Revista Condomínios | Ed. 93

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Manutenção da fachada com responsabilidade A contratação de empresas especializadas e a parceria com os moradores são essenciais para um bom resultado

Limpeza terceirizada: praticidade e economia Mão de obra qualificada e planejamento ajudam a manter o espaço limpo e bem cuidado




Editorial

Dia do Síndico e fundação da Cipa no mesmo dia não é obra do acaso

NEWTON MENDONÇA Presidente da Cipa

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O Dia do Síndico e o aniversário da Cipa serem no mesmo dia, 23 de abril, não foi mero acaso, teve um objetivo preciso. Nossa ligação com nossos clientes vai muito além do comercial: cultivamos relações de amizade desde a fundação da empresa, em 1954. Temos clientes com mais de 50 anos de empresa, a maioria está conosco há 10, 20 ou 30 anos. Eu e meu irmão Mário fomos fazendo a empresa crescer aos poucos – começamos com 20 clientes, daqui a pouco eram 50, 100, 200… Hoje a Cipa tem mais de 1.300 condomínios administrados. Nossa relação de amizade se estende a nossos funcionários. Temos aqui colaboradores que começaram como aprendizes e hoje estão com quase 70 anos e ainda na ativa, conosco! Temos muita história para contar. Somos da época em que não havia inflação e as cotas condominiais eram cobradas por trimestre! Já tivemos, há muitos anos, uma ou duas filiais, mas depois percebemos que ter somente a matriz trazia os clientes para perto de nós, e as filiais não tinham essa característica. Os tempos foram evoluindo e chegamos à era dos computadores. E como nos ensina a Lei de Moore – a respeito da evolução da tecnologia –, o crescimento exponencial nos proporcionou um salto tecnológico nunca antes imaginado e que culminou na disrupção técnica em várias áreas. Empresas como Kodak, Blockbuster e muitas outras viram isso de perto. Porém, a área de condomínios não é disruptiva. Não por falta de tentativa, fizeram pacotes tecnológicos na esperança de suprir uma administradora, mas não conseguiram, pois essa área é algo muito adaptável, pessoal. Imagine que o condomínio seja um pequeno município; o síndico, um pre-

feito e que o poder público criou todo tipo de leis e impostos que se entrelaçam e demandam responsabilidades diretas para os síndicos, com compromissos de todo tipo: civis, fiscais e até criminais. São necessários técnicos e gestores atuando numa competente e sólida empresa de administração. Nada de errado há em contratar um síndico profissional, mas ele deve ser apoiado por uma empresa de administração. A responsabilidade jurídica (civil, fiscal e criminal) é do síndico, que repassará todo tipo de evento a essa empresa com patrimônio sólido e forte financeiramente, para que possa responder pela administração. Quando o síndico vai escolher uma administradora, ele observa que as propostas das consideradas grandes (com 30 anos ou mais) são praticamente iguais e com os mesmos serviços e obrigações. Porém, há preços apresentados pelo mercado que, às vezes, são até 50% menores, e essa diferença pode se refletir em prejuízos irrecuperáveis. Um exemplo de serviço que vem sendo oferecido por muitas administradoras são os apps. Mas eles, na maioria das vezes, têm funções limitadas por serem agregados de terceiros. O app da Cipa é exclusivo porque foi criado pela equipe interna de TI e está em constantes adaptações, de acordo com as necessidades de nossos clientes. Fizemos grandes investimentos em tecnologia nos últimos cinco anos. Por mais que a tecnologia seja primordial, as relações humanas na Cipa são fundamentais. Nesse sentido, nos orgulhamos de nossa tradição e desejamos a todos um ano de equilíbrio em seus condomínios. Parabenizamos os síndicos por seu dia e agradecemos a confiança depositada em nossos serviços!


Sumário

Uma publicação:

8 Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449

| Capa Manutenção da fachada com responsabilidade A contratação de empresas especializadas e a parceria com os moradores são essenciais para um bom resultado e evitam vidros quebrados, paredes manchadas, erros na execução da obra e moradores insatisfeitos. Leia mais sobre esse tema em nossa matéria de capa.

DIRETORIA Presidente: Newton Mendonça

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Vice-presidente: MARIA TERESA MENDONÇA DIAS

PARA ANUNCIAR LIGUE

2196-5176 Renata Bastos www.condominioetc.com.br revista@condominioetc.com.br

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| Condomínio

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| Manutenção

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| Condomínio

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| Segurança

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| Paisagismo

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| Manutenção

14 mil exemplares

Redação e Edição: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com Marketing: DANIEL QUAGLIANI marketing@cipa.com.br Revisão: Andrea Bivar andreabivar@gmail.com Design: CLEBER SOARES Fotografia: Ariel Subirá MARIZA LIMA VIVIEN BEZERRA DE MELLO Colaboraram neste número: Isabela Masi Leticia Rio Branco Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa. A Revista Condomínio etc. esclarece que: • Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens. • Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes. Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

| Condomínio Serviço de limpeza terceirizado: praticidade e economia para seu condomínio Mão de obra qualificada e planejamento ajudam a manter o espaço limpo e bem cuidado, por isso, muitas vezes, a contratação de serviços terceirizados pode ser a melhor solução.

Todo dia é dia de atividade física As academias dos condomínios são destaque na atualidade, e quem não tinha a sua inventou espaço para implantar uma. Até espaço na garagem pode virar academia! Veja como lendo essa matéria!

Mais segurança, menos custo: acolchoar o elevador é essencial Acolchoados protegem o meio de transporte de possíveis danos com obras e mudanças. Seu condomínio protege os elevadores? Veja as novidades sobre o tema nessa reportagem.

Bem longe de vírus e bactérias Biossegurança é tendência pós-Covid-19 e possui até certificação. Você já tem certificado? Leia esta matéria e entenda mais sobre o assunto.

Segurança para todos os bolsos Não importa o tamanho do condomínio, é preciso investir em segurança, e há sistemas que cabem em seu orçamento. Leia essa matéria e entenda um pouco mais sobre o assunto.

Jardins verticais Todo mundo merece uma dose extra de natureza. E falta de espaço não é desculpa. Conheça um pouco mais sobre jardins verticais nessa matéria.

Evite problemas em obras! Gerenciamento de projetos otimiza a execução de processos aplicando habilidades, ferramentas e conhecimento técnico às etapas de uma obra, a fim de atingir seus objetivos. Conheça mais sobre o tema nesta reportagem.

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Secovi Rio realiza evento Panorama, com dados e perspectivas do mercado imobiliário para 2022

Dia do Síndico e aniversário da Cipa No dia 23 de abril a Cipa faz aniversário e comemoramos também o Dia do Síndico. Nesse dia tão especial para nós, consideramos como o melhor presente a satisfação de nossos clientes, por isso, agradecemos a todos a confiança depositada em nossos serviços. São 68 anos de experiência dedicados à administração de condomínios, locações e seguros. E a cada dia nos aperfeiçoamos, sempre buscando novas soluções para todas as demandas. Rendemos todas as homenagens a vocês, síndicos, por seu dia! Parabéns!

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O Secovi Rio realizou, no dia 17 de março, mais uma edição do evento Panorama do Mercado Imobiliário. O encontro aconteceu no auditório da Fecomércio-RJ, no Flamengo, e reuniu diversas pessoas interessadas em conhecer as tendências e perceptivas sobre venda; locação; compra; ações condominiais e locatícias; lançamentos; mercado corporativo e financiamentos em todas as regiões da cidade. O presidente do sindicato, Pedro Wähmann, reforçou a relevância de projetos como o Reviver Centro para a retomada econômica da cidade. Representantes do Instituto Pereira Passos explicaram o trabalho que vem sendo feito para monitorar dados sobre a área central do município, a fim de auxiliar na tomada de decisão para novos projetos estratégicos da Prefeitura. Foram detalhados os indicadores de 2021 sobre o ramo de venda e locação de imóveis usados: o Rio de Janeiro registrou certa estabilidade no valor do metro quadrado para locação, o que deve permanecer ao longo de 2022. A alta das vendas residenciais também foi

apontada, e 2021 fechou com um dos melhores resultados desde 2014. Em termos de locação, foram identificadas muitas negociações de aluguel, o que culminou em acordos e bons negócios entre locadores e locatários durante a pandemia. Já no segmento de vendas de casas e apartamentos, a procura por imóveis maiores e com mais qualidade de vida para o trabalho híbrido aqueceu bastante o mercado carioca, principalmente na zona oeste. O Panorama aponta que 2021 contabilizou um crescimento de 66% na concessão de crédito, com amplo destaque para empreendimentos na Região Sudeste. Já o total de financiamentos do ano fechou em R$ 255 bilhões. A tendência do segmento de imóveis corporativos de alto padrão, segundo o Panorama do Secovi Rio, é que, em 2022, o trabalho híbrido e os espaços colaborativos nas empresas corroborem um novo perfil de escritórios no Brasil. Faça o download do material distribuído no Panorama do Mercado Imobiliário no site www.secovirio.com.br.


O Café Expo Síndico está de volta! Palestras, negócios e networking

Você já falou com a Maria? A atendente virtual da Cipa está à disposição! A Maria, assistente virtual da Cipa, está sempre disponível e interage com nossos clientes nos canais digitais da empresa. Ela veio para ajudar de forma rápida e prática e, dessa forma, melhorar cada vez mais nosso atendimento. Nossa assistente virtual oferece soluções para síndicos e condôminos, por meio do WhatsApp. Essa modalidade de atendimento tem sido um sucesso, e a segunda via de boleto, já solicitada por milhares de condôminos, é o serviço que tem sido mais requisitado. Síndicos Cipa têm à disposição, além de outros serviços, comprovantes de pagamento a fornecedores. Acrescente o número (21) 2196-5000 a seu WhatsApp e mande um oi para a Maria. Ela está pronta para ajudar.

O Café Expo Síndico está de volta. Tivemos a primeira edição pós-pandemia em 11 de março 2022 no Rio Othon Palace, Copacabana, na qual recebemos diversos síndicos para um delicioso café da manhã, palestras e networking. Bruno Queiroz, gerente de Operações e Novos Negócios da Cipa, palestrou sobre contratação e gestão de fornecedores e Alexandre Franco, presidente da Comissão

de Direito Condominial da OAB/RJ, abordou, entre outros temas, as assembleias eletrônicas que vieram para ficar. Samuel Rubens Pereira falou sobre segurança em condomínios e Marcia Montalvão debateu o tema gestão condominial na prática. O evento teve um gosto diferente este ano. É muito bom trocar ideias e atualizar conhecimentos depois de dois anos afastados. Que venha o próximo Café!

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Capa | Manutenção da fachada Por Isabela Masi

Manutenção da fachada com responsabilidade A contratação de empresas especializadas e a parceria com os moradores são essenciais para um bom resultado Vidros quebrados, paredes manchadas, erros na execução da obra, moradores insatisfeitos. Mexer com a fachada do prédio pode ser uma grande dor de cabeça. Dependendo da extensão, o serviço pode demorar meses e causar grande incômodo. Fernanda Barcelos é síndica profissional de uma empresa que administra condomínios residenciais, comerciais e mistos em vários bairros do Rio de Janeiro. Segundo ela, “uma das maiores reclamações do condômino é

quando os funcionários precisam entrar na casa ou trabalhar pela varanda. O morador alega que eles acabam fazendo muita sujeira, manchando as paredes com tinta. Eu entendo que isso seja um transtorno, mas o condômino precisa de um pouco de paciência. A obra tem que acontecer e todos devem colaborar”. São questões delicadas que precisam mais do que mediação, mas de um planejamento mesmo antes do início das obras. Entre as muitas responsabilidades

dos síndicos está a inspeção predial, que é como se fosse um check-up do edifício. E a manutenção da fachada dos condomínios é um dos itens principais e está na lei. Por isso não há como fugir. É preciso, nesse momento, ter calma e contar com uma equipe engajada e competente. Os engenheiros e síndicos que participaram desta matéria foram unânimes em afirmar que, com cuidado e a colaboração de todos, uma obra na fachada pode não ser um bicho de sete cabeças.

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“Antes de começar o trabalho é necessário que seja feita uma vistoria da condição do prédio e dos apartamentos. E isso tem que ser documentado. Durante a obra, fiz um fichário, com todos os problemas relatados, e contratei uma pessoa para realizar uma auditoria antes de a obra ser entregue. Ter um cuidado como esse é essencial para cobrar da empresa todos os problemas que possam ocorrer”, explica Fernanda. E o trabalho que antecede a reforma não é só do síndico, mas também deve partir da empresa que foi contratada. Alexandre Rocha é diretor técnico da Cetor Manutenção Predial. Ele afirma que, antes de começar qualquer trabalho, a equipe dele tem reuniões no condomínio para aprender sobre a rotina dos moradores. “Nós gostamos de entender as características do condomínio para só então montar o cronograma físico, que é parte integrante do planejamento, que vai da mobilização até a desmobilização da obra.” Por isso mesmo é necessário que cada etapa seja feita com calma e organização. Cumprir um passo a passo detalhado vai permitir que seja feito um contrato justo, de forma viável e responsável e com menos impacto para os moradores. Aucione Pinheiro também é síndico profissional e atende a vários condomínios da zona sul da cidade.

“Obras de fachada requerem muita atenção antes de seu início e durante todo o serviço. Em minha opinião, o primeiro passo é o condomínio contratar um engenheiro para ser um consultor, que vai acompanhar toda a obra. O ideal é também chamar uma empresa para fazer um teste de percussão (um mapeamento de toda a região da fachada para localizar os pontos que apresentam problemas). Essa equipe – engenheiro e empresa – é que vai fazer uma avaliação da fachada e dimensionar o tamanho da reforma, formulando o escopo do serviço. Esse trabalho vai servir como edital para enviar para as empresas que vão participar da concorrência. Se a obra for total ou de revitalização é essencial também que seja contratado um arquiteto.” Esse processo deve ser feito em parceria com os moradores. Eles devem ser informados sobre o tamanho da obra, o tempo estimado de duração, o que vai afetar a rotina deles. Precisam participar da escolha da empresa a ser contratada. “Antes de fazer uma obra, convoco uma assembleia para explicar tudo. Quero demonstrar que o síndico é um aliado do morador. A obra vai acontecer, pode haver transtorno, mas estamos brigando por ele. É um tiro no pé o síndico fazer esse trabalho sem uma comissão de obras para acompanhar tudo de perto, com relatórios do antes, durante ABR_MAI_JUN 2022

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Capa | Manutenção da fachada

e depois. São várias pessoas envolvidas, por isso, precisamos estar respaldados de todos os lados, para que a empresa não diga ‘isso não estava no contrato’”, revela Fernanda. E este é mais um destaque importante, o contrato. E ele deve ser minucioso. É nele que se estabelecem os prazos, os equipamentos que vão ser usados, o que vai acontecer em caso de algum prejuízo ou acidente, a reponsabilidade da limpeza. Até a qualidade do material que vai ser utilizado tem que estar especificada na proposta de serviço. Fernanda acrescenta ainda que “deve ser eleita uma comissão de obra que vai ser responsável por fazer essa licitação com o síndico. Esse processo de escolha está aberto a todos os moradores. Nesse momento, também é importante o auxílio de um conselho fiscal (pessoas que entendam de cálculo de construção civil) e de uma pessoa que domine a parte jurídica (que pode ser um morador ou alguém de fora)”. J.Luiz Pólvora A., engenheiro civil e dono da Vértice Serviços de Engenharia, acredita que os moradores precisam participar de todas as decisões. “Por exemplo, executamos uma obra de fachada cuja decisão das cores a serem aplicadas ficou apenas com o síndico. Depois da pintura do primeiro trecho, houve uma gritaria geral com muitas reclamações. Então tivemos que parali-

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Aucione Pinheiro: “Contratar um engenheiro como consultor ajuda a fazer um acordo justo e eficiente”

sar a obra e aguardar a nova decisão de todos com a definição das cores a serem usadas. Isso acabou gerando custo adicional desnecessário ao condomínio.” Para Alexandre, da Cetor, “planejamento e cronograma da obra são a alma do projeto. Obra bem planejada garante o sucesso do projeto, e o cliente fica satisfeito. Nossa maior vendedora são as indicações dos clientes para os quais já realizamos obras. Nesse momento, estamos executando 21 ao mesmo tempo. Desde 2017, entendemos que precisávamos ter como gestores de nossas obras profissionais devidamente habilitados. Também disponibilizamos aplicativos próprios para a emissão de relatório diário das obras, bem como a solicitação de material e o controle de ponto dos colaboradores”.

Outro ponto que não pode ser esquecido é saber se a empresa tem um seguro, se ela e os engenheiros que trabalham para ela são cadastrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e se está com as obrigações fiscais e previdenciárias em dia. Pólvora, da Vértice Serviços de Engenharia, explica que os funcionários precisam ter vínculo empregatício. “Porque, para trabalho em altura, é necessário treinamento com regras estabelecidas pela NR-35 (norma que determina como deve ser feito o trabalho em altura).” Além disso, o engenheiro Richard Vecchioni, da empresa R. Vecchioni Engenharia, acredita que ter empregados que possuam todos os direitos assegurados faz com que o trabalho seja bem-feito. “Os funcionários de carteira assinada, com seguro de vida, trabalham mais satisfeitos, felizes, a obra flui com energia boa, sem grandes intercorrências.” Os colaboradores das empresas também precisam ser treinados e capacitados e ter à disposição equipamentos de ponta. Isso faz com que a obra seja executada rapidamente e com mais segurança. “Como todo mercado, a construção civil também passa por renovação, com novas tecnologias de material e equipamento. Estão sempre surgindo novas opções de revestimento e acabamento”, afirma Luiz Pólvora.


Fernanda Barcelos: “Organização e comunicação são fundamentais para correr tudo bem durante a obra”

De acordo com Richard Vecchioni, os andaimes também são itens fundamentais e devem ser seguros e modernos. Segundo ele, as cadeiras de madeira são proibidas por portarias do Ministério do Trabalho. “É um perigo para todos. Temos um caso para contar sobre o uso indevido desse equipamento. Uma síndica contratou uma empresa pelo menor preço para realizar a manutenção de uma fachada. Um dos funcionários estava usando esse tipo de equipamento. A cadeira arrebentou e ele caiu na sala de um morador. A síndica rescindiu o contrato e realizou a manutenção da fachada com nossa empresa (R.Vecchioni Engenharia).” Em março de 2022, por pouco, um acidente não terminou em tragédia. Dois operários caíram do 12º andar de um andaime na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. A corda arrebentou em um dos lados e eles ficaram pendurados por quase meia hora até serem resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Por sorte, os homens não tiveram ferimentos graves. O caso revoltou o engenheiro civil Pólvora, da Vértice Serviços de Engenharia. “Os dois funcionários estavam utilizando a mesma linha de vida – um dos principais equipamentos de proteção – quando o andaime caiu. Um verdadeiro absurdo em se tratando de segurança do trabalho.”

Mas a questão da segurança é apenas uma das preocupações nas obras de fachada do prédio. Geralmente, por sua complexidade, o planejamento e a execução precisam ser feitos de maneira organizada e com empresas gabaritadas para o serviço. Além das adversidades, o síndico ainda vai precisar enfrentar problemas iminentes à obra. O barulho, por exemplo, é um deles. Para Pólvora, “a empresa contratada deve fornecer um cronograma de atuação da obra na fachada, de forma que todos os moradores do condomínio mantenham suas janelas fechadas e vedadas no trecho em que os trabalhos estiverem sendo desenvolvidos”. Para Richard Vecchioni, o barulho realmente atrapalha quem está em casa, seja de home office ou doente. Quando isso acontece é realizada uma tentativa de diminuir o volume. “Nossos funcionários são treinados para atender às necessidades dos moradores; o diferencial de nossa empresa é o contato direto entre engenheiro, síndico, funcionários e moradores. Com isso, garantimos a satisfação de todos.” Uma comunicação direta é a melhor solução para evitar problemas. Pinheiro diz que sempre informa aos condôminos para terem cuidado com a privacidade, quando vai ter maior intensidade de barulho e para cuidar da segurança de casa durante a execuABR_MAI_JUN 2022

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Capa | Manutenção da fachada

Para o barulho não atrapalhar os moradores é necessário que se combinem os horários em que ele vai ser mais intenso

ção da obra. “Apesar de a obra começar às 8h, peço para a empresa que o barulho mais intenso inicie só a partir das 10h. Se acontecer algum imprevisto, o síndico tem que identificar a melhor maneira de se comunicar com os moradores. Em alguns condomínios, o contato por WhatsApp funciona, em outros não. Precisa de uma comunicação mais pessoal.” Fernanda também acredita que a informação diminui as chances de acontecerem problemas. “Já que estamos na era da tecnologia, aproveito para tê-la como ‘amiga’. Crio, nos condomínios, um grupo de WhatsApp, por meio do qual envio comunicados urgentes. Por exemplo, está programado que a obra vai começar pela coluna 4, mas um imprevisto altera o planejado. Tem que ter ampla comunicação. Não só aviso pelo grupo, como interfono para quem não respondeu. Geralmente, dou um tempo de duas horas para todos se organizarem. A comunicação é a melhor coisa que tem. Para ninguém ser pego de surpresa.” Outro cuidado que o síndico deve ter é se a obra for mudar a fachada ou mexer em imóveis tombados. A Prefeitura tem que ser informada. “Fomos chamados por um cliente para concluir uma obra de fachada iniciada por uma empresa que tinha sido embargada pela Prefeitura. O edifício estava situado em uma região de preservação e tinha telhas coloniais. A empresa não se preocupou em pedir as licenças neces-

sárias. Além disso, fixou os andaimes nesse telhado, de modo que quebrou várias telhas. O contrato foi cancelado e a Vértice Serviços de Engenharia teve que assumir a obra. No fim, deu tudo certo”, conta Luiz Pólvora. As obras de fachada precisam ser feitas de tempos em tempos e servem para melhoria e segurança não só dos moradores, mas de todos os que passam pelas ruas da cidade. Um reboco solto pode cair e matar uma pessoa. “A restauração de uma fachada não serve só para o embelezamento da edificação, mas para evitar alguns transtornos que a falta de manutenção pode trazer. Muitas vezes, não damos a devida importância, mas uma fachada de condomínio bem cuidada evita acidentes e transtornos internos, como infiltração nas unidades”, explica o diretor técnico da Cetor Manutenção Predial. E isso não é aplicado apenas a imóveis antigos. De acordo com J.Luiz Pólvora A., “é necessário manter atualizada a manutenção até mesmo das novas edificações. A questão deve ser uma preocupação de todos, para melhor preservação do imóvel. Pinheiro afirma que todo cuidado é pouco, afinal, “os imóveis sofrem com a ação do tempo. Prédios à beira-mar têm problema com maresia. Então, é necessário estar sempre atento e contratando serviços de especialistas para orientar quando o condomínio precisa de reformas”. ABR_MAI_JUN 2022

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Capa | Manutenção da fachada

Alexandre, da Cetor Manutenção Predial, ressalta a importância da escolha da empresa na hora da contratação, para evitar a ação de aventureiros. Ele orienta que a administração do condomínio deve ser cautelosa “para evitar a contratação de uma empresa que não tenha especialidade em reforma de fachadas. Infelizmente, temos síndicos que olham simplesmente os valores, e não a empresa. Depois do serviço contratado é um problemão voltar atrás”.

Dicas para diminuir os impactos das obras Segurança A segurança da obra é fundamental. Os funcionários precisam usar todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) e ser criteriosos no âmbito coletivo, com o isolamento das áreas, bem como a utilização de aparalixos e tela de nylon para a proteção da área de trabalho.

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Sujeira Obra normalmente provoca sujeira, poeira e entulho. É necessário um planejamento para a limpeza e retirada desses entulhos de forma sistemática. Isso deve constar do contrato bem detalhadamente. Barulho O barulho vai acontecer. Mas o condomínio e a empresa precisam organizar os horários e dias para evitar transtornos maiores para os moradores. Relação com os moradores A boa relação com os moradores é fundamental para o bom andamento das obras. Para isso, a comunicação com eles é essencial. Eles têm que ser avisados do cronograma e de todas as mudanças que vierem a acontecer. Além disso, precisam ser amparados se algum dano ao imóvel for causado. A boa relação entre administração, empresa e moradores é o que vai fazer a obra passar sem maiores transtornos.

A reponsabilidade da limpeza e de possíveis prejuízos patrimoniais precisa constar do contrato Serviço Cetor Manutenção Predial (21) 3429-2843/99852-5480 Instagram: @cetormanutencao Vértice Serviços de Engenharia (21) 2556-0231/2558-5419/99152-2040 verticeenge.com.br R. Vecchioni Engenharia (21) 2298-8980/99987-5482


| Cidade

Reviver Centro Programa converte hotéis em imóveis residenciais O mercado imobiliário calcula que, hoje, no Centro do Rio de Janeiro, haja pelo menos 15 hotéis à venda, muitos com a corda no pescoço pelas dívidas. Uma tábua de salvação que se apresenta para esses espaços, alguns já fechados, é o Reviver Centro: o programa incentiva a reconversão de edifícios comerciais em residenciais em troca de benefícios construtivos em endereços nobres da cidade, como na zona sul. Recentemente, a Prefeitura concedeu o primeiro licenciamento do tipo a um hotel da região – o Rio’s Nice, fechado há alguns anos. Ele será transformado em um edifício misto, com pavimento comercial, sobreloja e mais 11 andares de apartamentos (num total de 115), além de cobertura de uso comum. Pelos dados da Riotur baseados no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo, há 44 hotéis no Centro, e oito encerraram suas atividades nos dois últimos anos, durante a pandemia.

Atrativos para mudar de rumo O Reviver Centro foi sancionado em julho de 2021 e, desde então, contabiliza 15 pedidos de licença para a criação de moradias – quatro são para novas construções e 11 para a conversão de imóveis existentes, incluindo três hotéis. Sete autorizações foram emitidas até agora, sendo uma para o Rio’s Nice. Os projetos em trâmite somam um total de 1.719 unidades residenciais, número que já ultrapassa as 1.472 licenciadas antes da lei nos últimos dez anos.

Entre os benefícios oferecidos pela legislação estão a suspensão de dívida ativa de IPTU e da Taxa de Coleta de Lixo para os empreendimentos novos ou de retrofit, além de isenção do imposto durante a obra e desconto na entrega dos apartamentos. Já o instrumento Operação Interligada, que enche os olhos dos investidores, estabelece que quem erguer ou converter imóveis no Centro poderá, mediante pagamento de contrapartida ao município, fazer construções com mais pavimentos no Leme, em Copacabana, em Ipanema e em áreas nobres da zona norte, como na Grande Tijuca. Outra vantagem é a permissão para o aproveitamento das coberturas para usos como mirante, restaurante ou área de lazer, com a possibilidade de ganhar o acréscimo de um pavimento nesses casos. ABR_MAI_JUN 2022

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| Atualidade

Feira de Condomínios & Encontro de Síndicos 2022 Representantes do Secovi Rio e da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI) já estão organizando a Feira de Condomínios & Encontro de Síndicos 2022. Considerada uma das maiores vitrines do segmento de comércio e serviços imobiliários no território fluminense, o evento está previsto para acontecer no último trimestre de 2022, em formato presencial, seguindo todos os protocolos de saúde e segurança estabelecidos pelas autoridades competentes. Direcionado para síndicos, conselhei-

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ros, administradores e demais interessados em assuntos da gestão condominial, o evento terá uma programação rica em palestras, networking e divulgação de produtos e serviços relevantes para o segmento. A Feira também faz parte das ações de comemoração dos 80 anos do Secovi Rio. A programação deve contar, ainda, com debates sobre temas estratégicos, reunindo especialistas e profissionais experientes do setor da habitação. Fique atento e não perca esta oportunidade de se atualizar sobre as novidades do setor!

Secovi Rio

Evento presencial acontecerá no segundo semestre


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| Legislação

PPRA e PGR Novo programa do governo substitui o PPRA O novo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) substituiu, de forma mais eficaz, o antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) desde janeiro de 2022 e trouxe mudanças significativas às normas de saúde e segurança do trabalho. Por força da Portaria SEPRT nº 6.730, de 9/3/2020, que instituiu a Norma Regulamentadora nº 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, o atual PPRA, mesmo que em plena vigência, deve ser substituído pelo PGR. Para detalhamento dessa transição entre o PPRA e o PGR, em 6/12/2021, foi divulgada a Nota Técnica – SEI/ME –

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19774091, que reforça que o PGR materializa as informações anteriormente obrigatórias no PPRA (riscos nos ambientes de trabalho) e no documento de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (todos os perigos e consequentes riscos ocupacionais) que possam existir nos condomínios. A lei define que todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados são obrigados a implementar o PGR, renová-lo bienalmente e manter o documento-base arquivado por um período mínimo de 20 anos. Estabelece, ainda, que o não cumprimento de tais exigências sujeitará o infrator a penalidades que variam de multas a interdições.


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Condomínio | Terceirização Por Isabela Masi

Serviço de limpeza terceirizado: praticidade e economia para seu condomínio Mão de obra qualificada e planejamento ajudam a manter o espaço limpo e bem cuidado A limpeza é essencial para o funcionamento do condomínio. Influencia na boa aparência e no bem-estar de todos. Você pode reparar que ninguém elogia quando está limpo e cheiroso, mas reclama logo quando a sujeira aparece. Para o síndico é uma tarefa árdua que requer estar atento o tempo inteiro. Fazer as escalas dos funcionários; comprar o material de limpeza e os equipamentos de proteção individual (EPIs); cuidar

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do estoque dos produtos; fiscalizar o trabalho. Ufa! Juntando isso com o restante do trabalho, a administração condominial é uma dor de cabeça e tanto. Pensando nisso, alguns condomínios optaram por empresas especializadas em limpeza que também cuidam da parte burocrática de contratação de mão de obra, aquisição de produtos e estoque, além da execução do serviço. Sem dúvida, o segmento de terceirização de mão

de obra de limpeza vem crescendo. Rapha Davoglio é síndico profissional há sete anos, mas já trabalha com administração predial há mais de 20. Nos 12 condomínios que ele administra, na cidade de São Paulo, todos têm serviço terceirizado de limpeza. “A gente transfere para as empresas que têm conhecimento do assunto e experiência a responsabilidade de executar um serviço de qualidade. Além de a terceirizada


cuidar de treinamento, salários, benefícios, direitos trabalhistas e toda a burocracia referente ao pessoal, ela também é encarregada de fornecer os melhores produtos para cada condomínio. Isso faz com que o trabalho seja muito mais eficiente. Às vezes, é importante o síndico delegar tarefas para especialistas.” Empresas que oferecem mão de obra terceirizada possuem técnicas e rotinas bem estabelecidas, o que otimiza todo o trabalho. Cláudio Vale é gerente-geral de Facilities da empresa Nature. Ele ressalta que a contratação desses serviços traz inúmeras vantagens: “Funcionários treinados e capacitados para a execução das tarefas; qualidade assegurada na entrega dos serviços; custos de admissão e demissão; treinamentos; uniformes; 13º salário e compra de insumos; escopo do plano de trabalho elaborado de forma técnica para a redução do tempo operacional.” Outra coisa interessante na terceirização é que, se um funcionário faltar por algum problema de saúde, por exemplo, a contratada é quem arca com um novo colaborador para substituir o que faltou. A empresa Haganá está no mercado há 25 anos. Marcelo Oliveira é o gerente-geral de Faciliteis da empresa. De acordo com ele, “a terceirização de serviços é o que tem de mais moderno hoje no mercado, claro que atrelada a uma empresa capacitada para implantar e conduzir soluções e processos

Rapha Davoglio: “Não vejo futuro fora do sistema terceirizado para a limpeza de condomínios”

que gerem resultados. Ter uma parceira que administra e faz a gestão de serviços e pessoas é a principal vantagem entre muitas que a terceirização oferece”. Além disso, a Haganá vem investindo em maquinário de ponta, como o equipamento usado em lavações de locais de grande fluxo que reduz a quantidade de água, minimizando, assim, o risco de acidentes.

Outro fator importante é que uma empresa especializada vai saber exatamente que produto usar em cada piso, cada elevador e nas áreas comuns do condomínio. “Eu já tive problemas na limpeza de um condomínio. Os funcionários contratados não tiveram orientação de especialistas e acabaram usando um produto errado em um piso poroso, que só podia ser limpo com água e sabão. Nós, então, tivemos que tirar o piso e fazer um tratamento nele. Foi realizado um estudo para entender o que era menos corrosivo para aquele tipo de material, porque nem no manual descritivo constava como cuidar dele. Depois de muito trabalho, com a ajuda da Haganá, deu para salvar o piso. Por isso, para mim, esse suporte é muito importante. É dar a César o que é de César”, conta Rapha. Além de capacitar os funcionários, a Haganá tem atendimento específico para cada cliente. “Tivemos muitos casos em que assumimos o condomínio em condições precárias. Na ocasião, nossa equipe de qualidade, antes da implantação de qualquer tipo de tratamento, mapeou os pontos críticos, elaborou um cronograma com datas para a melhoria de todos os problemas identificados. Já no primeiro dia de implantação, o cronograma foi colocado em prática. Isso faz toda a diferença, pois os moradores passam e fazem comentários elogiando as ações e a organização com que tudo é feito”, conta o gerente-geral de Facilities da Haganá.

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Condomínio | Terceirização

É impossível pensar na rotina de limpeza do condomínio sem associá-la ao uso de bons produtos. Para Renata Ribeiro, gerente de Marketing da Gr Higiene e Limpeza, “escolher um produto somente por ser o mais barato não vale a pena, já que, para um local estar bem limpo e higienizado, precisa de itens de qualidade. Outros pontos que devem estar bem definidos são: a identificação da área a ser limpa, o produto adequado e a estimativa da quantidade a ser utilizada no período determinado. Com esses pilares bem estruturados, a economia é certa”. Cláudio Vale, da Haganá, acredita que um dos principais causadores do desperdício é a falta de treinamento da equipe. O despreparo para a utilização do material de limpeza faz com que ele seja utilizado de forma inadequada. Por isso, o controle de estoque é fundamental para não ter compras em excesso. Vale ressaltar também que todo material químico tem de estar devidamente identificado com etiquetas de acordo com a diluição de cada produto. As compras podem ser organizadas por meio de contratos ou então ser feitas pelos sites das empresas. Para Renata Ribeiro, “fazer um contrato pode ser interessante em algumas situações, mas pode deixar as compras mais engessadas. Já as compras on-line, que já faziam

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Limpeza no condomínio: o custo e a burocracia com funcionários ficam a cargo da empresa terceirizada

parte de nossa rotina com a pandemia, nos levaram a rever várias atitudes do cotidiano, e comprar pela internet passou a ser a primeira opção. Pelo www.comparagr.com.br, o síndico tem, à disposição, uma variedade de produtos a preços acessíveis e com entrega gratuita”.

A organização é a melhor maneira de otimizar trabalho e tempo, e cada síndico vai definir sua atuação da melhor forma. “São duas realidades distintas, e quando bem organizadas, geram bons resultados. Alguns síndicos preferem fazer a limpeza com os próprios colaboradores, nesse caso, o treinamento é fundamental para o melhor resultado. Outros optam por contratar uma empresa especializada”, afirma Renata. O importante nessa escolha é estar sempre assessorado por especialistas no assunto. Para quem prefere manter os funcionários do condomínio, estabelecer uma rotina de trabalho e implementar ao planejamento uma lista de afazeres, agenda de trabalho e áreas prioritárias é boa dica para organizar o serviço. Assim, todos os funcionários vão saber seus horários, tarefas e prioridades. É importante fazer um checklist da limpeza durante o dia, desse modo, fica mais fácil provar para os condôminos que o local foi limpo. “Mais do que ser vista, a limpeza precisa ser sentida. Não adianta estar só cheiroso, não é só o odor. Ela tem que ser sentida; os produtos usados precisam ser avaliados em relação ao tipo de piso, à tinta, para eles serem usados de forma correta”, afirma Rapha Davoglio. Além de limpeza, algumas empresas também oferecem outros serviços


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Serviço Embelezart Elevadores www.embelezartelevadores.com.br (21) 3555-3830/3547-2930 Infolev – Elevadores & Informática Ltda. www.infolev.com.br (21) 2210-6325 TB Rio Elevadores www.tbrioelevadores.com.br (21) 2501-0742

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Condomínio | Terceirização

terceirizados, como jardinagem e zeladoria, em um contrato global. De acordo com Cláudio, gerente da empresa Nature, “um condomínio no Recreio dos Bandeirantes estava passando por um processo bem delicado na parte da limpeza e jardinagem. Eram várias reclamações dos moradores, como limpeza precária, falta de cronograma operacional, colaboradores sem treinamento, equipamentos sucateados etc., o que gerou grandes transtornos para o síndico. A Nature trouxe supervisores para a elaboração de um plano operacional, juntamente com equipamentos modernos e profissionais qualificados, e deixou o condomínio no padrão de excelência com o qual a empresa trabalha”. Outra questão que deve ser vista com seriedade é a escolha da empresa que vai prestar o serviço. “Tem que ser avaliada a condição como um todo – estrutura financeira e física, backoffice etc.

Cláudio Soares, diretor da Nature, também alerta que, com o crescimento no setor terceirizado, o síndico precisa estar atento à qualidade e às referências que a empresa tem a oferecer. “Geralmente, empresas com o preço muito abaixo do mercado acabam trazendo mais problemas do que solução. Hoje, para atender as exigências do mercado, as melhores firmas têm investido em capacitação profissional, equipamentos modernos e material de qualidade. É preciso estar atento a esses diferenciais.” Produtos de limpeza: funcionários capacitados não desperdiçam produtos e trabalham com mais eficiência

Sabemos que ter uma empresa de renome e que está consolidada no mercado traz uma tranquilidade que vai além do preço, já que prejuízos inestimáveis podem ocorrer com a escolha de um prestador errado”, orienta Marcelo, gerente-geral de Facilities da Haganá.

Serviço Gr Higiene e Limpeza (21) 2765-9550 compragr.com.br Haganá (21) 2430-1800/99659-2564 hagana.com.br Nature Terceirização (21) 3596-1737 nature.rio.br

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| Condomínio

Todo dia é dia de atividade física Academias em condomínios ganham vida nova Muito tem se falado sobre envelhecer com saúde e como se manter saudável. Nesse ponto, a pandemia fez muitas pessoas despertarem para a necessidade do autocuidado não só físico como mental. Desde o início da pandemia, em 2020, as academias dos condomínios, que em sua maior parte eram ociosas, tornaram-se protagonistas e muitas, inclusive, foram reformadas para dar su-

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porte a um número cada vez maior de pessoas que buscavam ocupar o tempo ao mesmo tempo que cuidavam do equilíbrio emocional. O síndico profissional Paulo Viggiani, à frente do Condomínio Barra One desde 2017, investiu, na hora certa, na reforma da academia que já existia ali: “Tínhamos uma pequena academia com apenas cinco equipamentos: duas esteiras, dois transports e uma máquina de musculação.”

O Barra One tem duas torres e, ao todo, contabiliza 356 unidades. Claro que quase ninguém se interessava em usar uma academia com tão poucas possibilidades e espaço, preferiam as grandes academias vizinhas ao condomínio. Em 2019, foi aprovada em assembleia a proposta bem ousada de fazer uma nova academia. “Identifiquei um espaço ocioso na garagem onde se guardavam entulhos e restos de reciclagem. Eu sa-


A academia vem funcionando muito bem graças à manutenção dos equipamentos, que é mensal: “Não podemos abrir mão disso. É a segurança de todos que está em jogo. Se um cabo de aço se rompe, por exemplo, podemos ter um acidente muito sério. Por isso fazemos manutenção preventiva e corretiva. E qualquer morador pode abrir uma ocorrência por meio do app para avisar sobre alguma falha que tenha percebido, o que torna o processo de correção bem mais ágil”, finaliza. Academia pronta e app na mão, agora ninguém tem mais desculpa para não fazer exercícios

bia que seria difícil conseguir a aprovação da obra ali. Teríamos que começar do zero, parte civil, projeto arquitetônico etc. Tudo seria novo, piso, paredes, decoração, tratamento acústico, sistema de ar-condicionado, filtragem/renovação do ar (estávamos numa garagem). Tudo foi muito questionado, mas conseguimos a aprovação”, comemora. E é para comemorar mesmo, pois tudo foi feito como manda o figurino, dentro das normas que cada etapa exige: aprovação de teto de gastos, formação de uma comissão para a construção da academia, contratação de arquiteto e engenheiro, aquisição de máquinas etc. “Hoje temos 13 equipamentos profissionais, áreas de musculação e cardio. Na pandemia, foi o espaço mais utilizado e, naquele momento, adotamos um app para agendamento que deu tão certo que preferi-

mos mantê-lo. Hoje temos cerca de 160 agendamentos por dia. Todos usam a academia sem que ela fique lotada. Mas o reconhecimento dos moradores veio mesmo na entrega da academia. O resultado valorizou muito o patrimônio de todos e, a partir disso, Paulo percebeu que a confiança em seu trabalho aumentou ainda mais: “Os condôminos percebem a lisura em todos os processos e acabam aprovando mais fácil meus projetos.” A bola da vez agora é a antiga academia, que muito em breve vai se tornar um salão de jogos. “O orçamento já está aprovado e estamos na fase de projetos. Teremos um mini-HotZone. E tenho certeza de que o resultado será incrível!”, vislumbra ele, observando que a pandemia potencializou a necessidade de renovação e melhoria das áreas comuns.

Hora de comprar equipamentos Se seu condomínio quer implantar uma academia e vai partir do zero, é importante pensar na qualidade dos equipamentos a serem adquiridos também. A Universalfit, no mercado desde 2004, surgiu para atender às demandas de academias, oferecendo equipamentos profissionais de alta qualidade. Hoje os condomínios têm na empresa um excelente fornecedor para equipar seus espaços para a prática de exercícios. A empresa conta com lojas físicas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, mas as vendas podem ser feitas pelo site também, o que facilita bastante. A Universalfit hoje contabiliza mais de 2 mil itens voltados para a área de saúde e bem-estar, além de participar de projetos sociais e parcerias no estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

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| Condomínio

Paulo Viggiani realizou um projeto ousado: uma nova academia num espaço da garagem do prédio. Sucesso total

Apoio remoto para atividades físicas Tudo pronto para começar os exercícios, mas falta aquela orientação profissional que motiva? Seus problemas acabaram! A Accon Fitness leva os serviços profissionais para seu condomínio, aliando conforto, personalização e resultados efetivos. Marcia Pinheiro, administradora da Accon Fitness, explica que a empresa oferece uma gama de serviços e profissionais para atender condomínios e moradores. Mas novidade mesmo, e que tem cada vez mais adeptos, se refere ao atendimento remoto da empresa, por meio do WhatsApp, Zoom ou app da empresa, o Accon Fitness. “Com a pandemia, nós nos reinventamos para satisfazer moradores que já estavam acostumados com nosso serviço e começamos a oferecer treinos on-line. E deu tão certo que, hoje em dia, muitas pessoas preferem treinar dessa forma. Nosso app, que já existia, acabou ganhando mais destaque, pois precisamos de uma forma mais efetiva para oferecer um bom treino. Novos e antigos clientes nos procuraram para treinar pelo aplicativo ou por meio de outras plataformas, sempre com orientação profissional. Criamos treinos personalizados segundo as necessidades de cada pessoa. 32

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A Accon utiliza outras plataformas, além de seu app, para contentar um público que não tem tanta intimidade com a tecnologia, como os idosos, por exemplo. “A terceira idade nos surpreendeu na pandemia querendo treinar, e, como eles, muitas vezes, têm mais intimidade com o WhatsApp, é por lá que os atendemos”, conta Marcia. Desse jeito, fica difícil arrumar desculpas para não se exercitar mesmo. A Accon oferece uma solução para cada demanda, assim, todos conseguem ser exercitar. É certo que a pandemia acelerou as coisas e mostrou que treinar remotamente é viável e as pessoas queriam. “Todos se adaptaram, profissionais e clientes. As pessoas já sabem que a metodologia on-line funciona. Se você não quiser pagar um personal trainer já tem a opção de usar nosso app e gastar muito menos e, ainda assim, ter atendimento personalizado”, ressalta a empresária, lembrando que, para o professor, também é bom, pois ele não precisa se deslocar para trabalhar, dessa forma, consegue atender mais clientes. Outro pulo do gato é que o condomínio pode assinar o app e a empresa cadastra, então, 100% dos interessados para ter aulas. Há uma grande gama de opções. Entre elas estão pilates, ioga, alongamento, treino funcional, muscu-


lação e corrida. “Funciona como um banco de horas contratado, e nos organizamos para atender todos os condôminos. Os moradores agendam o atendimento, fazem entrevista, têm seu treino prescrito e o acompanhamento pelo professor é feito pelo app também. Dúvidas podem ser tiradas pelo WhatsApp do professor ou pelo app”, explica Marcia, ressaltando que “se um grupo nos procura para fazer certas atividades também temos como acolhê-lo. Em nossa empresa sempre conseguimos atender os interessados de alguma forma. Nada é engessado, temos flexibilidade”. Antes de iniciar o trabalho remoto, a Accon precisa entender como é a estrutura disponível em cada condomínio. É preciso disponibilizar um espaço para atividades e treinos funcionais, que podem ser ao ar livre ou em quadras de es-

portes, não necessariamente numa academia. “Podemos visitar o condomínio em algum momento, fazer chamadas de vídeo para ver os locais ou mesmo ver fotos”, explica a administradora. É importante ressaltar que o app oferece aulas ao vivo e interativas, que ficam gravadas e podem ser acessadas a qualquer momento. Marcia conclui dizendo que o desafio da empresa é oferecer a melhor assessoria, seja presencial, seja on-line. “Estamos presentes por Zoom, WhatsApp ou pelo app da empresa, com treino predefinido. A pessoa pode se exercitar onde estiver, pois está com seu treino sempre à mão. E pode dar feedback ao professor, se mudou cargas, por exemplo. Nós criamos um contato estreito entre o professor e o aluno, para que o acompanhamento de fato seja feito.”

O síndico Paulo Viggiani valorizou o patrimônio de todos com a nova academia

Serviço Universalfit (21) 98045-0044 (21) 3351-6440 universalfit.com.br Accon Fitness (21) 99989-6388 (21) 98014-5963 (zap) acconfitness.com

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| Manutenção

Mais segurança, menos custo: acolchoar o elevador é essencial Acolchoados protegem o meio de transporte de possíveis danos Você sabia que o Brasil possui 500 mil elevadores e metade desse número está situada no eixo Rio-São Paulo? Os dados são do Sindicato das Empresas de Elevadores de São Paulo (Seciesp), que também alerta que, desse número, entre 60% e 70% precisam passar por modernização o mais rápido possível. Ou seja, além de tornar a máquina mais moderna em si e segura para quem a utiliza, entra em discussão o embelezamento de elevadores, que deve ser feito para trazer mais conforto aos passageiros e evitar que o meio de transporte sofra possíveis danos. O resultado? Economia que impacta diretamente no caixa dos condomínios. Por conta disso, os síndicos devem estar atentos ao tema. Segundo Denilson dos Santos, sócio e gerente comercial do Shopping do Elevador Decoração e Reformas, a manutenção da parte interna do elevador é a forma mais segura de protegê-lo. E, para isso, ele diz o que deve ser feito. “Sem dúvida, indico o protetor acolcho-

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O síndico Luciano Bonfim optou pelos protetores nos elevadores do Condomínio Lume também: “O material escolhido foi a lona, por ser mais resistente e de fácil limpeza”

ado. O nome já diz tudo. É a forma mais segura de proteger o interior dos elevadores contra impactos decorrentes de mudanças e obras no condomínio, por exemplo. Pois, o material, chamado Etaflon, tem 10mm de espessura. Isso quer dizer que ele é sintético, leve e resis-

tente a todos os tipos de impacto. Sem contar que é um material que pode ser limpo e é lavável, basta que seja usado apenas sabão neutro”, explica. O síndico Luciano Bonfim conta que, há cinco anos, decidiu colocar os protetores nos 12 elevadores do condomínio Natura, um dos que ele administra, e que conta com dois blocos e 392 apartamentos. “No caso, o material escolhido foi a lona, por ser mais resistente e de fácil limpeza, além de cumprir seu principal objetivo, que é proteger o elevador de possíveis avarias”, diz ele, acrescentando que todos os funcionários seguem um cronograma de manutenção, em que o material é higienizado somente com pano úmido e sabão. Para Márcio Cordeiro, diretor da Embelezart Elevadores, o acolchoado utilizado nas paredes do meio de transporte se tornou um item essencial, principalmente para elevadores novos e reformados. “Ele protege não somente contra impactos que podem ser provocados


por mudanças, mas acaba por também conservar e proteger os elevadores e, assim, evita que os condomínios tenham que realizar reparos bem mais caros. Dessa forma, o enchimento interno é de suma importância, já que garantirá proteção contra possível dano”, observa. Ele complementa: “O material mais usado e ideal para os acolchoados é o nylon 600 PVC, um tecido impermeável e de fácil higienização com enchimento interno de polietileno expandido de 18mm. Ele oferece a proteção ideal contra avarias nos elevadores.” E aconselha que o protetor seja armazenado em local limpo e sem umidade, guardado em bolsas. Já Denilson dos Santos, sócio e gerente comercial do Shopping do Elevador Decoração e Reformas, que também utiliza um material de alta densidade nos acolchoados, diz que “o mais usado e considerado o melhor é o Duratan, composto por fios de nylon 500, principalmente por sua resistência, durabilidade, beleza e higiene”. Outra preocupação dos síndicos é sobre o que fazer nos momentos de mudança e de obras, quando o piso também pode ser mais facilmente danificado por causa dos objetos transportados. Para evitar esse problema e, consequentemente, mais prejuízos, não somente os protetores acolchoados nos elevadores devem ser utilizados. Para proteger o piso, Denilson dos Santos, sócio e gerente comercial do Shopping do Elevador Decoração e Reformas, indica um

Proteção interna tem novidades

O síndico afirma que, para manter os acolchoados limpos, os funcionários seguem um cronograma de manutenção, limpando os materiais somente com pano úmido e sabão

revestimento inteiro de borracha de até 5mm de espessura. “Vale lembrar que todo protetor acolchoado tem seu kit de instalação – os pitões (suportes) – já incluso, que será afixado nas paredes da cabina. As marcações para a fixação são feitas no ato da instalação.” O mesmo cuidado deve ser tomado no momento em que será feita a troca do elevador. Segundo Márcio Cordeiro, diretor da Embelezart Elevadores, na instalação dos acolchoados são instalados pitões, que são os suportes para a fixação dos protetores. “Aconselhamos que os fabricantes de elevadores já coloquem os suportes nos elevadores para garantir sua qualidade e segurança. Contudo, se não houver pitões na cabina do elevador, nossa equipe garantirá a inserção dos suportes com a mesma qualidade”, observa.

Não é só a moda que segue tendências. Os itens usados na conservação interna dos elevadores também possuem muitas novidades quando o assunto é estilo. Márcio Cordeiro, diretor da Embelezart Elevadores, adianta o que vem por aí: “A novidade que temos é o polietileno expandido, material de densidade superior à espuma, antimofo, antifungo e resistente a chamas.” Denilson dos Santos, sócio e gerente comercial do Shopping do Elevador Decoração e Reformas, conta o que tem agradado o público: “Os protetores mais vendidos são os de cor azul-marinho”, afirma, sem deixar de comentar que as novidades ficam por conta dos novos estilos na gravação dos bordados. “Fazemos em várias cores e padrões de letras.” No entanto, além de atentar para a beleza, ele faz questão de relembrar que os cuidados para manter os acolchoados em bom estado de uso devem ser mantidos. “Tudo isso sem se esquecer de que a principal dica é um bom armazenamento em local seco e, se possível, longe do chão”, finaliza.

Serviço Shopping do Elevador Decoração e Reformas (21) 3593-5791/97618-8184 shoppingdoelevador.com Embelezart Elevadores (21) 3555-3830/3547-2930/97197-8086 embelezartelevadores.com.br

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| Condomínio Por Leticia Rio Branco

Bem longe de vírus e bactérias Biossegurança é tendência pós-Covid-19 e possui até certificação A pandemia do novo coronavírus fez com que a forma com que os condomínios lidem com as medidas de higienização de seus ambientes e com o treinamento de funcionários mudasse completamente. Portanto, nesse novo universo em que vivemos, numa luta constante contra vírus e bactérias cada vez mais resistentes e que colocam em risco a saúde de todos, um tema que deve ser obrigação para todos os síndicos é a biossegurança. Ainda pouco comentada, biossegurança é um conjunto de normas criadas

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para estabelecer a segurança das pessoas e dos animais e a preservação do meio ambiente. Por meio de um conjunto de estudos e procedimentos que têm como objetivo evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes físicos e biológicos à biodiversidade, normas e procedimentos específicos são adotados para diminuir, ou anular, as chances de se contrair alguma doença, protegendo a saúde de todos. E isso vai muito além de simplesmente lavar as mãos. Sérgio J. Bento, supervisor técnico em higienização hospitalar, capacitador

e treinador do segmento no Grupo Tel Aviv, afirma que, depois da Covid-19, os condomínios devem estar atentos ao tema, bem como a população em geral. “O conceito de biossegurança se tornou necessário para todos com a chegada da Covid-19. E vale destacar que a queda da proliferação do vírus se deve também à execução das normas de biossegurança em todos os ambientes, com o forte apoio da vacinação em massa”, explica. A síndica Clarisse Motta, administradora do Condomínio do Edifício Barbacena, na zona sul carioca, revela que,


por conta da pandemia, a limpeza do condomínio, que conta com dois blocos, 48 apartamentos em cada um e cerca de 300 moradores, se tornou essencial. “Tivemos que lidar com isso nos últimos dois anos, quando adotamos o hábito de usar álcool 70%, em forma líquida ou em gel, e hipoclorito de sódio, nossa conhecida água sanitária. Também priorizamos ações como a limpeza das caixas-d’água e de esgoto. Já o chão, as paredes e os vidros tiveram que ser limpos cinco vezes por dia, pelo menos. Tivemos que higienizar as áreas comuns muito mais vezes do que antes da pandemia”, explica ela, que diz ter intensificado, ainda, a limpeza de elevadores e maçanetas. Além dessas medidas, a síndica ressalta que também houve um trabalho para promover maior conscientização de todos os moradores, principalmente no que diz respeito à lavagem de embalagens de delivery, que teriam que ser limpas antes de serem descartadas nas lixeiras. “Todo o material reciclado tem que estar devidamente limpo. Foi um trabalho complicado, porque aumentou muito o consumo de entrega de comida, por exemplo, e tivemos que ensinar todos a importância de lavar os recipientes. Mas acredito que a pandemia veio para mostrar que devemos levar esses cuidados para o dia a dia daqui em diante, pois a higiene de todos é fundamen-

Clarisse Motta diz que a pandemia ensinou-a a ter mais cuidado com a limpeza do Condomínio Barbacena: “Tivemos que lidar com isso nos últimos dois anos, quando adotamos o hábito de usar álcool 70%, em forma líquida ou em gel, e hipoclorito de sódio”

tal para evitar a proliferação de vírus e bactérias que existem e, claro, os que ainda podem surgir”, relembra ela, que também aposta no treinamento periódico de sua equipe de limpeza, “com muito critério e cuidado”. Portanto, muitas ainda são as dúvidas de como, efetivamente, os síndicos

devem usar a biossegurança a favor do condomínio. Por isso, Sérgio J. Bento, do Grupo Tel Aviv, indica que os administradores de condomínios busquem o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB). “Ele consiste em um credenciamento que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBIO) concede às instituições para desenvolver projetos e atividades com organismos geneticamente modificados e seus derivados. Embora esse tipo de certificação ainda não seja exigido na área condominial, ele se faz necessário com o surgimento da Covid-19”, orienta. Sérgio J. Bento afirma que os profissionais do Grupo Tel Aviv são treinados para executar os serviços de limpeza de acordo com as exigências da CTNBIO, visando sempre à segurança dos condôminos. O especialista diz ainda que são muitas as vantagens ao se adquirir a certificação. Mas, sem dúvida, a principal é tornar o ambiente seguro para todos os moradores e visitantes dos condomínios: “O certificado tem como intuito manter as normas de segurança ambientais, bem como proporcionar o controle da proliferação de vírus do mesmo grau do Sars-CoV-2 e demais assemelhados”, informa. Para adquirir a certificação, alguns passos devem ser seguidos. Segundo o especialista do Grupo Tel Aviv, são eles:

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| Segurança

“Entrar em contato com o CTNBIO e solicitar a certificação, depois do cumprimento das exigências do órgão. A limpeza e a desinfecção são executadas de acordo com as normas da NR32 e os treinamentos são continuados em conformidade com essa mesma norma, com o uso de equipamentos de uso individual e equipamentos de uso coletivo”, observa. O momento, portanto, é propício para que os síndicos se voltem para saber como aplicar a biossegurança nos condomínios que administram e como podem ajudar a mantê-los bem longe de vírus e bactérias. “Sem dúvida, estamos falando agora de um tema que se tornou prioridade, pois existe maior preocupação dos condomínios com a Covid-19 e a proliferação do próprio vírus entre condôminos e colaboradores”, opina Sérgio J. Bento.

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O momento é propício para saber como aplicar a biossegurança nos condomínios e mantê-los bem longe de vírus e bactérias

De olho nas tendências, a síndica Clarisse Motta comprova que existe maior disponibilidade em relação ao assunto e diz que vai procurar saber mais sobre o processo de certificação em biossegurança. “Acho muito importante obter essa capacitação, pois a equipe

de limpeza, mesmo estando sempre em treinamento, pode aprender cada vez mais”, finaliza. Serviço Grupo Tel Aviv (21) 3199-0300/97279-4395 telaviv.com.br


| Segurança Por Isabela Masi

Segurança para todos os bolsos Não importa o tamanho condomínio, as empresas têm sistemas que cabem no orçamento Em 2021, a Polícia do Estado do Rio de Janeiro registrou 1.010 roubos a residências. Só nos dois primeiros meses de 2022, foram 108 casos. As informações são do Instituto de Segurança Pública (ISP). Números alarmantes que revelam a insegurança em que vivemos, mesmo dentro de casa. E outro dado também assusta. Nos primeiros dois meses do ano, só a região da Tijuca, na zona norte, teve 946 furtos, de acordo com o ISP. Nesse mesmo período, em 2021, foram 775, um aumento de 22%. A invasão de imóveis para roubar portas e outros materiais de alumínio ou então para levar bicicletas é um crime cada vez mais comum. No dia 30 de março de 2022, um portão de um condomínio foi arrancado e levado por um homem, na Avenida Maracanã. A zona norte sofre com os “arrastões do alumínio”. Prédios são invadidos e os ladrões levam portas e calhas, além de furtarem tubulações e conexões de gás. Um prejuízo e tanto para

os moradores. Muitos desses imóveis são pequenos e não têm porteiros. Sem um sistema de segurança, se tornam alvos perfeitos para esses delitos. Seja em condomínios grandes, seja em pequenos, sempre existe uma solução para todos os bolsos e necessidades. Por isso, se você ainda não tem um sistema de segurança, é hora de começar a pensar no assunto, mesmo que o dinheiro esteja curto.

Aline Marino é diretora comercial da ABC Telecom. A empresa existe há 26 anos no mercado e é especializada no assunto. “Há sistemas com custo menor, mas que ajudam na segurança. Ou então o condomínio também pode optar pelo contrato de locação, que é um recurso muito utilizado por quem não tem verba alta disponível. O contrato de locação tem a manutenção corretiva do sistema incluso, de modo que ele funcione 24 horas por dia. E ainda há a possibilidade de comprar os equipamentos no fim do contrato com desconto de até 80% do valor inicial.” Opção é o que não falta. Alex Dias, gerente de TI do Grupo Hawk, explica que o mercado possui equipamentos que têm valores acessíveis. “Existem muitos fabricantes com preços mais em conta para as linhas básicas, e as grandes empresas do segmento têm suas marcas de ‘segunda linha’ justamente para atender a essas demandas. O indicado é que,

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| Segurança

no mínimo, o condomínio tenha câmeras e travas eletromagnéticas com acionamento interno para controle de acesso da portaria. Hoje praticamente toda linha de CFTV (circuito fechado de TV) e controle de acesso possui equipamentos que atendem ao básico necessário.” A preposta da Cipa Lisandra Barros é síndica de vários condomínios na zona sul da cidade. Ela considera de extrema importância os itens de segurança, independentemente do porte do imóvel. “Passamos por uma situação em que o assaltante conseguiu acessar o condomínio para furtar bicicletas e outros objetos que estavam mais acessíveis. Nesse período, tínhamos menos câmeras, de modo que não era possível ter uma visão mais ampla dos espaços. Depois desse episódio, buscamos o auxílio da empresa responsável pela instalação desse recurso para colocar câmeras com mais alcance, que abrangessem pontos estratégicos para melhorar o monitoramento.” Geralmente, os sistemas de segurança ajudam a coibir os assaltos. Aline, da ABC Telecom, tem um cliente em Jacarepaguá, na zona oeste, que vivia com problemas de segurança e de discussões entre moradores por causa do estacionamento. As questões foram resolvidas com a instalação de um sistema de CFTV integrado com controle de acesso e de vagas. “Câmeras de segurança inibem ocorrências como furtos internos, brigas e problemas com vagas

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Lisandra Barros: “Como administradora, preciso manter a segurança dos moradores e funcionários do condomínio”

de garagem. Quando não coíbem, elas são capazes de identificar os acusados e, assim, fazer com o que o síndico possa tomar as medidas necessárias e cabíveis. São inúmeros sistemas, mas automação, controle de acesso, comunicação e segurança não podem faltar.” Com ampla experiência na administração de imóveis, Lisandra acredita que, apesar da função principal dos sistemas de segurança ser evitar a ocorrência de crimes, eles acabam ajudando a combater agressões e ameaças que também podem ocorrer entre moradores e funcionários, por exemplo. “Com certeza, me sinto mais segura sabendo que minha integridade física pode ser poupada. Por isso o administrador precisa buscar sempre informações para manter a segurança dos moradores e funcionários de seu condomínio.”

Sem a orientação de profissionais especializados, as dúvidas podem surgir. Por isso é importante procurar pessoas que entendem do assunto. O Grupo Hawk existe desde 2012, e sua especialidade são segurança, vigilância e facilites. Para o gerente de TI da empresa, o síndico precisa buscar informações com um especialista no assunto, que vai ouvir as necessidades dos moradores, avaliar a estrutura física do imóvel e a localização do condomínio para, juntos, decidirem o melhor sistema. “Isso ajudará na economia de tempo e dinheiro. De tempo porque a empresa tem o conhecimento específico para aquela demanda e de dinheiro porque vai ser oferecido um sistema adequado para a necessidade de cada condomínio. Buscamos disponibilizar projetos personalizados de acordo com os anseios do cliente.”


Contar com as melhores marcas de segurança eletrônica traz confiança na hora de desenvolver um projeto com qualidade. Ao conhecer os melhores equipamentos disponíveis, decidir qual produto é o ideal para cada necessidade se torna fácil e rápido. Aline orienta que o síndico deve procurar empresas com reconhecimento no mercado e referências de instalações realizadas. “Não recomendo buscar na internet produtos para baratear o orçamento, uma vez que, se houver problemas nos equipamentos, a empresa instaladora não dará garantia se o aparelho não tiver sido vendido por ela. O que indico é uma boa pesquisa entre empresas especializadas e a solicitação de orçamento de três fornecedores. Assim, poderá enxugar as variações de orçamento e decidir pela que apresentar um sistema de segurança ideal para o condomínio com custo-benefício que caiba no orçamento”.

Lisandra concorda que essa parte é fundamental na hora da escolha. “É imprescindível confirmar a qualidade dos serviços a serem prestados, com avaliação do histórico da empresa, das referências com demais clientes, entre outras checagens. É importante também analisar a localização das bases de suporte técnico e averiguar a tecnologia utilizada por essa fornecedora.” Alex, do Grupo Hawk, diz que a escolha não pode ser só pelo preço. “Gostaria de deixar uma sugestão não só para os síndicos, mas para todos os clientes, para que pesquisem sobre a tecnologia que está sendo usada no mercado, principalmente aquela relacionada com segurança, e entendam que, em alguns casos, a economia pode não ser uma boa estratégia. Um bom projeto de tecnologia traz muitas melhorias e acaba se tornando um ótimo investimento. Ou seja, não pense na tecnologia como um gasto.”

Opção é o que não falta: existem fabricantes com sistemas básicos e mais em conta

Serviço ABC Telecom (21) 96471-7284 abctelecomrio.com Grupo Hawk (21) 3556-0407 grupohawk.com.br

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| Paisagismo

Jardins verticais

Poucas coisas são tão relaxantes quanto contemplar a natureza. Essa sensação é tão agradável que nós, que estamos nas grandes cidades, fazemos questão de trazer um pouco de verde para dentro de nossa selva de pedra. Um vasinho em casa, uma plantinha na varanda, jardins dos prédios bem floridos… E os paisagistas, grandes artistas com o dom de organizar as plantas de forma com que fiquem um espetáculo à parte, são importantes aliados nesse ponto. Eles convertem espaços dos condomínios em lugares belíssimos onde podemos descansar a mente, nem que seja por poucos minutos. Uma tendência paisagística que vem agradando a todos e tem sido cada vez

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foto: nelson silva

Uma dose extra de natureza

Cecília Leles: “A contratação mensal de um profissional especializado vai garantir o sucesso do projeto paisagístico. Do contrário, de um mês para o outro, pode-se perder todo o investimento”

mais observada por aí são os jardins verticais. Talvez eles tenham ganhado força por falta de espaço, como sugere a arquiteta Cecília Leles, da Leles Arquitetura. “Eles são uma tendência, porém, sempre que faço um projeto que inclui um jardim vertical, que é um investimento que merece toda a atenção no que se refere à manutenção, chamo um paisagista para executá-lo e explico ao cliente que a contratação mensal de um profissional especializado vai garantir o sucesso do projeto paisagístico. Do contrário, de um mês para o outro, pode-se perder todo o investimento”, alerta. Katia Neves, paisagista e diretora da Katia Neves Jardins, concorda. Porém, em sua experiência, vê que alguns condomí-


Joao Luiz Aguiar: “Cada profissional entende de sua área, por isso recomendo sempre a contratação especializada para qualquer tipo de manutenção”

nios contratam um projeto paisagístico e depois preferem fazer a manutenção por conta própria. “Orientamos os clientes sobre os cuidados necessários. Mas é muito comum que, com o tempo, eles solicitem uma visita nossa para dar uma revitalizada, pois temos os profissionais adequados para cuidar dos jardins. No dia a dia, eles acabam percebendo que a experiência e o profissionalismo fazem toda a diferença”, explica Katia, que iniciou suas atividades na área em 2005. Katia também percebeu que a tendência dos jardins verticais veio com força já há alguns anos e já contabiliza pelo menos uns 30 em seu currículo. “Tendo luminosidade e uma parede, conseguimos fazer um jardim vertical; não precisa de sol, apenas temos que adaptar as plantas à incidência solar do local (sombra, meia-sombra ou sol pleno).” Segundo a profissional, os jardins verticais podem ser instalados em áreas internas também, mas para isso é necessário mais cuidado ainda, senão o tiro pode sair pela culatra. “Algumas pessoas preferem os jardins artificiais para áreas internas, mas eu ainda acho os naturais muito mais bonitos. E uma das grandes aliadas é a irrigação automatizada”, ensina. Cecília Leles faz coro: “A irrigação automatizada é primordial com ou sem contrato de manutenção mensal.” Katia vai além: “O sistema é programável de acordo com a necessidade de cada jardim. Nossa equipe planeja a irrigação assim que entrega o projeto,

e ensinamos também o cliente a fazer a programação caso ele não queira contratar a manutenção periódica. Isso porque, de acordo com a época do ano, a necessidade de irrigação é diferenciada. O verão precisa de mais água, o inverno de menos etc.” Mesmo assim, as podas são necessárias periodicamente, bem como a limpeza das folhas para remover a poeira que impede a respiração e a fotossíntese. Mais um motivo para ter um profissional à frente de um belo jardim, seja ele vertical ou não. “A manutenção periódica também limpa as plantas, tirando as folhas secas e as ervas daninhas, faz adubação folhear e do solo, realiza o controle de pragas e doenças com aplicação de defensivos”, explica a paisagista. Katia dá uma dica para quem não tem manutenção periódica: “É importante lavar as folhas; com mangueira é ótimo, mas se não tiver, um pulverizador serve. Para jardins grandes, pode-se usar um pulverizador de 10 litros (aqueles utilizados em dedetização). Ajuda muito, faz uma diferença enorme.” A paisagista observa que alguns condomínios que têm funcionário próprio que faz a rega e funciona bem devem estar atentos quando ele sai de férias: “Já vi casos em que, em um mês, o funcionário que substituiu o que estava ausente conseguiu acabar com os jardins em poucos dias. Por isso acredito que o investimento feito merece uma manutenção profissional – que é o que vai garantir o sucesso do projeto.” ABR_MAI_JUN 2022

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| Paisagismo Truques para montar e manter sempre lindo um jardim vertical começam em seu planejamento e no material usado. Katia só investiu de verdade nessa tendência quando descobriu as bolsas vivas. “Esse é o sistema que, para mim, realmente dá certo. São recipientes feitos de material reciclável de PET e que é o que melhor funciona.” As bolsas vivas foram usadas no projeto do Condomínio Port Grimaud, que, aliás, tem mais de um jardim vertical e contrata a manutenção mensal da Katia Neves Paisagismo para cuidar dos belíssimos jardins. O administrador João Luiz Aguiar, que trabalha nesse condomínio desde o início da década de 1990, fala com propriedade: “Cada profissional entende de sua área, por isso recomendo sempre a contratação especializada para qualquer tipo de manutenção.” Nesse condomínio, o amor aos jardins verticais começou quando eles decidiram esconder o gerador do condomínio: “Criamos um espaço no térreo para esconder

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o equipamento e, para isso, contratamos a Katia, que já fazia a manutenção dos jardins do condomínio. Ficou ótimo! Logo depois, fizemos outra parede na entrada da garagem, para deixar o ambiente mais leve. Ficou maravilhoso”, elogia. Conselho e síndico bateram o martelo para as iniciativas e em menos de uma semana estava pronto, e os moradores gostaram muito. “Recebemos muitos elogios. E não abrimos mão da manutenção mensal, mesmo com sistema automático de irrigação. Se investimos num projeto desse porte, ele deve ser tratado por quem conhece o assunto. Temos um jardim grande e ele merece os cuidados de um paisagista. Ele que conhece cada planta, a atenção de que ela precisa, se é de sol, de sombra, se resiste ao vento… Não tem lugar para improvisar nem com isso nem com nada do condomínio, senão fica mais caro”, sentencia João Luiz. A arquiteta Cecília percebeu a forte tendência dos jardins verticais, pois muitos de seus clientes solicitam esse recurso

em seus projetos, porém, alguns desafios são determinantes para fazer escolhas: “Certos ambientes internos, com pouquíssima luminosidade, pedem plantas artificiais, que, aliás, também não são tão baratas. Há clientes que sabem que não têm disciplina para cuidar das plantas e que não têm mão nem para cuidar de cactos. Esses realmente precisam de jardins artificiais”, se diverte. Cecília conclui lembrando de outro costume que foi moda há anos, mas que não deu certo, e dá o recado: “Colocar lâmpadas coloridas no jardim foi uma febre, mas isso não valoriza o espaço, muito pelo contrário, passa até o aspecto de planta malcuidada. Não recomendo de jeito nenhum.” Serviço Katia Neves Jardins (21) 98191-4972 (zap)/98677-0701 katianevesjardins.com Leles Arquitetura e Produtos (21) 2512-9660/98142-1815 lelesarquitetura.com.br


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| Legislação

STF mantém a penhorabilidade do bem único de família do fiador Uma importante decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que é a mais alta instância do poder Judiciário brasileiro, trouxe mais segurança jurídica para as relações locatícias comerciais. No dia 8 de março de 2022, foi concluído o julgamento do Recurso Especial 1.307.334 SP, com votos dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Roberto Barroso, Nunes Marques, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, André Mendonça e Luiz Fux a favor da constitucionalidade da penhora de bem de família do fiador em locações não residenciais. O julgamento originou-se com base na admissão da divergência entre as duas Turmas do STF, pela Ministra Rosa Weber, em 25/6/2019, sendo levado à deliberação do Plenário.

A decisão traz segurança jurídica às relações locatícias e é resultado da mobilização nacional dos Secovis do Brasil, de associações do mercado de comércio e serviços imobiliários e redes de empresas de locação em todas as fases do processo, inclusive com a representação na qualidade de amicus curiae pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Também foram admitidos no processo e contribuíram com relevantes argumentos a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), a Associação Brasileira de Empresas do Mercado Imobiliário (ABMI) e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

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| Estatísticas

Imóveis ofertados Rio de Janeiro Casa 15%

VENDA Tipo de Imóvel

1 Qt.

2 Qts.

3 Qts.

4 Qts.

TOTAL

%

10.850

47.109

40.298

15.117

113.374

73,9

Casa

420

5.241

8.357

8.949

22.967

15

Cobertura

112

2.158

6.768

4.903

13.941

9,1

Quitinete

1.726

***

***

***

1.726

1,1

Apartamento

Flat TOTAL

781

527

***

***

1.308

0,9

13.889

55.035

55.423

28.969

153.316

100

LOCAÇÃO

Tipo de Imóvel

1 Qt.

2 Qts.

3 Qts.

4 Qts.

TOTAL

%

2.293

5.167

2.651

835

10.946

79,6

405

641

352

241

1.639

11,9

Cobertura

9

110

213

190

522

3,8

Quitinete

457

***

***

***

457

3,3

Flat

97

93

***

***

190

1,4

3.261

6.011

3.216

1.266

13.754

100

Apartamento Casa

TOTAL

Cobertura 9,1% Quitinete 1,1% Flat 0,9% Apartamento 73,9%

Casa 11,9% Cobertura 3,8% Quitinete 3,3% Flat 1,4%

Apartamento 79,6%

Fonte: Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio.

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| Manutenção Por Leticia Rio Branco

Evite problemas em obras! Gerenciamento de projetos otimiza execução de processos Você já deve ter ouvido falar sobre gerenciamento de projetos. Mas você sabe o que, de fato, isso significa? Segundo o livro de gestão de projetos do Project Management Institute (PMI), trata-se da aplicação de habilidades, ferramentas e conhecimento técnico às etapas de um projeto, a fim de atingir seus objetivos. Ou seja, é uma atividade constante para tornar a execução mais confortável para os envolvidos, nos mais variados aspectos, de acordo com a capacidade técnica de cada um e para obter uma gestão ampla de todos os processos. Segundo o engenheiro Paulo Cesar Bernardini Basto da Silva, gerente aposentado de departamento/divisão da Eletrobras Furnas, a gestão de um projeto consiste em garantir eficácia e eficiência nas diversas etapas da proposta. “É fazer o ‘certo’ (eficácia) de maneira ‘correta’ (eficiência). Uma boa gestão minimiza problemas, contribuindo para evitar retrabalho, atraso e custo extra em obras e reformas. A competência para minimizar problemas é muito mais importante do que a capacidade de resolver problemas”, afirma. E como tempo é dinheiro, ninguém

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O supervisor da Cipa Síndica, André Ricardo, diz que a gestão de projetos é necessária quando se busca o gerenciamento de um processo com o propósito de garantir sua finalização de acordo com os recursos estimados ou aproximados

quer desperdiçar esse bem valioso. Ainda mais numa obra ou reforma que, se não tiver um gerenciamento adequado, corre o risco de os custos aumentarem de forma estratosférica. André Ricardo, supervisor da Cipa Síndica, confirma que a gestão é fundamental para reduzir os riscos de possíveis falhas e controlar todas as etapas envolvidas. “É importante garantir a qualidade dos resultados de forma eficiente, atingindo um bom resultado e otimizando recursos”, comenta.

De acordo com Paulo Cesar, as técnicas usadas na gestão de projetos não devem ser deixadas de lado, esperando o chamado “momento ideal”. “A hora certa de usar o gerenciamento de projetos é ‘sempre’, desde o início da obra. Essa consultoria deve ser feita por profissionais qualificados em gestão de projetos e softwares desenvolvidos especificamente para essa finalidade”, alerta. Já André Ricardo diz que o serviço deve ser solicitado quando se quer promover mudanças. “Acredito que ele é necessário quando se busca o gerenciamento de um processo com o propósito de garantir sua finalização de acordo com os recursos estimados ou aproximados. E sem esquecer que a consultoria deve ser realizada por equipes com profissionais experientes e qualificados, com o apoio necessário para conduzir o projeto. Uma gestão correta garante o melhor desempenho em cada etapa do procedimento.” Engenheiro da SABRA Construções e Reformas, Mauro Argento diz que o gerenciamento de projetos faz parte da metodologia aplicada na empresa. “Por meio dessa gestão, conseguimos melhorar custos, tempo e recursos huma-


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| Manutenção

nos. Até porque, para nossa vida mesmo, precisamos ter um planejamento para cada tipo de projeto. O síndico, ao gerenciar um condomínio, precisa saber administrar e planejar os custos, o prazo, a mão de obra…”, diz.

Saiba quais são as fases do gerenciamento de projetos e seus tipos Depois de tomar a decisão de implementar o gerenciamento de projetos, em uma obra simples ou em uma mais complexa, o síndico deve saber que existem dois tipos de processos: a gestão preventiva e a gestão corretiva. Paulo Cesar explica: “A gestão preventiva é aquela na qual se procura utilizar mecanismos para identificar e evitar, com antecedência, possíveis problemas. Já a gestão corretiva é baseada no fazer, embasada no conhecimento e na experiência das pessoas na execução de tarefas, mas que atua somente quando se identifica um problema. É também denominada, pejorativamente, ‘gestão de problemas’.” Assim, com base nos planos do projeto, quando documentados, André Ricardo afirma que os resultados e requisitos do gerenciamento de projetos em questão são definidos e, em seguida, o cronograma é criado. “Dessa maneira, é elaborado um conjunto de planos para ajudar na orientação da equipe, por meio de fases de implementação e encerramento”, ensina ele, acrescentando que tais fases são as seguintes: “descrição do escopo; estrutura analítica; cronograma; levantamento de riscos; levantamento de recursos e plano de comunicação.” Mauro Argento, engenheiro da SABRA Construções e Reformas, diz que o serviço de gerenciamento de projetos conta com as seguintes fases: elaboração de cronograma, levantamento de fornecedores e planejamento de gestão. “Gerenciamento de projetos é somente um nome, pois o que fazemos é melhorar, de fato, a 52

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gestão de nosso trabalho com a ajuda desses conceitos. Nós, brasileiros, somos muito fracos em gestão: é comum fazer a execução sem planejar, não o contrário, que é o correto. Por isso, ao executar um projeto sem planejar, acabamos encontrando problemas em todas as áreas da obra ou reforma. Na SABRA, utilizamos a gestão em todos os serviços oferecidos, o que dá muito resultado”, alerta. Segundo Paulo Cesar, em sua área específica, quando o serviço é bem-sucedido significa que o gerenciamento de processos fez toda a diferença. Ele que trabalhou anos na empresa de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (Furnas), diz que todos os projetos de usinas, subestações e linhas de transmissão utilizam o recurso. “A gestão de projetos é aplicada a todas as equipes e recursos tecnológicos próprios ou contratados no mercado especializado”, observa. Quando a obra ou reforma é residencial ou comercial, o gerenciamento de projetos também faz sucesso. André Ricardo diz que a restauração da fachada do Condomínio Jardim Atlântico, localizado na zona sul carioca, obteve um bom resultado. “Nessa reforma, buscamos o planejamento com as empresas qualificadas que se apresentaram, com oferta de estudos de viabilidade do objetivo solicitado”, finaliza. Serviço SABRA Construções e Reformas (21) 2391-2561/99998-0864 sabraconstrucoes.com.br


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| Legislação

Despejos e desocupações continuam suspensos O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, estendeu até 30 de junho a vigência de lei aprovada pelo Congresso Nacional que suspendeu os despejos e as desocupações, em razão da pandemia de Covid-19. Na decisão, que vale para áreas urbanas e rurais, o ministro destacou que, com a progressiva superação da pandemia, o papel do STF sobre a temática deve se esgotar. Barroso fez um apelo ao Congresso para que delibere a respeito da política fundiária e habitacional do país e manifestou preocupação com o cenário pós-pandemia. O ministro defendeu que se estabeleça um regime de transição para evitar que a realização de reintegrações de posse por todo o país em um mesmo momento gere uma situação de crise

humanitária. “A conjuntura demanda absoluto empenho de todos os órgãos do poder público para evitar o incremento expressivo do número de desabrigados.” A decisão foi tomada no âmbito da ADPF 828, e Barroso destacou que, embora se observe, no Brasil, a melhora do cenário da pandemia – com a evolução da vacinação e a redução do número de óbitos e de novos casos –, ainda não se verifica um cenário de normalização. A tendência é de queda, mas ainda há um número considerável de mortos e novos contaminados todos os dias e, na conjuntura internacional, há notícias de que os casos voltaram a subir em alguns países, frisou. Sob o ponto de vista socioeconômico, na avaliação do ministro, a medida é urgen-

te, tendo em vista a existência de 132.290 famílias ameaçadas de despejo no Brasil, além do agravamento da pobreza no país, que retornou para o mapa da fome, e do aumento da inflação, que atinge, de maneira mais acentuada, as camadas mais pobres. Dessa forma, para o ministro, os fundamentos determinantes da suspensão dos despejos ainda estão presentes. Na nova decisão, o ministro também manteve a extensão dos efeitos da Lei nº 14.216/21 para os imóveis situados em áreas rurais, por entender que, ao suspender desocupações e despejos em imóvel “exclusivamente urbano”, a lei realizou uma distinção irrazoável entre as populações vulneráveis situadas na cidade e no campo. Fonte: Migalhas.com.br

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| Jurisprudências ELEVADORES 0087588-42.2020.8.19.0001 – Apelação. Des(a). Jacqueline Lima Montenegro – julgamento: 16/12/2021 – Vigésima Sétima Câmara Cível. Apelação cível. Light. Sobrecarga de energia. Elevador de condomínio segurado danificado. Ação de regresso da seguradora. Procedência. 1. A concessionária recorrente não produziu uma única prova nos presentes autos no intuito de demonstrar a regularidade da prestação de seus serviços à época em que ocorreu o sinistro, na localidade onde se situa o condomínio segurado, o que poderia desconstituir o direito da seguradora. 2. A concessionária apelante se manifestou no sentido de não pretender a realização de prova pericial. Dessa forma, não conseguiu afastar o fato constitutivo do direito da demandante, qual seja, que a queima da peça do elevador foi proveniente de sua má prestação de serviço, nos termos do artigo 373, inciso II, do NCPC. 3. Recurso desprovido. 1000774-22.2011.8.19.0002 – Apelação. Des(a). Arthur Narciso de Oliveira Neto – julgamento: 16/12/2021 – Vigésima Sexta Câmara Cível. Apelação cível. Sentença (index 500) que julgou improcedentes os pedidos. Apelo da autora ao qual se nega provimento. Alega a autora que a ré teria descumprido os prazos previstos

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no contrato celebrado para instalação e entrega dos elevadores. Afirma que os valores devidos foram integralmente pagos e que adotou todas as providências preliminares necessárias à instalação dos elevadores. Pleiteia a empresa demandante indenização por dano material e moral. No caso em estudo, foi realizada perícia (index 246), que constatou ter havido atraso de ambas as partes, o que comprometeu o cronograma para a finalização do serviço. Cabe destacar que o perito afirmou que a empresa demandante atrasou a entrega da área dos elevadores, vislumbrando-se, portanto, que não houve cumprimento integral das obrigações assumidas em contrato. Verifica-se que o maior atraso foi relativo ao Grupo 1, elevador n.º 89620, de 36 (trinta e seis) dias. Assim, não se poderia esperar que a reclamada cumprisse os prazos estipulados em contrato se a suplicante não disponibilizou a área a tempo para a instalação dos aparelhos. Impende destacar também que houve termo aditivo, em razão da necessidade de mudança do percurso do elevador do Grupo 1, alterando o projeto original, e, ainda assim, não houve alteração do prazo de entrega. Restou demonstrado que, por questões relacionadas com as obrigações assumidas pela requerente, houve atraso no cumprimento da avença. Ademais, deve-se observar a previsão da cláusula VII do contrato, a qual dispôs que, ocorrendo atraso por des-

cumprimento das obrigações da compradora, a demandada poderia atrasar, no mínimo, na mesma proporção. Como ressaltado pelo r. juízo de primeiro grau: “Consoante abordado no laudo pericial, as atividades estão vinculadas e inexiste uma correspondência matemática direta, uma proporção de atrasos, pois oscilam de acordo com a solução técnica e a logística envolvida. O atraso de uma parte enseja o atraso da outra, não necessariamente na mesma razão, sopesando os parâmetros supracitados (fls. 467).” Dessa forma, houve atraso na instalação dos aparelhos pela requerida, entretanto, ainda que esse atraso tenha perdurado por lapso de tempo superior ao ocasionado pela autora, não se pode imputar à suplicada falha da prestação do serviço. Insta ressaltar que, em resposta ao quesito de número 5 da reclamada, o perito informou haver pendências de ambas as partes, sendo as relacionadas com a suplicante obras civis necessárias à preparação das áreas dos elevadores, as que consignavam risco à operação. Nesse diapasão, inobstante ter havido atraso na execução do contrato, o perito afirmou que os elevadores foram instalados e estavam em pleno funcionamento. Destarte, a demandante não se desincumbiu de seu ônus probante, a teor do art. 373, inciso I, do Código de Processo Civil, não demonstrando fato constitutivo de seu direito, impondo-se a improcedência dos pedidos.


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