução por meio de cabo”. As bombas também são importantes aliadas durante as tempestades. Por isso mesmo, de acordo com Joel, da J. Costa, elas devem estar com tudo em ordem, passando por lubrificação, testes das chaves conectoras etc. Allyne Duque, diretora da empresa Nova Saturno Manutenção Predial, alerta que cada condomínio deve ter a avaliação de uma empresa especializada para saber quais são os melhores equipamentos para atender suas demandas. “O ideal, quando se trata de edificações residenciais de até 15 pavimentos, são dois conjuntos de bombas em linha interligadas à rede de escoamento para galeria de águas pluviais das vias e um conjunto reserva com fiação e mangueiras. Cabe salientar que, no Rio de Janeiro, em época de chuvas fortes, as galerias não comportam o volume de água, por isso ocorrem alagamentos. Nesse caso, os equipamentos ligados às tubulações e redes não bombeiam a água, apenas a rebobinam, tornando-se necessário uma comporta na garagem e um sistema independente de equipamento submersível, com mangueiras e fiação, para drenagem direta para a rua.”
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No Rio de Janeiro, em época de chuvas fortes, as galerias de águas pluviais não comportam o volume de água, por isso ocorrem alagamentos. Bueiros entupidos de folhas e lixo contribuem muito para as inundações
A prevenção também é o ponto central para a diretora da empresa Nova Saturno Manutenção Predial: “Com a prevenção e manutenção dos equipamentos, os riscos de alagamento são mínimos. Mas o ideal é o síndico contratar uma empresa especializada para realizar uma visita ao condomínio e analisar o tipo de situação, vendendo um produto que vai atender sua necessidade. Os modelos se diferenciam na potência e capacidade de vazão. No caso de contratação de empresas, aqui na Nova Saturno acreditamos que o suporte técnico e
a agilidade nas questões emergenciais, como falta de água, alagamentos ou demais ocorrências, são fundamentais.”. Do lado de fora dos condomínios, pode haver um agravamento da situação se as pessoas jogarem nas ruas ou nos bueiros resíduos e entulho. Levado pela chuva, o material descartado de maneira incorreta entope tubulações; assim, a água não escoa e o lixo contribui para as inundações. Nesse caso, o síndico também pode entrar em contato com a Prefeitura e pedir a limpeza dos bueiros e a poda de árvores, que também podem causar prejuízos.
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Condomínio | Chuvas de Verão
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O descaso com a impermeabilização, a estrutura, o sistema de para-raios e outros tantos itens também deve ser observado. Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), 78 milhões de raios caem no Brasil todos os anos. Entre os anos 2000 e 2019, 2.094 pessoas morreram ao serem atingidas por um raio no país. Vinte e um por cento dessas pessoas estavam dentro de casa. O ideal é cuidar do prédio como um todo ao longo do ano para não se preocupar no verão.
Seguros Mas se mesmo assim um acidente acontecer, o melhor é estar segurado. Marlon Rosalvos é gerente da Cipa Corretora de Seguros. Segundo ele, pagar por um seguro é uma ótima alternativa para se livrar de prejuízos e dor de cabeça. “Se levarmos em consideração a severidade dos danos perceberemos facilmente o custo-benefício em contratar
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Os síndicos também podem entrar em contato com a Prefeitura e pedirem a limpeza dos bueiros e a poda de árvores, que também podem causar prejuízos
esse tipo de cobertura. Justamente por se tratar de risco cujo prejuízo poderá ser de valor elevado, a melhor alternativa é ter um seguro bem feito. Em média poderíamos considerar que essa cobertura poderá representar uma proporção de 15% a 20% do valor do prêmio.”
O ideal para isso é contratar um corretor especializado e com experiência comprovada para que ele possa tirar todas as suas dúvidas e indicar o seguro que melhor atende o condomínio. “De forma reduzida, existem duas modalidades para contratação do seguro de
condomínio: básica simples – a cobertura de alagamento e inundação pode ser incluída como cobertura adicional; básica ampla – garante qualquer dano na estrutura do condomínio, inclusive decorrente de alagamentos e inundações.” É bom lembrar também que esses seguros geralmente cobrem os danos causados ao condomínio. No caso dos veículos estacionados na garagem, por exemplo, cada morador deve fazer o seu seguro. O gerente da Cipa Corretora de Seguros ainda dá mais uma dica. “Em caso de sinistro, registre e fotografe tudo que for possível para facilitar o processo de sinistro.” Cada condomínio, portanto, deve avaliar suas necessidades e riscos e procurar empresas sérias e com tradição no mercado para cuidar da melhor forma de evitar problemas e até mesmo uma tragédia. Silvana e José sabem disso e por isso escolhem as empresas que vão
atuar nos condomínios pela confiança e qualidade de trabalho. Sempre pesquisam e conversam com outros síndicos para saber se eles também recomendam o serviço. “Além da parceria, uma empresa disposta a estar presente durante uma emergência também é um fator importante. Ao fazer a manutenção e cuidar das melhorias para que o imóvel seja valorizado, todos os moradores acabam sabendo que estão seguros e seu dinheiro está sendo bem aplicado”, conclui Silvana. Serviço Desentupidora J. Costa (21) 2568-1000/3478-1000 desentupidorajcosta.com.br Nova Saturno Manutenção Predial (21) 2245-4208/97342-7185/99988-1443 novasaturno.com.br Cipa Corretora de Seguros (21) 2196-5115/99868-8798/996565341/99824-5493 cipacorretora.com.br
O verão chegou e com ele as tempestades que, infelizmente, são uma marca triste no Rio de Janeiro
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| Segurança
Redes de proteção Telas de aço galvanizado oferecem proteção extra
divulgação
As redes de proteção começaram a ser usadas nos idos anos 1970, 1980. Na época, a ideia era proteger as crianças, mas muitos debates acaloraram as reuniões condominiais. Alguns achavam que o artefato alterava as fachadas e não queriam tais alterações. Mas a discussão chegou à esfera jurídica e finalmente as redes foram autorizadas legalmente por questões de segurança mesmo. Atualmente, alguns condomínios padronizam a cor que os moradores devem usar para que determinado modelo seja seguido e o visual não fique comprometido. Outros não fazem nenhuma exigência. Mas uma questão de bom senso
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sempre é esperada. No início dos anos 1980, Sebastião Sardinha, da empresa Telas Guaratiba, já atuava no mercado e ele lembra que só se usavam telas de aço. Depois disso as telas de náilon se popularizaram e tomaram conta do mercado. Porém, até hoje, algumas pessoas ainda preferem as de aço por motivos variados: crianças ou adultos com necessidades especiais e também por causa de animais que roem as telas de náilon. Sebastião Sardinha já viu de tudo: “Já vi criança que cortou a tela com tesoura e também animais que roeram as telas.” Isso é mais comum do que se pensa.
Dor que nunca cessa Foi o que aconteceu com Caio Cunha, empresário, pai de um bebê que nasceu no segundo semestre de 2020 e também de oito cães da raça shitzu. Ele, que tinha apenas um casal de cachorros, de repente se viu com vários filhotinhos lindos e acabou não se desfazendo de nenhum. A família aumentou bastante de uma hora para outra. Caio mora no 10º andar de um prédio na zona sul do Rio de Janeiro e passou pela situação traumática de perder um de seus filhos de quatro patas por causa da rede de náilon roída. “Aconteceu comigo, infelizmente, nunca imaginei que isso pudesse ocorrer. Eu já morava nesse apartamento havia um ano aproximadamente. Quando mudamos para cá já encontramos a rede na varanda; nós checamos se ela estava ok, e estava. Mas uma parte cedeu e um dos cachorros passou por ali”, lamenta profundamente. O morador, ainda muito consternado com o acontecido, colocou tela de aço em sua varanda. Agora estão todos seguros, mas a dor ficou. “Sinto um remorso muito forte por não ter imaginado que isso poderia acontecer. Ainda me dói muito até falar sobre isso”, diz ele, que pensa até em se mudar do local para evitar as lembranças fatídicas. Caio concorda com o especialista das Telas Guaratiba. Para ele, as telas de aço devem ser usadas para animais e até em
casos de crianças hiperativas. “Como medida de segurança e precaução”, finaliza. A revista Condomínio etc. compartilha de sua dor, Caio, e agradece seu depoimento, que certamente vai ajudar muitas pessoas a protegerem de forma mais eficaz seus pets.
Redes de aço galvanizado Tela articulada de aço galvanizado. Esse é o produto que quem deseja proteção máxima para pessoas e animais de estimação pode e deve pedir para instalar em varandas e janelas. O especialista da Telas Guaratiba explica que essa rede é mais cara do que a de náilon, mas a durabilidade é muito maior também. Segundo ele duram no mínimo dez anos. “Mas é importante que se usem ganchos de aço inoxidável para fixar a tela nas paredes. Esse tipo não enferruja”, ressalta, lembrando que vivemos numa cidade que recebe umidade do mar e que peças de ferro acabam enferrujando muito rápido. Ele dá a dica para quem acha que não vai saber se está recebendo gato por lebre ao adquirir os ganchos adequados: “Quando a empresa for instalar as redes, o cliente deve usar um ímã para ver se ele adere aos ganchos que serão afixados na parede. O ímã não adere ao aço inox”, avisa ele, observando que os ganchos de inox, por terem muito mais qualidade, também são mais caros que
os comuns, de ferro. “Os de ferro são até mais bonitos, mas enferrujam, não aconselho”, pontua ele, avisando que, para oferecer qualidade absoluta, só trabalha com os melhores fornecedores de matéria-prima. A instalação desse tipo de rede é feita por profissionais especializados em metalurgia. Diferentemente das redes de náilon, que para fechar determinada área basta serem cortadas, as telas de aço galvanizado são feitas sob medida. “A técnica é completamente diferente. Em minha empresa a chamamos de tela caracol – ela é articulada, não é rígida”, explica Sardinha. O proprietário da Telas Guaratiba explica ainda que essas telas podem ser revestidas de PVC nas cores branca ou preta: “Isso garante maior beleza e durabilidade.” Do contrário, ficam com a cor natural do aço. “Fios, malhas e tamanhos também podem variar de acordo com a necessidade de cada cliente”, detalha ele. O uso do acabamento em PVC é indicado para alambrados e cercamentos em geral, sendo muito recomendado para locais onde haja variações climáticas, poluição e para ambientes ao ar livre, além de possuir maior resistência à ferrugem. Serviço Telas Guaratiba (21) 99989-9718 (21) 3402-7212 telasguaratiba.com.br
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| Estatísticas
Imóveis ofertados Rio de Janeiro
Casa 13,1%
VENDA Tipo de Imóvel
1 Qt
2 Qts
3 Qts
4 Qts
TOTAL
%
7.389
36.547
32.765
12.196
88.897
74,7
Casa
171
3.087
5.396
6.924
15.578
13,1
Cobertura
58
1.878
5.748
3.940
11.624
9,8
Quitinete
1.108
***
***
***
1.108
0,9
Apartamento
Flat TOTAL
1.305
444
***
***
1.749
1,5
10.031
41.956
43.909
23.060
118.956
100%
1 Qt
2 Qts
3 Qts
4 Qts
TOTAL
%
2.748
6.055
3.580
1.230
13.613
82,5
Casa
256
423
274
218
1.171
7,1
Cobertura
19
135
317
248
719
4,4
Quitinete
508
***
***
***
508
3,1
Flat
371
123
***
***
494
3
3.902
6.736
4.171
1.696
16.505
100%
Apartamento
TOTAL
fonte: Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio.
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Quitinete 0,9% Flat 1,5% Apartamento 74,7%
Casa 7,1% Cobertura 4,4%
LOCAÇÃO
Tipo de Imóvel
Cobertura13,1%
Quitinete 3,1% Flat 3%
Apartamento 82,5%
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| Paisagismo Por Mateus Alcântara
Poda preventiva Árvores devem ter manutenção periódica No contexto urbano, morar em uma rua arborizada pode ser muito confortável, mas, além de sombra e uma agradável paisagem, elas são responsáveis por desempenhar papéis importantes, como liberar oxigênio e reduzir a sensação térmica, além de proporcionar uma melhoria significativa na qualidade do ar. O que muita gente não sabe é que essas belezinhas, depois de plantadas e crescidas, necessitam de cuidados técnicos constantes para exercerem esse papel corretamente. A manutenção preventiva não deve ser realizada apenas em prédios ou carros, apesar de essas serem as primeiras sugestões de pesquisas do site Google para o termo. Ela também deve ser realizada em árvores. A poda de árvores previne quedas de galhos, que podem atingir pedestres e carros. A iniciativa contribui para a conservação dos espaços verdes na cidade, além de evitar que a fiação elétrica seja atingida, prevenindo, assim, possíveis acidentes com a energia. Cláudio da Silva, responsável pela Nature Rio, empresa de paisagismo e manutenção de jardins, aconselha: “Para o crescimento de árvores mais viçosas, devemos ter certos cuidados, como cortar e podar, sendo recomen30
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dada a presença de um agrônomo e, em alguns lugares, a autorização da Prefeitura, ainda que a árvore esteja em um endereço particular. A higienização e a limpeza também fazem parte desse processo”, afirmou. Segundo o especialista, a periodicidade da manutenção vai depender da espécie da árvore. “A poda sempre deverá acontecer, porém, em algumas árvores com mais frequência, em outras com menos. Tudo vai depender da avaliação do técnico na visita e do tipo de árvore”, explicou. Uma vez realizada a manutenção, é feito o controle fitossanitário, por meio de métodos que impedem a proliferação de doenças e o ataque de insetos e pragas nas plantações. Além disso, ela previne a presença de visitantes que podem chegar aos apartamentos com a proximidade dos galhos nas janelas ou varandas.
Visita indesejada Foi o que aconteceu com Maria Eliza, moradora do terceiro andar do Condomínio Golden Garden, de 11 andares, na zona sul. Em agosto de 2020, ela estava em casa convalescendo da Covid-19 e acordou com uma visita ilustre no apartamento: apesar
Foto: Maria Eliza
Maria Eliza explicou que acordou com um mico na varanda gritando desesperadamente. “Parecia um pedido de socorro, por isso decidi entrar em contato com o órgão responsável pela retirada de animais silvestres”
do investimento em telas de proteção, um mico passou por um espaço entre a rede e a parede e entrou na varanda, que era bem próximo aos galhos de uma árvore. “Quando acordei, o mico estava gritando na varanda do meu quarto; eu e meu filho percebemos que ele estava desesperado e fomos procurar o órgão
específico para o qual deveríamos telefonar. Primeiro entramos em contato com a Patrulha Ambiental (1746), que nos informou que deveríamos aguardar o período de 72 horas. Como o animal estava gritando sem parar, entrei em contato com o Corpo de Bombeiros e, em menos de uma hora, eles estavam na
minha casa para retirar o animal”, disse. De acordo com as informações no site do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em caso de aparecimento de algum animal silvestre é importante não tentar capturá-lo, pois ele pode oferecer riscos. Se o animal se sentir ameaçado, pode atacar. O mais indicado é isolar
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| Paisagismo
o local e entrar em contato com os bombeiros pelo número 193. Após o acontecimento, o síndico foi notificado e tomou as providências a respeito da poda e da manutenção preventiva das árvores ao redor do prédio. “Depois disso, parece que entendemos que a poda e a manutenção precisam ser constantes. Você não pode cortar um galho simplesmente por estar incomodado, é necessário ter o auxílio de uma empresa experiente e que entenda muito bem o que está fazendo”, explicou Maria. Histórias de pequenas invasões são mais comuns do que se pensa. Heloísa Mota e sua mãe, Margarida Conceição, moravam em uma cobertura no quinto andar, também na zona sul do Rio de Janeiro. As moradoras vinham observando o aparecimento de fezes de rato no apartamento. Coincidentemente, ao lado havia um terreno com árvores e os galhos encostavam na varanda. “Quando percebemos o aumento das fezes, começamos a nos preocupar e a especular como aquele bicho estava entrando em casa. Até que um dia vimos que o rato vinha pela árvore e entrava em busca de comida”, explicou Heloísa. Heloísa conta que entrou em contato com o síndico do prédio para tomar as providências em relação às árvores no terreno ao lado. Além disso, ele também teve de lidar com a dedetização. “Minha mãe acabou dando conta do rato antes da
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Maria Eliza conta que, antes da manutenção correta, os galhos das árvores da rua estavam muito próximos da sua varanda, o que facilitou a entrada do mico. Ela relata que, em alguns momentos, chegou a ver alguns macacos de porte médio passando pela árvore
dedetização: as ratoeiras pela casa acabaram com a presença do visitante'”, disse. Luiz Faria, gestor operacional responsável pela Panabras, empresa especializada no combate a pragas com métodos ecologicamente testados, relata que casos como o de Heloísa acontecem com frequência. E alerta que, para o controle desse tipo de situação, é necessária a prevenção periódica. “Jardins de condomínio e áreas externas são locais propensos ao surgimento de pragas como ratos, baratas, aranhas e mosquitos. Por isso, é importante que a
prevenção seja realizada com frequência”, explicou. O gestor alerta que, em algumas épocas do ano, como no verão, o risco do aumento das pragas pode ser ainda maior. Segundo ele, o período mais quente do ano e a presença de chuvas favorecem a proliferação de insetos. “Aumenta a frequência do aparecimento de pragas em jardins e árvores durante o verão. Esse fato se deve às condições climáticas da estação, além de serem locais favoráveis para a reprodução desses insetos”, declarou.
A Panabras, que tem 25 anos de experiência no mercado, alerta para a necessidade de verificar se a empresa contratada pelo condomínio – responsável pela dedetização – está registrada no Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e tem o visto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Essa autorização certifica que os métodos utilizados são ecologicamente testados, contribuindo para a preservação correta dos espaços verdes no meio urbano. Além disso, o gestor reforça a imprescindibilidade da presença de um técnico especializado no local. “Sempre procuramos atuar com os padrões exigidos pelo Inea, que conta com um departamento técnico dirigido por engenheiros agrônomos que utilizam os métodos corretos para a prevenção e o controle de pragas nos ambientes com árvores e plantas”, disse. Faria enfatiza que o processo de desratização e prevenção de outras pragas deve ser feito por especialistas e alerta para os possíveis acidentes
que acontecem quando a dedetização é feita por alguém que não entende do assunto. “Diferentemente dos métodos antigos em que apenas o chumbinho ou a ratoeira eram colocados nos lugares, a gente se preocupa não só com os espaços, mas com quem passa por eles. Quando é feita a dedetização, colocamos avisos sinalizando que naquele local foi realizado um procedimento de controle de vetores, tanto em ambientes internos quanto externos, próximo a árvores e plantas. Essa preocupação é importante para não prejudicar os animais domésticos e de rua, além de realizar o serviço que realmente vai atuar de acordo com as restrições do local e dar fim ao surgimento de pragas e insetos”, esclarece Luiz. Serviço Nature Rio (21) 3596-1737 nature.rio.br Dedefone – Grupo Panabras (21) 2617-8661/99792-4539 dedefone.com.br JAN_FEV_MAR 2021
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| Manutenção Por Leticia Rio Branco
Impermeabilização malfeita Evite problemas recorrentes como infiltrações e água contaminada Você sabia que um dos principais problemas enfrentados pelos condomínios é uma impermeabilização malfeita? Sim, pode parecer difícil de acreditar, mas o problema é recorrente e traz uma série de danos e prejuízos aos condomínios. Afinal, a impermeabilização deve ser feita com todo o cuidado para evitar que se torne um martírio em longo prazo. Renato Giro, arquiteto e proprietário da Primer Engenharia de Impermeabilização, é categórico. Segundo ele, uma impermeabilização malfeita pode ser pior do que simplesmente não ter impermeabilização. “Quando não existe impermeabilização, é fácil resolver o problema: basta fazê-la. Mas se é malfeita, pode custar muito para descobrir onde está a falha, e isso consome inúmeros recursos: tempo, paciência e dinheiro”, diz. E o estrago não é pequeno. “Uma vez que a água ultrapassa a camada impermeabilizante, ela pode invadir lugares de difícil acesso e causar danos à estrutura da edificação, cujos reparos serão muito
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A síndica Regina Célia Spiguel optou pela tecnologia Geostank, da Fortekk
dispendiosos. Além das consequências deixadas na estrutura da edificação, a impermeabilização malfeita pode acarretar consequências aos habitantes daquele ambiente, com problemas respiratórios e pulmonares em razão da facilidade
de proliferação de fungos e bactérias”, avisa Giro, acrescentando que numa impermeabilização feita, por exemplo, com manta asfáltica que apresente falha, a passagem de água sob a camada betuminosa será permitida. “Assim, ela poderá infiltrar nas camadas abaixo, pois não há como retornar. Muitas vezes esse processo de penetração pelo concreto é lenta e, quando percebido, já representa a contaminação dos ferros no interior do concreto, iniciando o processo corrosivo de deterioração daquela estrutura. Assim, uma vez abaixo da manta asfáltica, a água só poderá retornar em forma de vapor. Como isso dificilmente acontece, ela vai se infiltrar pela estrutura”, explica. O síndico César Augusto Narciso Cavalcanti, que administra o Condomínio do Edifício Olímpico, de 72 apartamentos na zona sul carioca, apesar de nunca ter sofrido problemas de infiltração, sabe como se precaver. Ele afirma que podem ocorrer infiltrações decorrentes de águas pluviais sobre lajes, terraços e garagens, provocando vazamentos para
A importância da impermeabilização preventiva Logo, é imprescindível ter uma impermeabilização preventiva para evitar problemas maiores. Segundo o síndico César Augusto Narciso Cavalcanti, a rotina no seu condomínio é intensa. “A impermeabilização se torna preventiva quando podemos observar e reparar o problema antes de comprometer a área ou estrutura impermeabilizada. Semanalmente, como rotina, andamos por todas as áreas do condomínio (garagem, playground, coberturas, escadas e demais locais), a fim de observarmos se algum local apresenta certo tipo de problema como vazamentos, infiltrações, emboço em decomposição, ferragem de estrutura exposta, rachaduras, procurando sempre repará-las e corrigi-las imediatamente”, afirma.
Luiz Otávio Gomes Ribeiro, engenheiro da Ricel Engenharia de Manutenção Predial, dá algumas dicas para não deixar de lado a impermeabilização periódica. “O condomínio deve fazer sempre a autovistoria nos prazos definidos em lei, quando será detectado se há algum tipo de infiltração. Ao fazer vistorias periódicas para verificação, caso apareçam os primeiros sinais de infiltração, a orientação é sempre resolver o problema imediatamente. Em geral, o prazo depende do tipo de impermeabilização e dos esforços nela exercidos, e a periodicidade pode ser de dois em dois ou de cinco em cinco anos”, afirma. E tem mais: ainda segundo Luiz Otávio, o síndico deve estar atento à impermeabilização de cisternas e caixas-d’água, pois cada uma deve ser impermeabilizada de maneira diferente. “Na caixa-d’água inferior deverá ser feita uma impermeabilização que tenha memória e mantenha as mesmas características sem se romper, mesmo que tenha sido solicitado trabalho térmico-estrutural. Já na caixa-d’água superior, por estar no alto da construção e mais exposta às intempéries, sua estrutura está mais sujeita a esses esforços. Nas cisternas, que em grande parte são enterradas e confinadas, poderá ser utilizada uma impermeabilização rígida, levando-se em consideração que os esforços térmico-estruturais são bem me-
Geostank/divulgação
os níveis inferiores, com desprendimento de revestimentos, oxidação das ferragens embutidas, comprometimento da durabilidade e da resistência da estrutura. “Por isso, a cada seis meses, todos os nossos reservatórios (cisterna e caixas-d’água) são limpos por uma firma especializada, e sempre verificamos o estado geral interno deles executando, quando necessário, os devidos reparos com produtos impermeabilizantes de qualidade”, ensina.
Infiltrações decorrentes de águas pluviais sobre lajes, terraços e garagens, podem provocar vazamentos para andares inferiores
nores ou, em alguns casos, quase não existam”, diz. José Lima, sócio da Fortekk, aponta que o síndico deve solicitar a seus colaboradores que sempre observem se, no reservatório superior, existem marcas de infiltração, normalmente apresentadas por estalactites na laje inferior, resultantes de fissuras, e se as paredes externas apresentam manchas de umidade. “Na cisterna, aconselhamos o fechamento do registro de entrada de água para observar o nível no período noturno, quando não há o comando de abastecimento para o reservatório superior. Por isso, é recomendado que a limpeza e a desinfecção dos reservatórios ocorram uma vez a cada seis meses ou quando houver contaminação da água, entrada de
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| Manutenção
objetos, animais, sujeiras como folhas, lama ou lodo e mudanças no aspecto da água, como cor, odor ou sabor. Na ocasião, a empresa prestadora do serviço de limpeza deverá descrever e apresentar fotografias do estado dos reservatórios para que o síndico tome ciência e, assim, realize os devidos reparos”, diz. Por outro lado, em caso de impermeabilização, é preciso considerar o estado de conservação da estrutura, examinando os revestimentos internos e a tubulação. “Deve-se observar, ainda, o estado da laje de teto desse reservatório, pois é a parte da estrutura mais afetada pela água na sua fase de vapor, sendo muito agressivo aos ferros no interior do concreto”, explica Renato Giro, da Primer Engenharia, acrescentando que só assim poderá considerar o material a ser aplicado. “Justamente os reservatórios elevados sofrem grandes esforços distintos entre as paredes dia-
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riamente. Muitas vezes, uma das faces da caixa recebe a insolação na parte da tarde, quando pode ficar exposta a uma temperatura superior a 40 °C, enquanto a outra face, de concreto, encontra-se sem nenhuma insolação. De um lado, o concreto expande com o calor, do outro, pode até retrair. Além disso, o peso da água durante o dia modifica constantemente, variando as pressões internas. Com essas características, os reservatórios devem receber impermeabilizantes
flexíveis que acompanharão essa variação de esforços entre as paredes, o piso e o teto”, ensina. Já os reservatórios enterrados no solo (cisternas) possuem uma estrutura mais protegida dos esforços diferenciados. “Uma vez abaixo do nível do piso, encontram-se mais protegidos da variação climática, portanto podem ser utilizados materiais rígidos, como argamassas poliméricas ou cimentos cristalizantes”, diz Giro, arquiteto da Primer Engenharia.
Tecnologia e impermeabilização: o que tem surgido de novidade A indústria fabricante de materiais evoluiu muito. Há poucos anos, os sistemas de impermeabilização para reservatórios consideravam a aplicação diretamente sobre as superfícies internas dos sistemas. “Isso cria uma dependência muito grande da qualidade do preparo da parede e do piso para receber o material que precisa penetrar no revestimento interno para criar uma camada impermeabilizante. Ou seja: a fase de preparação é fundamental e tão importante quanto a técnica da aplicação do material impermeabilizante. Esses sistemas, aderidos às superfícies, ainda sofrem muito com a incrustação de sujeira da água e também desgastam-se rapidamente com o sistema de limpeza periódica dos condomínios”, observa Renato Giro.
Assim, é natural que surjam as mais diversas tecnologias. Giro aponta a manta de PVC, um sistema pré-moldado e fixado mecanicamente que cria uma “piscina” interna no reservatório. “Assim, os sistemas cimentícios, acrílicos, de epóxi ou poliuretanos são aplicados diretamente sobre os substratos e dependem fundamentalmente da qualidade dessas superfícies para funcionar e ultrapassar o prazo de garantia de cinco anos comumente utilizado pelas empresas.”
Já Lima, da Fortekk, criou uma tecnologia industrial exclusiva, cuja fabricação é realizada sob medida para a impermeabilização de reservatórios, mesmo com microfissuras. “A fabricação do Geostank foi desenvolvida com material totalmente atóxico, que se mantém independente das paredes internas e que passa a trabalhar como formas para o bolsão de PVC. Assim, os reservatórios antigos com paredes em mau estado não precisam ser regularizados com argamassa ou outros materiais”, explica. Ele revela ainda que, do ponto de vista da engenharia, “a água perdida nos reservatórios muitas vezes percola de maneira indesejada, reduzindo a vida útil das estruturas de sustentação da própria caixa ou das edificações vizinhas. Assim, o custo da recuperação estrutural se soma ao custo da água tratada que é perdida, aumentando o prejuízo”, pontua.
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| Manutenção
O material usado na tecnologia é, segundo Lima, a geomembrana de PVC. “Estamos falando de um material à prova d’água, com matéria-prima básica de polímero molecular elevado, fornecida e analisada, de acordo com a norma NBR-12170, pelo Instituto Adolfo Lutz”, completa. Regina Célia Spiguel, síndica do Condomínio do Edifício Engenheiro Noronha, de oito andares na zona sul carioca, resolveu adotar a tecnologia do Geostank. Segundo ela, a escolha se deu há dez anos. “Logo depois que me tornei síndica, nossa cisterna apresentou necessidade de ser impermeabilizada, e o tempo sem reserva de água era crucial, em razão de o reservatório superior não suportar nosso consumo diário. Foi quando conhecemos a tecnologia da empresa Fortekk, que realizaria a impermeabilização rápida. Contratamos o serviço com a empresa, que é utilizada até hoje”, conta ela, que optou pela mesma tecnologia para o reservatório superior. “Foi uma questão mais tardia, porque tínhamos que trocar as tubulações do barrilete, que eram de ferro. Após a troca da tubulação por PVC, também resolvemos aplicar a mesma impermeabilização do Geostank”, afirma. José Lima observa que a tecnologia aplicada na impermeabilização da Fortekk tem a durabilidade de cinco anos. Porém, o prazo poderá se estender quando o condomínio faz a manutenção semestral e tem os cuidados
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recomendados. “A garantia em utilizar a impermeabilização com a tecnologia do Geostank é que, havendo necessidade do reparo por algum problema causado por terceiros, conseguimos solucionar in loco e em curto tempo, diferentemente dos métodos tradicionais, nos quais deve-se obedecer ao tempo mínimo de 24 horas para a reutilização”, ensina. A síndica diz ainda que, mesmo sem nunca ter tido uma experiência negativa em relação à impermeabilização, está muito satisfeita com a tecnologia adotada. “O síndico tem a responsabilidade na escolha de uma empresa especializada em impermeabilização e com boas referências, principalmente, para o serviço de impermeabilização em reservatório de água potável. Se a nossa escolha for apenas pelo preço,
podemos transferir para o condomínio o ônus da má gestão, sem falar no risco de bebermos uma água não potável. Em nosso condomínio, a cada seis meses, realizamos a limpeza dos reservatórios, e a empresa Fortekk nos informa se há necessidade de fazer algum serviço, como o laudo de potabilidade da água. A tecnologia do Geostank tem nos oferecido plena satisfação. Inclusive, já recomendei a tecnologia Geostank a síndicos amigos”, comenta. Portanto, o especialista da Fortekk conclui que o processo de impermeabilização é constituído de diversas etapas até chegar ao estanque. “O síndico deve saber que sempre temos de analisar a estrutura a ser impermeabilizada, como preparar a superfície. E cada etapa deve ser criteriosamente avaliada antes de sua execução. Por isso, recomendo que um técnico visite o reservatório na ocasião da limpeza para avaliações, principalmente se houver necessidade de impermeabilizar com revestimento em Geostank”, finaliza. Serviço Fortekk (21) 2221-0801 fortekk.com.br/ Primer Engenharia de Impermeabilização (21) 2266-3325 primerengenharia.com.br/ Ricel Engenharia de Manutenção Predial (21) 2262-3688
| Condomínio
Contratando com atenção Um bom contrato faz toda a diferença res não terem sido alcançados pela contratada e a possibilidade de compensação dos valores pagos. 5. Condições de pagamento.
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O papel do síndico é de suma importância no momento da contratação de um serviço para o condomínio. Escolher a empresa ou o profissional que se deseja contratar seria o primeiro passo, mas nem por isso o mais fácil. Num segundo passo, o síndico deve verificar dados cadastrais, como experiência do responsável técnico (se for o caso), tempo de atuação da empresa no mercado, cadastro positivo na Serasa, situação fiscal, prova de endereço e, em alguns casos, até o capital social deve ser verificado. Isto posto é hora de verificar o contrato. Normalmente, as empresas têm seu contrato, mas cabe aos síndicos avaliarem e decidirem se as cláusulas são pertinentes ou não, e sugerir adequações pode ser necessário. A Cipa costuma orientar seus clientes nesse sentido para evitar problemas no futuro. Alessandra Saad, do escritório Saad Advogados Associados, que atende os clientes Cipa na esfera jurídica, elaborou alguns pontos importantes aos quais os síndicos devem estar atentos no momento da celebração de um contrato de prestação de serviço.
1. O objeto deve ser claro e específico, sendo detalhado o objetivo que espera ser alcançado pela contratada, sendo certo que a remuneração está atrelada a esse objetivo. 2. Possibilidade de aditamento do contrato. 3. Cláusula de cumprimento do contrato, indicadores mínimos de performance, eficácia ou qualidade – medição dos serviços contratados. 4. Penalidade no caso de os indicado-
6. Comprovação do recolhimento dos encargos sociais dos empregados alocados no serviço, deixando claro que o referido contrato não constitui vínculo empregatício nem societário com o condomínio contratante. 7. Emissão de nota fiscal. 8. Vigência dos prazos contratuais. 9. Cláusula de penalidade e rescisão: multa por atraso e/ou descumprimento do contrato e multa por denúncia imotivada. 10. Vedação de cessão contratual sem o consentimento do condomínio contratante. 11. Ausência de solidariedade entre as partes. 12. Foro de eleição. 13. Princípio da boa-fé objetiva entre os contratantes.
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| Condomínio
Cupim, uma praga silenciosa Olhos atentos podem evitar grandes estragos Cupim talvez seja a praga mais detestada por todos. Isso porque suas consequências causam enormes prejuízos. Por isso, os olhos atentos de moradores, síndicos e funcionários de condomínios são importantes para sinalizar qualquer início de infestação coletiva. As revoadas típicas da primavera são normalmente o início de focos de cupins. Eles vêm em grandes nuvens, geralmente ao entardecer dos dias quentes. Aparentemente inofensivos, perdem as asas, caem no solo, juntam-se em pares e iniciam a busca por um local do ambiente humano para a construção de um novo ninho. Já estabelecidos, copulam e a fêmea realiza a primeira postura. A partir daí todo mundo já sabe o que acontece. Existem muitas receitas caseiras e aparentemente miraculosas para acabar com as cupins, basta dar um “google” que mil e uma receitas vão aparecer. Mas nada como a eficácia de uma empresa especializada para resolver esse tipo de problema. Marcos Moraes, diretor comercial da Unitec, empresa atuante no ramo de controle de pragas desde 1993, afirma que “o importante é fazer o serviço com
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uma empresa credenciada, que conte com um biólogo que vai avaliar a necessidade de cada condomínio, fazendo o melhor serviço no combate e no controle de vetores e pragas, com um atendimento personalizado, de acordo com a necessidade de cada cliente. Além disso, é fundamental que a empresa seja certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tenha licença do Instituto Estadual do Ambiente (Inea)”. No Estado do Rio de Janeiro, a prestação de serviços de controle de vetores e pragas urbanas é uma atividade regulada pelo Inea, em cumprimento às determinações legais de âmbito federal e estadual.
Na legislação federal, essa atividade está contemplada nos artigos 5º e 9º da Instrução Normativa Ibama nº 141, de 19 de dezembro de 2006, e na RDC Anvisa nº 52, de 22 de outubro de 2009. No âmbito estadual, o art. 7º do Decreto RJ nº 480, de 25 de novembro de 1975, o art. 10º do Decreto-lei RJ n° 230, de 18 de julho de 1975, e o art. 8º da Lei RJ nº 3972, de 24 de setembro de 2002, disciplinam o setor. Com base nessa legislação, o Inea, por meio de Normas Operacionais (NOPs), organiza a operacionalidade das empresas prestadoras desses serviços em todo o território do Estado do Rio de Janeiro, concedendo-lhes a Licença Ambiental Simplificada (LAS), documento único que habilita esses empreendimentos à prestação desses serviços.
Combatendo o mal pela raiz Não basta um olhar atento. É necessário ser rápido no combate aos cupins. Uma vez identificado um foco, o ideal é chamar uma empresa especializada e reconhecida por sua eficácia para eliminá-lo, fazer uma busca por outros possíveis focos e criar barreiras químicas.
Marcia Montalvão, síndica profissional desde 1999, sócia da Sindmar Gestão Condominial, administra 22 condomínios e, recentemente, atuou numa situação relacionada com cupins. “Em um dos condomínios que assumi recentemente como síndica, tivemos que agir de forma rápida e eficaz. No prédio, em que as varandas contornam os apartamentos nas quatro faces, foi identificado um foco no teto rebaixado de madeira, e que já começava a atingir o interior de uma das unidades”, explica ela. Segundo a síndica, que tem experiência de sobra, não bastava que o morador atingido tratasse pontualmente o problema, até porque, como todos sabem, os cupins se alastram de forma silenciosa e rápida. “O condomínio entrou em consenso e todos os tetos das varandas foram tratados. Além disso, os moradores que quiseram obtiveram
A síndica Marcia Montalvão age rapidamente em casos de infestação de cupins
preço diferenciado para tratar suas unidades.” Esse escopo mais abrangente e preventivo garantiu uma negociação com excelentes condições para os mo-
radores e para o condomínio também. Importante frisar que o tratamento das varandas foi custeado pelo condomínio. “Em outro condomínio onde foram identificados focos no play, decidimos fazer a descupinização além da área comum, nos portais dos apartamentos, como barreira para evitar uma propagação silenciosa.” Marcia é enfática: “Cupim só se resolve dessa maneira. Não acho que tratar um local pontualmente seja viável”, finaliza ela, lembrando que a ação aconteceu em novembro de 2020. “Nenhuma atividade ligada à manutenção preventiva pode deixar de ser feita. Mesmo durante a pandemia, todos os condomínios em que atuo receberam todos os cuidados necessários habituais.” Serviço Unitec Controle de Pragas (21) 2452-1773/3437-1367 unitec.emp.br
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| Sustentabilidade Por Isabela Masi
Energia solar: economia que faz bem ao meio ambiente Redução na conta de luz em condomínio em Niterói pode chegar a quase 70%
Já imaginou o condomínio onde você mora produzindo a própria energia? Isso já é possível e está ao alcance de todos. A utilização de energia solar está se expandindo em todo o mundo e aqui no Brasil não é diferente. As vantagens vão desde a economia na conta de luz e a autonomia energética até o impacto zero para o ambiente. Por isso não só indústrias e empresas, mas também os condomínios residenciais estão apostando na mudança. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a adesão ao sistema cresceu mais de 200% em 2019, totalizando mais de 100 mil novas instalações. Uma pesquisa realizada, em 2020, pelo Ibope apontou que 90% dos brasileiros gostariam de substituir o consumo de energia elétrica por uma fonte de energia renovável. A empresa Insole Energia Solar é pioneira e especializada no assunto. No mercado desde 2013, já foi responsável por mais de 3 mil projetos executados no Brasil. E para quem acha a proposta
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Para o síndico Ademir Cunha de Oliveira, do Condomínio Jardim Icaraí, a mudança para energia solar pode gerar economia de quase 70%
legal, mas acredita que seja muito caro, as condições apresentadas pela empresa podem fazer você mudar de ideia. A Insole é uma clean fintech – termo que surgiu da união das palavras em inglês clean (limpo – energia limpa), financial (financeiro) e technology (tecnologia) –, isto é, é uma empresa que
financia soluções de energia solar para os clientes. De acordo com Carlos Coutinho, diretor comercial da franquia da Insole no Rio de Janeiro, o condomínio não precisa ir ao banco pedir empréstimo para arcar com o serviço. Isso porque a própria empresa tem um fundo de investimento – Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), o primeiro do Brasil sacramentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – que financia toda a instalação, e o cliente ainda pode pagar em até 10 anos. O diretor comercial do Rio explica ainda que, no fim do financiamento, o equipamento é do condomínio e não é necessário investimento inicial. “Nosso diferencial derruba qualquer negatividade. Instalação zero, gasto zero, conta zerada, contrato direto com a empresa. A empresa tem o selo da ONU de energia renovável. Sendo assim, o imóvel passa a ser mais valorizado porque gera a própria energia sem prejudicar o meio ambiente. Uma ação importante para o mundo de hoje, em que as questões
ambientais são de extrema importância para a sobrevivência da humanidade.” Além de colaborar com o ambiente, a Insole está saindo na frente mais uma vez e lança, em 2021, mais um benefício. Por meio de um serviço de portabilidade, a empresa oferece desconto ou crédito para o cliente. Quem escolher o crédito, vai poder transformar o custo da energia solar em uma “moeda” que pode ser usada em uma rede de empresas credenciadas pela Insole. O diretor comercial nacional da empresa, Daniel Jesus, explica que o modelo funciona como o das operadoras de telefonia, em que os clientes têm vantagens que geram desconto ou podem ser trocadas por produtos. Ainda segundo o diretor comercial da Insole, esse crédito pode ser revertido em melhorias para o próprio condomínio. “O custo de energia do cliente se transforma em multivantagens para ele. A ideia foi lançada pelos próprios direto-
res da empresa. A Insole vem mudando muito o formato de fazer as coisas, e, a cada dia, pensamos em inovações em um mercado que ninguém tinha explorado antes. Por meio desse sistema, o cliente passa a ter desconto no financiamento ou crédito para gastar na rede credenciada, formando, assim, um ecossistema de serviços e produtos em um modelo inclusivo e colaborativo.”
Relação custo-benefício aprovada! Ademir Cunha de Oliveira é economista e síndico do Condomínio Jardim Icaraí, em Niterói. Ele decidiu instalar a usina fotovoltaica no início de 2021. O condomínio que ele administra tem 180 apartamentos, piscinas, sauna, salão de festas, play com lanchonete, academia de ginástica, quadra de esportes, sala de jogos. Com tantos benefícios, no final do mês, a conta de luz vinha bem alta.
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| Sustentabilidade
A energia que vem do sol: economia de luz e autonomia energética
Ao fazer os cálculos, ele enxergou na energia solar uma opção para diminuir os gastos. Ademir disse que já vinha acompanhando a evolução da energia solar e tinha conhecimento de alguns condomínios que tinham implantado o sistema. “Mas o principal motivo foi o estudo feito por uma comissão criada no condomínio com a intenção de reduzir nossas despesas, além de usar uma energia limpa, contribuindo com nosso planeta. Acreditamos que teremos uma redução de 68% na conta de energia.” Mas não só em condomínios grandes, como é o caso do administrado por Ademir, que o sistema de energia solar pode ser implantado. De acordo com o diretor comercial da Insole do Rio, Carlos Coutinho, a empresa tem projetos para todos os tipos de clientes, uma vez que possui capacidade para implementar sistemas com diferentes tamanhos e em todas as regiões do país. Por exemplo, se um morador quiser fazer um plano para seu imóvel, pode procurar a empresa para um orçamento. A instalação da usina solar pode ser feita no próprio espaço do condomínio, em uma área comum, no telhado ou até mesmo no estacionamento dos carros. No caso do estacionamento, se for uma área aberta, a Insole constrói um carport (como se fosse um telhado) e os carros ficam estacionados embaixo das placas que geram energia. Mas, calma, se não houver espaço, há outras soluções, como alugar
terrenos em áreas mais distantes, às vezes até em outro município (só é necessário que fique na mesma área de cobertura da empresa de energia que atende o condomínio), e essa energia ser direcionada para o condomínio. Por meio de um aplicativo, o cliente ainda acompanha, com total segurança e rapidez, o funcionamento das placas, a geração e os gastos de energia. Se houver algum problema, ele manda uma mensagem para a empresa e ela vai cuidar da manutenção, sem custo adicional, durante todo o contrato de financiamento. A Insole nasceu em Recife, Pernambuco, mas hoje em dia atende todos os estados do país. Aqui no Rio já instalou energia solar nos Estúdios Globo, em Jacarepaguá, e tem projetos com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (a Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na hora de escolher a empresa que faria o serviço no condomínio, Ademir pesquisou bastante. Ligou para clientes da Insole e decidiu contratar a empresa, principalmente “pela saúde financeira da Insole e pelas vantagens na implantação da energia solar sem nenhum custo adicional para os condôminos, ou seja, pelo projeto financiado 100% pela própria Isole”. Serviço Insole Energia Solar (21) 3030-3712 insole.com.br/ JAN_FEV_MAR 2021
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| Manutenção
Elevador bom é elevador que funciona bem Manutenção, modernização e renovação devem ser observadas de perto
Entrar e sair de um elevador é algo tão corriqueiro que nem nos damos conta de sua existência quando tudo está funcionando perfeitamente bem. Mas quando o elevador apresenta problemas, todo mundo reclama. Para evitar transtornos, é importante que o síndico tenha em mente que é extremamente necessário ter uma empresa séria e devidamente habilitada para fazer a manutenção mensal de seus equipamentos. Isso é algo que vai muito além do conforto dos usuários. É uma questão de segurança.
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É necessário que os síndicos estejam atentos para a necessidade de atualizar os sistemas de elevadores. Especialmente aqueles com mais de 30 anos de vida. Hoje em dia, há tecnologia moderna e eficiente para garantir a segurança dos usuários. Sistemas obsoletos representam perigo! A síndica Clarisse Motta está à frente do Condomínio do Edifício Barbacena, localizado na zona sul do Rio, que é composto por 96 unidades e tem cerca de 300 moradores. Para ela, os elevadores têm que estar funcionando perfeitamente: “Toda semana, a empresa contratada
está aqui fazendo manutenção. Toda semana os freios são revisados, por exemplo. Todo ano emitem o Relatório de Inspeção Anual dos Elevadores (RIA).”. O RIA é um documento que deve ser feito anualmente e é elaborado e emitido pela empresa de manutenção. O laudo funciona como um “atestado de saúde” de elevadores e deve conter o estado do elevador. O documento deve ser elaborado por um engenheiro responsável pelo equipamento e que tenha cadastro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Como o prédio tem mais de 30 anos, a síndica não dormiu no ponto: “Os motores dos seis elevadores são novos, bem como as casas de máquinas, as polias, os cabos de segurança e elétricos. Estamos com a conservação bem eficiente. Exijo tudo novo, até porque pagamos muito bem por isso”, avalia ela, lembrando que o Barbacena conta com um sistema de segurança real no caso de excesso de peso dentro das cabinas: “O elevador para e a empresa chega aqui em 10 ou 15 minutos.”. Segundo a síndica, o embelezamento e a digitalização dos elevadores não foram esquecidos. “Tivemos obras necessárias e prioritárias para fazer antes dessa etapa. O importante é que estão seguros.” Clarisse também não descuida da higiene do poço dos elevadores. “Eles são constantemente dedetizados e limpos”, conclui.
Tecnologia Fabio Aranha, sócio da Infolev e engenheiro pela Poli-USP, ex-presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo e atual presidente da Associação de Elevadores do Mercosul (AEM) e palestrante do Fórum Mundial de Elevadores na Interlift, ressalta: “É impressionante toda a tecnologia que temos num elevador, tanto para o funcionamento como para a segurança. E a cada ano temos mais inovações significativas. Mesmo uma máquina secular vai sofrendo grandes transformações.”. O engenheiro pontua que o elevador é a única máquina de transporte de pessoas autônoma (não tem operador, motorista, maquinista etc.; é apenas um robô). “Por essa razão, o elevador precisa ser cuidado de maneira impecável e deve sempre estar em perfeitas condições.” O engenheiro explica que, no Rio de Janeiro, muitos elevadores foram instalados na década de 1960 quando a cidade ainda era a capital do Brasil; em São Paulo, muitos foram inaugurados nos anos 1970, no “milagre econômico”
brasileiro. “Há uma grande necessidade de atualização desses equipamentos. A modernização é essencial para a segurança de todos. A ideia não é trocar um elevador velho por um novo, mas aplicar um processo de inovação disponível no mercado para as estruturas existentes: nova tecnologia, novos produtos, digitalização… Tudo que é essencial para a segurança de um elevador sob renovação.” Ele explica que, por meio da troca de componentes antigos por opções mais modernas, com conceito de segurança e confiabilidade dos padrões atuais, cuja eficácia já foi comprovada, os usuários serão mais bem atendidos e protegidos. Ele menciona também o conforto: “Aceleração e frenagem suaves, sem tranco, redução de fatores negativos de ruído e vibração, sem dúvida, resultam em uma melhor forma de transporte vertical. Os elevadores podem ser aperfeiçoados para se tornarem mais seguros, energeticamente mais eficientes, confiáveis e confortáveis.”. Mas um aspecto chama atenção e impõe sentido de urgência aos prédios que ainda não modernizaram esses equipamentos. “Há a necessidade de cumprir os quesitos da norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a NBR 15.597:2010. Ela estabelece regras para a melhoria da segurança dos elevadores preexistentes à edição desses parâmetros, ou seja, dá o norte das adequações necessárias”, finaliza Aranha. Serviço Infolev – Elevadores & Informática (21) 2210-6325 e (11) 3383-1900 infolev.com.br JAN_FEV_MAR 2021
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Condomínio | Obras Por Lia Rangel
Viabilizar obras pode ser simples Com os parceiros certos fica mais fácil Que síndico pode afirmar que já ouviu a palavra “obra” e não sentiu aquele calafrio? Quase nenhum. O fato é que quando os condomínios precisam de obras, isso costuma trazer, além de muito trabalho, uma série de problemas inesperados e inadiáveis. E não tem como dar o famoso jeitinho. Muitas vezes, é preciso solucionar o problema imprevisto para só depois iniciar a obra planejada inicialmente. Foi o que aconteceu no Centro Empresarial México 41, no Centro do Rio de Janeiro. O síndico Roberto Fazolino, que está no comando desse condomínio há 12 anos, planejou a reforma da portaria e logo de cara precisou incluir um reparo de tubulação no orçamento. É o que conta Welliton Oliveira, sócio da WOS Engenharia, empresa especializada em construção e reforma de imóveis corporativos e residenciais responsável pela execução do projeto. “A tubulação de
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O síndico Roberto Fazolino está à frente do Condomínio Empresarial México 41
incêndio, que passava por baixo do piso da portaria, precisava de um reparo; então, antes de começarmos, tivemos de fazer esse conserto para seguir com a obra planejada.”
Em prédios mais antigos é comum acontecer esse tipo de surpresa, mas estar preparado para lidar com a situação é fundamental para evitar ainda mais gastos desnecessários. E por falar em obras em prédios antigos, o síndico Roberto Fazolino é expert no assunto. Desde que começou a atuar como síndico, já fez um bocado de obras no antigo Edifício Civitas, agora Centro Empresarial México 41, um prédio comercial de 19 andares e 185 unidades que sedia empresas, sindicatos, consultórios médicos e escritórios de advocacia, entre outros. “Antigamente os elevadores não funcionavam, costumavam ficar parados e quebrar, então tínhamos que subir escadas constantemente. Por conta dessa insatisfação, resolvi me candidatar como síndico e logo de cara instalamos elevadores inteligentes para que esses problemas não se repetissem. Foi um cronograma de trocas que levou em
torno de três anos para ser concluído”, conta o síndico. Mas quem passa pela Rua México não deixa de notar a imponência da nova portaria do condomínio, que acaba se destacando de outras portarias de prédios da mesma região. “Nosso prédio é muito antigo, da década de 1930 ou 1940, e a portaria não tinha reforma havia muitos anos, era praticamente a mesma desde a época da fundação. Havia a necessidade de modernização, climatização e até mesmo de maior segurança, com cadastro de visitantes, uma ação que se faz necessária nos dias de hoje. Apenas colocar as catracas não resolveria nossos problemas nem modernizaria o ambiente, e nós precisávamos tanto da modernização quanto de mais segurança para os condôminos e visitantes. Contratamos um arquiteto para que pudéssemos fazer tudo como queríamos. Com base no projeto, fizemos cotações, demos ciência ao conselho e depois as contas foram aprovadas. De maneira geral, tudo foi mudado. Só conservamos as portas antigas, a fachada do prédio e a porta de ferro, que é muito bonita. Mudamos teto, piso, luminária, portas dos elevadores, balcão de atendimento e contemplamos um espaço para a entrada de pessoas com necessidades especiais. O elevador inteligente tem até uma tecla específica
A portaria do condomínio foi modernizada e agora chama a atenção de quem passa pela região
para dar mais tempo antes de a porta fechar quando tem pessoas com necessidades especiais a bordo. Essa obra foi projetada e realizada em cerca de oito meses, e nos orgulhamos muito do resultado”, conta o síndico. Welliton Oliveira, sócio da empresa que executou a obra, conta que a proposta do arquiteto responsável pelo projeto, Rodrigo Dinelli, era um retrofit, que é uma obra que conserva a estrutura original e acrescenta material e equipamento mais modernos. “Inicialmente, a portaria tinha um pé-direito baixo; no entanto, quando demolimos parte do teto descobrimos um pé-direito muito alto, então o projeto foi adaptado para
usar essa vantagem. Além de toda a execução, gerenciamos os contratos de instalação de novas catracas, de porta automática e da vidraçaria. Aliás, os espelhos são os queridinhos do prédio. Todos que passam por eles adoram. Dou destaque também para a luminária do teto e o do balcão, que, por ser escuro, dá um contraste muito bacana com os elementos mais claros. O projeto ficou muito bonito e foi bem executado. A portaria virou referência naquela rua porque ficou realmente muito diferente das outras”, conta Oliveira. Quem fiscalizou a execução da obra foi o arquiteto Julio Cesar Miller, sócio da empresa MVM+Miller, especializada
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Condomínio | Obras
em projetos e gerenciamento de obras. “Atuei como consultor na parte executiva do projeto e gerenciei a obra. Como foi um processo num prédio antigo, nos deparamos com algumas particularidades. Logo no começo da obra, fizemos a troca da tubulação de incêndio que estava comprometida. Tivemos que romper o piso, substituir a tubulação e recolocar o piso. A parte das instalações elétricas fugiu um pouco do previsto, mas conseguimos seguir com os acabamentos. Criamos um painel novo para colocar os nomes dos condôminos do prédio e ficou superinteressante. É um painel grande, de vidro, com os nomes adesivados. A portaria em si não é muito grande, então propus usar gesso em baixo e deixar visível o pé-direito alto para a portaria ganhar mais imponência. Além disso, a colocação estratégica de espelhos proporcionou mais amplitude ao ambiente. Conseguimos alcançar uma linguagem de arquitetura muito moderna. Tivemos muito cuidado em inserir os elementos – painéis de tons madeira e branco –, com atenção para ficar elegante sem exagerar. A ideia era construir um ambiente moderno e aconchegante, para ficar condizente com os elevadores, que foram modernizados anos antes. Foi um desafio grande porque o espaço era limitado e as instalações muito antigas, mas a linguagem ficou surpreendentemente mais moderna.
Na portaria, você tem a impressão de que está num prédio recém-construído. Não posso deixar de dizer que projetos como esse só são bem-sucedidos graças às mentes abertas dos tomadores de decisão, que, especificamente neste caso, entenderam a ideia de incorporar novos conceitos e confiaram no trabalho dos especialistas. Inclusive, a equipe toda deve ser parabenizada pelo excelente trabalho. Cada um deu sua contribuição e tem seu crédito para o resultado ter sido tão bacana”, conta Miller.
A Cipa oferece soluções de crédito para condomínios Todo síndico tem muitas obrigações a cumprir em seu condomínio, inclusive algumas que podem ter implicações legais em caso de negligência. Uma obra emergencial, por exemplo, não pode deixar de ser feita. Exigências do Laudo de Autovistoria tampouco. Fora outras inúmeras contingências que podem ocorrer no universo condominial, inclusive despesas trabalhistas, que podem ter grande impacto no orçamento, principalmente em tempos tão difíceis. Ciente das dificuldades econômicas que alguns condomínios podem estar enfrentando nesses tempos de pandemia, a Cipa, por meio de parcerias, buscou soluções de crédito para que os condomínios possam organizar seu fluxo de
Catracas mais modernas conferem segurança a condôminos e visitantes
caixa e começar o ano sem preocupações financeiras. Para saber mais sobre como beneficiar seu condomínio com essa novidade, entre em contato com seu assessor. Serviço MVM+Miller (21) 99726-2437 WOS Engenharia (21) 97928-8882 wosengenharia.com.br
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| Condomínio Por Leticia Rio Branco
A hora e a vez do alumínio Material ganha do concreto e do ferro nos quesitos durabilidade, beleza e segurança em tampas e grelhas Pode ser que você não tenha reparado, mas por onde passa ou pisa, ele está lá: o alumínio. O material é o novo queridinho dos condomínios. Seja em cisternas, caixas-d’água ou grades, as tampas e grelhas em alumínio se fazem presentes e deixam no passado outros materiais como concreto e ferro. Quem explica o motivo para tal substituição é Washington Botelho, da empresa especializada Tampastudo: “A substituição das tampas do passado, como ferro e concreto, tem basicamente dois motivos: primeiro, a tampa de concreto fica com o peso absurdo, não permitindo o manuseio simples como deveria ser. O segundo ponto é que as tampas de ferro oxidam e deixam cair ferrugem na água, o que força uma limpeza em tempos menores do que seria normal, aumentando o custo do condomínio”, diz. Outro ponto que conta a favor das tampas de alumínio é que elas podem ser fechadas com cadeado. “Isso com certeza oferece maior segurança, caso alguém queira jogar alguma coisa na caixa-d’água. Sem contar que também é utilizada uma dupla vedação, com
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adesivo emborrachado, o que elimina a possibilidade de entrada de insetos e baratas”, afirma. Thaís Trindade foi síndica por sete anos do Condomínio Le Quartier Residences, que fica na zona oeste, tem três blocos com 10 andares cada um, 256 apartamentos e, em média, mil moradores. Segundo ela, o motivo principal que a levou a trocar alguns materiais do seu condomínio por alumínio foi o fato de o alumínio apresentar maior durabilidade. “Estava ocorrendo muita quebra de grelha com a passagem dos carros. Inclusive teve um carro que furou o tanque do combustível porque a grelha prendeu. Assim, decidi refazer todas as grelhas com alumínio, dado que elas ficam to-
das aparafusadas e, quando a gente quer limpar, basta tirar o parafuso. Sem contar que a aparência ficou muito melhor porque o alumínio não deteriora; o ferro, no entanto, precisa pintar porque enferruja”, opina. Além das grelhas de passagem, a síndica trocou as tampas da caixa-d’água e das cisternas. “Lembro que, num vendaval, a tampa voou e caiu do 11º andar, quebrando uma telha em cima de um equipamento. O alumínio é bem mais leve, e como o nosso condomínio fica perto de uma área de maresia, ao reformar a casa de bombas com o material posso garantir que a manutenção é bem mais simples, além de ter durabilidade bem maior”, afirma. E Washington Botelho, da Tampastudo, faz coro. “Considerando que as tampas são fechadas com cadeado, isso dará mais segurança, sem dúvida. Já em relação à praticidade, é uma tampa leve, que pode ser manuseada por qualquer pessoa. E sobre a durabilidade, o alumínio não enferruja nunca; algumas empresas dão garantia de até 10 anos contra corrosão”, avisa.
Porém, vale destacar que o alumínio sai na frente do aço inox, que também possui qualidade similar. “O aço inox custa quatro vezes mais que o alumínio, por isso o alumínio tem sido mais utilizado: tem custo menor, um belo visual e a mesma durabilidade que o aço inox”, explica. A síndica Thaís Trindade concorda. “Olha, além da segurança, o alumínio é, sem dúvida, muito mais bonito do que os outros materiais. Na época pesquisei bastante, e poucas empresas faziam isso. Aí achei a Tampastudo e foi tudo excelente, pois Washington é muito solícito e cumpridor de prazos. Quero ver se consigo colocar alumínio em todo o condomínio, inclusive nos locais onde ainda existem grades de ferro”, adianta.
Todo cuidado é pouco Um dos principais problemas enfrentados pelos condomínios é a péssima qualidade de alguns materiais, como o ferro e o concreto. Por isso, Washington lista o que pode ocorrer ao optar por esses itens, principalmente com as tampas: “Primeiro problema: por ser de ferro, já citamos que enferruja, além de sujar a água. Se for de concreto, o peso atrapalha o manuseio da tampa”, observa. Ou seja, na opinião do empresário, além do visual mais bonito, as tampas de alumínio são confeccionadas normalmente de forma artesanal e sob medida. “Isso faz com que o alumínio não se quebre, como acontece com o ferro e o
A síndica Thaís Trindade apostou no alumínio para dar mais beleza e durabilidade a alguns itens do seu condomínio
concreto, por serem rígidos. Correndo o risco de ser repetitivo, as tampas de alumínio não enferrujam, não quebram, são mais bonitas e podem receber pintura eletrostática na cor que o cliente desejar – por exemplo, uma tampa de cisterna no gramado poderá ser pintada de verde –, além de contar com a segurança do cadeado e da fita de vedação.” Botelho diz ainda que o alumínio é um material bastante versátil. Ele pode ser usado em fachadas de prédio e varandas (guarda-corpos). “Posso até contar uma história que aconteceu comigo: um síndico pediu para fazer uma única tampa em substituição à que quebrou. A surpresa foi que, logo depois da instalação, foi unanimidade entre os condôminos a substituição das demais”, relembra Washington, sem deixar de comentar que o alumínio também pode ser utilizado em
tampas de caixas de passagem (como de TV a cabo e dados), no piso de elevador, nas lixeiras e em muitos outros locais. Com cinco anos de existência, a Tampastudo acumula histórias. E o especialista da empresa ainda tem mais um caso pra contar. Por sinal, um relato que causou problemas graves por causa da falta de cadeados nas tampas. “Foi uma atitude de pura maldade. Um funcionário, que estava cumprindo aviso prévio, jogou na cisterna detritos apodrecidos, fazendo com que alguns condôminos tivessem problemas de saúde! Assim, reforço a importância dos cadeados nas tampas”, finaliza.
Serviço Tampastudo (21) 2587-9694 (21) 97947-1816 www.tampastudo.com.br
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| Jurisprudências
Sobrecarga de energia elétrica – incêndios Ementa: Agravo regimental no recurso extraordinário. Consumidor. Concessionária de serviço público. Incêndio causado por curto-circuito na rede elétrica de imóvel. Responsabilidade civil. Indenização pelos danos morais e materiais. Necessidade do reexame do conjunto fático-probatório. Incidência da Súmula 279/STF. Valor fixado a título de dano moral. Matéria com repercussão geral rejeitada pelo plenário do STF no AI nº 839.695. 1. O dano moral, quando aferido pelas instâncias ordinárias, não pode ser revisto pela E. Suprema Corte, ante a incidência da Súmula 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”. 2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. O valor fixado a título de danos morais e materiais decorrentes da relação entre concessionária de serviço público e consumidor, quando aferido pelas instâncias ordinárias, não
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revela repercussão geral apta a dar seguimento ao apelo extremo, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do AI nº 839.695, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 1/9/2011. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Ação de indenização por danos materiais e morais. Incêndio causado por curto-circuito na rede elétrica de imóvel. Responsabilidade objetiva da Manaus Energia. Artigo 37, §6º, da CF/88, dano material moral. Demonstração. Reconhecido o dever de indenizar da concessionária. Ausência de comprovação de causa excludente da responsabilidade. Valor da indenização. Fixação. Moderação e equidade do julgador. Honorários advocatícios”. 5. Agravo regimental desprovido. (RE 800623 AgR. Órgão julgador: Primeira Turma. Relator: Min. Luiz Fux – Julgamento: 14/10/2014 – Publicação: 29/10/2014) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Vigésima Primeira Câmara Cível. Apelação nº 0074459-
06.2016.8.19.0002. Juízo de origem: Niterói. 8ª Vara Cível. Juíza prolatora da sentença: Beatriz Prestes Pantoja. Relatora: JDS Desembargadora Maria Aglaé Tedesco Vilardo. Apelação cível. Dano moral. Pessoa jurídica. Sentença de procedência condenando a Ampla ao pagamento de indenização por dano moral. Incêndio causado por curto-circuito nos medidores de energia do prédio onde se localiza a clínica autora. Laudo do Corpo de Bombeiros. Protocolos de chamadas anteriores à data do incêndio. Empresa autora que não comprova sua alegação de que permaneceu 15 dias seguidos sem energia elétrica tampouco o funcionamento de forma precária durante os oito meses que se seguiram ao incêndio. As fotografias não demonstram a extensão do dano. Não configurado o abalo à imagem da empresa. Súmula 227 do STJ. Dano moral não configurado. Precedentes. Dado provimento ao recurso da ré. Inversão da sucumbência, ficando a autora condenada em custas e honorários advocatícios, estes fixados em R$ 1.000,00, na forma do art. 85, §8º do CPC.
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| Reforma Por Leticia Rio Branco
Home office pode provocar sobrecarga na rede elétrica Ar-condicionado ligado o dia inteiro pode causar problemas para o condomínio Com a pandemia do novo coronavírus, é incontestável que aumentou o número de pessoas em casa. O home office se tornou essencial para a sobrevivência, e muitas foram as pessoas que se viram obrigadas a trabalhar de casa. Porém, uma questão que ninguém comentou é que houve um aumento considerável do uso do ar-condicionado, sobrecarregando a rede elétrica do condomínio. O resultado: além do aumento da conta de luz, a sobrecarga elétrica pode causar problemas graves, como queda de energia em horários de pico e até mesmo incêndio. Segundo Sergio Martins, diretor da Serfautec Serviços Elétricos, o primeiro passo é verificar se a instalação elétrica do equipamento foi feita de forma adequada e é alimentada por um circuito individual, com fio e disjuntor correspondentes à potência do equipamento. “Na maioria dos casos, é necessário providenciar a rede trifásica na residência ou estabelecimento, para que seja possível distribuir a instalação elétrica de maneira mais eficaz, evitando, assim, a ocorrência de excessos”, explica. Logo, o síndico é quem deve observar os sinais de que pode haver sobrecarga na rede elétrica do condomínio. Sérgio alerta que, caso perceba quedas de energia em horários de pico, disjuntores 60
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desarmando constantemente, queima de fusíveis e aquecimento dos condutores, provavelmente há uma sobrecarga. “Antes de isso acontecer, o condomínio precisa contratar uma empresa devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) para a realização de um levantamento técnico do local, com o objetivo de elaborar um projeto para uma reforma elétrica. A partir daí, serão determinadas todas as características de dispositivos de proteção, bitolas de cabos, conexões e painéis elétricos, entre outros”, explica. De acordo com Guilherme Guerreiro, o segredo está na prevenção. Ele, que é síndico profissional e administra nove condomínios no Rio de Janeiro e em Niterói, diz que o projetista já deixa uma folga para que não se trabalhe no limite. “Chamamos isso de demanda, ou seja, a carga instalada é sempre menor que a carga projetada. Apesar de haver consideração da demanda máxima, qualquer acréscimo de carga deve obrigatoriamente ser validado por um especialista. Todo circuito elétrico tem sua proteção, e, no caso de essa proteção atuar, é um sinal de que existe algum problema na instalação”, explica ele, que não teve essa experiência de sobrecarga nos condomínios que administra. Guilherme Guerreiro conta ainda que os moradores também precisam
estar atentos ao mínimo sinal de sobrecarga. “A qualquer sinal de problemas nos circuitos de proteção – disjuntores e diferenciais residuais (DRs) –, o morador precisa chamar um profissional capacitado e habilitado para fazer a devida vistoria, observando que a manutenção preventiva e preditivas é fundamental para um bom funcionamento”, constata ele, acrescentando que “todo o projeto deve estar atualizado para que o profissional capacitado e habilitado possa fazer as devidas medições e comparações com algo existente.” Sérgio concorda. Para evitar problemas mais graves, como incêndio com origem nas fiações, ele diz que revisar a instalação elétrica regularmente é o melhor remédio. “Caso haja qualquer sinal de sobrecarga, entre em contato com uma empresa ou profissional habilitado para que seja realizada uma inspeção, principalmente nas construções mais antigas, compostas de equipamentos
O síndico Guilherme Guerreiro sempre avisa aos moradores sobre o que deve ser feito para não sobrecarregar a rede
arcaicos relacionados com alimentação geral de entrada de energia do prédio”, alerta. A manutenção na fiação elétrica também não deve ser deixada de lado. “Ela visa corrigir possíveis falhas, proporcionando, assim, aumento da vida útil da instalação. Por exemplo, uma reforma no quadro de proteção de luz (PC) do condomínio, onde tudo começa, ou seja, o coração da instalação elétrica de uma edificação, em que é necessário adequar o sistema com a implantação de novos painéis homologados pelas concessionárias de energia, com utilização de material e equipamento moderno e mais eficientes”, ensina. Sérgio revela, ainda, que a manutenção do quadro elétrico deve ter total atenção. “Caso a instalação tenha sido feita corretamente, é recomendável que seja realizada uma revisão a cada dois anos, pois algumas conexões e terminais podem sofrer desgaste ou oxidação com o passar do tempo”, afirma.
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Portanto, para que não haja sobrecarga elétrica, os moradores devem ser alertados. Sérgio diz que não devem ser ligados ao mesmo tempo equipamentos que consumam maior quantidade de energia. “Posso citar, por exemplo: chuveiro, ar-condicionado e máquina de lavar roupas, entre outros.” Ele reforça que, caso ocorra aumento considerável de equipamentos elétricos em determinada unidade consumidora, é imprescindível que o morador contrate um profissional qualificado para análise de cálculo de nova carga. “Isso deve ser feito com a solicitação de aumento de carga na concessionária Light, no caso do Rio de Janeiro, por meio do preenchimento de um formulário-padrão que se faça necessário”, afirma. Assim, deve haver conscientização dos moradores sobre a gravidade do problema. “Devemos usar exemplos de outros condomínios onde ocorreu incêndio, bem como o Hospital Federal de Bonsucesso, onde o incêndio se deu pela soma de alguns fatores (instalações antigas, falta de manutenção, sobrecarga). Devemos alertar que a sobrecarga e a falta de manutenção são riscos iminentes para um incêndio de grandes proporções”, observa Sérgio. O síndico Guilherme Guerreiro acredita que a comunicação deve ser clara e recorrente: “Sempre que possível, comunicados devem ser feitos para lembrar os
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Condomínio deve alertar moradores
Home office pode provocar sobrecarga na rede elétrica
moradores da importância da manutenção não só elétrica, mas do imóvel como um todo.”
Seguro de incêndio Ninguém acha que o pior vai acontecer. Mas em caso de incêndio por conta de sobrecarga elétrica do condomínio, todos saem perdendo. E quem explica o que pode ocorrer num caso extremo é Marlon Rosalvos, gerente da Cipa Corretora de Seguros. Segundo ele, o seguro contra incêndio é obrigatório por lei e previsto na convenção de todos os condomínios residenciais e comerciais. “O síndico é o responsável pela contratação do seguro condominial, que é obri-
gatório e deve cobrir danos à estrutura do prédio contra o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial, tanto em áreas comuns como privativas”, explica. Portanto, o gerente alerta: “O que muitos não sabem é que esse seguro condominial, renovado anualmente, cobre danos decorrentes de incêndios, raios, explosões de qualquer causa e origem, quedas de aeronaves e desmoronamentos ou ruínas decorrentes de incêndios nas áreas comuns, unidades autônomas (estrutura) e em equipamentos pertencentes ao condomínio”, explica. Ou seja, isso quer dizer que, nas unidades autônomas, o que está coberto são os danos à estrutura. “O conteúdo das
unidades pode ser garantido por meio da contratação de cobertura acessória na apólice do seguro de condomínio ou, separadamente, no seguro residencial. Mesmo que o seguro residencial não seja obrigatório, é importante que o síndico alerte os proprietários para a contratação do seguro das unidades autônomas, garantindo possíveis danos ao imóvel e ao que está dentro dele, responsabilidade civil familiar, além dos serviços úteis oferecidos na assistência 24 horas”, ensina. Ele diz, ainda, que o interessado deve procurar um corretor especializado para auxiliar na escolha das coberturas mais adequadas às características do imóvel e perfil do segurado. “Existem muitas opções no mercado, são muitas seguradoras que disponibilizam esse tipo de seguro. Daí a importância de ter a orientação de um profissional especializado no segmento”, revela. A Cipa Corretora de Seguros possui vasta experiência nesse segmento, com uma equipe de profissionais especiali-
Fique por dentro dos benefícios da adequação no PC de luz do condomínio: • traz maior segurança para a instalação elétrica do prédio; • evita o risco de acidentes elétricos e incêndio no PC de luz; Marlon Rosalvos: "o síndico deve alertar os proprietários para a contratação do seguro das unidades"
zados prontos para prestar consultoria completa, sanando todas as dúvidas dos síndicos e condôminos, além de ter grande representatividade entre as melhores seguradoras do mercado. “A especialização é um fator muito importante no momento dos sinistros, pois o segurado estará plenamente representado em defesa dos seus interesses, com a tranquilidade de que todas as possibilidades em sua defesa serão esgotadas, respeitando as condições gerais”, finaliza Rosalvos. Dica: veja na página 56 jurisprudências sobre o assunto.
• traz maior confiabilidade para o morador, para a instalação de um equipamento novo ou a substituição por outro de maior potência; • promove aumento de carga disponível para o condomínio em geral; • evita quedas de tensão; • reduz o consumo de energia; • valoriza o imóvel.
Serviço Serfautec Serviços Elétricos (21) 3018-0037 serfautec.com.br Cipa Corretora de Seguros (21) 2196-5115/99868-8798/996565341/99824-5493 cipacorretora.com.br
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